Área cultural 1ª edição

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Editorial Quando observamos os Cader- nos Culturais da região sempre pensamos: eles poderiam falar disso ou daquilo. E esta ausên- cia de informação fez surgir a vontade de construir este piloto intitulado Área Cultural. Nes- te espaço, procuramos colocar os assuntos que sentimos falta quando lemos sobre cultura. A cultura é vasta, e o que pare- ce é que os blumenauenses só se interessam pela Oktoberfest (é claro que também adora- mos, mas como a festa alemã não sobrevive somente de nú- meros da última edição), a cul- tura também não vive apenas de agendas culturais. Tá na hora de mudar, e aqui vamos nós! Até a próxima edição! Profissão: Artista Aos 15 anos, iniciou as atividades artísti- cas, já trabalhou como ilustrador de moda e publicidade, mas a admiração por qua- dros falou mais alto. Este é Nestor. No início, a arte era somente uma forma de trabalho, mas a partir de 2009, abando- nou a indústria têxtil (onde fazia ilustração para estampa) e passou a ilustrar quadros, trabalhar com o que ele gosta. Começou então, a participar de exposições e colabo- rou com as revistas especializadas. Há dois anos trabalhando com arte, o ilus- trador, de 26 anos, considera importante a divulgação da mídia, porém acredita que não muda a visão do público em relação ao seu trabalho artístico. O artista passou 18 anos próximo ao mar, por isso as lembranças do litoral apare- cem sempre nas ilustrações. Quais são as inspirações? “Dependendo com quem você quer dialogar, você tem possibilidades de fazer uma divulgação 100% digital e ter sucesso com seu trabalho”. Lugar de Resenhar Tertuliano ajusta contas com o passado familialiar e, em conversa com uma mu- lher, regada com cerveja, descobre a quem pertence a vida extra descoberta pelo amigo sortílego. Como todo bom livro, este faz pensar na vida e na morte ampla- mente, considerando a exis- tência no geral, acúmulo das nossas experiências de vida vêm da televisão e da publicidade, prontas e aca- badas, um livro como esse é um oásis no deserto da falta de sentido existencial. Polêmica O Área Cultural conversou com o pintor e artista Bru- no Bachmann a respeito da forma de divulgação feita pelos veículos midiáticos sobre a cultura em Blume- nau. Conhecido pelos traba- lhos carregados de cores e traços fortes, o artista plás- tico considera a cultura uma arma para o povo. Gostou dos quadros? Saiba mais em: www.flickr.com/nestorjr Fernando Arteche O albatroz azul Este é o título do mais re- cente livro de João Ubaldo Ribeiro, escritor de fino humor e sensibilidade. A história situa-se na ilha de Itaparica e se desenvol- ve em torno de dois fatos: um menino que nasce de “cu pra lua” e um velho que se prepara para morrer. O livro discute as sabedo- rias que se vão adquirindo com a vida. O fazendeiro convidado para ser padrinho do bebê sortudo afirma que nada no mundo ocorre sem que alguém leve vantagem. O vidente amigo pressente uma vida a mais junto do recém-nascido. Já o velho Jornalista “A mídia joga, escolhe quem vai comandar , favo- rece alguns e cala outros”. “A arte é criação. Se o governo investisse mais em cultura teríamos menos jovens ociosos pela rua”. E questiona a maneira que os jornais locais, por serem de elite, tratam a cultura, prestigiando as agendas culturais, e agindo de forma conservadora, em sentido contrário à arte popular. E este outro lado, da cultura popular busca mudanças, mas fala sobre assuntos que a mídia prefere igno- rar. Na opinião do pintor, quando há espaço para a arte, se mostram viciados pela mesma fonte, abrindo espaço para apenas uma opinião. Nem sempre de forma figurativa, mas no movimento dos cabelos dos personagens. [email protected] http://twitter.com/Areacultural Blumenau, junho de 2010 - n° 01 - ano I M ú s i c a S e t a r L i t e r a t u r a C i n e m a você T u d o junto: vai encarar? Fonte: Divulgação Mais pinturas? Acesse: www.brunomioto.blogspot.com Fonte: Divulgação

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Page 1: Área Cultural 1ª edição

EditorialQuando observamos os Cader-nos Culturais da região sempre pensamos: eles poderiam falar disso ou daquilo. E esta ausên-cia de informação fez surgir a vontade de construir este piloto intitulado Área Cultural. Nes-te espaço, procuramos colocar os assuntos que sentimos falta quando lemos sobre cultura. A cultura é vasta, e o que pare-ce é que os blumenauenses só se interessam pela Oktoberfest (é claro que também adora-mos, mas como a festa alemã não sobrevive somente de nú-meros da última edição), a cul-tura também não vive apenas de agendas culturais. Tá na hora de mudar, e aqui vamos nós! Até a próxima edição!

