apostila da 3ª oficina de discipulado da igreja assembleia de deus de joinville

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Palestras sobre o desenvolvimento do Ministério de Discipulado na Igreja www.discipulado.adjoinville.org.br [email protected] IEADJO Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Joinville/SC Palestras sobre o desenvolvimento do Ministério de Discipulado na Igreja 3ª OFICINA Palestras sobre o desenvolvimento do Ministério de Discipulado na Igreja

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Page 1: Apostila da 3ª Oficina de Discipulado da Igreja Assembleia de Deus de Joinville

Palestras sobre o desenvolvimento do

Ministério de Discipulado na Igreja

[email protected]

IEADJO

Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Joinville/SC

Palestras sobre o desenvolvimento do

Ministério de Discipulado na Igreja

3ª OFICINA

Palestras sobre o desenvolvimento do

Ministério de Discipulado na Igreja

Page 2: Apostila da 3ª Oficina de Discipulado da Igreja Assembleia de Deus de Joinville

IEADJO

Todos os direitos em língua portuguesa reservados para:

Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Joinville

Departamento de Evangelismo e Discipulado

Contatos do Departamento de Evangelismo e Discipulado:

Site: www.discipulado.adjoinville.org.br

e-mail: [email protected]

twitter: @dptodiscipulado

msn: [email protected]

Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 463 – Bucarein

Caixa Postal 86 - CEP 89202-001 – JOINVILLE – SC

Telefone: (47) 3026-4093

Apostila: 1ª Oficina de Discipulado®

Organização: Ev. Joary Jossué Carlesso

Elaboração: Equipe de Discipulado da AD Joinville

Capa: Liliany Carlesso

Diagramação: Pb. Adilson Carlin

Contracapa: Pb. Edson Ribeiro

Impressão: News Print Gráfica e Editora Ltda.

Joinville- SC - Ano 2013

Presidente da Igreja para o Campo de Joinville – SC

Pr. Sérgio Melfior

Coordenação Geral dos Grupos de Discipulado

1º Coordenador: Ev. Joary Jossué Carlesso

2º Coordenador: Ev. Cássio Rodrigo Ruthes

3º Coordenador: Dc. Marco Aurélio Bittencourt

Page 3: Apostila da 3ª Oficina de Discipulado da Igreja Assembleia de Deus de Joinville

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SUMÁRIO

É teMpO de MISSõeS URbanaSPr. Sérgio Melfior ..................................................................................................05

a IMpORtâncIa dO dIScIpUladO paRa a IgReja hOjeJoary Jossué Carlesso .........................................................................................08

entendendO OS pRIncípIOS fUndaMentaIS de aUtORIdade elIdeRança nO dIScIpUladOMarco Aurélio Bittencourt de Oliveira ....................................................................13

a IMpORtâncIa da lIdeRança paRa O fORtalecIMentO dO dIScIpUladOJoão Germano .....................................................................................................17

caSaIS RealIzandO O dIScIpUladOUziel Nunes de Oliveira .........................................................................................24

RealIzandO O dIScIpUladO atRavÉS da eScOla bíblIca dOMInIcalAgnaldo Luis Pereira ............................................................................................28

cOMO IMplantaR gRUpOS de lOUvOR cOM nOvOS cOnveRtIdOSJosé Simões ........................................................................................................34

eSbOçO 1 - a IMpORtâncIa dO dIScIpUladOCida Ferreira ........................................................................................................39

eSbOçO 2 - neceSSIdadeS IndISpenSÁveIS de UM dIScípUlO de cRIStOGuiomar Conceição ..............................................................................................40

eSbOçO 3 - ÊUtIcO: UMa lIçãO de dIScIpUladO da alMa!Antônio Lemos Filho ............................................................................................42

ccadIS - curso de capacitação e aperfeiçoamento de discipuladores ................... 45

caRta de UM nOvO cOnveRtIdO .....................................................................51

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dIRetORIa dO depaRtaMentO de evangelISMO e dIScIpUladO

Pastor Presidente: Pr. Sérgio Melfior1º Vice-Presidente: Pr. Natanael Melo2º Vice-Presidente: Pr. Ademircio dos Santos3º Vice-Presidente: Pr. Sérgio Salvador

1º Coordenador: Ev. Joary Jossué Carlesso2º Coordenador: Ev. Cássio Ruthes3º Coordenador: Dc. Marco Aurélio Bittencourt

1º Secretário: Ax. Lucas de Oliveira2º Secretário: Ax. Joelcio Kotviski3º Secretário: Dc. Jander Souza

1º Tesoureiro: Ev. Cássio Ruthes2º Tesoureiro: Pb. Antonio Carlos Kley3º Tesoureiro: Pb. José Amâncio Nunes

Assessorias:Coordenador de Evangelismo: Pb. Anderson Marcelo de SouzaConsultor de Liderança: Ev. Dr. Sandro Nunes VieiraConsultor de Administração: Pb. Joni MedeirosConsultor Teológico: Pr. João GermanoAssessoria Casais: Ev. Dr. Uziel Nunes de OliveiraAssessoria EBD (Sede): Pr. João Batista de Sousa Siqueira Pb. Ernesto Parucker

Designer e Comunicação: Pb. Edson Ribeiro dos Santos Ax. Rodrigo Fragoso

Relações Públicas: Pb. Luiz Antonio Schmidt Dc. Cleomar Nereu Camargo Dc. Valter Lessi Branco Equipe de Apoio:

Pb. Eliezer JustinoPb. Alexandre Martins Dc. Gerson AlexandreDc. Joser CalixtoAx. Gerson DamacenoAx. Mauro PellegriniAx. Guilherme Paradella

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É TEMPO DE MISSÕES URBANASPr. Sérgio Melfior1

1 defInIçõeS

1.1 Missões UrbanasMissões urbanas, como o próprio nome já diz, são as ações evangelísticas

para o cumprimento da missão da Igreja no contexto das cidades. A missão da Igreja está expressa na Grande Comissão.

1.2 grande comissãoA Grande Comissão é a ordem imperativa de Cristo dada a seus discípulos,

registrada nos seguintes textos Bíblicos:Mateus 28.19-20: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-

os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

Marcos 16.15: E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

lucas 24.46-48: E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas.

atos 1.8: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

joão 20.21: Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.

2 a cIdade e a MISSãO URbana

2.1 O desafio das cidadesCada vez mais, as pessoas estão migrando das regiões campestres para as

grandes cidades. Segundo o Censo do IBGE os brasileiros que vivem em cidades são 84%, e representam 160.879.708 de pessoas. Em 2010, entre os municípios, 67 tinham 100% de sua população vivendo em situação urbana e 775 com mais de 90% nessa situação.

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O grande desafio da Igreja nos tempos de hoje são as cidades. É no ambiente das cidades onde se multiplica a violência e a criminalidade, os bolsões de miséria e os problemas sociais.

Entretanto, as cidades são alvo do grande amor de Deus (Jo. 3.16) e, portanto, uma grande oportunidade para expansão do Reino de Deus. Os evangelhos nos revelam que Jesus andava pregando de cidade em cidade (Lc. 8.1).

2.2 dificuldades na evangelização das cidades

As cidades apresentam dificuldades peculiares para serem alcançadas pelo evangelho. As pessoas não são evangelizadas por vários motivos, entre os principais estão:

a) verticalização excessiva e condomínios fechados, onde dificilmente alguém consegue entrar para pregar o evangelho pessoalmente sem ser convidado;

b) Quantidade de opções de entretenimento (shoppings, estádios, clubes, etc.), que ocupam o tempo livre da maioria dos habitantes, distanciando-os de Deus;

c) grau elevado de materialismo e consumismo. Vivemos na chamada “sociedade do consumo”, que avalia as pessoas pela marca da roupa que vestem e pelo carro ou casa que possuem. O sujeito urbano ocupa cada vez mais seu tempo no trabalho “para comprar o que não precisa, para impressionar quem não conhece, com o dinheiro que não tem”.

d) concentração de igrejas diferentes e movimentos filosóficos. Essa tendência gera muitas dúvidas nas pessoas e contradiz o evangelho.

2.3 Oportunidades nas Missões Urbanas

Não são apenas dificuldades que surgem na Missão realizada nas grandes cidades. Também temos diversas oportunidades para alcançarmos os perdidos nos ambientes urbanos. Dentre as principais oportunidades temos:

a) abertura as mudanças. Cidadãos das cidades tendem a ser menos tradicionalistas do que os campestres.

b) concentração de recursos. As cidades possuem indústrias, comércio e serviços bem desenvolvidos, além de empregos e facilidades de locomoção.

c) potencial para contato relevante com as comunidades em redor. As grandes cidades são polos onde as pessoas de sua região ou estado buscam empregos e melhores condições de vida. Isso também facilita o contato com as comunidades vizinhas.

2.4 O discipulado impactando a cidade

Um bom trabalho de Discipulado realizado em uma cidade pode mudar completamente os rumos da mesma. Um discípulo gera outro discípulo, que tem

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potencial de gerar novos discípulos (2 Tm. 2.2) e assim sucessivamente expandindo grandemente o número dos salvos na cidade.

Temos nosso próprio exemplo, a Assembleia de Deus em Joinville nos últimos dois anos batizou mais de 3.000 pessoas, sem contar centenas que foram discipulados e estão congregando em nossos templos.

Quando lemos Atos dos Apóstolos vemos que o grande discipulador Filipe quando exerceu seu ministério na cidade de Samaria “havia grande alegria naquela cidade” (At. 8.8).

Isso prova que a Missão Urbana, através do Discipulado, tem um potencial explosivo para o cumprimento da Grande Comissão em nossa cidade.

3 MISSõeS URbanaS RealIzadaS pela IgReja eM jOInvIlle

3.1 evangelismo3.2 discipulado 3.3 departamento de Missões Siloé3.4 grupo familiar esperança3.5 alvOleR – alfabetização voluntária ler para crer3.6 encontro com a palavra3.7 depto. UMadjO – grupo estudantil chi-alpha 3.8 gRUMUS – grupo de Missões Urbanas Siloé3.9 ceedUc Social

4 bIblIOgRafIa

INTERNET.<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=420910>LIMA, Elinaldo Renovato de. Missões Urbanas: o preparo. <http://www.vivos.com.br/423.

htm>. Acesso em 08/11/2012.

pr. Sérgio Melfior é Pastor Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Joinville (SC) e Secretário da CIADESCP.

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A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO PARA A IGREJA HOJEJoary Jossué Carlesso1

“Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel.” (Juízes 2.10 - NVI)

I - IntROdUçãO

Ao lermos a Bíblia nos deparamos com o questionamento do Salmista: Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo? (Salmo 11.3). Atualmente, esta questão está amplificada. Vivemos em um mundo conturbado, onde os fundamentos da ética e da moral estão abalados, e porque não dizer, em alguns casos, destruídos.

Neste contexto, como Igreja, o que devemos fazer?

A Igreja não pode ficar apática diante de tudo que acontece no mundo, pois sua missão como sal da terra e luz do mundo é influenciar, modificar o ambiente (Mt. 5.13-16). Só através de verdadeiros discípulos de Jesus, comprometidos em viver integralmente o Evangelho é que a Igreja vencerá toda a corrupção deste mundo atual.

O entendimento que muitos têm é que os cristãos vão à Igreja. As Escrituras nos afirmam que eles são a Igreja (1 Co. 6.19). Onde um cristão verdadeiro estiver presente, ali estará a Igreja. E, o crente, como Igreja, deve sempre estar cumprindo sua missão (Mt. 28.19-20).

Diante disso, fica a pergunta que tenho ouvido de muitos líderes: por que o dIScIpUladO é tão importante?

