arte e cultura para crianÇas e adolescentes de … · nossa senhora da conceição aparecida e no...
TRANSCRIPT
ARTE E CULTURA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE CCAs
MATERIAL DE APOIO
Projeto – CMDCA/FUMCAD
ago/2013 a jul/2014
Este Material de Apoio é fruto do projeto: Arte e Cultura
para crianças e adolescentes dos CCAs, realizado pela
Associação Arte Despertar durante o período de dois anos,
em parceria com o Centro de Referência de Assistência
Social/CRAS – Pinheiros, realizado nos Centros para
Crianças e Adolescentes: Dom Bosco - Inspetoria Salesiana
de São Paulo, Mãe do Salvador - Conjunto Assistencial
Nossa Senhora da Conceição Aparecida e no Lar do
Alvorecer Cristão/LAC, tendo como base a metodologia Arte
Despertar para a formação de educadores.
APOIO
REALIZAÇÃO
Índice
. A Associação Arte Despertar p. 5
. Apresentação p.6
. Fundamentos do trabalho da Associação Arte Despertar p.7
. Metodologia p.8
. Propostas de atividades - agosto/2013 a julho/2014:
.CCA Dom Bosco - Inspetoria Salesiana de São Paulo p.11
.Lar do Alvorecer Cristão/LAC p.28
.Mãe do Salvador - Conjunto Assistencial Nossa Senhora da Conceição Aparecida p.34
. Sugestões de bibliografia de referência p.53
. Sugestões de referências na internet p.54
. Equipe Arte Despertar p.57
4
Agradecimentos
Agradecimentos especiais aos orientadores, coordenadores e diretores dos
Centros de Acolhimento a Crianças e Adolescentes- CCAs.
Agradecimentos pela parceria com a Associação Arte Despertar:
. Centro de Referência de Assistência Social/CRAS – Pinheiros, nos Centros para
Crianças e Adolescentes/CCAs:
. Dom Bosco - Inspetoria Salesiana de São Paulo
. Mãe do Salvador - Conjunto Assistencial Nossa Senhora da Conceição Aparecida
. Pedro Luiz - Lar do Alvorecer Cristão/LAC
5
A Associação Arte Despertar
A Associação Arte Despertar realiza, há 17 anos, projetos educativos em
diversas comunidades com equipe de profissionais especializados promovendo
atividades de artes, cultura e educação buscando despertar o melhor de cada
indivíduo.
Para isso, desenvolveu uma metodologia própria em que Arte é entendida
como instrumento de comunicação e expressão e a Cultura como possiblidade de
resgate de identidade e raízes. Por meio das linguagens da arte tem o objetivo de
atingir sua missão de despertar a potencialidade de indivíduos, possibilitando o
exercício de ações transformadoras.
Essas experiências com arte e cultura favorecem a constituição da cidadania,
possibilitando aprendizados permanentes que vão além da educação convencional.
Nesse âmbito, a Arte Despertar tem como objetivo explorar os potenciais dos
educadores para que estejam mais preparados e motivados para elaborar com
recursos próprios novas propostas educacionais com senso crítico e autonomia,
tornando-se agentes transformadores de suas próprias comunidades.
6
Apresentação
Por meio da Arte é possível ver e rever o mundo, conhecer a história,
desenvolver a percepção e a imaginação, aprender a realidade e desenvolver
capacidade e criatividade para modificá-la. A arte trata da vida, da memória, do
que faz parte da vida de cada um e da vida de todos. Aprender a ser tocado pela
poética dos artistas e fazer conexões com a própria vida, olhar a arte e o que ela
desperta em nós e ao nosso redor, nos dá possibilidade de perceber, de refletir de
diferentes formas sobre como atuar e reconstruir o mundo e uma sociedade mais
justa.
O desenvolvimento do indivíduo está sempre relacionado ao aspecto cultural,
incorporado à história pregressa dos sujeitos e determinante de sua história futura.
Na cultura de uma sociedade, cada um passa a representar, criar e recriar
elementos que dão sentido à vida. O processo de enriquecimento cultural permite a
compreensão da arte e de seu lugar no processo histórico, bem como
reconhecimento de qualidades e da prática do fazer artístico.
Os objetivos do projeto Arte de Cultura para Crianças e Adolescentes dos CCAs,
são:
▪ Contribuir para a inclusão sociocultural de crianças e adolescentes.
▪ Favorecer processos do desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes.
▪ Colaborar com o orientador socioeducativo no seu papel de construir com as
crianças e adolescentes conhecimentos, princípios e valores.
▪ Contribuir para que os CCAs tornem-se disseminadores da metodologia Arte
Despertar, com suporte do material de apoio construído durante o projeto.
7
Fundamentos do trabalho da Associação Arte Despertar
(Rizzi, Christina; 2005.)
Por reconhecer a necessidade da arte e sua capacidade transformadora, a
ação da Arte Despertar difunde a ideia de que o fazer artístico contribui para o
desenvolvimento humano, amplia seu potencial cognitivo de conceber e olhar o
mundo de modos diferentes, intimamente ligados aos interesses de quem aprende
a atribuir sentidos. Esta maneira de propor experimentações com arte pode romper
barreiras.
Segundo Ana Mae Barbosa, a construção do conhecimento em Arte
acontece quando há a intersecção da experiência com a codificação e a informação.
Nesse contexto, a pesquisa e a compreensão das questões que envolvem o modo
de inter-relacionamento entre Arte e Público tornam-se objeto de conhecimento.
Graças a isso, a composição de um Programa do Ensino de Arte precisa considerar
três ações básicas executadas no contato com Arte: Fazer Arte, Ler Obras de Arte e
Contextualizar as informações. Quanto à Abordagem Triangular, tornou-se o
paradigma do ensino contemporâneo de Arte, já que permite estreita inter-relação
entre os sujeitos e a Arte, atualizando também sua dinâmica e importância
sociocultural. Os conceitos e escolhas subsidiárias das ações da Arte Despertar se
apoiam em pressupostos que situam a arte como atividade criativa que demanda
experimentação, apreciação e interpretação de diferentes códigos, por meio dos
quais os seres humanos buscam se comunicar e atribuir sentidos ao mundo. Em
vista disso, princípios organizadores da ação institucional, apresentados a seguir,
foram desenvolvidos por suas equipes arte-educativas, e orientam suas práticas e
estimulam o conhecimento a respeito de Arte em diálogo com outras áreas do
conhecimento humano. Os beneficiados pelas ações da Arte Despertar são
estimulados a se arriscar, a se expor, a desenhar, pintar, representar, tocar,
escrever, ler, a realizar essas atividades como vivências pessoal ou coletivas.
Partindo desse princípio, todos se reconhecem como participantes e
construtores de seus próprios percursos, e se reconhecem nas descobertas
asseguradas pelo objeto artístico que passa a ter sentido e deixa de ser visto como
incompreensível ou distante da realidade.
A arte ultrapassa o sentido imediatista da vida. Apresenta-se como forma
de construção de conhecimento, desenvolve a percepção, a imaginação, a
memória, a atenção, o raciocínio, o juízo, o pensamento, a afetividade e a
linguagem, elementos que compõem seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
Por meio deles, conforme o educador Paulo Freire (1982), a humanização se
8
configura em ponto de chegada, portadora de capacidades que desenvolvem a
consciência e habilitam a agir e a pensar de modo autoral.
