atualidades p/ ibama (analista ambiental) · 1.11.2015 · a concessão de obras e serviços de...

100
Aula 03 Atualidades p/ IBAMA (Analista Ambiental) Professor: Leandro Signori

Upload: lamtu

Post on 11-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Aula 03

    Atualidades p/ IBAMA (Analista Ambiental)

    Professor: Leandro Signori

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 99

    AULA 03 Economia Brasileira

    Sumrio Pgina

    1. Economia brasileira em crise 2

    1.1 PIB 5

    1.2 Contas pblicas 6

    1.3 Inflao alta 8

    1.4 Alta dos juros 9

    1.5 Taxa de cmbio 11

    1.6 Balana comercial 12

    2. Emprego e desemprego 14

    3. Indstria 14

    4. Agropecuria e Agronegcio 16

    5. Infraestrutura e Logstica 18

    5.1 Matriz de Transporte 19

    5.2 Matriz Energtica 22

    6. Brasil stima maior economia do mundo 29

    7. Questes Comentadas 31

    8. Lista de Questes 76

    9. Gabarito 99

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 99

    1. Economia brasileira em crise

    O Brasil terminou o ano de 2015 sob o efeito de uma intensa crise econmica. Aps passar por quase uma dcada de crescimento econmico, inflao estvel e alto nvel de emprego, o cenrio agora mais nebuloso. Com o agravamento da recesso, o Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado encolheu 3,8%, o pior resultado desde 1990. A inflao fechou o ano acima dos 10%, a mais alta desde 2002. O desemprego aumentou, o que traz mais insegurana para os trabalhadores.

    Essa conjuntura negativa tem relao direta com um problema estrutural na economia brasileira: o desequilbrio nas contas pblicas. Nos ltimos anos, o governo federal passou a gastar cada vez mais, enquanto a arrecadao com impostos e tributos diminuiu. Em 2014, pela primeira vez, desde 1997, o governo federal registrou um dficit primrio em suas contas. Ou seja, as despesas do governo superaram as receitas.

    Diante desse cenrio, a presidente Dilma Rousseff (PT) comeou seu segundo mandato, em 1 de janeiro de 2015, sob o signo do chamado ajuste fiscal. Trata-se de um conjunto de medidas que visam equilibrar o oramento do governo, envolvendo tanto a conteno de gastos como a ampliao de receitas.

    O governo Dilma tambm tentou reativar a economia com medidas como a concesso de obras e servios de infraestrutura, plano de apoio as exportaes, plano de proteo ao emprego e linhas de crdito para o setor automotivo por meio da Caixa e do Banco do Brasil.

    Michel Temer (PMDB), presidente em exerccio, vem dando continuidade ao ajuste fiscal com novas medidas. Para reativar a economia, busca reconquistar a confiana do mercado no Governo Federal e implementar um amplo programa de concesses de obras e servios de infraestrutura.

    O agravamento da crise

    O governo do presidente Lula (PT) (2003-2011) adotou como bases da poltica econmica os investimentos governamentais em infraestrutura e a abertura de linhas de crdito para empresrios e consumidores, visando ampliao da produo e do consumo. Tambm houve medidas de distribuio de renda, principalmente na promoo de programas sociais e no aumento real do salrio mnimo. Toda essa poltica foi conduzida sob uma diretriz oramentria pautada pela obteno de supervits primrios ou seja, gastou-se menos do que se arrecadou em impostos, excetuando as receitas e despesas com juros.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 99

    Lula governou em um momento favorvel da economia mundial. O PIB global cresceu 4% ao ano, em mdia, durante o seu governo. No mesmo perodo, o PIB brasileiro cresceu 4,4% ao ano, em mdia. Esse crescimento, possibilitou um aumento da arrecadao, a expanso dos gastos pblicos e a obteno de supervits primrios.

    No governo Dilma, porm, o desempenho da economia piorou. A prolongada crise internacional impactou as exportaes de commodities, afetando o crescimento da economia brasileira.

    Contudo, o pior momento da crise mundial j passou. A economia norte-americana vem se recuperando bem. A economia da Unio Europeia ainda enfrenta muitas dificuldades, mas vem mantendo um crescimento anual, embora baixo. Em 2014 e 2015, o PIB mundial cresceu 3% ao ano. No mesmo perodo, o PIB brasileiro caiu 3,9%. O que explica ento, a crise econmica brasileira?

    Alguns especialistas apontam as aes adotadas pelo governo federal para estimular os investimentos como o principal responsvel pelo desequilbrio oramentrio, que seria a principal causa da crise econmica brasileira.

    Na crise financeira de 2008, o governo Lula aumentou os subsdios s grandes empresas e ofereceu incentivos fiscais a setores da indstria, o que permitiu ao Brasil atravessar o perodo sem grandes sobressaltos econmicos. No entanto, o prolongamento dessas medidas de estmulo econmico durante o governo Dilma foi deteriorando as contas pblicas. Ao incentivar o consumo, o governo esperava que houvesse um crescimento dos investimentos e da capacidade de produo, o que no ocorreu. A deciso do governo Dilma de baixar os juros para incentivar a economia pela facilitao do crdito tambm tem sido criticada como uma das causas da volta da inflao.

    J o governo Dilma, aponta como a causa principal da crise econmica brasileira, a crise econmica mundial. O Brasil tornou-se muito dependente das exportaes de commodities. O principal importador a China, que diminuiu sensivelmente as importaes do Brasil, aps a crise de 2008. Os preos dos produtos tambm caram no mercado internacional.

    Outro fator apontado pelo Governo Dilma a crise de Petrobras, que diminuiu significativamente os seus investimentos, aps a deflagrao da Operao Lava Jato. A Petrobras influencia significativamente a economia brasileira. No entanto, para economistas, mesmo sem a Operao Lava Jato, a Petrobras diminuiria o nvel dos investimentos, pois sua receita foi afetada pela queda do preo do barril do petrleo e pelo seu elevado endividamento. A petroleira est entre as empresas mais endividadas do mundo.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 99

    Com toda esta dificuldade fiscal queda na arrecadao, dificuldade de ter supervit primrio e dficit pblico, as trs principais agncias de classificao de risco - Standard & Poors, Fitch e Moodys - rebaixaram a nota de crdito do Brasil. Com isso, o pas perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendvel para os investidores aplicarem seu dinheiro.

    - Professor, o que grau de investimento?

    - Explico.

    Um governo consegue dinheiro vendendo ttulos no mercado. Os investidores compram papis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo tem avaliao ruim, considera-se que h risco de dar um calote e no pagar esses investidores.

    Se houver desconfiana sobre essa devoluo, fica difcil conseguir vender esses ttulos, e o pas tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O pas com mais confiana so os EUA.

    O rating, ou classificao de risco, indica aos investidores se um pas, empresa ou negcio considerado um bom pagador ou no.

    O chamado grau de investimento, por exemplo, indica que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicaes financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse pas tero risco prximo a zero.

    Alguns fundos de penso internacionais de pases da Europa ou Estados Unidos, por exemplo, seguem a regra de que s se pode investir em ttulos de pases que esto classificados com grau de investimento por agncias internacionais. Por isso, essa "nota" permite que o pas receba recursos de investidores interessados em aplicar seu dinheiro naquele local. Sem o grau de investimento, muitos investidores estrangeiros no podem mais aplicar dinheiro no Brasil. Tambm pode acontecer a sada de recursos aplicados atualmente.

    (VUNESP/MPE SP/2016 OFICIAL DE PROMOTORIA) A partir do ms de setembro, a agncia Standard & Poors e, posteriormente, a agncia Fitch passaram a ser citadas inmeras vezes pela mdia brasileira, geralmente acompanhadas de preocupaes do governo.

    O motivo da preocupao foi e permanece sendo

    a) o aumento das reas de desmatamento na Amaznia e no cerrado.

    b) a reduo das exportaes de commodities, como a soja e o ferro.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 99

    c) a retirada do Brasil da lista dos pases que so bons pagadores de dvidas.

    d) a possibilidade de um forte surto de dengue e zika vrus em 2016.

    e) o crescimento dos nveis de poluio atmosfrica nos prximos anos.

    COMENTRIOS:

    As agncias de classificao de risco Standard & Poors, Fitch - rebaixaram a nota de crdito do Brasil. Com isso, o pas perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendvel para os investidores aplicarem seu dinheiro. Mais tarde, a Moodys tambm retirou o grau de investimento do pas.

    Na prtica, o Brasil deixou de ser considerado um bom pagador das suas dvidas.

    O grau de investimento indica que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicaes financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse pas tero risco prximo a zero.

    Gabarito: C

    Galera, seguindo neste assunto, vamos aprofundar mais a nossa anlise, destrinchar conceitos e entender o funcionamento da economia.

    1.1 PIB

    O PIB mede o tamanho de uma economia, seja a de um pas, de uma regio, mercado comum ou municpio. Ele representa a soma de todas as riquezas produzidas, e um crescimento zero no ano significa que elas se mantiveram no mesmo nvel do perodo anterior. Entre os principais pontos que fazem uma economia crescer esto seu poder de produzir e vender, que precisa manter-se em expanso; a renda e o consumo da populao; e a capacidade de gerar ou atrair recursos.

    O setor com maior participao na composio da riqueza nacional o de servios, que representa aproximadamente 70% do PIB, em seguida vem o setor industrial com em torno de 25% e a agropecuria com aproximadamente 6%.

    A economia brasileira fechou 2015 em queda. A retrao, de 3,8% em relao a 2014, foi a maior da srie histrica atual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), iniciada em 1996. Considerando a srie anterior, o desempenho o pior desde 1990, quando o recuo chegou a 4,3%. Com estes resultados, o pas est em recesso. Veja o grfico:

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 99

    Desde 2011, que a economia brasileira cresce abaixo da mdia do crescimento do PIB mundial.

    Em 2016, o PIB segue em queda. No primeiro trimestre recuou -0,4% e no segundo trimestre -0,6%. o sexto trimestre seguido de queda, j que o PIB cai desde o primeiro trimestre de 2015.

