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ANÁLISE ESTRUTURAL DE REDES NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DO CAML
Nuno Rodrigues | Sónia Barroso
1
ANÁLISE ESTRUTURAL DE REDES NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DO CAML
Nuno Rodrigues Coordenação dos Pólos Administrativos (CPA) [email protected] Sónia Barroso Gabinete de Apoio à Investigação Científica, Tecnológica e Inovação (GAPIC) [email protected]
RESUMO
O Centro Académico de Medicina (CAML), é um consórcio que integra a Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa (FMUL), o Instituto de Medicina Molecular (IMM) e o Centro Hospitalar Lisboa Norte ‐
Hospital de Santa Maria (CHLN‐HSM), interligando entre si três áreas de atuação nomeadamente, ensino
superior, investigação cientifica e cuidados hospitalares.
O estudo Análise estrutural de redes na investigação científica do CAML centrou‐se na análise das relações
desenvolvidas em torno da investigação científica no CAML, em que o IMM assume um papel fulcral.
Metodologicamente, este estudo assentou na recolha de informação através do inquérito por questionário e
recorreu à Análise Estrutural de Redes Sociais (ARS) que, além da habitual caracterização de determinados
atributos dos atores estuda também a forma das suas relações sociais, permitindo, assim, obter uma
representação gráfica daquelas relações através de mapas de redes ou grafos.
Dada a dimensão do IMM, o presente artigo constitui‐se como um estudo piloto e incidiu sobre todos os
investigadores do (ex‐) Programa de Biologia Celular e do Desenvolvimento do IMM.
O recurso à ARS permitiu identificar redes de investigação ao nível de parcerias e relações formais assentes
em projectos financiados; e também ao nível de colaborações, relações informais que se estabeleceram
como interacções pontuais e espontâneas.
Da análise à teia de relações dos investigadores é de evidenciar que dentro do IMM e ao nível do CAML
predominam as relações informais/colaborações apresentando‐se mais coesas e organizadas do que as
relações formais/parcerias estabelecidas em torno de projectos financiados, sendo a nível nacional e
internacional que tendem a estabelecer‐se este tipo parcerias.
A equipa responsável pela elaboração deste estudo (Nuno Rodrigues – CPA e Sónia Barroso – GAPIC) propõe
estender este estudo a toda a comunidade do IMM e CAML, de forma a ter uma caracterização geral da teia
de relações que se estabelecem em torno da investigação científica.
(Link para Artigo)
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conhecimento científico potencialmente relevante para a prática clínica, tentando perceber a sua
relevância na transferência do conhecimento produzido, quando se fala de investigação básica e clínica, e
por último, mas igualmente relevante, pretende‐se perceber a que nível as redes, formais e informais, são
agente facilitador de investigação translacional.1
ENQUADRAMENTO DA ANÁLISE ESTRUTURAL DE REDES SOCIAIS (ARS)
A ARS é hoje considerada uma importante ferramenta para descrição de interacções entre agentes e
estruturas sociais, e sua análise, empírica e conceptual, com impacto em áreas tão diversas como a
Sociologia, a Economia e Gestão, o Ensino e a Saúde, entre muitas outras. É, cada vez mais, utilizada como
instrumento fundamental de apoio à decisão.
O conceito de Rede Social remonta às origens da própria Sociologia, e está já latente nas investigações
fundadoras de Durkheim e Tönnies sobre dinâmica de grupos (Scott, 1987). A partir da década de 1930 tem‐se
registado avanços muito significativos a nível conceptual e prático, essencialmente devido à introdução de
metodologias de Análise Estrutural de Redes que, acopladas à Teoria Gráfica, permitem uma percepção
gráfica das redes estabelecidas, através dos “mapas de redes” ou grafos. Actualmente, o âmbito da análise
de redes sociais ultrapassa, em muito, o da sociologia entendida em sentido estrito (Scott 1987, 1988; Borgatti et
al, 2009, 2011; Butts, 2009; Lemieux e Ouimet, 2008; Marteleto, 2001; Varanda, 2000).
As redes sociais definem‐se pelas relações entre diferentes tipos de unidades sociais, nomeadamente,
indivíduos, grupos e organizações, ou mesmo sociedades inteiras. O termo rede social refere‐se, em
concreto, à estrutura social definida por aquelas interacções. No seu estudo privilegia‐se, assim, a análise das
relações entre as unidades sociais em detrimento da análise das propriedades dos actores (eg, indivíduos
singulares). Contudo, embora o enfoque seja sobre dados de tipo relacional, não se descarta a análise de
factores de tipo atributivo (inerentes ao actor ou unidade social) e até de carácter material (eg,
equipamentos, facilities), quando se antevê que influenciem significativamente a estrutura da rede social sob
análise (eg, Borgatti e Halgin, 2011). Latour e Callon, na sua Teoria do Actor‐Rede, desenvolvem este aspecto,
defendendo que numa rede os “nós” estão formados tanto por actores “de carne e osso” como por actores
não humanos, tais como os instrumentos, componentes tecnológicos ou objectos físicos que suportam a
própria rede (Callon, 1987, 1997; Latour, 1987, 2005; Dolwick, 2009).
