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Derrocamento do Pedral do Lourenço:
aspectos de projeto e de licitação
Ministério dos Transportes
Brasília, 08 de abril de 2016.
Histórico - Empreendimento
• Construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí início da geração: novembro de 1984
• Conclusão da 1ª etapa: dezembro de 1992 (4.245 MW)
• Conclusão da 2ª etapa: abril de 2007 (4.125 MW)
• Maior variação dos níveis do reservatório – surgimento de restrição na região do Pedral do Lourenço
• Conclusão da eclusa de Tucuruí – julho de 2011
Histórico - Empreendimento
Palavras chave: previsibilidade, confiabilidade e regularidade.
• Concorrência - 394/2010 – lançada em 30/08/2010 e anulada em 19/12/2011Valor estimado: R$ 520.3 milhões (715 mil m³)Problemas: inconsistências de orçamento e critérios de medição.
• RDCi - 108/2014 – lançada em 21/03/2014 e anulada em 17/06/2014Valor estimado: sigiloso (1.133 mil m³)Problemas: exigência de seguro-risco, adoção da modalidade técnica e preço,sem garantias do cumprimento das exigências ambientais
• RDCi - 500/2014 – lançado em 11/09/2014 e fracassada em 14/11/2014Valor estimado: R$ 452.3 milhões (1.133 mil m³)Problemas: insegurança das licitantes sobre os riscos, orçamento poucoatrativo para as empresas.
• RDCi - 449/2015 – lançada em 19/10/2015 e aberta em 16/02/2016Valor estimado: R$ 560.6 milhões (1.284 mil m³) Valor ofertado: R$ 520.5 milhões
Histórico - Licitações
Concorrência - 394/2010
Total: 900 dias (30 meses), apenas obras.
RDC – 108/2014 – 00
Total: 36 meses:12 meses projeto básico/executivo e estudos ambientais.
24 meses para execução da obra.
RDC – 500/2014 – 00
Total: 48 meses.24 meses projeto básico/executivo e estudos ambientais.
24 meses para execução da obra.
RDC – 449/2015 – 00
Total: 58 meses.26 meses projeto básico/executivo e estudos ambientais.
33 meses para execução da obra (inclusão do defeso).
Prazo de execução
Critérios de habilitação técnica
RDCi – 108/2014 – 00
Concorrência - 394/2010
Técnica e Preço - optou-se pela exigência de um quantitativo mínimo que garantisse a maior participação na licitação.
RDCi - 500/2014
RDCi - 449/2015
Critérios de habilitação técnica
Concorrência - 394/2010 – Preço Unitário – metro
cúbico derrocado e m³xkm transportado
Três Etapas:
• 1º - perfuração e detonação subaquática –>
30% do item 3.1
• 2º - Escavação, carga, transporte, manobra e
descarga do batelões –>
20% do item 3.1 + 20% do item 3.2
• 3º - após batimetria e verificação do
atingimento das cotas de projeto –>
50% do item 3.1 + 80% do item 3.2
Critérios de Pagamento
RDCi – 449/2015 – 00 – Preço Global
Considerou famílias de serviços listados no
orçamento: Ações Ambientais, Projeto Básico,
Projeto Executivo, Canteiro de Obras e
Acampamento, Mobilização e Desmobilização de
Equipamentos, Derrocagem e Período Improdutivo –
Defeso.
Subdivisão em parcelas fixas (estudos em produtos a
serem entregues e derrocagem por estaqueamento
do canal) visa garantir um melhor controle pela
fiscalização da execução do empreendimento.
Necessidade de compatibilização entre as parcelas e
as etapas do cronograma físico-financeiro.
Critérios de Pagamento
Concorrência - 394/2010
Licenciamento a cargo do DNIT junto à SEMA/PA. Cumprimento das condicionantes pela Contratada.
RDCi – 108/2014 – 00
Contratada responsável pela elaboração das ações ambientais (EIA/RIMA e PBA) e licenciamento do empreendimento,
independentemente de qualquer alteração. É a responsável pelo cumprimento das condicionantes ambientais. Não
considerava período de defeso.
