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MANUAL DO INSTRUTOR MÓDULO BÁSICO

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MANUAL DO INSTRUTOR

MÓDULO BÁSICO

BORRACHEIRO, ALINHADOR E BALANCEADOR

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Diretoria Executiva Geral

Coordenação de Promoção Social e Desenvolvimento Profissional

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador

Modalidade Presencial

Manual do Instrutor

Módulo Básico

Fale com o SEST SENAT

0800.7282891

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ÍNDICE

Roteiro Didático-Pedagógico1. Grade de Conteúdo.................................................................................06

2. Plano Instrucional ...................................................................................07

3. Instrumentos de Avaliação ......................................................................17

Avaliação Final.................................................................................17

Avaliação de Reação .......................................................................18

4. Técnicas Instrucionais.............................................................................19

5. Listagem de Recursos Didáticos.............................................................22

6. Atividades de Aprendizagem ..................................................................23

Desenvolvimento do Conteúdo1 - VISÃO INTEGRADA DOS SISTEMAS DE TRANSPORTE.....................29

2 - INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL..................................42

3 - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO................................................50

4 - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL....................................................61

5 - ATENDIMENTO AO CLIENTE.................................................................69

6 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL........................................................................70

7 -INFORMÁTICA BÁSICA............................................................................78

8 - COMUNICAÇÃO VERBAL E ESCRITA...................................................80

9 - A HISTÓRIA DOS PNEUS.......................................................................101

Bibliografia ....................................................................................................................104

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 3

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Grade de Conteúdo

Curso: Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador

Carga Horária: 70 horas

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Unidades Carga Horária

Visão Integrada dos Sistemas de Transporte 6h

Informação e Orientação Profissional 4h

Saúde e Segurança no Trabalho 4h

Relacionamento Interpessoal 4h

Atendimento ao Cliente 4h

Educação Ambiental 4h

Informática Básica 30h

Comunicação Verbal e Escrita 12h

A História dos Pneus 2h

2. Plano instrucionalCurso: Borracheiro, Alinhador e BalanceadorMódulo BásicoCarga Horária: 70 hObjetivo Geral: Proporcionar condições para que o aluno adquira os conhecimentos e desenvolva as habilidades e atitudes necessárias ao exercício das atividades de Borracheiro, Alinhador e Balanceador.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 5

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Unidade 1 - Visão Integrada dos Sistemas de Transporte

CONTEÚDO CHProcedimentos de

ensino

Recursos

DidáticosAvaliação

1.1. A Relevância do Transporte e sua Evolução

1.2. A Importância do Transporte para a Sociedade

30 min

30 min

Apresentação do instrutor.Aplique a técnica instrucional nº 1.Exiba o vídeo institucional do SEST/SENAT.Apresente para o grupo o contrato de trabalho como horário das aulas, pontualidade, e demais itens que sejam importantes para o bom andamento do curso.

Faça uma exposição sobre a evolução do transporte no Brasil e no mundo. Ressalte a importância do transporte para a vida das pessoas e para a economia. Exemplifique as dificuldades geradas pela falta de transporte.

Promova um debate sobre a importância do transporte. Por exemplo: como eles teriam chegado no curso se houvesse uma greve geral dos funcionários do transporte?

Comente os prejuízos causados pela falta de transporte. Use como referência os exemplos citados na apostila do curso e enriqueça com exemplos diferentes.

Distribua um pequeno artigo sobre transporte e solicite à turma um resumo com os pontos mais importantes.

Apostila do aluno.

Flip-chart ou quadro branco para anotar os principais números representativos de transporte.

Participação dos alunos durante as atividades.

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Unidade 1 - Visão Integrada dos Sistemas de Transporte (continuação)

CONTEÚDOC

HProcedimentos de ensino

Recursos

DidáticosAvaliação

1.3 Principais Modais Utilizados na Movimentação de Bens e Pessoas

1.4 A Importância da Logística

1.5 Transporte e Meio Ambiente

1.6 Serviços de Transporte

1h

2 h

1 h

1 h

Explique as características de cada um dos modais de transporte. Promova um debate sobre as vantagens e desvantagens da utilização de cada um dos modais na movimentação de bens e pessoas.

Explique o conceito de logística e esclareça como o transporte está inserido no processo logístico.Dê exemplos de processos de logística no setor de transportes.

Promova um debate listando os impactos do transporte no meio ambiente e na qualidade vida. Apresente alguns exemplos relacionados com esses impactos.Solicite à turma sugestões para que a atividade de transporte minimize seus impactos no meio ambiente.

Faça uma exposição sobre os processos de produção dos serviços de transporte. Dê exemplos e ressalte que a produção dos serviços ocorre simultaneamente com o consumo.Destaque a importância de planejar e definir os processos de suporte, tais como a manutenção e a compra de insumos. Exemplifique os vários processos de produção de serviços de transporte.Solicite aos alunos que façam as atividades de aprendizagem desta unidade.Corrija os exercícios com o grupo.

Quadro branco ou flip-chart para anotar as principais observações dos alunos a partir do debate.

Participação dos alunos durante as atividades em sala de aula.

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Unidade 2 – Informação e Orientação ProfissionalCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

2.1. Elaborando o Currículo

2.2.Apresentação e Postura na Entrevista de Seleção

2.3.Elementos da Ética

2.4. Atendimento Telefônico

1h

1h

1h

1 h

Questione o grupo se já elaboraram um currículo e se tiveram dificuldade.Anote as considerações do grupo no flip-chart.Aula expositiva dialogada sobre o tema.

Promova debate com o grupo sobre a importância da apresentação pessoal e da postura durante uma entrevista de seleção.Anote os principais comentários no flip-chart.Aula expositiva dialogada sobre o tema.

Questione o grupo sobre o que entendem por “Ética”.Aula Expositiva dialogada sobre o tema.

Aula expositiva dialogada sobre o tema.

Apostila do alunoFlip-chart

Participação dos alunos durante as atividades.

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Unidade 3 – Saúde e Segurança no TrabalhoCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

3.1. Histórico da Segurança do Trabalho no Brasil

3.2.Legislação sobre Saúde e Segurança no Trabalho

3.3. Origem e Conseguências dos Acidentes e Doenças do Trabalho

30 min

30 min

1 h

Aula expositiva dialogada sobre o histórico de segurança do trabalho aproveitando a experiência dos treinandos sobre o tema.

Dividir o flip-chart em duas partes: conceito legal e conceito prevencionista.Questionar os alunos sobre o que entendem por cada um e anotar no flip-chart e explique os dois conceitos para o grupo eapresente as Normas Regulamentadoras para o grupo.

Explique e exemplifique o conceito de doença ocupacional ou profissional e de doença do trabalho.Reforce a importância de descobrir a origem das doenças.Questione os alunos se conhecem algum caso e explore seus depoimentos.Solicite ao grupo que se divida em sub-grupos. Distribua revistas, jornais e cartolina, cola e tesoura para cada grupo. Oriente para que façam um cartaz que ilustre a seguinte questão: “Quais as conseqüências que as doenças profissionais trazem para o empregado e para a empresa?”Ao término solicite que exponham ao grande grupo para que todos participem.Exiba a vide-aula nº 3 do PEAD curso – Segurança e Saúde nas Empresas de Transporte.Aula expositiva-dialogada com incentivo a participação dos alunos apresentando os agentes causadores de riscos no ambiente de trabalho.

Apostila do alunoVídeo-aulasFlip-chartRevistasJornaisCartolinaTesouraCola

Participação dos alunos durante as atividades.

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Unidade 3 – Saúde e Segurança no Trabalho (continuação)CONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

3.4. Princípios de Higiene no Trabalho

3.5. Qualidade de Vida no Trabalho

3.6. Prevenção de incêndios

30min

30 min

1h min

Questione o grupo sobre a importância da higiene no trabalho.

Aula expositiva-dialogada sobre o tema, incentivando a participação dos alunos.

Exiba a vídeo-aula 5 do PEAD curso – Segurança e Saúde nas Empresas de Transporte.Aula expositiva dialogada sobre o tema incentivando a participação dos alunos.

Questione o grupo sobre o que entendem sobre prevenção de incêndios e a sua importância. Anote as principais colocações do grupo no flip-chart.Aula expositiva-dialogada com incentivo a participação dos alunos.

Apostila do alunoVídeo-aulas flip-chart.

Participação dos alunos durante as atividades.

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Unidade 4 – Relacionamento InterpessoalCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

4.1. O Fator Humano nas Organizações

4.2. A Natureza da Comunicação Interpessoal

4.3. Aprendendo a Administrar Relacionamentos

30 min

1 h 30 min

2 h

Aula expositiva- dialogada incentivando a participação dos alunos.

Questione o grupo sobre o que entendem por comunicação e a importância da mesma. Incentive a participação dos alunos.Apresente o conceito de comunicação verbal e não-verbal.Aplique a técnica instrucional nº 2. Tendo como base o comportamento do grupo durante a realização da técnica instrucional faça o fechamento do assunto (barreiras da comunicação e melhorando a comunicação).

Aula expositiva apresentando para os alunos as características dos indivíduos que possuem um bom relacionamento interpessoal.

Questione o grupo sobre o que entendem por: personalidade, preconceitos, esteriótipos. Anote no flip-chart as principais colocações do grupo e apresente o conteúdo.Aplique a técnica instrucional Nº 03. Realizar o fechamento apresentando os principais itens deste conteúdo.

Apostila do aluno.Etiquetas adesivas.Flip-chart.

Participação dos alunos durante as atividades.

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Unidade 5 – Atendimento ao ClienteCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

5.1. Visão e Reflexos no Atendimento

5.2. Prestação de Serviços e Qualidade no Atendimento.

4h Promova um debate com o grupo sobre os diferentes tipos de clientes. Anote as colocações do grupo no flip-chart.

Com base no debate do grupo apresentar o conteúdo incentivando a participação dos alunos.

Solicite ao grupo que se divida em sub-grupos. Distribua revistas, jornais e cartolina, cola e tesoura para cada grupo. Oriente para que façam um cartaz que ilustre a seguinte questão: “A importância da qualidade no atendimento ao cliente para a imagem da empresa.” Ao término solicite que exponham ao grande grupo para que todos participem.

Aula expositiva dialogada com incentivo a participação dos alunos apresentando as dicas para um bom atendimento ao cliente.

Apostila do alunoFlip-chartRevistasJornaisCartolinaTesouraCola

Participação dos alunos durante as atividades.

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Unidade 6 – Educação AmbientalCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

6.1. O Cidadão e o Meio Ambiente

6.2.Legislação Específica

1h

1 h

Divida o grupo em subgrupos.Cada grupo deverá responder as seguintes questões:O que entendem por cidadania, meio ambiente e por poluição.Cada subgrupo deverá apresentar suas considerações no para o grande grupo.Anotar no flip-chart as principais colocações de cada subgrupo.Exiba a vídeo-aula do PEAD nº 1 curso – Meio Ambiente e Cidadania no Transporte.Complemente o assunto conceituando corretamente cada termo e aproveitando a contribuição do grupo. Faça também a correlação entre os conceitos.

Aula expositiva-dialogada com incentivo a participação dos alunos.Apresente o conceito e os tipos de poluição.

Apostila do alunoVídeo-aulasFlip-chartRevistasJornaisCartolinaTesouraCola

Participação dos alunos nas atividades.

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Unidade 6 – Educação AmbientalCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

6.3. Conceito de Poluição, Causas e Conseqüências.

2h Questione os alunos sobre os tipos de poluição que eles conhecem. Anote as colocações no flip-chart.

Exiba a vídeo-aula nº 2 do PEAD curso- Meio Ambiente e Cidadadia.

Solicite ao grupo que se divida em sub-grupos.

Distribua revistas, jornais e cartolina, cola e tesoura para cada grupo. Oriente para que façam um cartaz que ilustre as conseqüências da poluição. Ao término solicite que exponham ao grande grupo para que todos participem.

Exiba as vídeo-aulas nº 3 e 4 do PEAD curso- Meio Ambiente e Cidadadia.

Aula expositiva-dialogada sobre o tema. Enfatize as causas e conseqüências dos vários tipos de poluição, e os impactos no meio ambiente. Estimule a participação dos alunos.

Apostila do alunoVídeo-aulasFlip-chartRevistasJornaisCartolinaTesouraCola

Participação dos alunos nas atividades.

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Unidade 7 – Informática BásicaCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

7.1.MS Excel

7.2. MS Word

15h

15 h

Aula expositiva com incentivo a participação dos alunos e aplicação de exercícios práticos com utilização do computador.

Aula expositiva com incentivo a participação dos alunos e aplicação de exercícios práticos com utilização do computador.

Participação dos alunos durantes as atividades.

Unidade 8 – Comunicação Verbal e EscritaCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

8.1. Introdução8.2. Língua Falada e Língua Escrita8.3. Concordância Verbal e Concordância Nominal8.4.Regência Verbal e Regência Nominal8.5. Crase8.6. Ortografia8.7. Acentuação8.8. Pontuação

12 h

Aula expositiva Dialogada com incentivo a participação dos alunos.

Selecione vídeo-aulas do Telecurso 2000 sobre os temas mais relevantes e exiba antes de apresentar o conteúdo.

Quadro Branco ou flip-chartApostila do aluno

Participação dos alunos durante as atividades.

Unidade 9 – A História dos PneusCONTEÚDO CH Procedimentos de ensino Recursos

Didáticos Avaliação

A importância dos pneusPra que serve e como eram os pneus

2 h Aula expositiva Dialogada com incentivo a participação dos alunos.

Quadro BrancoApostila do Treinando.

Participação dos treinandos durante as atividades.

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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Avaliação Final

A avaliação final deverá ser elaborada pelos instrutores que ministraram as

unidades do curso.

Será considerado aprovado o aluno que obtiver o grau mínimo igual a 7,0 (sete)

avaliação.

Ressaltamos que periodicamente os Estabelecimentos Operacionais deverão

elaborar novas provas, com objetivo de se preservar o sigilo das questões.

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Avaliação de Reação

Esta avaliação tem como de reunir informações que proporcionem a melhoria deste treinamento. Não é necessário se identificar.

AVALIAÇÃO DE REAÇÃOCURSO: INSTRUTOR:DATA DE REALIZAÇÃO: TURNO:NOME: (OPCIONAL)

ITENS DE AVALIAÇÃO ÓTIMO BOM REGULAR FRACO

DIVULGAÇÃO DO CURSO

INSTALAÇÕES (salas, banheiros, etc).

MATERIAL DIDÁTICO (apostila)

RECURSOS DIDÁTICOS (retroprojetor, video-cassete, transparências, vídeos, etc)

ORGANIZAÇÃO DO CURSO

INSTRUTOR

1.2.3.4.5.6.7.8.

CARGA HORÁRIA

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

APLICAÇÃO NA PRÁTICA DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO

OUTRAS SUGESTÕES:

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TÉCNICAS INSTRUCIONAISTécnica nº 1 -Auto Apresentação

Objetivo : propiciar a integração do grupo.

Duração: 15 minutos

Desenvolvimento

Solicite que cada um dos participantes diga seu nome, local de trabalho, idade e,

principalmente, há quanto tempo possui a habilitação de motorista e por que escolheu

trabalhar com o transporte de passageiros.Caso haja algum participante com dificuldade

de se expressar, encoraje-o através de perguntas diretas. Anote os dados de interesse de

cada um e, no final, comente os dados importantes.

Técnica nº 2 –Distorção na Comunicação

Objetivo : Demonstrar a distorção na comunicação.

Duração: 30 minutos

Tamanho do grupo – Máximo 20 participantes

Material – Uma gravura

Desenvolvimento:

1. Escolher uma gravura de revista.

2. Solicitar 5 voluntários.

3. Pedir que os voluntários saiam da sala e aguardem até serem chamados.

4. Entregar a gravura para o aluno que ficou na sala, solicitando que observe a gravura

por alguns minutos, a fim de verificar todos os detalhes e entender o que representa.

5. Memorizada a figura, solicitar que um dos 5 voluntários retorne à sala. Este deverá

ouvir atentamente, sem interromper e sem fazer perguntas, a descrição que o colega

fará sobre a gravura. Terminada a descrição, faz-se entrar outro voluntário que ouvirá

o primeiro voluntário e assim sucessivamente, até que o quinto participante narre para

o grupo o significado da gravura.

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Fechamento:

Ao final do exercício, o instrutor deverá explorar as distorções que ocorreram na

comunicação durante a realização do exercício.

Técnica nº 3 –Dinâmica dos Rótulos

Objetivo : Reconhecer nossa tendência de perceber as pessoas como imaginamos que

elas são, baseados em nossos estereótipos e preconceitos e como isto dificulta o

relacionamento interpessoal.

Duração: 30 minutos

Tamanho do grupo – Máximo 20 participantes

Material – 6 (seis) etiquetas adesivas com as seguintes frases:

CONCORDE COMIGO

DISCORDE DE MIM

DUVIDE DE MIM

NÃO ME DÊ ATENÇÃO

NÃO ACREDITE EM MIM

ME ELOGIE

Desenvolvimento

1.Solicite 6 (seis voluntários)

2.Explique que cada um deverá receber um rótulo que será fixado na testa, de

modo que cada um não veja o próprio rótulo.

3.O restante do grupo deverá observar o grupo menor para posterior debate,

após a conclusão do exercício.

4.Proponha que o grupo debata sobre um tema polêmico (por exemplo: a

legalização do aborto, a violência no mundo ) .

5.Cada participante (6 voluntários) deverá se relacionar com os integrantes a

partir do rótulo.

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6.Dê aproximadamente 20 minutos para o debate.

Fechamento

Ao final do exercício explore os sentimentos de cada participante em que o rótulo foi

colocado questionando:

Como se sentiram?

Descobriram seus próprios rótulos a partir da forma que foram tratados?

Como foi tratar o colega conforme o rótulo?

Acontece este tipo de tratamento na vida real?

Conclua com a seguinte exposição:

É fundamental não nos deixarmos guiar em nossos relacionamentos por preconceitos em

relação às pessoas, pois o preconceito nos impede de conhecer o outro.

Com base nas respostas do grupo após o exercício, exponha o conteúdo.

