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#80 3º Ciclo, um contributo para o debate Boletim publicado pela Direcção da Associação de Professores de Matemática APMinformação Março de 2006 Nos últimos tempos muito se tem dito e escrito sobre a si- tuação da Matemática no 3º ciclo. Com os resultados do Exame Nacional de Matemática do 9º ano vimos surgir as mais diversas opiniões, algumas delas, com análises e pro- postas de solução de tal forma simplistas … como se esti- véssemos perante um problema de fácil resolução que se persiste em não resolver, nomeadamente os professores da disciplina. Os resultados vieram confirmar aquilo que as Provas de Aferição desde 2002 e o estudo PISA (2000 e 2003) já vinham revelando sobre o desempenho dos alu- nos: dificuldade em trabalhar situações que requerem um nível de reflexão mais elevado ou a conjugação de informação diversa ou conceitos mais abstractos (…); sérias limitações na capacidade de exposição do seu raciocínio e poder de argumen- tação (…); dificuldade na mobilização dos seus conhecimen- tos em situações da vida real (…). Isto significa que muito do trabalho que se tem vindo a desenvolver nas escolas não tem correspondido como se desejaria. Muitas escolas têm atribuído mais tempo lectivo à Matemática, criado apoios específicos, salas de estudo, etc, etc. São medidas que de- monstram um esforço efectivo, mas certamente não são su- ficientes e talvez nem sejam mesmo as mais adequadas para os problemas com que nos estamos a deparar. Há muitos problemas que são comuns a muitas esco- las. Mas as respostas a dar certamente não podem ser as mesmas. Têm que ser as escolas a encontrar as soluções mais adequadas. Um dos problemas, por exemplo, é a heterogeneidade das turmas em relação aos conhecimen- tos matemáticos dos alunos e ao seu empenho e interesse pelo trabalho escolar. Se as turmas são muito heterogéne- as porque não insistir na possibilidade da escola poder de- cidir o seu desdobramento em pelo menos um bloco nas disciplinas de grande insucesso (o Ministério da Educação já equacionou esta possibilidade) ou porque não pensar na utilização da componente não lectiva dos professores em trabalho de parceria pedagógica? No inicio deste ano lectivo os professores de Matemá- tica foram surpreendidos por uma indicação do Ministério da Educação para que nas escolas com 3º ciclo se efectu- asse uma reflexão sobre os resultados dos seus alunos nos exames nacionais de Matemática do 9º ano, partindo da análise das respectivas provas. Pretendia-se também que, no final da análise e da discussão dos erros mais frequen- tes, cada escola elaborasse um plano com um conjunto de medidas a adoptar no sentido de melhorar o desempenho dos seus alunos. O tempo dado às escolas não foi muito mas, pelo que nos apercebemos, estas, na sua maioria (cer- ca de 99%), corresponderam ao solicitado. E, ao contrário do que tem sido habitual, os resultados desse estudo já fo- ram apresentados aos professores. O GAVE irá ainda apre- sentar um relatório final do estudo mas, no material que foi distribuído já são colocadas questões que podem ajudar a reflectir de forma mais organizada sobre o trabalho que cada escola está a desenvolver. No entanto, neste ano lectivo, as novidades não se fica- ram por aqui! Houve grandes mudanças no horário dos professores. Todos os professores tiveram que fixar parte da sua com- ponente não lectiva. A forma brusca como esta medida foi lançada apanhou os professores de surpresa o que teve consequências graves na forma como foi implementada. A maioria das escolas reagiu de forma administrativa aplican- do automaticamente as regras estabelecidas pelo Ministé- rio da Educação sem discutir prioridades de trabalho, as necessidades da população escolar, as condições físicas da escola, os seus recursos materiais e humanos, o seu projecto educativo … . Algumas, por outro lado, conseguiram orga- nizar-se de forma mais eficiente e interessante para as par- A nós professores/escola cabe-nos uma parte da responsabilidade na construção dessas soluções e são essas que temos que conseguir delinear e concretizar antes que nos voltem a surpreender !… [ ] Editorial

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#803º Ciclo, um contributo para o debate

Boletim publicado pela Direcção da Associação de Professores de MatemáticaAPMinformaçãoMarço de 2006

Nos últimos tempos muito se tem dito e escrito sobre a si-tuação da Matemática no 3º ciclo. Com os resultados do Exame Nacional de Matemática do 9º ano vimos surgir as mais diversas opiniões, algumas delas, com análises e pro-postas de solução de tal forma simplistas … como se esti-véssemos perante um problema de fácil resolução que se persiste em não resolver, nomeadamente os professores da disciplina. Os resultados vieram confirmar aquilo que as Provas de Aferição desde 2002 e o estudo PISA (2000 e 2003) já vinham revelando sobre o desempenho dos alu-nos: dificuldade em trabalhar situações que requerem um nível de reflexão mais elevado ou a conjugação de informação diversa ou conceitos mais abstractos (…); sérias limitações na capacidade de exposição do seu raciocínio e poder de argumen-tação (…); dificuldade na mobilização dos seus conhecimen-tos em situações da vida real (…). Isto significa que muito do trabalho que se tem vindo a desenvolver nas escolas não tem correspondido como se desejaria. Muitas escolas têm atribuído mais tempo lectivo à Matemática, criado apoios específicos, salas de estudo, etc, etc. São medidas que de-monstram um esforço efectivo, mas certamente não são su-ficientes e talvez nem sejam mesmo as mais adequadas para os problemas com que nos estamos a deparar. Há muitos problemas que são comuns a muitas esco-las. Mas as respostas a dar certamente não podem ser as mesmas. Têm que ser as escolas a encontrar as soluções mais adequadas. Um dos problemas, por exemplo, é a heterogeneidade das turmas em relação aos conhecimen-tos matemáticos dos alunos e ao seu empenho e interesse pelo trabalho escolar. Se as turmas são muito heterogéne-as porque não insistir na possibilidade da escola poder de-cidir o seu desdobramento em pelo menos um bloco nas disciplinas de grande insucesso (o Ministério da Educação já equacionou esta possibilidade) ou porque não pensar na

utilização da componente não lectiva dos professores em trabalho de parceria pedagógica? No inicio deste ano lectivo os professores de Matemá-tica foram surpreendidos por uma indicação do Ministério da Educação para que nas escolas com 3º ciclo se efectu-asse uma reflexão sobre os resultados dos seus alunos nos exames nacionais de Matemática do 9º ano, partindo da análise das respectivas provas. Pretendia-se também que, no final da análise e da discussão dos erros mais frequen-tes, cada escola elaborasse um plano com um conjunto de medidas a adoptar no sentido de melhorar o desempenho dos seus alunos. O tempo dado às escolas não foi muito mas, pelo que nos apercebemos, estas, na sua maioria (cer-ca de 99%), corresponderam ao solicitado. E, ao contrário do que tem sido habitual, os resultados desse estudo já fo-ram apresentados aos professores. O GAVE irá ainda apre-sentar um relatório final do estudo mas, no material que foi distribuído já são colocadas questões que podem ajudar a reflectir de forma mais organizada sobre o trabalho que cada escola está a desenvolver. No entanto, neste ano lectivo, as novidades não se fica-ram por aqui! Houve grandes mudanças no horário dos professores. Todos os professores tiveram que fixar parte da sua com-ponente não lectiva. A forma brusca como esta medida foi lançada apanhou os professores de surpresa o que teve consequências graves na forma como foi implementada. A maioria das escolas reagiu de forma administrativa aplican-do automaticamente as regras estabelecidas pelo Ministé-rio da Educação sem discutir prioridades de trabalho, as necessidades da população escolar, as condições físicas da escola, os seus recursos materiais e humanos, o seu projecto educativo … . Algumas, por outro lado, conseguiram orga-nizar-se de forma mais eficiente e interessante para as par-

