apostila_auxiliar laboratorio metalurgico
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Auxiliar de laboratório
metalúrgico
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Auxiliar deLaboratório
Metalúrgico
M E T A L U R G I A
emprego
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Rodrigo Garcia
Secretário
Nelson Baeta Neves Filho
Secretário-Adjunto
Maria Cristina Lopes Victorino
Chefe de Gabinete
Ernesto Masselani Neto
Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante
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Coordenação do ProjetoCETTPro/SDECT
Juan Carlos Dans SanchezFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap José Lucas Cordeiro
Apoio Técnico à CoordenaçãoFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap Laís Schalch
Apoio à ProduçãoFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap Ana Paula Alves de Lavos
Emily Hozokawa DiasIsabel da Costa M. N. de Araújo
José Lucas CordeiroKarina SatomiLaís Schalch
Maria Helena de Castro Lima
Selma VencoCETTPro/SDECT Bianca Briguglio
Cibele Rodrigues Silva
Textos de referênciaEdison Marcelo SerbinoIrineu de Souza Barros
Luiz Cláudio Paula Marcos Antonio Batalha
FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETAPresidente
João Sayad Vice-Presidentes
Ronaldo BianchiFernando Vieira de Mello
Diretoria de Projetos EducacionaisDiretor
Fernando José de Almeida Gerentes
Monica Gardelli Franco Júlio Moreno
Coordenação técnicaMaria Helena Soares de Souza
Equipe EditorialGerência editorial
Rogério Eduardo AlvesProdução editorial
Janaina Chervezan da Costa CardosoEdição de texto
Lígia MarquesMarcelo AlencarRevisão
Conexão EditorialIdentidade visual
João Baptista da Costa Aguiar Arte e diagramação
Paola Nogueira Pesquisa iconográfica
Elisa RojasEveline Duarte
IlustraçõesBira Dantas
Luiz Fernando MartiniConsultoria
Marcos Antonio Batalha
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Carla Cruz Dos Santos, Empresa Servimig, Empresa Signo Arte, Empresa Starrett, Fundição TUPY S.A., Graziele da
Silva Santos, Grupo Voith, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Neise Nogueira, Valdemar Carmelito dos Santos.
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTOECONÔMICO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa
Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissionalpara quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio
negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo
desempregado.
Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou
quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência
e Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis-
sional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para
facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores
experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho
e excelentes cidadãos para a sociedade.
Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação
profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a
realização de sonhos ainda maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!
Secretaria de Desenvolvimento Econômico,Ciência e Tecnologia
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CARO(A) TRABALHADOR(A)
Aqui começa seu caminho para um novo aprendizado. Um aprendizado que precisaser ampliado. Sabe por quê?
Porque no mundo de hoje não é suficiente conhecer as técnicas e os procedimentosnecessários ao desempenho da função de auxiliar de laboratório metalúrgico.
Também é preciso, por exemplo, saber como você pode melhorar sua busca por umnovo emprego e perceber que o campo de atuação de um profissional da área não se
restringe ao ambiente industrial. Para isso, é necessário dominar muito mais do queos aspectos técnicos da ocupação.
O ponto de vista do Via Rápida Emprego da Secretaria de Desenvolvimento Eco-nômico, Ciência e Tecnologia do Governo de São Paulo é o de que o profissional,para iniciar sua carreira ou aperfeiçoar aquilo que já sabe, deve conhecer as técnicas,mas também precisa se diferenciar em alguns aspectos, para ter mais chances naobtenção de um emprego ou conseguir trabalhar por conta própria.
Nesta publicação, você vai conhecer as várias facetas da ocupação de auxiliar de
laboratório metalúrgico. Onde ele atua? O que precisa conhecer para desempenharmelhor seu trabalho? Como este ofício surgiu? Questões assim serão discutidas aolongo do curso.
Você vai, também, conhecer a evolução histórica da metalurgia e descobrir a impor-tância do setor nas lutas pela Independência do Brasil no século 18 (XVIII) e, maisrecentemente, pela redemocratização do país.
Como você vê, nosso curso será cheio de novidades para que sua formação seja a
mais completa possível.Vamos ao estudo!
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SUMÁRIO
Unidade 1
9 A HISTÓRIA DA METALURGIA
Unidade 2 37
A PROFISSÃO DE AUXILIAR DE LABORATÓRIO METALÚRGICO
Unidade 363
O SETOR METALÚRGICO
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P964
Programa de qualificação profissional: Metalurgia / Auxiliar de laboratório metalúrgico. -. – São Paulo: FundaçãoPadre Anchieta, 2011. v.1, il (série: arco ocupacional)
Vários autoresPrograma de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho -- SERT
ISBN 978-85-61143-98-5
1. Ensino profissionalizante 2. Metalurgia-técnico3. Metalurgia – laboratório I. Título II. Série
CDD 371.30281
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Auxiliar de Laboratório Metalúrgico 1 A O METALURGIA 9
UNIDADE 1
A HISTÓRIA DA METALURGIA
A indústria metalúrgica gera milhões de empregos no mundointeiro. É muito fácil entender o que essa gigante faz. Bastadar uma olhadinha à sua volta para comprovar: a geladeira, aluminária, a moldura de muitas janelas, a torneira, a estrutura
da cadeira, o fogão, a ponta da caneta esferográfica, os talheres,as panelas, as ferramentas, os pregos, o portão de casa, o carro,a grade de proteção do canteiro central da avenida, o metrô, ostrilhos do metrô, o ônibus, o avião...
E você já parou para pensar sobre a origem disso tudo? Escava-ções arqueológicas mostram que o homem já fabricava objetosmetálicos na Pré-História (ou seja, desde antes da invenção daescrita). Vamos acompanhar, na linha do tempo a seguir, alguns
dos fatos mais importantes ligados aos primórdios da metalurgia.
Os produtos da indústria metalúrgica estão em toda parte: no metrô, nos trilhos do metrô...
S H U T T E R S T O C K
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6000 a.C.-3500 a.C.(antes de Cristo)
Os primeiros instrumentos
em cobre, moldados compedradas, datam dessa épo-ca e foram localizados noOriente Médio. Na mesmaregião, cientistas encontra-ram armas e ornamentosdo mesmo metal, fundidoe vazado, produzidos em3500 a.C. Em metalurgia, otermo vazado significa queo metal em estado líquidofoi despejado num molde
para preenchê-lo. O cobre,a prata e o ouro foram osprimeiros metais a seremdescobertos, pois existemna natureza em seu estadonativo. O ouro, bem distri-buído pela superfície do pla-neta, provavelmente atraiu ohomem primitivo por causado seu forte brilho.
PRÉ-HISTÓRIA ANTIGUIDADE IDADE MÉDIA
3,5 mil a.C.
Surgimentoda escrita
476 d.C.
Queda doImpério Romano
Você conhece a definição de Pré-História? E deHistória? A fim de facilitar o estudo e a compreen-
são da História, estudiosos a dividiram em gran-des períodos de tempo.
Vamos ver que períodos são esses e o que os separa:
• Pré-História: da origem do homem, há cercade 5 milhões de anos, até 3,5 mil a.C. (antes de
Cristo), quando surgiu a escrita.
• Antiguidade: do surgimento da escrita até aqueda do Império Romano (no ano 476 d.C.).
• Idade Média: da queda do Império Romano até
1453, quando ocorreu a tomada de Constantinopla
pelos turcos otomanos.
• Idade Moderna: da tomada de Constantinoplaaté 1789, data da Revolução Francesa.
• Idade Contemporânea: da Revolução Francesa
até nossos dias.
+ 5 milhõesde anos atrás
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3300 a.C.
O bronze, que é uma liga (junção) de cobre e estanho, foi produzidopela primeira vez, possivelmente por acidente na Suméria. Maisdura e resistente do que o cobre puro, essa mistura revelou-se maisapropriada para ser vazada (despejada em estado líquido) em moldes.
2000 a.C.
Os chineses conheceram o ferro nesse período. Pesquisadores acre-
ditam que as primeiras formas desse metal usadas pelo homem eramprovenientes de meteoritos, pois continham quantidades significa-tivas de níquel. Mais duro que o ouro, a prata e o cobre, o ferro eracaro devido à sua raridade. Muito mais tarde, quando nossos ante-passados aprenderam a extraí-lo das rochas onde se encontra, passoua ser utilizado em abundância.
1600 a 600 a.C.
Chineses, persas e palestinos desenvolvem o latão, uma liga decobre e zinco.
IDADE MODERNA IDADE CONTEMPORÂNEA
1453 d.C.
Tomada deConstantinopla
1789 d.C.
RevoluçãoFrancesa
Atual
Meteoroides são peque-nas rochas que giram emtorno do Sol. Algumasvezes, são atraídos pelaTerra ou por outro astro.Quando entram na at-mosfera terrestre, pegamfogo por causa do atritocom o ar e passam a sechamar meteoros, tam-bém conhecidos, popu-larmente, como estrelascadentes. Quando umaparte do meteoroide atra-vessa a atmosfera sem se
desintegrar totalmente eatinge o solo, ele é cha-mado de meteorito.
