apostila definitiva oratória 2014
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CURSO DE EXTENSÃO
Prof. Eduardo Barros 2014
Profº Eduardo Barros – Comunicação Global, Verbal e Oratória. 2
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO 3
OBJETIVOS 4
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 4
METODOLOGIA 4
FACILITADOR 5
ORATÓRIA – ORIGEM, DESENVOLVIMENTO E SIGNIFICADO 6
1. FALA: ONDE TUDO COMEÇA! 6
2. TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 10
3. COMO DRIBLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO 14
4. APRESENTAÇÃO PESSOAL 19
5. GESTICULAÇÃO, POSTURA E VISUALIZAÇÃO 20
6. COMO UTILIZAR O MICROFONE E A TRIBUNA 25
7. COMO PARTICIPAR DE ENTREVISTAS 27
8. FALAR DE IMPROVISO 30
9 GRANDES ORADORES DA HISTÓRIA 31
CONCLUSÃO 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
Profº Eduardo Barros – Comunicação Global, Verbal e Oratória. 3
APRESENTAÇÃO
―A Arte da Comunicação Contribuindo para o seu Sucesso!‖
Nos dias atuais, é cada vez mais imprescindível ao profissional de
qualquer área do conhecimento utilizar uma ferramenta indispensável para
liderar grupos, comandar equipes, coordenar reuniões, fazer apresentação para
um grupo da faculdade ou universidade, ou para defender uma tese,
monografia, trabalho de conclusão de curso ou algo do gênero, participar de
uma seleção para emprego, são várias as ocasiões que você poderá e deverá
utilizar a linguagem verbal para se comunicar; e sai na frente aquele que o
fizer com melhor competência.
Uma coisa que precisamos esclarecer para o público em geral é demolir
o mito de que é necessário um ―dom‖ especial para falar em público.
Comunicação é uma arte, e, como toda a arte, você poderá desenvolvê-la de
forma mais eficiente e eficaz na sua vida diária e se destacar dos demais: com
esforço, estudo, técnica, disciplina e dedicação.
Um outro mito que precisamos demolir é que algumas pessoas pensam
que é necessário muito estudo para se tornar um bom comunicador: fazer
graduação, mestrado, doutorado ou PhD. Se fosse somente assim, o camelô
David Mendonça Portes do RJ, que cursou até a 7ª série, não se tornaria
destaque por ser excelente comunicador, com reconhecimento nacional e
internacional. Por outro lado, conheço pessoas com doutorado no exterior que
são péssimos comunicadores, pois comunicação é uma arte desenvolvida.
Agora, a notícia mais importante para todos, inclusive para aqueles que
acham que não têm condições de falar em público: só depende de você ser ou
não um bom comunicador. Saiba que o medo de falar em público não é só seu;
este problema não é apenas local e sim um problema global, pois os oradores
profissionais ainda sentem medo ou ficam ansiosos antes de falar em público.
O mais interessante que você deverá saber é que, ao invés de vencer o medo
de falar, o objetivo é driblar o medo de se falar em público, utilizando-o em
seu benefício; e ao invés de ser dominado pelo medo, você dominará,
revertendo a situação, pois é assim que fazem todos os oradores que são bons
comunicadores.
Saiba que qualquer um poderá conseguir. Basta utilizar os caminhos que
poderão ser percorridos para se chegar à excelência. A prática irá proporcionar
o reflexo e o condicionamento necessários para se falar em público.
Saiba que sucesso não se ganha; na verdade se conquista!
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OBJETIVOS
Oferecer aos participantes técnicas próprias para a educação de como
falar em público com eficiência e eficácia;
Estimular o papel de desinibição dos participantes, demolindo o mito de
que é necessário o ―dom‖ para se falar em público
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1º módulo 01) Fala: onde tudo começa;
02) Teoria das inteligências múltiplas;
2º módulo 03) Como controlar o medo de falar em público;
04) Apresentação pessoal;
05) Gesticulação, postura e visualização;
3º módulo 06) Como utilizar o microfone e a tribuna;
07) Como participar de entrevistas;
08) Falar de improviso;
4º módulo 09) Grandes oradores da história;
10) Avaliação prática através da observação direta.
METODOLOGIA
O curso contempla aproximadamente 60% de aulas práticas e 40% de
aulas teóricas, totalizando uma carga horária de 16h.
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FACILITADOR
Eduardo Barros do Nascimento é mestrando do curso de Psicologia
Social e Organizacional, UNISLA, parceria Brasil/Portugal, professor
universitário, lecionando na Faculdade IBGM a disciplina Comunicação
Empresarial, Seminários Especiais, Desenvolvimento de Habilidades
Gerenciais e Marketing de Relacionamento, é pós-graduado – Gestão de
RECURSOS HUMANOS, MBA em Finanças e Controladoria, pós-graduando
em Gestão do Conhecimento e Relações de Trabalho, bacharel em Ciências
Contábeis, e graduando em Licenciatura em Matemática, Personal e
Professional Coaching e Líder Coach pela SBCoaching, palestrante e
pesquisador, vem ministrando palestras há mais de 15 anos, tendo sido
entrevistado em vários programas de rádio e TV, tais como: Rádio Jornal,
Rádio Clube, Rádio Ternurinha, Rádio Guarani, Rádio Capibaribe (Jovem
Cap) por Pedro Paulo, Samir Abou Hana, Nádia Alencar, Graça Araújo entre
outros jornalistas.
Recentemente ministrou o Curso de Comunicação Verbal e Oratória na
Faculdade IBGM, FAFIRE, UFPE (extensão e pós-graduação) FACIPE
(Faculdade Integrada de Pernambuco) curso de extensão, FBV
(FACULDADE BOA VIAGEM) apresentou palestra sobre o tema
Comunicação Verbal e Oratória, participou como palestrante da I Semana de
Cultura de PAZ da UFPE (novembro de 2006) e Coordenou a mesa do Lama
Padma Santem na II Semana de Cultura de PAZ da UFPE (novembro de
2007) atuou como professor do curso FOCO em Boa Viagem na disciplina
Comunicação Global, Verbal e Oratória é parceiro da PHD Consultores e
Associados.
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Oratória – origem, desenvolvimento e significado
A Oratória surgiu na Sicília, no século V antes de Cristo. Corax e Tíseas
iniciaram a retórica. Eles publicaram um tratado ou ―technê‖ para orientar
os advogados que se propunham a defender nos tribunais o povo dos
tiranos na época.
1. Oratória: [Do latim oratoria] s.f. Arte de falar ao público.
2. Retórica: [Do grego-rhetoriké] s.f. 1 Eloquência. 2 Conjunto de regras
relativas à eloquência. 3 Tratado que encerra essas regras. 4 Adornos
empolados ou pomposos de um discurso 5 Discurso de forma
primorosa, porém vazio de conteúdo.
