apostila de trabalho de conclusão de curso
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Apostila de Trabalho de Conclusão de Curso
Curso: Fisioterapia Disciplina: Trabalho de Curso
Professora: Renata Brito
Salvador, 09 de Agosto de 2012.
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SUMÁRIO
Assunto Página
Introdução 03
Regras do Trabalho 04
Barema 05
Projeto de Pesquisa 06
Roteiro para elaboração do Projeto de Pesquisa 14
O Artigo Científico 20
Roteiro para elaboração do Artigo Científico 26
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INTRODUÇÃO
Art. 10 -“O Trabalho de Curso é componente curricular obrigatório, desenvolvido
individualmente, com conteúdo a ser fixado pelas Instituições de Educação Superior em
função de Projetos Pedagógicos.”
A Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Dispõe seu art. 34, nos diversos incisos em que se desdobra ser finalidade
da educação superior, dentre outras, “estimular a criação cultural e o desenvolvimento do
espírito científico e do pensamento reflexivo”; “incentivar o trabalho de pesquisa e
investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e
difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que
vive”. Com essas orientações legais e em conformidade com a opção pedagógica adotada pelo
IBES, o Curso de Fisioterapia também tem inserido em seu currículo a obrigatoriedade de
elaboração de um artigo como Trabalho de Conclusão de Curso, cabendo ao aluno, com total
liberdade, escolher o tema a ser desenvolvido e o orientador do seu trabalho.
Para a ABNT (2011), o trabalho de conclusão de curso de graduação é considerado
como “um documento que apresenta o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento
do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo
independente, curso, programa, e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de
um orientador.” Portanto, como o próprio nome diz, requer dedicação, esforço e trabalho!
Este manual tem como proposta facilitar a compreensão do aluno do curso de
Fisioterapia sobre os objetivos e as normas que regem um dos requisitos para conclusão do
curso – o TCC que no IBES, deverá ser a apresentação de um artigo científico.
O IBES tem como um de seus propósitos despertar o aluno para a importância da
pesquisa científica na graduação, para que a formação do aluno e futuro profissional possa
estar calcada nos princípios da atualização e constante aperfeiçoamento no exercício de sua
profissão. Este trabalho vem, portanto, contemplar o objetivo de estimular o aluno ao
aprofundamento em temas específicos mediante a orientação de um professor que possa
direcionar seus estudos de modo mais sistemático, reforçando ainda a importância da
Metodologia do Trabalho Científico. As normas deste manual estão baseadas na ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas, cabendo ao orientador a incumbência de selecionar
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o método (revisão bibliográfica, pesquisa de estado da arte, pesquisa de campo, estudo de
caso, etc.) que será utilizado na pesquisa.
Este manual apresenta os elementos que constituem a estrutura de um projeto de
pesquisa e de um artigo científico bem como apresenta de forma geral as regras de
apresentação, o resumo, a citação no texto e as referências.
As orientações aqui apresentadas baseiam-se na norma para apresentação de artigo
científico, que a partir deste ano passou a ser a Vancouver.
REGRAS DO TRABALHO
- O trabalho deverá ser realizado individualmente, com orientação de um professor da
Faculdade, sendo facultativa a co-orientação. O co-orientador poderá ser do corpo docente ou
externo, desde que em concordância com o orientador; o orientador deverá estar em
concordância com o tema escolhido, que deve estar entre as suas especialidades;
- O supervisor de estágio não poderá orientar o TCC e sim ajudar na elaboração do mesmo
em especial, na coleta de dados.
- O aluno deverá devolver o Termo de Compromisso com a definição do orientador em data
estipulada pelo Coordenador do Curso.
- No caso de possíveis publicações – artigos ou anais de congresso – o trabalho deverá ser
encaminhado com o aval do orientador, constando o nome dos alunos, do professor, do co-
orientador, se houver, e da Faculdade.
- O trabalho deverá ser defendido perante uma banca examinadora, composta por três
membros na data estipulada pelo Coordenador do Curso de Fisioterapia.
- Quando ocorrer reprovação na apresentação oral, o aluno fará as correções sugeridas pela
banca examinadora e o trabalho deverá ser reapresentado oralmente no período estipulado
como prova final.
- As notas serão dadas logo após as apresentações e estarão no sistema da faculdade. As
notas das reapresentações também serão dadas logo após as mesmas e estarão no sistema
da faculdade. Se após a reapresentação o aluno for reprovado deverá este se matricular no
próximo semestre e elaborar um novo artigo científico.
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- Caso o aluno não atinja o mérito necessário na reapresentação, estará automaticamente
reprovado na disciplina e consequentemente, não poderá colar grau.
- Em casos de plágio diagnosticados pela banca avaliadora, o aluno não terá a oportunidade
de realizar a reapresentação, sendo reprovado automaticamente na disciplina de Trabalho de
Curso.
- A entrega das etapas das atividades de TCC se dará nas datas fixadas pelo coordenador o
curso, improrrogáveis, ao Coordenador do Núcleo de TCC, que receberá os documentos no
horário e data pré estabelecida.
- O aluno que não entregar a atividade ou que realize a entrega de forma intempestiva, em
suas respectivas etapas, conforme reza o parágrafo anterior, terá atribuída nota zero.