Bem, vejo que o discipulado é, de longe, a ferramenta mais importante para preparar os crentes para influenciar positivamente este mundo. Não existe outra maneira da Igreja crescer, em quantidade e com qualidade, se não for através Discipulado. É no discipulado que os novos convertidos são orientados para enfrentarem os desafios do presente século e é onde são treinados para o serviço do Mestre.

O Discipulado é extremamente importante para a Igreja hoje. Só através do trabalho do Discipulado é que a Igreja poderá vencer os desafios que nos são apresentados na atualidade.

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II – pRIncIpaIS deSafIOS dO nOSSO teMpO

Como servos de Deus nós enfrentamos desafios nunca antes encarados na história da Igreja, desafios estes que são peculiares da época em que estamos vivendo.

Para mostrar a importância do discipulado hoje, listo alguns dos principais desafios que Igreja enfrenta nos dias atuais.

1. Uma geração que não conhece ao Senhor2

Certo educador cristão disse que esta geração pós-moderna só pensa em três pessoas: “Em primeiro lugar eu, em segundo eu e em terceiro eu”. As pessoas estão cada vez mais individualistas. Assim como nos dias dos Juízes (Jz. 2.10), surgiu uma geração que não conhece o Senhor. Características das pessoas deste tempo:

a) Uma geração desorientada. Eles não querem um mapa: eles precisam de orientação pessoal. Continuamos a lhes oferecer novos mapas – eventos –, quando na verdade eles estão implorando por orientação pessoal.

b) Uma geração temerosa. Quais edifícios essa geração teme? Famílias, instituições políticas e a igreja. Exemplo: até a década de 90, as novelas em que a mãe e o pai trabalhavam juntos a fim de prover um refúgio seguro para seus filhos. Hoje, foram substituídas por outras que mais refletem a vida real (?) onde pessoas moram juntas pela amizade, ou pessoas do mesmo sexo “casadas” e etc. Uma vez que o edifício chamado família desabou, as pessoas sentem medo de voltar para ele. Temos como exemplo nos Estados Unidos o seriado Friends e no Brasil as telenovelas e o seriado Malhação.

c) Uma geração sem identidade. Os jovens, especialmente, buscam identidades na música, no cinema e no esporte e adotam para si.

Esta geração, talvez como nenhuma antes dela, está desesperada por um discipulado. A essência em ser um discípulo está em passar algum tempo com o próprio Mestre. E isto é o que conseguimos como discípulos de Jesus – um convite a sua casa, onde podemos ficar com ele, ouvi-lo, fazer com que ele nos ouça e nos tornarmos seus amigos.

Quando apresentamos este retrato do cristianismo – e não há outro que seja completo ou exato sem o discipulado – estas pessoas desconsertadas e desesperadas anseiam por ser incluídos nesse quadro.

Elas podem estar desnorteadas, mas sabem que a resposta que estão procurando é suficientemente grande para dar-lhes segurança na hora do terremoto.

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2. O desafio da secularização

Segundo R. N. Champlin secularização “vem do latim saeculum, “pertencente a uma era”. Nos círculos religiosos recebe o sentido de “aquilo que pertence ao mundo de nosso tempo”3. Desde a era medieval, este termo foi designado para aquilo que não estava ligado à religião, ou que fosse contrário à própria religiosidade.

A secularização procura tirar da consciência coletiva tudo o que é religioso ou sobrenatural. Para os secularistas apenas aquilo que é material é a verdadeiro. Eles vivem apenas para as necessidades do hoje.

Dentro deste contexto surgem as ideias humanistas, que dizem que é possível fazer o bem sem estar envolvido com Deus, com a Igreja ou com a própria religião. O secularismo exclui Deus do mundo e da vida humana diária. Assim, as pessoas buscam equivocadamente o bem à parte de Deus.

Este é um dos grandes desafios do nosso tempo: uma sociedade que nega a Deus, e que aceita a religiosidade apenas no âmbito pessoal e subjetivo. Se antigamente combatíamos a “religião”, do ponto de vista do catolicismo romano e suas heresias, tínhamos um ponto de partida para iniciar o diálogo e apresentar Jesus. Agora, na era pós-moderna, o desafio da secularização torna-se um grande impedimento, pois o assunto da fé foi relegado ao âmbito particular e cada um segue a sua própria verdade. Certo dia li em uma camiseta a seguinte frase: “não me siga, também estou perdido!”.

O pior é o que secularismo pós-moderno acaba repercutindo na vida de muitos crentes. Certos “cristãos” dos dias atuais tendem a fazer a separação entre o eclesiástico e o secular, entre vida na Igreja e vida privada. E o resultado são pessoas que tem atividades na Igreja, professam o cristianismo, participam da Santa Ceia, mas fora da Igreja praticam coisas que não agradam a Deus, dizendo que na Igreja deve se comportar de um jeito, e na vida secular, de outro.

A causa deste dualismo, desta “bipolaridade espiritual”, é que este problema não foi tratado no início, quando a pessoa se decidiu para Cristo. Neste aspecto, o discipulado vem como uma ferramenta capaz de enfrentar e curar este desvio. A importância do discipulado se dá em preparar o novo convertido para enfrentar a tendência secularizante da sociedade em que ele vive.

Através do Discipulado, o neoconverso vai saber que tudo o que ele fizer deve ser para a glória de Deus (1 Co. 10.31). E onde ele estiver ele deve viver para Deus. Assim, um novo convertido se torna um verdadeiro discípulo de Jesus que assume sua cruz e segue a Cristo (Lc. 9.23). Deus está presente em todas as áreas da vida humana (Sl. 139).

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3. O desafio do pluralismo religioso

Se de um lado enfrentamos o desafio do secularismo, por outro lado enfrentamos o pluralismo religioso. A filosofia do pluralismo religioso diz que devemos tolerar as diferenças, que a espiritualidade é uma coisa boa, mas cada um pode buscar à sua maneira. Fala-se até em “espiritualidades”. É comum hoje no Brasil pessoas que vão, por exemplo, à Igreja Universal às terças para a sessão do descarrego, nas quartas-feiras na reunião de doutrina do espiritismo kardecista, nas quintas-feiras às nossos cultos da vitória, na sexta-feira às encruzilhadas e aos terreiros de macumba, à missa católica aos sábados e para finalizar a semana, nos domingos pela manhã (pasmem!), à nossa Escola Dominical.

As pessoas estão confusas. Está sendo pregado o ecumenismo “cristão” pelo catolicismo. Abrem-se novas Igrejas como se fossem franquias de lanchonetes fast food. Igrejas ditas cristãs são verdadeiras aberrações. Há poucas quadras de minha casa encontro “igrejas” onde jovens entram no templo como pessoas normais e saem tatuados, com piercings e alargadores de orelhas. Em grandes centros se proliferam comunidades “cristãs” para homossexuais... tudo isso é prova que o pluralismo religioso está tomando conta da sociedade. Além disso, Igreja hoje está sendo atacada diuturnamente pelas seitas, heresias e outras religiões.

Como os novos convertidos vão sobreviver a este contexto?

Os novos decididos estarão livres do pluralismo religioso unicamente através de um trabalho sério de integração e discipulado, onde eles sejam orientados através de um ensino sistemático da Palavra de Deus e debaixo da unção divina.

Eles precisam conhecer a Palavra de Deus, que é a fonte para eles beberem. Meu pastor presidente, Sérgio Melfior, usa a seguinte frase: “Evangelizar é dar um copo com água, discipular é mostrar a fonte”. Quanto o novo crente descobrir a fonte (Palavra de Deus) através do discipulado, o assédio de satanás não o fará se perder, pois ele estará “edificado sobre a rocha” (Lc. 6.48).

III – benefícIOS dO dIScIpUladO paRa a IgReja

“A decisão é 5%; o seguimento é 95%” (Billy Graham).

Além da vitória sobre todos os desafios elencados no ponto anterior, existem

outros benefícios para a Igreja no Discipular4:

a) Discipular é uma das maneiras mais estratégicas de se ter um ministério pessoal ilimitado.

Pode ser feito em qualquer tempo e lugar, para qualquer pessoa ou grupo.

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b) Discipular é o mais flexível dos ministérios.

O discipulado é um trabalho com diretrizes, mas de aplicação extremamente flexível.

c) Discipular é a maneira mais rápida e segura de mobilizar todo o corpo de Cristo para evangelizar.

Discipulado se torna tanto o resultado da evangelização, quanto uma forma de realizar a evangelização.

d) Discipular tem um potencial de mais longo alcance para produzir frutos do que qualquer outro ministério.

“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (João 8.31).

e) Discipular propicia à igreja local excelentes líderes.

Líderes maduros, centralizados em Cristo e orientados pela Palavra.

f) Discipular é um antídoto contra as heresias.

g) Discipular acelera o crescimento espiritual de quem discipula e de quem é discipulado.

paRa RefletIR:

“Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus, porque se estribaram no fato de Deus estar com eles”. (Hudson Taylor)

1 Ministro do Evangelho (CIADESCP) e Pastor auxiliar da IEADJO – Sede. Coordenador do Depto. de Evangelismo e Discipulado da AD em Joinville (SC). E-mail: [email protected]

2 BREEN, Mike. KALLESTAD, Walt. Uma Igreja Apaixonante. Rio de Janeiro. CPAD. 2005.

3 CHAMPLIN, Russel Normam & BENTES. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos, 2002. Volume 6. p. 123.

4 MOORE, Wailon B. Multiplicando discípulos - o método neotestamentário para o crescimento da Igreja. Rio de Janeiro: JUERP, 1983. p. 31.

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ENTENDENDO OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUTORIDADE E LIDERANÇA NO DISCIPULADO

Marco Aurélio Bittencourt de Oliveira1

Conceitos de Autoridade TEXTOS BASE: ROMANOS 13:1-7 / 1 TM 2:1-2A Palavra de Deus nos ensina acerca da importância de entendermos os

princípios de Liderança e Autoridade pelo fato de vivermos toda a nossa vida ligada a este tema, pois em algum momento estamos debaixo de alguma autoridade e em outros momentos exercemos a autoridade sobre alguma pessoa ou até mesmo a um grupo de pessoas.

Nos versículos base apresentados encontramos no livro de Romanos que todo e qualquer tipo de autoridade é instituída por Deus e que devemos estar sob as suas orientações e no livro de 1TM encontramos a orientação de que também temos que orar por aqueles que nos governam.

Entretanto devemos compreender que há dois tipos de autoridade:Autoridade Humana: Governantes políticos, militares, líderes empresariais e

corporativos, professores escolares, médicos,....Autoridade Espiritual: Pastor da igreja, obreiros, líderes de departamentos,

professores de cursos de ensino bíblico, discipuladores, entre outros servos no Reino de Deus.

É de fundamental importância que venhamos a entender as diferenças entre os tipos de autoridades apresentadas, pois uma vez instituída por Deus a Autoridade Humana tem que ser bênção na vida do cristão e não fonte de maldição, assim, ela deve ser obedecida de forma condicional, pois de forma alguma esta autoridade deve induzir o crente ao pecado e lhe trazer consequências para lhe tirar da presença gloriosa de Deus. Como exemplo desta situação, mencionamos o livro do profeta Daniel, onde encontramos no capítulo 3 que o povo de Israel estava sob o domínio do rei da Babilônia, e neste período o Rei Nabucodonosor havia construído um monumento de ouro de 27 metros de altura com 2,7 metros de largura e instituiu um decreto de que diante das autoridades humanas e ao som de música todos haveriam de se prostrar para consagrar e adorar aquele monumento, sendo que os que se negassem a cumprir tal ordem estariam sofrendo uma condenação de morte.