Fonte: Novo Dicionário Aurélio
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
1. FALA: ONDE TUDO COMEÇA!
1.1 A linguagem e os hemisférios cerebrais
Entre tantas coisas complexas para seu total entendimento na atualidade
encontra-se o cérebro humano, dividido em dois hemisférios – o direito e o
esquerdo, cada um deles com o seu papel específico nas funções que
coordenam todos os nossos movimentos, inclusive o da fala. Uma análise
pormenorizada revela que o cérebro possui uma rede de áreas conectadas que
C = E + I + N + M
COMUNICAÇÃO = EMOÇÃO + INFORMAÇÃO + NATURALIDADE + MENSAGEM
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compõem o sistema lingüístico humano: áreas conceitualizadoras, que
realizam o sistema de conteúdo da fala e a compreensão do que é ouvido;
áreas formuladoras, que se encarregam do planejamento e compreensão da
forma das palavras e das frases, e áreas articuladoras, que efetivamente
comandam os movimentos necessários à fala. Além delas, inúmeras regiões
corticais estão envolvidas, como por exemplo:
Área auditiva – que percebem os sons verbais;
Área visual – que percebem os signos e a escrita;
Área do processamento emocional – de onde se originam as nuances
afetivas da fala, e assim por diante.
Existem várias relações envolvidas no funcionamento cerebral, mas o
que queremos destacar com este breve estudo é a necessidade para quem
pretende enveredar pelo caminho de utilizar a linguagem verbal: de vencer o
medo e a timidez de falar em público, pois não existem atalhos para chegar a
um nível de excelência na comunicação. É necessário estudar, ler e alimentar
o cérebro de informações, pois assim como os nossos músculos atrofiam por
falta de exercícios e movimento, o nosso cérebro atrofia por falta de
informação e leitura.
Imagine a idéia do piano e do pianista: o pianista só poderá exercer suas
habilidades se o piano estiver pronto para o uso; caso contrário, o pianista, por
mais habilidoso que seja, não poderá demonstrar suas habilidades. Fizemos
essa analogia para facilitar a compreensão, mas o que fica claro é a
necessidade imprescindível de alimentar o cérebro de boas informações para
não sofrermos de um grande mal que afeta a humanidade, chamado raquitismo
mental e intelectual.
Existem trabalhos realizados nessa área de investigação científica desde
o século XIX, por cientistas como Paul Broca e Carl Wernick, como veremos:
• O hemisfério esquerdo é responsável pela competência comunicativa.
Diz-se dominante, pois nele se localizam 2 áreas especializadas: a área
de Broca (o córtex responsável pela motricidade da fala), e a área de
Wernicke , (o córtex responsável pela compreensão verbal).
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A respeito de Pierre Paul Broca:
• Brilhante cirurgião e antropólogo francês, em um trabalho clássico,
realizado por volta de 1860-70, Paul Broca estudou o cérebro de vários
pacientes afásicos (portadores de afasia, é a perda da expressão pela fala
ou escrita, devido a uma lesão cerebral).
• Até hoje, essa parte do cérebro se tornou conhecida como área de Broca
e é responsável pelo controle da expressão motora da fala.
Um pouco mais sobre Pierre Paul Broca:
Paul Pierre Broca (Sainte-Foy-la-Grande, 28 de junho de 1824 — Paris, 9 de
julho de 1880) foi um cientista, médico, anatomista e antropólogo francês.
Aos 17 anos entrou na escola médica e obteve o seu diploma aos 20, a
idade quando seus contemporâneos estão apenas começando seus estudos
médicos. Broca estudou medicina em Paris, logo se tornou professor de
Patologia cirúrgica da Universidade de Paris e um renomado pesquisador
médico em diversas áreas. Mas o que lhe confere o seu lugar na história da
medicina é a sua descoberta do "centro de uso da palavra" no cérebro (agora
conhecida como a área de Broca), na região do lobo frontal. Esta descoberta é
fruto de seus estudos sobre os cérebros dos pacientes com afasia (incapacidade
A lateralidade das lesões chamou a atenção de
Paul Broca (1825 – 1893) que levantou a
possibilidade de uma especialidade do
hemisfério esquerdo para a linguagem.
Neuroanatomia da
Linguagem falada, no
desenho ao lado as áreas do
hemisfério esquerdo
responsáveis pela
linguagem verbal.
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parcial ou total para falar), particularmente o cérebro do seu primeiro paciente
no Hospital Bicêtre, Leborgne, apelidado de "Tan", devido à sua incapacidade
de falar claramente qualquer outra expressão além de "tan". Em 1861, através
de necrópsia, Broca determinou que Tan tinha uma lesão provocada pela sífilis
no hemisfério cerebral esquerdo. Esta lesão foi determinada a cobrir a área do
cérebro importante para a produção da fala.
Broca é também um pioneiro em antropologia física. Ele fundou a
Sociedade antropológica, em 1859, a Revue d'Anthropologie em 1872, e da
Escola de Antropologia, em Paris, em 1876. Outra área em que trabalhou
Broca é a anatomia comparativa dos primatas. Ele descreveu pela primeira vez
trepanações que remontam ao Neolítico. Era muito interessado nas relações
entre a anatomia do crânio e do cérebro e as habilidades mentais e
inteligência.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Broca
A respeito de Carl Wernicke:
Neurologista alemão, Wernicke descobriu uma área similar no lobo
temporal que, quando lesada, levava a um déficit sensorial da
linguagem, ou seja: o paciente era incapaz de reconhecer palavras
faladas, mesmo quando tivesse sua audição intacta. Wernicke postulou
que esta área (que foi nomeada em sua honra) era conectada por
sistemas de fibras nervosas à área de Broca, formando assim um sistema
complexo, responsável pela compreensão e expressão da linguagem
falada.
Wernicke raciocinou que se a expressão da fala é
função da área de Broca, e a compreensão é
função da área que levou seu nome, então ambas
devem estar conectadas para que os indivíduos
possam compreender o que eles mesmos falam.
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Um pouco mais sobre Carl Wernicke:
Carl Wernicke (15 de Maio de 1848 em Tarnowitz, Silesia, Alemanha -15 de
Junho de 1905 em Gräfenroda) era médico, anatomista, psiquiatra e
neuropatologista.
