apostila de laboratório de química inorgânica i 2014

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  • 1

    Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

    Laboratrio de Qumica

    Inorgnica I

    Instituto de Cincia e Tecnologia

    Bacharelado em Cincia e Tecnologia / Engenharia Qumica

    Obs.: Este material um compndio de vrias obras.

    Profa Dr

    a. Flaviana Tavares Vieira

    Diamantina - MG

    2014

  • 2

    Apresentao

    Esta apostila contm instrues para as aulas prticas de Qumica Inorgnica I

    dos cursos de Bacharelado em Cincia e Tecnologia e de Engenharia Qumica do

    Instituto de Cincia e Tecnologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e

    Mucuri.

    Os experimentos aqui propostos foram escolhidos por estarem relacionados aos

    tpicos discutidos nas aulas tericas a fim de auxiliar a sedimentao do conhecimento.

    Visam proporcionar ao acadmico a oportunidade de ampliar o conhecimento e

    trabalhar com autonomia e segurana em um laboratrio de qumica.

    Quanto dinmica das aulas prticas, pede-se:

    -Leitura do assunto a ser abordado no experimento, com antecedncia;

    -Discusso inicial, com o professor, dos aspectos tericos e prticos relevantes;

    -Execuo dos experimentos utilizando os roteiros;

    -Interpretao e discusso dos resultados;

    -Apresentao escrita dos resultados de cada experimento.

    Os itens descritos a seguir tero seu cumprimento exigido para que o

    aprendizado possa ocorrer da melhor forma possvel:

    -O uso da apostila a partir da primeira aula em laboratrio;

    -O uso do jaleco e culos de proteo durante as aulas;

    -Cumprimento das normas de segurana.

    Desejo-lhes um bom estudo!

    Profa. Dr

    a Flaviana Tavares

  • 3

    Sumrio

    1.0. Instrues Gerais............................................................................................ 03

    1.1.Noes Elementares de Segurana........................................................... 04

    1.2 .Noes de Primeiros Socorros................................................................ 06

    1.3. Modelo de Relatrio............................................................................... 09

    Experimento 01: Sntese e Caracterizao do Complexo de Ni (II):

    [Ni(NH3)6Cl2]........................................................................................................

    10

    Experimento 02: Obteno e Caracterizao de Complexos de Co(III)........... 15

    Experimento 03: Evidenciando o Efeito do Nmero de Ligantes sobre a Cor

    dos Compostos de Coordenao...........................................................................

    22

    Experimento 04: Sntese de Compostos usando Cobre, Cobalto e Uria:

    Qumica de Coordenao no Estado Slido.........................................................

    23

    Experimento 05: Obteno de Hidrognio.......................................................... 25

    Experimento 06: Reaes dos Metais Alcalinos e Reaes dos Hidrxidos de

    Metais Alcalinos ..................................................................................................

    27

    Experimento 07: Dureza Temporria e Permanente da gua............................. 30

    Experimento 08: Reaes do Alumnio Metlico e do Cloreto de Alumnio..... 33

    Experimento 09: Estudo de Algumas Propriedades do Carbono e seus

    Compostos ...........................................................................................................

    35

    Experimento 10: Obteno e Propriedades do Iodo ........................................... 38

    Anexo I Classificao dos Produtos Qumicos Quanto ao Risco...................... 40

    Anexo II Uso dos Extintores de Incndio ........................................................ 43

    Anexo III Tabela Peridica...............................................................................

    46

  • 4

    1.0. Instrues Gerais

    O trabalho em num laboratrio requer cuidados especiais, quanto

    SEGURANA, ao manipular, armazenar ou transferir reagentes e materiais, e tambm

    exige PLANEJAMENTO e ATENO, para executar procedimentos previamente

    estipulados. Recomenda-se que voc leia atentamente os roteiros das prticas e utilize a

    bibliografia sugerida para auxili-lo no desenvolvimento dos trabalhos. Durante todo o

    perodo voc ser treinado nas tcnicas bsicas de laboratrio e adquirir confiana na

    manipulao de reagentes e vidrarias. recomendvel tambm que voc consulte antes

    as referncias especficas sobre toxidade de substncias, especialmente se voc for

    alrgico ou bastante sensvel a determinados tipos de compostos. Observe sempre no

    rtulo do reagente dados sobre sua toxidade para manuse-lo de forma apropriada. Use

    sempre os dispositivos de segurana recomendados (culos, luvas, capela, etc).

    Num laboratrio qumico, seja com finalidade industrial ou acadmica, procure

    sempre realizar seus experimentos com PRECISO, de acordo com as especificaes

    ou instrues nos roteiros, anotando todas as observaes que possam ser teis na

    descrio posterior de seus resultados, atravs de um RELATRIO. No esquea de

    anotar as caractersticas dos instrumentos utilizados, as quantidades e as especificaes

    dos reagentes. Recorra sempre ao professor ou ao tcnico para tirar dvidas.

    Como procedimento usual, trabalhe sempre numa bancada limpa, com vidraria

    limpa e ao terminar seu trabalho, LAVE todo o material utilizado. Use sempre gua

    destilada para preparar suas solues. DESCARTE solues e materiais, de acordo com

    as instrues de sua professora ou de bibliografia especializada.

    Leia os anexos I, II e III para melhor acompanhar as aulas.

    Finalmente, esteja sempre ATENTO ao que est ocorrendo no laboratrio.

  • 5

    1.1. Noes Elementares de Segurana

    A ocorrncia de acidentes em laboratrios, infelizmente, no to rara como

    possa parecer. muito importante que todas as pessoas que trabalham em um

    laboratrio tenham uma noo bastante clara dos riscos existentes e de como minimiz-

    los. Nunca demais repetir que O MELHOR COMBATE AOS ACIDENTES A

    PREVENO. O descuido de uma nica pessoa pode pr em risco outras pessoas no

    laboratrio e por esta razo as normas de segurana descritas abaixo tm seu

    cumprimento exigido. Acima disto, espera-se que todos tenham conscincia da

    importncia de se trabalhar em segurana, o que resultar em benefcios para todos.

    (1) OBRIGATRIO o uso de JALECO no laboratrio.

    (2) OBRIGATRIO o uso de CULOS DE PROTEO.

    (3) terminantemente PROIBIDO FUMAR em qualquer laboratrio.

    (4) PROIBIDO trazer COMIDA ou BEBIDA para o laboratrio. Da mesma forma,

    no se deve provar qualquer substncia do laboratrio, mesmo que inofensiva.

    (5) NO USAR SANDLIAS OU CHINELOS NO LABORATRIO. Usar sempre

    algum tipo de calado que cubra todo o p.

    (6) No usar lentes de contato durante o trabalho no laboratrio, devido ao perigo de,

    num acidente, ocorrer a reteno de lquido corrosivo entre a lente e a crnea;

    (7) Conservar os cabelos sempre presos ao realizar qualquer experimento no laboratrio.

    (8) No deixar livros, blusas, etc, sobre as bancadas. Coloc-los no local apropriado

    para isso.

    (9) SIGA RIGOROSAMENTE AS INSTRUES do professor. No tente nenhuma

    reao aleatoriamente pois, reaes desconhecidas podem causar resultados

    desagradveis.

    (10) Evite contato de qualquer substncia com a pele. Seja particularmente cuidadoso ao

    manusear substncias corrosivas como cidos ou bases concentrados.

  • 6

    (11) Ao testar um produto qumico pelo odor, no coloque o frasco diretamente sob o

    nariz. Os vapores devem ser deslocados para a sua direo com o auxlio de uma das

    mos enquanto a outra segura o frasco.

    (12) Nunca use o paladar para testar substncias.

    (13) Nunca acenda o bico de gs prximo a frascos contendo solventes orgnicos

    inflamveis.

    (14) NUNCA coloque gua num cido concentrado, mas sim o cido sobre a gua. O

    cido deve ser adicionado lentamente, com agitao constante. Quando se adiciona o

    cido sobre a gua, o cido tende a ionizar-se, liberando uma grande quantidade de calor

    (reao exotrmica), sendo o calor liberado distribudo uniformemente na gua que

    deve ser em maior quantidade. Devido a isso a reao no se torna to violenta quanto a

    adio de gua sobre o cido. Neste caso, gua sobre o cido, a reao ser rpida e

    incontrolvel pois a superfcie de contato do cido ser maior, tendo o suficiente para

    aquecer a gua em pouco tempo. Portanto, NUNCA coloque gua em cido

    concentrado.

