as artes do rococó - a cultura do salão

26
AS ARTES DO ROCOCÓ Curso Profissional Técnico de Multimédia – Nível 4 Disciplina: História da Cultura e das Artes Módulo : 7 – A Cultura do Salão

Upload: andreia-f

Post on 25-Jun-2015

177 views

Category:

Art & Photos


0 download

DESCRIPTION

As artes do Rococó- A cultura do salão - História da Cultura e das Artes

TRANSCRIPT

Page 1: As artes do rococó - A cultura do salão

AS ARTES DO ROCOCÓ

Curso Profissional Técnico de Multimédia – Nível 4Disciplina: História da Cultura e das ArtesMódulo : 7 – A Cultura do Salão

Page 2: As artes do rococó - A cultura do salão

IntroduçãoNo âmbito da disciplina de História da Cultura e das Artes, foi-nos proposto a realização de um trabalho acerca das Artes do Rococó.

Pretendemos expandir os nossos conhecimentos relativamente a este estilo de arte.

Page 3: As artes do rococó - A cultura do salão

O que é o Rococó? Rococó é um estilo artístico que se desenvolveu na Europa no século XVIII.

Surgiu em 1700, na cidade de Paris, buscando a subtileza em contraposição aos excessos e esplendor do Barroco.

Espalhou-se pela Europa no século XVIII e chegou à América em meados deste século. Esteve presente na pintura, arquitetura, música e escultura.

A palavra rococó tem origem no termo francês “rocaille” que é um tipo de decoração em formato de conchas.

Page 4: As artes do rococó - A cultura do salão

Caraterísticas do Rococó Uso de cores luminosas e suaves, em contraposição às cores fortes do

Barroco;

Estilo artístico marcado pelo uso de linhas leves, subtis e delicadas;

Utilização de linhas curvas;

Uso de temas da natureza: pássaros, flores delicadas, plantas, rochas, cascatas de águas;

Uso de temas relacionados a vida cotidiana e relações humanas;

Representação da vida profana da aristocracia;

Arte sem influência de temas religiosos (exceção do Brasil);

Busca refletir o que é refinado, agradável, sensual e exótico.

Page 5: As artes do rococó - A cultura do salão

Arquitetura Rococó Manifestou-se principalmente na decoração

dos espaços interiores. Essa decoração era detalhada e bem ornamentada, destinada a valorizar um modo de vida individual e caprichoso, e um exemplo são as salas e os salões.

Essa manifestação adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e na França;

Os artistas procuravam fazer uma arquitetura diferenciada nessas áreas, com formato oval, paredes com pinturas luminosas e suaves, espelhos, florais, etc. Já por fora dos edifícios, eles amenizavam na decoração.O Hotel de Soubise, construído por

Germain Boffrand e decorado por Nicolas Píneau, o Petit Trianon.

Page 6: As artes do rococó - A cultura do salão

Arquitetura - Principais características Paredes com cores claras;

Exagerada decoração;

Falsos mármores;

Estuques serpenteados;

Molduras de painéis com telas;

Tapeçarias, frescos nos tetos;

Proximidade da escultura barroca;

Inovadora nas formas, objetivos e materiais;

Características inovadoras;

Linhas curvas e contracurvas;

Mais delicadas e fluidas;

Organizados em esses (S) ou cês (c)

Page 7: As artes do rococó - A cultura do salão

Johann Michael Fischer (1692-1766)

Arquiteto alemão;

Foi um grande mestre do estilo Rococó, responsável por vários edifícios na Baviera;

Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios;

Foi responsável pela Abadia Beneditina de Ottobeuren, Alemanha.

Page 8: As artes do rococó - A cultura do salão

Escultura Rococó Semelhante da estética barroca, a

escultura desta época apresenta caraterísticas inovadoras.

As linhas curvas e contracurvas mantêm-se, mas mais delicadas e fluídas, organizadas em “Ss” e expressivos “Cc”, ou ainda em contracurvados duplos.

Na figura humana, é usado o cânone anatómico maneirista, composto por corpos alongados e silhuetas caprichosas, procurando conferir-lhes leveza e graciosidade nos gestos, nas atitudes e nas posições em tudo galantes, cortesãs ou lânguidas.

Ignaz Günther - Maria Immaculata (1750)

Page 9: As artes do rococó - A cultura do salão

Escultura Rococó Os grupos escultóricos eram

possuidores de movimento e ritmo e um elevado sentido cénico.

A escultura decorativa cobria quase todas as estruturas e superfícies construídas com rebuscados e movimentados relevos de inspiração naturalista;

A estatuária, inovação na época, era destinada nomeadamente a interiores, com funções decorativas e/ou de entretenimento.

P. Persico e T. Solari, Fonte de Diana (1770-80)Jardins do Palácio Real de Caserte, Nápoles, Itália

Page 10: As artes do rococó - A cultura do salão

Escultura Rococó A escultura, que se torna intimista,

geralmente procura retratar as pessoas mais importantes da época.

