aula 5 - espectoscopia de absorção atômica - forno de grafite

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1 Química Analítica Instrumental A Prof a : Juliane Froncheti de Moura Santo Ângelo, 25 de março de 2014. 2 Espectroscopia de Absorção Atômica - AAS PARTE II: FORNO DE GRAFITE Em 1959 Boris L’vov, propôs o uso de uma forno de grafite como atomizador. Amostra deveria ser completamente vaporizada, e a absorbância total associada com o elemento de interesse, usada para quantificação. 3 Espectroscopia de Absorção Atômica - AAS Tubo de 10 cm de comprimento Revestimento: grafite pirolítico, menos poroso e menos denso que o grafite eletrolítico. Aquecimento Joule: aplicação de uma corrente alta (500 A) a baixa voltagem (10 A) FORNO DE GRAFITE 4 Espectroscopia de Absorção Atômica - AAS 5 Espectroscopia de Absorção Atômica - AAS FORNO DE GRAFITE 6 Espectroscopia de Absorção Atômica - AAS * Atomização eletrotérmica, gerando uma nuvem atômica mais concentrada e, por conseguinte, de maior sensibilidade. * Tubo de grafite em um sistema de elevada corrente elétrica, capaz de aquecê-lo, sob atmosfera inerte. * Forno de grafite orientado com o feixe de radiação. * Amostra passa do estado fundamental ao seu primeiro estado de excitação. * Átomos absorvem energia proveniente da radiação eletromagnética, resultando em uma diferença de intensidade do feixe radiante. FORNO DE GRAFITE

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  • 1Qumica Analtica Instrumental A

    Profa: Juliane Froncheti de Moura

    Santo ngelo, 25 de maro de 2014.

    2

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    PARTE II: FORNO DE GRAFITE

    Em 1959 Boris Lvov, props o uso de uma

    forno de grafite como atomizador.

    Amostra deveria ser completamente

    vaporizada, e a absorbncia total associada com o

    elemento de interesse, usada para quantificao.

    3

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Tubo de 10 cm de comprimento

    Revestimento: grafite piroltico,

    menos poroso e menos denso que o

    grafite eletroltico.

    Aquecimento Joule: aplicao

    de uma corrente alta (500 A) a baixa

    voltagem (10 A)

    FORNO DE GRAFITE

    4

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    FORNO DE GRAFITE

    6

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    * Atomizao eletrotrmica, gerando uma nuvem atmica mais

    concentrada e, por conseguinte, de maior sensibilidade.

    * Tubo de grafite em um sistema de elevada corrente eltrica,

    capaz de aquec-lo, sob atmosfera inerte.

    * Forno de grafite orientado com o feixe de radiao.

    * Amostra passa do estado fundamental ao seu primeiro estado

    de excitao.

    * tomos absorvem energia proveniente da radiao

    eletromagntica, resultando em uma diferena de intensidade do

    feixe radiante.

    FORNO DE GRAFITE

  • 27

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    FORNO DE GRAFITE

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    ATOMIZADORES DE GRAFITE

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    ATOMIZADORES DE GRAFITEAquecimento transversal (THGA)

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Aquecimento em 4 etapas:

    SECAGEM: em torno da TE do solvente.

    PIRLISE: Usada para destruir a matriz.

    ATOMIZAO: medida da absorbncia.

    LIMPEZA: etapa final.

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Etapas do aquecimento

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Etapas do aquecimento

  • 3Secagem

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Pirlise

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Pirlise

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    Atomizao

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Atomizao

  • 419 20

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Comparativo: FAAS x GFAAS

    Vantagens do forno de grafite:

    Maior tempo de residncia dos analitos no volume de

    observao: aumento da sensibilidade.

    Pequena quantidade de amostra.

    Transporte de amostra com eficincia mxima.

    Baixo consumo de solues analticas.

    Permite anlise de slidos diretamente.

    Possibilidade de tratamento trmico da amostra durante as

    etapas de secagem e pirlise.

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    22

    Desvantagens do forno de grafite:

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Baixa freqncia analtica: tempo de anlise de 3 a 5 minutos

    por amostra.

    Deteriorao do tubo de grafite: 500-600 anlises.

    Intervalo linear de anlise.

    Baixa repetibilidade e reprodutibilidade se comparada a FAAS.

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    No incio:

    * No isotrmicos os tomos formados se difundiam para

    as extremidades mais frias do tubo e condensavam.

    * Diferenas de temperatura superior a 1000C

    SOLUO????

    PLATAFORMA DE LVOV!!!

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    24

    Plataforma de Lvov

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    * Montada dentro do tubo com

    pequenas ranhuras.

    * Grafite piroltico conduz

    menos na vertical que na

    horizontal.

    * Aquecimento por radiao

    e no por conduo.

  • 525

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Vantagens da Plataforma de Lvov:

    A amostra colocada na plataforma atomizada

    quando a temperatura no esta mais mudando e os

    tomos so lanados em uma atmosfera de

    temperatura igual ou mais quente.