    (15) Todos os experimentos que envolvam a liberao de gases e/ou vapores txicos

    devem ser realizados na capela (cmara de exausto).

    (l6) Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substncia, no voltar a

    extremidade aberta do mesmo para si ou para outra pessoa prxima.

    (17) No abandone sobre a bancada recipientes quentes, coloque-o sobre uma tela de

    amianto. Lembrar que o vidro quente tem o mesmo aspecto do vidro frio. Coloque um

    aviso: recipiente quente.

    (18) Dedique especial ateno a qualquer operao que envolva aquecimento

    prolongado.

    (19) Nunca abra um frasco de reagente antes de ler o rtulo.

    (20) Ao retirar-se do laboratrio, verifique se no h torneiras abertas (gs ou gua).

    Desligue todos os aparelhos, deixe todos os equipamentos limpos e LAVE BEM AS

    MOS.

    (21) Comunicar imediatamente ao professor ou ao tcnico qualquer acidente ocorrido.

  • 7

    (22) Utilize apenas a quantidade exigida de reagentes. Nunca introduza sobras dos

    reagentes nos seus respectivos frascos de origem, isso evitar desperdcios e

    contaminaes.

    (23) Identifique a localizao e aprenda utilizar o extintor de incndio existente nas

    proximidades do laboratrio.

    (24) Ao retirar-se do laboratrio verifique se no h torneiras (de gua ou gs) abertas.

    Desligue todos os equipamentos e deixe as vidrarias sempre limpas.

    (25) LAVE SEMPRE SUAS MOS antes de deixar o laboratrio.

    Obs.: Normas de segurana especficas sero apresentadas na medida em que forem

    necessrias durante a realizao dos experimentos.

    1.2. Noes Elementares de Primeiros Socorros em Caso de Pequenos Acidentes

    1) Queimaduras:

    a) Queimaduras causadas por calor seco (chama ou objetos aquecidos):

    Queimaduras leves, refrescar com gua fria, secar e aplicar pomada de picrato de

    butesina. No caso de queimaduras graves, refrescar com gua fria e cobrir com gaze esterilizada

    umedecida com soluo aquosa de bicarbonato de sdio 5%. Contactar um mdico

    imediatamente.

    b) Queimaduras por agentes corrosivos como cidos ou lcalis:

    Lavar imediatamente o local com gua corrente em abundncia. Em seguida, lavar com

    soluo de bicarbonato de sdio (para neutralizar cidos) ou cido actico (para neutralizar

    bases). Esta ltima etapa deve ser suprimida se a queimadura for muito severa, pois o calor da

    reao resultante poder piorar a situao. Neste caso use apenas gua corrente e chame a

    professora.

  • 8

    2) cidos nos olhos:

    Lavar com gua corrente em abundncia durante quinze minutos. Depois disso, aplicar

    soluo aquosa de bicarbonato de sdio 1%.

    3) lcalis nos olhos:

    Lavar com gua corrente em abundncia durante quinze minutos. Depois disso, aplicar

    soluo aquosa de cido brico 1 %.

    4) Intoxicaes por inalao de gases:

    Remover a vtima para um ambiente arejado, deixando-a descansar.

    5) Na boca:

    Os slidos ou lquidos que atingem a boca podem ou no ser deglutidos. Caso no sejam

    engolidos, retirar imediatamente e lavar repetidamente com bastante gua. Caso sejam

    engolidos, no induza o vmito se a pessoa estiver inconsciente. Caso a substncia seja cida,

    d gua, leite, ou leite de magnsia (uma colher de sopa para cada copo de gua). Caso a

    substncia no seja corrosiva ou derivada do petrleo, d leite ou gua morna e induza o vmito.

    Quando o vmito comear, abaixe o rosto e coloque a cabea do acidentado mais baixa que o

    quadril.

    6) Mercrio

    Cuidado com mercrio entornado (de termmetros quebrados, por exemplo). O

    mercrio, alm de corrosivo, muito txico. Deve-se colet-lo ou cobri-lo com enxofre ou

    zinco em p.

    7) Toxidez

    Procurar conhecer a toxidez dos vrios reagentes usados e trat-los com a devida

    seriedade.

  • 9

    8) Cortes

    Em caso de cortes provocados por vidrarias, retire os resduos de vidro que estiverem no

    local com uma pina, lave o local com bastante gua e coloque mertiolate.

    9) Incndios

    Em caso de incndio, lembrar que na ausncia de um extintor, um jaleco pode servir

    como um cobertor para abafar as chamas.

    10) Ateno adequada

    Evita a maioria dos acidentes.

    muito importante ter a certeza de que se sabe perfeitamente o que se est fazendo.

  • 10

    1.3. Modelo de Relatrio

    Os relatrios devem ser redigidos pelos alunos considerando que outras pessoas,

    alm do professor, esto interessadas em obter informaes sobre os fatos observados.

    Estes leitores no conhecem a priori o resultado previsto de cada experincia e

    precisam ser convencidos da validade das concluses tiradas. Desta forma, importante

    que todas as etapas do experimento sejam descritas e discutidas de modo claro e

    conciso.

    O relatrio deve conter:

    Identificao do aluno

    Ttulo da aula

    Introduo. Apresentao do assunto, procurando demonstrar sua importncia e

    interesse.

    Objetivo. Descrio sucinta dos objetivos da experincia.

    Parte Experimental. Nesta etapa, o importante organizar os eventos ocorridos

    durante a aula, descrevendo-se de modo resumido os procedimentos executados e as

    observaes feitas. Os reagentes devem ser relacionados, colocando-se a marca e a

    concentrao. Os materiais devem tambm ser listados, indicando-se o tipo e a

    capacidade de cada um, alm da quantidade necessria para o experimento. Este item

    pode portanto, ser dividido em duas partes :

    (a) Reagentes e Materiais

    Reagentes, Vidrarias e Equipamentos

    (b) Procedimentos

    Procedimento (mostrar todas as reaes qumicas envolvidas)

    (c) Caracterizao

    Resultados e Discusso

    Rendimento

    Dados quantitativos e qualitativos

    Temperatura de fuso e outras tcnicas utilizadas

    Inclua a resoluo e discusso das perguntas contidas no questionrio

    Referncias Bibliogrficas - Relao de todas as fontes (artigos, livros, apostilas, sites)

    consultadas para escrever o relatrio.

    Anexos

  • 11

    Experimento 1

    Sntese e Caracterizao do Complexo de Ni (II): [Ni(NH3)6Cl2]

    Introduo:

    O metal nquel dctil e resistente a corroso. Ocorre na natureza em

    combinao com arsnio, antimnio e enxofre. Apresenta condutividade eltrica e

    trmica elevadas. Em soluo aquosa o estado de oxidao +2 o mais importante,

    sendo pouco comum as reaes de oxidao de +2 para +3.

    O on Ni(II) em soluo aquosa acha-se coordenado s molculas gua em uma

    geometria octadrica formando o on-complexo [Ni(H2O)6], de cor verde.

    Em muitos casos, a formao de outros complexos ocorrem atravs de

    substituio das molculas de gua por outros ligantes (molculas neutras como NH3 e

    etilenodiamina ou nions como Cl- e OH

    -, etc).

    [Ni(H2O)6]2+

    (aq) + 6NH3(aq) [Ni(NH3)6](aq)+2

    + 6H2O(l)

    O dicloreto de hexaaminoniquel(II), [Ni(NH3)6]Cl2, um slido (cristais de cor

    azul violeta) com estrutura cristalina cbica, solvel em gua e em soluo aquosa de

    amnia, mas insolvel em amnia concentrada, lcool etlico e ter.

    Este complexo decompe-se pelo aquecimento liberando NH3(g), transformando-

    se em um slido de cor verde. E o mesmo acontece com sua soluo aquosa, que muda

    de azul violeta para verde com o aquecimento.

    A obteno de cristais [Ni(NH3)6]Cl2 pode ser feita pela reao entre a amnia

    concentrada e soluo de cloreto de nquel (II). A equao da reao de obteno pode

    ser escrita como:

    NiCl2.6H2O(s) + 6NH3(aq) [Ni(NH3)6]Cl2(s)

    + 6H2O(l)

    Objetivo: Exemplificar alguns mtodos de preparao de compostos inorgnicos e sua

  • 12

    caracterizao atravs de reaes qumicas especficas

    MATERIAIS E MTODOS

    Bcker de 50 mL e de 100 mL, proveta de 10, de 50 e de 100 mL, basto de

    vidro, 6 tubos de ensaio, suporte, conta-gotas, conjuto para filtrao a vcuo (funil de

    Buchner, quitassato, papel de filtro, trompa dgua), cpsula de porcelana (para banho de

    gelo, balana, esptula, vidro de relgio, garrafa lavadeira, centrfuga, gelo, frascos para

    guardar o produto obtido, fusimetro, centrfuga.

