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SSN: 1808-6969
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das Faculdades IntegradasPitgoras
EDITORES CIENTFICOS RESPONSVEISAntnio Prates Caldeira
Rosina Maria Turano Mota
CORPO EDITORIALAna Cludia Chesca - Uniube
Carlos Eduardo Mendes DAngelis - FIPMocCynara Silde M. Veloso - UNIMONTES - FIPMoc
Dalton Caldeira Rocha - UNIMONTES - FIPMocDaniela A. Veloso Popoff - UNIMONTES - FIPMoc
Dorothea Schmidth Frana - FIPMocFernanda Costa - FIPMoc
Humberto Gabriel Rodrigues - FIPMocLayrton Ferreira da Silva - FIPMoc
Leandro Luciano da Silva - FIPMoc - UFMGMarcos Vincius Macedo de Oliveira - FIPMoc
Maria Fernanda Santos Figueiredo Brito - FIPMocMarley Garcia Silva - IFB/ Braslia
Marta Vernica V. Leite - UNIMONTESPablo Peron de Paula - FIPMoc
Ramon Alves de Oliveira - FIPMoc
Regina Clia Lima Caleiro - UNIMONTESRoseane Dures Caldeira - FIPMoc
Thas Cristina Figueiredo Rego - FIPMoc - UFU
EDITORA EXECUTIVAMaria de Ftima Turano
CAPAIlimitada Propaganda
EDITORAOFabrcio Rodrigues Leite
ASSESSORIA DE REVISO LINGUSTICARosane Bastos
ENDEREO PARA CORRESPONDNCIAFaculdades Integradas Pitgoras de Montes Claros
Av. Profa. Ada Mainartina Paraso, 80
Ibituruna - Montes Claros/ MGCEP: 39.400-082 - Fone/Fax: 38-3214-7100www.fip-moc.edu.br/revista
Publicaodas Faculdades Integradas PitgorasMontes Claros - Minas Gerais - Brasil
Ano: 13 - n. 22 - 2 semestre 2015
ISSN 1808-6969
Expediente
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Sumrio
Artigos Originais
Artigo de Reviso
Relato de Experincia
Relato de Caso
Editorial 04
05
12
18
23
29
37
42
49
55
62
69
80
91
95
100
AVALIAO DO RISCO DE DEPENDNCIA DO LCOOL POR JOVENS UNIVERSITRIOSFREITAS, Lucianne Vanelle Sales; DE OLIVEIRA, Jssica Benevides Mota; SANTOS, Farley Rodrigues de Souza;
MOURA, Paula Maria Silveira Soares
PREVALNCIA DE ESTEATOSE HEPTICA, DETECTADA ATRAVS DE ULTRASSONOGRAFIAGONTIJO, Luclia Silva; AGUIAR, Daniel Nogueira; BARBOSA, Andre Queiroz; LIMA, Geyson Dyego Oliveira; SOUTO, Guilhermy Caetano
Lima; CARNEIRO, Jhones Vieira; LOPES, Pedro Henrique de Carvalho; MOTA, Cristiane
CUSTO DAS INTERNAES HOSPITALARES ENTRE OS PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS E
COMPORTAMENTAIS NA CIDADE MONTES CLAROS - MGPEREIRA, Pedro Henrique Batista; XAVIER, Gustavo Torres; MATOS, Joo Ricardo Carvalho de; XAVIER, Luiz Octvio Pereira; NOBRE, Rafael
Efraim; PRINCE, Karina Andrade
DOR MSCULO ESQUELTICA RELACIONADA COM A ATIVIDADE DOCENTE
FIGUEIREDO, Ariane Medeiros; MENDES, Karla Janara; PINHEIRO, Ugo Borges; ESCOBAR, rika Goulart Veloso Ferreira
AIDS NO OLHAR DO AGENTE COMUNITRIO DE SADEALMEIDA, Anthonio Alisancharles Batista de; PEREIRA, Sibely Coelho Urbano; SILVA, Rayanne Rilka Pereira da; XAVIER, Barbara Letcia de
Queiroz; FRANCO, Maria Soraya Pereira
PERFIL SCIO-DEMOGRFICO E PREVALNCIA DE DEPRESSO EM IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS NA
CIDADE DE MONTES CLAROS MGSANTOS, Daniela Pereira; DAVID Estevo Moreira; BRITO, Bruno Rafael Cangussu; REIS, Lucas Ladeia David; FREITAS, Karoline Emanuelle de
Souza Oliveira; MOURA, Paula Maria Silveira Soares
COMPORTAMENTO DE AUTOCUIDADO EM HOMENS DIAGNOSTICADOS COM DIABETES MELLITUS TIPO IISANTOS, Daniela Pereira; DAVID Estevo Moreira; BRITO, Bruno Rafael Cangussu; REIS, Lucas Ladeia David; FREITAS, Karoline Emanuelle de
Souza Oliveira
AVALIAO DA CAPACIDADE FUNCIONAL PS - ACIDENTE VASCULAR CEREBRALSANTOS, Nria Nogueira, ESCOBAR, rika Goulart Veloso Ferreira
IMPACTO PSICO-SOCIAL SOB A PERCEPO DE INDIVDUOS PS-CIRURGIA BARITRICASANTOS, Amanda Magalhes de Brito; RIBEIRO, Anira Gisser de Sousa; PDUA, Juliana Caldeira; RODRIGUES, Vincius Dias
ANLISE COMPARATIVA ENTRE OS VALORES DE GLICEMIA CAPILAR E GLICEMIA VENOSA EM PACIENTES
DIABTICOS E NO DIABTICOSPINHEIRO, Thales Almeida, REIS, Brbara Iessa Alves, TEIXEIRA, Jssica Mendes
O INVESTIMENTO EM MDIA NA CIDADE DE MONTES CLAROS: PANORAMA DE INVESTIMENTOS E
TENDNCIAS MERCADOLGICASMORAIS, Daniel Silva; SANTOS, Gustavo Souza; REIS, Vivianne Margareth Chaves Pereira; ROCHA, Josiane Santos Brant
PERDA DE MANDATO ELETIVO EM RAZO DE DESFILIAO SEM JUSTA CAUSA: A FIDELIDADE PARTIDRIA E
O ESTADO DEMOCRTICO DE DIREITOSANTOS, Mak River Ribeiro dos; VELOSO, Cynara Silde Mesquita; FRANCO, Rassa Neiva de Melo
NEUROPATIA DIABTICA: COMPLICAO MICROVASCULAR DO DIABETES MELLITUS TIPO IISILVEIRA, Brisa Jorge; LOPES, Thays Dias, MATIAS, Carina Oliveira Freire; RAMOS, Nbia Muniz; COSTA, Janine Andressa;
MAINART, Frederico
FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR: INTERVENO REALIZADA EM UMA FAMLIA CADASTRADANA ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA EM MONTES CLAROS, MINAS GERAIS
SOARES, Lus Gustavo Biondi; GONTIJO JNIOR, Eduardo Guedes*; RAMOS, Geisbelle Kerlem Vieira; MAGALHES, Jssica LorenaOliveira*; CARDOSO, Rafael Rodrigues; CARNEIRO, Jair Almeida
REGRAS EDITORIAIS PARA PUBLICAO DE ARTIGOS NA REVISTA MULTIDISCIPLINAR DAS FIPMoc
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4/10304 Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitgoras de Montes Claros, ano 13, n. 22, 2 semestre de 2015
Editorial
EDITORIALOLIVEIRA, Lanuza Borges
Docente das FIPMoc
A escrita cientfica, por se tratar de umtrabalho intelectual, permite uma rica troca deconhecimentos entre autores e leitores. Permite,ainda, a exposio de diversos tipos de estudos e,como consequncia, a ampliao de um novo olharsobre diversos assuntos, instigando a construo de
novos conceitos e ideias. Os estudos cientficosdevem ter como consequncia a construo de umasociedade que debata e reflita a cincia, e ostrabalhos produzidos devem honrar o ambienteacadmico mediante os grandes temas tratados pelosautores. Nesta edio, alm da exposio de diversastemticas do conhecimento, ser possvel analisar,com maior profundidade, os aspectos relacionados sade mental.
curioso perceber como muitas pessoas
ainda tm enraizados o antigo conceito de sadequando se fala em sade mental. quase natural
pensar logo em doena mental. Ou seja, a sadecontinua a ser pensada simplesmente como ausnciade doena. Pensar em sade mental pensar no serhumano de forma global, com seus limites ediferenas ao lidar com diversas situaes, conflitos,doenas, vcios, traumas e perturbaes. Somosdiferentes at mesmo frente a condiesconsideradas rotineiras e, por essas diferenas,
manifestamos sentimentos de alegrias, tristezas,vitrias e frustraes, entre outros. Assim, a sademental est intimamente relacionada ao modo comoo ser humano lida com as situaes e como elas se
harmonizam com suas capacidades, desejos, ideiase emoes. Os estudos e conceitos, de maneirageral, apontam que, para a preservao da sademental, o indivduo deve manter sentimentos
positivos consigo, com os outros e com a vida;aceitar as outras pessoas com suas qualidades e
limitaes; evitar o consumo de lcool, cigarros emedicamentos sem prescrio mdica; no fazeruso de drogas; reservar parte do tempo para olazer, para a convivncia com os amigos e com afamlia; e, alm disso, manter bons hbitosalimentares, de preservao do sono e de prtica deatividades fsicas, regularmente.