Você sabia?
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PRÉ-HISTÓRIA ANTIGUIDADE IDADE MÉDIA
476 d.C.
Queda doImpério Romano
1350 a.C.
É dessa data o primeiro artigo fabricado com ferro de que se temnotícia: uma lâmina de punhal encontrada no sarcófago (túmulo) dofaraó egípcio Tutancâmon. Esse punhal ficava no local de maiorimportância do túmulo. Ele resistiu durante tanto tempo sem sercorroído porque é um pedaço de ferro que contém pouco carbono,o que dificulta o aparecimento da ferrugem. Trocando em miúdos,o ferro com baixo teor de carbono apresenta grande resistência àcorrosão, ou seja, é mais difícil de ser destruído. Guarde essa infor-mação, pois ela lhe será útil mais tarde quando tiver de testar a re-sistência do ferro sob diferentes condições (uma das atividades quese faz em um laboratório de metalurgia).
A sociedade egípcia
O Egito é famoso por suas pirâmides. Vamos ver também como eraformada a “pirâmide social”, isto é, como era dividida a sociedade noantigo Egito.
O faraó era a autoridade máxima do país, a pessoa mais importante, e sua
vontade precisava ser sempre respeitada. Abaixo dele, vinham os nobres eos altos funcionários. Repare no formato da pirâmide: ela é maior na parte
de baixo. Essa base representa quem estava em maior número naquelasociedade: os escravos, os camponeses e os artesãos. Os escravos eramobrigados a realizar serviços forçados – carregavam as pedras na construção
das pirâmides, por exemplo. Eles tam-bém realizavam o trabalho agrícola, além
de cuidar do gado. Ou seja, escravos,
camponeses e artesãos eram a maioriada população e possuíam pouco ou ne-nhum direito. Aqueles que tinham algum
conhecimento ou poder econômico es-tavam mais acima na escala social. Asmulheres não aparecem nessa pirâmide,
apesar de os egípcios terem sido gover-
nados por várias rainhas, como Cleópatra.
3,5 mil a.C.
Surgimentoda escrita
+ 5 milhõesde anos atrás
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Cerca de 400 a.C.
Os gregos e os romanos desenvolveram uma forma de tratamentotérmico do ferro chamada têmpera. Esse processo consiste no resfria-mento rápido de uma peça cuja temperatura está superior à chamadatemperatura crítica (a partir da qual o metal pode sofrer transformação):entre 780°C e 980°C. Sua finalidade é gerar um metal com alta dureza.
Pouco tempo depois, esses mesmos povos criaram outro processo detratamento térmico, hoje conhecido como revenido. Ele consiste emaquecer o ferro abaixo da zona (ou temperatura) crítica (que é de 723°C)e, depois, resfriá-lo lentamente. A finalidade é remover as tensões
internas e a dureza excessiva proporcionadas pela têmpera.
Cerca de 300 d.C.
Ninguém sabe ao certo quando eles surgiram, mas, nesse período,um grupo de químicos/pesquisadores, de origem árabe, ficaram co-nhecidos como alquimistas. Entre outras coisas, eles tentavam criarouro por meio da transformação de outros metais “menos nobres”.Tomavam como base as ideias de Aristóteles, um filósofo grego queafirmava que tudo que existia na natureza era formado por terra,água, fogo e ar em diferentes proporções. Hoje sabemos que issonão é verdade, e a alquimia nunca conseguiu produzir ouro. Mas re-
sultou das experiências dos alquimistas a descoberta de diversassubstâncias como o arsênico, o fósforo, o nitrato de prata, o acetatode chumbo, o bicarbonato de potássio, os ácidos sulfúrico, clorídrico,canfórico, benzoico e nítrico e os sulfatos de sódio e de amônia.
IDADE MODERNA IDADE CONTEMPORÂNEA
1453 d.C.
Tomada deConstantinopla
1789 d.C.
RevoluçãoFrancesa
Século 13 (XIII)
O homem deu um passo im-portante para a criação do aço(uma mistura de ferro e carbo-no): a produção do ferro es-
ponja. Ela teve início na Índia,por meio de um processo decarbonização (inclusão de car-bono) do ferro conhecido des-de o tempo dos antigos egíp-cios. Depois de forjada comum martelo, uma esponja deferro era colocada entre placas de madeira num cadinho (recipienteusado para fundir metais) que, por sua vez, era posto num forno ecoberto de carvão vegetal para absorver o carbono.
Mas o grande salto nesse sentido só ocorreu mesmo em 1856, quandoa metalurgia finalmente conseguiu fabricar o aço – que é mais resisten-
te que o ferro fundido e pode ser produzido em enormes quantidades.
Cadinho.
Atual
P H O T O L I B R A R Y / L A T I N S T O C K
Na Antiguidade (períodoque vai de 3,5 mil a.C. até
o ano 476 d.C.), gregos eromanos acreditavam queexistiam muitos deuses.A mitologia desses po-vos era riquíssima e seusdeuses eram associados– entre outras coisas – aelementos e fenômenosda natureza. Uma dessasdivindades era um ferreirogigantesco cujas marreta-das na bigorna originariam
os raios das tempestades.Para os gregos, esse deuschamava-se Hefesto; paraos romanos, Vulcano.
Você sabia?
Vulcano forjando os raios de Júpiter ,óleo sobre tela de Peter Paul Rubens,1636-1638, Museu Nacional do Prado,
Madri, Espanha.
© V U L C A N I S F O R G I N G J U P I T E R ’ S W E A P O N S . P
E T E R P A U L R U B E N S / I N T E R F O T O / L A T I N S T O C K
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Será que é importante saber tudo isso? Por quê?
Quando analisamos a trajetória da humanidade, desco-brimos muitas coisas e podemos perceber como os acon-tecimentos do passado moldam o mundo (incluindo as
relações sociais e de trabalho) do presente.
Existem vários modos deprodução (escravista, capi-talista, socialista etc.). Ca-da um é formado por umconjunto de forças pro-dutivas e pelas relaçõestécnicas e sociais que de-terminam essas forças. Ocapitalismo, por exemplo,tem como protagonistasdas forças produtivas ospatrões e os empregados.
Você sabia?
PRÉ-HISTÓRIA ANTIGUIDADE IDADE MÉDIA
476 d.C.
Queda doImpério Romano
Idade Moderna
Apesar de a Revolução Francesa ser um marco do final da IdadeModerna, vários acontecimentos já sinalizavam a transição queocorria nesse período. Estava sendo gestado um novo modo deprodução, que prevalece até os dias de hoje: o capitalismo. E muitasmudanças ocorreram:
• no campo da economia, com a expansão comercial e a conquista
de novos mercados por meio da expansão marítima (as navegaçõesque levaram à conquista da América, por exemplo);
• no campo da cultura, com o Renascimento (cuja liberdade esté-
tica propiciou a criação de obras como a Mona Lisa , de Leonardoda Vinci, e a escultura Pietá, de Michelangelo);
• na religião, com a Reforma Protestante (que pôs fim ao poder
irrestrito e a muitos desmandos da Igreja Católica); e
• na política, com o surgimento dos Estados Modernos (países comfronteiras bem definidas, idioma oficial, uma só legislação) e dasmonarquias absolutistas.
O desenvolvimento desse novo modo de produção contou com a ajudada metalurgia. À medida que o capitalismo – essa nova forma de fazereconomia – evoluía, também evoluíam as técnicas utilizadas na meta-lurgia. Mais tarde, em uma outra Idade, a Contemporânea, essas téc-
nicas fariam toda a diferença na conhecida Revolução Industrial.
Idade Contemporânea
O homem conseguiu unir a evolução tecnológica às últimas des-cobertas da metalurgia para promover um desenvolvimento indus-trial tão grande a ponto de ser conhecido como uma revolução: aRevolução Industrial. Mas, sobre esse capítulo da história, falaremosmais tarde. Antes, é preciso entender melhor como, na história dametalurgia, aqueles instrumentos de cobre se transformaram emprodutos sem os quais hoje não conseguimos viver. Das primeiras
experiências, na Idade dos Metais, à criação do aço, há um longocaminho a percorrer!
3,5 mil a.C.
Surgimentoda escrita
+ 5 milhõesde anos atrás
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Prise de la Bastille
, gravura de Francois-Hippolyte Lalaisse (1812-1884). A Bastilha era uma prisão onde ficavam confinados os inimigospolíticos do rei Luís XVI. Sua tomada, liderada pelo povo parisiense em 14 de julho de 1789, marca o início da Revolução Francesa.
IDADE MODERNA IDADE CONTEMPORÂNEA
1453 d.C.
Tomada deConstantinopla
1789 d.C.
