arteterapia em educação

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  • Arteterapia em Educao

    Cenas de uma sala de enfermagem

  • Osvaldo Theodoro

    Arteterapia em Educao

    Cenas de uma sala de enfermagem

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ...................................................................................................................................... 11

    2 O ADOLESCENTE ................................................................................................................................. 17

    2.1 Adolescncia e tanatologia .......................................................................................................... 20

    3 A ARTETERAPIA COMO POSSIBILIDADE DE SABER/FAZER UMA PEDAGOGIA DE

    RESSURREIO DO CORPO NUMA AULA DE ENFERMAGEM ................................................. 23

    4 PERCORRENDO CAMINHOS DA PERCEPO DA MORTE .................................................... 33

    a) morte, morrer e dor ................................................................................................................................ 34

    b) A enfermagem e a tanatologia ................................................................................................................ 35

    c) Cultura e tanatologia ............................................................................................................................... 38

    CONCLUSO ............................................................................................................................................ 41

    NOTAS ........................................................................................................................................................ 45

    REFERNCIAS ........................................................................................................................................... 49

    Sobre o Autor .............................................................................................................................................. 52

  • Dedico este livro

    A DEUS, meu ajudador;

    A ADNELMA da Silva Theodoro,

    esposa amada;

    AOS FILHOS queridos:

    Patrcia do Nascimento Theodoro,

    Nilton Jos Theodoro Neto,

    Andr Felipe Veiga Theodoro,

    Pedro Thiago Veiga Theodoro e

    Amanda da Silva Theodoro;

    AOS AMIGOS enfermeiros;

    AOS COLEGAS de trabalho;

    UNISULMA.

  • Disse UTNAPISHTIM:

    Nada permanece. Ser que construmos

    casa para ficar para sempre? Ser que

    selamos um contrato que valha em todos

    os tempos? Dividem os irmos uma

    herana para a guardarem para sempre?

    [...] desde os dias antigos que nada

    permanece. Que semelhantes so mortos

    os que dormem - so como uma morte

    pintada! Que h entre o senhor e o servo

    quando ambos chegarem o seu fim?

  • 1 INTRODUO

    O presente livro foi adaptado da monografia apresentada Universidade Cndido

    Mendes (RJ), Pr-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisas

    Scio-pedaggicas, sob a orientao do professor MSc. Marcos Antonio Chaves, para

    obteno do ttulo de Especialista em Arteterapia em Educao e Sade, apresentada no ms

    de agosto de 2000.

    No se pretende aqui esgotar o assunto, mas discutiremos de forma simples e

    aguda as relaes dos atores facilitadores e sujeitos da aprendizagem e com toda a nuana que

    o caso requer; entender cenas de uma aula de enfermagem em tanatologia utilizando o

    instrumento da arteterapia.

    Este trabalho no pretende se moldar nos rigores da metodologia da pesquisa,

    contudo, uma adptao de um trabalho cientfico e tem o objetivo de trazer para o debate a

    arteterapia como possibilidade de um saber/fazer dentro da sala de aula, contribuindo assim

    para a construo de um profissional de enfermagem crtico e reflexivo.

    A arteterapia como saber/fazer ainda no est introduzida de maneira efetiva,

    salvo melhor juzo, nas instituies educacionais. O mundo est em constante transformao.

    A velocidade da informao impressionante, e a globalizao une o mundo. A produo do

    conhecimento afetada por essas mudanas. H um certo louvor produo. inexorvel

    esta cooptao do incentivo produo e demanda de (pg.11) mercado como fim ltimo dessa

    poltica neoliberal. Por outro lado, o terceiro milnio aponta para questes voltadas leitura

    de fenmenos simblicos.

    A arteterapia possibilita a materializao do smbolo; possibilita usar o corpo e o

    material para harmonizar e humanizar. O smbolo o que , o fenmeno. No verdade,

    nem mentira, simplesmente . A abordagem simblica aproxima-se da emoo. A expresso

    da imagem o desvelar do contedo humano no racional. No o que est velado. A

    arteterapia pode materializar as imagens arquetpicas. Arqutipo a mente humana pensando

    nela mesma, disforme, princpio, a gnese dos motivos das coisas. O inconsciente

    coletivo a sede dos arqutipos.

    A prtica educacional, de igual modo, e por ser parte integrante do mundo, recebe

    influncia dessa poltica globalizante neoliberal. Como produto dessa mudana, temos a nova

    LDB1 - Leis de Diretrizes e Bases n 9394/96, que, gestada a partir dessas concepes, procura

  • adequar a educao s mudanas provocadas por essa globalizao e pela poltica neoliberal. H

    mudanas em vrios pontos do fazer/saber educacional na questo ensino/aprendizagem. Surge,

    ento, a partir dessas concepes, questes inquietantes, indagaes pertinentes na busca desse

    saber/fazer para a construo de uma cidadania plstica. Uma construo plstica no tecido

    social que requeira a plasticigenia do humano na ressurreio do corpo oprimido pelo

    conhecimento da coisa e de si mesmo. O que educar para a vida? Que atitude tomar para ir

    alm da educao bancria? A arte como processo teraputico possibilita que o sujeito tenha

    relao com o prprio corpo? Ou seja, satisfaz o seu desejo? Possibilita uma (pg.12)

    aprendizagem que aflora os instintos? Esse educando tem conscincia de si mesmo?

    autntico? Sente as prprias sensaes? Apesar de anatomizado, anteriorizado, medianizado,

    distalizado... o sujeito da aprendizagem uno , hlos (totalidade).

    Fazer arteterapia no estanque, e holismo, integrar todos os lados. Em um

    curso tcnico de enfermagem onde os alunos so iminentemente adolescentes, alguns aspectos

    merecem destaque e podem ser problematizados: a) Qual a percepo na prtica educacional

    do aluno adolescente do curso tcnico em enfermagem em sala de aula sobre a morte, morrer

    e a dor? b) Pode a arteterapia contribuir com esses alunos na relao de ajuda para minimizar

    a tenso de contato?

    Assim, pretende-se estudar a arteterapia na prtica educacional. Construir

    fazeres/saberes/fazeres (a poltica neoliberal aponta para a satisfao do deus mercado; isso no

    ruim, s que imperativo o produzir para entender) na educao do curso tcnico de enfermagem

    atravs da arteterapia, conhecendo as percepes (signos e significados) dos discentes quanto aos

    aspectos de suas vivncias para elaborao de contedo disciplinar do Plano de Ao em

    Enfermagem (PAE) do Projeto Poltico-Pedaggico (PPP). Pretende-se contribuir com esses

    discentes adolescentes com novas prticas educacionais na relao de ajuda para minimizar a

    tenso do contato com a morte, o morrer e a dor, atravs da arte como processo teraputico.

    No se pretende ensinar padro de excelncia no contato com a coisa; apenas

    facilitar caminhos para que o sujeito desabroche sua hominidade arquetpica criadora, sua

    humanidade. (pg.13)

    A populao estudada foram os alunos da disciplina Preveno em Sade I da

    Escola Tcnica Estadual de Santa Cruz (RJ), disciplina esta da matriz curricular proposta

    pelas professoras enfermeiras ngela Carlos do Amaral e Danielle de Souza Santos ao curso

    tcnico de enfermagem das escolas tcnicas estaduais do Estado do Rio de Janeiro

    (SECTEC/FAETEC), escolhidos aleatoriamente e identificados pelas iniciais de seus nomes.

