atenÇÃo da enfermagem ao idoso attention nursing...
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ATENÇÃO DA ENFERMAGEM AO IDOSO
ATTENTION NURSING THE ELDERLY
ATENCIÓN DE ENFERMERÍA LA TERCERA EDAD
Lilian Vilas Bôas da Cruz*; Maridalva Souza Lima**
RESUMO: Este estudo discute de que forma a enfermagem pode favorecer no cuidado e a atenção
ao envelhecimento saudável, oferecendo orientações sobre como ter uma qualidade de vida, como
também a importância do profissional de enfermagem na saúde do idoso, e a importância das
orientações prestadas pela equipe de enfermagem ao paciente idoso. Foi realizado um levantamento
de dados através de pesquisas bibliográficas em artigos e livros. O estudo teve o objetivo mostrar
como é importante envelhecer de forma saudável, e para isso, é de extrema necessidade que o idoso
esteja sempre sendo acompanhado do profissional enfermeiro e que este saiba identificar as
necessidades da pessoa idosa e o momento correto de solicitar a intervenção da equipe
multiprofissional. Concluímos que o envelhecimento da população constitui um desafio de grande
importância para a saúde pública, como também para a enfermagem, que exerce o papel de
cuidador e orientador da pessoa idosa. No estudo, analisamos a necessidade da existência do
profissional bem informado para atuar na área da gerontologia. Assim o enfermeiro gerontólogo,
deve ter embasamento técnico cientifico para que possa ver o paciente como um todo e não focar o
cuidado só nos problemas apresentados por esse paciente, mas em outros que o idoso possa está
vulnerável.
Palavra chave: Idoso; Envelhecimento; Saúde do idoso; Qualidade de vida.
ABSTRACT: This study discusses how nursing can promote the care and attention to healthy
aging, offering guidance on how to have a quality of life, but also the importance of professional
nursing in the health of the elderly, and the importance of the guidelines provided by the nursing
staff the elderly patient. A survey of data through literature searches of articles and books. The
study aimed to show how important healthy aging, and for this it is of utmost necessity that the
elderly are always being accompanied by the nurse and whom he knows to identify the needs of the
elderly and the correct time to seek the intervention of multidisciplinary team. We conclude that the
aging population is a challenge of great importance to public health, as well as for nursing, which
plays the role of caregiver and elderly person's supervisor. In the study, we need the existence of
well-informed professional to work in the field of gerontology. So the nurse gerontologist, must
have scientific technical background so you can view the patient as a whole and not focus only on
care issues presented by this patient, but in others that the elderly person is vulnerable.
Key words: Elderly, Aging, Health of the elderly, quality of life.
RESUMEN: Este estudio analiza cómo la enfermería puede promover el cuidado y la atención al
envejecimiento saludable, que ofrece orientación sobre cómo tener una calidad de vida, sino
también la importancia de la enfermería profesional en la salud de los ancianos, y la importancia de
7
las directrices impartidas por el personal de enfermería el paciente anciano. Una encuesta de datos a
través de búsquedas bibliográficas de artículos y libros. El estudio tuvo como objetivo mostrar la
importancia de un envejecimiento saludable, y para ello es de máxima necesidad que las personas
mayores siempre están siendo acompañados por la enfermera y al que sabe identificar las
necesidades de las personas mayores y el tiempo correcto para solicitar la intervención de equipo
multidisciplinario. Llegamos a la conclusión de que el envejecimiento de la población es un reto de
gran importancia para la salud pública, así como para la enfermería, la cual desempeña el papel de
cuidador y el supervisor de persona de edad avanzada. En el estudio, es necesario la existencia de
profesionales bien informados para trabajar en el campo de la gerontología. Así, el geriatra
enfermera, debe tener formación técnica científica para que pueda ver al paciente como un todo y
no centrarse sólo en temas de atención que presenta este paciente, pero en otros que la persona de
edad avanzada es más vulnerable.
Palabras clave: adulto mayor, envejecimiento, la salud de la calidad de los ancianos, de la vida
*Graduanda em Enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado. Salvador – Bahia.
** Graduanda em Enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado. Salvador – Bahia.
1. INTRODUÇÃO
O envelhecimento humano é, sem dúvida, um processo biológico, cujas alterações
determinam mudanças estruturais no corpo e, em decorrência, modificam suas funções. Porém, se
envelhecer é inerente ao ser vivo, no caso do homem, esse processo assume dimensões que
ultrapassam o “simples” ciclo biológico, pois pode acarretar, também, consequências sociais e
psicológicas (1)
.
O envelhecimento biológico é um processo que se inicia no nascimento e continua até que
ocorra a morte. O termo senescência descreve um período de mudanças relacionadas à passagem
do tempo que causam efeitos deletérios no organismo. A senescência representa um fenótipo
complexo da biologia que se manifesta em todos os tecidos e órgãos. Esse processo afeta a
fisiologia do organismo e exerce um impacto na capacidade funcional do indivíduo ao torná-lo
mais suscetível às doenças crônicas (2)
.
Os idosos apresentam fragilidades específicas do ponto de vista fisiológico, psicológico e
social, decorrentes das perdas que ocorrem ao longo da vida e que as tornam susceptíveis às
alterações no estado de saúde e seus problemas se caracterizam pela diversidade, cronicidade e
complexidade (3)
. São mais suscetíveis a doenças, acidentes, violência e sistema familiar
vulnerável. Dessa forma, registra-se neles uma fragilização e probabilidade de agravos maiores e,
em consequência, evidenciando-se como o grupo que, proporcionalmente, consome mais serviços
de saúde (4)
.
Existem diferentes formas de envelhecer, individualmente, e, principalmente, diferentes
formas de encarar a velhice; no entanto, vemos sempre correlacionado na história a visão da
velhice associada ao desgaste, às perdas e às doenças. Essa correlação tem sido questionada, na
8
atualidade, uma vez que diversas experiências de envelhecimento bem sucedido têm sido
retratadas como, por exemplo, nos grupos de convivência e universidades da terceira idade (5)
.
Os avanços da ciência e da tecnologia têm trazido significativas mudanças no processo de
viver humano, no qual agregam repercussões importantes para o mundo cotidiano do trabalho, da
educação, da pesquisa e da saúde. Ao pensarmos no ciclo de vida humano, do nascimento ao
envelhecimento e à morte, torna-se imprescindível reconhecer as implicações da ciência e da
tecnologia às perspectivas atuais do cuidado à saúde (6)
.
