aula doença falciforme

44
Dr Francismar Prestes Leal Médico Hematologista Faculdade Ingá Doenças Falciformes

Upload: francismar-prestes-leal

Post on 02-Aug-2015

83 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Aula Curso Medicina Uningá

TRANSCRIPT

Page 1: Aula Doença Falciforme

Dr Francismar Prestes LealMédico Hematologista

Faculdade Ingá

Doenças Falciformes

Page 2: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

A doença falciforme é uma desordem genética, caracterizada por um tipo de Hb mutante - Hb S, que provoca distorção dos eritrócitos: forma de “foice” ou “meia-lua”

O termo doença falciforme define hemoglobinopatias nas quais pelo menos uma das hemoglobinas mutantes é a Hb S

As doenças falciformes mais frequentes são: Anemia falciforme (ou Hb SS) S talassemia ou microdrepanocitose Duplas heterozigoses - Hb SC e Hb SD

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.

Manual de condutas básicas na doença falciforme / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à

Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006

Page 3: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

Manual de condutas básicas na doença falciforme /

Ministério da Saúde – Brasília : Editora do

Ministério da Saúde, 2006

Page 4: Aula Doença Falciforme

DIFERENCIAÇÃO LABORATORIAL DASHEMOGLOBINOPATIAS MAIS COMUNS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.

Manual de condutas básicas na doença falciforme / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à

Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006

Page 5: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

O portador do traço de Hb S ou heterozigoto para a Hb S, não é anêmico, não tem alteração física e tem vida normal

Os portadores de doença falciforme, por outro lado, podem apresentar sintomatologia importante e graves complicações

A Hb S em situações de diminuição da tensão de oxigênio sofre polimerização, alterando a forma do eritrócito (foice)

Estes eritrócitos falcizados causam vaso-oclusão, isquemia, dor, necrose e disfunções, bem como danos permanentes aos tecidos e órgãos afetados, além de hemólise crônica

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.

Manual de condutas básicas na doença falciforme / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à

Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006

Page 6: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

Anemia Falciforme: doença hereditária monogênica mais comum do Brasil; ocorre, mormente, entre afro-descendentes

A distribuição do gene S no Brasil é muito heterogênea; depende da composição negra ou caucasóide da população

Nascimento de uma criança com AF para cada mil RNV

A prevalência de heterozigotos para a Hb S é maior nas regiões N e NE (6-10%) e menor nas regiões S e SE (2-3%)

Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. [Editorial] Rev Bras Hematol Hemoter. 2007;29(3):204-6

Page 7: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. [Editorial] Rev Bras Hematol Hemoter. 2007;29(3):204-6

Page 8: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

A prevalência da HbS no Paraná é menor do que nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país: Heterozigotos para HbS (Traço Falciforme):

1.500/100 mil RN (1,5%) Homozigotos para HbS (Anemia Falciforme):

2,2/100 mil RN (0,0022%)

Em Maringá: TF (dentre doadores de sangue): 1,3% (410/31.368 amostras;

trabalho realizado no SHDB, não publicado) AF: 1/3.421 RNV (0,03%)

Watanabe AM et al. Prevalência da hemoglobina S no Estado do Paraná, Brasil, obtida pela triagem neonatal. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2008 mai;24(5):993-1000

Luz GS, Carvalho MDB, Pelloso SM, Higarashi IH. Prevalência das doenças diagnosticadas pelo Programa de Triagem Neonatal em Maringá, Paraná, Brasil: 2001-2006. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2008 set;29(3):446-53

Page 9: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

DF é uma doença inflamatória crônica permeada de episódios agudos clinicamente controláveis

O diagnóstico laboratorial da DF é realizado pela detecção da Hb S e da sua associação com outras frações

A técnica mais eficaz é a eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose ou em agarose, em pH alcalino (pH variável de 8 a 9)

Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. [Editorial] Rev Bras Hematol Hemoter. 2007;29(3):204-6

Page 10: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

DF é uma doença inflamatória crônica permeada de episódios agudos clinicamente controláveis

O diagnóstico laboratorial da DF é realizado pela detecção da Hb S e da sua associação com outras frações

A técnica mais eficaz é a eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose ou em agarose, em pH alcalino (pH variável de 8 a 9)