Pouco tempo após Paul Broca ter publicado seus achados em défictis de
linguagem causados por danos ao que hoje é conhecido como área de Broca
no cérebro, Wernicke passou a pesquisar os efeitos do traumatismo craniano
na linguagem. Wernicke concluiu que nem todos os défictis de linguagem
eram resultado de danos à área de Broca. Notou que lesões na região posterior
esquerda do giro temporal superior resultavam em déficits na compreensão da
linguagem. Esta região é hoje chamada de área de Wernicke e a síndrome
associada é denominada afasia de Wernicke.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Wernicke
Falar é um atributo do ser humano, mas a comunicação entre indivíduos
não é uma vantagem só nossa na natureza. Muitos animais se comunicam, e de
diversas formas. Foi nos seres humanos, entretanto, que essa capacidade se
desenvolveu de modo inigualável. A linguagem que a imensa maioria aprende
já a partir dos primeiros meses de vida pós-natal, é a mais assimétrica das
funções. Foi o que Broca revelou ao mundo: um dos hemisférios cerebrais
(nesse caso o esquerdo) assume essa especialidade funcional. O outro
colabora, mas o esquerdo é quem dá as cartas.
1.2. Língua, Linguagem e Fala:
Língua: É a linguagem verbal utilizada por um grupo de indivíduos que
constituem uma comunidade. (Na atualidade existe uma grande
quantidade de línguas. As estatísticas divergem, mas seguramente se
registram no mundo mais de 2 mil línguas, entre elas o português);
Linguagem: É todo o sistema organizado de sinais que serve como meio
de comunicação entre os indivíduos;
Fala: É a utilização individual da língua.
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2. TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Cada vez mais o mercado de trabalho fica mais exigente e rigoroso,
cobra-se do ser humano um ser mais plural e com mais habilidades, incluindo:
dinamismo, espírito de liderança, comunicação, espírito de equipe etc.
Hoje não se espera um único papel do indivíduo: ele precisa ser um
profissional excelente, com habilidade para liderar e ser liderado, precisa ter
equilíbrio emocional, ser criativo, comprometido e possuidor de outras
características.
As empresas não querem apenas um funcionário com um alto QI
(Quociente de Inteligência). Aliado ao seu QI, ele precisa desenvolver suas
habilidades emocionais, o que hoje se chama QE (Quociente Emocional).
Exige-se que o novo profissional também tenha compromisso com sua
comunidade, com o mundo, com o futuro do planeta. É necessário ver além
das aparências. Os líderes conseguem ver as maravilhas ocultas por trás das
formas aparentes. Observe, por exemplo, a semente do abacate: quem poderia
dizer que uma simples semente guarda um enorme potencial em seu interior?
Fazendo uma analogia, o que carregamos de potencial adormecido dentro de
nós?
De acordo com Gardner as pesquisas sobre as inteligências múltiplas
ainda estão em sua fase inicial, e indicam que o ser humano é algo complexo e
repleto de inteligências, que são:
Verbal - Lingüística;
Corporal - Cinestésica;
Interpessoal;
Intrapessoal;
Lógico - Matemática;
Musical;
Naturalista;
Visual - Espacial;
Espiritual - Existencial.
Autor da Teoria das Inteligências Múltiplas - HOWARD
GARDNER
Sua teoria é confundida com as teses de seu colega Daniel
Goleman, autor do best-seller ―Inteligência Emocional‖ É um crítico
implacável dos testes de QI e de aptidão escolar. Considerado um dos
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principais pedagogos deste fim de século. Esteve no Brasil em 1997
para uma série de palestras.
Vamos verificar um pouco das idéias inerentes a cada uma das
múltiplas inteligências de que somos portadores:
Inteligência Verbal – Lingüística: É a habilidade do uso da
linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir
idéias, além de lidar na forma escrita e falada com a linguagem
de forma mais criativa e integrada. Políticos, jornalistas e
vendedores exibem com mais destaque esta inteligência;
Inteligência Corporal Cinestésica: Envolve o autocontrole
corporal quanto à destreza para manipular objetos e seu próprio
corpo. Cirurgiões, bailarinos, atletas e escultores são exemplos
deste tipo de inteligência. Também muito presente em oradores e
palestrantes, pois o corpo fala, e no processo de comunicação é
responsável por 55% da comunicação;
Inteligência Interpessoal: Habilidade de interagir com outras
pessoas, entendê-las e interpretar seu comportamento. É a
inteligência comum em líderes, políticos, religiosos, professores,
que sabem identificar expectativas, desejos e motivações de
outras pessoas, tornando-se extremamente sensíveis às suas
necessidades;
Inteligência Intrapessoal: É a habilidade de reconhecer os
próprios sentimentos e desenvolver modelos mentais precisos
sobre si mesmo. É a inteligência que dá acesso ao conhecimento
de seus sentimentos, sonhos e idéias. É a capacidade que faz com
que você tenha autoconhecimento e auto-estima;
• DEFINIÇÃO DE INTELIGÊNCIA:
• É A CAPACIDADE DE FAZER
DISTINÇÕES; O ÓBVIO SÓ É ÓBVIO
PARA O OLHO PREPARADO.
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Inteligência Lógico Matemática: É a habilidade para lidar com
raciocínios, reconhecer problemas matemáticos e resolvê-los. É a
inteligência característica de engenheiros, matemáticos e
cientistas;
Inteligência Musical: É a habilidade para apreciar, compor ou
reproduzir uma peça musical. Inclui percepção dos sons, temas
musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre bem como
habilidade para reproduzir e produzir sons de maneira criativa;
Inteligência Naturalista: É a inteligência dos envolvidos em
causas ecológicas, (como os ambientalistas, artistas), revelando a
habilidade de identificar e classificar padrões da natureza;
Inteligência Visual-Espacial: É a capacidade para entender o
mundo visual e espacial de forma precisa, possibilitando as
pessoas perceber as imagens, transformá-las e criá-las a partir da
memória. É a inteligência predominante em artistas plásticos,
navegadores, pilotos e arquitetos;
Inteligência Espiritual: Representa a mais nova inteligência
adicionada pela equipe do Profº Gardner. Refere-se à
preocupação e formulação de perguntas sobre a vida, a morte, o
universo. É a inteligência predominante em religiosos, líderes
espirituais etc.
Observe agora estas personalidades e verifique os tipos de
inteligência predominantes em cada uma de suas atuações
profissionais:
Jô Soares Caetano Veloso
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Pelé Albert Einstein
Hermeto Pascoal Oscar Niemeyer
Dalai Lama Gandhi
Orlando Villas Boas
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3. COMO DRIBLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO
Chegamos ao século XXI com mais de 7 bilhões de seres humanos
habitando o planeta Terra, cheios de medos e conflitos. Pesquisas
realizadas em diversas partes do mundo, (EUA, Austrália, Alemanha,
Espanha, Brasil entre outros), revela que o medo de falar em público está
entre os três principais medos da humanidade. Como vemos, este medo não
é alguma coisa localizada, mas sim globalizada. Perguntas mais frequentes
como as do tipo:
Por que quando falo em público fico muito nervoso(a), as batidas
do meu coração aceleram, as mãos suam, as pernas tremem e a
voz enrosca na garganta?
Por que os pensamentos somem, perco a concentração e não
consigo ouvir o que estou falando?
Por que fico sem o controle das palavras?