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LISTAGEM DE RECURSOS DIDÁTICOS Flip-chart

Revistas

Jornais

Cartolina

Tesoura

Cola

Etiquetas adesivas

Vídeo-aulas PEAD - curso Segurança e Saúde nas Empresas de Transporte

Nº 3 - Segurança nas Áreas de Manutenção e Gragem

Nº 5 - Prevenção de Acidentes e Qualidade no Trabalho

Vídeo-aulas PEAD - curso Meio Ambiente e Cidadania no Transporte

Nº 1- O Cidadão e o Meio Ambiente

Nº 2 - Poluição: conceito, causas e conseqüências

Nº 3 - Poluição Atmosférica e Sonora

Nº 4- Poluição das Águas, Poluição Visual e Lixo

Vídeo-aulas PEAD – Relacionamento Interpessoal

Nº 1- Personalidade Humana

Nº 2 – Motivação

Nº3 – Comunicação : sua importância, comunicação eficaz, como facilitar a

comunicação

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 21

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ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

1. Marque com F as frases incorretas e V as frases corretas

a) ( V ) A Evolução do transporte tem uma relação direta com o processo de

industrialização do Brasil.

b) ( F ) O primeiro ônibus utilizado para o transporte público utilizava a energia do

vapor.

c) (_V ) O transporte de carga inicial no Brasil foi o ferroviário que ligava o interior

aos portos.

d) (_F ) O transporte de carga predominante no Brasil é o transporte ferroviário.

e) (_F ) O transporte ferroviário é adequado ao transporte de produtos de alto

valor.

f) (_V ) O transporte rodoviário deve ser utilizado na movimentação de carga de

pequenas e médias distâncias.

g) ( F ) O transporte de passageiros entre as regiões no Brasil é feito na sua

grande maioria por avião, considerando as suas longas distâncias .

h) (_F ) O transporte por duto pode ser utilizado em qualquer tipo de produto.

i) (_V ) O transporte aquaviário é mais adequado para o transporte de grandes

volumes, em grandes distâncias quando não se necessita de uma entrega rápida ou se

deseja fretes mais baratos.

2. Quais são os meios utilizados para envio do currículo?

a) Via internet e Via e-mail

b) Correio convencional

c) Pessoalmente

d) Todas as alternativas estão corretas (Resposta correta)

3. São elementos da ética?

a) Sigilo

b) Confidencialidade

c) Honestidade

d) Todas as alternativas estão corretas (Reposta correta)

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 22

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4. Quais são as palavras e expressões que não devem ser usadas durante o atendimento

telefônico?

Gírias, expressões repetitivas, expressões condicionais, tratamento íntimo, exageros, palavras negativas, expressões que indiquem tempo.

5. Por que é indispensável ter atitudes prevencionistas em relação à segurança no

trabalho?

Porque todos perdem com os acidentes de trabalho: empregador, trabalhador, família e a sociedade.

6. Quais são os agentes físicos causadores de riscos no ambiente de trabalho?

a) Iluminação e Vibração

b) Ruído e Radiação

c) Iluminação, vibração, ruído e radiação (Reposta correta)d) Todas as alternativas estão incorretas

7. A comunicação verbal é constituída por:

a) linguagem oral.

b) linguagem escrita.

c) Somente uma alternativa esta correta

d) As alternativas a e b estão corretas (Reposta correta)

8. A personalidade é determinada por:

a) herança biológica, ambiente e idade (Reposta correta)b) ambiente e idade.

c) herança biológica.

d) ambiente.

9. Estereotipar é:

a) a expectativa que se cria das pessoas.

b) perceber as pessoas como elas são.

c) prever o comportamento das pessoas.

d) perceber as pessoas baseando -se em pré-julgamentos (Reposta correta)

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 23

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10. As necessidades humanas são classificadas em:

a) primárias e secundárias. (Reposta correta) b) primárias.

c) primárias, secundárias e terciárias.

d) todas as alternativas estão incorretas.

11. Respeitando as diferenças individuais podemos:

a) crescer profissionalmente

b) melhorar o relacionamento da equipe de trabalho

c) conquistar grandes relacionamentos

todas as alternativas estão corretas (Reposta correta)

12. Órgão responsável pela regulamentação dos padrões de qualidade do ar.

a) Departamento de Trânsito (DETRAN).

b) Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). (Reposta correta)c) Ministério da Saúde.

d) Todas as alternativas estão incorretas

13. Considera-se poluição visual:

a) todo elemento que encobre a paisagem natural de um lugar. (Reposta correta)b) os prédios altos.

c) os out-doors e cartazes de propaganda.

d) Todas as alternativas estão incorretas

14. Explique o que é reciclagem e sua importância.

É o processo empregado na recuperação de parte do lixo sólido e consiste na transformação de materiais usados em novos produtos. Uma vez reciclados, materiais como papel, plástico, vidros e alumínio são reaproveitados na fabricação de produtos como livros, sacos de lixo, lâmpadas fluorescentes e pneus de automóveis. A reciclagem além de permitir a redução do volume do lixo, colabora na diminuição da poluição do solo, do ar e da água.

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15. Reescreva as frases abaixo, retirando-lhes os termos redundantes

a) Segundo minha opinião, penso que aquela herança deve ser dividida igualmente em

duas metades entre os dois filhos herdeiros.

Penso que a herança deve ser dividida igualmente entre os dois filhos.

b) Sinceramente, para ser franco, é melhor começar o trabalho agora do que adiar para

depois.

Sinceramente, é melhor começar o trabalho agora do que adiar.

16. Complete as frases abaixo com as palavras propostas, fazendo-as concordar

corretamente. Em certos casos, a palavra fica invariável; em outros, tanto é correta a

forma masculina como a feminina.

a) Pai e filha mantiveram-se calados. (calado)

b) Você escolheu mau lugar e hora. (mau)

c) Era meio-dia e meia.(meio / meio)

d) As janelas estavam meio abertas. (meio)

e) Era ela mesma que escrevia as poesias. (mesmo)

f) Vão anexas as relações solicitadas. (anexo)

g) Apresentava os braços e a face arranhada ou arrahados (arranhado)

h) As mãos eram bastante pequenas. (bastante)

i) Achei o príncipe e sua filha muito simpáticos. (simpático)

17. Complete as frases abaixo com uma das formas verbais entre parênteses,

concordando o verbo com o termo destacado; em alguns exemplos, ambas as formas são

aceitas:

a) O tempo passava e as nossas esperanças cresciam. (crescia / cresciam)

b) Restaram menos de cem combatentes. (restou / restaram)

c) Ainda faltam alguns minutos para o final da partida. (falta / faltam)

d) Nem a mãe nem a filha voltou ou voltaram à terra natal. (voltou / voltaram)

e) Você pensa que hoje é dia oito? Não, hoje são dez de junho. (é / são)

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 25

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18. Destaque e corrija as frases em que há erro de regência verbal

a) Ele aspira o título. (Ele aspira ao título)b) Eu aspiro ao ar puro de Petrópolis.(Ele aspira o ar puro de Petrópolis)c) Eu moro em rua arborizada. (Frase correta)

19. Assinale a alternativa em que o emprego da crase esta correto:

a) Chegou as duas horas em ponto.

b) O professor se referia às alunas interessadas. (Reposta correta)c) Tu costumas andar à pé?

d) Agradeci a própria pessoa.

20. Empregue, no espaço indicado, E ou I, conforme o caso:

a) Os quEsitos foram quasE todos resolvidos.

b) O professor comparava o crânIo humano com o dos outros animais.

c) O criado pediu dIspensa do serviço.

d) O candidato vai dEsfrutar de excelente bolsa de estudo.

e) Os garotos brincavam no corrImão da escada enquanto eu os esperava no pátIo.

21. Empregue, no espaço indicado, S, SS, C, Ç ou X, conforme o caso:

a) Ela danÇava com uma graÇa inimitável.

b) O espetáculo impreSSionou a todos os convidados.

c) À tarde ela sentou-se no terraÇo, descanSando, refazendo-se do canSaÇo.

d) Sem luXo, o Xá visitou o Xadrez.

e) EXaminou minuCiosamente o nome e o endereço.

22. Acentue, quando necessário, os seguintes vocábulos:

1. avaro 6. caráter 11. órgãos 16. avaro

2. recém 7. ríspido 12. rubrica 17. ibero

3. pegada 8. réptil 13. crisântemo 18. erudito

4. decano 9. refém 14. cáfila 19. Niágara5. gratuito 10. jóquei 15. ínterim 20. vê-lo-emos

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22. Use vírgulas, quando necessário; se facultativas, assinale com / .

A atividade científica, nos países desenvolvidos, é tão natural quanto qualquer

outra. (usar ambas ou nenhuma) “Só quando ele voltou, as negras acenderam as lâmpadas de querosene”.

“Acostumou até com o marido, com o seu silêncio pesado, com os seus repentes

de sensualidade, com as suas fúrias...”

Ninguém, a não ser ele, pode resolver esse problema.

Se tiver alguma dúvida, telefone-me.

Fortaleza, que é a capital do Ceará, é uma bela cidade litorânea.

Fomos à fazenda e o proprietário, um médico aposentado, nos levou até uma gruta

que havia perto da cachoeira.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 27

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1 - VISÃO INTEGRADA DOS SISTEMAS DE TRANSPORTE

1.1 A Relevância do Transporte no Mundo e sua Evolução

O transporte como atividade essencial ao aproveitamento do potencial produtivo é

fundamental para o desenvolvimento de um país. Num país como o Brasil, com vasta

extensão territorial e com fronteiras econômicas em permanente expansão, o transporte

tem um dinamismo de crescimento que precisa ser acompanhado proporcionalmente ao

crescimento da população e da produção.

Crescimento do Transporte:

Se considerarmos que há três séculos aproximadamente o meio de transporte de

passageiros eram as carruagens puxadas a cavalos e utilizadas pelos nobres e ricos,

percebe-se que houve uma evolução e uma inovação significativa no transporte. Conheça

algumas datas importantes que marcam essa evolução:

1600 – Surgiu o serviço de transporte de passageiros – carruagem puxada por

cavalos em Londres, Inglaterra. Em 1612 este serviço passa a ser ofertado também

em Paris.

1826 – Foi criado na França o primeiro ônibus – uma espécie de carruagem longa

puxada por cavalo com capacidade para transportar entre 10 e 20 passageiros.

1832 – Surgiram os primeiros bondes puxados por cavalos sobre trilhos.

1873 – Surgiu em São Francisco (EUA) o bonde com tração mecânica, sustentado

por um cabo de aço para mantê-lo nos trilhos.

1888 – Surgiu, na cidade Richmond (EUA), o primeiro bonde com tração elétrica.

1890 – Surgiram os ônibus com propulsão mecânica, movidos à gasolina, que

começaram ser utilizados em inúmeras cidades da Alemanha, França e Inglaterra. Nos

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No Brasil, no período de 1945 a 1985, enquanto o produto real cresceu 913,5%, os setores de transportes e comunicações tiveram um crescimento de 2.089,5%.

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Estados Unidos, os primeiros ônibus movidos à gasolina começaram a circular em

1905 na cidade de Nova Iorque.

1920 – Começaram a circular os primeiros ônibus movidos a óleo diesel,

inicialmente na Alemanha e logo em seguida na Inglaterra.

O transporte sobre trilhos, do tipo metrô, começou a ser implantado em 1863 em

Londres e, posteriormente, em Nova Iorque em 1868. Por volta de 1930, praticamente

todas as grandes cidades dos países desenvolvidos já possuíam metrô.

A evolução dos transportes no Brasil tem uma relação direta com o período de seu

desenvolvimento, que podemos classificar a partir do processo de industrialização

brasileira nos seguintes períodos:

1885 -1945 – Grande expansão da produção têxtil e de outros setores tais como:

roupas, calçados, fumo e bebidas. Os transportes dominantes eram o ferroviário e

o portuário, considerando que a função principal era o escoamento da produção. O

transporte ferroviário tinha o papel de fazer o escoamento do interior para litoral.

Na verdade, o transporte tinha características regionais. Não havia uma integração

de grandes distâncias do território brasileiro.

1945 -1970 – O surto da industrialização brasileira e a Segunda Guerra Mundial,

que marcaram a partir dos anos sessenta, a evolução da indústria de veículos

automotores, associada à disponibilidade de recursos para a construção e

conservação de estradas e o baixo custo dos derivados de petróleo foram fatos

determinante para a expansão do transporte rodoviário de cargas e de

passageiros.

O transporte público de passageiros passou a ter um crescimento mais intenso a partir

dos anos 70, com a intensificação da urbanização das cidades brasileiras. O primeiro

registro sobre transporte público de passageiros nas principais cidades brasileiras

aconteceu por volta de 1865. O transporte era operado por um veículo de duas rodas ou

por uma carruagem puxada por cavalos. Nessa época, iniciou-se a oferta de serviços de

transporte, com o estabelecimento de itinerários e horários de partida e chegada.

Por volta de 1873, vieram os bondes, tratava-se de uma concessão governamental

operada pelas empresas denominadas Companhias Carris de Ferro. Estes bondes eram

puxados por animais. Somente por volta 1906 que essa força motriz dos animais foi

substituída por eletricidade. O uso do ônibus como transporte público foi incorporada à

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 29

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cidade de São Paulo por volta de 1924. A partir daí, houve uma evolução na ampliação

de linhas e de frota de ônibus para atender o deslocamento das pessoas, principalmente

nas cidades de médio e grande porte.

A evolução das ferrovias brasileiras pode ser caracterizada em três ciclos:

Primeiro ciclo (entre 1852 e 1900) – Financiadas por capital inglês, com

concessões governamentais e garantias de taxas atraentes de retorno sobre o

capital. Neste período, em São Paulo, os cafeicultores financiaram suas próprias

estradas de ferro.

Segundo ciclo – Marcado pelo processo de nacionalização das ferrovias. Em 1929,

o estado era o dono de 67% das companhias ferroviárias brasileiras e responsável

pela administração de 41% da rede existente.

Terceiro ciclo – Marcado pela crise das ferrovias nos anos 80 e o início do

processo de desestatização do setor ferroviário (o governo retorna as ferrovias e

sua operação ao setor privado).

Nos dias atuais o setor de transporte tem alguns problemas que estão causando

impactos negativos no desenvolvimento do País, por exemplo:

Infra-estrutura insuficiente, tanto de rodovias como de portos e aeroportos;

Uma matriz de transporte (divisão entre a utilização dos modais ferroviário,

aeroviário, aquaviário e rodoviário) totalmente desbalanceada (cerca de 60% de

toda a carga movimentada no Brasil se faz pelo modal rodoviário);

Problemas logísticos relacionados com a integração dos diversos modais

(rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário).

É importante destacar que o Brasil tem 47% de sua população morando em grandes

aglomerações (cidades de porte médio, próximas às grandes capitais). Isto demanda um

alto investimento em sistemas de transporte público.

1.2 A Importância do Transporte para a Sociedade

O transporte é essencial na sociedade atual. Toda a movimentação de pessoas e bens

acontece por meio dos serviços de transporte. Ele é tão significativo que hoje se fala em

estagnação da economia em função da falta de infra-estrutura de transporte no Brasil.

Alguns exemplos dessa deficiência:

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Volvo teve seus custos de transporte aumentados em 50% por falta de navios para

a América do Sul no porto de Paranaguá;

Eliana Revestimentos cerâmicos teve de baixar sua projeção de exportação de

20% para 10% em função de falta de transporte, principalmente para o Oriente

Médio.

Compaq Computer Brasil tem dificuldade de embarcar seus computadores no

aeroporto de Viracopos (SP) para países andinos. A demanda de carga é de dois

aviões por semana, mas apenas um está disponível. Isso gera um custo adicional

de 5% do valor do produto.

As ineficiências na movimentação de grãos causam os seguintes prejuízos:

aumento de distâncias médias em torno de 300 km; o deslocamento de uma

tonelada de soja no Brasil custa duas vezes mais que nos Estados Unidos;

somente 22% da frota é adequada ao transporte de grãos.

Outros prejuízos relevantes:

Vamos conhecer algumas das estatísticas importantes do transporte no Brasil:

Transporte de Passageiros: Praticamente operado pelos modais rodoviário e aéreo.

O transporte rodoviário de passageiros1 é organizado da seguinte forma:

Transporte urbano – Responsável pela movimentação das pessoas nas cidades

Opera com frota de 95 mil ônibus e é responsável por 90% dos deslocamentos das

pessoas nas cidades. Gera 500 mil empregos diretos e movimenta 1% do PIB

(Produto Interno Bruto).

1 RELATÓRIO CNT 2002

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 31

MÁ CONSERVAÇÃO DAS RODOVIAS

• Aumento de 50% no CONSUMO

COMBUSTÍVEL

• Aumento de 30% em CUSTOS OPERACIONAIS

DESPERDÍCIOS PARA ESCOAR

SAFRAS PARA EXPORTAÇÃO:

• Espera de caminhões: US$ 400 milhões• Espera de navios: US$ 250 milhões

• Espera de vagões ferroviários: US$ 200 milhões

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Transportes interestadual e intermunicipal – Responsáveis pelo deslocamento de

pessoas entre municípios e estados, opera com uma frota de 14 mil ônibus, de

200 empresas, totalizando 2.700 linhas. Gera 70 mil empregos diretos.

Transporte Aéreo: O transporte aéreo de passageiros gera 35 mil empregos diretos e

opera com uma frota de aproximadamente 270 aeronaves.2

Transporte de Carga: Responsável por toda a movimentação de produtos. Sem transporte

os produtos não chegariam ao mercado nem poderiam ser exportados. A falta de

transporte paralisa a economia de um país. No Brasil, a movimentação dos produtos é

realizada pelos modais rodoviário (predominante), ferroviário e aquaviário. A Tabela 1

mostra como a carga é movimentada no Brasil e sua evolução no período de 1996 a

2000. Observa-se uma grande concentração do meio de transporte rodoviário, que

praticamente é responsável pela movimentação de praticamente 60% da carga gerada no

Brasil.

Tabela 1- Matriz de Distribuição do Transporte de Carga por Modal

Como a carga é levada (em % de Tonelada/Km)

Meio de Transporte 1996 1997 1998 1999 2000

Aéreo 0,33 0,26 0,31 0,31 0,33

Aquaviário 11,47 11,56 12,69 13,19 13,86

Dutoviário 3,78 4,55 4,44 4,61 4,46

Ferroviário 20,74 20,72 19,99 19,60 20,86

Rodoviário 63,68 62,91 62,57 62,29 60,49

Total 100 100 100 100 100

Transporte rodoviário – O transporte de carga no Brasil é operado com uma frota

de aproximadamente 1,8 milhão de veículos distribuídos entre 12 mil empresas e

350 mil autônomos. Além de 50 mil transportadores de carga própria.

