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Tectônica e paleogeografia ao longo do rio Amazonas Abstract As principais características estruturais e geomorfológicas ao longo do rio amazonas estão intimamente associadas com eventos tectônicos mesozoicos e cenozoicos. O ambiente tectônico Mesozóico é caracterizado pelas bacias do Amazonas e Marajó, dois segmentos extensionais distintos. A Bacia do Amazonas é formada por falhas normais NNE- SSW, que controlam a colocação de diques dolerite e deposição da pilha sedimentar. Na mais intensa fase tectônica (mid- Cretáceo Superior), os depocentres foram preenchidos com sequências fluviais associadas a sistemas de drenagem axiais, que divergem do arco inferior Tapajós. Durante a fase seguinte de subsidência, provavelmente no início do terciário, e sob uma taxa baixa de extensão, a maior parte dos sistemas de drenagem foi revertida, dirigindo o paleo - Rio Amazonas a fluir em direção ao leste. A Bacia do Marajó engloba falhas normais NW-SE e falhas transcorrente NE- SW, com esta última corridendo quase paralela aos eixos extensionais. As falhas normais controlaram a deposição de sequências de rift e pós-rifte grossas e colocação de diques dolerite. Durante a evolução da bacia, o ombro (Gurupá Arch) tornou-se distinto, tendo sido modelado por sistemas de drenagem fortemente controlados pela tendência das falhas transcorrente. O Lineamento Arari, que marca a fronteira noroeste da Bacia do Marajó, tem trabalhado como um corredor de ligação entre o Rio Amazonas paleo e moderno, com o Oceano Atlântico. A evolução neotectônica desde o Mioceno compreende dois conjuntos de características estruturais e geomorfológicas. O conjunto mais antigo (Mioceno – Plioceno) abrange dois domínios transpressivos tendendo para NE e um domínio transtensivo tendendo para NW que estão ligados a sistemas transcorrentes E-W e NE-SW. Os domínios transpressivos exibem alinhadas colinas controladas por falhas inversas e dobras, e são separados por grandes planícies associados com bacias transtativas ou pull- apart ao longo de sistemas transcorrente deslizando no sentido horário (Por exemplo, o lineamento Tupinambarana). Muitas mudanças foram

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Page 1: artigo1

Tectônica e paleogeografia ao longo do rio Amazonas

AbstractAs principais características estruturais e geomorfológicas ao longo do rio amazonas estão intimamente associadas com eventos tectônicos mesozoicos e cenozoicos.

O ambiente tectônico Mesozóico é caracterizado pelas bacias do Amazonas e Marajó, dois segmentos extensionais distintos. A Bacia do Amazonas é formada por falhas normais NNE- SSW, que controlam a colocação de diques dolerite e deposição da pilha sedimentar. Na mais intensa fase tectônica (mid- Cretáceo Superior), os depocentres foram preenchidos com sequências fluviais associadas a sistemas de drenagem axiais, que divergem do arco inferior Tapajós. Durante a fase seguinte de subsidência, provavelmente no início do terciário, e sob uma taxa baixa de extensão, a maior parte dos sistemas de drenagem foi revertida, dirigindo o paleo - Rio Amazonas a fluir em direção ao leste. A Bacia do Marajó engloba falhas normais NW-SE e falhas transcorrente NE- SW, com esta última corridendo quase paralela aos eixos extensionais. As falhas normais controlaram a deposição de sequências de rift e pós-rifte grossas e colocação de diques dolerite. Durante a evolução da bacia, o ombro (Gurupá Arch) tornou-se distinto, tendo sido modelado por sistemas de drenagem fortemente controlados pela tendência das falhas transcorrente. O Lineamento Arari, que marca a fronteira noroeste da Bacia do Marajó, tem trabalhado como um corredor de ligação entre o Rio Amazonas paleo e moderno, com o Oceano Atlântico. A evolução neotectônica desde o Mioceno compreende dois conjuntos de características estruturais e geomorfológicas. O conjunto mais antigo (Mioceno – Plioceno) abrange dois domínios transpressivos tendendo para NE e um domínio transtensivo tendendo para NW que estão ligados a sistemas transcorrentes E-W e NE-SW. Os domínios transpressivos exibem alinhadas colinas controladas por falhas inversas e dobras, e são separados por grandes planícies associados com bacias transtativas ou pull- apart ao longo de sistemas transcorrente deslizando no sentido horário (Por exemplo, o lineamento Tupinambarana). Muitas mudanças foram introduzidas na paisagem pelas estruturas transpressivas e transtensivas, como o bloqueio de grandes rios, que evoluiu para rio- lagos, transgressão do mar sobre uma grande área na região do Marajó, e elevação de blocos longos e estreitos que são oblíquos para a tendência do canal principal. Os mais jovens (Plioceno - Holoceno) refere-se a dois sistemas de triple – arm de rifte/rifte/strike-slip e strike-slip/strike-slip/rifte e dois grandes segmentos transtensivos, que controlaram a orientação dos modernos padrões da drenagem.