Pensando em todos os aspectos dapreservao e manuteno da sade mental,observa-se que a temtica est em ascenso e em
evidncia na sade pblica. Nesta edio, podemosobservar estudos que associam a sade mental aouso de lcool, a patologias, a indivduoshospitalizados, entre outras referncias. O objetivofinal contribuir, de forma significativa, para aampliao do conhecimento de aspectosrelacionados temtica. Ressalta-se, ainda, que oenriquecimento intelectual, e a ampliao doscampos do conhecimento permitem novasdescobertas e avanos para o futuro.
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Artigo OriginalAVALIAO DO RISCO DE DEPENDNCIA DO LCOOL POR
JOVENS UNIVERSITRIOS
FREITAS, Lucianne Vanelle Sales*; DE OLIVEIRA, Jssica Benevides Mota*; SANTOS, Farley Rodrigues de Souza*;MOURA, Paula Maria Silveira Soares**
*Acadmicos do curso de Medicina das FIPMoc. **Docente das FIPMoc
RESUMO
O consumo de lcool tem aumentado nas ltimasdcadas, com predominncia de avano nos pasesem desenvolvimento, nos quais cerca de 15% das
pessoas que ingerem o etanol desenvolvem oalcoolismo. Os jovens universitrios, de um modo
geral, representam um grupo da populao em que oconsumo de bebidas alcolicas mais prevalente esocialmente aceitvel. Sabe-se, ainda, que, quantomais precocemente a bebida alcolica for consumida,maior a probabilidade de dependncia. Diante disso edos riscos aos quais as bebidas sujeitam seusconsumidores jovens, o presente resumo apresenta a
prevalncia do consumo de lcool entre estudantes deMontes Claros, Minas Gerais, com o intuito de avaliaro possvel risco de dependncia a essa droga psico-ativa, qual os acadmicos esto expostos. Trata-se
de um estudo de carter transversal, descritivo equantitativo, ocorrido no ano de 2014, cuja amostra constituda de 701 acadmicos. Os resultadosencontrados indicaram que a maior parte dosestudantes foi classificada como grupo de baixo risco,no entanto eles apresentaram uma elevada frequnciade ingesto do lcool. Dessa forma, inferiu-se quemedidas educativas no meio acadmico devem serrealizadas, a fim de evitar danos causados peloalcoolismo.
PALAVRAS-CHAVE: Universitrios. lcool.Dependncia.
INTRODUO
A ingesto de bebidas alcolicas como um
acompanhamento durante a alimentao e as
celebraes tem origem em diferentes civilizaes e
culturas na histria da humanidade (PEDROSA etal., 2011). O consumo do etanol visto,
secularmente, como hbito lcito e totalmente
aceitvel, ligado gratificao imediata, ao
relaxamento e facilitao da sociabilidade
(FERREIRA et al., 2013).
Segundo Nickfarjam (2014), o lcool uma
das trs maiores prioridades na rea da sade pblica
e, de acordo com Alchiere et al. (2014), o consumo
dessa substncia tem aumentado nas ltimas
dcadas, com predominncia de avano nos pases
em desenvolvimento, nos quais cerca de 15% das
pessoas que ingerem o etanol desenvolvem o
alcoolismo.
Embora a ingesto do etanol ocorra na
populao em geral, sabe-se que alguns segmentos
populacionais apresentam diferentes padres de
consumo. A Organizao Mundial de Sade (2011)descreve os jovens universitrios como um grupo da
populao em que esse consumo prevalente.
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Artigo Original
Universalmente, os jovens consomem as
bebidas alcolicas em atividades coletivas de cunho
cultural, em contextos especficos. No entanto,
provve l que as condies de v ida, o
desenvolvimento da autonomia e as demandas
universitrias sejam situaes ansiognicas eestimuladoras da prtica (NUNES et al., 2012). Os
universitrios buscam o consumo de lcool como
vlvula de escape ou como forma de relaxar,
geralmente devido presso a que so submetidos
diante das muitas atividades acadmicas; e ainda
relatam o pouco tempo dedicado ao lazer, famlia e
s demais atividades sociais (DE OLIVEIRA et al.,
2011). Observa-se tambm que o prprio meiouniversitrio proporciona diversas mudanas na vida
desses estudantes, como novas relaes sociais e
adoo de novos comportamentos (RAMIS et al.,
2012).
O consumo do lcool, associado a fatores
desejveis como o prazer, a beleza, o sucesso
financeiro e sexual, e o poder - de forma explcita ou
implcita -, configuram um importante fator de risco
para sua ingesto abusiva, principalmente entre os
acadmicos, susceptveis a um consumo de lcool
cada vez mais frequente, associado a um
desenvolvimento de dependncia a essa substncia
(PEDROSA et al., 2011).
Segundo Rozin; Zagonel (2012), a
dependncia definida pela perda do controle de
deciso sobre o ato de beber, e est associada ao
sofrimento com os sintomas de abstinncia da droga.
Alguns fatores como a exposio gentica,
neurobiolgica e comportamental (personalidade)
interferem no risco de dependncia do indivduo
(ROZIN; ZAGONEL, 2012).
Um olhar sobre a experincia universitria, no
contexto da ingesto do etanol de grande
importncia, pois o consumo elevado dessa droga
psico-ativa constitui um grave problema de sadepblica (FERREIRA et al., 2013). Quanto mais
precocemente for consumida, maior a probabilidade
de dependncia. Isso ocorre, uma vez que seu uso
contnuo gera tolerncia ao organismo, havendo a
necessidade de aumentar cada vez mais as doses
(ROZIN; ZAGONEL, 2012). Alm disso, seu uso
est relacionado, direta ou indiretamente, a diversas
doenas, a acidentes de trnsito e de trabalho, aenvolvimento em brigas, criminalidade, violncia
domstica, violncia sexual, entre outros
(FERREIRA et al., 2013). Assim, o indivduo
consumidor traz riscos no s para si, como tambm
para toda a sociedade.
Em decorrncia dos fatores apresentados,
este estudo busca determinar a prevalncia do
consumo de lcool entre estudantes das FaculdadesIntegradas Pitgoras de Montes Claros, Minas
Gerais, com o intuito de avaliar o possvel risco de
dependncia a essa droga psico-ativa qual os
jovens universitrios esto sujeitos.
MTODO
Trata-se de um estudo de carter transversal,
descritivo e quantitativo, ocorrido na cidade de
Montes Claros-MG no ano de 2014.
Utilizou-se uma amostra de 701 acadmicos,
do primeiro e do quinto perodo, distribudos nos
cursos de Administrao, Arquitetura, Enfermagem,
Engenharia Civil, Engenharia de Produo, Direito,
Medicina, e Psicologia; e do primeiro e quarto
perodos de Fisioterapia, matriculados em uma
faculdade de Montes Claros-MG. Os estudantes
acima citados estavam presentes em sala de aula no
momento da coleta de dados e aceitaram participar
da pesquisa.
A coleta de dados foi realizada por
acadmicos do 3 perodo de Medicina das
Faculdades Integradas Pitgoras, que expuseram os
objetivos, procedimentos, benefcios, riscos
relacionados participao na pesquisa econfidencialidade das informaes coletadas. Os
entrevistados, por sua vez, assinaram o Termo de
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Artigo Original
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
responderam ao questionrio complementar para a
anlise do perfil scio-demogrfico e cultural do
entrevistado e preencheram o formulrio AUDIT
(Alcohol Use Disorders Identification Test) para
identificao de problemas relacionados ao uso dolcool, bem como o nvel de consumo entre os
acadmicos. Ao final da coleta de dados, os
acadmicos de Medicina ficaram na porta das salas
para informar o escore a quem desejasse.
Para o ras treamento de problemas
relacionados ao uso do lcool, assim como do padro
de consumo de bebidas alcolicas, utilizou-se o
questionrio AUDIT, elaborado pela OrganizaoMundial da Sade (OMS) por Babor et al. (1992),
traduzido e validado no Brasil por Lima e
colaboradores (2005), para a utilizao na populao
brasileira em geral e, consequentemente, em estudos
epidemiolgicos. O questionrio constitudo de dez
questes com alternativas de resposta em categorias
fixas e pr-estabelecidas. (BRAVO ORTIZ;
MARZIALE; 2010; MATTARA et al., 2010; SILVA
et al., 2010; MORETTI-PIRES; CORRADI-
WEBSTER, 2011). O AUDIT, portanto, serve para o
rastreamento dos possveis casos, sendo um mtodo
simples para identificar pessoas com consumo
elevado, uso nocivo e risco de dependncia do lcool.
O escorre varia de 0 a 40, e a classificao do
acadmico foi baseada no somatrio dos pontos aps
preench iment o do formulrio, seguindo a
classificao: consumo de baixo risco ou abstmios
(0 a 7 pontos); consumo de risco (8 a 15 pontos); uso
nocivo ou consumo de alto risco (15 a 19 pontos);
provvel dependncia (20 ou mais pontos e no
mximo = 40 pontos) (BRAVO ORTIZ;
MARZIALE; 2010; REISDORFER, 2010; SILVA et
al., 2010).
Para avaliao do perfil scio-demogrfico,
foram avaliadas as seguintes variveis: sexo, idade,estado civil, atividade remunerada e rea do curso
superior.