    Tiveram participao voluntria.

  • Utilizou-se o mtodo fenomenolgico na anlise do contedo que, segundo

    Trivins2 (1987), num primeiro momento representa os processos e produtos elaborados pelo

    pesquisador. Foram analisadas as percepes dos sujeitos sobre a morte, o morrer e a dor.

    Primeiramente, os alunos foram provocados a verbalizar e escrever suas

    percepes e, num segundo momento, os elementos produzidos pelo meio, ou seja, a

    arteterapia e as oficinas usadas na sala de aula como dimenso plstica do sujeito, foi

    realizada a anlise dos contedos.

    As oficinas foram marcadas pela tcnica de relaxamento, pintura, colagem,

    trabalho com argila e possibilidades de escrever as percepes como perspectiva de anlise do

    processo e produtos originados pela estrutura cultural e socioeconmica, que nesse caso sero

    representados pela percepo de morte numa cultura neoliberal capitalista.

    O mtodo fenomenolgico segundo Capalbo3 (1994), nasceu como reao e ruptura

    do idealismo e do empirismo positivista. Nascido da pena de Edmundo Husserl, tem o seguinte

    lema: Volta s coisas nelas mesmas... livre de pressupostos interpretativos ... a experincia

    humana vivida concreta. (pg. 14) A experincia do profissional de sade frente a morte no

    deve ser agradvel. O que pode significar a morte para quem cuja funo primordial preservar

    a vida? D'Assumpo4 diz que todas as pessoas que trabalham com a sade sabem da enorme

    resistncia que os profissionais, especialmente os mdicos, ope a este tipo de trabalho.

    Capalbo5 (1994) diz que a enfermagem apresenta-se como um movimento de transcendncia e

    de imanncia. Transcendncia, salvo melhor juzo est relacionada aos fatores de estruturao

    do Ser. Est relacionada aos arqutipos do inconsciente coletivo e individual. A imanncia a

    materializao da transcendncia, portanto, pode ser o produto da arteterapia.

    A volta da coisa ao ponto de origem. O material toma a forma da vivncia e da

    experincia vivida pelo ator. Lopes6 et all (1995) diz que as pesquisas de abordagem

    fenomenolgica na enfermagem devem estar centradas em questes que tm sujeito como

    pessoa que vivencia o mundo de modo prprio. Portanto, sero provocadas a humanizao e a

    hominizao latente, no processo educacional atravs da arte como terapia aos alunos

    adolescentes enfrentando a morte, o morrer e a dor. No importa quantas vezes isso acontece,

    porm, como isso acontece. Que impacto impe aos discentes adolescentes? Um caso

    absolutamente nico. uma experincia nica. A ressurreio desses corpos oprimidos

    ponto de destaque numa educao para a cidadania, e que olhe os sujeitos da aprendizagem

    holisticamente. A proposta no ensinar tcnica ou histria da arte, mas proporcionar espao

    teraputico, comunicao rapport e ressurreio de corpos oprimidos. Vejamos a seguir

    quem so esses adolescentes em destaque. (pg. 15)

  • 2 O ADOLESCENTE

    A percepo da infncia como parte do segmento do desenvolvimento humano

    recente. As crianas na Idade Mdia eram vistas como adultos em miniatura. Isto pode ser

    pela poca onde as crianas so representadas como adultos minimizados (SIC)7. A

    especializao em adolescncia, no entanto, mais recente ainda. So poucas as instituies

    hospitalares que tm especializao para adolescentes. No Hospital Universitrio Pedro

    Ernesto existe a antiga UCA (Unidade Clnica de Adolescente), hoje NESA (Ncleo de

    Estudos da Sade do Adolescente). possvel que essa questo possa de maneira efetiva

    justificar a pouca literatura para essa fase da vida, fase destacada pela mudana do

    comportamento, pela instabilidade do humor e por conflitos. No so adultos nem crianas.

    como Talbott8 (1992) define:

    A adolescncia destaca-se por causa da relatada mudana do comportamento,

    instabilidade do humor e dificuldades de viver, bem como pelos conflitos e

    discusses com as famlias... Estes no so nem crianas, nem adultos, e a definio

    de sua posio na sociedade a de estarem parcialmente excludos (grifo nosso) de

    qualquer daquelas comunidades mais dominantes. Um trabalho mais recente tenta

    definir a adolescncia como uma subcultura distinta com suas regras.

    (pg.17)

    Talbott9 et all (1992), descrevendo a psicologia da adolescncia, relata estudos

    normativos como o de Freud (1905) que descreveu em 1937 a oscilao entre excesso (grifo

    nosso) durante a adolescncia. Bettelheim10 (1994) descreve perodos ativos e passivos no

    conto ''A Bela Adormecida. Em grandes mudanas na vida, como a adolescncia, para que as

    oportunidades de crescimento tenham xito, so igualmente necessros perodos ativos e

    passivos (grifo nosso). Portanto, a adolescncia, sendo marcada por perodos de tumulto e

    introspeco, que impacto poderia haver quando so confrontados com o paciente morte?

    Seria pertinente em sala de aula trabalhar essas questes referentes a morte para amenizar o

    enfrentamento desses adolescentes na enfermaria? Ou, por outro lado, isso no pertinente e

    representa o processo normal que no merece qualquer destaque? Talbott11 (1992) ainda

    cataloga oito temas no processo do desenvolvimento da adolescncia: 1) Dependncia -

    Independncia; 2) Liceusiosidade - Controle Intelectualizado; 3) Famlia - Grupo de

    Camaradas; 4) Normalizao - Privacidade; 5) Idealizao - Desvalorizao; 6)

    Identidade, papel e carter; 7) Sexualidade e 8) Rearranjo das defesas e estilo. Destaco

  • neste momento o conflito da dependncia-independncia como atitude sublime do

    crescimento porque pode relacionar-se a essas questes do arqutipo do heri onde o

    adolescente encontra-se no momento do ritual de passagem para a fase adulta; ento, pode ter

    grande significao o contato do adolescente com a morte no campo de estgo. Kaplan12 et

    all (1997) dizem que em muitas culturas, o incio da adolescncia claramente assinalado

    por ritos de passagem que, em geral, envolvem testes de fora e coragem. Kaplan13 et all

    ainda (pg.18) relaciona a adolescncia independncia financeira, oportunidade para o

    casamento e contribuio criativa para a sociedade - todas atitudes do papel de adulto. Com

    todas essas expectativas de vida, a morte para o adolescente, com todos os significados, pode

    ser ainda reforada pelas representaces sociais que envolvem todo aquele que vive numa

    sociedade capitalista/consumista. Desejo e temor o que Aberastury14 (1970) relaciona como

    a perda definitiva da condio de criana e a passagem para o mundo dos adultos (ritual de

    passagem): o momento crucial na vida do homem e constitui a etapa decisiva de um

    processo de desprendimento que comeou com o nascimento.

    pertinente o fato em que concordam especialistas com a sndrome da

    adolescncia como uma patologia normal. Aberastury15 fala da inevitabilidade desse momento

    de sofrimento, contradio, confuso e transtornos. Quando confrontados com essa questo do

    adolescente frente ao morrer e a morte em nossa cultura, perguntamos: Qual deve ser nossa

    atitude frente aos fatos? Podemos ter uma atitude passiva contemplativa e pensar que uma

    fase que logo passar e deix-los sorte da compreenso e concepo do fenmeno e que

    encontrar a ruptura para o enfrentamento e conseqente equilbrio. Ou aprofundar as

    questes e atravs de novos saberes/fazeres contribuir para enfeitiar corpos oprimidos e

    atravs da arte como terapia (uma verdade) possibilitar que esses corpos renasam, ressurjam.