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    Tipos de tubo de grafite

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Tubo de grafite de alta densidade:

    utilizado para elementos que possuem

    baixa temperatura de atomizao

    como Cd, Na, Pb, Zn, K, Mg...

    Tubo de grafite revestido: para

    elementos refratrios que reagem com

    carbono como Ni, Ca, Ti, Si, V, As, Cu,

    Mo, Mn...

    Tubo de grafite com plataforma de

    Lvov: para amostras contendo

    matrizes complexas. Ideal para

    anlises de resduos industriais e

    monitorao ambiental.

    27

    Tempo de residncia do tomo dentro do tubo:

    = (comprimento)2

    Coeficiente de difuso

    * Maior sensibilidade - usando tubos mais longos

    * Aumento da corrente

    * Dimetro: no influncia na difuso, mas aumenta a diluio da

    nuvem atmica.

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    28

    Gs inerte

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    * Evita a combusto do grafite a altas temperaturas;

    * Arrasta para fora do forno concomitantes vaporizados da etapa

    de atomizao.

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    Gases utilizados:

    Ar ou N

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    * Nitrognio a altas temperaturas, reage co o grafite formando CN.

    * Bandas de CN e espectros de monohalogenetos de alcalinos e

    alcalinos terrosos.

    * Gases alternativos O2, H2, CH3 (podem favorecer a destruio da

    matriz.

    30

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Conceito STPF (Stabilized Temperature Plataform Funace

    1) Plataforma de Lvov

    2) Alta velocidade de aquecimento na etapa de atomizao

    3) Interrupo do gs interno durante a atomizao

    4) Absorbncia integrada

    5) Uso de modificadores qumicos.

  • 631

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Amostras

    * Slidas: diretamente na plataforma (p fino)

    * Lquidas: micropipeta, dispensadores automticos*

    * Maior preciso, evitam problemas de composio.

    * Volume da amostra: 1 a 100 L.

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Atomizao no forno de grafite

    Obter-seexperimentalmente ascurvas de pirlise ede atomizao,

    33

    Interferncias em absoro atmica

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Presena de outros concomitantes da amostra.

    So classificadas em:

    # Espectrais: fase condensada (ou de volatilizao)

    e interferncia na fase vapor.

    # No Espectrais: ocasionadas pela sobreposio

    de linhas atmicas.

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    Interferncias na Fase Condensada

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    - Perda do elemento durante a pirlise.

    - Formao de carbetos e compostos de

    intercalao, que levam a uma atomizao incompleta

    ou a uma mudana na velocidade de volatilizao.

    Como evitar: temperatura tima de pirlise para cada

    matriz e uso de modificadores qumicos (sal

    inorgnico).

    35

    Exemplos de modificadores:

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    - Interferncia de NaCl em gua do mar

    * Nitrato de amnio: cloreto de amnio e nitrat de sdio

    mais volteis (eliminados em aproximadamente 400C).

    - Determinao de fsforo

    * Paldio: na ausncia o P perdido em 150C.

    Com o uso: pirlise em 1350C.

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    Requisitos para um bom modificador qumico

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Estabilizao do elemento a ser determinado at 1000C;

    Aplicvel a tantos elementos quanto possvel;

    No deve ser um elemento frequentemente determinado;

    No deve ter um efeito negativo na vida do tubo;

    Deve estar disponvel em alta pureza;

    No deve provocar fundo muito alto.

  • 737

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Nitrato de paldio misturado com nitrato de magnsio

    MODIFICADOR UNIVERSAL PARA 16 ELEMENTOS

    * Cu, Ag, Au, Cd, Hg, Ga, In, Tl, Ce, Sn, Pb, As, Sb, Br, Se, Te

    * Nitrato de paldio ou paldio misturado com Ca - P

    * Magnsio Be, V, Cr, Mn, Fe, Co, Al e Zn

    * Boro - Ca

    * cido sulfrico - Ca

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    Interferncia na Fase Vapor

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Ocasionado por deslocamento no equilbrio de

    dissociao e ionizao provocada elos interferentes e pela

    recombinao dos tomos com os concomitantes.

    Como evitar: uso de plataforma de Lvov e pelo

    aquecimento rpido na etapa de atomizao.

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    Interferncias Espectrais

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Absoro da radiao da fonte por bandas

    moleculares de concomitantes volatilizados e o

    espalhamento da radiao por partculas no volume de

    absoro, que constituem a atenuao de fundo.

    Como evitar: uso de corretor de fundo; conceito STPF;

    mtodos de separao, programa de temperatura adequada.

    40

    Atomizaes alternativas

    Gerao de Vapor de Hidretos (HGAAS)

    Vapor Frio (CVAAS)

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    41

    Alguns elementos como As, Se e Sb reagem com o

    borohidreto de sdio, liberando seus respectivos hidretos

    (ASH3, SeH2, SbH3). Estes hidretos podem ser carreados

    para uma clula de atomizao, aquecida e torno de

    900C, onde sero decompostos, liberando o elemento na

    forma atmica.

