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P P O O P P U U L L A A Ç Ç Ã Ã O O M M U U N N D D I I A A L L Í Í n n d d i i c c e e s s e e C C o o n n c c e e i i t t o o s s D D e e m m o o g g r r á á f f i i c c o o s s Título original: Manual sobre la población POPULATION REFERENCE BUREAU - PRB Por: Arthur Haupty e Thomas T. Kane Tradução: Luiz Fernando Soares de Castro Março de 2009

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PPOOPPUULLAAÇÇÃÃOO MMUUNNDDIIAALL ÍÍnnddiicceess ee CCoonncceeiittooss DDeemmooggrrááffiiccooss

Título original: Manual sobre la población

PPOOPPUULLAATTIIOONN RREEFFEERREENNCCEE BBUURREEAAUU -- PPRRBB Por: Arthur Haupty e Thomas T. Kane Tradução: Luiz Fernando Soares de Castro

Março de 2009

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Capítulo 1 - Sobre a população

Todos nós formamos parte da população, e os fatores populacionais se fazem sentir em cada período da vida, desde o lugar onde vivemos até nos preços que pagamos por bens e serviços. A necessidade de atenção médica preocupa os lideres políticos dos países desenvolvidos cujas populações estão “envelhecendo”, enquanto que a necessidade de salas de aulas, oportunidades de emprego e moradias preocupa os líderes dos países que estão crescendo rapidamente.

As condições da população também exercem sua influência na história. Os acontecimentos históricos, por sua vez, podem afetar notavelmente as populações. As guerras são capazes de dizimar uma geração de homens, como ocorreu no Século XX na União Soviética, França, Iraque e vários outros países. O descobrimento de novos medicamentos conduz a um aumento da esperança de vida e distintas causas de morte retornam mais proeminentes. Por outro lado, é possível que as mudanças na população sejam um alarme de que é possível outras mudanças importantes. O primeiro indício destas mudanças pode ser a contaminação ambiental com conseqüente aumento do número de enfermidades e das taxas de mortalidade em determinadas áreas geográficas. Em todas estas e muitas outras situações a população é um tema atual. A informação sobre as populações se expressa melhor em números e taxas. Não basta saber que a esperança de vida está aumentando. Quantos anos mais? Durante qual período isto acontece? Quem são os mais afetados? Que proporções da população representam? Tais informações têm muito mais significados quando servem para indicar a magnitude e a distribuição do fenômeno e qual a sua tendência. Para que sejam úteis os dados devem expressar clara e precisamente os fatos. Constantemente confunde-se taxa de natalidade com taxa de crescimento; uma diminuição das taxas de crescimento é entendida equivocadamente como uma diminuição do tamanho da população.

A demografia é o estudo científico da população. Os demógrafos buscam descobrir os níveis e as tendências do tamanho da população e seus componentes. Buscam explicações das mudanças demográficas e o que isso implica para as sociedades.

População Absoluta É o número absoluto de uma população ou de qualquer evento demográfico que ocorre em uma zona

específica em um determinado período de tempo. As cifras brutas dos eventos demográficos formam a base de todos as demais análises e estudos estatísticos. Ex: Havia 1.200.500 nascidos vivos no Japão em 19971. Taxas

É a freqüência dos eventos demográficos acrescidos em uma população durante um determinado

período (normalmente um ano), dividida entre a população com risco de sofrer um evento durante esse período de tempo. As taxas indicam como é comum que ocorra tal evento. Ex.: em Papua Nova Guiné foram registrados 34 nascimentos vivos para cada 1.000 habitantes em 1997. A maioria das taxas se expressa por 1000 habitantes. As taxas brutas são calculadas para uma população completa. As taxas específicas são computadas para um subgrupo específico, aquela que normalmente está sujeita ao risco de sofrer um evento. Ex.: a taxa geral de fecundidade é o número de nascimentos para cada 1.000 mulheres entre as idades de 15 a 49 anos de idade. Portanto, pode haver taxas por idade, sexo, ocupação e assim sucessivamente. Na prática é mais preciso denominar a razão e não taxa.

Razão É a relação entre um subgrupo da população total ou outro subgrupo; quer dizer um subgrupo dividido

por outro subgrupo. Ex.: a razão de sexo no Irã em 1996 era de 103 homens para cada 100 mulheres.

1 Segundo o IBGE, a população brasileira era de 182.000.000 de habitantes em 2004. Estima-se que no ano 2050 deverá

alcançar os 260 milhões., 43% a mais que em 2004.

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Proporção

É a relação entre um subgrupo de população e toda a população. Isto é, um subgrupo de população dividido por toda a população. Ex.: a proporção de população da Malásia que se classifica como urbana era de 57 por cento. Constante

É um número arbitrário (por exemplo: 100, 1.000 ou 100.000) que se pode multiplicar-se uma taxa,

razão ou proporção para expressar-se estas medidas de forma mais compreensível. Ex. em Cuba registrou-se 0,0134 nascimentos vivos por pessoa em 1996. Se multiplicar-se esta taxa por uma constante (1.000) obtém-se o mesmo resultado estatístico para cada 1.000 pessoas. Esta é uma forma mais clara de expressar o mesmo princípio: 13,4 nascimentos para cada 1.000 habitantes. Nas fórmulas aqui utilizadas, “K” significa constante.

Coorte

Uma estatística que mede os eventos relacionados a uma coorte (que dizer, um grupo de pessoas que comportam uma experiência demográfica comum) que se observa através do tempo. A coorte utilizada mais comumente é a de nascimentos – as pessoas nascidas durante o mesmo ano ou período. Outros tipos de coorte são a nupcialidade e coorte de classe escolar. Medidas durante um período É uma estatística que mede os eventos que ocorrem na totalidade ou parte da população durante um determinado tempo. Esta medida registra um instantâneo da população. Ex. a taxa de mortalidade para toda a população canadense durante 1997 foi de 7 para cada 1000.

Capítulo 2 – Composição por idade e sexo A idade e o sexo são as características básicas de uma população. Cada população tem uma composição diferente por idade e sexo – o número e proporção de homens e mulheres em cada grupo de idade – esta estrutura pode ter um efeito considerável no comportamento demográfico e sócio-econômico, tanto presente quanto futuro.

Populações “jovens”, populações “velhas”

Algumas populações são relativamente jovens, isto é, possuem uma grande proporção de pessoas em seus grupos de idades jovens. Os países da África, com suas altas taxas de fecundidade e grandes proporções de adultos jovens e crianças servem de exemplo. Outras populações são relativamente velhas, como muitos países europeus. A composição por idade destes tipos de população é marcadamente distinta e, conseqüentemente, também tem uma proporção diferente de população em suas forças de trabalho ou nas escolas, assim como diferentes necessidades médicas, preferências de consumo. A estrutura por idade de uma população guarda uma estreita relação com seus hábitos de vida. Os países em vias de desenvolvimento têm populações relativamente jovens, enquanto que a maioria dos países desenvolvidos tem populações velhas ou “envelhecidas”. Em muitos países em vias de desenvolvimento 40% ou mais de suas populações possuem menos de 15 anos de idade, ao passo que 4% têm 65 anos ou mais. Com algumas exceções, em todos os países desenvolvidos menos de 25% da população é menor de 15 anos e mais de 10% superior a 65 anos. Idade mediana A idade mediana é a idade que indica exatamente que a metade da população é maior e outra metade é menor.

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A idade mediana da população da Costa Rica em 1995 era de 23 anos. Em 1995 a idade mediana da Jordânia, cuja população é jovem, era de 18 anos. Em contraste a da Suécia era 38. Ou seja, 50% da população sueca possuía 38 anos, indicando uma população de maior idade.

Razão por sexo A razão por sexo é a relação entre o número de homens e de mulheres em uma dada população, expressa normalmente como o número de homens para cada 100 mulheres. Na maioria dos países, a razão por sexo ao nascer é de 105 ou 106 homens para cada 100 mulheres. Após o nascimento, a razão por sexo varia devido à diferença nos padrões de mortalidade e migração entre homens e mulheres.

Número de homens x K = 61.574.398 x 100 = 96,2 Número de mulheres 63.995.848

• Em 1995 havia 96 homens para cada 100 mulheres no Japão • Em 1995 a razão por sexo no Chile para as idades de 60 a 64 anos era

85; e 54 para as idades de 80 ou mais.

Razão de dependência por idade A razão de dependência por idade é a razão de pessoas em idades que “dependem” de outras (geralmente pessoas menores de 15 e maiores de 64 de idade) idades “economicamente produtivas” (entre 15 e 64 anos) em uma população2. Nos casos em que não se dispõem de dados mais detalhados, normalmente se utiliza a razão de dependência por idade como indicador de poder econômico que é responsável a porção produtiva de uma população. Os países que possuem taxas de nascimento muito altas normalmente têm uma razão de dependência por idade mais elevada devido a grande proporção de menores na sua população.

População menor de 15 11.245.500 + População maior de 65 x K = + 9. 015.600 x 100 = 53,0 População de 15 a 64 38.232.800

• E 1996 a razão de dependência por idade na França era 53. Isto significa que havia 53 pessoas em idade de dependência para cada 100 pessoas em idade produtiva.

• Em contraste, em 1995, a razão de dependência por idade na Líbia era 92, dado que 45% de sua população era menor de 15 anos de idade e 3% tinha 65 anos ou mais. No Japão a razão de dependência por idade era somente 45 em 1997, dado que 15% de sua população era menor de 15 anos e 16% possuía 65 anos ou mais.