RevoluçãoFrancesa
Atual
© M O N A L I S A ( 1 5 0 5 ) . L E O N A R D O D A V I N C I / W I K I M E D I A . O R G
D E S E L V A / C O R B I S / C O R B I S ( D C ) / L A T I N S T
O C K
© P I E T Á ( 1 4 9 9 ) . M I C H E L A N G E L O D I L O D O V I C O B U O N A R R O T I / W I K I M E D I A . O R G
A pintura La Gioconda , óleo sobre tela (1503-1506):popularmente conhecida comoMona Lisa , de Leonardoda Vinci, é um dos principais símbolos do Renascimento.Hoje faz parte do acervo do Museu do Louvre, em Paris.
Outro ícone renascentista: a Pietá (1499-1500), de Michelangelo Buonarroti, foi esculpidaem mármore e representa Cristo morto nos braços da Virgem Maria. A obra fica expostana Basílica de São Pedro, em Roma.
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Atividade 1
RESGATE HISTÓRICO
O que você descobriu com este resgate histórico? Debata com os colegas, sob a
orientação do monitor.
Não é possível entender completamente a importância da metalurgia sem ter em menteo que é trabalho. Podemos dizer, de um modo bem simplificado, que trabalho é oato de transformar a natureza. Ele acontece, por exemplo, quando usamos uma torade madeira para fazer um banco ou algum metal para moldar um trinco de porta. Ao longo do tempo, o homem foi ampliando seus saberes e criando novas maneirasde aplicá-los. A Idade dos Metais, sobre a qual vamos falar a seguir, marca uma fase
da capacidade humana de transformar a natureza e, portanto, do seu trabalho.
A Idade dos Metais
Foi o uso de materiais metálicos como o bron-ze e o ferro pelo homem pré-histórico que deunome ao período hoje conhecido como Idadedos Metais. Considerada a última fase da Pré-
-História, ela marca o início do domínio das téc-nicas de trabalho com metais fundidos pelo Homosapiens (em latim, homem inteligente). Nessa épocanossos antepassados aprenderam a transformar,por meio de seu trabalho, um recurso natural atéentão pouco conhecido. Você pode imaginar qual aimportância dessa conquista? Ela foi fundamentalpara as sociedades que surgiram depois.
A partir do momento em que o homem dominoutécnicas de fundição (processo pelo qual os metaissão aquecidos e passam para o estado líquido, eque ainda hoje é utilizado na indústria metalúrgica, como veremos na Unidade 3),conseguiu criar ferramentas para facilitar sua vida. As práticas da agricultura e da
caça foram bastante aperfeiçoadas na Idade dos Metais com a criação de instrumen-tos que as auxiliavam. Também a produção de armas foi uma das áreas que mais
se desenvolveu e influenciou acontecimentos futuros. O domínio sobre os metaismudou as formas de disputa entre as comunidades: as primeiras guerras já contaram
com o desenvolvimento de armas metálicas.
Ferramentas Pré-Históricas: produtos da Idade dos Metais.
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Atividade 2A REVOLUÇÃO DOS METAIS
Tente imaginar o impacto que o desenvolvimento de ferramentas e outros instrumentosmetálicos provocou no cotidiano dos homens pré-históricos. Se possível, reforce essasnoções com uma pesquisa orientada pelo monitor. Escreva abaixo as informações
que apurar e, depois, compare-as com os resultados obtidos por seus colegas.
Importante
Os historiadores dividem a Pré-História em três períodos: o Paleolítico (que
já foi popularmente conhecido como Idade da Pedra Lascada), o Neolítico
(também chamado de Idade da Pedra Polida) e a Idade dos Metais. No
Paleolítico, nossos antepassados não tinham moradia fixa, deslocando-se
constantemente atrás de alimento. O chamado “homem nômade” não
praticava a agricultura nem criava animais. Quando os alimentos se esgo-
tavam, ele se mudava para outra região. Foi no Período Neolítico que teve
início o sedentarismo humano, isto é, sua fixação em um lugar.
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Idade do Cobre (6000 a.C. a 3500 a.C.)
A Idade do Cobre também poderia ser chamada de Erada Agricultura, pois, paralelamente ao domínio da ex-
tração (retirada da terra) e da manipulação desse metal,o cultivo de alimentos passou a ser fator determinantepara a organização da sociedade. Canais de irrigaçãotornavam férteis as terras áridas e montanhosas; casasfeitas de galhos e argila ganhavam a resistência de tijolosmoldados; a escrita pictográfica, baseada em desenhos,evoluía. Esse fato marcou um novo momento na históriada humanidade. As ideias passavam, assim, a ser maisbem expressas e articuladas.
Os instrumentos feitos de pedra, ossos e madeira foramdeixados de lado gradativamente enquanto o homemdescobria as possibilidades oferecidas pelo cobre. Essematerial tinha maleabilidade, flexibilidade. Podia ser fun-dido, moldado e remoldado até assumir novas formasque facilitavam, por exemplo, o trabalho com a terra eajudaram no desenvolvimento da agricultura. O homemtambém passou a moldar, no metal endurecido após o
resfriamento, um fio capaz de cortar.Para a humanidade, antes limitada ao uso da pedra,o cobre representou um gigantesco salto tecnológico.Movidos pela curiosidade, nossos antepassados fizeramdiversas experiências – e esse período foi fechado com adescoberta de que se podia misturar o cobre com outrosmetais, como o chumbo. A produção do bronze, umaliga formada por cobre e estanho, representou um novo
passo nessa evolução.
Idade do Bronze (3500 a.C. a 2000 a.C.)
A Idade do Bronze coincidiu com mais um conjunto deavanços e conquistas bastante significativos para a espéciehumana. A escrita tornou-se mais simples e objetiva. Umsistema numérico foi desenvolvido para acompanhar a
evolução nos mais variados setores. E a construção de
Os metais puros têmpouca utilidade para nós.Em geral, eles são com-binados com outros me-tais nas chamadas ligas.Veremos esse assuntocom mais detalhes na
Unidade 3.
Você sabia?
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Foi na Idade do Bronze quese criou a roda, uma dasinvenções de maior impac-to sobre a humanidade.
Você sabia?
grandes obras e templos (as pirâmides egípcias, por exem-plo) exigiu a padronização de pesos e medidas. Antes daIdade do Bronze, os métodos de medição de grandezaseram bastante simples e pouco precisos: as pessoas usa-
vam partes do próprio corpo, como as dimensões do pé,a largura da mão, a grossura do dedo, o tamanho dopalmo e dos passos e até o comprimento do nariz! Comisso, cada indivíduo tinha uma medida diferente para amesma coisa. E dá para imaginar como devia ser difícilchegar a um acordo...
Um grande progresso também ocorreu na metalurgiadurante esse período. A partir do bronze, implementos
feitos de metais se multiplicaram e o conhecimento dasligas – e de suas características – foi sendo aprimorado pelohomem. O bronze começou a ser utilizado para produzirdiversos instrumentos, principalmente armas.
Arma fabricada durante a Idade do Bronze: na época, os instrumentos metálicos se multiplicaram.
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Fundição, em instituto de pesquisa, com a ajuda de um cadinho.
Alguns povos do OrienteMédio, que viviam na re-gião onde hoje f ica a Tur-quia, já usavam técnicasde metalurgia do ferro em1400 a.C. (antes de Cristo).Eles fabricavam armasque os transformaram emguerreiros poderosos.
Você sabia?
I V A N C A R N E I R O
Idade do Ferro (1200 a.C. a + 1000 d.C.)
Com os primeiros experimentos, o homem logo percebeuuma grande vantagem do ferro sobre o cobre e o bronze:
sua abundância na natureza. Por esse motivo, desde maisou menos 1200 a.C. (antes de Cristo), ele se tornou um dosmateriais mais presentes na civilização. Naquele tempo,porém, as fornalhas não atingiam as temperaturas neces-sárias para a fundição do ferro. Por causa dessa limitação,surgiu o ferro forjado – que é aquecido e depois moldadoa golpes de martelo.
Diferentemente do que ocorreu com o cobre e o bronze,
reservados aos grupos mais abastados, o ferro era acessívelàs camadas pobres da sociedade. Isso porque tanto a ob-tenção do metal quanto sua moldagem envolviam custosbaixos. Camponeses passaram a usar machados e arados deferro, e os artesãos, as mais diversas ferramentas. As guerrasentre os povos se deram com maior igualdade bélica, jáque todos podiam, finalmente, forjar as próprias armas.
Ainda hoje é possível encontrar fábricas e institutos de
pesquisa que utilizam a antiga técnica de fundição de metaiscom a ajuda de um cadinho. Esse conhecimento, que hámuito tempo vem sendo aplicado, ainda tem lugar, mesmonas fundições mais bem equipadas.
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O homem transforma a natureza e, ao mesmo tempo, se transforma. Transforma osseus instrumentos, os métodos e as relações de trabalho.