Por exemplo, as esculturas que Jean Antoine Houdon fez retratando Voltaire, Diderot, Rousseau e outras tantas personagens da história francesa e universal.

Das esculturas de Jean Antoine Houdon, a de Voltaire é a mais conhecida, por causa da perceção aguda que o artista teve do caráter desse pensador francês.

Busto de Voltaire, por Jean Antoine Houdon.

Page 11: As artes do rococó - A cultura do salão

Escultura Rococó A escultura Rococó foi ainda

responsável pela criação das estatuetas decorativas, a partir da invenção da porcelana por dois cientistas alemães, Tischirnhaus e Boettger, em 1708.

Em 1709 apareceram as primeiras peças decorativas em porcelana. Durante o século XVIII, os escultores rococós alemães, franceses, italianos e espanhóis criaram modelos para a manufatura de estatuetas, reproduzindo temas mitológicos, campestres e da sociedade cortesã.

Materiais usados: Para as grandes obras

escultóricas de exterior - pedra e bronze;

Para a escultura de pequena dimensão e objetos ornamentais – Bronze, Ouro e prata;

Decoração mural de interiores, principalmente em Itália – Madeira, Argila, Estuque e Gesso.

Amantes Espanhois Kandler (1741)Oficina de Meissen

ScaramoucheBustelli (1754)Oficina de Munique

Page 12: As artes do rococó - A cultura do salão

Ignaz Günther (1725 – 1775)

Chronos

Pietá

Page 13: As artes do rococó - A cultura do salão

Pintura Rococó A pintura apresenta as mesmas caraterísticas estilísticas da escultura desta

época.

Na pintura, ao invés de temas mitológicos ou religiosos, eles retratam cenas mundanas, compondo o plano de fundo, os parques e os jardins, assim como, os espaços internos de luxo.

O cromatismo é agora baseado nos brancos, nos azuis, nos rosas e nos nacarados do mar e das conchas.

Caracterizou-se acima de tudo pelo seu carácter hedonista e aristocrática, manifestando-se em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a assimetria tinham um papel fundamental na composição da obra.

Page 14: As artes do rococó - A cultura do salão

Jean Antoine Watteau (1684-1721)

La Gamme d'Amour (1710-1720), Londres.

L'Enseigne de Gersaint (1720)

Page 15: As artes do rococó - A cultura do salão

François Boucher (1703 - 1770)

Rapariga em Repouso (1752)

Portrait de Madame de Pompadou (1758)

Conhecido por suas pinturas idílicas, plenas de volume e carisma, essas que vulgarmente recorriam a temas mitológicos e evocavam a Antiguidade Clássica.

Retrato de François Boucher

Page 16: As artes do rococó - A cultura do salão

Da Europa para o Mundo Na Europa Central e do Norte foi nos países germânicos, seguidores da

Igreja Católica, que o Rococó foi mais bem aplicado, quer nos seus princípios estilísticos, quer no número de construções, devido ao poder político e religioso dos príncipes e bispos que governavam as suas cortes.

Palácio de Zwinger (1711-22), Dresden

Amilienbourg, Copenhaga

Page 17: As artes do rococó - A cultura do salão

Da Europa para o Mundo Na Suécia e na Inglaterra, o Rococó reflete-se estritamente na decoração de

interiores, nas artes decorativas e na pintura de Thomas Gainsborough (1727 – 88) e William Hogart (1691 – 1769).

Em Espanha, em Portugal e nas respetivas colónias, a estética barroca permaneceu longamente, misturando-se, só nas segunda metade do século XVIII, com a do Rococó.

Page 18: As artes do rococó - A cultura do salão

Da Europa para o Mundo Em Espanha, em Portugal e

nas respetivas colónias, a estética barroca permaneceu longamente, misturando-se, só nas segunda metade do século XVIII, com a do rococó. O rococó espanhol resultou da

influência do Churriguerismo (família de arquitetos e escultores dos séculos XVII e XVIII que criaram esta corrente artística abundantemente ornamentada), e das obras de artistas emigrados, como F. Juvara, G. Sacchetti e Tiepolo.

Refletiu-se na decoração de interior dos salões dos palácios barrocos acabados de construir naquela época. Exemplos: Salão dos Espelhos e Salão Gasparini do Palácio Real de Aranjuez.

Salão Gasparini do Palácio Real de Madrid

Page 19: As artes do rococó - A cultura do salão

Da Europa para o Mundo Na pintura espanhola, as

mesmas influências se fizeram sentir em Luís Paret y Alcázar.

Na escultura, a obra mais carismática foi o altar Transparente da Catedral de Toledo de Narciso Tomé (1690 – 1742).