Apesar de o envelhecimento ser mais frequentemente relatado em regiões mais
desenvolvidas do País, um aumento expressivo e rápido da população idosa pode também já ser
percebido, nas últimas décadas, em áreas com indicadores socioeconômicos mais desfavoráveis e
cujas estruturas etárias apresentam caracteristicamente maior proporção de jovens (7)
. O
crescimento da população idosa no Brasil vem ocorrendo de forma bastante acelerada. As
estatísticas mostram que a faixa etária com maior crescimento na maioria dos países em
desenvolvimento, é a acima de 60 anos. No Brasil, as projeções indicam que a proporção de idosos
passará de 8,6 % em 2000 para quase 15% em 2020. Em termos absolutos seremos, em 2025, a
sexta população de idosos no mundo, isto é, com mais de 32 milhões de pessoas acima de 60 anos.
Além disso, a proporção de pessoas com mais de 80 anos também apresenta um aumento
significativo (8)
.
Com essa realidade é necessário que os profissionais da saúde, em especial os enfermeiros,
estejam capacitados para atender as especificidades desta etapa da vida, melhorando a assistência
prestada (9)
.
O estatuto do idoso de 2009 expõe no artigo 18 do capítulo IV do direito à saúde, que é de
obrigação da instituição de saúde capacitar os profissionais, para que estes tenham a competência
de oferecer atendimento ao idoso. Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios
mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação
dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda.
O despertar para o tema escolhido ocorreu devido ao aumento da longevidade e da crescente
taxa do envelhecimento populacional não só no Brasil, mas em todo o mundo, no qual a
enfermagem poderá de certo ângulo favorecer no cuidado e a atenção ao envelhecimento saudável.
Nesse contexto da pesquisa pode assim surgir o problema de estudo: De que forma a enfermagem
pode contribuir para uma vida saudável da população idosa? Desta forma podemos buscar o
desenvolvimento do tema proposto para construir o presente estudo, a ser realizado pelas autoras,
mostrando a importância do estudo da população idosa do Brasil e do contexto mundial.
O estudo teve como objetivo discutir a importância da atenção do profissional de
enfermagem ao idoso. E nesse contexto surgem os objetivos específicos: descrever de que forma o
9
enfermeiro pode contribuir na qualidade de vida para o idoso, e identificar a importância das
orientações prestadas pela equipe de enfermagem ao paciente idoso.
Como justificativa para o presente estudo: temos que o papel fundamental da enfermagem é
de orientar, acompanhar, realizar anamnese completa do paciente idoso, e traçar assim um plano de
cuidado que seja facilitador do envelhecimento saudável. O estudo busca desenvolver assuntos
voltados para atenção da enfermagem ao idoso com ênfase no cuidado que a enfermagem pode
realizar. Pois, sendo assim, é preciso discutir a fundamental orientação da enfermagem junto ao
envelhecimento.
2. ATENÇÃO DA ENFERMAGEM AO IDOSO
Longevidade refere-se ao número de anos vividos por um indivíduo ou ao número de anos
que, em média, as pessoas de uma mesma geração viverão, definindo-se como geração o conjunto
de recém-nascidos em um mesmo momento ou mesmo intervalo de tempo (10)
.
Quando se trata da atenção à saúde da pessoa idosa, a sua finalidade principal é conseguir
manutenção de um bom estado de saúde, para que essa pessoa possa alcançar um máximo de vida
ativa, no ambiente em que está inserida, juntamente com sua família, com autonomia e
independência física, psíquica e social (11)
.
A condição da velhice é a última fase do ciclo vital, que é delimitada por eventos
de natureza múltipla como perdas motoras, afastamento social e especialização
cognitiva. Já se tratando de envelhecimento é o processo genético (biológico) que
apresenta ritmo, efeito e duração que são individuais e que possuem origem
genético biológico, sócio-histórico e/ou psicológico (12)
.
A rápida mudança demográfica e de vulnerabilidade das pessoas idosas, coloca-se a
necessidade de novas formas de organização dos serviços de saúde, os quais passam a lidar com um
perfil epidemiológico que se caracteriza pelo predomínio de doenças crônico-degenerativas,
exigindo uma assistência de longa duração, com ênfase no controle dos fatores de risco (3)
.
O envelhecimento populacional e a urbanização são tendências mundiais neste início de
século, com projeções crescentes de ambos os fenômenos, sobretudo em países de média renda. O
rápido envelhecimento populacional em grandes centros urbanos gera preocupação quanto à
capacidade dos sistemas sociais e de saúde para atender essa nova demanda (13)
.
Ainda nesta perspectiva verifica-se que o Brasil que ocupava em 1950 o 16º lugar
na escala mundial em número de idosos, ou seja, 2,1 milhões de pessoas com mais
de sessenta anos, passará em 2025 para 6º lugar com a espantosa perspectiva de 32
milhões de gerentes no total de sua população. Isto representa o maior aumento
proporcional de idosos entre os países mais populosos do mundo no mesmo
10
período; assim o número de gerentes aumentará quinze vezes enquanto a população
como um todo aumentará somente cinco (14)
.
O sistema de saúde não está estruturado para atender à demanda crescente desse segmento
etário. Os idosos consomem mais dos serviços de saúde. Em outras palavras, consomem-se mais
recursos do que seria preciso, elevam-se os custos, sem que, necessariamente, se obtenham os
resultados esperados em termos de recuperação da saúde e melhoria da qualidade de vida. As
internações hospitalares são mais frequentes e o tempo de ocupação do leito é maior do que o de
outras faixas etárias sem que isto se reverta em seu benefício. Em geral as doenças dos idosos são
crônicas e múltiplas, perduram por vários anos e exigem acompanhamento médico e de equipes
multidisciplinares permanentes e internações frequentes. A maioria dos quadros de dependência
desta população está associada a condições crônicas que podem ser adequadamente manipuladas,
muitas vezes, fora de instituições hospitalares ou asilares (15)
. Acredita-se que, se o enfermeiro
realizar uma avaliação integral do idoso, é possível prevenir o desenvolvimento ou agravamento da
fragilidade, diminuindo os índices de institucionalização e hospitalização e as taxas de
morbimortalidade nessa parcela da população (16)
.
