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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA HISTÓRIA DA CRIANÇA E DO JOVEM NO BRASIL

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA

HISTÓRIA DA CRIANÇA E DO JOVEM NO BRASIL

ARIÈS, P. A história social da criança e da família. 2. ed. Editora: LTC,1981.

O SENTIMENTO DE INFÂNCIA

Lívia Amanda/ Keyla Costa

A VIDA ESCOLÁSTICA

Paula Naranjo

A FAMÍLIAPaula Naranjo/ Mirian Pedrosa

O SENTIMENTO DA INFÂNCIA

1. As Idades da Vida

Idade Média percebe-se a necessidade de um segundo nome para completar o primeiro, assim o primeiro nome pertencia ao mundo da fantasia e o segundo ao da tradição;

Lívia

Diferenciação de cada período da vida: Infância, juventude, adolescência, velhice e senilidade.

2. A Descoberta da Infância

Por volta do século XII ainda não havia espaço para a infância na arte medieval, somente nas pinturas anedóticas que começaram a surgir imagens de crianças em sua vida cotidiana;

Ainda no início do século XIX alguns teóricos marginalizavam as crianças colocando-as em uma espécie de zona marginal;

Somente no século XVII que surgiram em grande números retratos de crianças sozinhas e os retratos em família tinham a criança como centro da composição;

3. O Traje das Crianças

No século XIII os bebês usavam cueiros, uma espécie de faixa de tecido que eram enroladas ao corpo delas;

No século XVII as crianças começaram a ganhar trajes diferenciados aos dos adultos, porém acentuou o aspecto afeminado nos trajes dos meninos;

Assim partindo do século XIV chegamos o que é hoje ao traje especializado da infância;

4. Pequena Contribuição à História dos Jogos e Brincadeiras

Do Despudor a Inocência

Keyla

Pequena Contribuição à História dos Jogos e Brincadeiras

Para entender as brincadeiras no início do século XVII são utilizadas informações presentes no diário do médico Heroard sobre a infância de Luis XIII.

SECULO XVIISÉCULO XVII

• Estado Moderno

• Formação da Sociedade

• Período de transição

Cavalo de Pau, Cata-Vento, Peão, Malha e Pela, a tocava violino, a cantava , dançava, brincava com bonecas e de fazer comidinhas com utensílios em miniatura, praticava arco, jogava xadrez, jogos de raquetes, rimas, ofícios, mímicas e inúmeros outros.

Com sete anos começa a aprender a montar a cavalo, a atirar e a caçar, jogar jogos de azar e assisti a brigas.

No Século XVII, as brincadeiras apareciam apenas na primeira infância.

Os brinquedos desse período originaram-se da tentativa das crianças em igualar seus brinquedos aos modos dos adultos

Os brinquedos e as vestimentas

Os jogos foram inseridos no quotidiano do século XVII e eram jogos relacionados à caça, cavalaria e jogos populares que participavam tanto adultos quanto crianças, assim como, festas sazonais e tradicionais

Os jogos, as brincadeiras e os divertimentos nas Sociedades Antigas

Os jogos, as brincadeiras e os divertimentos nas Sociedade Moderna

A “descoberta” do sentimento de infância ocorreu entre os séculos XV e XVIII.

Sentimento reflete-se nos jogos e nas brincadeiras..

5DO DESPUDOR A

INOCENCIA

Os Assuntos Sexuais, no Século XVII

Inocência Infantil

O Respeito as Crianças

Os gestos e os contatos físicos eram permitidos

A masturbação era uma prática generalizada

Moralistas e Educadores da época

Gerson analisou o comportamento sexual

Sentimento de Culpa

Novos hábitos de educação

A comparação de crianças com anjos e associada à figura de Deus

Multiplicar as instituições educacionais

A devoção e a iconografia Religiosa fizeram com que suscitasse um novo sentimento sobre a infância, século XVII

Entre os Séculos XVI e XVII registra-se a época das crianças – modelos e a primeira festa religiosa da infância: A primeira Comunhão, a qual se tornou a manifestação mais concreta do sentimento da infância, que permanecera ate o Século XIX

2. A VIDA ESCOLÁSTICA

2. Uma Instituição

nova: O colégio

3. Origens das Classes escolares

4. As idades dos alunos

8. Conclusão: A escola e a duração da

infância

7. A rudeza da infância escolar

6. As “pequenas escolas” 5. Os

progressos da disciplina

1. Jovens e velhos escolares da Idade Média

Paula

A mistura da diferentes idades dentro das escolas na Idade Média.