Em Portugal, a Arte Rococó chegou por influência alemã e marcou, nomeadamente o Norte do País, em Braga e na zona do Minho e Douro. Na Arquitetura, André Ribeiro

Soares da Silva (1720 – 69) foi o maior símbolo deste estilo de arte, sendo que este serviu-se de uma ornamentação excessiva e flamejante, com conchas e vegetação fantásticas na fachada e no interior.

Capela de Santa Madalena (1753 – 1755), Braga André Soares

Altar Transparente da Catedral de Toledo de Narciso Tomé (1690 – 1742)

Page 20: As artes do rococó - A cultura do salão

Da Europa para o Mundo O Palácio de Queluz apresenta uma estrutura barroca complexa com

decoração rococó, e já com a fachada do pavilhão poente (Robillon) ao gosto neoclássico. Este foi constuido entre 1747 e 1789 por Mateus Vicente de Oliveira (1706 – 1789) e continuado por Robillon (? – 1782).

Interior e exterior do Palácio de Queluz

Page 21: As artes do rococó - A cultura do salão

Da Europa para o Mundo Foi na segunda metade do século XVII que o rococó foi iniciado pelos

escultores da Escola de Mafra e por Machado de Castro (1731 – 1822) que foi o maior escultor português desse período.

A estética deste estilo abrangeu também a produção da talha entre 1750 e 1785, em que esta se divide em duas tendências: uma a norte com formas dinâmicas, volumosas e uma decoração aparatosa e fantasista, e outra a sul, mais austera e simples, assente sobre lisas estruturas arquitetónicas.

A pintura rococó não teve a importância da pintura barroca distribuindo-se pela pintura de ratábulos, tetos e retratos. De todos os pintores ativos neste período, salienta-se Pedro Alexandrino (1730 –

1810), que foi decorador de igrejas em Lisboa assim como de tetos como os do palácio de Queluz, após o terramoto.

Page 22: As artes do rococó - A cultura do salão

O Rococó americano – O caso do Brasil A América Latina recebeu o

barroco e o rococó trazidos pelos Espanhóis e Portugueses, e estes estilos com influências da arte pré-colombiana e usufruindo de variados matérias, formas e cores, originaram igrejas com grande riqueza decorativa.

Com a descoberta do ouro no Brasil, as condições económicas e culturais expandiram-se proporcionando o desenvolvimento do barroco entre 1730-50 e do rococó a partir daí, especialmente em Minas Gerais.

Salientam-se alguns artistas como : Manuel Francisco Lisboa (? – 1767) que projetou a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em Ouro Preto, e também seu filho, o Aleijadinho.

Page 23: As artes do rococó - A cultura do salão

Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho (1738 – 1814)

Escultor e entalhador criando santos de mãos deformadas e rostos magros, o que contrasta com o vigor dos corpos.

Este escultor fez arquitetura, onde soube conciliar harmoniosamente a decoração rococó e o uso da talha policromada com a estrutura arquitetónica barroca das igrejas.

 Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis (1766 – 94), Aleijadinho

Cristo Carregando a Cruz (1796 – 1805), Aleijadinho

Profeta Joel (1757 – 1805), Aleijadinho

Page 24: As artes do rococó - A cultura do salão

Conclusão Após a realização do trabalho, ficamos a saber que :

Rococó vem do francês rocaille (concha);

O período final do barroco (século XVIII) é chamado de rococó e possui algumas peculiaridades, embora as principais características do barroco estejam presentes nesta fase;

No rococó existe a presença de curvas e muitos detalhes decorativos (flores, folhas, ramos e conchas)

Os temas relacionados à mitologia grega e romana, além dos hábitos das cortes também aparecem com freqüência.

Visto por muitos como a variação "profana" do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir na arquitetura secular.

Ao alcançar países como Portugal e Espanha, o rococó entra na esfera religiosa.

Assim como vários artistas de diferentes nacionalidades que marcaram a história na arte Rococó.

Page 25: As artes do rococó - A cultura do salão

Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/In

%C3%A1cio_ferreira_pinto

http://www.slideshare.net/abaj/rococ-15140715

http://historia-da-arte.info/mos/view/Rococ%C3%B3/

http://www.brasilescola.com/historiag/rococo.htm

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=290

http://pt.slideshare.net/Guilherme589/a-arte-do-rococ#

http://www.slideshare.net/vmsantos/02-arte-rococ

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Antoine_Houdon

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/rococo.htm

http://historia-da-arte.info/mos/view/Rococ%C3%B3/

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=290

https://sites.google.com/site/colegioguianuba/espaco-da-arte-1

http://www.slideshare.net/abaj/rococ-da-europa-para-o-mundo

http://www.slideshare.net/vmsantos/02-arte-rococ

Page 26: As artes do rococó - A cultura do salão

Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Antoine_Houdon

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/rococo.htm

http://historia-da-arte.info/mos/view/Rococ%C3%B3/

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=290

https://sites.google.com/site/colegioguianuba/espaco-da-arte-1