O aparecimento da dependência no idoso e a consequente necessidade de o cuidador
provocar uma reestruturação familiar e uma redefinição de papéis, o que pode ocasionar, por
exemplo, alterações na rotina e na dinâmica familiar, o processo de adaptação a essa nova realidade
pode, por um lado, não se tornar complicado quando há uma boa relação entre cuidador familiar e
idoso dependente, podendo ocorrer um maior grau de intimidade, de confiança e de respeito. Por
outro, grandes dificuldades podem ser geradas quando o histórico familiar é construído a partir de
crises e conflitos, tornando o cuidado inadequado e penoso para o cuidador (8)
.
O aumento no número de idosos, dentre outros fatores, suscita a necessidade de retomar as
discussões que permeiam a crise no setor saúde. Nesta perspectiva, é visando programar os
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde institui a Estratégia
Saúde da Família (ESF), em 1994. Tal estratégia enfoca a família como unidade de ação
programática de saúde e não mais, tão somente o indivíduo (9)
.
Os avanços da ciência e da tecnologia têm trazido significativas mudanças no processo de
viver humano, no qual agregam repercussões importantes para o mundo cotidiano do trabalho, da
educação, da pesquisa e da saúde. Ao pensarmos no ciclo de vida humano, do nascimento ao
envelhecimento e à morte, torna-se imprescindível reconhecer as implicações da ciência e da
tecnologia às perspectivas atuais do cuidado à saúde (6)
.
Cabe a atenção do profissional à mudança do perfil populacional em sua área de
abrangência, com o aumento progressivo da população idosa fruto da queda da fecundidade e
redução da mortalidade no enlace dos diversos grupos etários. A esse profissional é requerida um
11
olhar especial ao idoso e uma participação ativa na melhoria de sua qualidade de vida, abordando-o,
como destaque a Estratégia de medidas promocionais de proteção específica, de identificação
precoce de seus agravos mais frequentes e sua intervenção, bem como, com medidas de reabilitação
voltadas a evitar a sua apartação do convívio familiar e social (17)
.
O problema do isolamento, até por uma questão preconceituosa que afasta o idoso da
sociedade, pode ser solucionado através da atividade física. O idoso apresenta peculiaridades
distintas das demais faixas etárias e, por este motivo, sua avaliação de saúde deve ser feita
objetivando a identificação de problemas subjacentes à queixa principal, incluindo as avaliações
funcionais, cognitivas, psíquicas, nutricionais e sociais, que interferem diretamente na sua saúde e
no grau de sua autonomia e independência (18-19)
.
Os conceitos de autonomia e de independência são amplamente difundidos na literatura
gerontológica que, juntamente com a Teoria da Atividade, descrevem que a capacidade funcional é
um importante indicativo de qualidade de vida da pessoa idosa. Viver bem a velhice depende da
interação do idoso com o seu contexto de vida, do qual brotam valores, sua dimensão social e a
história de sua vida (18)
.
A qualidade de vida representa respostas individuais a fatores físicos (objetivos) e mentais
(subjetivos) que contribuem para uma vida "normal", permeada pela satisfação pessoal, autoestima,
comparação com o outro, experiências prévias, situação econômica, estado geral de saúde e estado
emocional (20)
.
As pessoas idosas desejam e podem permanecer ativas e independentes por tanto tempo
quanto for possível, se o devido apoio lhes for proporcionado. Os idosos estão potencialmente sob
risco não apenas porque envelheceram, mas em virtude do processo de envelhecimento torná-los
mais vulneráveis à incapacidade, em grande medida, decorrente de condições adversas do meio
físico, social, ou de questões afetivas. Portanto, o apoio adequado é necessário tanto para os idosos
quanto para os que deles cuidam (21)
. O enfermeiro deve ter um olhar especial também sobre a
família do idoso. É de grande importância que este, exponha para a família cuidadora, a importância
da sua inserção no cuidado ao idoso, seja em casa ou na hospitalização. É importante ressaltar o
valor do idoso no grupo familiar, e olhá-lo de forma que ele possa ser visto não como alguém irá
trazer custos e trabalho para os familiares, mas como alguém que já deu uma grande contribuição
para a formação da sua família.
O despreparo do cuidador pode trazer sérios prejuízos quer ao próprio quer à pessoa doente,
resultando, inclusive, em frequentes hospitalizações. Além disso, o despreparo pode gerar ansiedade
e maior desgaste físico, ocasionando situações de risco para ambos (22)
.
A família necessita ser vista como apoiadora da enfermagem no cuidado ao idoso frágil não
só no domicílio, mas também durante as hospitalizações, pois os familiares podem contribuir de
12
forma significativa no cuidado a esse idoso, uma vez que detêm conhecimentos importantes sobre o
mesmo; mas, para isso, os enfermeiros precisam envolvê-los no processo de cuidar, formando uma
rede de colaboração entre a família e a enfermagem (16)
.
A família é culturalmente um ponto de apoio e uma facilitadora para interação social dos
idosos dessa comunidade, muitos deles moram com seus filhos e netos. Esse contexto merece
atenção dos profissionais de saúde, pois a configuração de família, atualmente, apresenta-se
modificada: pessoas de diferentes gerações, convivendo em um mesmo espaço, necessitam de uma
postura flexível diante da vida, espaços para diálogo e disposição para rever posições a fim de
conviverem de forma positiva (23)
. Embora a família seja a responsável por oferecer a maioria dos
cuidados aos idosos, é importante destacar que a estrutura familiar tem sofrido mudanças
significativas, predominando hoje famílias pequenas em lugar das tradicionais e extensas,
favorecendo novos tipos de arranjos familiares. Em geral, a mulher trabalha "fora de casa" e não há
parentes nas proximidades. Há uma tendência de termos, no futuro, muitos idosos morando
sozinhos ou com famílias cada vez mais nucleares, com poucos membros (8)
.