A nós professores/escola cabe-nos uma parte da responsabilidade na construção dessas soluções e são essas que temos que conseguir delinear e concretizar antes que nos voltem a surpreender !…

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Editorial

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� | Março �006 || nº 80

tes envolvidas — alunos e professores — e é a experiência dessas que nos parece importante conhecer e dela tirar par-tido [ver, por exemplo, o Relatório Preliminar do Grupo de Trabalho sobre a organização e distribuição de serviço docen-te nas escolas — www.drel.min-edu.pt]. Simultaneamente a esta medida outro problema sur-giu — as aulas de substituição — que, tal como foram pla-neadas em muitas escolas, são um tormento para qualquer professor. A maioria das escolas optou por calendarizar a presença de professores ao longo dos dias da semana e deixou ao seu critério a organização das actividades a de-senvolver sem qualquer trabalho de reflexão sobre a sua viabilidade/potencialidades. Se há tempos para ocupar em trabalho não lectivo com os alunos porque não repensar o

funcionamento dos antigos clubes e oficinas de Matemáti-ca que propunham tarefas matemáticas transversais — de resolução de problemas, de investigação, de jogos lógicos … ou porque não pensar na sua ocupação em parceria peda-gógica com possibilidade de actividades diferenciadas? E … Problemas não faltam, umas escolas com mais do que outras, e as soluções não vão surgir de um momento para o outro. A nós professores/escola cabe-nos uma parte da responsabilidade na construção dessas soluções e são essas que temos que conseguir delinear e concretizar antes que nos voltem a surpreender !…

Ana Vieira Lopes Paula Teixeira

Assembleia Geral

No dia 18 de Março realiza-se uma Assembleia Geral de sócios, confor-me convocatória na página 7 des-te APMinformação. O Relatório de Contas encontra-se para consulta na sede da APM.

Loja APM

Um ano após o início da reformulação do site da APM, foi lançada a primei-ra versão da nova Loja Virtual [Loja-APM]. Trata-se de um espaço de divul-gação e comercialização dos pro-dutos editados pela APM que, por certo, contribuirá para aproximar, ain-da mais, a Associação não só dos seus associados mas também do público em geral. Visite-a no nosso portal www.apm.pt, consulte o catálogo de produtos e comece a fazer as suas encomendas. Para além das formas de pagamento que eram habituais também pode uti-lizar o multibanco.

Kits

Encontram-se para venda kits com jo-gos que fizeram parte do Campeona-to Nacional de Jogos Matemáticos. Se estiver interessado em colocar os seus alunos a jogar Hex, Amazonas, Ouri, Go, Semáforo e Pontos e Quadrados,

não hesite em visitar a nossa loja on-line ou faça o seu pedido para a sede da APM. Temos ainda para venda kits de Origami, com folhas de papel de di-ferentes tamanhos e esquemas de pro-jectos para construir.

Exposição Medidas do Tempo

No âmbito das comemorações dos 20 anos da APM e em articulação com o ano temático, alguns sócios estão a preparar uma exposição sobre instru-mentos de medidas do tempo — reló-gios, calendários, etc. Se já fez algum trabalho relativamente a este tema, ou se tem interesse em colaborar, contacte a Rita Bastos para [email protected].

SIAP

O SIAP (Secretariado Inter Associa-ções de Professores), tal como vem fa-zendo nos últimos anos, organizou um seminário interno (só para as as-sociações que o integram) temático, este ano sobre formação de professo-res. O Seminário realizou-se nas insta-lações da ESE de Lisboa, no passado dia 10 de Fevereiro, entre as 9h30 e as 19h30. Pela nossa associação estive-ram presentes Fernando Nunes (que habitualmente representa a nossa as-sociação nas reuniões ordinárias do SIAP), Henriqueta Gonçalves (em re-presentação da direcção da APM) e

Florinda Costa (pelo nosso Centro de Formação). O programa contemplava três as-pectos da formação de professores:• Formação inicial• Formação contínua• Relação entre a formação contínua

e a avaliação de desempenho dos professores.

A metodologia utilizada foi sempre a mesma. Cada sub-tema foi apresen-tado por professor(es) previamente convidado(s) (qualquer deles é sócio de uma das associações integrantes do SIAP) havendo moderadores que ge-riram as intervenções dos participan-tes. O programa do seminário está na tabela da página seguinte. De toda a actividade e discurso efectuado, foi reafirmada a importân-cia do reforço do SIAP, uma organiza-ção única em relação à qualidade das preocupações profissionais e à quanti-dade e diversidade dos professores que integram as associações que estão re-presentadas.

Florinda Costa e Fernando Nunes

ClicMat

O ClicMat está disponível para do-wnload no site da DGIDC, podendo aceder através do site da APM. Repro-duzimos, na íntegra, a apresentação contida no CD, que esperamos seja

Notícias

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3 | Março �006 || nº 80

incentivo suficiente para experimenta-rem as actividades nele contidas.Este CD-ROM faz parte de uma co-lecção de materiais para várias disci-plinas, editada pela Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação e subsidiada pelo PRODEP. A ini-ciativa da publicação destes materiais partiu de Paulo Abrantes, como di-rector do Departamento de Educação Básica, em 2001, com o objectivo de proporcionar às escolas um conjunto de actividades interactivas que fossem exemplos significativos de experiên-cias de aprendizagem preconizadas pelo Currículo Nacional do Ensino Básico. No que respeita às experiências de aprendizagem matemática, o direc-tor do DEB convidou a Associação de Professores de Matemática para se res-ponsabilizar pela elaboração do CD-ROM. O ClicMat foi assim elaborado por uma equipa de quatro professores, uma ilustradora, um informático e um músico.

O ClicMat foi feito a pensar em todos os alunos e professores do Ensi-no Básico, embora também possa ser muito estimulante para alunos de ou-tros níveis e para todos os que gostam de desafios. O ClicMat é constituído por um conjunto de 32 actividades concebi-das de maneira a poderem ser utiliza-das, tanto em situação de sala de aula como em pequeno grupo ou individu-almente de forma autónoma. Além de actividades originais, concebidas ex-pressamente para este CD-ROM, fo-ram incluídas propostas de actividades interactivas que resultam da adapta-ção de problemas ou tarefas original-mente sem carácter interactivo (ver créditos na Ficha Técnica). O CD-ROM contém ainda uma selecção de applets disponíveis na World Wide Web. Os applets são pequenos progra-mas interactivos que podem ser visio-nados num browser. As actividades do ClicMat são de três tipos: problemas, actividades de

Horas Assuntos Intervenientes Moderadores 9h30 / 11h00 A formação inicial

1. Os novos estágios; que perfis para os novos professores?2. O fim da profissionalização em exercício3. Relação instituições de formação / escolas

Raquel Henriques (APH)Ludgero Leote (ANPEE)Testemunho de experiência

Joana TerlicaHelena Veríssimo

11h30 / 13h00 A formação contínua1. Formação contínua obrigatória:2. Como fazer o diagnóstico das necessidades dos professores e das escolas?3. Deverá a formação contínua ser integrada na componente não lectiva?

