Átomos, estrutura atómica e propriedades periódicas dos elementos
DESCRIPTION
Introdução ao estudo do átomo.TRANSCRIPT
-
tomos, Estrutura Atmica
e Propriedades Peridicas
dos Elementos
-
Evoluo dos Modelos AtmicosAssenta na evoluo da Mecnica Clssica para a Mecnica Quntica; a incapacidade de se relacionarem as observaes experimentais com a teoria conduziu a mudanas fundamentais na compreenso da Cincia nos fins do sculo XIX - princpios do sculo XX1801 - Thomas Young demonstra as propriedades ondulatrias da luz1888 - Heinrich Hertz descobre que as ondas de rdio so produzidas por partculas elctricas aceleradas; tal indica que a luz uma radiao electromagntica1897 - John Joseph Thomson descobre o electro
J. Thompson1856-1940Nobel Fsica 1906
-
Modelo atmico de Thomson tomos: esferas com uma distribuio uniforme de cargaselctricas positivas e negativas
Partculas de carga elctrica negativa (electres): mobilidade,podendo oscilar em torno das posies de equilbrio
Matria carregada positivamente
Electres
-
1900 - Planck estipula que a radiao electromagntica "quantizada", i.e., a radiao absorvida ou emitida em quantidades discretas, admitindo que um fenmeno ondulatrio
E = h E - energia (J) - frequncia (s-1 ou Hz) h - constante de Planck (6,626 x 10-34 J s)
1905 - Einstein prope que a radiao electromagntica pode tambm exibir um comportamento corpuscular, j que algumas das suas propriedades s podem ser explicadas admitindo essa caracterstica
M. Planck1858-1947Nobel Fsica 1918
A. Einstein1879-1955Nobel Fsica 1921
-
1909 - Rutherford, Geiger e Marsden mostram que, quando partculas (ies He2+) colidem com a superfcie de uma folha de ouro, s uma pequena fraco das partculas sofre deflexo
F
M
D F fonte de partculas feixe de partculas M folha de ouro muito fina (espessura de 10-4 cm) D detector (sulfureto de zinco)
A grande maioria das partculas atravessa a folha de ouro sem deflexo ou com uma deflexo muito pequena
Um nmero muito pequeno de partculas (cerca de 1 em 100 000) sofria uma grande deflexo, frequentemente superior a 90
-
A distribuio das cargas positivas e negativas no uniforme
Toda a carga positiva e quase toda a massa esto concentradas num volume muito pequeno (dimetro de cerca de 10-13 cm, ncleo)
Os electres circulam volta do ncleo a grande distncia (dimetro da rbita de cerca de 10-8 cm)
A maior parte do volume do tomo est vazio!
+- + - + - +
- +
- + - + + - +
+
+- + - + - +
- +
- + - + + - +
+
+- + - + - +
- +
- + - + + - +
+
+- + - + - +
- +
- + - + + - +
+
+- + - + - +
- +
- + - + + - +
+
+
+ - + - + - +
- +
+ - + +- + -
partculas partculas (b)
-
Modelo atmico de Rutherford (1911)Rutherford prope que o tomo constitudo por um ncleo carregado positivamente e, sua volta, o electro move-se numa rbita circular
Segundo a Mecnica Clssica, tal explicao no plausvel, porque o electro seria atrado pelo ncleo e mergulharia nele, a sua rbita no seria mantida
Esta teoria s pde explicar as posies relativas e o movimento electrnico no tomo de hidrognio; em tomos com nmero superior de electres impossvel resolver algebricamente as equaes que descrevem o respectivo movimento
Mesmo a descrio de algumas propriedades espectroscpicas do tomo de hidrognio no possvel pela aplicao do modelo de Rutherford
E. Rutherford1871-1937Nobel Qum. 1908
-
Modelo atmico de Bohr (1913)Manteve (como no modelo de Rutherford) a existncia de um ncleo, em torno do qual se movia, no caso de uma espcie hidrogenide, um nico electro, descrevendo uma rbita circular
Os electres s podem deslocar-se em rbitas com energias determinadas. As rbitas permitidas so estacionrias. Embora o electro esteja animado de um movimento peridico e acelerado, ele no radia energia
Quando o electro passa de uma rbita estacionria para outra rbita estacionria, o tomo radia ou absorve uma quantidade deenergia, que igual diferena de energia entre as duas rbitas