Enquanto aprimoravam-se as técnicas que levaram os homens ao domínio dos me-
tais, o trabalho era artesanal e o sistema de trocas foi organizado gradativamente.Com esse sistema, as pessoas trocavam mercadorias entre elas. Cada um produziapara sustento próprio e o que sobrava era trocado com os demais. Essa forma detroca, associada ao fato de alguns produtos passarem a ter mais procura que outros,abriu caminho para mais uma invenção que envolveu a transformação dos metais:a moeda. Isso aconteceu por volta dos anos 500 a.C. a 400 a.C. (antes de Cristo).Com o advento do dinheiro, os metais foram adquirindo um valor muito maior.
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Moeda de Lesbos, Grécia, cerca de 500-450 a.C. Moeda de Creta, Grécia, de 300 a 270 a.C.
Muito tempo depois, já na Idade Média, surgiram as “oficinas artesanais”, comalgumas características da indústria – que só apareceria séculos mais tarde: haviao mestre (geralmente um pai de família), o artífice ou companheiro (o filho maisvelho) e o aprendiz (o filho mais novo). Onde se trabalhava com metais, podemosimaginar que existia um espaço de testes e ensaios, que serviam para verificar se osprodutos estavam bons para o uso. Esse local de testes poderia ser chamado, nostermos de hoje, de laboratório metalúrgico. A profissão que você pretende seguirganhava, assim, um lugar na história.
É possível que o homem da Idade dos Metais não tivesse grandes preocupações emtestar previamente a qualidade de seus produtos. Tal cuidado, no entanto, ocupavaa rotina dos artesãos medievais. Os pré-históricos experimentavam suas criaçõesno dia a dia, contavam com a sorte e não aplicavam testes para verificar se seusartefatos estavam adequados. Diferentemente, os mestres das oficinas procuraramdesenvolver técnicas e procedimentos para observar a qualidade do que produ-ziam. Assim, deram origem às atividades que são a razão de ser dos laboratóriosmetalúrgicos de hoje.
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É importante saber que, nessas oficinas, todos conheciamo trabalho do princípio ao fim e participavam de cadaetapa de produção até que a arma, a ferramenta, o utensílioou o ornamento fosse finalizado. Porém, fatores variados –entre os quais a ampliação das relações mercantis, por
exemplo – levaram a uma mudança nos processos detrabalho. A produção passou a ser dividida em etapas,dando origem ao trabalho especializado: se, no início, aequipe toda participava de todas as fases de fabricação deum produto, mais tarde, cada um passou a exercer uma sótarefa. Essa transformação foi um dos fatores que criaramcondições para a Revolução Industrial.
A Revolução Industrial A palavra “revolução” tem, entre outros significados, osentido de grande transformação, mudança expressiva. Eo que foi a Revolução Industrial? Um conjunto de mu-danças que aconteceram ao mesmo tempo na economia,no modo de vida das pessoas, na política e, também,nas artes. Mas vamos nos concentrar naquilo que é maisimportante para este curso: as mudanças no modo de
produção de bens e mercadorias.
Você conhece o guerreiro Asterix,personagem de quadrinhos criado
por René Goscinny e AlbertUderzo? Seus álbuns – que
podem ser encontradosfacilmente em bibliotecas
públicas – narram as aventuras deum grupo de gauleses que, pouco
antes do nascimento de Cristo,resiste ao domínio de Roma. Ashistórias, embora divertidas, são
totalmente fictícias, pois oImpério Romano conquistou toda
a Gália (atual França) com umpoderio militar que, entre outrascoisas, incluía armas metálicasfabricadas por meio de técnicas
ignoradas por outros povos.
Soldado romano enfrentando guerreiro gaulês na Antiguidade: armas eram testadas no campo de batalha.
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As primeiras máquinas a vapor, que usavam carvão comocombustível, surgiram no século 18 (XVIII) na Inglaterra– país rico em carvão mineral e ferro. Essa conquista tec-nológica marcou o início do que seria a chamada PrimeiraRevolução Industrial.
As indústrias foram diretamente responsáveis pelo cres-cimento das cidades, pois, naquela época, muita gentedo campo precisou deixar o local onde vivia e migrar
para os centros urbanos em busca de trabalho. E oaparecimento das primeiras metrópoles gerou problemas(e agravou outros) como alcoolismo, prostituição, fome,desemprego etc.
No entanto, as mudanças não pararam e, em 1860, veiouma Segunda Revolução Industrial. Se no século ante-rior a novidade foi o uso do carvão para movimentar asmáquinas, agora era vez da descoberta da eletricidade e
do uso do petróleo. Você pode se aprofundar no assunto
Londres nos tempos da Primeira Revolução Industrial: muitos trocaram o campo pela cidade em busca de trabalho.
Uma vez extraído da na-
tureza, o minério de fer-ro tem endereço certo: ausina siderúrgica, onde étransformado em aço. Es-se processo leva o nomede redução. Você saberámais sobre as proprieda-des do aço na Unidade 3.
Você sabia?
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consultando o Caderno do Trabalhador 1 – ConteúdosGerais, no tema “História do trabalho”. Neste nosso cursointeressa, principalmente, saber que a transformação doferro em aço permitiu aumentar e variar toda a forma
de produção. Isso porque a nova liga metálica era maisresistente e durável, proporcionando, por exemplo, a cria-ção de enormes estruturas industriais: as máquinas queajudavam a fazer novas máquinas.
Vamos agora dar mais um salto no tempo e visitar umamontadora de automóveis norte-americana no início doséculo 20 (XX), a Ford, que pôs em prática um novo
jeito de trabalhar. Para produzir um de seus carros,
o célebre Modelo T, Henry Ford (nascido em 1863 efalecido em 1947), dono da fábrica, decidiu que as peçasiriam até os operários (por meio de instalações móveisque compunham a chamada linha de montagem) e nãoo contrário, como era feito até então. Com isso, ganhava--se tempo, e cada trabalhador só poderia parar quandoseu chefe permitisse.
É fácil perceber como o dia a dia do profissional de me-
talurgia mudou após a invenção das linhas de montagem.
FilmeTempos Modernos –
Nesta comédia de 1936, o atorCharles Chaplin (que também dirigea trama) interpreta um operário quetem como função apertar parafusosem uma grande indústria. Mas as
peças avançam numa esteirarolante em alta velocidade, num
ritmo que o personagem nãoconsegue acompanhar. O filme
mostra, de modo divertido, comotodos trabalhavam de forma
mecânica e sem descanso.
Henry Ford, criador da linha de produção, e seu Modelo T: na montagem dos carros, as peças iam até os operários.
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Atividade 3
1. Laboratórios metalúrgicos de ontem e de hoje
Como você imagina que, em diferentes momentos da história, eram testadas aresistência e a eficiência das espadas de batalha? Será que havia um tipo de localespecífico para essa experimentação, como um laboratório? Escreva abaixo assuas conclusões.
2. Vida de operário
Sob a orientação de seu monitor, faça uma pesquisa na internet sobre as condições
de vida dos operários na época da Primeira Revolução Industrial. As relações de
trabalho mudaram dessa época para os dias de hoje? Em quais aspectos? O quemudou e o que permaneceu igual?
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3. Objetos metálicos
Você conhece algum objeto que, no passado recente, era fabricado com um tipode metal e que hoje é produzido com outra matéria-prima? O ferro de passarroupas é um bom exemplo disso: no tempo dos nossos bisavós, era mesmo feitode ferro. Mas agora, apesar de manter o nome, ele tem o corpo de plástico e abase de aço inoxidável.
Procure lembrar-se de outros casos e aponte as possíveis vantagens e desvantagensdessas mudanças.
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O Barroco é um estilo ar-tístico surgido no século16 (XVI) que se manifes-tou principalmente naarquitetura, na pintura ena escultura. Suas carac-terísticas mais marcantes
são a valorização dos de-talhes, dos ornamentos edas linhas curvas. Nas Vi-las do Ouro, há belíssimasconstruções nesse estilo,especialmente igrejas,decoradas com painéispintados por Manuel daCosta Ataíde e com es-culturas moldadas porAntonio Francisco Lisboa,o Aleijadinho.
Você sabia?
À esquerda, interior da Igreja de São
Francisco de Assis, em Ouro Preto.Acima, escultura de Aleijadinho.
A metalurgia no Brasil
Rico em recursos naturais, o Brasil passou quase 300 anosde sua história fornecendo metais para a Europa. Isso acon-
teceu durante todo o período em que foi colônia de Portugal,entre 1500 e 1822. A descoberta de grandes reservas de ouroem Minas Gerais, no final do século 17 (XVII) e no iníciodo século 18 (XVIII), fez daquela região o centro da eco-nomia do país. Embora quase toda a produção desse metalfosse enviada para o Velho Mundo, retirando do Brasil amaior parte da riqueza gerada, as áreas que concentravamas minas mais ricas deram origem às chamadas Vilas doOuro, entre as quais se destacam as atuais cidades de Ouro
Preto, Mariana, São João del Rei, Sabará, Tiradentes eDiamantina. Nesses lugares, o ouro financiou a construçãode belíssimas igrejas em estilo barroco.
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A produção de ouro começou a diminuir na década de1750. Para compensar a queda em seus lucros, Portu-gal passou a cobrar impostos ainda mais altos sobre aextração desse metal.