Metodologia
A metodologia trabalha a Arte enquanto área do conhecimento que integra a
subjetividade e a objetividade ao favorecer o envolvimento e a reflexão, além de
despertar potencialidades; e a Cultura enquanto identidade cultural, raízes,
memória e história de vida, ao valorizar e promover o respeito à diversidade e a
singularidade.
Tratar a arte como conhecimento é o ponto fundamental e condição
indispensável para o enfoque do ensino de arte. Ensinar arte significa articular três
campos conceituais presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte.:
Produção: criação, fazer artístico
Fruição: percepção e análise
Reflexão: conhecimento da produção artístico-estética da
humanidade, compreendendo-a histórica e culturalmente.
As atividades desenvolvidas tem como eixos norteadores os seguintes
conceitos:
Memória
Conhecimento e reconhecimento de diferentes culturas
Identidade e Alteridade
Manifestações Culturais
Diversidade Cultural
Patrimônio Cultural
Visão de Mundo
Ações
Realizar atividades com arte e cultura com crianças, adolescentes e orientadores,
asseguram a importância da arte, linguagem e conhecimento que todo ser humano
tem direito a acessar, fruir e conhecer.
Atividades arte-educativas para crianças e adolescentes
Para que as crianças e os adolescentes possam entrar em contato com o campo da
linguagem visual, é necessária a experiência de:
Produzir/fazer formas artísticas desenvolvendo habilidades, técnicas,
pesquisas de materiais e a relação entre perceber, imaginar e realizar um
trabalho de arte.
9
Fruir formas artísticas, aguçando a percepção, o olhar de cada indivíduo por
meio de apreciações.
Refletir sobre a arte como objeto de conhecimento, contextualizando o
tempo e o espaço histórico e cultural em que o objeto artístico é realizado.
Para tanto, os objetivos específicos das atividades realizadas pelo projeto foram:
Proporcionar práticas de ateliê
Aproximar do universo da Arte
Nutrir esteticamente o olhar, provocando uma percepção mais ampla da
linguagem visual
Ações formativas para orientadores socioeducativos
Ações concomitantes a partir dos temas pertencentes aos Parâmetros das Ações
Socioeducativas e aos temas dos projetos pertinentes a cada CCA:
Objetivos específicos das ações formativas:
Aproximar do universo da Arte
Ressignificar a prática artística e a arte-educação
Favorecer o olhar para a Arte como linguagem transversal às questões
socioeducativas
Instrumentalizar para o processo de criação em ações educativas: prática de
ateliê e vivência em atividades em sala
Aprofundar os conteúdos e proporcionar momentos de reflexão
Encontros Gerais
Esses Encontros são momentos de estímulos à percepção e expressão ao
desenvolvimento de recursos próprios para construção de novas propostas com
senso crítico e autonomia, favorecendo a compreensão das possibilidades
psicológicas e pedagógicas do trabalho com arte e cultura. Foram realizadas ações
com diretores, coordenadores e orientadores em paradas pedagógicas, onde
compartilham, socializam e se envolvem em todas as práticas ocorridas nas
atividades com as crianças e adolescentes em todos os CCAs.
A Arte Despertar acredita que a Arte, em todas as suas linguagens, contribui na
ampliação e aprofundamento de leitura de mundo e contribui na construção de um
olhar sensível, poético, crítico, questionador, indispensáveis na construção da
cidadania e no desejo da construção de um mundo melhor.
10
Propostas de atividades
O plano de trabalho elaborado pelos educadores da Arte Despertar em
conjunto com a equipe de profissionais dos CCAs teve o objetivo de atender às
demandas institucionais apresentadas em reuniões de planejamento realizadas no
início do segundo semestre de 2013. Diante das solicitações, foi criado um
planejamento de forma a contemplar a especificidade de cada espaço e com a
possibilidade de adaptações ao longo do projeto.
No CCA Mãe do Salvador, os educadores Arte Despertar desenvolveram um
trabalho voltado para a Arte como forma de expressão, comunicação e visão de
mundo, ampliando o repertório artístico e cultural dos alunos, dos educadores e dos
demais envolvidos no processo educativo. Nos CCAs Dom Bosco e LAC, o
planejamento desenvolvido foi a partir do tema “Copa do Mundo” possibilitando a
realização de um trabalho de artes coletivo com as crianças, adolescentes e
educadores.
Os objetivos gerais desse plano de trabalho foram:
. Explorar possibilidades de expressão e criação.
. Ampliar repertório artístico e cultural.
. Promover a integração entre as crianças e adolescentes.
. Estimular a valorização da produção pessoal e o desenvolvimento do trabalho em
grupo.
. Desenvolver a atenção, a concentração, a percepção visual e senso estético.
. Criar espaço para o desenvolvimento de novas atividades artísticas.
. Possibilitar a apresentação da produção de artistas apresentadas no decorrer do
desenvolvimento das atividades.
11
Projetos desenvolvidos no CCA Dom Bosco – 2013 / 2014
Proposta 1: Monotipias
Faixa etária: 8 a 10 anos e 10 a 14 anos
Objetivo: ampliar a percepção visual, estimular a criatividade e a autonomia
através dos conceitos apresentados para a elaboração da atividade utilizando a
técnica de monotipia.
Contexto: As técnicas de impressão são uma introdução às explorações de
reprodução e da gravura onde é possível a partir de uma matriz realizar diferentes
cópias de uma mesma imagem.
Processo:
Em uma base de acrílico, linóleo ou emborrachado é passado uma camada
de tinta com o rolo.
Com a ponta de trás do pincel, um palito de churrasco ou mesmo um pedaço
de papel o desenho é realizado retirando-se a tinta.
Um papel é coloca por cima da base e prensado com as mãos.
Cuidadosamente retiramos o papel e a impressão da imagem é realizada.
12
Proposta 2: Customização
Faixa etária: 10 a 14 anos
Objetivo: desenvolver e compreender as etapas para transformar um projeto em
produto.
Contexto: à partir de pesquisas realizadas sobre o tema moda, os alunos
compreenderam de onde surgem as ideias para a confecção das roupas, como as
artes visuais influenciam na moda, qual a atuação dos profissionais envolvidos no
processo da criação à distribuição e venda.
Processo:
Com tema livre, os alunos desenharam o que gostariam de imprimir nas
camisetas.
O desenho foi recortado para fazer o Estêncil.
Com canetinhas e tinta para tecido, o Estêncil foi pintado nas camisetas.
13
Proposta 3: Grafite
Faixa etária: 10 a 14 anos
Objetivo: Desenvolver a técnica do Grafite
Contexto: Através da contextualização histórica do grafite no Brasil,
desenvolvimento e trajetória, os alunos elaboraram o material para a reprodução
do grafite no muro da instituição.
*Referência: Alex Vallauri, artista italiano radicado no Brasil, foi o pioneiro
na arte do grafite e pensa no grafite como forma de comunicação e que mais se
aproxima do seu ideal de arte para todos.
Processo:
O muro da instituição foi lavado, lixado e pintado para que o grafite pudesse
ser aplicado.
Os alunos criaram um desenho, transferiram para o papel cartão e
utilizaram a técnica do estêncil.
Essa técnica consiste em perfurar e cortar o papel, para que se obtenha um
molde vazado, o que permite que a tinta seja aplicada e preencha os
espaços vazios.
