atps de gerenciamento estratégico de custo.docx
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Universidade Anhanguera Uniderp – Polo Barra do Corda
Tutor (EAD): Profº Me. Ademir Cavalheiro Leite
Tutor presencial: Eliane Araújo Assunção
Curso: Ciências Contábeis
ATPS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE CUSTOS
Barra do Corda – Maranhão
2015
Acadêmicos:
Matheus Nascimento Dos Santos RA: 437848
Jaciely Da Silva Dos Santos RA: 429423
Antônia Leilane Avelino Pacheco Pires RA: 437828
Lorena Dantas Pereira - RA: 428500
GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE CUSTOS
Trabalho apresentado a Faculdade
Anhanguera – UNIDERP curso de Ciências
Contábeis, como requisito parcial da
disciplina: Gerenciamento Estratégico de
Custo, sob a orientação da tutora presencial:
Eliane Araújo Assunção
Barra do Corda – Maranhão
2015
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................04
Conceitos e Terminologias...........................................................................................05
DEMOSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO........................................09
Tabulação os dados do custo de produção..................................................................09
Custos e Despesas Específica........................................................................................10
Rateio e Departamentalização.....................................................................................15
Custo Total da Empresa Fictícia..................................................................................16
Qual o Produto mais rentável para a Empresa? .......................................................16
Proposta para fornecimento........................................................................................17
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE CUSTEIO
ABC ................................................................................................................................18
Sistema de Custeio por Ordem de Produção................................................................23
Sistema de Custo por Processo......................................................................................24
Sistema de Custo Padrão................................................................................................25
Ponto de Equilíbrio Contábil.........................................................................................28
Ponto de Equilíbrio Financeiro.....................................................................................29
Ponto de Equilíbrio Econômico....................................................................................29
Produção de Venda de acordo com a capacidade máxima instalada .......................30
Produção de Venda somente do produto Caneta Azul...............................................30
Produção de Venda somente do produto Caneta Vermelha......................................31
VIABILIDADE FINANCEIRA DA EMPRESA FICTÍCIA LTDA.........................32
CONCLUSÃO................................................................................................................35
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 36
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Introdução
O gerenciamento estratégico de custo é fundamental hoje em dia em todas as empresas e
organizações, pois o seu papel é bastante usado nos dias atuais, pois além de auxiliarem
diretamente nos pontos principais dentro do processo organizado e produtivo, é essencial para
o controle de produção e desenvolvimento dos estoques para fins internos e externos. Com
isso a contabilidade de custo torna se uma ferramenta de sobrevivência na concorrência
acirrada dentro das organizações, isso não significa cortar meramente os custos, mais
questionar-se sobre a necessidade deles, que envolvem os custos a qualidade, a não qualidade
à responsabilidade social e ambiental.
O gerenciamento estratégico tem por objetivo, desenvolver o conhecimento, a capacidade e a
habilidade de profissionais de empresas privadas, instituições públicas e organizações sem
fins lucrativos para elaborar, analisar e gerenciar projetos de qualquer natureza, parte ou
complexidade, liderando equipes, gerenciando recursos, tempo, orçamentos implementando-
os com sucesso. Também fornece dados detalhados sobre custos que a gestão precisa para
controlar as operações atuais e planejar para o futuro. É por meio desses métodos que podem
ser administradas as empresas com melhores aproveitamentos tanto nas suas tomadas de
decisões como no decorrer de suas estratégicas para serem tomadas com a provisão e os
objetivos elencados e traçados, com o intuito de dar continuidade nas operações preliminares
e de interesse da mesma.
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CONCEITOS E TERMINOLOGIAS
Hoje em dia nas grandes empresas e organizações, existem vários métodos de fabricação de
produtos e materiais, decorrentes de um grande processo produtivo através de maquinas
pessoas e do meio administrativo onde serão empregados todos os recursos, provenientes para
se produzir e deixar por acabado o produto ou fabricação desejada. Para isso acontecer e não
serem desperdiçados nenhum material ou fonte de produção, foram aplicados alguns
mecanismos que podem ajudar uma organização a distribuir corretamente de maneira objetiva
e aproveitadora todos os instrumentos para produção de qualquer estoque de mercadoria.
O objetivo principal é adquirir o lucro esperado, consistente dos gastos na gestão empresarial,
para isso acontecer é necessário se ter um alto controle dos gastos eminentes e decorrentes
dentro da formação e produção dos produtos. Assim pensando na melhoria desse obter
resultados mais convincentes aplicamos algumas ferramentas que nos auxiliam através de seu
controle um melhor desenvolvimento daquilo que se usou para produção ser finalizada.
Um dos principais precursores dentro das organizações são os gastos, que são os sacrifícios
que a entidade tem que ter para a obtenção dos objetivos esperados, assim por exemplo para
deixar um produto pronto para o estoque e a venda do mesmo, são necessários o controle
desses gastos.
Outra ferramenta explorada são os custos que são os gastos necessários para se obter o
produto ou seja a matéria prima usada para a obtenção do mesmo. É o gasto relativo a
produção de um bem ou serviço para produzir outros bens ou serviços.
As Despesas são os gastos destinados a distribuição e movimento desses produtos,
que é o caso dos vendedores e pessoas que organizam os produtos para venda, pois é
através desse mecanismo que serão produzidas as receitas provenientes para empresa o
seu meio em geral.
Investimentos são as aplicações de recursos em bens a curto prazo e a longo prazo,
assim com um investimento de produtos no seu estoque a obtenção de receita é a curto
prazo onde a revenda acontece de maneira direta, já para produção dos produtos é
necessário o investimento de maquinas que auxiliam na fabricação dos produtos, que
irão gerar renda futuramente.
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Desembolso é a ocorrência de do pagamento de um gasto independentemente se esse
gasto foi a vista ou a prazo, então houve um pagamento ou dívida a cumprir diante do
fato ocorrido, assim a empresa reconhece um gasto independente da condição do
pagamento e vala a ocorrência do evento econômico, onde na contabilidade isso
recebe o nome de regime de competência.