- Forma de avaliação: o aluno será avaliado de acordo com o Barema a seguir:
BAREMA DE AVALIAÇÃO DO TCC - CURSO DE FISIOTERAPIA
Título do artigo: _____________________________________________________________
Autor(a)/ Aluno(a): __________________________________________________________ Avaliador(a): _______________________________________________________________
AVALIAÇÃO DO TRABALHO ESCRITO
Indicadores Pontuação
1. Introdução clara e objetivo(s) bem definido(s) (1,0 ponto)
2. Metodologia descrita adequadamente (0,5 pontos)
3. Resultados claros e condizentes com objetivos e metodologia propostos (1,0 ponto)
4. Discussão apresenta citações oportunas e fiéis (1,0 ponto)
5. Conclusão coerente com os objetivos e resultados (0,5
ponto)
6. O trabalho traz informações de impacto/relevância para a
fisioterapia? (0,5 pontos)
7. Inovação/Criatividade (0,5 pontos)
SUBTOTAL
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AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO ORAL
Indicadores Pontuação
1. Lógica e organização na apresentação – demonstra, explica,
generaliza e conclui? (1,0 ponto)
2. Utiliza argumentos oportunos e coerentes para demonstrar o
estudo (1,0 ponto)
3. Formato e estrutura da apresentação adequada – fontes,
cor, número de informações (1,0 ponto)
4. Tempo e postura (0,5 pontos)
5. Apresentação agregou informações valorizando a pesquisa? (1,0 p)
6. Linguagem verbal e não verbal (0,5 pontos)
SUBTOTAL
TOTAL
1. PROJETO DE PESQUISA
A DEFINIÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA
A elaboração de um bom projeto de pesquisa é requisito essencial para que o pesquisador
obtenha êxito e fundamentalmente de certas qualidades intelectuais e sociais do pesquisador
de fazer um trabalho científico estritamente planejado e mais próximo da qualidade
desejável. Desta forma é importante definir o que vem a ser o projeto. Este é “o documento
explicitador das ações a serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa”. O projeto
de pesquisa precisa ser esclarecedor como se processa a pesquisa quais as etapas que vão
ser desenvolvidas que seja suficientemente detalhado para proporcionar avaliação do
processo de pesquisa.
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa tem a condição de nortear as atividades do pesquisador, evitando
dispêndios desnecessários de energia e a eventual produção de um trabalho assistemático e
confuso, em descompasso com o que se espera da atividade científica. Lakatos e Marconi
(1991) apontam nesta direção quando asseveram que “O projeto é uma das etapas
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componentes do processo de elaboração, execução e apresentação da pesquisa. Esta
necessita ser planejada com extremo rigor, caso contrário o investigador, em determinada
altura, encontrar-se-á perdido num emaranhado de dados colhidos, sem saber como dispor
dos mesmos ou até desconhecendo seu significado e importância”.
O projeto de pesquisa é de extrema importância prática para o pesquisador, na medida em
que lhe serve de “cartão de visitas”, seja para obter o financiamento necessário para a
consecução de seus objetivos, seja para convencer um bom mestre a abraçar a pesquisa na
condição de orientador, ora para superar os processos seletivos dos cursos de pós-graduação,
ora para enfrentar as chamadas pré-bancas, instituídas pelas instituições de ensino
justamente para a análise do quanto projetado por cada aluno.
A ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA
Diante da quantidade de temas e problemas que podem ser objeto de pesquisas variadas e
distintas, é impossível a existência de um formulário a ser observado quando da elaboração
de qualquer projeto de pesquisa. “Não se pode falar num roteiro rígido para elaboração de
projetos de pesquisa”, e sim, em elementos considerados como imprescindíveis, sobretudo
em casos de projetos de pesquisa vinculados a teses e dissertações.
INTRODUÇÃO
O primeiro item a ser considerado em um projeto de pesquisa é o da introdução. Sugere-se a
divisão em quatro seções. A primeira é a da justificativa, que consiste na revelação dos
motivos pelos quais o tema foi escolhido e na defesa da relevância do quanto pesquisado. A
segunda destina-se à definição e delimitação do problema, em tarefa tão complexa e vital
para o projeto de pesquisa e para o resultado desta. A terceira parte é a revisão de literatura.
A quarta e última é a dos objetivos e/ou hipóteses. “recomenda-se, portanto, que em sua
redação [dos objetivos] sejam utilizados verbos de ação, como identificar, verificar, descrever
e analisar. Quando a pesquisa envolve hipóteses, é necessário deixar explícitas as relações
previstas entre as variáveis”.
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METODOLOGIA
Item essencial a um projeto de pesquisa. No item metodologia devem ser descritos os
métodos e os procedimentos que serão adotados ao longo da pesquisa. Devido a imensa
variedade de pesquisas há necessidade da escolha de determinado método. A pesquisa
poderá ser do tipo exploratória, descritiva ou explicativa. O tipo de delineamento, a seu
turno, levará a uma pesquisa experimental, a um levantamento, a um estudo de caso, a uma
pesquisa bibliográfica, dentre outras possibilidades. Diante destas opções, o projeto deverá
indicar, portanto, o tipo da pesquisa e do delineamento de que se trata. O pesquisador deverá
atentar, ainda, para a população e a amostragem, que deverão ser especificadas no projeto
de pesquisa, sobretudo nos casos em que tiver que limitar o seu campo de análise. Deverá,
assim, mencionar qual é o todo e qual a parte destacada para o estudo científico, explicitando
as razões de tal escolha. Na metodologia, ainda há a coleta de dados. Deve ser dado ênfase
aos dados colhidos mediante pesquisas de campo, ou seja, obtidos mediante questionários,
entrevistas, etc. Encerra-se o item destinado à metodologia com a exposição dos caminhos
que deverão ser seguidos para a análise dos dados, cuja coleta foi mencionada acima.
CRONOGRAMA
Trata-se das estimativas das datas para o cumprimento de cada etapa. Tem grande
importância na medida em que quem financia pesquisas necessita e exige a entrega do
resultado após certo prazo.
SUPRIMENTOS E EQUIPAMENTOS
O pesquisador deverá prever todo o material necessário para a produção do trabalho
científico. Ao criteriosamente observar tal necessidade, trazendo tal previsão no corpo do
projeto de pesquisa, não correrá o risco de perder a concentração na resolução do problema
que definiu e delimitou por força da falta de suprimentos ou inadequação de equipamentos.