14
Proposta 4: Bandeiras e suas representações
Faixa etária: 10 a 14 anos
Objetivo:
. Estudo sobre as bandeiras e seus
significados.
. Desenvolvimento da percepção e
o olhar sobre os elementos que
compõe uma bandeira.
Contexto: por meio da técnica de
pintura, os alunos representaram
as bandeiras, desenvolvendo um
exercício de ampliação, observação
e concentração. Como referência,
trabalhamos com imagens de
artistas que utilizaram formas
geométricas em suas composições plásticas.
Processo:
Primeiro momento de sensibilização para a apreciação das imagens e, em
seguida cada um deveria criar sua própria bandeira, utilizando formas
geométricas e símbolos que considerassem importantes.
Utiliza-se cartolina e guache. Cada elemento do grupo elaborou um trabalho
e um dos deles foi escolhido pelo próprio grupo para ser desenhado com giz
de lousa no espaço externo (piso) da instituição.
Deve-se assegura a possibilidade de realizar a intervenção no espaço
externo, oferecendo a oportunidade do fazer e refazer artístico e de
vivenciar transformações.
Foi explicado que a técnica faria parte do processo de criação para a pintura
no muro, que resultaria na ocupação do espaço externo.
Proposta 5: Arte muralista
Faixa etária: 10 a 14 anos
Objetivos:
. Experimentar diversas técnicas de pintura.
. Possibilitar a percepção para as artes no cotidiano, das ruas.
. Ampliar o repertório sobre manifestações artísticas.
Processo:
Após o desenvolvimento de atividades em sala e a experiência de ocupação do espaço
social externo, através do desenho com giz de lousa no piso, os alunos aplicaram a
técnica e conhecimentos sobre a arte muralista e sua intervenção na arquitetura
produzindo pinturas de bandeiras nos muros da instituição. A ocupação do espaço social
externo favoreceu a integração entre as turmas e promoveu a conscientização do
sentimento de pertencimento à instituição por meio da arte.
16
Proposta 6: Carnaval
Faixa etária: 8 a 10 anos e 10 a 14 anos
Objetivo: Trabalhar o tema “Carnaval” no contexto histórico e cultural de alguns países
que participarão da “Copa do Mundo”.
Contexto: Promover rodas de conversa, solicitar que sejam realizadas pesquisas sobre o
Carnaval no Brasil, França e Itália. Tradições culturais e eventos característicos como, por
exemplo: “Batalha de flores” na França e a procissão de lanternas.
Processo: Dividir-se em grupos, confeccionar flores em papel crepon, confeccionar
lanternas utilizando papel e palitos, máscaras aplicando a técnica de papietagem (papel
cortado e cola branca para dar forma e se obter uma superfície rígida) e em seguida pintar
com tinta acrílica.
Proposta 7: Sons e estilos musicais
Faixa etária: 8 a 10 anos e 10 a 14 anos
Objetivo: Conhecer estilos musicais, reconhecer os sons, experimentar jogos e
brincadeiras que produzam sons.
Contexto: Promover a ampliação do repertório artístico e cultural através da percepção
sonora e da memória, realizando jogos, brincadeiras e conhecendo as canções de roda,
seus significados e a música como forma de expressão e manifestação artística.
Processo: solicitar às crianças que produzam sons por meio das partes de seu próprio
corpo. Posteriormente, construir cotidiáfonos – instrumentos musicais elaborados com
materiais de uso do cotidiano como: copos, garrafas plásticas, latas, plásticos e outros.
Elaborados os cotidiáfonos, dividir-se em grupos e realizar uma sinfonia utilizando os
instrumentos.
Enquanto um grupo apresenta a brincadeira da sinfonia o outro deve permanecer em
silêncio e perceber todos os sons com atenção, possibilitando a todos que reconheçam e
identifiquem os sons produzidos pelos diversos materiais utilizados para a construção dos
instrumentos.
17
Proposta 8: “Copa do Mundo”
Faixa etária: 6 a 8 anos
Objetivos:
- Explorar e experimentar materiais.
- Perceber as possibilidades do bidimensional e do tridimensional.
- Possibilitar a exploração da modelagem, desenho, pintura, recorte e colagem.
- Promover por meio da arte o exercício individual, a relação do indivíduo com seus pares
e o olhar perceptivo e reflexivo sobre o coletivo.
Contexto: Desde o final do ano de 2013 e durante o primeiro semestre de 2014 o tema
“Copa do Mundo” percorreu os assuntos da mídia, das conversas nas ruas e nas casas,
influenciando o imaginário dos alunos sobre o evento. Nossa ideia inicial foi desenvolver
um processo de trabalho com as representações do que nos cerca no dia-a-dia para a
exploração de processos artísticos com as crianças de 6 e 7 anos.
É a partir da exploração que as crianças conseguem chegar mais próximo da expressão de
suas ideias. Na maioria das vezes é no processo do fazer, na ação e não no resultado é
que está a sua expressão. Elas criam narrativas quando manipulam o material,
transformando uma forma em outra a todo o momento e, na maioria das vezes, não
buscam uma forma final.
Utilizando os materiais disponíveis no CCA, como massinha de modelar, lápis de cor, giz
de cera e utilizando como suporte o papel sulfite ou a cartolina, incentivamos a exploração
do material e dos seus usos para desenvolver diversas maneiras do fazer, criando
possibilidades e quebrando limitações.
18
Processo:
Análise de conhecimentos prévios por meio de diálogos sobre o tema e registro das
palavras que surgem na conversa.
O material, massinha de modelar e papel sulfite, foi distribuído e foi proposta a
exploração de suas propriedades atentando aos sentidos: textura, cheiro, peso,
cor, temperatura e outras características.
Com uso do papel sulfite como suporte, explorando o bidimensional, o
tridimensional e o desenho, o tema foi desenvolvido. Por fim, foi realizada a
exposição dos trabalhos.
Proposta 9: Desenhando de diferentes maneiras
Faixa etária: 6 a 8 anos
Objetivos:
. Explorar diferentes maneiras de desenhar.
. Possibilitar outras formas de desenvolver os projetos propostos de forma lúdica.
. Promover por meio da arte o exercício individual, a relação do indivíduo com seus pares
e o olhar perceptivo e reflexivo sobre o coletivo.
. Exercitar e desenvolver diversas possibilidades de olhar com diferentes pontos de vista.
Contexto: Com a exploração da técnica do desenho, propomos experimentar diversas
formas de desenhar com posturas corporais diferentes. O que muda? Como me percebo
19
neste fazer? Desenvolvemos a autopercepção nas ações. A compreensão dos limites do
corpo permite a reflexão para os limites do espaço, do respeito com os outros e da
criatividade para lidar com as situações. Refletimos também diferentes formas de propor
atividades na sala de aula e fora dela.
Processo:
Introdução ao tema foi em uma conversa prévia com os alunos.
Distribuído os materiais pelos próprios alunos como uma forma de estimular sua
responsabilidade sobre os mesmos.
Após a exploração dos materiais, o desenvolvimento da atividade incentivou a
experimentação de diferentes formas de se desenhar: sentado, em pé, deitado no
chão, com diferentes partes do corpo. Ao término das produções, houve a
apreciação dos trabalhos e a montagem de exposição dos mesmos na parede da
sala de aula.