1. IntroduçãoInterpretação sísmica por Campos e Teixeira (1988) indicou quatro principais fases de evolução tectônica para a Bacia do Amazonas em todo o Mesozóico e Cenozóico: (1) eixos distensionais E-W operando durante o Jurassic- Triássico, acompanhado por magmatismo máfico; (2) um regime compressivo E-W trabalhando durante o Cretáceo Superior e seguido por edificações em grande escala; (3) flexão subsidência durante o Cretáceo superior devido ao relaxamento da compressão; e (4) cisalhamento durante o terciário, dando origem a áreas transpressivas e transtensivas.Costa et al. (1991) sugeriu que as bacias do Amazonas e Marajó são distintas províncias extensionais geométricas e cinemáticas, respectivamente associadas com eixos de tensão ENE-WSW e NW-SE. A evolução da bacia do Amazonas tem sido discutida por Wanderley Filho e Costa (1991), com base em quatro episódios tectónicos: (1) extensão no Jurássico superior acompanhado de grandes volumes de rochas ígneas,

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principalmente de dolerito, diques e soleiras; (2) a propagação de falhas transcorrentes; (3) extensão do Cretáceo - médio para o Terciário precoce, que marca a deposição de sequências fluviais (Formação Alter do Chão); e (4) um regime de transcorrente formando domínios compressivos no baixo Rio Amazonas no Mioceno. Villegas et al. (1992) indicou que a evolução da bacia do Marajó compreende as seguintes fases tectônicas: (1) NW-SE falha normal, NE-SW e ENE-WSW falha transcorrente; (2) propagação da segunda geração de falhas normais em direção ao nordeste e deslocamento ao longo de falhas normais mais velhas; (3) Desenvolvimento de sistemas de falhas normais antitéticas; e (4) intensificação do deslocamento ao longo de falhas de transcorrentes NE-SW ao longo do Cenozoico.Interpretação sísmica (Travassos e Barbosa Filho, 1990) e investigações de campo (Bemerguy e Costa, 1991); (Costa et al ., 1993) criou o primeiro esboço neotectônico da área do Rio Amazonas ( 1.994 Costa et al. , 1995). Composto por dois grandes segmentos transpressivos formados por falhas inversas e dobras tendendo para NE- SW e NNE- SSW, com EW (mão direita) e falhas transcorrentes entre eles, com um segmento transtensiva na região costeira. Estas estruturas são consideradas o resultado do cisalhamento dextral E-W associado à rotação no sentido horário da placa Sul-americana desde o Mioceno (Hasui, 1990). Sugere-se também que a neotectônica resulta em subsidência e blocos alternados erguidos ao longo da planície Amazonas estando associada com duas fases morfotectônicas (Iriondo e Suguio, 1981; Iriondo, 1982).A paleodrenagem da América do Sul Mesozóica e Cenozóica foi discutida por Potter (1997) com duas fases principais. No primeiro, grandes cúpulas e aulacogens afetaram rios como o Amazonas inferior, enquanto na segunda, a elevação em meados do Mioceno da Cordilheira dos Andes, ampliando o sistema do Amazonas e também gerando outros novos sistemas (Por exemplo, Magdalena, Paraguai e rios Orinoco).Com base em características tectônicas e geomorfológicas, Bemerguy e Costa (1991) destacou os seguintes aspectos do paleogeograficos da região amazônica:

1. O Arco de Purus, que corre em paralelo com as falhas transcorrente NW- SE, trabalhou como uma área erguida entre o Amazonas e as bacias do Solimões, com a paleodrenagem axial divergindo desde o Paleozóico Superior. Esta situação manteve-se até o início do Terciário, embora NW- SE alongado e em áreas elevadas (por exemplo, Baixo Tapajós e Arcos de Gurupá) foram formadas entre Manaus e Belém.

2. A partir do início a meados do Terciário, devido à elevação dos Andes, a paleodrenagem do lado oeste do Arco do Purus foi revertida e formou o rio Amazonas fluindo para o leste.

3. Devido à propagação de falhas transcorrentes do Terciário superior, os sistemas de drenagem foram reorganizados e deu origem à formação dos modernos padrões de paisagem. Estas falhas desempenharam um papel importante na geomorfologia total da região amazônica.

Investigações de campo e interpretações de radar e de satélite realizadas ao longo do Rio Amazonas (Fig.1), com ênfase em aspectos geomorfológicos e tectônicos, contribuíram para o entendimento da morfotectonica e paleogeografia, que são o foco deste artigo.