Luís Bom (CNAPEF) Manuel SardinhaFernando Nunes

15h00 / 16h30 A formação contínua (continuação)1. Componentes científica, pedagógica e didáctica2. Que formadores?3. Auto-formação4. Formação informal; a sua validação

Luís Bom (CNAPEF) Manuel SardinhaFernando Nunes

17h00 /19h00 A formação contínua e a avaliação do desempenho1. Instrumentos de avaliação: relatório? portefólio? entrevista? aulas observadas? defesa pública?2. Critérios de avaliação: perfis de desempenho da formação inicial? sem critérios pré-estabelecidos?3. Equipa de avaliação: quem? quantos? de que grupo? de que escola? só professores? também alunos? outros ?4. Relação entre formação e avaliação

Emília Sande Lemos (APG)Paulo Feytor Pinto (APP)

Zélia SampaioMário Maia

19h00 / 19h30 Balanço do Seminário Grupo Coordenador

investigação e jogos. As actividades são de diferentes graus de dificulda-de e foram classificadas em três níveis: 1, 2 e 3. A atribuição dos níveis teve em conta conhecimentos e capaci-dades considerados necessários para a compreensão da tarefa e para a sua concretização. Algumas actividades têm mais do que um nível de dificul-dade. A página de entrada no ClicMat é a Lista Geral, onde estão ícones relati-vos a todas as actividades disponíveis. Todas as actividades foram concebi-das de forma a serem resolvidas num único ecrã, que inclui o enunciado, a zona de trabalho com todos os botões necessários e o acesso a mais instruções — uma página auxiliar onde se escla-recem questões de funcionamento e de natureza matemática. Em todas as actividades existe uma ligação directa via Internet à Asso-ciação de Professores de Matemática, através da qual podem ser colocadas questões e apresentadas sugestões so-bre as actividades do ClicMat.

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Nota dos autoresOs responsáveis pelo conteúdo do ClicMat dedicam este trabalho ao colega e amigo Paulo Abrantes. Paulo Abrantes foi um dos grandes impulsionadores da resolução de problemas e da realização de actividades de investigação na Matemática do Ensino Básico em Portugal. Entre as suas qualidades de inova-dor recordamos também o seu grande interesse e empenhamento na utili-zação das tecnologias de informação com fins educativos. Paulo Abrantes acompanhou ainda no início a realiza-ção deste trabalho e lamentamos que não tenha podido acompanhá-lo até ao fim. Os seus contributos seriam cer-tamente preciosos. A ele agradecemos a honra de ter convidado a Associação de Professores de Matemática para fi-car ligada à produção deste instrumen-to de trabalho, que Paulo Abrantes quis colocar nas mãos de alunos e pro-fessores. Esperamos ter correspondido às suas expectativas.

As exposições da APM são um material muito solicitado sendo, por isso, praticamente impossível corresponder a todas as solicitações. Na tabela abaixo referimos os locais onde vão estar ex-postas nos próximos meses. Se a sua escola ficar perto de uma que vai receber uma exposição, não hesite em contac-tá-la para a poder visitar. A exposição Jogos do Mundo es-

tará nas instalações da Fábrica — Centro Ciência Viva da Universidade de Aveiro até ao dia 20 de Abril. Informamos ainda que as exposições A Matemática é de Todos (1º ciclo), Geometria (Secundário), Matemática e Tecnologia (Geral) estão disponíveis para requisição. So-licite informações na sede através de e-mail [email protected], fax nº 217166424 ou por telefone 217163690).

Ilda Rafael

Centro de Recursos

Exposição Escola DataA aventura no País da Matemática Colégio Marista, Carcavelos De 28/4 a 9/5

Externato D. Afonso Henriques, Resende De 12/5 a 31/5Instituto Promoção Social da Bairrada De 2/6 a 23/6

Escher Arte e Matemática Colégio de Fátima Centro de Estudos De 3/3 a 23/3Escola Sec. Manuel Cargaleiro, AmoraInstituto de Ciências Educativas de Odivelas

De 2/5 a 22/5De 12/6 a 30/6

Festa da Água Escola Rainha Santa Isabel de Estremoz De 18/4 a 5/5Colégio Sagrado Coração de Maria FátimaE.B. 2,3 de Fitares

De 10/5 a 30/5De 31/5 a 9/6

Sempre Houve Problemas Colégio dos Plátanos, RinchoaC. Form. Prof. Ind. Calçado, S.João Madeira

De 21/4 a 2/5De 3/5 a 24/5

Matemática e Natureza Escola Navegador R. Soromenho, Sesimbra De 23/3 a 7/4

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In O Século de 6 de Outubro de 1987.

Agenda para Acção, uma das primeiras publicações da APM.

Este ano, como já foi noticiado, a associação faz 20 anos. O APMinformação associa-se às comemorações publicando o anúncio da constituição da APM, que foi publicada no jornal O Século de 6 de Fevereiro de 1987. Reproduzimos também a capa de uma das primeiras publicações da Associação que revela a existên-cia de actividade associativa relevante, mesmo antes da constituição oficial da APM.

Os 20 anos da APM

Atraso no envio de cartões e recibos

Informamos os sócios que pagaram as quotas em Janeiro e Fevereiro, que o envio dos cartões e recibos está atrasado. Pelo facto, pedimos desculpa, esperando regularizar a situação até ao final de Março.

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Centro de Formação

Proposta aos professores de Matemática Aplicada nos CEF’s e de Matemática e Realidade nos PIEF’s

No último número deste boletim, o Centro de Formação da APM apresentou uma proposta aos professores de Ma-temática Aplicada ou de Matemática e Realidade. Estamos a renovar essa proposta na expectativa de podermos vir a organizar formação que, tendo em conta a realidade (o programa, o tipo de alunos, a organização da escola, o iso-lamento, etc.), apoie o trabalho que quotidianamente estes professores realizam e nos anime a procurar fazer melhor. Estamos conscientes das dificuldades de todo o tipo que os professores destas disciplinas devem estar a sentir, por isso pretendemos promover condições que favoreçam a troca de experiências, a colaboração e até o trabalho con-junto destes professores. Há muitas formas de podermos concretizar um tipo de apoio mútuo que nos estimule na procura das melhores propostas de trabalho, das metodologias mais adequadas, dos recursos mais eficazes, das metodologias de avaliação mais formadoras. Não pretendemos dizer a ninguém como é que se faz! Mas podemos criar condições de troca e de entreajuda! Podemos criar uma mailing-list a nível nacio-nal ou grupos de trabalho locais com reuniões presenciais periódicas. Podemos começar por realizar uma Sessão Es-pecial no próximo ProfMat para nos conhecermos e deci-dirmos como nos vamos organizar. Podemos … vá, agora dizem vocês! O Centro de Formação aguarda manifestações de in-teresse por uma iniciativa deste tipo, com propostas con-cretas ou simplesmente com a explicitação da vontade de colaborar.

Contactos: Rua Dr. João Couto, 27A, 1500-236 Lisboa. Telefone: 21 716 36 90. Fax: 21 716 64 24. E-mail: [email protected] ou [email protected]. Na internet http://www.apm.pt/cformacao.

Projecto de Formação Colaborar e Reflectir sobre as práticas

O projecto de formação Colaborar e Reflectir sobre as práti-cas é o projecto com o qual concorremos a financiamento pelo PRODEP. De facto, o projecto é constituído por qua-tro projectos regionais dos quais a situação neste momento se encontra representada na tabela. Toda a informação actualizada sobre as acções de for-mação integradas nestes projectos vai ficando disponível no nosso site à medida que ela vai ficando organizada.

Formação auto-financiada

Estamos a realizar duas acções de formação que, por não terem sido incluídas no projecto Prodep, são auto-finan-ciadas:• Preparação da Área de Projecto em Matemática: Ac-

tividades de Investigação de Modelação e Geometria com tecnologia — projecto de formação com 20 horas presenciais, em realização na Escola Secundária de Ta-vira, dinamizado pela formadora Francisca Sousa.

• Transformações Geométricas no Plano — das Isometrias às Afinidades — Curso de Formação de 50 horas, em realização na Escola Secundária Artística António Ar-roio, dinamizado pela formadora Rita Bastos.

Vamos realizar na Escola Secundária Passos Manuel uma acção de formação intitulada A dimensão transversal da lín-gua de ensino — o Português e as outras disciplinas, na mo-dalidade de Oficina de Formação, com 25 horas presenciais e dinamizada pelas formadoras Luísa Solla e Lúcia Soares. Contamos poder dar início a esta acção (que está ain-da em processo de acreditação) no próximo dia 25 de Mar-ço. As inscrições poderão ser efectuadas on-line através de ficha de inscrição que temos disponível no nosso site

http://www2.apm.pt/cformacao/

Nor Cen Lvt Ale TotalTurmas em candidatura 8 7 18 4 37Turmas financiadas 8 7 17 4 36Previstas para a IIª Parte (Set a Dez) 3 2 3 2 10Nº de turmas da Iª Parte ( Jan a Jul) 5 5 14 2 26Já iniciadas (no início de Março) 3 2 9 1 15A iniciar em Março/Abril 2 3 5 1 11Tabela.