Quanto ao tratamento, observamos nos últimos anos significativa melhora no prognóstico dos pacientes com DF, também no Brasil

Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. [Editorial] Rev Bras Hematol Hemoter. 2007;29(3):204-6

Page 11: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

O diagnóstico neonatal, a pronta instituição do tratamento (vacinas, penicilina profilática) e a orientação do reconhecimento precoce do sequestro esplênico pelos cuidadores, contribuíram para a redução da mortalidade das crianças nos primeiros anos de vida

Uso da hidroxiuréia (grande impacto na vida dos pacientes com DF): Menor número de crises vaso-oclusivas, de hospitalizações,

tempo de internação, ocorrência de STA e, possivelmente, de eventos neurológicos agudos

Outros fatores importantes foram: Diagnóstico e tratamento, precoce e adequado, da STA Identificação das crianças com maior risco de AVC e início

precoce das transfusões de hemácias

Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. [Editorial] Rev Bras Hematol Hemoter. 2007;29(3):204-6

Page 12: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

Estudos recentes têm demonstrado que pacientes com AF em transfusão regular de hemácias apresentam melhora do curso clínico da doença, redução de internações, crises vaso-oclusivas e STA

Pacientes com DF desenvolvem sobrecarga de ferro após a transfusão de 10-20 U CH, o que lhes confere maior risco de complicações, como doença hepática/cardíaca e morte precoce

Ballas et al., comparando pacientes com AF com e sem sobrecarga de ferro, demonstraram que o grupo com sobrecarga apresentava maior risco de crise vaso-oclusiva, insuficiência de órgãos e morte

Logo, a quelação de ferro deve fazer parte do tratamento da DF, ressaltando-se a possibilidade de uso de novos quelantes de ferro, por via oral, particularmente do deferasirox, aprovado desde 2006

Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. [Editorial] Rev Bras Hematol Hemoter. 2007;29(3):204-6

Page 13: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

Emergência Situação crítica ou algo iminente, de perigo; imprevisto Na medicina: ocorrência de agravo à saúde, com risco iminente de

vida ou que cause intenso sofrimento ao paciente, exigindo intervenção médica imediata

Urgência Situação de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida,

cujo paciente dependa de assistência médica rápida Ocorrências de caráter urgente têm um caráter menos imediatista

Adaptado da Resolução CFM nº 1451/95 de 10 de março de 1995 [publicada no Diário Oficial da União em 17.03.95 - Seção I - Página 3666] estabelece nos Parágrafos I e II do Artigo I as definições para os conceitos de urgência e emergência, a

serem adotas na linguagem médica no Brasil 

Page 14: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

Requisitos Mínimos para Atendimento de Urgência e Emergência na Doença Falciforme:

Equipe Médica e de Enfermagem “24 horas” Hemograma, Reticulócitos Oximetria, Gasometria Serviço de Imagem Medicina Transfusional Analgésicos (vários tipos) Antibióticos

Portaria nº 1.020/GM, de 13.5.2009, p. no DOU, Seção 1, de 15.5.09: estabelece diretrizes para a implantação do componente pré-hospitalar fixo para a organização de redes locorregionais de atenção integral às urgências, em conformidade com a Política

Nacional de Atenção às Urgências; UPA – Unidade de Pronto Atendimento; Sala de Estabilização – SE

Page 15: Aula Doença Falciforme

Conceitos Básicos

As complicações mais comuns da DF nos Serviços de Emergência podem ser divididas em quatro categorias:(Taylor & Moore, 2001)

Dor (vários tipos, aguda ou crônica)

Infecção Anemia (piora da)

AVE (ou AVC)

Crises de “Dor Falciforme” (Solomon, 2008)

79-91% dos Atendimentos de Emergência 59-64% das Internações Duração variável (3-5 dias), várias vezes ao ano

Page 16: Aula Doença Falciforme

Na prática, como é o atendimentodas Urgências ou Emergências?

Dificuldade de acesso aos Serviços Básicos de Saúde: Uso dos Serviços de Urgência / Emergência (U / E) PA / PS: porta de entrada mais importante do SUS Estes Serviços (U / E) estão quase sempre lotados Prioridade no atendimento destes Serviços (U / E):

Trauma ou outras situações “mais comuns”

Evento Agudo da Doença Falciforme:

“Mal Atendido!”