2 Às vezes a razão de dependência por idade pode ser devido à idade avançada (a razão de pessoas de 65

anos ou mais de idade é superior às pessoas entre 15 e 64 anos) ou a dependência é devido à puerilidade (a razão de pessoas menores de 15 anos é superior a pessoas entre 15 e 64 anos)

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Pirâmide de população Uma pirâmide de população mostra graficamente a composição de uma população segundo a idade e o sexo. As barras horizontais representam os números ou a proporção de homens e mulheres para cada grupo. A soma de todos os grupos classificados segundo a idade e o sexo dentro da pirâmide representa 100 % do total da população. Algumas pirâmides representam grupos por idades individuais como mostra a pirâmide do Japão (Gráfico 1, página 5), ou as que mostram os dados em idades agrupadas no Gráfico 2, página 6. As barras inferiores da pirâmide japonesa representam a porcentagem de população que era menor de 1 ano em 1995. Uma nova coorte nasce a cada ano e aparece na base da pirâmide, à medida que as coortes superiores escalam a pirâmide. Segundo envelhecem as coortes superiores inevitavelmente perdem integrantes devido à morte, porém é também possível que se aumentem integrantes devido à imigração. O processo de estreitamento se acelera a partir dos 45 anos de idade ocasionando o ápice da pirâmide cada vez mais estreito nas pirâmides de população. As pirâmides proporcionam uma grande quantidade de informação acerca de uma população. Por exemplo, nota-se que as mulheres constituem maioria substancial nos grupos de maior idade. Na maioria dos países as mulheres vivem mais tempo que os homens.

Três perfis gerais

As populações de distintos países podem diferenciar-se de maneiras muito marcadas como resultado de seus padrões de fecundidade, mortalidade e migrações presentes e passados. Embora existam grandes diferenças entre países, estas populações podem ser classificadas dentro de três perfis gerais de composição por idade e sexo.

1. De crescimento rápido de uma população é indicado mediante uma pirâmide que contém altas porcentagens de pessoas em idades menores;

2. De crescimento lento se reflete em uma pirâmide que contém uma proporção menor de população em idades menores e

3. De crescimento nulo ou negativo de população mediante números aproximadamente iguais de pessoas em todas as categorias de idade, com uma diminuição gradual de idades mais avançadas.

Segundo mostra o Gráfico 2, a estrutura por idade da população da Nigéria é típica de países cujas populações estão experimentando crescimento rápido; cada nova coorte é maior que a coorte anterior o que produz a forma de sua pirâmide. Esta expansão na estrutura por idades é o resultado de altas taxas de natalidade. A população da Espanha, que possui números aproximadamente iguais em todas as categorias de idade, é um exemplo típico das populações que experimentam um crescimento nulo ou negativo. A forma da estrutura por idade dos Estados Unidos indica que a população está crescendo, porém num ritmo menos acelerado que da Nigéria.

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Fonte: HAUPTY, Arthur KANE Thomas T. - Manual sobre la población - PRB, 2003.

A pirâmide que ilustra a população do Japão em 1995 (gráfico 1), é um exemplo contundente de uma população cuja composição por idade e sexo foi afetada por eventos históricos do passado. A baixa proporção de homens entre as idades de 70 a 83 indica a perda de jovens do sexo masculino durante a Segunda Guerra Mundial. O tamanho relativamente pequeno de população entre as idades de 56 e 57 (tanto para homens quanto para mulheres) é uma resposta demográfica ao incidente sinojaponês de 1938 e 1939. A população entre as idades de 49 e 50 reflete a redução na taxa de natalidade que se sucedeu no final da Segunda Guerra

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Mundial. O grupo substancial de pessoas de 46 a 48 anos de idade é resultado da primeira explosão de nascimentos (denominada “baby boom” que ocorreu entre 1947 e 1949). A porcentagem muito pequena de pessoas de 29 anos de idade correspondente ao ano de 1966, o “ano de Hinoeuma“ o ano do “cavalo de fogo”. Segundo a superstição as meninas nascidas durante este ano, que se repete a cada 60 anos, têm má sorte. A grande porcentagem de pessoas entre as idades de 21 e 24 anos indica a segunda explosão de nascimentos no Japão (no período 1971 a 1974). Comparação de populações A possibilidade de casar-se ou morrer varia nas diferentes idades. As populações que possuem números comparativamente maiores de anciões têm maiores probabilidades de experimentar maior número de mortes e menor número de nascimentos a cada ano que as populações de igual tamanho cuja composição consiste em famílias jovens maiores (se os demais fatores são iguais). Como resultado disto a Finlândia, cuja proporção de pessoas mais idosas é maior em comparação com a Albânia, sofrerá maior número de mortes por 1.000 habitantes que esta. Ao comparar populações (por exemplo, qual país tem fecundidade mais alta), deve-se ter cuidado para que a estrutura de idade não afete significativamente tal comparação. As taxas de natalidade e mortalidade se vêem afetadas pelas proporções de pessoas de diferentes idades, o que pode dar lugar a comparações enganosas (embora seja muito mais provável que isto se deva a taxas de mortalidade e não a taxas de natalidade).

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Fonte: HAUPTY, Arthur KANE Thomas T. - Manual sobre la población - PRB, 2003.

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A estrutura por idade e o crescimento da população

Em combinação com a taxa de natalidade, a estrutura por idade é o “motor” demográfico que impulsiona (ou freia) o crescimento da população. Em muitos países em vias de desenvolvimento as grandes proporções de pessoas jovens praticamente garantem que a população continuará crescendo durante os períodos de declínio da fecundidade. Os efeitos de uma taxa de natalidade alta na estrutura por idade podem ser observados no caso de Burkina Faso, onde cada mulher tem uma previsão de quase sete filhos. Em 1995 o grupo de pessoas de 35 a 39 anos consistia em aproximadamente 458.000 pessoas, porém o grupo de menores de 5 anos somava 2 milhões e o de pessoas de 5 a 9 anos consistia em 1,6 milhões.

Capítulo 3 – Fecundidade A fecundidade se relaciona com o número de crianças nascidas vivas. Não é o mesmo que fertilidade, que implica a capacidade física de reprodução de uma mulher. A fecundidade se vê afetada por um número de fatores que, por sua vez, se vêem afetados por muitos outros fatores sociais, culturais, econômicos, de saúde e ambientais. Taxa de natalidade

A taxa de natalidade (denominada também de taxa bruta de natalidade) indica o número de nascimentos vivos por cada 1.000 habitantes durante um ano determinado.

Número de nascimentos 38.868 x K = x 1000 = 24,0 População total 1.620.086

• Em 1994, registrou-se 24 nascimentos para cada 1.000 habitantes no Kuwait.

• As taxas de natalidade variam amplamente em todo o mundo. A taxa de 47 por 1.000 habitantes no Saara Ocidental durante 1996 é uma taxa muito alta; por sua vez a taxa de 9 por 1.000 habitantes na Itália é muito baixa.

Os nascimentos são um componente das mudanças de uma população e as taxas de natalidade não devem ser confundidas com as taxas de crescimento que inclui todos os componentes demográficos (fecundidade, mortalidade e migração). Taxa geral de fecundidade

A taxa geral de fecundidade (também denominada de taxa de fecundidade) corresponde ao número de nascimentos vivos por cada grupo de 1.000 mulheres entre as idades de 15 e 49 anos durante um ano determinado.3 A taxa geral de fecundidade é uma medida um pouco mais precisa que a taxa de natalidade porque relaciona os nascimentos em grupo classificado por idade e sexo com as maiores probabilidades de dar à luz (definido normalmente como mulheres de 15 a 49 anos de idade). Esta precisão permite eliminar as distorções que podem resultar devido a distintos níveis de distribuição por idade e sexo entre populações.

3 Para fins de estatística as idades reprodutivas das mulheres se estabelecem entre 15 a 44 ou 15 a 49 anos.

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Número de nascimentos x K = 181.268 x 1.000 = 62,0 Número de mulheres 2.923.344 de 15 a 49 anos de idade

• Em 1995 registrou-se 62 nascimentos por 1.000 mulheres entre as idades de 15 e 49 anos no Equador.

• A taxa de fecundidade do Yemen no início da década de 1990 era de 238 nascimentos vivos por 1.000 mulheres de 15 a 49 anos de idade – uma das mais altas do mundo. A taxa de 34 por 1.000 mulheres de 15 a 49 anos na República Checa durante 1996 foi muito baixa.

Taxa de fecundidade por idade específica A taxa de fecundidade também pode ser calculada para grupos de idades específicas para observar-se as diferenças de fecundidade por diferentes idades a para fins de comparação durante um período.

Número de nascimentos por mulheres de 20 a 24 anos de idade x K = 23.694 x 1.000 = 81,4 Número de mulheres 290.998 de 20 a 24 anos de idade

• Na Áustria, em 1994, registrou-se 81 nascidos vivos por cada 1.000 mulheres entre as idades de 20 a 24.

• No Kenia, em 1993, houve 266 nascidos vivos por cada 1.000 mulheres entre as idades de 20 a 24 anos. Em 1996, a taxa do Brasil foi de 153 e em Portugal de 62.

A seguir, uma comparação das taxas de fecundidade de mulheres de distintos grupos de idade específica.

Nascidos vivos por 1.000 mulheres entre as idades de 20 a 34 anos, por grupos de idade específica, 1965 a 1994

Idades Anos 20-24 25-29 30-34 1965 257,4 189,6 114,1 1975 154,9 146,1 91,2 1985 146,3 132,0 70,6 1994 133,8 113,5 69,0

• Em Porto Rico, em 1994, registrou-se 134 nascidos vivos por 1.000 mulheres do grupo específico de 20 a 24 anos de idade.