    Vejamos a seguir que impacto a morte pode ter na adolescncia. (pg.19)

    2.1 Adolescncia e tanatologia

    A morte um profundo mistrio. Porm, a nica coisa que o homem no pode

    evitar. Mesmo sabendo dessa inevitabilidade, no minimiza a interrogao do porqu da

    morte, segundo escreveu Vidal16 (1981). A preocupao neste momento no descrever o

    ethos do homem diante da morte. Mas deseja-se destacar de maneira simples e tnue o valor

    que numa sociedade ocidentalista/capitalista/consumista esse impacto pode causar no

    adolescente, e o que o fazer educacional numa escola de enfermagem pode realizar.

    Etimologicamente, tanatologia significa ( = morte e = estudo ou

    tratado de). O estudo no tem a simplicidade que parece, baseado somente na anlise

  • etimolgica. Numa cultura baseada no sucesso, a morte configura-se como derrota, insucesso.

    Principalmente quando nos deparamos com este estado de globalizao onde as mudanas so

    to rpidas e h um apelo frentico ao consumismo. Quem morrer deixa de ser consumidor.

    No estamos evidentemente descrevendo o que , porm, estas percepes so originrias

    desse olhar csmico sobre a morte. S sabe o gosto da ma quem a comer. Para o

    adolescente, essas ideias tornam-se contudo bastante significativas porque eles esto em pleno

    desenvolvimento das potencial idades e comeando a participar dessa comunidade

    globalizada consumista-capitalista, uma sociedade voltada para juventude e o progresso, '0

    que diz D'Assumpo17:

    ...vivendo numa sociedade capitalista, consumista, tais problemas sero agravados e

    reforados. Isto porque, (pg.20) para manter esta sociedade, necessita-se de homens

    consumidores... E a morte continuar sendo o tabu, o terror do homem ocidental-

    capitalista-consumista. Para isto contribui todo sistema educacional, todas

    programaes ditas culturais; todo esquema social.

    Outro fato que refora a idia do louvor juventude na sociedade

    capitalista/consumista e a morte como uma impossibilidade ao consumo. Na sociedade

    oriental, o idoso reverenciado porque est mais prximo da ancestralidade. Por isso, o

    morrer festa. D Assumpo18 mostra isso muito claro. Bem sabemos que existem

    civilizaes onde a morte tem um significado bastante diferente do nosso. Ali, ela no

    encarada como algo triste, mas aceita naturalmente e at mesmo com alegria. Essas

    concepes culturais de maneira efetiva podero ter grande impacto nesses adolescentes.

    (pg.21)

  • 3 A ARTETERAPIA COMO POSSIBILIDADE DE SABER/FAZER

    UMA PEDAGOGIA DE RESSURREIO DO CORPO

    NUMA AULA DE ENFERMAGEM

    Pensar o corpo nos faz ler vrios corpos. Corpos oprimidos, fragilizados,

    vituperados, excludos. Corpos no pensantes. Corpos anatomizados, cartesianados. O novo

    milnio aponta com percepes nobres a inaugurar novas relaes na prtica educacional? As

    mudanas preconizadas pela reforma educacional desejam que tipo de corpo? A arteterapia

    pode contribuir com uma nova prtica de reconstruo de um novo homem? A esttica e

    sensibilidade podem ser teis na ressurreio dos corpos oprimidos? Pode existir uma poltica

    de igualdade dos corpos? Vejamos.

    Baseada na.Lei 9394/96 (Nova Lei de Diretrizes e Bases) em substituio

    5692/71, o Conselho Nacional de Educao19 desenvolveu as Diretrizes Curriculares

    Nacionais para Educao Profissional de Nvel Tcnico. Trata o documento em construir

    questionamentos e desenvolvimentos da educao, trabalho e tecnologia, educao

    profissional no Brasil e medidas que regulamentam a nova LDB. Destaco ainda no relatrio

    os princpios gerais que tratam da sensibilidade e da esttica, voltados para melhoria dos

    produtos que servem aos consumidores, que talvez possa referir-se em ltima instncia

    utilitria, na busca desses consumidores e adequar-se (pg.23) filosofia globalizacional. Ser

    possvel ver no texto que esta competncia avana com passos largos para a construo da

    cidadania? neste contexto que desejamos construir nosso fazer pedaggico da esperana

    (parafraseando Paulo Freire). Nossa viagem cosmo-nutica e cosmo-pedaggica passam pelo

    planeta luz, onde no h poltica da igualdade, onde no h lugar para excludos concludos,

    acabados, formados... Nossa utopia nos permite voar pelos campos onde contemplamos iguais

    entre iguais. Queremos uma pedagogia onde os diferentes sejam iguais sendo nicos. Onde

    So (de Ser, de Self). O homem s autntico quando . Esta prxis: esttica de sensibilidade

    das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educao Profissional, busca qualificar o fazer

    humano20, como no texto abaixo:

    Antes de ter sentido tradicional de expresso ou produto da linguagem esttica, a

    palavra arte diz respeito ao fazer humano, na prtica social. A esttica, sinnimo de

    sensibilidade, qualifica o fazer humano na medida em que afirma que a prtica deve

    ser sensvel a determinados valores... A educao profissional pertinente por

  • excelncia ao mbito do fazer - seja ele a produo de um bem, de um servio, um

    conhecimento, um sinal, uma comunicao (grifo nosso), um cdigo... A

    incorporao desse princpio se insere em um contexto mais amplo que o do

    respeito pelo outro (pg.24) (grifo nosso), e que contribui para expanso da

    sensibilidade, imprescindvel ao desenvolvimento da cidadania.

    Educar com sensibilidade significa, portanto, possibilitar ao outro a capacidade de

    promoo do Ser ( - totalidade); do homem em toda sua plenitude; possibilita ainda

    inaugurar a cidadania e a integralidade. uma possibilidade de olhar o discente de forma

    holstica. Parece tarefa difcil, mas possvel conciliar a globalizao da economia e das

    comunicaes, que a priori prescreve uma uniformizao com a educ ao, que mergulha na

    defesa contemplativa da diversidade, da multiversidade. possvel uma unidade na

    diversidade.

    possvel estar atento s questes nacionais e locais nessa universalidade.