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Entendemos pelo relato bíblico que o rei dotado de sua autoridade estava exigindo que o povo de Israel cometesse um pecado de idolatria de caráter coletivo. No entanto somos sabedores que três homens não concordaram com a ordem recebida, pois não aceitavam se prostrar e adorar outro deus a não ser o DEUS de Abraão de Isaque e de Jacó, o Deus Criador. E Deus honrou os três amigos do profeta Daniel, onde encontramos que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, embora condenados ao fogo da fornalha, ora aquecida sete vez mais do que o normal, foram abençoados com a presença do próprio Deus os livrando do fogo ardente e nada lhes aconteceu. Ao contrário, encontramos pelo registro bíblico que o próprio Rei Nabucodonosor foi tocado com o maravilhoso livramento que estes três homens receberam por parte do Senhor.

Em relação à Autoridade Espiritual, a Bíblia nos ensina que devemos obedecer de forma incondicional e com plena submissão. Encontramos na Bíblia a seguinte orientação: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.” (Hebreus 13:17). Neste registro bíblico somos instruídos a ser submissos à nossas Autoridades Espirituais e lembrando que a palavra submissão vem de sujeição, ou seja, mesmo que a nossa opinião ou vontade seja diferente das orientações instituídas pela nossa liderança espiritual, devemos ser obedientes e seguir as suas instruções, pois diferentemente da Autoridade Humana a Autoridade Espiritual foi instituída com o único propósito de ser um canal de benção para a vida do cristão. E é exatamente neste ponto que muitas vezes o crente se perde, pois não é incomum o crente receber uma instrução de sua liderança espiritual e não a cumprir exatamente por não concordar ou até mesmo por não ter entendimento do pleito. Vejamos alguns exemplos bíblicos:

a) A fuga do Egito diante do Mar Vermelho e Deus instruiu o povo a marchar. Êxodo 14:15. Onde a obediência da instrução recebida através de Moisés fez com que o mar se abrisse para o livramento do povo de Israel;

b) A queda do muro de Jericó: em Josué 6:3-5 o líder do povo de Israel recebe uma instrução um pouco incomum e orienta os seus soldados, onde eles deveriam rodear as muralhas por sete dias, sendo uma volta por dia até o sexto dia e no sétimo dariam sete voltas em torno da muralha e finalmente estariam buzinando e gritando e após este procedimento a muralha viria ao chão.

Os dois exemplos acima nos mostram que por mais que sejam atípicas as ordens dadas pelas Autoridades Espirituais. As mesmas ao serem obedecidas resultam em bênçãos, conquistas e vitórias, pois o ato de marchar diante da proximidade de uma morte eminente e caminhar cerca de 32 km por dia durante seis dias e 225 km no sétimo dia, são instruções difíceis de serem compreendidas, mas obedecê-las foram decisivas para o sucesso do povo de Deus daquela época.

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Temas correlatos acerca aos princípios de Autoridade- A origem de Satanás através da usurpação da autoridade de Deus - Isaias

14:12-15 / Ezequiel 28:13-17- A queda do homem no Jardim do Éden – Gn. 3: 1-4 - O que é submissão e sua importância no Reino de Deus? I Cor 16:16- Como vencer o espírito de rebelião? Num 16 1-50- Formas de manifestação da rebelião no homem: a) Através dos pensamentos; b) Através das razões; c) Através das palavras.

Jesus Cristo - O nosso maior exemplo de submissão e obediência textos base: fp 2:5-11, hb 5:7-9 Lembrando que Jesus Cristo nos deu o maior de todos os exemplos de

obediência e submissão ... “E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero,mas como tu queres”. Mateus 26:39

conceitos de liderançatextos base: Romanos 1:11-12 / 1 tessalonicenses 1:8 A liderança começa com uma visão, o comprometimento com esta visão

é uma missão, que é então cumprida pelo estabelecimento de certas metas. No entanto, o líder não faz isso sozinho. Assim, sua tarefa é comunicar a visão, a missão e as metas aos seus seguidores, fazendo com que eles os ajudem no cumprimento.

Pode-se fazer a seguinte pergunta: O que é mais fácil do que comunicar? Embora façamos isso diariamente, devemos entender que se comunicar não é apenas realizar uma repetição de palavras, a comunicação é o modo pelo qual o líder unifica e dirige o grupo.

É importante que o líder aprenda a se comunicar eficientemente, assim poderá exercer eficientemente seu potencia de liderança.

Vejamos abaixo algumas regras para exercício da boa comunicação no exercício da liderança.

1) A comunicação eficiente promove a integração do grupo;2) A comunicação eficiente proporciona informar os objetivos;3) A comunicação eficiente faz bom uso da liberdade de expressão;4) A comunicação eficiente transmite com fidelidade os ideais;5) A comunicação eficiente acontece quando conhecemos bem o receptor;

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É necessário que o líder defina metas para levar seus liderados à execução, vejamos alguns procedimentos para que isso aconteça com maior facilidade:

- COMOÇÃO; - CONVENCIMENTO; - SATISFAÇÃO; - ATIVAÇÃO.

Relacionamos 10 importantes procedimentos para o exercício da boa liderança: 1) Alcançar a totalidade do grupo; 2) Não julgar pela aparência exterior; 3) Evitar pôr as críticas em evidência; 4) Entender o tempo certo para a abordagem; 5) Não se abater com os atos dos desleais; 6) Nunca tentar ter sucesso sozinho; 7) Acreditar naquilo que está sendo transmitindo; 8) Apresentar os benefícios; 9) Entender o poder da palavra e poder do silêncio; 10) Evitar confrontos desnecessários.

1 Marco aurelio bittencourt de Oliveira é Diácono da Igreja, 3º Coordenador Departamento de Discipulado Líder do Discipulado da IEADJO - Templo Sede. E-mail: [email protected]

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A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA PARA O FORTALECIMENTO DO DISCIPULADO

João Germano 1

“O discipulado é comprometimento com Cristo; por existir Cristo, tem que haver discipulado”. (Dietrich Bonhoeffer)

IntROdUçãO

A Igreja hoje enfrenta um mundo pós-moderno que é influenciado por suas tendências globalizadas. É neste cenário influenciado pelo “relativismo e o sincretismo religioso”, que a Igreja necessita de lideranças compromissadas e voltadas para o ide de Cristo. Os problemas enfrentados no presente século, apesar de parecidos, não são os mesmos que os líderes da Igreja Primitiva enfrentaram. Entretanto, o servo chamado por Deus para trabalhar em sua seara, lida atualmente com o drástico avanço tecnológico e o sincretismo de costumes religiosos. Desta forma, o trabalhador cristão deve está convicto do seu chamado, ciente de suas responsabilidades e atribuições.

“Nunca antes uma sociedade se tornou tão permissiva, tão deslocada e desunida, tão incapaz de manter a ordem, a estabilidade e o equilíbrio”. (Mike Breen e Walt Kallestad)

Segundo o Pr. Marcos Tuler: “o educador cristão precisa conscientizar-se de que estamos vivendo em uma época de revolução de conceitos, idéias, princípios, juízos e valores; de mudanças tão profundas e de proporções tão amplas que nem sequer podemos mensurá-la.” (Tuler, Marcos. Art. Chamada para o ensino e o desafio da globalização – www.cpad.com.br).

De quem é a responsabilidade de conscientização e ação no tocante ao discipulado na igreja? De ninguém mais a não ser dos líderes. São eles, semelhantemente a Jesus, quem devem planejar, e colocar em prática o discipulado na igreja. Eles devem ensinar sobre o assunto à luz da Bíblia para toda a congregação, devem treinar discipuladores e eles mesmos devem ser discipuladores. Sabemos

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que dependendo do tamanho da igreja, essa tarefa para o pastor pode ser mais facilitada ou não. O que não se pode aceitar é uma congregação que não possua um processo discipulatório. Um pastor que não se interesse pelo crescimento em Cristo de seus irmãos, que não os procure, que não se importe com isso, que fique apenas nas teorizações, não é um pastor que apascenta o rebanho de Cristo com conhecimento e com inteligência. (Jr 3.15).

“É certo que não são muitos os chamados a pastorear uma grande congregação ou mesmo ensinar numa classe, mas todos são chamados a participar na tarefa de fazer discípulo”. (Robert E. Coleman)

“Um discípulo maduro tem de ensinar outros cristãos como viver uma vida que agrade a Deus, equipando-os a treinar outros para que ensinem outros”. (Keith Phillips)

“Todos entram sozinhos no discipulado, mas ninguém fica sozinho nele” (Dietrich Bonhoeffer) Pare um momento para examinar sua vida. Existe alguma pessoa hoje

andando com Deus e investindo em outros a plenitude de vida que tem em Cristo como resultado do ministério em que você tem servido? Um homem? Uma mulher? Se a resposta for não, a pergunta seguinte é: você tem dado fruto?

Talvez você frequente fielmente uma igreja, cante no coro, seja diácono, apoie um grupo jovem, sirva como presbítero ou seja até mesmo pastor. Talvez você testemunhe todos os dias ou ensine em grupos de estudo bíblico. São atividades recomendáveis, mas não chegam a cumprir o seu alto chamado de fazer discípulos.

“A atividade não substitui a obediência; o viver ocupado não pode tomar o lugar da reprodução”.

(Keith Phillips)

MOdelO QUatRO geRaçõeS (II Tm 2.2.)1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração

paulo timóteo homens fiéis Outros...

I. cOnteXtO bíblIcO nO antIgO teStaMentO

O trabalhador cristão, compreendido entre pastores, obreiros, líderes, e demais servos da ceara, figuram na Bíblia desde os tempos antigos. Na condução do povo Israelita à terra prometida, Moisés, nomeou um sucessor. Contudo, primeiro foi necessário e imprecindível ensinar e discipular aquele que lhe substituiria

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na missão de conduzir o povo, haja vista, que tal missão exigia conhecimento, experiência e preparo. Moisés foi um exemplo de líder e discipulador, demonstrando suas habilidades, na condução do povo no deserto e no preparo de Josué para ser o seu sucessor.

a - Metodologia de Moisés

Na época dos fatos narrados no Antigo Testamento, não havia tecnologia a disposição do ensino e discipulado. Diante desta situação, Moisés, orientado por Deus, preparou Josué das seguintes maneiras:

· Foi ensinado e discipulado desde a sua adolescência; · Discipulado pelo próprio exemplo de vida de Moisés; · Institui Josué como servo seu; · Treinou Josué nas próprias batalhas de guerra; · Instruiu Josué com base nas orientações oriundas de Deus;

Não obstante, o líder é tido pelos seus liderados como um exemplo a ser seguido. Desta forma, é possível compreender que a saúde espiritual de determinado departamento da Igreja, está estritamente interligado com a forma no qual está sendo conduzido.

O Pr. Marcos Tuler é categórico ao afirmar: “os alunos podem se esquecer das lições de seus mestres, mas, dificilmente da pessoa que eles representam. Afinal, os melhores professores ensinam as lições da própria vida.” (Tuler, Marcos. Art. Competências Imprescindíveis ao ensino na escola dominical - www.cpad.com. br).

II. cOnteXtO bíblIcO nO nOvO teStaMentO

Em o Novo Testamento, temos Jesus, como o maior ensinador e discipulador da história, tornando-se o maior exemplo de servo de Deus, enquanto executava o projeto divino na terra. Mateus, um ex-coletor de impostos do governo romano, escreveu em seu livro, no capítulo 28, versículos 18-20 a ordenança deixada por Jesus, a qual diz: “Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. E certamente estou convosco todos os dias, até à consumação do século”.

Aqui, recai sobre os ombros do trabalhador cristão (obreiro-líder), uma responsabilidade muito grande. Jesus estava determinando que os seus discípulos ensinassem aos novos cristãos, todas as coisas que Ele os havia ensinado, ou seja,

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os discípulos possuíam a responsabilidade de ensinar as mesmas coisas que haviam aprendido. A inobservância desse preceito bíblico causa sérias consequências para a Igreja, como por exemplo, um crescimento aquém do esperado e a consequente fraqueza espiritual dos membros do corpo.