• Em 1994, a taxa de fecundidade para as mulheres entre as idades de 20 a 24 anos era quase a metade do que era em 1965. Em 1985 e 1994, as taxas de fecundidade para as mulheres entre as idades de 30 a 34 anos eram quase iguais.

Número total de filhos nascidos O “número total de filhos nascidos” durante varias idades da mãe fornece uma medida da fecundidade da população. Esta medida é útil unicamente quando especifica o grupo de idade das mulheres consideradas. Quando se calcula esta medida para mulheres maiores de 49 anos de idade denomina-se taxa

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final de fecundidade; esta mostra quantos filhos nasceram de certa coorte de mulheres enquanto estavam em seus anos reprodutivos.

Em 1995 a média de filhos nascidos de mulheres entre as idades de 45 a 49 anos foi De 4,9 em Guatemala e 3,4 no Kasaquistão.

No entanto freqüentemente é necessário resumir qual é a taxa de fecundidade atual, sem esperar chegar ao fim dos anos reprodutivos. A taxa global de fecundidade se utiliza para esses fins. Taxa Global de Fecundidade

A taxa global de fecundidade (TGF) é o número médio de filhos que uma mulher haveria de ter ao final de seus anos reprodutivos se a mesma houvera ajustado as taxas de fecundidade por idade específica durante cada ano de sua vida reprodutiva A TGF resume, em uma só cifra, a fecundidade de todas as mulheres durante uma etapa determinada. É uma medida sintética; não é muito provável que alguma mulher se ajuste às taxas de fecundidade por idade específica para esses anos durante três décadas seguidas. Na realidade as taxas por idade específica mudam e flutuam ano após ano, embora possivelmente isto ocorra de maneira gradual. Por exemplo, é possível que as mulheres que tenham de 15 a 19 anos de idade em 1998, atrasem a maternidade por mais tempo que as mulheres que tinham entre 15 a 19 anos de idade em 1980. As mesmas ajudariam a diminuir a taxa global de fecundidade para 1998, porém iriam colaborar para aumentá-la vários anos mais tarde quando começassem a ter filhos. Portanto as flutuações da taxa global de fecundidade anos atrás podem refletir mudanças no ritmo de nascimentos e mudanças no número médio de filhos que tem as mulheres. A taxa global de fecundidade é um dos indicadores mais eficazes da fecundidade porque ilustra melhor quantos filhos as mulheres estão tendo atualmente.

• Em 1994, a taxa global de fecundidade em Israel era de 2,88 nascimentos por mulher (ou seja, 2.880 nascimentos por 1.000 mulheres). Isto significa que se as taxas por idade específica para 1994 continuarem sem mudanças, as mulheres em Israel teriam uma média de 2,9 filhos durante seus anos reprodutivos.

• Em muitos países em desenvolvimento, a taxa global de fecundidade é maior que 5 filhos por mulher. Na maioria dos países desenvolvidos é menor que 2.

Taxa Bruta de Reprodução

A taxa bruta de reprodução (TBR) é o número médio de filhas que uma mulher (ou grupo de mulheres) teria durante seu período reprodutivo. Esta taxa é parecida a taxa global de fecundidade exceto por considerar apenas as filhas e mede, literalmente, a reprodução. Quer dizer, uma mulher se reproduz, ou duplica-se, ao ter uma filha.

Razão de crianças e mulheres

A razão de crianças e mulheres é o número de crianças menores de 5 anos por 1.000 mulheres em

idade reprodutiva durante um ano determinado. Esta medida pode ser calculada pelos censos demográficos. Fecundidade em nível de reposição

A fecundidade em nível de reposição é o índice ao qual as mulheres dentro de uma mesma coorte

têm precisamente suficientes filhas (em média) para substituir-se dentro da população. Uma taxa de reprodução de 1,00 é igual ao nível de reposição. Uma vez que se alcança a fecundidade em nível de reposição, os nascimentos alcançam gradualmente um equilíbrio com as mortes e, na ausência de imigração ou emigração,

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uma população eventualmente deixará de crescer e se tornará estacionária. O tempo para que ocorra esse evento varia amplamente dependendo da estrutura etária da população. Atualmente, praticamente todos os países desenvolvidos tem uma fecundidade em nível de reposição ou abaixo deste. A Finlândia, com sua taxa líquida de reprodução de 0,85 para 1996, está abaixo do nível de reposição; não obstante, a população finlandesa está aumentando.

A taxa global de fecundidade também pode ser utilizada para se indicar a fecundidade em nível de reposição mostrando o número médio de crianças que seria suficiente para repor ambos os pais numa população.

Atualmente nos países industrializados uma taxa global de fecundidade ao redor de 2,1 é considerada um nível de reposição. É necessária uma taxa global de fecundidade maior que 2,1 (um filho para cada um dos pais) para alcançar níveis de reposição devido ao fato de nascerem alguns homens a mais que mulheres e nem todas as mulheres sobrevivem até chegar nos anos reprodutivos. Nos países em desenvolvimento que possuem taxas de mortalidade muito altas necessitam-se taxas globais de fecundidade maiores que 2,1 para alcançar o nível de reposição.

Capítulo 4 - Fatores que afetam a fecundidade Correspondem aos fatores culturais, sociais, econômicos e de saúde que afetam a fecundidade. A maioria destes fatores exerce sua influência através de outros fatores, como: (1) a proporção de mulheres com parceiros; (2) a porcentagem de mulheres que fazem uso de métodos anticoncepcionais; (3) a proporção de mulheres que atualmente não são férteis (principalmente devido a estarem amamentando); (4) o número de abortos provocados. Conhecer estes 4 fatores é útil para se conhecer mudanças da fecundidade compreendendo as mudanças passadas. Porcentagem de mulheres com parceiros A proporção de mulheres em uniões se vê afetada por outros fatores demográficos que incluem a idade do primeiro casamento ou união, as taxas de divórcio, separações e segundo casamento e os níveis de mortalidade dos homens.

Número de mulheres casadas entre 15 e 49 anos de idade x 100 = 39.002.000 x 100 = 68,9 56.670.000 Número de mulheres de 15 a 49 anos de idade

• Em 1996, 69% das mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos) na Indonésia estavam casadas.

Nos países em que há mais uniões consensuais que matrimônios legais, é possível utilizá-las para encontrar a porcentagem aproximada de mulheres em união.

Taxa de prevalência de mulheres que usam anticonceptivos

A taxa de prevalência do uso de anticonceptivos é o número de mulheres em idade reprodutiva que está utilizando métodos anticoncepcionais por cada 100 mulheres em idade reprodutiva. Esta medida prevê um indício do número de mulheres que correm o risco mais baixo de conceber em um determinado momento. É possível calcular esta medida para todas as mulheres ou para tais subpopulações como mulheres casadas, solteiras ou mulheres sexualmente ativas.

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Número de mulheres (de 15 49 anos) que usam anticoncepcionais x 100 = 5.268 x 100 = 49,2 10.707 Número de mulheres entrevistadas (de 15 a 49 anos)

• Em 1996 e 1997, a taxa de prevalência de uso de anticonceptivos em Bangladesh para mulheres entre 15 e 49 anos era de 49.

• O uso de métodos anticonceptivos entre mulheres varia de menos 20% em muitos países africanos a 75% ou mais em muitos países europeus, Austrália, Brasil e alguns países da Ásia oriental ou sul oriental.

Taxa de abortos A taxa de abortos é o número de abortos por cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva durante um ano determinado.

Número de abortos x K = 76.600 x 1.000 = 34,8

Número de mulheres 2.200.300 de 15 a 49 anos

• Em 1996 na Hungria ocorreram 35 abortos para cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva de 15 a 49 anos.

• Em 1996 a taxa de abortos na Bulgária foi de 54. No Japão foi de 14 para 1994.

Razão de abortos A razão de abortos é o número de abortos por cada 1.000 nascidos vivos em um ano determinado. Não deve ser confundida com a taxa de abortos descrita anteriormente.

Número abortos x K = 76.600 x 1.000 = 727,6

Número de nascimentos 105.272 vivos

• Em 1996, na Hungria ocorreram 728 abortos por cada 1.000 nascidos vivos.

• Em 1996, a razão de abortos na Romênia era de 1.972 por cada 1.000 nascidos vivos. Em Singapura foi de 311 em 1994.

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CAPÍTULO 5 - MORTALIDADE A mortalidade se refere às mortes ocorridas em uma população. Embora todos estamos destinados a morrer algum dia, a probabilidade disso ocorrer durante determinado período de tempo se relaciona com muitos fatores, como a idade, o sexo, a raça, a ocupação e a classe social. A incidência de mortes pode revelar muitos detalhes do nível de vida e a atenção médica de uma população. Taxa de mortalidade A taxa de mortalidade (denominada também taxa bruta de mortalidade) é o número de mortes para cada 1.000 habitantes durante um determinado ano.

Número de mortes x K = 405.000 x 1.000 = 6,6 População total 61.644.000

No início da década de 1990, a taxa de mortalidade na Turquia era de 6,6 óbitos para cada 1.000 habitantes.

����� No início da década de 1990, a taxa de mortalidade de Guiné era de 20 para cada 1.000 habitantes, enquanto que em Singapura era de 5 para cada 1.000.