Perda é um gasto involuntário e também indesejável, ou seja são gastos sem
aproveitamentos, já que na maioria dos casos o que acontece quando se trabalha com
produtos que não tem o mesmo rendimento ou pior do que se esperava, isso acontece
geralmente com produtos usados para gerar outros produtos, mais também existem
perdas irreparáveis ou seja não previstas que acontecem de forma acidental, como é o
caso de um incêndio na área de estoque, matéria prima ou até mesmo danificando a
estrutura de uma empresa, deixando a mesma com vários prejuízos.
Desperdício é um desperdício inadequado de materiais no recurso de fabricação de
um produto, com falta de organização e falta de treinamento para com as pessoas que
lidam com os meios de produção e diretamente com a matéria prima e outros recursos,
fica fácil deste fato acontecer.
Prejuízo é o resultado negativo do confronto de receitas, custos e despesas no final de
um período, ou seja com base legal através de relatórios contábeis como a DRE que
nos darão livre acesso e confiança.
Custos Diretos são aqueles que nós conseguimos atribuir a cada produto fabricado, ou
seja consegue-se atribuir quais os principais, matérias necessárias e que são usados de
maneira direta na fabricação do produto, podemos definir muitos exemplos de custos
indiretos como a matéria prima e mão de obra.
Custos Indiretos ocorrem de maneira não classificável diretamente, ou seja não é
possível assimilar e demostrar quis foram os objetos usados diretamente na fabricação
do produto, pois há uma dificuldade ou restrição de aloca-los. Assim para se ter um
controle positivo sobre os gastos que estão sendo distribuídos precisa se adotar meios
matemáticos afim de que se torne perceptível.
Custos Fixos com relação à produção são aqueles que os seus valores não são
sensíveis às alterações nos volumes produzidos. Mesmo que os custos sofram algum
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tipo de reajuste por contrato ou pelo tempo, eles continuarão fixos porque a variação
não é decorrente de alteração de volumes de produtos. Um exemplo clássico é o
aluguel, que pode sofrer reajustes em determinados momentos e ainda assim continuar
pertencendo ao grupo dos custos fixos, já que tais reajustes não estarão relacionados às
oscilações na produção da empresa.
Custos Variáveis os custos variáveis, por sua vez, estão diretamente ligados à
produção da empresa, sofrendo alterações de um período para outro. O melhor
exemplo deste tipo de custo vem das matérias-primas: quanto mais se produz, mais
material é utilizado e, portanto, maior é o gasto. Ainda que o volume de produção
permaneça estável por algum tempo, o custo com esses materiais não será enquadrado
como fixo, pelo simples fato de não deixar de estar atrelado à produção.
Passo 3
Dados da empresa Fictícia Ltda.
Balanço Patrimonial Empresa Fictícia Ltda.
Balanço Patrimonial
Empresa Fictícia Ltda.
Ativo Passivo
Ativo Circulante R$ 530.000,00 Passivo Circulante R$ 200.000,00
Disponibilidade R$ 250.000,00 Fornecedores R$ 140.000,00
Contas a receber R$ 180.000,00 Salários a pagar R$ 60.000,00
Estoques R$ 100.000,00 Passivo Não Circulante R$ 250.000,00
Ativo Não Circulante R$ 270.000,00 Fornecedores R$ 250.000,00
Contas a receber R$ 80.000,00 Patrimônio Liquido R$ 350.000,00
Imobilizado R$ 190.000,00 Capital R$ 350.000,00
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Total do Ativo R$ 800.000,00 Total Passivo + PL R$ 800.000,00
Produto Preço de venda
Caneta Azul R$ 0,85
Caneta Vermelha R$ 1,00
Componentes Preço
Caneta Azul 01 tubo acrílico R$ 0,20
tampa frontal R$ 0,10
tampa traseira R$ 0,05
carga R$ 0,18
embalagem R$ 0,02
Custo Unitário R$ 0,55
Caneta Vermelha 01 tubo acrílico R$ 0,20
tampa frontal R$ 0,10
tampa traseira R$ 0,05
carga R$ 0,23
embalagem R$ 0,02
Custo Unitário R$ 0,60
Impostos sobre vendas: 27,5%
Além dos custos acima listados a empresa incorre ainda em:
Salários de mão de obra para montagem e embalagem dos produtos R$ 4.500,00/ mês
Salários e comissões dos vendedores R$ 15.000,00 / mês
Salários administrativos e Pro – labore R$ 20.000,00 / mês
Sabe-se que são vendidas mensalmente 200.000 unidades de caneta vermelha e 530.000
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unidades de caneta azul/mês
Passo 3.2
DRERECEITA DE VENDAS BRUTAS R$ 650.500,00
(-) deduções sobre vendas
Imposto sobre Vendas 27,5%
R$ (178.500,50)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA R$ 471.612,50
(-) CUSTOS OPERACIONAIS
CMV
Salário Mão de Obra
R$(411.500,00)
R$ (4.500,00)
= R$ (416.000,00)
LUCRO BRUTO R$ 55.612,50
(-) DESPEZAS OPERACIONAIS
*Salários e comissões de vendedores
*Salário Adm. Pro - Labore
R$ (15.000,00)
R$ (20.000,00)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ 20.612,50
Passo 3.3
Caneta Azul
Matéria Prima R$ 0,55
MOD R$ 117,78
Despesas R$ 15.142,00
Total R$ 15.260,33
Caneta Vermelha
Matéria Prima R$ 0,60
MOD R$ 44,44
Despesas R$ 5.071,00
Total R$ 5.116,04
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Caneta Azul
Componentes Preços
01 tubo acrílico R$ 0,20
Tampa frontal R$ 0,10
Tampa traseira R$ 0,05
Carga R$ 0,18
Embalagem R$ 0,02
Caneta Vermelha
01 tubo acrílico R$ 0,20
Tampa frontal R$ 0,10
Tampa traseira R$ 0,05
Carga R$ 0,23
Embalagem R$ 0,02
O tempo de montagem é igual para os dois produtos os gastos administrativos e financeiros é
proporcional a quantidade produzida.
Custos e Despesas Específicos
Custos dos materiais: O custo especifico das empresas é aquele concernente á atividades
produzida. Exemplo: materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
Estão associados aos procedimentos de avaliação de estoque. O termo “Estoque” designa o
“conjunto” dos itens materiais de propriedade da empresa, que são mantidos para venda
futura. Que se encontra em processo de produção de produtos ou serviços a serem vendidos.
