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NEEJA- NUCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CULTURA POPULAR CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO APOSTILA DE GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL MODULO 6 PROFESSORAS SANDRA M. CASSOL SCHERER IVONE VENDRUSCULO

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Page 1: APOSTILA DE GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL … · Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas – a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul

NEEJA- NUCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS

E ADULTOS

CULTURA POPULAR CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO

APOSTILA DE GEOGRAFIA – ENSINO

FUNDAMENTAL MODULO 6

PROFESSORAS

SANDRA M. CASSOL SCHERER

IVONE VENDRUSCULO

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DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL

Além da divisão regional brasileira composta por cinco macrorregiões (Sul,

Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste), existe outra divisão do território nacional

(ainda não oficial). Essa outra proposta de regionalização tem como critérios os

aspectos naturais e, principalmente, os socioeconômicos, são as chamadas regiões

geoeconômicas do Brasil.

Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas – a Amazônia, o Nordeste e

o Centro-Sul. Os estados que integram essas regiões apresentam várias características

em comum, no entanto, é necessário ressaltar que não há homogeneidade, sendo que

cada unidade apresenta peculiaridades socioeconômicas.

Conforme essa proposta de regionalização do território brasileiro, o norte de

Minas Gerais faz parte do complexo regional nordestino, o extremo sul do Mato Grosso

pertence à região Centro-Sul e o restante do seu território faz parte da região da

Amazônia, a porção oeste do Maranhão integra-se à Amazônia, e o extremo sul do

Tocantins pertence à região Centro-Sul.

1 – Amazônia

Compreende toda a extensão da floresta Amazônica localizada em território

brasileiro. Integrada por todos os estados da região Norte, além do Mato Grosso (exceto

sua porção sul) e oeste do Maranhão. É uma região que apresenta baixa densidade

demográfica.

As atividades econômicas desenvolvidas são: a agropecuária, que constitui o

setor econômico mais importante, extrativismo vegetal, mineração e o setor industrial,

com destaque para a zona industrial de Manaus.

2 – Centro-Sul

O complexo regional do Centro-Sul corresponde a quase um terço do território

nacional, compreende aos estados das regiões Sul e Sudeste (exceto o extremo norte de

Minas Gerais), ao estado de Goiás, Mato Grosso do Sul, extremo sul do Mato Grosso e

extremo sul do Tocantins.

É o complexo regional mais desenvolvido economicamente, abriga a maior parte

do parque industrial, das áreas de atividades agrícolas mais modernas, dos bancos,

mercados de capitais, empresas transnacionais, comércios e universidades do país. É

extremamente urbanizado.

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3 – Nordeste

O complexo regional do Nordeste vai desde a porção leste do Maranhão até o

norte de Minas Gerais, incluindo todos os estados nordestinos. Abrange cerca de 30%

do território nacional.

É a região onde ocorreu o processo de povoamento do país. Possui grandes

contrastes naturais e socioeconômicos entre as áreas litorâneas, mais urbanizadas,

industrializadas e desenvolvidas economicamente, e o interior com predomínio de clima

semiárido e grandes problemas sociais.

As principais atividades econômicas desenvolvidas nesse complexo regional

são:

Meio Norte – extrativismo vegetal, agricultura tradicional de algodão, cana-de-

açúcar e arroz.

Sertão – pecuária extensiva e de corte, agricultura (milho, feijão e cana-de-

açúcar) e o cultivo irrigado de frutas e flores. Nas áreas litorâneas ocorre a extração de

sal. Também há a presença de indústrias (polo têxtil e de confecções).

Zona da Mata – predominam as grandes propriedades agrícolas que praticam a

monocultura canavieira destinada para a exportação do açúcar. Além da cana, ocorre o

cultivo do cacau e do fumo. Destaca-se também a produção de sal marinho,

principalmente no Rio Grande do Norte.

Agreste – a principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a

pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária

leiteira.

A Região Sudeste é a mais rica e populosa do Brasil. Seus estados são:

Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A região faz divisa com a

Região Nordeste ao norte, com o oceano Atlântico ao leste, ao sul com a região Sul, e a

oeste com a região Centro-Oeste. Apesar de ser a região mais populosa do país, possui

densidade demográfica de 84,21 hab./km² e ocupa apenas 11% do território nacional.

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Relevo

O relevo do Sudeste pode ser dividido em cinco partes:

Planícies e terras baixas costeiras: podem variar entre grandes baixadas e partes

mais estreitas favorecem a formação de costas altas, que entram em contato direto com

o oceano Atlântico. Formam muitas praias, restingas, lagoas costeiras e baías;

Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste: são conhecidas também como

planalto Atlântico, é a parte mais acidentada da Região Sudeste. Sua característica é a

formação de muitas serras cristalinas muito antigas, principalmente em áreas erodidas.

Essas serras constituem a Serra do Mar. No oeste está localizado o Vale do Rio Paraíba

do Sul, que separa a Serra do Mar da Serra da Mantiqueira. Ao norte as serras se

afastam do litoral e dão origem a Serra do Espinhaço.

Ao norte de São Paulo e a oeste de Minas Gerais encontra-se a Serra da

Canastra. Atrás da serra do Espinhaço, no noroeste da região é possível encontrar as

chapadas sedimentares.

Na transição com a região Centro-Oeste destaca-se o Espigão Mestre,

que é uma extensão aplainada de rochas antigas e trabalhada pela erosão;

Planalto Meridional: constituído por rochas sedimentares ocupa o centro-

oeste de São Paulo e o oeste de Minas Gerais. É dividido em duas partes:

o Planalto Arenito-basáltico: é constituído de rochas pouco resistentes

como o arenito, e outras muito resistentes, como o basalto que é de origem vulcânica.

Esses tipos de rochas favorecem o aparecimento de ”cuestas”, que são conhecidas

popularmente como serras. Um exemplo é a serra de Botucatu;

o Depressão Periférica: encontra-se entre as serras e os planaltos do Leste e

do Sudeste. São regiões baixas e planas;

Clima

A Região Sudeste apresenta vários tipos de clima: tropical, tropical de altitude,

subtropical, litorâneo úmido e semi-árido. O clima tropical predomina nas baixadas

litorâneas do Rio de Janeiro, Espírito Santo, norte de Minas Gerais e oeste de São

Paulo. Apresenta temperaturas altas, com média de 22ºC, e duas estações bem

marcadas: o verão que é marcado pelas chuvas, e o inverno que é seco.

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O tropical de altitude predomina as partes mais altas do relevo e mantém

temperatura média amena, em torno dos 18ºC. O clima Subtropical é marcado por

chuvas bem distribuídas durante todo o ano, com temperatura média de 17ºC,

predomina na região sul do estado de São Paulo.

No norte de Minas Gerais predomina o clima semi-árido, com estação seca bem

destacada que pode durar até mais de cinco meses. As menores temperaturas registradas

na região da Serra da Mantiqueira, que está localizada na divisa de Minas Gerais com os

estados de Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.