    Gadotti21 diz que:

    Vivemos na era da globalizao da economia e comunicaes, mas tambm numa

    poca de acirramento das contradies inter e intrapovos e naes. poca do

    ressurgimento do racismo e de certo triunfo do individualismo.

    dentro desse cenrio da ps-modernidade que a escola precisa atuar. Um cenrio

    que coloca novos desafios para ns: Que tipo de educao necessitam homens e

    mulheres para viver nos prximos vinte anos num mundo to diverso? Certamente

    necessitam (pg.25) de uma educao para a diversidade. Uma sociedade

    multicultural deve educar o ser humano multicultural, capaz de ouvir, de prestar

    ateno ao diferente, respeit-lo.

    Nesse rito de passagem para construir a escola cidad, necessrio que o

    professor desarme-se da arrogncia de nico detentor do saber e saber-se sujeito que aprende

    com o aluno e com o mundo. Dever ser criativo e tolerante com o diferente. Continua

    Gadotti22: Numa poca de violncia, de agressividade, o professor dever promover o

    entendimento com os diferentes e a escola dever ser um espao de convivncia, onde os

    conflitos so trabalhados, e no camuflados.

    Como diz FRG:

    Aprendi a perceber mais as pessoas e me relacionar melhor.

    Essas aulas esto me ajudando muito a me expressar melhor e a lidar melhor. (FRG)

    Essa nova conscincia nos impulsiona para novos saberes e fazeres. Nos faz

    pensar e agir como seres transformadores de um mundo coisificado. Nos faz agir, interagir

    com um homem que alm do que visvel, quantificvel, palpvel. Um homem que .

    Homem em toda sua plenitude total, um cidado. Talvez o que se esteja falando seja

  • apenas desejos internos; o objeto desejado aquilo que se deseja, so sonhos. Sonhos estes

    que podem ser concretizados na medida em que a prtica educacional no contemple a

    excluso, a discriminao. H uma manifestao de melhora do nvel da (pg.26) auto-estima.

    O aluno um agente, um cidado. Participa efetivamente do processo de construo de si

    mesmo e da sociedade. Continua FRG:

    Aprendi tambm a impor os meus pensamentos, mesmo quando algum acha que

    errado, aprendi a ser mais humana e a expressar o que sinto; pois muitas vezes

    ficava reprimida por medo ou at mesmo por imaturidade. Pois somos adolescentes

    e nos deixamos influenciar pelo meio. (FRG)

    As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao de Nvel Tcnico23 destaca

    esse ambiente teraputico que supera a discriminao e trabalha a diversidade numa poltica

    da igualdade. necessrio vencer o medo e discriminao.

    O ponto de partida para a busca de uma poltica de igualdade a constatao de

    que todos os seres humanos tm deveres, enquanto cidados com direitos iguais educao...

    ao meio ambiente saudvel e a outros benefcios sociais, implicando na superao de todas as

    formas de discriminao. A poltica da igualdade na educao profissional deve inspirar

    prticas e ambientes de aprendizagem que trabalhem a diversidade entre os alunos,

    assegurando que, independentemente de sexo, raa, credo poltico ou religioso, todos tenham

    oportunidade de aprender.

    A arte como terapia pode ser ponto de sustentao da esttica e sensibilidade e da

    poltica da igualdade. Philippinil24 (1995) diz que a arte como instrumento teraputico ainda

    vista por segmentos mais conservadores com reservas. Contudo, vale ressaltar que a arte pode

    tornar-se imanncia (pg. 27) das questes simblicas e arquetpicas. Ou seja, os smbolos

    materializados. Urrutigaray25 (s/d) diz que a arte comea sua histria juntamente com a do

    homem, quando aquele pela primeira vez imprimiu sua vontade frente a uma matria e a

    transformou em artefato. O homem pode materializar, artefatificar suas simbologias e suas

    heranas arquetpicas. A autora ainda faz uma citao de Bolton (1998) que, citando

    Nietzsche, escreve: A arte transforma reflexes horrveis sobre a terra e o absurdo da

    existncia em representaes com as quais os homens podem viver. Continua Urrutigaray26:

    A arte possibilita, enquanto fruto do imaginrio, que o homem fique a meio caminho

    entre seu lado animal e seu lado divino, sem atrelar-se a nenhum dos dois

    unilateralmente e conseguindo conviver com os dois aspectos irredutveis de sua

    contingncia que Ser humano.

  • A arteterapia possibilitou estes alunos fundir seus lados divino e animal,

    possibilitou ainda viver a hominidade e humanidade. Perceberam que a morte deve ser tratada

    de modo significativo pelos profissionais de enfermagem. Veja o que RNCS diz abaixo:

    aprendemos a ouvir mais as pessoas respeitar sua opinies, e que tambm no

    hospital a morte do paciente pode significar muito pr'a gente. (RNCS) (pg. 28)

    Eu aprendi bastante, bastante mesmo; amadureci, aprendi a respeitar as pessoas,

    ajudar principalmente na hora da sua morte. Devemos deixar o profissionalismo, e

    deixar o humanismo falar mais alto. E dar uma palavra de conforto. Eu aprendi mais

    sobre a morte. Eu tinha uma outra viso; isso me impressionou muito e eu s digo

    que aprendi muito. Foi muito bom. (VCR)

    A morte tem muitas significaes e preciso trabalhar essas questes em sala de

    aula. Na sntese entre o animal e o divino, como percebe Urrutigaray27 no trabalho descrito, a

    arte como terapia pode ser um instrumento pedaggico valioso de irredutibilidade do homem,

    construindo-se num rito de passagem imperioso da mediocridade para auto reconstruo, para

    plasticidade (resumo de uma das aulas de arteterapia do curso de Arteterapia em Educao e

    Sade da Universidade Cndido Mendes).

    Fazer arteterapia no estanque, holismo, integrao de todos os lados. Aquilo

    que no culturalmente aceito no necessariamente ruim. Os diversos materiais das mais

    variadas formas de expresso artstica podem construir plasticidade que alm de reconstruir,

    retransformar, vincam a hominidade e a possibilidade de recomeo. O estado do material tem

    que estar vinculado ao estado Psicolgico do cliente. Nesse caso, o material o outro com

    quem o cliente pode relacionar-se. Arteterapia abertura para o outro. Tem que ser realizada

    em srie. Tem que ser anatomizada, sendo integral numa plasticigenia crescente. O

    neologismo plasticigenia evoca uma gnese na construo do conhecimento. o barro que vai

    tomando forma, construindo (pg. 29) o sujeito. Ou seja, a arteterapia a semente desse saber.

    o que significa esta percepo de EML.

    Ter participado das aulas foi bastante interessante. [...] tive at coragem de fazer

    uma brincadeira em sala quando [...] o meu grupo improvisou uma pea para

    apresentar o tema do trabalho e debater. No meu estado normal no faria isso, pois

    me acho super vergonhosa e tmida para lidar com o pblico a me olhar fazendo

    algo. Me sentia to descontrada e vontade que nem sentia quando comeava a

    falar e automaticamente a participar dos debates, e alm disso no s eu, mas acho

    que a turma inteira [...] coisas que a gente no tem quando s dada a matria...

    (EML)

    O arteterapeuta no o ator. Ator o cliente (aluno). O arteterapeuta apenas o

    contemplador, o facilitador. No o quem tem, mas o que faz nascer o conhecimento. O

  • maior dos conhecimentos o que aluno tem de si mesmo. E perceber que so possibilidades

    de contribuio efetiva para construo de uma sociedade mais justa e fraterna.