    No segundo trimestre, entre os setores cujos desempenhos entram no clculo do PIB, a agropecuria registrou a maior queda, de 2%, seguida pelos servios, que recuaram 0,8%. Apenas a indstria, que vinha apresentando resultados seguidamente negativos, teve uma leve alta de 0,3%.

    1.2 Contas pblicas

    Os governos trabalham para ao final do ano fiscal alcanarem um resultado primrio positivo. O resultado primrio a diferena entre receitas e despesas do governo, excluindo do clculo os ganhos e gastos com juros - ou seja, sem contar o que a Unio paga por emprstimos que contraiu no mercado e o que recebe pelo dinheiro que emprestou (financiamentos agricultura, a estudantes, a microempresas, etc.).

    A maior parte da receita primria arrecadada com impostos. J as despesas incluem gastos com aposentadorias, benefcios sociais, salrios dos servidores, obras de infraestrutura e funcionamento dos servios pblicos em geral (hospitais, universidades, embaixadas, etc.).

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 99

    O principal objetivo de ter saldo positivo (supervit primrio) pagar juros da dvida pblica, evitando seu crescimento descontrolado. Quando isso acontece, aumenta a desconfiana dos credores quanto ao pagamento futuro da dvida, levando a uma alta dos juros cobrados para financiar o Estado e criando um ciclo insustentvel no longo prazo.

    Alm disso, a busca do supervit contribui para manter a inflao baixa, ao limitar os gastos pblicos. Quanto mais o governo consome bens e servios, mais pressiona os preos para cima.

    Em 2014, o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdncia Social) teve um dficit primrio de R$ 17,24 bilhes. Em 2015, a meta inicial do governo era encerrar o ano com um supervit de R$ 55,3 bilhes, mas fechou o ano com dficit de R$ 115 bilhes. A Previdncia Social respondeu pela maior parte do dficit.

    A Lei Oramentria Anual (LOA) de 2016, estabeleceu como meta para o governo central um supervit de R$ 24 bilhes. Ainda no Governo de Dilma Rousseff, foi enviado um projeto de lei para alterar a meta de supervit primrio para dficit primrio de R$ 96 bilhes. J no governo de Michel Temer, a proposta de alterao da meta foi modificada. No final, o Congresso Nacional aprovou como nova meta para 2016 um dficit primrio recorde de R$ 170,5 bilhes.

    Na tentativa de reverter o dficit fiscal, o Governo Federal vem implementando um ajuste fiscal com medidas que visam aumentar a arrecadao e cortar gastos pblicos. So medidas que aumentam impostos, diminuem o subsdio a polticas sociais e ao setor produtivo e reduzem despesas governamentais.

    Uma das medidas a serem implementadas o estabelecimento de um teto para os gastos pblicos. Pela medida, a alta dos gastos pblicos em um ano no poder ser superior inflao do ano anterior. Isso significa, por exemplo, que se essa medida j estivesse em vigor, os gastos pblicos s poderiam crescer 10,67% este ano o equivalente inflao do ano passado. Neste sentido, a ideia do Governo Federal aprovar uma emenda constitucional.

    Duas outras medidas propostas geram bastante polmica: a recriao da CPMF e a reforma da previdncia. A Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF) um tributo cobrado a cada momento em que as pessoas ou empresas fazem qualquer movimentao em suas contas bancrias (salvo excees como pagamentos de salrios ou saques de aposentadoria). O objetivo central da reforma da previdncia o

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 99

    estabelecimento de uma idade mnima para que os assalariados tenham o direito a se aposentar.

    Alm da Unio, a maioria dos estados brasileiros est em uma situao fiscal difcil. Estados como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul tm atrasado e chegam a pagar parceladamente o salrio dos servidores pblicos. Com a crise econmica do Brasil, a arrecadao dos estados tambm diminuiu. Os governos estaduais apontam como uma das causas da crise o pesado pagamento mensal da dvida com a Unio. No entanto, estudo do Ministrio da Fazenda conclui que o principal fator para o desequilbrio do caixa dos estados so as despesas com pessoal e no o pagamento da dvida com a Unio.

    Em funo da crise das finanas estaduais, o governo estadual decretou estado de calamidade pblica no Rio de Janeiro. Salrios de servidores e aposentados esto atrasados. A falta de dinheiro afeta principalmente os servios de sade e segurana pblica.

    Em junho, Governo Federal e os governos estaduais fecharam um acordo para alongar o pagamento das suas dvidas com a Unio. Segundo o Ministrio da Fazenda, tendo como base o ms de abril, os estados deviam Unio cerca de R$ 427 bilhes, que so pagos em parcelas mensais.

    O acordo firmado suspende a cobrana das dvidas dos estados at o fim de 2016. Em 2017, os estados voltam a pagar, e comeam pagando 5,55% da parcela. A cada ms, o percentual sobe 5,5 pontos at que, ao final dos 18 meses, chegue ao valor completo da parcela.

    Em troca do alvio nas dvidas, os estados aceitaram ser includos na proposta do Governo Federal de estabelecer um teto para o aumento de gastos pblicos a partir de 2017.

    1.3 Inflao alta

    O Brasil adota o regime de metas anuais de inflao, estabelecida pelo Banco Central, que para persegu-la, adota vrias polticas, entre as quais o controle da taxa bsica de juros. A meta oficial dos ltimos anos tem sido de 4,5% ao ano, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo, de 2,5% a 6,5%.

    Nos ltimos cinco anos, a inflao medida pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA), tem ficado bem distante do centro da meta de 4,5% e mais prximo ao teto de 6,5%. Este longo perodo de alta gera um temor de que quanto mais tempo a inflao permanecer num patamar relativamente alto, mais resista aos remdios para control-la.

    A inflao estourou o teto da meta, fechou 2015 em 10,67%. Os aumentos na conta de luz e no preo dos combustveis foram os

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 99

    principais responsveis pela elevada inflao. Em relao aos alimentos, os que mais subiram foram a cebola, tomate e batata.

    Em 2016, a inflao alta continua alta. De janeiro a agosto, acumula avano de 5,42% e, em 12 meses, de 8,97%.

    A inflao alta tem sido uma das principais dores de cabea para o Banco Central nos ltimos anos. A taxa de juros um dos instrumentos mais bsicos para controle da alta de preos.

    Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preo das mercadorias cair (obedecendo lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflao.

    Inflao a elevao dos preos de produtos e servios, que resulta na diminuio do valor de compra do dinheiro. A inflao sempre existiu, mesmo com ndices muito pequenos. Quando o indicador negativo, chama-se deflao.

    Uma inflao elevada e contnua desorganiza a economia ao alterar o valor do dinheiro, elemento central do sistema econmico. A inflao atinge mais duramente quem no possui formas fceis para corrigir seus ganhos, como os assalariados.

    A principal causa para a inflao a chamada demanda, que significa a procura por bens e servios. Por exemplo, se muita gente quer comprar um artigo e no tem para todos, o preo aumenta. a lei da oferta e da procura. o que ocorre com frutas e legumes fora da estao (na entressafra).

    O tormento da inflao incomodou durante muito tempo a vida nacional. O Brasil viveu uma situao de inflao em alta no decorrer da dcada de 1980, at desaguar numa hiperinflao acima de 900% ao ano a partir de 1988. Isso significa que os preos estavam se multiplicando mais de dez vezes a cada perodo de 12 meses.

    Cinco planos econmicos foram implementados no decurso de oito anos. No mesmo perodo, o Brasil trocou cinco vezes de moeda, j que as cdulas perdiam o valor muito rapidamente. A inflao chegou a 2.477%, em 1993, o que significa que os preos se multiplicaram por 25 durante aquele ano. O Plano Real, em julho de 1994, derrubou a taxa de inflao. Desde ento, sua variao acontece em patamares reduzidos.

    1.4 Alta dos juros

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 99

    Os juros so o dinheiro a mais que uma pessoa ou empresa paga ao sistema bancrio ao devolver um emprstimo, alm do valor original corrigido pela inflao. Eles podem ser considerados uma remunerao pelo fato de que quem empresta corre o risco de o dinheiro no ser devolvido.

    O governo tem uma relao estreita com os juros, pois o maior agente econmico do pas. Ele empresta dinheiro aos bancos para as suas necessidades dirias e cobra por isso: essa taxa de juros bsica se chama taxa Selic. Como esse emprstimo por 24 horas seguro, serve de referncia para a economia. Os juros que os bancos cobram dos clientes para emprstimos, cheque especial e carto de crdito so muito mais elevados que a taxa Selic.

    Como a taxa de juros define o custo do dinheiro, os governos a utilizam para controlar a inflao: quanto mais alta a taxa de juros, mais caros ficam os emprstimos, o que funciona como um freio nas atividades produtivas (pois o credirio fica caro para o consumidor, e o financiamento, para o produtor). Se h menos compras (demanda, na linguagem econmica), os preos no sobem e a inflao fica baixa.

    Quando a prioridade do governo estimular a atividade econmica, uma das medidas baixar os juros. Quem define a taxa Selic o Comit de Poltica Monetria (Copom) do Banco Central. Na ltima reunio do Copom 20 de julho a taxa Selic foi mantida em 14,25% ao ano.

    Em termos reais (descontada a inflao prevista para os prximos 12 meses), os juros brasileiros continuam entre os mais altos do planeta.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 99

    (FCC/DPE RR/2015 ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Em outubro, o Banco Central manteve a taxa bsica de juros (Selic) em 14,25% ao ano.

    Desde julho (2015), a instituio afirmava que seu objetivo era atingir

    esse valor no final de 2016.

    (Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/mercado)

    A manuteno de taxa de juros (Selic) pelo Banco Central teve como um dos objetivos

    a) evitar o desemprego. b) incentivar as atividades comerciais. c) manter a inflao sob controle. d) atrair investimentos para a indstria. e) combater a evaso de divisas.

    COMENTRIOS:

    O objetivo foi manter a inflao sob controle. A taxa Selic a taxa bsica de juros no Brasil. definida pelo Comit de Poltica Monetria (Copom) do Banco Central.

    O governo tem uma relao estreita com os juros, pois o maior agente econmico do pas. Ele empresta dinheiro aos bancos para as suas necessidades dirias e cobra por isso, com base na taxa Selic. Como esse emprstimo por 24 horas seguro, serve de referncia para a economia. Os juros que os bancos cobram dos clientes para emprstimos, cheque especial e carto de crdito so muito mais elevados que a taxa Selic.