Como faço para controlar o nervosismo?
Tais perguntas não são simples de responder, pois o nervosismo não
desaparece tão depressa como apareceu: ele perdura, na maioria das vezes,
até o término de sua fala. Para combatê-lo é necessário estudo, força de
vontade, disciplina e muita dedicação.
É preciso também demolir alguns mitos, quando o pensamento é falar
em público.
Mitos:
É preciso um ―dom especial‖ para se comunicar bem;
É preciso ter muito estudo (graduação, mestrado, doutorado) para
se tornar um bom comunicador;
O fator sorte conta na hora de falar em público;
É preciso ter uma boa herança genética;
Ser muito inteligente indica que você vai ser um excelente
comunicador.
Ao contrário desses itens acima mencionados, o trabalho de preparação
para a comunicação verbal e oratória requer preparação, estudo das
técnicas e domínio de conteúdo. E muito treinamento para atingir a
perfeição!
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Seguem agora algumas dicas para você driblar o medo de falar em
público:
Em 1º lugar, você precisa desenvolver sua autoconfiança e aprender a
pensar positivamente;
Uma das razões para o medo é simplesmente o fato de não estar
acostumado – portanto, treine, treine, treine;
A prática irá proporcionar-lhe o reflexo. Para falar em público, o
processo é semelhante ao de aprender a dirigir;
Prepare-se para sua exposição. Uma boa pesquisa é fundamental;
Concentre-se nas idéias e procure anotar os principais pontos do seu
discurso, formatando previamente sua estrutura;
A leitura de livros de boa qualidade, assim como assistir a bons filmes,
participar de palestras, cursos, debates, estar atento ao que acontece no
mundo em que você vive, vai lhe deixar mais seguro para discorrer sobre
alguns assuntos;
Identifique seu medo para, a partir daí, trabalhar para vencê-lo ou
dribá-lo. Alguns desses medos são facilmente identificados: o medo de
errar, o medo da crítica, o medo de expressar sentimentos, o medo de
outro ser humano, o medo de se tornar ridículo diante das pessoas, o medo
do branco etc;
Antes de pensar como vai falar, saiba o que vai falar. Você controlará
o medo de falar na frente das pessoas se souber exatamente o que vai
dizer;
Você sabia que os oradores profissionais
ainda sentem medo ou ficam ansiosos antes
de falar em público?
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Vejamos um depoimento de Reinaldo Polito, que é considerado um dos
melhores professores de oratória do Brasil.
• Almanaque Saraiva - Você já sentiu receio de falar em público?
• Reinaldo Polito - Não só senti, como sinto até hoje. Isto é natural nas
pessoas, porque elas têm algo a perder em relação à imagem, carreira
ou reputação. Se tiver risco, tem medo. O que a pessoa não pode é se
assustar. Em uma apresentação, o coração bate mais forte porque há
descarga de adrenalina. À medida que ele fala, queima a substância e
se sente mais à vontade.
• AS - Quem tem mais facilidade para se comunicar, as mulheres ou os
homens?
• RP - As mulheres são melhores em tudo, está mais do que provado. Há
mais ou menos 15 anos, não tinha nem 20% de alunas nas salas. Hoje
em algumas turmas são maioria. Agora ocupam funções importantes e
precisam mais da comunicação, mas existe ainda um preconceito
grande. Quando a mulher vai falar para um público
predominantemente masculino, os homens demoram um pouco para
acreditar na competência porque existe o ranço cultural. Porém, ele é
mais benevolente e mais gentil com a mulher. Quando o público é
predominantemente feminino, onde deveria existir um corporativismo,
existe a inveja. São as mulheres que me dizem isso. Se elas tivessem a
cumplicidade que nós temos, não teríamos espaço.
• AS – Onde a comunicação está presente?
• RP – A comunicação é aplicada em todas as circunstâncias, o
estudante tem que fazer apresentação oral do trabalho e é avaliado
pela competência com que ele a realiza. Ao terminar o curso, precisa
Entrevista concedida ao Almanaque Saraiva,
publicado pela Livraria Saraiva no mês de
Fevereiro de 2007.
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fazer a defesa do TCC. Quando sai da faculdade, participa de
entrevistas e dinâmicas de grupo. Normalmente, vai ser aceito ou não
pela comunicação. Não é como as pessoas imaginam, que a
comunicação é própria de algumas atividades. Até a dona-de-casa usa
para orientar o filho, conversar com o marido.
• AS - Quais são os novos métodos e dicas para se falar em público?
• RP - O que tenho pregado sempre é o fato de que a naturalidade é o
melhor de todos os recursos da comunicação. Se em qualquer situação
formal você conseguir falar do mesmo modo que você discursa para
sua família e amigos, você pode enfrentar qualquer platéia.
Devemos aprender que todo o processo de aprendizagem (como
comunicação e oratória) pode ser aprendido com esforço, técnica e
muito exercício e também que tudo na natureza acontece por sucessivas
e lentas aproximações. A natureza não dá saltos; portanto, tenha calma e
persista. Você é capaz: basta traçar metas para conseguir este objetivo e
quando menos você esperar estará se comunicando com elegância, uma
boa postura e naturalidade.
• TODO APRENDIZADO PASSA POR 4( QUATRO) FASES:
1. INCONSCIENTEMENTE INCOMPETENTE – IGNORÂNCIA
2. CONSCIENTEMENTE INCOMPETENTE – A PAR DA SITUAÇÃO
3. CONSCIENTEMENTE COMPETENTE – CONHECIMENTO
4. INCONSCIENTEMENTE COMPETENTE – SABEDORIA
Então, respeite seus limites. Saiba que as barreiras e as dificuldades
serão vencidas pouco a pouco. E que mais cedo ou mais tarde você estará
surpreso com os resultados.
Lembre-se também de que na comunicação existem 3 (três)
componentes que devem ser levados em consideração para se estabelecer
uma boa comunicação. São eles:
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• PALAVRA – 7% DO PODER DA COMUNICAÇÃO;
• TOM DE VOZ – 38% DO PODER DA COMUNICAÇÃO;
• FISIOLOGIA – 55% DO PODER DA COMUNICAÇÃO.
Para tornar sua comunicação mais eficaz e eficiente, você deverá
trabalhar esses três componentes fundamentais da influência humana.
4. APRESENTAÇÃO PESSOAL
Como vimos, a comunicação não-verbal compõe mais da metade da
comunicação estabelecida entre palestrante, orador ou facilitador e seus
interlocutores.
A postura não se limita ao modo como você fica sentado ou de pé
perante sua platéia, mas também na maneira como você se veste. O bom
gosto e o bom senso são artes para serem cultivadas. Isso também integra a
comunicação, vestir-se adequadamente faz parte de sua apresentação
pessoal.