Para caracterizar o universo amostral
pesquisado, foi utilizada uma anlise descritiva por
meio de porcentagem. Para identificao do perfil
scio-demogrfico, foram utilizados frequncia,
porcentagem, mdia e desvio-padro; e, para
comparao entre as variveis do estudo, foiempregada a ferramenta estatstica Software
Statistical Package for Social Sciences 18.0 (SPSS)
por meio de testes paramtricos e no-paramtricos.
Este estudo foi aprovado pelo Comit de
tica em Pesquisa (CEP), sob o n 576.795/2014.
RESULTADOS
A amostra total incluiu 701 entrevistados, dos
quais 58,0% eram mulheres e 42,0%, homens. A
maioria dos estudantes que j consumiram bebidas
alcolicas no exerce atividade remunerada, no
vive com a famlia, est matriculada nos cursos da
rea de Cincias Humanas e possui mais de trinta
anos de idade. Em relao distribuio dos
universitrios de acordo com o consumo de bebida
alcolica e gnero, prevaleceram os homens, com
78,0%, que alegaram ter ingerido algum tipo de
bebida alcolica, enquanto que, nas mulheres, esse
nmero caiu para 60,9%.
Segundo Natividade et al. (2012), o consumo
de lcool entre os sexos diferenciado, sendo maior,
ao longo da vida, no sexo masculino. Outros estudos
tambm evidenciam maior consumo de bebida
alcolica entre os homens.
TABELA 1: Frequncia de consumo de bebida alcolica entreuniversitrios. Montes Claros / MG, 2014.
Fonte:Pesquisa de campo 2014.
n %
N u n c a c o n s u m iu 2 1 2 3 0 , 2
U m a v e z p o r m s
o u m e n o s
1 7 2 2 4 , 5
D e 2 a 4 v e z e s p o r
m s
2 0 7 2 9 , 5
D e 2 a 3 v e z e s p o r
s e m a n a
9 6 1 3 , 7
4 o u m a i s ve z e s
p o r s e m a n a
1 4 2 , 0
T o t a l 7 0 1 1 0 0 , 0
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Artigo Original
O presente estudo revelou que 30,2% dos
entrevistados nunca consumiram bebidas alcolicas;
24,5% consomem uma vez por ms ou menos; 29,5%,
de 2 a 4 vezes por ms; 13,7%, de 2 a 3 vezes por
semana; e 2,0% fazem uso de bebidas alcolicas 4 ou
mais vezes por semana (Tabela 1).A prevalncia dos acadmicos que consomem
bebidas alcolicas de 69,7%, nmero que se
apresenta elevado e que est de acordo com os
resultados do estudo feito por Nunes et al. (2012),
realizado com estudantes em um campus
universitrio na cidade de Montes Claros, e indicou
uma prevalncia de consumo ou uso de bebidas
alcolicas de 71,5%, incluindo homens e mulheres.Outro estudo realizado por Rocha et al. (2011)
revelou que 63,6% dos acadmicos consomem o
etanol. Esse consumo elevado preocupante, uma
vez que, segundo Ferreira et al. (2013), essa droga
psico-ativa est relacionada, direta ou indiretamente,
a acidentes de trnsito e de trabalho, a envolvimento
em brigas, criminalidade, violncia domstica,
violncia sexual, homicdios e diversas doenas,
dentre elas distrbios neurolgicos desencadeados
por leso do Sistema Nervoso Perifrico (SNP) e do
Sistema Nervoso Central (SNC). Estudos de Fein e
Greenstein (2014) tambm mostraram que o lcool
provoca degenerao da sustncia branca e danos nas
fibras do corpo caloso, o que acarreta instabilidade
postural e marcha atxica.
Os distrbios do equilbrio e da coordenao
motora causados pelo lcool tm forte impacto
funcional na vida do alcolico, uma vez que podem
contribuir para dificuldades nas atividades
ocupacionais, desemprego e perda da autonomia
social. Alm disso, podem causar dependncia nas
atividades bsicas e instrumentais de vida diria,
alterando o estilo de vida e influenciando diretamente
em sua qualidade de vida (SOUZA et al., 2013).
Fica evidente, ento, que os danos causadospelo lcool so graves e que a ingesto de bebidas
alcolicas tem sido recorrente em idades precoces, o
que antecipa e agrava os riscos sade, com a
dependncia do lcool. Diante disso, estudos que
avaliem esse consumo e seus fatores associados
fazem-se necessrios, em vista de diminuir as
consequncias negativas que o etanol acarreta para a
populao. (ALMEIDA et al., 2011).
TABELA 2:Nmero de doses de bebida alcolica consumidaspor universitrios em um dia normal. Montes Claros / MG,2014.
Fonte: Pesquisa de campo 2014.
Observou-se que 71,5% dos entrevistados
ingerem 0 ou 1 dose de bebida alcolica em um dia
normal; 12,6% ingerem 2 ou 3 doses; 8,6% ingerem
4 ou 5 doses; 3,3% ingerem 6 ou 7 doses; e 4,1%ingerem 8 ou mais doses (Tabela 2). Neste estudo,
16% dos entrevistados ingerem cinco ou mais doses
em um dia normal. Em um estudo feito por Rocha et
al. (2011), 22% dos universitrios consumiam cinco
ou mais doses em um dia normal. Assim, observa-se
que o padro de consumo espordico dos
acadmicos predominantemente regular.
A quantidade de bebida consumida mensurada mediante a quantidade de doses
ingeridas. Uma dose corresponde presena de 8 a
13 gramas de etanol, o que equivale a uma lata de
cerveja, um clice de vinho ou 30 mililitros de
bebida destilada. O consumo moderado
caracterizado pela ingesto de at 15 doses semanais
para homens e 10 doses semanais para mulheres
(ARNAUTS E OLIVEIRA, 2012). Assim, verifica-
se que, neste estudo, o consumo, em relao ao
nmero de doses ingeridas pela maioria dos
acadmicos, apresenta-se regular.
N %
0 ou 1 dose 501 71,5
2 ou 3 doses 88 12,6
4 ou 5 doses 60 8,6
6 ou 7 doses 23 3,3
8 ou m a is
doses
29 4,1
Total 701 100 ,0
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Artigo OriginalTABELA 3:Frequncia de consumo de cinco doses ou mais debebida alcolica por universitrios em uma nica vez. MontesClaros / MG, 2014.
Fonte: Pesquisa de campo 2014.
Verificou-se que, dos 701 entrevistados, 53,5%
nunca consumiram 5 ou mais doses de lcool de uma
vez; 18,4% consumiram menos de uma dose uma vez
ao ms; 14,8% consumiram uma vez por ms; 12,7%
consumiram uma vez por semana; e apenas 0,6%
consumiram lcool quase todos os dias (Tabela 3). De
acordo com Rocha et al. (2011), o comportamento de
beber muitas doses em uma nica vez mais
frequente entre os indivduos de 18 a 24 anos, dos
quais cerca de 22% bebem nessa proporo ao menos
uma vez por semana. Os achados esto de acordo com
a teoria da expectativa explicitada que defende que,quanto mais os adolescentes endossam expectativas
agradveis sobre os efeitos do lcool, tanto maior ser
a frequncia do uso de lcool e a quantidade de doses
consumidas. (RONZANI et al., 2009).
Segundo Swann; Sheran; Phelps (2014), o
binge drinking definido como o consumo de cinco
ou mais doses, por homens, e quatro ou mais doses de
bebidas alcolicas, por mulheres, em uma ocasio.Dessa forma, o fenmeno denominado binge
drinking no pode ser observado como um
comportamento padro dessa populao, todavia h
uma expressiva taxa de ocorrncia na amostra
estudada; e, como o consumidor de etanol traz riscos
no s para a sociedade, como tambm para si
mesmo, a quantidade de lcool consumida de uma
vez precisa ser diminuda.
Segundo Malta et al. (2011), quando
consumido de maneira abusiva, o lcool est
associado a consequncias negativas para a sade da
populao, uma vez que se trata de um dos
principais fatores de risco para o desencadeamento
de doenas crdio-vasculares e ocorrncia de
acidentes de trnsito, que correspondem s
principais causas de morte entre os jovens.
GRFICO 1: Perfil da perda de controle para bebida.
Fonte: Pesquisa direta, 2014.
Quando questionados sobre quantas vezes,
ao longo dos 12 ltimos meses (Grfico 1), acharam
que no conseguiriam parar de beber uma vez tendo
comeado, 88,2% dos universitrios negaram
qualquer perda de controle; 6,6% deles
responderam ter tido a perda do controle menos de
uma vez ao ms; 2,9% relataram essa perda
mensalmente; 1,6%, semanalmente; e 0,9%, todos
os dias. Estudo realizado por Rocha et al. (2011),
com acadmicos do primeiro ao oitavo perodo de
duas faculdades de Medicina do estado de MinasGerais, sendo uma pblica e uma privada, revelou
que 87,4% dos entrevistados afirmam que
conseguiriam parar de beber, uma vez tendo
comeado o ato. A anlise dos dados nos dois
estudos permite observar que, independente da rea
de ensino superior, do perodo acadmico cursado e
de a instituio ser pblica ou privada, a taxa de
indivduos que se considera apto a parar de beber,uma vez tendo iniciado a ingesto alcolica,
maioria dentre as demais categorias. Contudo, neste
N %
Nunca 375 53,5
Menos do que uma
vez ao ms
129 18,4
Uma vez por ms 104 14,8
Uma vez por semana 89 12,7
Quase todos os dias 4 0,6
Total 701 100,0
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Artigo Original
estudo, verifica-se que no desprezvel o nmero de
estudantes que j apresentaram essa perda de controle
para beber (12,0 % - Grfico 1), demonstrando que os
riscos para a dependncia do lcool so relativamente
altos.