Em outras palavras, a Coroa não aceitava que as reservas dasMinas Gerais estivessem diminuindo. E, em vez de tomarmedidas que melhorassem a situação, instituiu a chamada“Derrama”, exigindo de cada região produtora o pagamentode 100 arrobas (1.500 quilos) do metal – além do “Quinto”,imposto de 20% sobre o ouro encontrado, que já era cobradoaté então. Quando a região não conseguia cumprir a cota,soldados invadiam as casas dos moradores e retiravam seus
pertences até completar o valor devido.Essa medida, associada à proibição de que a colônia de-senvolvesse atividades produtivas – o que diminuiria suadependência de Portugal –, causou revolta entre a elite mi-neira: fazendeiros, escritores, donos de minas e militares.Reunidos e organizados, eles começaram a discutir comotornar o Brasil um país independente. Esse movimentoficou conhecido como Inconfidência Mineira.
Em 1789, a tentativa de rebelião foi abortada e suas li-deranças, acusadas de infidelidade ao rei. Parte desseslíderes foi exilada do país. Joaquim José da Silva Xavier,o Tiradentes, foi executado, sendo o dia 21 de abril –aniversário de sua morte – comemorado como uma datahistórica no Brasil, um exemplo de luta contra a tirania.
FilmeO longa-metragem Tiradentes ,
dirigido por Oswaldo Caldeira em1999, mostra a Inconfidência
Mineira por um ângulo diferentedaquele que os livros escolares
geralmente apresentam. O filmesugere que Joaquim José da SilvaXavier (interpretado nas telas porHumberto Martins) foi condenadoà morte porque era o único entre
os revoltosos que não tinhagrandes posses.
Entre outras medidas, osinconfidentes pretendiamcriar uma universidade emVila Rica (atual Ouro Pre-to), transferir a capital dacolônia para São João delRei e construir fornos side-
rúrgicos em Minas Gerais.
Você sabia?
Joaquim José, “o Liberdade”Tiradentes (1746-1792), chamado de “o Liberdade” pelos colegas inconfiden-
tes, aprendeu com o tio o ofício de dentista (daí seu apelido mais conhecido).
Também tentou a vida como tropeiro e minerador. Cansado de ganhar mal,
alistou-se no Regimento da Cavalaria e recebeu o posto de alferes (o equiva-
lente, hoje, a subtenente). Chegou a pedir licença da tropa, mas depois retor-
nou. Passou a lutar contra a Coroa ao conhecer as ideias de pensadores como
Rousseau e Montesquieu, que influenciaram a Revolução Francesa.
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Tiradentes esquartejado , óleo sobre tela de Pedro Américo, 1893, Museu Mariano Procópio,Juiz de Fora, MG.
Apesar da fase que envolveu a extração de ouro e da ri-queza gerada por ela, não houve nenhum considerávelprogresso industrial no país até o século 19 (XIX). Até avinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808,era vetada a instalação de fábricas por aqui. Dessa maneira,
os brasileiros consumiam apenas produtos portugueses.
Pedro Américo de Figueiredo
e Melo, autor da tela repro-
duzida ao lado, foi pintor, ro-mancista e poeta. Nascido em
1843 na cidade paraibana deAreia, estudou na AcademiaImperial de Belas Artes, no
Rio de Janeiro, e aperfeiçoou-
-se em Paris. Admirado porDom Pedro II, o artista se
tornou conhecido por retratar
cenas históricas como A Ba- talha do Avaí (1877), quadro
exposto no Museu Nacional
de Belas Artes, no Rio, e In- dependência ou Morte (1888),
painel gigante que faz parte
do acervo do Museu Paulista,
em São Paulo. Pedro Amé-
rico morreu em 1905, em
Florença, na Itália.
© T I R A D E N T E S E S Q U A R T E J A D O ( 1 8 9 3 ) . P E D R O A M É R I C O / W I K I M E D I A . O R G
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Mesmo com a chegada de D. João VI e sua corte, a indústria no Brasil não conse-guiu se desenvolver imediatamente. Em 1o de abril daquele ano, a Coroa liberouo estabelecimento de indústrias e manufaturas, mas os produtos brasileiros jáenfrentavam a concorrência das mercadorias inglesas, que entravam no país sem
pagar nenhum imposto. Assim, depois de um período no qual criar indústrias no país era proibido, houvea fase na qual privilégios eram concedidos aos produtos fabricados na Inglaterra,fazendo com que a atividade industrial no Brasil tardasse a se desenvolver.
Alguns historiadores chegam a afirmar que o capitalismo – modo de produção baseadona indústria e no trabalho assalariado – só se firmou no Brasil depois da década de1930, mais de 100 anos após a Proclamação da Independência.
Se considerarmos a indústria metalúrgica, veremos que seu desenvolvimento no paísé posterior a essa data e está fortemente associado às políticas de desenvolvimentoimplementadas por dois presidentes: Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Operários em frente a uma fábrica paulista fundada no século 19 (XIX): a indústria metalúrgica se desenvolveu bem depois.
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Getúlio Vargas e uma antiga máquina de laminação da Companhia Vale do Rio Doce, criada por ele em 1942: investimento pesado em infraestrutura.
A Era Vargas
Vargas ficou no poder por 15 anos (de 1930 a 1945),comandando o país de forma ditatorial – sem que ocor-
ressem eleições e sem permitir manifestações políticas deoposição nem a expressão da população. Depois, voltoueleito ao poder, governando entre os anos de 1951 e 1954.
Durante sua primeira passagem pela presidência daRepública, Vargas deparou-se com uma forte crise eco-nômica – efeito da Depressão que se seguiu à quebra daBolsa de Valores de Nova York, em 1929 – e a combateupromovendo o fortalecimento da indústria e investindo
em infraestrutura.De acordo com sua política de desenvolvimento, o governofaria intervenções diretas na economia, com o Estadoficando responsável pela criação de indústrias de base,entre elas a metalúrgica.
Indústrias de base sãoaquelas que produzemmatérias-primas para ou-tras empresas. Tambémconhecidas como indús-trias de bens de produçãoou indústrias pesadas,elas incluem principal-mente os ramos siderúr-gico, metalúrgico, petro-químico e de cimento.
Você sabia?
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Juscelino Kubitschek (em pé, acenando para o público): incentivo à instalação de empresas do setor automobilístico.
Essas indústrias de base, por sua vez, dariam suporte paraque os demais setores industriais se desenvolvessem. Váriasindústrias e diversos institutos de pesquisa, todos estatais,foram criados nesse período.
Entre as empresas públicas fundadas por Vargas pode-mos citar a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), aCompanhia Vale do Rio Doce (1942), a Fábrica Nacionalde Motores (1943-1985) e a Hidrelétrica do Vale do SãoFrancisco (1945). Elas são do ramo de metalurgia e em-pregam auxiliares de laboratório metalúrgico. A instalaçãodessas indústrias fez parte da política de substituição deimportações adotada pelo então presidente.
JK: 50 anos em 5
Juscelino Kubitschek assumiu a presidência da Repúblicaem 1956, após um período de turbulências na política queculminou com o suicídio de Getúlio Vargas em 1954,interrompendo seu segundo mandato. O vice de Vargas,
Substituição de importa-ções é o nome do proces-so econômico que leva ao
aumento da produçãointerna de um país e àdiminuição de suas im-portações. Em outraspalavras, o país passa aproduzir aquilo que vaiconsumir para não preci-sar comprar os produtosde fora, valorizando, as-sim, a indústria nacional.
Você sabia?
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A fundação de Brasília,que substituiu o Rio deJaneiro como capital fe-deral, ocorreu em 21 deabril de 1960, durante apresidência de JK. A pro-
messa de deslocar o nú-cleo do poder políticopara o Planalto Centralera uma das metas do pla-no “50 anos em 5”.
Você sabia?
Café Filho, chegou a comandar o governo, mas foi afasta-do pouco mais de um ano depois por problemas de saúde.
JK, eleito em 1955, seguiu uma política considerada
“desenvolvimentista” e dizia que sua meta de governoera fazer o Brasil avançar “50 anos em 5”. A promessaentusiasmou o país.
Na economia, a proposta de Juscelino era dar continuidadeao desenvolvimento industrial (e acelerá-lo) e, para isso,tinha como um de seus focos as indústrias de base, o que,como já vimos, envolve a área metalúrgica.
Mas o governo também apostou na atração de investimen-
tos estrangeiros, incentivando a instalação de empresasinternacionais, principalmente do setor automobilístico.Isso levou o país a criar uma enorme dívida com conse-quências sérias para as décadas seguintes.
O projeto urbanístico de Brasília, que lembra um avião, coube a Lúcio Costa. Já o arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos danova capital, como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a Catedral de Brasília.
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De 1964 a 1984, o Brasil mergulhou num dos capítulosmais sombrios de sua história: uma ditadura militar reple-ta de censura, violência e repressão. Você pode recordar
o assunto consultando o Caderno do Trabalhador 5 –Conteúdos Gerais, no tema “Repassando a história”.