Vegetação

A vegetação da Região Sudeste varia de acordo com o clima e encontrar-se

bastante devastada por causa da expansão agrícola. A Floresta Tropical é predominante

na Região Sudeste. Nas encostas próximas do oceano, a Mata Atlântica é bastante rica

em árvores altas, cipós, etc. Na medida em que ela adentra o continente, devido ao

clima seco, a mata fica menos densa.

Em algumas áreas do interior é possível encontrar matas ciliares na beira dos

rios, e nas áreas onde o solo predominante é impermeável, a vegetação encontrada é o

cerrado com suas árvores baixas, vegetação rasteira e arbustos. No norte de Minas

Gerais a vegetação é a caatinga por causa do seu clima semi-árido. Nas áreas mais altas

da Região Sudeste, aparece a mata de araucária. No planalto encontram-se os campos

limpos, no de São Paulo e os campos serranos no sul de Minas Gerais. No litoral da

Região Sudeste a vegetação predominante é a litorânea, típicas de praias.

Hidrografia

A hidrografia da Região Sudeste varia de acordo com o relevo, onde a

predominância é de rios de planaltos e bacias, onde podemos destacar algumas:

Bacia do Paraná: é formada principalmente, pelos rios Paranaíba e

Grande;

Bacia do São Francisco: seu principal rio é o São Francisco, que nasce

em Minas Gerais;

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Bacias do Leste: é um conjunto de bacias de diversos rios que descem

das serras litorâneas e chegam ao oceano Atlântico. Algumas dessas bacias: Pardo, Rio

Doce e Jequitinhonha, em Minas Gerais, Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro.

Bacias do Sudeste-Sul: nessa bacia o destaque é o rio Ribeira do Iguape,

em São Paulo;

A população da Região Sudeste é predominantemente urbana. Algumas de suas

principais cidades são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Guarulhos, Campi

complexo regional do Centro-Sul é a região geoeconômica mais produtiva do país,

tendo em vista que contém vários estados com diversos tipos de indústria, climas,

relevo, etc. Encontram-se no Centro Sul os estados do Rio Grande do Sul, Santa

Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás

e Distrito Federal. Ainda pega a parte sul do Mato Grosso, o sudeste de Tocantins e a

maior parte de Minas Gerais, com exceção do norte e nordeste deste estado.

O relevo da Região Centro Sul

O relevo do Centro-Sul é bastante diversificado, caracterizado por vários

planaltos, planícies e depressões. No leste da região encontram-se os planaltos e serras ,

também chamados de terras altas, pois grande parte de sua área tem elevadas altitudes,

chegando a mais de 1000 metros. Nesses planaltos também existem escarpas, como a

Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira.

Em uma grande área do oeste e central da região é ocupada pelos planaltos e

chapadas da bacia do Paraná, que foram formados por intensos derrames vulcânicos,

deixando o solo bastante fértil.

Na parte central, que se estende desde o sul de Santa Catarina e vai até o norte

de São Paulo encontramos as depressões periféricas da borda leste do rio Paraná. No sul

do Mato Grosso e noroeste de Mato Grosso do Sul encontram-se as planícies do

pantanal mato grossense. Na ponta norte, no estado de Goiás e sul de Tocantins temos a

depressão causada pelo rio Araguaia. Logo abaixo também tem outra depressão formada

pelo rio São Francisco, e no meio destas duas depressões encontram-se os planaltos e

serras de Goiás-Minas, que tem um formato de triângulo, dividindo três grandes bacias

hidrográficas, a Amazônica, a do Araguaia Tocantins e do Paraná.

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Dentro do Complexo regional do Centro-Sul encontram-se partes de grandes

bacias hidrográficas: a do rio Paraná, a do rio São Francisco, e uma pequena parte da

bacia do Araguaia-Tocantins.

Os rios do Paraná encontram-se em grande parte nos planaltos, onde o relevo è

bastante acidentado, proporcionando as condições ideais para a construção de grandes

usinas hidrelétricas, como é o caso da Usina de Itaipu. Ela é responsável por grande

parte da produção da energia consumida no sul do Brasil, e também fornece energia

para o Paraguai.

Uma parte do Rio São Francisco corta a região Centro-Sul, que também é

bastante utilizado na produção de energia elétrica. Também é utilizado para irrigação,

transporte de pessoas, cargas, etc. (veja mais detalhes sobre o rio São Francisco na

página do Complexo Regional do Nordeste)

O clima na região geoeconômica do Centro-Sul é bastante diversificado, por

várias razões: latitude e longitude (localização no planeta), maritimidade, massas de ar,

grande ocupação humana (indústrias, poluição, etc), etc.

Na parte central da região encontra-se o clima denominado Tropical de Altitude,

em razão das elevadas altitudes encontradas nesse local. As temperaturas são amenas

durante o ano todo, com chuvas bastante concentradas no verão (Novembro-Fevereiro).

Cobre parte dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro e

Paraná.

No sul do país, o clima Subtropical está presente nos estados do Rio Grande do

Sul, Santa Catarina e a parte sul do Paraná. Este clima é caracterizado por ter as quatro

estações bem definidas, pois as chuvas são muito bem distribuídas durante o ano todo. É

também o clima que contém as menores temperaturas do Brasil, dando destaque para a

serra catarinense, onde em algumas cidades a temperatura pode ser negativa (São

Joaquim, Urubici, etc).

O clima que encobre boa parte do centro-sul é o Tropical, que se estende desde

Mato Grosso do Sul até o sul de Tocantins, e com partes em Minas Gerais, Espirito

Santo e São Paulo. É um clima quente, com altas temperaturas o ano todo. As chuvas

estão presentes praticamente apenas no verão, deixando o inverno muito seco. Fatores

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que contribuem para essas condições são a continentalidade (não sofre tantas influências

do oceano, como no clima subtropical), as grandes cidades, que com sua poluição

acabam modificando as massas de ar, baixas altitudes.

AS PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA DO BRASIL

Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia. Elas podem

ser renováveis ou esgotáveis. Por exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos

ventos) fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Por outro lado, os combustíveis

fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada

em nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo racional.

Principais fontes de energia

- Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande

quantidade de rios em nosso país. A água possui um potencial energético e quando

represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água,

fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de

uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma

fonte considerada limpa.

- Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais

orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar

poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto

ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do

carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

- Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado

de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais.

A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade.

- Energia de biomassa – é a energia gerada a partir da decomposição, em curto

prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás

metano produzido é usado para gerar energia.

- Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em

áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte

limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.

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- Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia.

Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As

usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza

poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas

nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

- Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto

nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas

podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco

utilizada.

OS MEIOS DE TRANSPORTE

Os meios de transporte são o reflexo da sociedade. Conforme o homem evoluía,

a maneira de se transportar se transformava. Primeiro, a necessidade o fez pensar em

meios básicos para ajudá-lo a construir botes para atravessar rios e usar animais como

força de tração. Depois, a ciência o auxiliou: foram construídos meios de transportes

mais rápidos, mais seguros e que chegavam cada vez mais longe, a ponto do homem

conseguir chegar ao espaço.