As taxas brutas de mortalidade se vêem afetadas por muitas características da população, especialmente a estrutura por idade. Portanto, ao comparar as taxas de mortalidade de distintos países, é prudente ajustar as diferenças na composição por idades antes de se chegar a uma conclusão acerca de sua saúde, ou as condições econômicas ou ambientais de algum país. Por exemplo: a taxa bruta de mortalidade da Suécia é mais alta que a do Panamá – 11 por 1.000 habitantes em comparação com 5 por 1.000 habitantes, respectivamente, devido a que a esperança de vida na Suécia é de 79 anos, em comparação com 74 anos no Panamá. A taxa sueca mais elevada se deve à diferença na composição por idade entre os dois países. A Suécia é “velha”, segundo revela o fato de que 18% de sua população pertence ao grupo de 65 anos ou mais de idade, onde há maior probabilidade de mortes, enquanto que o Panamá é “jovem” porque sua proporção de pessoas anciãs é somente 3% da população total. Portanto, a Suécia possui uma proporção mais elevada de mortes que o Panamá, pois sua população goza de melhores condições de saúde. Taxa de mortalidade por idade específica É possível calcular as taxas de mortalidade para grupos de idades específicas com o objetivo de se comparar a mortalidade em diferentes idades ou a mesma idade durante um período de tempo. Também se podem se realizar comparações entre países ou regiões. Devido ao fato da mortalidade variar bastante segundo o sexo e a raça, com freqüência as taxas de mortalidade por idade específica para homens e mulheres e para distintos grupos raciais dentro de uma população são indicadas em separado.

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Número de pessoas de 40 a 44 anos de idade x K = 1.050 x 1.000 = 4,4

População total de 236.472 40 a 44 anos de idade

• Em Porto Rico, em 1994, a taxa de mortalidade por idade por idade específica para pessoas de 40 a 44 anos era de 4,4 por cada 1.000 habitantes nessas idades.

• Em comparação, a taxa de mortalidade por idade específica para pessoas de 70 a 74 anos de idade durante o mesmo ano era de 33,0 para cada grupo de 1.000 habitantes nessas idades.

Taxas de mortalidade por causas específicas

As taxas de mortalidade por causas específicas se expressam normalmente pelo número de mortes por 100.000 habitantes porque para a maioria das causas de morte, estas ocorrências são muito baixas.

Morte de câncer x K = 544.278 x 100.000 = 205,2

População total 265.283.783 Em 1996, 205 pessoas para cada 100.000 habitantes faleceram de

câncer nos Estados Unidos. Proporção de mortes por causas específicas As mortes devido a causas específicas podem expressar-se como uma porcentagem de todas as

mortes.

Número de mortes de câncer x K = 544.278 x 100 = 23,4

Total de mortes 2.322.421 Em 1996, 23 por cento de todas as mortes nos Estados Unidos se

deveram ao câncer.

As causas de mortalidade variam amplamente segundo a população e o período e se vêem influenciadas por muitos fatores, inclusive pelas condições de saúde e ambientais. Nos anos de 1900, as enfermidades do tipo pulmonares, bronquites e gripe eram as principais causas de mortes nos Estados Unidos; 17,2% por cento de todas as mortes se devia às mesmas, enquanto que 17,1% de todas as mortes se devia a enfermidades cardíacas. No entanto, em 1996 as enfermidades cardíacas eram a principal causa de mortes (13,6% de todas as mortes) e a pneumonia, a bronquite e a gripe causavam juntas 13,6% das mortes. A proporção de mortes por causas específicas não deve ser confundida com a taxa de mortalidade por causas específicas. Taxa de mortalidade infantil

A taxa de mortalidade infantil é o número de crianças menores de 1 ano que morre para cada grupo de 1.000 nascidos vivos durante um ano determinado.

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Número de mortes de menores de 1 ano durante um ano determinado x K = 10.016 x 1.000 = 16,8

nascidos vivos 596.816 totais desse ano

• Foram registradas 17 mortes de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos na Venezuela durante 1996.

• Em 1996 a Suécia registrou a taxa de mortalidade infantil mais baixa do mundo, 3,5 por 1.000. Uma taxa nacional alta seria a de Malawi, onde em 1997 a mesma foi de 140 para cada 1.000.

A taxa de mortalidade é considerada um bom indicador das condições de saúde de uma população.

Razão de mortalidade materna

A razão de mortalidade materna é o número de mulheres que falecem durante um ano determinado em virtude de complicações relacionadas com problemas do parto para cada 100.000 nascidos vivos nesse mesmo ano. Aí se incluem as mortes causadas por complicações relacionadas com abortos naturais ou provocadas.

Número de mortes maternas x K = 185 x 100.000 = 13,1 total 1.408.159 de nascidos vivos

Registraram-se 13 mortes maternas para cada 100.000 nascidos vivos na Rússia durante 1994.

Às vezes esta medida se denomina taxa de mortalidade materna. Porém, é essencial especificar o

denominador ao utilizar qualquer das duas medidas. Uma verdadeira taxa de mortalidade materna dividiria o número de mortes maternas pelo número de mulheres em idade reprodutiva da população. Na prática, uma morte materna se define como a morte de uma mulher enquanto está grávida ou num prazo de 42 dias após haver terminado a gravidez devido a qualquer causa relacionada à piora pela gravidez ou sua administração, porém não devido a causas acidentais ou incidentais.

Esperança de vida A esperança de vida é uma estimativa do número médio de anos de vida adicionais que uma pessoa poderia esperar viver se as taxas de mortalidade por idade específica para um ano determinado permanecessem durante o resto de sua vida. A esperança de vida é uma medida hipotética porque se baseia nas taxas de mortalidade atuais, porém as taxas de mortalidade reais mudam durante o transcurso da vida de uma pessoa. A esperança de vida de cada pessoa muda segundo a mesma envelhece e à medida que mudam as tendências de mortandade. Por exemplo: se as taxas de mortalidade por idade específica para 1996 não mudarem, os homens brasileiros nascidos em 1998 terão uma esperança de vida média de 64,1 anos; as mulheres terão a esperança de vida 70,6 anos. Devido a esperança de vida variar de maneira significante segundo o sexo, a idade atual e a raça, normalmente estas categorias se nomeiam separadamente. A esperança de vida ao nascer é a medida mais comumente citada. É um bom indicador das condições de saúde atuais. A esperança de vida varia amplamente segundo os países. Em 1996, a esperança de vida para Malawi era de 46 anos, em comparação com 80 anos para o Japão. As mulheres japonesas têm a esperança de vida mais alta do mundo, 83 anos em 1996. Cabe notar que as baixas esperanças de vida dos países em desenvolvimento se devem em grande parte às altas taxas de mortalidade infantil. Por exemplo: em 1994, a esperança de vida ao nascer para as

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mulheres de Bangladesh era de 58 anos, porém se uma mulher deste país sobrevivesse até completar um ano de vida, a mesma poderia esperar viver até os 62 anos de idade.

CAPÍTULO 6 - MORBIDADE A morbidade se refere aos males, enfermidades e lesões que ocorrem em uma população. Os dados a cerca da freqüência e distribuição de uma enfermidade podem ajudar a controlar sua propagação e, em alguns casos, é possível que possa identificar sua causa. Taxa de incidência

A taxa de incidência é o número de pessoas que contraem uma enfermidade durante um determinado período para cada 1.000 habitantes expostos ao risco. A taxa de incidência e outras taxas de morbidade variam tão amplamente que é possível utilizar qualquer constante para expressar a taxa de maneira clara (desde “por 100” até “por 100.000”).

Número de pessoas que contraem tuberculose durante um período determinado x K = 28.142 x 100.000 = 96,6

População de risco 29.137.000 A incidência de tuberculose no Kênia durante 1996 era de 97 por

100.000 habitantes.

Taxa de prevalência A taxa de prevalência é o número de pessoas que padecem de uma enfermidade determinada em um ponto determinado de tempo para cada 1.000 habitantes. Esta taxa inclui todos os casos conhecidos que não resultaram em morte, a cura, ou a remissão, assim como casos novos que se tem desenvolvido durante esse período específico. A taxa de prevalência é uma visão instantânea de uma situação de saúde existente; a mesma descreve o estado de saúde de uma população em um ponto determinado.

Número de pessoas entre as idades de 15 a 49 que tem HIV x K = 1.400.000 x 100 = 25,8

População total 5.417.956 de 15 a 49 anos

• A prevalência de HIV entre adultos (de 15 a 49 anos de idade) em Zimbabwe no final de 1997 era de 25,8 pessoas para cada 100 pessoas.

• No final de 1999, a prevalência de HIV entre adultos de 15 a 49 anos de idade em Botswana era de 35,8. A taxa correspondente na Argentina era de 0,69; na Áustria era de 0,23 e de 0,06 na Nova Zelândia.

CAPÍTULO 7 - MIGRAÇÃO A migração é o movimento geográfico de pessoas através de uma fronteira específica com fins de estabelecer uma residência permanente ou semipermanente. Associada à fecundidade e a mortalidade, a migração é um componente de mudança para uma população. Os termos “imigração” e “emigração” são utilizados para denominar os movimentos entre os países (a migração internacional). Os termos paralelos

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“migração para” e “migração de” são utilizados para classificar os movimentos entre áreas de um país (denominados também de migração interna).

Taxa de imigração

A taxa de imigração é o número de imigrantes que chegam a um destino para cada 1.000 habitantes deste destino em um ano. .

Número de imigrantes x K = 39.895 x 1.000 = 4,5

População total 8.844.499 do lugar de destino

• Em 1996, a taxa de imigração sueca foi de 4,5 para cada 1.000 residentes.