    Aprender ainda o caminho mais seguro e certo para a felicidade. Talvez um dia eu

    entenda ainda mais coisas que hoje me confundem. Porm, jamais chegarei ao

    limite, j que minha sedede aprender ilimitada. (EML)

    Gostei muito das aulas, pois [...] nos apresentou um jeito novo de ensino, fazendo

    com que cada um de ns se interessasse mais. (JRLR) (pg.30)

    Eu acho que aprendi muito com as aulas. Tive muito proveito porque um novo

    estilo de aula, mais interessante e estimulante. (ACC)

    Gostei muito das aulas [...] pelo simples fato de ter aprendido muito; alm de ser

    bastante dinmica. (DAS)

    A arteterapia na sala de aula como terapia pela arte diminui distncias,

    fraternaliza, hominiza, facilita o cuidar. Valho-me da expresso de Nise da Silveira, no caput

    do texto de Urrutigaray, para sintetizar o pensamento dessa prxis pedaggica. emoo do

    lidar. Emoo em ministrar uma aula plstica. Emoo de incluir! Emoo em construir!

    Construir um homem novo! Um novo Ser! Um corpo nico! Um corpo ressurreto!

    Foi pela arteterapia que utilizou-se saberes/fazeres em sala de aula para construir

    uma plasticidade edificante e minimizar o impacto que o enfrentamento da morte, o morrer e

    a dor causam em adolescentes no curso tcnico de enfermagem.

    Esta uma possibilidade de ampliar os espaos teraputicos dentro de uma sala de

    aula, onde o facilitador proporciona os sujeitos dos diversos matizes e matrizes a perceber-se

    construtores de suas prprias possibilidades e assumir definitivamente uma postura mais

    crtica, reflexiva e mais fraterna, resultando assim que alm de tcnico, o cuidado seja

    realizado com emoo. (pg.31)

  • 4 PERCORRENDO CAMINHOS

    DA PERCEPO DA MORTE

    Neste captulo destacaremos as percepes sobre a morte nos alunos e o impacto

    que pode ocorrer na sua vida profissional e sua referncia no meio cultural. No primeiro

    momento procurar descrever os fenmenos centrados no prprio sujeito. A seguir se

    debruar nos aspectos relacionados ao saber/fazer na relao com o paciente terminal. E por

    ltimo, as percepes que tm como gnese imagens arquetpicas produzidas na cultura.

    Seguindo assim uma metodologia proposta por Trivinos28.

    Neste momento possibilitou-se a expresso atravs da escrita, da fala, da

    expresso corporal e da pintura. No momento de introduo da dinmica houve um

    relaxamento e reflexo sobre o significado da morte. Num primeiro momento, os participantes

    foram orientados a descrever no papel na forma de arte e a escrita. As falas do primeiro

    momento que esto em negrito no texto so suas percepes. Num segundo momento, foi lido

    um texto do livro da professora Araci Carmem Pereira, O ethos da enfermagem29 - aspectos

    fenomenolgicos para uma fundamentao da deontologia da enfermagem (vide anexos). Esse

    texto uma carta annima publicada no The Americam Journal at Nursing Company, onde

    uma estudante de enfermagem, em estado terminal, escreve sobre sua angstia por estar

    morrendo numa instituio (pg.33) hospitalar sem a dignidade dos profissionais de sade.

    Novamente foram orientados a descrever suas percepes na forma de arte e escrita. Esse

    momento foi considerado como ampliao tnue da percepo dos aspectos fenomenolgicos

    relacionados com o tema em questo, na possibilidade de manifestao da arte e

    exteriorizao das questes arquetpicas.

    a) Morte, morrer e dor

    A religio apresentada como ponto de equilbrio entre a vida e a morte. Talvez

    por descrever a existncia da vida aps a morte e a perpetuao num lugar especial onde todo

    aquele que cr tem merecimento. A religio minimiza a tenso. E a viso de Deus

    importante para o conhecimento do fato.

    Acho que todos gostam de acreditar em alguma coisa quando o fim to eminente.

    Por isso a necessidade de uma religio, alguma coisa em que se agarrar.

  • Eu acho que ningum deve ser indiferente morte. impossvel. (Sem

    identificao)

    [...] Morte ter certeza da vida eterna em Jesus, pois Ele foi o nico que a venceu.

    (Sem identificao)

    Me ajudou a compreender como importante estar perto de algum, e viver como se

    hoje, ou esse momento fosse o nico.

    A viso da eternidade e da existncia de que h vida aps a morte pela viso do

    paraso eterno ameniza o medo da morte. (pg.34)

    A morte nada mais do que um momento de xtase, ou seja, apesar de cada um ter o seu ponto de vista, na minha opinio o maior prazer que o ser humano pode

    sentir. (DSA)

    A morte tambm tem seu lado negativo, porque a pessoa que morreu descansou do

    seu sofrimento, mas quem ficou sofre a dor da perda com muitas saudades e

    lembranas. (Sem identificao)

    A morte uma perda dolorida, mas temos que alcanar foras e superar. (Sem

    identificao) o meu sentimento o mesmo, porm ns os tcnicos de enfermagem,

    enfermeiros, mdicos e profissionais de sade devemos ver o paciente como um ser

    humano e no como um objeto. (Sem identificao)

    b) A enfermagem e a tanatologia

    A enfermagem edificante busca incansavelmente saberes e fazeres para

    possibilitar desempenho eficaz na assistncia de qualidade. O tema em questo pertinente e

    merece ser discutido de maneira mais intrpida, pois sendo o profissional de enfermagem o

    que permanece nas vinte e quatro horas com o paciente, possibilita de maneira efetiva uma

    relao emocional contundente. Sendo assim, a finitude tem aspecto diferenciado para os

    enfermeiros mais do que para outros profissionais de sade. Estes ainda so os que preparam

    o corpo aps morte. Isto merece destaque. Para Pereira30 (1981), o relacionamento

    enfermeiro/paciente deve ser (pg.35) um contato mais significativo para ambos,

    principalmente na situao original de proximidade com a finitude da existncia biolgica.

    Para Figueiredo31 et all (1998), o objeto que mais define a enfermagem o cuidado: Para

    ns, o cuidado o objeto fundamental da prtica de enfermagem e acreditamos que ele que

    d sustentao profisso. Pereira32 (1981) diz que os hospitais raramente atendem s

    carncias do ser agonizante, porque so instituies comprometidas com o processo de cura.

    Se o ambiente hospitalar no favorece o viver com dignidade, muito menos o morrer com

    dignidade. O enfermeiro est diante da vida e da morte.

    O meu desenho significa a libertao deste mundo para um mundo melhor [...] na

    minha opinio, morte uma libertao. (LRO)

    [...] acho que os profissionais que lidam com essa experincia deveriam ser

    humanos, no esquecendo do profissionalismo.

  • Na minha opinio, a morte no tem fim, pois para os cristos nunca morremos,

    porm, dormimos. (VCR)

    Mudou no aspecto que ns profissionais devemos tambm chorar com o paciente.