2.Tectônica Mesozoica Extensão Mesozoica (reativação de Atlântida Sul) desempenhou um papel importante na formação do Amazonas e bacias do Marajó bacias com geometrias e cinemática distintas (Costa et al., 1991).

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2.1 Bacias do AmazonasA bacia do Amazonas ocupa a área entre Manaus e Gurupá, com dois principais depósitos do Cretáceo superior ao terciário que são delimitados por falhas normais NNE-SSW e N-S (Fig. 2) e repleto de sequências fluviais (formação Alter do Chão; Fig 3).As falhas normais foram identificadas de ambas as linhas sísmicas (Wanderley Filho, 1991) e tendências de diques dolerito invadindo unidades Paleozoicas e pré-cambrianas (Costa et al., 1991). A oeste de Manaus, as falhas normais, aparentemente, tem uma direção NNE-SSW, controlando o limite de um deposito simétrico, que é preenchido por sequências fluviais com 700 m de espessura. No extremo leste da bacia, falhas normais de alto ângulo coincidem com o arco de Gurupá e ligam um deposito assimétrico, em que a pilha sedimentar tem cerca de 1000 m de espessura. Tais depósitos desaparecem gradualmente em direção à bacia central (região da Foz do Rio Tapajós), onde a sequencia sedimentar é de até 200 m de espessura. Do enxame de dique de dolerito intrudido em unidades mais antigas, além do Norte e Sul de limites da bacia, outro conjunto de falhas normais pode ser inferido na área inferior de Tapajós, mas não há provas sísmicas disponíveis para dar suporte a isso. Sugere-se que esta área funcionava como um bloco erguido nas fases anteriores de sedimentação, sendo a área fonte para os sedimentos fluviais. Os dados disponíveis são insuficientes para apresentar interpretações cinemáticas, mas, considerando a tendência dos diques de dolerito, poderia ser sugerido que as estruturas da bacia do Amazonas estão intimamente associadas com um eixo extensional tendendo para WNW. A existência de falhas transcorrentes paralelas ao eixo extensional e trabalhando como falhas de transferência, que controlavam a orientação dos principais rios dos sistemas de paleodrenagens, também poderia ser assumida.2.2 Bacia do MarajóA Bacia do Marajó é parte da margem do Atlântico equatorial extensional e ocupa a área entre o baixo Amazonas e os rios Tocantins. Compreende as sub-bacias Limoeiro, Mocajuba e Cametá, cujas arquiteturas foram formadas por falhas normais NW-SE e NNW-SSE e falhas transcorrentes NE - SW e ENE-WSW (Fig. 2) e pela espessura do Cretáceo e terciário sequências sedimentares (Fig. 4).O preenchimento sedimentar é composto de unidades de rift e pós-rift, que chegam a 11 km de espessura, na sub-bacia do Limoeiro (Lima, 1987). A unidade de rift inclui duas principais sequencias. A mais velha é associada com o primeiro pulso extensional; no entanto, sua natureza ainda não foi determinada. A sequência mais jovem compreende rochas sedimentares clásticas, que têm sido relacionadas a ambientes (flúvio-deltaicos) fluviais e transitórios, com restos de depósitos de tálus, leque aluvial e argila-siltes dos depósitos de água rasa-lago. As unidades pós-rift são formadas, de baixo para cima, por sequencias fluviais e flúvio-deltaicos que foram desenvolvidas mais tarde na extensão, desde o Paleoceno.As geometrias das falhas normais e transcorrentes foram investigadas em detalhe por Villegas (1994) usando linhas sísmicas. As falhas normais desempenharam um papel importante na deposição das unidades rift e foram agrupadas em sistemas sintéticos e antitéticas (Fig. 2). O sistema sintético é formado principalmente por falhas lístricas mergulhando suavemente para o NE e ENE, concentradas nas partes oeste e sudoeste da bacia, com as unidades do subsolo se deslocando até 7 km. As falhas mestres normais se tornam horizontais, a uma profundidade de 12 km, provavelmente ligadas a uma zona de desprendimento.