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Gerao de Hidretos

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    Gerao de Hidretos

    Deteco de metais em forma de hidreto de baixo PE.

    Utilizado para As, Bi, Se, Sb, Sn, Te e Hg.

    Cd, Ge, Pd e Tl tambm podem eventualmente analisados

    por este mtodo.

    Anlise de analitos em baixa concentrao.

    Em condies normais, apenas o analito forma espcie voltil,

    ou seja, evita-se efeito de interferncia de matriz.

    Apenas fase gasosa analisada, proporcionando um sistema

    de introduo de amostra mais eficiente, com aumento de

    sensibilidade.

    Melhora dos limites de deteco.

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

  • 843

    Gerao de Hidretos

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Gerao de Hidretos - Vantagens

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Reao rpida e completa, sem perda de analito.

    Grande eficincia de transporte do hidreto formado.

    Facilita a separao do analito desejado.

    Aumento do limite de deteco (ppb).

    Permite especiao qumica.

    Pode ser automatizado.

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Gerao de Hidretos - Desvantagens

    Susceptibilidade a interferentes existentes na soluo de leitura.

    Variaes na cintica de reao de formao de hidreto.

    pH e concentraes podem ser problemas crticos para alguns

    elementos.

    Podem ocorrer problemas inerentes a formao de hidretos de

    diferentes estados de oxidao.

    46

    Gerao de Hidretos

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Gerao de Hidretos

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Gerao de Hidretos

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Interferncias

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Interferncias Cinticas: retardo na formao de hidretos por

    excesso de espuma ou por uso de volume excessivo de amostras.

    Como evitar: uso de agente anti-espumante;amostras e padres

    devem ter o mesmo volume.

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Interferncias

    Interferncias no estado de oxidao: para os elementos do grupo

    VA, o estado de oxidao +5 leva a sinais menores que o estado

    +3. Para os elementos da famlia VIA, o estado de oxidao +6 no

    leva a sinais perceptveis.

    Como evitar: Proceder a reduo ou oxidao do elemento antes

    da determinao.

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Interferncias

    Interferncias qumicas: aquelas que vo influenciar na ao do

    borohidreto como redutor ou iro reagir com o hidreto, antes de

    seu transporte para a clula de absoro.

    Como evitar: podem ser eliminadas pelo aumento da concentrao

    de cido, pelo uso de complexantes.

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Interferncias

    Interferncias na fase gasosa: os elementos fomadores de hidretos

    interferem mutuamente. Trata-se da competio, o tubo de

    quartzo, pelos radicais livres H, certamente l existentes em

    pequena quantidade.

    Como evitar: podem ser eliminadas pelo uso criterioso de agentes

    complexantes.

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Vapor Frio

    Utilizado para determinao de Hg.

    Apenas Hg, dentre os metais, possui considervel presso de

    vapor a temperatura ambiente (maior que 0,0016 bar a 20 C,

    aproximadamente 14 mg/m3 Hg em forma atmica).

    Anlise de elevada sensibilidade (ppb).

    Fcil amostragem e utilizao.

    Sistema automtico de gerao.

    54

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Limitaes:

    * Contaminao

    * Interferncias qumicas e espectrais

    * Sem especiao

    Vapor Frio

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Vapor Frio

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Vapor Frio

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Mtodos Gerais para correo de interferncias em AAS

    Tcnica da Adio Padro

    Consiste em deixar padres e amostras no mesmo

    ambiente qumico, adicionando as alquotas de igual volume da

    amostra, o mesmo volume de diferentes padres.

    Deste modo, a concentrao dos concomitantes a mesma

    em qualquer uma das solues preparadas.

    58

    Mtodos Gerais para correo de interferncias em AAS

    Solues Branco

    Podem ser usadas para corrigir o fundo em certas

    circunstncias. Um branco preparado contendo os mesmos

    elementos da matriz e nas mesmas concentraes. O branco deve

    produzir a mesma absoro de fundo da amostra, e a absoro

    correta obtida por diferena.

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

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    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Mtodos Gerais para correo de interferncias em AAS

    Compensao por duas linhas

    Faz uso de uma linha no absorvente nas proximidades do

    comprimento de onda do elemento analisado.

    60

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Mtodos Gerais para correo de interferncias em AAS

    Correo pela Lmpada de Deutrio

    Produz um espectro contnuo de emisso na regio entre

    200 e 300 nm.

    Lmpada de ctodo oco: sensvel a radiao especfica e a

    absoro de fundo.

    Lmpada de Deutrio: sensvel somente a absoro de

    fundo.

  • 11

    61

    Espectroscopia de Absoro Atmica - AAS

    Mtodos Gerais para correo de interferncias em AAS

    Correo pela Lmpada de Deutrio

    Produz um espectro contnuo de emisso na regio entre

    200 e 300 nm.

    Lmpada de ctodo oco: sensvel a radiao especfica e a

    absoro de fundo.

    Lmpada de Deutrio: sensvel somente a absoro de

    fundo.