“A obediência é o primeiro distintivo do discípulo”. (Keith Phillips)

III. MetOdOlOgIa de jeSUS

a - jesus ensinava por meio de parábolas.

Ele sabia que cada pessoa só poderia compreender as coisas a parti da sua perspectiva pessoal. Por isso Ele ensinou por parábolas, que por sua vez, é uma história que ajuda a compreender a realidade. No livro de Marcos, no capítulo 4, versículo 34 assevera: “Sem parábolas não lhes falava. Mas tudo explicava em particular aos discípulos.”

b – jesus ensinava através do próprio testemunho de vida.

Jesus possuía uma reputação ilibada, não tinha do que se envergonhar. O seu exemplo de vida, determinava e moldava o perfil dos seus discípulos. Ele influenciava profundamente o meio em que vivia. O verdadeiro líder influencia os seus liderados com o seu próprio testemunho, sendo em algumas vezes, uma referência pessoal para o liderado. Segundo Keith Phillips: “O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo que o aluno é capaz de treinar outros para que ensinem outros”. (Keith Phillips)

c – jesus estava com os discípulos diariamente.

Jesus acompanhava os passos dos seus discípulos, pois sabia dos perigos que os rodeavam, afinal, o inimigo vive ao derredor do cristão, bramindo como um leão, buscando a quem possa tragar.

d – jesus entendia as diferenças de cada discípulo.

Jesus era um líder nato e por excelência. Ele sabia lidar com cada um dos seus liderados. Outrossim, o Mestre lidava com discípulos de categorias sociais totalmente diferentes.

Iv. O dIScIpUladOR e O ObReIRO na bíblIa

Após o revestimento de poder, os discípulos estavam definitivamente dispostos a exercer o ministério do discipulado. Em Atos 5:42 a Bíblia diz: “E

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todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” O exercício da atividade discipuladora requer dedicação e disposição. Quando os apóstolos começaram a realizar o ide de Cristo, a atividade era executada diariamente e de casa em casa, pois todas as famílias precisavam ser alcançadas pelo evangelho.

a - conceito de discipulador

Segundo o Pr. Aziel Caetano da Silva, “o discipulador é alguém que além de informar, também coopera na formação espiritual do seu aprendiz, tornando-se referência para o discípulo. Podemos entender por discipulador também, o agente cristão guiado por Deus, para orientar os novos convertidos em sua nova caminhada.” (Silva, Aziel Caetano da. - Curso para discipuladores – Esboço de discipulado)

b - conceito de discipulado

Na visão de David Kornfield, “discipulado é uma relação comprometida e pessoal, onde um discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se mais dEle e assim reproduzirem” (David Kornfield, Série Grupos de Discipulado (São Paulo, Editora SEPAL, 1994), vol. 1, p. 6).

“Discípulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu mestre com a finalidade de ensinar outros”. (Keith Phillips)

v. a IMpORtâncIa dO dIScIpUladO na IgReja

“Cristianismo sem Jesus Cristo vivo, permanece necessariamente um cristianismo sem discipulado; e cristianismo sem discipulado é sempre cristianismo sem Jesus Cristo; é uma ideia, um mito”.

(Dietrich Bonhoeffer)

“Quando a igreja exala discípulos, inala convertidos” (Waylon B. Moore)

Através do discipulado, a igreja como corpo de Cristo, consegue se desenvolver com qualidade e consistência, gerando novos talentos que substituirão as gerações transitórias. “...o discípulado é a única maneira de evitar má nutrição espiritual e a fraqueza dos filhos espirituais pelos quais sou responsável. É o único método que produzirá cristãos maduros e capazes de reverter a deterioração física e espiritual...”. (Keith Phillips)

Segundo o Pr. Ewerton Barcelos, “através do discipulado, se prepara discípulos para um envolvimento nos ministérios e departamentos da igreja, proporcionando um fortalecimento qualitativo, que resultará naturalmente na multiplicação de outros discípulos.”

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Uma igreja sem um bom corpo de líderes e discipuladores não conseguirá subsistir ao longo dos anos, haja vista que um trabalho realizado aleatoriamente e sem propriedade não levará a resultados satisfatórios.

vI. benefícIOS dO dIScIpUladO

“Discipular é a maneira mais rápida e mais segura de mobilizar todo o corpo de Cristo para evangelizar”. (Waylon B. Moore)

Quando a igreja possui um corpo de obreiros comprometidos com o Discipulado, que buscam exercer as suas funções com base nas Escrituras Sagradas, dedicando o tempo hábil para o bom desempenho da sua atividade, alcança-se os seguintes benefícios:

a - a base da Igreja é constituída na palavra de deus;b - O entendimento espiritual dos crentes cresce gradativamente;c - não há dificuldade em compreender os costumes e a doutrina da Igreja;d - a Igreja cresce com qualidade; “O discipulado é o único meio de produzir tanto a quantidade como a

qualidade que Deus deseja dos cristãos”. (Keith Phillips)e - posteriormente, cada crente começa a produzir frutos. “O discipulador sabe que a responsabilidade continua até que seu discípulo

chegue à maturidade espiritual, à capacidade de reproduzir”. (Keith Phillips)“Não há chamado mais alto, comissão mais clara no Novo Testamento do

que a ordem de reproduzir em outros o caráter que o Espírito de Deus criou em você. Cristo espera que cada cristão produza fruto espiritual”. (Keith Phillips)

vII. pRejUízOS pOR falta dO dIScIpUladO

Caso a igreja não se preocupe com a formação de pessoas para o discipulado, consequentemente não haverá crescimento e desenvolvimento desta. As consequências são as seguintes:

a - não há uma construção de uma base espiritual bem edificada;b – encontra-se dificuldade em compreender e praticar os costumes e a

doutrina da Igreja;c - a Igreja não cresce com qualidade;d - não é regra, mas na maioria das vezes, não produz bons frutos;e - não é regra, mas em muitos casos, o novo convertido não consegue

permanecer firme no caminho do Senhor.

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vIII. dIfeRencIaçãO de ObReIRO nãO dIScIpUladOR e ObReIRO dIScIpUladOR

ObReIRO nãO dIScIpUladOR ObReIRO dIScIpUladOREnsina por conceitos; Ensina por conceitos e através da própria vida;Aponta os caminhos; Conduz ao longo do caminho;Forma mais um crente; Forma um discípulo;Quase não visita; Visita constantemente;Promove o desenvolvimento intelectual;

Promove o amadurecimento espiritual;

Relação coletiva com as pessoas; Relação pessoal com o discipulando;Não acompanha o desenvolvimento espiritual.

Acompanha o desenvolvimento espiritual do discipulando.

bIblIOgRafIa

INTERNET. http://estudos.gospelmais.com.br/ Os desafios de um discipulador e professor.

CHAMPLIN, R. N.e BENTES, J. M. enciclopédia de bíblia, teologia e filosofia. Volume 02. São Paulo: Candeia, 1995.

BONHOEFFER, Dietrich. discipulado - São Leopoldo: Editora Sinodal, 2004

BREEN, Mike. KALLESTAD, Walt. Uma Igreja apaixonante. Rio de Janeiro. CPAD. 2005.

PHILLIPS, Keith. a formação de Um discípulo. São Paulo. Editora Vida, 2005.

MOORE, Waylon B. Multiplicando discípulos – Rio de Janeiro. Juerp, 1993.

1 pr. joão germano é Pastor Auxiliar e Distrital do Distrito 13 - Costa e Silva Co-Fundador da Escola Teológica de Francisco Beltrão/PR, Co-Fundador da ETEPH (Escola Teológica de Palhoça/SC), Palestrante e Consultor Teológico do Departamento de Discipulado e-mail: [email protected] – (47) 9927-8589

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CASAIS REALIZANDO O DISCIPULADOUziel Nunes de Oliveira 1

Texto base: Evangelho de João 21.23 e 24.

IntROdUçãO

No Evangelho de João encontramos o Verbo vindo habitar entre os homens, mostrando Sua glória, para mostrar a Luz da Vida e transformar homens em Filhos de Deus. No momento oportuno Deus se fez carne para discipular. Deixou sua glória e rebaixou-se para fazer-se entender pelos símplices, pelos pobres, pelos desafortunados e chamá-los bem aventurados. As pessoas e os professores de religião estavam fazendo confusão com os ensinos trazidos por Moisés. Houve necessidade de uma explicação minuciosa do propósito de Deus para as pessoas. Somente um estudo bíblico e orientações pessoais poderiam implantar no coração das pessoas o Amor de Deus, revelado em Jesus Cristo. Então, a Expressão única de Deus, que existe no coração do Pai, se revelou, com clareza do Dia.

Os demais evangelhos mostram Jesus dirigindo-se às multidões. Reuniões, estudos, sermões e mensagens dirigidas a muitos. Já no Evangelho de João houve uma seleção de acontecimentos especiais, únicos, individuais. Um discipulado particular, com efeito imediato no crescimento da propagação da mensagem. No capítulo 6 de João percebemos Jesus deixando claro para a multidão que o ensino de Deus é pessoal e que Deus os traz a Ele para ser ensinado pessoalmente.

Havia uma resistência de Jesus pelas multidões, pois os conhecia e sabia que não podiam confiar neles (Jo 2.23-25; 6-61-69; 7.30-31, 40-44; 8.31-59; 12.42-43). Daí o evangelista, como discípulo, resolver escrever e registrar parte do grande ministério de discipulado individual de Cristo.

1) chamando individualmente - primeiros discípulos - evangelho de joão, capítulo 1.

Ao ler os demais evangelhos fcamos impressionados com os chamados dos apóstolos. Ao convite de Jesus eles largaram as redes, a repartição pública e suas atividades. Mas é no evangelho de João que percebemos que eles o assim fizeram vez que foram discipulados antes. Foi entre os discípulos que Jesus chamou os apóstolos.

Os dois primeiros seguidores de Jesus (sendo André um deles) foram convidados por Jesus a vir e ver e então começaram a ser ensinados. A primeira

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coisa que André fez depois de começar a seguir a Jesus foi procurar seu irmão Simão com a mensagem: Encontramos o Messias. E imediatamente o levou até Jesus.

Felipe foi outro discípulo que foi impressionado pelo ensino particular de Jesus e, tendo encontrado Natanael, passou a propagar: “Encontramos aquele a respeito de quem Moisés escreveu, o anunciado pelos profetas, Jesus filho de José, o Nazareno. Terminou com o convite: venha, veja você mesmo.

Esta é a primeira função do discipulado: Mostrar quem é o Jesus da Bíblia e convidar as pessoas para ver por elas mesmas.

2) palestra particular noturna - nicodemos - evangelho de joão, capítulo 3.Nicodemos era um destacado líder entre os Judeus. Ficou impressionado

com os sinais divinos de Jesus e conclui que Jesus era Mestre e que Deus estava com Ele. Mas isso ainda era parte da verdade. Foi numa palestra particular e noturna, tarde da noite, que descobriu toda Verdade.

Nicodemos era considerado sábio e mestre, mas o ensino particular de Jesus demonstrou que ele não sabia o básico. Jesus explicou com autoridade pois conhecia por experiência. O testemunho de Jesus não era baseado em boatos mas em coisas que ele mesmo viu, com seus próprios olhos.

Nicodemos tinha muitas perguntas e as resposta a elas trouxe um dos ensinos mais profundos de Jesus a respeito do amor de Deus e da salvação disponibilizada aos homens. Na sequência da história da Bíblia percebemos a profunda impressão que Jesus deixou neste discípulo secreto (Jo 7.50-53 e 19.39-42).