Os principais Tipos de Ativos Considerados Estoques são:
Mercadoria para comercio ou produtos acabados, materiais para produção; Materiais em
estoque não destinados á produção normal, chamados também de indiretos, auxiliares ou não
produtivos; produtos em processo de fabricação ou elaboração; custos das importações em
andamento referentes a itens de estoque.
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Objetivo principal do Custeio dos Estoques e a seleção dos Métodos de Custeio
O maior objetivo do custeio de estoque é a determinação de custos adequados ás vendas, de
forma que o lucro apropriado seja calculado. A adoção de critério de lucro como base
principal para selecionar o método de custeamento dos estoques, provoca alguns efeitos na
posição financeira da empresa. Na seleção do método de custeamento dos estoques, uma
importante consideração é o conceito de lucro líquido. Em adição ao fator lucro, existe um
número de outros fatores que influenciam as decisões relativas á seleção dos métodos de
custeio de estoque, a lista desses fatores, excluindo definição do lucro, incluiria:
Aceitação do método pelas autoridades do imposto da renda; A parte pratica da determinação
do custo; Objetividade do método; Utilidade do método para decisões gerenciais.
Os Custos dos Materiais
O princípio contábil de custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais,
além do preço desses materiais, todos os outros custos decorrentes da compra, e que se
deduzam todos os descontos e bonificações eventuais recebidos. Na pratica os custos podem
variar de uma compra para a outra, e não é necessário (a não ser no caso de produtos
perecíveis), determinar de qual lote especifico o consumo foi realizado para se efetuar a baixa
do estoque.
Custo Médio
Este método, também chamado de método da média ponderada ou média móvel, baseia-se na
aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do estoque
ao custo médio é aceito pelo FISCO, e usado amplamente pela média ponderada do Custo do
estoque em mãos no começo do período e de todas as compras efetuadas durante esse mesmo
período.
O método do custo médio inclui dois diferentes procedimentos: O da média ponderada; e o da
média móvel. O Custo Médio Ponderado é associado com o estoque periódico, enquanto o
Método da Média Móvel requer registro perpétuos. Os dois métodos possuem a vantagem da
simplicidade dos cálculos; porém, ambos são passiveis de críticas.
Custeio de Produção
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O custo de produção é o custo associado ás unidades produzidas, é o custo que se pode
considerar como “ligação” ou “amarrado” as unidades produzidas. É considerado como de
ligação em virtude de ser o resultado da aplicação do custo unitário nas quantidades utilizadas
(saídas) do processo, e é por meio dele que transferimos os valores das contas dos produtos
em processo de fabricação para a de produtos acabados.
Custeio das vendas
Os métodos de avaliação antes detalhados também são básicos para a avaliação do estoque
dos produtos acabados. As entradas nessa conta refletem a transferência do custo de produção.
As saídas desta conta refletem o custo dos produtos vendidos ou o custo das mercadorias
vendidas quando se tratar de operações comerciais.
Os Custos da Mão-de-Obra
Os gastos de mão de obra incluirão todos os gastos incorridos pela pessoa jurídica para
contratar, treinar, manter, remunerar e desligar seus empregados tanto na área de produção
como de administração e comercial. “Todos esses gastos estão relacionados ao “ciclo de vida”
da mão de obra”, pois, vão desde o recrutamento á seleção e a admissão, até a saída do
empregado. Um controle adequado dos custos da mão de obra baseia-se em padrões
predeterminados de eficiência e na comparação dos custos reais com esses padrões, na medida
em que a produção progride. Realiza-se controle eficiente por meio de: Planejamento da
Produção; uso de orçamentos e padrões de mão de obra; Relatórios de Execução da mão de
obra; e pagamento adequado pelo desempenho da mão de obra.
Custo de Produção da Mão de Obra Direta
A Legislação Fiscal pelas regras estabelecidas de custeio por absorção determina que os
custos de mão de obra direta devem ser segregados dos de mão de obra indireta, que deverão
compor o terceiro elemento de custo, ou seja, o custo indireto de fabricação.
Custos Indiretos de Fabricação
O único sistema aceito pela legislação fiscal para apropriação dos custos indiretos de
fabricação é o denominado “custeio por absorção” por meio do qual os produtos em
elaboração receberão, contabilmente, carga pela matéria-prima, mão de obra direta e pelos
custos indiretos de fabricação aplicados.
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Centro de Custo
Os custos indiretos de fabricação relacionam-se diretamente com a fábrica como um todo,
podendo ou não, ser divididos em departamentos, processos ou células de trabalho. Um centro
de custo pode ser um departamento ou a combinação de diversos departamentos. É importante
ressaltar que, a decisão em separar os custos por cento de custo está diretamente relacionada
com o porte e/ou a estrutura da empresa.
Alocação dos Custos do departamento de Administração Industrial são em geral, apropriados
em primeiro lugar, por que esse departamento presta serviços a todos os demais
departamentos. Essa alocação é efetuada ao fim de cada mês com base no número de pessoas
existente em cada departamento.
Alocação dos Custos do Departamento de produção
São distribuídos aos departamentos de produção com base no total do custo do material direto
consumido.
Alocação dos Custos do Departamento de Engenharia da Fabrica
São distribuídos aos departamentos com base nas horas de manutenção que refletem os
serviços prestados.
Alocação dos Custos do Departamento de Manutenção Geral
São distribuídos pelos totais dos metros quadrados ocupados.
Alocação dos Custos do Departamento de Controle e Qualidade
São distribuídos em percentuais iguais ao departamento de Montagem e Pintura, assumindo-
se que o controle de qualidade é efetuado em proporções iguais e somente nesses dois
departamentos.
Despesas Administrativas e Comerciais
Constituem ao lado dos Custos Indiretos de Fabricação o segundo grande grupo que integra o
gasto total de bens e serviços produzidos e vendidos. Essas despesas referem-se
exclusivamente ás funções administrativas e comerciais das empresas, sem vínculo direto.