    A morte significa tristeza [...] pela pessoa que morreu no estar mais comigo.

    (LLML)

    Porm com mais unio e humanismo. s vezes preciso esquecer o

    profissionalismo. (pg.36)

    Cuidados olhar csmico. Olhar csmico cuidado que mostra plasticidade. Ser

    humano marca primordial e gnese da existncia. Sou profissional porque sou humano.

    Lima33 (1998) escreve artigo onde apresenta sua experincia como docente. Experincia que

    transcende a imanente tcnica do cuidar para um transcendente olhar csmico. Chamo de

    imanente tcnica aquele cuidado descompromissado com a plasticidade edificante, j que todo

    cuidado plstico. O olhar csmico seria Eu, Tu e as instituies harmoniosamente

    engendradas nesta plasticigenia. Deve haver harmonia tanto em quem cuidado como em

    quem cuida. O profissional de enfermagem que cuida, se cuida. Continua Lima34 (1998): [...]

    pois estou certa de que impossvel prestar cuidados a outras pessoas quando estamos

    desarmonizada/os com nosso prprio corpo.

    Vejam as ampliaes das falas dos sujeitos aps a sensibilizao e dos

    envolvimentos com os materiais artsticos em sala de aula:

    [...] horrvel estar diante daquele corpo e fazer os procedimentos que nos compete

    e depois dar a notcia aos parentes e at confort-los com palavras amigas. (RGB)

    Devemos ser profissionais excelentes e fazer de tudo pelo paciente que est

    precisando de ns, e antes dele morrer devemos trat-lo com muito amor e carinho,

    segurar bem a mo para dar um pouco de segurana. (pg.37)

    [...] a morte um descanso ... sofremos muito com doenas. (CSM)

    [...] a morte tambm tem um lado negro. Talvez no para quem vai, mas para quem

    fica.

    Quem fica sofre? Conforma-se? A enfermagem presta cuidados tanto aos clientes

    como aos familiares.

    O desenho (uma cruz com um lado escuro e o outro branco) significa a morte em

    dois sentidos, o mau e o bom. O mau, que o final da vida, tristeza para todos, esse

    o lado escuro da cruz. O bom que pode ser fim de um sofrimento de uma pessoa

    que ter seu descanso merecido. (Sem identificao)

    Sentimento de morte deve ser uma coisa terrvel, mas com a presena de um amigo

    deve amenizar um pouco.

  • A enfermagem est compromissada com a vida, mesmo tendo que conviver

    constantemente com a morte. O morrer, no entender desses profissionais, no motivo para

    ganhar o prmio ISO 2009. Ser que para os profissionais de enfermagem morte e

    incompetncia se confundem? A arteterapia possibilitou a ampliao dos saberes e dos

    cuidados que devem ser prestados ao usurios e aos familiares.

    c) A cultura e a tanatologia.

    Adolescentes esto no momento de vida, na construo da sua autonomia. No

    possvel descrever ponto de rupturas da a-nomia, hetero-nomia e da auto-nomia. Porm, o que

    (pg.38) h de concreto nessa discusso que esto no processo de tornar-se indivduo, si-

    mesmo, descartesianado, desanatomizados.

    Eu penso que quando morremos vamos para um lugar alegre colorido e cheio de paz

    e amor, diferente do que temos aqui enquanto estamos vivos, mas com tudo isso eu

    tenho medo de morrer agora. Espero que quando chegar minha vez j tenha

    realizado todos os meus sonhos e objetivos. (ACC)

    Os meus pensamentos no mudaram muito, mas acho que todos ns devemos ser

    mais humanos com as pessoas na hora da morte, porque todos somos iguais. (ACC)

    Esto no processo de individuao. O arqutipo do heri contrasta indelevelmente

    com a possibilidade de morte eminente. [...] tenho medo de morrer agora. O adolescente

    est no processo de individuao. De construo de si mesmo atravs da fora arquetpica de

    superao dos opostos. No importa o quo terrvel morte, porque no final todos somos

    iguais''. Figueiredo35 (1998), citando Souzenelle, diz que a dualidade vida-morte, como

    dimenso que faz parte da prtica da enfermagem, traz embutida o arqutipo como: Toda

    vida arquetpica, a comear pelo homem. Microcosmo, s vezes macrocosmo, unindo o Cu

    e a Terra.

    O pensamento da morte causa desconforto tanto por expressar e se opor a

    inconsciente coletivo de preservao da espcie e de posicionamento frente ao processo de

    individualizao. (pg.39)

    Todo labor no momento de elaborar uma cena de aula de enfermagem no processo

    de morte, morrer e dor, deve o facilitador levar em conta os aspectos arquetpicos. (pg. 40)

  • 5 CONCLUSO

    Os professores precisam olhar seus alunos com olhar csmico. Olhar de ver. Olhos

    padro integrado. Para Alves36 (2000), os professores precisam se ver nos alunos: A gente se

    v no outro. Os espelhos so mgicos. A imagem do outro a minha imagem. Somos aquilo

    que o outro quer que sejamos. Se nossa imagem for bonita, nossos alunos sero bonitos.

    As questes abordadas no pretendem ser ruptura da problemtica abordada,

    porm, as percepes dos alunos mostram que possvel construir potencialidades e

    possibilidades de superao de obstculos vencendo bruxas e monstros atravs da

    arteterapia. O espao aberto em sala de aula possibilitou ainda abrir laos fraternos da

    cooperao. Aquele espao era mgico! No era ruptura daquela educao bancria. Destarte,

    as aulas no eram aquela verborria que sacaliza e sacraliza a excluso e imanentiza a

    diferena do inconsciente transcendente, produzida no consciente poltico/pblico/privado/

    neoliberal, que torna ricos em mais ricos e pobres em mais pobres. No falo aqui da palavra

    conformadora. Alves37 fala da palavra que falo, que engravida, que d vida. Falo da palavra

    transformadora, reformadora. Repito, no verborria! No dislalia! No lalia! (lalia)

    No um palavrrio! o lagos (logoz). Palavra que , e d vida. (pg.41)

    uma semente (semente). So Marcos38 diz que Jesus pregava a palavra s

    multides. Na parbola, a semente que o semeador semeou foi a palavra. Alves39 ainda diz

    que a palavra pode seduzir ou estuprar. A lngua flica. Com ela possvel construir

    uma pedagogia da vida e reconstrutora. O professor pode ser um semeador de vida, de

    cidadania.

    Em sala de aula foi possvel construir uma pedagogia reconstrutora. Utilizou-se da

    arte para construir plasticidade. Arte aqui uma expresso lata. Toda manifestao em sala de

    aula onde pode perceber objetivao de imagem simblica, reorganizao da ordem interna e

    reconstruo da realidade pode ser lida como arte.

    O momento da arte em sala de aula nico. mpar e nunca ser o mesmo. No

    merece interveno, apenas observao. Terapia tradicionalmente bruxaria. possibilidade

    de cura. Cura seja pela poro mgica que o mdico prescreve e o enfermeiro oferece. No

    estamos falando de CURA, falamos de CARE, que o cuidado, porm, no um cuidado

    qualquer, cuidar com emoo e humanizao.

