atividade metodologia cientÍfica
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO - CEUMA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
REGIS EMANUEL TAVARES CHAVES
CONHECIMENTO
SÃO LUÍS
2015
CONHECIMENTO
AUTOR: REGIS EMANUEL TAVARES CHAVES
A natureza humana faz com que busque explicações para o desconhecido, o
porquê das coisas. Desde os primórdios da civilização, busca-se saciar as dúvidas, como
forma de satisfazer as necessidades perante o mundo. A partir disso, o conhecimento foi
se difundindo como forma de dar explicações, racionais ou não, das dúvidas existentes.
Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Porém, nem todos os tipos
de conhecimento pertencem à ciência, como o conhecimento popular e outros.
O conhecimento é dividido em Religioso, Filosófico, Popular ou Senso Comum
e Científico.
O Conhecimento Religioso é o conhecimento que se relaciona com às dúvidas
existenciais humanas, que, por sua natureza, é movido pela curiosidade, pela
necessidade de buscar métodos de explicação acerca do desconhecido. Assim, remete
tais situações a um “ser superior”, ao sobrenatural, na crença como forma de explicação
a seus anseios.
Um exemplo são os conhecimentos adquiridos por meio da Bíblia Sagrada ou
outros tipos de livros sagrados.
Como forma de explicação das características desse tipo de conhecimento,
segundo MARCONI; LAKATOS (1991, pág.79):
O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. Assim, o conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as "verdades" tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em "revelações" da divindade (sobrenatural).
As explicações advindas do conhecimento religioso chegaram a tal ponto que a
humanidade necessitava de algo mais, de explicações racionais acerca de si mesmo e
dos fenômenos ao seu redor. Nesse contexto, nasce a Filosofia (entre os séculos VI e
VII a.C.), que vem do grego Philos + Sophia e significa “amor pela sabedoria”.
O conhecimento filosófico, pode-se dizer que é especulativo. É fruto do
raciocínio e da reflexão. Logo, baseia-se na experiência, utilizando das hipóteses
criadas, mas sem a necessidade de comprovação das mesmas.
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em
hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses filosóficas
baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da
experimentação" Trujillo (1974: 12 apud MARCONI; LAKATOS, Pág.78)
O Conhecimento Popular ou Senso Comum, também chamado de Empírico, é o
conhecimento que é adquirido por meio da vivência com o mundo, das experiências do
cotidiano. Está atrelado à cultura, sendo transmitido de geração para geração.
De acordo com Galliano (1986), “em geral, resulta de repetidas experiências
casuais de erro e acerto, sem observação metódica ou verificação sistemática, e por isso,
carece de caráter científico. ”
Segundo Ander-Egg (1978, apud MARCONI; LAKATOS ,1991, pág. 77), o
conhecimento popular caracteriza-se por ser predominantemente:
• superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como "porque o vi", "porque o senti", "porque o disseram", "porque todo mundo o diz";• sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;• subjetivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria quanto os "por ouvi dizer"; • assistemático, pois esta "organização" das experiências não visa a uma sistematização das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;• acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.
Tomando por exemplo um chá caseiro de ervas, como forma de eliminar uma
dor ou como calmante. A pessoa tem a noção dos benefícios que irá trazer, porém
desconhece as propriedades do mesmo e porque traz tal efeito.
Por último, o conhecimento científico que busca as leis, a essência do fenômeno
e procura explicar porque as coisas acontecem daquela forma. De acordo com Galliano
(1986), o conhecimento científico resulta de investigação metódica e sistemática da
realidade. Analisa os fatos e fenômenos para descobrir suas causas e concluir as leis
gerais que os regem.
As ciências podem ser classificadas em Ciências formais (lógica e matemática)
que estudam ideias e as Ciências Factuais (naturais e sociais), que estudam os fatos,
dando origem às exatas e biológicas e à Psicologia, por exemplo.
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos. Porém,
empregar esses métodos não quer dizer que seja ciência. Logo, utilizar métodos não é
exclusivo da ciência, mas não existe ciência sem tais métodos.
O critério que mais se utiliza para se chegar ao conhecimento é o método
científico. Pode-se definir Método Científico como o modo sistemático de explicar um
grande número de ocorrências semelhantes.
Antes de delimitar o campo de pesquisa, são necessárias a observação, que deve
ser tal qual apresenta, e a elaboração de hipóteses acerca das soluções possíveis para o
problema proposto. Parte para experimentação, utiliza os meios para recolher os dados
quantitativos e qualitativos para determinada pesquisa. Na generalização, utiliza do
raciocínio lógico indutivo, ou seja, parte de dados particulares, que foram constatados, e
dessas conclusões adota o caráter amplo, geral. No caso da dedutiva, é o inverso: parte
do geral para o particular. Após a análise, chega à conclusão: responder à pergunta
inicial, que vai ser provada ou negada após o processo.
Referências Bibliográficas
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003.
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