arcadismo

18
ORIGENS Ideologia da aristocracia em decadência Burguesia em ascensão: Insatisfeita com o absolutismo dos reis; Com a solenidade do barroco e com; Com as formas de convivência social rígidas, artificiais e complicadas.

Upload: stefania-sansone-giglio

Post on 06-Jul-2016

16 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

.

TRANSCRIPT

Page 1: Arcadismo

ORIGENSIdeologia da aristocracia em decadência

Burguesia em ascensão:

Insatisfeita com o absolutismo dos reis; Com a solenidade do barroco e com; Com as formas de convivência social rígidas, artificiais e complicadas.

Page 2: Arcadismo

A RELAÇÃO COM O ILUMINISMO

A razão (e não mais a crença religiosa) aparece como sinônimo de verdade.

Simplificação da arte Domínio da razão; Aproximação da natureza; Valorização das atividades galantes.

Page 3: Arcadismo

CARACTERÍSTICASBusca da simplicidade (verdade = razão =

simplicidade);

Imitação da natureza: “locus amoenus” = local aprazível = culto ao homem natural;

Pastoralismo = celebração da vida pastoril (modismo e artificialismo);

Bucolismo = adequação à harmonia e serenidade da natureza = valorização da vida no campo;

Page 4: Arcadismo

CARACTERÍSTICAS

Imitação dos clássicos (autores consagrados da antiguidade greco-romana);

Modelo máximo: Horácio “inutilia truncat” (cortar o inútil) “carpe diem” (aproveitar o dia) “fugere urbem” (fugir da cidade) “aurea mediocritas” (vida materialmente simples, mas rica em realizações espirituais);

Uso eventual da mitologia clássica

Page 5: Arcadismo

CARACTERÍSTICASRenúncia do “eu poético” e adoção de uma

personalidade pastoril;

O poeta deve expressar apenas sentimentos comuns e genéricos;

Amor galante (convencional): declarações educadas e discretas;

Surgimento de academias e arcádias literárias.

Page 6: Arcadismo

ARCADISMO NO BRASIL

CONTEXTOAUTORES & OBRAS

Page 7: Arcadismo

ARCADISMO NO BRASILDecorrência da atividade mineradora (MG) =

enriquecimento das cidades;

Surgimento de novas classes: profissionais liberais = rompimento com o dualismo: senhor-escravo;

Existência citadina intensificando as relações sociais;

Surgimento dos “saraus” = música e poesia surgimento dos primeiros núcleos permanentes e regulares de um público interessado em arte (literatura);

Primeiro e decisivo passo no processo de fundação da literatura brasileira.

Page 8: Arcadismo

CLÁUDIO MANUEL DA COSTA

OBRAS: Obras poéticas (1768) + Vila Rica (1839)

Pseudônimo pastoril = Glauceste Satúrnio

Musa = Nice

Page 9: Arcadismo

CLÁUDIO MANUEL DA COSTA (1729 – 1789)Poeta de transição (barroco – arcadismo);Utilização de princípios estéticos do arcadismo;Influências barrocas: o sofrimentoInfluência camoniana: gosto pela antítese e

pelo soneto;É racionalmente árcade e emotivamente

barroco;Temas barrocos:

O desencanto com a vida; A brevidade dolorosa do amor; A rapidez com que todos os sentimentos passam .

Page 10: Arcadismo

CLÁUDIO MANUEL DA COSTAO sofrimento barroco:“Ouvi pois o meu fúnebre lamento Se é que de compaixão sois animados.”

A impossibilidade amorosa:“Nise? Nise? Onde estás? Aonde

espera] Achar-te uma alma que por ti suspira,”

Page 11: Arcadismo

TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA (1744 – 1810)OBRAS: Marília de Dirceu (Parte I –

1792; Parte II – 1799; Parte III – 1812); Cartas Chilenas (1845)

Pseudônimo pastoril = Dirceu

Musa = Marília

Page 12: Arcadismo

TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA

MARÍLIA DE DIRCEU: Texto árcade + dimensão romântica

Page 13: Arcadismo

TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA

MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE I

Page 14: Arcadismo

MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE IToda escrita em Vila Rica, com Gonzaga

ainda em liberdade, em um tom otimista e afirmativo

Presença de elementos árcades: o canto da natureza convencional, a vida pastoril, a recusa em intensificar a subjetividade, a galanteria, o racionalismo neoclássico e a clareza do estilo.

Liras autobiográficas dentro dos limites que as regras árcades impunham à confissão pessoal.

Page 15: Arcadismo

MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE IEm suas liras, um pastor (o próprio poeta) celebra, em tom moderadamente apaixonado, as graças da pastora Marília, que conquistara seu coração:

“Tu, Marília, agora vendoDo Amor o lindo retratoContigo estarás dizendoQue é este o retrato teu.

Sim, Marília, a cópia é tua,Que Cupido é Deus suposto: Sé há Cupido, é só teu rosto

Que ele foi quem me venceu.”

Page 16: Arcadismo

MARÍLIA DE DIRCEU – PARTE IO CARPE DIEM:

“Que havemos de esperar, Marília bela?Que vão passando os florescentes dias?As glórias que vêm tarde já vem frias,E pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.Ah! não, minha Marília,Aproveite-se o tempo, antes que façaO estrago de roubar ao corpo as forçasE ao semblante a graça!”

Page 17: Arcadismo

MARÍLIA DE DIRCEU PARTE II

A tristeza domina a segunda parte do poema, toda ela escrita na prisão;

Motivo básico: as agruras vividas por Dirceu;

Tendência maior à confissão + tom de desabafo;

Pré-romantismo: passagens mais subjetivas e sentimentais;

Page 18: Arcadismo

MARÍLIA DE DIRCEU PARTE II

Tendência pré-romântica - sentimentalismo

“Eu tenho um coração maior que o mundo,]

Tu formosa Marília, bem o sabes:Um coração, e basta,Onde tu mesma cabes.”