CONCLUSO
Os resultados encontrados indicam que a maior
parte dos estudantes foi classificada como grupo de
baixo risco, no entanto eles apresentaram uma
elevada frequncia de ingesto do lcool. Dessa
forma, os dados sugerem a necessidade de
intervenes nesse meio acadmico, mediante arealizao de programas educativos que alertem
sobre os efeitos do uso abusivo das bebidas
alcolicas, com vistas a prevenir danos ocorridos em
virtude do alcoolismo.
REFERNCIAS
ALCHIERI, C. C. et al. Percepes de alcoolistasresidentes no meio rural sobre o alcoolismo: suascausas e consequncias. Revista de Enfermagem, v.9, n. 9, p. 14-29, 2014.
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Artigo OriginalPREVALNCIA DE ESTEATOSE HEPTICA, DETECTADA
ATRAVS DE ULTRASSONOGRAFIA
GONTIJO, Luclia Silva*; AGUIAR, Daniel Nogueira**; BARBOSA, Andre Queiroz**; LIMA, Geyson Dyego Oliveira**;SOUTO, Guilhermy Caetano Lima**; CARNEIRO, Jhones Vieira**; LOPES, Pedro Henrique de Carvalho***; MOTA,
Cristiane ***** Docente das FIPMoc . **Discentes do curso de Medicina das FIPMoc. *** Biomdico. ****Mdica, Membro Titular doColgio Brasileiro de Radiologia.
RESUMO
A prevalncia de obesidade vem aumentando nosltimos anos; com isso, vrias comorbidadesassociadas obesidade tambm tm apresentadoaumento em sua incidncia, dentre elas a EsteatoseHeptica (EH). A utilizao da ultrassonografia como
mtodo de diagnstico por imagem na avaliao dasafeces abdominais, em particular para oacompanhamento de pacientes portadores deesteatose heptica, vem sendo rotineiramenteempregada. Diante desse contexto, o objetivo dotrabalho foi traar a prevalncia de EH detectada pormeio de ultrassonografia em pacientes atendidos emuma clnica de imagem, localizada na cidade deMontes Claros, no perodo de 01/01/2010 a31/12/2012, e analisar o perfil desses pacientes emrelao ao peso, sexo e idade. Para o desenvolvimento
desse estudo, optou-se por realizar uma pesquisa decampo, retrospectiva, observacional, descritiva ecom abordagem quantitativa. Durante o perodo
proposto, foram avaliados 1.989 exames deultrassonografia,dentre os quais, o diagnstico de EHfoi encontrado em 22,4% dos casos. Os resultadosno demonstraram predomnio de sexo, estando
presentes em 218 homens e 227 mulheres. A mdia deidade dos indivduos foi de 54,2 9,6 anos, variandode 18 anos a 77 anos, e a mdia de peso foi de 79,06 11,3 kg, variando de 58 kg a 150 kg. Em concluso, os
resultados mostram elevada frequncia de esteatoseem ultrassonografias abdominais avaliadas, relaontima com o aumento do peso e indistino entre
pessoas do sexo masculino e feminino, dados que
esto de acordo com a maioria da literatura vigente.
PALAVRAS-CHAVE:Clnica de imagem. Doena
gordurosa heptica. Ultrassonografia de abdmen
total. Ultrassonografia de abdmen superior.
INTRODUO
A prevalncia de obesidade vem aumentando
de forma alarmante nos ltimos anos no ocidente,
tanto nos pases desenvolvidos como nos em
desenvo lv imen to , e s tando re lac ionada
principalmente ao estilo de vida sedentrio e a
hbitos alimentares inapropriados. Com isso, vrias
comorbidades associadas obesidade tambm tmapresentado aumento em sua incidncia, dentre elas,
a Doena Heptica Gordurosa No Alcolica
(DHGNA) (BITENCOURT et al., 2007).
Pela elevada prevalncia na populao geral
(20 a 30%), a DHGNA vem sendo considerada uma
das doenas hepticas crnicas mais comuns em
todo o mundo (MATTEONI et al., 2011). A DHGNA
uma condio clnico-patolgica caracterizada poracmulo de lipdeos no interior dos hepatcitos do
parnquima heptico. O quadro patolgico lembra o
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Artigo Originalda leso induzida por lcool, mas ocorre em
indivduos sem, necessariamente, ingesto etlica
significativa (SOLER et al., 2011). O termo DHGNA
foi criado para incorporar toda a gama de achados
histolgicos de dano heptico,que englobam desde
esteatose heptica, esteato - hepatite no-alcolica efibrose avanada, at cirrose (PADOIN et al., 2008).
Como a esteatose heptica (EH) promove
leses hepticas, considerada uma das causas mais
comuns de doenas hepticas crnicas em pases
desenvolvidos e em pases emergentes (PINTO et al.,
2012).
A EH definida quimicamente como contedo
heptico de triglicrides maior que 5% do volumeheptico ou do peso do fgado, ou histologicamente
quando 5% ou mais dos hepatcitos contm
triglicrides (BORGES et al., 2011). Pode estar
associada ao abuso de lcool, obesidade, suporte
nutricional excessivo, nutrio parenteral total,
hepatite induzida por drogas ou toxinas, diabete tipo
2, caquexia e ps-operatrio de pacientes submetidos
derivao jejuno-ileal (PADOIN et al., 2008).
Atualmente, existem tentativas de avaliao e
quantificao da EH de forma no invasiva mediante
diferentes exames de imagem, tais como
u l t r a s s o n o g r a f i a ( U S G ) , t o m o g r a f i a
computadorizada e ressonncia magntica nuclear
(RMN). Todos visam graduao indireta da
infiltrao gordurosa do fgado, objetivando
encontrar resultados semelhantes aos da biopsia
heptica, considerada o padro ouro no diagnstico
da esteatose (SODER; BALDISSEROTTO, 2009).
A utilizao da USG como mtodo de
diagnstico por imagem na avaliao das afeces
abdominais, em particular para o acompanhamento
de pacientes portadores de esteatose heptica, tem
sido rotineira,por tratar-se de um mtodo no
invasivo, amplamente disponvel e de baixo custo
(BOHTE et al., 2011). Como mencionadoanteriormente, a tomografia computadorizada e a
ressonncia nuclear magntica tambm podem ser
utilizadas na investigao diagnstica da esteatose,
entretanto no so mais especficas para esteatose
que a USG. A RNM recomendada quando h
necessidade de se fazer diagnstico diferencial entre
esteatose focal e ndulos hepticos malignos
(MATTEONI et al., 2011).No fgado, os aspectos avaliados so:
biometria, forma, contornos, disposio dos vasos
intra-- hepticos e as caractersticas ecogrficas do
parnquima: ecotextura, ecogenicidade e
atenuao. Considerando as caractersticas
ecogrficas do parnquima heptico, o diagnstico
da EH baseado no aumento gradativo da
ecogenicidade e da atenuao do feixe sonoro,sendo que, quando presentes, as alteraes texturais
so discretas e de menor relevncia (MATSUOKA
et al., 2011).
No Brasil, a prevalncia da esteatose heptica
na populao no conhecida, e ainda so poucos os
estudos sobre essa doena no pas, portanto esta
pesquisa tem o intuito de contribuir com dados
epidemiolgicos da regio de estudo.
Diante desse contexto, o objetivo do trabalho
foi traar a prevalncia de esteatose heptica
detectada por meio de ultrassonografia em pacientes
atendidos em uma clnica de imagem, localizada na
cidade de Montes Claros, no perodo de 01/01/2010
a 31/12/2012, e analisar o perfil desses pacientes em
relao ao peso, sexo e idade.
MTODO
Para o desenvolvimento deste estudo, optou-
se por realizar uma pesquisa de campo,
retrospectiva, observacional, descritiva e com
abordagem quantitativa, a fim de se conhecer a
prevalncia de doena gordurosa heptica detectada
mediante ultrassonografia em pacientes atendidos
em uma clnica de imagem na cidade de MontesClaros.
A escolha deveu ao fato de a clnica
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Artigo Original
selecionada ser reconhecida como a principal
instituio privada de sade do Norte de Minas e Sul
da Bahia, alm de ter os equipamentos de maior
tecnologia existentes, satisfatria para a realizao de
uma grande variedade de procedimentos, inclusive
doppler e biopsias.A coleta de dados ocorreu nas prprias
instalaes, de acordo com a disponibilidade de cada
pesquisador, no comprometendo a rotina da
instituio.
Para amostragem da pesquisa, foram colhidos
os dados de 1.989 exames de ultrassonografia de
abdmen total e abdmen superior, durante o perodo
de 2010 a 2012. Utilizaram-se, como instrumentopara a coleta de dados referentes s tcnicas
imaginolgicas, os pronturios dos pacientes
contendo a identificao: sexo, idade e peso, obtidos
mediante o programa X Clinic Nexus, o mais
avanado e completo software para Centros de
Medicina Diagnstica.
Aps a coleta, procedeu-se anlise e
interpretao, compilao, tabulao, codificao
por meio de tabelas e subsequente discusso,
estabelecendo-se comparaes entre os dados
obtidos e a literatura pesquisada, servindo, dessa
maneira, como subsdio para a formulao das
concluses acerca da pesquisa.