A análise de redes coloca em campo novas dimensões conceptuais ao permitir medir e caracterizar atributos
(qualidades) das relações estabelecidas, nomeadamente a sua intensidade e durabilidade, centralidade,
densidade, e reciprocidade. Estes conceitos, herdados das investigações antropológicas britânicas efectuadas
nos anos 50 e 60 por John Barnes, Clyde Mitchell e Elizabeth Bott, são particularmente úteis na análise de
1 Tese de Mestrado desenvolvida por Nuno Rodrigues
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estruturas sociais mais complexas, como meso‐ e macro‐redes, nomeadamente, para compreensão da sua
evolução e dos factores que promovem o estabelecimento de pontes (bridges) relevantes entre redes já
estabelecidas (Varanda, 2000; Borgatti e Halgin, 2011; Butts, 2009).
Na época actual, em contraste com um passado ainda recente, a investigação científica de vanguarda
mobiliza recursos consideráveis, tanto humanos como materiais, e exige o concurso de agentes provenientes
de múltiplas áreas disciplinares. Esta abordagem transdisciplinar dos problemas, de que a moderna
“Medicina Translacional” é apenas um reflexo, vai de par com um aumento significativo na quantidade e
complexidade das interacções entre os diferentes agentes envolvidos. O estabelecimento de redes de
investigação cada vez mais vastas e complexas é, assim, tanto um resultado, como um reconhecido promotor
de uma investigação científica cada vez mais sofisticada, eficiente, e competitiva (Newman, 2001; Fiore, 2012). No
Ensino e na Medicina tem‐se registado, nos correspondentes âmbitos de actuação, evoluções muito
semelhantes (Luke e Harris, 2007; Brownstein et al., 2009; Fortney, 2011; Ackerman e Locatis, 2011; Valente, 2012).
Assim, a elucidação de factores e medidas que influenciam o estabelecimento e a boa evolução de redes
promotoras de sinergias de sucesso perfigura‐se como objectivo prioritário na análise estrutural de redes
sociais (eg, Kossinets e Watts, 2006).
As Instituições em que estão sediados os agentes ou actores sociais desempenham um papel fundamental na
emergência, evolução e complexidade das redes sociais em que esses actores participam. No que concerne à
Universidade‐instituição, a teoria Triple Helix desenvolvida por Etzkowitz e Leydesdorff (Leydesdorff e Etzkowitz
1998) baseia‐se na perspectiva da Universidade como líder nas relações entre a Indústria/empresas e o
Estado/governo para gerar novo conhecimento, inovação e desenvolvimento económico. A inovação é aqui
compreendida como o resultado de um processo complexo e dinâmico de experiências geradas pelas
relações entre ciência e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, dentro e através da universidade, indústria
e governo/agências de financiamento.
O CAML congrega três vectores‐chave de actuação, nomeadamente o Ensino Superior, a Investigação
Cientifica e os Cuidados Hospitalares, consubstanciados, a nível institucional, na Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa (FMUL), no Instituto de Medicina Molecular (IMM) e no Centro Hospitalar Lisboa
Norte ‐ Hospital de Santa Maria (CHLN‐HSM), respectivamente. As relações intra‐CAML podem ser traduzidas
em variadas redes, distintas consoante a dimensão que se queira destrinçar, sendo uma das vertentes destas
redes as de investigação científica, na qual o IMM tem um papel central, enquanto um dos principais
institutos de investigação biomédica do país.
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ANÁLISE ESTRUTURAL DE REDES NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DO CAML
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar as redes na investigação científica do CAML, comparando as parcerias, relações formais assentes
em projectos financiados, com as colaborações, relações informais que se estabelecem em interacções
pontuais e espontâneas, conclui‐se que:
‐ Dentro do IMM as relações informais/colaborações são mais evidentes do que as relações
formais/parcerias;
‐ No âmbito do CAML as relações formais/parcerias tendem a ser mais dispersas do que as relações
informais/colaborações;
‐ A nível nacional e internacional estabelecem‐se mais relações formais/parcerias do que relações
informais/colaborações;
Em suma, dentro do IMM e ao nível do CAML predominam as relações informais/colaborações, enquanto
que, com o exterior predominam as relações formais/parcerias.
Independentemente dos resultados alcançados, este é sem dúvida um estudo pioneiro sobre um Laboratório
Associado da Universidade de Lisboa que, para além de ter permitido adquirir expertise em ARS, constitui o
primeiro passo para a utilização da análise de redes como instrumento privilegiado em processos que
envolvam a avaliação de impacte de programas e estratégias ao nível da investigação, e para decisão
informada.
Para melhorar as iniciativas futuras prevê‐se a realização de focus groups com investigadores sobre os
resultados deste estudo, nomeadamente para melhorar o instrumento de recolha de dados (questionário).
Dada a relevância deste estudo, pretende‐se, assim, no futuro realizar análises longitudinais de redes na
investigação científica do CAML, estudando as suas mutuações ao longo do tempo; bem como a extensão do
estudo aos restantes programas do IMM e a todo o CAML, sendo expectável que venha a ser de grande
utilidade na avaliação do impacto de financiamentos, de programas de R&D e educacionais, de mobilidade
científica e internacionalização, de estratégias de gestão de recursos humanos e materiais, e de espaços.
Antecipa‐se também como relevante na apreciação do impacto destes programas e estratégias na percepção
externa e visibilidade das instituições constituintes do CAML.
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BIBLIOGRAFIA
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AGRADECIMENTOS
‐ Instituto de Medicina Molecular ‐ Investigadores que participaram no inquérito por questionário ‐ Consultores Internos ‐ Profs. Doutores João Ferreira e Ana Espada de Sousa (GAPIC); Doutor João Carriço (Consultor Científico Interno; IMM). ‐ Consultor Científico Externo ‐ Profª Doutora Inês Pereira (CIES – ISCTE‐IUL)