    Reagentes:

    NiCl2.6H2O P.A.; NH3conc (d=0,91 g/mL, 25-28% em massa ou 15 mol/L),

    NH4Cl, lcool etlico, ter etlico, soluo alcoolica de dimetilglioxima 1% m/V,

    soluo 0,10 mol/L de AgNO3, soluo de 3 mol/L de HNO3, soluo 1,0 mol/L de

    NaOH, papel indicador de pH.

    PROCEDIMENTOS

    Obteno:

    *Preparar a soluo amoniacal de NH4Cl da seguinte forma:

    -medir 2,5 mLde NH4OH concentrado e colocar em um bquer;

    -dissolver NH4Cl pouco a pouco at saturar a soluo

    -transferir para uma proveta e completar o volume para 5mL com NH4OH concentrado

    -deixar esta soluo em repouso at o momento do uso, tampada com um vidro relgio

    *Pesar 2,5 g de NiCl2.6H2O, colocar um bquer e adicionar gua destilada gota a gota

    com agitao, em velocidade mnima, at dissolver todo o sal.

    * Adicionar gradualmente 12,5 mL de soluo concentrada de amnia. Neste ponto a

    cor da soluo deve mudar para azul.

  • 13

    *Esfriar a soluo em gua corrente e adicionar 5mL de soluo amoniacal de NH4Cl

    preparada no incio da aula. Deixar em repouso por 15 min em banho de gelo.

    *Filtrar os cristais obtidos utilizando filtrao a vcuo e lav-los usando uma poro de

    5 mL de NH4OH concentrado, seguida de pequenas pores de lcool e finalmente ter,

    usando as garrafas lavadeiras nessa operao.

    *Secar os cristais o mximo possvel no prprio funil, deixando o sistema de vcuo

    funcionando.

    *Depois de secos, pesar os cristais obtidos. Anotar o resultado.

    *Calcular o rendimento prtico da reao.

    Caracterizao do [Ni(NH3)6]Cl2

    *Preparar uma soluo (ou suspenso) aquosa do complexo para caracterizar os

    componentes do produto obtido e fazer, em tubos de ensaio, as reaes indicadas a

    seguir:

    a) Caracterizao do Ni2+

    (aq):

    -Aquecer cuidadosamente 10 gotas da soluo estoque do composto, esfriar e verificar

    se o meio est bsico, com papel tornassol vermelho ou medir o pH com papel

    universal.

    -Adicionar 3 gotas de soluo alcolica de dimetilglioxima. Observar e anotar o

    resultado.

    -Adicionar gotas de soluo 3 mol/L de HNO3 soluo anterior at observar o

    desaparecimento do precipitado rosa.

    -Adicionar soluo de NH4OH conc. E observar.

    b) Caracterizao do Cl-(aq):

  • 14

    - Colocar 5 gotas da soluo estoque do composto em um tubo de ensaio e adicionar 3

    gotas de soluo de AgNO3 0,10 mol/L. Observar e anotar o resultado.

    - Centrifugar, desprezar o sobrenadante e adicionar ao resduo 10 gotas de NH3 conc.

    Observar e anotar o resultado.

    -Acidular a soluo do item anterior com HNO3 3 mol/L, verificando a acidez com

    papel tornassol azul ou medir o pH com papel universal. Observar e anotar o resultado.

    c) Caracterizao de NH3

    Pode ser feita pelos seguintes processos:

    -Colocar 5 gotas da soluo estoque do composto em um tubo de ensaio e aquecer

    cuidadosamente em banho-maria. Aproximar boca do tubo de ensaio uma tira de papel

    tornassol vermelho umedecida com gua destilada (ou medir o pH com papel universal).

    Observar e anotar o resultado.

    - Colocar um pouco do slido em um tubo de ensaio e aquecer diretamente na chama do

    bico de gs. Aproximar boca do tubo de ensaio uma tira de papel tornassol vermelho

    umedecida com gua destilada (ou medir o pH com papel universal). Observar e anotar

    o resultado.

    -Observao: guardar o composto obtido em frascos preparados especialmente para

    isto.

    QUESTIONRIO

    1. Escrever todas as equaes das reaes que se passam na prtica:

    - obteno do [Ni(NH3)6]Cl2;

    - decomposio do [Ni(NH3)6]Cl2 pelo aquecimento;

    - caracterizao do Ni 2+

    ;

    - caracterizao do Cl - ;

    - caracterizao de NH3 .

    2. Citar outras reaes que poderiam ser usadas para caracterizar (escrever as equaes

    qumicas):

  • 15

    - Cl-;

    - NH3 ;

    - Ni2+

    .

    3. Considerando que o NiCl2.6H2O utilizado na reao de obteno continha 15 % de

    impurezas, qual a massa de [Ni(NH3)6]Cl2 que poderia ser obtido ?

    4. Qual o rendimento prtico do processo quando se obtm apenas 2,0 g do composto ?

    5. Quais as quantidades mnimas de NiCl2.6H2O 100 % puro e de NH3 15 mol/L

    necessrias para se obter exatamente 20,0 g do composto ?

    6. A separao dos cristais de [Ni(NH3)6]Cl2 feita por meio de filtrao vcuo. Qual

    ou quais as vantagens desta filtrao sobre a filtrao comum ?

    7. Aps a separao dos cristais do [Ni(NH3)6]Cl2 estes so lavados com lcool etlico e

    finalmente com ter. Pode-se substituir lcool etlico ou ter por gua destilada ?

    Explique.

    8. Na obteno do [Ni(NH3)6]Cl2 o procedimento manda usar cloreto de nquel(II) e

    NH3 conc.. Os frascos disponveis estavam rotulados: cloreto de nquel hexaidratado e

    hidrxido de amnio concentrado. Os contedos destes frascos servem para esta reao?

    Em caso afirmativo, escreva a equao correspondente.

    9. Seria possvel determinar o ponto de fuso deste complexo ? Justificar sua resposta.

  • 16

    Experimento 2

    Obteno e Caracterizao de Complexos de Co(III)

    Introduo:

    O metal cobalto ocorre na natureza associado ao nquel, arsnio e enxofre. Os

    minerais mais importantes so CoAs2 (esmaltita) e CoAsS (cobaltita). um metal duro,

    branco-azulado e dissolve-se em cidos minerais diludos. Os estados de oxidao mais

    importantes so +2 e +3.

    O on [Co(H2O)6]2+

    estvel em soluo, mas a adio de outros ligantes

    facilita a oxidao a Co3+

    . Por outro lado, o on [Co(H2O)6]3+

    um agente oxidante forte

    oxidando H2O a oxignio e sendo reduzido a Co2+

    . Contudo, ligantes contendo tomos

    de nitrognio (como NH3 e etilenodiamina = NH2CH2CH2NH2) estabilizam o estado de

    oxidao +3 em soluo aquosa.

    As reaes de formao de complexos ocorrem pela substituio de molculas

    de gua por outros ligantes (molculas neutras: NH3, etilenodiamina, etc. ou nions: Cl-,

    OH-, etc.) presentes na soluo, seguida geralmente pela oxidao do on Co

    2+. H uma

    reao inicial de substituio das molculas de gua e a seguir, o complexo formado

    oxidado pelo oxignio do ar ou ento pela ao da gua oxigenada.

    A reao do on [Co(H2O)6]2+

    com NH3 em excesso, na presena de catalisador

    (carvo ativado) leva a formao de [Co(NH3)6]3+

    pela oxidao com o oxignio do ar.

    Na ausncia do catalisador e usando-se H2O2, obtm-se [Co(NH3)5(H2O)]3+

    , que por

    tratamento com HCl concentrado d o complexo [Co(NH3)5Cl]Cl. Portanto, a reao de

    formao de [Co(NH3)6]3+

    resulta da troca de molculas de gua por molculas de NH3

    no complexo octadrico [Co(H2O)6]2+

    , com posterior oxidao a Co3+

    na presena de

    catalisador, conforme a reao:

    4 [Co(H2O)6]2+

    + 4 NH4 +

    + 20 NH3 + O2 4 [Co(NH3)6]3+

    + 26 H2O

    O complexo [Co(NH3)5Cl]Cl2 um composto cristalino, de cor violeta-

    avermelhado, com estrutura octadrica, pouco solvel em gua fria, etanol e ter. Este

    composto decompe-se acima de 150oC liberando NH3(g). A obteno pode ser feita por

  • 17

    diversos processos, partindo por exemplo, de CoCl2.6H2O, ou ento dos complexos de

    Co3+

    como [Co(NH3)5CO3]NO3.