Transporte ferroviário – O transporte ferroviário de carga no Brasil foi privatizado

nos anos 80 e transporta, anualmente, cerca de 302 mil toneladas (valor

transportado em 2002).

Transporte aquaviário – Movimentou aproximadamente 103 mil toneladas

utilizando cerca de 17 mil embarcações entre os portos, longo curso e cabotagem.

2 Revista CNT, Agosto 2001.

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Em 2000, teve um acréscimo de 11,11% em relação à movimentação de

contêineres em 1999.

Esses números traduzem a importância dos transportes no contexto da economia de

um país, de uma região e de uma cidade. Embora considerada uma atividade meio, ela é

essencial à produção de bens e de locomoção das pessoas.

1.3 Principais Modais Utilizados na Movimentação de Bens e Pessoas

Não se pode falar em modais de transporte sem falar em infra-estrutura de transporte.

A infra-estrutura de transporte apresenta as seguintes configurações:

Direitos de acesso – Representam a necessidade da infra-estrutura adequada

para a operação de transporte (estradas, ferrovias, portos e aeroportos). Sem

essa infra-estrutura, não é possível realizar os serviços de transporte.

Veículos – Tecnologia utilizada na movimentação de bens e pessoas:

automóveis, ônibus, caminhões, trens, navios, barcos.

Unidades organizacionais – Empresas e organizações de transporte, bem como

as facilidades necessárias para a realização do serviço de transporte:

armazéns, terminais, pontos de apoio.

Estas estruturas têm o papel de fornecer serviços para uso próprio ou de terceiros.

Quando se trata de serviços de terceiros, estes são prestados mediante uma taxa de

serviço. No setor de transporte de passageiros, essa taxa de serviço é denominada de

tarifa. No transporte de carga, essa taxa é denominada frete.

Para execução dos serviços de transporte, ou seja, para realizar a movimentação de

bens e pessoas, podemos utilizar os seguintes modais:

Rodoviário – Tem como característica principal sua flexibilidade em fazer o

transporte porta-porta, no que se refere à carga, ou seja, tem a capacidade de

levar a mercadoria até o seu destino. Também é capaz de operar em vários

tipos de estradas. Seu custo fixo é baixo, pois opera em rodovias de

manutenção pública. Entretanto, seus custos variáveis são altos, considerando

que é preciso manter um motorista para cada veículo em operação. Sua

capacidade de transporte é limitada por veículo. Na verdade, o transporte

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 33

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rodoviário deveria ser utilizado na movimentação de mercadorias em pequenas

e médias distâncias ou servir de transporte complementar aos transportes

ferroviário e aquaviário. Para o transporte de passageiros poderá ser utilizado o

transporte público (ônibus, táxi, lotação) ou o transporte individual (automóveis).

O transporte de passageiros também se caracteriza pela sua flexibilidade e

pelos baixos custos fixos de sua operação, considerando que a infra-estrutura

(vias, estradas, terminais, pontos de parada) é de responsabilidade do governo

e está disponível para utilização.

Ferroviário – Utilizado para o transporte de carga, que tem como característica

principal a capacidade de transportar de maneira eficiente uma grande

tonelagem por longas distâncias. Sua operação é realizada em trens e vagões e

tem altos custos fixos em virtude de equipamentos caros, do acesso (ferrovias

mantêm suas próprias vias), pátios de manobra e dos terminais. Entretanto,

seus custos variáveis são relativamente baixos. Sua utilização predominante é

para o transporte de grandes volumes de carga, por exemplo: grãos, minérios.

Para o transporte de passageiros, tem a vantagem de oferecer um serviço mais

seguro e rápido (como o serviço de metrô), mas normalmente requer integração

com transporte rodoviário e o seu custo fixo, ou seja, seu custo de implantação,

é alto.

Aquaviário – Para o transporte de carga, o transporte aquaviário é realizado

em embarcações (barcos e navios) que se movimentam por rios e mares. As

infra-estruturas básicas são os portos, sejam eles marítimos ou fluviais. Este

tipo de modal é mais adequado para o transporte de grandes volumes se

movimentando a grandes distâncias, quando não se necessita de uma entrega

rápida ou se precisa de frete mais barato. Para o transporte de passageiros,

normalmente é utilizado em locais onde o acesso é mais fácil por vias fluviais ou

marítimas.

Dutoviário – Os dutos são utilizados essencialmente no transporte de carga

para a movimentação de petróleo e gás natural. Esse transporte é

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completamente diferente dos demais modais. Os dutos operam 24 horas e sete

dias por semana, com restrição de funcionamento apenas durante a

manutenção e mudança de produto a ser transportado. O duto representa o

maior custo fixo e o menor custo operacional entre todos os tipos de transporte.

Como desvantagem de sua utilização, pode-se citar que não são flexíveis e são

limitados quanto aos produtos que podem ser transportados: transportam

somente produtos nas formas de gás, líquido ou de mistura semifluida.

Aéreo – O mais novo tipo de transporte tem como vantagem a rapidez na

movimentação, entretanto é um transporte de alto custo. A sua utilização no

transporte de carga depende do produto. Normalmente, o transporte aéreo de

carga regular é de produtos altamente perecíveis ou de alto valor. O custo fixo

do transporte aéreo é relativamente baixo, pois geralmente a infra-estrutura

necessária (aeroportos e terminais de carga) é de responsabilidade do governo.

Os custos fixos de operação são representados pela compra de aviões. Os

custos variáveis são significativos, em decorrência dos gastos com combustível,

manutenção e mão-de-obra, representada pelo pessoal de bordo e de terra.

Para o transporte de passageiros, embora mais caro, oferece a vantagem de

rapidez e de segurança, se comparados aos demais meios de transporte.

1.4 A importância do Transporte na Logística

Pode-se entender a logística como a gestão de fluxos em função de negócio, ou seja,

trata-se de todas as formas de movimentação dos produtos e de informações, que

abrangem desde a matéria-prima até o consumidor final.

Logística também pode ser entendida como o processo de planejar, implementar e

controlar os fluxos e armazenagem de matérias-primas, produtos em processos, produtos

acabados e informações de forma eficiente e efetiva em sintonia com as necessidades e

exigências dos clientes.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 35

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O conceito a seguir destaca a importância do transporte para a atividade de logística.

A Figura 1 sintetiza e ajuda a compreensão deste conceito.

Figura 1 - Conceito Logístico

Além da presença do transporte em todas as etapas dos processos logísticos, estima-

se que o transporte é responsável por aproximadamente 60% dos custos totais logísticos,

atualmente, estimados em 12% do PIB dos países. Estima-se que, no Brasil, segundo um

estudo do Banco Mundial, este valor corresponde a aproximadamente 20% do PIB.3

Portanto, o transporte tem uma importância muito grande no resultado da logística,

considerando que os atributos de qualidade da logística têm uma relação direta com a

qualidade dos serviços de transporte, quais sejam:

Prazo e confiabilidade na execução dos serviços;

Tempo de processamento de cada uma das etapas;

Disponibilidade em menor tempo possível dos produtos solicitados.

É importante ressaltar que o transporte está presente em todas as etapas da cadeia

logística de um produto, ou seja, desde a aquisição da matéria-prima até a sua

3 Valor Econômico de 04/08/04

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 36

PROCESSO DEPLANEJ AR + IMPLEMENTAR + CONTROLAR

PROCESSO DEPLANEJ AR + IMPLEMENTAR + CONTROLAR

Definição de Logística

PONTO DECONSUMOPONTO DECONSUMO

PONTO DEORI GEM

PONTO DEORI GEM

DE FORMA EFICIENTE E EFETIVA

DE FORMA EFICIENTE E EFETIVA EM CORRESPONDÊNCIA COM

NECESSIDADES DOS CLIENTESEM CORRESPONDÊNCIA COM

NECESSIDADES DOS CLIENTES

Matérias- primas Produtos em processo Produtos acabados informações

Fluxo e Armazenagem

PROCESSO DEPLANEJ AR + IMPLEMENTAR + CONTROLAR

PROCESSO DEPLANEJ AR + IMPLEMENTAR + CONTROLAR

Definição de Logística

PONTO DECONSUMOPONTO DECONSUMO

PONTO DEORI GEM

PONTO DEORI GEM

DE FORMA EFICIENTE E EFETIVA

DE FORMA EFICIENTE E EFETIVA EM CORRESPONDÊNCIA COM

NECESSIDADES DOS CLIENTESEM CORRESPONDÊNCIA COM

NECESSIDADES DOS CLIENTES

Matérias- primas Produtos em processo Produtos acabados informações

Fluxo e Armazenagem Matérias- primas Produtos em processo Produtos acabados informações

Fluxo e Armazenagem

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distribuição no mercado. Também está presente nos serviços pós-venda e de assistência

técnica. Observe a Figura 2 e veja a importância do transporte nas operações logísticas

Figura 2 - CADEIA LOGÍSTICA

1.5 Transporte e Meio Ambiente

Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e

demonstrar um desempenho ecologicamente correto, controlando o impacto de suas

atividades, produtos ou serviços no meio ambiente, levando em consideração sua política

e seus objetivos. Esse comportamento se insere no contexto de uma legislação cada vez

mais exigente, do desenvolvimento de políticas econômicas, de medidas destinadas a

estimular a proteção à natureza e da crescente preocupação em relação ao

desenvolvimento sustentável.

No setor de transporte, não poderia ser diferente. Observa-se que cada vez mais se

exige das empresas um melhor desempenho de sua “eco-eficiência”, que em outras

palavras significa aumentar a eficiência dos recursos não-renováveis, matérias-primas,

energias, água, ar e o uso do solo.

Atenção:A produção de serviços de transporte tem como base de sua sustentação os elementos

diretamente relacionados com a gestão ambiental:

Utilização de recursos não-renováveis (petróleo)

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 37

A CadeiaLogística

SUPRIMENTOFÍSICO

LOGÍSTICA DEPRODUÇÃO

DISTRIBUIÇÃOFÍSICA

FORNECEDORESFÁBRICA/EMPRESA CLIENTES

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Energia

Comprometimento do ar

Comprometimento da água

Precisam ser considerados os impactos ambientais causados pela atividade de

transporte que pode ser danosa para a qualidade de vida da população, como a poluição.

Relevante:Há um impacto de 1,7% do PIB no custo do transporte urbano no que se refere à poluição

do ar.

É importante que os operadores de transporte busquem cada vez mais soluções que

amenizem o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente. A forma de fazer isso é

o um bom gerenciamento de seus insumos de produção.

Importante:O sistema de gestão ambiental de uma organização é a base para o estabelecimento de

um método de gerenciamento que visa a melhoria contínua dos resultados empresariais e

promove o desenvolvimento sustentável.

Portanto, os impactos dos transportes no meio ambiente são provenientes:

Da implementação de sua infra-estrutura (construção de estradas, portos,

ferrovias, aeroportos);

De sua operação (poluição do ar, poluição da água);

Dos seus resíduos – dentre os resíduos oriundos dos sistemas de transportes,

pode-se destacar o pneu como sendo um dos insumos que mais prejudicam o

meio ambiente.

Vamos a um exemplo:A recauchutagem aumenta a vida útil do pneu em cerca de 40% e economiza 80% da

energia e matéria-prima para a produção de novos pneus. Outra grande vantagem deste

procedimento está na utilização dos restos de pneus moídos na composição de asfalto de

maior elasticidade e durabilidade.

Se uma empresa de transporte de passageiros com uma frota de 50 ônibus utilizar de

forma eficiente o processo de recauchutagem de pneus, poderá fazer uma economia de

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2400 pneus. Essa redução equivale a aproximadamente 70 m3 anuais e corresponde a

1400 m3, economizados em aterros durante 20 anos. Essa diminuição do número de

pneus descartados anualmente contribui indiretamente para o saneamento, visto que

suas carcaças atraem roedores e mosquitos transmissores de doenças, como causador

da dengue.

Em suma, a questão da gestão ambiental para o transporte é de fundamental

importância, pois além de contribuir com a qualidade de vida da população, representa

economia de custos variáveis relacionados com os insumos e com os combustíveis.

1.6 Serviços de Transporte

Transporte é uma atividade geradora de valor associado a tempo, espaço e estado.

Atende grandes demandas e utiliza em suas operações tecnologia e equipamentos de

forma intensiva, necessitando de grandes aportes de capital em seus investimentos. Suas

características possibilitam a especialização do trabalho. A oferta apresenta

indivisibilidade em relação à demanda, como no caso do transporte urbano por ônibus. O

serviço apresenta como característica predominante o não-estoque e a produção que

acontece simultaneamente com o consumo.

Por exemplo: Se em uma viagem são ofertados 30 lugares e estes não forem preenchidos naquela

viagem, não há como estocá-los para próxima viagem.

Se um caminhão sai para uma viagem sem sua capacidade de carga lotada, não tem

como estocar a capacidade ociosa para próxima viagem.

Suporte de produção – São bens e atividades / operações necessárias na

preparação da produção de serviço. Na prestação de serviços de transporte, os

elementos de suporte são de grande importância para a realização do serviço.

Suporte de produção de

grande importância para

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 39

ComprasAlmoxarifadoCapacitação de

recursos humanosManutenção

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produção de transporte

Processos de Produção – Trata-se de um conjunto de passos (operações), que

estão envolvidos na conversão ou na transformação de insumos em resultados.

Entretanto, vale ressaltar que um sistema de produção de serviços geralmente é

classificado de acordo com a sua especificidade (serviços de transporte de passageiros e

serviços de transporte de carga).

Exemplo de um processo de contratação de um serviço de carga

É importante destacar que cada tipo de serviço e de modal tem configurações diferentes e

estas precisam ser ajustadas. entretanto, a sua produção, independentemente do tipo de

modal, acontecerá com o consumo. esta particularidade do serviço de transporte requer

um boa coordenação de atividades em sua administração. caso contrário, causará

impactos negativos não só para a empresa de transporte, mas também para quem

contrata o serviço. além disso, normalmente o serviço é realizado com infra-estrutura que

não está sob a administração da empresa e o que pode comprometer a qualidade dos

serviços

2 - INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

2.1. Elaborando o Currículo

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 40

Processo de

TransformaçãoResultado

s

Atendimento

ao

Cliente em

uma

transportador

a

Informações sobre

preços Prazos de entrega

Condições de

segurança

Disponibilidade dos serviços

Contratação do

serviço

para efetuar o transporte

para um determinado local

Insumos

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Qual o significado da palavra currículo?Segundo o dicionário Aurélio, a palavra currículo vem do latim “Curriculum

Vitae”, que quer dizer “Carreira da Vida”.

Para que serve o currículo?O currículo é um documento que resume a sua trajetória profissional, sua

formação escolar, as principais atividades e funções exercidas, cursos e estágios, além

de dados pessoais como endereço, telefone e data de nascimento.

Quem busca uma vaga no mercado de trabalho precisa preparar um currículo

eficiente, portanto, você deve ter todo o cuidado ao prepará-lo, pois um currículo mal

elaborado pode desqualificar um candidato. Já o currículo bem feito facilita o ingresso no

mercado de trabalho.

ObjetividadeO currículo não deve ser longo, portanto, não ultrapasse duas páginas. Só faça

uma terceira página se sua experiência for realmente longa. Caso contrário, o profissional

responsável pela seleção de pessoal na empresa poderá considerá-lo pouco prático e

pode perder o interesse em lê-lo.

Dados como RG, CPF e Carteira de Trabalho não devem ser colocados.

Posteriormente, se forem necessários, a empresa solicitará.

Efeitos EspeciaisO currículo deve ser discreto e agradável para a leitura. Não enfeite com vários

tipos de letras e desenhos. Caso queira destacar alguma informação importante, use o

recurso “Negrito”. Utilize uma letra padrão e imprima em uma impressora de qualidade

em papel branco.

Cursos

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 41

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Não é preciso relacionar todos os cursos realizados. Lembre-se que o

selecionador tem muitos currículos para analisar. Relacione somente os mais importantes

(iniciando pelo mais recente) e que sejam afins ao cargo que você está pleiteando.

ExperiênciaInicie pela experiência mais recente (último emprego). Se você tem uma lista

extensa de empregos anteriores selecione somente os 05 últimos. Especifique a empresa,

o cargo exercido, o tempo de trabalho e, resumidamente, as atividades desenvolvidas.

Primeiro EmpregoSe você ainda não tem experiência profissional, ressalte em seu currículo a sua

formação escolar e cursos realizados. Mencione também suas habilidades mais

relevantes.

FotografiaNão anexe fotografia, a não ser que seja solicitado. Neste caso, utilize uma

fotografia recente e de boa qualidade.

MODELO DE APRESENTAÇÃO

DADOS PESSOAIS Nome

Data de Nascimento

Endereço

Telefone

e-mail

OBJETIVO - Área que pretende atuar

ESCOLARIDADE - indicar o curso, instituição e período

CURSOS - indicar cursos diversos como: línguas, informática. Não esquecer de

indicar a carga horária do curso

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 42

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EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL - locais, tempo de trabalho, cargo exercido, e as

principais atividades desenvolvidas

O currículo não deverá conter capa.

Todos os dados informados no seu currículo devem ser precisos e verdadeiros.

Ao procurar emprego você tem algumas opções como:

verificar anúncios em jornais;

verificar sites de recrutamento na internet;

contatar agências ou consultorias de recrutamento;

contatar bolsas de empregos em sindicatos;

procurar bolsas de empregos em órgãos e Secretarias do Trabalho.

O seu currículo poderá ser enviado via internet, por e-mail (correio eletrônico),

pelo correio convencional, ou entregue pessoalmente.

É importante fazer uma revisão antes da entrega ou remessa do currículo.

Envio via Internet Atualmente a internet é um meio de seleção de pessoal cada vez mais utilizado.

Para utilização da internet você deverá disponibilizar seu currículo em uma home page

(página da internet).

Envio via e-mail Grave seu currículo em um programa comum, como por exemplo o Word, para

que o selecionador de pessoal não tenha dificuldade em abri-lo. Lembre-se também de

verificar se o arquivo anexado ao e-mail é mesmo o seu currículo.