    Como a taxa de juros define o custo do dinheiro, os governos a utilizam para controlar a inflao: quanto mais alta a taxa de juros, mais caros ficam os emprstimos, o que funciona como um freio nas atividades produtivas. Quando a prioridade do governo estimular a atividade econmica, uma das medidas baixar os juros.

    Gabarito: C

    1.5 Taxa de cmbio

    A taxa de cmbio o valor pelo qual a nossa moeda trocada por moedas estrangeiras, principalmente pelo dlar, que a referncia no mercado mundial. O comrcio exterior diretamente afetado pela taxa de cmbio.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 99

    Se o real vale pouco, nossas mercadorias so exportadas por valor menor (o que as torna atraentes). Isso ajuda o setor exportador, mas importar fica mais caro. Quando o real se valoriza, nossos produtos ficam caros l fora, mas mais barato importar. Facilitar as importaes ajuda a derrubar a inflao, pois amplia a oferta de mercadorias externas a preo baixo.

    O preo do dlar disparou em 2015 e segue alto em 2016. No incio de 2015, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 2,69, fechando o ano a R$ 3,94. No ms de junho de 2016 est oscilando na faixa dos R$ 3,50.

    1.6 Balana comercial

    A balana comercial o conjunto de tudo o que o pas exporta e importa em um ano. A soma desses valores o total do comrcio exterior nacional. J o saldo da balana comercial o resultado do valor exportado, retirando-se o valor importado. Quando o pas vende mais do que compra no exterior, consegue um saldo positivo: o supervit da balana comercial. Quando o resultado negativo, d-se o nome de dficit.

    Em 2015, a balana comercial brasileira registrou um supervit de 19,7 bilhes de dlares o mais alto desde 2011. O fato foi comemorado, principalmente, depois do dficit de 4,1 bilhes de dlares em 2014. No entanto, nem tudo so boas notcias. O saldo positivo no significa que o pas ganhou mais com as exportaes. Apesar de as exportaes brasileiras terem crescido, em mdia, 10% em volume entre 2014 e 2015, em termos de valor houve uma queda de 14% no mesmo perodo, de 225 bilhes de dlares para 191 bilhes. Mas essa queda foi amortizada, em parte, pela reduo nas importaes, 24% em 2015, da o saldo positivo.

    A economia brasileira em recesso e o dlar alto foram determinantes para a queda das importaes. Com menos dinheiro no bolso o brasileiro consome menos, o que afeta as vendas tanto dos produtos e servios produzidos no Brasil, como dos importados.

    Os importadores pagam as importaes em dlar, que so adquiridos no Brasil, comprados por reais. O dlar alto faz com que para pagar as importaes, mais reais sejam necessrios para comprar a moeda norte-americana. Assim, os produtos e servios importados tornam-se mais caros ao serem vendidos no mercado brasileiro.

    Por outro lado, o dlar alto favorece as exportaes. As empresas brasileiras custeiam a sua produo em reais, mas recebem em moeda estrangeira. Cada dlar obtido com as vendas convertido em mais reais no mercado brasileiro.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 99

    Dlar alto torna as vendas externas mais baratas e as importaes mais caras. No ano passado, a moeda norte-americana subiu quase 50% o maior aumento em 13 anos.

    Ainda segundo nmeros oficiais, a melhora da balana comercial tambm foi influenciada pela queda do preo do petrleo. Como o Brasil mais importa do que vende petrleo ao exterior, o recuo do preo favorece a melhora do saldo comercial do pas.

    A balana comercial brasileira acumula supervit de US$ 32,37 bilhes de janeiro a agosto deste ano. Trata-se do melhor resultado para os oito primeiros meses de um ano desde o incio da srie histrica do Ministrio da Indstria, em 1989, ou seja, em 28 anos. At ento, o maior saldo para este perodo havia sido registrado em 2006: supervit de US$ 29,7 bilhes.

    A melhora do saldo comercial acontece principalmente por conta da forte queda das importaes. Isso consequncia da recesso na economia e tambm do dlar ainda relativamente alto, que encarece as compras de produtos do exterior. Por outro lado, a valorizao do dlar deixa os produtos brasileiros mais baratos, o que facilita exportaes.

    A China continua sendo o principal destino das exportaes brasileiras, seguida pelos Estados Unidos e Argentina. Ao mesmo tempo, a China foi o pas de onde o Brasil mais importou, seguida dos Estados Unidos, Alemanha e Argentina.

    (VUNESP/MPE SP/2016 OFICIAL DE PROMOTORIA) No segundo semestre de 2015, o comrcio exterior brasileiro apresentou

    a) grande destaque internacional porque apresentou 10% de participao no comrcio mundial.

    b) saldo positivo porque as exportaes de produtos brasileiros superaram as importaes.

    c) forte aumento, pois os parceiros do Mercosul ampliaram as importaes de produtos brasileiros.

    d) reduo de volume porque os importadores europeus esto sob o efeito da crise econmica.

    e) novos parceiros que substituram os tradicionais clientes como a China e os Estados Unidos.

    COMENTRIOS:

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 99

    No segundo semestre de 2015 e no prprio ano, a balana comercial brasileira apresentou saldo positivo porque as exportaes de produtos brasileiros superaram as importaes.

    Em relao a 2014, tantos as exportaes, como as importaes, diminuram em valor. Mas, as importaes caram mais que as exportaes.

    O Brasil responde por pouco mais de 1% das exportaes mundiais. A China, os Estados Unidos e a Argentina so os trs principais destinos das exportaes brasileiras.

    Gabarito: B

    2. Emprego e desemprego

    O desemprego no pas atingiu, em mdia, 11,6 % no trimestre que corresponde ao perodo de maio a julho de 2016. No mesmo perodo, o nmero de desempregados no Brasil chegou a 11,8 milhes de pessoas.

    Com a atividade da indstria em queda livre, o setor foi o que mais perdeu vagas no segundo trimestre.

    Indiretamente, a indstria tambm ajudou a derrubar outras atividades, como o grupo que inclui informao, comunicao e atividades financeiras, imobilirias, profissionais e administrativas. dentro desse grupo que esto os servios terceirizados, muito relacionados indstria.

    Com o aumento do desemprego, caiu o rendimento mdio dos trabalhadores, que ficou em R$ 1.985. Em relao ao mesmo trimestre do ano passado, a renda caiu 3% e sobre o perodo de fevereiro a abril, registrou estabilidade. A menor oferta de empregos e o aumento da populao desocupada leva a diminuio do nmero de pessoas que trabalham com carteira assinada (emprego formal) e ao aumento de pessoas trabalhando sem carteira assinada (emprego informal).

    No ano passado, o salrio mdio de admisso ficou em R$ 1.270,74, contra R$ 1.291,86 em 2014, o que representa uma queda real de 1,64%.

    Para o ano de 2016, o salrio mnimo de R$ 880,00.

    3. Indstria

    A indstria brasileira atravessa um perodo de retrao. Essa retrao generalizada resulta de diferentes fatores. A crise financeira internacional, iniciada em 2008, desacelerou investimentos e o comrcio mundial. As exportaes de nossos produtos industriais caram.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 99

    Um grande desafio do setor a concorrncia estrangeira dentro e fora do pas. Com a globalizao, as empresas transferem a produo para fbricas em pases com menos impostos e mo de obra com salrios mais baixos, e colocam no mercado brasileiro produtos mais baratos.

    Outro fator que influencia a atividade industrial o cmbio. Quando nossa moeda se desvaloriza em relao norte-americana, os produtos nacionais ficam mais baratos no exterior, o que facilita exportar. J com o real mais valorizado, mais fcil importar bens de capital e mais difcil exportar. Nos anos anteriores, o real esteve muito valorizado e prejudicou as exportaes. A recente alta do dlar, ainda no se refletiu no aumento da produo e das exportaes industriais.

    A produo da indstria brasileira caiu 8,3% em 2015, a maior queda da srie histrica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2003. O desempenho refletiu um recuo generalizado no setor dos 26 ramos avaliados pelo IBGE, 25 tiveram retrao no calendrio completo. Apenas a indstria extrativa se salvou, com alta de 3,9%. O principal impacto negativo em 2015 partiu do segmento veculos automotores, reboques e carrocerias, em que a produo recuou 25,9%.

    A indstria brasileira vive um processo de descentralizao, do Sudeste para as demais regies, principalmente para a Regio Sul, e das capitais para o interior dos Estados. Os principais fatores que contribuem para a descentralizao so: o deslocamento das fbricas para locais com incentivo fiscal do Estado; o crescimento da oferta de mo de obra qualificada fora das capitais, mas que aceita salrios menores; o deslocamento de empresas para perto de fornecedores de matrias-primas e a busca de cidades onde o gasto com benefcios trabalhistas mais baixo.

    A desindustrializao

    Em 1980, o setor industrial correspondia a 40,9% do PIB. Desde ento, essa participao vem diminuindo, com acentuao maior no perodo mais recente. Para termos uma ideia da retrao recente, em 2010, a indstria representava 27,2% do PIB, percentual que caiu para 22,7% do PIB, em 2015. Diante desse cenrio observado nas ltimas dcadas, alguns analistas econmicos afirmam que o Brasil vive um processo de desindustrializao.

    O termo dado situao de perda de relevncia da indstria para o conjunto da economia. Isso no quer dizer, entretanto, que seja algo necessariamente ruim para as finanas de uma nao os outros setores da economia (servios e agropecuria) poderiam compensar as perdas industriais e reequilibrar a atividade econmica. No Brasil, porm, h srios impactos negativos por se tratar de uma desindustrializao precoce, aquela que ocorre antes de o setor industrial alcanar o auge.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 99

    No h um consenso histrico entre os economistas sobre as fases da desindustrializao no Brasil, mas estima-se que tenha comeado em 1986 e se estendido at meados dos anos 1990, com recuperao de flego de 2003 a 2007, e cado novamente aps a crise global de 2008, com mais fora a partir de 2012 O processo de desindustrializao e o declnio da produo ou do emprego industrial so na maioria das vezes uma consequncia normal de um processo de desenvolvimento econmico bem-sucedido, estando geralmente associado a melhorias do padro de vida da populao.