Vivemos numa sociedade visual. As pessoas começam a fazer seus
julgamentos através de sua linguagem corporal no momento em que o
vêem. Saiba que os testes para seleção nas empresas (na grande maioria
aplicada pelos psicólogos), começam a avaliar o candidato pela sua
apresentação pessoal, sua postura, como abre uma porta, como senta na
cadeira, como trata um colega numa relação interpessoal etc.
“Você nunca terá uma 2ª chance de causar
uma 1ª boa impressão.”
Anônimo
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Vejamos alguns cuidados que devem fazer parte de uma pessoa que
pretende conduzir uma boa apresentação pessoal:
1. É preciso demonstrar segurança e intimidade com o tema;
2. Acenar com a promessa de sermos breves e concisos em nossa fala;
3. Escolher uma roupa adequada. A adequação será ditada pela natureza
do evento;
4. Cuidar da postura, pois ela transmite elegância, firmeza, segurança e
respeito;
5. Evitar uma postura desleixada, relaxada demais ou deselegante, que irá
indispor a audiência contra o seu discurso;
6. Não se indispor com segmentos ou com a platéia por completo;
7. Evitar fazer perguntas à audiência, principalmente quando estiver
tratando de tema polêmico;
8. Ao invés de perguntas, propor reflexões e induzir a platéia a meditar
sobre elas;
9. Evitar exageros, contradições e informações duvidosas ou mal
fundamentadas;
10. Checar o que o público já sabe, sobre o tema, para poder informá-lo
tomando por base esses conhecimentos.
Um cuidado muito especial deve ser despendido com a maquilagem e
com os adornos. O bom senso é sempre a melhor medida para saber até que
ponto chegar para não avançar o sinal. Uma recomendação também
especial para objetos como celulares, canetas, apontadores laser, chaveiros
volumosos, moedas etc. Em sua apresentação não utilize nenhum desses
objetos como ―muleta psicológica‖. Não se deve permitir que a platéia
desvie a atenção para o objeto, mas sim que fique concentrada no conteúdo
do discurso.
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5. GESTICULAÇÃO, POSTURA E VISUALIZAÇÃO.
Devemos observar que comunicação e oratória eficientes e eficazes
revelam uma série de itens interligados e interconectados para o bom
desempenho do comunicador. Dentro desse universo de conecxões,
adentramos em três itens que serão fundamentais para o bom desempenho
do orador: gesticulação, postura e visualização.
Sentimos que a naturalidade é a ―fórmula mágica‖ para o sucesso das
apresentações. Não imitar uma outra personalidade, principalmente se
conhecida, é uma dica para os iniciantes, pois com o tempo você descobrirá
que poderá desenvolver seu estilo próprio sem recorrer a imitações, pois
estas quase sempre são percebidas e, quando isso acontece, gera uma
indisposição da platéia para com o palestrante naquele momento.
Para os iniciantes – braços, mãos, pernas, dedos se tornam elementos
em excesso no conjunto do seu corpo. Manusear com tudo isso é muito
difícil, pois o desconforto causado pelo nervosismo fica aparentemente
sendo visualizado por diversas reações fisiológicas emitidas pelo nosso
corpo. Todos nós passamos por isso, é uma tremenda descoberta que nos
assusta muito. Assim é com todos que começam a falar em público,
geralmente a pessoa fica tão nervoso(a) que simplesmente não sabe o que
fazer com tantos membros.
Se estiver num nível de tensão assim tão acentuado, tenha calma,
respire fundo, concentre-se na palestra que irá fazer, não pense no pior. Se
você estiver bem preparado, vá em frente e utilize um mantra oriental, que
diz: ―O ar que eu respiro, é energia, da energia de Deus que alimenta a
minha energia‖. Repita algumas vezes esse mantra até começar a falar:
concentre-se nele e desprenda-se dos pensamentos que por ventura lhe
possam trazer algum prejuízo na sua exposição. E ao ser convidado para
Chegou a hora do discurso. E agora como deverei
me conduzir?
Como um maestro que reje sua batuta com
movimentos bem precisos, para o bom andamento
de sua orquestra.
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iniciar sua exposição ou palestra, a partir desse momento começará a sua
comunicação. As pessoas vão olhar para você. Então se estabelecerá a fase
de comunicação com o público. Atenção: uma postura descuidada
transmitirá insegurança, as pessoas na sua grande maioria com raras
exceções não vão interessar-se pela sua exposição, mesmo tendo algo
interessante para falar, pois sua linguagem corporal já transmitiu ao
auditório uma certa incredulidade .
Quando for chamado para proferir o seu discurso, levante-se, caminhe
com tranquilidade, naturalidade, confiança e elegância, transmitindo para o
auditório que você se sente feliz por estar ali, e deseja sinceramente
transmitir-lhes uma mensagem. Também não há necessidade de se portar
como uma pessoa que ―engoliu um cabo de vassoura‖ todo o excesso é
prejudicial. Então, cuidado com sua postura: nem relaxado e descuidado
nem tão duro ao ponto de perder sua naturalidade. Ao chegar ao local
indicado para sua exposição, visualize de forma panorâmica o ambiente,
olhando para as pessoas nos olhos. E lembre-se: o auditório que vai de livre
e espontânea vontade para ouvi-ló estará torcendo por você, com rarissimas
exceções. Terão interesse em ouvir sua mensagem, são seus amigos e não
inimigos como nós pensamos ser.
Quero recordar um pensamento de origem oriental intitulado ―O
Caminho da Suavidade‖ do professor de artes marciais Massao Shinorara,
por quem, mesmo sem conhecer guardo profunda admiração.
―Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar, quem teme perder já
está vencido. Só se aproxima da perfeição aquele que a procura com
constância, sabedoria e, sobretudo, humildade. E quando verificares com
tristeza que não sabes nada, terás feito o teu primeiro passo na
aprendizagem – a humildade‖.
Lembre-se: Este trabalho depende muito
de você. Mantenha autoconfiança, pois
sem ela você já entrará no plenário
vencido.
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Sigamos tais ensinamentos que, muito embora simples, guardam muita
sabedoria.
Vamos gravar algumas dicas importantes para quem almeja falar em
público, no que diz respeito à postura:
• Preserve uma comunicação natural e espontânea. Seja flexível;
• Evite posições esquisitas e desajeitadas: mãos nos bolsos, apoio numa
das pernas, inclinação demasiada do corpo, apoiar-se demais na mesa
ou cadeira etc;
• Evite ficar andando de cá para lá (cansa o auditório);
• Evite ficar manuseando objetos isto distrai a atenção do público;
• Lembre-se que as expressões faciais acompanham com naturalidade e
reforçam os momentos que variam e se alternam: alegria, tristeza,
espanto etc;
• Goste do público e demonstre isto abertamente;
• Sinta que o público é uma alma coletiva e está pronto a lhe ouvir, em
ambiente de agradável expectativa. Seja fraterno e procure despertar
simpatia, mostrando-se simples, natural e atencioso;
• Confie em si mesmo;
• Seja modesto, mas não tímido;
• Saiba que entusiasmo e interesse são contagiosos;
• Não imite outro orador, descubra seu próprio estilo.