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Bases de Volume ou Critérios de Rateio
A escolha de bases por meio das quais serão distribuídas por produtos, as despesas
administrativas e comerciais é a fase mais difícil e de maior importância para a eficiência das
tarefas de análise e controle das respectivas operações. Tal dificuldade provém do fato de que
as atividades administrativas e comerciais, sendo variadas, exigem bases de rateio também
variadas.
Gastos de Empresas não industriais
Gastos de Empresas Comerciais: A principal distinção entre o comercio e a indústria
consiste no fato de que o comercio é intermediário e a indústria é transformadora. Na
atividade comercial o preço de aquisição do produto influi diretamente no preço de venda,
constituindo o aspecto básico do custo total da mercadoria, apenas acrescido pelos valores
provenientes das despesas diretamente relacionadas com a atividade comercial e pelo mark-up
.
Custo Comercial
Entende-se por custo comercial o total dos dispêndios monetários imediatos ou futuros, nos
quais a empresa incorre para a obtenção de uma mercadoria ou de um serviço. O custo
comercial deverá ser apurado de forma a evidenciar custo, receita e o lucro das mercadorias
vendidas.
Custo Comercial - Apropriação
A apropriação das operações de compra e venda de mercadorias pode ser feita de várias
formas. Quando a conta de estoques é desdobrada, criam-se subcontas ou desdobramento de
contas capazes de reunir os custos diretos das operações de compra e venda, permitindo assim
um conhecimento mais aproximado do custo real das mercadorias vendidas. Os princípios de
controle de estoques do comercio são os mesmos de uma indústria, dependendo apenas de
adaptação para atendimento das circunstâncias particulares de dada empresa.
Custos Indiretos/ Comercial
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Vimos que os custos primários da mercadoria objeto de compra e venda compreende o custo
de aquisição mais os custos diretamente relacionados com essa mercadoria. Assim, se a
empresa vender, por exemplo, moveis, rádios, geladeiras e outros aparelhos de uso doméstico,
podemos conhecer o montante dos custos ocasionados por essas diversas espécie de
mercadorias, fazendo entre elas um rateio dos gastos de comercialização e administração.
Esse rateio será feito um mapa apropriado, no qual consideramos a existência dos seguintes
departamentos: Departamento de moveis, departamento de rádios e eletrônicos, departamento
de geladeiras, departamento de utensílios de uso doméstico.
Custos Variáveis/Comercio
Os custos de mercadorias vendidas do departamento de resultados devem refletir os custos
primários (materiais e mão de obra), somente dos serviços completados, consistentes com as
receitas relatadas no mesmo período. O estoque de materiais disponíveis ao final do período
(no armazém loja ou locais de prestação de serviço), deduzindo do total das compras e
acrescido ao estoque inicial do período, é usado para determinar o custo das mercadorias ou
materiais consumidos nos serviços executados durante esse mesmo período.
Custos Fixos/ Comercio
Os custos fixos incluem todos os custos operacionais do negócio, e incluem três divisões
maiores: Armazenagem e despacho; vendas e despesas gerais e administrativas.
Estoque/Comercio
Desde que a empresa prestadora de serviços não produz suas mercadorias, não existe a
subdivisão dos inventários entre matérias-primas, produtos em processos, e produtos acabados
como nas empresas industriais. As mercadorias em estoque se encontrem (loja, armazém, ou o
próprio local de instalação). A sua apropriação deve seguir os mesmos critérios sobre
empresas de compras e venda de mercadorias.
Rateio e Departamentalização
Os departamentos podem, se divididos em dois grupos: departamentos de produção e
departamentos de serviços. O departamento de produção é voltado totalmente para o produto
de cortes, montagem, acabamento e pintura. Para definir o custo de fabricação dos produtos
acabados, todo um sistema de registro, uma análise, rateio de custo, bem como uma serie de
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lançamentos contábeis e controles paralelos tomam-se indispensáveis. Já o departamento de
serviços não atua direto com o produto, mais dão suporte no departamento de produção. Seus
custos são apropriados aos departamentos de produção (a quem prestam serviços). Os
departamentos de produção recebem esses custos dos departamentos de serviços, juntam com
seus próprios custos e, finalmente transferem aos produtos de administração de fábrica,
manutenção, almoxarifado, expedição e controle de qualidade.
Passo 3
Custo Total do Produto da Empresa Fictícia
Produto Matéria Prima Despesas MOD Total
Caneta Azul R$291.500,00 R$25.410,00 R$3.267,00 R$320.177,00
Caneta Vermelha R$120.000,00 R$9.590,00 R$1.233,00 R$130.823,00
Produto Produção % s total MOD Comissões Salários Administrativos
Caneta Azul 530.00 73% 3.285,00 10.950,00 14.600,00
Caneta Vermelha 200.00 27% 1.215,00 4.050,00 5.400,00
Total 73.000 100% 4.500,00 15.000,00 20.000,00
Produto Produção Custo Unitário Total
Caneta Azul 530.000 0,55 R$291.500,00
Caneta Vermelha 200.000 0,60 R$120.000,00
Total 730.000 1,15 R$411.500,00
A Caneta Azul é mais rentável, pois seu ponto de equilíbrio é maior que da Caneta Vermelha,
além de possuir um custo menor de produção, a quantidade de venda se dá em grande escala.
Passo 4
Proposta para Fornecimento
Mão de obra
530.000 – 3.267,00
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15.000 – x
X= 92,46
Despesas
Comissão de vendas
0,65 * 15.000 = 9.750,00 * 2% = 195,00
530.000 – 25.410,00
15.000 – x
X= 719,15
Logo = 195,00 + 719,15 = 914,15
Proposta
Caneta Azul
Valor R$
Matéria Prima = 8.250,00
Mão de Obra = 92,46
Despesas = 914,15
Total = 9.256,61
Total de venda
15.000 * 0,65 = 9.750,00
* 27,25% (imposto) = 2.656,88
Receita Líquida
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9.750,00 – 2.656,88 = 7.093,13
A aceitação da proposta e inviável, pois a empresa teria um prejuízo no valor de R$ 2.163,48.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO
SISTEMA DE CUSTEIO ABC
Métodos de Custeio
Métodos de custeio são formas de apuração dos valores de custos dos bens,
mercadorias ou serviços das entidades públicas e privadas, tem como função determinar o
modo de como será atribuído custos aos produtos. Vários são os métodos e são aplicados
conforme características da empresa.