20
Proposta 10: Ocupação do espaço
Faixa etária: 6 a 8 anos
Objetivos:
. Propiciar diferentes maneiras de olhar (próximo, distanciado, por partes, pelo todo, entre
outros).
. Promover por meio da arte o exercício individual, a relação do indivíduo com seus pares
e o olhar perceptivo e reflexivo sobre o coletivo.
. Exercitar e desenvolver um projeto artístico: trabalho coletivo para a ocupação do
espaço.
. Ativar e dar um novo olhar a um espaço do cotidiano.
Contexto: A ocupação de um espaço com a proposta artística é parte do processo de
experimentação para a apropriação de um local, uma ativação de algo que estamos tão
acostumados que nem o percebemos mais.
Diante do tema Copa do mundo, trabalhamos a ocupação dos espaços tendo como
referência a cultura tradicional de pintar e decorar as ruas nas manifestações religiosas,
como os tapetes feitos com serragem colorida no período de comemoração do Corpus
Christi ou os “Rongolis” da Índia assim como festas tradicionais como a de São João.
A proposta foi realizada com todas as turmas unidas para a vivência de um trabalho em
grupo possibilitando a consciência do coletivo e do respeito entre as diferentes idades.
Processo:
Apreciação e diálogo sobre algumas tradições que realizam a decoração de
espaços. As tarefas foram separadas e o espaço físico observado.
Planejamento da divisão de cores para a montagem. Execução do processo: corte
das tiras, divisão das cores, amarração dos fios e das bandeiras. Montagem no
espaço.
21
22
Proposta 11: Introdução ao estêncil
Faixa etária: 6 a 8 anos
Objetivos:
- Experimentação com a técnica do estêncil e da pintura.
- Possibilitar a exploração do espaço.
- Promover por meio da arte o exercício individual, a relação do indivíduo com seus pares
e o olhar perceptivo e reflexivo sobre o coletivo.
Contexto: A ocupação de um espaço com a proposta artística é parte do processo de
experimentação para a apropriação do local, uma ativação de algo que estamos tão
acostumados que nem o percebemos mais. Os desenhos, pintura e grafites na cidade
passam a não ser somente uma interferência que não queremos enxergar, mas sim
intervenções que permitem outro olhar e reflexão sobre o espaço que nos cerca no dia-a-
dia.
Dando continuidade ao processo de ocupação do espaço, começamos a trabalhar os muros
e o chão também o desenvolvimento da ação artística não somente com uma só postura
corporal mas de diversas formas como de pé ou deitados.
A experimentação do estêncil permite outro olhar sobre como as pinturas podem ser
realizadas a partir de um processo do desenho, recorte, vazado e pintura.
Processo:
Análise de conhecimentos prévios: diálogo sobre o tema.
Distribuição do material: papel sulfite, lápis e tesoura.
Experimentação de dobras e cortes para realização dos vazados.
Desenvolvimento dos desenhos a partir do tema.
Experimentação da pintura das máscaras de estêncil com o rolinho e tinta guache.
Exposição dos trabalhos.
23
Proposta 12: Projeto labirintos
Faixa etária: 6 a 8 anos
Objetivos:
- Explorar e experimentar materiais.
- Introdução aos conceitos básicos do desenho: linhas e pontos.
- Possibilitar a exploração do espaço corporalmente.
- Promover por meio da arte o exercício individual, a relação do indivíduo com seus pares
e o olhar perceptivo e reflexivo sobre o coletivo.
Contexto: A partir da demanda de trabalhar os limites e o espaço físico que as crianças
de 6, 7 e 8, propomos a exploração do desenho para gerar situações de discussão.
O material escolhido foi o papel sulfite, o papel carbono e o lápis por serem materiais que
os educadores do CCA estavam mais confortáveis para utilizar e que está disponível no
estoque pedagógico. Desta forma, a proposta foi realizar diferentes tipos de exploração
com os materiais que estamos sempre acostumados a trabalhar, mas sempre de uma
mesma forma.
24
Processo:
Distribuição do material: papel sulfite, papel carbono e lápis com a ajuda dos
alunos.
Exploração da propriedade dos materiais com pequenos jogos brincando com a
ideia de linha, curvas e pontos como o “Ligue os pontos”.
Escolha e reprodução de imagens para serem contornadas com os elementos
trabalhados anteriormente.
Mito do Minotauro e abertura para conversa sobre a estória.
Criação um desenho de um projeto para um labirinto.
Brincadeira com o percurso nos labirintos já pré-desenhados com giz no chão na
área externa ao lado da quadra, desafiando os alunos a pularem bancos e andarem
por baixo da mesa. (No início individualmente e depois em grupo gerando relações
entre eles de discussão ou acordos). Criação do labirinto que havia projetado com
giz no chão.
25
Proposta 13: Metodologias para avaliação para as turmas de 6 a 8 anos
Faixa etária: 6 a 8 anos
Objetivos:
- Realizar a avaliação semestral do projeto pelo olhar dos participantes;
- Perceber o processo do projeto no semestre de maneira lúdica;
Contexto: A apresentação dos processos realizados durante o semestre é uma maneira de
perceber os percursos realizados. Nesta proposta, a partir das fotos tiradas dos
participantes e dos processos artísticos, é possível relembrar o quê, como fizemos e quais
os resultados realizados. A avaliação pelo olhar dos alunos é um ponto de vista importante
para perceber a recepção às propostas, para dar voz às experiências individuais e saber o
que ficou mais marcado na memória para cada um.
Processo
Apresentação das fotos dos processos para os participantes;
Conversa sobre as atividades;
“Jogo” das fitas:
. Colocação de fitas adesivas coloridas equivalentes a cada ícone
(“Excelente”,”Muito bom”, “Bom”, “Mais ou menos”, “pode ser bem
melhor”).
. Pintura de cada quadrado do ícone na ficha de avaliação equivalente à
cor da fita.
. Pergunta de cada questão da ficha de avaliação.
. Cada criança, após a questão, escolhe em qual cor da fita colocará o pé
para saber qual a avaliação de cada um.
. Preenchimento da ficha de avaliação com um “X”.
Desenho sobre o que mais gostou e/ou do que gostaria de ter mais nas aulas.
26
Metodologias para avaliação para as turmas de 11 a 13 anos
Objetivos:
- Realizar a avaliação semestral do projeto pelo olhar dos participantes.
- Perceber as impressões do projeto no semestre de maneira lúdica.
- Possibilitar a escuta e as sugestões dos alunos para novas propostas para os próximos
semestres.
Contexto: A apresentação dos processos realizados durante o semestre é uma maneira de
perceber os percursos realizados. A partir da conversa com o grupo, é possível relembrar o
que fizemos, como fizemos e quais os resultados. A avaliação pelo olhar dos alunos é um
27
ponto de vista importante para perceber a recepção às propostas, para dar voz às
experiências individuais e saber o que ficou mais marcado na memória para cada um.
As metodologias voltadas ao diálogo do grupo é uma importante maneira de escutar e de
dar voz aos participantes trazendo uma autonomia e autorresponsabilidade das opiniões
colocadas no grupo.
Processo:
Roda de conversa sobre os processos realizados durante o semestre e registro das
atividades.
Realização da ficha de avaliação individualmente.