O fato de vivenciar a possibilidade da perda também pode ser um aspecto que dificulte os
cuidados por parte do familiar, caso o idoso tenha valores em relação ao seu corpo e não se sinta à
vontade com uma filha dando-lhe o banho. Esses exemplos nos indicam que, para poder cuidar do
seu idoso, a família precisa ser incluída no plano de cuidados do profissional de saúde (6)
. O foco do
cuidado, portanto, deve estar em ajudar e em capacitar o cliente e a família, de forma que ela possa
atender às necessidades de seus membros, especialmente em relação ao processo saúde-doença,
mobilizando recursos, promovendo apoio mútuo e crescimento conjunto (9)
.
Observa-se a necessidade cada vez mais premente de serem estabelecidos esquemas
assistenciais mais efetivos e dinâmicos capazes de assistir as demandas crescentes dos idosos e de
suas famílias, de forma a permitir que ambos encontrem conjuntamente uma solução terapêutica
mais efetiva e adequada, em que o equilíbrio familiar seja a meta, melhorando assim a assistência
ao idoso e diminuindo os custos emocionais da própria família, favorecendo a manutenção da
capacidade funcional e melhoria na qualidade de vida destes (24)
.
As alterações biológicas tornam o idoso menos capaz de manter a homeostase quando
submetido a um estresse fisiológico. Tais modificações, principalmente quando associadas à idade
cronológica avançada, determinam maior suscetibilidade à ação de doenças, crescente
vulnerabilidade e maior probabilidade de morte. A elevada prevalência de doenças crônico-
degenerativas, somada à ocorrência de pluripatogenia (duas ou mais doenças concomitantes), tem
sido considerada, responsáveis pela necessidade de maior permanência hospitalar e pela progressiva
perda de autonomia dos idosos (25)
.
13
O aumento da expectativa de vida trouxe maiores conhecimentos acerca das alterações
fisiológicas que ocorrem no aparelho cardiovascular e no sistema musculoesquelético. Permanece,
contudo, a dificuldade quanto à definição da estreita fronteira entre envelhecimento normal e as
alterações (26)
.
O bem-estar na velhice, ou a saúde, num sentido mais amplo, passa a ser visto como o
resultado do equilíbrio entre as várias dimensões da capacidade funcional do idoso, sem
necessariamente significar a ausência de problemas em todas as dimensões. Assim, a classificação
do grau de dependência dos idosos hospitalizados torna-se uma prioridade por possibilitar a
previsão de vários aspectos relacionados ao processo de trabalho da assistência de enfermagem,
principalmente no tocante à prescrição de cuidados individualizados à clientela (27)
.
O idoso pode sofrer diversas co-morbidades por conta da ocorrência de sintomas
depressivos, podendo essas co-morbidades serem responsáveis pela perda de autonomia e pelo
agravamento de quadros patológicos preexistentes. Com frequência, está associada à elevação do
risco de morbidade e mortalidade, ocasionando aumento na utilização dos serviços de saúde,
negligência no autocuidado e adesão reduzida a tratamentos terapêuticos (28)
.
A assistência sistematizada de enfermagem nos permite identificar os problemas dos idosos
de maneira individualizada, planejar, executar e avaliar o atendimento a cada situação. Para tanto,
direcionando a assistência para nível ambulatorial. O cuidar da enfermagem é uma atividade que
atende a estas questões aqui colocadas, por meio da qual, a enfermeira assume a responsabilidade
quanto à ação de enfermagem a ser determinada frente aos problemas detectados, e estabelece a sua
intervenção (29)
. Esse cuidado vai além da conferência e administração de terapêuticas
medicamentosas, do atendimento de necessidades de higiene, alimentação, mobilização, eliminação,
apoio às atividades, exames diagnósticos de saúde e manutenção de ambiente, e recursos materiais
para atender ao idoso. Para utilizá-lo adequadamente, devemos avançar para entender que, no
cuidado de enfermagem, devemos investigar a presença de outros agravantes de bem-estar, e assim
incorporar novos conhecimentos à prática de enfermagem (30)
.
Quando os fatores de risco (comportamentais e ambientais) de doenças crônicas e de declínio
funcional são mantidos baixos, e os fatores de proteção, elevados, as pessoas desfrutam maior
quantidade e maior qualidade de vida, permanecem sadias e capazes de cuidar de sua própria vida à
medida que envelhecem, e poucos idosos precisam, constantemente, de tratamentos médicos e
serviços assistenciais onerosos (31)
.
Os profissionais da saúde, em especial os enfermeiros, devem abordar o idoso considerando
todas as especificidades decorrentes do envelhecimento. É preciso que os profissionais estejam
devidamente preparados para prestar cuidados ao idoso, pois esta faixa etária apresenta uma
instalação muito rápida dos processos patológicos, podendo facilmente muda-lo de independente
14
para dependente (32)
. Porém para alcançar o envelhecimento de maneira positiva, as oportunidades
de saúde, participação e segurança devem ser contínuas ao longo da vida. As políticas e os
programas de saúde devem ser baseados nos direitos, necessidades, preferências e habilidades das
pessoas mais velhas (23)
.
O desenvolvimento do estudo teve como principio estudar e analisar a atenção da
enfermagem ao idoso para um envelhecimento saudável e bem cuidado no contexto da longevidade
e de informações prestadas ao cuidador enfatizando o envelhecimento como um processo natural da
vida, pelo qual todos serão submetidos.
Há de se enfatizar ainda a atuação da enfermagem, centrada na educação para o “cuidar” da
saúde, tendo como base o conhecimento das transformações associadas ao processo do
envelhecimento, visando à manutenção da capacidade funcional do idoso para a realização das suas
atividades diárias e o atendimento às necessidades básicas, contribuindo para que este mantenha ou
alcance sua independência (29)
.
Na percepção da necessidade das delimitações da atuação da enfermagem na equipe
multidisciplinar transparece a busca pelo conhecimento e pela autonomia da enfermagem na
construção da especialidade. Essa temática deverá ser foco de discussões na área, pois, ao delimitar
e compreender o papel específico da enfermeira no atendimento ao idoso, suas intervenções serão
mais seguras, efetivas e darão o empoderamento profissional necessário para a autonomia da
enfermagem (33)
.
No que se referem aos significados que os idosos imprimem à velhice e à sua experiência
diante do envelhecimento, eles estão impregnados mais por um esforço de manutenção dos atributos
que lhes são postos socialmente do que por uma busca de novas aquisições (34)
.