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CUSTO DO PROJETO
Este item tem sua maior importância na medida em que haja o interesse de obter
financiamento para a pesquisa. Para ser adequado, o orçamento deverá considerar os custos
referentes a cada fase da pesquisa.
O ESTILO DO TEXTO
A necessidade de elaborar um projeto de pesquisa pode levar a dúvidas quanto ao modo de
redigir o documento respectivo. Mesmo em se tratando de pesquisador com amplo domínio
do vernáculo e da escrita, deve-se seguir orientações para que as finalidades do projeto
sejam plenamente atingidas.
Impessoalidade - ao redigir o projeto, o pesquisador deverá usar uma redação
impessoal, na terceira pessoa.
Objetividade - usar uma linguagem direta, evitando ponderações desnecessárias e
opiniões pessoais desprovidas de fundamentos e de comprovações.
Clareza - evitar ambiguidades que levem o intérprete a interpretações dúbias. Para
tanto, torna-se imprescindível o cuidado com as palavras apropriadas. Textos prolixos tendem
à obscuridade.
Precisão - A precisão da linguagem pode ser vista sob dois aspectos. O primeiro diz
respeito ao vocabulário técnico de cada ciência, que deverá ser rigorosamente observado.
Eis a razão pela qual os chamados dicionários técnicos são imprescindíveis para a redação do
projeto de pesquisa. O segundo aspecto, por sua vez, é atinente ao cuidado com o uso de
certos advérbios, adjetivos e expressões. Deve-se evitar o uso de adjetivos que não indiquem
claramente a proporção dos objetos, tais como: pequeno, médio e grande, bem como
expressões do tipo: quase todos, uma boa parte etc. Também devem ser evitados advérbios
que não explicitem exatamente o tempo, o modo e o lugar, como, por exemplo:
recentemente, antigamente, lentamente e provavelmente. Expressões como ‘nem todos’,
‘praticamente todos’, ‘vários deles’ são interpretadas de formas diferentes e tiram a força das
afirmativas. Melhor seria indicar: ‘cerca de 90%’, ‘menos da metade’, ou, com mais precisão:
‘93%’, ‘40%’.
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Coerência - A redação deverá atentar para a coerência na medida em que, na visão do
autor as ideias sejam apresentadas sequenciadas e ordenadamente. Com a divisão do projeto
de pesquisa em partes visando uma melhor arrumação do texto, cada título do documento
haverá de ser iniciado por verbos ou substantivos. Outra advertência diz respeito aos
parágrafos onde cada um deles “deve referir-se a um único assunto e iniciar-se de
preferência com uma frase que contenha a ideia-núcleo do parágrafo – o tópico frasal”.
Adverte-se, ainda, para a necessidade da existência de um mínimo de encadeamento entre os
parágrafos, onde deve-se “evitar a criação de um texto no qual os parágrafos sucedem-se
uns aos outros como compartimentos estanques, sem nenhuma fluência entre si”.
Concisão – as ideias devem ser expostas em poucas palavras, “períodos longos,
abrangendo várias orações subordinadas”, devem ser evitados, pois tornam a leitura pesada.
Simplicidade – A linguagem é um meio e não um fim em si mesma. Assim, é
distorcida a conduta de quem escreve “mais para impressionar do que para expressar”. O uso
de sinônimos pelo simples prazer da variedade e o abuso dos jargões técnicos, não conferem
autoridade a ninguém e muitas vezes constitui artifício para encobrir a mediocridade. O autor
adota uma posição radical, na medida em que o excessivo apego à simplicidade também pode
levar a uma redação simplória, a qual, certamente, não se coaduna com a linguagem
acadêmica. O certo é que o pesquisador deve usar o bom senso com o escopo de atingir o
meio termo entre o palavreado excessivamente elegante e a linguagem empobrecida.
ASPECTOS GRÁFICOS DO TEXTO
* Digitação e paginação - o papel a ser usado deverá ser branco e em formato A4, com
digitação apenas no anverso. Existe a possibilidade do uso do espaço dois ou três entre as
linhas. A primeira opção, todavia, é a mais habitual. As margens superior e esquerda deverão
ser de 3 cm. A inferior e a direita, por sua vez, serão de 2 cm. O início dos parágrafos deverá
ter espaço de 10 toques.
* Organização das partes e titulação – sugere-se a adoção do sistema da numeração
progressiva das seções. O texto de cada seção pode incluir vários parágrafos e também
utilizar alíneas (representadas por letras minúsculas) para relacionar itens de conteúdo pouco
extenso.
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* Disposição do texto - A disposição do texto, assim como a estrutura do projeto de
pesquisa, variará de acordo com a especificidade do que se pretende pesquisar. A “disposição
mais usual” é composta por capa, folha de rosto, lista de ilustrações, sumário, introdução,
revisão bibliográfica preliminar, metodologia, cronograma, suprimentos e equipamentos,
custos, anexos e/ou apêndices e referências bibliográficas. Anexos dizem respeito a
documentos não produzidos pelo autor do projeto de pesquisa, e apêndices dizem respeito a
documentos produzidos pelo autor do projeto de pesquisa
* Citações – As constantes mudanças das normas levam à necessidade de atenta
atualização de procedimentos. A norma utilizada será a Vancouver.
* Ilustrações - as ilustrações são os gráficos, fotografias, mapas, esquemas, desenhos,
quadros, fórmulas, tabelas e outros. À exceção destas, todas as demais espécies são
designadas como figuras. As ilustrações devem ser numeradas em sequência própria e com
títulos grafados em letras minúsculas, à exceção da inicial da frase e de nomes próprios. Por
oportuno, torna-se pertinente lembrar que a elaboração das tabelas deve seguir as regras
específicas do IBGE.