Quando se trata de transportar pessoas, o automóvel é o principal meio de

transporte do Brasil. Ele se tornou mais popular quando a indústria automobilística se

instalou no país na década de 50. Desde então, o acesso se tornou maior, assim como o

número de carros nas avenidas. A conseqüência de tantos carros nas ruas gerou os

congestionamentos e também altos índices de acidentes nas estradas.

Apesar da evolução dos meios de transporte, o excesso de carros, ônibus e

caminhões se transformou em um problema nos últimos anos. As grandes cidades

possuem grande fluxo de pessoas circulando todos os dias. O tráfego por terra tem

ficado mais lento, conforme o número de carros aumenta e o transporte coletivo não

consegue suprir às necessidades da população: são lotados, circulam em quantidade

insuficiente, não cumprem os itinerários e são muito mais lentos. Além disso, cresceram

as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, ocasionado pela queima de

combustíveis fósseis e responsáveis por grande parte da poluição do ar nas cidades.

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A EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS MEIOS DE TRANSPORTE

Os meios de transporte podem ser divididos basicamente em três vertentes:

terrestres, aquáticos e aéreos. Os terrestres são classificados em rodoviário, ferroviário e

tubular. Os aquáticos podem servir para fins comerciais e para as necessidades básicas

de algumas comunidades ribeirinhas, onde é o único meio. Já o aéreo, o mais recente,

têm como vantagem a rapidez, a eficiência comercial e atualmente é o mais requisitado

em viagens internacionais e nacionais. Além desses tipos populares, existem os

transporte.de cargas, o transporte tubular/dutoviário, transporte espacial, dentre outros.

No princípio, o homem se locomovia apenas caminhando. A pé, ele venceu

grandes distâncias, muitas vezes descalço. À medida que se desenvolvia

intelectualmente, pôde aperfeiçoar seu transporte anatômico, produzindo os primeiros

sapatos com couro de animais para proteger os pés, o que dava resistência para chegar

mais longe. Segundo alguns estudiosos, o primeiro meio de transporte inventado foi

aquático, ainda na Pré-História. Para construir as canoas e botes usados para atravessar

rios e lagos, os homens usavam troncos de madeira, bambus e juncos.

Um elemento muito importante é a roda: ela proporcionou, a partir de sua

invenção, em 3000 a. C., na Mesopotâmia, uma revolução. Apesar de rudimentar e

muito pesada, foi possível tornar o transporte mais eficaz quando elas foram aplicadas

em carros tracionados por animais de grande porte, domesticados pelo homem.

Na antiguidade, foram construídas estradas, pavimentadas com pedras, para

facilitar a passagem dos veículos com rodas para diversos fins (construção civil,

comercial, político, social etc.). Os primeiros povos a construir estradas foram os

egípcios, mas com certeza os que mais se destacaram foram os romanos, que tinham

como intenção ligar Roma aos territórios dominados pelo seu grandioso império.

É possível que o transporte terrestre pioneiro tenha sido o trenó, uma espécie de

prancha de madeira puxada por um animal doméstico, como cachorros ou mesmo por

outras pessoas. A domesticação de animais inovou com o surgimento de transporte de

tração animal: cavalos, burros, camelos e bois, por exemplo, passaram a ser usados para

facilitar a locomoção humana.

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Ao longo dos séculos, os povos foram encontrando meios que facilitassem a

locomoção e a navegação. Um dos meios de transporte mais usados é o marítimo,

principalmente pela sua capacidade de levar uma grande quantidade de carga entre um

porto e outro. Visando melhorar a circulação de mercadorias. Em 1914 foi inaugurado o

Canal do Panamá que reduziu a distância entre a América e a Europa.

Com a revolução industrial, começaram a surgir as ferrovias e as vias férreas em

vários lugares no mundo. As ferrovias foram responsáveis pela ligação de vários países

e possibilitaram a ligação de lugares remotos com os grandes centros da época. Além

disso, o surgimento da aviação também reduziu a dependência do transporte marítimo.

Em 1852, o Barão de Mauá recebeu a concessão para criar uma linha férrea no

Rio de Janeiro. A primeira estrada de ferro do país foi inaugurada em 1854 e ligava a

Baía de Guanabara a Serra da Estrela. O setor ferroviário brasileiro foi crescendo até

1920, quando começou a crescer a malha rodoviária. Foi na Estrada de Ferro Mauá que

rodou a primeira locomotiva a vapor do Brasil.

Até 1918, o Brasil importava carros montados, ou seja, não tinha indústria para a

produção em massa de seus próprios automóveis. No ano seguinte, ele começou a

importar as peças para montá-los. Posteriormente, a Ford e a General Motors abriram as

primeiras linhas de montagem do Brasil.

Durante a Segunda Guerra Mundial, algumas empresas nacionais foram

responsáveis pela produção de algumas peças de carro que supriam precariamente a

necessidade do setor. No final do conflito europeu, Getúlio Vargas implantou uma

política para incentivar o consumo de peças nacionais. Criou em 1952 a Subcomissão

de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis, proibiu a importação de peças parecidas

com as produzidas pelas industrias nacionais e logo depois também impediu a entrada

de veículos produzidos por outros países.

Porém, a indústria automobilística brasileira só alavancou no decorrer do

governo JK (1956/1961). Seu governo criou estradas por todo o país devido a produção

de um sistema rodoviário que incidiu no aumento de carros e caminhões e no declínio

dos trens e bondes. Além disso, ele também incentivou a instalação de empresas

automobilísticas como a Ford e Volkswagen.

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PRINCIPAIS PORTOS DO BRASIL

Porto de Angra dos Reis (Rio de Janeiro)

Porto de Antonina (Paraná)

Porto de Aratu (Bahia)

Porto de Barra dos Coqueiros (Sergipe)

Porto de Barra do Riacho (Espírito Santo)

Porto de Belém (Pará)

Porto de Cabedelo (Paraíba)

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Porto do Forno (Rio de Janeiro)

Porto de Ilhéus (Bahia)

Porto de Imbituba (Santa Catarina)

Porto de Itaguaí (Rio de Janeiro)

Porto de Itajaí (Santa Catarina)

Porto do Itaqui (Maranhão)

O MERCOSUL

O Mercado Comum do Sul, ou MERCOSUL, é um bloco econômico que foi

formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Outros países podem fazer parte das

negociações do bloco, mas são considerados apenas como associados. Estes são Bolívia,

Chile, Peru, Colômbia e Equador. A Venezuela ingressou no grupo em 2006. E o

México permanece como estado observador.

Criado em 1991 com a assinatura do Tratado de Assunção (no Paraguai) o

MERCOSUL busca garantir a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos

entre os países membros, através da eliminação de barreiras alfandegárias e restrições

não tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito

equivalente.