Em 1968, em represália contra os opositores, o gover-no baixou o Ato Institucional no 5 (ou AI-5), medidaque suprimiu as liberdades políticas e de expressão dosbrasileiros. Qualquer ação considerada subversiva pelosagentes do poder poderia resultar em prisão, tortura,extradição e até morte.
Dez anos depois da publicação do AI-5, em 12 de maiode 1978, mais de 3.000 metalúrgicos de uma monta-dora de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, desafiaram a truculência dos generais:eles entraram na fábrica, mas deixaram as máquinasdesligadas. Tinha início, então, a primeira de uma sériede greves organizadas pela categoria, que se estenderam
A região conhecida comoABC Paulista englobaos municípios de SantoAndré, São Bernardo doCampo e São Caetano doSul. Também há quem se
refira ao ABCD, que incluia cidade de Diadema.
Você sabia?
Trabalhadores da metalurgia na redemocratização do país
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Operários de São Bernardo do Campo em greve, no final da década de 1970: símbolo da luta contra a ditadura militar.
até o ano seguinte. Aumento salarial e melhores condições de trabalho estavamna pauta de reivindicações. Entretanto, mais do que as demandas relacionadasdiretamente ao trabalho, as mobilizações dos grevistas das indústrias metalúr-gicas em São Paulo (e depois em Minas Gerais) tornaram-se símbolos da luta
pela redemocratização do país, já que, na época, o Estado vetava manifestaçõespúblicas. Entre outras lideranças, o movimento dos operários do ABC revelou oentão torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva, que, anos mais tarde, chegariaà presidência da República por meio do voto.
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Atividade 4REFLEXÃO
Com a supervisão do monitor, você e seus colegas vão debater a importância dosmovimentos grevistas dos metalúrgicos durante a ditadura militar e as vitóriasconquistadas pela categoria em consequência disso. E o país, o que ganhou amédio e longo prazo?
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UNIDADE 2
A profissão de auxiliar de
laboratório metalúrgico
A ocupação do auxiliar de laboratório metalúrgico pode receber,no Brasil, outros nomes, como auxiliar técnico laboratoristaindustrial, assistente técnico de laboratório ou, simplesmente,auxiliar de laboratório.
Mas o que faz esse trabalhador? Por ora, é importante sabermosque cabe a ele, entre outras coisas, preparar o equipamento pararealização de ensaios ou testes feitos nos laboratórios de ensaiosmecânicos. Isso quer dizer que, além de verificar se um corpode prova – nome que se dá ao produto a ser analisado – está deacordo com os padrões fixados pela Associação Brasileira deNormas Técnicas (ABNT), ele vai fixá-lo no equipamento pró-prio para realizar esses testes (a chamada máquina universal de
ensaio). A forma como funciona esse equipamento será analisadaem detalhes no segundo volume deste curso.
Importante
A ABNT é o órgão responsável por definir todas asnormas que são utilizadas em áreas profissionais(construção civil, metalurgia etc.), cujas técnicas devem
ser padronizadas, ou seja, ter um único modelo nopaís. Com isso, ela fornece uma das bases necessárias
ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É umaentidade privada e sem fins lucrativos.
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Embora as empresas adotem nomes diferentes para essafunção, o Ministério do Trabalho e Emprego produzum documento que organiza as diversas categorias pro-fissionais e ajuda o trabalhador a orientar-se no mercado.
Esse documento é a Classificação Brasileira de Ocupa-ções (CBO). Ele descreve 2.422 ocupações e diz o que épreciso para exercê-las: a escolaridade necessária, o quecada profissional deve fazer, onde pode atuar etc. Entre asinformações que constam nesse documento, existe umaque nos interessa definir neste momento: quem é o auxiliarde laboratório metalúrgico.
De forma resumida, a CBO indica o que faz o laboratorista
industrial. Agrupamos aqui suas atribuições por temas:
Formação/qualificação profissional
• Apresentar ensino médio concluído.
• Apresentar curso básico de qualificaçãoprofissional de 200 a 400 horas-aula.
• Desempenhar atividades por um ou dois anos
para conseguir experiência profissional.
Atitudes pessoais
• Manter concentração.
• Saber trabalhar sob pressão.
• Manter disciplina e organização.
Atitudes profissionais
• Trabalhar em equipe.
• Demonstrar ética profissional.
• Estar disponível para trabalhar em sistema derodízio de turnos (diurno/noturno).
A descrição de cada ocu-pação da CBO é feitapelos próprios trabalha-dores. Dessa forma, te-mos a garantia de que asinformações vêm de quematua no ramo e, portanto,conhece bem a profissão.Você pode consultar es-se documento na íntegraacessando o site : www.mtecbo.gov.br.
Você sabia?
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Existem empresas quefornecem capacitação pa-ra trabalhadores dessaárea quando já estão con-tratados. Quando vocêestiver procurando em-prego no setor, procuresaber quem oferece opor-tunidades de formação.
Você sabia?
As atividades do auxiliar de laboratório metalúrgico po-dem ser bastante diversificadas, dependendo da parte do
processo produtivo em que ele atua e também do tipo deproduto fabricado ou do serviço prestado pela empresa.Isso porque o laboratório metalúrgico tem um leque deatividades muito grande. O auxiliar atuará de um mododiferente, por exemplo, em indústrias metalúrgicas quetrabalham na extração de metais, na transformação ouna aplicação. Da mesma forma, uma grande empresapode ter diversos laboratórios, cada um desenvolvendo
um conjunto diferente de atividades.
Auxiliar de laboratório metalúrgico em ação: atividades bastante diversificadas.
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Independentemente disso, todos os laboratórios continuamsendo lugares onde se fazem ensaios e testes. Como au-xiliar de laboratório metalúrgico, você atuará na rotinadesses locais, ajudando os demais profissionais que ali
trabalham: técnicos, analistas, engenheiros e, no caso dasescolas técnicas e universidades, professores.
A importância do auxiliar nessa equipe se dá por suaatuação na chamada fase primária de um trabalho, ouseja, no início de uma tarefa, que, geralmente, é umaanálise laboratorial. Essa fase é extremamente impor-tante, pois um simples erro de coleta de amostras ou apreparação inadequada do material a ser verificado pode
resultar em uma conclusão totalmente errada, gerandoproblemas mais adiante, no momento de fabricar umapeça metálica.
Podemos comparar essa situação à de um tratamentomédico: um erro num ensaio de laboratório seria equi-valente a receber um resultado alterado ao fazer examede sangue. Por exemplo: se o resultado do exame indicaalgum problema com a quantidade de açúcar que a pessoa
tem no sangue (ou seja, na sua taxa de glicose), o médicotomará suas decisões com base nisso, podendo até trataro paciente como diabético, sendo que ele está saudável.E tudo por conta de um erro de análise.
Importante
Na Unidade 3, você saberá detalhes sobre osvários segmentos da metalurgia: metalurgia ex-
trativa, metalurgia de transformação, beneficia-
mento, montagem, serviços, ensino e pesquisa.
DICAVocê vai saber mais sobre a coleta
de amostras para ensaios nosegundo volume deste curso.
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Quando uma indústria –uma montadora de auto-móveis, por exemplo –descobre que colocou nomercado um lote de pro-dutos com defeito de fa-bricação, deve fazer ochamado recall , que é aconvocação dos consumi-dores que adquiriramessa mercadoria para que
ela seja consertada gra-tuitamente (se for o caso,substituindo as peçasdefeituosas).
Você sabia?
Atividade 1FUNCIONAMENTO INADEQUADO
Organizados em duplas, você e seus colegas vão imaginaruma fábrica que produz peças de automóveis, e que man-tenha um laboratório que não funcione adequadamente.Listem as consequências da fabricação de uma barra dedireção que rompa quando uma pessoa estiver dirigindo.
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No início de um processo de análise, o objetivo é ge-ralmente determinar as propriedades dos materiaismetálicos, produzindo informações na forma de rela-tórios de laboratório, boletins técnicos, laudos e outrostipos de documentos ou registros que são comuns nesses
tipos de situação.O auxiliar deve dar a base prática – ou seja, “prepararo terreno” – para que a análise aconteça. Por isso, suaatividade pode variar. Ele pode ser requisitado para cortarpedaços (amostras) de uma barra metálica que será anali-sada, realizando sua correta identificação, ou para ajudarnos testes que definirão a qualidade dessa matéria-prima(o metal) ou, ainda, do produto final fabricado a partir
do material testado.
O fato de sua função ser diversificada não diminui o graude responsabilidade da atividade.
O grau de dificuldade também pode variar. A preparaçãode amostras a serem ensaiadas parece um processo simples,mas pode ser complicado, pois os chamados corpos deprova — os materiais que serão analisados — em geral
apresentam alguma complexidade em sua preparação.