Correio convencional

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 43

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Envie somente originais, em envelope grande sem dobrar o currículo. Cópias

prejudicam a aparência do seu currículo, causando impressão de desorganização ao

selecionador de pessoal.

PessoalmenteOriente-se na recepção ou portaria da empresa sobre como proceder para a

entrega do currículo.

Caso você seja encaminhado a algum setor da empresa, lembre-se que neste

momento você já está sendo avaliado, portanto, atente-se para a boa educação e imagem

que irá transmitir.

2.2. Apresentação e Postura na Entrevista de Seleção

O que é a entrevista de seleção?A entrevista é um instrumento de seleção de pessoal.

Na entrevista o selecionador busca obter fatos relacionados ao histórico

profissional e confirmar as informações citadas no currículo.

A entrevista também permite ao selecionador de pessoal avaliar a aparência,

postura, e a qualidade da fluência verbal do candidato. E possibilita ao candidato expor

suas qualificações pessoais e profissionais.

Confirme data, horário, endereço e nome do entrevistador.

Chegue no mínimo 10 minutos antes do horário marcado.

Use roupas sóbrias e discretas. Exclua jeans, bermudas, roupas curtas e com decotes.

Não use tênis. Os sapatos deverão estar limpos e engraxados.

Mãos e cabelos devem estar bem cuidados.

Não exagere na maquiagem e no perfume.

Não fume ou mastigue chiclete durante a entrevista.

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 44

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Quando for marcada a entrevista procure conhecer mais sobre a empresa. Desta

forma você estará demonstrando interesse no cargo.

Seja ético, não comentando fatos negativos de outra empresa ou pessoas.

Se a entrevista for coletiva, aguarde a sua vez de falar.

Fale com clareza e naturalidade. Tenha cuidado com a gramática, evite gírias e vícios

de linguagem.

Caso você não tenha experiência profissional, fale das suas habilidades, dedicação,

disposição e comprometimento com o trabalho.

Evite assuntos polêmicos como política, futebol, e religião.

Seja objetivo, mas evite respostas como “sim” e “não”. Desenvolva um raciocínio

completo, sem se estender demais.

Lembre-se de desligar o celular.

Não minta em relação ao seu currículo, pois suas informações serão verificadas.

No momento da entrevista, aposte na sinceridade, afinal é aí que começam suas

chances de aprovação.

2.3. Ética Profissional

Qual o significado da palavra ética?A palavra ética se deriva do termo grego “ethos” que significa originalmente

“morada”, lugar onde se sente acolhido e abrigado. O segundo sentido é costume, modo

ou estilo habitual de ser.

Como a ética deve ser entendida?Deve ser entendida como um conjunto de princípios básicos que visam disciplinar

e regular os costumes, a moral e a conduta das pessoas.

O que é ética profissional?

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 45

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É o conjunto de princípios morais que se deve seguir no exercício de uma

profissão.

Quais são os elementos da ética?

Sigilo

É a capacidade de guardar informações importantes, sejam pessoais e/ou

profissionais. Mantenha discrição sempre em relação a assuntos que não lhe dizem

respeito, não fazendo perguntas e comentários desnecessários.

ConfidencialidadeÉ a capacidade de identificar informações sigilosas e mantê-las em segredo para

o bem comum do trabalho e da organização.

Honestidade É a capacidade de mostrar a sinceridade, a confiança e a decência. É ter

responsabilidade. Por exemplo, não tomar posse de objetos que pertencem a outros

colegas e/ou à empresa e não se ausentar no horário de trabalho.

Princípios Éticos Seja educado e cortês com todos os funcionários da empresa.

Não utilize recursos da empresa para benefício próprio.

Seja discreto no exercício de sua profissão.

Siga as normas administrativas.

Seja respeitoso com seus superiores hierárquicos e colegas de trabalho.

Vista-se de forma adequada ao ambiente de trabalho.

Não utilize tráfico de influência para conseguir a benevolência (boa vontade) do

chefe.

Não seja egoísta na transmissão de experiências e conhecimentos aos colegas de

trabalho.

Não se oponha a colaborar com determinado trabalho que lhe seja solicitado.

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 46

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Não se utilize de informações e influências para conseguir vantagens pessoais.

Não estimule a discórdia no ambiente de trabalho.

Ao usar uniforme, não modifique o modelo original.

No ambiente de trabalho é importante que o profissional desenvolva uma conduta

que tenha como objetivo a correta realização de suas ações.

2.4. Atendimento Telefônico

A comunicação telefônica é essencial para uma empresa, independente do seu

ramo de atividade, uma vez que grande parte do relacionamento com os clientes,

fornecedores, outras empresas e o público em geral é feita por telefone.

Falar ao telefone pode parecer muito fácil, mas se engana quem pensa assim. O

tom de voz, a clareza e a atenção são, entre outros, alguns cuidados a observar nas

comunicações telefônicas. Estes hábitos só se adquirem com a prática e bons métodos.

A sua responsabilidade como profissional ao fazer ligações ou receber chamadas

telefônicas é muito maior do que se pensa, pois neste momento você está passando uma

imagem sua e da empresa em que trabalha.

Atenda ao telefone prontamente, não deixando que o telefone toque mais de três

vezes.

Não atenda ao telefone apenas com um “alô”. Sempre mencione o nome da

empresa e o seu nome.

Diga sempre ,”por favor, “um momento” e “obrigado (a)”.

Tenha sempre papel e caneta para anotação, registrando o nome de quem

telefonou, número, hora e data.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 47

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Expresse suas idéias com clareza, demonstrando rapidez e segurança nas

informações.

PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE NÃO DEVEM SER USADAS

GÍRIAS – Tá legal, falou, oi cara, tudo em cima.

EXPRESSÕES REPETITIVAS – Né, tá, ok.

EXPRESSÕES CONDICIONAIS – Poderia, gostaria, faria, se o senhor quisesse.

TRATAMENTO ÍNTIMO – Querido (a), meu amor, benzinho.

EXAGEROS – Nunca tivemos uma única reclamação.

PALAVRAS NEGATIVAS – Problemas, dificuldades, nunca, prejuízos,

impossível.

EXPRESSÕES QUE INDIQUEM TEMPO – “Um momentinho”, “só um minuto”,

“um minutinho”, “rapidinho”.

É a partir da sua postura ao telefone que o público vai formar a imagem da

empresa. Não se esqueça dos seus clientes internos, que são os

profissionais/divisões/departamentos, que utilizam os serviços de outros profissionais

dentro da própria empresa.

3 - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

3.1 Histórico da Segurança do Trabalho no Brasil

A origem do acidente remonta à história do próprio homem, que na luta pela sua

sobrevivência, evoluiu desde as atividades de caça e pesca ao cultivo da terra à extração

de minérios e à produção em grande escala nas indústrias.

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 48

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O mundo modificou-se em seus costumes e formas de vida e, com isso, houve

também diversas mudanças nas relações de trabalho, provocadas principalmente pela

Revolução Industrial.

Com a Revolução Industrial, houve a passagem da oficina artesanal ou da

manufatura para a fábrica, e os acidentes de trabalho tomaram dimensões significativas.

Este acréscimo foi devido à produção de bens em série e em grande quantidade,

com a utilização da máquina.

Vários países então lançaram suas leis relacionadas à proteção do trabalhador,

como a Alemanha, em 1884, e a Inglaterra, em 1897. No Brasil, a primeira lei voltada ao

assunto, de número 3.724, foi promulgada em 1919 e dispunha sobre regulamentos

prevencionistas para o setor de transporte ferroviário.

Ao fim da 2ª Guerra Mundial, a industrialização em nosso país tomou impulso

decisivo e o Decreto-Lei 7.036, de 10/11/44, determinou a obrigatoriedade da organização

de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) nas empresas que possuíssem

mais de 100 empregados.

Entretanto, pouco era feito com relação à prevenção, uma vez que as atenções

estavam voltadas para a fiscalização da legislação.

Em 1975 e 1976, o Brasil chegou a ter quase 10% dos seus diversos

trabalhadores acidentados.

A partir desta época, começou a existir em nosso país uma maior atuação

prevencionista sobre o homem.

Governo, empresários e o próprio trabalhador passaram a dar maior valor ao

processo educativo de proteção nos locais de trabalho.

Isto foi alcançado com a Lei 6.514, de 1977, e a Portaria 3214 do Ministério do

Trabalho, de 08/06/78. Esta portaria emitiu 28 Normas Regulamentadoras (NR) relativas à

Segurança e Medicina do Trabalho, dentre elas a Norma Regulamentadora 5 (NR 5) que

se trata de CIPA em sua totalidade, complementada pela Portaria nº 8, de 23/02/99 da

Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho.

3.2 Legislação sobre Saúde e Segurança no Trabalho

Acidente de Trabalho: conceito legal e prevencionista

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 49

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Conceito LegalDiz o Decreto 611/92, de 21/07/92:

“Art. 139: Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço

da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando

lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da

capacidade para o trabalho permanente ou temporária.”

Conceito PrevencionistaNuma perspectiva prevencionista, o acidente de trabalho é uma ocorrência não

programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma

atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos

materiais.

3.3 Origem e Conseqüências dos Acidentes e Doenças do Trabalho

Doença Ocupacional e Doença do Trabalho

Doença Ocupacional ou Profissional

São doenças que se originam do exercício de determinadas profissões,

desencadeadas pelo exercício de trabalho peculiar de determinada atividade ou ocupação.

Exemplo: trabalhadores das minas e fornos de carvão podem desenvolver uma doença no

pulmão, chamada bronquite, em função da exposição constante à poeira e à fumaça.

Doença do Trabalho

Não está relacionada com a ocupação, sendo adquirida ou desencadeada em

função de condições especiais em que o trabalho é realizado. Exemplo: qualquer

trabalhador exposto a um ambiente de trabalho sujo e contaminado pode sofrer danos em

sua saúde.

Agentes Causadores de Riscos no Ambiente de Trabalho

Agentes físicos

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 50

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Iluminação: falta ou excesso de iluminação pode causar a redução da capacidade

visual.

Vibração: produzida por máquinas e equipamentos específicos, com o passar do

tempo e sem a devida proteção, o trabalhador poderá sofrer danos nas articulações,

dores na coluna, disfunções renais e circulatória.

Ruído: em níveis excessivos, ao longo do tempo, podem provocar alterações

auditivas, que vão desde a perda parcial da audição até a surdez total.

Radiação: a ultravioleta, provocada por soldas elétricas, por exemplo, pode

ocasionar lesões oculares e queimaduras.

Temperaturas extremas e umidade: o calor em excesso pode provocar desidratação,

insolação, catarata, entre outros. Baixas temperaturas podem desencadear resfriados,

alergias e até problemas circulatórios.

Agentes biológicos

São microorganismos - fungos, vírus, bactérias e parasitas - que em contato com o

homem podem provocar inúmeras doenças (ex: tétano, hepatite, micoses, entre outras).

Agentes ergonômicos

A Organização Internacional do Trabalho define ergonomia como a “aplicação das

ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para

alcançar o ajustamento mútuo ideal, entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados se

medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho.”

São exemplos de agentes ergonômicos: sono, fadiga, posição do corpo na

execução das tarefas, monotonia, ritmo e jornada de trabalho, tarefas repetitivas, móveis e

ferramentas inadequadas, entre outros. Os agentes ergonômicos podem ocasionar

distúrbios físicos e psicológicos no trabalhador, comprometendo seu organismo e seu

estado emocional. Como conseqüência, piora sua produtividade, saúde e segurança.

Agentes Químicos

São substâncias químicas que provocam reações tóxicas ou contaminam o

trabalhador. Os agentes químicos podem se apresentar na forma sólida, líquida ou

gasosa, penetrando no organismo pelas vias digestiva, respiratória e/ou cutânea.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 51

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Agentes mecânicos

Enquadram-se as ferramentas, máquinas, equipamentos ou suas partes com

defeitos, além de instalações.

3.4 Princípios de Higiene no Trabalho

A Importância da HigieneHigiene significa “sistema de princípios ou regras para evitar doenças e conservar

a saúde.” Estes princípios se relacionam a diversos aspectos da vida do indivíduo:

Higiene pessoal – compreende os cuidados de asseio corporal, do modo de se

vestir e de viver.

Higiene do ambiente de trabalho – assim como no lar, a higiene no ambiente de

trabalho é fundamental. A desordem nos materiais pode desde obstruir a

circulação até ocasionar uma queda. Já a sujeira pode expor o profissional aos

agentes biológicos (bactérias, ácaros, fungos) que podem provocar inúmeras

doenças.

Higiene dos equipamentos – luvas, sapatos e botas devem ter seu uso

individualizado (um para cada trabalhador) e deverão ser sempre limpos após o

uso. Também as máquinas e ferramentas utilizadas no trabalho devem ser

conservadas limpas, para evitar danos e possíveis acidentes.

3.5 Qualidade de Vida no Trabalho

A proposta de qualidade de vida deve ser entendida de forma ampla, abrangendo

as mais diferentes questões com as quais nos deparamos atualmente como: o ser

humano e suas concepções, o processo de mudança, as transformações tecnológicas e o

papel do indivíduo.

Qualidade de vida envolve a mobilização das pessoas, com relação a atitudes e

valores, com o objetivo de estimular o desenvolvimento de sua personalidade, de seu

corpo, de sua identidade social e de atitudes coerentes com estes valores. Além disso, as

reflexões sobre o sentido da existência, o significado dos nossos atos, enfim, as reflexões

éticas devem estar sempre presentes.

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 52

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O conjunto de valores, normas e padrões sociais influenciam o ambiente

organizacional, delimitando o que se conceitua por cultura organizacional.

A qualidade de vida tem sido utilizada como indicador das experiências humanas

no local de trabalho e do grau de satisfação das pessoas que desempenham o trabalho. A

qualidade de vida envolve uma série de fatores:1. A satisfação com o trabalho executado

2. As possibilidades de futuro na organização3. O reconhecimento pelos resultados

alcançados4. O salário recebido5. Os benefícios recolhidos6. O relacionamento humano

dentro do grupo e da organização7. O ambiente psicológico e físico do trabalho8. A

capacidade e a responsabilidade de decidir9. As possibilidades de participar

O que é Qualidade de Vida?

Certas coisas são fundamentais. Se você não satisfizer certas necessidades, vai

se sentir incompleto ou vazio. Essas necessidades são de quatro tipos:1. Físicas:

precisamos de comida, roupas, moradia, saúde e dinheiro.2. Sociais: precisamos amar e

ser amados, sentir que fazemos parte de um grupo maior e nos associar a outros.3.

Mentais: precisamos desenvolver nossas habilidades e crescer.4. Espirituais: precisamos

sentir que temos uma meta na vida, que existe um significado na vida e que estamos

contribuindo de alguma maneira para isso.Cada uma destas quatro necessidades afeta

nosso tempo e nossa qualidade de vida. Por exemplo, para realizar coisas precisamos de

energia e boa saúde – uma necessidade física. Para atingir metas comuns, precisamos

saber trabalhar em conjunto com outras pessoas – é a necessidade social. Para progredir

profissionalmente e não estagnar, precisamos adquirir novas habilidades e ampliar

nossas perspectivas – eis aí a necessidade mental. Enfim, é importante termos uma

noção clara de quem somos e para onde estamos indo – a necessidade espiritual. Prevenção de Incêndios

Teoria do Fogo

Fogo ou combustão - É o resultado de uma reação química das mais simples e

para que ela se efetive é necessária a presença dos três elementos a seguir:

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 53

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Combustível - é todo material que queima e se transforma, podendo ser

encontrado no estado sólido, líquido ou gasoso. Exemplo: carvão, gasolina, GLP,

transformadores, magnésio.

Comburente - é um dos elementos do ar - o oxigênio.

Fonte de Calor - é a forma de energia que dá início ao fogo. Exemplo: chama

viva, brasa, faíscas.

Quando os três elementos se unem formam o Triângulo do Fogo.Você já percebeu que alguns materiais em temperatura ambiente, podem pegar

fogo com uma simples faísca?

Outros, no entanto, necessitam de aquecimento prévio para que entrem em

combustão.

Exemplos:

A gasolina pode queimar em temperatura ambiente.

O ferro necessita de altíssimas temperaturas para queimar.

Pontos de Inflamabilidade

Ponto de fulgor: é a temperatura mínima em que um combustível começa a

liberar gases ou vapores inflamáveis que, se entrarem em contato com alguma fonte

externa de calor, incendeiam. Porém as chamas não se mantém, não se sustentam, por

não existirem gases ou vapores suficientes.

Ponto de combustão: é a temperatura mínima em que o combustível libera

gases ou vapores inflamáveis que em contato com fonte externa de calor se incendeiam,

mantendo-se as chamas.

Ponto de ignição: é a temperatura mínima em que um combustível libera

gases ou vapores inflamáveis, que se incendeiam espontaneamente na presença do

oxigênio, independentemente de uma fonte externa de calor.

Vale ressaltar que muitos produtos perigosos inflamáveis já ultrapassam seu

ponto de fulgor, apenas em temperatura ambiente. Isto é, liberam gases ou vapores

suficientes para serem inflamados.

Exemplos:

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 54

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P ro d u to s P e r ig o so s I n fla m á v e is P o n to d e F u lg o r G as o lin a T in ta s , v e rn iz e s e d i lu e n te s Q u e ro se n e B u ta n o E ta n o l M e ta n o l M a d e ira A s fa lto

- 4 2 ºC + 2 3 ºC + 3 4 ºC - 6 0 ºC + 1 2 ,2 °C + 1 6 ,1 °C + 1 5 0 °C + 2 0 4 °C

Transmissão de Calor

Condução: O calor se transmite de molécula para molécula do corpo, por

movimentos vibratórios.

O calor produzido pela chama da vela incandescente é transmitido por contato

direto à lâmina do estilete.

Convecção: O calor se transmite com o acúmulo de massa de ar quente.

O calor produzido pela chama da vela incandescente é transmitido para o papel

através do ar quente.

Irradiação: o calor se transmite por meio de ondas de energia calorífica, que se

deslocam através do espaço.

A lâmpada acesa transmite calor, aquecendo a folha de papel.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 55

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Combate a Princípio de IncêndioPara que haja a combustão, é necessária a formação do triângulo do fogo.