* Notas de rodapé – Recomenda-se a utilização das notas de rodapé somente para
explicações complementares que, uma vez indispensáveis, fogem à linha de raciocínio
seguida pelo texto.
* Referências bibliográficas - a maneira de citar as referências bibliográficas também
deriva das normas Vancouver, enfrentando constantes e sucessivas modificações.
CONCLUSÃO
Um projeto de pesquisa bem elaborado serve para orientar o pesquisador mantendo assim o
rigor científico para que o trabalho tenha uma validação acadêmica, os cuidados a serem
tomados na elaboração do projeto de pesquisa, na elaboração de questionários, na condução
de entrevistas, no rigor metodológico, e a importância na relevância do problema, bem como
a experiência e conhecimento do mesmo, não pode ser cerceada. Assim, à exceção das
normas técnicas da ABNT, que deverão ser rigorosamente seguidas.
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2. PROJETO DE PESQUISA
É aconselhável que antes da elaboração do artigo monográfico propriamente dito, seja
elaborado um projeto, contendo todas as etapas previstas para sua realização, para que seja
avaliada a viabilidade do estudo. Os projetos propostos podem ser de natureza teórica,
baseados em pesquisa bibliográfica sobre um único tema, ou ainda conter pesquisa de
campo, quando ocorre coleta de dados. Neste último caso, aconselha-se o orientador a
encaminhar o trabalho para um comitê de ética em pesquisa, para que os participantes
possam receber a carta de informação e assinar o termo de consentimento.
2.1 O ORIENTADOR
Cabe ao coordenador definir quantos trabalhos os professores poderão orientar no ano. E ao
orientador quais os temas de seu interesse. As orientações de artigo ou monografia deverão
ser divididas proporcionalmente ao número de professores do curso.
O orientador acompanha o estudo e direciona os caminhos e métodos a serem adotados. Ao
orientador cabe ainda prezar pela qualidade dos trabalhos desenvolvidos e incentivar o aluno
a divulgar os resultados de seu estudo em encontros científicos, com o objetivo de ampliar
sua formação e experiência em participação de eventos e levar o nome da Faculdade à
comunidade científica.
2.2 A NORMA VANCOUVER
É a forma utilizada para a apresentação de trabalhos científicos nos cursos da área de Saúde,
dentre os quais: monografia, tese, papers, projetos de pesquisa, artigos científicos, resenhas,
modelos de monografia, apresentações de trabalhos, trabalho de conclusão de curso – TCC.
Este método foi elaborado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas – ICMJE
(http://www.icmje.org ) e baseia-se, em grande parte, no padrão ANSI, adaptado pela U.S.
National Library of Medicine (NLM). Esse guia propõe mostrar as informações básicas que
servirão de apoio na elaboração dos trabalhos a serem desenvolvidos. Toda informação
complementar, entretanto, poderá ser encontrada no site acima e disponível na Biblioteca da
Faculdade.
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2.3 NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
Preferencialmente o aluno deverá apresentar um projeto de pesquisa para o orientador, para
que seja elaborada a metodologia da forma mais adequada e verificada a viabilidade de
execução do projeto. O projeto deverá conter:
Capa e folha de rosto
Conforme modelo sugerido:
Capa
Folha de Rosto
FACULDADE IBES
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE FISIOTERAPIA
TÍTULO DO TRABALHO
Autor do Trabalho
Salvador-Ba
MÊS/ANO
FACULDADE IBES
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE FISIOTERAPIA
TÍTULO DO TRABALHO
Autor do Trabalho
Projeto de pesquisa apresentado
como exigência parcial para
Graduação em Fisioterapia sob a
orientação do Prof......................
Salvador- Ba
MÊS/ANO
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Introdução
Na introdução o autor do texto introduz o leitor ao tema que será abordado. Cabe aqui citar
outros estudos semelhantes na área, pontos a favor e pontos contra o tema a ser discutido. A
introdução contém o referencial teórico que norteia o trabalho e é o espaço que fundamenta a
ideia a ser estudada.
Objetivos
Os objetivos de um estudo determinam o que se vai investigar e o que pretende se alcançar
com o estudo. Deve ser citado com palavras que determinem o que será realizado: estudar,
comparar, discutir, averiguar, investigar...
O objetivo deve ser escrito de forma clara e concisa, situando os leitores em relação ao foco
do estudo. Ex: Este estudo tem como objetivo investigar a produção de artigos científicos
sobre ........ em revistas indexadas no período de 1993 a 2003.
Método
No método deverão ser expostas as características dos participantes do estudo, o local onde o
mesmo será realizado e os procedimentos para realização do mesmo.
Cabe esclarecer que o tipo de pesquisa deverá ser discutido com o orientador, podendo
tratar-se de estudo quantitativo ou qualitativo e de pesquisa bibliográfica ou de campo,
ficando a critério do orientador essas categorias de definições.
Sujeitos ou Participantes
Neste item, deverá ser descrito quem serão os participantes da pesquisa, no caso de estudos
com coleta de dados em campo. Deverá ser esclarecido ao leitor como ocorrerá a seleção dos
sujeitos, os critérios de inclusão e exclusão, e as características do grupo a ser estudado:
sexo, faixa etária, diagnóstico, entre outras.
Local
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A instituição de vínculo do trabalho será sempre o Instituto Baiano de Ensino Superior,
porém, há possibilidade de realização de coleta de dados em outra instituição, que deverá ser
contatada, garantindo-se sigilo das informações e do nome do local, conforme recomendações
dos comitês de ética em pesquisa. A instituição deverá autorizar, por meio de seus
representantes legais, a coleta de dados no local.