Métodos de Custeio tradicional
Os três principais métodos de custeio abordados pela bibliografia de custos no
Brasil referem-se ao custeio por absorção, ao custeio variável e ao custeio ABC.
Não é afirmado que um sistema seja melhor que outro, visto que cada um atende a
determinadas empresas, distintamente, dependendo da atividade desempenhada, da
formatação das informações requeridas e dos objetivos definidos pelos gestores.
Custeio por Absorção
É o sistema que apura o valor dos custos dos bens ou serviços, tomando como base dos custos
da produção, quer seja fixo ou variáveis, diretos ou indiretos. Uma vantagem é que atende aos
princípios fundamentais da contabilidade e no princípio da competência, reconhece todos os
custos de produção como despesas somente no momento da venda, e é aceito pelo fisco
brasileiro, e uma desvantagem o mesmo apresenta pouca quantidade de informação para fins
gerenciais. Nesse sentido reconhece todos os custos de produção como despesas somente no
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momento da venda, demonstrando de forma mais apropriada a confrontação da receita com a
despesa, na apuração do resultado. Por este motivo é aceito pelo fisco brasileiro.
Custeio Variável
No custeio por absorção os custos fixos são rateados aos produtos, e quando no custeio
variável estes custos são tratados como despesas, e vão direto para resultado, trata-se como
um custo no período indo diretamente ao resultado igualmente as despesas. Uma vantagem é
que auxiliar em uma tomada de decisão e desvantagem apresenta-se a não obediência aos
princípios fundamentais de contabilidade, por não atender o princípio da competência. Uma
das vantagens do custeio variável é a apresentação de informações gerenciais para o gestor.
Este método permite aos administradores utilizar os custos como ferramenta auxiliar na
tomada de decisões. Pois, quando expurga os custos indiretos da composição dos custos
unitários de cada produto e/ou serviço e o leva direto ao resultado, permite-se demonstrar
quanto cada produto e/ou serviço contribuiu para o resultado final da entidade por meio da
margem de contribuição5 de cada produto. Nesse contexto se permite avaliar, individualmente
o resultado de cada unidade sobre o todo.
Custeio Baseado em Atividades (ABC)
O ABC é uma metodologia de custeio que procura amortizar sensivelmente as distorções
geradas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. Pode também ser utilizado no cálculo de
custos diretos e até mesmo na gestão de custos. Para a utilização do custeio ABC o primeiro
passo é identificar as atividades relevantes dentro de cada departamento e importante para
cada atividade deverá ser atribuído o respectivo custo e um direcionador.
O Custeio Baseado em Atividades “é uma metodologia de custeio que procura reduzir
sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. Este
sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causação, ou seja, procura
identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe
imputar o valor.
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O ABC trabalha com o conceito de centro de atividades e sua utilização, exige controles
pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos
da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos
controles internos da entidade.
IMPORTÂNCIA E UTILIZAÇÃO DO ABC
A importância que se dá à utilização do sistema de custeio ABC é em virtude do mesmo não
ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona informações
gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os custos das atividades,
que proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades aos responsáveis pelas mesmas.
Um diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles
pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos
da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos
controles internos da entidade.
IMPLEMENTAÇÃO DO ABC
A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da
entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos processos,
torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz.
O ABC, por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou
menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações gerenciais para o
gestor, o que está intimamente ligado ao ramo de atividade e porte da empresa.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA APLICAÇÃO DO CUSTEIO ABC
Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da aplicação do método
de custeio ABC.
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Como vantagens podemos ressaltar:
Informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio;
Adequa-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de definição do
que seja custos, gastos e despesas nessas entidades;
Menor necessidade de rateios arbitrários;
Atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (similar ao custeio por
absorção);
Obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos;
Proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos; identifica, de forma mais
transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos;
Identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade;
Pode ser empregado em diversos tipos de empresas (industriais, comerciais, de
serviços, com ou sem fins lucrativos);
Pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade;
Pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de
reposição; e
Possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto.
Por outro lado, pode-se enumerar como desvantagens:
Gastos elevados para implantação;
Alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados;
Necessidade de revisão constante;
Leva em consideração muitos dados;
Informações de difícil extração;
Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa;
Necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação;
Dificuldade na integração das informações entre departamentos;
Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e
acompanhamento;
Necessidade de formulação de procedimentos padrões; e
Maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las;
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SISTEMAS DE CUSTEIO
Custo de produção por absorção
Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método derivado da aplicação
dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na apropriação de todos os custos
(diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens
elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos
relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.
A aquisição de bens de consumo eventual cujo valor não exceda a 5% do custo total dos
produtos vendidos no período de apuração anterior poderá ser registrada diretamente como
custo (RIR/1999, art. 290, parágrafo único).
Custos diretos
O Método de Custeio Direto, atribui para cada custo uma classificação específica, na forma de
custo fixos ou custo variável. O custo final do produto (ou serviço) será a soma do custo
variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados
diretamente no resultado do exercício. Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas,
por sua restrição fiscal e legal, sua utilização implica na exigência de 2 sistemas de custos:
1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e
2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e variáveis.
Os dois termos utilizam-se de princípios diferentes para fazer os custos indiretos chegarem ao
produto. Uma agrega-os ao custo de produção, enquanto a outra debita da receita de vendas
estes custos, obviamente apresentando resultados distintos nos balancetes de receitas e
despesas.
Os sistemas de custeio podem ser classificados
1 – Quanto a natureza do processo produtivo...
Ordens específicas de produção: baseia-se na agregação dos custos específicos
de cada produto fabricado;
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Por série de produção: tipo de produção baseada na fabricação de vários
produtos.
2 – Quanto ao tipo de custo escolhido...
Históricos: tem como pressuposto principal a simplificação e contabilização
dos valores tais como ocorreram;
Pré-determinados: esses custos são estabelecidos antes de realizar a produção,
através de estudos de engenharia ou valores escolhidos como amostra de um
período.
Sistema de Custeio por Ordem de Produção
Esse sistema é característico de empresas que produzem sob encomendas, sejam essas
unitárias ou em lotes. Os custos acumulados de matérias-primas, mão-de-obra e custos
indiretos de fabricação, são computados a partir da emissão de uma ordem para produção de
lotes de um bem ou serviço.