Nas escolas os alunos iniciavam geralmente com 10 anos.

As escolas não possuíam estruturas para acomodar o alunado. Somente no XIV passou-se a usar bancos

Os professores (mestres) ministravam aulas sozinhos e às vezes dispunham de um auxiliar. Não Havia controle em sala de aula, os alunos terminavam as lições e escapavam.

Os alunos, em sua maioria, moravam

onde podiam em ambientes com vários

quartos onde havia mistura de velhos e

jovens. As crianças que ingressavam

na escola entravam imediatamente no

mundo adulto.

No século XIII os colégios eram asilos para estudantes pobres e não se ensinava pedagogicamente. Somente a partir do século XV tornaram-se institutos de ensino.

Não havia apenas ensino, mais vigilância e enquadramento da juventude.

A educação era inspirada nos princípios de tradição monástica.

O colégio se tornou uma instituição essencial e hierarquizada.

No século XV a população escolar começou a ser dividida em grupos sob a direção de um mesmo mestre, num único local.

Ariès cita que Baduel (1538) via no sistema de classes um meio de repartir os alunos segundo “sua idade e seu desenvolvimento.”

Posteriormente, as classes e seus professores foram isolados em salas especiais o que deu origem a estrutura moderna de classe escolar.

Término da primeira infância até o meio do século XVII: a idade de 5-6 anos. Aos sete anos podia entrar para o colégio. Tempos depois a idade para entrar para as três classes de gramática foi retardada para 9-10 anos.

Justificava-se como necessidade de retardar a entrada para o colégio a “fraqueza”, a “imbecilidade” ou a incapacidade dos pequenos.

Adolescentes de 15 a 18 anos e rapazes de 19 a 25 anos frequentavam as mesmas classes

O período da segunda infância-adolescência foi distinguido devido ao estabelecimento de uma relação entre a idade e a classe escolar.

Antes do século XV a autoridade disciplinar era relegada a família ou aos chamados “camaradas” a quem as crianças e adolescentes eram submetidos a surras e exploração.

Adeptos de ordens religiosas desde século XV procuravam difundir uma ideia nova de infância e de sua educação. Segundo o Cardel d’Estouteville a educação das crianças exigia “uma disciplina maior e princípios mais estritos.” Assim os mestres deveriam formar os espíritos, inculcar virtudes, educar tanto quanto instruir.

Os educadores eram responsáveis pelas “almas” dos alunos. Por isso deviam usar sem indulgências seus poderes de correção e punição para a garantia da salvação das almas.

Duas ideias surgem ao mesmo tempo: a noção da fraqueza da infância e o sentimento de responsabilidade moral dos mestres.

O forte sistema autoritário e hierarquizado é definido pela vigilância, a deleção erigida em princípio de governo e em instituição e a aplicação de castigos corporais.

Ariès analisa a história da disciplina do século XIV ao XVII e faz duas observações importantes: humilhação e castigo.

As crianças e jovens eram submetidos a um regime comum e eram igualmente surrados. De início os chicotes eram reservados as crianças pequenas e somente a partir do século XVI se estendeu a toda à população escolar.

A partir de 1763, com a condenação dos jesuítas, começou a surgir à ideia de que a infância não era uma idade servil e não merecia ser metodicamente humilhada. Começa a nascer então um sentimento tímido de infância.

Começaram a ser usados por algumas escolas os métodos de Port-Royal que suprimia todos os castigos corporais e

nas reuniões semanais de mestres alunos participavam para defesa dos colegas.