Defendemos que o indivíduo tem elementos que causam a negação da velhice ou mal-estar
(como os vários tipos de dependência, a ausência da família, lembranças internas) e a enfermeira
busca o cuidado para o bem-estar (presença de bons sentimentos, presença da família, aceitação das
limitações, o contato com a transcendência), daí a importância desse modelo de cuidar para o
desenvolvimento da enfermagem (30)
.
Tendo em vista um aumento quantitativo da demanda da assistência de enfermagem a
clientela idosa, a carência de recursos humanos representa um dos mais graves problemas na
assistência ao idoso, pois a complexidade e a extensão dos cuidados a essas pessoas necessitam de
conhecimento sobre o envelhecimento e as formas de adaptação desses indivíduos a esse processo.
Ressalte-se que inexiste um só envelhecer, mas sim, processos de envelhecimento, que variam em
função de alguns fatores determinados socialmente, como: gênero e classe social. Assim, as
desigualdades do processo de envelhecimento se devem, basicamente, às condições desiguais de
vida e de trabalho às quais estiveram submetidas às pessoas idosas (34-35)
.
15
A falta de estrutura para atender a demanda que a crescente taxa de envelhecimento vem
causando, assim também, como as iatrogenias praticadas ao paciente idoso, pelos profissionais de
saúde, podem contribuir de forma direta para o aumento do tempo de permanência da pessoa idosa
nas instituições. Os pacientes idosos estão especialmente vulneráveis a ocorrências iatrogênicas. E
nós sabemos que qualquer pessoa está sujeito a também cometer uma iatrogenia, não só contra o
paciente idoso, mas como outro paciente de qualquer faixa etária, seja pela extensa carga horária ou
pela falta de habilidade. A verdade é que o profissional de enfermagem precisa ter consciência da
grande responsabilidade que cai sobre si, a partir do momento em que ele sai da sua graduação e
pega o seu registro e passa a exercer a profissão (15)
.
Iatrogenia é a alteração maléfica como causa direta ou indireta de intervenção. O conceito
não está restrito à prescrição de medicamentos ou à realização de procedimentos, mas também a
omissões na abordagem de problemas, que possam ser suprimidos ou minimizados com o uso de
medicamentos ou intervenções. Não é exclusivo do médico, estando a iatrogenia relacionada a
qualquer ação de um agente de saúde (16)
.
As ocorrências iatrogênicas tem como causa mais frequente o fator humano, porém, os
problemas relacionados ao uso inadequado de equipamentos e sua falta, ao processo de trabalho, e
absenteísmo, e à própria condição clinica do paciente não devem ser desconsiderados. Desta forma,
todas as iatrogenias devem ser apuradas para melhorar a assistência prestada pelo serviço, evitando-
se sempre as politicas punitivas sobre o erro humano para que as iatrogenias não sejam
subnotificadas (36)
.
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DO ESTUDO
Esta é uma pesquisa qualitativa descritiva, do ponto de vista dos objetivos é a de
descrever as características de certa população ou fenômeno, ou estabelecer relações entre
variáveis; envolvem técnicas de coleta de dados padronizadas (questionário, observação);
assume em geral a forma de levantamento. A pesquisa sendo abordada dentre o problema é
qualitativa, existe uma relação entre o mundo e o sujeito que não pode ser traduzida em números;
a pesquisa é descritiva, o pesquisador tende a analisar seus dados indutivamente (37)
.
A longevidade é um tema de bastante aceitação no nosso meio, e dessa forma engloba o
cotidiano social e político da saúde do idoso no nosso país, pela necessidade. Este estudo teve
por finalidade informar técnicas desenvolvidas pela enfermagem para que possa haver uma
melhor qualidade de vida, aumento na expectativa da longevidade, mostrando dessa forma, o
papel da enfermagem no contexto de gerontologia.
16
3.2 COLETA DE DADOS E ANÁLISE DE DADOS
A pesquisa foi elaborada a partir de material já publicado, como livros, artigos, periódicos,
Internet, entre outros autores. Os dados foram analisados através de pesquisas em artigos do
Scielo, onde foram usadas as palavras chave Idoso, Qualidade de vida e Envelhecimento, foram
encontrados 1.385 artigos, onde 49 utilizados. Além de pesquisas efetuadas em livros. A coleta
dár-se- á autores de banco de dados como Scielo, Lilacs, Bireme. Os dados foram analisados
qualitativamente por meio de um estudo bibliográfico. Os dados obtidos foram coletados através
de livros e artigos publicados a partir no ano de 1998, que mostrou o perfil dos idosos e a
importância do apoio familiar. Foi feita uma escolha aleatória dos artigos, tendo os procedimentos
éticos estado presente em toda a construção do trabalho.
3.3 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
O estudo teve por objetivo, discutir a importância do profissional de enfermagem na
atenção ao idoso, Descrever de que forma o enfermeiro pode contribuir com o idoso no processo
do envelhecimento, onde podemos enfatizar esse contexto vivenciado junto ao levantamento de
dados bibliografias utilizadas e analisadas, tendo assim por base a interpretação para uma melhor
criação e construção desse estudo. Podendo assim ter o intuito de abranger uma situação
globalizada, e ter uma abordagem completa na temática do envelhecimento e da longevidade em
nosso meio. Neste estudo, observando o cuidado de não cometer plágio e nem torná-lo uma cópia,
sendo uma pesquisa de levantamento de dados baseados em artigos já publicados anteriormente,
para expor a nosso compromisso com a ética, foi exposto o nome dos autores e todas as citações
utilizadas.
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste item apresentamos e discutimos os dados do estudo, levando em conta os objetivos
traçados, quais foram: Descrever de que forma o enfermeiro pode contribuir na qualidade de vida
para o idoso e identificar a importância das orientações prestadas pela equipe de enfermagem ao
paciente idoso.
Desse modo, discorremos que diante de um Brasil cada vez mais idoso, a enfermagem busca
sempre estar promovendo ações de saúde e bem estar para que nossa população idosa esteja
sempre bem cuidada. Podendo dessa forma, atuar no índice de crescimento populacional de idosos
17
não apenas no Brasil, mas em contexto mundial, observar a relação idosa X família, e analisar a
forma pela qual o idoso é tratado e visualizado pelos profissionais da área de saúde. Como afirma
o autor (18)
, a esse profissional é requerido um olhar especial ao idoso e uma participação ativa na
melhoria de sua qualidade de vida, abordando-o, como destaque a Estratégia de medidas
promocionais de proteção específica, de identificação precoce de seus agravos mais frequentes e
sua intervenção, bem como, com medidas de reabilitação voltadas a evitar a sua apartação do
convívio familiar e social.