Partindo desse princípio, podemos afirmar que um incêndio pode ser extinto se

rompermos o triângulo do fogo, ou seja, se adotarmos uma das seguintes práticas:

Métodos de Extinção

Isolamento ou remoção do material: é a retirada, a interrupção ou o

desligamento do material que ainda não começou a queimar. Exemplo: isolamos a

continuidade da queima do GLP do isqueiro quando soltamos a válvula de saída.

Resfriamento: é a retirada do calor do material incendiado até que sua

temperatura fique abaixo do ponto de combustão.

Exemplo:Quando mergulhamos o palito de fósforo aceso no copo com

água, ocorre resfriamento total, extinguindo o fogo.

Abafamento: é a retirada total ou

parcial do oxigênio ou comburente. Exemplo:

quando tampamos a vela acesa com o copo, o

oxigênio existente em seu interior é consumido

pela chama até atingir níveis insuficientes para

continuar a queima.

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 56

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Classificação dos Incêndios, Métodos de Extinção e Tipos de Extintores

De acordo com as características dos materiais combustíveis, e visando a

utilização de extintores adequados para romper o triângulo do fogo, os incêndios foram

divididos em cinco classes.

C la ss e s d e In c ê n d io

M a te r ia is C o m b u s t ív e is

M é to d o s d e E x t in ç ã o E x t in to r e s

A Tec id o , m ad e ira , p ap e l, fib ra

R esfriam en to : re tira d a d o calo r, re d uz ind o a tem p era tu ra p a ra q u e fiq u e ab a ix o d o p o nto d e co m b u stão .

Á g u a p res su riza d a ,esp u m a m e cân ica .

O b s.1

B G ra x a , v e rn iz , t in ta , g a so lin a

A b afam en to : re tira da d o co m b u re nte (o x ig ên io ). iso la nd o m ate ria l co m b ustív e l d a fo n te d e c alo r p a ra ev ita r a fo rm açã o d e n o v o s g ases o u v ap o re s in flam áv eis

G ás ca rb ô n ic o , p óq u ím ico seco , esp u m a m ecâ n ic a .

O b s.2

C

M o to res , q u ad ro s d e d is tr ib u içã o, f io s so b ten são

A b afam en to : u san d o e x tin to r q u e n ão co n d u za e le tric id a de ; tam b ém in te rro m p er a co rren te e lé tric a d e fo rm a seg u ra .

G ás ca rb ô n ic o , p ó q u ím ic o sec o

D

M eta is p iro fó rico s : m ag n ésio , t itâ n io , z irc ô n io , p o táss io ealu m ín io e m p ó .

Q u eb ra d e re açã o e m cad e ia: p e lo u so de p ó s q u ím ico s e sp ec iais qu e fo rm arão c am ad as p ro te to ras q u e im p ed em a co n tin u a ção d as ch a m a s.

P ó q u ím ico esp ec ia l e l im a lh a d e fe rro fu n d ido .

E R ad io a tiv o Iso lam en to d a á rea e n ão se a p ro x im e d o lo cal.

B O M B E IR O S F O N E : 1 9 3 C N E N

Tipos de Agentes Extintores e sua UtilizaçãoExistem diversos tipos, tamanhos, modelos e processos de funcionamento de

extintores de incêndio, que são encontrados em uso no mercado.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 57

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Água PressurizadaO cilindro contém água e um gás inerte que dá a pressão necessária

ao seu funcionameno. É utilizado para a prática de resfriamento.

Operação:

1. Levá-lo próximo ao local do fogo;

2. Empunhar a mangueira;

3. Retirar a trava ou o pino de segurança;

4. Atacar o fogo, dirigindo o jato de água para sua base.

Espuma Mecânica

Operação:1. Puxe a trava, rompendo o lacre, e segure na posição vertical;

2. Libere a mangueira e direcione para a base do fogo;

3. Aperte a gatilho, mantendo o jato sobre o material em chamas.

Gás Carbônico

Operação:

1. Levá-lo próximo ao local do fogo;

2. Retirar a trava ou o pino de segurança;

3. Empunhar a mangueira;

4. Atacar o fogo, procurando abafar toda a área atingida.

Pó Químico Seco Pressurizado

Operação:

1. Levá-lo próximo ao local do fogo;

2. Retirar a trava ou o pino de segurança;

3. Empunhar a mangueira;

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4. Atacar o fogo, procurando formar uma nuvem de pó em toda a sua

área.

Providências a serem tomadas em caso de princípio de incêndio

1. Toda a área deve ser evacuada, pois curiosos e pessoas querem ajudar,

podem atrapalhar.

2. Isolar a área e dar combate ao fogo.

3. Você não possui todos os recursos e não domina todas as técnicas de combate

ao fogo, portanto, deve ser acionado de imediato o Corpo de Bombeiros.

4. Informar ao Corpo de Bombeiros ou pedir a terceiros que informem o tipo de

material que está se incendiando e o local da ocorrência.

5. Verificar a proximidade das instalações elétricas, para que sejam desligadas.

6. Em todos os casos, deve-se manter a calma, para atuar com serenidade e

precisão, sem tentar ser o herói.

4 - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

4.1 O Fator Humano nas Organizações

Relacionamento Interpessoal significa relacionamento entre pessoas, englobando

todos os tipos de relacionamentos entre os seres humanos. Desde o seu nascimento,

todo ser humano passa a pertencer a uma família, já se envolvendo em seus primeiros

relacionamentos interpessoais.

Ao chegar à fase adulta, o indivíduo terá estabelecido milhares de vínculos nas

suas relações, participando de grupos sociais, relacionamentos afetivos e profissionais.

Todos esses relacionamentos apresentam uma característica em comum: a comunicação.

Podemos dizer que o homem não vive sozinho. O desenvolvimento da sociedade

tornou as pessoas cada dia mais dependentes de seu grupo. Isto também acontece no

trabalho.

A dimensão do trabalho na vida do homem é muito extensa. Há autores que

afirmam que o homem vive:

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 59

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MENSAGEMBARREIRAS:

Formação MoralPersonalidade

EMISSOR Ideologias RECEPTORPreferências

CulturaEmocionalidade

REALIMENTAÇÃO / FEEDBACK

No trabalho, pois tudo o que está a sua volta é fruto do trabalho, seu ou de outro

indivíduo;

Do trabalho, pois é dele que se conseguem os recursos necessários para a

sobrevivência;

Para o trabalho, pois nele pode realizar-se enquanto homem, sentindo-se útil,

responsável, produtivo e reconhecido.

4.2 A Natureza da Comunicação Interpessoal

Comunicação

É o processo que consiste em transmitir e receber mensagens com a finalidade de

afetar o comportamento das pessoas.

Processo de Comunicação

Se as pessoas descobrirem como agem e tentarem descobrir maneiras para

compensar tais comportamentos, isso os ajudará com mais eficiência no relacionamento

interpessoal.

Entendendo o Processo de Comunicação

Por meio da comunicação expressamos pensamentos, experiências e emoções;

A comunicação ocorre de forma variada;

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A comunicação é o processo de transmitir e receber mensagens;

Para que a comunicação se realize, são necessários um emissor e um receptor;

A comunicação ocorre de duas maneiras: verbal e não-verbal.

A Comunicação Verbal

É fundamental nos relacionamentos interpessoais além de ser a mais utilizada.

Ocorre por meio de: conversas, livros, jornais, rádio, TV, cartas, relatórios, entre outros.

Exige cuidado e preparo, tanto parte de quem a origina como de quem a recebe. É

necessário passar idéias com clareza, mas a comunicação nem sempre consegue atingir

o objetivo de passar uma mensagem clara.

A comunicação não-verbal

Na comunicação, o emissor está transmitindo mensagem com de expressões

faciais ou corporais e ainda por meio de gestos. Sem que se perceba, freqüentemente se

está transmitindo mensagens. O comportamento inadequado de um condutor no trânsito

gera “mensagens” negativas que permitem aos outros analisar o seu perfil.

Exemplos de comunicação não verbal no trânsito:

EMISSOR CANAL OU VEÍCULO 1.1.1.1.1. MENSAGEM

RECEPTOR

Condutor Buzina “Atenção” Pedestre

Agente de Trânsito Som do apito

(2 silvos breves)

“Pare” Condutor

Departamento de

Trânsito

Símbolos de

sinalização

“Proibido retornar” Condutor

Motorista Conversão á esquerda “Vou virar à esquerda” Pedestre

Problema de Comunicação

As causas principais das falhas de comunicação podem ser ocasionadas por

quem escuta, pelo meio de comunicação ou, ainda, pela própria mensagem.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 61

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Dificuldades de expressão

Escolha inadequada do receptor

Escolha inadequada do meio

Falhas da mensagem

Diferenças de percepção

Condições para uma Boa Comunicação

Falar com clareza e precisão

Ter objetividade

Tom de voz moderado

Saber ouvir

Respeitar

Ter boa vontade

Receptividade

Parte de nossa comunicação é feita com pessoas do nosso convívio, porém,

temos uma completa rede de relacionamentos com pessoas de todos os níveis. O trânsito

faz parte dessa rede.

4.3 Aprendendo a Administrar Relacionamentos

Além de uma comunicação eficiente, os indivíduos que possuem um bom

relacionamento interpessoal têm características especiais :

Respeito Flexibilidade

Bom senso Humildade

Paciência Equilíbrio

Empatia Receptividade

Igualdade Educação

Persistência

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Não participar de brigas e discussões no trânsito.

Jamais reagir a atitudes incorretas dos outros motoristas, pois um erro não justifica o

outro.

Personalidade

É o conjunto de características que torna a pessoa única e diferente das outras,

ou seja, cada um tem a sua personalidade, pois os indivíduos pensam, sentem e agem de

maneira bastante distinta.

A personalidade se forma quando ainda somos crianças e vai se adaptando ao

ambiente em que vivemos, à medida que vamos crescendo.

São fatores que determinam a personalidade:

Herança biológica;

Ambiente;

Idade.

Deve-se ter cuidado ao formar opiniões precipitadas sobre outras pessoas, pois

estas informações podem se transformar em preconceitos ou estereótipos.

Preconceitos

Trata-se de conceito ou opinião formados antes de ter o conhecimento adequado.

Alguns preconceitos são:

criticar idéias e opiniões dos outros que não combinam com o que você pensa;

julgar a pessoa precipitadamente sem considerar o seu estado emocional.

Por exemplo: ela pode estar agressiva porque está vivendo um momento difícil.

Ao relacionar-se com o outro, deve-se considerar as próprias emoções para não

julgar o outro de forma errada.

A revelação da personalidade acontece no relacionamento com as outras

pessoas.

Quando o indivíduo se conhece melhor, fica mais fácil conhecer o outro. Assim,

melhora a qualidade dos relacionamentos.

Estereótipos

Estereotipar é perceber as pessoas baseando-se em pré-julgamentos.

As primeiras impressões de uma pessoa podem estar alicerçadas em estereótipos.

Portanto, em geral, são enganosas. Por exemplo: É mulher, não sabe dirigir.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 63

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Em função deste julgamento, passamos a interagir com as pessoas esperando,

inclusive, atitudes que podem não chegar a ocorrer.

A partir do momento que se obtém mais dados a respeito de uma pessoa, os

estereótipos vão sendo reformulados e nova percepção será formada a respeito da

pessoa, facilitando o relacionamento interpessoal.

Motivação

O conhecimento da motivação e do seu uso adequado, tanto para interpretar fatos

como para resolvê-los, é de grande valia nas relações interpessoais.

O estudo da motivação busca explicações para as ações humanas, isto é, o

processo pelo qual os indivíduos são levados a satisfazer determinadas necessidades.

Conhecendo a motivação, compreende-se melhor as relações entre as pessoas.

Motivo

É aquilo que move a pessoa para alcançar seus objetivos. Este impulso à ação é

provocado por um estímulo externo que vem do ambiente ou por um estímulo interno que

vem da própria pessoa.

Quando uma necessidade é atendida e satisfeita, um processo de motivação

termina, mas logo o indivíduo identifica uma nova necessidade e imediatamente um novo

processo de motivação é iniciado.

A motivação está ligada às necessidades do ser humano. O homem raramente

alcança um estado de completa satisfação, a não ser por curtos períodos de tempo, pois

logo que satisfaz um desejo, surge outro e assim sucessivamente. Embora exista uma

ordem de prioridades, algumas necessidades podem aparecer ao mesmo tempo.

Necessidades Humanas

Necessidades Primárias – são as de natureza fisiológica e de segurança.

Fisiológicas

Relacionam-se ao bem-estar físico da pessoa e estão ligadas à sobrevivência.

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Neste nível estão as necessidades de alimentação, de repouso, de abrigo, de

respiração e o desejo sexual. São as mais prementes necessidades humanas.

Segurança

Relacionam-se à proteção contra o perigo ou privação. Estas necessidades ficam

evidenciadas quando as fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Um exemplo desse

tipo de necessidade é o medo que a pessoa tem de perder o emprego e não poder

sustentar a família.

Necessidades Secundárias – são as de natureza social, de estima e de auto-realização.

Sociais

São as de associação, de participação, amizade, inclusão em grupos, aceitação

por parte dos companheiros.

Estima

São aquelas relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia.

Envolvem auto-estima, autoconfiança, respeito, reputação, reconhecimento, amor,

independência e autonomia. A não-satisfação dessas necessidades pode produzir

sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo.

Auto-realização

Estão relacionadas ao desenvolvimento de cada pessoa.

Todos temos necessidades de auto-realização como pessoa e como profissional e

buscamos novos desafios para a auto-satisfação.

Conseguir o crescimento pessoal e o profissional significa: buscar o aprimoramento

da qualidade de vida.

Apesar de não termos o poder de motivar ninguém, pois a motivação é um

processo interno de cada indivíduo, temos o poder de estimular as pessoas com quem

convivemos e de ajudá-las a descobrir as próprias necessidades. Conseguimos isto com

um elogio, uma conversa, uma palavra.

Melhorando os Relacionamentos

Um aperto de mão, um sorriso ou um simples olhar de uma pessoa influencia

nossos pensamentos e sentimentos.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 65

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Estamos nos relacionando, todo o tempo, com outras pessoas. Uma das principais

características do ser humano é que ele interage com seu meio ambiente e, ao mesmo

tempo, sofre influências dele.

O relacionamento interpessoal é uma troca entre duas ou mais pessoas.

Podemos também, a partir da nossa observação sobre uma pessoa, transferir a

idéia que formamos para todo o grupo a que ela pertence. Vejamos um exemplo: se você

tem uma experiência desagradável com uma pessoa estrangeira, isso não significa que

todos os estrangeiros vão agir da mesma forma.

Isso acontece quando pessoas ou grupos são rotulados. Por exemplo: todos

os adolescentes são preguiçosos. Essa afirmativa é um preconceito, porque nem todos os

adolescentes são preguiçosos.

Por isso, esteja atento ao comportamento do outro como um todo, procurando

conhecer a pessoa como ela é. Assim, fica mais fácil o relacionamento com as pessoas.

Conhecendo e Respeitando as Diferenças

Todos nós somos diferentes no modo de pensar, de sentir e de agir. As diferenças

existem, e o importante é saber reconhecê-las e lidar melhor com elas, especialmente

no ambiente de trabalho.

Somos diferentes pela nossa aparência física, nossa maneira de pensar e

por muitas características pessoais.

As características podem ser físicas e psicológicas.

Cada indivíduo é um ser único com pensamentos, sentimentos, atitudes e histórias

diferentes.

Respeitando as diferenças do outro, você pode conquistar grandes

relacionamentos!

As diferenças se manifestam de acordo com as normas e os hábitos adquiridos na

sociedade, ou seja, a cultura de cada um.

As diferenças existem, também, pelas crenças que cada grupo social tem.

Você pode verificar que, no ambiente de trabalho, quando sai ou entra uma pessoa

na sua equipe, percebem-se muitas diferenças na forma com que os profissionais passam

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a se comportar e até mesmo a produzir. Com a troca de experiências e as diferenças de

cada um, o grupo se transforma e todos aprendem e crescem profissionalmente.

Muitas veze, as diferenças no ambiente de trabalho podem gerar conflitos. Por

isso, é preciso ter cuidado com as reações preconceituosas ou de intolerância, pois elas

criam barreiras para a troca de idéias, de conhecimentos e de experiências.

Em nossos relacionamentos, estamos sempre influenciando o comportamento de

alguém ou sendo influenciados. A influência acontece no sentido de mudar ou acrescentar

novas percepções sobre as pessoas ou os fatos. Essas percepções podem confirmar ou

alterar o que pensamos e sentimos, resultando (ou não) em mudança de comportamento.

5 - ATENDIMENTO AO CLIENTE

5.1 Visão e Reflexos no Atendimento

Os clientes estão cada vez mais exigentes. O Almoxarife tem de estar sempre

apto a adquirir conhecimentos novos, tornando-se competente e aperfeiçoando suas

qualidades profissionais

Hoje em dia, os usuários estão cada vez mais exigentes, mais bem-informados,

preocupados com a qualidade, preferindo um atendimento diferenciado.

As estatísticas demonstram o grau de insatisfação do cliente:

70% das reclamações são geradas por causa da qualidade no atendimento ao cliente;

20% ocorrem pela falta de atenção pessoal do atendente;

49% mudam porque a atenção é de baixa qualidade;

15% mudam por um serviço melhor ou mais barato.

As reclamações feitas pelos clientes servem para rever os pontos negativos e

falhas, valorizando a prestação de um serviço de qualidade. Na verdade, quando um

cliente exige qualidade, ele espera respeito e consideração.

5.2 Prestação de Serviços e Qualidade no Atendimento

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 67

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Atualmente, o grande diferencial de negócios e empresas é o atendimento.

Satisfazer as necessidades dos clientes é, em última instância, missão básica e condição

de sobrevivência.

Um cliente mal atendido levará uma imagem negativa da empresa e a divulgará.

As pessoas que o ouvirem provavelmente deixarão de utilizar os serviços da empresa em

que você trabalha.

Atenda o cliente de imediato.

Procure se comunicar com seu cliente de forma direta e clara.

Seja cortês.

Demonstre boa vontade.

Evite termos técnicos.

Evite atitudes negativas como “não posso”, “está errado”.

Reconheça a importância da qualidade do seu trabalho, para atender as

expectativas do cliente.

Busque constantemente aperfeiçoamentos técnicos e comportamental.