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Dentro das sequências de rift existem zonas de descolamento que também são interpretadas como acomodações estreitamente relacionadas com o deslocamento ao longo das falhas mestres normais em grandes profundidades (Villegas, 1994). Também pode ser visto que o rolamento sobre a parede de suspensão da falha mestre - normal foi fortemente modificada pelas falhas normais mais recentes, sugerindo que o sistema evoluiu de um colapso progressivo da parede de suspensão na direção NE (Fig. 5; Villegas, 1994).Os sistemas antitéticos formam os limites nordeste das sub-bacias Mocajuba e Limoeiro , com planar e falhas normais lístricas mergulhando para a SW. Eles deslocam as unidades do subsolo por mais de 1,5 km.As falhas transcorrentes foram interpretadas como falhas de transferência, porque elas correm paralelos aos eixos extensionais e dividem a Bacia do Marajó em oito segmentos geométricos distintos (Villegas, 1994). Ao longo do lineamento Arari (Fig. 2), que corresponde ao limite noroeste da bacia, uma série de bacias pull-apart se formaram. Essas bacias são ligadas a um sistema de enéchelon , de que a sub-bacia Mexiana é um bom exemplo. A evolução cinemática dos sistemas estruturais envolvem: (1) formação do sistema sintético acompanhada por falhas de transferência de propagação e pela deposição fluvial, flúvio - deltaica , leque aluvial e sequências de água - lago raso (unidades rifte na Fig. 4 ); (2 ) a formação de um sistema antitético e intensificação de deslocamento ao longo das falhas de transferência , seguido pela deposição de sequências fluvial e fluvio - deltaicos ( unidade de pós - rifte na Fig. 4 ); (3) a última fase de cinemática é marcada principalmente pelo deslocamento ao longo do lineamento de Arari, com a sub-bacia de Mexiana sendo preenchida por uma grossa pilha sedimentar intimamente associada com o alargamento do Atlântico. 3.Neotectônica Antes de discutir mais dados e interpretações possíveis, é importante ressaltar alguns aspectos neotectônicos da Amazônia.As sequêcias sedimentares do terciário inferior e Cretáceo superior ocorrem principalmente nas bacias do Amazonas (Formação Alter do Chão) e Marajó (sequência pós-rift) e são os resultados do evento extensional Atlante Sul. Um perfil regional generalizada de laterítos desenvolvido nessas sequencias sedimentares, bem como em unidades mais velhas (Truckenbrodt et ai 1991; . Costa , 1991) , foi interpretado como tendo originado Eocenio para oligocene vezes durante um período estável. Processos morfotectônicos e de sedimentação , relacionados a um regime transcorrente que corresponde ao período neotectônico na placa da América do Sul , ocorreram desde o Mioceno . Dois pulsos transcorrentes são reconhecidos (Mioceno - Plioceno e Pleistoceno Superior - Holoceno), que são responsáveis por deslocamentos ao longo de conjuntos de falhas, geração de depósitos sedimentares , e formação de paisagem (Costa et al , 1994, 1995, 1996; . Bemerguy et al., 1995 ; Borges et ai , 1995; . Fernandes Filho , 1995; Ferreira et al 1996; . Bemerguy , 1997) . Com base nas características litoestratigráficos, estruturais, tectônicos e geomorfológicos de idades Terciário e Quaternário, a área do rio Amazonas é dividido em seis domínios neotectônicos (Bemerguy , 1997) que são descritos com ênfase em relevo, drenagem e estruturas (Fig . 6-A) . 3.1 Domínio 1Domínio 1 ocupa a área entre Manaus e Urucará , com uma grande parte ocorrendo na margem esquerda do rio Amazonas . Este domínio é caracterizada por colinas, em uma direção NE- SW, que são modeladas nas sequências fluviais (Formação Alter do Chão), e controlado por uma tendência NE- SW de falhas inversas e dobras. As zonas de alívio compreendem colinas a cerca de 200 m acima do nível do mar, cortadas por vales em forma de V dos principais rios que, com seus afluentes, formam um padrão de drenagem