    A equao da reao a partir de CoCl2.6H2O pode ser escrita:

    2 CoCl2.6H2O + 2 NH4Cl + 8 NH3 + H2O2 2 [Co(NH3)5Cl]Cl2 + 14 H2O

    Objetivo:

    -Exemplificar alguns mtodos de preparao de ismeros inorgnicos;

    -Caracterizao dos ismeros atravs de tcnicas espectroscpicas

    Um aspecto importante a ser considerado na preparao dos compostos de

    coordenao a possibilidade de formao de ismeros. Compostos de coordenao

    podem apresentar vrios tipos de isomeria: geomtrica, ptica, de ligao, de ionizao,

    etc.. Assim, complexos octadricos de Co3+

    como os ons [Co(en)2Cl2]+ e

    [Co(NH3)4Cl2]+ apresentam isomeria geomtrica enquanto que o on [Co(en)3]

    3+

    apresenta isomeria ptica. Como exemplos de ismeros de ligao podem ser

    relacionados os complexos [Co(NH3)5NO2]2+

    e [Co(NH3)5ONO]2+

    , onde o on NO2

    - coordena-se, no primeiro caso, atravs do tomo de nitrognio e no segundo, atravs

    do tomo de oxignio.

    A partir do complexo [Co(NH3)5Cl]Cl2 possvel substituir o ligante Cl- por

    H2O ou NO2- para se obter os compostos [Co(NH3)5H2O]Cl3 e os ismeros nitro

    [Co(NH3)5NO2]Cl2 e nitrito [Co(NH3)5ONO]Cl2, respectivamente. Embora os

    complexos de cobalto(III) sejam caracteristicamente inertes, temperatura elevada

    (80C), algumas reaes de substituio podem ser razoavelmente rpidas. As seguintes

    equaes mostram os passos da substituio envolvidos na preparao:

    [Co(NH3)5Cl]2+

    + OH- [Co(NH3)5OH]

    2+ + Cl

    -

    [Co(NH3)5OH]2+

    + [Co(NH3)5H2O]3+2 NO2-

    + 2 H+ N2O3 + H2O

    [Co(NH3)5OH]2+

    + N2O3 [Co(NH3)5ONO]2+

    + HNO2

    Em torno de pH = 4, a solubilidade do [Co(NH3)5ONO]Cl2 baixa e assim o sal

    de cloreto do nitrito complexo precipita. Finalmente o complexo nitrito se rearranja

    para dar a forma nitro segundo o equilbrio:

    [Co(NH3)5ONO]2+

    [Co(NH3)5NO2]2+

    o qual tende bem para a direita em soluo cida.

  • 18

    A adio de cido mistura em equilbrio favorece a precipitao do ismero

    nitro. No entanto, em meio de HCl concentrado, o nitro complexo se solubiliza

    lentamente.

    MATERIAIS E MTODOS

    Bquer de 50 e de 100 mL; proveta de 10 e de 50 mL; erlenmeyer; bureta de 50 mL;

    basto de vidro; tubos de ensaio (6) e suporte; conta-gotas; centrfuga; conjunto para

    filtrao vcuo (funil de Bchner; quitassato; papel de filtro; bomba de vcuo ou

    trompa d'gua); cpsula de porcelana grande (para banho de gelo) e pequena; banho-

    maria; balana; esptula; vidro de relgio; garrafa lavadeira (2); gelo; frascos para

    guardar o produto obtido.

    Reagentes:

    NH3 conc. (d = 0,91 g/mL; conc. = 25-28 % em massa ou 15 mol/L); HCl conc. (d =

    1,18 g/mL; conc. = 36 % em massa ou 12 mol/L); H2SO4 conc. (d = 1,84 g/mL; conc. =

    98 % em massa ou 36 mol/L); NH4Cl; CoCl2.6H2O; NaNO2 ; H2O2 30 %; lcool etlico;

    ter etlico.

    PROCEDIMENTOS

    Sntese do Cloreto de Pentaminclorocobalto(III) - [Co(NH3)5Cl]Cl2

    - Dissolver 1,25 g de NH4Cl em 7,5 mL de NH4OH conc. em um bquer pequeno

    e transferir para uma cpsula de porcelana mdia.

    -A esta soluo adicionar 2,5 g de CoCl2.6H2O em pequenas pores, com agitao

    contnua.

    - Mantendo a agitao, adicionar 3,0 mL de gua oxigenada 30 %, lentamente, pelas

    paredes do recipiente, em pequenas pores. CUIDADO: a gua oxigenada nesta

    concentrao produz queimaduras graves.

    - Quando cessar a efervescncia, adicionar, lentamente, na capela, 7,5 mL de HCl conc:

    Explicar porque ocorre a efervescncia.

  • 19

    - Aquecer a mistura em banho-maria at reduzir o volume metade, agitando com

    basto de vidro para evitar que a sal cristalize nas bordas da cpsula.

    - Resfriar temperatura ambiente e a seguir, em banho de gelo.

    - Separar os cristais vermelhos por filtrao vcuo, lavando-os em seguida com

    pequenas pores de gua gelada e depois com lcool etlico e ter (usar as garrafas

    lavadeiras nesta operao). Explicar porque se pode lavar com estes solventes e porque

    os solventes devem ser usados nesta ordem.

    - Secar os cristais o mximo possvel, no prprio funil, deixando o sistema de vcuo

    funcionando.

    - Depois de secos, pesar os cristais obtidos. Anotar o resultado.

    - Calcular o rendimento prtico da obteno e comparar com o rendimento terico.

    Sntese do Cloreto de Pentaamino(nitro)cobalto(III) - [Co(NH3)5 NO2]Cl2

    - Preparar uma soluo contendo 25mL de gua destilada e 2mL de amnia concentrada

    e saturar com 2,00g do complexo [Co(NH3)5Cl]Cl2.

    - Aquecer ligeiramente (60C) e filtrar a soluo a quente.

    - Resfriar temperatura ambiente e a seguir, neutralizar com soluo de cido clordrico

    diludo (utilizar papel indicador universal).

    - Adicionar 3,00g de nitrito de sdio e aquecer ligeiramente (60C) a soluo at que

    todo o precipitado avermelhado, formado inicialmente, se dissolva.

    - Resfriar temperatura ambiente e a seguir, adicionar, muito lentamente no incio e

    depois mais rapidamente 35mL de cido clordrico concentrado.

    - Resfriar a soluo em banho de gelo.

    - Separar os cristais por filtrao vcuo, lavando-os em seguida com pequenas pores

    de gua gelada, lcool etlico e ter (usar as garrafas lavadeiras nesta operao).

    Explicar porque se pode lavar com estes solventes e porque os solventes devem ser

    usados nesta ordem.

    - Secar os cristais o mximo possvel, no prprio funil, deixando o sistema de vcuo

    funcionando.

    - Depois de secos, pesar os cristais obtidos. Anotar o resultado.

    - Calcular o rendimento prtico da obteno e comparar com o rendimento terico.

  • 20

    Sntese do Cloreto de Pentaamino(nitrito)cobalto(III) - [Co(NH3)5ONO]Cl2

    - Preparar uma soluo contendo 20mL de gua destilada e 5 mL de amnia

    concentrada e saturar com 1,00g do complexo [Co(NH3)5Cl]Cl2.

    - Aquecer ligeiramente (60C) e filtrar a soluo a quente.

    - Resfriar temperatura ambiente e a seguir, neutralizar com soluo de cido clordrico

    diludo (utilizar papel indicador universal).

    - Adicionar 1,50g de nitrito de sdio e 1,5mL de cido clordrico 6,0mol/L.

    - Agitar apenas o suficiente para completar a mistura.

    - Resfriar a soluo em banho de gelo.

    - Separar os cristais por filtrao vcuo, lavando-os em seguida com pequenas pores

    de gua gelada, lcool etlico e ter (usar as garrafas lavadeiras nesta operao).

    - Explicar porque se pode lavar com estes solventes e porque os solventes devem ser

    usados nesta ordem.

    - Secar os cristais o mximo possvel, no prprio funil, deixando o sistema de vcuo

    funcionando.

    - Depois de secos, pesar os cristais obtidos. Anotar o resultado.