No caso de realização do estudo em local externo à Faculdade, deverá aparecer neste item a
indicação “Os dados serão coletados em uma instituição de educação especial da região de
Salvador, que atende pessoas com deficiências múltiplas...”
Procedimentos
Neste item deverão constar as formas para coleta de dados, indicando se serão utilizadas
pesquisas em bases de dados, por exemplo, a Bireme, ou se os dados serão coletados por
meio de avaliações, entrevistas, aplicação de questionários, entre outras.
Cronograma de Estudo
O cronograma do estudo quantifica o tempo necessário para atingir cada etapa a ser
realizada. Uma boa pesquisa segue rigorosamente o cronograma proposto.
Referências Bibliográficas
As referências bibliográficas devem ser listadas seguindo as normas VANCOUVER. Constarão
livros, artigos, revistas científicas, dissertações e teses, sites oficiais da Internet...
3. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
“Um projeto de pesquisa é essencial para uma boa investigação. Consiste num plano
de ação que norteia o pesquisador, ajuda a visualizar melhor seu objeto de estudo,
orienta os caminhos a percorrer, amadurece a formulação das hipóteses e desenha
o mapa metodológico. Ele objetiva antever as etapas a cumprir para efetivar a sua
investigação. Constitui-se assim um eficaz roteiro de trabalho.”
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SUMÁRIO
Elemento obrigatório, é a listagem das principais divisões, seções e outras partes de um
documento refletindo a organização do texto. Obs: Não tem paginação nele.
1. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ou TEMA
É o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Responde a pergunta o que fazer?
Delimitação do tema, área de interesse e contexto de estudo. Deve estar relacionado com o
objetivo do seu estudo. Pode ser identificado a partir de uma necessidade pessoal ou
curiosidade do pesquisador. A delimitação do tema é o enquadramento do mesmo nas suas
possibilidades operacionais. É o espaço onde você comunica o assunto com entusiasmo.
Quanto mais delimitado o tema, mais factível se torna e todo o desenvolvimento posterior da
pesquisa flui positivamente.
Obs: Use no máximo uma página para delimitação do problema. Uso de citações é opcional.
2. PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO
Uma única pergunta de investigação.
Nada mais é, do que transformar seu título em uma pergunta, usando a “?”no final.
3. QUADRO TEÓRICO
Nesta etapa o pesquisador vai mostrar as correntes teóricas existentes sobre o tema
escolhido. A fundamentação teórica (que nasce a partir das leituras). Contextualize as teorias
existentes (Procure em livros). Deve conter indiretamente: o que o(a) levou a estudar este
tema?
4. OBJETIVOS
Dividem-se em objetivo geral e objetivos específicos. Responde a pergunta para que fazer?
4.1 OBJETIVO GERAL
Referem- se ao rumo da pesquisa ao indicar o que se pretende investigar.
Um único objetivo de alcance maior (principal, geral) e objetivos específicos (se necessário).
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O objetivo geral tem uma visão panorâmica de todo o processo a ser percorrido. Procura dar
uma visão geral do assunto. Indica o que se pretende alcançar na pesquisa.
4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Já os objetivos específicos, dado o seu pluralismo, ocupam-se dos detalhes que, bem
conduzidos, auxiliam nas respostas ao problema de pesquisa. Denota as questões mais
específicas da pesquisa, identifica conteúdos que carecem ser aprofundados.
5. REVISÃO DE LITERATURA
Síntese do estado da arte do conhecimento.
Nesta etapa o pesquisador tenta mostrar o conhecimento prévio que possui a respeito do
tema-problema a ser pesquisado. Deve fazer um encadeamento lógico entre as leituras mais
gerais e específicas e as contribuições mais atualizadas.
O que se sabe sobre o tema da pesquisa de investigação, concordâncias, controvérsias,
discordâncias, razões, interpretações. Avaliação crítica do conhecimento atual. (Procure em
artigos).
Obs: Sugere-se utilizar artigos recentes, em torno de 5 anos, e no máximo 10 anos.
6. JUSTIFICATIVA
A justificativa esclarece por que fazer a pesquisa e até onde ela pretende chegar.
Justificar significa elencar as razões que nos levam a estudar algo, tendo como referência os
motivos individuais, os de interesse da ciência e os de relevância social.
CONSISTE NUMA EXPLICAÇÃO SUCINTA, PORÉM COMPLETA, DAS RAZÕES DE ORDEM
TEÓRICA E DOS MOTIVOS DE ORDEM PRÁTICA QUE TORNAM IMPORTANTE A REALIZAÇÃO
DA PESQUISA.
Apresenta a discussão da viabilidade operacional para o desenvolvimento do projeto.
Qual a importância de se estudar o tema? Porque é importante fazer este estudo?
Relevância... O que esse estudo trará de inovador em relação aos já realizados? (procure em
artigos científicos)
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A melhor justificativa consiste na ausência de estudos, o que falta estudar naquela área
considerando-se pequeno número de estudos naquela área.
Obs: Não apresenta citações de autores.
7. HIPÓTESE
Pressuposto ou afirmação prévia, antes de realizada a pesquisa. Responde a sua pergunta de
investigação. As hipóteses, mais utilizadas na pesquisa quantitativa, são prováveis respostas
ao problema. As questões de pesquisa, próprias dos estudos qualitativos, são perguntas
desdobradas a partir do problema formulado.
8. MATERIAL E MÉTODOS ou METODOLOGIA DA PESQUISA
A metodologia define o tipo de pesquisa que se pretende fazer e os pressupostos teórico-
metodológicos que se pretende utilizar, estabelecendo o seu delineamento.
É fundamental que a revisão bibliográfica já esteja concluída para que a abordagem
metodológica da pesquisa fique bem encaminhada. Responde a pergunta como fazer?