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do tipo treliça. Os principais rios ( Puruquequara , Preto da Eva , Urubu e Anebá ) correm paralelas às falhas normais tendendo a NW (Fig. 7 ) . A planície Amazônica é generalizada na margem direita do rio Amazonas, chegando a 70 km de comprimento até a foz do Rio Madeira, com várias gerações de paleocanais trançados e meandros abandonados. Ele sugere que o canal principal migrou para o norte nesta área. Em contraste, a maior parte da margem esquerda é caracterizada por escarpas de rochas sedimentares. As estruturas foram agrupadas em dois conjuntos distintos com base no seu relacionamento com as unidades estratigráficas (Fig. 6a e b). O conjunto mais antigo (Mioceno - Plioceno) compreende dobras, falhas inversas e estocadas que afetam rochas sedimentares , assim como o caulim e camadas lateríticas , cuja formação teve lugar durante o Oligoceno (Costa, 1991) e pode ser claramente observada ao longo de cortes de estradas (por exemplo, AM- 010), principalmente entre os rios Preto da Eva e Urubu e em Manaus (Fig. 6-A). Estruturas similares foram determinados tanto mesoscopicamente ( radar de penetração do solo ; Sauck et al (1995) e em grande escala ( dados sísmicos;Petrobrás ) Os sistemas de dobra mostram dobras tendendo para NE. O segundo conjunto engloba falhas normais NW-SE, interligando grabens preenchidas por sequencias fluviais do Pleistoceno-Holoceno que podem ser vistas em Manaus e áreas adjacentes (Fig. 6b).3.2 Domínio 2Domínio 2 inclui o curso inferior da área do Rio Madeira e a do Rio Amazonas, entre Autazes e Oriximiná, com uma forma retangular de NE-SW, onde a ilha Tupnambarana é a principal característica morfológica (Fig. 6a e b). Este domínio exibe baixos gradientes de relevo associadas com forte controle estrutural da drenagem visto nos canais lineares dos rios, fronteiras lineares de lagos, e anomalias dos tipos de, que são derivados dos lineamentos NE- SW ligados ao lineamentos EW menos desenvolvidos . Os lineamentos NE -SW e EW são interpretadas, respectivamente, como Quaternário direito -lateral transcorrente e falhas normais. Na verdade, estas estruturas formam uma bacia de pull- apart que foi preenchida por sequências de água - fluvial e lacustre rasos depositados ao longo do Pleistoceno - Holoceno . 3.3 Domínio 3Domínio 3 compreende a área entre Alenquer, Juruti, Monte Alegre e Aveiro, com Santarém no centro (Fig. 6). Caracteriza-se pelo alívio de vários tipos: cuestas até 765 m de altura, um domo (cúpula de Monte Alegre) formado pelas colinas de homocline superiores a 450 m, características morfológicas modeladas em diques de dolerito (diabásio Penatecaua) e blocos erguidos; Estas são classidicados como morfoestruturas em estágio avançado de erosão. Existem também grandes áreas de planícies em ambas as margens do Rio Amazonas que exibem padrões de drenagem anastomosado e palimpsesto, formados principalmente por paleocanais e lagos associados com meandros abandonados. Na cúpula de Monte Alegre e áreas de cuesta, padrões de drenagem do tipo treliça e anelar dominam, respectivamente.Relevo e drenagem mostram forte controle por dois sistemas de neo-tectônicas. As estruturas terciárias superiores englobam NE-SW e ENE-WSW dobras e falhas reversas que deram origem a um gradiente de alívio forte mostrado nos sistemas de acidente geográfico com uma ampla distribuição regional que inclui cuestas e cúpula de Monte Alegre. Há também falhas transcorrente dextrais EW e ENE- WSW caracterizadas por curvas alternadas com segmentos retos, que parecem ser falhas mestres ligadas às estruturas de compressão. As estruturas do Quaternário compreendem dois grábens em grande escala tendendo para NW-SE e NNE-SSW e um conjunto de falhas transcorrentes dextrais ENE- WSW. Eles são interpretados como um sistema de rift- rift- strike-slip conectando ao redor de Santarém, onde a planície Amazônica atinge 80

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km de largura e apresenta diversas anomalias do sistema de drenagem, como vários canais e lagos isolados. 3.4 Domínio 4O domínio 4 é observado principalmente na margem norte do Rio Amazonas, onde sistemas de cuestas e um padrão de drenagem treliça são as principais características morfológicas. A outra característica importante neste domínio é o sistema de colinas residual que apresenta cerca de 300 m de altura de topos planos, com fluxos entrincheirados, cujos canais são modelados por estruturas dando anomalias dos arcos. Os montes formam uma superfície de obturadores a 100 m de altitude, onde encostas lineares formam um padrão de drenagem dendrítica retangulares (Fig. 6a e b).O controle estrutural do relevo e drenagem, bem como as anomalias nos canais do rio Amazonas é encontrado para ser relacionado com os lineamentos ENE - WSW e EW. Estes são interpretadas como falhas transcorrente dextrais com base nas seguintes características: (1) segmentos retos dos rios por mais de 100 km de comprimento; (2) forte assimetria da planície amazônica; (3) alinhamento dos lagos na direção ENE-WSW na planície; (4) paleocanais paralelos ao canal do rio Amazonas, sugerindo a sua migração para o noroeste; e (5) a ausência de evidências relacionadas a altas taxas de deslocamento vertical, tais como depósitos sedimentares grossos. Estas estruturas têm sido associadas com o ramo strike-slip de um rift / rift / strike-slip conjunto triplo de falhas divergentes de Santarém. A outra interpretação possível para estas estruturas se relaciona com a origem das colinas como restos do arco Gurupá e, por conseguinte, está associada com falhas normais de idade Mesozoica.3.5 Domínio 5O domínio 5 forma o arquipélago na foz do Rio Amazonas, com um padrão anastomosado como uma característica importante na planície amazônica (Fig. 6). As ilhas exibem orientação NE-SW, apresentam forma retangular e chegam a 130 km de comprimento - por exemplo, ilha de Gurupá, que também tem limites íngremes. No continente, o relevo é do tipo superfície plana interfluvial, também visto nos arenitos da formação Alter do Chão e em sedimentos do Cenozóico superior (grupo Barreiras). Drenagem mostra um padrão dendrítico.Desde o Mesozóico, atividades tectônicas foram registradas com falhas transcorrentes dextrais a NE- SW, ao longo das quais bacias de pull- apart foram formadas, permanecendo ativas até o Terciário superior. A paisagem é modelada por falhas transcorrentes dextrais a NE- SW, que estão ligadas a ENE -WSW e falhas normais E- W. Estas falhas formaram bacias de pull- apart que preencheram até 1000 m de sequências sedimentares durante o Pleistoceno - Holoceno, o que sugere altas taxas de deslocamento ao longo de falhas mestre. Essa interpretação é também apoiada por eventos sísmicos registrados nesta região nas últimas décadas (Villegas, 1994).3.6 Domínio 6Domínio 6 compreende a Ilha de Marajó e a região nordeste do estado do Pará, apresentando morfologia estuarina típica (Fig. 6a e b). A ilha é caracterizada por várias gerações de paleocanais com dimensões variáveis e composto de arenito de ambientes fluvio - estuarinas no lado ocidental, e uma planície costeira fluvio - marinha no lado oriental. Em direção ao norte e nordeste, pendentes falésias são modeladas em sequências estuarinas do Terciário Superior (Grupo Barreiras). No continente, colinas formam uma superfície planation a 70 m de altitude, sustentadas por fragmentos de laterita decorrente do Pleistoceno médio.Na ilha de Marajó, os sistemas de drenagem fluem do centro para as margens da ilha e formam um padrão reticular de alta densidade na parte ocidental. No continente, o