    - Guardar o produto ao abrigo da luz.

    -Calcular o rendimento prtico da obteno e comparar com o rendimento terico.

    Estudo do equilbrio entre os complexos nitro e nitrito no estado slido.

    - Fazer os espectros IR dos trs complexos [Co(NH3)5Cl]Cl2 , [Co(NH3)5NO2]Cl2 e

    [Co(NH3)5ONO]Cl2 na regio de 4000 a 400 cm-1

    . Anote primeiro as bandas dos

    diversos modos vibracionais dos grupos NH3 no complexo pentaaminoclorocobalto(III).

    Por comparao com os espectros dos complexos pentaaminonitrocobalto(III) e

    pentaaminonitritoocobalto(III) identifique as bandas do grupo NO2 e ONO. Faa uma

    comparao com os dados da literatura.

    - Formular uma explicao para os deslocamentos observados na comparao das

    frequncias vibracionais desses dois grupos.

    - Colocar parte das amostras dos complexos nitro e nitrito em uma estufa a 100C por

    cerca de uma hora. Notar o que acontece e comparar os espectros na regio do

    infravermelho depois deste tratamento. Comentar seus resultados.

    - Colocar um pouco das amostras dos complexos nitro e nitrito no congelador at a

    prxima aula. Notar o que acontece e comparar os espectros na regio do infravermelho

    depois de decorrido uma semana da sntese. Comentar seus resultados.

  • 21

    -Com o restante das amostras dos complexos nitro e nitrito (parte protegida da luz, parte

    no) guardar em dessecador at a prxima aula. Notar o que acontece e comparar os

    espectros na regio do infravermelho depois de decorrido uma semana da sntese.

    Comentar seus resultados.

    QUESTIONRIO

    1. Escrever todas as equaes das reaes:

    - obteno do [Co(NH3)5Cl]Cl2;

    - decomposio do [Co(NH3)5Cl]Cl2pelo aquecimento;

    2. Considerando que o CoCl2.6H2O utilizado na reao de obteno continha 10 % de

    impurezas, qual o peso mximo do [Co(NH3)5Cl]Cl2 que poder ser obtido ?

    3. Qual o rendimento prtico do processo quando se obtm apenas 2,0 gramas do

    composto?

    4. Quais as quantidades mnimas de CoCl2.6H2O 100 % puro e NH3 15 mol/L

    necessrias para se obter exatamente 20,0 g do composto ?

    5. A separao dos cristais do [Co(NH3)5Cl]Cl2 feita por meio de filtrao vcuo.

    Qual ou quais as vantagens desta filtrao sobre a filtrao comum ?

    6. Na obteno do [Co(NH3)5Cl]Cl2 o procedimento manda usar cloreto de cobalto(II) e

    NH3 conc. Os frascos disponveis estavam rotulados: cloreto cobaltoso hexaidratado e

    hidrxido de amnio concentrado. Os contedos destes frascos servem para esta reao?

    Em caso afirmativo, escrever a equao correspondente.

    7. Seria possvel determinar o ponto de fuso deste complexo ?

    8. Na sntese [Co(NH3)5Cl]Cl2 foram usados 4,0 mL de gua oxigenada a 30 %:

    - Explicar com que finalidade se adiciona este reagente.

  • 22

    - Quantos litros de oxignio teriam de ser borbulhados atravs da mistura para se obter o

    mesmo resultado ?

    - Quantos litros de ar seriam necessrios, se a reao fosse feita nas CNTP ?

    9. Explicar com que finalidade a mistura final obtida aquecida em banho-maria at

    reduzir o volume metade.

  • 23

    EXPERIMENTO 3

    Evidenciando o Efeito do Nmero de Ligantes sobre a

    Cor dos Compostos de Coordenao

    PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

    1. Prepare 200 cm3 de uma soluo aquosa 0,2 mol/dm

    3 de cloreto de nquel.

    2. Prepare 250 mL de uma soluo aquosa 0,2 mol/dm3 de etilenodiamina.

    3. Coloque 25 mL da soluo de cloreto de nquel em 3 bqueres (50 cm3 em cada um)

    4. Acrescente ao primeiro bquer, 50 cm3 da soluo de etilenodiamina, ao segundo 100

    cm3 e ao terceiro 150 cm

    3 da mesma soluo.

    5. Anote as cores observadas.

    6. Quais concluses podem ser obtidas com base nos resultados observados? Quais os

    produtos formados em cada caso?

    7. Tome aproximadamente metade de cada uma das solues formadas no passo 4 e

    acrescente, a cada uma, gota a gota, cido clordrico concentrado, at que a cor original

    da soluo de cloreto de nquel tenha sido restabelecida.

    Lembrete: a etilenodiamina um ligante bidentado. ons Ni2+

    podem formar compostos

    com nmero de coordenao 6.

    QUESTIONRIO

    1. Em qual caso foi necessrio utilizar-se de mais cido? Por qu?

    2. Quais concluses podem ser obtidas a partir desses dados experimentais?

    Referncia Bibliogrfica

    -Farias, R.F. Prticas de qumica inorgnica. Campinas, SP: Editora tomo, 2004.

  • 24

    EXPERIMENTO 4

    Sntese de Compostos usando Cobre, Cobalto e Uria:

    Qumica de Coordenao no Estado Slido

    Introduo

    Vrias so as rotas de sntese que podem ser utilizadas para a sntese de

    compostos de coordenao. Talvez a mais largamente empregada seja a dissoluo do

    sal metlico (geralmente um haleto) e do ligante em um solvente (ou mistura de

    solventes) no qual o composto a ser formado seja insolvel, ocorrendo sua precipitao,

    to logo as solues contendo o metal e o ligante sejam misturadas. Caso no haja

    imediata precipitao do composto, a evaporao do solvente utilizado, adio de um

    novo solvente ou resfriamento da soluo so artifcios comumente empregados para

    esse fim de propiciar a precipitao do composto. Filtrao, lavagem para a retirada do

    excesso de ligante e secagem so etapas subsequentes envolvidas no isolamento e

    purificao do composto.

    Contudo, esta clssica rota de sntese em soluo no a nica que pode ser

    empregada. Mistura direta entre haleto e ligante caso o ligante seja lquido, podem ainda

    ser utilizadas com sucesso como rota de sntese.

    Uma rota um pouco explorada, porm bastante eficaz consiste na reao no

    estado slido (com ou sem aquecimento) na qual haleto metlico e ligante, ambos

    slidos e misturados em quantidades estequiomtricas, so triturados em almofariz. Esta

    ltima rota ser aqui empregada.

    MATERIAIS E MTODOS

    Ureia CuCl2.2H2O

    Almofariz CoCl2.6H2O

  • 25

    PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

    1. Como haletos, sero utilizados os cloretos de cobre e de cobalto, CuCl2.2H2O e

    CoCl2.6H2O, respectivamente.

    2.Como ligante ser utilizada a uria. Deve-se triturar haleto e ligante para se obter os

    compostos, utilizando-se as propores (em mol) 1:2 e 1:4 para o cobre e 1:4 e 1:6 para

    o cobalto.

    Caracterizao: Determinao do ponto de fuso

    QUESTIONRIO

    1.Descreva os aspectos dos reagentes de partida e do composto produzido.

    2.Que vantagem a sntese efetuada no estado slido apresenta em relao s outras rotas

    de sntese?

    3.No caso da sntese efetuada no estado slido, como se ter certeza de que todo o

    ligante, e no apenas parte dele, sofreu coordenao?

    4.Qual o ponto de fuso dos ligantes e do composto sintetizado?

    5.Apresente os clculos para determinao da massa dos reagentes utilizados.

    Referncia Bibliogrfica

    -Farias, R.F. Prticas de qumica inorgnica. Campinas, SP: Editora tomo, 2004.

  • 26

    EXPERIMENTO 5

    Obteno de Hidrognio

    Introduo:

    A obteno do hidrognio pela reao de metais com solues diludas de cido

    clordrico um dos mtodos mais fceis para se preparar esse gs em laboratrio, e

    efetuada desde os pioneiros trabalhos de Henry Cavendish (por quem o gs foi

    descoberto).

    O termo hidrognio vem do grego hydros e genes, significando, portanto,

    formador de gua. O H2 um gs altamente inflamvel, sendo empregado como agente

    redutor.

    Do ponto de vista das aplicaes prticas, o hidrognio muito consumido para a

    produo de amnia (que por sua vez importante na produo de explosivos e

    fertilizantes), como combustvel para foguetes e na hidrogenao de leos e gorduras.

