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GÊNEROS NARRATIVOS PROSA

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GÊNEROS NARRATIVOS

PROSA

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Narrar Um fato

Uma história

EscreverEscrita

Registrar

Ficção

Situação inicial

Modificação da situação

Clímax

Epílogo

Toda história narrativa tem origem, desenvolvimento e desfecho num CONFLITO.

Conflito

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Situação inicialPaixão entre Bentinho eCapitu

Modificação da situaçãoBentinho vai aoseminário e conheceEscobar

ConflitoCiúmes e possessão deBentinho

ClímaxBento se separa daesposa e abandona ofilho

EpílogoA morte de Escobar,Capitu e de Ezequielacomoda a consciênciade Bento

[...] Conhecia as regrasdo escrever, semsuspeitar as do amar.Tinha orgias do latim eera virgem de mulheres.(p. 22)

[...] Capitu olhou alguns

instantes para o cadáver

fixa, tão apaixonadamente

fixa, que não admira lhe

saltassem algumas

lágrimas poucas e caladas.

(p. 152)

[...] E bem, qualquer que seja asolução, uma cousa fica, e é a sumadas sumas, ou o resto dos restos, asaber, que a minha primeira amiga e omeu maior amigo, tão extremososambos e tão queridos também, quis odestino que acabassem juntando-se eenganando-me... A terra lhes sejaleve! (p. 174)

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Elementos narrativos

Narrador1ª pes (EU) – confessional/personagem

Testemunha ou protagonista3ª pes (ELE/ELA): onisciente ou observador

Sabe tudo ou apenas parte da história TempoNem sempre é linear

e cronológico

LugarO(s) espaço(s) onde acontecem as açõesEnredo

A história escrita

personagens

ConflitoO problema a ser

resolvido

Narração:

Linear, lógica e cronológicaFluxo de consciência

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Tipos de narradores (discursos)

Cada uma das histórias que lemos,ouvimos ou escrevemos é contada porum narrador.

Há todo um esforço estético, decomposição quando se pensa umnarrador.

Grosso modo, podemos distinguir trêstipos de narrador, isto é, três tipos defoco narrativo:

• narrador-personagem;• narrador-observador;• narrador-onisciente.

O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qualparticipa também como personagem.

Ele tem uma relação íntima com os outros elementos danarrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada porcaracterísticas subjetivas, emocionais. Essa proximidade com omundo narrado revela fatos e situações que um narrador de foranão poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesmaproximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnadapelo ponto de vista do narrador.

“Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros deinfortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de umnavio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta detudo quanto é mais necessário à vida passamos nessasepultura até que abordamos as praias brasileiras. Para cabera mercadoria humana no porão, fomos amarrados em pé e,para que não houvesse receio de revolta, acorrentados comoanimais ferozes das nossas matas, que se levam para recreiodos potentados da Europa.”

REIS, Maria Firmina. Úrsula.

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Narrador observador: é o que presencia ahistória, mas ao contrário do oniscientenão tem a visão de tudo, mas apenas deum ângulo. Comporta-se como umatestemunha dos fatos relatados, mas nãofaz parte de nenhum deles, e a sua únicaatitude é a de reproduzir as ações queenxerga a partir do seu ângulo de visão.Não participa das ações nem temconhecimento a respeito da vida,pensamentos, sentimentos oupersonalidade das personagens.

Ana não chorou. Seus olhos ficaram secos e ela estava atéalegre, porque sabia que a mãe finalmente tinha deixado deser escrava. Podia haver outra vida depois da morte, mastambém podia não haver. Se houvesse, estava certa de que D.Henriqueta iria para o céu; se não houvesse, tudo ainda estavabem, porque sua mãe ia descansar para sempre. Não teriamais que cozinhar, ficar horas e horas pedalando na roca, emcima do estrado, fiando, suspirando e cantando as cantigastristes de sua mocidade. Pensando nessas coisas, Ana olhavapara o pai que se achava ao seu lado, de cabeça baixa, ombrosencurvados, tossindo muito, os olhos riscados de sangue. Nãosentia pena dele. Por que havia de ser fingida? Não sentia.Agora ele ia ver o quanto valia a mulher que Deus lhe dera.Agora teria de se apoiar na nora ou nela, Ana, pois precisavade quem lhe fizesse a comida, lavasse a roupa, cuidasse dacasa. Precisava, enfim, de alguém a quem pudesse dar ordens,como a uma criada. Henriqueta Terra jazia imóvel sobre amesa e seu rosto estava tranquilo.

VERISSIMO, Érico. O Tempo e o Vento: A Fonte.

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O narrador-onisciente conta a história em3ª pessoa e, às vezes, permite certasintromissões narrando em 1ª pessoa. Eleconhece tudo sobre os personagens e sobreo enredo, sabe o que passa no íntimo daspersonagens, conhece suas emoções epensamentos.