As rbitas so quantificadas (definidas por nmeros qunticos, n) -a emisso ou absoro de energia descontnua, sendo emitido um corpsculo de energia, foto
N. Bohr1885-1962Nobel Fsica 1922
-
O modelo atmico de Bohr. O electro negativamente carregado possui um movimento circular em torno de um ncleo carregado positivamente
Direco do movimento circular do electro Ncleo
Velocidade, v, com uma direco tangencial
Electro
H uma fora atractiva, mas tambm uma fora centrfuga inerente ao movimento electrnico, que se balanam mutuamente
O modelo de Bohr no permite interpretar espectros pticos de tomos com mais do que um electro, nem certos desdobramentos de riscas
-
1924 - Louis de Broglie sugere que todas as partculas em movimento, incluindo os electres, exibem propriedades simultneas de partcula e de onda, h uma dualidade onda-corpsculo
Para uma partcula de massa m, em movimento com a velocidade , estaria associada uma onda de comprimento
em que h a constante de Planck
A equao combina o conceito de momento linear clssico de uma partcula com as propriedades de uma onda
mv
h=
L. de Broglie1892-1987Nobel Fsica 1929
-
1927 - Werner Heisenberg enuncia o seu Princpio da Incerteza: impossvel o conhecimento exacto da posio e do momento linear de uma partcula subatmica num dado instante
Comea-se a pensar em termos de probabilidade de encontrar o electro num dado volume de espao. Esta probabilidade determinada a partir da funo 2 (x, y, z), sendo (x, y, z) a funo de onda (funo matemtica que descreve detalhadamente o comportamento do electro como uma onda)
W. Heisenberg1901-1976Nobel Fsica 1932
-
Modelo quntico de Schrdinger (1926)Definido pela chamada equao de Schrdinger
(x, y, z ) = funo de ondax, y, z = coordenadas espaciais (cartesianas)m = massa da partculaE = energia total da partculaV = energia potencial da partculah = constante de Planck
Forma simplificada H H H H E = E
( ) 08 22
2
2
2
2
2
2
=
+
+
VEh
m
zyxpi
parciaisderivadassegundaszyx
=
2
2
2
2
2
2
,,
E. Schrdinger1887-1961Nobel Fsica 1933
-
Qual a informao a retirar da equao de Schrdinger?
A equao pode ser aplicada a um dado sistema e pode ser resolvida (de forma exacta ou aproximada) para originar valores de (x, y, z). As solues da equao chamam-se funes prprias. (x, y, z ) mede a amplitude e a fase da onda que descreve o comportamento do electro no ponto do espao de coordenadas (x, y, z). Atravs da equao possvel associar valores de energia total E a funes de onda particulares (valor prprio)
O quadrado da amplitude da onda 2 (x, y, z), densidade de probabilidade, mede a probabilidade de encontrar o electro nesse ponto do espao
A equao de Schrdinger s pode ser resolvida de forma exacta para espcies hidrogenides, i.e., H, He+ ou Li2+. A funo de onda (x, y, z) uma soluo da equao de Schrdinger e descreve o comportamento do electro numa dada regio do espao do tomo -orbital atmica
-
A equao de Schrdinger independente do tempo
A posio do electro tem sido descrita, at agora, pelas coordenadas cartesianas (x, y, z), com o ncleo na posio (0,0,0)
conveniente utilizar um sistema de coordenadas diferente que permita a separao da coordenada que expressa a distncia radial (r) dos componentes angulares ( e ). So as chamadas coordenadas polares esfricas
-
Ponto definido como = 0 rad
Ponto definido como = 0 rad
medido ao longo deste arco
medido ao longo deste arco
Este ponto tem como coordenadas polares r, e e coordenadas cartesianas x, y, z
Origem
Coordenadas polares r, e
2222
cos
cos
rzyxrz
sensenrysenrx
=++
===
-
Assim, a funo de onda (x, y, z ) passa a ser definida por (r, , )
conveniente definir funes de onda separadas para as componentes radial (r) e angular (, ) de
(r, , ) radial (r) . angular (, ) = R(r) A(, )
H, pois, trs coordenadas polares esfricas para cada funo de onda ou orbital atmica, o que equivale a trs nmeros qunticos: o nmero quntico principal nnmero quntico orbital ou azimutal nmero quntico magntico m ou m