De acordo com a natureza das variveis, foi
aplicada anlise estatstica descritiva, sendo
informados os valores percentuais dos dados
analisados. Os resultados das variveis contnuas
foram expressos em forma de mdia desvio padro.
Atendendo ao estabelecido na Resoluo
466/2012 do Conselho Nacional de Sade, o projeto
da pesquisa foi aprovado pelo Conselho de tica
(processo n 291.334/13), e submetido Comisso de
tica da instituio onde os dados da pesquisa foram
coletados.
RESULTADOS
No perodo de 01 de janeiro/2010 a 31 de
dezembro/2012, foram avaliados 1.989 exames de
ultrassonografia de abdmen total e abdmen
superior. Entre esses, o diagnstico de EH foi
encontrado em 22,4% (n=445) dos casos (Tabela 1).
Tabela 1. Exames de ultrassonografia de abdmen total esuperior em pacientes de ambos os sexos atendidos em umaclnica de imagem durante os anos de 2010 e 2012.
Legenda: EH: esteatose heptica.
A tabela 2 mostra que, dos 445 exames de
ultrassonografia de abdmen total e superior empacientes com EH, 51,0% eram de pessoas do sexo
feminino. A mdia de idade dos indivduos foi de
54,2 9,6 anos, variando de 18 anos a 77 anos, sendo
que a maior percentagem encontrada estava na faixa
de 41 a 70, anos compreendendo 75% da
amostragem total.
A mdia de peso da populao com EH foi de
79,06 11,3 kg, variando de 58 kg a 150 kg, sendoque a maior percentagem encontrada estava na faixa
de 61 a 90 kg, compreendendo 69% da amostragem
total (Tabela 2).
Tabela 2.Caractersticas gerais do grupo estudado.
DISCUSSO
A prevalncia de EH no presente estudo (22,4%)
est de acordo com resultados relatados na
literatura. No estudo de Lin; Lo, Chen (2005),
Exames n (%)
Normais 1544 77,6
EH 445 22,4
Varivel Mdia DP Frequncia PercentualSexo
MasculinoFeminino
218227
49%51%
Idade 54,20 9,6
=30 anos
31-40 anos41-50 anos51-60 anos61-70 anos=71 anos
11 2,5%
51 11,5%120 27,0%124 28,0%
90 20,0%49 11,0%
Peso 79,06 11,3= 60kg61-70kg71-80kg81-90kg91-100kg=101kg
38 5,8%89 21,5%
110 24,8%101 22,7%
76 17,8%31 7,4%
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Artigo Originalrealizado entre os homens trabalhadores na base de
aeronaves na ilha de Taiwan, foi encontrada uma
prevalncia de 29,5% de esteatose heptica em
ultrassonografias abdominais.
Mediante uma anlise retrospectiva de
esteatose, realizada em pacientes externos no serviode ultrassonografia do Hospital Srio Libans de So
Paulo, utilizando a tcnica de ultrassonografia de
abdmen, Parise et al. (2003) encontraram uma
prevalncia global de 19,2% dos exames disponveis,
dados que tambm esto compatveis com o resultado
do presente estudo.
Por outro lado, no primeiro estudo de
prevalncia de EH no Brasil, realizado no ano de1998, com 217 mulheres obesas no assintomticas
atendidas no Hospital Universitrio Professor Edgard
Santos (UFBA), foi encontrada uma prevalncia de
EH em torno de 41,5% (ARAJO; OLIVEIRA,
NUNES, 1998), dado superior ao registrado na
amostra pesquisada.
Na populao em geral, a ultrassonografia de
abdmen a tcnica mais comumente usada para o
diagnstico da esteatose heptica (BELLENTANI et
al. 2010). importante salientar que a sensibilidade e
especificidade para diagnstico ultrassonogrfico da
esteatose heptica so de 60-94% e 88-95%,
respectivamente, porm, quando a esteatose
considerada leve, esses ndices so inferiores. Assim,
provvel, que a prevalncia da esteatose esteja
subestimada em toda a populao analisada
(LUPSOR; BADEA, 2005).
A EH pode ocorrer em diversos grupos tnicos
e sem predileo de sexo (CARVALHEIRA; SAAD,
2006; DIAS et al., 2009), dados que esto de acordo
com o trabalho, uma vez que os resultados no
demonstraram predomnio de sexo entre a
amostragem, estando presentes em 49% dos homens
e 51% das mulheres.
Porm, no estudo realizado por Chaves et al.(2009), utilizando os exames de diagnstico por
imagem para a deteco de EH, foi encontrada uma
prevalncia de 30,3% no sexo masculino e 69,7% no
sexo feminino, dados que destoam do estudo atual.
No trabalho de Matteoni et al. (2011),
realizado em um centro de referncia em
diagnsticos por imagem na cidade de Salvador,
foram avaliadas 11.474 ultrassonografias deabdmen, com diagnstico de esteatose heptica em
18% dos casos, dos quais 56,2% eram do gnero
masculino e com mdia de idade de 56,46 12,47
anos. Todos os dados percentuais encontrados no
estudo realizado em Salvador/BA condizem com o
trabalho desenvolvido na cidade de Montes
Claros/MG.
No Brasil, o perfil clnico-epidemiolgico daDHGNA foi avaliado por meio de um estudo
multicntrico envolvendo 1.280 pacientes das
vrias regies do pas. A anlise dos resultados
mostrou que a doena , em geral, assintomtica;
mais frequente em indivduos com idade de 5013
anos e tem como principais fatores de risco a
dislipidemia e a obesidade (COTRIN et al., 2011).
Uma vez que a esteatose heptica uma derivao
da DHGNA, pode-se fazer uma correlao dos
dados apresentados no estudo multicntrico com os
resultados do presente trabalho.
A prevalncia da EH est aumentando em
paralelo ao aumento da obesidade, sendo ambos os
processos estreitamente ligados resistncia
insulnica. A epidemia mundial da obesidade e a
prevalncia da EH so muito provavelmente
influenciadas, se no diretamente relacionadas,
dieta e relativa falta de exerccio do estilo de vida
ocidental (HOSSAIN; KAWAR, EL NAHAS,
2007).
O estilo de vida fator significativo no
desenvolvimento de EH, uma vez que pode
favorecer o aumento de peso e, como consequncia,
a obesidade. A obesidade gera um aumento de
citocinas inflamatrias e resistncia a insulina, oque pode levar a uma inflamao da gordura
visceral, aumentando, ento, o acmulo de gordura
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Artigo Original
no fgado (PINTO et al., 2012).
A esteatose pura ocorre em 70% dos pacientes
que se apresentam 10% acima do peso ideal e em
prat icamente 100% dos obesos mrbidos
(BENCHIMOL; CARDOSO, 2007).
Luychx; Lefbevre, Scheen (2000) compararamo resultado de 69 biopsias hepticas de adultos obesos,
em que 83% apresentavam diagnstico positivo de
EH, e foram submetidos a uma restrio calrica. Os
resultados demonstraram reduo mdia de 32 kg no
peso corporal e melhora histo - -patolgica, reduzindo
o diagnstico positivo de 83%, no incio do
tratamento, para 38%, aps a reduo do peso
corporal.Estudo retrospectivo com reviso de
pronturios dos pacientes ambulatoriais do Servio de
Controle de Hipertenso, Diabetes e Obesidade
(SCHDO) do Sistema nico de Sade da cidade de
Juiz de Fora revelou uma mdia de peso em pacientes
diagnosticados com esteatose heptica de 119,9 26,4
kg, variando de 66 a 240 kg (DIAS et al., 2009). Esses
dados esto acima do detectado na presente pesquisa,
uma vez que a clnica avaliada no atende um pblico-
alvo especfico, diferente do trabalho realizado em
Juiz de Fora, em que se tem uma tendncia seleo de
obesos.
Em concluso, os resultados mostram elevada
frequncia de esteatose em ultrassonografias
abdominais avaliadas, numa relao ntima com o
aumento do peso e indistino entre pessoas do sexo
masculino e feminino, dados esses que esto de acordo
com a literatura vigente. O estudo representa tambm
uma contribuio sobre os aspectos epidemiolgicos
da EH no Brasil, onde ainda no so muitos os dados
sobre essa frequente e importante doena do fgado.
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Artigo OriginalCUSTO DAS INTERNAES HOSPITALARES ENTRE OS
PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS E
COMPORTAMENTAIS NA CIDADE MONTES CLAROS - MG
PEREIRA, Pedro Henrique Batista*; XAVIER, Gustavo Torres*; MATOS, Joo Ricardo Carvalho de*; XAVIER, Luiz OctvioPereira*; NOBRE, Rafael Efraim*; PRINCE, Karina Andrade***Discentes do curso de Medicina das FIPMoc. ** Docente das FIPMoc
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo caracterizar aevoluo do custo das internaes hospitalares entreos portadores de transtornos mentais ecomportamentais no municpio de Montes Claros -MG. Este um estudo retrospectivo, transversal, de
carter descritivo e quantitativo. Teve como universode pesquisa a base de dados do Sistema deInformaes Hospitalares do Sistema nico de Sadereferente ao custo das internaes hospitalares entreos portadores de transtornos mentais ecomportamentais no municpio, no perodo de 2008 a2013. Utilizou-se o software Excel 12.0 (Office 2007)
para gerenciamento e anlise dos dados. Os dadosobtidos mostraram que ocorreram 4.993 internaeshospi ta la res por t rans tornos menta is ecomportamentais no municpio, no perodo avaliado.