A criação do Mercado Comum prevê, também, o estabelecimento de uma tarifa

e a adoção de uma política comercial comum em relação a outros blocos ou países. E,

por fim, a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os estados partes

a fim de assegurar condições adequadas de concorrência. Para tanto, inclusive, foi

criada uma lista de produtos considerados sensíveis para cada país membro. Estes

teriam uma tratativa diferenciada de acordo com a necessidade de cada Estado membro

para garantir que a economia de nenhum deles fosse prejudicada.

Em 1994,foi firmado o Protocolo de Ouro Preto que dentre outras coisas,

estabelece que a Presidência do Conselho do Mercado Comum, responsável por

assegurar o cumprimento dos acordos, é exercida por rotação, em ordem alfabética, dos

estados membros por um período de seis meses. O MERCOSUL é formado, ainda, por

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um “Grupo do Mercado Comum”, órgão executivo integrado por quatro membros

titulares e quatro alternados por país.

O MERCOSUL trouxe, também, propostas para integração das políticas

ambientais dos países membros tendo sido realizada em 27/06/1994 a Reunião

Especializada de Meio Ambiente (Rema) onde foram propostas diretrizes básicas para a

política ambiental dos países do MERCOSUL.

No campo da educação, a proposta era de integrar a educação dos quatro países

através do reconhecimento mútuo dos cursos superiores e diplomas, além da cooperação

em pesquisas e intercâmbios.

Mais tarde, em 2002, foi assinado um acordo de livre residência entre os países

do MERCOSUL a Bolívia e o Chile. A partir deste tratado qualquer cidadão nato ou

naturalizado há mais de cinco anos em algum desses países possui o direito de residir

por dois anos na área de livre residência estabelecida pelo tratado com os mesmos

direitos de um cidadão daquele local. A partir de dois anos a pessoa pode conseguir a

autorização para permanência simplesmente comprovando meios de vida lícitos para

sustento próprio e de sua família. Embora ainda não seja exatamente uma área de livre

circulação, visto que ainda exige uma autorização, menos burocrática, mas ainda

autorização, a constituição de uma Área de Livre Residência com direito ao trabalho já

é um passo em busca da integração total entre os países.

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Continentes

CONTINENTES

Continente é uma grande massa de terra cercada por água. Na gigantesca massa

de água salgada (formada principalmente pelos oceanos), pela qual são cobertos mais de

70% da superfície terrestre, é muito fácil notar aqui e ali o aparecimento de territórios

contínuos muito extensos, o que torna pouco conveniente para os geógrafos dar a essas

massas o nome de ilhas. Assim, essas extensões de terras são definidas como

continentes.

O conceito que os geógrafos usam para definir uma massa continental pode

variar segundo os critérios que esses especialistas adotam em cada caso, podendo ser

físicos, culturais, políticos ou históricos. A definição física de maior disseminação

considera a divisão em quatro continentes: América, Eurafrásia, Austrália e Antártida.

Mas, seguindo-se critérios tanto culturais como políticos, costuma-se considerar a

Europa, a Ásia e a África, a América, e a Oceania.

Historicamente, o Velho Mundo é constituído pelos mesmos três continentes que

constituem a Eurafrásia: Europa, Ásia e África. Essa classificação é baseada numa

verdadeira afirmação de que as três massas terrestres se unem geograficamente: Ásia e

Europa (Eurásia), cujos acidentes que ligam os continentes são o Cáucaso, o mar Cáspio

e a cordilheira dos Urais, no momento em que a África e a Ásia são comunicadas pelo

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istmo do Suez. No Novo Mundo são agrupados ambos os subcontinentes americanos

que o istmo do Panamá une; e no Novíssimo Continente (Oceania) são reunidas a

grande ilha australiana e as ilhas da Tasmânia, Nova Guiné e os arquipélagos da

Melanésia, Micronésia e Polinésia.

Classificação e estatísticas

Existem dois tipos de continentes:

físicos: é qualquer massa de terra mais extensa que a Groenlândia.

políticos: é um conjunto de países em uma certa região do mundo que podem

conter arquipélagos ou ilhas fora de seu território.

A seguir a lista dos continentes em sua definição mais abrangente:

físicos: América, Eurafrásia, Austrália e Antártida

políticos: América, Europa, Ásia, África, Oceania e Antártida

Os continentes políticos nem sempre são somente os que foram citados acima,

sendo que a América é frequentemente dividida em duas partes: a América do Norte e a

América do Sul, visto que muitas vezes a América Central e arquipélago do Caribe são

considerados ainda outras subdivisões do continente.

Os nomes de Austrália ou Australásia são utilizados às vezes no lugar de

Oceania. Se utiliza Oceania no «Atlas de Canadá»,16

assim como no modelo ensinado

na Ibero-América.

Os continentes dos distintos modelos são os seguintes:

África: limita com a Ásia pelo canal de Suez e está separada da Europa pelo

estreito de Gibraltar e se estende do sudoeste até o cabo da Boa Esperança;

América: está separada da Ásia pelo estreito de Bering, no noroeste, e está

dividida em dois ou três subcontinentes;

América do Norte: localizada no hemisfério norte Ocidental;

América Central: se estende do istmo de Panamá.

América do Sul: se estende do sul do canal até o cabo de Horns;

Ásia: separada da África pelo canal de Suez, se estende do leste e noroeste até o

estreito de Bering e o oceano Índico;

Europa: separada da África pelo Mediterrâneo, se estende desde os montes

Urais até a península Ibérica;

Oceania: localizada ao sudeste da Ásia, entre os oceanos Índico e Pacífico.

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Antártida: rodeia o Polo Sul. Está separada da América pelo estreito de Drake,

da Oceania pelo limite entre os oceanos Pacífico e Índico, e da África pelo limite entre

este último e o Atlântico.

As massas terrestres transformaram-se e ainda se transformam bastante. Durante

milhares de anos, os mares e os continentes se distribuíram de forma muito diferente do

que é hoje. Uma variedade de fatos foi demonstrada pelas pesquisas: primeiro, que os

continentes deslocam-se, elevam-se e abatem-se muito; segundo, que não descarta-se a

existência na Terra de nenhuma zona que o mar não cobriu; terceiro, que as erosões são

desgastadas continuamente da superfície, de tal modo que, se não fossem elevados, os

continentes teriam desaparecidos porque o mar cobriria; e certamente, que uma grande

quantidade de terras se levantou da água recentemente.