    Na fase de industrializao, a renda dos pases tende a se elevar at atingir um valor entre 17,5 mil dlares e 22,8 mil dlares anuais per capita, o que permite a ampliao do setor de servios mais sofisticados e de maior produtividade, como internet, informao e telecomunicaes, TV a cabo, seguros, consultoria, intermediao financeira, transporte areo, restaurantes, viagens, entre outros. Em 2015, a renda per capita anual do brasileiro foi de 15,7 mil dlares.

    Isso ocorre porque boa parte da populao passa a destinar uma maior parcela de seus rendimentos a esses servios. A indstria continua sendo um importante motor do crescimento, mas o setor de servios que passa a ditar o ritmo do crescimento econmico. Estados Unidos, Alemanha, Japo, Reino Unido, Frana e Itlia so exemplos de pases que se desindustrializaram naturalmente, quando o PIB per capita atingiu um valor mdio de 19,5 mil dlares.

    Entre as razes para a desindustrializao esto polticas de abertura para a importao, que colocaram a indstria em concorrncia com manufaturados estrangeiros a partir dos anos 1990. Tambm pesa o chamado Custo-Brasil (juros elevados, baixa qualificao da mo de obra, excessiva burocracia e gargalos de infraestrutura), que torna os produtos manufaturados mais caros e afeta a sua competitividade.

    4. Agropecuria e Agronegcio

    Pessoal, agropecuria e agronegcio no so a mesma coisa. Falamos de conceitos diferentes.

    A agropecuria o conjunto de atividades ligadas criao de plantas e animais para consumo humano. um dos trs setores para o clculo do PIB, o setor primrio da economia.

    O agronegcio mais do que a agricultura e a pecuria. o conjunto de atividades econmicas ligadas produo agropecuria, incluindo os fabricantes e fornecedores de insumos, equipamentos e servios para a zona rural, bem

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 99

    como a comercializao dos produtos. Ou seja, toda a cadeia produtiva vinculada agropecuria.

    No sculo XXI, a agricultura brasileira tem conhecido extraordinrio crescimento da sua produo de gros. Vrios fatores contriburam para esse crescimento. O principal a elevao na importao de alimentos por parte da China, aps milhes de chineses sarem da faixa de misria e ascenderem em renda.

    Porm, num contexto onde o mundo globalizado, ficam vulnerveis os pases que mantm o foco da economia na produo de bens primrios, as chamadas commodities. Em primeiro lugar, porque os preos desses produtos esto sujeitos a fortes oscilaes. Por exemplo, se a China mantiver elevados seus estoques de algodo, isso indica que o pas no dever importar muito, e o preo tender a cair antes mesmo das safras serem plantadas. Em segundo lugar, porque as commodities so produtos baratos quando comparados aos manufaturados. Ou seja, preciso exportar muita commodity para pagar importaes de produtos de alta tecnologia, como equipamentos de computao ou mquinas industriais. Desde 2013, a China ultrapassou a Unio Europeia como maior consumidora de produtos agrcolas brasileiros. A China j havia superado os EUA como o maior parceiro comercial do Brasil, e hoje o principal destino de nossas exportaes e origem das importaes.

    O setor agrcola um dos motores da economia brasileira. Impulsiona parte importante da indstria e dos servios, numa cadeia produtiva chamada de agronegcio, alm de ter papel fundamental no conjunto das exportaes.

    O Brasil um dos gigantes da agropecuria no mundo. o maior produtor e exportador mundial de acar, caf e suco de laranja. Ocupa o primeiro lugar como exportador de carne bovina e de frango e segundo de milho e da cadeia da soja (gro, leo, carne de soja e farelos).

    Alm de garantir o abastecimento do mercado interno, o Brasil tornou-se o segundo maior exportador mundial de alimentos, atrs dos EUA. Esse desempenho foi garantido por uma forte expanso agrcola nos ltimos anos.

    Como vimos, a agropecuria corresponde por cerca de 6% do PIB brasileiro. Porm quando calculamos a participao do agronegcio no PIB brasileiro, este percentual fica em torno de 23%, uma grande diferena. O agronegcio responde por cerca de 40% das exportaes do pas.

    O Centro-Oeste o maior produtor de gros e conta com o maior rebanho bovino do pas. A regio desenvolveu uma agricultura moderna e tecnificada, com a utilizao de tcnicas agrcolas inovadoras e de alta produtividade.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 99

    O agronegcio cresce, mas enfrenta problemas como juros altos, instabilidade no cmbio e carncias na infraestrutura. A produo agropecuria voltada para a exportao a que mais sente as carncias de infraestrutura, que elevam muito o preo final dos produtos.

    A elevao da produtividade no meio rural brasileiro, com pesquisa, tecnologia e manejo, esbarra numa estrutura fundiria concentrada nas mos de poucos proprietrios. Trata-se de uma realidade difcil para a agricultura familiar, que d trabalho a milhes de pessoas, voltada para produzir os alimentos para o mercado interno, mas conta com pouco apoio.

    O crescimento do agronegcio se d em meio a conflitos com o meio ambiente. A presso da busca por novas reas de plantio est diretamente associada ao desmatamento do cerrado e da Amaznia nas ltimas dcadas. Os poderosos interesses econmicos envolvidos nesse processo esto na origem dos embates que opem os grandes fazendeiros aos ambientalistas, na sociedade e no Congresso Nacional, em relao a temas como a preservao da natureza e o novo Cdigo Florestal.

    5. Infraestrutura e Logstica

    Os problemas de infraestrutura do pas refletem a falta de planejamento e de investimentos. A partir de 2007, o governo federal comea a correr atrs do tempo perdido e deflagra o primeiro Plano de Acelerao do Crescimento (PAC), que prioriza obras em infraestrutura. Em execuo, a segunda etapa do plano PAC 2 tem como um dos focos prioritrios a melhoria do sistema de transportes.

    O Brasil enfrenta o chamado apago logstico para exportar seus produtos, principalmente agrcolas e minrios. A matriz de transportes alicerada em rodovias e a concentrao histrica nos portos do Sudeste e do Sul apresentam, h anos, mostras de saturao. Formam-se filas de caminhes aguardando para desembarcar sua carga, e de navios atracados ao largo do Porto de Santos (SP) e de Paranagu (PR) para receb-las. As condies de asfalto das estradas so ruins, o que provoca desperdcio de gros; h rodovias com a construo iniciada, mas a finalizao atrasada h dcadas e, com a carncia do transporte por ferrovias e hidrovias, faltam inclusive caminhes e motoristas.

    A falta de silos e locais para armazenar gros, seja nas reas de produo seja nas docas dos portos, tambm afeta a competitividade do pas. O Custo Brasil, que envolve gastos com estocagem, transporte e impostos, um dos maiores do mundo, prejudica as exportaes.

    Com as contas pblicas desequilibradas, o governo federal no tem dinheiro em caixa para bancar as obras necessrias ampliao da malha de

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 99

    transportes pelo Brasil. Uma das alternativas para desatar esse n logstico tem sido a adoo de um modelo conhecido como concesso.

    Concesso um sistema pelo qual o governo transfere iniciativa privada servios de construo, reformas, infraestrutura e administrao de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Nessa transferncia, as empresas fazem um investimento que, naturalmente, ter algum retorno financeiro. Por exemplo, uma empresa assume as obras de duplicao de uma rodovia. Em troca, ela recolhe o pedgio cobrado dos motoristas.

    Em um programa de concesses, independente do modelo adotado, o desafio do governo atrair o capital privado sem que o Estado perca a capacidade de gerenciar os investimentos em infraestrutura e garantir o retorno adequado sociedade

    Mesmo antes do agravamento da crise poltica e econmica, o governo de Dilma Rousseff havia lanado um amplo pacote de concesses conhecido como Programa de Investimento em Logstica (PIL), em 2012. No entanto, o projeto encontrou dificuldades para avanar devido ao fato de no haver empresas suficientemente interessadas em investir.

    J sob o governo de Michel Temer, em setembro de 2016, foi lanado o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Pelo Plano, o Governo Federal pretende fazer a concesso ou venda de 34 projetos nas reas de energia, petrleo e gs, aeroportos, rodovias, portos, ferrovias, saneamento e minerao. Tambm ser vendida a Loteria Instantnea Exclusiva (Lotex), espcie de raspadinha virtual. A previso que parte desses projetos sejam leiloados em 2017 e, outra parte, no primeiro semestre de 2018.

    Conforme o Governo Federal, o PPI tem como objetivo a ampliao dos investimentos para reaquecer a economia, em recesso, e estimular a criao de empregos. A meta arrecadar R$ 24 bilhes com concesses apenas em 2017.

    5.1 Matriz de Transporte

    A matriz de transporte de um pas o conjunto dos meios de circulao usados para locomover mercadorias e pessoas. Como o transporte de carga um dos problemas bsicos da economia, principalmente dele que tratamos quando se fala do assunto.

    Uma matriz de transporte eficiente permite deslocar cargas no menor tempo e com o menor preo. Em um pas de territrio extenso, seu planejamento e estruturao so complexos, pois a infraestrutura de transportes exige muito investimento, uma combinao de diversos meios e previso das necessidades futuras.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 99

    Uma matriz de transporte ideal consegue equacionar as distncias a ser cobertas com as exigncias econmicas e sociais da produo e da populao.

    Pas de dimenso continental, que movimenta mercadorias internamente e exporta grande volume de gros e minrios produzidos em reas distantes do litoral, o Brasil necessita usar as vrias modalidades de transporte, de forma equilibrada. Mas no isto que ocorre. Em 2011, a maior parte do transporte de carga do pas (52%) foi feita por rodovias, 30% por ferrovias, 13% por hidrovias e cabotagem (transferncia entre portos martimos).