RDCi – 500/2014 – 00
A responsabilidade pela obtenção das licenças passou a ser do DNIT, com base nos estudos ambientais deresponsabilidade da Contratada. O cumprimento das condicionantes ambientais também passou a ser deresponsabilidade do DNIT. Não considerava período de defeso.
RDCi – 449/2015 – 00A titularidade das licenças e o trâmite no IBAMA está a cargo do DNIT. O cumprimento das condicionantes ambientaisvinculadas exclusivamente à execução da obra são de responsabilidade da Contratada. As demais condicionantes namodalidade de medidas mitigatórias/compensatórias são de atribuição do DNIT. Considera defeso.
Licenças Ambientais e Cumprimento de Condicionantes
Especificações técnicas
a) Elaboração dos Projetos Básico/Executivo de Engenharia (12/8)
b) Elaboração das Ações Ambientais (26)
c) Execução das Obras de Derrocamento (33)
PROJETO BÁSICO• Poligonal topográfica com materialização por meio de
referências de nível • Campanha de reocupação dos postos linimétricos e
instalação de novos postos• Campanha de nivelamento geométrico• Campanha de levantamento topobatimétrico• Campanha de medição da vazão líquida • Levantamento dos perfis de lâmina d’água• Levantamento do manto rochoso por sísmica rasa• Modelagem Matemática utilizando modelo
bidimensional• Definição do traçado geométrico do canal navegável• Metodologia aplicada no derrocamento e Plano de
Fogo• Dimensionamento dos equipamentos a serem
utilizados• Estudo de localização das áreas de bota-fora
PROJETO EXECUTIVO• Estudo para possível refinamento da
modelagem matemática aplicada• Estudo para possível refinamento do Plano de
Fogo• Atualização do Cronograma físico-financeiro
da obra• Elaboração das especificações e notas de
serviços• Detalhamento do Plano Geral de execução do
empreendimento• Elaboração do plano de ataque da obra
ESTUDOS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇA PRÉVIA• Autorização de coleta, captura e transporte
de material biológico• EIA/RIMA• Realização de audiências públicas• Componente Quilombola• Componente Indígena• Componente Saúde• Componente Arqueológico, histórico e
cultural• Plano Básico Ambiental• Inventário Florestal, Projeto de Plantio
Compensatório, Reposição Florestal e Transplante Florestal
• Mapas• Relatório de Atendimento das
Condicionantes da Licença Prévia
• Universidade Federal do Pará (2009 a 2010) – primeira versão.
• Shaw Meio Ambiente e Infraestrutura Ltda. (2012 a 2013) –contratada pela Vale para elaboração de novo projeto em nível executivo. Foi comprada pela CB&I.
• CB&I - Chicago Bridge and Iron Company (2012 a 2013) –Empresa de engenharia americana que adquiriu a Shaw e assumiu o contrato com a Vale.
• UMI-SAN (2012) – realizou a batimetria do projeto através de outro contrato com a Vale.
• Técnica Engenharia (2012) – empresa tocantinense contratada pela Shaw para realização das sondagens geotécnicas.
• Doação do projeto da Vale ao DNIT após aceitação técnica.
• Universidade Federal do Paraná (2013 a 2015) – realizou a revisão dos estudos a nível de anteprojeto.
Mudanças de Projeto
Mudanças de Projeto
• UFPA: canal com 70 m de largura e nível mínimo 62m - 715.000 m³ (Normas USACE)
• CB&I: canal com 145m de largura e nível mínimo 58m - 2.994.000 m³ (Norma PIANC-parcial)
• UFPR 2013: canal com 145m de largura e faixas de precisão + 0,50m (Norma PIANC-integral)
Nível de Confiança Otimista – 644.306 m³Nível de Confiança Médio – 852.871 m³Nível de Confiança Conservador – 1.133.318 m³
• UFPR 2015: canal com 145m de largura (Norma PIANC com nova modelagem, sem adoção de faixas de precisão) - 1.284.220 m³
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
PROF. 7,72 9,87 10,86 10,98 8,43 6,35 5,12 3,89 3,30 3,00 3,65 5,23
7,72
9,8710,86
10,98
8,43
6,35
5,12
3,893,30
3,003,65
5,23
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
PR
OF
UN
DID
AD
ES
(m
)
MESES
PROFUNDIDADES MÍNIMAS COM OBRAS DE DERROCAMENTO COM CALADO DE 3M
Mudanças de Projeto
Alteração da premissa do antigo Anteprojeto que apresenta faixas de precisão, adotando-se uma única linha
d’água de referência para o estudo de derrocamento e apenas um volume final. A apresentação de três volumes
de derrocamento diferentes gerou questionamentos no processo de licitação.