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sistema de drenagem apresenta uma forma retangular-dendrítica, onde os principais rios (Guamá, Pará, Tocantins, Moju e Acará) fluem para a baía de Marajó (Fig. 8).As estruturas neotectônicas estão agrupadas em dois conjuntos. O conjunto mais antigo é o de falhas normais de imersão para o nordeste, que controlava a deposição de águas rasas marinhas (Formação Pirabas) e depósitos de transição (Grupo Barreiras) no Terciário superior. O conjunto mais jovem corresponde a falhas transcorrentes dextrais EW ligadas por falhas normais NW- SE que formam as bacias pull- apart de dimensões variáveis decorrente do Pleistoceno - Holoceno.Ao longo do Quaternário, a Ilha de Marajó foi segmentada em blocos inclinados que resultaram na elevação de sua parte oriental; A Baía de Marajó foi formada como resultado da captura do curso inferior do Rio Tocantins por falhas transcorrente NE- SW, e vários canais de regiões ao redor se formaram paralelas às falhas transcorrentes EW.3.7 A relação entre os domíniosExistem muitas semelhanças morfológicas entre os domínios, bem demonstradas por:1. O bloqueio dos cursos baixos dos rios, que evoluíram para lagos devido aos blocos inclinados associados com deslocamentos ao longo das falhas transcorrentes e normais; 2. Grandes áreas de paleocanais e meandros abandonados nas planícies de inundação devido à migração de drenagem relacionadas com blocos inclinados; 3. Lineamentos de drenagem atingindo várias centenas de quilômetros de comprimento;4. Restos de blocos erguidos até 300 m de altura entre as planícies; 5. Grandes áreas compostas por sequencias sedimentares decorrentes do Pleistoceno – Holoceno.Além disso, também existem várias diferenças morfotectônicas, devido à natureza dos movimentos neotectônicos, o que deu origem a estruturas distintas com as tendências variáveis. Neste sentido, os domínios 1 e 3 apresentam estruturas de exibição transpressional , principalmente dobras estocadas , e falhas evidenciadas no alívio por colinas tendendo para NE. Estas estruturas de compressão foram sobrepostas por estruturas transtensivas e transcorrentes, que controlam a tendência dos grandes rios (Amazonas, Tapajós, Xingu e Tocantins). Os domínios 2, 4 e 5 formados por grandes estruturas transcorrentes compreendem várias bacias de pull- apart, que são caracterizadas por paleocanais em extensas áreas e diversas ilhas ao longo de suas tendências. Domínio 6 passou por subsidência durante o Mesozóico e Cenozóico e caracteriza-se por superfícies de assoreamento, que são distintas dos outros domínios.4. PaleogeografiaGrande parte da paleogeografia ao longo do Rio Amazonas está associada com movimentos tectônicos durante o Mesozóico e Cenozóico (Fig. 9).Grandes áreas entre Manaus e Gurupá foram submetidas à elevação seguida por magmatismo e falha, o que gerou, respectivamente, diques máficos (diabásios Penatecaua e Cassiporé) e falhas normais que formam o limite de dois depositos (Fig. 9a). Os depositos são preenchidos com sequências fluviais formadas a partir de sistemas de drenagem transversais, que divergem do arco inferior Tapajós. No final do Cretáceo - Terciário, a extensão tornou-se menos intensa, sendo acompanhado pela deposição de sequências fluviais também na área inferior Tapajós.Sugere-se que grande parte dos sistemas de drenagem, fluindo em direção ao oeste inverteu a leste e deu origem ao Rio paleo-Amazonas, provavelmente no início do período Terciário. Grabert (1971) e Bemerguy e Costa (1991) também sugeriram que a elevação dos Andes inverteu o padrão de drenagem, fazendo com que o rio Amazonas fluisse para o leste, ocupando a posição de um ponto baixo estrutural. Hoorn (1994), Hoorn et al. (1995) e Gamero (1996) também observaram a elevação das várias gamas