A enfermagem exercita a relação interpessoal, a relação do agir voltado para o outro, e o
enfermeiro é o sujeito desta ação para o outro, ele planeja e implementa sua assistência – o cuidar.
Este cuidar independe, na maioria das vezes, do suporte tecnológico dispensado pelas instituições
hospitalares; depende sim, da pessoa do enfermeiro, que é o próprio instrumento da ação de cuidar.
E como instrumento de ação – o estar junto com, aponta para uma relação social (28)
.
4.1 QUALIDADE DE VIDA NA VELHICE
Qual a definição de Qualidade de Vida? O conceito de qualidade de vida varia de autor
para autor:
Qualidade de vida está relacionada à autoestima e ao bem-estar pessoal e abrange uma série
de aspectos como a capacidade funcional, o nível socioeconômico, o estado emocional, a interação
social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os
valores culturais, éticos e a religiosidade (39)
.
É um construto multifacetado que integra o comportamento individual e as capacidades
cognitivas, o bem-estar emocional e físico que se manifestam na performance profissional e nos
papéis sociais do indivíduo (20)
.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) (40)
define qualidade de vida como: a percepção
do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive
e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
No Estatuto do Idoso, é assegurada a atenção integral à saúde, por intermédio do Sistema
Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde,
incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
A qualidade de vida em idosos sofre o efeito de numerosos fatores, entre eles os
preconceitos dos profissionais e dos próprios idosos em relação à velhice; esses têm mais
dificuldades do que os jovens quanto a trabalhar conceitos de probabilidade e tomar decisão. Em
nosso meio, a velhice está associada a perdas, incapacidade, dependência, importância, doença,
18
desajuste social, baixos rendimentos, solidão, viuvez, cidadania de segunda classe e assim por
diante (18)
.
A possibilidade de se tomar o envelhecimento como processo positivo e a velhice como
etapa da vida que pode ser acrescida de bem-estar, prazer e qualidade de vida vem sendo objeto de
pesquisadores e estudiosos interessados em compreender as condições associadas à saúde na
última fase do ciclo de vida: a velhice (41)
. A independência e a qualidade de vida são possíveis de
serem mantidas na velhice, apesar das frequentes doenças crônicas comuns a essa etapa da vida(35)
.
Muitas vezes, o que um paciente idoso precisa para melhorar sua autoestima é atenção,
carinho e espaço de escuta. A interação profissional-paciente deve transcorrer em um espaço de
respeito, em que atitudes e gestos promovam a dignidade, a autoestima, a privacidade e a
autonomia do idoso.
No âmbito da intervenção, aumenta a consciência de que é importante identificar e
promover condições que permitam a ocorrência de uma velhice longa e saudável, com uma relação
de custo-benefício favorável para indivíduos e instituições sociais, num contexto de igualdade de
distribuição de bens e oportunidades sociais (18)
.
O indivíduo tem elementos que causam a negação da velhice ou mal-estar e a enfermeira
busca o cuidado para o bem-estar (presença de bons sentimentos, presença da família, aceitação
das limitações, o contato com a transcendência), daí a importância desse modelo de cuidar para o
desenvolvimento da enfermagem (30)
.
O bem estar, como um reflexo de saúde, envolve uma tentativa consciente e
deliberada de maximizar a própria saúde. O bem-estar não acontece simplesmente;
ele requer planejamento e compromisso consciente, resultante da doação de estilo
de vida com a finalidade de atingir o potencial mais elevado da pessoa para viver
bem. O bem-estar não é idêntico para todas as pessoas. A pessoa com uma doença
crônica ou incapacitante ainda pode ser capaz de alcançar um nível desejável de
bem-estar. A chave para o bem-estar consiste em funcionar no potencial mais
elevado dentro das limitações sobre as quais não há controle (42)
.
Aceitar o envelhecer de maneira natural é entender que, apesar das possibilidades físicas
não serem mais as mesmas, isso não os torna pessoas limitadas, e sim, com diferentes graus de
eficácia no conhecimento de suas essências, do que é possível fazer ou não fazer e em condições
de aperfeiçoar o envelhecer saudável (43)
.
Entender a velhice é fundamental para que possamos trabalhar com idosos, entender as
limitações, suas carências e suas necessidades, pois, ser velho não significa o fim da vida, mas
muitos anos de “riquezas” e conhecimentos que devem ser respeitados. Permitir que o idoso
expresse os seus desejos e suas vontades é uma maneira de inserir o idoso a sociedade, fazer com
que ele tenha autonomia. O autor (44)
afirma que: os profissionais de enfermagem através do
19
cuidado de enfermagem no ambiente hospitalar podem contribuir significativamente para a
construção da autonomia e participação das pessoas idosas na tomada de decisão sobre suas
necessidades de atenção ou cuidado à sua saúde.
O cuidado de enfermagem é permeado de significações e, quando se trata de paciente
idoso, parece haver um olhar especial para suas necessidades peculiares e sua vulnerabilidade, o
que o torna merecedor de atenção diferenciada (45)
.
A possibilidade de promover a coparticipação do idoso na elaboração das rotinas que
envolvem seu atendimento pode ser uma alternativa de avanço no maior respeito à autonomia e
direito de tomada de decisão com e para os mesmos. Entender esse processo e investigar a
expectativa do idoso nesse contexto possibilitará argumentos para uma mudança dos parâmetros
na condução do cuidado hospitalar (44)
.
Qualidade de Vida adequada para o idoso deveria ser “um processo em que o problema
médico não é o mais importante, visto haver a necessidade de serem observadas outras variáveis e
não apenas as tradicionais da área médica” como a prática regular de atividade física, o estilo de
vida, a afetividade e as diferentes formas de organização social, mostram-se, também, como outros
fatores determinantes a serem observados para esta população (12)
.