Os resultados – lucro ou prejuízo – são rapidamente diagnosticados. Para isso, basta subtrair
do preço de venda os custos acumulados em ordem, não havendo necessidade de ser feita uma
apuração periódica dos resultados.
Os custos primários que incidem diretamente ao produto poderão ser obtidos logo que a
ordem esteja completamente concluída. Já os custos indiretos, só poderão ser incorporados ao
produto quando terminar o período contábil.
Todo esse processo de apropriação caracteriza o sistema requer, frequentemente, um grande
número de pessoas dedicadas a esse fim, fazendo com que os fluxos de informações sejam
inúmeros, principalmente na detectação do custo da mão-de-obra, aumentando
consideravelmente seu custo operacional.
Nesse sistema, o formulário de ordem de produção é o centro nevrálgico, tendo como objetivo
principal apresentar e registrar os gastos com material direto, mão-de-obra direta e uma
estimativa dos custos indiretos relativos a unidade produzida. Devem estar contidas no
formulário de ordem de produção.
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Modelo e características do produto a ser fabricado;
Data de emissão e término esperado, bem como estimativa dos custos indiretos de
fabricação;
Locais distintos para registrar material direto e mão de obra direta;
Resumo dos custos.
Os custos acumulados de matérias-primas, mão-de-obra e custos indiretos de fabricação, são
computados a partir da emissão de uma ordem para produção de lotes de um bem ou serviço.
Os resultados – lucro ou prejuízo – são rapidamente diagnosticados. Para isso, basta subtrair
do preço de venda os custos acumulados naquela ordem, não havendo necessidade de ser feita
uma apuração periódica dos resultados.
Sistema de Custo por Processo
O sistema de custeio por processo adapta-se a empresas que possuam um sistema de produção
contínua, com processos consecutivos para produção de produtos padronizados. Pode-se citar
como exemplos, as empresas do ramo de eletrodomésticos, produtos químicos, hospitais, etc.
Esse processo difere muito do anterior no que tange a acumulação de custos. No primeiro
sistema, os custos são acumulados previamente em ordens de produção, para, posteriormente,
serem aglutinados em seus departamentos produtivos. No sistema de custeio por processo, a
metodologia é inversa, pois primeiramente chega-se aos custos por processo ou departamento,
para posteriormente distribuí-los aos produtos que passam por esses processos. Com isto, o
cerne desse sistema passa a ser os centros de custo, e não mais o produto elaborado através de
uma ordem de produção.
Características do sistema
Características mais relevantes deste sistema de custeio.
Aplicação: são aplicados em empresas que possuam produção contínua e seriada, com
lotes de produtos padronizados;
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Acumulação: os custos com material de consumo, mão-de-obra direta e custos
indiretos de fabricação são acumulados durante o processo produtivo nos
departamentos ou centros de custo;
Custo de produção: [origina-se] na acumulação dos custos dos diversos processos
produtivos, através de cinco etapas sequenciais: fluxo físico – produtivo –, unidades
equivalentes, fluxo monetário, custo total dos procedimentos e custo médio unitário. o
custo total de cada centro de custo ou departamento, dividido [por] sua respectiva
produção, dará o custo médio unitário;
Transferência de custos: cada unidade produzida, que passa de um processo anterior
para um seguinte ou para o estoque de unidades acabadas, leva consigo uma parcela
do custo total dos processos precedentes;
Frequência das apurações: essas podem ser mensais, bimestrais ou trimestrais, porém
recomenda-se [que sejam] os mais frequentes possíveis, pois proporcionam um perfil
atualizado da estrutura de custos, e permite uma tomada de decisão a nível gerencial
mais rápida e segura;
Custo operacional do sistema: é um sistema de custeio menos burocrático do o que
apresentado anteriormente, devido ao menor número de detalhamentos e registros.
Com isto, ganha-se em tempo e economia de custos.
Sistema de custo padrão
O termo padrão possui inúmeros significados e várias implicações. Todos os custos padrões
são oriundos de uma predeterminação, porém nem todos os custos pré orçados podem ser
classificados como tal. Os custos padrões são estabelecidos segundo estudos de engenharia e
são cuidadosamente apurados, levando-se em conta o presente e o passado.
Para determinação dos custos padrões, há necessidade de seguir alguns critérios;
Seleção minuciosa do material utilizado na produção;
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Estudos de tempo e desempenho das operações produtivas;
Estudos de engenharia sobre equipamentos e operações fabris.
Custos históricos obtidos através de gastos médios ou que não levem em conta uma base
científica do método de produção, não podem ser classificados como custos estimados. O
custo padrão sintetiza, em seu valor, o custo para se produzir um bem ou serviço.
A seguir, são colocadas algumas definições que servirão para um melhor entendimento do
assunto.
Padrão: medida de quantidade, peso, valor e qualidade, estabelecida por uma
autoridade;
Custo padrão: valor do material, mão-de-obra ou gastos gerais de fabricação
cuidadosamente apurados, necessários a elaboração de um produto ou serviço;
Método do custo padrão: no ramo contábil, compara os custos atuais com o custo
padrão, testando as justificativas possíveis para as variações ocorridas.
Dentre as vantagens desse sistema, considerou-se apenas as mais importantes...
Controle e redução de custos;
Promover e medir a eficiência do sistema produtivo;
Simplificação dos processos de custo;
Avaliação dos inventários.
Essa área científica é muito polêmica, por não se tratar, em geral, de discussões e
controvérsias sobre critérios empíricos e não-científicos, tendo assim uma elevada margem de
contestação. Os problemas econômicos se assemelham mais a medicina, em que
paralelamente ao empirismo consciente e experiente, são utilizadas técnicas científicas.