DICA
Se você tiver contato com alguémque exerça a função de auxiliar delaboratório metalúrgico, pergunte
o que diferencia os relatórios,boletins e laudos com que essapessoa lida em seu cotidiano
profissional. Depois, partilhe comos colegas as informações obtidas.
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Dia a dia
O auxiliar de laboratório metalúrgico trabalha com outros profissionais nas bancadasdos laboratórios de metalurgia, lidando com diferentes equipamentos e realizando
análises. Ele é o profissional que auxilia nos testes dos materiais, verificando se osresultados desses testes podem influenciar de forma negativa ou positiva na realizaçãode um determinado projeto.
Para essa ocupação, é necessária uma boa base de conhecimento técnico, pois váriossaberes serão requisitados no seu dia a dia.
Veja este exemplo: o laboratório que você atua irá analisar uma barra metálica,verificando sua qualidade e se está de acordo com as características desejadas. Comoauxiliar de laboratório, você irá até a linha de produção e cortará uma amostra
da peça. Parece fácil, não é? No entanto, para cortar a peça, é recomendado quevocê evite aquecê-la demais e digamos que, no momento do corte, você a aquecemais do que poderia. Esse processo, chamado de superaquecimento, talvez altere ascaracterísticas da peça e, ao examiná-la, o resultado do teste poderá ser falso. Porisso, neste curso, procuraremos passar a você algumas bases técnicas fundamentaisaté mesmo para realizar procedimentos aparentemente simples.
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Importante
Quando uma empresa contrata os serviços deoutra, falamos que esse trabalho é terceirizado,
ou seja, realizado por um “terceiro”. A finalidade
disso é reduzir os custos, uma vez que a empre-
sa que contrata não precisa ter a estrutura (ins-talações, equipamentos e mão de obra) pararealizar a tarefa encomendada.
Agora reflita: você acha que a terceirização altera
alguma coisa para os trabalhadores? Como ficam
os contratos de trabalho? E os salários?Faça uma pesquisa sobre a questão e depois de-
bata suas conclusões em sala de aula.
Os laboratórios metalúrgicos podem fazer parte dasinstalações de uma indústria do setor ou serem tercei-rizados. Em qualquer dos casos, ele deverá estar pronto
para atender aos pedidos de outras áreas da empresa,que precisará das análises para garantir a qualidade dosprodutos que fabrica. Sempre que ocorrerem estas soli-citações, serão realizados ensaios e análises químicas efísicas de matérias-primas e de produtos, seguindo normastécnicas e ambientais. O laboratório, portanto, tem papelessencial na produção.
Além de preparar material para as análises e realizá-las,
com a supervisão de um técnico, faz parte das atividadesdo auxiliar produzir relatórios, seguindo os procedimentose normas definidos no laboratório.
Ele também participará da manutenção preventiva dasferramentas e equipamentos. Ou seja, ajudará a manteros equipamentos e ferramentas em bom estado, fazendoverificações de tempos em tempos, para que funcionemcorretamente quando forem necessários.
Em metalurgia, a manu-tenção preventiva é feitacom parada programada.São, então, examinadosos pontos críticos dosequipamentos. A inten-ção é evitar a manuten-ção corretiva, que acon-tece justamente porquealguma máquina parou.
Você sabia?
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Como você já sabe, há momentos em que o auxiliar delaboratório é chamado para preparar os corpos de provapara os ensaios. Para isso, deve saber como ler e interpretarum conjunto específico de desenhos e normas. Em algunsmomentos, você vai preparar máquinas, aparelhos e ins-trumentos de ensaios, conforme os padrões estabelecidos,em outros, vai operá-los.
Para lidar com todo o material de um laboratório – quepode ser frágil ou robusto, de tecnologia avançada ousimples –, você terá de se familiarizar com ele. Este cursode qualificação e a experiência durante o trabalho permi-tirão que você ganhe familiaridade com a profissão. Porenquanto, conheça o nome e a utilidade dos principaisequipamentos com que o auxiliar de laboratório meta-lúrgico lida em seu cotidiano.
Cenas cotidianas de profissionais da área: fazendo a preparação da máquina universal de ensaios (à esquerda) e de uma amostra para ensaiometalográfico (à direita).
DICAProcure pesquisar em detalhes, na
internet, as especificações e o
funcionamento das ferramentas edos equipamentos com que oauxiliar de laboratório trabalha.
Nas próximas páginas, vocêencontrará textos resumidos sobre
esses materiais, mas é sempredesejável saber mais, concorda?Os sites de diversos fabricantescostumam trazer informaçõesvaliosas sobre esses produtos.
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Cortadeira – realiza cortes de materialmetálico. É utilizada, principalmente,em amostras nos ensaios metalográficos.
Máquina de embutimento – realizaembutimento de amostras.
Lixadeira politriz – é usada para lixare polir amostras metalográficas.
Máquina universal de ensaios – rea-liza ensaios de tração, compressão,flexão, dobramento e cisalhamento.
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Régua graduada, paquímetro e micrômetro – instrumentos usados emmedições lineares.
Transferidor de grau (ou goniômetro) – realiza medições angulares.
Ultrassom – verifica descontinuidadesinternas no material metálico duranteensaios não destrutivos.
Yoke – equipamento usado na reali-zação de ensaios não destrutivos compartículas magnéticas.
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IVAN CARNEIROIVAN CARNEIRO
STARRET
S TA R R E
T
S T AR R E T
Goniômetro
Micrômetro Transferidor
Paquímetro
Régua graduada
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Atividade 2EQUIPAMENTOS USADOS EM LABORATÓRIOS DE METALURGIA
1. Você conhece o equipamento queaparece na foto ao lado? O nomedele é microscópio. Faça uma pes-quisa na internet para verificar paraque ele serve e como pode ser utiliza-do em um laboratório metalúrgico.
2. Agora você e seus colegas vão discutir as respostas de cada um, de forma coor-denada pelo monitor. Anote aqui as conclusões tiradas pelo grupo.
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P – Qual é o seu nome e o que você faz?
R: Meu nome é Valdemar Carmelito dos Santos e sou auxiliar de labora-tório metalúrgico.
P – Qual é a sua idade?
R: 51 anos.
P – Como iniciou sua carreira?
R: Eu comecei a trabalhar em uma siderúrgica como ajudante industrial.
Logo fui promovido a soldador. Mas não parei de estudar: fiz curso
técnico em metalurgia e curso de capacitação na área de mecânica.
Com isso, consegui ser promovido a auxiliar de laboratório metalúrgico.
P – Há quanto tempo você exerce a profissão de auxiliar de laboratório metalúrgico?
R: Trabalho como auxiliar de laboratório metalúrgico há 13 anos.
P – E hoje em dia, você costuma fazer cursos de especialização?
R: Sim. Na metalurgia, nós temos os cursos de capacitação. Com eles, nós podemos aprender um poucomais da prática da profissão que escolhemos. Eu, por exemplo, já fiz cursos de capacitação para aprender
a utilizar melhor alguns instrumentos do laboratório.P – Onde você trabalha?
R: Eu trabalho na Escola Técnica Estadual Dona Escolástica Rosa, em Santos.
P – Qual a sua função na escola?
R. Sou auxiliar de docente, no laboratório de metalurgia. Eu auxilio os professores nas aulas práticas.
P – O que é preciso para ser auxiliar de laboratório metalúrgico?
R: É preciso ter o curso técnico em metalurgia ou em mecânica. Mas também é importante fazer cursosde capacitação profissional. O que aprendemos nesses cursos é essencial para algumas tarefas que sãorealizadas em um laboratório metalúrgico.
P – Quais são os principais cuidados que se deve ter ao realizar os ensaios?
R: O primeiro cuidado é com a segurança pessoal, mas, sem se esquecer de zelar pela segurança de todosque estiverem com você no momento do ensaio. Para o sucesso da tarefa, é também muito importante
estar atento para não perder as informações fornecidas pelo computador que controla os resultados da
máquina universal.
P – O que é preciso para um auxiliar de laboratório trabalhar no setor de ensino e pesquisa?
R: Em primeiro lugar, gostar do que faz e ter prazer em repassar as suas experiências para os alunos. Semse esquecer, é lógico, de que é preciso se profissionalizar na área de laboratório.
P – Como é o mercado?
R: O mercado é promissor e há muitas oportunidades para quem deseja ser um auxiliar de laboratório.
Atividade 3CONHECENDO A PROFISSÃO
1. Leia a entrevista a seguir. Ela traz o depoimento de um metalúrgico que atuacomo auxiliar de laboratório.
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2. Organizados em trios, você e seus colegas vão entrevistar um profissional da área.Se possível, escolham alguém que atue num bairro próximo à escola. Segue abaixoum roteiro com sugestões de perguntas.
a) Quem é o entrevistado? Qual o seu nome? Onde trabalha?b) Qual sua escolaridade?
c) Há quanto tempo está exercendo essa ocupação?
d) Como é o trabalho que realiza no seu dia a dia?
e) Como aprendeu a ocupação?
f) Quais são as principais dificuldades para exercer o trabalho no dia a dia?