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CONVOCATÓRIA

Nos termos do disposto no artigo vigésimo primeiro dos Estatutos da APM, convoco a

Assembleia Geral da Associação de Professores de Matemática a reunir em sessão

ordinária na Escola Superior de Educação de Lisboa, sita na Rua Carolina Michaelis de

Vasconcelos, na freguesia de Benfica, em Lisboa, no dia 18 de Março de 2006, pelas

16:30h minutos com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Informações.

2. Apresentação, discussão e votação do relatório de Contas do exercício do ano

2005 e do Orçamento para o ano 2006.

3. Outros assuntos.

Se à hora marcada não estiver presente o número de associados necessário ao

funcionamento da Assembleia Geral em primeira convocação, funcionará a mesma

trinta minutos depois com qualquer número de associados.

Vila Real, 14 de Fevereiro de 2006

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Maria Manuela Afonso Lourenço Alves

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8 | Março �006 || nº 80

Alguns dos endereços electrónicos, que se seguem, são já largamente utilizados e conhecidos, no entanto nunca é demais relembrá-los. Para continuar a melhorar a comunicação entre os sócios e as estruturas da APM, criaram-se novos endere-ços, podendo outros vir a ser criados. Pretende-se que as mensagens sejam dirigidas, segundo o assunto, a um endereço es-pecífico, mas, caso isso não seja possível, podem sempre ser enviadas para o endereço [email protected].

Direcção [email protected] Conselho Nacional [email protected]

Centro de Formação [email protected] Centro de FormaçãoApoio: Susana Nunes

[email protected]

Centro de FormaçãoApoio: Isabel Rodrigues

[email protected] Centro de RecursosAna Pereira

[email protected]

Encomendas e vendasCeleste Ferreira

[email protected] Gabinete de EdiçãoJoão Loureiro

[email protected]

SóciosGlória Garcia

[email protected] RevistaEducação e Matemática

[email protected]

Revista Quadrante [email protected] APMinformação [email protected]

Organização da APMNo último APMinformação, o Presidente cessante da Mesa da Assembleia Geral, deu a conhecer os novos elementos elei-tos para a Direcção, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal para o biénio 2005/2007. Sempre que for necessário co-municar com algum membro da direcção pode fazê-lo através do mail da direcção. No entanto, há questões específicas, que em função da sua natureza, podem ser tratadas directamente com o(s) respectivo(s) membro(s) da direcção, de acordo com a distribuição que consta na tabela seguinte.

Núcleos Regionais Margarida Abreu e Gonçalo EspadeiroGrupos de Trabalho e Sócios Manuela PiresAPMinformação Helena Gil e Manuela PiresSite Rogério Costa, Cláudia Fialho, Gonçalo Espadeiro e Helena GilAno Temático Claúdia FialhoTesouraria António DomingosAssessorias, representação da APMe Comunicação Social

Isabel Rocha

A Directora do Centro de Formação da APM continua a ser Florinda Costa. Referem-se, em seguida, os directores das publicações periódicas, os coordenadores dos Grupos de Trabalho e dos Núcleos, bem como os representantes da APM nas Instituições, no sentido de se conhecer melhor a estrutura interna da nossa Associação.

Directores das Publicações PeriódicasEducação e Matemática Ana Paula CanavarroQuadrante Henrique Guimarães

Conheça melhor a APM

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9 | Março �006 || nº 80

Coordenadores dos Grupos de Trabalho1º Ciclo Cristina Loureiro2º Ciclo Margarida Abreu3º Ciclo Ana Vieira Lopes e Paula TeixeiraSecundário Joaquim FélixGeometria Pedro MarquesHistória da Matemática Carla AlmeidaInvestigação Isolina OliveiraPergunta Agora Fernando NunesPublicações Anabela GaioT3 Branca Silveira

Coordenadores dos NúcleosAçores Fátima Esteves Algarve Luciano VeiaAlmada/Seixal Pedro Esteves Aveiro Luís FerreiraBeja Romeu Silva Braga Mário RoqueBragança Manuel Vara Pires Castelo Branco Ana LouroCoimbra Adosinda Almeida Covilhã Guida DiasÉvora Elsa Barbosa Leiria Alexandra NascimentoMadeira Elsa Fernandes Porto José SantosTomar Luísa Pessoa Viana do Castelo Cristina GarciaVila Real Maria Manuel Nasci-

mentoViseu João Almiro

Representantes da APMA Matemática na formação inicial de professores Eduardo Veloso e Isabel RochaAtractor Judite BarbedoCCPI-EEEM Isabel CoelhoGAVE Joaquim FélixSIAP Fernando NunesCNE Paula Teixeira

Participação na APM Só com a participação activa dos sócios nas várias estruturas da APM se poderão desenvolver projectos locais e nacionais. As publicações periódicas e não periódicas, a formação, a renovação e manutenção dos recursos, as tomadas de posição são uma realidade porque os sócios dão o seu contributo e se organizam para trabalhar colaborativamente. Mas, cada vez mais surgem novos pedidos de colaboração das escolas, autarquias, pais, associações locais, organizações de ciência, entidades como a DECO ou o Público e mesmo de outras entidades que trabalham de uma forma próxima com crianças e jovens. Uma maior diversidade e melhor organização dos nossos recursos permitiria uma resposta mais eficaz aos pedidos de co-laboração. Para isso, precisamos de ti. Se quiseres colaborar num Núcleo, Grupo de Trabalho, no Centro de Recursos, na construção de uma exposição ou nalgum projecto específico envia uma mensagem para a Direcção indicando os teus inte-resses ou disponibilidade. Contamos contigo.

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1º Ciclo

Este ano, o encontro do 1º Ciclo leva-nos a Lisboa, ao concelho da Amadora! Começou em Leiria! Viseu, Caxinas, Évora, Setúbal, Faro, Torres Novas e Benedita segui-ram-se-lhe. Eis que este ano será Lisboa, mais propriamente a Amadora, a anfitriã deste encontro. Conhecida entre outros, por orga-nizar o maior festival de Banda Dese-nhada do país, a Amadora vai este ano ser palco do IX Encontro Nacional A Matemática nos Primeiros Anos. Este encontro, que irá decorrer nos próximos dias 6 e 7 de Abril, nos Re-creios da Amadora e Escola E. B. 2, 3 Roque Gameiro, é já ponto assente no plano de actividades do Grupo de Trabalho do 1º Ciclo da APM, reve-lando-se numa outra forma de dar as amêndoas pela Páscoa. Professores de 1º Ciclo, Educado-res de Infância, bem como outros pro-fessores e mesmo pais/encarregados de educação reúnem-se para reflec-tir, de forma participada, a educação e em particular a educação matemáti-ca, nos primeiros anos de escolaridade, em torno de temas tão diversificados

Encontros Nacionais

Grupos de Trabalho

T3

Que desafios para a formação T3?