Sistema de custeio baseado em atividades – ABC
ABC é um sistema de custos que visa quantificar as atividades realizadas por uma empresa,
utilizando vetores – direcionadores –, para alocar as despesas de uma forma mais realista aos
26
produtos e serviços. O princípio básico do ABC é que as atividades são as causas dos custos, e
os produtos incorrem nesses mesmos custos através das atividades que eles exigem. O ABC,
na prática, leva a um rastreamento de dados que, habitualmente, não são considerados nos
sistemas de custeio tradicionais, por extensão, ele ajuda a redimensionar a mentalidade
gerencial das empresas [em que] é aplicado. Esse método de custeio visa basicamente detectar
os custos ocultos existentes para produzir bens e serviços, porém auxilia no descobrimento de
custos reais dos produtos e processos, na análise mais precisa dos custos de administração e
na aferição de propostas mais competitivas em relação aos concorrentes.
Os sistemas convencionais de gerenciamento de custeio não permitem análises mais
consistentes quanto a problemas graves das empresas como retrabalhos de produtos
defeituosos ou gargalos de produção. Medir passo a passo o processo produtivo permite a
gerentes e supervisores a quantificação econômica de atrasos e ineficiências do processo
produtivo.
Outros sistemas de custeio
Os quatro sistemas descritos anteriormente são os mais utilizados e comentados, porém
existem outros métodos de apuração de custos que merecem ser citados.
Esses serão apresentados a seguir, porém não serão analisados em profundidade, o que poderá
ser feito junto a bibliografia citada, caso haja interesse.
1. Método das percentagens: é o mais antigo que se conhece. Parte da premissa que
atribui percentagens de algumas despesas sobre outras. Exemplos: percentual de
despesas gerais de fabricação sobre mão-de-obra, percentual de despesas gerais de
fabricação somente sobre mão-de-obra direta.
2. Método da hora/máquina: esse método parte do princípio de baixo para cima, não-
baseado em elementos contábeis e escriturais a serem distribuídos entre os produtos
fabricados. Calcula-se o custo horário de cada operação produtiva em cada máquina e
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o tempo necessário para cada produto fabricado. Somando-se todos os elementos
básicos, à medida que os produtos passam pelas diferentes fases de produção, chega-se
ao custo total.
3. Método das equivalências: esse método possui origem francesa, e está fundamentado
na quantificação da produção diversificada, porém similar, em uma única unidade
homogeneizadora e equivalente que expresse toda a produção como sendo um único
produto. Os cálculos levam ao coeficiente de equivalência, obtendo uma produção
total equivalente.
4. Método da unidade padrão de esforço – UEP’s: esse método identifica a empresa
como concebida, com o objetivo básico de transformar matéria-prima e em produto
final. Para tanto, as unidades produtivas realizam um esforço de produção nessa
transformação. Esse esforço, por sua vez, está associado a uma série de outros
esforços parciais, que são, esforço das máquinas e equipamentos, esforço material,
esforço humano e esforço utilidade.
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL
Produção = 730.000 / mês
PV = 650.500 / 730.000 = 0,891095
Impostos = 650.500 x 27,50 % = 17.887,50 / 730.000 = 0,245051
Custos e Despesas variáveis = 411.500 / 730.000 = 0,563698
Custos e Despesas fixas =
Salário de mão de obra para montagem e embalagem = 4.500
Salário Administrativos e Pró-labore = 20.000
Depreciação = 240.000 x 10% = 24.000
Total Custos e Despesas fixas = 63.500
PEC = CDFT
MCU (PVu – CDVu)
28
PEC = 63.500
(0,891095 X 0,7250) – 0,563698
PEC= 63.500
0,082345
PEC=771.145,78 =771.146 Unidades
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
Produção = 730.000 / mês
PV = 650.500 / 730.000 = 0,891095
Impostos =27,50 % = 17.887,50 / 730.000 = 0,245051
Custos e Despesas variáveis = 411.500 / 730.000 = 0,563698
Custos e Despesas fixas =
Salário de mão de obra para montagem e embalagem = 4.500
Salário Administrativos e Pró-labore = 20.000
Depreciação = 240.000 x 10% = 24.000
Total Custos e Despesas fixas = 63.500
PEF = CDFT – D Ñ D
MCU
PEF = 63.500 – 24.000
0,082345
PEF = 395.000
0,082345
PEF = 479.689,11
PEF = 479.690 Unidades
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO
PV= 0,891095
Custos e despesas variáveis =0,563698
Custos e despesas fixas = 63.500
29
Remuneração= capital 350.000 x 8% = 28.000 Produção =730.000
PEE = CDFT + REMUNERAÇÃO
MCU
PEE= 63.500 + 28.000
0,082345
PEE = 91.500
0,082345
PEE= 1.111.178,57 = 1.111.179 UNIDADE
PRODUÇÃO DE VENDA DE ACORDO COM A CAPACIDADE MÁXIMA
INSTALADA (730.000 UNIDADES).
PV= 0,891095
Custos e despesas variáveis =0,55
Custos e despesas fixas = 63.500
Remuneração= capital 350.000 x 8% = 28.000
Produção=730.000
PEE = CDFT + REMUNERAÇÃO
MCU
PEE= 63.500 + 28.000
0,082345
PEE = 91.500 0,082345
PEE= 1.111.178,57 = 1.111.179 UNIDADE
PRODUÇÃO E VENDA SOMENTE DO PRODUTO CANETA AZUL (O MERCADO
ABSORVE TODA A PRODUÇÃO).
PONTO DE EQUILIBRIO ECONOMICO
PV= 0,85
Custos e despesas variáveis =0,55
Custos e despesas fixas = 46.102,74
Remuneração= capital 350.000 x 8% = 28.000
30
Produção=530.000
Imposto =27,50%
PEE = CDFT + REMUNERAÇÃO
MCU
PEE = 46.102,74 + 28.000,00
(0,85 X 0,7250) -0,55
PEE = 74.102,74
0,06625
PEE = 1.118,531,92 = 1.118.532 Unidades
PRODUÇÃO E VENDA SOMENTE DO PRODUTO CANETA VERMELHA (O
MERCADO ABSORVE TODA A PRODUÇÃO).