4.2 PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO
Neste ponto, destaca-se o conceito de "Promoção à Saúde", assumido pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) desde 1986, como um processo de capacitação da comunidade para
melhorar suas condições de vida e saúde. Seu significado contém uma combinação de ações: do
Estado nas suas políticas públicas de saúde; da comunidade, com o reforço das ações comunitárias;
dos indivíduos com o desenvolvimento das habilidades; de reorientação das intervenções para
ações conjuntas intersetoriais. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do
setor saúde, e vai além de um estilo de vida saudável, na direção do bem-estar global. (46,43)
.
Se quisermos que o envelhecimento seja uma experiência positiva, uma vida mais longa
deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança (40)
. Para uma
vida longa e saudável é necessário ter disciplina e se necessário mudar alguns hábitos, como por
exemplo, fazer compras pode se tornar um momento de prazer, um ótimo momento para se
exercitar. Caminhar e carregar alguns quilinhos de compras traz muitos benefícios à saúde física. E
para alcançar o envelhecimento de maneira positiva, as oportunidades de saúde, participação e
segurança devem ser contínuas ao longo da vida. As políticas e os programas de saúde devem ser
baseados nos direitos, necessidades, preferências e habilidades das pessoas mais velhas. Dentre as
20
atividades importantes para a manutenção do equilíbrio, agilidade e capacidade funcional, as mais
utilizadas são as caminhadas, exercícios de força e alongamento (47)
.
O idoso, pela própria natureza humana, se sente bem em seu próprio lar. Já que
muitas vezes o idoso passa a maioria do tempo em casa, pode-se atingir um nível de
aptidão física somente executando tarefas do lar. Limpar a casa, aguar a horta,
reparar estragos e tantas outras tarefas possíveis de desempenhar dentro de casa
fazem com que o idoso se exercite de forma passiva, mas que contribui para um
nível mínimo de saúde física. Ficar assistindo seria a última recomendação para a
melhoria de saúde de um idoso. Diminuir o tempo ocioso dentro de casa é o primeiro
passo para se tornar um indivíduo saudável (18)
.
Além da atividade física, ter uma alimentação saudável e evitar o uso de drogas como:
álcool e o tabaco, também podem proporcionar uma vida mais saudável aos idosos. As alterações
biológicas tornam o idoso menos capaz de manter a homeostase quando submetido a um estresse
fisiológico. Tais modificações, principalmente quando associadas à idade cronológica avançada,
determinam maior suscetibilidade à ação de doenças, crescente vulnerabilidade e maior
probabilidade de morte (48)
.
O envelhecimento humano não significa diretamente convívio com as doenças crônicas e
incapacidades funcionais, mas a incidência destas preocupa as pessoas envolvidas nesse processo.
Assim, os idosos estarão mais suscetíveis às tais doenças, que poderão levá-los a incapacidades
funcionais e à dependência. O comprometimento da capacidade funcional tem implicações
importantes para a família, comunidade, sistema de saúde e a vida do próprio idoso, uma vez que
ocasiona maior vulnerabilidade e dependência, podendo contribuir para a diminuição da qualidade
de vida (44)
. Além da vulnerabilidade a maior incidência de processos patológicos pode ocasionar a
diminuição da capacidade funcional do idoso, o que na maioria das vezes implica em uma
necessidade de cuidado diferenciado para com o mesmo (48)
.
As principais doenças crônicas que afetam os idosos em todo o mundo são: Doenças
cardiovasculares; Hipertensão; Derrame e Diabetes. Com uma boa orientação sobre alimentação
adequada para a saúde, associada a atividades físicas, podem diminuir o risco de adquirir as doenças
citadas, em todas as idades. Em relação ao álcool, enquanto os idosos tendem a beber menos do que
os jovens, as mudanças de metabolismo que acompanham o processo de envelhecimento aumentam
a suscetibilidade, dos mais velhos a doenças relacionadas ao álcool, como desnutrição e doenças do
pâncreas, estômago e fígado. Há evidências de que o álcool usado em pequenas quantidades (até
uma dose por dia) pode oferecer alguma forma de proteção contra derrame e doença coronariana em
indivíduos com 45 anos ou mais (40)
.
21
O envelhecimento e em particular a velhice, podem ser considerados momentos de crise no
ciclo vital uma vez que representam situações de mudanças (bio-psico-sociais) requerendo do ser
que envelhece e daqueles que com ele convivem adaptações a esta etapa da vida (49)
.
No cotidiano do idoso acontecem muitas perdas, e adaptações são necessários, assim como
o contato pessoal, o amor, o apoio e a atenção, tais necessidades humanas são essenciais. E a
enfermagem pode ajudar a pessoa idosa a identificar os grupos sociais e se unirem a eles, com o
propósito de ampliar sua rede social (50)
. As redes sociais, como os centros sociais urbanos tem se
tornado instituições de grande importância para a pessoa idosa, pois, esta tem a oportunidade de
conviver com varias pessoas de sua faixa etária com visões diferentes sobre o envelhecimento. O
idoso que frequenta as redes sociais tem mais facilidade de interagir com a sua família. Para muitos
idosos, este o local onde ele descarrega suas tensões emocionais. Muitas pessoas, em especial as
idosas, as redes constituem o único recurso disponível para aliviar as cargas da vida cotidiana e
aquelas que provêm da enfermidade (51)
.
O convívio com outras pessoas proporciona relações fundamentais de cooperação e
interatividade. A atividade laboral pode envolver também mecanismos de competição até certo
ponto benéficos, pois implicam desafios diários que mantêm o trabalhador ativo e auxiliam na
manutenção da capacidade funcional. O trabalho remunerado é uma função executiva complexa,
uma vez que envolve a supervisão e certo nível de competência (52)
.
A promoção do cuidado gerontológico de enfermagem deve se concretizar, sem que esteja
somente submetida à cura, mas sim valorize o tratamento com as pessoas, o "cuidado digno",
partilhando e interagindo para alcançar o bem viver. Isto exige dos profissionais o estímulo à
compreensão abrangente com a definição dos limites e atuações da própria profissão, de forma a
promover não somente o cuidado e o profissional, mas todo o contexto envolvido no processo (53)
.
O enfermeiro, no cotidiano de suas atividades, deve agir com equidade nas escolhas de suas
intervenções, pois os indivíduos, dependendo do estágio de vida que se encontram, possuem
necessidades específicas, que precisam ser atendidas de forma diferenciada, e o grupo pode ser um
elemento facilitador para o processo de cuidar na promoção da saúde (54)
. As intervenções de
enfermagem devem, contudo, estar centradas nas rotinas do idoso, procurando minimizar os
problemas relacionados às atividades de vida diária. Estão incluídas ainda as ações relativas aos
cuidados técnicos como curativos, medicações e outros procedimentos (28)
.