Profissão:Artista

Aos 15 anos, iniciou as atividades artísti-cas, já trabalhou como ilustrador de moda e publicidade, mas a admiração por qua-dros falou mais alto. Este é Nestor. No início, a arte era somente uma forma de trabalho, mas a partir de 2009, abando-nou a indústria têxtil (onde fazia ilustração para estampa) e passou a ilustrar quadros, trabalhar com o que ele gosta. Começou então, a participar de exposições e colabo-rou com as revistas especializadas.Há dois anos trabalhando com arte, o ilus-trador, de 26 anos, considera importante a divulgação da mídia, porém acredita que não muda a visão do público em relação ao seu trabalho artístico.

O artista passou 18 anos próximo ao mar, por isso as lembranças do litoral apare-cem sempre nas ilustrações.

Quais são as inspirações?

“Dependendo com quem você quer dialogar, você tem possibilidades de fazer uma divulgação 100% digital e ter sucesso com seu trabalho”.

Lugar de Resenhar

Tertuliano ajusta contas com o passado familialiar e, em conversa com uma mu-lher, regada com cerveja, descobre a quem pertence a vida extra descoberta pelo amigo sortílego. Como todo bom livro, este faz pensar na vida e na morte ampla-mente, considerando a exis-tência no geral, acúmulo

das nossas experiências de vida vêm da televisão e da publicidade, prontas e aca-badas, um livro como esse é um oásis no deserto da falta de sentido existencial.

Polêmica

O Área Cultural conversou com o pintor e artista Bru-no Bachmann a respeito da forma de divulgação feita pelos veículos midiáticos sobre a cultura em Blume-nau. Conhecido pelos traba-lhos carregados de cores e traços fortes, o artista plás-tico considera a cultura uma arma para o povo.

Gostou dos quadros? Saiba mais em:

www.flickr.com/nestorjr

Fernando Arteche

O albatroz azul

Este é o título do mais re-cente livro de João Ubaldo Ribeiro, escritor de fino humor e sensibilidade. A história situa-se na ilha de Itaparica e se desenvol-ve em torno de dois fatos: um menino que nasce de “cu pra lua” e um velho que se prepara para morrer.O livro discute as sabedo-rias que se vão adquirindo com a vida. O fazendeiro convidado para ser padrinho do bebê sortudo afirma que nada no mundo ocorre sem que alguém leve vantagem. O vidente amigo pressente uma vida a mais junto do recém-nascido. Já o velho Jornalista

“A mídia joga, escolhe quem vai comandar , favo-rece alguns e cala outros”.

“A arte é criação. Se o governo investisse mais em cultura teríamos menos jovens ociosos pela rua”.

E questiona a maneira que os jornais locais, por serem de elite, tratam a cultura, prestigiando as agendas culturais, e agindo de forma conservadora, em sentido contrário à arte popular.

E este outro lado, da cultura popular busca mudanças, mas fala sobre assuntos que a mídia prefere igno-rar. Na opinião do pintor, quando há espaço para a arte, se mostram viciados pela mesma fonte, abrindo espaço para apenas uma opinião.

Nem sempre de forma figurativa, mas no movimento dos cabelos dos personagens.

[email protected]://twitter.com/Areacultural

Blumenau, junho de 2010 - n° 01 - ano I

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Mais pinturas? Acesse:www.brunomioto.blogspot.com

Fonte: Divulgação

Page 2: Área Cultural 1ª edição

Gastronomia: (1984) - salsichas com chucrutes, frango com purê e marrecos com repolho roxo. Em 2010, permanece os marrecos, mas os outros pratos antigos ce-dem lugar para cachorro quente, salsichão grelhado, x-alemão, joe-lho de porco e a batata recheada.

Hoje, os setores trazem também música eletrônica e “pitadas” de axé, rock’n roll e anos 80. Na época, a rainha tinha que ser loira e rosada, vestida de vermelho e branco, assim como as duas princesas. Atualmente, vestem cores variadas e as morenas também podem integrar o time . Em 1984, o evento tratava de um investimento que a administração pública fazia para o lazer da comunidade. As primeiras comemorações não deram lucro. Porém, hoje, é o maior evento turístico lucrativo da cidade.

Blumenau ressurge das águas após as enchentes de 1983 e 1984, e traz 60 dias após a inundação de 84, a 1ª Okto-berfest. Mais de 100 mil pes-soas e mais de 100 mil litros de chope em 10 dias de festa. No palco, as bandas alemãs alegravam os pavilhões.

Seção de arteGislaine Giambastiani Lopes, a garota blumenauense de 18 anos, conhecida pelos amigos como “Nany”, é a desenhista da vez! O auto desafio a permite inovar, para a adolescente é a maneira que encontra para se expressar. O estilo? Variado, mas a admira-ção pelo Realismo, principalmen-te em figuras humanas é a maior a inspiração da garota. “Gosto de desenhar “PinUp’s”, re-vela. Mas afinal, o que são PinUp’s? Ela explica: “É a representação das mulheres dos anos 40 até os anos 90, que possuíam rostos e corposbem definidos, elas são sím-bolos de sensualidade por conter os intitulados ‘corpos de violão’. Nany desenha por lazer, mas pretende usar este artifício como trabalho no futuro.