3. Investiguem as oportunidades de trabalho existentes para quem exerce essaocupação.
4. Criem um cartaz com as principais informações levantadas na entrevista (item 2)e na pesquisa (item 3) e exponham os resultados do trabalho para a classe.
Conhecer o que faz um auxiliar de laboratório metalúrgico é importantíssimo paravocê decidir se vai mesmo abraçar tal ocupação.
O mercado de trabalho A economia nacional cresceuem ritmo acelerado nos últimosanos, o que gerou, entre outrosefeitos, um aumento significa-tivo na quantidade de empre-gos na indústria, inclusive nosetor metalúrgico.
A boa notícia inclui a área deatuação do auxiliar de laborató-rio metalúrgico. E o melhor: ocampo de trabalho desse profis-sional vai além das indústrias.O laboratorista pode se dedicara atividades de ensino e pesquisa em escolas técnicas e universidades, por exemplo.
Além disso, pode ocupar uma vaga num laboratório independente que presta serviços
para uma ou mais empresas.
A R T P O S E A D A M B O R K O W S K I / S H U T T E R S T O C K
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Identificando seus saberes
Antes de começarmos a observar de forma mais detalhada cada um dos aspectos daocupação, convidamos você a olhar para seus saberes atuais.
Afinal, você já tem conhecimentos, experiências e percepções que podem ser úteisno dia a dia de um auxiliar de laboratório metalúrgico.
Nossa proposta é identificar esses itens por duas razões.
A primeira delas é que há muitas coisas que já fizemos (ou ainda fazemos) e nãovalorizamos. Certamente você possui saberes adquiridos durante a vida por meio deexperiências e aprendizagens obtidas na escola ou fora dela.
Veja esse exemplo: uma das competências listadas na CBO é “manter disciplina e
organização”. Vamos imaginar, então, a situação a seguir. Você, por algum motivo,está sozinho em casa. E tem uma série de atividades a fazer: arrumar as camas,lavar a louça, pôr ordem na bagunça da sala, preparar seu almoço, fazer compras eguardá-las, revisar o seu currículo, buscar informações sobre empresas de metalurgiaque estão contratando auxiliares, preparar o jantar... – e ainda encontrar tempo paraconversar um pouco com os vizinhos.
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Tudo isso vai exigir de você uma boa dose de disciplina e organização, concorda?Você está acostumado a assumir várias responsabilidades assim em seu cotidiano.
A segunda razão para identificarmos nossos conhecimentos passados e experiências
acumuladas é que isso vai permitir às pessoas da classe partilharem seus saberes unscom os outros. Um ajudará o outro a reconhecer e a extrair, das vivências individuais,saberes que podem ser úteis para a profissão que estão buscando.
Aprender a ouvir é um grande começo. Essa é uma característica importante (evalorizada) quando buscamos uma profissão na qual precisamos lidar com pessoasdiferentes o tempo todo.
Atividade 4
SUA HISTÓRIA DE VIDA
1. Escolha alguém da classe – de preferência, uma pessoa que você ainda não conhecebem – para fazer uma dupla. Um de vocês começa a contar sua vida e o outroanota o que achar relevante. Depois vocês vão trocar de posição. Não deixemnada de fora.
Cada um deve falar sobre seus estudos, trabalhos e bicos; o que faz no dia a dia
(seus hábitos cotidianos); o que gosta de fazer para se divertir e relaxar; o que sabefazer em casa; o que aprendeu um dia, mas hoje não sabe mais fazer etc.
Fale também sobre como você é: do que gosta e não gosta; se você é organizado,dorminhoco, falante etc.
As duplas terão cerca de 40 minutos para cumprir a tarefa. Cada um pode falardurante 20 minutos, mais ou menos, sem ser interrompido pelo outro (a menosque seja para esclarecer dúvidas).
2. Agora que os dois já contaram quem são, que tal organizar essas informações elistar seus saberes?
Vocês devem fazer isso juntos, tendo como base a conversa e as anotações men-cionadas no item anterior. Mas cada um vai escrever no próprio caderno o quedescobriu (ou já sabia) sobre si mesmo.
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Exemplo Minhas características
Até quesérie estudei
Estudei até a sextasérie (parei em 1999).
Cursos dequalificaçãoque fiz
Nenhum.
Saberesrelacionadosàs minhasexperiências
de trabalho
Trabalhei no setorde estoque de umapequena metalúrgica.Fui ajudante de umserralheiro do meu
bairro.
Saberesrelacionadosao meu jeitode ser e de agir
Gosto bastante deconversar.Tenho facilidadepara aprender.
Outras coisas quesei ou aprendi
Sei jogar bola edesenho bem.
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Lembre-se de que existem saberes:
• de tipos diferentes – relacionados à comunicação (falae escrita), aos números, aos esportes, às habilidades
manuais etc.• que aprendemos em lugares diferentes – na escola, no
trabalho, na vizinhança, na reunião da associação debairro etc.
• que aprendemos de maneiras diversas – olhando os outrosfazendo (ou seja, pelo exemplo), lendo, exercitando etc.
Assim como o compositor Noel Rosa cantava que “Ba-
tuque é um privilégio/Ninguém aprende samba no colé-gio”, há coisas que aprendemos depois de treinar bastante(futebol, por exemplo) e outras que aprendemos maisfacilmente na escola quando alguém nos ensina passo apasso (como ler e escrever).
Todos são saberes válidos. Mas, dependendo do quevocê faz, alguns podem ser mais úteis do que outros. Porisso, vamos agora dar mais um passo no reconhecimento
dos seus saberes.
Noel Rosa nasceu no Rio deJaneiro em 1910. Foi compo-sitor e cantor e é considerado
um dos maiores sambistas
brasileiros. Morreu em 1937,
com apenas 26 anos. Mas,
nesse curto tempo de vida,
compôs mais de 250 músicas.
Se possível, ouça – usando
a internet – a canção Feitiode oração , que contém os
versos transcritos abaixo.
A C E R V O I C O N O G R A P H I A
Feitio de oração
Oswaldo Gogliano (Vadico) e Noel Rosa
Quem acha vive se perdendo
Por isso agora eu vou me defendendo
Da dor tão cruel desta saudade
Que, por infelicidade,
Meu pobre peito invade
Batuque é um privilégio
Ninguém aprende samba no colégio
Sambar é chorar de alegria
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia
Por isso agora lá na Penha
Vou mandar minha morena
Pra cantar com satisfação
E com harmonia
Esta triste melodia
Que é meu samba em feitio de oraçãoO samba na realidade não vem do morro
Nem lá da cidade
E quem suportar uma paixão
Sentirá que o samba então
Nasce do coração.
Copyright © 1954 By IRMÃOS VITALE S/A IND. E COMÉRCIO
Todos os direitos autorais reservados para todos os países.
ALL RIGHTS RESERVED. INTERNATIONAL COPYRIGHT SECURED.
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O que diz a CBO
Saberes queeu já tenho
(Inclua aqui tanto os saberes que
você domina – cursos e atividades
que já fez –, quanto os que você
está adquirindo)
O que eupreciso saber
(Inclua aqui tanto os saberes que
você precisa aprimorar, como os
que você precisa aprender –
aqueles que você “tem quecomeçar do zero”)
OKEm
processoPreciso
aprimorarPreciso
aprender
Escolaridade
Ensino Médiocompleto
Capacitação profissional
Curso de qualificação
Participação emeventos e palestras
Estágioem metalúrgica
Consultas em livros epublicações especializadas
Na tabela a seguir, você irá relacionar os seus saberes atuais com aqueles identificadoscomo necessários à ocupação de auxiliar de laboratório metalúrgico.
O objetivo deste exercício é fazê-lo perceber e registrar tudo que precisa aprender
ou aprimorar a fim de trabalhar como auxiliar de laboratório. Faça um x na colunaque descreve sua situação em relação a esses saberes.
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Neste quadro não foram inseridos alguns saberes fundamentais relacionados à ocupaçãode auxiliar de laboratório metalúrgico. Veja a seguir quais são eles.
O que diz a CBO
Saberes queeu já tenho
(Inclua aqui tanto os saberes que
você domina – cursos e atividades
que já fez –, quanto os que você
está adquirindo)
O que eupreciso saber
(Inclua aqui tanto os saberes que
você precisa aprimorar, como os
que você precisa aprender –
aqueles que você “tem que
começar do zero”)
OK Emprocesso
Precisoaprimorar
Precisoaprender
Saberes relacionados à ocupação: atitudes profissionais
Agir com iniciativa
Ler manuais técnicos
Aplicar recursos deinformática como usuário
Atuar com
responsabilidade técnica
Trabalhar em equipe
Respeitar a opiniãodos outros
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1. Executar ensaios metalográficos: interpretar normastécnicas de ensaios e especificações, prover o laboratóriodos materiais a serem analisados, preparar materiaise equipamentos para ensaio; selecionar substâncias
reagentes, preparar e padronizar soluções para aná-lise, executar análises, além de registrar, monitorar einformar os resultados.