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trabalho de serviço socialTRANSCRIPT
Centro de Educação à Distância Anhanguera
Polo: Sobradinho
Curso: Serviço Social
ANTROPOLOGIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL
Anderson Teixeira do Nascimento RA 423756
Edilene Luiz da Silva RA 448431
Elane de Carvalho Neves RA 448422
Gleide Fagundes Rosa RA 7599639588
Maria Edcelma Cesário Pereira RA 448430
Professor à distância: Mariciane Mores Nunes
Tutor Presencial: Ulisses Costa
Sobradinho, 06 de junho de 2014
INTRODUÇÃO
Neste trabalho será apresentado conceitos e questões relacionados a pobreza, dando foco aos moradores
de favelas e moradores de rua, mostrando os vários problemas enfrentados no dia a dia da vida de cidadãos
brasileiros, que buscam incansavelmente a sua sobrevivência, apontando as possibilidades de atuação de um
assistente social para com as famílias relacionadas no trabalho.
VISÃO SOCIAL
A muito tempo o Brasil vem enfrentando vários problemas sociais tendo como destaque a violência, o
desemprego, a desigualdade social, a criminalidade, a educação precária, a pobreza e a fome, o que leva
várias famílias a viverem à margem da sociedade de forma subalternizada.
Os textos “O Serviço Social e a Pobreza”, “O Serviço Social nas ONGs no campo da saúde: projetos
societários em disputa” e “Problemas sociais no Brasil”, nos remetem ao trabalho do assistente social no qual
tem um dos papéis de garantir e proteger os direitos dos cidadãos tentando diminuir a exclusão social,
cabendo a ele orientar a população de seus direitos enquanto seres humanos, realizando trabalhos
socioeducativos, levando a população o conhecimento de seus direitos assegurados por lei, garantindo que
os cidadãos sejam inclusos em projetos sociais como o bolsa família e também garantir que as crianças
estejam frequentando as escolas para que possam ter uma boa educação.
Infelizmente nos dias de hoje, mesmo em um mundo tão globalizado, ainda existem milhares de famílias
que vivem em extrema pobreza e que necessitam de uma assistência capacitada e conhecedora de direitos
que possam lutar em prol à elas, buscando a melhoria nas condições de vida de cidadãos não os deixando
excluídos da sociedade.
Nas favelas podemos ver um exemplo claro de um país desigual onde moradores lutam diariamente pela
sobrevivência em meio ao alto índice de violência e a criminalidade que é um dos problemas mais
enfrentados pelos moradores o que faz com que a população permaneça invisível a sociedade.
No livro Quarto de Despejo: diário de uma favelada escrito por Carolina Maria de Jesus, mostra a visão de
uma mulher sobre o lugar onde mora que é exatamente uma favela, um lugar cheio de pobreza, onde ter o
que comer é a maior felicidade no dia de um morador, um lugar sem um bom atendimento médico, com uma
educação precária, um lugar sem nenhum tipo de infraestrutura e saneamento básico o que gera várias
enfermidades na população, ou seja um lugar sem nenhuma qualidade de vida.
Infelizmente a pobreza e suas consequências ainda fazem parte da vida de milhares de cidadãos
brasileiros, cabe aos governantes voltarem seus olhares para as populações criando programas em que
essas pessoas possam ser incluídas e melhorando os programas já existentes para que todos tenham
acesso, garantindo uma vida digna, uma boa educação e uma boa qualidade de vida.
Diariamente milhares de brasileiros convivem com os resultados decorrentes da pobreza, na qual a maioria
da população se encontra. Os meios de comunicação ( revistas, jornais e rádios ) divulgam os inúmeros
problemas provenientes de uma sociedade dividida em classes sociais, onde vemos toda a diferença de
sermos tratados bem, de acordo com as nossas vestes, moradia e a forma de nos expressar.