No que diz respeito à gesticulação, temos muito para informar; ao lado
de outro componente que é o olhar ela pode contribuir muito para a nossa
exposição, partindo da premissa que os ―olhos são as janelas da alma‖
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revelando muito do que somos e queremos transmitir. Recordemos também
que gesticulação corresponde a 55% da comunicação.
Em alguns casos, temos necessidade de fazer algumas correções para
não repetir determinados erros e equívocos cometidos por alguns durante o
ato de falar em público.
O que não devemos fazer:
Colocar as duas mãos nos bolsos;
Segurar móvel ou fio do microfone;
Brincar com objetos como caneta, apontador laser, apagador etc;
Cruzar os braços, nem na frente nem atrás;
Arrumar-se no início de seu discurso. Se sentir necessidade de
arrumar roupa, gravata, sapato, faça isso antes de sua
apresentação.
Fique bem atento a essas recomendações, pois não segui-las poderá
induzi-lo a cometer erros diante de uma platéia.
Recentemente acompanhamos com muita satisfação uma matéria que
foi publicada no Diário de Pernambuco no dia 01/04/2007, na seção de
empregos. Ela indica os minutos decisivos que definem uma vaga para um
candidato, destacando que o essencial é a postura no momento de uma
entrevista, pois a mesma fala por você e pode lhe assegurar aquela vaga.
Sem a gesticulação, o discurso torna-
se apenas uma voz no ar e o orador
uma figura completamente apagada e
sem brilho em sua exposição.
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6. COMO UTILIZAR O MICROFONE E A TRIBUNA
Para falar diante de um grande público é recomendada a utilização do
microfone. É necessário garantir que todas as pessoas o escutarão bem.
Dependendo do tamanho do auditório, é essencial o uso e manuseio
deste recurso tecnológico, trata-se de mais uma invenção humana, que veio
facilitar a vida das pessoas que falam em público. Encará-lo como um
instrumento de trabalho é a dica mais importante, pois ele foi criado com
finalidade específica: conduzir e ampliar nossa voz para que ela atinja seu
objetivo – transmissão de uma mensagem, bem compreensível aos ouvidos
humanos. Vamos imaginar que, se na época em que Jesus utilizou sua voz
para transmitir suas mensagens à humanidade, Ele estivesse com este recurso
à sua disposição, com certeza não dispensaria a utilização deste instrumento.
Existe um pensamento de autor desconhecido que admiro muito e serve
para ilustrar o manuseio com o microfone. ―A vida são as incessantes
oportunidades que surgem pela frente, jamais os insucessos que ocorreram no
passado. Assim, libertar-se do acontecimento negativo, qual madeira podre
Fique bem atento à sua postura. Ela é um atributo
indispensável num mercado de trabalho cada vez
mais competitivo e concorrido.
“O cérebro humano é uma coisa maravilhosa. Começa a funcionar quando nós nascemos e só
para de funcionar quando nos encontramos diante de um microfone!”
Renan Bernard
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que se arremessa nas águas do rio de esquecimento, é atitude de saudável
sabedoria.‖. Visualize o futuro esquecendo o passado, se este não lhe trouxer
boas lembranças, determine que falar em público será uma meta e utilizar o
microfone um objetivo a ser alcançado.
Embora nosso primeiro contato com o microfone geralmente não seja
muito agradável, existem dicas para utilizá-lo bem:
Ajuste a altura do microfone ao seu timbre de voz;
Controle a distância entre sua boca e o microfone;
Ao falar girando o corpo, acompanhe o movimento com o microfone;
Você deve falar sobre o microfone, para que os ouvintes vejam seu
semblante;
Preocupe-se com a área de ganho do microfone. Nunca jogue sua voz
fora do alcance dessa área.
Seguindo essas dicas você terá a intimidade suficiente para garantir
sucesso em sua apresentação. Vejamos agora os tipos de microfone mais
utilizados no comércio:
Pedestal – Deve ser ajustado para ficar a uma
distância de 5 a 10 cm da sua boca, dependendo
do seu timbre de voz.
Lapela – Muito usado em programas de
televisão, ultra-sensíveis e de controle
remoto (sem fios).
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Esses são os quatro tipos mais comuns que possivelmente iremos
encontrar. O manuseio desta ferramenta de trabalho é de fundamental
importância para o bom andamento de uma exposição. O microfone deve ser
encarado como um instrumento facilitador para o palestrante ou orador.
Com relação à tribuna ou local de exposição somente devemos aceitar
um convite para assumi-la quando nos sentirmos preparados, pois o
despreparo poderá denotar irresponsabilidade; como um motorista
despreparado que assume o volante de um automóvel sem o devido preparo,
podendo matar várias pessoas. A diferença é que, ao invés de matar pessoas,
você poderá matar todo o seu discurso ou exposição se não estiver com
condições técnicas e psicológicas para assumir tal responsabilidade.
Apenas devemos confiar a tribuna a pessoas que para isso estejam
capacitadas, e cujo trabalho já conhecemos a partir de boas recomendações e
referências. Esta simples cautela evita que ocorram prejuízos para o evento,
bem como situações embaraçosas no uso da tribuna.
Mesa ou tribuna – É fixado em mesas ou
tribunas, e oferece pouca mobilidade.
Head microfone – Futurista, fica preso na cabeça
com um arco, cuja haste mantém o microfone na
frente da boca. Também na versão de controle
remoto.
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7. COMO PARTICIPAR DE ENTREVISTAS
Entrevistas para emprego, é preciso ter o maior cuidado possível na
hora de encarar o entrevistador que, na maioria das vezes, é um psicólogo (a)
É uma barra pesada quando o entrevistador pede como quem não quer nada:
―Fale sobre o motivo de pretender trabalhar nesta empresa”. Se der branco
ou gaguejar, terá perdido metade da chance. Por isso procure saber
informações sobre a empresa antes de se submeter à entrevista.
Ainda se referindo àquela pergunta, é sempre recomendado ensaiar bem
a resposta, pois de 30 segundos a 1 minuto no máximo poderá ser decisivo
para sua futura carreira profissional. Na empresa em que está almejando um
emprego. O referido intervalo de tempo é o suficiente para garantir seu
emprego, dependendo da qualidade da resposta fornecida.
Vejamos agora algumas respostas, simulando situações de entrevistas,
sobre os motivos que levam a querer trabalhar numa empresa:
Um jovem em início de carreira pleiteando uma vaga numa empresa
antiga.