Compreenda a necessidade do cliente.

Cuide de sua aparência pessoal, ela é o seu cartão de visita.

Não beba, coma ou mastigue chiclete enquanto estiver atendendo o cliente.

Não atenda outra pessoa ou o telefone enquanto estiver com cliente; mas, se for

necessário, peça licença e seja breve.

O profissional que não atingir o nível de qualidade solicitado será substituído por

outro indivíduo que atenderá as exigências.

Para conquistar a preferência dos clientes, o profissional precisa aprimorar sua

qualidade constantemente.

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6 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL

6.1 O Cidadão e o Meio Ambiente

Para melhor entendermos o nosso papel na sociedade, no País e no mundo,

vamos definir o significado da palavra cidadão. Segundo o Novo Dicionário da Língua

Portuguesa, “cidadão é todo indivíduo, no gozo dos direitos civis e políticos de um

Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este.”

A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, no

Capítulo I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, Art. 5º, determina:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-

se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,

à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”.

Inciso II - “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão

em virtude de lei (...)”.

Ainda no Capítulo II - Dos Direitos Sociais, Art. 6º, estabelece: “São direitos

sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a

proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta

Constituição.”

O cidadão tem um papel muito importante na construção da consciência ecológica

da sociedade, agindo de forma cuidadosa e consciente no espaço que ocupa no meio

ambiente, respeitando os outros elementos, como o solo, a água, o ar, a fauna e a flora.

Além disso, ter um meio ambiente saudável e equilibrado é uma questão de

sobrevivência do ser humano atual e das gerações futuras.

Meio Ambiente, segundo o dicionário, “é tudo aquilo que cerca ou envolve os

seres vivos ou as coisas”. Ou seja, é o conjunto dos elementos físicos, químicos e

biológicos necessários à sobrevivência das espécies. Portanto, o meio ambiente é

constituído de água, solo, ar, vegetais, seres humanos e animais.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 69

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Ecologia: é a ciência que estuda as relações entre os elementos do meio

ambiente.

Equilíbrio Ecológico: é o equilíbrio entre os diversos grupos de seres vivos e

deles com o meio ambiente.

No início da civilização, os povos viviam em um meio ambiente perfeitamente

equilibrado.

Com o crescimento da população e o processo evolutivo, o homem passa a

utilizar cada vez mais recursos da natureza para melhorar sua condição de vida. A

formação de cidades deu início a um problema que só tem se agravado com o tempo: o

acúmulo de resíduos, que são os restos de todo e qualquer tipo de material sólido, líquido

e gasoso.

O crescimento desordenado tem provocado graves impactos ao meio ambiente,

tais como: a poluição do ar, das águas e do solo; o desmatamento; a desertificação

(formação de desertos); a extinção de espécies; o efeito estufa; a destruição da camada

de ozônio; a formação da chuva ácida; as emissões radioativas e o acúmulo cada vez

maior de resíduos (lixo).

A nossa vida é influenciada pelo meio ambiente. Para tornar a “qualidade de vida”

melhor, devemos nos esforçar para preservar e melhorar esses meios. Entretanto,

costumamos esquecer esses deveres e nos deparamos com disputas constantes, no

sentido de obter direitos e vantagens pessoais.

Isso provoca excessivas reivindicações, abusos de direito, desordens sociais e,

em muitos casos, representa obstáculos para a conquista da democracia.

A conquista do nosso direito sem a consciência do dever e da responsabilidade

prejudica o desenvolvimento da sociedade.

O direito e o dever, originalmente, não são independentes. Eles são como duas

faces da mesma moeda. Portanto, o fato de termos um direito significa que temos

também o dever de respeitar o direito dos outros.

O Estado assume a responsabilidade com os cidadãos no que se refere à

serviços essenciais __ moradia, educação, saúde e transportes __ financiado pelo

cidadão, que paga impostos e que passa a ter direito de usufruir dos mesmos.

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Atualmente, uma das maiores preocupações é a busca de uma melhor qualidade

de vida. Para isso, se faz necessário criarmos um ambiente seguro e saudável,

conservando-o, para que nele possamos viver em harmonia.

Para a integração do trânsito com o meio ambiente é preciso diagnosticar e

corrigir os problemas decorrentes do comportamento humano inadequado, como:

Poluição atmosférica, visual e sonora;

Acidentes provocados por desconhecimento e falta de cuidados com o

transporte de produtos tóxicos poluentes;

A poluição de rios e matas, provocadas por detritos jogados pelos

motoristas nas rodovias;

Acúmulo de lixo em bueiros ou próximo a rios e lagos, causando enchentes

nas vias urbanas e até mesmo em rodovias.

Legislação Específica

Desde a década de 50, há legislação específica no Brasil sobre meio ambiente. O

amparo legal à defesa ambiental foi reforçado pela Constituição Federal de 1988, que

possui um capítulo dedicado ao meio ambiente: Capítulo VI, Artigo 225. Além disso, cada

Estado possui, em suas Constituições, especificações regionais relacionadas ao meio

ambiente.

Órgãos Regulamentadores sobre o Meio Ambiente

Conama

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece normas gerais para

a proteção do meio ambiente. Dentre as suas resoluções, as que fazem referência à

legislação de trânsito detalham e tratam das normas para fabricação, comercialização e

distribuição de novos combustíveis; limites para emissão de gases e ruídos; normas para

manutenção e regulagem de veículos; normas para projeto, fabricação e montagem de

veículos, além de determinar prazos para que os fabricantes possam incluir os

equipamentos e dispositivos que visam a diminuição da emissão de gases e ruídos pelos

veículos.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 71

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O Conama instituiu o Proconve __ Programa de Controle da Poluição do Ar por

Veículos Automotores - para reduzir a poluição atmosférica causada pelos veículos, por

meio da Resolução nº 18, de 06/05/1986.

Este programa engloba a conscientização da população a respeito da poluição

causada pelos veículos, o incentivo ao desenvolvimento da tecnologia no setor

automobilístico para a redução de poluentes emitidos, o aprimoramento da qualidade dos

combustíveis líquidos, a fiscalização e a criação de programas de inspeção e manutenção

para veículos automotores em uso.

Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama) é responsável pela execução da política e das diretrizes governamentais para o

meio ambiente. É também o órgão que exerce a fiscalização e o controle da aplicação dos

critérios, normas e padrões de qualidade ambiental.

O Conama estabelece normas gerais para a proteção do meio ambiente, e o

Ibama é o responsável pela execução da política governamental e, ainda, exerce a

fiscalização e o controle do meio ambiente.

6.3 Conceito de Poluição: Causas e Consequências

Conceito

Entende-se por poluição a deterioração das condições ambientais que pode

atingir o ar, a água e o solo.

A palavra poluição designa qualquer modificação desfavorável do meio natural,

cujos efeitos vão alterar o equilíbrio do meio ambiente e provocar perda na qualidade de

vida.

A Organização Mundial da Saúde __ órgão da Organização das Nações Unidas

(ONU) __ define: “Poluição ou contaminação ambiental é uma alteração do meio

ambiente que pode afetar a saúde e a integridade dos seres vivos”.

Qualificação para Borracheiro, Alinhador e Balanceador - 72

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Os agentes que provocam a poluição são chamados “poluentes”. Os agentes da

poluição podem ser gasosos, líquidos ou sólidos e concentram-se na atmosfera, na água

ou no solo.

Entre eles, podemos citar os gases tóxicos liberados na atmosfera, os detritos

acumulados nos rios e nas praias, o ruído excessivo produzido nos centros urbanos e até

mesmo os cartazes de publicidade, que modificam o aspecto visual de uma paisagem e

confundem a compreensão do homem.

Precisamos considerar que os impactos ambientais causados pela atividade

humana afetam os recursos naturais e a saúde humana, podendo causar desequilíbrios

ambientais no ar, nas águas, no solo e no meio sócio-cultural. Algumas das formas mais

conhecidas de degradação ambiental são a desestruturação física (erosão), a poluição e

a contaminação.

A humanidade vem convivendo, diariamente, com a presença da poluição. O

homem é o grande responsável por essa poluição, lançando seus detritos no meio

ambiente. Inicialmente, a emissão de poluentes, como esgoto e fumaça, tinha efeitos

locais e não chegava a comprometer o equilíbrio da natureza, que continuava mantendo o

seu poder de renovação e autolimpeza. Somente a partir da Revolução Industrial

(Inglaterra, 1750) as comunidades passaram a sofrer as conseqüências da poluição.

Além da indústria ser uma das maiores responsáveis pelo lançamento de

poluentes no meio ambiente, ela provocou o crescimento das cidades ao seu redor,

gerando a concentração de agentes poluidores.

O crescimento contínuo das cidades brasileiras não costuma ser acompanhado

de investimentos em infra-estrutura física e operacional ou em sistemas de transporte

público de qualidade, estimulando a expansão do uso de transporte individual.

Poluição das Águas

A poluição das águas ocorre de várias formas: por meio de dejetos humanos ou

animais, esgotos domésticos, resíduos industriais, defensivos agrícolas, sabões,

detergentes, entre outros elementos lançados diretamente em mananciais, rios e mares,

contaminando-os.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 73

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O homem utiliza grande quantidade de água e a devolve ao meio ambiente,

geralmente poluída por vários agentes e processos.

Como a população cresce continuamente, aumenta a demanda por água e mais

poluídos tornam-se os reservatórios e a fontes naturais. Esta água poluída que o homem

devolve à natureza poderá ser consumida novamente. Para isto, ela terá de ser tratada.

Os resíduos que são lançados na água pelo homem têm dois efeitos básicos:

estimulam o desenvolvimento de certos organismos ou lhe são prejudiciais. No primeiro

caso, estão substâncias como o fósforo, o nitrogênio, o carbono e compostos orgânicos,

que são chamados nutrientes. As plantas são os únicos seres vivos capazes de fabricar

matéria orgânica a partir de substâncias como a água e o gás carbônico.

As plantas também utilizam sais dissolvidos, os nutrientes. A intensidade do

crescimento vegetal depende da quantidade de nutrientes que pode ser encontrada no

meio ambiente. Existem algas que são tóxicas e, em grande volume, chegam a causar a

morte de peixes e outros animais.

No segundo caso, dos resíduos prejudiciais, encontram-se substâncias tóxicas,

como os metais pesados, os inseticidas, os herbicidas e numerosos produtos resultantes

da atividade industrial. Um dos problemas causados pelos metais pesados é a

mortandade de peixes em grande escala. Já, o lançamento de esgotos na água cria

situações prejudiciais à saúde, devido a presença de organismos causadores de doenças.

Muitas vezes, eles são os causadores de diarréia, poliomielite, hepatite, entre outras.

Por tudo isso, ao utilizar a água, o homem deve estar consciente das dificuldades

para a sua obtenção. Além disso, a água voltará a ser usada pelo homem, pela fauna e

pelo solo, que também precisa de umidade para se tornar fértil. Por isso, é preciso cuidar

bem dela.

Poluição do solo

É causada principalmente pelo acúmulo de lixo sólido, como embalagens de

plásticos, papel e metal. A maioria desses materiais não é biodegradável, ou seja, não se

decompõe pela ação de microorganismos ou demora muito tempo para desaparecer.

O vidro, por exemplo, leva 5 mil anos para se decompor e certos plásticos podem

durar para sempre.

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Algumas alternativas para eliminar esses acúmulos, como a incineração (queima),

o lançamento ao mar ou a mistura em aterros, são igualmente prejudiciais. A única forma

não-danosa de diminuir o problema é a redução da quantidade de lixo produzido, por

meio da reciclagem e da redução do uso de menos materiais descartáveis e não

biodegradáveis.

Produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas, e elementos

radioativos provenientes de usinas nucleares ou testes atômicos também são graves

poluidores do solo.

Dessa maneira, criam-se quadros bastante deploráveis e de difícil recuperação.

Segundo a FAO, organismo da Nações Unidas que controla o problema da falta

de alimentos no mundo, os desertos do planeta estão aumentando em cerca de 80 Km2

por ano.

Outro cuidado que precisa ser tomado é com relação aos defensivos agrícolas. O

excesso e o mau uso destes elementos podem criar problemas muito graves. Os maiores

perigos da utilização destes biocidas são o extermínio de seres úteis e a quebra de

cadeias alimentares.

As chuvas levam o excesso de adubos e defensivos para os rios, lagos e para o

lençol freático, poluindo a vida aquática, num verdadeiro círculo de contaminação.

O homem moderno, acostumado ao conforto, precisa se convencer de que

preservar o meio ambiente é preservar a própria vida.

ReciclagemÉ o processo empregado na recuperação de parte do lixo sólido e consiste na

transformação de materiais usados em novos produtos. Uma vez reciclados, materiais

como papel, plástico, vidros e alumínio são reaproveitados na fabricação de produtos

como livros, sacos de lixo, lâmpadas fluorescentes e pneus de automóveis.

A reciclagem, além de permitir a redução do volume de lixo, colabora na

diminuição da poluição do solo, do ar e da água.

Poluição Visual

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 75

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Este tipo de poluição, como qualquer outro tipo, origina-se da interferência direta

do homem sobre a natureza. Ela é o resultado do excesso de elementos visuais

espalhados pela cidade: cartazes de propaganda em grande quantidade, painéis

luminosos e até os edifícios que escondem a paisagem natural.

Comprovadamente, o excesso de informações visuais e a privação da observação

da paisagem natural causam estresse, fadiga, confusão mental e outros males à saúde do

ser humano, além de provocarem acidentes por ofuscamento da visão e desvio de

atenção.

A poluição visual é uma alteração ecológica, devido aos efeitos psíquicos que

provoca no homem. Estes efeitos estão diretamente relacionados com a alteração da

paisagem urbana, provocada pelo próprio homem, com a inserção de elementos e a

criação de situações estranhas ao ambiente.

Diariamente, somos obrigados a assimilar milhares de propagandas em placas,

quadros, murais, cartazes luminosos e outras formas, e não temos opção, pois paisagens,

ruas e avenidas estão cobertas por estes estímulos visuais.

7 - INFORMÁTICA BÁSICA

7.1MS Excel

O Microsoft Excel é um software para criação e manutenção de planilhas

eletrônicas.

Uma planilha é apenas um conjunto de linhas e colunas, sendo que a intersecção de uma

linha e uma coluna é denominada célula, que é a unidade básica da planilha. Uma

planilha eletrônica permite a construção e a gravação de informações em meios

magnéticos. Com o MS Excel é possível, além da manipulação de cálculos em planilhas,

gerar gráficos criados com base nos dados da planilha.

Todas estas funcionalidades permitem planejar e organizar nossas informações

de forma que possamos encontrá-las com facilidade e rapidez. Ao utilizar planilhas

eletrônicas você poderá ordenar uma infinidade de informações que tornarão sua vida e

seu trabalho mais organizado e eficiente. As planilhas têm a capacidade de sintetizar

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quase tudo que pode ser ordenado: desde uma simples lista de compras em

supermercados, na qual você pode acompanhar seus gastos periodicamente, até um

cadastro de clientes, fornecedores, tabelas de preços, custos e estimativas, projeções de

juros de empréstimos, financiamentos, crediários e outros.

Nesta Unidade, você aprenderá os princípios básicos para a utilização do MS

Excel. O conteúdo será desenvolvido em sala de aula com ajuda do instrutor e o uso de

microcomputadores. Abaixo, a lista de tópicos da Unidade:

Iniciando o MS Excel

A Barra de Ferramentas Padrão

Linhas, Colunas e Células

Pasta de Trabalho e Planilhas

Criar, Inserir, Excluir e Mover Planilhas

Inserindo, Editando, Formatando e Excluindo Dados em uma Planilha

Inserindo, Copiando e Excluindo Linhas e Colunas

Utilizando Fórmulas em Planilhas do Excel

Operadores em Fórmulas do Excel

Sintaxe e Ordem de Avaliação dos Elementos da Fórmula

Gráficos

Funções Financeiras

7.2 MS Word

O editor de texto é uma das ferramentas mais utilizadas no mundo da informática. O

Microsoft Word é hoje a ferramenta mais popular do mercado. Nesta Unidade, você

aprenderá a formatar um texto, utilizar o corretor ortográfico, inserir uma tabela ou uma

imagem em seu texto, entre outras ações.

Você também aprenderá a utilizar os modelos de cartas e memorandos

disponíveis no próprio MS Word, para poupar tempo e trabalho.

O conteúdo será desenvolvido em sala de aula com ajuda do instrutor e utilização

de microcomputadores. Abaixo a lista de tópicos da Unidade:

Iniciando o Microsoft Word

Barra de Ferramentas

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 77

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Iniciando o documento

Salvando e fechando o documento

Configurando a página e ajustando a paginação

Imprimindo o documento

Desfazendo comandos

Movendo ou copiando texto

Pesquisa de dados

Cabeçalhos e Rodapés

Trabalhando com figuras

Ortografia

Autocorreção

Formatando Fontes

Formatando Parágrafos

Formatando Marcadores e Numeração

Formatando Bordas e Sombreamento

Criação de Textos Colunados

Modelos

O Uso de Mala Direta

8 - COMUNICAÇÃO VERBAL E ESCRITA

8.1. Introdução

Você, que convive com as infinitas exigências da vida moderna, está em processo de

comunicação durante quase todo o seu dia.

Ou seja: você passa pelo menos 75% das 18 horas de atividades diárias FALANDO –

OUVINDO – LENDO – ESCREVENDO! E, naturalmente, PENSANDO!

E então, como transformar essas atividades em prazer, em produção, em benefício, em

resultados positivos?

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Será que é possível ignorar a rapidez de transmissão dos conhecimentos? Será que o

homem pode simplesmente desconhecer o que se passa ao seu lado e, mesmo assim,

pretender ser feliz sem participar do que há de maravilhoso no mundo?

E para você, pessoa que já trabalha ou que necessita trabalhar, é possível parar o

tempo para que se atenda o seu desejo de crescer como profissional? Ou é você que tem

a obrigação de se aperfeiçoar e de se tornar cada vez mais necessário à sua empresa e a

seus companheiros?

Certamente você optou pelo estudo, o que lhe garantirá a convivência com novos

conhecimentos e a revisão de assuntos já aprendidos, mas que sempre merecem ser

revistos. Só assim você ampliará sua capacidade de comunicar-se com orgulho e firmeza,

com prazer e acerto, fazendo produtivo o seu tempo, tanto em relação ao trabalho quanto

aos indispensáveis momentos de lazer. Você será um interlocutor agradável, que ouve e

fala com segurança e respeito; será um leitor que entende o que lê e que “dialoga” com as

idéias do texto; um escritor que escreve com a necessária competência.