Realização do jogo: “Leilão de ideias” para a sugestão de novos projetos:
. Cada grupo de 5 alunos escreve 3 sugestões de atividades para serem
realizadas no próximo semestre;
. Após cada ideia ser colada no quadro branco, cada dupla de alunos de
cada grupo, apresenta argumentos para a classe para que ela seja
escolhida;
. Cada aluno recebe 3 pequenos papéis colocando desenhos ou palavras
como: “Curti”, “#gostei” para que votem na ideia que mais gostam;
. Após a votação, colando os pequenos papéis nos papéis nas ideias no
quadro branco, contamos para saber qual a ideia preferida.
Fechamento sobre a atividade do dia e das sugestões dadas.
28
Projetos desenvolvidos no CCA LAC – 2013 / 2014
Proposta 1: Muralismo
Faixa etária: 7 a 14 anos
Objetivo: trabalhar o muralismo através de uma temática especifica no caso a copa do
mundo.
Contexto: Dentro da perspectiva de se trabalhar o muro em um ano de copa do mundo
no Brasil o LAC sugeriu que se projetasse um muro com as bandeiras dos países
participantes da copa e que se trabalhasse sobre as culturas de cada pais. Para isso nos
preparamos alguns data shows para tratar primeiro do assunto muralismo e outros que
tratavam das particularidades das culturas dos países da copa. Depois houveram algumas
tentativas de se fazer bandeiras, pesquisar, reproduzir sobre papel Craft para se ter uma
ideia do que iriam trabalhar sobre o muro. Em seguida em uma outra etapa as crianças
trabalharam sobre o muro, cada qual fazendo uma bandeira dos países mais
representativos que estariam na copa. Uma vez as bandeiras projetadas, reproduzidas a
lápis sobre o muro, as crianças passaram a trabalhar as cores das bandeiras, aplicando,
compondo e pintando com as tintas o muro.
Processo:
Apresentação do que é o muralismo.
Estudo e pesquisa das bandeiras dos países participantes da copa.
Reprodução das bandeiras sobre papel Craft para treinar e experimentar.
Reprodução das bandeiras com lápis no muro.
Preparação das cores.
Escolha das cores e aplicação sobre o muro.
Pintura do muro.
29
30
Proposta 2: Arte no muro com Estêncil.
Faixa etária: 7 a 14 anos
Objetivo:
- Desenvolver um projeto artístico a ser transferido e executado sobre o muro dando
continuidade ao processo iniciado de muralismo com a técnica do Estêncil.
- Promover a integração e o processo de trabalho em grupo.
- Estimular a percepção visual, motricidade, autonomia e autoestima.
- Ampliar o repertório artístico-cultural.
Contexto: O processo de ocupação do espaço iniciou com a pintura sobre o muro com a
pesquisa das bandeiras, dos símbolos que permeiam o imaginário da copa e com a criação
de linhas e formas geométricas encontradas na decoração das bandeiras das festas
juninas. Além da possibilidade de explorar a pintura do com a divisão dos espaço com fita
crepe e formas geométricas, desenvolvemos a técnica do Estêncil para a reprodução de
imagens com a utilização do projetor.
Processo:
Roda de conversa sobre o processo.
Pesquisa e escolha das imagens que representam a copa do mundo.
Separação do grupo em crianças e adolescentes. Um grupo enquanto desenhava as
imagens a partir da projeção o outro grupo recortava o papel cartão para a criação
das máscaras de Estêncil.
Preparação do muro, lixando e limpando para torná-lo apropriado para receber a
tinta.
Descoberta da possibilidade de produzir suas próprias cores a partir de algumas
bases.
Pintura das imagens.
31
32
Proposta 3: Carnaval
Faixa etária: 7 a 14 anos
Objetivo: Produzir os adereços e máscaras de carnaval, trabalhar as máscaras e suas
representações em diversas culturas. Elaborar manualmente as suas próprias máscaras.
Contexto: todo ano o LAC promove um encontro durante o carnaval com outro CCA que
fica próximo para festejar o carnaval. Neste ano de 2014 o LAC solicitou que a Arte
Despertar participasse das oficinas de preparação dos adereços de carnaval como também
solicitou que saíssemos juntos com os alunos andando até o outro CCA para encontrar-se
com os adolescentes deste outro espaço, de lá seguiram juntos como foliões até a Praça
Benedito Calixto para comemorar a festa de carnaval.
33
Proposta 4: “Fotografia”
Faixa etária: 8 a 10 anos e 10 a 14 anos
Objetivo: Levantar e identificar os conhecimentos das crianças e adolescentes em relação
á ótica e a fotografia
Contexto: Possibilitar através da contextualização histórica da fotografia e da produção de
câmeras escuras, que as crianças e adolescentes entrem em contato com o universo da
fotográfico, ampliando seus conhecimentos em relação à ótica e a seus elementos
correspondentes, compreendendo as leis da ótica geométrica, promovendo a integração,
interação e liberdade de expressão.
Processo: Estudo sobre as câmeras escuras – aparelho óptico, o qual esteve na base da
invenção da fotografia- que consiste numa caixa com um orifício no canto, possibilitando
que a luz externa passe pelo buraco até atingir a superfície interna onde pode-se observar
a imagem invertida.
Após esse experiência os alunos deverão utilizar a sala de arte do CCA como laboratório
fotográfico, isolando e fechando o local para que não entre luz e as fotografias tiradas
sejam reveladas. Para isso serão construídas câmeras de “Pinhole”
Para a construção das câmeras, são necessários materiais simples e de fácil acesso, como
caixa de sapatos, lata de leite em pó ou algo semelhante. Deve ser feito um furo ( com
agulha), que funcionará como lente. A caixa ou lata deve ser pintada de preto, para que se
obtenha uma câmera escura, mas não deve existir nem um outro orifício por onde entre
luz. Este deve ser tampado com fita isolante escura e sua abertura servirá com disparo
para a foto. O papel fotográfico ou filme deve estar no interior da câmera. Podemos
produzir essas câmeras de qualquer tamanho e formatos, obtendo assim imagens e efeitos
diversos.
34
Projetos desenvolvidos no CCA Mãe do Salvador – 2013 / 2014
Proposta 1: Arte no muro.
Faixa etária: 7 a 14 anos
Objetivo: Desenvolver um projeto artístico a ser transferido e executado sobre o muro do
pátio interno do mãe Salvador dando continuidade ao processo iniciado no primeiro
semestre de 2013 de muralismo elaborado pela arte-educadora da Arte Despertar.
Seguindo a demanda do CCA de dar continuidade a esse processo. Outro objetivo foi criar
um ambiente que dê uma unidade e ambientação ao espaço alem disso, trabalhar e
enfatizar a elaboração de um projeto coletivo.
Contexto: O processo de ocupação do espaço no Mãe Salvador iniciou-se neste ultimo ano
a partir da demanda da coordenação de dar continuidade a pintura sobre o muro com uma
extensão de mais de 120 metros quadrados. O muro foi dividido em espaços a serem
ocupados através da interferência sobre ele por parte das duas turmas do período da tarde
da Iris e da Claudia. Ao longo do ano e das atividades do projeto da Arte Despertar cada
grupo trabalhou sobre o muro.