Estas intervenções podem contribuir para minimizar o impacto das incapacidades e
morbidades na qualidade de vida do idoso. É mister que os serviços de saúde priorizem ações
visando diminuir a influência sobre o cotidiano e a autonomia do idoso. Além disso, pode-se buscar,
junto à família e comunidade, recursos que favoreçam as expectativas futuras e novas realizações e
implementação de atividades comunitárias que atendam aos seus desejos (55)
. O idoso precisa ser
22
compreendido como prioridade frente às políticas públicas de saúde, uma vez que ele demanda
maior necessidade de cuidados, principalmente de enfermagem, maior suporte familiar e social (16)
.
As estratégias de promoção de saúde devem voltar-se para estilos de vida e condições
sociais, econômicas e ambientais que determinam a saúde e, de forma mais ampla, a qualidade de
vida. A promoção de saúde representa uma forma promissora para enfrentar os múltiplos problemas
de saúde que afetam as populações humanas, propondo a articulação dos saberes técnico e popular,
e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados, para seu
enfrentamento e resolução (56)
.
A prevenção da perda funcional deve incluir o adequado controle das doenças crônicas, como
hipertensão, asma e diabetes e estímulo à atividade cognitiva. A interação social protege o indivíduo
idoso da perda funcional. As atividades de trabalho e lazer devem ser valorizadas ao longo da vida,
especialmente nas idades mais avançadas, assim como relacionamento com amigos, com atenção
especial aos fatores sociais, culturais, biológicos e medicamentosos que prejudicam ou dificultam a
manutenção dessas atividades pelos idosos (52)
.
Na convivência, não basta apontar "o que fazer", é preciso estar disposto a construir junto "o
como fazer". A educação em saúde deve fortalecer a individualidade a partir da disponibilização de
suportes coletivos, bens materiais e bens espirituais – compaixão, solidariedade e respeito –, para o
exercício de uma individualidade saudável (56)
.
O idoso espera da enfermagem predominantemente ações não técnicas,
caracterizando como necessidade de saúde receber alegria, amizade, tranquilidade,
conforto, consolo, felicidade, agrado, carinho e ate mesmo levantar sua moral, o
espírito, sair da solidão lhe fazendo acordar para o mundo a sua volta. Neste
encontro tem a necessidade de poder conversar e resolver seus problemas através do
dialogo tanto com os enfermeiros como com outros idosos (50)
.
O fato de o envelhecimento continuar sendo representado sob a forma de perdas, faz com que
muitas capacidades que as pessoas idosas possuem permaneçam desconhecidas e muitos ganhos não
sejam valorizados. Deve-se buscar a quebra do paradigma do envelhecimento objetivado na figura
de velho e idoso, vinculado à doença, inutilidade e limitação; o novo paradigma deve estar ancorado
na representação de idoso ativo, o qual vem associado a representações positivas de saúde,
independência, alegria (47)
.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este é um estudo que visa discorrer sobre a importância do profissional enfermeiro na
atenção ao idoso, pois essa é classe profissional que está mais próximo do idoso no processo do
23
envelhecimento. O progressivo e assustador aumento da população idosa no Brasil, tem causado
forte impacto na saúde publica, visto que esta, não se encontra preparada para atender a grande
demanda. Observou-se que o profissional da enfermagem é o profissional que mais está em
contato com paciente idoso, por isso, é importante que esse profissional esteja sempre buscando a
educação continuada do paciente que passa por esse processo. Palestras, campanhas e propagandas
entre outros, podem ser de grande valia nessa educação, pois é importante que a população seja
conscientizada que o envelhecer não está apenas ligado a perdas, a morte e a limitações, mas que
envelhecer com saúde, está ao alcance de todos.
O estudo mostrou que um idoso bem cuidado, reduz consideravelmente os gastos com saúde
e quando este necessita de internamento, utiliza os serviços por menos temos que os demais. Nele,
pudemos perceber também, a importância das redes sociais para a inserção do idoso na sociedade e
a sua independência, já que os pacientes que frequentam essas redes que também são conhecidas
como centros sociais urbanos, interagem melhor com a família como também sabem cuidador de si
próprio. A relação família entre idoso e família também deve ser valorizada pelo profissional, já
que a maior parte do tempo o idoso passa em seu lar e uma família bem orientada vai oferecer um
cuidado melhor, prevenindo agravos e evitando acidentes com o idoso. Conhecer suas
individualidades, assim como suas condições financeiras, como também o seu grau de instrução, o
que está ou não ao acesso desse indivíduo que passa pelo processo do envelhecimento, é de grande
importância para o enfermeiro, pois sendo assim, este profissional também saberá de suas
limitações ao conversar e orientar esse paciente.
A enfermagem precisa buscar formas estratégicas para desenvolver ações que possam
contribuir para a qualificação profissional no cuidado ao idoso. Pois sendo essa faixa etária de
aumento progressivo na atualidade, a mesma vem se tornando o grupo de maiores necessidades:
Orientação, Atenção, apoio psicológico e familiar. Não se esquecendo da importante necessidade da
busca pelo estudo na área da gerontologia. O enfermeiro deve está apto para conhecer as
necessidades do idoso como também as dificuldades que os seus cuidadores possam apresentar em
conviver e cuidar do mesmo. Como também nos aspectos educativos da família e do idoso, já que
essa é uma fase da vida em que este precisa ser visto como um ser individual, porém com
necessidades diversificadas, como orientação sobre as patologias típicas do envelhecimento,
mudanças fisiológicas que acontecem no corpo ao longo desse período, a prevenção de agravos e a
proteção da sua própria saúde. Com isso, podemos observar também a grande importância de um
cuidador bem orientado e preparado para conviver com pessoas dessa faixa etária.
24
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idoso. Ciênc. saúde coletiva. vol.14 supl.1 Rio de Janeiro set./out. 2009.
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ANEXO A
ESTATUTO DO IDOSO
Capítulo IV Do Direito a Saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de
Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção
especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às
necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como
orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda.