argamassa de alta resistencia recuperacao da … da calha do... · este trabalho relata as...
TRANSCRIPT
RECUPERACAO DA CALHA DO VERTEDOURO DA UHE CAMARGOS COM CONCRETO E
ARGAMASSA DE ALTA RESISTENCIA
Eng° Douglas Sengi MorishaitaEng° Fabio Felix GonsalvesEng° Renato Vieira Oliveira
Companhia Energetica do Minas Gerais - CEMIG
RESUMO
Este trabalho relata as atividades do recuperagao da calha submersa do vertedouro da UsinaHidrel6trica de Camargos , localizada no Alto Rio Grande a pertencente a Companhia Energ6ticado Minas Gerais - CEMIG, utilizando- se concreto a argamassa do alta resistencia.Sao apresentadas informagbes sobre as eros6es encontradas no concreto da ca/ha atrav6s dasinspeg6es subaquaticas ; as providencias tomadas pars o esgotamento da area; asespecificag6es t6cnicas a os detalhes executivos para a aplicagao do concreto e argamassa doalta resistencia ; as condig6es operatives da usina durante o perlodo das obras; as prazos a custosenvolvidos ; e o desempenho dos reparos sobre a atuagao do altas vazoes vertidas.
1. INTRODUcAO
A Usina Hidreletrica de Camargos, de propriedade daCompanhia Energ6tica de Minas Gerais - CEMIG, esta
localizada no Alto Rio Grande, entre os municlpios de
Itutinga e Nazareno, no estado do Minas Gerais (fig. 1).
A sua construgao ocorreu entre 1956 e 1960.
O barramento 6 constituldo, da ombreira esquerda pars
a direita , por uma barragem de terra com 45 m decomprimento, seguida por uma estrutura de concreto
com 343 m, onde estao localizados a Tomada d'Agua
e o Vertedouro, e por uma barragem de terra com 220 m
do extensao. A sua crista, situada na elevagao 915 m,
possui comprimento total de 608 m (fig. 2).
A Casa de Forga abriga duas unidades geradoras compotencia total instalada de 45 MW e turbinas tipoKAPLAN , com engolimento maximo de 236 m3/s cadsuma.
O sistema de extravasao do aproveitamento a compos-
to por um vertedouro de superficie e duas valvulas defundo.
O vertedouro, localizado no centro da barragem, 6 umaestrutura de concreto gravidade com 76 m de compri-
mento e altura maxima de 36 m, controlado por seiscomportas de segmento de 11 m x 6 m , acionadas porsisterna el6trico a cabos.
A sua segao vertedora 6 em perfil "Creager" seguida deurna calha com 29 m de extensao e 76 m de largura,que tem na sua saida um muro defletor de 3 m de altura.Esta calha fica permanentemente afogada polo reserva-torio da UHE Itutinga, situada 5 km a jusante da UHECamargos.
O vertedouro foi projetado para descarregar uma vazaomaxima de 2.030 m3 /s com o reservatorio na elevagao913 m, correspondente ao nivel "maximo maximorum"(fig. 3).
I ntegradas a secao vertedora, existem duas valvulas de
fundo tipo "hollow jet", com diametro de 2,40 m e eixo
na elevagao 836,30 m, que descarregam diretamentesobre a calha . A capacidade maxima de cada uma delas
6 de 85 m3/s.
O objetivo deste trabalho 6 relatar os aspectos t6cnicose executivos envolvidos na recuperagao da calhaerodida do vertedouro da UHE Camargos com o use deconcreto a argamassa de alta resistencia.
2. HISTORICO E DESCRICAO DAS EROSOESOBSERVADAS
A primeira tentativa para realizar uma inspegao doconcreto da calha do vertedouro aconteceu em outubrode 1962 . Nesta ocasiao , procurou -se deplecionar oreservatorio da UHE Itutinga at6 a cota 879 m, cor-respondente ao topo do muro deflator do vertedouro daUHE Camargos , para permitir o esgotamento da calhapor meio de bombas de drenagem . Tal operagao naoproporcionou os resultados esperados e a calha nao foiinspecionada.
Em julho de 1984, atrav6s de inspegao subaquatica,
constatou-se a existencia do varias erosoes localizadas
em frente as valvulas de fundo , junto ao muro defletor.
Decidiu -se, entao , impor restrigaes ao use dos descar-regadores de fundo permitindo -se a sua operagao so-
XX Seminario Nacional de Grandes Barragens 239
TRES MARIA
0
NIVEL1000
too
000
700
Goo
coo
400
300
too
JU ►IA ` ''M ANIM60N00
P0610 COLOM
100 200 300 400 500
NIVEL1000
R J ^ V
0 t
a ___
JY
t
F ,
W 10 > 0
0
i uW V a>
0^
0 ^t
^ Y
DISTANCIA EM K.
FIGURA 1 - PLANTA DE LOCALIZACAO DA UHE CAMARGOS EPERFIL LONGITUDINAL DO RIO GRANDE
BELO HORIZOA
ITUTINfA
CAMARGOS I /:
1000 Km
400
100
too
240 XX Seminario Nacional de Grandes Barragens
FIGURA 2 - ARRANJO GERAL DA USINA DE CAMARGOS
XX Seminerio Nacional de Grandes Barragens 241
I
E0N
1-
I')
I-
0D
p)
0
0
-ii
0h0
sJY
O ' .
0IQ
bQ
b-.00
I/
00
N
242 XXSeminario Naciona/ de Grandes Barragens
mente para testes eletromecanicos ou em caso decheias excepcionais.
Em 1989, foi realizada nova inspegao subaquatica paraavaliar a evolugao das erosoes. Considerou-se, apbs aanAlise dos resultados, que nao tinha havido progressodas cavidades encontradas anteriormente.
Em julho de 1991, executou-se a terceira inspegaosubaquatica na calha, que mostrou a evolugao daserosoes em frente aos descarregadvres de fundo o umdesgaste generalizado em toda a superficie submersa.Em frente A valvula de fundo n° 1, as cavidades noconcreto atingiram profundidade de ate 2,5 m e na partedireita da calha foram encontradas erosoes superficiaiscom exposigao da armadura (fig. 4). Toda a areaerodida foi mapeada e fotografada por megulhadorespara fornecer subsidios ao desenvolvimento do projetodo recuperagao do concreto.
Um levantamento batimetrico, realizado a jusante dovertedouro, evidenciou a inexistencia de erosoes re-gressivas na rocha de fundacao a no muro defletor.
3. CAUSAS DAS EROSOES
As erosoes existentes na diregao das valvulas de fundotiveram como causa provAvel o impacto dos jatos dealta pressao proveniente da alteragao da geometria dacalha adjacente as valvulas , que se ve nas figuras 3 e4 e na foto 3. 0 jato descarregado pelas comportasencontra , na extremidade dos pilares onde estao ins-taladas as valvulas , um ressalto de 2 m de largura, decada lado do pilar . 0 jato de Agua passando sobre esseressalto forma um salto de "ski ", que vai impactar direta-mente a calha nos locais erodidos.
Os desgastes superficiais generalizados foram atribui-dos a prbpria geometria da"calha e ao efeito abrasivodo material solto encontrado no local, quando do es-gotamento da Area . Este material deve ter sido trazidoPara a calha por correntes de retorno.
Pode-se, ainda , acrescentar como fato agravante doprocesso erosivo a utilizagao , na dosagem do concreto,de agregado graudo de diAmetro mdximo superior a19 mm.
4. ESPECIFICAcOES TECNICAS PARA OSREPAROS
Para evitar maiores restrigoes aos sistema extravasorda UHE Camargos , garantindo uma major segurangaao barramento , recomendou - se, apbs a Oltima inspegAosubaquatica, a execugao urgente dos reparos na calhado vertedouro.
Para isso, foi indicada a aplicagao de concreto maisresistente aos efeitos de alta pressao e velocidadecausados pela operagAo das comportas e valvulas defundo , a ser executado em Area seca e superf icie total-mente limpa.Decidiu - se polo use de concreto e argamassa de altaresistOncia , dosados como microssilica , baixo fatorAgua/cimento, superfluidificante a alto teor de cimento,resultando em um concreto com boa ader8ncia, baixapermeabilidade , alta resistencia a baixa idade , alAm deadequadas condigOes de trabalhabilidade.
Convam ressaltar que tambgm foram feitos estudospara utilizagao do argamassa epoxidica na execugaodos reparos , mas em fungao da rapidez , economia equalidade final , decidiu - se polo use da microssilica.
5. CONDIcoES PARA EXECUcAO DA OBRA
Visando garantir a realizagao dos servigos sem aocorrencia do vertimentos , a UHE Camargos , antes doin(cio das obras , foi operada a plena carga ate atingirniveis no reservatbrio capazes de absorver as vazaesafluentes previstas para o perlodo de execugao dosreparos.
Durante a execugao dos servigos, o nivel do reserva-tbrio de Itutinga foi mantido na cota 883 m , 3 metrosacima do seu nivel minimo operativo , e a UHE Camar-gos teve uma operagao especial, com turbinamentominimo permitido dentro das faixas operativas(68 m3/s).
6. ENSECADEIRA
Para possibilitar o tratamento das superficies erodidasem ambiente seco , foi construida uma ensecadeira deterra a jusante do vertedouro com 8 m de altura, 100 mde comprimento e crista na elevagao 884 m (fig. 5). 0material terroso foi langado a partir da margem direita eo avango foi feito pelo mAtodo da ponta de aterro.Durante a execugao , notou -se que o coluviAo/soloresidual quo vinha sendo usado nAo conseguia resul-tados satisfatbrios , pois transformava -se em lama apbso seu langamento . Passou -se, entbo, a usar saprolito,o qual foi muito eficiente devido a torr6es de rochadecomposta na matriz argilo -siltosa , que asseguravarnmelhor estabilidade aos taludes formados. Essestaludes ficaram da ordem de 2,5 H:1 V.
Na margem esquerda foram colocados sacos de terrapara a protegao do aterro contra as correntes derecirculagao e agitagAo das Aguas provenientes docanal de fuga.
A ensecadeira foi executada com cerca de 15.000 m3de material no perfodo de 10 dias , utilizando-se 2tratores Komatsu 50, 1 carregadeira e 3 caminh6esbasculantes. Uma vez conclulda a sua construgao, aAgua contida na calha foi imediatamente esgotada pormeio de bombas de drenagem, que foram utilizadasdurante todo o perfodo das obras para a retirada daAgua percolada polo macigo e fundagoes.
A remogao da ensecadeira , por galgamento , demandou2,5 horas e foi executada abrindo - se progressivamenteas comportas do vertedouro ate a condigao de laminalivre. Para facilitar o rompimento, a geragao da usina foiparalisada previamente , de tal modo que houvesse ummaior desnivel entre montante e jusante do aterro exe-cutado.
A ensecadeira mostrou uma resistAncia A erosAo maiordo quo a esperada para um solo simplesmente langadoe compactado sb superficialmente polo trAfego de equi-pamentos , sendo inclusive necessAria, como etapaintermediaria da operagao de remogao , a aberturamanual de sulcos na crista, no sentido montante-jusante.
XX SeminArio Nacional de Grandes Barragens 243
E0In
II
II i
i
i
r
Lll̂
11
it
^
II
II - -- -n 00 F f 0 --
N I I 1 1 I _____
i-
_ i
^-ll 1T
J 11,11
In
N
0N
2
0
0
244 XX Seminerio Necional de Grandes Barragens
O
V.
N
ENSECADEIRA
H
0 5
^w0, eb ♦ a46'..
^^vo^00L_ I
10 15 '10 25 50 m
XX Seminario Nacional de Grandes Barragens 245
7. METODOLOGIA ADOTADA PARAEXECUCAO DOS REPAROS
Os serviCos iniciaram-se no dia 20 de agosto de 1991,corn a construcao da ensecadeira, e terminaram em 02de novembro de 1991, conforme cronograma pre-es-tabelecido.
Os reparos na estrutura foram iniciados Pela retirada do
material solido solto encontrado na calha, remocao doconcreto comprometido pela baixa resistencia e limpeza
de Coda a superficie corn jatos de areia.
Para execur ao dos reparos foram utilizados os con-cretos e argamassa apresentados na Tabela 1.
Como os desgastes observados no concreto foram dediversos tamanhos e profundidades, optou-se pordividi-los em 3 tipos (fig. 6):
- Cavidades profundas, localizadas defronte as valvu-las de fundo a junto ao muro defletor, corn profun-didades superiores a 40 cm;
- Cavidades madias, localizadas em varias regioesdacalha e corn profundidades entre 3 e 40 cm;
- Cavidades superficiais, localizadas de forma ge-neralizada em toda a calha a muro deflator, cornprofundidades iguais ou inferiores a 3 cm.
As cavidades profundas foram preenchidas corn con-creto de enchimento (classe C3) ate a profundidade de40 cm da superficie acabada. Para major seguranca dali3aiao entre o novo concreto e a estrutura existente,
foram instaladas barras de ancoragem corn diametro de20 mm e profundidade minima de 2,5 m, chumbadas na
rocha de fundarao corn argamassa expansiva de altaresistencia inicial Sika Grout.
A partir dos 40 cm finais, aplicou-se urn concreto do altaresistencia (classe Al MS). No acabamento final, nosultimos 3 cm, foi utilizada argamassa de alta resistencia(Arga Acabamento MS).
As cavidades madias foram recuperadas corn o con-creto de alta resistencia (classe Al MS). Para o acaba-mento final tambem foi aplicada urna argamassa de altaresistencia (Arga Acabamento MS). Em varios locaishouve a necessidade da recomposiCao da armadura.
As cavidades superficiais foram tratadas corn a ar-gamassa de alta resistencia (Arga Acabarnento MS).
Durante a execurao dos reparos, tomou-se o cuidadode manter o concreto velho completamente saturadoantes da aplicacao do novo concreto e argamassa dealta resistencia.
A programagao do langamento do concreto e arga-massa foi feita de modo a nao ultrapassar 50 minutos,tempo de vida util do superfluidificante usado nadosagem.
O acabamento final da superficie foi executado corndesempenadeira de madeira e feltro, procurandoproduzir urna superficie densa e uniforme, isenta demanchas e marcas de coiher de pedreiro. As juntas donovo concreto seguiram as juntas de contracao existen-tes na estrutura.
O processo de cura da nova superficie foi iniciadoimediatamente apbs a conclusao do acabarnento final.Foi feito corn sacos de cimento vazios Gmidos e teveduracao de 14 dias.
8. CONTROLE DE QUALIDADE
8.1 Caracterfsticas dos Materiais Utilizados
8.1.1 Cimento
• Caue CP ll-E-32Anexoc 019 02
8,1,2 Microssilica
• Elken Brasil S.A.Anexo 02
8.1.3 Aditivos
• Retardador do Pega, Incorporador de Ar e Supe-fluidificante
Anexo 03
8.1.4 Agregados
8.1.4.1 Agregado Miudo
• Areia Natural e Areia ArtificialAnexo 04
8.1.4.2 Agregado Graudo
• Britas 1, 2 e 3 do Granito GnaisseAnexo 04
8.2 Controle de Qualidade do Concreto eArgamassa
Os resultados de Resistencia a Compressao Axial doconcreto e argamassa sao apresentados na Tabela 2.
9. CONSUMO DE MATERIAL
Para recuperadao de aproximadamente 2.600 m2 dacalha do vertedouro foram lancados 17 m3 de concretode enchimento , 95 m3 de concreto de alta resistencia e113 m3 de argamassa de alta resistencia e consumidosos seguintes materiais:
- Cimento Caue CP-II-E-32: 2.421 sacos
- Microssilica Elken Brasil S.A.: 9.599 kg
- Aditivos: • Retardador de Pega Retard RD: 8 kg
• Incorporador de ar Cemix Air: 3 kg
• Supefluidificante Adiment: 3.342 kg
Areia: • Natural: 125 m3
• Artificial: 20 m3
Brita: • Brita 1: 69 m3
• Brita 2: 6 m3
• Brita 3: 6m3
Ago: 6.655 kg
O custo final das obras, incluindo a ensecadeira, foiavaliado em US$ 210.000,00 (moeda do janeiro de1992). Neste valor nao foram considerados os gastoscorn servigos de apoio da CEMIG.
246 XX SeminSrio Nacional de Grandes Barragens
OO In
Q - - N
r: Of^
Md ^
NU)
O
UW O o
(D} , I
U) (l) . OC OO
W`W ►- Q N
Z O
U W c OZ
OJ
UM
E_
E v
..it N
U I I ' iii I I I) O v° Q
_
c EEti M
OO C Z Of
OO'i MQ
c
QW 0 0 0
O O v o tif Q
N N
Q Q $ Q
'J V °
O ON
WU) p °
tpN
O Q vQ Z
d-
Q 0
U o o 0 O MW
_O _ to In
O oa o 0
0 N O)p
Q E v-
U
\ o \ w
0
. vv v va
0)\vO
\ ° c 0 O
~ ° 7 M I M0 r:
'Q U WO
OoO O
w 0 0 _ O 0 0
O OOM ti
OM
a 'QO O O
Q
o O Vv f e I
v 0 Uc'` 0
4I +
t0_ C
W.. O
• U = a Cu
cE E_ v
I+
I+
t/)
v U) tD OW
o t O 0 0
tw
0 aU)
}
° vCL 0 O„
MU
EE c0 Q v^0 °U J a
0U p 0
U Q Q
0N
O
o E oL« •^j 7
v E
N0
I v0a n 0
an o
E a °0 0
v
w p 0ov ° 00 0 C
aa 00 E c
0 °E0 0
° Oa0 00
0 00 10O w to 0
p 0w ,° , ° o =O V _v 0 ^w
E E n o 0E
E E E F EO ,v 0o Oo o w . v
O a w `0 cw w o.w O ° vo c .- oE Ev 0 o OO ° p .- vp S_ I c
0 0 Ev « E
0 O o0 0
0 0 ° av O0 c 0 0 0° E 0 I-0 0 0 ._ > I-
0 w U - rCoO 0 0 • u
v 0 o .v °°' E U)
O O 0
N MO 0 0
XX SeminArio Nacional deGrandes Barragens 247
02uzQN
FWa
2WN
248 XX Seminirio Nacional de Grandes Barragens
10. DESEMPENHO DOS REPAROS
O desempenho dos reparos foi avaliado ap6s a cheiaexcepcional de janeiro de 1992, quando foi registrada amaior vazao vertida em todos os anos de operagAo daUHE Camargos (1.020 m3/s). Atravas da inspegAosubaquatica realizada nos dias 18 e 19 de margo de1992, foram observadas pequenas eros3es em umasuperf icie de aproximadamente 1 m2, com cavidades deate 15 cm de profundidade. AIBm dessas, foi verificado
o doSplaeamonto da Argamagga de alta resistgncia emuma area de aproximadamente 60 m2, junto a transiraoda superficie nAo reparada e que anteriormente sofrerasomente desgaste superficial (fg. 7).
Pr6ximo ao muro defletor , detectou -se um pequeno
acumulo de areia e pedras de pequenas dimen-soes , que serao removidas com o auxllio dos mergu-Ihadores.
Tondo em vista que a area erodida representa muitopouco em relacao A area tratada , considera- se que osreparos executados tiveram desempenho satisfat6rio eas novas eros3es foram produto de execugAolocalizada deficiente.
Serbo programadas inspegOes subaquaticas anuais,ap6s os periodos chuvosos , pare o monitoramento dosreparos executados.
TABELA 2
Companhia Energatica do Minas Gerais CARACTERIZACAO DO CONCRETO ELaborat6rio do Concreto ARGAMASSA APLICADOS NOS REPAROSProjeto: UHE CAMARGOS DA CALHA DO VERTEDOURO
Agua / Resist . 6 Compressao Axial (Mpa)
Concreto Classe /Tipo Agua/Agl. Cimentofck/ldade
MP /di
SlumpValores M6dios
Equiv .a{ es) (cm )
07 dies 28 dias 90 dies
Al MS 0,380 0,370 - 7,5 36,0 52.1 59,0
C3 0,720 - 18/90 3,6 11,8 19,0 27,4
Arga Acabamento MS 0,380 0,370 - - 35,3 54,7 63,8
ANEXO 1
Companhia Energatica de Minas Gerais
Laborat6rio do Concreto
Projeto: UHE Camargos
CONTROLE DE QUALIDADE DE CIMENTO PORTLAND
CIMENTO MARCA: CAUE CP II-E-32
CARACTERISTICAS OUIMICAS UNIDADEESPECIFICAI;AO
ABNT
VALORES MEDIOS
SET/OUT 91
Perda ao Fogo (P.F.) % Max. 4,5 4,45
Di6xidode Silicio (Si02) % - 21,92
Oxido do Alum inio (A1203) % - 7,08
6xidode Ferro (Fe203) % - 2,13
6xido de Cal Total CaO T. % - 58,20
6xido do Ma nesio M O % Max. 6 , S 2,27
Residuo InsolCvel R.I. % Max. 1 , 5 0 , 53
Anidrido Sulfurico S03 % Max.4 0 1 . 91
Oxido do Cal Livre CaO L.) % - 1,10
Sulfato do Calcio (CaSO4) % - 3 , 25
M6dulo Hidraulico (Mh) - - 1 , 87
M6dulo Silicoso (Ms) - - 2,38
M6dulo Aluminoso (Ma) - - 3 , 32
Faso LI uida (FL) % - 27 , 85
Cal Maximo CaO max. % - 71,11
Fator do Satura o da Cal (Fs) % - 81,92
a wSilicato Tricalcico (C3S ) % - 13 , 79
Silicato D ica lcico (C2S ) % - 50,90
U Aluminato Tricalcico (C3A) % - 15,15
Fe.AI.Tetracalcico (C4AF) % - 6,49
XX Seminbio Nacional do Grandes Barragens - 249
V 0 VI t/Ni. V 3 N V
Q
IIIIO
i II
- IIv II
o
I& $ Ii
aN IIZ d! -II -
U ^a aO U^
I^QW I8 II
-1
W4 4O00
W
U
O0 Z
0
0 a I I'4 Wca cc
a W
a I I
I _
Till
I IG--11IniRll[®
I,
I
I III
L - 1 > er L.-1
i
r1
r
i)N
0N
I
0
In
O
250 XX Seminario Nacional de Grandees Barregens
ANEXO 2CARACTERISTICAS DA MICROSSILICA
ELKEN BRASIL S.A
ESPECIFICAcAO VALORES MEDIOSCARACTERISTICAS FISICAS UNIDADE
ABNT SET/OUT 91
Massa Especifica kg.m-3 - 3.286
FiSuperf. Espec. Blaine mz.kg-1 Min. 260 409,8
nuraResiduo na Peneira 200 % Max. 12,0 2,1
Agua Requerida % - 27,9E Pega Inicio de Pega h:min Min. 01:00 02:22
( oo_ Z
Fim de Pega h:min Max. 10:00 04:47
Expansao a Ouente mm Max . 5,0 0,6
Consistencia Flow Table mm A/C 0,480 169,0
ca 01 dia MPa - -
Q oZ
Resistencia a 03 dias MPa Min . 10,0 15,2Compressao
Axial 07 dias MPa Min . 20,0 23,3
28 dias MPa Min. 32,0 37,1
a03 dias Cal/g - 50,31
Calor de Hidrataq o07 dias Cal/g - 54,34
Massa Especifica2 200
(/cm3
Ponto de Fusao °C 1.730
Cor Cinza
Silica Amorfa (Si02)75 a 99
(%)
Carbon (C)01 a 10
(%)
ANEXO 3CARACTERISTICAS DOS ADITIVOS
mm DETERMINACrOESNome
do Massa Especif . Teor do S6lidos SedimentacaoAspecto
Aditivo PH (g/cm3) (%) (%) CorFlsico
Obtido Especif. Obtido Especif. Obtido Especif . Obtido Especif.