Pesquisa realizada pela Dresscoach
Internacional Consultoria de Imagem
revela que o impacto visual da primeira
impressão tem peso na escolha do
candidato.
Fonte: DP de 1º de Abril de 2007
“A empresa “x” é uma empresa sólida no mercado, uma empresa de
tradição no mercado, produz os melhores sapatos, é líder no ramo de
sua atividade profissional, paga bons salários e atrai todos que
desejam segurança e estabilidade, oferece uma excelente
oportunidade de carreira. Desejo começar da melhor maneira
possível, por isso estou tentando ingressar nessa empresa.”
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Uma pessoa de mais idade pleiteando uma vaga numa empresa antiga.
Uma pessoa jovem pleiteando uma vaga numa empresa também nova
no mercado.
Uma pessoa mais velha pleiteando uma vaga numa empresa nova no
mercado.
Agora vejamos a participação em entrevistas para três situações
distintas:
Como falar com jornalistas da imprensa escrita?
Prepare as informações com antecedência;
Converse naturalmente;
Fale com entusiasmo;
Escolha bem a roupa.
“A empresa “y” é uma empresa sólida, com ampla margem de
atividade profissional e reconhecidamente uma líder de vendas em
seu segmento, paga bons salários e atrai todos que desejam de uma
forma ou de outra segurança para encerrar sua carreira de modo
digno. Sinceramente desejo que este seja meu último emprego até
minha aposentadoria.”
“A empresa “z” é uma empresa jovem e arrojada, produz camisas de
excelente qualidade e não vai demorar muito para ultrapassar a líder
do mercado. Isso me atrai muito, pois temos algo em comum, desejo
crescer profissionalmente. Nesta empresa, e as possibilidades estão
abertas. Quero crescer junto com a empresa e sei que isso é possível.”
“A empresa w é uma empresa jovem e dinâmica, arrojada, produz
eletro-eletrônicos de excelente qualidade e não vai demorar muito
para chegar a liderança no mercado nessa atividade. Quem não quer
fazer parte de um time de vencedores? Quero fazer parte desse grupo
até o dia de me aposentar.”
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Como falar no rádio?
Prepare-se para a entrevista;
Não perca tempo com cumprimentos e agradecimentos demorados;
Ouça com atenção as perguntas;
Evite dar opiniões comprometedoras;
Revele seu interesse pelo bem estar social;
Aborde a questão pelo lado positivo.
Como falar diante das câmeras de TV?
Ensaie bastante;
Conheça o programa;
Situe-se depois de chegar a emissora;
Escolha roupa conveniente para a televisão;
Comunique-se com naturalidade diante das câmeras;
Mantenha o equilíbrio emocional;
Repita o que quiser destacar;
Prepare-se para encerrar.
Conserve essas dicas para se destacar quando for entrevistado.
Mantenha o controle da situação e não se deixe dominar pela emoção. No caso
de pergunta agressiva ou impertinente, não se contamine com o seu teor.
Mantenha a calma, respire fundo. Para aquele que lhe agrediu, tal atitude é
muito mais doloroso do que se ele (a) receber uma resposta agressiva. Agir
com naturalidade, para demonstrar tranqüilidade sorria levemente, que
entendeu o tom da agressão e responda o que for possível dentro de um padrão
de naturalidade. Quem fala com hostilidade termina sendo hostilizado pelos
ouvintes. Não seja hostilizado por aqueles que a você assistem ou o escutam.
Nunca agrida, e se for agredido, não seja ríspido, pois isso poderá causar a
antipatia do auditório ou dos seus ouvintes. No início será difícil, mas com o
tempo você terá o controle da situação, ao invés de ser dominado por ela, você
passará a comandar a situação, mesmo quando a situação for de extrema
dificuldade.
Se mantivermos um bom relacionamento com a imprensa e
aprendermos a nos conduzir de maneira correta durante as entrevistas, nossas
chances de sucesso se ampliarão consideravelmente.
Profº Eduardo Barros – Comunicação Global, Verbal e Oratória. 31
8. FALAR DE IMPROVISO
A dica fundamental para quem vai falar em público sobre qualquer tema
é conhecer o assunto que irá abordar. Isso também vale para a fala de
improviso. Importante realçar que o improviso não significa que o discurso
deverá ser feito de qualquer jeito, sem o menor preparo intelectual para
abordagem do referido tema. Falar de improviso é, antes de qualquer coisa, ter
conhecimento sobre o tema que irá desenvolver para não passar por
constrangimento. Se o convite foi feito e você não se sente preparado para
desenvolver o tema, há duas opções: ou não aceite, (por estar despreparado)
ou sugira a mudança do tema para algum de seu domínio. Somente assim você
falará de improviso sabendo o que está fazendo, ou melhor, dizendo.
Seguindo essa dica, você não passará pelo constrangimento de falar e
ser ridicularizado pela falta de qualidade em sua exposição. Lembre-se que
―você nunca terá uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão‖.
Então livre-se dessa angústia de cometer tão grandioso deslize.
A seguir, nomeamos mais algumas dicas de como falar de improviso:
Faça o vocativo (termo que se emprega para chamar, interpelar
alguém);
Inicie sua apresentação com alguma estrutura de introdução;
Você pode destacar a idéia de outros oradores que o precederam,
citando seus nomes, mas cuidado para não ser prolixo ou repetitivo;
Observe as fases: abertura, desenvolvimento e conclusão;
Evite aberturas longas, não tente compensar o tempo da exposição;
Improviso é mais curto que um discurso normal; assim, tenha o cuidado
para não se alongar e conseqüentemente entrar em outros assuntos;
Conclua, se possível, com alguma frase de efeito, poema etc.
Falar de improviso não é como muitos
pensam, falar sobre qualquer assunto sem
o devido preparo, é fazer um discurso que
não tenha sido previamente trabalhado.
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9. GRANDES ORADORES DA HISTÓRIA
Vamos a partir de agora, fazer uma avaliação do perfil de alguns
personagens oradores da história: o que eles possuem para serem considerados
grandes oradores; quais são suas qualidades, seus adjetivos; o que fizeram
para chegarem ao topo. A história está repleta dessas figuras que marcaram e
ainda marcam a história da humanidade. Em todas as épocas, em todos os
povos, em todas as civilizações tivemos grandes líderes que, de uma forma ou
de outra, marcaram a história pelo que fizeram e deixaram como legado.
Então, o que observo neles são qualidades desenvolvidas com o intuito de
atingir seus objetivos, qualidades como: coragem, persistência, determinação,
perseverança, entusiasmo, motivação, criatividade, originalidade, entre tantas
outras características, que foram desenvolvidas por esses grandes oradores no
decorrer de suas vidas. Vamos recordar alguns nomes, mas, antes disso,
lembremos que a oratória aqui no Ocidente tem como seus maiores
representantes os gregos, que se popularizaram como grandes oradores e
facilitadores do conhecimento.