A apropriação do espaço físico por parte do grupo exigia algumas condutas e regras para
viabilizar o projeto. A coordenação do Mãe Salvador não determinou a priori nenhum tema
especifico a ser projetado sobre o muro desta forma conseguimos trabalhar seguindo o
modelo de elaborar quadros de 50x50 cm onde cada criança criava paisagens pintadas
ou curvas e linhas ou geometrização, alem de trabalharem a composição de cores e suas
combinações.
Processo:
Como as crianças já tinham uma afinidade com as técnicas de pintura sobre o muro
a intenção foi de dar continuidade com variações de temas e formas.
As crianças desenharam sobre papel craft ambientes que retratavam a natureza
para posteriormente projeta-los em escala para o muro.
Reprodução dos desenhos ocupando um quadro de 50X50 cm, delineados com fita
crepe sobre o muro a lápis.
Observação do desenho e preparação das cores, composição de cores através das
cores primarias e outras.
Preparação do muro, lixando, lavando, esfregando, limpando para torna-lo
apropriado para receber a tinta.
35
Descoberta da possibilidade de produzir suas próprias cores a partir de algumas
bases.
Pintura dos quadrados demarcados e desenhados a lápis.
Uma vez os quadros delineados e pintados, colocação em volta de fita crepe
recortando o muro de formas geométricas e enfatizando o quadro.
Preparação das tintas e pintura das formas variando cores e dimensões.
- Acabamentos e revestimento do muro com verniz para manutenção e evitar a
gastura da tinta ao tempo.
Proposta 2: Gesso e impressões
Faixa etária: 7 a 14 anos
Objetivos: Trabalhar com o gesso, apreender a prepara o gesso, verificar suas reações
químicas, descrever suas propriedades, produzir uma forma de gesso e trabalhar baixos
relevos sobre o gesso para futuras impressões sobre argila e papel.
Contexto: Introdução aos procedimentos referentes à gravura tendo o olhar dirigido à
reprodutibilidade da imagem sobre uma superfície produzida no gesso.
36
Dentro da perspectiva de aproximar diferentes linguagens e materiais as crianças
prepararam seu gesso e suas formas objeto tridimensional na intenção posterior de
interferir sobre este material, transferindo suas propostas de desenho para este material
com o uso de ponta seca.
Processo:
Preparação do gesso.
Verificação da catalisação do gesso, aquecimento da matéria e resfriamento.
Intervenção com lápis preto sobre a placa de gesso.
Intervenção com ponta seca criando um baixo relevo.
Prensagem da argila sobre a placa de gesso.
Entitamento das placas e impressões sobre papel.
Preparação do gesso e gravação com ponta seca.
37
Proposta 3: Carimbos
Objetivo: Trabalhar com gravura sobre borracha e verificar a possibilidade de criar um
carimbo para se trabalhar uma composição com carimbos criados pelas crianças sobre
papel.
Contexto: Introdução aos aspectos da gravura e da reprodutibilidade.
Processo:
Com algumas ferramentas criar e talhar motivos geométricos sobre a borracha.
Entintar a borracha.
Carimbar o motivo.
Compor com o carimbo uma estrutura que ocupe o espaço do papel.
38
Proposta 4: Arte muralista
Faixa etária: 8 a 10 anos
Objetivo: Desenvolvimento do desenho e passagem do plano bidimensional para o plano
tridimensional.
Contexto: Trabalhar o Muralismo através de ações que resultassem na ocupação do
espaço social da instituição.
Processo: As crianças elaboraram seus desenhos em papel craft, desenharam em seguida
com giz de cera no muro e depois realizaram a transposição para a superfície preparada
anteriormente. A atividade possibilitou a identificação do conceito de dimensão, noção
espacial e promoveu a ocupação da área social da instituição.
Muralismo - Pintura executada sobre parede, diretamente na superfície, que difere de
outras formas de pintura, por estar relacionada à arquitetura do local, permitindo a
exploração no aspecto plano de uma parece ou mesmo criar o efeito de um outro espaço.
39
Proposta 5: Grafite
Faixa etária: 10 a 14 anos
Objetivo: Desenvolver a técnica do Grafite
Contexto: Através da contextualização histórica do grafite no Brasil, desenvolvimento e
trajetória, os alunos elaboraram o material para a reprodução do grafite no muro da
instituição.
Processo: O muro da instituição foi lavado, lixado e pintado para que o grafite pudesse
ser aplicado. Os alunos criaram um desenho, transferiram para o papel cartão e utilizaram
a técnica do estêncil. Essa técnica que consiste em perfurar e cortar o papel, para que se
obtenha um molde vazado, que permite que a tinta seja aplicada e preencha os espaços
vazios.
40
Proposta 6: Os “Bonecos de Olinda”
Faixa etária: 8 a 10 anos e 10 a 14 anos
Objetivo: Confecção de bonecos baseados nos bonecões tradicionais da cidade de Olinda
em Pernambuco.
Contexto: Confeccionar bonecos em material recicláveis, estimulando a criatividade,
promovendo respeito ao meio ambiente, concentração e autonomia, após a apresentação
de imagens sobre os “bonecos de Olinda” e sua contextualização histórico cultural.
Processo: Selecionar uma garrafa pet, revestir com a técnica papietagem (papel e cola
branca). Pintar de branco para obter um fundo neutro e decorar utilizando tinta, papéis,
cola, lã e demais materiais recicláveis.
Proposta 7: gravuras em isopor e argila
Faixa etária: 8 a 10 anos e 10 a 14 anos
Objetivo: Gravura e técnicas de impressão
Contexto: Trabalhar a gravura e técnicas de impressão. Apresentação da obra de
Oswaldo Goeldi - desenhista, ilustrador e gravador, que se dedicou à xilogravura ( técnica
de gravura na qual se utiliza madeira como matriz), estimulando a criatividade, percepção
visual, habilidade motora, exploração de novos materiais e estímulo ao trabalho em
grupo.
41
Processo: Esculpir em placa de argila que posteriormente será utilizada como matriz para
a impressão. Observa o processo de transformação do material (secagem, endurecimento,
fragilidade).
Desenhar em placas de isopor, utilizando palitos para fazer “sulcos”, para que a placa seja
utilizada como matriz. Passar tinta com o rolinho e observar que tanto na placa de argila,
quanto na de isopor, a tinta não penetra nos “sulcos”, portanto, o desenho quando
transferido para o papel aparecerá sob a forma de linhas brancas.
Proposta 8: Arte Abstrata
Faixa etária: 8 a 10 anos/10 a 14 anos
Objetivo: Trabalhar os conceitos da Arte Abstrata
Contexto: apresentação do conceito de arte abstrata.O abstracionismo refere-se a forma
de arte não representada pela figuração, ou seja, não representa a realidade concreta.Se
utiliza das relações formais entre as cores, linhas e superfícies para reproduzir a realidade
da composição plástica.
Processo: Desenhar aleatoriamente com caneta preta, observar as linhas, as
representações encontradas, colorir de forma harmônica, transformar manchas de cores e
42
linhas em símbolos subjetivos. Observar as características específicas das composições
abstratas e das figurativas, elaboradas em outro momento. Estabelecer um paralelo entre
elas. Distribuir pedaços de papéis coloridos e pedir aos alunos que façam uma composição
figurativa e outra abstrata, utilizando as mesmas formas geométricas.
Conversar com os alunos e perguntar se todos veem a mesma imagem, quais as imagens
que veem, se a primeira observação do trabalho elaborado é igual às subsequentes e qual
a sensação que o trabalho produz em cada um.