• Em alguns países, a imigração desempenha um papel chave para o crescimento da população. Em 1996, 38 por cento do crescimento da população sueca se deveu à imigração.

Taxa de emigração

A taxa de emigração é o número de emigrantes que abandonam as áreas de onde provêm para cada

1.000 habitantes desta área para onde vão, durante 1 ano determinado.

Número de emigrantes x K = 33.884 x 1.000 = 3,8

População total 8.844.499 A taxa de emigração sueca para 1996 foi de 3,8 emigrantes para cada

1.000 habitantes. Migração líquida

É o efeito líquido que possui a imigração e a emigração na população de uma área (aumento ou diminuição).

Taxa líquida de migração

A taxa líquida de migração mostra o efeito líquido que têm a imigração e a emigração na população de uma área, expresso como o aumento ou diminuição para cada 1.000 habitantes durante um ano determinado.

Número de imigrantes - Número de emigrantes x K = 39.895 – 33.884 x 1.000 = + 0,7 População total 8.844.499

• Em 1996 a Suécia experimentou um aumento de 0,7 pessoas para cada 1.000 habitantes como resultado da imigração.

• A Romênia teve uma taxa de líquida de migração de – 0,9 por 1.000 durante 1996 (isto é, o resultado foi uma perda de 0,9 pessoas para cada 1.000 habitantes).

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CAPÍTULO 8 - MUDANÇAS NA POPULAÇÃO

A mudança em uma população tem três componentes: nascimentos, mortes e migração. À medida que as pessoas nascem, morrem ou se mudam, seus números totais em uma área também mudam. Durante quase toda a história a população mundial aumentou muito lentamente, porém, durante o século XX esse crescimento se acelerou.

A equação compensadora

É o método básico para calcular numericamente a alteração da população através do tempo.

P1 + (N - M) + (I – E) = P2

Onde: P2 é a população em uma data posterior, P1 é a população em uma data anterior; N significa nascimentos e M significa mortes entre as duas datas; I é a imigração (ou migração interna) e E a emigração (ou migração externa) entre as datas. População da Polônia + (nascimentos em 1996 + (Imigração em 1996 - = População da em janeiro - mortes em 1996) Emigração em 1996) Polônia em de 1996 janeiro de 1997 38.609.400 + (428.200 - 385.500) + (8.200 – 21.000) = 38.639.300

Durante 1996, a população da Polônia aumentou em 29.900 habitantes.

Crescimento Natural O crescimento natural é o superávit (ou déficit) de nascimentos em comparação com as mortes dentro de uma população em determinado período.

CN = N - M

Onde: CN é o crescimento natural durante um período, N é o número de nascimentos e M o número de óbitos durante esse mesmo período.

Taxa de crescimento natural

A taxa de crescimento natural é a taxa pela qual está aumentando (ou diminuindo) uma população em

um ano determinado, devido a um superávit (ou déficit) de nascimentos em comparação com as mortes, expressa como uma porcentagem de população base. Esta taxa NÃO inclui os efeitos da imigração nem da emigração.

Nascimentos em 1996 - óbitos em 1996 x K = 429.000 – 386.000 x 100 = 0,11

População total 38.609.400 em 1996 Em 1996, a taxa de crescimento natural na Polônia era de 0,1 por cento.

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A taxa de crescimento natural também pode ser calculada partindo das taxas de natalidade e mortalidade:

Taxa de natalidade – Taxa de mortalidade = 11,1 – 10,0 = 0,11 10 10

Taxa de crescimento demográfico (Variação demográfica)

A taxa de crescimento demográfico ou variação demográfica é a taxa que está aumentando (ou diminuindo) uma população durante um ano determinado decorrente de aumentos naturais e migração líquida, que se expressa como porcentagem da população base. A taxa de crescimento demográfico leva em conta todos os componentes do crescimento da população: nascimentos, óbitos e migração. Nunca se deve confundir com a taxa de natalidade.

Nascimentos em 1996 - óbitos em 1996 429.000 +/- migração líquida - 386.000 em 1996 x K = - 13.111 x 100 = 0,07 População em 1996 38.609.400 Em 1996, a taxa de crescimento anual na Polônia era de 0,07por cento

A taxa de crescimento também pode ser calculada utilizando as taxas de aumento natural e migração líquida:

Taxa de crescimento + taxa de migração = 0,11 + (-0,0034) = 0,08

natural líquida

As taxas de natalidade e crescimento da população flutuam tipicamente. Uma taxa de crescimento que está decaindo não significa necessariamente que a população de uma área esteja diminuindo. Mas é bem possível que indique que a população está crescendo a uma taxa mais lenta. Uma taxa de crescimento negativa significa que uma região está perdendo população. Atualmente alguns países europeus estão experimentando uma redução de sua população total, porém muitos países estão experimentando uma diminuição de suas taxas de crescimento da população.

• Em 1997 a população mundial estava crescendo a uma taxa anual de 1,5%.

Em outras palavras, cada ano aumenta em 15 pessoas por cada 1.000 habitantes. A essa taxa de crescimento a população mundial teria aumentado em 86 milhões de pessoas em 1998.

• A taxa de crescimento de 5,8% durante 1998 fez com que a Libéria tenha uma das taxas de crescimento mais altas do mundo. A população da Bulgária, por outro lado, está diminuindo a uma taxa anual de - 0,5 por cento.

Tempo de duplicação da população

O crescimento expresso em porcentagem não é um conceito descritivo aplicável a muitos fins. Uma taxa de crescimento de 3% é lenta ou rápida? Uma maneira mais clara de ilustrar o crescimento da população é calcular quanto tempo ela levaria para duplicar-se a taxa atual de crescimento. Um país tem uma taxa de crescimento constante de 1 por cento duplicaria o tamanho de sua população em aproximadamente 70 anos; com 2 por cento, em 35 anos; com 3% em 23 anos. Uma maneira rápida de calcular o período de duplicação é dividir 70 pela taxa de crescimento expressa em porcentagem.

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70 = 70 = 875

taxa de crescimento (%) 0,08 Se a taxa de crescimento de 0,08 por cento durante

1996 continuar sem alterações, a população da Polônia duplicaria em aproximadamente 875 anos.

O tempo de duplicação não pode ser utilizado para projetar o tamanho futuro da população porque o mesmo supõe uma taxa de crescimento constante através das décadas, enquanto que as taxas de crescimento mudam. Apesar disto, calcular o tempo de duplicação ajuda a ilustrar o quanto a população está crescendo atualmente.

CAPÍTULO 9 - URBANIZAÇÃO e DISTRIBUIÇÃO

A urbanização é o aumento da população que reside em zonas urbanas ou a mudança de pessoas para as cidades ou outras áreas densamente povoadas. A distribuição da população se relaciona com os padrões de assentamento e dispersão da população em um país ou áreas de um país.

Urbano

As definições do que constitui uma zona urbana diferem segundo o país, embora seja relativamente comum que a população urbana consista por pessoas que residem em cidades e povoados de 2.000 habitantes ou mais, especialmente se a população é principalmente não agrícola. No Japão, um país densamente povoado, o termo “urbano” se refere às áreas com populações de 5.000 ou mais habitantes e com uma densidade populacional de 1.544 ou mais pessoas por km2. Nos Estados Unidos, os lugares que possuem populações de 2.500 habitantes ou mais são considerados zona urbana.

Porcentagem de urbanos

A população que reside em zonas urbanas pode ser expressa como a porcentagem da população total que vive na área urbana. Normalmente o restante da população é considerado rural, apesar de que em alguns países também possuem uma categoria intermediária denominada “suburbana”. O crescimento urbano se refere a um aumento do tamanho físico de uma zona urbana.

Número de pessoas que Vive em zonas urbanas K = 382.447.000 x 100 = 31,0 População total 1.232.084.000

• Em 1996 31 porcento da população da China era urbana • Em Singapura 100 por cento da população é urbana, enquanto

que Cuba possui 76 porcento de sua população urbana e Ruanda é somente de 6 por cento.

Área metropolitana

Uma área metropolitana se define como uma grande concentração de população, normalmente numa área de 100.000 ou mais residentes como uma cidade e seu núcleo, além de áreas suburbanas e “extraurbanas” que rodeiam a cidade e que estão integradas social e economicamente à mesma.

Densidade de população

A densidade de população se expressa normalmente como o número de pessoas por unidade de área de terreno.

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População total = 20.140.000 = 61,1 Área total de terreno 329.750

• Em 1995 a Malásia tinha uma densidade de população ou densidade demográfica de 61 pessoas por kilômetro quadrado de área de terreno.

• Em contraste Singapura tinha uma densidade de 5.366 pessoas por quilômetro quadrado em 1995, os Países Baixos 379 a Austrália uma densidade de 2.

As cifras de densidade com freqüência têm maior significado se forem expressas como população por

unidade de terra. Outra medida de densidade é o número médio de pessoas que vive em um domicílio.

CAPÍTULO 10 - TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA A transição demográfica se refere à mudança que experimenta as populações de altas taxas de

natalidade e mortalidade a baixas taxas de natalidade e mortalidade. Os níveis de natalidade e mortalidade altos evitaram que a maioria das populações experimentasse crescimento rápido durante a maior parte do tempo. De fato, muitas populações não só não experimentaram crescimento como também se extinguiram completamente quando as taxas de natalidade não compensaram as altas taxas de mortalidade. Eventualmente as taxas de mortalidade diminuíram em decorrência das melhorias nas condições de vida e a nutrição. A diminuição da mortalidade normalmente precede a redução da fecundidade, o que resulta em um crescimento da população durante o período de transição. Na Europa e em outros países industrializados as taxas de mortalidade decaíram lentamente. Com os benefícios dos avanços médicos, as taxas de mortalidade reduziram de forma mais rápida que iniciaram a transição durante o Século XX. As taxas de fecundidade não decaíram nem tão rápida e nem dramaticamente como as taxas de mortalidade.