O Seminário anual dos formadores do T3 realizou-se em Lagos, na Esco-la Secundária Júlio Dantas que nos disponibilizou as melhores condições. Os colegas algarvios, o António Vidal, a Anete Ferreira e a Alexandra Ferrão, trataram da excelente organização. Na sessão inicial o José Paulo Viana fez uma síntese do trabalho do ano anterior, referindo nomeadamen-te o número de acções realizadas e in-formou também que o novo contrato com a Texas estava em vias de ser assi-nado pela Direcção. Seguiu-se um momento de balan-ço/reflexão em que cada um dos gru-pos apresentou um olhar crítico sobre o trabalho desenvolvido. Daqui resul-taram algumas questões e/ou suges-tões, que foram retomadas na última sessão. O Seminário contou com: 1. Workshop e/ou apresentações. Experiências com sensores, novas ou revisitadas, na perspectiva dos Mate-máticos e/ou dos Físicos; construção de apliquetas com o Cabri II, desco-berta do Cabri 3D; experiências de sala de aula com CAS; variáveis e nú-meros no 3º ciclo com a calculadora gráfica; captura de imagens, para mo-delação, com a Voyage 200. 2. Reflexão/discussão sobre o tra-balho e organização do T3. Dis-cutiu-se o trabalho do grupo, as perspectivas futuras e ainda alguns as-pectos organizativos relacionados com a coordenação e a possível integração de novos elementos no grupo. Foi analisada a situação de alguma desmobilização e não disponibilida-de da actual Comissão Coordenadora para continuar em funções e foi real-çado o papel de destaque que a Paula Teixeira desempenhou, durante es-tes anos, enquanto elemento da Co-missão Coordenadora que agora cessa funções.

Os novos elementos da Comissão Coordenadora são: Branca Silveira, João Almiro e Luís Reis, contando com a colaboração do grupo de Lisboa nomeadamente no apoio às questões contabilísticas, realizadas na Sede. Atendendo a que o trabalho de equipa neste grupo é fundamental, foi decidido que os novos elementos a in-tegrar por iniciativa do grupo, devem integrar-se numa equipa já existen-te ou, caso se justifique, formar uma nova equipa. A Comissão Coordena-dora analisará as situações e decidirá. 3. Perspectivas de trabalho futuro. Na sequência do debate iniciado no primeiro dia e que foi sendo continua-do de forma mais ou menos informal, ao longo das diversas sessões, foi feita uma distribuição de trabalho por te-mas/áreas, pelos presentes, com o ob-jectivo de, tendo por base o material existente, pensar em materiais mais temáticos, que poderão ser apenas ma-teriais de formação ou eventualmente poderem dar origem a novas publica-ções. O grupo de Leiria disponibilizou-se para organizar o próximo Seminá-rio.

Grupo de trabalho T3

Revista

A revista Educação Matemática dedi-ca o seu número temático de 2006 ao Tempo, acompanhando o actual tema do ano temático da APM. O editor convidado é Luís Reis, inspirador da ideia. Referimo-nos àquele bem inesti-mável que tanta falta nos faz, o tempo que o relógio marca, o tempo que vai passando e não ao tempo que faz na rua, chuva ou Sol, vento ou frio. Con-tamos discutir aquilo que o tempo é, formas possíveis de organizar a sua contagem, instrumentos usados na sua medição. Se quiser fazer-nos chegar algum contributo sobre o tema, sabe que é sempre bem vindo. Tem até 31

de Maio deste ano, pois a revista tem de estar pronta para sair no ProfMat 2006, em Novembro. Entretanto, o tempo vai passando e os vinte anos da APM também … . E os vinte anos da revista vão-se apro-ximando … . É já em 2007 que os cele-bramos!

Ana Paula Canavarro

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11 | Março �006 || nº 80

como o desenvolvimento do sentido do número, o calculo mental, a resolu-ção de problemas e o ambiente e cultu-ra de sala de aula. A partilha de experiências e a ne-cessidade de aprofundamento dos sa-beres profissionais são ingredientes que, à semelhança dos outros anos, vão certamente fazer rumar à Amadora participantes de todos os pontos do país.

Helena Gil

ProfMat

A cidade do Sado vai receber o ProfMat �006

Setúbal concilia, de forma harmonio-sa, as exigências de uma cidade moder-na com a diversidade de um concelho que navega, em segurança, entre o ur-bano e o rural, deixando-se abraçar pelo Sado e pela Arrábida (…) Quem visita Setúbal fica apaixonado por esta paisagem de rara beleza, simultane-amente imponente e delicada, repar-tida por oito freguesias distintas, ora ribeirinhas, ora interiores, que com-põem um quadro de cores alegres (http://www.mun-setubal.pt/)

ProfMat, pela primeira vez em Setúbal, come-morando os �0 anos da APM

Pela primeira vez, a cidade de Setúbal vai acolher o Encontro Nacional de Professores de Matemática que se re-alizará, entre 15 e 17 de Novembro, nas instalações da Escola Superior de Educação e da Escola Superior de Tecnologia, ambas localizadas no Campus do Instituto Politécnico de Setúbal. Vão longe os tempos em que mais de uma centena de professores se reu-niram no Instituto Superior de Agro-nomia, fazendo acontecer o ProfMat 85, o primeiro Encontro Nacional. Desde então, o número de participan-tes foi aumentando progressivamente e há mais de dez anos que este núme-ro ultrapassa o milhar. O ano passado, em Évora, assinalámos 20 anos de En-

contros, após termos visitado a Madei-ra, os Açores e um grande número de cidades do continente. Em 2006, a APM assinalará os 20 anos de uma vida em que fomos capa-zes de marcar uma presença de qua-lidade no panorama da educação matemática em Portugal. Esta presen-ça não teria sido possível sem a partici-pação activa e empenhada dos sócios da Associação que, de várias formas e em diversos momentos, contribuíram para levar a bom porto iniciativas que considerámos ser importantes. É a este dinamismo e boa vontade que apela-mos solicitando que se proponha con-tribuir para dar corpo ao programa do ProfMat 2006 através da realização de uma sessão, da apresentação de uma comunicação ou da partilha de experi-ências que tenha feito ou de projectos em que esteja envolvido. Assinalando os 20 anos da Asso-ciação, o espaço social e cultural do ProfMat promete trazer algumas sur-

presas … . Quer saber quais são? Só mesmo vindo cá … .

Página Web

No final de Fevereiro, a Comissão Organizadora disponibilizará um site com informações actualizadas sobre o evento, processo de inscrição on-line, lista de alojamentos e informações de relevo sobre a cidade. Por agora dei-xamos-lhe apenas uma fotografia das instalações da ESE de Setúbal, onde vos iremos acolher, tirada às 16.15 ho-ras do dia 29 de Janeiro de 2006. Não pense que a fotografia está pouco ní-tida por qualquer problema técnico. Não, é mesmo neve a cair. Não prome-temos que em Novembro de 2006 pos-sa usufruir deste espectáculo único … . Mas esperamos que sejam únicos os momentos que aqui passar, se partici-par no ProfMat. Até lá …

A Comissão Organizadora

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1� | Março �006 || nº 80

Encontros Regionais

Bragança

Encontro Regional — BragançaMat �006

O 10º Encontro Regional de Profes-sores de Matemática — BragançaMat 2006 — vai realizar-se em Bragança, nas instalações da Escola Superior de Educação, no dia 19 de Maio de 2006, e a sua organização é assegurada pela comissão coordenadora do Núcleo. Estamos certos que o BragançaMat 2006, tal como as edições anteriores, vai constituir um momento importan-te na vida profissional dos professores de Matemática e corresponder às ex-pectativas de todos os participantes. Fica o convite para quem quiser participar.

Manuel Vara Pires Comissão Coordenadora do

Núcleo Regional de Bragança

ViseuMat�006

Vai realizar-se mais uma vez um en-contro regional da APM em Viseu. Será a 5 de Maio de 2006 na Es-cola Superior de Tecnologia de Viseu, no Campus Politécnico de Repeses — Viseu. Nas últimas realizações deste en-contro estiveram presentes cerca de 200 professores. Espera-se, mais uma vez, que o ViseuMat seja um momen-to importante para todos os professo-res de Matemática do distrito que nele participem, um espaço de reflexão, de discussão e de troca de experiências, essenciais para o nosso crescimento como professores.

SP3: Comunicação matemática: Há uma revolução a fazer?, Luís Mene-zes (Escola Superior de Educação de Viseu). Níveis de escolaridade: 1º e 2º ciclos.