Esta é uma das vantagens do discipulado: Ensinar aquele que conhece parcialmente a verdade, no horário em que for mais conveniente ao aprendiz.

3) palestra pública na hora do almoço - Samaritana - evangelho de joão, capítulo 4.

A mulher de Sicar, uma samaritana, fazia parte de uma religião cheia de elementos falsos. Havia dúvida em seu coração sobre a verdadeira adoração. Sua vida pessoal era uma lástima e talvez por isso foi buscar água no maior calor do dia.

Jesus estava sentado na beira do poço, sozinho, quando houve aquele encontro. Começou com elementos conhecidos da mulher e foi progredindo no seu ensino, até revelar toda a verdade. A resistência inicial da mulher foi se abrandando e Jesus revelou-se a ela (o que raramente fez) como Messias e a fez conhecer a água da vida.

A verdade a respeito de Deus e da sua adoração foi revelada a uma pessoa aparentemente sem expressão, mas foi ela quem possibilitou a chegada do tempo de colheita para os Samaritanos de Sicar. O discipulado para Jesus era a comida que

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ele mais apreciava. Não se importava com o resto. Muitos daquela cidade passaram a crer nEle, não só pelo testemunho da mulher, mas pelo que ouviram em dois dias de ensinamento e concluíram: Ele é o Salvador do Mundo.

Este a finalidade do discipulado: transformar seguidores em mensageiros.

4) palestra particular a discipuladores - cenáculo - evangelho de joão, capítulos 13 a 14

Na véspera do seu sacrifício, Jesus reuniu seus apóstolos para lhes ensinar a ser discipuladores. Na hora eles não entenderam o que Ele estava fazendo, mas depois tudo ficou claro. Através do lavar dos pés, Jesus ensinou sobre humildade e santidade, estabelecendo um novo padrão para o discipulado.

Jesus deu a eles um novo mandamento: “Amem uns aos outros”, concluindo que, dessa maneira, “todos irão reconhecer que vocês são meus discípulos, quando eles virem o amor que vocês tem uns pelos outros.” Deu-lhes a esperança de um novo e espaçoso lugar, onde se chegará pelo novo e vivo caminho (Jesus), um caminho onde o discípulo é convidado a fazer obras maiores do que Jesus, pois Ele deu o privilégio de fazer a mesma obra que Ele realizou. Para tanto, para o discipulado, Jesus vai atender todos os nossos pedidos.

Aos discipuladores foi garantido o envio do Espírito Santo. “O Amigo, o Espírito Santo que o Pai enviará, a meu pedido, irá esclarecer tudo para vocês. ele vai lembrá-los de todas as coisas que ouviram de mim. Eu vou, mas o deixarem com assistência plena. É meu presente de despedida para vocês.”

Este é o poder do discipulado: transformar a vida do discipulador.

5) Mostrando a glória de cristo no casamento - caná da galiléiaÉ emblemático que o primeiro sinal do ministério de Jesus foi num casamento

em Caná da Galiléia, sendo o primeiro vislumbre de sua glória. E seus discípulos creram nEle. Isto revela que a intenção de Jesus é revelar a sua Glória (aquilo que Ele é) no casamento. Para tanto há necessidade de convidar Jesus para o dentro do lar. O longo período do discipulado de Jesus começou nesta festa de casamento, querendo ele dizer que o melhor ainda está por vir.

Deus sempre demonstrou o propósito especial com o casamento, realizando o primeiro casamento da história, no Jardim do Éden. Foi esta instituição que Deus utilizou com exemplo de relacionamento entre Ele e Israel, qualificando-se como marido da nação. A Bíblia toda condena o adultério e a violação do casamento, de qualquer forma em decorrência da seriedade do união conjugal.

Já no Novo Testamento, para reforçar sua posição, Jesus condenou veementemente o adultério e o divórcio, não deixando margem para dúvidas a respeito. Os apóstolos seguiram seu exemplo e deixaram registrada nas cartas a

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valorização do casamento. Paulo chegou a comparar o relacionamento da Igreja com Cristo como um casamento e vice-versa.

Esta é uma das poderosas ferramentas do discipulado: fortalecer a instituição do casamento.

conclusãoO livro de João pode ser considerado o Evangelho do Discipulado, inclusive

sendo recomendado como primeira leitura do discipulando. Nele percebemos que o discipulado deve envolver os cônjuges, sendo esta uma ferramenta gloriosa para aconselhar enquanto ensina as verdades fundamentais. O discipulador de casais deve estar preparado, além dos recursos teleológicos, com o dom de aconselhamento e orientação. Como base, o discipulador nunca pode esquecer que o relacionamento que ele esta ensinando (entre Cristo e a Igreja) possui os mesmos requisitos e qualidades do casamento.

1 ev. Uziel nunes de Oliveira é Ministro do Evangelho (CIADESCP), Coordenador Geral do Departamento de Casais e Juiz de Direito. E-mail: [email protected]

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REALIZANDO O DISCIPULADO ATRAVÉS DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

Agnaldo Luis Pereira1

1 - dIScIpUladO - UMa fORMa de cReScIMentO dO ReInO de deUS

Um dos principais objetivos da Igreja de Cristo, que é composta por todos aqueles que crêem em Jesus de Nazaré, está em cumprir o Ide do Senhor, descrito em Mt. 28.19,20, que diz: Ide, ensinai todas as nações,batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado! Esse Ide consiste em obedecer ao mandamento divino de ganhar almas. Existem métodos que podemos utilizar para alcançar milhares de pessoas, que muitas vezes, estão mais perto de nós do que pensamos! Entre eles, podemos destacar pelo menos três:

1- Discipular - Uma Ação Emergencial da Igreja 2- Integrar - Abraçar sem Recentimentos 3- Colocar em prática o amor exemplificado na pessoa de Jesus

1.1. O que é discipular? - Discipular significa instruir (lat. instruere - dar instrução ,ensinar, Informar, comprovar com documentos)

Inúmeras pessoas encontram-se como aquele mordomo de Candace, rainha dos etíopes que estava lendo um artigo, mas absolutamente sem entendimento; até que um servo de Deus obediente a voz Deste, “correu “ o alcançou, e o fez entender. Uma vez que ele recebeu as instruções necessárias, tornou-se um novo convertido crescendo em fé pois essa vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17)

Podemos discipular alguém, sem o mesmo (a) ser convertido, porém tudo precisa ser feito com muita sabedoria (se o sal for muito...). Visto que discipular significa instruir, informar e comprovar com documentos, verdades incontestáveis para a obtenção de uma nova vida, regada pela presença de Deus. Podemos alcançar com esses ensinamentos os:

a) não-crentes (Mt. 11.28 - Jesus convida todos os cansados e oprimidos a se chegarem a Ele) - Pessoas em todo o mundo estão vivendo a beira de um colapso, ao ponto de cometerem todo tipo de absurdos.

Pv.24.11 diz: Livra os que estão destinados a morte, e salva os que são levados para a matança, se os puderem retirar! Se ficarmos de braços cruzados,

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essas pessoas poderão ir para o inferno! Que responsabilidade é esta nossa! Já parou para pensar?!

b) afastados (Pv. 14.12 nos lembra que “Há caminhos que para o homem parece direito, mas o fim deles é caminho de morte”), isso fala de ruína, destruição, separação de Deus.

CUIDADO - O pecado é atraente e enche os olhos, por isso que Paulo o apóstolo aconselha em 1Co. 10.12: Aquele que pensa estar em pé, olhe que não caia!

Muitos cederam as investidas do adversário e se distanciaram. Alguns reconhecem que não estavam levando as coisas de Deus a sério, outros acabaram esfriando na fé e pararam ao se espelharem em homens.

Há casos específicos, em que esses afastados foram pessoas magoadas, ofendidas dentro da igreja e por serem sensíveis demais, saíram.

Pv. 12.18 diz que “há alguns cujas palavras são como ponta de espada, mas a língua dos sábios é saúde”.

Pv. 18.19 fala que “o irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; as contendas são como ferrolhos de um palácio”.

ATENÇÃO - Uma palavra ou um gesto, poderá fazer a diferença em muitas vidas! - Pv. 14.33a lembra-nos “No coração do prudente repousa a sabedoria”!

Pv. 25.11 diz que “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo”.

c) Recém-convertidos - Pv. 19.2a - fala que não é bom a alma ficar sem conhecimento! Por isso, a doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte (13.14). Pv. 10.31 nos lembra que a boca do justo produz sabedoria em abundância!

O novo convertido necessita de atenção especial, pois devido a sua escolha, poderá enfrentar oposições no âmbito familiar, no trabalho, no colégio ou na faculdade e na sociedade como um todo. Sem dúvida, precisará de muita orientação! Inúmeras pessoas não conseguem permanecer porque são esquecidas e sentindo-se sozinhas não conseguem enfrentar os conflitos.

1.2. necessidade de promover a IntegraçãoLat. integrare (ato ou processo de integrar, tornar inteiro, incorporar =

ajuntamento recíproco dos membros de um grupo e sua identificação com os interesses e valores do grupo).

Nunca se falou tanto de integração como nos dias atuais, tem até a festa da integração, onde várias etnias se encontram para interagirem entre si. COMO SE PROMOVE ESSA INTEGRAÇÃO? Resposta: criando condições, não somente de chegada, mas também de permanência das pessoas.

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Quatro passos essenciais para a integração:

a) Receptividade - A forma como as pessoas são recebidas, principalmente na Igreja, se torna fator decisivo para que elas possam permanecer. Levando em conta que essa receptividade se inicia com os recepcionistas, que devem ser pessoas espirituais, maduras, dotadas de paciência, sabedoria e que não julgam pela aparência, antes se preocupam com a conversão do povo; além é claro da apresentação sem distinção – discriminação.

b) adaptação - lat. Adaptation - ação ou efeito de adapar -se, processo pelo qual os indivíduos passam a viver em determinados ambientes.

Se o visitante se sentir bem, sendo tratado de forma educada, sem dúvida, aumentará as chances do propósito principal da igreja ser concretizado.

Uma vez devidamente acomodada, a pessoa irá prestar atenção aos louvores e a ministração da Palavra de Deus, que como espada afiada de dois fios, penetra até o ponto de dividir juntas e medulas sendo apta para dicernir os pensamentos e intenções do coração, além de produzir convicção de pecado e produzir fé para salvação.

c) acompanhamento - É o ato ou efeito de acompanhar, que se caracteriza em “fazer companhia ou ir em companhia”, ou seja, não abandonando, nem deixando a pessoa a mercê da sorte.

Quem é o discipulando, ou o novo convertido?Resposta: É alguém que está aprendendo, se desenvolvendo na carreira cristã,

assimilando conhecimento e experiências.Poderá ter dúvidas e bloqueios, sendo necessários os cuidados especiais,

como de um recém-nascido. Entra em cena o email, as visitas, os telefonemas etodos os meios possíveis de aproximação para o vínculo de um relacionamento sadio e proveitoso (Pv.14.21a diz “o que despreza o seu companheiro, peca”!)

O acompanhamento desenvolve seu papel “antes e depois” da conversão.

d) distribuição de funções específicas - Se a pessoa sentir-se amparada, logo irá desenvolver o sentimento de fazer algo também para o reino de Deus. Quando esse sentimento acontece, é porque o Senhor está colocando o desejo de fazer a obra. Nós precisamos ter sabedoria para entender esse negócio.

Quando e como é que percebemos o momento de distribuir determinadas atividades?

Quando a pessoa passa a frequentar as reuniões, mostrando interesse de crescimento no reino de deus e matriculando-se na EBD.