    O governo planeja melhorar a infraestrutura de transportes com metas definidas no Plano Nacional de Logstica de Transportes - PNLT. O plano define os investimentos necessrios em vinte anos (2011-2031) para buscar maior equilbrio na matriz. Para isso, prev ampliar o uso das ferrovias e das hidrovias, alm das mudanas em portos e aeroportos. Veja o grfico a seguir:

    Transporte de Cargas no Brasil (2011-2031)

    Metas a longo prazo - No primeiro grfico, esquerda, v-se como a matriz de transportes de carga ainda desequilibrada, com a predominncia do modo rodovirio. Isso encarece o frete e preo dos produtos no mercado interno e para exportar. Os dois grficos a seguir mostram as metas do governo para a mudana na matriz de transportes. Fonte: PNLT - 2011

    O principal resultado do desequilbrio da matriz o alto custo nacional do transporte de carga. Por exemplo, para transportar soja por hidrovia paga-se um tero do que gasto via ferrovia e um quinto do necessrio para lev-la por estradas. Como as grandes plantaes de soja do Brasil esto longe do litoral e h falta de ferrovias e hidrovias, a maioria dos produtores de soja tem de pagar o transporte por longos trajetos de caminhes, deixando boa parte dos seus ganhos com a transportadora.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 99

    Um estudo do Ministrio dos Transportes adverte que nossos dois principais concorrentes nas exportaes agrcolas, Argentina e Estados Unidos, conseguem custos menores de transporte. Os argentinos porque possuem boa cobertura ferroviria em um territrio menor, com estradas mais curtas, o que resulta em custo e preo menor. Os norte-americanos porque usam intensivamente ferrovias e hidrovias.

    O impacto do custo elevado do transporte recai sobre o custo dos produtores, das empresas e das mercadorias. Por isso, encarecem tanto o preo dos produtos vendidos dentro do pas quanto aqueles que exportam, e a reduo desses custos importante para a melhoria da economia.

    Transocenica uma ferrovia polmica

    Brasil, Peru e China esto tratando da ambiciosa construo da ferrovia Transocenica (veja o mapa a seguir), tambm chamada de Biocenica e Transcontinental. A China financiar a construo da megaobra.

    A ferrovia ligar o porto de Au, no Rio de Janeiro, a um porto no Peru, cortando a Amrica do Sul no sentido leste-oeste e ligando os oceanos Atlntico e Pacfico. Com o projeto da ferrovia, a China pretende aumentar sua presena econmica no continente e facilitar o acesso a matrias-primas, o que tambm gera interesse do Brasil e do Peru. Os produtores brasileiros teriam uma

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 99

    alternativa sobre o Atlntico e o Canal do Panam para enviar matrias-primas para a China.

    Especialistas acreditam que a construo da estrada de ferro marcaria uma nova fase na relao da China com a regio. No entanto, para que o projeto saia do papel, ser necessrio superar grandes desafios de engenharia, ambientais e polticos.

    5.2 Matriz Energtica

    A matriz energtica o conjunto dos recursos de energia de uma sociedade ou regio e as formas como eles so utilizados. Energia renovvel: aquela produzida com recursos primrios que se renovam ou podem ser renovados, poluentes ou no. Exemplos: a energia obtida da gua, da luz do sol, dos ventos e dos produtos agrcolas. Energia no renovvel: aquela produzida com recursos primrios que, cedo ou tarde, acabaro, como o petrleo, o carvo mineral, o gs natural e o urnio. Para a sua produo, a natureza exige milhes de anos. Por ser mais barata e prtica, a mais usada hoje no mundo.

    A participao de energia no renovvel predominante na matriz energtica mundial, com percentual de 86,8% em 2012, conforme o grfico abaixo nos mostra:

    O predomnio das fontes no renovveis na matriz energtica mundial representa um problema srio. Primeiramente, levam milhares de anos para se formarem, e com a velocidade que esto sendo utilizados elas, inevitavelmente, se esgotaro. Segundo, o processo de gerao de energia pela queima dos combustveis fsseis o mais poluente dos processos energticos utilizados atualmente.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 99

    Por essas razes, a matriz energtica atual no sustentvel. A substituio dessas energias sujas por fontes alternativas vista como meta necessria para tornar o mundo vivel para as prximas geraes.

    O Brasil tem a matriz energtica mais equilibrada entre as grandes naes. O pas o lder mundial em quantidade de energia renovvel, e a nica grande economia que produz quase metade da energia que consome de fontes prprias e renovveis, principalmente, a gua para gerar eletricidade e os combustveis de origem vegetal, com destaque para o etanol (lcool anidro e hidratado) de cana-de-acar.

    Em 2014, a energia renovvel - hidrulica, lenha e carvo vegetal, cana e elica - respondeu por 41% do total consumido no pas. O petrleo segue sendo o componente mais importante da matriz energtica brasileira. Veja o grfico a seguir:

    Matriz Energtica Brasileira

    Oferta interna de energia, % de participao de cada fonte primria no total

    Fonte: Ministrio das Minas e Energia (dezembro/2014)

    A indstria quem mais utiliza energia no Brasil, seguida pelo uso nos transportes, setor energtico, residncias, servios e agropecuria.

    Energia elica

    Embora no grfico, a energia elica esteja includa nas outras fontes, o segmento que mais cresce percentualmente na matriz energtica e na matriz eltrica brasileira. Em 2005, o pas gerou 29 MW de energia com os ventos. Atualmente a gerao anual de 8.400 MV (Aneel/maro de 2016), um crescimento de quase 3.000% em onze anos. Segundo previso da ABEElica,

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 99

    at 2019 a gerao elica mais que duplicar, em relao a 2016, chegando a 18.793 MW.

    O Brasil possui um timo potencial para gerao de energia elica. Alguns especialistas afirmam que o pas detentor dos melhores ventos do mundo, constantes, unidirecionais e sem grandes rajadas.

    O potencial avaliado da energia elica no Brasil de 143 GW, concentrado principalmente nas regies Nordeste (interior da Bahia, litoral de Cear e Rio Grande do Norte) e Sul (Rio Grande do Sul) (Atlas Elico Brasileiro, 2001). Segundo especialistas do setor energtico, com a utilizao de tecnologias atuais o potencial de gerao de eletricidade por essa matriz pode chegar a 300 GW, o triplo da capacidade instalada da matriz eltrica nacional.

    Biomassa

    A biomassa a segunda fonte de energia que mais participa de nossa matriz energtica, e sua participao tem sido crescente ao longo dos anos. mais representativa na matriz energtica devido ao setor de transportes e os biocombustveis.

    O Brasil apresenta condies muito favorveis para a produo de biocombustveis, pois tem grande extenso de reas agricultveis, com solo e clima favorveis ao cultivo de oleaginosas e cana.

    Os combustveis de biomassa mais utilizados so o etanol (lcool de cana, no caso brasileiro) e o biodiesel (feito de oleaginosas), que podem ser usados puros ou adicionados aos derivados de petrleo, como gasolina e leo diesel.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 99

    O pas o segundo maior produtor mundial de etanol. Os Estados Unidos, maior produtor mundial desse combustvel, utilizam o milho para sua produo, a um custo superior ao obtido com a cana no Brasil.

    O biodiesel obtido de plantas oleaginosas como a mamona, palma (dend), girassol, babau, soja e algodo. Alm de abastecer o mercado interno, parte da produo nacional de biodiesel exportada, principalmente para a Unio Europeia.

    Petrleo

    O pas alcanou a autossuficincia em petrleo em 2006. A descoberta das gigantescas jazidas de petrleo na camada pr-sal do litoral, no ano seguinte, acenava com uma autossuficincia duradoura. Mas durou pouco, em 2008 o Brasil perdeu a autossuficincia. Nesse mesmo ano, a Petrobras iniciou a extrao de petrleo da camada pr-sal.

    A discusso no Congresso da lei de redistribuio dos royalties de petrleo entre os estados e a Unio, dentro da nova legislao criada para a riqueza do pr-sal, estendeu-se durante cinco anos. Isso levou o governo a suspender os leiles para licitar poos do pr-sal. Os leiles permitiriam acelerar a formao de consrcios entre petroleiras estrangeiras e a Petrobrs, para investir em plataformas, e na abertura de poos. Durante todos estes anos, a Petrobrs investiu sozinha na explorao do pr-sal.

    Ao mesmo tempo, cresceram as vendas de novos veculos e tambm o consumo de gasolina nos postos, do querosene na aviao, da nafta e leo combustvel na indstria e do gs domstico. A produo total da empresa diminuiu nos ltimos trs anos 2011 a 2013, mas voltou a crescer em 2014.

    A partir de 2011, o preo do barril de petrleo no mercado internacional comeou a subir e mais que duplicou: o preo aumentou 225% em relao a 2010, e manteve-se acima dos 100 dlares o barril at junho de 2014. Essa elevao ocorreu antes que o Brasil conseguisse ampliar suficientemente a extrao e o refino de petrleo para acompanhar o crescimento da frota de veculos e do consumo pela indstria em expanso. A Petrobras ampliou a importao de combustveis, principalmente de gasolina, pagando bem mais caro. No mesmo perodo, por diferentes fatores, os preos do etanol tornaram-se pouco competitivos frente aos da gasolina. O principal deles que o governo federal manteve uma poltica de controle dos preos da gasolina e do diesel (sem repassar o aumento internacional integralmente aos preos internos, para conter a inflao), mas no teve uma poltica correspondente para o etanol. Sua produo, ento, entrou em crise.

    A partir de junho de 2014, o preo do barril comea a cair, estando atualmente na faixa de 40 dlares. Como no perodo de alta, a Petrobrs vendeu

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 99

    combustvel com prejuzo, agora que o preo do petrleo baixou, a companhia no reduziu os preos da gasolina e do diesel, pois precisa recuperar o prejuzo dos anos anteriores. Contudo, a alta do dlar, diminuiu drasticamente o lucro que est obtendo com a compra mais barata e revenda mais cara de gasolina e diesel.

    A queda no preo do leo pode ser nociva Petrobras em longo prazo. A explorao do pr-sal pode ser prejudicada e tornar-se invivel se a queda for duradoura. Especialistas estimam que o custo mdio de explorao de US$ 45 o barril no pr-sal.

    O pr-sal uma camada no subsolo marinho, que armazena petrleo abaixo de uma grossa camada de sal, a cerca de 7 km abaixo da superfcie do mar. Fica a uma distncia mdia de 300 km do litoral, em uma faixa de 200 km de largura e 800 km de extenso, que vai do Esprito Santo a Santa Catarina (veja mapa abaixo). As reservas j conhecidas alcanam 31 bilhes de barris de petrleo, podendo conter at 87 bilhes de barris.