Deve-se ligar o suporte teórico-metodológico às técnicas que permitam a coleta de
informações e a sua análise.
Além disso, é necessário indicar as fontes primárias (população, amostra, corpus, etc.), ou
seja, onde são coletados os dados e quais os instrumentos a ser utilizados na busca e na
análise dos mesmos. Questionários, roteiros para entrevistas e para observações, ainda que
preliminares, devem ser anexados ao projeto.
- Qual é o método que vai ser utilizado?
- Objeto de pesquisa (vai estudar o quê? Definir a população, o local)
- Critérios de inclusão e exclusão
- Instrumentos de coleta de dados (entrevista, observação, questionário, prontuário, etc ...)
- Material
- Procedimentos (descrever as etapas para que todos os procedimentos realizados sejam
iguais em todos os pacientes)
- Análise dos dados – como os dados serão estatisticamente analisados
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Exemplos de estudos:
Estudo descritivo (Revisão de literatura)
8.1 Desenho do estudo
8.2 Bases de dados
8.3 Período da coleta
8.4 Palavras-chave
8.5 Critérios de inclusão e exclusão
Estudos quantitativos (Pesquisas de campo)
8.1 Desenho do estudo
8.2 População e área: Onde será feito o estudo?/ Critérios de inclusão e
exclusão/Amostragem.
8.3 Fonte de dados: Dados primários, secundários?
8.4 Coleta de dados: Estudo piloto? Estrutura da coleta. Período da coleta.
8.5 Instrumentos de investigação:
Questionários, formulários. Validados? Por que não? Escore, escalas?
8.6 Definição de Variáveis:
É bom que você tenha homogeneidade de variância.
a) Variável dependente: o que quero medir
b) Variável independente: aquela que você modifica para comparar em níveis, o que você
manipula. diferentes métodos de intervenção aplicados
c) Variável interveniente: variáveis possíveis de intervirem nos resultados (fatores
mascaradores). Possível de interferir nos dois grupos.
8.7 Plano de análise dos dados
8.8 Aspectos éticos
9. ORÇAMENTO
Responde à questão com quanto? Custo da pesquisa. Quem vai patrocinar?
O orçamento distribui os gastos por vários itens, que devem necessariamente ser separados.
Inclui:
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- pessoal – do responsável (aluno) aos auxiliares de campo (estatístico)
- material – elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel,
caneta, lápis, cartões, digitação, xérox, encadernação, etc.
10. CRONOGRAMA
Todo trabalho científico pressupõe de planejamento. O pesquisador deve indicar no seu
projeto as várias etapas, distribuindo-as no tempo disponível para as atividades previstas
pela pesquisa.
A elaboração do cronograma responde á pergunta quando?
O cronograma contém elementos que informarão as fases da pesquisa.
Delineia a sequência da investigação, mostrando procedimentos e períodos de execução,
conforme sugestão do modelo a seguir:
2012 2013
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Junh
Revisão de Literatura
Leitura/Documentação
Coleta de Dados
Análise dos Dados
Elaboração Relatório
Redação
Entrega
Apresentação (defesa)
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Item obrigatório onde deve constar todas as fontes bibliográficas, documentais e eletrônicas
que foram consultadas e indicadas na elaboração do projeto.
São as referências citadas no texto do seu projeto.
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As regras segundo as quais as obras são referenciadas obedecem à orientação da
VANCOUVER– e constam no Manual de TCC da Faculdade IBES e foi entregue em mãos na
disciplina, como também encaminhado via e-mail.
12. ANEXOS (se houver)
Os anexos compreendem: termo de consentimento livre e esclarecido, Instrumento de coleta
de dados - questionário, roteiro de entrevista, escalas, protocolos, etc.
Dicas:
1. O projeto, em seus vários pontos, pode ser alterado no decorrer da pesquisa. Isto é
normal e até positivo, uma vez que revela eventuais descobertas de dados novos e
aprofundamento das ideias do pesquisador.
2. Os itens deste roteiro podem ser reduzidos, ampliados ou estruturados em outra ordem,
de acordo com a natureza da pesquisa a ser desenvolvida e principalmente pela exigência
do Comitê de Ética que será submetida a pesquisa.
3. Um projeto bem feito e organizado significa uma pesquisa bem feita!
3. O ARTIGO CIENTÍFICO
“Artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e
discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do
conhecimento.” (NBR 6022) O artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório
escrito, dos resultados de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão.
O objetivo fundamental de um artigo é o de ser um meio rápido e sucinto de
divulgar e tornar conhecidos, através de sua publicação em periódicos especializados, a
dúvida investigada, o referencial teórico utilizado (as teorias que serviam de base para
orientar a pesquisa), a metodologia empregada, os resultados alcançados e as principais
dificuldades encontradas no processo de investigação ou na análise de uma questão.
Assim, os problemas abordados nos artigos podem ser os mais diversos: podem
fazer parte quer de questões que historicamente são polemizadas, quer de problemas teóricos
ou práticos novos.
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A pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem como metas principais
gerar novo conhecimento e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pré-existente.
(CLARK, 2002).
Ander-Egg vai além: para ele, a pesquisa é um procedimento reflexivo, sistemático,
controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em
qualquer campo do conhecimento, requer um tratamento científico e se constitui no caminho
para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. (MARCONI, 1999).
A fim de merecer o qualificativo de científica, a pesquisa deve obedecer aos rigores
que impõe o método científico, devendo ser feita de modo sistematizado, utilizando para isto
método próprio e técnicas específicas, procurando um conhecimento que se refira à realidade
empírica. (RUDIO, 2001).
Para Lakatos e Marconi (1991) os artigos científicos têm as seguintes características:
a) não se constituem em matéria de um livro;
b) são publicados em revistas ou periódicos especializados;
c) permitem ao leitor, por serem completos, repetir a experiência.