Adição de resultados de uma nova campanha de levantamentos de campo realizadas em abril/2015, em
especial um perfil instantâneo da linha d’água obtido com alta precisão;
Atualização da modelagem hidrodinâmica realizada, incorporando os novos dados medidos em campo e um
novo critério de calibração do modelo matemático, com melhor acurácia dos resultados obtidos.
Supressão da menção à dois tipos de comboios: águas altas (200x32x3) e águas baixas (150x32x2). Passou a ser
considerado no novo Anteprojeto apenas o comboio padrão Tucuruí (águas altas) com calado reduzido (2,1m).
Mudanças de Projeto
Inclinação de fundo -> maiores velocidades
Mudanças de Projeto
Aspectos de Anteprojeto•Número de barcaças: 9 barcaças;•Configuração: 3x3;•Dimensões:
Comprimento: L = 200 mBoca: B = 32 mCalado: T = 2,10 m Pé de piloto = 0,9 m
Comboio-tipo da hidrovia do Tocantins
Aspectos de Anteprojeto
Figura A – Simulação comparativa entre as situações do rio Tocantins na região do Pedral do Lourenço em águas baixas (esquerda) e águas altas
(direita)
Aspectos de AnteprojetoFigura C – Mapa topobatimétrico do rio Tocantins na região do
Pedral do Lourenço, com destaque para a região com maior
volume de derrocamento
Figura B – Simulação do traçado de canal proposto no anteprojeto de derrocamento do rio
Tocantins na região do Pedral do Lourenço, com destaque para as regiões a serem
derrocadas em vermelho
Aspectos de Anteprojeto
Pedra
LourençoAspectos de Anteprojeto
Flutuante 30x13x2,4m com sistema de fundeio
Barco de apoio - 120 HP
Rebocador de guarnição e apoio - 250 HP
Perfuratriz Atlas Copco COP 1240
Guindaste 100 ton - 180 HP com clamshell com capacidade de 5,5 jardas³
Batelão para pedras "Split Hull" - Rebocável com Capacidade de 60m³
Metodologia Executiva
Perfuração Carregamento
Detalhe (explosivos e cordéis)
Detalhe (cordéis identificados)
Metodologia Executiva
Etapa 1 - Perfuração e detonação:
• Perfuração c/ emprego de perfuratrizes embarcadas em pontões;• Colocação de explosivos e detonação.
Detonação
Metodologia ExecutivaEtapa 2 - Carga, transporte e deposição fluvial:
2. Deslocamento das balsas até áreas de deposição, com auxílio de empurradores;3. Descarga do material com pás carregadeiras, embarcadas nas balsas;4. Deslocamento das balsas descarregadas até área de carga, com auxílio de empurradores.
1. Remoção do material detonado e carregamento das balsas, com escavadeira hidráulica sobre pontão;
Etapa 3 - Levantamento batimétrico para verificação do gabarito de fundo do canal.
Benefícios do Empreendimento
Prioridades do Movimento Pró Logística
Ano Import. Export. Total Tipos de Carga
2007 - 320 320 Minérios
2008 - 1.000 1.000 Minérios
2009 40 1.500 1.540 Minérios, insumos e carga geral
2010 150 2.900 3.050 Minérios, insumos e carga geral
2012 500 5.000 5.500Grãos, minérios, insumos e carga
geral
2025 4.000 16.000 20.000Grãos, minérios, insumos e carga
geral
Projeções feitas em 2010.
Próximos Passos
•Contratar empresa vencedora (Consórcio DTA/O’Martin)
•Emitir Ordem de Serviço para Projeto Básico e Estudos Ambientais
Obrigado!
André Cardoso BernardesEngenheiro CivilCoordenador de Obras HidroviáriasDiretoria de Infraestrutura AquaviáriaTel: (61) 3315 - 8463Cel: (61) 9629 - 0249E-mail: [email protected]