SP4: O Cabri-Géomètre no Ensino Bá-sico, Isabel Duarte (Escola Supe-rior de Tecnologia de Viseu) e João Cavaleiro (Escola Secundária de Tondela). Níveis de escolaridade: 2º e 3º Ciclos.

SP5: As sombras do tempo … Constru-ção de relógios de Sol, Pedro Olivei-ra. Níveis de escolaridade: 2º, 3º Ciclos e Secundário.

SP6: Às voltas com a Avaliação …, Vladimiro Machado (Escola Se-cundária de Valongo). Níveis de escolaridade: 2º, 3º ciclos e Secun-dário.

SP7: O Infinito Mistério da Matemá-tica, Paula Pestana (Escola Supe-rior de Tecnologia de Viseu) e Teresa Dias (Escola Superior de Tecnologia de Viseu). Níveis de es-colaridade: 2º, 3º ciclos e Secundá-rio.

SP8: Encruzilhadas do infinito, Ana Patrícia Martins (Escola Superior de Educação de Viseu). Níveis de escolaridade: 3º ciclo e Secundá-rio.

Para aceder à ficha de inscrição ou a mais informações sobre o encontro consultar: http://www.apm.pt/

nucleos/viseu

Núcleo de Viseu da APM

Este ano teremos, de manhã, 3 ses-sões plenárias com temas muito diver-sos e dirigidas aos professores de todos os níveis de ensino e, de tarde, teremos em simultâneo 8 sessões práticas que esperamos sejam motivadoras e muito enriquecedoras para todos os partici-pantes. Este ano de 2006 dedicado à Ma-temática e o Tempo iremos ter, tam-bém, no nosso encontro a exposição de Relógios de Sol À sombra do tem-po, organizada pela SADE, secção de Astronomia, Divulgação e Estudo do Departamento de Engenharia Mecâ-nica e Gestão Industrial da Escola Su-perior de Tecnologia de Viseu. Seguem os títulos e os dinamizadores das diversas sessões.

Sessões PlenáriasPlenária 1: Os jovens e a literacia ma-

temática — desafios à escola actual, Lurdes Serrazina (Escola Superior de Educação de Lisboa)

Plenária 2: Matemáticas Impuras, José Paulo Viana (Escola Secundária Vergílio Ferreira, Lisboa)

Plenária 3: Uma Apresentação Dinâ-mica da Simetria, Manuel Arala Chaves (Universidade do Porto e Associação Atractor — Matemáti-ca Interactiva)

Sessões PráticasSP1: Investigar Matemática nos Pri-

meiros Anos, Helena Maria Amaral (Escola EB1 Parque Silva Porto (nº 124 de Lisboa). Níveis de escolari-dade: Pré-escolar e 1º Ciclo.

SP2: É com letras que se faz Matemáti-ca …, Ana Rodrigues. (Níveis de es-colaridade: Pré-escolar e 1º Ciclo).

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13 | Março �006 || nº 80

Notícias do Núcleo de Beja

Em 2006 não se realizará o XIII Be-jaMat em virtude de dinamizarmos juntamente com o Núcleo de Castelo Branco e o GTHEM (Grupo de Tra-balho sobre História e Ensino da Ma-temática) o Ano Temático para 2006 Matemática e Tempo. O Núcleo de Beja foi convidado (e aceitou) para fazer parte da orga-nização do 1º Encontro de Estatística Aplicada (I BejaStat). Este evento rea-lizar-se-á no dia 3 de Maio de 2006 na Escola Superior de Educação de Beja. Podem ser consultadas mais informa-ções emhttp://www.eseb.ipbeja.pt/

bejastat.

Núcleo do Porto

No primeiro sábado deste ano, dia 7 de Janeiro, realizou-se uma assembleia de sócios do Núcleo do Porto. Cum-prindo-se um dos pontos da ordem de trabalhos procedeu-se à eleição de uma nova comissão coordenadora. A nova equipa de coordenação é cons-tituída por: José Santos, sócio 5953 — Coordenador; Rosa Ferreira, sócia 3918 — Tesoureira; Vladimiro Ma-chado, sócio 2529 — Representante ao Conselho Nacional; Raul Aparício, sócio 2413 — Vogal; José Peres, só-cio 2993 — Vogal; Helena Dias, sócia 8950 — Vogal. A nova comissão coordenado-ra, em nome de todos os associados do núcleo, agradece à comissão ante-rior com gratidão o empenho e dedi-cação prestados ao núcleo durante o seu mandato. Espero que neste novo ano possamos contar com a colabo-ração de todos aqueles que interessa-dos pela matemática e pelo seu ensino, associados ou não, possam contribuir para enriquecer o plano de actividades do núcleo.

Esta nova comissão enunciou três intenções de trabalho: contri-buir para melhorar a comunicação com os professores através dos recur-sos da rede disponibilizados pela as-sociação, investir no trabalho com os associados nomeadamente junto dos professores do 1º Ciclo, equacionar formas diversificadas de actuação que permitam ir ao encontro das necessi-dades dos associados. Neste sentido pedimos desde já a todos os leitores, desde que associados, não só que ac-tualizem os seus contactos electróni-cos no site da associação, mas também a gentileza de enviarem a actualização dos dados por mensagem de correio electrónico para [email protected] e/ou [email protected]. Informamos a todos os interessa-dos que o horário de atendimento da sede, a partir de 13 de Fevereiro, será: segunda-feira das 16:30 às 18:30; ter-ça-feira das 14:00 às 16:00; quarta-fei-ra das 12:30 às 14:30; quinta-feira das 10:00 às 12:00. Sempre que nos for solicitado e nos for possível acolher o vosso pedi-do poderá estar alguém na sede para receber. No sentido de se manterem in-formados sobre actividades futuras consultem também o site do núcleo (http://www.apm.pt/nucleos/porto/) de forma a estarem informa-dos das nossas iniciativas e podermos ter o prazer de privar da vossa nobre companhia. Desde já estamos disponíveis para todas as sugestões e reparos que nos queiram fazer chegar através dos con-tactos atrás disponibilizados. Em nome de todos os elementos da comis-são coordenadora do núcleo do Porto subscrevo os nossos empenhados cum-primentos.

José Manuel Dos Santos Dos Santos

Núcleos

TomarMat �006

Como estava programado, realizou-se no passado dia 22 de Fevereiro o 1º Encontro Regional de Tomar. Este serviu de inauguração do Nú-cleo e ao mesmo tempo de um dia de trabalho. Na sessão de abertura, ocorrida na Biblioteca Municipal estava a pre-sidir o Adjunto do Governador Civil de Santarém, ladeado pelo Vice Pre-sidente da Câmara Municipal de To-mar, a nossa Direcção, representada pela Manuela Pires e a Coordenadora do Núcleo Luísa Pessoa. Todos tomaram a palavra e de entre outros temas versados, regozijaram-se pela excelente plateia que tinham à sua frente. Como já vem sendo hábito, foi de-signado por TomarMat, este nosso en-contro, em referência à localidade, sede do Núcleo e este o mais novato da APM. Apenas programado para um dia, esta nossa primeira iniciativa, foi in-tensamente vivida pelos 182 partici-pantes. Duas excelentes Conferências Ple-nárias, uma a abrir e outra a encerrar, foram, para todos, os pontos altos des-ta iniciativa. A primeira encontra-se acessível na nossa página da Net. Durante o dia tivemos três Painéis e sete Sessões Práticas. As exposições vieram animar o es-paço disponível na Biblioteca. Nas Escolas Jácome Ratton e Sta Maria do Olival realizaram-se as Ses-sões Práticas e dois Painéis. O outro teve de se realizar no Auditório da Bi-blioteca uma vez que o número de par-ticipantes era significativo. Nas Escolas também foi servido o coffee-break, o almoço e também apro-veitámos um espaço para termos dis-ponível uma banca da APM. Para começo da actividade e para cortar a fita ao novo Núcleo, foi um

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1� | Março �006 || nº 80

dia bem vivido e muito bem aprovei-tado pelos presentes. Prova disto foi deixada por mais de 50% dos partici-pantes, no questionário que nos deixa-ram no final dos trabalhos. Foram muitas as manifestações de felicitações que deram à Comissão Instaladora do Núcleo, organizadora desta primeira iniciativa. Além de-les também houve alguns colegas que, pontualmente, não deixaram de aju-dar naquilo que lhes era solicitado. A Comissão agradece a estes e a todos os dinamizadores das diversas acções, pela sua disponibilidade em participar activamente neste dia. Agora só nos resta fazer uma aná-lise de todos os pormenores passados neste dia. Um dado já nos é possível registar. Trata-se da grande afluência de colegas do 1º ciclo. Estamos muito satisfeitos com este facto e vamos pro-curar em futuras acções ter este dado em consideração. Será um dado para pensarmos em organizar um Encontro Regional a pensar apenas neles. Vamos estudar esta situação … . Entretanto e com a experiência ad-quirida neste, vamos idealizando o To-marMat 2007.