1.3 - colocando em prática o amor exemplificado de jesusDiscipular nada mais é do que colocar em prática os ensinamentos deixados

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pelo Salvador. Quando percebemos que o amor que procedia Dele não era apenas em palavras, mas em ação. Ação que o levou até a cruz, deixando exemplo de amor sacrificial. Quando examinamos a passagem do bom samaritano, vemos os cuidados, a forma de tratamento, o exemplo de cidadania, a atenção especial dada a alguém que era apenas mais uma vítima das circunstâncias desfavoráveis da vida, mas que foi acolhido em tempo hábil.

Nós éramos ou estávamos naquela condição, de roubados e ridicularizados, mas alguém cuidou de nós! Logo, também devemos fazer alguma coisa!

II - eScOla dOMInIcal - aMbIente Onde O dIScIpUladO pROSSegUe na caRReIRa eSpIRItUal cOM ReSUltadOS SIgnIfIcanteS de apRendIzageM cRIStã

A Escola Dominical dá sequência ao trabalho que se iniciou no discipulado, pois ela também evangeliza enquanto ensina, objetivando alcançar crianças, jovens, adultos e a família em geral, com os ensinamentos cristãos que propiciarão raízes, transformando- se naquilo que conhecemos por maturidade cristã.

1.1 - ensino trabalhado na ebd O ensino das doutrinas, das verdades eternas e incontestáveis das Sagradas

Escrituras, através do processo pedagógico semelhante uma escola secular, todavia sem deixar de ser profundamente espiritual.

A escola secular instrui e contribui para a formação do indivíduo e também de bons hábitos, mas não promove a educação do caráter genuinamente cristão. Ela visa com prioridade o intelecto do aluno; já a EBD instrui mediante o ensino da Palavra de Deus.

Na Escola Dominical, todos são beneficiados: as crianças que recebem formação moral e espiritual, os adolescentes e jovens que formam sua personalidade cristã e maturidade, os adultos que recebem renovo no desempenho de uma vida cristã frutífera.

A formação de novos hábitos no novo convertido, são resultados de um caráter ideal modelado pela Palavra de Deus, tendo o professor da Escola Dominical obrigação de auxiliar seus alunos, sejam esses novos convertidos ou não, a viverem uma vida verdadeiramente cristã em inteira consagração à Deus. Muitos obreiros de hoje eram e continuam sendo alunos, ou são frutos da EBD.

Cada aluno, um crente salvoCada salvo, bem treinado,Um obreiro ativo, diligente e dinâmico!

Assim sendo, o novo crente aceita a Jesus, passa pelo discipulado, começa crescer no Senhor, e na Escola Dominical, aprende como ser um crente melhor

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para glorificar o precioso nome de Jesus através de uma vida na presença de Deus!

1.2 - toda Igreja necessita de uma escola dominical Para que possa ser difundido os ensinos sagrados, de forma contínua e

sistemática, pois enquanto ensina, ela prepara os crentes para o trabalho do Senhor, cumprindo assim a missão e vocação de promover o Reino Dele, entre os homens. Assim como ensinar é despertar a mente do aluno promovendo a aprendizagem, ensinar é fazer o aluno pensar e agir por si próprio, sob orientações precisas, que o farão crescer no conhecimento, levando-o a deslumbrar novos horizontes.

a) O aluno aprende: Porque gosta (investiga, mostra interesse). Porque tem motivação (recebe atenção,estímulos). Porque observa atentamente os ensinamentos e os coloca em prática na vida diária. Porque os métodos de ensino são eficazes.

Um bom aluno, cuja origem foi o discipulado, poderá se tornar um excelente professor, e um grande ganhador de almas!

b) O professor será bem sucedido: - Quando conhece o que está ensinando ( Jesus conhecia as Escrituras)- Quando conhece seus alunos ( Jesus conhecia os seus) - Quando descobre as virtudes dos seus alunos (Jesus as via)- Quando não entra na sala com ar de superioridade (se achando o tal)- Quando ensina as verdades de modo simples e claro, (de forma que os mais

simples entendam o que se fala)- Quando seus ensinos condizem com seu modo de vidaNo desempenho do trabalho cristão, é imprescindível que se desenvolva

métodos, caminhos, formas, maneiras para que o alvo seja atingido; se referindo justamente ao principal objetivo da igreja de Cristo, que é ganhar almas e ajudá-las a crescer na graça e no conhecimento de nosso Deus.

1.3 formas de ensino aplicado no Ministério de jesus

Jesus o homem mais sábio que a terra já pôde sentir seus pés sobre ela, ensinava de várias formas, utilizando:

- Métodos audiovisuais (olhai as aves do céu... Mt. 6.26),- Métodos de exposição ou preleção (utilizando verdades absolutas no

sermão da montanha Mt. 5),

- Métodos de perguntas e respostas (que pensais vós de Cristo?! Mt. 22.42-44),

- Métodos de narração (através de parabolas - Lc.15, ovelha perdida)

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- Métodos de leitura (lendo as Escrituras nas sinagogas Lc.4.16)- Método de designar tarefas (distribuição de funções Mt. 17.24-27 )- Método de demonstração (onde ensinava fazendo, foi por isso que disse:

aprendei de mim... Jo.13.15, Mt. 4.19; 6.9; 11.4-5)

III – cOnclUSãO

Tudo o que estava ao seu alcance para o pleno desenvolvimento do ministério, na relevante e difícil missão que lhe estava proposta, no processo de restauração e salvação das ovelhas perdidas, Jesus fez. Mesmo não tendo a tecnologia que temos, oportunidades e condições que estão à disposição de grande parte das pessoas em todo mundo, fez a diferença e revolucionou com um modo de vida simples, mas com uma sabedoria extraordinária, onde pessoas esquecidas, marginalizadas, menosprezadas foram alvos da graça e do amor de Deus vivenciado pelo Senhor e autentificado pelo Espírito Santo.

Discipulado e Escola Dominical nunca poderão andar separados, distantes entre si, pois são a oportunidade para que pessoas tenham possam crescer diante de Deus e dos homens!

1 pr. agnaldo luis pereira, é Pastor Auxiliar no Templo Sede. Graduado em Teologia, Pedagogia,

Especialista em Educação Infantil, Séries Iniciais e Psicopedagogia. Locutor e Repórter (DRT 0002445SC)

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COMO IMPLANTAR GRUPOS DELOUVOR COM NOVOS CONVERTIDOS

José Simões1

Vamos iniciar vendo algumas definições importantes que irão nos auxiliar no desenvolvimento deste estudo:

I – defInIçõeS1. louvorDe acordo com a Bíblia, o louvor está associado com a ideia de agradecimento,

elogio, glorificação, exaltação, por aquilo que Deus faz (fez) em nossa vida ou na dos outros. (Sl. 145:4; Sl. 147:12-13; Is. 25:01; Lc. 19:37), ou seja, nós louvamos a Deus por Suas obras, bênçãos, curas, livramentos, perdão, graça, amor, misericórdia, cuidado, etc. Contudo, o motivo principal do louvor é a Salvação em Cristo.

2. adoraçãoDe acordo com a Bíblia, a adoração está associado com a idéia de culto,

reverência, veneração, por aquilo que Deus é (Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso, etc...). (Sl.96:9; Ap. 4:8-11; Ap. 7:11-12; Ap. 11:16-17), ou seja, independente do que Deus faz, fez ou fará, nós devemos adorá-lo, pois, Ele é Deus.

Tanto o louvor quanto a adoração, devem estar presente em tudo o que fizermos. Eles devem ser manifestados no falar, pensar, vestir, trabalhar, estudar, orar, cantar, etc. Porém, nos cultos da igreja atual, a forma mais popular de louvar e adorar é por meio de cânticos e hinos (Louvor cantado).

3. louvor congregacionalEsta expressão se refere ao louvor cantado, prestado pelas pessoas quando

estão reunidas.

4. MinistérioA palavra ministério vem do grego “diakonia” que significa serviço. Às

vezes a palavra ministério é exemplificada pela palavra grega “doulos” que quer dizer escravos (servos). Independente da forma que a palavra ministério seja exemplificada, ela sempre está associada a serviço. Todos os crentes são chamados para desempenhar algum tipo de ministério (serviço) dentro do corpo de Cristo,

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porém, nem todos executam o mesmo ministério (serviço) (Ef. 4:11-12). Qualquer que seja o tipo de ministério (serviço) que se exerça, ele deve estar intimamente ligado a vocação (talento) para que se obtenha um melhor resultado na sua execução. Todos os ministérios (serviços) são importantes, não existe um ministério (serviço) que seja completo e não precise do outro (1 Co. 12:4-31). Todo ministério (serviço) requer amor, compromisso, dedicação, preparação, santidade, esforço, constância, renúncia e caráter.

5. MinistrarMinistrar significa servir.

6. Ministros de louvorConsiderando que a Ministração (serviço) não é algo realizado individualmente,

podemos considerar então que Ministros de louvor são todos aqueles que estão envolvidos, direta ou indiretamente, na ministração do louvor (instrumentistas, cantores, operadores/montadores de som, operadores de retroprojetor, e outras funções ligadas à área). Ministros de louvor são aqueles que servem a igreja na área de música.

7. levitasOs levitas eram as pessoas que pertenciam a tribo de Levi. A tribo de Levi

foi separada exclusivamente para o serviço do Senhor (Dt. 18:5). Os levitas eram encarregados pela guarda (Nm 1:53), pela administração (Nm 1:50) e pelo cuidado do tabernáculo bem como por todos os utensílios da tenda da congregação (Nm 1:50). Eles também tinham como função ministrar (servir) todo o povo de Israel (Nm 3:7-8). No reinado de Davi, os levitas foram designados para dirigir o canto e para utilizarem instrumentos musicais na casa do Senhor para louva-lo e adora-lo (1 Cr. 6:31-32, 1 Cr. 15:16).

8. MúsicaA música é considerada uma arte funcional, isto é, uma arte que tem uma

finalidade prática e importante: servir de veículo de expressões humanas. A música é usada para anunciar produtos (comércio), revelar emoções (alegria, romantismo, etc.) e outras ações de comunicação, porém, a função mais importante da música em qualquer cultura (sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos, sociais ou religiosos. Em nosso caso, não podemos ignorar o poder da música na transmissão e consolidação de mensagens durante os cultos, encontros, acampamentos, etc., pois, ela reforça e facilita a memorização das mensagens. Além do mais, a música torna muito agradável a maneira de expressarmos o nosso louvor e a nossa adoração a Deus. A música na igreja também dever ser encarada como arte funcional e julgada pela maneira como ela cumpre ou não a sua melhor função.

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A música na igreja deve ser uma arte dedicada ao serviço de Deus, à edificação da igreja e ao louvor e a adoração ao Senhor.

9. O grupo de louvorFormado por músicos e cantores cristãos (ministros de louvor), o grupo de

louvor é, antes de tudo, um ministério (serviço) dedicado ao louvor e a adoração a Deus, ou seja, sua função principal é louvar e a adorar a Deus através de música e canto. Porém, além de tocar e cantar ao Senhor, o grupo de louvor tem a tarefa de conduzir a igreja a louvar e a adorar a Deus.

Para conduzir o povo a louvar e a adorar é necessário em primeiro lugar ter chamado e dom para desempenhar esse ministério. Em segundo lugar é necessário consagração (dedicação). Outra exigência é preparação, tanto técnica como espiritual. Por fim, é necessário ser um adorador, ou seja, nós nunca podemos conduzir alguém para um lugar onde nunca fomos, ou seja, um grupo de louvor que não adora não pode levar outros a adorarem.

II - O ObjetIvO pRIncIpal dOS gRUpOS de lOUvOReSO objetivo principal dos grupos de louvores é glorificar a Deus, ser canal de

benção e ministrar à igreja.1. glorificar a deus. Significa refletir o que Deus é, ou seja, é mostrar as Suas

virtudes (qualidades), como o Seu amor, misericórdia, bondade, paciência, soberania, perdão, etc. Glorificar a Deus é permitir que através de nós, Deus se faça conhecido. Glorificar a Deus não é aumentar a Sua Glória, é fazê-la conhecida.