9,0 1,120 30,0 CastanhoRetard RD 4,9 a 1,145 a 31,8 a 0,0 0,0
EscuroLiquido
10,0 1,140 35,0
12,0 9'0 CastanhtanhoCemix Air 11,6 a 1,020 1,010 11,7 a 0,0 0,0
EsLIqUido
13,0 10,0
7,0 1,050 19,0
Adiment 9,5 a 1,103 a 19,4 a 0,5 Max. 1,0 Amarelado Liquido
9,0 1,200 21,0
XX Seminario Nacional de Grandes Barragens 251
. y .,we
,
ON ON 00vl^Q
zaa •oN 4 N
a:
•4
p
JM-.^A
^
O A M
0 af[ - - 0 0 0
z iz
w4 p•
JW'P
O O O OK o o:.. O 0 0 0
• ox
ra• Q
0 ^0.
n ,
M
V
1 ^ 1 1
•?z . 02
N
u u°^Q! o °_ w A
oN
W • o • • o •
u w t Y N N N N N
W An
p
N •W N _
w ^I N 01 • • _
a iwW o O • • •
7. w Y N M W N Nw4
O AN►Q
m
a. N V „yy0
N - in -O V W!i' O A w N'
0 0 0
4 w 4
o•
28^ •M F • Y
^wz--W
M • O p ♦ b4 O Aw 0 •
O0
No r p
4 W -
•p a W
• ! E • • - - N
W 4 a o a o o •G ! a b A
O a
J Co W
O O O
z
•
•A-
aA
O•
•tl
a!
w q • w •
O
4
J
4 C
a`
- V
- M q
W W J Y.4F
ai.-
4-
Qp44z
4 1- OC Y OC
90 0•
0t-
9• 2in
2a 9in
GN
0
w4H
\\\ft
\ `\\ `
- ^ N
\
1 \
^4 1
1 t 1^1 1p
\\\
\ u
4\
`
\
W
\ 4
\
J4
1-' \ \
z
4 \
4
\1
N
•
0MI
OW)
z
0O
00N
O
0Ot
VSSVd 3f10 W30 VLN3383d
0N
0M
0a
0
00• 0
A0m
0a
enN
0)
o ^
E
0
a
aN
0N
0•
0
0
0
252 XX Seminario Nacional de Grandes Barragens
FOTO 1 - VISTA GERAL DO VERTEDOURO E DA ENSECADEIRA EM FASEFINAL DE EXECUcAO.
FOTO 2 - EROSAO JUNTO AO MURO DEFLETOR, DEFRONTEAS VALVULAS DE FUNDO.
XX SeminBrio Nacionalde Grandes Barragens 253
I -47-, , , I , I I I , 4 oqr:. ^-
FOTO 3 - VISTA PARCIAL DA CALHA. NOTAR 0 DESGASTE
GENERALIZADO DO CONCRETO.
FOTO 4 - VISTA PARCIAL DA CALHA MOSTRANDO UMA AREA JARECUPERADA COM CONCRETO DE ALTA RESISTENCIA.
254 XX Seminario Naciona! de Grandes Barragens
FOTO 5 - REPARO NO CONCRETO JUNTO AO MURO DEFLETOR. NOTAR ARECOMPOSIcAO DA ARMADURA.
FOTO 6 - VISTA GERAL DA CALHA DO VERTEDOURO APOSA EXECUcAO DOS REPAROS.
XX Seminario Nacional de Grandes Barragens 255