    Objetivo: Obteno de hidrognio

    PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

    1. Prepare 20 cm3 de solues aquosas de cido clordrico 2,0 mol/dm

    3 e de hidrxido

    de sdio 2,0 mol /dm3

    2. Pegue 2 tubos de ensaio e acrescente 0,3 g de Al metlico em cada um.

    3. Em um dos tubos contendo Al, acrescente 5 mL da soluo de HCl. No outro,

    acrescente 5 mL da soluo de NaOH.

    4. Observe atentamente cada tubo. Se necessrio acrescente um volume maior da

    soluo do cido ou da base, at que todo o metal tenha sido consumido.

    5. Aproxime um fsforo aceso da boca de um dos tubos de ensaio e observe.

  • 27

    QUESTIONRIO

    1.Equacione as reaes qumicas ocorridas em cada caso.

    2.Qualquer metal poderia ser utilizado para se preparar hidrognio, utilizando-se as

    rotas de sntese propostas? Explique.

    Referncias Bibliogrficas:

    -Farias, R.F. Prticas de qumica inorgnica. Campinas, SP: Editora tomo, 2004.

  • 28

    EXPERIMENTO 6

    Reaes dos Metais Alcalinos e

    Reaes dos Hidrxidos de Metais Alcalinos

    Introduo

    O sdio um metal fortemente eletropositivo, desloca o hidrognio da gua a

    temperaturas ordinrias. Quando um pequeno pedao de sdio colocado em gua

    temperaturas ambiente, ocorre reao violenta e o pedao de sdio reage rapidamente

    com a gua formando hidrxido de sdio e desprendendo hidrognio conforme a reao:

    2Na(s) + 2H2O 2Na+ + 2OH

    - + H2

    A reao lquida do sdio metlico consiste essencialmente na oxidao do

    Nao Na+, que permanece em soluo na forma de ons Na+, hidratados. Ao mesmo

    tempo um tomo de hidrognio da molcula da gua, reduzido do seu nmero de

    oxidao +1 na gua, a zero na molcula de H2 (H+ H2

    o). Para cada molcula de H2O

    que tenha reagido forma-se um on OH- que permanece em soluo.

    Metais alcalinos, para utilizao em laboratrio, devem ser guardados sob

    lquidos inertes, como querosene ou tolueno, pois todos os metais alcalinos reagem

    espontaneamente e a baixa temperatura com o oxignio e a umidade da pele, causando

    fortes queimaduras.

    NaOH pode ser preparado em laboratrio (com o mximo de cuidado) pela

    adio de pedaos muitos pequenos de sdio metlico em gua, como tambm pela

    reao do carbonato de sdio (Na2CO3) com o hidrxido de clcio.

    Na2CO3 + Ca(OH)2 CaCO3 + 2NaOH

    Quando se adiciona gua de cal a uma soluo quente de carbonato de sdio, o

    carbonato de clcio precipita e o hidrxido de sdio permanece em soluo, este

    processo conhecido como caustificao.

    Hidrxidos insolveis podem ser obtidos em laboratrio, a partir de reaes de

    precipitao, entre uma base de metal alcalino com sais solveis de metais.

    MATERIAIS E MTODOS

    1 bquer de 250 mL Sdio metlico (Na(s))

    2 bquer de 50 mL lcool etlico

    10 pipetas de 5 mL NaOH 2M

    1 vidro de relgio Soluo de fenolftalena

    10 tubos de ensaio MgCl2 1M; CaCl2 1M

    Basto de vidro FeCl3 1M; CoCl2 1M

    Esptula NiSO4 1M; CuSO4 1M

    AlCl3 1M;

  • 29

    PROCEDIMENTOS

    Parte I

    1. Retire um pedacinho de sdio e corte-o em pequenos fragmentos

    2. Coloque gua destilada em um bquer de 50 mL e adicione 3 gotas de fenolftalena.

    Em seguida v adicionando os pedacinhos de sdio com cuidado para no ficar muito

    perto. Observe a formao de H2 e do NaOH.

    3. Em um bquer de 250 mL, coloque gua at metade de sua capacidade. Encha

    tambm um tubo de ensaio. Corte um pedacinho de sdio, coloque no tubo de ensaio e

    inverta rapidamente o tubo de ensaio cheio no bquer. Observe a formao do gs

    hidrognio, aumentando a presso sobre a superfcie da gua, fazendo com que a coluna

    lquida baixe de nvel.

    4. Em um bquer de 50 mL adicione 10 mL de lcool etlico. Corte um pedacinho de

    sdio e coloque no lcool. Observe a reao.

    Parte II

    1. Transferir 5 mL de cada da solues de MgCl2, CaCl2, FeCl3, CoCl2, NiSO4, AlCl3,

    para seis tubos de ensaio respectivamente.

    2. Em seguida adicionar 2 mL de soluo de NaOH 2M em cada tubo de ensaio.

    Observe e anote.

    QUESTIONRIO

    1. Por que no devemos tocar o sdio com as mos ?

    2. Qual a finalidade da adio das gotas de fenolftalena ?

    3. Qual a reao entre o sdio e o lcool etlico ?

    4. Por que no devemos usar pedaos grandes de sdio ?

    5. Como podemos obter NaOH em laboratrio ?

    6. Escreva as reaes qumicas entre NaOH e os diversos sais utilizados.

    7. Quais ons apresentam seus hidrxidos coloridos ? Justifique a colorao destes ons.

    8. Pela reao de 50 g de sdio em gua, quanto de NaOH se obtm ?

  • 30

    9. Qual o volume de hidrognio obtido nas CNTP ?

    10. Quanto de sdio deve ser usado para obter 10 g de NaOH ?

    11. Comente as reaes dos metais alcalinos com a gua.

    12. Escreva e comente as reaes qumicas entre o NaOH e os diversos sais utilizados.

    13. Explique porque alguns hidrxidos so coloridos.

    14. Complete as equaes e balancei-as, se no for possvel a ocorrncia da reao,

    escreva NR:

    A NaOH + Al2(SO4)3

    B Na2CO3 + H3PO4

    C NaOH + H2SO4

    D NaOH + CuSO4

    E Na2CO3 + Ca(NO3)2

    15. Descreva o mtodo de preparao do NaOH, suas propriedades fsicas e qumicas.

    16. Escreva as configuraes eletrnicas dos ons metlicos: Mg+2

    , Ca+2

    , Fe+2

    , Co+2

    ,

    Ni+2

    , Cu+2

    , Al+3

    .

  • 31

    EXPERIMENTO 7

    Dureza Temporria e Permanente da gua

    Introduo

    guas duras de dureza temporria so aquelas que contm ons de clcio e/ou

    magnsio na forma de bicarbonato.

    O abrandamento pode ser efetuado por fervura ou pela adio de substncia

    amolecedoras, tais como: hidrxido de sdio, hidrxido de clcio, carbonato de sdio,

    bicarbonato de sdio, fosfato de trissdico.

    guas duras de dureza permanente so aquelas que apresentam ons de clcio

    e/ou magnsio na forma de outros nions, como: cloretos, nitratos, sulfatos, etc. O

    abrandamento no pode ser efetuado por fervura e sim somente por adio de substncia

    que provocam o amolecimento, tais como as j citadas anteriormente.

    O mtodo mais comum para se remover a dureza, tanto a temporria como a

    permanente, da gua a passagem da gua dura atravs de um trocador de ons.

    MATERIAIS E MTODOS

    4 funis Bicarbonato de Sdio

    9 tubos de ensaio de 18/2,5cm Carbonato de clcio

    2 erlenmeyer de 250mL Carbonato de sdio 10%

    Bico de Bunsen Sulfato de sdio

    Esptula Sulfato de magnsio 0,01N

    1 vidro de relgio Sabo

    Pipetas Detergente

    Estantes para tubos de ensaio 4 papis de filtro

    Basto de vidro Fsforo

  • 32

    PROCEDIMENTOS

    Procedimento 1: Dureza Temporria

    1. Pesar em um vidro de relgio 1g de carbonato de clcio em p e colocar num

    erlenmeyer contendo 100mL de gua destilada, adicionando em seguida 5 gotas de

    fenolftalena.

    2. Borbulhar gs carbnico durante 5 minutos com auxlio de uma pipeta. Filtrar e ter-

    se- gua de bicarbonato de clcio.

    3. Retirar 30mL de filtrado e transferir 15mL para o tubo de ensaio I e 15mL para o

    tubo de ensaio II.

