apresentacao - leitura pierre levy

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Dois textos de Pierre Dois textos de Pierre Lévy Lévy Mutações antropológicas e a história da linguagem do livro: “A genealogia do virtual” 15. Interfaces do Livro: As tecnologias da inteligência As tecnologias da inteligência Grupo de Estudos CEDUS de Estudos CEDUS

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Leitura e apontamentos sobre Pierre Levy Prof. Marcos Mucheroni Cedus - Centro de Estudos em Design de Sistemas Virtuais Centrado no Usuario ECA-USP

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Page 1: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Dois textos de Pierre LévyDois textos de Pierre LévyMutações antropológicas e a história da linguagem do livro: “A genealogia do virtual”15. Interfaces do Livro:““As tecnologias da inteligênciaAs tecnologias da inteligência

Grupo de Estudos CEDUSde Estudos CEDUS

Page 2: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Linguagem e escritaLinguagem e escrita

“A invenção da escrita representa a continuaçãocultural e o aperfeiçoamento da linguagem e,portanto, da inteligência coletiva humana”

“A invenção da escrita representa a continuaçãocultural e o aperfeiçoamento da linguagem e,portanto, da inteligência coletiva humana”

“... através da escrita algumas formas linguísticas podem ficar por séculos ... “ !!!“... através da escrita algumas formas linguísticas podem ficar por séculos ... “ !!!

“A linguagem tem agora uma memória própria, independente de qualquer indivíduo vivo”“A linguagem tem agora uma memória própria, independente de qualquer indivíduo vivo”

Page 3: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Alfabeto e “signos” da escritaAlfabeto e “signos” da escrita

Democracia e “popularização”Dinheiro e alfabeto – gregos e fenícios.Culturas importantes trazem acopladas os alfabetos: hebraica, grega, latina, sânscrita..Religiões monoteístas: unidade, “símbalo”...(madarim ... A escrita é uma arte e “poder”)

“O alfabeto representa a redução dos signos da escrita a um sistema combinatório foné-tico simples, e que escapa do monopólio do escriba”.

“O alfabeto representa a redução dos signos da escrita a um sistema combinatório foné-tico simples, e que escapa do monopólio do escriba”.

Page 4: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Desenvolvimento da linguagemDesenvolvimento da linguagem

memória autónoma (a escrita) e,a facilidade de leitura/escrita (o alfabeto), Imprensa: base comunicacional da comu-nidade científica auto-organiza séc. XVI.

(vai influenciar a 2ª. Rev.Ind. sec. XVIII).Vai influenciar: movimentos liberalistas, a reforma, o socialismo e as rev. Independ.Alargamento dos horizontes – tb. Prático.

Page 5: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

MídiasMídias e a meta-mídiae a meta-mídiaa escrita, o alfabeto, a imprensa, o telefone, o cinema, o rádio, a televisão mecanismos projetados criar/reproduzir signos

No sentido que é meio para outras mídias. Lista principais características do ciberespaço, particularmente aquelas condutivas a uma melhoria da inteligência coletiva

“O ciberespaço não é um meio, é um metameio”“O ciberespaço não é um meio, é um metameio”

Page 6: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Ciberespaço e tec. intelectuaisCiberespaço e tec. intelectuais

que desenvolvem: a memória (bases de dados, hiper-docs.)a imaginação (simulações visuais interat.), raciocínio (através da inteligência artificial, sistemas especialistas, simulações)percepção (imagens computadas de dados e telepresença generalizada) e criação (palavras, imagens, música e processadores de espa ços virtuais).

Page 7: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Definições conclusivasDefinições conclusivas

Ciberespaco - o espaço de comunicação aberto pela interconexão de computadores ocasiona: uma nova configuração de larga escala de comunicação "muitos para muitos”Imprensa , o rádio e a televisão organizam informações de modo "um para muitos", mas impedem uma comunicação interativa.sistema postal e o telefone por sua vez, um sistema de comunicação "um para um", permitindo o diálogo e a interação.

Page 8: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Texto do livro Texto do livro As tecnologias da inteligência As tecnologias da inteligência

Pierre Levy Pierre Levy

15. INTERFACES

Page 9: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Conceitos básicos em LevyConceitos básicos em Levy

Palavra "interface" dispositivo que garante a comunicação ‘ sistemas informáticos ou um informático e “rede de comunicação”.

(neste sentido “rede de interfaces”)Interface homem/máquina:

“conjunto de programas e aparelhos materiais que permitem a comunicação entre um sistema informá-tico e usuários humanos”.

“conjunto de programas e aparelhos materiais que permitem a comunicação entre um sistema informá-tico e usuários humanos”.