A combinao destes trs nmeros qunticos define uma orbital nica
-
A componente radial R (r) depende dos nmeros qunticos n e e a componente angular A (, ) depende dos nmeros qunticos e m
A componente radial de - R (r) - d informao sobre distnciaa componente angular de - A (, ) - d informao sobre forma
A funo 2 proporcional densidade de probabilidade de encontrar o electro numa dada zona do espao; possvel definir uma superfcie de fronteira que inclui a regio de espao onde a probabilidade de encontrar o electro muito alta (a fronteira da orbital atmica)
2 pode ser definido em termos de R (r)2 e A (, )2
Este conceito de orbital entendido como uma fronteira uma aproximao j que, em princpio, as orbitais so infinitamente grandes
-
A orbital atmica 1s
A soluo de mais baixa energia para a equao de Schrdinger aplicada ao tomo de H a orbital 1s
Orbital 1s: forma esfrica ( simetricamente esfrica em volta do ncleo)
A probabilidade de encontrar o electro em funo da distncia ao ncleo definida pela componente radial de 2, R (r). Os valores de R (r)2 so grandes perto do ncleo e tornam-se infinitamente pequenos medida que a distncia ao ncleo aumenta
A superfcie de fronteira da orbital 1s desenhada de modo a incluir 95% de densidade de probabilidade da funo 2
-
Distncia ao ncleo, r / unidades atmicas
-
As funes de onda so usualmente normalizadas unidade, o que significa que a probabilidade de encontrar o electro algures no espao volta do ncleo considerada unitria O electro tem que se encontrar algures!
Um modo mais conveniente de representar informao sobre a densidade de probabilidade usar a funo de distribuio radial
Funo de distribuio radial = 4 pi r2 R (r)2
-
A funo de distribuio radial 4 pipipipi r2 R (r)2 representa a probabilidade de encontrar o electro numa camada esfrica de raio r e espessura dr, sendo (r + dr) a distncia r acrescida de um pequeno incremento de distncia radial
Em vez de se considerar a probabilidade de encontrar o electro em funo da distncia ao ncleo, esta nova funo define a regio completa de espao esfrico onde existe a maior probabilidade do electro se encontrar
-
Vista da camada esfrica de raio interno r e espessura dr, em que dr um incremento infinitamente pequeno(a espessura da camada dr)
Funo de distribuio radial 4 pipipipi r2 R (r)2
-
A mxima probabilidade de encontrar o electro para este valor de r
Distncia ao ncleo, r / unidades atmicas
Orbital atmica 1s
O mximo de 4pipipipir2R(r)2 corresponde distncia do ncleo a que a probabilidade de encontrar o electro mxima
-
Nmeros qunticos
Cada orbital atmica descrita por um nico conjunto de valores, correspondentes aos trs nmeros qunticos: n, e m
Nmero quntico principal n: corresponde ao nvel de energia, podendo ser dividido em sub-nveis definidos pelo nmeroquntico orbital ou azimutal (qualquer nmero inteiro de 1 a infinito)
Nmero quntico orbital ou azimutal : para um dado valor de n, os valores permitidos de variam de 0 a (n-1)
Cada valor de corresponde a um tipo particular de orbital atmica
O valor de tambm determina o momento angular do electro na orbital, i.e., o momento angular orbital
-
Nmero quntico magntico m ou m: est relacionado com a direccionalidade de uma orbital. Os seus valores variam entre - e +
Em suma,
n = 1, 2, 3, n, = 0, 1, 2, 3, (n-1)m = - , (- +1), (- +2), 0, 1, 2,
Usam-se letras para designar os valores de
= 0 1 2 3 4 .s p d f g designao das orbitais
-
Um electro num tomo definido por um nico conjunto de valores, correspondentes a quatro nmeros qunticos: n, , m e pelo nmero quntico magntico de spin, ms
Para alm do momento angular orbital, o electro possui momento angular de spin
O nmero quntico de spin s um vector e determina a magnitude do momento angular de spin do electro. S pode ter o valor de 1/2