Essas internaes geraram um custo total de R$5.038.952,53 e um custo mdio por paciente de R$1.009,20, sendo que 80,3% foram de origem privada.O custo apresentou uma tendncia decrescente,apesar de valores crescentes serem observados no
perodo de 2008 a 2011. Assim, no ano de 2008 foiobservado um custo de R$ 829.344,80 e, no ano de2013, o custo foi de R$ 180.093,93, demonstrandouma reduo de 78,3%. No entanto, no ano de 2011, ocusto foi de R$ 1.329.640,62, o mais oneroso do
perodo avaliado. A esquizofrenia e os transtornos
esquizotpicos e delirantes foram as patologias quemais geraram custo com internaes hospitalares,correspondendo a 52,54% de todo o valordespendido. Foi possvel observar que houve uma
evidente conteno nos ndices e custo cominternaes hospitalares entre os portadores detranstornos mentais e comportamentais nomunicpio, o que se deve reforma psiquitrica e ao
processo de desospitalizao, que forneceram meiosextra-hospitalares para o atendimento precocedesses pacientes, favorecendo sua reinsero
precoce comunidade.
PALAVRAS-CHAVE: transtornos mentais;
internao hospitalar; custo
INTRODUO
Os transtornos mentais correspondem a 12%
da carga global de doenas, podendo chegar a 15%
no ano de 2020. Porm, mesmo com a crescente
incidncia do transtorno, mais de um bilho de
pessoas vivem em pases que destinam menos de 1%
do financeiro para os devidos fins. Assim, o tema
requer abordagem de forma urgente, para o mbito
da sade (GONALVES et al., 2012; WHO, 2001).
Nas ltimas dcadas, acompanhando
tendncias internacionais, o tratamento de pacientes
portadores de doenas mentais no Brasil se alterousignificativamente. A partir da dcada de 1970, com
o processo de democratizao governamental, que
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Artigo Originalpermitiu denncias em relao s torturas,
tratamentos excessivos em hospitais do tipo
manicomiais e divulgaes de trabalhos como o de
Franco Basaglia, na dcada de 1980, com fortes
crticas ao tratamento asilar e demonstraes
cientficas de uma nova perspectiva assistencial aotranstorno mental, o pas passou por uma Reforma
Psiquitrica (LIMA; BRASIL, 2014; POZ; LIMA;
PERAZZI, 2012; VECCHIA; MARTINS, 2006).
A nova perspectiva no manejo dos pacientes
psiquitricos abandona hospitais do tipo manicomial,
e adota, como base, os servios comunitrios de
territorializao, um sistema de tratamento
comunitrio ambulatorial chamado de CAPS. Essemodelo entrou em vigor, sobretudo a partir da Lei
10.216/2001 (Dirio Oficial, 2001), segundo a qual a
internao s deve acontecer no caso de outros
tratamentos no serem bemsucedidos. Dessa forma,
garante proteo e segurana sade do paciente com
transtorno mental (GONALVES et al., 2012;
GALASSI et al., 2008; MS, 2005).
A internao hospitalar deve ser considerada
quando as condies mdicas ou psiquitricas
necessitam de observao hospitalar constante
(ideaes suicidas ou homicidas, estados psicticos
graves, debilitao ou abstinncia grave), fracasso
teraputico para cessar uso de drogas e ausncia de
apoio psico-social (ALVES; KESSLER; RATTO,
2004).
Devido s mudanas constitucionais no
tratamento do doente mental apresentadas, cerca de
18.500 leitos psiquitricos, no perodo que se estende
de 2001 a 2009, foram reduzidos, e centenas de aes
foram aditivadas (GONALVES et al., 2012;
SADE MENTAL EM DADOS, 2011).
A maneira diferente de tratamento psiquitrico
instigou na literatura novos estudos perante a
viabilidade econmica desse modelo de assistncia.
Trabalhos na dcada de 1990 em vrias reasterritoriais britnicas demonstraram a vantagem da
ressocializao do paciente em relao ao tratamento
de internao manicomial. Para pacientes em
situaes agudas, o tratamento extra-hospitalar em
curto prazo foi economicamente vantajoso, porm
16% dos pacientes apresentaram gastos superiores
de mdio a longo prazo, em relao ao tratamento
hospitalar (RIBEIRO, 2003). No entanto, no Brasil,mesmo com a crescente utilizao de sistemas de
informaes sobre morbidade e custos, so poucos
os estudos sobre as internaes por transtornos
mentais (PEREIRA et al., 2012).
Dessa maneira, fazem-se necessrias
pesquisas em relao evoluo do custo das
internaes hospitalares entre os portadores de
transtornos mentais e comportamentais, nomunicpio de Montes Claros - MG, introduzindo-a
no entendimento da viabilidade desse novo
paradigma assistencial da psiquiatria brasileira.
MTODO
Foi realizado um estudo de investigao
retrospectivo, transversal, de carter descritivo e
quantitativo. Teve como universo de pesquisa a base
de dados do Sistema de Informaes Hospitalares
do Sistema nico de Sade referente ao custo das
internaes hospitalares entre os portadores de
transtornos mentais e comportamentais no
municpio, no perodo de 2008 a 2013. Utilizou-se o
software Excel 12.0 (Office 2007), para
gerenciamento e anlise dos dados.
RESULTADOS E DISCUSSO
Os dados obtidos mostraram que ocorreram
4.993 internaes hospitalares por transtornos
mentais e comportamentais no municpio, no
perodo avaliado. Essas internaes geraram um
custo total de R$ 5.038.952,53 e um custo mdio,
por paciente, de R$ 1.009,20, sendo que 80,3%foram de origem privada. O custo apresentou uma
tendncia decrescente, apesar de valores crescentes
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Artigo Original
serem observados no perodo de 2008 a 2011. Assim,
no ano de 2008, foi observado um custo de R$
829.344,80 e, no ano de 2013, o custo foi de R$
180.093,93, demonstrando uma reduo de 78,3%.
No entanto, no ano de 2011, o custo foi de R$
1.329.640,62, o mais oneroso do perodo avaliado(Figura 1).
Figura 1:Custo das internaes hospitalares entre os portadoresde transtornos mentais e comportamentais no municpio deMontes Claros MG, 2008 a 2013
Fonte: Ministrio da Sade, Sistema de InformaesHospitalares (SIH-SUS)
A reduo das internaes hospitalares por
transtornos mentais e comportamentais e,consequentemente, do custo, observado na cidade de
Montes Claros MG, coaduna-se com a que ocorreu
no estado do Rio de Janeiro no perodo de 1999 a
2010. Nesse estudo, ocorreu uma reduo de 70% no
nmero de internaes por doenas mentais no
perodo elucidado (PEREIRA et al., 2012).
Quando se analisa a porcentagem do gasto com
doenas mentais em relao aos gastos gerais do
sistema de sade, observa-se, tambm, uma tendncia
decrescente, apesar de flutuaes serem observadas
(Figura 2). Mesmo com elevao no gasto geral com
internaes do sistema de sade em 78,5%, ocorreu
uma regresso em relao s internaes por
transtornos mentais e comportamentais.
Figura 2:Percentual dos gastos com internaes hospitalaresentre os portadores de transtornos mentais e comportamentais,
em relao aos gastos totais. Montes Claros -MG, 2008 a 2013
Fonte: Ministrio da Sade, Sistema de InformaesHospitalares (SIH-SUS)
Os dados observados na cidade de Montes
Claros - MG devem-se reforma psiquitrica
brasileira, que, a partir do ano de 2006, destinou
mais verbas extra-hospitalares do que hospitalares
para assistncia aos portadores de transtornosmentais e comportamentais. Assim, no ano de 2009,
67,71% da verba j era destinada a gastos extra-
hospitalares no Brasil. Um dos aspectos dessa
revoluo foi a reduo no nmero de leitos
hospitalares no Brasil, que passou de 51.393, em
2002, para 32.735, em 2010. Acompanhando a
tendncia desse novo paradigma assistencial, o pas
passa por expanso dos servios do tipo CAPS, que
possua, no ano de 2002, uma cobertura de 21% (424
CAPS) em sade mental, passando para 66% (1620
CAPS) em 2010 (BRASIL, 2011).
De acordo com os dados apresentados na
figura 3, a esquizofrenia e os transtornos
esquizotpicos e delirantes foram o diagnstico que
mais gerou custo hospitalar nas internaes, dentre
as categorias de morbidades do CID 10 para
doenas mentais. Essa patologia correspondeu a52,54% dos casos, seguida por transtorno mental e
comportamental devido ao uso de lcool (17,29%);
transtorno devido a outras substncias (15,5%); e
transtornos do humor (8,14%).