43
Proposta 9: Mandalas
Faixa etária: 8 a 10 anos/ 10 a 14 anos
Objetivo: Criação e estudo sobre as mandalas
Contexto: roda de conversa sobre o que é uma mandala, de onde surgiu, qual seu
significado, aonde podemos encontrar formas circulares que lembrem uma mandala.
Reflexão sobre o fazer artístico da proposta.
Processo: cada aluno deverá receber um círculo de papel cartão colorido e escolher um
pedaço do tecido chita que mais lhe agrada.
Cortar um pedaço do tecido, colar no centro do círculo e criar sua própria mandala,
utilizando a técnica do desenho.Reproduzir a estampa da chita em cores diferentes ou
criar suas estampas. Observaremos nessas criações registros particulares, trabalhos com
características distintas como resultado de uma atividade relacionada à subjetividade de
cada aluno.
44
Proposta 10: Contos de fada
Faixa etária: 8 a 10 anos
Objetivo:
. Possibilitar o contato com os contos de fada
. Desenvolver a sequência lógica do pensamento da criança
. Estimular a criatividade e a imaginação
. Promover a capacidade de atenção e socialização
Contexto: Os contos de fada, são histórias que permeiam a infância e que produzem
grande encantamento, pois possibilitam que a criança viva muitas experiências. Através
dos personagens, existe a oportunidade de recriar as histórias através de sensações
produzidas, das emoções vividas quando a fantasia pode se tornar realidade modificando e
oferecendo outras visões de mundo.
Processo: as crianças contaram sobre os contos de fada que conheciam, identificaram as
diferenças e semelhanças encontradas nas histórias e compartilharam as sensações que
surgiram no momento da na narração ou escuta. Cada criança escolheu um conto e fez a
representação através de um desenho. Em um segundo momento, escolheram outro conto
e o recriaram a sua maneira, exercitando a capacidade de imaginação, a criatividade e
revivendo os conflitos existentes nas histórias originais: os valores, a condição humana,
medos, angústias e alegrias. A história recriada foi registrada através de uma trabalho
plástico, utilizando tecido e canetinha hidrocor.
45
Proposta 11: Nossas histórias...
Faixa etária: 10 a 14 anos
Objetivo: Elaboração de um painel com o tema: “Um fragmento da nossa história”
Contexto: Cada indivíduo traz consigo uma história de vida, de cultura, de saber, sonhos,
desejos e perspectivas. Depois de conversarmos sobre o assunto, decidimos montar um
grande painel de histórias. Cada um deveria representar um fragmento da sua história ou
também chamamos de ”trajetória de vida” e representar plasticamente.
Processo: Utilizando plástico transparente, pedaços de tecidos e cola branca, os alunos
elaboraram suas composições plásticas. O plástico transparente serviu de base para a
colagem, que depois de seca, foi costurada para que fosse dado o acabamento.
As educadoras estiveram sempre muito envolvidas com as atividades, assim como os
adolescentes e, o trabalho teve continuidade em outros dias de atividades no CCA, mesmo
sem a presença da arte educadora da Arte Despertar, pois todos se apropriaram da
técnica e desenvolveram a proposta de maneira autônoma.
46
Proposta 10: Conhecendo Matisse
Faixa etária: 10 a 14 anos
Objetivo: Conhecer a vida e a obra de Matisse
Contexto: Ampliar o repertório cultural, apresentando a vida e a obra de Matisse, as
características de sua pintura, cores utilizadas e os temas abordados.
Processo: elaboração de trabalho coletivo, produção de vitral que representasse as linhas
em movimento e a harmonia entre as cores e formas.
As janelas da biblioteca foram medidas, e os painéis de plástico onde seriam executados
os trabalhos, tinham exatamente a mesma medida dos vidros da biblioteca, porque após a
finalização foram colocados nas janelas, transformando-se em dois grandes vitrais. Foram
utilizados tinta verniz vitral, marcador permanente e plástico grosso.
O trabalho coletivo possibilitou a integração entre as turmas, pois todos os adolescentes
puderam participar e esta atividade encerrou a projeto da Arte Despertar junto ao CCA
Mãe do Salvador.
47
Exposição de trabalhos no Mãe Salvador:
Notamos que ao longo do projeto da Arte Despertar nos CCAs houveram alguns
desdobramentos como essa exposição no Mãe Salvador. As orientadoras se apropriam do
espaço para fazer uma mostra a cada final de semestre. Verificamos que a apreensão e
disposição dos trabalhos das crianças são valorizadas e apresentadas de jeito diferente
como se entrássemos em uma instalação, o espaço expositivo é pensado e cria-se uma
ambientação que interessa e faz sentido para o publico.
48
Saída Cultural
O desenvolvimento do indivíduo está sempre relacionado ao aspecto cultural,
incorporado às histórias e vivências particulares. Na cultura de uma sociedade diante do
processo artístico cada um passa a representar, criar e recriar elementos que trazem
sentido à vida. Quando se promove uma saída cultural, é oferecida a possibilidade da arte
ser vista, compreendida de seu lugar na cultura, contextualizada no processo histórico e
reconhecida enquanto forma de expressão, comunicação e criação. Esses movimentos,
promovem motivações individuais ou coletivas e o surgimento ou resgate do sentimento
de pertencimento à sociedade e da apresentação das múltiplas possibilidades de atuação
no mundo.
Saída Cultural: Exposição Jacques Henri Lartigue - A vida em movimento
Saída Cultural com as crianças do LAC no Instituto Moreira Salles de São Paulo na
exposição Jacques Henri Lartigue – A vida em movimento, com diversas obras entre
fotografias, fac-símiles de páginas de diários e álbuns. Nesta exposição dedicada a
Lartigue no Brasil, sua obra foi revisitada a partir de dois elementos: o ar e a água, seus
temas prediletos.
49
Saída Cultural: Instituto Tomie Ohtake na exposição “Obsessão Infinita”
A saída cultural com as crianças do Mãe Salvador permitiu as crianças visitarem o
espaço Tomie Ohtake e conhecerem a obra da artista plástica Yayoi Kusuma artista
contemporânea que trabalha pintura, fotos, esculturas e instalações. As crianças foram
recebidas pelo setor educativo e tiveram uma atividade ministrada por um monitor do
Tomie Otake. Durante as conversas e atividade as crianças se envolveram de forma muito
50
expressiva depois tiveram uma visita guiada pela exposição e em função das atividades
tiveram um entendimento mais profundo da concepção da obra de Kusuma.
Atividade com o educativo do centro cultural Tomie Ohtake, saída cultural (junho, 2014).
Visita exposição Yayoi Kusuma, saída cultural (junho, 2014).
51
Saída Cultural: visita ao espaço expositivo da Oca na exposição Mayas:
A visita a exposição Maya com as crianças do período da manhã do Mãe Salvador
teve como motivação levar estas crianças a ter acesso a espaços públicos expositivos da
cidade de São Paulo e estimular o seu olhar sobre as produções artísticas do povo Maya,
conhecer sua história através dos objetos e reconhecer suas produções.
As crianças foram recebidas pelo educativo da Oca, tiveram algumas atividades,
assistiram a uma contação de história e depois foram divididos em três grupos que foram
acompanhados pelos monitores para visitar a exposição. Não temos registros da visita da
exposição pois era proibido fotografar no espaço.