Page 17: Aula Doença Falciforme

Na prática, como é o atendimento das Urgências ou Emergências?

A Rede Básica de Serviços de Saúde não está preparada para lidar com Doença / Doente Falciforme

A Doença é “desconhecida” por muitos Profissionais de Saúde (perfil da morbidade / mortalidade)

Crises Intensas de Dor: CETICISMO por parte destes Profissionais em relação a

autenticidade da dor e a necessidade do uso de opióides

Page 18: Aula Doença Falciforme

Na prática, como é o atendimentodas Urgências ou Emergências?

Estrutura mais complexa a ser preparada no Atendimento de Urgência e Emergência da Doença Falciforme:

É a HUMANA!

Dificuldades para lidar com uma Doença Crônica:

Pessoa com Doença Falciforme

Pessoa que trabalha

com Doença Crônica

Page 19: Aula Doença Falciforme

Algumas Recomendações:

Capacitar Profissionais das Emergências / Urgências (SUS) para o Atendimento das Doenças Falciformes

Organizar a Rede de Referência e de Contra-Referência de acordo com as peculiaridades de cada local

As CENTRAIS DE REGULAÇÃO devem estar preparadas para estabelecer Prioridades no Atendimento dos Eventos Agudos das Doenças Falciformes

Page 20: Aula Doença Falciforme

Algumas Recomendações:

Adotar o “lugar” do paciente e suas necessidades como ponto de partida para qualquer intervenção (e se fosse eu ou um amado meu?)

Reconhecer o indivíduo como sujeito no processo do cuidado e não apenas como objeto de prática / prescrição

Integração Ensino / Serviço vinculando a formação acadêmica dos profissionais de saúde à realidade do SUS e às necessidades do indivíduo com Doença Falciforme

Page 21: Aula Doença Falciforme

Algumas Recomendações:

Implementação de programas de orientação da comunidade

Divulgar os Manuais com condutas já existentes e implantadas pelo Ministério da Saúde do Brasil

Treinamentos (Educação Continuada) para a Equipe Multidisciplinar de Saúde, especialmente aos enfermeiros, que devem ser encorajados a melhorar a qualidade de atendimento e de vida do Doente Falciforme

LOUREIRO MM. Aspectos clínico-epidemiológicos e percepção de dor na doença falciforme; Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, 2009

Page 22: Aula Doença Falciforme

Seguir Recomendações...

Page 23: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

É o quadro mais dramático e “comum” da Doença Falciforme

Obstrução da (micro)circulação por hemácias “afoiçadas”

A crise álgica pode ocorrer associada a: Infecção (Febre, Desidratação, Acidose) Frio (Resfriamento súbito da pele) Estresse Físico ou Emocional (Traumas, Esforços) Menstruação (37% das pacientes, o que pode ser atenuado

com o uso de ACO - Amenorréia) Gravidez Outros

Lobo C et al. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):247-258

Page 24: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

Características: Início abrupto Qualquer área do corpo Grande variabilidade, Imprevisível Recorrente Todas as idades

Deve ser iniciada hidratação oral, com água e outros líquidos (2 vezes o valor das necessidades hídricas para a idade)

Tratamento imediato e eficaz da dor, mesmo quando leve, pois a própria dor pode levar à piora da crise

Lobo C et al. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):247-258

Manual de eventos agudos em doença falciforme / Ministério da Saúde – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009

Page 25: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe a utilização de analgésicos através de uma escada de três degraus:

1º - Analgésico não opiáceo/AINE ± Adjuvante

2º - Opióide fraco ± Analgésico não opiáceo / AINE ± Adjuvante

3º - Opióide potente ± Analgésico não opiáceo / AINE ± Adjuvante

Page 26: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica): Escalas

Page 27: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

Início da dor: Tratamento em Casa!

Nível 1: Dor quantificada de 1 a 3 Iniciar primeiro degrau (respeitar intervalos de cada fármaco)

Nível 2: Dor na escala de 3 a 6 + AINE, alternando drogas

Nível 3: Dor na escala de 6 a 10 + Codeína (opióide fraco) Paciente usa 3 analgésicos intercalados

Lobo C et al. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):247-258

Page 28: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

Mantém dor: Terapia no Hospital!