O Journal of the Health Sciences Institute = Revista do Instituto de Ciências da Saúde
1. O artigo científico pode ser:
a) Original ou divulgação: apresenta temas ou abordagens originais e podem ser: relatos de
caso, comunicação ou notas prévias.
b) Revisão: os artigos de revisão analisam e discutem trabalhos já publicados, revisões
bibliográficas etc.
2. Estrutura do texto
O artigo científico tem a mesma estrutura dos demais trabalhos científicos:
2.1 Pré-textual
2.2 Textual
2.3 Pós-textual
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2.1 Elementos pré-textuais
a) o título e subtítulo (se houver) devem figurar na página de abertura do artigo, na língua do
texto;
b) a autoria: Nome completo do(s) autor(es) na forma direta, acompanhados de um breve
currículo que o (s) qualifique na área do artigo;
c) o currículo: incluindo endereço (e-mail) para contato, deve aparecer em nota de rodapé;
d) resumo na língua do texto: O resumo deve apresentar de forma concisa, os objetivos, a
metodologia e os resultados alcançados, não ultrapassando 250 palavras. Não deve conter
citações “Deve ser constituído de uma seqüência de frases concisas e não de uma simples
enumeração de tópicos. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular”
ativa”. Deve apresentar os seguintes itens: OBJETIVO (objetivos do estudo baseado em
referências fundamentais), MÉTODOS (descrição do objeto do trabalho tais como, pacientes,
animais, e a metodologia empregada), RESULTADOS (ordem lógica sem interpretação do
autor) e CONCLUSÕES (vincular as conclusões ao objetivo do estudo).
e) palavras-chave na língua do texto: elemento obrigatório, devem figurar abaixo do resumo,
antecedidas da expressão.
2.2 Elementos textuais
- Para os artigos originais seguir o formato: Introdução, Métodos, Resultados,
Discussão, Conclusões, Agradecimentos (opcional) e Referências.
- Os casos clínicos devem apresentar uma Introdução concisa, breve Revisão de
Literatura, Relato do Caso, Discussão e Conclusões, que podem incluir recomendações
para conduta dos casos relatados, Agradecimentos (opcional) e Referências.
- As revisões de literatura devem apresentar: Introdução, Revisão de Literatura,
Discussão e Conclusões.
- Redigir o texto sempre que possível na terceira pessoa e de forma impessoal.
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2.2.1 Introdução
Na introdução deve-se expor a finalidade e os objetivos do trabalho de modo que o leitor
tenha uma visão geral do tema abordado. De modo geral, a introdução deve apresentar:
a) o assunto, objeto de estudo;
b) o ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado;
c) trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema;
d) as justificativas que levaram a escolha do tema, o problema de pesquisa, a hipótese de
estudo, o objetivo pretendido, o método proposto, a razão de escolha do método e os
principais resultados.”
2.2.2 Desenvolvimento
Parte principal e mais extensa do trabalho, deve apresentar a fundamentação teórica, a
metodologia, os resultados e a discussão.
2.2.3 Conclusões
a) as conclusões devem responder às questões da pesquisa, correspondentes aos objetivos e
hipóteses; b) devem ser breve podendo apresentar recomendações e sugestões para
trabalhos futuros; c) para artigos de revisão deve-se excluir material, método e resultados.
3.3 Elementos Pós-Textuais
a) título e subtítulo (se houver) em língua estrangeira;
b) resumo em língua estrangeira: versão do resumo na língua do texto;
c) palavras-chave em língua estrangeira: versão das palavras-chave na língua do texto para a
mesma língua do resumo em língua estrangeira;
d) notas explicativas: a numeração das notas é feita em algarismos arábicos, devendo ser
única e consecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração em cada página;
e) referências: Elemento obrigatório, constitui uma lista ordenada dos documentos
efetivamente citados no texto.
f) glossário: elemento opcional elaborado em ordem alfabética;
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g) apêndices: Elemento opcional. “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de
complementar o texto principal.”
h) anexos: Elemento opcional, “texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de
fundamentação, comprovação e ilustração.”
i) agradecimentos. Elemento opcional
3. Ilustrações
As ilustrações (quadros, figuras, fotos, etc), devem ter uma numeração seqüencial.
Sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu
número de ordem de ocorrência do texto, em algarismos arábicos, do respectivo título, a
ilustração deve figurar o mais próximo possível do texto a que se refere.
4. Tabelas
Conforme o IBGE (1993) as tabelas devem ter um número em algarismo arábico, seqüencial,
inscritos na parte superior, a esquerda da página, precedida da palavra Tabela. Exemplo:
Tabela 5 ou Tabela 3.5
4.1 Título: devem conter um título por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a
natureza e abrangência do seu conteúdo
4.2 Fonte: a fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela em letra
maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da tabela,
precedida da palavra Fonte.
5. Indicativo de seção:
O Indicativo Numérico da seção precede o título [da seção] alinhado à esquerda.
“Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer outro sinal após o indicativo da seção ou
de seu título.”
6. Fonte: Conforme estilo VANCOUVER deve-se usar a fonte arial, corpo 12 para o texto e
para as referências. Para as citações longas, notas de rodapé, paginação, legendas das
ilustrações e tabelas, usar tamanho menor (9 ou 10).
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7. Referências
- Devem ser citadas por ordem de aparição no texto, numeradas em ordem crescente, e
normatizadas de acordo com o estilo VANCOUVER.
- As referências são apresentadas em ordem alfabética de autor e alinhadas somente à
margem esquerda. As referências têm espaçamento simples e duplo entre si.
A seguir enumeraremos as referências utilizadas neste material, como também, as que o
aluno deverá utilizar para elaborar, tanto o projeto de pesquisa, quanto o artigo científico.