52
Considerações finais:
Ao longo de todo trabalho da Arte despertar junto aos CCAs foi possível estar em
contato com diferentes áreas e linguagens plásticas que conferem aspectos originais a
uma produção artística. Da pintura, desenho, gravura, colagem, composição, modelagem,
escultura podemos afirmar que a principal expressão artística se deu através do muralismo
e grafite, estas expressões foram as que mais afloraram a percepção da criação de uma
obra coletiva. Percebemos que as turmas desenvolveram autonomia durante o projeto, se
apropriaram dos espaços externos das instituições e aprimoraram seu conceito sobre a
arte. Logicamente sempre procuraram alcançar um resultado satisfatório através das
praticas e exercícios desenvolvidos durante o trabalho. O caminho traçado de treino e
estudo com as crianças elevou de uma maneira ou de outra, o potencial para criação.
Provavelmente a percepção sobre a arte, através das práticas, dos conceitos
trabalhados com as crianças e as saídas culturais, permitiu aguçar o olhar das crianças,
adolescentes e educadores sobre o que são estas representações, seus significados e
linguagens. Esse desenvolvimento não se limitou ao sentido plástico, material e tátil mas o
aspecto final da obra, de sua leitura e entendimento.
53
Sugestões de bibliografia de referência
Sobre Arte-Educação:
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos.
São Paulo: Perspectiva, 1994.
______. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: Com Arte, 1998.
______. (org). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002.
BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo:
Perspectiva, 2002.
______. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: COM ARTE, 1998.
______. Multiculturalidade na educação estética. In: www.tvebrasil.com.br/salto/
boletins2002/mee/meetxt3.htm. Acesso em março de 2010.
______. Dilemas da Arte/Educação com mediação cultural em namoro com as tecnologias
contemporâneas. In:______. Arte/Educação Contemporânea: consonâncias internacionais.
São Paulo: Cortez, 2005.
______. A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo:
Perspectiva, 1991.
DELORS, Jacques, Edição/reimpressão: 2003, Editor: Cortez. Educação: Um Tesouro a
Descobrir Relatório para a Unesco da Comissão Internacional Sobre Educação para o
Século XXI
DERDYK, Edith. O desenho da figura humana. São Paulo: Scipione,1990.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários À Prática Educativa - 43ª
Ed. 2011, Ed Paz e Terra.
_______Parâmetros das Ações Socioeducativas - O Trabalho Socioeducativo com Crianças
e Adolescentes CENPEC.
GRIMSHAW, Caroline “Conexões Arte”
HOLM, Anna Marie “Fazer e Pensar Arte”. Museu de Arte Moderna de São Paulo,2005
Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque, M. Terezinha Telles Guerra “Didática do ensino de
arte: A língua do mundo: Poetizar, fruir e conhecer a arte”, Editora FDT, 1998.
RIZZI, M.C.S.L. Olho Vivo: arte-educação na exposição labirinto da moda, uma aventura
infantil. São Paulo: USP-SP, Tese de doutorado, 1999.
______. Reflexões sobre a Abordagem Triangular do Ensino da Arte. In: BARBOSA. Ana
Mae (org.). Ensino da arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008, p. 335-348.
54
VYGOTSKI, Lev. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.1974.
WINNICOTT, Donald. Natureza humana. Rio de Janeiro, Imago, 1990.
Sobre História da Arte:
GUARANY, Francisco, Coleção Nemirovsky, “espelho selvagem, arte moderna no Brasil da
primeira metade do século XX”
JANSON, H. W. e Janson. A. F. (1996). Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins
Fontes, (p. 6-11).
PROENÇA, Graça, “História da Arte”.
Sobre temas específicos:
DAHLKE, Rudiger “Mandalas”
Livro Arte Despertar: “Primeira década”. São Paulo: Arte Despertar 2010.
“Parâmetros sócio educativos : proteção social para crianças, adolescentes e jovens :
Igualdade como direito, diferença como riqueza: Caderno 1. Síntese / PMSP – São Paulo
SMADS; CENPEC; Fundação Itaú Social, 2007.
Caderno 1: Proteção social para a infância, adolescência e juventude
Caderno 2: Conceitos e Política
Caderno 3: Trabalho socioeducativo com crianças e adolescentes de 6 a 18 anos
Sugestões de referências na internet
Sobre Arte-Educação:
Curta na Escola: Filmes de curtas metragens com material pedagógico com sugestões de
planos de aulas.
Educativo Bienal de São Paulo: Canal de vídeo aulas da Bienal de Artes de São Paulo.
Sobre História da Arte:
História da Arte na Pinacoteca de São Paulo: Documentário sobre a importância do Museu
na história do Brasil.
55
Sugestões de sites de Museus para saídas culturais:
Conhecendo Museus: Canal de Vídeo apresentado os museus do Brasil.
Museu Afro Brasil: www.museuafrobrasil.org.br
Museu casa de Portinari: http://museucasadeportinari.org.br/
Museu da imagem e do som (MIS): www.mis-sp.org.br
Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE/USP): www.mae.usp.br
Museu de Arte Contemporânea (MAC): http://www.mac.usp.br/mac/index.asp
Museu Lasar Segall: www.museusegall.org.br
Sugestões de sites de revistas de arte:
Almanaque Brasil, disponível em: www.almanaquebrasil.com.br
Bravo, disponível em: http://vimeo.com/bravonline
Dasartes, disponível em: www.dasartes.com
Sobre temas específicos:
Grafite e Pixação: Filme curta metragem sobre grafite e pichação.
Estêncil: Vídeo de como fazer um Estêncil.
Documentário sobre o grafiteiro Bansky: “ Bansky - Exit Through The Gift Shop”
Sugestões de Fundações e institutos Culturais:
Centro Cultural Banco do Brasil: www.bb.com.br/cultura
Instituto Moreira Salles: http://www.ims.com.br/ims/
Instituto Tomie Otake: www.institutotomieohtake.org.br
SESC: www.sescsp.org.br
56
Agradecimentos
Agradecimentos especiais aos educadores, coordenadores e diretores dos Centros de
Acolhimento a Crianças e Adolescentes- CCAs, pela parceria com a associação Arte
Despertar:
. Centro de Referência de Assistência Social/CRAS – Pinheiros, nos Centros para Crianças e
Adolescentes/CCAs:
. Dom Bosco - Inspetoria Salesiana de São Paulo
. Mãe do Salvador - Conjunto Assistencial Nossa Senhora da Conceição Aparecida
. Pedro Luiz - Lar do Alvorecer Cristão/LAC
57
Equipe Arte Despertar
Diretora-presidente
Regina Vidigal Guarita
Gestora Geral
Rosana Junqueira Morales
Gestora Administrativo Financeiro
Claudia Viri de Oliveira
Gestora da Comunicação
Helena Domingos
Coordenadora Operacional de Projetos
Joelma Correia de Andrade
Analista Administrativo Financeiro
Diana Matsumoto
Estagiária
Adriana da Silva Nascimento
Arte-educadores
Ana Emília Cardoso dos Santos Ribeiro
Beatriz Nogueira
Jean-Jacques Armand Vidal
Liana Yuri Shimabukuro
Magda Crudelli
Rogério Tanizaka Nagaoka
www.artedespertar.org.br
www.facebook.com/artedespertar