PV= 1,00
Custos e despesas variáveis =0,60
Custos e despesas fixas = 17.397,26
Remuneração= capital 350.000 x 8% = 28.000
Produção=200.000
Imposto =27,50%
PEE = CDFT + REMUNERAÇÃO
MCU
PEE = 17.397,26 + 28.000,00
(1,00 X 0,7250) -0,60
PEE = 45.397,26
0,125
PEE = 363.178,08= 363.179 Unidades Capacidade máxima 730.000, Caneta Azul
530.000, Caneta vermelha 200.000
RECEITA 730.000 X 0,891095
650.500,00 530.000 X 0,85
450.500,00 200.000 X 1,00
200.000,00
(-) IMPOSTOS (178.887,50) (123.887,50) (55.000,00)
(=) RECEITA LIQUIDA 471.612,50 326.612,50 145.000,00
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(-) CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS 730.000 X 0,563698
(411.500,00) 530.000 X 0,55
(291.500,00) 200.000 x 0,60
(120.000,00)
(-) CUSTOS E DESPESAS FIXAS (39.500,00) (28.678,08) (10.821,92)
LUCRO (20.612,50) ( 6.434,42) (14.178,08)
Com base nesses comparativos, é teoricamente possível analisar que a configuração
fabril de capacidade máxima, gera mais lucro, pois vai gerar menos custo por unidade se a
produção for maior.
VIABILIDADE FINACEIRA DA “EMPRESA FICTICIA Ltda.” NA PRODUÇÃO DE UM
NOVO ITEM
Produto Preço de venda Quantidade
Caneta azul R$ 0,85 530.000
Caneta vermelha R$ 1,00 200.000
Caneta verde R$ 1,00 100.000
Caneta Azul
Componentes Preço
01 tubo acrílico R$ 0,20
Tampa frontal R$ 0,10
Tampa traseira R$ 0,05
Carga R$ 0,18
Embalagens R$ 0,02
Custo unitário R$ 0,55
Caneta Vermelha
Componentes Preço
01 tubo acrílico R$ 0,20
Tampa frontal R$ 0,10
32
Tampa traseira R$ 0,05
Carga R$ 0,23
Embalagens R$ 0,02
Custo unitário R$ 0,60
Caneta Verde
Componentes Preço
01 tubo acrílico R$ 0,20
Tampa frontal R$ 0,10
Tampa traseira R$ 0,05
Carga R$ 0,30
Embalagens R$ 0,02
Custo unitário R$ 0,67
Imposto sobre vendas 0,27%
Mão de obra e embalagens para o produto R$ 5.116,44/Mês
Salários e comissão dos vendedores R$ 17.054,79/Mês
Salários administrativos e pró-labore R$ 22.739,73/Mês
Caneta Azul
Matéria prima R$ 0,55000000
MOD R$ 0,0061644
Despesas R$ 0,2966048
Total R$ 0,8527692
Caneta Vermelha
Matéria prima R$ 0,60000000
MOD R$ 0,0061644
Despesas R$ 0,2966048
Total R$ 0,9027692
Caneta Verde
Matéria prima R$ 0,67000000
MOD R$ 0,0061644
Despesas R$ 0,2966048
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Total R$ 0,9727692
Custo caneta Azul 530.000 Unidade
Matéria prima R$ 291.500,00
MOD R$ 3.267,13
Despesas R$ 157.200,54
Total R$ 451.967,67
Custo caneta Vermelha 200.000 Unidade
Matéria prima R$ 120.000,00
MOD R$ 1.232,88
Despesas R$ 59.320,96
Total R$ 180.553,84
Custo caneta Verde 100.000 Unidade
Matéria prima R$ 67.000,00
MOD R$ 616.44
Despesas R$ 29.660,48
Total R$ 97.276,92
Total de vendas 830.000 R$ 750.500,00
Custos
Produto Produção Venda total Custo total Lucro total Lucro unitário
Caneta Azul 503.000
uni
R$ 450.5000 R$ 451.967,67 R$ 1.467,67 R$ 0,0027691
Produto Produção Venda total Custo total Lucro total Lucro unitário
Caneta
Vermelha
200.000un
i
R$ 200.000 R$ 180.553,84 R$ 19.446,16 R$ 0,0972308
Produto Produção Venda total Custo total Lucro total Lucro unitário
Caneta
Verde
100.000 uni R$ 100.000 R$ 97.276,92 R$ 2.723,08 R$ 0,0272308
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Total de lucro R$ 20.701,57
CONCLUSÃO
Em mercados competitivos, o conhecimento dos custos e uma adequada estratégica de
preços são essenciais à sobrevivência de qualquer empresa. A formação de custos e preços é
de difícil determinação, requerendo, normalmente, procedimentos de certa complexidade. A
gerência dos custos e dos preços de venda é um dos aspectos mais árduos da administração
financeira, pois é necessário compreender o real significado de cada um dos componentes do
custo.
É possível também demonstrar de forma resumida a classificação e as práticas de
custeios que são empregados como ferramentas de planejamento e controle de custos nas
grandes organizações, buscaram, sobretudo, sustentar um modelo padrão de gestão de preços
que seja capaz de alinhar o controle de estoque às táticas corporativas, uma vez que a
vantagem competitiva representa uma busca constante das organizações no sentido de garantir
o aumento e o retorno do capital investido.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Livros:
BOMFIM, Eunir de Amorim; PASSARELLI, João. Custos e formação de preços. 5. ed. São
Paulo:IOB, 2008. PLT 681.
Bomfim, Eunir de Amorim; Passarelli, João
Cutos e formação de preços/ Eunir de Amorim Bomfim, João Passarelli- 7 ed. São Paulo
Sites:
https://docs.google.com/file/d/0BwpCSyf5J660OXlYMWJhb1Q1LXc/edit
https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1WJZvLNHIL22IibKMPAF
XOgcgtSBPwO7t0xSX-WBX2nY/edit>. Acesso em: 15 agosto 2015.
https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1RxsFwpfoEHVeul--
lAK7qc8zIiDD1LQhnAhz265-MT8/edit>. Acesso em: 16 agosto 2015.
https://docs.google.com/a/aedu.com/file/d/0BwpCSyf5J660OXlYMWJhb1Q1LXc/edit>.
Acesso em: 16 agosto 2015.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm
http://www.coladaweb.com/contabilidade/analise-de-custos-e-departamentalizacao-parte-1
https://docs.google.com/a/aedu.com/file/d/0BwpCSyf5J660YkRLWE5pWUIwd28/edit.
Acesso em: 16 agosto 2015.
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