    A Petrobrs detm a tecnologia mais avanada do mundo em explorao de guas profundas, porem a produo do pr-sal tem exigido uma revoluo no setor. O Brasil est desenvolvendo novas tecnologias de explorao petrolfera e conta com uma mo de obra altamente qualificada.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 99

    Matriz energtica e produo de energia eltrica no so a mesma coisa. A primeira se refere ao total da energia consumida no pas, nas suas diferentes fontes. A segunda se refere somente produo de energia eltrica.

    No grfico abaixo, extrado do Balano Energtico Nacional 2014 (com dados de 2013), verificamos que 70,6 % da oferta de energia eltrica no Brasil veio de usinas hidroeltricas, seguida por trmicas (gs, carvo, derivados de petrleo e biomassa), nuclear e elica.

    Matriz Eltrica Brasileira 2013

    Fonte: Balano Energtico Nacional 2013 (EPE)

    Com a quinta populao mundial para atender, espalhada no quinto maior territrio, a infraestrutura para produzir e oferecer energia prioritria para que o pas no pare. O Governo Federal investe pesado para aumentar a produo interna e garantir a oferta, mas a situao recente destoa dos progressos que haviam sido anunciados.

    Eletricidade

    Nos ltimos anos, houve blecautes de eletricidade no Brasil. Alguns apages afetaram vrios estados simultaneamente. Segundo o Ministrio das Minas e Energia, foram provocados por eventos naturais, como vendavais, por falhas tcnicas e pelo envelhecimento da rede de distribuio.

    Um dos pontos mais polmicos da matriz brasileira, a construo de represas hidreltricas de grande porte na Amaznia continua em andamento,

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 99

    visando a aproveitar o nosso potencial hdrico e a abastecer o sistema eltrico nacional. O planejamento do governo prev a construo de 52 represas hidreltricas no longo prazo, das quais 18 na Amaznia. J foram inauguradas e funcionam com as primeiras turbinas, as usinas de Santo Antnio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondnia.

    A obra da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Par, est em andamento, com atrasos provocados por decises judiciais por questionamentos ambientais e sociais, greves de empregados e ocupaes de protesto. So contrrios a essas hidreltricas grupos da sociedade civil, ambientalistas e povos indgenas das regies afetadas pelos impactos que a represa trar sobre a fauna e a flora da regio e a vida indgena. Mas a obra continua. Ao mesmo tempo, a construo de pequenas represas e usinas hidreltricas sofre problemas de licenciamento ambiental.

    Ainda em relao energia hidreltrica, um longo perodo de fracas chuvas em algumas bacias hidrogrficas fez diminuir a produo de eletricidade em represas e aumentar a produo de usinas termeltricas a partir de 2013. Como a termeletricidade mais cara que a de origem hdrica, por queimar derivados de petrleo ou gs natural, passou a ocorrer uma defasagem de preo entre as empresas produtoras de energia e as distribuidoras. Isso levou o governo a adotar medidas financeiras para socorrer o setor.

    (FGV/DPE MT/2015 CARGOS DE NVEL SUPERIOR) Analise a imagem a seguir.

    (http://planetasustentavel.abril.com.br/imagem/ as-termicas-a-todo-vapor-Meio2.jpg 2013)

    Com relao aos impactos socioambientais decorrentes da evoluo da matriz energtica brasileira desde 2001, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 99

    ( ) O uso de usinas termeltricas pertence a um modelo elaborado aps a crise energtica de 2001, para diversificar as fontes de fornecimento de eletricidade.

    ( ) As usinas termeltricas so alimentadas pela queima de combustveis fsseis, o que gera a emisso de gases que contribuem para o aquecimento global.

    ( ) A gerao de energia eltrica brasileira assenta-se majoritariamente em fontes no renovveis, cuja explorao tem forte impacto ambiental.

    As afirmativas so, respectivamente,

    a) F, V e F.

    b) F, V e V.

    c) V, F e F.

    d) V, V e F.

    e) F, F e V.

    COMENTRIOS:

    PRIMEIRA ALTERNATIVA: VERDADEIRA Em 2001, o Brasil passou por uma grave crise de suprimento de energia eltrica, conhecida como apago. O nvel dos reservatrios das hidreltricas caiu muito. Como elas respondiam por quase 90% da produo de energia eltrica, aps a crise, o governo procurou diversificar as fontes de abastecimento. A ideia era reduzir a dependncia da gerao hdrica, com a diversificao das fontes geradoras de energia eltrica, como a trmica.

    SEGUNDA ALTERNATIVA: VERDADEIRA - As usinas termeltricas so alimentadas pela queima de combustveis fsseis petrleo, carvo e gs natural, o que gera a emisso de gases que contribuem para o aquecimento global.

    TERCEIRA ALTERNATIVA: FALSA Hdrica, elica, solar e biomassa so fontes renovveis de gerao de energia. Na figura acima, podemos ver que, em 2012, a matriz hdrica correspondia, sozinha, a 77,6% do total da energia eltrica produzida em nosso pas.

    Gabarito: D (V, V, F)

    6. Brasil stima maior economia do mundo

    Em 2011, o Brasil ultrapassou o Reino Unido, tornando-se a sexta maior economia do mundo. Perdeu o posto um ano depois, em 2012, devido ao fraqussimo crescimento do PIB, voltando posio de stima maior economia do mundo.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 99

    RANKING DAS MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS (PIB nominal em 2012)

    1 Estados Unidos 2 China 3 Japo 4 Alemanha 5 Frana 6 Reino Unido 7 Brasil 8 Rssia 9 Itlia 10 ndia

    Fonte: Fundo Monetrio Internacional (FMI)

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 99

    QUESTES COMENTADAS:

    01) (IBEG/PREFEITURA DE MENDES RJ/2016 ADVOGADO) Segundo dados oficiais, os preos no Brasil fecharam o ano de 2015 com alta de cerca de 10%, ou seja, a maior alta de preos desde 2002. Sobre a inflao, e os impactos na economia brasileira, assinale a alternativa incorreta:

    a) Os aumentos na conta de luz e no preo dos combustveis foram os principais responsveis pelo aumento da inflao.

    b) Num ambiente de inflao elevada, os investidores preferem aplicar no setor produtivo do que deixar o dinheiro em bancos evitando assim a perda do capital pelos baixos ndices de correo determinados pelo governo.

    c) comum pases elevarem as taxas de juros como mecanismo de controlar a inflao. A ideia que, com juros elevados o consumo diminui, forando os preos a carem.

    d) Uma crise inflacionria pode causar aumento da especulao financeira, na medida em que investidores externos, em busca de rendimentos altos e rpidos, costumam realizar investimentos em pases com alta inflao, buscando tirar vantagens das altas taxas de juros. Este capital especulativo pode ser danoso para a economia de um pas, haja vista a volatilidade desse capital, que causa instabilidade no mercado de cmbio.

    e) A meta de inflao estipulada pelo governo brasileiro de 4,5%, com margem de dois pontos para mais ou para menos.

    COMENTRIOS:

    Num ambiente de inflao elevada, os investidores preferem aplicar o seu dinheiro no MERCADO FINANCEIRO, ou seja, nos bancos, nas financeiras. Boa parte destes investidores so, na verdade, especuladores que no investem na produo, mas que procuram sempre o maior lucro possvel no mercado financeiro. Com exceo da poupana, que paga a inflao e um pequeno juro, outras aplicaes do mercado financeiro so mais rentveis, geralmente utilizam como referencial a taxa Selic, do Banco Central do Brasil.

    Gabarito: B

    02) (IDECAN/PREFEITURA DE NATAL RN/2016 ADVOGADO) O texto contextualiza o tema tratado na questo. Leia-o atentamente.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 99

    Em sua mensagem ao Congresso Nacional na sesso solene de abertura dos trabalhos do Legislativo em 2016, a presidente Dilma Rousseff defendeu, nesta tera-feira (2 de fevereiro de 2016), que indispensvel uma reforma nas atuais regras da Previdncia Social para manter a sustentabilidade do sistema previdencirio. Diante dos olhares de deputados e senadores, ela tambm pediu, entre outros assuntos, apoio do parlamento para aprovar a recriao da CPMF e para impor limites aos gastos pblicos.

    (Disponvel em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/02/dilma-le-mensagem-do-

    executivo-ao-congresso-nacional.html.)

    O imposto que a presidente do Brasil defende que deve ser ativado incide diretamente sobre as

    a) transaes bancrias.

    b) prestaes de servios.

    c) declaraes anuais de renda.

    d) comercializaes de mercadorias.

    COMENTRIOS:

    A Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF) um tributo cobrado a cada momento em que as pessoas ou empresas fazem qualquer movimentao em suas contas bancrias (salvo excees como pagamentos de salrios ou saques de aposentadoria).

    Gabarito: A

    03) (CESGRANRIO/BAMAN/2015 TCNICO CIENTFICO) Segundo a reportagem do Jornal Folha de So Paulo, do dia 17 de maio de 2014, a cidade de Houston, no Texas (EUA), apresentou baixos ndices de desemprego e um crescimento do PIB de 5,5%, segundo dados de 2013. Para os especialistas, os setores de petrleo e gs seriam os principais responsveis, graas explorao do gs de xisto, que apresenta vantagens econmicas e consequncias ambientais.

    Qual a principal consequncia ambiental dos avanos tecnolgicos na extrao do gs de xisto?

    a) A nova tecnologia do fracking reduz a contaminao do lenol fretico.

    b) A maior produtividade em cada poo elimina o risco de desmoronamentos de camadas superiores do solo.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 99

    c) A perfurao vertical aumenta a capacidade de extrao do gs, mas aumenta os riscos de contaminao dos solos.

    d) A inovao tecnolgica aumenta a capacidade de extrao do gs, mas, consequentemente, reduz a estabilidade das camadas superiores do solo.

    e) A maior produtividade proporcionada pela nova tecnologia pode provocar o rompimento do revestimento de concreto que sela os canos de metal, protegendo, assim, o lenol fretico e o solo.