Figura 3: Custo das internaes hospitalares entre osportadores de transtornos mentais e comportamentais,segundo a lista de morbidades CID 10. Montes Claros MG,2008 a 2013
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Artigo Original
Fonte: Ministrio da Sade, Sistema de InformaesHospitalares (SIH-SUS)
O perfil da prevalncia de diagnsticos
observado no estudo segue o perfil epidemiolgico deinternaes no estado do Rio de Janeiro. Esse estudo
apresentou um percentual de 50 a 60% para a
esquizofrenia e outros transtornos esquizotpicos e
delirantes para ambos o sexos e diversas faixas
etrias, e tambm foi seguido por transtornos
relacionados ao uso de lcool e pelos de humor. Nos
municpios da regio de Cricima-SC, os transtornos
relacionados ao uso de lcool foram os mais
prevalentes, correspondendo a 5617 internaes,
seguidos por esquizofrenia e outros transtornos
esquizotpicos e delirantes, com um total de 5589
internaes (PEREIRA et al., 2012; CONCER,
2011).
Em relao ao custo total (R$ 5.038.952,53)
gerado pelas internaes hospitalares por transtornos
mentais e comportamentais no municpio, 80,3% (R$
4.046.254,67) foram de origem privada. O carteremergencial dos atendimentos se demonstrou
extremamente superior ao carter eletivo, sendo o
primeiro responsvel por 99,11% dos gastos das
internaes hospitalares.
CONCLUSO
Foi possvel observar que houve uma evidenteconteno nos ndices de internaes hospitalares
entre os portadores de transtornos mentais e
comportamentais no municpio, o que se deve
reforma psiquitrica e ao processo de
desospitalizao, que forneceram meios extra-
hospitalares para o atendimento precoce desses
pacientes, favorecendo sua reinsero precoce
comunidade.
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Artigo Original
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Artigo Original
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DOR MSCULO ESQUELTICA RELACIONADA
COM A ATIVIDADE DOCENTE
FIGUEIREDO, Ariane Medeiros*; MENDES, Karla Janara*; PINHEIRO, Ugo Borges**; ESCOBAR, rika Goulart VelosoFerreira**
* Discentes do curso de Fisioterapia das FIPMoc; ** Docentes das FIPMoc
RESUMO
A dor msculo esqueltica, ou sensao dolorosa, citada em diversos estudos com docentes como umimportante problema de sade. E as doenas causadas
por agravos ao sistema msculo-esquelticoaparecem como as principais razes de afastamento
do trabalho e de doenas profissionais nessa classe.Este estudo tem como objetivo identificar a relao daatividade ocupacional nos docentes de uma faculdade
privada com a presena de dor msculo-esqueltica.Trata-se de uma pesquisa descritiva e transversal,realizada com 66 docentes de uma instituio privadade ensino superior de Montes Claros, medianteassinatura do Termo de Consentimento Livre eEsclarecido. A coleta de dados foi realizada por meiode um questionrio com perguntas sobre as possveisdores, relacionando-as com a atividade docente. Os
critrios de incluso foram: ter vnculo empregatciocom a instituio, estar presente na data da pesquisa eaceitar participar do estudo. Foram excludos todos os
professores que no obedeceram aos critrios deincluso. Dentre os 66 professores pesquisados, amaioria no apresenta dor (44) e, dos 22 que relataramsentir dor, 13 associam-na profisso. A maioria dos
professores no apresentava dor msculo-esquelticaantes de sua ocupao como docente, e hoje, mesmoatuando como professor, a maioria dos entrevistadostambm no apresenta. Os entrevistados que relatam
sentir dor apontam que ela mais frequente apsministrar as aulas, e a maioria classifica-a comomoderada e acredita que a no est somenterelacionada a sua ocupao como docente.
importante ressaltar que essa instituio oferece aosprofessores exames peridicos. As instalaespossuem estruturas diferenciadas dos padres; todasas salas possuem ar condicionado e data show, sendoque a maioria das salas possui quadro branco (nofazendo mais uso do giz).
Palavras-chave: : Dor msculo-esqueltica.Atividade docente. Faculdade privada.
INTRODUO
A dor um mecanismo fisiolgico protetor
que possui como funo alertar quando h um
estmulo nocivo aos tecidos. uma das vivncias
mais ntimas e subjetivas experimentadas pelo serhumano. indispensvel considerar e valorizar a
queixa da dor pelo paciente, levando em
considerao que essa uma experincia pessoal e
individual (RIBEIRO et al., 2011).
Os sintomas steo-musculares podem ser
relatados como parestesia, sensao de peso e/ou
fadiga e a prpria dor. Entende-se que os sintomas
so percepes nicas que mudam de paciente para
paciente; mesmo sendo a mesma doena e de igual
localizao, podem ocorrer diferentes graus de
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Artigo Originalsofrimento, considerando-se o princpio da
individualidade (BRANCO et al., 2011).
A dor msculo-esqueltica (DME) pode ser
descrita como um desconforto envolvendo msculos,
ossos, articulaes, tendes, ligamentos, bursas,
fscias musculares, tecido conjuntivo, cartilagens eaponeuroses (RIBEIRO; TNIA, 2011).
A dor prolongada transforma-se no alvo
primrio de ateno do paciente e atrapalha a maioria
das atividades, sendo uma das principais causas de
absentesmo ao trabalho, licenas mdicas,
aposentadoria por doena, indenizaes trabalhistas e
baixa produtividade. considerada um problema de
sade pblica, pela prevalncia, alto custo e impactonegativo, podendo influenciar na qualidade de vida
dos indivduos e de seus familiares (SALVETTI;
PIMENTA, 2007).
No geral, a dor aguda ou crnica leva o
indivduo a ter sintomas como alteraes nos padres
de sono, apetite e libido, manifestaes de
irritabilidade, alteraes de energia, diminuio da
capacidade de concentrao, restries na capacidade
para as atividades familiares, profissionais e sociais.
Nos indivduos com dor crnica, a persistncia da dor
prolonga a existncia desses sintomas, podendo
exacerb-los (KRELING et al., 2006).
indispensvel ressaltar que a dor deve,
sempre, ser avaliada em ambiente clnico, para se
escolher, de forma adequada, o tratamento ou conduta
teraputica. O sucesso do tratamento e seu
seguimento dependem de uma avaliao e
mensurao confivel e vlida. H instrumentos
unidimensionais e tridimensionais para a avaliao da
dor (BOTTEGA; FONTANA, 2010).
A dor pode estar relacionada aos longos
perodos em p e s tenses. Seu enfrentamento pode
ser realizado mediante alongamento, massagem,
acupuntura , homeopatia e ut i l izao de
medicamentos como antiinflamatrios e analgsicos.As dores mais comuns so a lombalgia e a dor nos
membros inferiores e superiores (FONTANA;
PINHEIRO, 2010).
A dor msculo-esqueltica, ou sensao
dolorosa, mostrada em vrios estudos com
docentes como um relevante problema de sade, e
as doenas decorrentes de agravos ao sistema
msculo-esqueltico surgem como as principaiscausas de afastamento do trabalho e de doenas
profissionais nessa classe (PORTO et al., 2004).
O professor trabalha sob condies
desfavorveis; usa suas capacidades fsicas,
cognitivas e afetivas para atingir os objetivos do
rendimento escolar, gerando, com isso, sobre-
esforo ou hipersolicitao de suas funes psico-
fisiolgicas. Quando no h tempo para recuperar,so desenvolvidos ou precipitados os sintomas
lgicos que explicariam os elevados nmeros de
afastamento do trabalho por agravos sade nessa
categoria de profissionais (CARDOSO et al., 2009;
GASPARINI et al., 2005).
Nesse sentido, o objetivo deste trabalho
identificar a relao da atividade ocupacional nos
docentes de uma faculdade privada com a presena
de dor msculo-esqueltica, a fim de que esse
conhecimento sirva para nortear estratgias de
preveno, promoo e tratamento. Alm disso,
possibilita compreender as variaes observadas no
mbito individual e/ou populacional da sade, com
vistas a planejar uma melhor abordagem desses
profissionais.
MTODO
Trata-se de uma pesquisa descritiva e
transversal, realizada com os professores de uma
instituio privada de ensino superior de Montes
Claros. Foram avaliados 66 professores dos
seguintes cursos: Administrao, Arquitetura e
Urbanismo, Biomedicina, Direito, Enfermagem,
Engenharia Civil, Engenharia de Produo,Engenharia Mecnica, Farmcia, Fisioterapia,
Medicina, Pedagogia, Psicologia e Publicidade e
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Artigo Original
Propaganda, mediante assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Os critrios de
incluso foram: ter vnculo empregatcio com a
instituio, estar presente na data da pesquisa e aceitar
participar do estudo. Foram excludos todos os
professores que no obedeceram aos critrios deincluso. A coleta de dados foi feita por meio de um
questionrio com 5 perguntas sobre as possveis
dores, relacionando-as com a atividade docente.
RESULTADOS
A pesquisa de campo foi realizada no 2
semestre de 2012, pelos acadmicos do 6 perodo do
curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas
Pitgoras (FIPMoc), mediante questionrio feito a 66
professores de uma faculdade privada de Montes
Claros.
Este estudo revelou como resultado, que dentre
os 66 docentes pesquisados, 58 responderam que no
apresentavam dor msculo-esqueltica antes de sua
ocupao como docente, e 8 responderam que sim
(Grfico 1).
Grfico 1: Dor msculo-esqueltica antes da ocupao dedocente
Fonte:Pesquisa de Campo do 6 perodo de Fisioterapia / 2-2012
Dos 66 professores investigados no presenteestudo, quando perguntados se atualmente
apresentam alguma dor msculo-esqueltica, 44
relataram que no apresentavam, e 22 relataram que
apresentavam (Grfico 2).