Livros que foram escritos por geólogos, zoólogos e botânicos consideram que

certas depressões, que o mar cobriu no passado, constituíram, nos demais tempos, a

extensão dos continentes. Há diversas teorias sobre como se originou e se formou a

superfície da Terra. Uma das de maior difusão traz a narração de que entre o período

carbonífero (era paleozoica) e o início do período terciário (era cenozoica), a Europa

encontrava-se em união com a América do Norte; e que no hemisfério sul notava-se a

existência de um grande continente, que os geólogos denominaram Gonduana, da qual

eram compreendidos a América do Sul, a África, a península da Arábia, a Índia, a

Antártida e a Austrália. Entre essas duas gigantescas massas terrestres era estendida

uma faixa marítima. O continente de Gonduana começaria a ser fragmentado no fim do

período triássico (era mesozoica), com o fato de que Madagáscar se desmembrou do

conjunto da África, e deu continuidade ao seu rompimento na época do jurássico, com a

Índia que se desmembrou da Austrália. No final do período cretáceo, foram

desmembradas a África e a América do Sul; e quando começou o período terciário, com

o mar Vermelho que se formou, ocorreu o desligamento da Arábia em relação à África;

também ocorreu a formação das depressões que se correspondem às águas salgadas dos

oceanos Atlântico e Índico, que então seriam mais novos que o Pacífico.

O que primeiramente se explicou de maneira generalizada sobre o fato de que os

continentes se formaram e se evoluíram é a da deriva continental, que o geólogo alemão

Alfred Wegener propôs em 1912. É a explicação da superfície terrestre desde a diferente

massa dos continentes, cuja cota altimétrica é de 700m, e o fundo dos oceanos, cuja cota

batimétrica é de 3.800m. Ao atestar a veracidade de que as massas continentais têm

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mais leveza que o fundo dos mares, que se constitui de sima (silício e magnésio),

Wegener pensou na hipótese da flutuação dos continentes sobre os oceanos.

De acordo com Wegner, na época da era paleozoica uma espécie de gigantesca

"embarcação" única, a Pangeia, manteve-se em flutuação. Posteriormente, pela ação da

força centrífuga que se originou do fato de que a Terra gira em torno de si mesma, essa

"balsa" primitiva dividiu-se em frações e cada um dos pedaços constituiu um dos

escudos que hoje em dia se conhecem. Assim, ainda se pode ter percepção dessa

formação original desde o período terciário, porque os respectivos litorais têm formato

quase semelhante, com a fratura no formato de uma letra "S" que serve de afastamento

entre a África e a América do Sul. Os continentes teriam feito a migração para oeste,

transladando lentamente a deriva continental, ao longo da qual a perda dos fragmentos

da parte posterior dos escudos continentais teria, dessa forma, dado origem à Nova

Zelândia, Madagáscar ou às Antilhas, que seriam as partes que sofreram

desprendimento dos respectivos continentes a que pertenceram.

Os continentes variam na sua estrutura formal. A África é o continente que

possui maior extensão. Num continente com formato de trapézio no norte e de triângulo

no sul, existe um pequeno número de ilhas e penínsulas. Tem extensão entre o cabo

Branco (pararelo 37 N) e o das Agulhas (paralelo 34 S). Por estar localizado no centro

geográfico da Terra, duas terças partes que pertencem ao seu território são encontradas

em latitudes por entre os trópicos. Tem como limites: ao norte com o mar Mediterrâneo,

a leste com o mar Vermelho e o Oceano Índico e a oeste com o Oceano Atlântico. A

África é separada, em respectivo, da Ásia e da Europa pelos estreitos de Bab al-Mandab

(27km de largura) e Gibraltar (13km).

A América está localizada muito distante do restante das massas continentais.

Tem extensão por aproximadamente 50% da circunferência terrestre, entre o cabo

Barrow (paralelo 72 N), e o cabo Horn, na Terra do Fogo (paralelo 52 S). Desse ponto

ao norte a esse outro ponto ao sul dista mais de 14.000km. A América tem como

limites: ao norte com o oceano Glacial Ártico e o estreito de Bering -- pelo qual é

separada a Ásia -- a oeste com o Oceano Pacífico e a leste com o Oceano Atlântico.

A Ásia é o continente de maior extensão territorial do planeta. Tendo como

características seus grandes contrastes, nela tudo adquire proporções exageradas: das

montanhas de maior altitude da Terra às mais profundas depressões, e do desolamento

dos desertos à maior densidade das florestas. Tem como limites: ao norte com o oceano

Glacial Ártico, ao sul com o Oceano Índico, a leste com o Pacífico e a oeste com a

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Europa e os mares Vermelho, Mediterrâneo e Negro. O conjunto da qual pertence sua

massa terrestre se localiza no hemisfério norte, do paralelo 77 N ao paralelo 1 N.

A Europa é o continente onde se encontram as grandes planícies, cuja cota

altimétrica é da ordem de 375m. Tem extensão entre o paralelo 36 N e o paralelo 71 N.

Sua situação favorece em particular a vida do homem, pois a quase totalidade do

continente está situada no interior da zona temperada. Tem como limites ao norte com o

oceano Glacial Ártico, ao sul com o Mar Mediterrâneo, a oeste com o Oceano Atlântico

e a leste com a Ásia (cordilheira dos Urais e do Cáucaso).

A Oceania é um continente que se compõe de um rosário de ilhas (superior a dez

mil), de quaisquer das dimensões, que se espalham pelo Oceano Pacífico, do Velho até

o Novo Mundo. Exceto a Austrália, na topografia apresentada geralmente pelas ilhas

existe um sem-número de montanhas que no passado geológico eram verdadeiros

vulcões. A Oceania se constitui dos restos que pertenciam a um continente primitivo,

que parcialmente afundou, do qual somente é subsistente a Austrália. Este leque de ilhas

serve de cobertura, no sentido sudeste-noroeste, de um espaço com uma distância

superior a 13.000km.

A Antártica é uma massa continental pela qual é ocupada quase a totalidade da

calota polar que se encontra no hemisfério sul, desde o paralelo 69 S. Maciço de baixa

articulação, cujo formato faz lembrar o da África e o da Austrália, é o mais alto dos

continentes, pois sua cota altimétrica é superior aos dois mil metros. Devido ao clima

glacial, nela, praticamente, muitas poucas pessoas habitam. É um continente que se

encontra em isolamento; o cabo Horn, extremidade sul da América do Sul, a mil

quilômetros de distância, é o único ponto de um continente que se encontra nas

proximidades da Antártida. Uma enorme barreira de gelo cerca o litoral da Antártica.

Aspectos estruturais

Em ambos os hemisférios em que é dividida a Terra são muito desproporcionais

as áreas dos oceanos e dos continentes. Da área superior a 145 milhões de quilômetros

quadrados que os continentes ocupam, dois terços inferiores a essa superfície estão

localizados no hemisfério norte, e uma quantidade inferior a 45 milhões no hemisfério

sul. Essa desproporção é oriunda do fato de que, no hemisfério boreal (norte), os

continentes vão se estendendo bastante à medida da sua aproximação com o Círculo

Polar Ártico, enquanto no hemisfério austral (sul), há uma diminuição da distância dos

continentes em direção ao sul. Assim, no extremo sul da América é ultrapassada em

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pouco a latitude de 50º ao sul da linha do equador, que no hemisfério norte é

correspondente ao Canadá e ao centro da Europa e da Ásia. Igualmente, a superfície dos

continentes no hemisfério norte é bem maior que a dos mares, enquanto no sul os mares

são desproporcionais, na fração de 8,5 até 1. Esse fato de que a terra firme se opõe ao

oceano é um dos traços importantes da estrutura que forma a superfície do planeta, da

qual são ocupados somente três décimos pelos continentes.