    4. Ferver o tubo de ensaio I durante 5 minutos, deix-lo esfriar e depois filtrar.

    5. Passar o novo filtrado para o tubo de ensaio III.

    6. Colocar um pedacinho de sabo em cada um dos tubos de ensaio II e III e agitar

    vigorosamente. Observar e anotar.

    Procedimento 2: Dureza Permanente

    1. Retirar 30mL de soluo de sulfato de magnsio 0,01N e transferir 15mL para o tubo

    de ensaio I e 15mL para o tubo de ensaio II.

    2. Adicionar ao tubo I, 5mL de carbonato de sdio a 10% e em seguida filtrar para o

    tubo III.

    3. Colocar um pedacinho de sabo em cada um dos tubos de ensaio II e III e agitar

    vigorosamente. Observar e anotar.

    4. Repetir esse procedimento, utilizando ao invs do sabo, 4 gotas de detergente.

    Observar e anotar.

  • 33

    QUESTIONRIO

    1. Qual a frmula qumica do sabo, considerando-o como um estearato de sdio

    solvel ? Cite algumas desvantagens que o mesmo pode apresentar.

    2. O que um trocador de ons ? Caracterize os melhores trocadores de ons.

    3. Em que consiste a gua deionizada ? Onde ela empregada ?

    4. Cite os principais processos utilizados para o abrandamento da gua.

    5. Diferencie detergentes duros de detergentes moles.

    6. Explique o significado de gua dura.

    7. Diferencie gua temporariamente dura de permanentemente dura.

    8. Escreva as equaes esquemticas gerais para deionizao da gua dura por meio de

    um trocador de ons.

    9. Explique o que vem ser uma substncia amolecedora.

    10. Descreva os processos de tratamento utilizados neste experimento, mostrando todas

    as equaes ?

    11. Explique porque os detergentes so mais eficientes que os sabes em gua dura.

  • 34

    EXPERIMENTO 8

    Reaes do Alumnio Metlico e do Cloreto de Alumnio

    Introduo

    O potencial de oxidao elevado indica que o alumnio deve reduzir a gua, mas

    a reao muito lenta para ser percebida, provavelmente devido formao da pelcula

    de xido de alumnio, Al2O3. Este xido por ser anftero solvel em cidos e bases,

    em reaes que podem ser descritas como:

    Al(s) + 6H+ Al+3(aq) + 3H2(g)

    Al(s) + 2OH- + 6H2O 2Al(OH)

    -4 + 3H2(g)

    A primeira dessas reaes parece indicar que o alumnio se dissolve em todos os

    cidos, mas isto no verdade, pois embora se dissolva facilmente em cido clordrico,

    no cido ntrico no ocorre reao visvel.

    As solues aquosas de quase todos os sais de alumnio so cidas, devido a

    hidrlise do on Al+3

    , cuja frmula provvel, deste on [Al(H2O)6]+3

    .

    Quando se. adiciona progressivamente uma base as solues aquosas de

    alumnio, forma-se um precipitado branco, gelatinoso, de frmula Al(OH)3.nH2O,

    facilmente solvel em cidos ou excesso de base quando recentemente precipitado,

    formado o on [Al(OH)4]-, mas que com o passar do tempo cai se tornando cada vez

    mais difcil de solubilizar.

    MATERIAIS E MTODOS

    4 tubo de ensaio Alumnio metlico

    6 pipetas de 5mL Soluo de NaOH (1M)

    1 esptula Soluo de HCl (2M)

    1 estante para tubos de ensaio cido Ntrico (concentrado)

    Papel de pH Hidrxido de amnia

    Cloreto de alumnio

  • 35

    PROCEDIMENTOS

    1. Coloque em um tubo de ensaio, 3mL de hidrxido de sdio, em seguida, usando uma

    esptula, adicione uma pequena quantidade de alumnio. Observe.

    2. Em outro tubo de ensaio coloque 3mL de cido clordrico, em seguida adicione uma

    pequena quantidade de alumnio. Observe.

    3. Em outro tubo de ensaio coloque 3mL de cido ntrico, adicione uma pequena

    quantidade de alumnio. Observe.

    4. Em outro tubo de ensaio coloque 3mL de gua destilada, adicione uma pequena

    quantidade de cloreto de alumnio, verifique o pH. Depois adicione hidrxido de sdio

    com agitao, gota a gota, at a formao de um precipitado.

    5. No mesmo tubo de ensaio adicione 3mL de hidrxido de amnia, gota a gota, sob

    agitao. Observe.

    QUESTIONRIO

    1. Qual a razo do alumnio no ser solvel no cido ntrico ?

    2. Qual o gs formado na reao do hidrxido de sdio com o alumnio metlico ?

    Escreva a reao.

    3. Qual a reao entre o alumnio metlico e o cido clordrico ?

    4. Escreva as reaes do hidrxido de alumnio com o HCl e o NaOH.

    5. Quais as suas observaes tiradas em relao a reao do hidrxido de amnia com o

    cloreto de alumnio. Explique e escreva as reaes.

  • 36

    EXPERIMENTO 9

    ESTUDO DE ALGUMAS PROPRIEDADES DO CARBONO

    E SEUS COMPOSTOS

    Introduo

    O grupo 14 da tabela peridica constitudo por 6 elementos. Apenas 2 deles,

    estanho e chumbo, formam substncias simples com caractersticas metlicas. Estes

    metais so menos reativos que todos os outros j estudados. H uma grande variedade

    de compostos envolvendo elementos deste grupo. O carbono, por exemplo, um dos

    principais constituindo do cido desoxirribonucleico (ADN). Esta substncia a

    responsvel pelas caractersticas genticas dos indivduos.

    Os compostos de silcio e de germnio, por sua vez, so pouco relacionados com

    os processos biolgicos. Mas apresentam extensa aplicao tecnolgica sendo

    utilizados, por exemplo, na fabricao de micro-componentes de computadores.

    OBJETIVO: Verificar algumas propriedades qumicas e fsicas do carbono e de alguns

    de seus compostos.

    MATERIAIS E MTODOS

    Bquer de 50mL, esptula, balana, tesoura, lixa, proveta, vidro relgio, funil, suporte

    universal, papel de filtro, suporte para funil, basto de vidro, kitassato com rolha de

    borracha, proveta, cpsula de porcelana, pipeta de Pasteur ou tubo fino de vidro,

    erlenmeyer com rolha de borracha e pina metlica.

    Carvo ativado, refrigerante colorido tipo fanta, fsforo ou isqueiro, gua destilada,

    cido sulfrico concentrado, acar (sacarose), carbonato de clcio ou

    hidrogenocarbonato de sdio, azul de bromotimol (soluo etanlica), 500 mL de

    soluo de cido clordrico (1:1 v/v), hidrxido de sdio, hidrxido de clcio, fita de

    magnsio.

  • 37

    PROCEDIMENTOS

    1. Mea 1 mL de soluo concentrada de H2SO4.

    2. Ponha 1g de C12H22O11 em uma cpsula de porcelana e adicione, cuidadosamente a

    soluo de H2SO4. Observe durante alguns minutos.

    3. Adicione 1g de carvo ativado a 10 mL de refrigerante colorido contidos em um

    bquer. Agite a mistura, filtre e observe.

    4. Prepare um gerador de CO2 de acordo com a figura a seguir e adicione 10 g de

    CaCO3 ou NaHCO3 ao kitassato.

    Gerador de CO2

    5. A um bquer de 100 mL, adicione 50mL de gua destilada, algumas gotas de

    soluo de azul de bromotimol e um apequena quantidade de NaOH (apenas o

    suficiente para mudar a cor da soluo)

    6. Adicione cerca de 5 mL de uma soluo de HCl (1:1) ao kitassato e feche-o com

    uma rolha de borracha. Borbulhe o gs produzido na soluo anterior.

    7. Misture cerca de 1 g de Ca(OH)2 com 50 mL de gua em um bquer de 100 mL e

    filtre a mistura para outro bquer de 100mL.

    8. Produza mais CO2 (se necessrio, adicione mais CaCO3 ou NaHCO3 ao kitassato)

    e borbulhe o gs produzido na soluo preparada no item anterior.

    9. Produza mais CO2 recolhendo o gs em 2 erlenmeyers e fechando-os em seguida

    com rolhas de borracha.

    10. Introduza no primeiro erlenmeyer um fsforo aceso.

    11. Lixe um pedao de magnsio, aquea-o na chama de um fsforo ou isqueiro at

    a incandescncia e introduza-o no segundo erlenmeyer.