  • esplndido pensar no conhecimento semiolgico e nos mtodos de tecnologia

    de ponta para propor um caminho teraputico. clula doente, como medida teraputica, usa-

    se o saber da qumica, fsica ou cirurgia. Porm, reduzida a ideia de que estas so as nicas

    possibilidades teraputicas. Doena ausncia de sade, mas sade no ausncia de doena.

    Aquilo que chamamos plano de sade deveria chamar-se de plano de doena. A doena o

    referencial de utilizao de relaes entre interessados.

    Boltanski40 diz que no aspecto social o que interessa no a doena, mas o

    doente. Aquilo que chamamos de doena (pg. 42) pode ser chamado de adoecimentos. O

    sujeito doente o ator social que no processo sade/doena pode saber-se doente e curar-se,

    ele o objeto do cuidado.

    Arteterapia, portanto, aponta para possibilidades e aes variadas no processo de

    construo do sujeito. A arte uma possibilidade teraputica que faz desvelar as questes

    fenomenolgicas centradas naquela matriz (arch) que arquetpica. a gnese, o incio de

    tudo.

    Amancio41 diz que a cincia de hoje o lixo de amanh, Para Nogueira42, a

    epistemologia de Gaston Bachelard compe de atitude e esforo para superar o erro. A arte

    como processo teraputico ainda no aceito como corpo de conhecimento efetivo na

    academia. A arteterapia possibilita vivenciar os materiais. criando, descriando e recriando

    que ocorrer a plasticidade do sujeito e ser realidade a incluso. A arteterapia possibilita

    materializar imagens arquetpicas, repito.

    O profissional de enfermagem, como os demais profissionais de sade, esto a

    servio do homem. Alm de todas as prerrogativas inerentes aos cidados, ainda se ufana

    porque o objeto do trabalho o homem-doente, aquele sofredor, o doente. Utilizar o

    conhecimento da arteterapia em sala de aula possibilitou perceber a manifestao de corpos

    em processo de construo no conhecimento de si mesmo.

    Muitos caminhos ainda h para percorrer na implantao efetiva da arteterapia nas

    instituies de ensino e de sade. Contudo, existe cheiro de utopia no ar, Muitos bices h

    que se enfrentar.

    A morte para estes adolescentes, partindo da matriz arquetpica (pg.43) do heri,

    a condio da no realizao da autonomia to presente nesse perodo da vida. E ainda est

    em oposio preservao da integralidade. Esses alunos percebem que como potenciais

    profissionais de enfermagem podem contribuir com o outro sofredor, doente, e para com os

    familiares, e trabalharem tambm a prpria morte. A arteterapia provocou aqueles

    adolescentes a sentir o toque do outro, o calor do corpo, a energia da mo, a luz e a imanncia

  • do cosmos. Naquela sala de aula no mais prostrados ou sentados em fila, agora plastados

    pelo toque, pela msica e pela arte, viram testemunhos de reconstruo. Relaxaram, choraram,

    sorriram, cuidaram e se auto-cuidaram, emocionaram-se. Naquele ambiente mgico, puderam

    trabalhar a sua morte e a morte do outro.

    A educao em arteterapia pde contribuir para que os discentes cooptados pelo

    ambiente teraputico desenvolvessem suas potencialidade no processo ensino/aprendizagem.

    O facilitador foi mero incentivador do saber/fazer.

    Em sade, contribui para conhecimento de si mesmos e o desenvolvimento da

    auto-estima e dos sujeitos cuidados.

    Estas so cenas de uma aula de enfermagem reconstrutora! (pg.44)

  • NOTAS

    1 BRASIL. Ministrio da Educao e do Desporto - Conselho Nacional de Educao. Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educao de Nvel Tcnico. Esttica da sensibilidade. p.28-29.

    2 TRIVINS, A. N. S. Introduo Pesquisa em Cincias Sociais: a pesquisa qualitativa em educao. So Paulo: Atlas, 1987. p. 138-140.

    3 CAPALBO, Creuza. Consideraes Sobre o Mtodo Fenomenolgico e a Enfermagem. Revista de Enfermagem da UERJ. Rio de Janeiro - RJ, v. 2, n.2, p. 192-197, out. 1994.

    4 D'ASSUMPO. Evaldo. Tanatologia e o Doente Terminal. Revista Nacional, BH, p, 22. [Dr. Evaldo A. D'Assumpo cirurgio plstico do Hospital Mater Dei - Belo Horizonte. Professor de tica Profissional da

    PUC-MG e membro da Academia Mineira de Medicina]

    5 CREUZA, Capalbo. Op cit.

    6 LOPES, Regina Lcia Mendona; RODRIGUES, B. M. R. D. & DAMASCENO, M. M. C. Fenomenologia e a Pesquisa em Enfermagem. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro - RJ, v.3, n.1, p.49-52, maio

    1995.

    7 SIC - Informaes colhidas nas aulas de Pediatria do Curso de Graduao em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

    8 TALBOTT, John, HALES, R. E. & YUDOFSKY, S. C. et col. Tratado de Psiquiatria. [Traduo de Maria Cristina Monteiro Goulart& Dayse Batistab] Porto Alegre: Artes Mdicas, 1992. p. 85.

    9 Idem. p. 87.

    10 BETTELHEIM; Bruno. Na Terra das Fadas: anlise dos personagens femininos [Extrado da obra "A psicanlise dos contos de fadas"] Traduo de Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. p. 76.

    11 TALBOTT, John et all. Op.cit., p.88.

    12 KAPLAN; HAROLD, I ;SADOCK; B.J. e GREBB; J. A. Compndio de Psiquiatria. Cincia do Comportamento e Psiquiatria Clnica. 7. Ed. Porto Alegre: Artes Mdicas. 1997. p.61.

    13 Idem, p. 69.

    14 ABERASTURY; Arminda; KNOBEL, M. Adolescncia Normal. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1970. p. 13.Idem, p. 13.

    15 Idem, p. 13.

    16 VIDAL, Marciano. Moral de atitudes: tica da pessoa. 4. ed. vol. 2. So Paulo: Santurio, 1981. p. 229.

    17 D'ASSUNPO, Evaldo. op. cit. p. 22

    18 Idem, p.22.

    19 BRASIL Ministrio da Educao e do Desporto - Conselho Nacional de Educao. Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educao de Nvel Tcnico. Poltica de Igualdade. p. 31-32.

    20 Idem

    21 GADOTII, Moacir. Escola Cidad: Uma Escola, Muitas Culturas. In: Construindo a Escola Cidad: Projeto Poltico-Pedaggico. Braslia: MEC - Secretaria de Educao Distncia. p. 79.

  • 22 Idem, p.80.

    23 BRASIL Ministrio da Educao e do Desporto - Conselho Nacional de Educao. Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educao de Nvel Tcnico: Poltica da Igualdade. p. 31-32.

    24 PHILIPPINI, ngela. Universo Jungiano e Arteterapia: imagens e transformaes. RJ: vol. II, n. 2, POMAR, agosto 1995. p. 4.

    25 URRUTIGARAY, Maria Cristina. A Arte - A Terapia - A Emoo de Lidar [Apostila utilizada no Curso de Arteterapia em Educao em Sade da Universidade Cndido Mendes], p. 1.