A zona de contato que existe entre os mares e continentes tem grande variação.

Em certos pontos que se localizam nos litorais, a superfície do terreno faz uma descida

brusca até sua penetração no mar, de maneira que, a poucos quilômetros do litoral, o

mar já é muito profundo. Nos demais lugares, existe uma larga faixa marinha menos

profunda, abaixo de 200m; nesses, as massas submersas integram os continentes e são

denominadas plataformas continentais. O talude continental afasta as plataformas

continentais das áreas muito profundas, de declives de grande acentuação, e suas

dimensões variam, com largura de quase noventa quilômetros.

A altitude relativamente moderada é apresentada pelos continentes, apesar da

elevação de certas cordilheiras a milhares de metros superiores ao nível do mar. Se os

continentes, conservando suas dimensões, fossem transformadas numa superfície plana,

a média de sua altitude seria reduzida para mais de 700m.

CONTINENTE AMERICANO –

América (algumas vezes usado o termo Américas) é o continente localizado no

hemisfério ocidental e que se estende, no sentido norte-sul, desde o oceano Ártico até o

cabo Horn, ao longo de cerca de 15 mil quilômetros. O seu extremo oriental insular

(não-continental) encontra-se na Groenlândia, extremos continentais (não-insulares) são

o cabo Príncipe de Gales, o extremo ocidental, no Alasca, e a ponta do Seixas, extremo

oriental, no estado brasileiro da Paraíba. A América compõe-se de duas massas de

dimensões continentais (as Américas do Norte e do Sul) ligadas por um istmo (o istmo

do Panamá) que é cortado por um canal (o canal do Panamá). Além dessas divisões, há

os conceitos das chamadas América Central.

Os três maiores países da América, Canadá, Estados Unidos e Brasil, são

também as maiores economias, que estão entre as dez maiores do mundo. Com uma

área de 42 189 120 km² e uma população de mais de 902 milhões de habitantes,

corresponde a 8,3% da superfície total do planeta, ou 28,4% das terras emersas, e a 14%

da população humana. Localizada entre o oceano Pacífico e o Atlântico, a América

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inclui o mar do Caribe e a Groenlândia, mas não a Islândia, por razões históricas e

culturais.

Também é conhecida pela expressão "Novo Mundo", neste caso em oposição à

Eurafrásia, considerada o "Velho Mundo", e à Oceania, chamada de "Novíssimo

Mundo". A maioria dos estudiosos aponta o nome do navegador italiano

Milhares de anos após as primeiras migrações, surgiram as primeiras

civilizações complexas no continente, com base em comunidades agrícolas. Foram

identificados assentamentos sedentários a partir de 6000 a.C.

Tais civilizações desenvolveram a agricultura, com culturas de milho, batata,

tomate, abóbora, feijão e abacate, dentre outras. Não desenvolveram a pecuária em larga

escala, devido à escassez de espécies no continente.

Colonização europeia e movimentos de independência

Territórios na América colonizados ou reivindicados por uma grande potência

europeia em 1750 (em inglês).

Milhares de anos após a chegada dos indígenas, o continente foi redescoberto

pelos europeus. Foi a viagem de Cristóvão Colombo que levou à colonização europeia

generalizada da América e à marginalização dos seus habitantes originais. O

empreendimento de Colombo ocorreu num momento histórico em que diversos avanços

em técnicas de navegação e comunicação permitiram atravessar o Atlântico e

posteriormente disseminar pela Europa a notícia da descoberta.

A escravidão, doenças e guerras dizimaram as populações indígenas e alteraram

radicalmente a composição étnica da América. O trabalho escravo foi reforçado no

continente com a importação de indivíduos africanos, no que se tornou um crescente

comércio escravagista, o tráfico negreiro. As populações indígenas reduziam-se à

medida que os contingentes brancos e negros cresciam rapidamente. É de notar-se,

porém, que o maior número de indígenas e de casamentos inter-raciais na América

Hispânica deu origem a populações com maior composição étnica de mestiços e

indígenas nas Américas Central e do Sul.

O controle europeu sobre o continente começou a declinar a partir da

independência dos Estados Unidos frente a coroa britânica, em 4 de julho de 1776. Por

sua vez, o processo de independência na América Latina começou no início do século

XIX, embora já se registrassem movimentos nativistas no século XVIII.

Declaração da Independência dos Estados Unidos, em 4 de julho de 1776.

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Aos poucos, os povos latino-americanos conquistaram sua independência frente

à Espanha, em geral com o emprego de força militar: a batalha de Boyacá, em 1819,

assegura o fim do domínio espanhol do norte da América do Sul; a Argentina declara

independência em 1816, em congresso reunido em Tucumán; o México libera-se de

maneira relativamente pacífica em 1821; naquele período a maioria dos países latino-

americanos obtém sua independência. A Espanha logrou manter sob seu controle Porto

Rico e Cuba, até 1898. A maioria dos países do Caribe libertou-se no século XX.

O Brasil, único país americano de fala portuguesa, atingiu a independência de

maneira particular. Devido às guerras napoleônicas, a capital do Império Português fora

transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro, o que provocou a elevação do Brasil à

categoria de Reino Unido com Portugal e Algarve. A dissolução deste reino unido, em

1822, com a independência do Brasil e uma breve guerra, resultou numa monarquia, a

única da América (com exceção de alguns ensaios mal-sucedidos no México e no Haiti).

Os grandes protagonistas do período da independência americana foram George

Washington, Thomas Jefferson, Simón Bolívar, José de San Martín, Bernardo entre

outros.

A Batalha do Avaí foi um dos últimos episódios da Guerra da Tríplice Aliança,

ocorrida em 11 de dezembro de 1868 (óleo de Pedro Américo, Museu Nacional de

Belas-Artes, Rio de Janeiro.)

A Grã-Colômbia, independente em 1819, dissolveu-se em suas partes

constituintes em 1830: Colômbia, Venezuela e Equador (o Panamá separar-se-ia da

Colômbia em 1903, por influência americana).

Questões de limites causaram frequentes guerras entre as novas repúblicas da

América, dentre as quais se destacam a Guerra do Pacífico (Chile contra Bolívia e

Peru), que resultou em ganhos territoriais para o Chile, e a Guerra da Tríplice Aliança

ou do Paraguai (Argentina, Brasil, Uruguai contra Paraguai), com sérias consequências

demográficas para a população paraguaia. A própria consolidação dos novos países não

se fez sem confrontos, de que é exemplo a Guerra Civil Americana.