O nmero quntico magntico de spin ms determina a direco do momento angular de spin e pode ter os valores de + 1/2 e - 1/2
Cada orbital s pode conter um mximo de 2 electres
Quando uma orbital ocupada por 2 electres, um tem valor ms = + 1/2 e o outro tem valor ms = -1/2 (spins opostos)
-
Orbitais atmicas
Quatro tipos de orbitais atmicas mais usuais: s, p, d e f
As orbitais tm formas e simetrias diferentes, sendo a forma respectiva determinada pelo nmero quntico orbital
Orbital s: Simetricamente esfrica em redor do ncleo; a sua superfcie de fronteira tem uma fase constante (i.e., a amplitude da funo de onda associada superfcie de fronteira da orbital s ou positiva ou negativa)
Orbital p: Constituda por dois lobos, havendo uma mudana de fase entre os dois. A mudana de fase ocorre na chamada superfcie nodal
-
Representao a duas dimenses Perspectiva tridimensional
Orbital s (qualquer n, = 0)
Orbital p (n 2, = 1)
-
Superfcie nodal - neste caso situa-se no plano xz
-
Distncia
Amplitude positiva
Amplitudenegativa
Nodo
Definio de nodo numa onda transversal. No nodo, a amplitude da onda zero
-
Orbitais s = 0, m = 0Qualquer n s h 1 orbital s
Orbitais p = 1, m = 1, 0, -1Para n > ou = 2 h 3 orbitais p degeneradas (com a mesma energia)
-
Orbitais d = 2, m = 2, 1, 0, -1, -2Para n > ou = 3 h 5 orbitais d degeneradas (com a mesma energia)
-
Orbital atmica dxy
As orbitais d tm 2 superfcies nodais
Primeira superfcie nodal: plano yz
Segunda superfcie nodal:plano xz
-
Orbitais com valores idnticos de e m possuem a mesma simetria orbital. Orbitais com a mesma simetria mas com nmeros qunticos principais diferentes diferem em tamanho
Exemplo: orbitais ns para o hidrognio. A orbital 4s mais difusa do que a 3s e esta mais do que as 2s e 1s
Para cada nvel n, o nmero de orbitais atmicas permitido n2
-
Funo de distribuio radial 4 pipipipi r2 R (r)2 para as orbitais s do hidrognioOrbital 1s: 1 mximo; orbital 2s: 2 mximos; orbital 3s: 3 mximosQuando 4pipipipi r2 R(r)2 = 0, tem-se aquilo a que se chama um nodo radial
Distncia ao ncleo, r / unidades atmicas
-
Funo de distribuio radial 4 pipipipi r2 R (r)2 para as orbitais 3s, 3p e 3d do hidrognio
Distncia ao ncleo, r / unidades atmicas
-
Nmero de nodos radiais em funo do tipo de orbital e do respectivo nmero quntico principal, nA tendncia prossegue para valores de n > 4
-
Representao esquemtica das solues energticas para a equao de Schrdinger aplicada ao tomo de hidrognio
E
n
e
r
g
i
a
E
n
e
r
g
i
a
n
e
g
a
t
i
v
a
Os nveis de energia vo ficando progressivamente mais juntos
Es
ta
di
Configurao electrnica do estado fundamental do H: 1s1
Se o electro ocupa, por exemplo, a orbital 2p, diz-se que o tomo est no estado excitado
2p 1s
-
Transies electrnicas em espectros de absoro e emisso
Absoro Emisso
Transio Transio
E
n
e
r
g
i
a
c
r
e
s
c
e
n
t
e
-
Espectro de emisso do tomo de hidrognio
Aparecem conjuntos de linhas espectrais, a emisso de energia no contnua para uma zona alargada de frequncias. Acontece o mesmo no respectivo espectro de absoro
Aparecem linhas porque s algumas transies electrnicas so permitidas - h regras de seleco que determinam as transies electrnicas que ocorrem
n = 0, +1, +2, +3, +4 = +1 ou -1 Regra de seleco de Laporte
Exemplos:Uma transio de n=3 para n=2 s permitida se, simultaneamente, h s uma alterao de de +1
Transies permitidas: 3p 2s; 3d 2pTransies no permitidas: 3s 2s; 3d 2s ( = 0 e 2, respectivamente)
Para n = 0, no h aparecimento de linhas espectrais (o nvel de energia o mesmo)
-
Srie de Balmer
VISVEL ULTRAVIOLETA
Energia crescente
Srie de Lyman
Parte do espectro de emisso do tomo de hidrognio
-
Srie de Balmer
Srie de Lyman
contnuo
Algumas transies permitidas do espectro de emisso do tomo de hidrognio (obedecem s regras de seleco)
-
Penetrao e blindagem
Efeitos a considerar para tomos ou ies com mais do que 1 electro