    26 Idem, p. 2.

    27 Ibidem.

    28 TRIVIOS, A N. S. loc. cit.

    29 PEREIRA, Araci Carmem. O "Ethos" da Enfermagem: Aspectos fenomenolgicos para uma fundamentao da deontologia da enfermagem. Rio de Janeiro, 1981. p.86 [Dissertao de Mestrado em Filosofia - Universidade

    Gama Filho].

    30 Idem.

    31 FIGUEIREDO, Nbia Maria A de; MACHADO, W. C. A; PORTO, I, S. & FERREIRA, M. de A. A Dama de Branco Transcendendo para a Vida/Morte Atravs do Toque. In: Marcas da Diversidade: saberes e fazeres da

    enfermagem contempornea. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 137-169.

    32 PEREIRA, Araci Carmem. Op.cit.

    33 LIMA, Maria Jos. Desafio de Hoje: O Desenvolvimento de Profissionais de Enfermagem - Uma Dcada de Trabalho com Criatividade, Sensibilidade e Expressividade. In: Marcas da Diversidade: Saberes e Fazeres da

    Enfermagem Contempornea. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 103-125.

    34 Idem. p. 103.

    35 FIGUEIREDO, Nbia Maria A. de. et all. p. 139.

    36 ALVES, Rubens. Do Prazer de Ensinar ao Prazer de Aprender. SIC [Informaes colhidas no filme de vdeo apresentado no curso de Arteterapia em Educao e Sade da Universidade Cndido Mendes - RJ), na disciplina

    de Pedagogia. Este filme uma palestra do professor Rubem Alves sobre o tema em questo na Faculdade Abeu

    RJ]

    37 Ibidem.

    38 Gidees Internacionais no Brasil. Novo Testamento Salmos e Provrbios. So Paulo: s/ed, s/data. p.73-75.

    39 ALVES, Rubens. Op. cit.

    40 BOLTANSKI, Luc. As Classes Sociais e o Corpo. 3. ed. [Traduo de Regina Machado, organizao de texto de Maria Andra Loyola Leblond e Regina A. Machado] Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 13.

    41 NOGUEIRA. Roberto Passos. Perspectivas da Qualidade em Sade. Rio de Janeiro: Quality Mark, 1994. p. 141.

    42 AMNCIO FILHO, Antenor. O Programa de Vocao Cientfica da Fundao Oswaldo Cruz (PROVOC)

    como estratgia educacional relevante. Histria, Cincia e Sade. [S/loc.], v. VI. p. 181-193. mar/jun. 1999.

  • REFERNCIAS

    ABERASTURY; Arminda, KNOBEL, M. Adolescncia Normal. Porto Alegre: ArteS

    Mdicas, 1970.

    ALVES, Rubens. Do Prazer de Ensinar ao Prazer de Aprender. SIC [Informaes colhidas

    no filme de vdeo apresentado no curso de Arteterapia em Educao e Sade da Universidade

    Cndido Mendes - RJ, na disciplina de Pedagogia. Esta filmagem uma palestra do professor

    Rubem Alves]

    AMNCIO FILHO, Antenor. O Programa de Vocao Cientfica da Fundao Oswaldo Cruz

    (PROVOC) como estratgia educacional relevante. Histria, Cincia e Sade. [S/loc.], v. VI.

    p. 181-193. mar/jun. 1999.

    BETTELHEIM; Bruno. Na Terra das Fadas: anlise dos personagens femininos (Extrado

    da obra ''A psicanlise dos contos de fadas"), traduo de Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz

    e Terra, 1997.

    BOLTANSKI, Luc. As Classes Sociais e o Corpo. 3. ed. (Traduo de Regina Machado,

    organizao de texto de Maria Andra Loyola Leblond e Regina A. Machado) Rio de Janeiro:

    Graal, 1984.

    BRASIL. Ministrio da Educao e do Desporto - Conselho Nacional de Educao.

    Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educao de Nvel Tcnico: Esttica da

    sensibilidade.

    BRASIL. Ministrio da Educao e do Desporto - Conselho Nacional de Educao.

    Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educao de Nvel Tcnico: Poltica de Igualdade.

    CAPALBO, Creuza. Consideraes Sobre o Mtodo Fenomenolgico e a Enfermagem.

    Revista de Enfermagem da UERJ. Rio de Janeiro - RJ, v. 2,n. 2, p. 192-197, out. 1994.

    D'ASSUMPO. Evaldo. Tanatologia e o Doente Terminal. Revista Nacional, BH, p. 22.

    [Dr. Evaldo A D'Assumpo cirurgio plstico do Hospital Mater Dei - Belo Horizonte.

    Professor de tica Profissional da PUeMG e membro da Academia Mineira de Medicina)

    FIGUEIREDO, Nbia Maria A de; MACHADO, W. e. A; PORTO, L S. & FERRElRA, M.

    de A A Dama de Branco Transcendendo para a Vida/ Morte Atravs do Toque. In: Marcas

    da Diversidade: saberes e fazeres da enfermagem contempornea. Porto Alegre: Artmed,

    1998.

    GADOTTI, Moacir. Escola Cidad: Uma Escola, Muitas Culturas. In: Construindo a Escola

    Cidad: Projeto Poltico Pedaggico. Braslia: MEC- Secretaria de Educao a Distncia.

    GIDEES Internacionais no Brasil. Novo Testamento Salmos e Provrbios. So Paulo:

    [S/ed), [a/data].

    KAPLAN; HAROLD I; SADOCK; B.J. e GREBB; J.A. Compndio de Psiquiatria: cincia

    do comportamento e Psiquiatria Clnica. 7. ed. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

  • LIMA, Maria Jos. Desafio de Hoje: O Desenvolvimento de Profissionais de Enfermagem -

    Uma Dcada de Trabalho com Criatividade, Sensibilidade e Expressividade. In: Marcas da

    Diversidade: saberes e fazeres da enfermagem contempornea. Porto Alegre: Artmed, 1998.

    LOPES, Regina Lcia Mendona; RODRIGUES, B.M.R.D. & DAMASCENO, M. M. e.

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  • O AUTOR

    OSVALDO JOS THEODORO NETO carioca, graduado em Enfermagem pela UERJ,

    casado com a enfermeira Adnelma da Silva Theodoro. Bacharel em Teologia pele Seminrio

    Teolgico do Sul do Brasil (STBSB) e Faculdade Teolgica Seminrio Unidos (FATESU) -

    RJ. Ps-Graduado em Arteterapia em Educao e Sade pela Universidade Cndido Mendes

    (RJ); Sade Pblica - Sade da Famlia pela UFMA; Sade Mental (UFRJ); Ativao de

    Mudana do Ensino Superior dos Profissionais de Sade (ENSP/FIOCRUZ) e mestrando em

    Educao pela Universidade Lusfona de Humanidades - Lisboa/Portugal.

    Atualmente atua como Diretor do NAISI - Ncleo de Ateno Integral Sade de

    Imperatriz (Secretaria Municipal de Sade), professor de enfermagem da Unidade de Ensino

    Superior Sul do Maranho - UNISULMA, e do Seminrio Teolgico Batista Sul Maranhense

    - Imperatriz.

  • KatMartins - 2014