Sede em andamento

Com o entusiasmo do TomarMat, a Sede ficou para trás. Agora há que dar toda a atenção a este espaço que nos foi cedido na Es-cola Secundária Jácome Ratton. Começámos a prepará-la para po-dermos receber todos os colegas que se nos dirijam, tanto para troca de im-pressões como para aquisição de mate-riais disponíveis. Vamos procurar ter no nosso espa-ço a maior parte de livros e materiais disponíveis a nível da APM. Queremos que este espaço seja vivo, para assim, com a troca de ideias, podermos contribuir para dar uma di-nâmica mais forte à APM. Já possuímos acesso à Internet, gra-ças à gentileza do Conselho Executivo da Escola Jácome Ratton, o que agra-decemos. Falta-nos agora um compu-tador. Esperamos, dentro em pouco tempo, poder vir a ter esta ferramenta,

tão necessária ao trabalho a desenvol-ver.

Eleições

Como é sabido, ainda estamos a fun-cionar com uma Comissão Instaladora. Foi esta que arrancou com todo este processo. Vamos, também, no mais curto es-paço de tempo, proceder a eleições pelo que iremos contar com a dispo-nibilidade de alguns colegas que já se disponibilizaram para tal. Gostaríamos de captar colegas que, de entre todos os níveis de ensino, nos pudessem pôr ao corrente de todos os problemas vividos na sua área de ensi-no. Numa próxima oportunidade da-remos notícias desta nossa iniciativa.

Próximas actividades

Dado a grande percentagem de cole-gas do 1º ciclo que tivemos no Tomar-Mat, leva-nos a crer que deveremos dar mais atenção a este nível de ensi-no. Neste sentido, vamos tentar prepa-rar uma acção virada, exclusivamente para estas colegas, tanto mais que ma-nifestaram esse desejo quando do nos-so encontro. Também gostaríamos de começar a diversificar os locais e será uma boa oportunidade para irmos fazer uma acção numa sede de um Agrupamen-to. Vamos estar atentos às opiniões dos colegas e com uma Comissão Co-ordenadora já eleita, estaremos mais seguros daquilo que os associados de-sejam que seja o seu Núcleo.

Luís Pessoa

APM, Núcleo de Vila Real

No sábado, dia 28 de Janeiro de 2006, iniciou-se o Projecto de Formação Formação de matemática do ensino bá-sico em rede, na sede do núcleo em Vila Real. Este projecto tem como objecti-vo “realizar formação de formadores em rede, desenvolvendo metodologias de investigação-formação centradas na realidade experimental de várias ofici-

nas de formação em realização em di-versos CFAEs do distrito de Vila Real” e decorre na sede do Núcleo. Nesse mesmo sábado, 28 de Janei-ro, pelas 15 horas de correu a primeira Tertúlia Matemática subordinada ao tema 2º Campeonato Nacional de Jo-gos. Os colegas Elisabete Sousa e Hugo Fraguito falaram sobre alguns dos jo-gos do campeonato e explicaram as suas regras. Depois os participantes es-tiveram muito entusiasmados a apren-der a jogar os jogos uns com os outros. Foi uma tarde muito divertida. Jun-tem-se a nós todos os últimos sábados de cada mês (exceptuando os meses de Fevereiro e de Agosto) nas nossas Ter-túlias Matemáticas. A do mês de Mar-ço vai ser dedicada aos grafos Grafos para todos, porque todos (a partir dos 5 anos) podem (e devem) vir!… São tardes muito animadas!…

Maria Manuel Nascimento

RealMat �006 — VIII Encontro Distrital dos Professores de Matemática de Vila Real

A Associação de Professores de Ma-temática — Núcleo do Distrito de Vila Real, em conjunto com o Agru-pamento Vertical de Escolas de Santa Marta de Penaguião organizou o VIII Encontro Regional de Professores de Matemática, RealMat 2006, que se re-alizou, na E.B. 2,3 de Santa Marta de Penaguião, em 16 e 17 de Fevereiro. O RealMat 2006 teve como objec-tivos, entre outros, os seguintes:• Promover a melhoria da qualida-

de do ensino da Matemática, atra-vés da permanente actualização e aprofundamento de conhecimen-tos científicos, nas vertentes teóri-ca e prática;

• Promover o aperfeiçoamento da competência profissional e peda-gógica dos professores de Mate-mática nos vários domínios da sua actividade;

• Promover metodologias inovado-ras e instrumentos de avaliação al-ternativos aos tradicionais;

• Dinamizar a utilização de mate-riais que proporcionem um forte envolvimento dos alunos na apren-dizagem, nomeadamente materiais

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manipuláveis, calculadoras e com-putadores.

A ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, fez-se represen-tar no RealMat 2006 através do se-nhor director adjunto da DREN, Dr. António Pinto Leite. Ao longo dos dois dias pôde-se discutir os problemas mais premen-tes e actuais que a nossa escola vive: o insucesso, o abandono escolar e a fal-ta de qualidade das aprendizagens dos nossos estudantes. A reflexão pode ser concretizada através de painéis de discussão sobre • a avaliação e exames do 9º Ano

onde esteve presente a represen-tante máxima do Gabinete de Ava-liação Educacional (GAVE), Dr.ª Glória Ramalho e

• a ocupação plena dos tempos es-colares onde marcaram presen-ça a autarquia através do vereador da Educação e Cultura Engº José Alberto Araújo e o agrupamento através da presidente do Conselho Executivo, Engª Virgínia Amorim.

Também as conferências foram bas-tante elucidativas das preocupações sociais dos profissionais da educação dos diversos níveis de ensino. Uma das conferências versava o contributo da Matemática como factor essencial do progresso económico e social: profe-rida por Jaime Carvalho e Silva pude-mos constatar que por nas decisões de contrair empréstimos há que reflectir matematicamente acerca das diversas condições oferecidas por diferentes bancos, que nas decisões de saúde de aplicação de vacinas à população há estudos matemáticos que permitem elucidar a margem de risco/vantagem da sua aplicação, que nos filmes ani-mados com que as nossas crianças de-liram (Shrek, Toy Story, Os Incríveis, O código da Vinci, …) a geometria é a ferramenta que permite animar e dar forma aos protagonistas. Pudemos as-sistir ao testemunho de Elvira Ferreira, uma acompanhante/formadora, acer-ca do trabalho que está a ser realiza-do no 1º ciclo no distrito de Leiria e reflectir com Judith Pereira acerca da importância do tratamento do erro com os nossos estudantes como for-

ma de podermos repensar as práticas e os papéis dos estudantes e professor na sala de aula. No restante tempo os participan-tes puderam trabalhar de forma práti-ca conforme os respectivos interesses e necessidades em sessões práticas, comunicações e grupos de discus-são temática diversificados nos te-mas, ferramentas utilizadas, natureza das tarefas, metodologias envolvidas e avaliações conforme se pode cons-tatar no programa constante na pági-na da APM-Núcleo de Vila Real em http://www.apm.pt/nucleos/