Após a transição demográfica

. A transição demográfica tem uma quinta etapa. Quando a fecundidade declina a níveis demasiadamente baixos e permanece nesse nível por um período prolongado, uma taxa lenta de crescimento da população pode converter-se em uma taxa negativa. Muitos dos países europeus atualmente possuem taxas globais de fecundidade que estão abaixo do nível de reposição ao redor de 2 filhos por mulher. No final da década de 1990, as taxas globais de fecundidade da Bulgária, Itália, Espanha, República Checa e Rússia – todas com 1,2 filhos por mulher – destacaram-se entre as mais baixas do mundo inteiro e as de vários outros países não eram muito maiores. As observações mostram que o declínio da fecundidade tende a diminuir até a taxa de reposição. Isto tem provocado bastante discussão e tornando um assunto problemático em muitos outros países. A população atual da Alemanha poderá reduzir-se em um terço em meados do atual século se permanecerem as taxas atuais. Países como França tem instituído políticas a favor do crescimento e obtendo pouco êxito, enquanto que provavelmente a fecundidade diminuirá ainda que com tais políticas. Muitos são os fatores responsáveis pela redução da fecundidade. Em primeiro lugar uma maior participação feminina na força de trabalho, o elevado custo de vida e preferências pela forma que as pessoas desejam utilizar seu tempo livre, parecem manter as taxas de fecundidade em níveis muito baixos.

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Transição Demográfica em Finlândia

A Finlândia é um bom exemplo de país que tem atravessado as quatro etapas da transição demográfica.

Etapa I De 1785 a 1790 Alta taxa de natalidade, alta taxa de mortalidade = pouco ou nenhum crescimento. Taxa de natalidade: 38 por 1.000 Taxa de mortalidade: 32 por 1000 Taxa de crescimento natural: 0,6 por cento Etapa II De 1825 a 1830 Alta taxa de natalidade, taxa de mortalidade em declínio = alto crescimento.

Taxa de natalidade: 38 por 1000 Taxa de mortalidade: 24 por 1000 Taxa de crescimento natural: 1,4 por cento Etapa III De 1910 a 1915 Taxa de natalidade em declínio, taxa de mortalidade relativamente baixa = crescimento lento. Taxa de natalidade: 29 por 1000 Taxa de mortalidade: 17 por 1000 Taxa de crescimento natural: 1,2 por cento Etapa IV 1996 Taxa de natalidade baixa, taxa de mortalidade baixa = crescimento da população muito lento. Taxa de natalidade: 12 por 1000 Taxa de mortalidade: 10 por 1000 Taxa de crescimento natural: 0,2 por cento O envelhecimento de uma população e a sua limitada disponibilidade de trabalhadores de satisfazer

suas necessidades são preocupantes para os governos destas nações.

Crescimento nulo da população

O crescimento nulo da população ocorre quando os nascimentos mais a imigração equivalem às mortes mais a emigração. Uma população cuja fecundidade está no nível de reposição não tem necessariamente um crescimento nulo devido ao ímpeto demográfico da população. Uma população jovem continuará crescendo durante algumas gerações, segundo uma grande proporção de jovens que entram e saem de seus anos reprodutivos.

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Perspectiva histórica

Durante a maior parte da história da humanidade, a população aumentou muito lentamente. Foram necessários milhares de anos para que a população mundial alcançasse i milhão de habitantes, por volta de 1800. Neste ponto, o crescimento começou a acelerar-se à medida que diminuíam as taxas de mortalidade. A população mundial alcançou 2 bilhões de habitantes 130 anos mais tarde, por volta de 1930, superou a marca dos 3 bilhões em 1960 e alcançou 4 bilhões em somente 15 anos em 1975. A população mundial chegou aos 5 bilhões em 1987 e as 6.137 milhões em 2001. Em 1997, a taxa de natalidade mundial era de 24 nascimentos para cada 1.000 habitantes, com uma média de quase três filhos por mulher. A taxa de mortalidade era de 9 para cada 1.000 habitantes e esta combinação resulta em uma taxa de aumento anual de 1,5 porcento. Esta taxa de aumento tem reduzido de 2,1% anual no final da década de 60, porém, é suficientemente alta para resultar uma rápida taxa de crescimento. Se esta taxa se mantiver constante o mundo alcançaria uma população de aproximadamente 58.000 milhões de habitantes no ano 2150.

A três trajetórias hipotéticas Alta - A trajetória de alta fecundidade supõem que as taxas globais de fecundidade (filhos por mulher) para 2050 estarão entre 2,5 e 2,6 filhos. Por esta suposição, a população mundial chegará a 11.200 milhões em 2050, a 17.500 milhões em 2100 e a 27.000 milhões em 2150. Intermediária - A trajetória de fecundidade intermediária supõem que se alcançará a taxa de fecundidade de reposição (aproximadamente 2,1 filhos por mulher) em 2055 e a população mundial se estabilizará em aproximadamente 9.400 milhões em 2050, 10.400 milhões em 2100 e a 10.800 milhões em 2150. Segundo esta hipótese, a população mundial se estabilizará finalmente em pouco menos de 11.000 milhões por volta do ano 2200.

Baixa - A trajetória de fecundidade baixa supõem que as taxas globais de fecundidade (filhos por mulher) se estabilizarão eventualmente entre 1,35% e 1,60%. Por esta suposição, a população mundial aumentaria para 7.700 em 2050 e logo começaria a diminuir, reduzindo-se a 5.600 milhões em 2100 e eventualmente decaindo a 3.600 milhões em 2150.

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Muito antes de alcançar esse ponto, a curva de crescimento se nivelará como resultado de uma taxa de natalidade decrescente, de uma taxa de mortalidade crescente ou uma combinação de ambas. As características do aumento da população durante o século XX têm sido únicas na história mundial. No inicio do século XX o mundo teria menos de 2.000 milhões de habitantes e ao final do mesmo por volta de 6.000 milhões. Mais de 80% das pessoas do mundo vivem em países em vias de desenvolvimento. Que efeitos resultam tal crescimento da população no desenvolvimento econômico? Algumas pessoas sustentam que o crescimento da população e a alta densidade populacional são intrinsecamente benéficos para a modernização e o aumento da produtividade. Outras defendem a idéia de que o rápido crescimento da população na maioria dos países em vias de desenvolvimento é a causa da maioria de seus problemas.

CAPÍTULO 11 - POPULAÇÃO E POLÍTICAS

O que deverá acontecer no século XXI? O desenvolvimento econômico e social ocorrerá de forma mais rápida que o aumento da população? O planeta poderá sustentar um número muito maior do que o atual? O que se sabe é que o crescimento da população continuará sendo a chave para compreender o comportamento humano e antecipar as mudanças.

Durante o século XX foram celebrados 5 congressos internacionais sobre a população. Em 1954, especialistas em população se reuniram em Roma para apresentarem os resultados de seus trabalhos. Novas perspectivas das conseqüências do crescimento da população foram apresentadas e emitiram uma advertência sutil de que mudanças na população eram iminentes. No entanto não se tomaram resoluções nem foram feitas recomendações formais. Em 1965 os especialistas em população se reuniram em Belgrado, Yugoslávia, para debaterem sobre a fecundidade como um assunto de política de planificação do desenvolvimento. Um crescimento sem precedentes na população mundial havia impulsionado o que se investigava mais de perto os aspectos demográficos do desenvolvimento. No entanto, a meta permaneceu sendo o fomento dos conhecimentos científicos e não o desenvolvimento de políticas. Em 1974, foi celebrado o primeiro congresso intergovernamental de população das Nações Unidas em Bucarest, Romênia. Reuniram-se representantes de 136 países e reconheceram pela primeira vez o tamanho e a complexidade dos assuntos relacionados com a população mundial. Aqui o enfoque mudou do intercambio de conhecimentos para o desenvolvimento de políticas. A população começou a contemplar-se amplamente como um dos principais desafios internacionais. Ao mesmo tempo, o progresso econômico era lento e a pobreza reinava no mundo em via de desenvolvimento. Os países industrializados apoiavam programas de controle de crescimento da população. Os países em desenvolvimento respondiam que “o desenvolvimento era o melhor método contraceptivo” e resistiam à participação dos países desenvolvidos. Decorrente das controvérsias os delegados redigiram o primeiro documento internacional a cerca de políticas e programas dirigidos ao controle da população. Aprovaram um Plano de Ação Mundial para a População afirmando que todas os casais e os indivíduos têm o direito básico de decidir livre e responsavelmente o número e o intervalo de nascimentos de seus filhos e de ter a informação, a educação e os meios para atingi-los. Em 1984, 149 países participaram do Congresso Internacional de População celebrado no México. Baseando-se nos resultados das investigações, o congresso revisou e ampliou o plano de 1974.

Representantes de mais de 180 países e 1.200 organizações não governamentais se reuniram no Cairo, Egito, para participarem da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento das Nações Unidas em 1994. Chegou-se a um acordo de que não há uma solução única para frear o crescimento da população. As políticas mais amplas incluem o desenvolvimento econômico responsável, a educação e a atenção médica de alta qualidade que inclua serviços de planificação familiar. A saúde e o nem estar individual, assim como o poder de satisfazer as necessidades da família são reconhecidos como elementos chave para poder alcançar as metas de desenvolvimento. Os delegados adotaram um programa de ação num prazo de 20 anos que prevê um amplo marco de referência para políticas de população para o século XXI.