E neste instante, na sua opção pelo estudo, já está praticando a atividade de leitura:

será que tudo o que você leu até agora foi devidamente assimilado por você? Sua

atenção ao texto, seu ritmo de leitura, sua concentração, seu conhecimento do

vocabulário... será que tudo isso está sendo devidamente administrado?

Esses sete parágrafos anteriores já lhe permitem uma primeira avaliação: você foi

capaz de ler tudo sem interrupção? Compreendeu o que foi lido? É capaz de falar

resumidamente sobre o que você leu? Está cansado, com dores no corpo, com irritação

nos olhos? Responda a si mesmo com muita sinceridade e veja onde se encontram os

possíveis problemas que possam prejudicá-lo nesta viagem que você se propôs a fazer.

Vamos agora estudar assuntos importantes da língua portuguesa, para que você

possa usar produtivamente os 75% de seu dia!

8.2. Língua Falada e Língua Escrita

Para atender a necessidade de comunicação verbal (= por meio da palavra), você se

servirá da língua falada (ouvindo e falando) e da língua escrita (lendo e escrevendo).

Ouvir, falar, ler, escrever: qual a atividade mais difícil? Qual a mais necessária, a mais

fácil, a mais bonita, a mais usada?

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 79

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Muitos dizem que “ouvir é muito fácil”! Será mesmo? Ouvir exige atenção permanente,

exige que se saiba selecionar o que se ouve e dialogar com as idéias que se discutem –

tudo isso no instante em que a comunicação é estabelecida.

Neste curso não teremos momentos de audição, nos quais você poderia treinar sua

capacidade de ouvir. Mas fica aqui a recomendação: experimente ouvir com mais

atenção, procurando beneficiar-se o mais possível dos momentos em que estiver

conversando ou ouvindo noticiários, palestras ou orientações de trabalho.

Do mesmo modo, há os que dizem que “falar é muito fácil”! E “difícil” seriam os atos

de ler e escrever. Mas podemos afirmar que não há uma atividade mais fácil e outra mais

difícil: o importante é que você domine a língua falada coloquial (aquela que usamos no

nosso dia-a-dia) e que, ao lado da língua escrita despreocupada (a que usamos nas

mesmas situações do dia-a-dia) você domine também a língua escrita formal: esta é que

lhe permitirá escrever seu texto com profundidade, com correção, sem perder o prazer.

Vamos nos aprofundar no estudo do texto escrito.

Antes, porém, conheça as principais características da fala:

A presença do ouvinte: o que nos aprova ou reprova durante o discurso.

O tom: elemento fundamental que esclarece o sentido de ordem, pedido, proibição,

etc. Ofendemos as pessoas mais pelo tom do que pelo conteúdo das frases.

O timbre: reflete estados da alma e do corpo. É o registro individual de voz, sendo a

sua particularidade.

As pausas: ajudam o ouvinte a entender o que ouve. São maiores ou menores

conforme a intenção do falante e dos efeitos no ouvinte.

O ritmo e a entoação: indicam quando se trata de afirmação, pergunta, pedido ou

ordem, ou se o falante está contente, surpreso, etc.

O gesto: é outra linguagem. Acompanha a fala.

O jogo de fisionomia: cada olhar, cada franzir de testa, cada movimento, cada

manifestação que acompanha a fala e a enriquece ou realça.

O ambiente: envolve falante, ouvinte e assunto.

Se a fala envolve todo esse complexo conjunto de elementos, será então que escrever

não é mais fácil? A realidade é que esses elementos têm de ser substituídos por outros

que exigem estudo e experiência. Sabe-se que escrever bem resulta de uma técnica

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elaborada, que tem de ser cuidadosamente adquirida – justamente o que você está

fazendo agora..

O bom texto possui marcas que o tornam apreciado:

Coesão: existe uma relação de sentido entre as idéias, e essas relações têm de ser

devidamente “amarradas”, para que o leitor possa compreender totalmente o texto.

Coerência: deve ser entendida como unidade do texto. Um texto coerente é um

conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar.

Clareza : facilita o entendimento rápido das idéias expostas no texto.

Objetividade: é alcançada com a linguagem direta, sem rodeios ou empolação.

Elegância: adequação e fineza na escolha das palavras e no modo de dispô-las. A

elegância consiste numa leitura de texto agradável ao leitor: para consegui-la, devem

ser observadas as qualidades anteriormente apontadas. Para que se possa desenvolver essas qualidades, é preciso que se dê muita atenção

a outra qualidade:

Correção: é o respeito ao padrão culto da língua, ou seja, às normas gramaticais,

que têm por finalidade organizar tudo que é de uso corrente na língua portuguesa

escrita.

Todos os exercícios e teorias que aparecem neste curso têm o propósito de permitir

que você domine o padrão culto da língua portuguesa escrita. E você continua fazendo o

primeiro exercício: a leitura atenta deste capítulo. Assim você se convencerá da

importância do domínio da gramática... E o estudo será mais prazeroso e eficiente.

8.3. Concordância Verbal e Concordância Nominal

Observe a frase: As atitudes bonitas alegram a vida.

As palavras as e bonitas estão no feminino e no plural.

Por quê?

Porque elas se referem à palavra atitudes e, portanto, concordam em número (plural)

e gênero (feminino) com esse substantivo (“atitudes”).

E a forma verbal alegram: por que está na 3a pessoa do plural?

Porque o verbo deve concordar com o seu sujeito, “as atitudes bonitas”, em número

(plural) e em pessoa (3a pessoa).

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A essa obrigatoriedade de “concordar com” dá-se o nome de concordância:

estudaremos a concordância nominal e a concordância verbal.

Concordância Nominal

Os adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em gênero (masculino e

feminino) e número (singular e plural) com os substantivos a que se referem.

No texto a seguir, observe que as palavras em destaque (adjetivos, pronomes, artigos

ou numerais) concordam com os substantivos a que se referem. Procure determinar quais

são esses substantivos.

“O capitão rosnou alguma coisa, deu dois passos, meteu a mão no bolso, sacou um pedaço de papel, muito amarrotado; depois à luz de uma lanterna, leu uma ode

horaciana sobre a liberdade da vida marítima.” (Machado de Assis)

Vamos destacar os substantivos com os quais concordam os adjetivos, pronomes,

artigos e numerais.

capitão (masculino / singular): o (artigo);

coisa (feminino / singular): alguma (pronome);

passos (masculino / plural): dois (numeral);

mão (feminino / singular): a (artigo);

bolso (masculino / singular): o (artigo);

pedaço (masculino / singular): um (artigo) e amarrotado (adjetivo);

lanterna (feminino / singular): uma (artigo);

ode (feminino / singular): uma (artigo) e horaciana (adjetivo);

liberdade (feminino / singular): a (artigo);

vida (feminino / singular): a (artigo) e marítima (adjetivo).

A regra geral da concordância nominal é:

Os adjetivos, os pronomes, os artigos e os numerais concordam em gênero e número

com o substantivo a que se referem.

Existem ainda casos especiais que merecem atenção.

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Casos EspeciaisQuando o adjetivo se refere a mais de um substantivo, a concordância pode variar

de acordo com a posição do adjetivo em relação ao substantivo.

1. Adjetivo antes dos substantivos:

Achamos bonitas as poesias e os romances.

Achamos bonita a poesia e os romances.

Achamos bonito o romance e as poesias.

Conclusão: O adjetivo concorda, em geral, com o substantivo mais próximo.

2. Adjetivo depois dos substantivos, neste caso, temos:

a) Comprei uma bicicleta e uma bola nova.

O adjetivo nova concorda com o substantivo mais próximo (bola) e fica, portanto,

no singular e no feminino.

b) Comprei uma bicicleta e uma bola novas.

O adjetivo novas está concordando com os dois substantivos: vai, portanto, para

o plural e para o gênero comum, o feminino.

c) Comprei uma bicicleta e um livro novo.

Mesmo caso do primeiro exemplo: o substantivo novo concorda em gênero e

número com o substantivo mais próximo (livro – masculino, singular).

d) Comprei livros e bicicletas novos.

O adjetivo novos refere-se a livros (masculino) e a bicicletas (feminino): vai,

portanto, para o plural; prevalece o masculino quando o adjetivo se refere a

substantivos de gêneros diferentes.

Outros Casos de Concordância Nominal

Meio / Bastantea) Como adjetivos, concordam normalmente com os substantivos a que se referem:

Ele bebeu meio copo de café e comeu meia fatia de pão.

Recebi bastantes projetos a semana passada.

b) Como advérbios são invariáveis:

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A candidata estava meio distraída na festa.

As candidatas falaram bastante na festa.

É bom / É necessário / É proibidoObserve:

Limonada é bom para a saúde.

É proibida a entrada.

Essa limonada é boa para a saúde.

É proibida a entrada

Conclusão: Quando houver alguma palavra determinando o substantivo (essa

limonada; a entrada), o adjetivo concorda com o substantivo.

Mesmo / Próprio / SóObserve:

Ela mesma disse a verdade.

Elas próprias foram ao local.

Nós não estamos sós.

Conclusão: Mesmo, próprio e só concordam com a palavra determinada em gênero

e número.

Observação: A palavra só, quando é advérbio (= somente) é invariável:

Esses candidatos só vivem reclamando...

Anexo / Obrigado / InclusoCom valor de adjetivos, essas palavras concordam com os substantivos a que se

referem:

Os convites vão anexos à carta.

Muito obrigada, disse a menina.

Vão inclusos os convites

Observação: Em anexo é invariável. As cartas estão em anexo. Menos é invariável: Ela é menos desconfiada que a irmã.

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Concordância Verbal

O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito da oração.

Nos textos a seguir, observe que os verbos em destaque concordam em número

(singular e plural) e pessoa (1a, 2a e 3a) com o sujeito da oração.

a) “A vida tem uma só entrada; a saída é por cem portas.”

b) “A virtude aromatiza e purifica o ar; os vícios o corrompem.”

Vamos justificar o correto emprego desses verbos.

Em a) A forma verbal tem está na 3a. pessoa do singular porque concorda com o

sujeito a vida; o mesmo acontece com é, que concorda na 3a. pessoa do singular com a

saída.

Em b) As formas verbais aromatiza e purifica referem-se ao sujeito a virtude, na 3a

pessoa do singular; e corrompem concorda na 3a pessoa do plural com o sujeito os

vícios.

Observe os verbos em outra frase:

“Uma vez, ao sair de um labirinto burocrático, reparei que eram onze horas de manhã

limpa e amena.”

Assim como nos exemplos anteriores, reparei está na 3a pessoa do singular

concordando com o sujeito (oculto) eu (eu reparei);. Mas... por que eram está na 3a

pessoa do plural? Observe que, neste caso, o verbo não concorda com o sujeito (que não

existe nesta frase), mas sim com a idéia de horas, expressa por onze horas, na 3a pessoa

do plural.

Ou seja, você deve falar e escrever:

São três horas.

São quatro e quinze.

É meio-dia e meia.

Hoje são dez de junho.

Hoje é dia dez de junho.

8.4. Regência Verbal e Regência Nominal

Neste estudo, diante de algumas regras gramaticais, você certamente se perguntará:

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“Então está errado? Eu não posso falar assim?”

E você mesmo deverá responder observando o contexto em que se encontram os

interlocutores.

Regência VerbalPor exemplo: você já ouviu em uma conversa de fim de semana um amigo

confidenciar:

“Estou namorando com Maria , minha colega de sala.”

E você entendeu, pôde participar da conversa e nada de grave aconteceu...

No entanto, seu amigo utilizou-se de uma regência verbal de uso popular (não culto),

ao usar o verbo namorar com a preposição com. De acordo com a língua culta, que você

pretende dominar com este estudo, o correto é:

“Estou namorando Maria, minha colega de sala.”

Este é, portanto, um caso de regência verbal, ou seja: é o modo pelo qual um termo

(“namorando”) REGE outro (“Maria”) que o complementa.

A esses termos damos os nomes de: termo regente (o verbo namorando) e termo

regido (Maria).

O importante é: saber se o termo regente “pede”, “exige” alguma preposição;

e, se pede, qual a preposição correta. Por exemplo, o verbo agradar:a) no sentido de “fazer carinho”, “contentar”, não exige preposição:

O pai agradou o filho com balas.

b) no sentido de “satisfazer” exige preposição a:

O espetáculo agradou a o público .

Casos de Regência VerbalObserve com atenção a regência dos verbos aqui apresentados, porque geralmente

eles oferecem dúvidas e são erradamente empregados.

ASPIRAR, no sentido de:

a) cheirar, sorver, usa-se sem preposição:

Aspirou o ar puro da manhã.

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b) pretender, almejar, usa-se com a preposição a: Aspirava a ser feliz!

ASSISTIR, no sentido de:

a) ver, presenciar, exige a preposição a: Assisti a um lindo filme.b) ajudar, prestar socorro, usa-se sem preposição ou com preposição a: O médico assistiu o doente ou assistiu ao doente.

c) morar, residir, é usado com a preposição em: Eu assisto em Recife.

IMPLICAR, no sentido de:

a) acarretar, produzir como conseqüência, usa-se sem preposição: Sua atitude implica respeito (E não “implica em respeito”, como se tem usado).

MORAREmprega-se com a preposição em junto à expressão de lugar:

Moro em Recife.

OBEDECERUsa-se com preposição a:

Obedecemos ao regulamento.

PREFERIR Usa-se com preposição a junto à “coisa não preferida”:

Prefiro o cinema ao teatro. Evite: “Prefiro muito cinema do que teatro.”

Regência Nominal

Veja agora um exemplo com a preposição com:

Seu amigo lhe diz:

“Eu sou muito atencioso com Maria , minha namorada.”

Você acha que está correto o emprego da preposição com regendo a palavra (um

adjetivo) atencioso? Sem a preposição com ficaria melhor?

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Você deve ter concluído assim:

- Está correta a regência nominal, porque o adjetivo atencioso emprega-se com a

preposição com.

Veja um outro exemplo - o adjetivo habituado:

Qual das frases apresenta a regência nominal correta?

a) Meu amigo está habituado viajar.

b) Meu amigo está habituado em viajar.

c) Meu amigo está habituado a viajar.

Eliminamos o item a porque habituado exige preposição! Mas... qual preposição: EM

ou A? A certeza você terá a partir do momento em que se propuser a ler muito os bons

autores; a estudar com atenção; a ouvir sua própria frase, habituando-se a perceber quais

são as construções mais simples, mais bonitas, mais fáceis, mais espontâneas...

Certamente, essas serão as “corretas”.

Concluindo, o item correto é o c, pois habituado constrói-se com a preposição a.

Casos de Regência Nominal

Muitos nomes (substantivos e adjetivos) admitem mais de uma regência e o sentido de

uma frase pode se modificar com a simples mudança da preposição que acompanha o

termo regente. Observe na relação a seguir que preposições podem ser usadas com os

substantivos e adjetivos apresentados.

acessível a contrário a horror a acostumado a, com

confiante em, com idêntico a aflito com, por incompatível com

desejoso de ansioso de, para, por desfavorável a indiferente a

atento a diferente de necessário a nocivo a

avesso a digno de equivalente a paralelo a

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benéfico a essencial para preferível a responsável por

capaz de, para certo de favorável a habituado a

compatível com suspeito de

8.5.Crase

Para acompanhar melhor o estudo da crase, é recomendável que você já tenha

estudado o assunto Regência verbal e regência nominal. No estudo de regência, você

aprendeu que o termo regente (verbo ou nome) às vezes exige uma preposição

Vimos o exemplo: “Eu sou muito atencioso com Maria, minha namorada.” Neste caso, a

preposição exigida pelo adjetivo atencioso foi com.

Em outro exemplo, vimos: “O espetáculo agradou ao público.”

Observe agora com atenção o que podemos fazer com este último exemplo:

Experimente substituir o substantivo masculino público pela palavra feminina platéia.

Ficará assim: “O espetáculo agradou a a platéia.”

Estranho, nós não falamos nem escrevemos assim. Por isso, os dois aa se fundem em

um só, forte, marcado na escrita pelo acento grave ( ` ):

“O espetáculo agradou à platéia.”

Pronto, aí está a misteriosa crase: é a fusão de dois aa, fracos, em um só, forte.

Então, só há necessidade de observar se os dois aa existem.

E os dois aa existem quando a preposição a encontra-se com o artigo a :O espetáculo agradou a a platéia . = O espetáculo agradou à platéia .

Primeira conclusão: Não existe crase antes de palavra masculina. (Porque o artigo

a só aparece antes de palavra feminina...)

E como saber se haverá crase? Observe:

1. Substitua a palavra feminina por uma masculina, como fizemos acima:

Em “O espetáculo agradou a platéia” deve haver crase? Que fizemos?

Trocamos a palavra feminina platéia pela masculina público, e vimos:

a) a necessidade da preposição a depois do verbo agradar: agradar a;

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 89

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b) e também a presença do artigo o antes de público, ocorrendo “ao público”.

1a regra prática:Substituir a palavra feminina por uma masculina: se aparecer ao, haverá crase.

2. Ainda havendo dúvida, experimente trocar a preposição a por outra, vendo se

o sentido da frase não se altera muito:

a) “Deu um passo a frente” – existe ou não a crase nesta frase?

Experimente outra preposição, para, por exemplo:

“Deu um passo para a frente”. Neste caso, portanto, haverá crase: “Deu um

passo à frente”;

b) E agora, com “Cheguei a tempo de dar a notícia”. Haverá crase? Troque a

preposição a por outra, por exemplo, em:

“Cheguei em tempo de dar a notícia”.

Observe que não apareceu neste caso o artigo a. Conclusão: não haverá crase (o a do exemplo é apenas uma preposição).

2a. regra práticaTrocar a preposição a por outra.

Sempre haverá crase:a) “As aulas começam às 7 horas” – nas indicações de horas (é claro, diante de

palavras femininas: compare com “Virei ao meio-dia”.);

b) “A cidade ficou às escuras”; “Viajarei à tarde” – nas locuções com palavra

feminina (à bala, às escondidas, à noite...).