Grfico 2:Dor msculo-esqueltica nos dias atuais
Fonte: Pesquisa de Campo do 6 perodo de Fisioterapia / 2-
2012
Dos 66 professores pesquisados, 22
relataram sentir dor; quando perguntados em que
momento sua dor mais freqente, 15 responderam
ser depois de ministrar as aulas, 6 responderam ser
antes de ministrar as aulas, e 1 respondeu ser durante
as aulas (Grfico 3).
Grfico 3: Momento de maior frequncia da dor
Fonte: Pesquisa de Campo do 6 perodo de Fisioterapia / 2-2012
Quando questionados sobre como
classificariam a dor, dos 22 docentes que relataram
sentir dor, 12 relataram ser dor moderada, 7
relataram ser dor leve e 3 relataram ser dor forte,
sendo que nenhum relatou dor insuportvel ou pior
dor possvel (Grfico 4).
Grfico 4: Classificao da dor
Fonte: Pesquisa de Campo do 6 perodo de Fisioterapia / 2-2012
Dos 22 professores que relataram sentir dor,
quando perguntados se achavam que sua dor estava
relacionada a sua atividade como docente, 13
responderam que sim, e 9 responderam que no (
Grfico 5).
Grfico 5:Opinio sobre a relao da dor com a atividadedocente
Fonte: Pesquisa de Campo do 6 perodo de Fisioterapia / 2-2012
0
50
100 Sim
No
0
5
10
15
20
6
1
15 Antes de ministrar as aulas
Durante minist ra as aulas
Depois de ministrar as aulas
0
5
10
15
7
12
3
Dor leve
Dor moderada
Dor forte
Dor insuportvel
Pior dor possvel
0
5
10
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9 Sim
No
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitgoras de Montes Claros, ano 13, n. 22, 2 semestre de 2015
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Artigo OriginalDISCUSSO
Entre os professores, bastante comum a
ocorrncia de doenas steo-musculares, as quais so
uma das principais causas de absentesmo das
atividades do trabalho. Os distrbios originados nosistema msculo-esqueltico podem levar ao
aparecimento de vrios sinais como a dor e a
incapacidade funcional, provocando repercusses
importantes sobre a qualidade de vida das pessoas
acometidas (FERNANDES et al., 2011).
As doenas msculo-esquelticas so as
causas mais frequentes de dor e podem ocasionar
incapacidade ou limitao das atividades cotidianas(RIBEIRO; TNIA, 2011).
Todos os indivduos, exceto os com
insensibilidade congnita, j experimentaram a dor
em alguma fase da vida. Entretanto, quando o sintoma
persiste, transforma-se em um problema, motivo de
diminuio da atividade laboral, licenas e
afastamento do trabalho, alm da possibilidade de
desenvolvimento de quadros de depresso
(CARDOSO et al., 2009).
Os resultados encontrados no presente estudo,
no so condizentes com a literatura pesquisada,
demonstrando que, apesar haver diversos fatores que
predispem a dor e que todas as pessoas sentem dor
em alguma fase da vida, a maioria dos entrevistados
relatou no sentir dor antes da atividade como
docente.
Conforme Ribeiro et al. (2011) um estudo com
212 professores de uma cidade do interior do Estado
de So Paulo mostrou-se a prevalncia de 90,4% de
queixas de sintomas steo-musculares em alguma
parte do corpo nos ltimos doze meses que
antecederam o estudo.
Segundo um estudo realizado em uma
universidade regional no Estado do Rio Grande do
Sul, do qual participaram 37 docentes doDepartamento de Cincias da Sade, as dores
msculo-esquelticas so frequentes em
consequncia da ocupao (FONTANA;
PINHEIRO, 2010).
Os resultados encontrados no presente
estudo, no condizem com a literatura pesquisada, a
qual revela que a maioria dos docentes apresenta
dor nos dias atuais.Associando os aspectos psico-sociais do
trabalho e a dor msculo-esqueltica, h estudos em
vrias categorias profissionais, inclusive a docente.
A sobrecarga de trabalho, juntamente com os
aspectos psico-sociais desfavorveis do trabalho,
pode culminar no desenvolvimento ou agravamento
de quadros lgicos (CARDOSO et al., 2011).
Dentre os fatores de risco ocupacionais queresultam em problemas msculo-esquelticos em
professores, destacam-se: tempo de trabalho como
professor maior que quinze anos, e lecionar em mais
de uma escola; elevada carga horria semanal;
pouco ou nenhum tempo de repouso entre as aulas;
falta de local especfico para descanso na escola, m
remunerao; volume excessivo de trabalho;
nmero elevado de alunos em sala de aula;
p o s i c i o na m en t o c o r p o r a l i na de q ua d o ;
desvalorizao profissional; insatisfao com o
emprego; posturas fatigantes por tempo elevado;
volume elevado de trabalho; muito esforo fsico;
mobilirio imprprio; ausncia de equipamentos;
distncia entre a casa e a escola; conflitos com os
alunos (RIBEIRO; TNIA, 2011).
Os resultados encontrados no presente
estudo, condizem com a literatura pesquisada, pois
houve a prevalncia de relato de dor aps ministrar a
aula, sendo que a carga horria excessiva, associada
postura inadequada, um dos fatores de risco para
desencadear a dor.
Diversas estratgias para avaliar a dor podem
ser empregadas, sendo que cada forma de avaliao
apresenta informaes qualitativas e quantitativas
referentes a dor. Por ser uma experincia subjetiva, ador no pode ser mensurada por instrumentos
fsicos que, usualmente, mensuram o peso corporal,
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Artigo Original
a temperatura, a altura, a presso sangunea e o pulso,
no havendo um instrumento padro que permita
mensurar essa experincia to complexa e individual.
Contudo, esto disponveis algumas escalas que
podem avali-la, complementando o processo de
anlise semiolgica relativo a essa experincia(BOTTEGA; FONTANA, 2010).
Na Escala Verbal, o paciente quantifica a
experincia dolorosa por meio de frases que
representam diferentes intensidades subjetivas de
dor, como nenhuma dor, dor leve, dor moderada, dor
forte, dor insuportvel e a pior dor possvel.
Entretanto, algumas pessoas possuem dificuldade em
utiliz-las, por ausncia de habilidade cognitiva ouintrospeco para entender as palavras. O indivduo
deve interpretar e expressar sua dor verbalmente. A
variao dessa escala, em forma de termmetro,
mais usada para indivduos com alteraes
moderadas e severas ou para indivduos que tenham
dificuldade de abstrao e de comunicao verbal
(ANDRADE et al., 2006).
Resultados encontrados no presente estudo,
condizem com a literatura pesquisada, pois h
diversas maneiras de avaliar a dor, que uma
experincia subjetiva, sendo interpretada e
expressada de forma individual.
As leses msculo-esquelticas e/ou
articulares vm atraindo a ateno de pesquisadores,
por causa do aumento gradativo de profissionais das
mais diferentes reas; dentre elas, encontram-se os
professores que possuem comprometimentos
posturais, muitas vezes originando dores nos
membros superiores e inferiores, destacando-se dores
nos ombros, cervical, coluna vertebral. Essas dores
podem ser resultado da atividade feita na jornada de
trabalho (LIMA; FILHO, 2009).
Os sintomas steo-musculares nos docentes
tm uma importante repercusso na rea de sade
pblica, devido ao aumento do adoecimento eafastamento de profissionais, causando um conjunto
de mal-estares, em muitos casos desestabilizando a
economia psico-somtica e gerando diversas
doenas, que influenciam fortemente na qualidade
de vida desses profissionais (SILVA et al., 2011).
As disfunes musculoesquelticas como
dor nas costas, dor nas pernas, dor nos braos podem
ser associadas ao fato de os professorespermanecerem por longos perodos em p (escrever
em quadro de giz), carregar material didtico para as
salas de aulas, serem responsveis pela instalao de
recursos udio-visuais, deslocamento constante de
um prdio para outro, e mesas e cadeiras imprprias
(LIMA; FILHO, 2009).
Os resultados encontrados no presente
estudo, condizem com a literatura pesquisada, pois aprofisso de docente propcia a desencadear dores.
CONSIDERAES FINAIS
A maioria dos professores no apresentava
dor msculo-esqueltica antes de sua ocupao
como docente, e, hoje, mesmo atuando como
professor, a maior parte dos entrevistados tambm
no apresenta esse tipo de dor. Os entrevistados que
relatam sentir dor, apontam que ela mais frequente
aps ministrar as aulas e a maioria classifica-a como
moderada e acreditam que ela no est somente
relacionada sua ocupao como docente.
importante ressaltar que o local onde foi
realizada a pesquisa oferece aos professores exames
peridicos. As instalaes possuem estruturas
diferenciadas dos padres quando comparadas com
outras instituies, todas as salas possuem ar
condicionado e data show, sendo que a maioria das
salas possui quadro branco (no fazendo mais uso
do giz), justificando, assim, o fato de os resultados
encontrados no serem condizentes com a maioria
das literaturas.
REFERNCIAS
ANDRADE, F.A., PEREIRA, L.V., SOUSA,
Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitgoras de Montes Claros, ano 13, n. 22, 2 semestre de 2015
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Artigo OriginalF.A.E.F. Mensurao da dor no idoso: uma reviso.Rev. Latino-am Enfermagem, v.14, n.2, p.271-276,2006.
BOTTEGA, F.H., FONTANA R.T. A dor comoquinto sinal vital: utilizao da escala de avaliao