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Mudanças demográficas

Desde o Congresso de Bucarest em 1974, muitos países em vias de desenvolvimento têm envidado esforços para melhorar suas economias, atender à saúde de seus cidadãos e fomentar o apoio aos serviços de planificação familiar. Como resultado destes e de outros esforços, as taxas globais de fecundidade têm-se reduzido consideravelmente entre os países em vias de desenvolvimento. Em conjunto, as taxas globais de fecundidade (excluindo a China4) estão baixando de 6 filhos por mulher na década de 1960 a 3,8 em 1998. As taxas de natalidade no mundo em vias de desenvolvimento (excluindo a China uma vez mais) decaíram aproximadamente em 31% (de 42 nascimentos por mil habitantes no final da década de 1960 a 29 por mil no final da década de 1990). No entanto, as taxas de mortalidade também diminuíram em 41 por cento durante o mesmo período (de 17 para 10). Finalmente, a taxa de crescimento para esses países diminuiu de maneira menos marcada em torno de 24% (de 2,5% a 1,9%), que a taxa de natalidade do mesmo período. Para resumir, a taxa de natalidade dos países em desenvolvimento tem diminuído marcadamente durante os últimos 25 anos, enquanto que a taxa de crescimento tem reduzido de forma mais lenta. Muitos países, especialmente na Europa, estão “envelhecendo” à medida que a redução constante da fecundidade em combinação com a esperança de vida constante ou mais alta para as pessoas maiores conduz eventualmente a uma proporção mais baixa de crianças e adolescentes. O resultado tem sido a elevação da idade mediana da população. 4 As estatísticas de fecundidade para os países em desenvolvimento, excluindo a China, ilustram uma melhor

representação da situação da população no conjunto destes países. A fecundidade da China (muito baixa estimada em 1,8 filhos) e seus programas de planificação familiar têm sido marcadamente distintos dos demais países em desenvolvimento.

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G l o s s á r i o Análise de coorte: Observação do comportamento demográfico de uma coorte através de sua vida ou através de muitos períodos; por exemplo, exame do comportamento reprodutivo da coorte de pessoas nascidas entre 1900 e 1909 através de todos os anos reprodutivos. Análise de um período: observação de uma população em um período de tempo específico. A análise corresponde a uma “fotografia instantânea” de uma população em um período relativamente curto. Compara-se com a análise de coorte. Aumento da população: o aumento total da população resultante da interação de nascimentos e migrações em um determinado período de tempo. Censo: estudo de uma região determinada que tem como resultado a enumeração de toda a população e suas características demográficas, social e econômica em um dado momento. Coorte: grupo de pessoas que comportam simultaneamente uma experiência demográfica observada durante um certo período de tempo. Por exemplo: a coorte de nascimentos de 1900 refere-se às pessoas nascidas neste ano. Existem também coortes de matrimônios, coortes de classe escolar, etc.

Controle de natalidade: práticas empregadas por mulheres que permitem o coito com uma menor probabilidade de concepção. Com freqüência o termo controle de natalidade é utilizado como sinônimo de termos tais como anticoncepção, controle de fecundidade e planejamento familiar. Crescimento zero da população: corresponde a uma população em equilíbrio com uma taxa de crescimento zero, alcançada quando os nascimentos mais a imigração equivalem aos óbitos mais a emigração. Crescimento exponencial: corresponde a uma taxa constante de crescimento aplicada durante um período que permanece crescendo, por exemplo, uma população que cresce em 3% ao ano. Crescimento natural: é o excedente (ou déficit) de nascimentos sobre falecimentos em uma população, durante um determinado período. Crescimento negativo da população: uma diminuição líquida do tamanho da população. Demografia: do grego demos (população) + graphie (estudo). Estudo científico das populações humanas incluindo seu tamanho, composição, distribuição, densidade, crescimento e outras características demográficas e socioeconômicas, bem como as causas e conseqüências das mudanças experimentadas por esses fatores. Densidade de população: população por unidade de superfície terrestre: pessoas por kilômetro quadrado ou pessoas por kilômetro quadrado de terras exploradas. Despopulação: é o estado de declínio (diminuição do número de habitantes). Distribuição da população: é o regime de assentamento e dispersão de uma população. Equação compensadora: é uma fórmula demográfica básica utilizada para estimar mudanças total de uma população entre duas datas, ou para estimar qualquer componente desconhecido do movimento da população a partir de outros componentes conhecidos. A equação compensadora abrange todos os componentes do movimento de população: nascimentos, falecimentos, imigração e emigração. Idade média: é a média de idade de todos os membros de uma população.

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Idade mediana: é a idade que divide uma população em dois grupos numericamente iguais, isto é, a metade da população tem menos idade e a outra metade tem mais idade que a mediana. Idade reprodutiva: ver período de reprodução. Emigração: é o processo de deixar um país e adotar outro como residência. Emigração interna: é o processo de abandonar a subdivisão de um país, para adotar residência em outra (subdivisão). Enquete: uma análise de pessoas ou famílias selecionadas em uma população utilizada para determinar as características ou tendências demográficas de um segmento maior da totalidade da população. Vê-se também Censo. Envelhecimento da população: processo gradual em que a proporção de adultos e idosos aumenta em uma população, enquanto diminui a proporção de crianças e adolescentes. Isto ocasiona um aumento da idade mediana da população. Ocorre o envelhecimento quando diminuem as taxas de fecundidade e aumentando a esperança de vida em idades mais avançadas. Esperança de vida: é o número de anos de vida que restam, termo médio, a uma pessoa. Diz-se, também, esperança de vida ao nascer. Estatísticas vitais: dados demográficos sobre nascimentos, falecimentos, mortes fetais, casamentos e divórcios. Estrutura da população por idade e sexo: corresponde a constituição de uma população de acordo com o número ou proporção de homens e mulheres em cada categoria de idades. A estrutura da população por idade e sexo de uma população é o resultado cumulativo das tendências retrospectivas da fecundidade, mortalidade e migrações. Para descrever e analisar muitas das outras classes de dados demográficos é essencial dispor antes de informações sobre a composição da população por idade e sexo. Veja, também, Pirâmide de população. Explosão demográfica: expressão utilizada para descrever a tendência mundial no Século XX devido a um crescimento acelerado da população como resultado de uma taxa mundial de natalidade muito superior à taxa de mortalidade mundial. Estrangeiro ilegal: estrangeiro que entra em um país sem submeter-se à inspeção ou sem a documentação adequada ou que não obedeça às condições de admissão legal, por exemplo, permanecendo mais tempo que estipulado com vista de turista ou estudante. Fecundidade: procriação real de um indivíduo, casal, grupo ou população. Fecundidade ao nível de reposição: nível de fecundidade no qual uma coorte de mulheres tem, em média, filhas suficientes para recompor as mesmas em uma população. Por definição, o nível de reposição é igual a uma taxa líquida de reprodução de 1,00. Fertilidade: capacidade fisiológica de uma mulher, homem ou casal reproduzir um filho. Fuga de cérebros: emigração de uma porção importante da população profissional altamente qualificada e capacitada de um país para outros países que oferecem maiores oportunidades econômicas e sociais. Hipóteses de repulsão e atração: teoria relativa de migração, segundo a qual as circunstâncias do lugar de origem (tais como pobreza e desemprego) repelem ou obrigam as pessoas a abandonar esse lugar para transferir-se a outros que atraem positivamente (devido a fatores tais como um nível de vida elevado ou oportunidades de emprego).

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Ímpeto demográfico: tendência de crescimento de a população continuar além do momento de alcançar a fecundidade em nível de reposição, devido a uma tendência relativamente elevada de pessoas em idade de procriar. Implosão demográfica: diz respeito à distribuição da população no que se refere a dispersão ou concentração em determinados ambientes. Densidades de população relativamente elevadas em regiões industriais é um exemplo. A urbanização é o principal processo moderno da implosão demográfica. Imigração: processo de entrada de uma ou mais pessoas em um país com intuito de adotar residência permanente. Longevidade: a idade máxima que se poderia alcançar o ser humano em condições ótimas. A longevidade do homem é próxima dos 100 anos. Malthus, Thomas R.: Nascido em 1766; falecido em 1834. Clérigo e economista inglês, famoso por sua teoria (exposta em “Ensaio sobre o princípio da população”) de que a população mundial tende a aumentar com maior rapidez que os alimentos disponíveis e que, a menos que se controle a fecundidade mediante restrições sociais tais como um matrimônio adiado ou o celibato, a fome, o vício, a enfermidade e a guerra irão servir de freios naturais ao crescimento da população. Veja neomaltusianismo. Megalópolis: termo indefinido que denota um grupo interconectado de cidades e áreas urbanizadas entrelaçadas. Migração: movimento de pessoas através de uma divisão política para estabelecer uma nova residência permanente. Divide-se em migração internacional (entre países) e migração interna (dentro de um país). Migração interna: processo de passar de uma a outra subdivisão administrativa de um país (por exemplo, condado, província, estado, ou mesmo município) para adotar residência. Migração líquida: efeito líquido da imigração e emigração sobre a população de uma região em um determinado período de tempo, expresso como aumento ou diminuição. Morbilidade: freqüência das enfermidades em uma população. Mortalidade: falecimentos como componentes das mudanças populacionais. Mobilidade: movimento demográfico das pessoas. Natalidade: nascimentos como componentes das mudanças populacionais. Neomaltusianismo: pessoa que preconiza limitar o crescimento da população mediante a prática do controle de natalidade (o próprio Malthus não foi partidário do controle de natalidade como remédio para o crescimento demasiado acelerado da população). Nupcialidade: freqüência, características e dissoluções dos casamentos em uma população. Período de reprodução: é a idade em que a mulher é capaz de procriar e para fins estatísticos na maioria dos países está compreendida entre os 15 e 49 anos de idade. Pirâmide ou histograma de população: é uma classe especial de gráfico de barras que apresenta a distribuição de uma população por idade e sexo. Planejamento (planificação) familiar: atividade consciente dos casais a regular o número de filhos e o espaçamento dos nascimentos. Conota a prática do controle de natalidade para evitar um ou mais filhos, incluindo as intenções para induzi-lo.