    COMENTRIOS:

    O xisto uma rocha, de onde possvel extrair petrleo e gs. At 2006, os mtodos disponveis para extrair combustveis da rocha eram muito caros. Naquele ano, empresas de petrleo e gs norte-americanas comearam a utilizar uma nova tecnologia o fraturamento hidrulico o que faz a produo de petrleo de xisto crescer aceleradamente no mundo.

    Embora seja abundante e barato, o gs de xisto tem uma extrao polmica, pois, teme-se que o processo de fraturamento hidrulico da rocha possa gerar contaminao dos lenis freticos, contaminando a gua potvel que os cidados consomem. A inovao tecnolgica aumenta a capacidade de extrao do gs, mas, consequentemente, reduz a estabilidade das camadas superiores do solo.

    Gabarito: D

    04) (FCC/DPE RR/2015 AUXILIAR ADMINISTRATIVO) O Comit de Poltica Monetria (Copom) se reuniu nesta quarta-feira (21/10) e

    manteve novamente os juros bsicos da economia brasileira em 14,25%

    ao ano permanecendo assim no maior patamar em nove anos. Em setembro, na reunio anterior do Comit, os juros j tinham ficado

    inalterados.

    (Adaptado de: http://g1.globo.com/economia/noticia)

    O Copom rgo

    a) do Banco Mundial. b) do Banco do Brasil. c) do Banco Central do Brasil. d) do Fundo Monetrio Internacional FMI. e) da Caixa Econmica Federal.

    COMENTRIOS:

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 99

    O Comit de Poltica Monetria (Copom) do Banco Central do Brasil o rgo que define a taxa bsica de juros em nosso pas. Esta taxa denominada de Taxa Selic.

    Gabarito: C

    05) (FCC/TCE SP/2015 AUXILIAR DE FISCALIZAO FINANCEIRA) Em meio s dificuldades polticas e econmicas, o Brasil teve sua nota de

    crdito rebaixada em 09 de setembro, pela agncia Standard & Poor's

    (S&P). Com isso, o pas entra no grau especulativo a nota caiu de BBB para BB+.

    Sobre as consequncias deste rebaixamento correto afirmar que, dentre elas:

    a) Aumentam as dificuldades do pas, principalmente em regies e pases onde esto estabelecidas as sedes das empresas multinacionais que atuam no Brasil.

    b) Os investimentos podem ser afetados, fazendo com que as empresas enfrentem dificuldades financeiras o que afeta o emprego e a renda do trabalhador.

    c) Aumentam os problemas diplomticos do Brasil com os principais organismos econmico-financeiros como o Fundo Monetrio Internacional FMI e o Banco Mundial.

    d) Surgem dificuldades para os governos federal e estaduais desenvolverem mecanismos de financiamento estatal sem recorrer s pedaladas fiscais.

    e) Ocorre a diminuio da participao do pas no comrcio internacional, pois muitos exportadores deixam de exportar mercadorias para o Brasil por receio de calote.

    COMENTRIOS:

    No segundo semestre de 2015, as trs principais agncias de classificao de risco - Standard & Poors, Fitch e Moodys - rebaixaram a nota de crdito do Brasil. Com isso, o pas perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendvel para os investidores aplicarem seu dinheiro.

    O chamado grau de investimento, por exemplo, indica que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicaes financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse pas tero risco prximo a zero.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 99

    Sem o grau de investimento, o Brasil entrou no grau especulativo, portanto para os governos, como para as empresas, tomar dinheiro emprestado, um financiamento no exterior, ficou mais caro, os juros sero maiores, pois o risco de no pagar, de dar calote, ficou maior.

    Alguns fundos de penso internacionais, de pases da Europa ou Estados Unidos, por exemplo, seguem a regra de que s se pode investir em ttulos de pases que esto classificados com grau de investimento por agncias internacionais. Por isso, essa "nota" permite que o pas receba recursos de investidores interessados em aplicar seu dinheiro naquele local. Sem o grau de investimento, muitos investidores estrangeiros no podem mais aplicar dinheiro no Brasil. O que pode dificultar a vida de empresas, pois no podero receber investimentos estrangeiros. Tambm pode acontecer a sada de recursos aplicados atualmente.

    Resumindo: Ficou mais caro para o setor pblico e privado obter financiamentos no exterior e determinados investidores que antes poderiam ou pretendiam investir no Brasil, no podem mais ou tem restries.

    Tudo isto prejudica a atividade econmica, afetando as empresas, o emprego e a renda do trabalhador.

    Gabarito: B

    06) (IADES/ELETROBRAS/2015 MDICO DO TRABALHO) A energia elica, produzida a partir da fora dos ventos, abundante, renovvel, limpa e encontra-se em fase de expanso no Brasil. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.

    a) Aps intensa avaliao tcnica, nos ltimos 10 anos, verificou-se reduzido potencial elico no Nordeste brasileiro por causa da baixa velocidade e da direo dos ventos na regio.

    b) Fortes investimentos feitos na regio Centro-Oeste fizeram com que a participao da energia elica na matriz energtica brasileira atingisse, em 2014, mais de 20%.

    c) O Brasil possui pouco mais de 10 parques elicos em operao, sendo que a maioria est instalada no Rio Grande do Sul.

    d) Essa energia gerada por meio de termogeradores, nos quais a fora do vento, em temperaturas ambientais superiores a 45 oC, captada por hlices ligadas a uma turbina que aciona um gerador eltrico

    e) Para que a energia produzida pelos parques elicos seja, de fato, distribuda para os grandes centros consumidores, necessria a ampliao da malha de linhas de transmisso atualmente disponvel.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 99

    COMENTRIOS:

    a) Incorreta. O Brasil possui um dos maiores potenciais de gerao de energia elica do mundo; das regies brasileiras, o Nordeste a que possui o maior potencial para a gerao de energia elica.

    b) Incorreta. A participao da energia elica na matriz energtica brasileira est muito longe do percentual de 20%. Em 2005, o pas gerou 29 MW de energia com os ventos. Em 2014, gerou 4.240 MW (4,24 GW), um crescimento de quase 1.500% em dez anos. Apesar de todo este crescimento, a energia elica representou menos de 1% da matriz energtica brasileira em 2014. A regio que recebeu a maior quantidade de investimentos foi o Nordeste, no o Centro-Oeste.

    c) Incorreta. Conforme dados da Aneel (maro/2016), o Brasil possui 346 parques elicos, com capacidade instalada de 8.400 MW (8,4 GW). Segundo a ABEElica, at 2019, a capacidade de gerao ser de 18.793 MW, ou seja, mais que duplicar. Mais da metade dos parques elicos esto instalados no Nordeste. Por Estados, os que tem mais parques instalados so Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul.

    d) Incorreta. A energia elica produzida a partir da fora dos ventos e gerada por meio de aerogeradores. Neles, a fora do vento captada por hlices ligadas a uma turbina que aciona um gerador eltrico.

    e) Correta. Para que a energia produzida pelos parques elicos seja, de fato, distribuda para os grandes centros consumidores, necessria a ampliao da malha de linhas de transmisso atualmente disponvel. Sem linhas de transmisso, no possvel levar a energia para as linhas de distribuio que abastecem os consumidores.

    Gabarito: E

    (CESPE/FUB/2015 ASSISTENTE EM ADMINISTRAO) Depois de quase esgotar o seu potencial hidreltrico na ltima dcada de 90, o Nordeste ressurge como a grande sensao da energia alternativa. At 2023, a gerao de novas fontes renovveis como elica e solar vai representar 60% da matriz energtica da regio. Juntas, as usinas vo somar 22 mil megawatts de potncia instalada, mais que o dobro da atual capacidade hdrica do Nordeste e quase metade da gerao alternativa prevista para o pas.

    O Estado de S.Paulo. 11/1/2015, p. B6 (com adaptaes).

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 99

    Tendo o fragmento de texto acima como referncia, julgue o item, considerando os diversos aspectos relativos ao tema tratado.

    07) A grande vantagem das usinas hidreltricas, se comparadas a outras fontes de energia, como a solar e a elica, o quase inexistente impacto ambiental por elas causado.

    COMENTRIOS:

    Usinas hidreltricas causam um significativo impacto ambiental e no um quase inexistente impacto ambiental, como afirma a questo. A grande vantagem das hidreltricas em relao solar e elica o custo de gerao de energia. Vantagem que est diminuindo sensivelmente em relao elica, pois os custos de produo dessa fonte caram bastante nos ltimos anos no Brasil. A solar ainda bastante cara, mas os custos de produo tambm caem.

    Gabarito: Errado

    08) Mesmo diante do baixo potencial solar da regio Nordeste, a instalao de parques elicos na rea economicamente atrativa.

    COMENTRIOS:

    O Nordeste tem um grande potencial elico, o maior do Brasil. A regio a maior produtora de energia elica do Brasil. Mais de uma centena de parques elicos j esto instalados e outras centenas sero instalados nos prximos anos no Nordeste, gerando desenvolvimento, investimentos, trabalho e renda. A instalao de parques elicos na regio economicamente atrativa. Ademais, o Nordeste tem muito sol, anualmente a insolao grande na regio, fazendo com que tenha um grande potencial para a gerao de energia solar.

    Gabarito: Errado

    09) Um possvel benefcio dos parques elicos a que o texto remete que, quando instalados em reas pouco desenvolvidas economicamente, eles podem melhorar a renda da populao cujas opes de emprego so precrias.

    COMENTRIOS:

    Geralmente os parques elicos so instalados em reas pouco desenvolvidas no Nordeste. Os empreendimentos trazem forte melhoria da

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 99

    renda da populao local, que tem poucas opes de emprego. Tambm dinamizam a economia local e contribuem significativamente para o crescimento do PIB nos municpios onde os parques so instalados.

    Gabarito: Certo

    10) A descoberta de petrleo na camada do pr-sal considerada a redeno econmica da regio Nordeste, fato que se deve, sobretudo, ao baixo custo de extrao do petrleo nessa camada.