Ele é capaz de revelar suas vozesinteriores, seu fluxo de consciência, em 1ªpessoa. Quando isso acontece, o narradorfaz uso do discurso indireto livre. Assim, oenredo se torna plenamente conhecido, osantecedentes das ações, suas entrelinhas,seus pressupostos, seu futuro e suasconsequências.

[...] Dirigiu-se ao copiar, mas temeu encontrar Fabiano eafastou-se para o chiqueiro das cabras. Demorou-se aí uminstante, meio desorientada, saiu depois sem destino, aospulos. Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira. E,perdendo muito sangue, em dois pés, arrastando comdificuldade a parte posterior do corpo. Quis recuar eesconder-se debaixo do carro, mas teve medo da roda.Encaminhou-se aos juazeiros. Sob a raiz de um deles haviauma barroca macia e funda. Gostava de espojar-se ali: cobria-se de poeira, evitando as moscas e os mosquitos, e quandose levantava, tinha folhas secas e gravetos colados às feridas,era um bicho diferente dos outros. Caiu antes de alcançaresta nova arredada. Tentou erguer-se, endireitou a cabeça eestirou as pernas dianteiras, mas o resto do corpo ficoudeitado de banda.

RAMOS, Graciliano. Vida Secas. Cena da morte da personagem baleia.

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Tipos de narrativas

• Romance, Conto,Crônica, Novela – sãoos que nos interessam

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Romance.• As ações ocorrem em conjunto, e as personagens podem aparecer no decorrer da

trama;

• Enredo longo,

• Gênero que surgiu com o advento da burguesia

• Apesar de indicativo, pode não ter nada a ver com “romântico”

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Novela

• A história se passa toda em volta deuma personagem;

• É mais curta que o romance (entre 50 e100 páginas),

• Enredo médio.

• Não necessariamente tem a ver com aestrutura de novela televisiva, que maisparece com um romance

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Conto

• Pequenas narrativas de tramas episódicas;

• Enredo curto,

• Tensão imediata.

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Crônica• Texto jornalístico-literário;

• Trabalha o fato;

• A narrativa se passa em 24hs;

• Texto curtíssimo;

• Temas cotidianos: lidam com tabus, curiosidades, valores, com a estrutura social;

• O autor se mostra: propõe, assume e dirige o debate; evidencia todos seus julgamentos e preconceitos,

• É o texto da praça, do café da manhã, da roda de amigos.

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A

B

C

D

E

ENEM 2009

D

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A

B

C

D

E

ENEM 2010

E

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A

B

C

D

E

ENEM 2010

A

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QUESTÃO 111Labaredas nas trevas

Fragmentos do diário secreto deTeodor Konrad Nalecz Korzeniowski

20 DE JULHO [1912]Peter Sumerville pede-me que escreva um artigosobre Crane. Envio-lhe uma carta: “Acredite-me,prezado senhor, nenhum jornal ou revista seinteressaria por qualquer coisa que eu, ou outrapessoa, escrevesse sobre Stephen Crane. Ririam dasugestão. [...] Dificilmente encontro alguém, agora,que saiba quem é Stephen Crane ou lembre-se dealgo dele. Para os jovens escritores que estãosurgindo ele simplesmente não existe.”

20 DE DEZEMBRO [1919]Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal.Sou reconhecido como o maior escritor vivo dalíngua inglesa. Já se passaram dezenove anos desdeque Crane morreu, mas eu não o esqueço. E pareceque outros também não. The London Mercuryresolveu celebrar os vinte e cinco anos de publicaçãode um livro que, segundo eles, foi “um fenômenohoje esquecido” e me pediram um artigo.

FONSECA, R. Romance negro e outras histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 1992 (fragmento

Na construção de textos literários, os autoresrecorrem com frequência a expressões metafóricas.Ao empregar o enunciado metafórico “Muito peixefoi embrulhado pelas folhas de jornal”, pretendeu-se estabelecer, entre os dois fragmentos do textoem questão, uma relação semântica de

a) causalidade, segundo a qual se relacionam aspartes de um texto, em que uma contém acausa e a outra, a consequência.

b) temporalidade, segundo a qual se articulam aspartes de um texto, situando no tempo o que érelatado nas partes em questão.

c) condicionalidade, segundo a qual se combinamduas partes de um texto, em que uma resultaou depende de circunstâncias apresentadas naoutra.

d) adversidade, segundo a qual se articulam duaspartes de um texto em que uma apresenta umaorientação argumentativa distinta e oposta àoutra.

e) finalidade, segundo a qual se articulam duaspartes de um texto em que uma apresenta omeio, por exemplo, para uma ação e a outra, odesfecho da mesma.

B