Não é de hoje que a pobreza vem sendo discutida, sempre se encontra matérias relacionadas ao tema e
em algumas vezes podemos até mesmo ver soluções para tais problemas enfrentados por uma boa parte dos
cidadãos brasileiros, porém a realidade é bem diferente, infelizmente não adianta querer acabar com a
pobreza e isso ficar apenas no papel, hoje em dia deve- se haver projetos sociais e profissionais capacitados
para realizar um bom trabalho para que esta questão possa ser amenizada. Precisa- se de mais investimento
dos governadores principalmente na educação para que assim a futura geração possa viver em um ambiente
mais saudável, de qualidade e com isso obter uma vida mais digna.
Na reportagem abaixo publicada pela BBC Brasil mostra a luta de governantes em busca da melhoria da
vida de pessoas com baixa renda, porém é exigido mais, não basta apenas ajudar financeiramente essas
pessoas, deve- se trabalhar com projetos socioeducativas para que o cidadão possa ser incluído no mercado
de trabalho e amenizar esse problema.
Pobreza recua no Brasil, mas fim da miséria é questionável
João Fellet
Da BBC Brasil, em Brasília
Atualizado em 11 de março, 2013 - 05:26 (Brasília) 08:26 GMT
Emilio Luis da Silva e Maria Lúcia Maciel em frente ao barraco onde vivem.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130307_abre_pobreza brasil_jp_jf.shtml
Apesar de expressivos avanços no combate à extrema pobreza,
erradicar a miséria do Brasil e transformá-lo num país de classe média
será mais complexo e demorado do que o discurso do governo sugere,
segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Há duas semanas, à frente de uma placa com o slogan "O fim da
miséria é só um começo" – provável lema de sua campanha à reeleição,
a presidente Dilma Rousseff anunciou a ampliação das transferências de
renda às famílias mais pobres que constam do Cadastro Único do
governo.
Com a mudança, os mais pobres receberão repasse complementar
para que a renda per capita de suas famílias alcance ao menos R$ 70 ao
mês – patamar abaixo do qual são consideradas extremamente pobres
pelo governo. A alteração, diz o governo, permitirá que 2,5 milhões de
brasileiros se somem a 22 milhões de beneficiários do Bolsa Família que
ultrapassaram a linha da pobreza extrema nos últimos dois anos.
A exclusão social vem se agravando com o crescimento das desigualdades sociais e assim gerando
formas desumanas de sobrevivência, pessoas submetidas a carências extremas, estão aprisionadas pela
busca das necessidades básicas, ou seja, a pobreza é um fator que intensifica as diferenças, tendo como
exemplo o morador de rua que por sua vez enfrenta problemas de acesso aos programas sociais que é
destinado à pessoas de baixa renda.
A ruptura dos vínculos familiares e sociais dos moradores de rua ocorre mais com o sexo masculino, pela
força das circunstâncias, como o desemprego, que é um dos maiores problemas enfrentado pelo homem.
Muitas vezes ele tem que pedir ajuda aos serviços sociais, se sentindo humilhado com a insuportável situação
vivida, a crise no emprego se transformou na crise social, causando sofrimento ao trabalhador e um
sentimento de inutilidade diante do mundo, sofrendo vários tipos de agressões, vivemos numa sociedade
onde a mercadoria e o mercado é mais valorizado do que a vida de uma pessoa.
A exclusão social pode atingir o limite da existência humana, os grupos que dela são vítimas limitam suas
potencialidades a sobrevivência, com a ausência do mundo do trabalho esses indivíduos são considerados
desnecessários, logo sua preocupação exclusivamente individual, com o distanciamento dos familiares prova
o distanciamento da relações humanas.
No nosso país a atenção do poder público com os moradores de rua é recente, a falta de interesse pela
classe reflete a contradição com a sociedade, ora tem compaixão, preocupação e assistencialismo, ora com
repressão, indiferença e preconceito.
Lutar por direitos sociais é um processo de construção coletiva, onde a questão social é decifrar as
desigualdades e lutar pelos direitos sociais. O serviço social evidencia sua forte articulação e vinculação na
luta pelo direitos humanos a favor da cidadania.