Apesar da Glória de Deus se fazer conhecida através dos Seus poderosos feitos na história, através da natureza (Sl. 19:1) como também através de toda a Sua criação, Deus tem um prazer especial em ver a Sua glória sendo refletida (se fazendo conhecida) através do homem, que é a coroa da criação.

Os Integrantes do Grupo de louvor devem se empenhar por viver em santificação, pois desta forma, vamos nos amoldando cada vez mais a imagem de Cristo, e a glória de Deus vai se fazendo conhecida ao mundo, através de nós.

2. Ser canal de benção. Benção é uma dádiva recebida de Deus. Ela faz parte da manifestação da graça de Deus. As pessoas são abençoadas por Deus através de nós. Ser canal de benção é ser aquele que conduz as bênçãos de Deus para os outros. Ser canal de benção é ser um instrumento nas mãos de Deus. Ser canal de benção é ser aquele que com o seu exemplo de vida, edifica, fortalece e sustenta as pessoas. Deus nos colocou um ao lado do outro para que sejamos bênçãos uns para os outros, sendo pedra de passagem e não pedra de tropeço. Trazendo unidade e não divisão. Ser canal de benção é um dever de todos os integrantes do grupo de louvor.

3. Ministrar à Igreja. A função básica de todo ministério é servir (ministrar)

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as pessoas. No caso do grupo de louvor, não é diferente, sua tarefa básica, é servir (ministrar) as pessoas levando-as a presença de Deus em louvor e adoração. Porém, durante a ministração do louvor, além de conduzir o povo a louvar e a adorar a Deus, o grupo de louvor tem a responsabilidade de ensinar esse povo a viver com Deus. Nossa tarefa é fazer da hora do louvor e da adoração, não apenas um momento onde levamos as pessoas a expressar o seu amor e a sua gratidão a Deus, mas um momento onde ensinamos essas pessoas que não pode haver separação entre vida religiosa e vida diária, que o culto a Deus deve ser prestado a cada momento de nosso viver, e, que o nosso louvor e a nossa adoração é muito mais do que uma forma de expressão ao Senhor. É um estilo de vida. É fruto da nossa comunhão com Deus.

Ensinar a igreja a viver com Deus, é sem dúvida, um dos papéis mais importantes a serem desempenhados pelo grupo de louvor durante a ministração do louvor. Ensinar a igreja a viver com Deus está intimamente ligado a nossa intimidade com Ele (oração, leitura da Palavra e fé).

É importante nunca cairmos no erro de pensar que as “tarefas” que realizamos para o senhor são mais importantes que Ele mesmo. Nossa prioridade é estar com Ele, é conhecê-lo, e, é isso que devemos ensinar para a igreja, e é isso que devemos buscar diariamente: “Viver com Deus”.

III - etapaS paRa a fORMaçãO dO gRUpO de lOUvOR

1. Formar uma equipe com pelo menos quatro pessoas, sendo: dois regentes, de preferência alguém que já atua na regência de algum grupo de louvor, sendo um titular e um segundo, e duas pessoas que atuarão na organização das pastas e eventos com a participação do grupo.

2. A direção do Grupo de Discipulado local, deverá entrar em contato com os novos convertidos de seis meses para baixo, marcando uma reunião com eles, de preferência promovendo um café, para apresentarem o projeto e convidá-los a participarem do Grupo de Louvor denominado grupo novo viver, título este que deverá ser usado em todas as congregações do campo.

3. A escolha dos hinos deverá ser feita com muito critério, observando a sua letra, ritmo e autoria. De preferência escolhermos hinos do nosso hinário (Harpa Cristã) ou de cantores e grupos comprometidos com o reino de Deus. Sempre que possível escolher hinos fáceis e conhecidos, levando em consideração que a maioria do grupo não conhece os nossos hinos.

4. Os cânticos deverão ser ensaiados em vós uníssona, uma vez que nem todos os participantes tem o dom para a música e a maioria deles nunca participaram de um grupo de louvor.

5. Procurar sempre que possível posicioná-los em lugar de destaque, para

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que eles se sintam importantes, nunca de costas para a igreja, pois esta é uma forma antiética de se apresentar em público.

Iv - ObjetIvOS dOS gRUpOS de lOUvOReS de nOvOS cOnveRtIdOS1. Promover a inclusão dos novos convertidos na Igreja2. Desenvolver neles uma consciência sadia e correta sobre o verdadeiro

louvor a Deus.3. Descobrir o potencial de cada um na área do louvor, e incentivá-los a

fazerem parte dos grupos oficiais de louvor (coral e orquestra) ou encaminhá-los ao departamento de ensino da música de sua Congregação ou da Igreja Sede.

v - cOnclUSãO

Espero que este material sirva de benefício para a obra do Senhor, na área de formação de novos grupos de louvores, lembrando sempre que tudo quanto fizermos, para o Senhor fazemos, à Ele seja a honra e a glória para todo sempre. Amém.

1 josé Simões é Presbítero da Igreja, 2º Dirigente da Congregação Vila Nova, Regente do Grupo Novo Viver, Músico, Ministro de Louvor e Empresário.

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ESBOÇO 1

A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADOCida Ferreira1

I - O QUe É dIScIpUladO cRIStãO:

•O discipulado cristão é a condição para que alguém possa aprender a ser discípulo de Jesus.

•O discipulado é a mais importante atividade da igreja, afinal é a missão de todos nós.

•Discipulado é andar juntos.•Discipulado é ir onde os perdidos estão.•É ter interesse pelas almas.•Discipulado é despertar a curiosidade deles por Jesus.

II - O aMOR É O eleMentO pRIncIpal

O discipulo não é tão somente aquele que aprende, mas também o que assume um compromisso com o seu mestre. O tamanho da nossa disposição será o tamanho do nosso resultado.

É impossível nos entregarmos por uma vida sem amá-la. Então, que os nossos corações sejam encharcados de amor pelas vidas.

III - a MaIOR pRIORIdade de jeSUS fOI cUIdaR de vIdaS

*Jesus veio para servir – Mateus 20.28.*Jesus e a mulher samaritana – João 4.13,14.A mulher samaritana não era valorizada por ninguém, mas era muito

desprezada.• Jesus não a desprezou.• Jesus teve um diálogo com ela.• Jesus se revelou a ela.• Jesus tinha algo melhor para ela.• Jesus se dispôs inteiramente.

Esse é o segredo de estar disponível para amar. Esta marca precisa estar em nosso caráter.

Quando me disponho por uma vida, aprendo a vê-la como Deus a vê .

1 cida ferreira é Pregadora da Palavra de Deus, Palestrante e Empresária.

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ESBOÇO 2

NECESSIDADES INDISPENSÁVEIS DE UM DISCÍPULO DE CRISTO

Guiomar Conceição1

teXtO bíblIcO: tt. 2.11,12: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando a impiedade e as concupiscências mundanas vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente”.

I – IntROdUçãO

Temos duas coisas importantes neste texto que todo discípulo de cristo deve saber:

1. a renúncia necessária e indispensável para um discípulo de cristo;

2. a graça de deus que nos traz ensinamentos fundamentais para o crescimento espiritual.

II – deSenvOlvIMentO

1. RenÚncIa

A princípio renúncia é um termo comum no nosso contexto social. É comum você ouvir, por exemplo, que alguém, por alguma razão, renunciou alguma coisa. Porém no contexto bíblico/espiritual o termo renúncia ganha uma dimensão bem maior e, às vezes, um tanto difícil de se praticar. Tão dificil que é comum a gente ouvir pessoas que dizem: “estou com dificuldade para renunciar algumas coisas...” É exatamente aí que entra a graça de Deus que nos ensina como fazer isto.

2. a gRaça de deUS

Quando a Bíblia fala da graça de Deus, está falando sobre o favor de Deus que se manifesta sobre a humanidade, sem que os homens tenham feito nada para merecer tal favor da parte de Deus.

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Por conseqüência encontramos na Bíblia sagrada três aspectos da manifestação da graça de Deus:

1. Graça comum (Mt 5.45) - sobre toda a humanidade2. Graça especial (Ef 2.8) - para salvação3. Graça sob medida (Ef 4.7) - para o exercício do trabalho de Deus

III - cOnclUSãOPortanto, estando nós já debaixo de todas estas manifestações da graça

de Deus, estaremos discorrendo este assunto tão importante e necessário ao conhecimento de todos que desejam ser discípulos de cristo.

1 guimar conceição é Presbítero no Templo Central da IEADJO e Pregador Itinerante.

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ESBOÇO 3

ÊUTICO: UMA LIÇÃO DE DISCIPULADO DA ALMA!Antônio Lemos Filho1

teXtO baSe: Atos 20.6-12→ UMa IgReja- Que coisa excelente pregar em um cenáculo “com muitas luzes”!- Nesta passagem precisamos notar e destacar um modelo perfeito da Igreja

“do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15).

1 – Obedeciam a ordenança de cristo de cear!2 – Obedeciam a ordenança de cristo de viver em união!

- Se tivermos estas duas simples características, seremos uma verdadeira igreja de Cristo:

1 – verdadeira Igreja, porque servimos a um poderoso deus!2 – verdadeira Igreja, porque temos um poderoso Salvador: jesus, o cristo!3 – verdadeira Igreja, porque temos um grande ministério: que prega a

palavra!* A igreja de verdade brada: queremos Palavra!* Neste culto Paulo pregou quase nove horas... e hoje em muitas igrejas a

música gospel, o louvorzão ocupa o tempo todo – e se fosse hinos de adoração –, e a palavra é mínima...

* Mas o diferencial está nos ministros que em uma Igreja verdadeira são “labaredas de fogo” (Sl 104.4).

* O louvor nos faz adorar, levantar e dançar; mas a Palavra nos faz ajoelhar, chorar, arrepender, nos santificar! Uma coisa está amalgamada na outra...

→ UM dIScípUlO- No v. 9, a coisa muda, ao falar de Êutico.* Êutico estava no 3º andar, sentado na janela.* Aqui dentro muitas luzes, lá fora escuridão... dentro luz, na janela fora trevas...

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- Caracteres de uma alma a ser discipulada:

1 - Êutico é o tipo de alma que está pronto para entrar na casa de deus... mas está muito mais pronto para sair!

2 - Êutico é aquele tipo de alma que diante das luzes, pende para as trevas...

* O peso fez ele cair, e o lado que pesou mais, foi o lado do vazio, do sono, das trevas.

3 - Êutico é aquele tipo de alma em que o sono é mais forte que a pessoa!* O sono do pecado, das trapaças é tão forte, que quando nos envolve,

não conseguimos vencer: meu sono é mais forte que eu!4 - Êutico é o tipo de alma que transforma o momento de sono em morte!* Só um pecadinho... só esta vez, só mais uma vez... – e morreu!5 - Êutico é o tipo de alma que cai do terceiro andar... mas em queda, no

segundo andar... no primeiro andar: está tudo bem!6 - Êutico é o tipo de alma que cai do terceiro andar...* Quantos e quantos o Espírito já usou poderosamente, em um nível

superior... mas hoje está em nível inferior, no chão... morto!7 - ele foi juntado do chão morto!* Ele está morto, está acabado... não tem solução...* Nossos filhos, marido ou esposa, um amigo, ou eu mesmo: dizem que

estamos mortos; dizem que não adianta mais, dizem que não tem mais solução...→ MaS eXISteM MInIStROS dIScIpUladOReS de alMaS!- Mas Paulo brada, na autoridade e poder do Deus da Vida dizendo: “Não vos

perturbeis, que a sua alma nele está” (At 20.10).- veja como se comportam um discipulador de alma:* Diz o espírito do texto, que Paulo...