Em 1888, o Brasil libertou os seus escravos. De sua independência até 1889, o

país manteve a forma de governo monárquica. Naquele ano, o exército proclamou a

república, regime que vigora até o presente, com diversas alterações.

Ao longo do século XIX, os Estados Unidos expandiram-se em território e em

pujança econômico-comercial, prelúdio do status de superpotência de que viriam a

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gozar no século XX. A expansão territorial americana incluiu a compra da Luisiana, do

Alasca e da Flórida Oriental, a partilha do Oregon Country, conflitos com o México

(anexação do Texas, Guerra Mexicano-Americana: anexação de Colorado, Arizona,

Novo México, Wyoming, Califórnia, Nevada e Utah) e com a Espanha (Guerra

Hispano-Americana: anexação de Porto Rico, Cuba, Guam, Filipinas), anexação do

Havaí e de diversas ilhas no Pacífico e no Caribe.

Os Estados Unidos despontaram como o ator central da América e do planeta

como um todo no século XX, com papel protagonístico nas relações internacionais, na

ciência e tecnologia, nas artes (com destaque para a música popular e o cinema) e outras

áreas. A América Latina destacou-se no domínio das artes, com sua música popular (na

qual se destaca a música popular brasileira mas também o tango argentino e outros

ritmos), sua literatura, com grandes nomes como Jorge Luis Borges, Gabriel García

Márquez, Mario Vargas Llosa, Pablo Neruda, Paulo Coelho e Jorge Amado, e seus

artistas plásticos, como Fernando Botero, Diego Rivera, Frida Kahlo e Portinari.

O século também revelaria um grande abismo entre o norte rico e desenvolvido,

composto pelos Estados Unidos e Canadá, e o sul pobre e em desenvolvimento,

integrado pela América Latina e Caribe. Livres democracias estáveis em Estados

Unidos e Canadá, contrastaram com os frequentes golpes militares latino-americanos.

O continente americano é a maior massa terrestre do planeta no sentido norte-

sul. No seu mais longo trecho, estende-se por cerca de 14 000 km, da península de, no

norte do Canadá, ao Cabo Froward, na Patagôniachilena. O ponto mais ocidental do

continente americano é o fim da península de Steward, no Alasca, enquanto a Ponta do

Seixas, no nordeste do Brasil, forma a extremidade oriental do continente.

Monte Aconcágua, na Patagônia, a maior montanha do continente americano,

com quase sete mil metros de altura.

A geografia ocidental da América é dominada pela cordilheira americana, com

os Andes correndo ao longo da costa oeste da América do Sul e as Montanhas Rochosas

e outras cordilheiras norte-americanas correndo ao longo do lado ocidental da América

do Norte. Com 2 300 km de comprimento os Apalaches correm ao longo da costa leste

da América do Norte, do Alabama até Terra Nova. Ao norte dos Apalaches, a

Cordilheira Árctica corre ao longo da costa oriental do Canadá.

As cordilheiras com os mais altos picos são os Andes e as montanhas Rochosas.

Enquanto existem picos altos, em média, na Sierra Nevada e na cordilheira das

Cascatas, não há como muitos atingindo uma altura maior do que 4 200 metros. Na

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América do Norte, a maior quantidade de montanhas com mais de 4 200 metros

ocorrem nos Estados Unidos e, mais especificamente, no estado do Colorado. Os picos

mais altos na América estão localizados nos Andes, sendo o Aconcágua, na Argentina,

o mais alto; na América do Norte o Monte McKinley, nos Estados Unidos, é o mais

alto.

Entre as suas cadeias de montanhas costeiras, a América do Norte tem vastas

áreas planas. As Planícies Interiores estão distribuídas por grande parte do continente,

com baixo relevo.Escudo Canadense cobre quase 5 milhões de km² da América do

Norte e é geralmente bastante plano. Do mesmo modo, o nordeste da América do Sul é

coberto pela plana bacia Amazônica. O planalto Brasileiro, na costa leste, é bastante

suave, mas mostra algumas variações no relevo, enquanto mais ao sul existem grandes

planícies como o GranChaco e os Pampas.

Com montanhas e planícies costeiras interiores, a América tem várias grandes

bacias hidrográficas que drenam os continentes. A maior bacia hidrográfica da América

do Norte é a do Mississippi, abrangendo a segunda maior bacia hidrográfica do planeta.

O sistema dos rios Mississippi-Missouri drena mais de 31 estados dos Estados Unidos, a

maior parte das Grandes Planícies e grandes áreas entre as Montanhas Rochosas e os

Apalaches. Este rio é o quarto maior do mundo e décimo mais poderoso do mundo.

Na América do Norte, a leste das montanhas Apalaches, não há grandes rios,

mas sim uma série de rios e córregos que fluem para o leste com o seu término no

oceano Atlântico, estes rios incluem o rio Savannah. Um exemplo semelhante surge

com rios centrais canadenses que drenam para a baía de Hudson, sendo a maior do rio

Churchill. Na costa oeste da América do Norte, os principais rios são o Colorado,

Columbia, Yukon e Sacramento.

O rio Colorado drena grande parte das montanhas Rochosas do Sul. O rio corre

por cerca de 2 330km para o golfo da Califórnia, durante o qual ao longo do tempo tem

esculpido fenômenos naturais, como o Grand Canyon e fenômenos criados, como o

Mar Salton. O Columbia é um grande rio com 2 000 km de comprimento, no centro-

oeste da América do Norte, e é o rio mais poderoso na costa oeste da América. No

extremo noroeste da América do Norte, o Yukon drena grande parte da península do

Alasca e corre por 3 190 km,em direção ao Pacífico. Drenando para o oceano Ártico, na

América do Norte, o rio Mackenzie drena águas dos Grandes Lagos do Canadá. Este rio

é o maior no Canadá e drenos 1 805 200 quilômetros quadrados.

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A maior bacia hidrográfica da América do Sul é a do Amazonas, abrange uma

área de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países da América do Sul

(Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). O rio Amazonas tem

mais de 7 mil afluentes, e possui 25 mil quilômetros de vias navegáveis. .A bacia

Amazônica representa 1/5 da água derramada no oceano por todos os rios do planeta.

A segunda maior bacia hidrográfica da América do Sul é a do rio Paraná,é uma

depressão ovalada, com o eixo maior no sentido quase norte-sul, e possui uma área de

cerca de 1,5 milhão de km². A seção de maior espessura, superior a 7000 m, está

localizada na sua porção central e é constituída por rochas sedimentares e ígneas. As

rochas sedimentares da bacia do Paraná são ricas em restos de animais e vegetais

fossilizados.

Clima

O clima da América varia significativamente de região para região. Os lugares

mais quentes das Américas estão localizados na Grande Bacia da América do Norte e no

deserto do Atacama, no Chile. O clima de floresta tropical ocorre nas latitudes da

Amazônia, nas florestas nubladas americanas, na Flórida e em Darién Gap. Nas

montanhas Rochosas e nos Andes, um clima semelhante é observado. Muitas vezes, as

altitudes mais elevadas dessas montanhas são cobertas de neve.