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de montanha do norte da América do Sul como a principal causa para a mudança nos padrões de drenagem (por exemplo, Magdalena, Orinoco e rios da Amazônia). O desenvolvimento da planície Amazônica começou em torno deste período, com a cúpula de Monte Alegre e outras áreas elevadas, sendo os restos do arco inferior Tapajós.Em Marajó, depósitos alongados NW-SE formados durante o Cretáceo são fortemente controlados pela tendência de cintos de cisalhamento do período pré-cambriano NE e separados por blocos inclinados paralelos às falhas transcorrentes. O arco de Gurupá atuou como uma saliência dos depósitos e foi segmentado por falhas desde o início do Cretáceo. Depois, uma fase de erosão foi desenvolvida, principalmente associada com sistemas de paleodrenagem, fluindo em direção ao centro da bacia.Tem sido sugerido que houve deslocamentos de até 7 km de rochas pré-cambrianas ao longo de falhas mestre normal do sistema sintetico (Villegas, 1994), e que o alívio do arco Gurupá pode ser parcialmente caracterizado por montanhas que tendem para NWs com elevações de mais de 1000 metros. Além do limite nordeste da Bacia do Marajó, houve outro sistema de drenagem que flui em direção ao sudoeste e também contribui para a formação das sequências fluviais da unidade de fenda. Este cenário foi intensamente modificado começando no terciário, com a nova escapa de terra que está sendo caracterizada por todos os sistemas de drenagem que fluem para o leste e o principal canal (paleo- Rio Amazonas), que liga ao Oceano Atlântico através de uma zona de strike-slip (Lineamento Arari). A forma do litoral adquiriu enseadas e baías paralelas às falhas normais, respectivamente (Fig. 9b).No Terciário superior ( Mioceno - Plioceno ) , grande parte da região costeira sofreu extensão, enquanto a transpressão dominou grandes áreas da bacia do Amazonas, com o arco Gurupá atuando tanto como fonte de sedimentos de areia como uma área de estirpe particionada. Colinas alinhadas paralelamente à tendência de falhas inversas e dobras e alternando com grandes planícies associadas com bacias de pull- apart ao longo das falhas transcorrentes (por exemplo, lineamento Tupinambarana) foram formadas como resultado da erosão de blocos erguidos nas áreas transpressivas. Uma série de anomalias foi gerada nos padrões de drenagem: rio- lagos associados com o bloqueio da embocadura dos grandes rios; segmentos retos de rios de até 300 km de comprimento; e meandros da planície de inundação abandonadas devido à migração de canais estreitamente relacionadas com blocos inclinados. A subsidência de grandes blocos na região litoral levou a transgressão do mar na ilha de Marajó e áreas adjacentes, resultando na deposição de sequências de água-marinha rasas (formação Pirabas), que foram seguidos por sequências de transição e fluviais (grupo Barreiras). Ocorrências da formação Pirabas até 150 km de litoral presente foram identificados, sugerindo máxima inundação Marinha durante o Mioceno (Fig. 9-c). A existência de sequencias do terciário superior de até 5 km de espessura nas bacias de pull- apart ao longo do lineamento Arari mostram que grande parte da deformação na costa foi acomodada por deslocamentos transcorrente, com o Rio paleo- Amazônas desempenhando um papel importante no enchimento das bacias. Desde o Pleistoceno superior, grandes estruturas transcorrente e extensionais formaram braços triplos e áreas de transtensão. Construíram muito das características da paisagem, principalmente dos sistemas de drenagem modernas, tais como o seguinte, mostrado na Fig. 9d:1. Os segmentos retos dos cursos inferiores dos rios Negro, Urubu, Preto da Eva, e Uatumã, que correm paralelos às falhas normais tendendo para NW, e alternando grabens e horsts; 2. Uma série de sistemas de colina ao norte e ao nordeste de Manaus e Itacoatiara e ao sudeste de Santarém que são remanescentes de transpressão do Mioceno - Plioceno;