Na reportagem abaixo publicado pela iG São Paulo em 14/05/2014 é mostrada pelo IBGE que mesmo
com os programas sociais, ainda existem muitos cidadãos morando nas ruas, cidadãos que não tem acesso a
tais programas.
IBGE: proteção social cresce no Brasil, mas ainda atinge poucos moradores de rua
Centros de Referência de Assistência
Social cresceram 44,9% entre 2009 e
2013; no mesmo período foram
construídos 154 Centros dedicados à
população que vive nas ruas
Renato S. Cerqueira/Futura
PressMoradores de rua sofrem com frio
em São Paulo
O aparato público para proteção social cresceu em todo o Brasil
entre 2009 e 2013, aponta a pesquisa Munic (Perfil dos Municípios
Brasileiros) Assistência Social, divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (14). Embora o
auxílio à população carente tenha crescido, os moradores de rua
ainda recebem pouco acolhimento.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social,
havia 32 mil brasileiros morando na rua em 2008, último censo feito
sobre essa população no Brasil até hoje.
De acordo com a pesquisa do IBGE, que contabilizou a
evolução de diferentes centros de assistência nos 5.561 municípios
brasileiros, foram criados nesses quatro anos 175 Centros de
Referência Especializado para População em Situação de Rua,
distribuídos em 154 municípios, 2,8% do total. Enquanto isso,
outros centros de assistência apresentaram evolução bem maior.
Os Centros de Referência de Assistência Social saltaram de 5.499 para 7.968 unidades, entre 2009 e
2013, um crescimento de 44,9%, e hoje estão em 97,6% das cidades brasileiras. Já os Centros de
Convivência chegaram a 11.797 distribuídos por 3.065 municípios, mais da metade do total das cidades do
País, um contraste com o ano de 2009, quando esses centros haviam sido reportados por menos de um terço
dos municípios.
Na tentativa de amenizar a situação de muitas famílias incluindo a de moradores de rua foi criado o Suas
(Sistema Único de assistência Social), onde cada município deve ter o Cras (Centro de Referência de
Assistência Social) e o Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social), com isso tem- se
um atendimento a pessoas que estão sem acesso a educação, saúde, moradia, dentre outros.
O assistente social deve buscar incluir as famílias do CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais)
e com isso essas pessoas também podem ser inclusas no Centro POP (Centro de Referência para População
em Situação de Rua), onde o morador de rua tem acolhimento 24hs podendo eles fazer higiene pessoal e de
roupas, dentre outros serviços, além de serem encaminhadas para vagas de emprego e cursos de
capacitação. Porém o assistente social deve respeitar as decisões das famílias, pois nem todos desejam se
ver fora dessa situação, não são todos que desejam ter um lar, não são todos que querem sair dessa trágica
situação, muitos preferem viver como estão, diante dessa situação o assistente social deve ser persistente,
fazer uma abordagem de qualidade e convincente, na tentativa de incluir novamente essas famílias na
sociedade.
.
CONCLUSÃO
Foram analisados neste trabalho questões relacionadas a pobreza, mostrando que ainda existem milhares
de brasileiros que vivem de forma subalternizada, famílias que vivem em favelas sem nenhuma qualidade de
vida e famílias que vivem na rua sem ter o devido conhecimento de seus direitos assegurados por lei.
No presente trabalho abordamos o tema “pessoas em situação de rua ‘’, deixando explicita a necessidade
de que para chegarmos ao fim de tal problema social, necessitamos que sejam aplicadas as mais diversas
alternativas possíveis, tais como a capacitação profissional, a intermediação de possíveis empregos junto a
empresas, a concessão de benefícios como o bolsa família, uma vez apresentado os requisitos para tal.
Enfim o trabalho do assistente social é intermediar, junto ao poder público a inserção dos moradores de rua
no âmbito da sociedade, por meio do trabalho que seria conquistado após qualificação ou recolocação
profissional. Inserção é a palavra chave neste processo.