as coisas que mudam

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As coisas que mudam. Eu não conseguir introduzir meus textos, é uma coisa que nunca muda. Coisas simples nunca deveriam mudar, mas outras que guiam o curso de nossas vidas sim. Ainda mais quando envolvemos segundos. Algumas pessoas são incapazes de mudar, invadem a vida alheia esperando encaixar as pessoas em seus ideais. Sem respeitar os ideais de seus interlocutores emocionais. Não dão se ao trabalho de perceber que relações são ficções criadas a quatro mãos, óbvio que tais ficções começam em esboços individuas de histórias que ficariam divagando em torno da possibilidade se as mãos não se encontrassem. Contudo, dificilmente vejo inter-histórias se desenrolando numa escrita a quatro mãos, vide os pronomes possessivos que antecedem qualquer menção aos relacionamentos a dois. Meu, minha...até não contração do matrimônio a possessão é a um, são raros os nossos- nosso casamento, nosso noivado. Nunca entendi muito bem porque as noivas cuidam de tudo na cerimônia, enquanto o noivo só tem obrigação de comparecer na igreja. Isso é uma coisa que devia mudar. Devia mudar também os seus, e meus filhos pelos pais. Nossos a todo tempo, se os filhos erram. É na história a quatro mãos tecida pelos pais. São tantos meus é seus, para poucos nossos. É sempre meu amor. Se é seu porque exige prova, viva seu amor, sua dor, sua ilusão; sem cobrar que o outro as realize. Se fosse nosso amor, talvez houvesse espaço para exigir uma implicação maior do outro. Outro fato que não deveria existir, e o amor menor, deveria ser uma conta justa. Na qual um não investisse mais que o outro, esse um de tanto investir. Desiste, então surge o outro em sua

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Prosa literária

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As coisas que mudam.

Eu no conseguir introduzir meus textos, uma coisa que nunca muda. Coisas simples nunca deveriam mudar, mas outras que guiam o curso de nossas vidas sim. Ainda mais quando envolvemos segundos. Algumas pessoas so incapazes de mudar, invadem a vida alheia esperando encaixar as pessoas em seus ideais. Sem respeitar os ideais de seus interlocutores emocionais.No do se ao trabalho de perceber que relaes so fices criadas a quatro mos, bvio que tais fices comeam em esboos individuas de histrias que ficariam divagando em torno da possibilidade se as mos no se encontrassem.Contudo, dificilmente vejo inter-histrias se desenrolando numa escrita a quatro mos, vide os pronomes possessivos que antecedem qualquer meno aos relacionamentos a dois. Meu, minha...at no contrao do matrimnio a possesso a um, so raros os nossos- nosso casamento, nosso noivado. Nunca entendi muito bem porque as noivas cuidam de tudo na cerimnia, enquanto o noivo s tem obrigao de comparecer na igreja. Isso uma coisa que devia mudar.Devia mudar tambm os seus, e meus filhos pelos pais. Nossos a todo tempo, se os filhos erram. na histria a quatro mos tecida pelos pais. So tantos meus seus, para poucos nossos. sempre meu amor. Se seu porque exige prova, viva seu amor, sua dor, sua iluso; sem cobrar que o outro as realize. Se fosse nosso amor, talvez houvesse espao para exigir uma implicao maior do outro.Outro fato que no deveria existir, e o amor menor, deveria ser uma conta justa. Na qual um no investisse mais que o outro, esse um de tanto investir. Desiste, ento surge o outro em sua contrapartida de valor dobra, em vo. O saldo do outro zero.So tantas coisas midas que no mudam, essa guerra idiota de seduo. Talvez numa poca remota ela tenha feito sentido, mas hoje. Estamos to disponveis, com relaes avulsas, cercados pela falsa moral. Essa ltima definitivamente deveria mudar. Mulheres moralista deveriam entrar em extino, com seus julgamentos acerca da liberdade das outras. Deixa cada uma com seu mundo, no julgue as outras pela sua incapacidade de fazer igual.Enfim, se fosse percorre todas as pequenas insignificantes coisas que no mudam ocuparia tanto espao, que ficaria enfadada para escrever. mas sabemos que existe muitas dessas coisas que no mudam em ns. O que estamos fazendo para transform-las?