    COMENTRIOS:

    O pr-sal no se localiza no Nordeste. Trata-se de uma camada no subsolo marinho, que armazena petrleo abaixo de uma grossa camada de sal, a cerca de 7 km abaixo da superfcie do mar. Fica a uma distncia mdia de 300 km do litoral, em uma faixa de 200 km de largura e 800 km de extenso, que vai do Esprito Santo a Santa Catarina. O custo de extrao de petrleo nessa camada alto, no baixo.

    Gabarito: Errado

    11) (VUNESP/SAP SP/2015 AGENTE DE ESCOLTA E VIGILNCIA PENITENCIRIA) Observe a charge referente economia brasileira publicada em 18.08.2014.

    (http://plantaopolitico.com/)

    A charge tem como objetivo

    a) satirizar o tamanho reduzido do PIB. b) criticar a pouca transparncia poltica do PIB. c) relacionar as exportaes ao crescimento do PIB.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 99

    d) demonstrar que o PIB analisado sem objetividade. e) reprovar a falta de participao popular na formao do PIB.

    COMENTRIOS:

    Pibinho galera! A charge tem como objetivo satirizar o baixo crescimento do PIB.

    Gabarito: A

    12) (FCC/DPE RR/2015 AUXILIAR ADMINISTRATIVO) A redao final do projeto de lei que se relaciona ao trabalhador brasileiro, aprovado

    pela Cmara dos deputados na ltima semana, chegou ao Senado nesta

    tera-feira (28/04). Cercado de polmicas, o texto deve sofrer

    alteraes dos senadores e ter uma tramitao lenta na Casa. A

    proposta estava parada na Cmara havia 11 anos, e foi resgatada pelo

    presidente da Casa.

    (Adaptado de: http://glo.bo/1douoPC)

    O projeto de lei regulamenta

    a) o trabalho das empregadas domsticas. b) a ampliao da idade para aposentadoria de 65 para 70 anos. c) o pagamento parcelado de benefcios como o dcimo terceiro. d) a licena maternidade. e) a terceirizao do trabalho.

    COMENTRIOS:

    Em abril de 2015, a Cmara dos Deputados aprovou o PL 4330 que regulamenta a terceirizao do trabalho no Brasil. Atualmente, o PL encontra-se em tramitao no Senado. O projeto permite s empresas terceirizarem at suas atividades-fim, aquelas que esto no centro da atuao das companhias.

    Gabarito: E

    13) (FCC/METRO SP/2015 AGENTE DE SEGURANA METROVIRIA) Analise as afirmaes sobre a economia brasileira no ano de 2014:

    I. A economia brasileira ficou praticamente estvel em 2014, com alta de 0,1% no PIB (Produto Interno Bruto).

    II. Dos setores produtivos, a indstria foi um dos mais afetados com sucessivas quedas durante o ano de 2014.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 99

    III. O Brasil deixou de fazer parte da lista das 10 maiores economias mundiais elaborada pelo Banco Mundial.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I. b) II. c) I e III. d) I e II. e) II e III.

    COMENTRIOS:

    I. Correto. A economia brasileira ficou praticamente estvel em 2014, com alta de 0,1% no PIB (Produto Interno Bruto). Em 2015, o crescimento do PIB est negativo. O Brasil est em recesso tcnica, que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. A economia brasileira encolheu 0,7 % no primeiro trimestre deste ano em relao ao ltimo trimestre do ano passado. No segundo trimestre, recuou 1,9% em relao ao primeiro trimestre de 2015.

    II. Correto. Dos setores produtivos, a indstria foi um dos mais afetados com sucessivas quedas durante o ano de 2014. Em 2015, a indstria continua sendo o setor da economia com maior retrao.

    III. Incorreto. O Brasil a stima maior economia do mundo.

    Gabarito: D (I e II)

    14) (FCC/DPE RR/2015 ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) No incio do ms de setembro de 2015 a mdia tornou conhecida do pblico brasileiro a agncia Standard & Poor's (S & P), uma das maiores agncias de classificao de riscos do mundo. A Standard & Poors

    a) deixou de colaborar com o governo federal no controle do processo inflacionrio.

    b) suspendeu as exportaes brasileiras de carne devido suspeita de contaminao.

    c) divulgou uma lista de polticos e empresrios que mantm contas secretas no exterior.

    d) rebaixou a nota de crdito do Brasil que perdeu o status de bom pagador.

    e) divulgou os esquemas de corrupo na CBF e nas federaes de futebol dos estados.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 99

    COMENTRIOS:

    A Standard & Poors rebaixou a nota de crdito do Brasil, que perdeu o status de bom pagador. Tambm rebaixaram a nota de crdito do Brasil, outras duas grandes agncias de classificao de risco: Fitch e Moodys.

    Com isso, nas trs agncias, o Brasil perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendvel para os investidores aplicarem seu dinheiro.

    Gabarito: D

    15) (VUNESP/TJ SP/2015 ESCREVENTE TCNICO JUDICIRIO) BC acelera ritmo e sobe juro para 11,75% ao ano

    O Comit de Poltica Monetria (Copom) do Banco Central acelerou o ritmo de alta e subiu a taxa bsica de juros da economia em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (3 de dezembro), de 11,25% para 11,75% ao ano. Em outubro, os juros tinham avanado menos: 0,25 ponto percentual. Esse foi o segundo aumento seguido da taxa Selic, que est no maior patamar em trs anos.

    (G1, 3 dez.14. Disponvel em . Adaptado)

    O Banco Central justificou a sua deciso por conta

    a) da alta taxa de desemprego. b) da estagnao da economia. c) da inflao persistente. d) da desacelerao da economia dos EUA. e) do quadro de recesso tcnica.

    COMENTRIOS:

    A elevao da taxa bsica de juros (taxa Selic) medida corriqueira, adotada pelo Banco Central, para combater a alta inflacionria, a inflao persistente que no baixa.

    Gabarito: C

    16) (VUNESP/CMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) A questo est relacionada charge publicada de 22/11/14.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 99

    O termo pibinho empregado na charge expressa

    a) a pequena participao da agricultura na economia brasileira. b) uma das caractersticas do Brasil como pas emergente. c) a dependncia brasileira em relao s exportaes de produtos agrcolas.

    d) uma crtica ao baixo crescimento econmico do Brasil. e) a forma como as grandes empresas obtm emprstimos dos bancos pblicos.

    COMENTRIOS:

    O termo pibinho uma crtica ao baixo crescimento econmico do Brasil.

    Gabarito: D

    17) (VUNESP/CMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) A questo est relacionada charge de setembro de 2014, mostrada a seguir.

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 99

    Na charge, a nota baixa atribuda ao Brasil deve-se

    a) ao elevado ndice de desemprego. b) alta taxa de mortalidade infantil. c) ao fraco desempenho durante a Copa do Mundo. d) ao fraco crescimento econmico. e) elevada incidncia da dengue em todo o pas.

    COMENTRIOS:

    A charge faz aluso a uma agncia de classificao de risco Moodys, que, em 2014, rebaixou a nota do Brasil. Nesse rebaixamento o pas manteve o grau de investimento. O rebaixamento de 2014 deveu-se ao baixo crescimento econmico.

    Gabarito: D

    18) (CESPE/PM CE/2014 PRIMEIRO TENENTE) Apesar dos mltiplos pacotes de alvio tributrio editados pelo governo, a carga brasileira de impostos mantm-se em alta e entre as maiores do mundo. Os tributos federais, estaduais e municipais subtraram exatos 35,85% da renda nacional em 2012, segundo a Receita Federal. Entre as maiores economias emergentes, s a Argentina apresenta percentuais semelhantes. O maior obstculo queda da carga tributria a elevao constante de gastos pblicos.

    Folha de S. Paulo, 21/12/2013, p. B5 (com adaptaes).

    Considerando o fragmento de texto acima e o tema por ele focalizado, julgue o item seguinte.

    A expresso custo Brasil remete-se aos obstculos que dificultam o crescimento econmico do pas, entre os quais se incluem deficincia de infraestrutura e excessiva carga tributria.

    COMENTRIOS:

    O Custo Brasil um termo genrico usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocrticas e econmicas que encarecem o investimento no Brasil, dificultando o desenvolvimento nacional, aumentando o desemprego, o trabalho informal, a sonegao de impostos e a evaso de divisas. Por isso, apontado como um conjunto de fatores que comprometem a competitividade e a eficincia da economia nacional. O termo largamente

  • Atualidades para o IBAMA Analista Ambiental Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 99

    usado na imprensa, fazendo parte do jargo econmico e poltico local. Exemplos do Custo Brasil so a infraestrutura deficiente e a excessiva carga tributria.

    Gabarito: Certo

    19) (CESPE/PM CE/2014 PRIMEIRO TENENTE) No novo mapa da riqueza no Brasil, as cidades mdias avanam e as capitais perdem espao. Apesar dessa tendncia, a riqueza continua concentrada no pas. A renda gerada por apenas seis municpios So Paulo, Rio de Janeiro, Braslia, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus responde por um quarto de toda a riqueza no pas.

    O Globo, 18/12/2013, p. 23 (com adaptaes).

    Com base no fragmento de texto acima e nos diversos aspectos que envolvem o tema por ele abordado, julgue o item que se segue.

    A ampliao da explorao do petrleo em determinadas reas do litoral brasileiro inclui-se entre os fatores que influenciaram o aumento considervel da participao de muitos municpios no produto interno bruto nacional, ou seja, no conjunto de bens e servios produzidos pelo pas.

    COMENTRIOS:

    A indstria de petrleo movimenta a maior cadeia produtiva do Brasil. So desde bens at uma multiplicidade de servios, dos mais simples aos altamente especializados. Alm da extrao do leo e do gs. Muitas empresas se instalam nos municpios costeiros, onde a logstica de atendimento a explorao do petrleo no litoral brasileiro melhor. Isto movimenta a atividade econmica nos municpios petrolferos, que tambm so beneficiados com os royalties que recebem pela explorao do petrleo e gs. Isso tudo, amplia muito o PIB dos municpios petrolferos.

    Gabarito: Certo

    (CESPE/MTE/2014 CONTADOR) A taxa de desemprego nas seis principais regies metropolitanas do Brasil (Rio de Janeiro, So Paulo, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador) subiu em janeiro de 2014, em um movimento marcado pela dispensa de trabalhadores temporrios, mas a alta ficou abaixo da esperada pelo mercado.