  • 38

    QUESTIONRIO

    1. Qual o principal produto da reao entre o cido sulfrico e sacarose? Explique o

    fenmeno observado.

    2. Cite outras aplicaes para o carvo ativado.

    3. Sugira alguma explicao para o fenmeno observado na filtrao do refrigerante

    utilizando carvo ativado.

    4. Como se explicam as variaes de cores observadas nas solues?

    5. Escreva a equao que descreve a reao do item 7.

    6. Escreva as equaes e compare as reaes dos seguintes xidos com gua: MgO e

    CO2.

    7. Voc utilizaria um extintor que produzisse CO2 para apagar um incndio em uma

    fbrica de magnsio? Explique.

    8. Escreva a equao que descreve a reao entre magnsio e o dixido de carbono.

  • 39

    EXPERIMENTO 10

    Obteno e Propriedades do Iodo

    Introduo

    O fluoreto de hidrognio, HF, obtido da reao do H2 e F2 que reage de forma

    espontnea, resultando no HF.

    H2(g) + F2(g) 2HF(g) G = -541 KJ

    O mtodo mais comum para se preparar o HF em laboratrio, baseado na

    reao do cido sulfrico concentrado sobre um fluoreto metlico. O cido fluordrico

    ataca o vidro, reagindo com a slica, SiO2.

    Para manipulao e transporte de solues aquosas corrosivas do cido

    fluordrico, usam-se recipientes de polietileno, de metais como cobre, chumbo, platina,

    ao ou revestidos de parafina.

    O HF tem propriedades que o torna extremamente perigoso: causa

    queimaduras qumicas que so extremamente dolorosas e que geralmente leva vrios

    meses para cicatrizar.

    O iodo um slido cinza-escuro, com um brilho semi-metlico. Apresenta uma

    alta presso de vapor pode ser facilmente percebido. Seu vapor violeta-escuro, cor que

    reforado nas solues em solventes apolares como CCl4 e CS2.

    Em solventes polares como a gua e o etanol, a cor das solues castanha. O

    iodo forma um complexo azul-escuro com o amido.

    MATERIAIS E MTODOS

    Estilete Sol. de HF, 30%

    Vidro Parafina

    Algodo C6H6 C2H5OH CCl4

    7 tubos de ensaio Iodo

    Pipetas de 5mL H2SO4 concentrado

    Esptula KI MnO2 KMnO4

    Estante para tubos de ensaio K2Cr2O7 Papel de filtro

  • 40

    PROCEDIMENTOS

    Procedimento I: Obteno do iodo

    1. Colocar em 3 tubos de ensaio 0,1g de iodeto, 0,1g do oxidante KMnO4 e 0,1g do

    oxidante K2Cr2O7.

    2. Em seguida adicionar 3 gotas de cido sulfrico concentrado em cada tubo. Observe a

    reao e depois complete para 1mL.

    Procedimento II: Solubilidade do iodo

    1. Colocar 0,05g de iodeto em 4 tubos de ensaio e adicionar 2,0 mL dos seguintes

    solventes: gua, lcool etlico, benzeno, tetracloreto de carbono.

    2. Agitar e em seguida deixar em repouso. Observar.

    QUESTIONRIO

    1.O vidro tambm atacado por hidrxidos ? Explique.

    2. Escreva as reaes de obteno do iodo com os reagentes usados na prtica. Calcule a

    massa de iodo produzida em cada reao.

    3. Descreva a solubilidade do iodo nos diferentes solventes.

    4. A solubilidade do iodo em gua limitada. Explique como se pode aumentar esta

    solubilidade.

    5. O que uma tintura ?

    6. Comente a utilizao da tintura de iodo.

    7. Comente as propriedades oxidantes do iodo.

  • 41

    Anexo I Classificao dos Produtos Qumicos Quanto ao Risco

    Os produtos qumicos so classificados em nove classes de risco. Dentro de cada

    uma pode existir divises, onde os produtos so agrupados pelo tipo de risco, conforme

    abaixo:

    Classe 1: Explosivos

    Nmero 1

    Subclasses 1.1, 1.2, 1.3

    Smbolo: Bomba explodindo (preto)

    Fundo: laranja

    Nmero 1.4

    Subclasses 1.4

    Nmero 1.5

    Subclasses 1.5

    Nmero 1.6

    Subclasses 1.6

    Classe 2: Gs inflamvel, gs no inflamvel comprimido e gs txico

    Nmero 2.1

    Subclasses 2.1

    Smbolo: Chama

    Preto ou branco

    Fundo: vermelho

    Nmero 2.2

    Subclasses 2.2

    Smbolo: Cilindro para gs

    Preto ou branco

    Fundo: verde

    Nmero 2.3

    Subclasses 2.3

    Smbolo: Caveira

    Fundo: branco

    Classe 3: Lquidos inflamveis

    Smbolo: Chama: Preto ou branco

    Fundo: vermelho

  • 42

    Classe 4: Slidos inflamveis, combusto espontnea e perigosos quando molhados

    Smbolo: Chama preto ou branco

    Fundo: branco com listas vermelhas

    Smbolo: Chama preto

    Fundo: branco e vermelho

    Smbolo: chama preto ou branco

    Fundo: azul

    Classe 5: Agentes Oxidantes e Perxidos Orgnicos

    Smbolo: Chama sobre um crculo preto

    Fundo: amarelo

    Smbolo: Chama sobre um crculo preto

    Fundo: amarelo

    Classe 6: Txicos Infecciosos

    Classe 7: Radioativos

    Classe 8: Corrosivos Classe 9: Miscelnea

  • 43

    A seguir esto relacionados os acidentes mais comuns que ocorrem nos

    laboratrios e as iniciativas a serem tomadas e/ou primeiros socorros que devem ser

    realizados:

  • 44

    Anexo II Uso de Extintores de Incndio

    COMO USAR OS APARELHOS EXTINTORES DE INCNDIO

    EXTINTOR (TIPO)

    PROCEDIMENTOS DE USO

    GUA PRESSURIZVEL (GUA/GS)

    Carga: carregado com 10 L de gua pressurizada

    com nitrognio ou gs carbnico.

    -Retirar o pino de segurana.

    -Empunhar a mangueira e apertar o gatilho,

    dirigindo o jato para a base do fogo.

    -S usar em madeira, papel, fibras, plsticos

    e similares.

    -No usar em equipamentos eltricos.

    ESPUMA

    Carga: Tem dois compartimentos (como mostra a

    figura). Na parte externa possui bicarbonato de

    sdio dissolvido em gua e na parte interna, uma

    soluo de sulfato de alumnio.

    -Inverter o aparelho. O jato disparar

    automaticamente e s cessar quando a carga

    estiver esgotada.

    -No usar em equipamentos eltricos.

    GS CARBNICO (CO2)

  • 45

    Carga: 6 a 8 Kg de gs carbnico sob presso.

    -Retirar o pino de segurana quebrando.

    -Acionar a vlvula dirigindo o jato para a

    base do fogo.

    -Pode ser usado em qualquer tipo de

    incndio.

    P QUMICO SECO (PQS)

    Carga: 8 a 12 Kg de bicarbonato de sdio.

    -Retirar o pino de segurana.

    -Empunhar a pistola difusora.

    -Atacar o fogo acionando o gatilho.

    -Pode ser usado em qualquer tipo de

    incndio.

    Utilizar o p qumico em materiais eletrnicos, somente em ltimo caso.

  • 46

    ONDE USAR OS AGENTES EXTINTORES

    Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados slidos, lquidos ou gasosos.

    Existe uma variedade muito grande de agentes extintores, abaixo cita-se os mais comuns.

    Classes de Incndio

    Agentes Extintores

    gua

    Espuma

    P Qumico

    Gs

    Carbnico

    A

    Madeira, papel, tecidos, etc.

    SIM

    SIM

    SIM*

    SIM*

    B

    Gasolina, lcool, ceras,

    tintas, etc.

    NO

    SIM

    SIM

    SIM

    C

    Equipamentos, Rede

    eltrica energizada.

    NO

    NO

    SIM

    SIM

    * Com restrio, pois h risco de reignio (se possvel utilizar outro agente).

    Observaes:

    a) Todas as vezes que ocorrer um acidente envolvendo algum aparelho eltrico, puxar

    imediatamente o pino da tomada.

    b) Aprender a localizao e a utilizao de extintores de incndio.

    c) Na ausncia de um extintor de incndios, utilizar um pano, cobertor ou mesmo o

    jaleco para abafar as chamas.

  • 47

    Anexo III - Tabela Peridica

  • 48