Nível 3: Dor na escala de 6 a 10 Analgesia Parenteral Analgésicos Intercalados

Page 29: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

Mantém dor: Terapia no Hospital!

Medo da dependência psíquica: O Profissional de Saúde teme que o paciente se torne Dependente

psíquico se o analgésico Opióide for prescrito Contudo, instituir subdoses de analgésicos predispõe os pacientes a

adotar o comportamento de “buscador de medicação” (evitar dor) Neste comportamento, a procura do medicamento é movida pelo

medo de sentir dor e não ter o medicamento à mão A porcentagem de dependência psíquica em pacientes com doença

falciforme é de apenas 1-3%Marlowe KF, Chicella MF. Treatment of sickle cell pain.

Pharmacotherapy. 2002;22(4):484-91

Lobo C et al. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):247-258

Page 30: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

Desconfiança quanto à intensidade da dor: A intensidade da dor pode não ter correlação com os sinais vitais!

(a indicação do paciente deve ser usada como guia da analgesia) Pacientes podem manter atividades que parecem incompatíveis com

a imagem esperada do paciente com dor intensa, como assistir televisão ou falar ao telefone (distração para suportar melhor a crise)

O fato do paciente dormir mesmo com dor pode confundir o Profissional de Saúde: parte ao efeito sedativo do opióide usado para analgesia (e pacientes com dor também precisam dormir...)

Isso é percebido como um “exagero” na dor que é informada!

Lord B and Woollard M. Emerg Med J 2011 Feb 28:147

Lobo C et al. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):247-258

Page 31: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

Mantém dor: Terapia no Hospital!

A analgesia deve ser mantida por pelo menos 1 a 2 dias após a remissão completa da dor, podendo-se retornar para a VO, após amenização do quadro

O opióide usado por até uma semana pode ser descontinuado de forma abrupta (mais que 1 semana: retirada lenta)

Deve-se evitar o uso de meperidina, por sua baixa potência analgésica, pela frequência de efeitos colaterais e pela importância da dependência química

Manual de eventos agudos em doença falciforme / Ministério da Saúde – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009

Page 32: Aula Doença Falciforme

Crise de Dor (Álgica)

Mantém dor: Terapia no Hospital!

Hidratação venosa com soro 4:1 (quatro partes SG 5% e uma SF 0,9%), respeitando as condições cardiopulmonares do paciente

Início precoce de fisioterapia respiratória e motora Fatores desencadeantes e mantenedores da dor, principalmente

infecções, devem ser prontamente tratados Dor óssea e edema localizado (com restrição de movimentos e

febre): avaliação ortopédica para “afastar” osteomielite Embora o uso de protocolos para a abordagem da dor seja

importante, é fundamental que ela seja individualizada, com avaliações frequentes e valorização das queixas dos pacientes

Manual de eventos agudos em doença falciforme / Ministério da Saúde – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009

Page 33: Aula Doença Falciforme

Manual de Eventos Agudos em Doença FalciformeMinistério da Saúde – Brasília

Editora do Ministério da Saúde, 2009

Page 34: Aula Doença Falciforme
Page 35: Aula Doença Falciforme
Page 36: Aula Doença Falciforme
Page 37: Aula Doença Falciforme
Page 38: Aula Doença Falciforme
Page 39: Aula Doença Falciforme
Page 40: Aula Doença Falciforme
Page 41: Aula Doença Falciforme
Page 42: Aula Doença Falciforme

Falciforme...

Falciforme...Forma de foice.Falsa formaDe doença fraca.Parece bem,E subitamenteNova crise ataca.Dor absurda,Anemia piora,Baço embaça.Apesar dos gritosDe sofrimento,Medicina é surda,Médico ignora,Coisa de raça?Há tantos mitos,Parco entendimento.

E a dor segueSem adequado alívio,Mesmo que o livroDiga o que fazer.Doença falciforme.Desconhecida, comum.Talvez mudar o nome?Não! Não basta...Eis o caminho:Medicina "humana",Crer no paciente,Mitigar o sofrer.Sem falsas formas.Falciforme.Forme.Foice.Foi.É...

Francismar Prestes Leal

Page 43: Aula Doença Falciforme

Obrigado pela Atenção!

Page 44: Aula Doença Falciforme