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3. A forma retangular da Ilha Tupinambarana está intimamente associada com transtensão como o resultado da interação de falhas transcorrentes direito-lateral do período Terciário superior;4. O bloqueio das embocaduras dos rios Xingu e Tapajós e a tendência do rio Amazonas entre Monte Alegre e Gurupá parecem estar ligados à propagação das falhas transcorrentes ENE- WSW, e características semelhantes também podem ser vistas ao longo do lineamento Tupinambarana; 5. A forma linear do curso inferior do rio Tapajós para mais de 300 km é devido ao forte controle por falhas normais; 6. Grandes planícies de inundação, lagos, sequências do Holoceno generalizadas e meandros abandonados entre Juruti e Santarém estão associados a falhas normais NW- SE; 7. Ilhas com dimensões variáveis e formas retangulares na foz do rio Amazonas são em grande parte explicadas pela interação das falhas transcorrentes NE- SW (Linemaneto Arari); 8. As fronteiras leste e sul da ilha de Marajó também são delineadas por NE-SW e falhas transcorrentes ENE-WSW, respectivamente, com o primeiro controlando a tendência da baía e o curso inferior do rio Tocantins. Grande parte das diferenças observadas na ilha do Marajó, tais como paleo canais no nordeste e densa angulosidade retangular padrão no sudoeste, são devido à rotação do bloco gerando falhas normais NW-SE.5. ConclusãoPadrões de relevo e drenagem e diversidades de anomalia durante o Mesozóico e Cenozóico são facilmente entendidos quando detalhes das características estruturais da tectônica são considerados, particularmente em conjunto com interpretações de dados geomorfológicos, sedimentares, estratigráficos e de sensoriamento remoto. Na verdade, a configuração morfotectonica aqui delineadas é o resultado do campo de tensões progressivas do Mioceno superior. Neste sentido, os modelos que foram apoiados por morfoclimáticos (Ab'Sa-ber, 1957, 1967; Meis, 1968; Nascimento et al., 1976; Tricart, 1977) ou aspectos glaciais (Ruellan, 1945; Boaventura e Narita, 1974; Barbosa et al., 1974; Frailey et al., 1988; Campbell, 1990), bem como aqueles com base estatísticas de tratamento de lineamentos de drenagem (Cunha, 1988, 1992; Franzinelli e Piuci, 1988), foram focados em apenas parte dos processos e tem que ser melhorados.Existem várias formas de relevo remanescentes de transpressão do Miocene- Plioceno nos domínios 1 e 3 , com as colinas alinhadas e a cúpula de Monte Alegre , que são interpretadas como uma dobra em estágio avançado de erosão apresentando uma falha reversa. Este é o melhor exemplo de morfoestruturas associado com dobras e falhas inversas. As montanhas e remanescentes de colina do Domínio 6 ( Gurupá e áreas adjacentes) são, provavelmente, as características da saliência da bacia transtensiva preenchido por água marinha rasas , sequências de transição e fluviais de idade Mioceno - Plioceno . O padrão de drenagem de idade retangular do domínio 2 ( região Tupinambarana ) e os segmentos lineares de grande porte do Rio Amazonas de Domínios 4 e 5 são fortemente controlados pela tendencia das falhas transcorrentes que têm sido ativas desde o Terciário superior.A paisagem moderna é em grande parte o resultado de extensão e transtensão ao longo ou entre a propagação de falhas transcorrentes de grande escala em todo o Quaternário. Falhas normais distensionais controla, a tendência dos cursos baixos dos grandes rios do domínio 1 (Rios Urubu , Preto da Eva , Negro, Uatumã , Nhamundá ) , domínio 3 ( rio Tapajós ) e Domínio 4 ( rio Xingu ), enquanto as falhas transcorrentes definem a orientação daqueles de Domínio 5 ( Rio Amazonas ) e Domínio 6 ( rio Tocantins ) .

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Paleocanais (por exemplo, Ilha de Marajó), colinas alinhadas na direção NW- SE (por exemplo, domínios 1, 3 e 6), rio- lagos e meandros abandonados nas planícies de inundação são características de deslocamentos verticais ao longo de falhas normais ou transcorrentes. Também deve-se destacar que as formas das ilhas Tupinambarana e Gurupá estão associadas com interações ( stepover ) de falhas transcorrentes.Portanto, sugere-se que as principais características de paisagens antigas e modernas da região do canal da Amazônia são em grande parte resultado da tectônica intraplaca de início do Terciário para o Holoceno e não foram causados pela elevação da Cordilheira dos Andes, pela qual apenas uma parte alterada do sistema de drenagem flui em direção ao leste.Conclui-se também que muitas das diferenças entre os domínios estruturais são intimamente relacionadas às estruturas herdadas no subsolo, que induziu a tensões particionadas com transtensiva, transpressiva e segmentos bem evidenciados transcorrentes. Isso pode ser facilmente demonstrado no domínio 6, com as zonas de compressão cisalhamento Precambriana NW-SE, sendo reativadas em falhas normais durante o Mesozóico e Cenozóico.