1) desceu (ação): para ir ter com o morto!2) Inclinou (postura)!3) abraçou (atitude)!

* Quando o mundo oferece seu pior; eu ofereço meu melhor: nãO É MeSMO jeSUS!

- note bem: descer, inclinar, abraçar... são atos de quem está em outro nível!

* São verbos de ação de quem é superior... como o amar, perdoar, ajudar!

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4) ter palavra de deus!→ pOR ÚltIMO...* diz o texto: “Subindo de novo...” (at 20.11). * MaS vOltaR aO ObjetIvO de SeR IgReja - dIScIpUlaR!→ e ÊUtIcO?- O mundo pode dizer “está morto”...* Mas não foi o que disse o discipulador de alma! - não deixe:* O sono impedir seu propósito de ser um discipulador!

1 antonio lemos filho é Pastor Auxiliar na IEAD em São José (SC).

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SE APERFEIÇOE NO MINISTÉRIO DEDISCIPULADO... FAÇA O CCADIS!

CCADIS - Curso de Capacitação e Aperfeiçoamento de Discipuladores

O QUe É? Curso para a formação e aperfeiçoamento de Discipuladores do Depto. de

Discipulado da AD Joinville.

ObjetIvOPromover a formação e a especialização de discipuladores de membros da

Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Joinville/SC e interessados, a fim de que atuem diretamente no trabalho do discipulado.

MetOdOlOgIaO curso será oferecido na modalidade presencial (normal e regime especial),

sendo as aulas a cada semana ou mês durante aproximadamente 06 (seis) meses. Portanto, contabilizando 72h/a total de curso em sala de aula.

gRade cURRIcUlaR

disciplina carga horária disciplina carga

horáriaFundamentação Bíblica e Teológica do Discipulado

6h Ética Cristã Aplicada ao Discipulado 6h

História e Doutrina das Assembléias de Deus

6h Etiqueta Social e Comportamento 6h

Liderança Cristã Aplicada ao Discipulado 6h Introdução à Teologia do Cuidado 6h

Aconselhamento Cristão 6h Introdução à Missão Integral 6h

Métodos e Estratégias para o Discipulado 6h Metodologias de Ensino 6h

Liturgia Bíblica (Adoração, louvor e liturgia) 6h Noções de Informática e Tecnologias 6h

RecOnhecIMentOO CCADIS é reconhecido pelo CEC (Conselho de Educação e Cultura) da

CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil), válido em todo o território nacional; também pela EPOS/Faculdade Refidim e pela IEADJO – Igreja Evan-gélica Assembleia de Deus de Joinville – Santa Catarina.

Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Joinville/SCDepartamento de Discipulado

Av. Getúlio Vargas, 463, Bucarein - CEP 89202-205 - Joinville/SC

47 3026-4093 - [email protected]

h������i��i��l��o.���oi�ville.org.br

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MOdalIdadeS dO cURSO1. Regime Semanal Para ser aprovado no regime semanal o aluno deverá atingir no mínimo a mé-

dia 7,00, nas avaliações realizadas pelo professor, e ter pelo menos 75% de frequên-cia em sala de aula.

2. Regime EspecialPara ser aprovado no regime semanal o aluno deverá atingir no mínimo a mé-

dia 7,00, nas avaliações realizadas pelo professor, e ter 100% de frequência em sala de aula, além de fazer os trabalhos para complementar a carga horária.

pRÉ-ReQUISItOS - Ser membro em comunhão da Igreja Evangélica Assembleia de Deus;- Estar disposto a se envolver plenamente nas atividades do Departamento de

Discipulado;- Para irmãos de outros campos é exigida a carta de recomendação assinada

pelo Pastor Presidente; - Pagamento da Taxa de Inscrição e das mensalidades em dia.

peRíOdO daS InScRIçõeSDe 04/02 a 15/03 de 2013

lOcaIS daS InScRIçõeS- Diretamente no Escritório do Departamento de Discipulado: Rua Dr. Plácido

Olímpio de Oliveira, - Bucarein – Fone: (47) 3026-4093;- Nos cultos, diretamente com a Diretoria Geral do Departamento;- Via internet através do site e do e-mail: Site: www.discipuladojoinville.com.br

/ E-mail: [email protected]

InveStIMentOInscrição: R$ 20,00 - Mensalidades: 6 x R$ 30,00 ou seja, R$ 180,00. Total

Geral: R$ 200,00Obs.: o pagamento do valor total das mensalidades (R$ 180,00) à vista, isenta

o pagamento da taxa de inscrição (desconto promocional de 10%).

O QUe InclUI nO cURSOAlém das aulas, o aluno que concluir o Curso terá direito à:- Certificado de Conclusão reconhecido pela CGADB e pela Faculdade Refidim;- Material de apoio impresso das disciplinas;- Coffee break nos intervalos das aulas.

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InícIO daS aUlaS1 - Regime Semanal – todas as sextas-feirasLocal: Congregação Nova Jerusalém (Rua São Roque, 545 – Floresta)Data: 15/03/2013. Horário: das 19h30 às 22h002 - Regime EspecialLocal: Sala do CPOC – Escritório do Departamento de DiscipuladoData: 16/03/2013. Horários: 14h00 às 17h30 e das 18h30 às 22h00

cORpO dOcentepr. Sérgio Melfior (História e Doutrina das Assembleias de Deus)- Pastor Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Joinville; -

Secretário da CIADESCP – Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do PR; - Bacharel em Teologia.

ev. joary jossué carlesso (Aconselhamento Cristão e Missão Integral)- Ministro do Evangelho; Pastor Auxiliar do Templo Sede da Igreja Evangélica

Assembleia de Deus em Joinville; - Coordenador do Departamento de Evangelismo e Discipulado da IEADJO; - Secretário do DECOM (Departamento de Comunicação) da CIADESCP; - Bacharel em Teologia; Pós-graduando em Aconselhamento Cristão (Refidim).

ev. cássio Rodrigo Ruthes (Noções de Informática e Tecnologias)- Ministro do Evangelho; Pastor Auxiliar do Templo Sede da Igreja Evangélica

Assembleia de Deus em Joinville; - Coordenador da UMADJO; 2ª Coordenador do Departamento de Evangelismo e Discipulado da IEADJO; - Cursando: Bacharel em Teologia (Refidim).

dc. Marco aurélio bittencourt (Introdução à Teologia do Cuidado)- 3º Coordenador Departamento de Discipulado da IEADJO e Líder do Discipu-

lado no Templo Sede; - Contador - CRC SC 027580/O5; - Pós Graduado em Finanças – Negócios Internacionais - FAE Business School; - Pós Graduando em Teologia – Aconselhamento Cristão – CEEDUC; - Bancário – Gerente de Negócios – Banco Safra; - Professor de Curso Superior – Analise de Balanço / Projetos Financeiros;

pr. joão germano (Fundamentação Bíblica e Teológica do Discipulado)- Pastor Auxiliar da IEADJO e Distrital do Distrito 13 - Costa e Silva; - Co-Fun-

dador da Escola Teológica de Francisco Beltrão/PR; - Co-Fundador da ETEPH (Escola Teológica de Palhoça/SC); - Escritor de lições de Discipulado e Palestrante.

pr. Márcio batista (Metodologias de Ensino)- Pastor Auxiliar IEADJO, Distrital do Distrito Viva Lares; - Diretor do DEPCOM

– Departamento de Comunicação da AD Joinville; - Vice-Diretor da FUNADEJ (Rádio 107,5 FM);; - Apresentador do Programa Nova Manhã (Rádio 107,5 FM); - Acadêmi-co em Teologia e Jornalismo; - Palestrante e Discipulador;

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pr. eliseu Melfior (Etiqueta Social e Comportamento)- Presbítero CEADESCP, Pastor Distrital do Distrito 40 - Jardim Sofia; - Ministro

do Evangelho (anterior Analista de Sistemas/Técnico em Informática); - Bacharel em Sistemas de Informação UNIARP; - Curso básico e médio em Teologia EPOS (em curso); - Curso avançado em Teologia REFIDIM (em curso); - Pós-Graduação em Aconselhamento Cristão REFIDIM (em curso);

pr. Richard zevenbergen (Métodos e Estratégias para o Discipulado)- Pastor das Assembleias de Deus Holandesa, Americana e Brasileira (IEADJO

- CIADESCP); - Coordenador do Centro de Treinamento Missões Siloé e do GRUMUS – Grupo de Missões Urbanas Siloé de Joinville; - Coordenador do Ministério Estudantil Chi-Alpha; - Dirigente do Culto em Inglês no Templo Sede da IEADJO; - Doutor em Teologia, Mestrado em Filosofia; - Professor de Ensino Médio e Superior;

ev. dr. Sandro nunes vieira (Liderança Cristã Aplicada ao Discipulado)- Ministro do Evangelho (CIADESCP/IEADJO); - 2º Coordenador da UMADJO,

Palestrante na área de Liderança e Discipulado; - Formação: Direito, Especialista em Magistratura do Ensino Superior; - Juiz Federal, Professor Universitário, Discipulador.

pb. Éder carvalho (Liturgia Bíblica - Adoração, louvor e liturgia)- Presbítero da IEADJO e Ministro de Louvor do Templo Central; - Formado em

Violão Erudito e Teoria Musical. Cantor, compositor e produtor musical; - Formado em Letras. Graduando em Teologia. Pós-graduando em Aconselhamento Cristão - REFIDIM;

pb. joni Medeiros de Souza (Ética Cristã aplicada ao Discipulado)- Diácono IEADJO, professor do Núcleo da EPOS na Sede; - Formado em Eletricidade –

ETFSC; - Bacharel em Administração de Empresas - UNIVILLE, Registro no CRA/SC 6746; - Médio em Teologia - EPOS REFIDIM; - Pós Graduação Educação – SOCIESC; - Pós-Graduando Aconselhamento Cristão – REFIDIM;

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MaestroMestre

Eventos 2013

Departamento de Evangelismo e DiscipuladoDr. Plácido Olimpio de Oliveiro, 973 - Bucarein - Joinville - 89202-165 - Fone: (47) 3026.4093

E-mail: [email protected] / [email protected]: @dptodiscipulado / Site: www.discipuladojoinville.com.br

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IEADJO

Todos os direitos em língua portuguesa reservados para:

Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Joinville

Departamento de Evangelismo e Discipulado

Contatos do Departamento de Evangelismo e Discipulado:

Site: www.discipulado.adjoinville.org.br

e-mail: [email protected]

twitter: @dptodiscipulado

msn: [email protected]

Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 463 – Bucarein

Caixa Postal 86 - CEP 89202-001 – JOINVILLE – SC

Telefone: (47) 3026-4093

Apostila: 1ª Oficina de Discipulado®

Organização: Ev. Joary Jossué Carlesso

Elaboração: Equipe de Discipulado da AD Joinville

Capa: Liliany Carlesso

Diagramação: Pb. Adilson Carlin

Contracapa: Pb. Edson Ribeiro

Impressão: News Print Gráfica e Editora Ltda.

Joinville- SC - Ano 2013

Presidente da Igreja para o Campo de Joinville – SC

Pr. Sérgio Melfior

Coordenação Geral dos Grupos de Discipulado

1º Coordenador: Ev. Joary Jossué Carlesso

2º Coordenador: Ev. Cássio Rodrigo Ruthes

3º Coordenador: Dc. Marco Aurélio Bittencourt

MaestroMestre

Eventos 2013

Departamento de Evangelismo e DiscipuladoDr. Plácido Olimpio de Oliveiro, 973 - Bucarein - Joinville - 89202-165 - Fone: (47) 3026.4093

E-mail: [email protected] / [email protected]: @dptodiscipulado / Site: www.discipuladojoinville.com.br

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