Tipos de interaces electrostticas Atraco electrosttica entre o ncleo e cada electro Repulso electrosttica entre os electres
Exemplo: caso de um tomo com 1 e- na orbital 2s e 1 e- na orbital 2p
Variao das funes de distribuio radial para as orbitais atmicas 2s e 2p
-
e- na orbital 2s: mais tempo perto do ncleoorbital 2s mais penetrante que a orbital 2p
e- na orbital 2s blinda e- na orbital 2p, este sofre menos atraco do ncleo, o e- em 2p mais energtico
Os e- nas orbitais 2s e 2p sentem a carga Z do ncleo blindada pelo e- na orbital 1s (Zef) Carga nuclear efectiva Zef : medida da carga positiva sentida por um dado e- tendo em conta os efeitos de blindagem dos outros e-Zef (2s) > Zef (2p) orbital 2s tem energia mais negativa que orbital 2p
Distncia ao ncleo, r / unidades atmicas
-
Representao esquemtica das energias obtidas da soluo da equao de Schrdinger para tomos polielectrnicos
E
n
e
r
g
i
a
E
A equao de Schrdinger no tem soluo analtica, s h solues aproximadas
A energia das orbitais com o mesmo n, num tomo polielectrnico, depende de : orbitais com o mesmo n e diferente tm energias diferentes (3s, 3p e 3d, por exemplo)
Para cada n, a energia varia na ordem s < p < d < f
-
Princpios para o preenchimento de orbitais em tomos polielectrnicos
Princpio da energia mnima: cada electro ocupa a orbital de energia mais baixa
Princpio de excluso de Pauli: no mesmo tomo no pode haver dois (ou mais) electres com os mesmos valores dos quatro nmeros qunticos n, , m e ms
Princpio da construo ou de aufbau: no preenchimento de orbitais, ao passar de um elemento para o elemento seguinte (Z para Z+1) basta adicionar um proto ao ncleo e um electro configurao electrnica anterior
Regra de Hund: electres com o mesmo valor de n e ocupam orbitais com valores diferentes de m mantendo os spins paralelos; quando todas essas orbitais estiverem semi-preenchidas inicia-se o acoplamento de spins, de acordo com o princpio de excluso de Pauli
-
Regra de Hund
Correcto Incorrecto Incorrecto
Dois electres num conjunto degenerado de trs orbitais p, num tomo no estado fundamental, devem estar em orbitais separadas e ter spins paralelos
F. Hund1896-1997
-
Incorrecto Correcto
Electro 1 Electro 2 Electro 1 Electro 2
Princpio de excluso de Pauli
Cada electro num tomo sempre definido por um conjunto diferente de quatro nmeros qunticos: s podem ter os mesmos n, e m se ms (spin) for diferente
W. Pauli1900-1958Nobel Fsica 1945
-
Ordem usual de preenchimento das orbitais de um tomo de um elemento no estado fundamental1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 5d ~ 4f < 6p < 7s < 6d ~ 5f
E
n
e
r
g
i
a
E
n
e
r
g
i
a
O arranjo de electres nas orbitais atmicas do hlio e ltio no estado fundamental
He: 1s2 Li: 1s2 2s1
-
En
e
r
g
i
a
O arranjo de electres nas orbitais atmicas do carbono no estado fundamental
C: 1s2 2s2 2p2
-
Configuraes electrnicas do estado fundamental para os primeiros 20 elementos da Tabela Peridica
N Smbolo Configurao Notao abreviada daatmico electrnica configurao electrnica
-
ns (n-1)d (n-2)f np
A Tabela Peridica
Electres de valncia Electres do cerne
Exemplos:Na Z = 11 1s2 2s2 2p6 3s1 10 e- do cerne; 1 e- de valnciaP Z = 15 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 10 e- do cerne; 5 e- de valncia
-
A Tabela Peridica
-
A Tabela Peridica
Curiosidade
Primo LeviPeriodic Table A Tabela Peridica O Sistema PeridicoPenguin Books Relume Dumar Editora Teorema London, 2000 Rio de Janeiro, 2001 Lisboa, 2012 (Leya)
Propriedades peridicas dos elementos Raios atmicos Energia de ionizao (EI) Electroafinidade (EA) Electronegatividade
Primo Levi1919-1987
-
Propriedades peridicas dos elementos
Raios atmicos
Aumento das dimenses ao longo duma famlia (maior nmero quntico n)
Diminuio gradual das dimenses em cada perodo, medida que o nmero atmico aumenta (maior Zef)