Nasce uma nova orientação do sentimento de infância, que não liga mais a criança ao sentimento de fraqueza e não reconhece mais a necessidade de humilhação. Destina-se sua responsabilidade agora ao adulto e sua formação exige cuidados e etapas.

A separação escolar das crianças no século XVII era nas idades de 5-7 a 10-11.

Havia separação dos tipos de ensino nas escolas no século XVIII. Um era voltado para o

povo e outro para a burguesia.

Formou-se no século XVII uma nova noção moral, originada das visões reformadoras da elite de pensadores e moralistas da época, que distinguiria a criança escolar: a noção de criança bem educada que seria preservada das rudezas e da imoralidade.

Nos cinco ou sete primeiros anos, a criança se fundia sem transição ao mundo dos adultos.

A escola medieval não era destinada as crianças, era uma espécie de escola técnica destinada a instrução de clérigos, jovens e adultos.

As idades eram misturadas dentro de cada classe frequentada ao mesmo tempo por crianças de 10 a 13 anos e adolescentes de 15 a 20.

A partir do século XVIII a escola única foi substituída por um sistema de ensino duplo, em que cada ramo correspondia a uma condição social: o colégio para os burgueses e a escola para o povo.

A disciplina escolar teve origem na disciplina eclesiástica. A base de um aperfeiçoamento moral e espiritual os educadores a adaptaram a um sistema de vigilância permanente das crianças.

Ariès comenta que a

escolarização no século XV

era “monopólio de um sexo”.

As mulheres eram excluídas,

Não sabiam ler nem

escrever. Casavam muito

cedo ou eram enviadas aos

conventos. Não existia outro

tipo de educação além da

aprendizagem doméstica.

As Imagens da Família

Da Família Medieval à Família Moderna

A FAMÍLIA

3.1 As imagens da família

ICONOGRAFIA

“Estudo e descrição das imagens, quadros, bustos e pinturas antigas e modernas

“ Estudo dos assuntos representados nas obras de arte, de suas fontes e de seu significado.”

A representação da vida na Idade Média tinha como tema principal os ofícios e se ligava também ao tema das estações.

Essa icnografia permitiu observar as representações dos trabalhos da terra, tanto dos camponeses como dos nobres. No entanto as observações foram de homens, sempre sozinhos.

A iconografia tradicional dos 12 meses

Janeiro

A iconografia evolui ao longo dos livros até o século XVI. Primeiro surge à mulher, ela, na maioria das vezes, participa dos trabalhos dos campos com o homem.

Livro de horas de Duque de Berry

Surge nos calendários à rua, lugar onde se praticavam os ofícios, a vida profissional, as conversas, os espetáculos e os jogos.

O livro de Horas da duquesa de Bourgogne, Maria Adelaide de Savoie.

A partir do século XVI nasce uma nova personagem nos calendários: a criança.

Livro de horas de Adelaide de Savoie.

Livro de horas de Hennessy e de Grimani.

Ao longo do século XVI, a iconografia dos meses sofreria uma última transformação que segundo Ariès a “iconografia dos meses se tornaria uma iconografia da família”

“As Três idades do Homem” de Ticiano ,1512.

Os calendários passaram a representar em cada mês atividades relacionada à família. Posto isso, Ariès evidenciou um sentimento novo que surgia, o sentimento de família.

Toda a iconografia sofreu uma evolução nessa direção nos séculos XVI e XVII. Tendência que deslocou a iconografia da Idade Média (ao ar livre), para a representação da família em sua intimidade – no interior, (na vida privada).

Conforme alguns historiadores citados por Ariès, os laços de sangue formaram dois grupos distintos: A LINHAGEM E A FAMÍLIA.

Os temas religiosos mais presentes na iconografia ligada ao sentimento da família e da infância eram, principalmente, o da Sagrada Família e os temas do Antigo Testamento.

Sagrada Família , Livro de Horas de Catarina de Clèves.

DA FAMÍLIA MEDIEVAL À FAMÍLIA MODERNA

Mirian

A FAMÍLIA E SUAS RELAÇÕES INTERNAS COM AS CRIANÇAS

FAMÍLIA MODERNA