Page 10: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Redes de interfaces - exemploexemplo

O desktop publishing (DTP) 4 redes:

o processamento de textos Wysiwig1, os microcomputadores, os programas de layout e as impressoras laser de baixo custo.

1 Wysiwyg (what you see is what you get)

Page 11: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

O livro nesta visão de “interfaces”O livro nesta visão de “interfaces”

Uma sociedade de palavras? Sim, mas ... estas palavras materializadas-conectadas

apresentadas e valorizadas junto ao leitor por uma rede de interfaces acumulada e polida pelos séculos. acrescente ou se suprima uma interface:

toda a relação com o texto se transforma.Para pensar: será que o cibertexto tem esta mesma estrutura que era do livro ?

Page 12: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Ganchos das interfacesGanchos das interfaces

ele usa a metáfora da “armadilha”:

“A interface possui sempre pontas livres prontas a se enlaçar, ganchos próprios para se prender em módulos sensoriais ou cognitivos, estratos de personalidade cadeias operatórias, situações ...”

“A interface possui sempre pontas livres prontas a se enlaçar, ganchos próprios para se prender em módulos sensoriais ou cognitivos, estratos de personalidade cadeias operatórias, situações ...”

“Sou captado pela tela, a página, ou o fone, sou aspira-do para dentro de uma rede de livros, enganchadoa meu computador ou minitel” (celular).

“Sou captado pela tela, a página, ou o fone, sou aspira-do para dentro de uma rede de livros, enganchadoa meu computador ou minitel” (celular).

mas inversamente ela também orienta:“Ela abre, fecha e orienta os domínios de significação,

de utilizações possíveis de uma mídia.” Ex. videocassete“Ela abre, fecha e orienta os domínios de significação, de utilizações possíveis de uma mídia.” Ex. videocassete

Page 13: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Ontologias (o ser da interface)Ontologias (o ser da interface) Significações e “tecnocosmos” :

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

“O coletivo sociotécnico é constituído de tal forma que enormes revoluções da ecologia cognitiva giram sobre a ponta aguda de pequenas reformas na sociedade das coisas”

“O coletivo sociotécnico é constituído de tal forma que enormes revoluções da ecologia cognitiva giram sobre a ponta aguda de pequenas reformas na sociedade das coisas”

“A noção de interface pode estender-se ainda para além do domínio dos artefatos”.“A noção de interface pode estender-se ainda para além do domínio dos artefatos”.

“Esta é, por sinal, sua vocação, já que interface é uma superfície de contato, de tradução, de articulação entre dois espaços, duas espécies, duas ordens de realidade diferentes: de um código para outro, do analógico para o digital, do mecânico para o humano...”

“Esta é, por sinal, sua vocação, já que interface é uma superfície de contato, de tradução, de articulação entre dois espaços, duas espécies, duas ordens de realidade diferentes: de um código para outro, do analógico para o digital, do mecânico para o humano...”

Page 14: Apresentacao - leitura Pierre Levy

Mas o que passa na interface ? Mas o que passa na interface ?

Março de. 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS

Outras interfaces. As interfaces são embutidas, dobradas, amarrotadas, deformadas umas nas outras, umas pelas outras, desviadas de suas finalidades iniciais.

Outras interfaces. As interfaces são embutidas, dobradas, amarrotadas, deformadas umas nas outras, umas pelas outras, desviadas de suas finalidades iniciais.

Mais uma vez, se há conteúdo, devemos imaginá-lo co- mo sendo feito de recipientes encaixados, aglomerados, prensados, torcidos ... E isto até o último invólucro, até a última pequena dobra.

Mais uma vez, se há conteúdo, devemos imaginá-lo co- mo sendo feito de recipientes encaixados, aglomerados, prensados, torcidos ... E isto até o último invólucro, até a última pequena dobra.

“a primeira interface de nosso corpo é a pele, estanque e porosa, fronteira e local de trocas, limite e contato .... E o que envolve ... no cérebro ... a caixa craniana. E nesta caixa ... comutadores e de fios ...e neuro-transmissores”

“a primeira interface de nosso corpo é a pele, estanque e porosa, fronteira e local de trocas, limite e contato .... E o que envolve ... no cérebro ... a caixa craniana. E nesta caixa ... comutadores e de fios ...e neuro-transmissores”

Page 15: Apresentacao - leitura Pierre Levy

ConclusõesConclusões

O que nos ajudam as definições de Levy? Uma linguagem são signos ? O que pode-se concluir de “redes de interfaces” ... Exagero linguístico ? A relação de artefatos com as significações de fato mudam a “ontologias” (ser) ?O que é a “vocação” das interfaces ?

Março 2005 Marcos L Mucheroni - CEDUS