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População: grupo de organismos da mesma espécie. População fechada: população que não apresenta uma corrente imigratória ou e emigratória, de forma que as mudanças ou a dimensão da população ocorrem somente como resultado de nascimentos e falecimentos. População estável: população cuja taxa de crescimento e composição por idade não muda decorrentes de taxas de natalidade e mortalidade por idade permanecerem constantes através de um período de tempo suficientemente longo. População estacionária: população estável com uma taxa de crescimento zero (devido a taxa de natalidade iguala e taxa de mortalidade ) e uma composição por idades que não muda. População jovem: população com uma proporção relativamente elevada de crianças, adolescentes e jovens adultos, uma baixa idade mediana e elevado percentual de nascimentos. População máxima: quantidade mais elevada de habitantes que pode sustentar um determinado ecossistema. População ótima: número ideal de pessoas que podem manter-se em uma área determinada, em contraste com a superpopulação e a subpopulação. População velha: população com uma proporção relativamente elevada de pessoas de idade madura e anciões, uma idade mediana elevada e, portanto, um menor potencial de crescimento. Política antinatalista: política governamental, sociedade ou grupo social que tem por fim frear o crescimento demográfico tratando de reduzir o número de nascimentos. Probabilidade de sobrevivência: proporção de pessoas em um grupo específico (por idade, sexo, estado de saúde, etc.) que vivam por um intervalo e que sobrevivam ao final deste intervalo. Projeção da população: cálculo das mudanças futuras no número de pessoas, sujeito a certas hipóteses acerca das tendências futuras nas taxas de fecundidade, mortalidade e migração. Os demógrafos freqüentemente fazem projeções baixas, médias e altas da mesma população, baseando-se em diferentes hipóteses sobre como mudariam estas taxas no futuro. Razão de abortos provocados: número estimado de abortos provocados por 1.000 nascimentos de crianças vivas em um determinado ano. Razão de dependência (por idade): razão entre as pessoas que por sua idade se definem como dependentes (menores de 15 anos e maiores de 64) mais as que se definem como economicamente produtivas (15-64) dentro de uma população. Razão de crianças-mulheres: é o número de crianças menores de 5 anos por 1.000 mulheres de 15 a 49 anos de idade de população. Esta medida bruta de fecundidade que se fundamenta em dados censitários básicos se utiliza às vezes quando se dispõe de informação mais específica sobre a fecundidade. Razão de sexo: pode se expressar como índice. É o número de homens por 100 mulheres em uma população. Registro de população: sistema oficial de compilação de dados em que se inscrevem continuamente as características demográficas e socioeconômicas da totalidade ou parte populacional. Tábua de mortalidade: representação tabular da esperança de vida e probabilidade de morte em cada idade de uma dada população de acordo com as taxas de mortalidade por idades predominantes. O quadro de esperança de vida dá uma idéia completa e organizada da mortalidade de uma população.

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Taxa de abortos provocados: é o número estimado de abortos provocados por 1.000 mulheres de 15 a 49 anos de idade em um determinado ano. Taxa de aumento natural: taxa de aumento (ou diminuição) de uma população em ano determinado devido a um excedente (ou déficit) de nascimentos frente às certidões de falecimento, expressadas como porcentagem da população base. Taxa bruta: taxa de qualquer evento demográfico computada para toda uma população. Taxa bruta de reprodução (TBR): é o número médio de filhas que nasceriam vivas durante a vida de uma mulher (ou grupo de mulheres), se seus anos reprodutivos transcorrerem conforme as taxas de fecundidade por idade de um ano determinado. Veja taxa líquida de reprodução e taxa global de fecundidade. Taxa de casos: é o número de casos declarados de uma enfermidade específica por 100.000 habitantes em um ano determinado. Taxa de crescimento: taxa que uma população aumenta (ou diminui) em um ano determinado devido ao incremento natural ou à imigração líquida, expressa em porcentagem da população base. Taxa de crescimento geométrico: taxa de crescimento acumulada ao final de um intervalo de tempo, como por exemplo meses, trimestres ou um ano. Taxa de divórcio: número de divórcios por 1.000 habitantes em um ano determinado. Taxa por idade: taxa obtida para grupos de idades específica (por exemplo a taxa de fecundidade por idade, a taxa de mortalidade por idade, a taxa de nupcialidade por idade, a taxa de analfabetismo por idade, a taxa de matrícula escolar por idade, etc.). Taxa de emigração: número de emigrantes que saem de uma região por 1.000 habitantes desta região. Taxa de fecundidade conjugal: número de nascidos vivos legítimos por 1.000 mulheres casadas de 15 a 49 anos de idade em determinado ano. Taxa final de fecundidade: número de filhos nascidos por mulher ema coorte de mulheres ao final do período de reprodução. Taxa geral de fecundidade: número de nascidos vivos por mil mulheres de 15 a 49 anos de idade/ano. (também se pode chamar de taxa de fecundidade). Taxa global de fecundidade (TGF): número médio de crianças que teria uma mulher (ou grupo de mulheres) durante sua vida, se seus anos de reprodução transcorrerem conforme as taxas de fecundidade por idade de um determinado ano. Veja também taxa bruta de reprodução e taxa líquida de reprodução. Taxa de incidência: número de pessoas que contraem uma determinada enfermidade como proporção da população exposta, por unidade cronológica. Taxa de imigração: número de imigrantes que chegam a um lugar de destino por 1.000 habitantes deste lugar de destino em um ano determinado. Taxa de letalidade: proporção de pessoas que contraem uma enfermidade e morrem por sua causa. Taxa de mortalidade(ou taxa bruta de mortalidade): número de falecimentos por 1.000 habitantes em um determinado ano.

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Taxa de mortalidade por causas: taxa de mortalidade que indica o número de mortes atribuídas a uma causa específica por 1.000 habitantes em um ano determinado. Taxa de mortalidade infantil: número de falecimentos de menores de um ano em um determinado ano por 1.000 nascidos vivos neste ano. Taxa de mortalidade materna: número de falecimentos de mulheres devido a complicações durante a gravidez e o parto por 100.000 nascidos vivos em um ano determinado. Taxa de mortalidade neonatal: número de falecimentos de crianças menores de 28 dias em um ano determinado por 1.000 nascidos vivos neste ano. Taxa de mortalidade perinatal: número de mortes fetais após 28 semanas de gravidez (nortes fetais tardias) mais o número de mortes de crianças menores de 7 dias por cada 1.000 nascidos vivos. Taxa de coeficiente de natalidade (taxa bruta de natalidade): número anual de nascimentos por 1.000 habitantes em um ano determinado. Não confundir com taxa de crescimento. Taxa de natalidade de mulheres solteiras: número de nascidos vivos por cada 1.000 mulheres não casadas (solteiras, viúvas ou divorciadas) de 15 a 49 anos de idade em um ano determinado. Taxa líquida de migração (saldo migratório): efeito líquido da imigração e emigração na população de uma região, expresso como aumento ou diminuição por 1.000 habitantes da região em um ano determinado. Taxa líquida reprodução (TLR): é o número médio de filhas que terá uma mulher (ou grupo de mulheres) por idade em um ano determinado. Esta taxa é análoga à taxa bruta de reprodução, porém leva em conta o fato de que algumas mulheres morrerão antes de transcorridos seus anos de reprodução. Uma TLR de 1.000 significa que cada geração de mães tem exatamente a quantidade suficiente de filhas para substituí-las na população. Veja taxa bruta de reprodução, taxa global de fecundidade e fecundidade ao nível de recomposição. Taxa de novas núpcias: número de novos casamentos por 1.000 pessoas que já foram casadas anteriormente (por exemplo, viúvas ou divorciadas) em um determinado ano. Taxa de nupcialidade: número de casamentos por 1.000 habitantes em um ano determinado. Taxa de prevalência: número de pessoas que tem uma determinada enfermidade em um dado momento por população sujeita ao risco. Tempo de duplicação: número de anos requeridos para que a população de uma região duplique em decorrência da taxa de crescimento desta população. Transição demográfica: mudança histórica das taxas de natalidade e mortalidade de níveis elevados a baixos em uma população. Normalmente o declínio da mortalidade precede o declínio da fecundidade, dando lugar assim a um rápido crescimento da população durante o período de transição. União consensual: quando duas pessoas não casadas se unem por um período prolongado. Urbanização: aumento da proporção de uma população que vive em zonas urbanas. Zona urbana: as definições de zonas urbanas variam de um país para outro. Tipicamente considera-se urbana uma zona com população de 2.000 ou mais habitantes. O Anuário demográfico das Nações Unidas publica uma lista de definições por país.