O sudeste da América do Norte é bem conhecido por sua ocorrência de tornados

e furacões, dos quais a grande maioria dos tornados ocorrem no Tornado Alley, nos

Estados Unidos.19

Muitas vezes, partes do Caribe estão expostas aos efeitos de furacões

violentos. Estes sistemas climáticos são formadas pela colisão de ar seco e frio do

Canadá e do ar quente úmido do Atlântico.

A população total da América era de 910 720 588 habitantes segundo

estimativas de 2008. A população da América compreende descendentes de grandes

grupos étnicos, como os indígenas,oseuropeus (principalmente espanhóis, ingleses,

irlandeses, italianos, portugueses, franceses, alemães e holandeses), negros africanos,

asiáticos (como os amarelos e os médio-orientais), bem como mestiços e mulatos.

Várias línguas são faladas na América. Alguns são de origem europeia, outras

são faladas por povos indígenas ou por uma mistura de idiomas diversos, como os

diferentes crioulos. A língua dominante da América Latina é o espanhol, embora a

maior nação da América Latina, o Brasil, fale português. Pequenos enclaves de

comunidades que falam francês, holandês e regiões de língua inglesa também existem

na América Latina, notadamente na Guiana Francesa, Suriname e Belize,

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respectivamente, e o crioulo haitiano, de origem francesa, é dominante na nação do

Haiti. Línguas nativas são mais proeminentes na América Latina do que nos países

anglo-americanos, com os idiomas nahuatl, quíchua, aimará e o guarani como o mais

comum. Várias outras línguas nativas são faladas com menos frequência tanto na

América Anglo-Saxônica quanto na América Latina. Línguas crioulas, que não o

crioulo haitiano, são também faladas em partes da América Latina.

A língua dominante da Anglo-América, como o próprio nome sugere, é o inglês.

O francês é também oficial no Canadá, onde é a língua predominante em Québec e uma

língua oficial em Nova Brunswick, juntamente com o inglês. Também é uma linguagem

importante no estado da Louisiana e em partes de New Hampshire, Maine e Vermont,

nos Estados Unidos. O espanhol manteve uma presença permanente no sudoeste dos

Estados Unidos, que fazia parte do Vice-reinado da Nova Espanha, especialmente na

Califórnia e no Novo México, onde uma variedade distinta do espanhol sobrevive desde

o século XVII. Mais recentemente, o espanhol se tornou amplamente falado em outras

partes dos Estados Unidos devido à pesada imigração de povos da América Latina.

Elevados níveis de imigração, em geral, têm trazido uma grande diversidade linguística

para a Anglo-América, com mais de 300 línguas conhecidas a serem faladas nos

Estados Unidos, mas a maioria das línguas são faladas apenas em enclaves pequenos e

em grupos relativamente pequenos de imigrantes.

AMÉRICA ANDINA E AS GUIANAS

A América Andina é uma porção territorial da América do Sul. Recebe essa

denominação pelo fato de ser cortada pela Cordilheira dos Andes, que se estende de norte a sul

do subcontinente. Os países que compõem a América Andina são: Bolívia, Chile, Colômbia,

Equador, Peru e Venezuela.

Esses países correspondem a uma extensão territorial de 5,3 milhões de quilômetros

quadrados, sendo habitado por aproximadamente, 144 milhões de pessoas. A maioria da

população (70%) é composta por ameríndios e mestiços, conseqüência da miscigenação entre o

índio (população nativa) e o branco (colonizador europeu).

O clima na América Andina varia de acordo com a proximidade da Cordilheira dos

Andes. No sentido norte-sul, os climas registrados são: equatorial, tropical, desértico (sul do

Peru e norte do Chile), mediterrâneo e temperado (diminuindo as temperaturas em direção ao

sul do Chile).

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A produção agrícola e extrativista são as principais atividades econômicas dos países

andinos, sendo responsáveis pela absorção da mão de obra de grande parcela da população. A

atividade pesqueira no Peru destaca-se em virtude de o mesmo ser considerado um dos maiores

produtores de pescado do mundo.

O Chile é grande produtor de cobre. A Venezuela, por sua vez, apresenta grandes

reservas de petróleo, sendo grande produtora e exportadora do produto, cuja nação integra a

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O Equador também é grande

produtor de petróleo, no entanto, não integra a OPEP. Na Bolívia, destaca-se a exploração de

estanho e gás natural.

Um aspecto negativo é que a Colômbia, a Bolívia e o Peru são um dos três maiores

produtores mundiais de cocaína.

O setor industrial é pouco desenvolvido, sendo que o Chile é o principal representante

desse segmento da economia. A indústria na América Andina fundamenta-se nos produtos

têxteis, alimentícios, metalurgia, de bebidas e produtos agrícolas.

A Comunidade Andina é um bloco econômico formado por países da América Andina.

Sua criação teve como principal objetivo, o fortalecimento econômico dos países membros,

tendo como principais integrantes: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. O Chile integrou o bloco

entre os anos de 1969-1976, e a Venezuela foi país membro entre os anos de 1973-2006.

EXERCÍCIOS

1-Como é dividido o Brasil Geopoliticamente?

2- Como é dividido o Brasil Geoeconomicamente?

3- Porque a Região sudeste brasileira é a mais desenvolvida e Industrializada?

Comente:

4- Como todos sabemos, o Nordeste é a Região menos favorecida

economicamente no Brasil, qual o ponto forte na Economia Nordestina?

5- O Nordeste é dividido em 4 sub-regiões. Cite-as:

6-Quais os Estados que compõem a região sudeste brasileira, que é considerada

a mais rica e desenvolvida?

7-Quais as principais cidades da região sudeste?

8- Qual a maior Usina Hidroelétrica brasileira e também do mundo?

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9-Sabemos que as fontes de energia são variadas, cite ás principais usadas no

Brasil:

10- Defina o que significa IBGE:

11- Qual a Região Brasileira com o maior número de Estados?

12-Cite os 4 principais Portos de importação e Exportação do Brasil e que são

mais conhecidos na nossa região:

13- Hoje para os Países concorrer no Mercado Internacional é preciso formar

Blocos, para serem mais fortes, e manter políticas ambientais. Qual o principal Bloco

formado aqui na América do Sul e quais os países que o Compõem?

14-Qual o País que permanece como observador do MERCOSUL, mas ainda

não faz parte?

15-Qual o último continente encontrado pela humanidade, e qual a expectativa

econômica deste Continente?

16-Quais as partes continentais conhecidas como Velho Mundo?

17-Qual o Continente de maior Extensão no Mundo?

18-Qual o único país americano que fala a língua portuguesa?

19-Qual a língua predominante falada pelos países vizinho do Brasil?

20-Quantos Continentes que compõem o mundo?