Não haverá crase: a) “Deu o livro ao amigo”, “Deu o livro a Antonio” – antes de palavra masculina.

(exceção: haverá crase se estiver subentendida a expressão à moda de, à maneira

de – “Ele escreve à Machado de Assis” = “Ele escreve à maneira de Machado de

Assis”);

b) “Começaram a cantar” – antes de verbo no infinitivo;

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c) “Falei a ela e a V. Ex.a.” – antes de pronome pessoal (ela) e pronomes de

tratamento (V. Ex.a);

d) “Ficamos cara a cara.” – expressões repetidas;

e) “Vou a fazendas antigas.” – com o a no singular seguido de palavra no plural.

8.6. Ortografia

Ortografia (do grego orthografia = escrita correta) é a parte da Gramática que trata do

emprego correto das letras.

Ortografia é um sistema oficial convencional pelo qual se representa na escrita uma

língua, isto é:

é CONVENCIONAL, porque não há identidade perfeita entre os sons e sua

representação na escrita por meio das letras do alfabeto;

e é OFICIAL porque o nosso sistema de grafia tem de ser aprovado por atos oficiais

do Governo.

Portanto, sendo a ortografia convencional, cabe a nós - que usamos o português

escrito - conhecer a grafia correta das palavras.

E como aprender ortografia? Ortografia se aprende lendo, pesquisando no dicionário,

manuseando os textos da norma culta (ver capítulo “A língua falada e a língua escrita”),

escrevendo. A leitura atenta e a escrita constante vão permitir que você se familiarize com

as palavras, passando a usá-las de maneira correta, tanto no contexto quanto na grafia.

Torne um prazer brincar com as palavras e com as letras... Um jogo permanente, em

que você aprende com alegria.

Para auxiliá-lo na brincadeira de aprender, em que LER e ESCREVER são

insubstituíveis, apresentamos a grafia de algumas palavras: leia com atenção cada

palavra e experimente usá-la em frases completas – falando e escrevendo.

Representação do fonema /s/ Escrevem-se com H:

hábito – hesitar – hélice – homologar – hortênsia – humildade

Não se usa H: úmido – erva – ume – ombro

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Escrevem-se com E:

continue – pontues – antebraço – arrepiar– disenteria – empecilho – umedecer

Escrevem-se com I:

diminui – possui – antiaéreo – crânio – digladiar – frontispício – lampião – privilégio

Escrevem-se com O:

abolir – boate – botequim – costume – mágoa – moela – névoa

Escrevem-se com U:

buliçoso – bulir – curtume – entupir – rebuliço – tábua – trégua - urtiga

Escrevem-se com G:

garagem – viagem (substantivo) – contágio – algema – apogeu – gengiva – monge –tigela

Escrevem-se com J:

laranjeira – gorjeta – sarjeta – arranjem – laje – jeito – injetar – projetar – rejeição (que

eles) – viajem (verbo)

Escrevem-se com Ç:

acetinado – açafrão– dançar – exceção – maço – miçanga – paçoca

Escrevem-se com S:

ânsia – cansado – diversão – excursão – farsa – pretensão – remorso – sebo

Escrevem-se com SS:

acesso – asseio – concessão – escasso – obsessão – procissão – submissão

asseio – cassino – discussão – escassez – essencial – fracasso – impressão –

obsessão – ressurreição – sossegar

Escrevem-se com X:

aproximar – auxiliar – próximo – prolixidade – trouxer – máximo

Escrevem-se com XC:

exceção – excedente – excelência – excêntrico – excepcional – excesso – excitar

Escrevem-se com SC:

acréscimo – adolescente – ressuscitar – suscetível – víscera

Escrevem-se com SÇ:

nasça – cresça

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Representação do fonema /z/ Escrevem-se com S:

gostoso – graciosa – português – inglesa – burguês – freguesa – catequese (atenção:

catequizar) – poetisa – analisar (de análise) – abrasar (de brasa) – pus – pusemos –

pôs – quis – quisemos – quiseram – atrás – defesa – despesa – esplêndido –

espontâneo – gás – hesitar – obséquio – pêsames – querosene – requisito – surpresa

– usina – vasilha – vigésimo

Escrevem-se com Z:

cafezal – cruzeiro (de cruz) - fertilizar – fertilizante – civilizar – pobreza (de pobre) –

frieza (de frio) – azar – amizade – aprazível – chafariz – prezado – proeza – vazar –

vazante – ojeriza – xadrez

Com S ou com Z ?

Os sufixos -ÊS, -EZ, -ESA, -EZA escrevem-se: com -ÊS: montês (de monte) – burguês (de burgo) – chinês (de China)

com -EZ: aridez (de árido) – estupidez (de estúpido) – palidez (de pálido) – mudez (de

mudo)

com -ESA: defesa (de defender) – represa (de prender) – surpresa (de surpreender) – baronesa – duquesa – burguesa – francesa – indefesa – obesa – turquesa

com -EZA: beleza (de belo) – franqueza (de franco) – pobreza (de pobre) – leveza

(de leve)

Os sufixos –ISAR e -IZAR escrevem-se: com -ISAR: avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + liso + ar), bisar,

atalisar, improvisar, paralisar, pesquisar, pisar, frisar

com -IZAR: anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar),

amenizar, colonizar, vulgarizar, motorizar, escravizar, cicatrizar, deslizar

Emprego do XO X representa os seguintes fonemas:

som de /ch/ xarope – enxofre – vexame

som de /cs/ sexo – látex – léxico – tóxico

som de /z/ exame – exílio – êxodo

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 93

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som de /ss/ auxílio – máximo – próximo

som de /s/ sexto – texto – expectativa – extensão

Escrevem-se com X e não S

expectativa – experiente – expirar (morrer) – expoente – êxtase – texto

Escrevem-se com X e não CH

caixa, baixa, ameixa (depois de ditongo); enxada, enxame, enxofre, enxugar (depois

da sílaba inicial –en; ver exceções); abacaxi, xavante, caxambu, orixá, xará, maxixe

(vocábulos de origem indígena ou africana); bexiga, bruxa, faxina, graxa, lixa, mexer,

mexerico, puxar, rixa, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu

Exceções: encharcar (de charco), encher (e seus derivados: enchente, enchimento,

preenche), enchova, enchumaçar (de chumaço); enfim, toda vez que se tratar do

prefixo en + palavra iniciada por ch.

Escrevem-se com CH (dígrafo)

bucha – charque – charrua – chávena – chimarrão – chuchu – cochilo – fachada – ficha – flecha – mecha – mochila – pechincha – tocha

8.7. Acentuação

Recordando conceitos importantes

Palavras oxítonas – são aquelas em que a última sílaba é tônica: café, cipó, caju, caqui.

Palavras paroxítonas – a sílaba tônica é a penúltima: fácil, mesa, antigo, hífen, homem.

Palavras proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima: médico, náufrago, êxito.

Ditongo – grupo de duas vogais proferidas numa só sílaba: quando, pais, mãe, quase.

Hiato – encontro de duas vogais pertencentes a sílabas diferentes: países; reúne, dia.

Utilizam-se os acentos gráficos agudo ( ´ ) e circunflexo ( ^ ) para indicar a sílaba

tônica de certas palavras.

Exemplo: jacaré, túnel, ônibus, médico.

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Regras de acentuação gráfica das palavras

1. Monossílabas tônicas

Terminadas em Exemplos

a(s) pá, más

e(s) Fé, pé, pés

o(s) dó, pós, só

2. Oxítonos

Terminadas em Exemplos

a(s) babá(s), sofá(s)

e(s) filé(s) dendê

o(s) jiló(s), cipó(s)

em, ens refém, vinténs

3. Paroxítonos

Terminadas em Exemplosi(s) táxi, júris

l Hábil

r dólar, éter

ps Fórceps

um, uns fórum, álbuns

vogal nasal ímã, órfã

ditongo Jóquei

n Pólen

4. Proparoxítonas

Todas as palavras são acentuadas gramática, rígido, pórtico, pérola

5. Hiatos

São acentuados quando: o i e o u formam hiato com a vogal anterior e se

baú, viúva, balaústre, país,

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estiverem sozinhos ou juntos de s na

sílaba.

juízo

Observação : Hiato seguido de nh não recebe acento: rainha, bainha.

6. Ditongos abertos

Sempre são acentuados os ditongos

abertos éi, eu e ói troféu, papéis,

céu, heróico, geléia

7. Trema

Somente no u sonoro e átono Exemplosqüe cinqüenta, seqüestro, seqüência

qüi tranqüilo, eqüino

güe agüentar, averigüemos, ungüento

güi lingüiça, pingüim, sagüi

8. Outros casos

a) Coloca-se acento circunflexo no o tônico da forma verbal do verbo poder no passado:

“Ontem ele não pôde vir, mas hoje ele pode.”

b) Acentuam-se algumas formas dos verbos:

ter eles têm (cf. ele tem)

vir eles vêm (cf. ele vem)

ver ele vê, eles vêem

ler ele lê, eles lêem

crer ele crê, eles crêem

dar que ele dê, que eles dêem

c) Os compostos de ter e vir recebem acento na terceira pessoa do singular e do plural:

deter ele detém, eles detêm

reter ele retém, eles retêm

convir ele convém, eles convêm

intervir ele intervém, eles

intervêm

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d) O encontro vocálico oo em final de palavra sempre recebe acento no primeiro o:

vôos, abençôo, enjôo

e) Acento diferencial: Usado para diferenciar palavras de grafia idêntica, com funções e

significados diversos.

pelo – preposição pêlo – substantivo

para – preposição pára – verbo parar

por – preposição pôr – verbo

polo(s) – por (ant.) + lo(s) pólo(s) – substantivo

8.8. Pontuação

Nas suas leituras, certamente você já percebeu que o texto não é um amontoado de

palavras e orações. Elas se organizam de acordo com a intenção do autor, das exigências

de dependência ou independência entre os termos, além da necessária beleza que deve

envolver todo o texto.

Daí a importância da pontuação, agindo como a própria respiração do texto – o que vai

permitir ou não que a comunicação se processe como pretendida pelo escritor. Veja, por

exemplo, como se altera substancialmente o enunciado da seguinte frase, caso esteja

presente ou não a vírgula:

Não podem atirar!

Não, podem atirar!

Dos sinais de pontuação abaixo indicados, estudaremos os essencialmente

separadores, com ênfase no emprego da vírgula.

A pontuação é constituída por sinais gráficos assim distribuídos:

1 Vírgula – Há dois métodos para se estudar o emprego da vírgula: o mais comum, o

tradicional, parte da função sintática dos elementos da frase (sujeito, predicado,

aposto, vocativo...); o outro, que veremos aqui, é o que trabalha com o sentido das

palavras. O mau emprego da vírgula é o principal problema de pontuação e prejudica

profundamente a elaboração (e, é claro, a compreensão) de textos.

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2 Ponto-e-vírgula – representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o

ponto.

Emprego :

a) Num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa

mais forte:

“Enfim, cheguei-me a Virgília, que estava sentada, e travei-lhe da mão; D.

Plácida foi à janela.”

b) Na separação de adversativas em que se quer ressaltar o contraste;

“Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves insistiu no projeto.”

3 Ponto final – É o sinal que indica maior pausa e serve para encerrar períodos que

terminem por qualquer tipo de oração (menos a interrogativa, a exclamativa e as

reticências).

4 Ponto de interrogação – Põe-se no fim da oração enunciada com entonação

interrogativa.

5 Ponto de exclamação – Põe-se no fim de oração enunciada com entonação

exclamativa (“Que gentil que estava a espanhola!”) e depois de uma interjeição (“Olé! Exclamei.”).

6 Reticências – Indicam interrupção do pensamento, ou hesitação em enunciá-lo; se

indicam uma enumeração inconclusa, podem ser substituídas por etc; na transcrição

de um diálogo, indicam a não resposta do interlocutor. Numa citação podem ser

colocadas reticências no início, no meio ou no fim, para indicar supressão no texto

transcrito, em cada uma dessas partes.

Estudo da vírgula

Resumiremos o uso da vírgula a duas regras:

1a. Não se pode usar vírgula para quebrar uma seqüência de sentido.Tente responder: Por que não se pode usar vírgula nenhuma na frase abaixo?

“As escolas públicas e particulares comunicaram os resultados à Secretaria de

Educação.”

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Resposta:

a) Entre públicas e particulares – não se pode quebrar a seqüência, porque as

escolas são públicas e particulares;

b) Entre as escolas públicas e particulares e comunicaram não há vírgula, senão a

primeira parte ficará solta e sem sentido. Se pusermos a vírgula depois de

particulares, a idéia se quebrará e ficará incompleta;

c) Antes de à Secretaria de Educação, porque esse grupo é parte de comunicaram,

já que o sujeito da frase comunica algo a alguém, ou seja, à Secretaria de

Educação.

2a. Usa-se a vírgula para encaixar palavras, termos ou idéias em uma seqüência.Leia as frases, atentando para as expressões destacadas

a) Todo cientista é, por natureza, curioso.

b) A arte, a meu ver, humaniza a vida.

Observação: Em ambas as frases, há uma seqüência básica

a) Todo cientista é curioso.

b) A arte humaniza a vida.

Há também em ambas os “encaixes”: por natureza e a meu ver, separados por

vírgulas da seqüência básica.

Importante: Não é necessário que todos os encaixes fiquem entre vírgulas, mas

somente aqueles que interrompam a seqüência básica para acrescentar uma outra

idéia, isto é, quando se acrescenta algo que apresenta um outro ângulo de visão.

Veja nos exemplos:

O termo encaixado (por natureza) não acrescenta outra idéia, apenas acrescenta um

complemento à seqüência básica; logo, não há obrigatoriedade de vírgulas:

Todo cientista é por natureza curioso (vírgulas facultativas);

O termo encaixado (a meu ver) quebra a idéia da seqüência básica para inserir algo

que difere; as vírgulas são, pois, obrigatórias.

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9 - A HISTÓRIA DOS PNEUS

A Importância dos Pneus

No Brasil, quase tudo é transportado por veículos que utilizam pneus.

Você sabe por quê ? Porque o Brasil é um dos maiores países do mundo, tem uma

quantidade de rodovias muito extensa, não dispõe de ferrovias em quantidade suficiente

que permita fazer o transporte de passageiros e cargas . E o transporte por avião nem

sempre é acessível.

Assim, dependemos dos pneus para tudo.

Você, talvez, nunca tenha pensado nisto e na importância que tem cuidar dos

pneus de forma adequada, fazendo a manutenção nos momentos certos e a retirada de

uso quando não for mais possível sua recuperação.

Para Quê Serve e Como Eram os Pneus?

É ele que liga o veículo ao chão, suporta o peso e permite que o veículo tenha

tração e aderência ao solo. E, além disto, absorve as irregularidades do terreno onde o

veículo está trafegando, permitindo um rodar mais macio do que se o veículo tivesse

rodas de ferro, por exemplo. Aí, está a função do pneu de oferecer conforto ao usuário,

pois o pneu é parte integrante do conjunto da suspensão do veículo. Também serve para

garantir eficiência nas freadas e nas acelerações, desempenhando função de extrema

importância na segurança dos veículos. Proporciona, igualmente condições de

dirigibilidade em todas as circunstâncias, em curvas, terrenos molhados, etc.

VOCÊ SABE COMO ERAM OS PRIMEIROS PNEUS ?

Os primeiros pneus eram de borracha maciça, estreitos, parecidos com as rodas

de uma carroça e foram patenteados na Inglaterra.

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Depois, inventaram os pneus de ar, mas esses pneus não tinham uma estrutura

como os de hoje e entortavam...

Só depois de algum tempo é que se inventou o pneu com estrutura, como ele é

hoje. Mas naquela época essa estrutura era feita de lonas de algodão. Elas mantinham a

forma do pneu, mas ele era mais rígido, mais duro do que os atuais.

E HOJE, COMO SÃO OS PNEUS ?

Depois que inventaram a borracha sintética, passaram a fazer misturas com a

borracha natural e com outras fibras sintéticas e chegaram nos pneus que temos hoje.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 101

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BIBLIOGRAFIA

FERRAZ, A .C.C.P. Escritos sobre Transporte, Trânsito e Urbanismo. Ribeirão Preto:

São Francisco, 1998.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS. NTU. 100 anos do Transporte Urbano no Brasil. Brasília, 1999.

BARAT, J. Transporte e Industrialização no Brasil. Rio de Janeiro , BIBLEX, 1991.

BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D.J. Logística Empresarial – Processo de Integração da cadeia de Suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.

CASTRO N. A Privatização no Brasil – Caso dos Serviços de Utilidade Pública.Org.

Armando Castelar Pinheiro; Kiichiro Fukasaku. BNDES, MICT, 2000.

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

http://www.transportes.gov.br/bit/ferro/estatistica/geipot/tabelas/4419.xls

http://www.transportes.gov.br/bit/trodo/ESTATISTICA/RODOVGEI.HTM

http://www.transportes.gov.br/Modal/Portuario/estatistica/Anuario2000/Consolidado/

Plan1.xls. em 06/08/2004

http://www.trabalho.gov.br

SENAT. CAPIT 01-SP. Relacionamento Interpessoal no Trabalho – Apostila do

Instrutor- São Paulo. 1995

SENAT. CAPIT 05 – RS. Relacionamento Interpessoal – Apostila do Instrutor – Porto

Alegre. 1998.

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL. Programa de Ensino a Distância – PEAD,

SEST/SENAT, Brasília, 1997

SENAT. CAPIT 22 – PI. Relações Humanas – apostila do Instrutor – Teresina, 2000.

SENAT. CAPIT 07-RJ. Qualidade no Atendimento ao Usuário – Apostila do Instrutor-

Rio de Janeiro. 1996

SENAT. CAPIT 05 – RS. Relacionamento Interpessoal – Apostila do Instrutor- Porto

Alegre. 1998.

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL. Programa de Ensino a Distância – PEAD,

SEST/SENAT, Brasília, 1997.

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DIREITOS E DEVERES. Programa de Ensino a Distância –PEAD, SEST/SENAT,

Brasília, 1999.

SENAT. CAPIT 22 – PI. Relações Humanas – apostila do Instrutor – Teresina, 2000.

Os textos e exemplos foram baseados nos livros e trabalhos constantes da

bibliografia relacionada acima.

Borracheiro, Alinhador e Balanceador- 103