Temos muitos outros exemplos na Grécia Antiga. Recordemos a figura
de Demóstenes que se destacava pela comunicação escrita. Escrevia discursos
para que as pessoas se defendessem ou acusassem nos tribunais, mas possuía o
ardente desejo de se tornar eminente orador. Tinha problemas de dicção, sua
voz era fraca e ainda era motivo de gozação porque, quando falava, erguia
seguidamente um dos ombros.
Sócrates (470 - 399 a.C.), que possuía uma
maneira toda especial de ensinar as pessoas
colocando em dúvida seus conhecimentos, com
uma técnica conhecida por maiêutica.
Profº Eduardo Barros – Comunicação Global, Verbal e Oratória. 33
Determinado a vencer as barreiras impostas pela própria natureza,
Demóstenes se isolou por um longo tempo. Raspou metade do cabelo e da
barba, e com isso, obrigou-se a ficar afastado das pessoas. Para melhorar a
respiração e fortalecer a voz, fazia longas caminhadas na praia e procurava
falar de frente para o mar com o volume mais alto do que o ruído das ondas.
Resolveu o problema de dicção falando com seixos na boca e tentando
pronunciar cada vez melhor as palavras. Corrigir o vício de levantar o ombro
foi mais difícil e doloroso. Pôs uma espada pendurada no teto com a ponta
voltada para baixo, bem no lugar onde fazia os ensaios de suas apresentações.
Toda vez que levantava o ombro era espetado e se feria com a ponta da
espada, até que se conteve e o defeito foi eliminado. Com todo esse sacrifício
e essa dedicação, Demóstenes, que aparentemente não possuía nenhuma
condição natural para falar em público, transformou-se no maior orador de
toda a Antiguidade.
Demóstenes (384 – 322 a.C.), foi um orador e
político grego, de Atenas.
Sua vida como orador e político foi dedicada à
defesa de Atenas que se via ameaçada por
Filipe II da Macedônia.
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Todos nós sabemos quanto o Cristo foi um bom orador, soube calar
quando não havia condições de falar, utilizou as palavras como um Mestre da
retórica, com eloqüência e sabedoria, ao ponto de tocar nos corações e nas
mentes endurecidas dos homens de sua época. Falou muitas coisas para
surdos, pois não detinham maturidade psicológica e intelectual para digerir
todo seu conteúdo de crescimento para a humanidade. Como expressa
Augusto Cury, em seu livro da série – Análise da Inteligência do Cristo/O
Mestre da Sensibilidade: “Os mais eloqüentes filósofos, pensadores e
cientistas, se tivessem estudado a personalidade de Cristo, teriam
compreendido que ele atingiu não apenas o ápice de inteligência, mas
também o apogeu da saúde emocional e intelectual”.
Isso só foi possível identificar porque Ele traduziu todos esses
conhecimentos através de palavras, utilizando a linguagem verbal como
veículo de renovação e esperança para a humanidade.
Utilizou uma técnica muito interessante e bastante pedagógica para
ensinar e transmitir um conteúdo de profundidade transcendental utilizou de
parábolas para transmissão de suas mensagens, estórias agrárias que tinha um
fundo de moralidade e ética que serviam como exemplo para ilustrar a
mensagem que queria enfatizar.
Um grande orador da história foi Jesus
Cristo que, com sua eloqüência, conseguia
atrair multidões com a beleza e
profundidade de sua mensagem. Até hoje
sua mensagem perdura como uma das mais
belas mensagens de esperança para a
humanidade.
Profº Eduardo Barros – Comunicação Global, Verbal e Oratória. 35
Mahatma Gandhi, quando pequenino, não tinha expressividade, e sua
saúde era frágil. Ninguém poderia imaginar que com tais condições
desfavoráveis pudesse liderar uma grandiosa revolução, usando a linguagem
verbal e a oratória.
Esse grande Guru só foi assim reconhecido pela sua dedicação por uma
causa nobre, com o vínculo sincero com a ética e a verdade: dois elementos
essenciais para conquista de um objetivo maior, que foi a libertação da Índia
do grande poder da Inglaterra.
Vejamos apenas um pequeno trecho de seus ensinos - ―Aprendi, graças
a uma amarga experiência, a única suprema lição: controlar a ira. E, do
mesmo modo que o calor conservado se transforma em energia, assim a nossa
ira controlada pode transformar-se em uma função capaz de mover o mundo.
Não é que eu não me ire ou perca o controle. O que eu não dou é campo à ira.
Cultivo a paciência e a mansidão e, de uma maneira geral, consigo. Mas
quando a ira me assalta, limito-me a controlá-la. Como consigo? É um hábito
que cada um deve adquirir e cultivar com uma prática assídua‖.
―As divergências de opinião não devem significar hostilidade. Se fosse
assim, minha mulher e eu deveríamos ser inimigos mortais. Não conheço duas
pessoas no mundo que não tenham tido divergências de opinião. Como
seguidor do Bhagavad Gita, sempre procurei nutrir pelos que discordam de
mim o mesmo afeto que nutro pelos que me são mais queridos e vizinhos.‖
Mahatma Gandhi (1869 – 1948) Um outro
grande orador da história mundial foi o líder e
pacifista indiano, indicado várias vezes ao
prêmio Nobel da Paz, que revolucionou a Índia
promovendo a não obediência pacífica.
Profº Eduardo Barros – Comunicação Global, Verbal e Oratória. 36
Vamos seguir o exemplo desses grandes ícones da humanidade que
também se utilizaram da palavra para dar o seu recado. Analise suas
características para seguir o caminho daqueles que foram exemplos marcantes
para todos nós.
Vejamos, por outro lado, algumas características dos comunicadores
problema:
Tímido – fala com voz baixa e tem dificuldades de administrar o
medo de falar em público;
Egocêntrico - demonstra que é o centro das atenções;
Erudito - fala difícil, utilizando palavras desconhecidas da
maioria;
Hipnotizador – se expressa de maneira muito pausada;
Modesto – sempre se posiciona de forma subserviente em relação
à platéia;
Verborrágico – é extremamente prolixo e redundante;
Despreparado – já entra vencido, porque não se prepara;
Espalhafatoso – usa roupas e apetrechos que chamam muita
atenção.
É com prazer que concluímos este trabalho, lembrando que não
carregamos a pretensão de exaurir o tema, pois o mesmo é incomensurável.
Mas os tópicos aqui abordados servirão para todos que pretendem ingressar
nesse universo de falar em público, com a significativa importância de
melhorar o seu poder de comunicação, deixando-o mais preparado para
enfrentar auditórios e o público em geral.
Sucesso!
Mas lembre-se: ele só depende de você.
Profº Eduardo Barros – Comunicação Global, Verbal e Oratória. 37
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_____, Reinaldo. Superdicas para falar bem em conversas e
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