Os ies positivos so menores do que os respectivos tomos neutros e os ies negativos so maiores
-
Energia de ionizao
Energia de ionizao (EI): quantidade de energia que necessriofornecer para arrancar um electro a um tomo neutro (1 energia de ionizao) ou a um io (2, 3,..., n energias de ionizao) no estado gasoso perfeito e fundamental, ficando os electres arrancados com uma energia cintica nula (kJ / mol)
X (g) X+ (g) + e- (g) EI1 1 energia de ionizao
X+ (g) X2+ (g) + e- (g) EI2 2 energia de ionizao
-
1
e
n
e
r
g
i
a
d
e
i
o
n
i
z
a
o
(
k
J
/
m
o
l
)
N atmico, Z
Valores da 1 energia de ionizao em funo do nmero atmico Z
Factores que influenciam os valores da 1 energia de ionizaoCarga nuclear efectiva Zef Raio atmico Tipo de electro removido
-
Carga nuclear efectiva, Zef: a energia de ionizao aumenta com a carga nuclear exercida sobre o electro a remover (supondo que os outros factores so aproximadamente iguais)
Raio atmico: quanto menor for o raio atmico (distncia mdia do electro exterior ao ncleo), maior a energia de ionizao (se os outros factores forem aproximadamente constantes)
Tipo de electro removido: quanto mais penetrante for a orbital em que se encontra o electro, mais difcil ser arranc-lo e mais elevada ser a energia de ionizao (para igual n, s > p > d > f)
Distncia ao ncleo, r / unidades atmicasDistncia ao ncleo, r / unidades atmicas
-
Num grupo, a EI diminui com o aumento de Z(o raio atmico aumenta ao longo de um grupo e a EI diminui)Exemplo: raio atmico Cs > Rb > K > Na > Li
Num perodo, a EI aumenta com Z(aumento de Zef para os elementos representativos)
1
E
I
(
k
J
/
m
o
l
)
N atmico, Z
A EI diminui ao passar do Be para o B e do Mg para o Al, porque o electro removido dos tomos de Be e Mg pertence a uma orbital ns, enquanto o electro removido do B e do Alpertence a uma orbital np (menos penetrante)
Os elementos do grupo 16 tm uma EI inferior prevista, devido configurao electrnica de valncia ns2 np4 (o io resultante fica com camada p semi-preenchida)
-
Conf. electr. EI1 EI2 EI3 EI4 (kJ / mol)
Li 1s2 2s1 520,2 7298
Na [Ne] 3s1 495,8 4562
K [Ar] 4s1 418,8 3052
Be 1s2 2s2 899,5 1757 14850
Mg [Ne] 3s2 737,7 1451 7733
Ca [Ar] 4s2 589,8 1145 4912
B 1s2 2s2 2p1 800,6 2427 3660 25030
Al [Ne] 3s2 3p1 577,5 1817 2745 11580
Ga [Ar] 4s2 3d10 4p1 578,8 1979 2963 6200
1 Energia de ionizao e seguintes
A EI aumenta muito quando para arrancar um electro de uma orbital ns, np ou nd totalmente preenchida, mas h outros factores
-
Electroafinidade (EA)
Electroafinidade (EA): a energia que se liberta quando se adiciona um electro a um tomo no estado gasoso ideal, para formar um io mononegativo no estado fundamental e tambm no estado gasoso ideal (kJ / mol)
X (g) + e- (g) X- (g) Electroafinidade EA
De um modo geral, a electroafinidade varia de modo semelhante energia de ionizao: aumenta quando se progride num perodo, da esquerda para a direita na Tabela Peridica, e diminui quando se desce num grupo
-
Variaes de entalpia a 298 K (- EA) associadas ao ganho de 1 electro por um tomo gasoso ou anio
Processo - EA / kJ mol-1
Quando 1 e- adicionado a um tomo, h repulso entre esse e- e os electres de valncia, mas tambm h atraco entre o ncleo e o novo e- (EA positiva, H negativo)
Quando 1 e- extra adicionado a um anio, ocorrem foras repulsivas considerveis, necessrio fornecer energia para que o processo ocorra (EA negativa, H positivo)
X (g) + e- (g) X- (g)
X- (g) + e- (g) X2- (g)
-
Electronegatividade
Electronegatividade de um tomo: tendncia que esse tomo tem de atrair para si os electres que partilha com outro tomo
Electronegatividade crescente
Electronegatividade crescente
A electronegatividade aumenta da esquerda para a direita e de baixo para cima na Tabela Peridica (excluindo os gases raros)
O flor o elemento mais electronegativo de todos e o que consegue estabilizar melhor o excesso de densidade electrnica