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações tecnico-
cientificas. 6. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: UFMG, 2003. 230 p.
GUSMÃO, S. & SILVEIRA, R. L. Redação do Trabalho Científico na área biomédica. Rio
de Janeiro: Revinter
IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. 1993.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia cientifica. 3. ed. rev. e ampl. SãoPaulo: Atlas, 1991. 270 p.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GUSMÃO, S. & SILVEIRA, R. L. Redação do Trabalho Científico na área biomédica. Rio de Janeiro: Revinter.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico.
São Paulo: Atlas, 1992, p.90-93.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002,
p.131-132
4. ROTEIRO DE ELABORAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
Artigo de Periódico: “ Texto com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos,
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. ABNT – NBR 6022
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4.1 Introdução e objetivo
Identificação do problema estudado; contextualização (importância, e por que responder esta
pergunta, o propósito do artigo);
magnitude do problema e impacto potencial do conhecimento;
uma síntese do que já se sabe (estado da arte) – limitar-se ao tema e a pergunta de
investigação, concordâncias, consistências, conflitos, controvérsias, discordâncias, razões,
interpretações; (principalmente nos artigos de revisão)
Identificar lacunas do conhecimento, perspectivas de avanço; ressaltar a importância das
respostas que poderá encontrar e justificar o estudo;
FINALIZE SEMPRE COM O OBJETIVO GERAL.
4.2. Material e Métodos
4.2.1 Desenho do estudo e apresentação geral da arquitetura e lógica da pesquisa
como um todo.
4.2.2 População e área (amostragem - tipo, tamanho, exclusão, quem foi elegível e por
que). Caso exclua parte da população, justifique.
Quais as características mais importantes para a análise?
Critérios de elegibilidade e exclusão; Amostragem
4.2.3 Fonte de dados e época da realização do estudo
De onde se originaram os dados? Fontes secundárias ou primárias? Qual a Qualidade
do dados? Individuais ou agregados. Mais de uma fonte de dados? Como elas se
compatibilizam? Informações sobre a qualidade/cobertura da base de dados.
4.2.4 Coleta de Dados (quem fez, como fez e cuidados)
Procedimentos realizados para a definição da população, obtenção de consentimento
livre e esclarecido, e a obtenção dos dados em geral.
Exame físico? testes diagnóstico? Qual a estrutura da coleta (fases ou etapas da
pesquisa)? Estudo piloto? De calibração dos instrumentos? Cuidados empregados para evitar
recusas. Procedimentos para evitar vieses (tendenciosidades).
4.2.5 Instrumentos de investigação
Questionários, fichas, formulários (foram validados?).
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Utilizou algum escore, escalas, índices empregados por outros autores? (por exemplo para
diagnóstico) Técnicas de aplicação. Qualificação dos aplicadores. Treinamento;
Cuidados com a padronização de técnicas e procedimentos
Manejo de anonimato e confidencialidade (Aspectos éticos).
4.2.6 Definição de variáveis
Dependente, independente e covariáveis.
Modo de codificação ou tratamento para a análise de variáveis contínuas ou categoriais.
4.2.7 Plano de Análise
Etapas da análise: descritiva. Houve necessidade de se excluir dados?
Medidas utilizadas para avaliação de hipóteses (proporções - prevalência, incidência,
médias, comparações - razão, diferença, risco, correlação, etc).
Inferência estatística será utilizada? Que testes? Autores? Valor definido para o alfa
(que seu achado foi por acaso).
4.3. Resultados
Inicie com a apresentação da população do estudo - tamanho, recusas, perdas,
retiradas e como ficou no final. Dados descritivos da população do estudo de acordo com a
intervenção/tratamento, etc (variável independente principal).
Apresente os dados de cada tabela ou gráfico mencionando apenas os mais importantes
para a sua discussão. Alguns dados poderão ser apresentados apenas no texto e não nas
tabelas. Algumas revistas somente consideram os resultados estatisticamente significantes;
Não se pode incluir nesta seção interpretações ou explicações apenas os dados.
4.4. Discussão
Retome as principais perguntas /objetivo do estudo (no primeiro parágrafo).
Interprete os seus resultados buscando explicações para o que encontrou, à luz de
teorias que você abordou no seu referencial teórico.
Compare os seus resultados criticamente com os dados existentes na literatura (com
base na revisão que você fez).
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Apresente os vieses que poderiam ter acontecido e que distorceriam os seus resultados
(diagnóstico, de medidas etc.)
Indique as vantagens metodológicas, operacionais, de custo, benefício, impacto etc. do
seu estudo. O que tem de inovador no seu estudo?
Limitações, como recusas, avanços metodológicos ainda insuficientes, técnicas?
instrumentos? etc. Explicite como os erros poderão afetar ou não os seus resultados.
As perspectivas para outras investigações, e também para as mudanças nas práticas de
saúde, etc. ou melhoria do bem estar da população.
4.5 Conclusão
Finalize com suas palavras. A conclusão final.
Cabe ressaltar a importância de outras e futuras investigações.
4.6 Agradecimentos (opcional)
Conforme estilo VANCOUVER.
4.7 Referências bibliográficas
Devem ser citadas por ordem de aparição no texto, numeradas em ordem crescente, e
normatizadas de acordo com o estilo VANCOUVER. Não devem ultrapassar o número de 30,
exceto nos artigos de revisão que podem ter até 50 referências.
“ A tarefa de gerar a incerteza: essa é a função da pesquisa da universidade. A tarefa de administrar a incerteza, de dar condições aos indivíduos de viver com a
incerteza: essa é a função do ensino – ou melhor, educacional – da universidade.” Ronald Barnett
Bom trabalho!!!!!!!!!!