vreal/index.html. Na opinião da organização, estes objectivos foram atingidos quer pela dinâmica implementada quer pela adesão demonstrada por todos os seus participantes, cerca de 150, desde o pré-escolar ao ensino superior. A ar-ticulação e a parceria entre os profis-sionais dos diferentes ciclos, desde o pré-escolar ao ensino superior, podem constituir a pedra angular na resolu-ção gradual de problemas educacionais com que hoje nos debatemos. Acredi-tamos que, tal como num corpo, não há órgãos nem funções mais impor-tantes que outras, há é especificidades que podem permitir um melhor fun-cionamento do todo numa lógica do respeito e valorização das diferenças de cada um. Em paralelo, ao RealMat 2006, para os alunos da Escola EB 2,3 de Santa Marta de Penaguião, houve a dinamização • das Oficinas Brincando com a Ma-

temática — em que os alunos da Escola EB 2,3 de Santa Marta de Penaguião puderam ter momentos e experiências diferentes no âmbi-to da Matemática: sessões de jogos, projecções de vídeos, exploração e manipulação de material didáctico, entre outros. Estas oficinas foram supervisionadas pelo Núcleo de Estágio de Matemática da UTAD — E. S/3 Camilo Castelo Branco e dinamizadas pelos restantes Nú-cleos de Estágio de Matemática da UTAD.

• MatUtad — Jogo que o Departa-mento de Matemática da UTAD e

os Núcleos de Estágio de Matemá-tica da UTAD apresentaram.

Além disso, foram distribuídos, ma-teriais oferecidos pelo GAVE e pela DGIDC:• a brochura e o cartaz com os Re-

sultados do Exame de Matemática do 9º Ano — 2005 — 1ª Chamada (http://www.gave.pt)

• o ClicMat — CD, que contém actividades interactivas de mate-mática (http://www.dgidc.min-edu.pt/recursos_mul-timedia/recursos_cd.asp).

Na quinta-feira, para terminar as acti-vidades, realizou-se a Assembleia Ge-ral APM. Esta Assembleia foi aberta a sócios e a não-sócios e debateu os 20 anos da APM — Núcleo de Vila Real; O Tema APM do ano de 2006 — Matemática e o Tempo —; O 2º Campeonato Nacional de Jogos; As Tertúlias Matemáticas na sede da APM — Núcleo de Vila Real; e ain-da o relançamento do Algoritmo bo-letim semestral de notícias do distrito de Vila Real. Neste RealMat 2006, o Progra-ma Social que constou de Porto de Honra no Museu das Caves de San-ta Marta de Penaguião na quinta-fei-ra pelas 18h30 e seguido do jantar no Museu das Caves de Santa Marta de Penaguião, tendo actuado o Grupo de Cantares Terras de Penaguião. Este encontro só foi possível pelo patrocínio do Sistema de Incentivos à Qualidade da Educação (Medida 3, SIQE), bem como pelos apoios de di-ferentes entidades das quais destaca-mos o Governo Civil de Vila Real, a Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião e a Adega Cooperativa de Santa Marta de Penaguião. O RealMat 2006 foi muito partici-pado e a todos — participantes, patro-cinadores e apoiantes — a Comissão Organizadora agradece.

Comissão Organizadora: Alexandra Gregório, Celina Almeida, Fernando

Guedes, Manuel Assunção (E. B. 2, 3 Santa Marta de Penaguião); Ilda Couto Lopes (E S/3 de São Pedro, Vila Real); Maria Manuel Nascimento (Departamento de

Matemática, UTAD)

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16 | Março �006 || nº 80

Ficha técnica: APMinformação | Março 2006, nº 80 | Boletim publicado pela Direcção da Associação de Professores de Matemática e enviado gratuitamente aos sócios da APM | Edição Direcção da APM | Editores Helena Gil, Ilda Rafael, Manuela Pires e Sofia Trindade | Paginação Gabinete de Edição da APM | Morada Rua Dr. João Couto, nº 27–A 1500-236 Lisboa | Telefones 21 7163690/21 7110377 | Fax 21 7166424 | E-mail [email protected] | APM na web www.apm.pt | Impressão APM | Tiragem 3500 exemplares.

A memória atropela-se ao tentar desenhar um discurso correcto e diacrónico destes 20 anos: por onde começar, que sublinhar, que reter? Inevitavelmente a minha me-mória transporta-me a uma viagem de Lisboa a Bragança, rumo ao ProfMat, numa carrinha, tipo furgão, com o Edu-ardo Veloso. Era Setembro e fazia muito calor e essa via-gem, na época, era interminável. Mas viajar um dia inteiro na companhia do Eduardo foi, para mim, a primeira expe-riência marcante na APM. Foi no decorrer dessa viagem que o Eduardo — que eu conheci nesse dia — me lançou o desafio: “a APM está a pensar organizar um seminário so-bre a revisão curricular; que te parece se se realizasse em Milfontes? Olha que vai ser um acontecimento que vai fi-car na história!” Eu era professora no colégio de Milfontes e desde logo acariciei esse projecto, contagiada por aque-la capacidade que o Eduardo tem de nos entusiasmar … . E o seminário sobre a Revisão Curricular da Matemática foi mesmo o Seminário de Milfontes e ficou para a história! Este episódio faz parte do meu património pessoal de APMista e se o relato é porque ele significou, para mim, o baptismo de fogo não só na nossa associação mas como pro-fessora de Matemática. A partir daí o bichinho da inquie-tação nunca deixou de me roer … . No Seminário de Milfontes pude testemunhar uma re-flexão profunda e um sério debate das questões que emer-giam sobre o Ensino da Matemática e o seu papel na grande reforma de Roberto Carneiro que então se desenhava. Os documentos que aí se produziram foram assumidos, não só pela APM, mas também pela Comissão para a Reforma que os publicou como documentos de trabalho, catapul-tando para o terreno a vontade de mudança e as inquie-tações que mobilizaram os professores de Matemática na própria criação da sua Associação. Este foi um aconteci-mento que, quase diria precocemente, atestou a pujança da APM e a consolidou como parceiro incontornável no de-bate sobre a Educação em Portugal e, em particular, sobre a Educação Matemática.

Passados 20 anos sobre a criação da APM, recordare-mos este e outros acontecimentos fundacionais que, a par com o carácter, a determinação e o empenho qualificado daquele núcleo de sócios fundadores, consolidou aquilo que internamente chamamos o estilo APM. E se o recor-damos, oxalá não seja com a nostalgia romântica de quem olha para o próprio umbigo, mas de quem, na memória, sabe encontrar as razões das lutas do presente para traba-lhar com seriedade intelectual e com conhecimento da ter-ra que pisamos, por um futuro que esperamos e se faz … caminhando. Assim, talvez possamos ir encontrando e partilhando perguntas e respostas e dúvidas que nos obriguem a não fi-car parados. Mas certamente não chegaremos àquele tipo de certezas, hoje tão frequentes, manifestadas de uma for-ma irónica e arrogante, sobre a Escola e os caminhos da Pedagogia e das Ciências da Educação, e sobre quantos meteram pés ao caminho e arriscaram caminhos. E descul-pem este desabafo final: nestes tempos em que os que têm este tipo de opiniões sobre a Escola e o Ensino são os que ganham protagonismo mediático — esses que nunca pi-saram, enquanto docentes ou investigadores, o terreno do Ensino Básico e Secundário e pouco conhecem da sua evo-lução nos últimos trinta anos — eu gostava que não nos deixássemos intimidar por quem nada tem a propor, mas continuássemos a saber ouvir e a perscrutar, desde os té-nues indícios, até às evidências clamorosas. E a procurar respostas.

Lurdes Figueiral

A propósito dos �0 anos da APMReflexão