Informações Culturais

Canto da Poesia

AcônitoEsse agosto de desgosto nada teveSó essa politicagem que me enfiam guela abaixo, essa chuva de dedos que apontam um cabelo sem cor,só essa camisa furada, rasgada de flores mortas

De gosto só o sorriso tosco, torto, de uma noite, enluarada.

Nane Pereira.

Nasceu em Toledo (PR), mas está radicada em Blu-menau (SC), há 29 anos. A autora de Particularidades quer viajar e se aperfeiçoar cada vez mais no mundo das letras. “Tudo o que é dito e escrito têm a sua impor-tância. Sou uma aprendiz, curiosa, no vasto mundo das letras”, afirma.

Fonte: A

rquivo Histórico

Sobre a autora:

No rítmo alemão

Quer mais? Confira no blog:http://nanepereira.wordpress.com

20 de julho, Dia Internacio-nal da Amizade e o Dia do Amigo. Mas...antes de cor-rer para abraçar seus amigos (sua família, a pessoa ama-da, seu cachorro, gato ou papagaio) pare um momen-to e reflita sobre as relações de amizade que vivemos.

E esse paradigma social acaba enfraquecendo nos-sas relações, criando ami-gos com poucos laços ver-dadeiros.

Amigos virtuais relacio-nam-se com amigos reais, num jogo social onde fica difícil separar quem é ami-go de quem;quem se co-nhece de verdade, e quem se conhece só pelo mundo virtual.

Se você se surpreendeu com Tropa de Elite, é hora de esperar a continuação da história, agora, com o novo Capitão: Matias. Produzido por José Padilha, Tropa de Elite 2 retrata a imagem que não é vista pela sociedade.

Crônica

Olhe com atenção ao seu redor; perceba o quanto a modernidade e a correria do dia-a-dia estão modificando os seres humanos, tanto os amigos de escola ou traba-lho, quanto a família em ge-ral! Nesses tempos de com-putadores superpoderosos, celulares multifuncionais e internet hiper-acelerada, as comunicações tornaram-se instantâneas.

As antigas relações de amizade e companheiris-mo (baseada no respeito, na compreensão, na ética e no verdadeiro sentimen-to humano de viver) estão perdendo espaço nos dias atuais.

Diz aí! “Para você, o que é cultura?”

“É quando se procura uma forma de conhecimento que nos atrai, que nos diverte, mesmo que não seja diretamente perceptível ao nosso gosto”.

“É viver algo que meus antepas-sados vivenciaram, algo que dei-xaram para mim, que eu herdei, e que todos que vivem em uma so-ciedade herdam também”.

Bruno Gabriel da Silva - 20 anos

Música.com.BNU

Sheila Sueli Lange - 20 anos

“Pegada brasileira” no estilo Grunge, esta é a banda blu-menauense Bipolar. Com-posta por Nitay Gustavo (guitarra/vocal) - 21 anos; Guilherme Ângelo de Sou-za (baixo) - 24 anos e Ruan Carlos (bateria) - 18 anos, a banda existe desde 2007.

Mas por que Bipolar? O vocalista explica: “O nome surgiu por cau-sa da bipolariedade das canções, que variam de calmas até violentas”, explica Nitay.

As músicas Últimos Dias e Faça a sua revolução são as mais pedi-das pela ga-lera. O grupo lança o CD demo no dia 19 deste mês, com sete músicas de autoria própria.

“A gente foi tocar em Indaial, com mais três bandas que faziam somente cover. Como só tocamos músicas pró-prias, na quarta música, a dona do bar mandou desligar o nosso som. Nosso baterista continuou batendo cada vez mais forte e falou: Agora eu quero ver vocês des-ligarem a bateria. Foi uma situação constrangedora e engraçada”. Nitay Gustavo.

Ba

nda

Bip

olar

Não foi dessa vez ...

Ricardo Brandes

Amigos Modernos

Confira

Estudante de Engenharia de Telecomunicações

Estudante de Nutrição

Fonte: Luana D

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Fonte: Luana D

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onte: Divulgação

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te: D

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O lado obscuro entre a favela do RJ e a Polícia Militar, expansão de trá-fico de drogas e a prática de tortura por parte dos policiais fez o filme nacional se destacar também interna-cionalmente. No elenco, participação especial do cantor Seu Jorge.

A estreia nos cine-mas está prevista para 3 de setembro. Vale a pena Con-ferir e prestigiar a cultura nacional.

Quer mais? Confira em: www.blogdaoktober.blogspot.com

Informações? Confira no blog oficial: http://www.tropa2.com.br/

Acompanhe e siga no Twitter:http://twitter.com/tropa2

O Bope continua...

Quer ouvir as músicas? Acesse:http://www.myspace.com/abandabipolar

Vamos lá: conte nos dedos quantos amigos verdadeiros você tem... Se os tiver, le-vante as mãos para o céu, e agradeça, pois você é uma pessoa privilegiada...

Escritor

Fon

te: D

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Fon

te: D

ivul

gaçã

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Projeto Experimental de Comunicação (PEC)Acadêmica: Luana Dallabrida.

Coordenadora e orientadora do PEC: Professora Doutora Ofelia Elisa Torres Morales.

Fonte: Divulgação