aplicativo lide - plano de negócios
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Trabalho produzido na disciplina de Administração em Jornalismo - Famecos/PUCRS - 2014/2TRANSCRIPT
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
ANAHÍS VARGAS, CAROLINA FORTES, CAROLINA GOYER, DANIELA FLOR, LUÍSA DAL MAS E MURIEL PORFIRO
PLANO DE NEGÓCIOS – STARTUP
APLICATIVO LIDE
Professora: Ana Cecília Nunes
Disciplina: Administração em Jornalismo
Porto Alegre
2014/2
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SUMÁRIO 1 ELEVATOR PITCH...................................................................................................4 2 VISÃO DOS FUNDADORES: MAPEAMENTO DE HIPÓTESES............................5 2.1 SEGMENTOS DE CLIENTES................................................................................5
2.2 PROPOSTA DE VALOR........................................................................................6
2.3 CANAIS..................................................................................................................6
2.4 RELACIONAMENTO COM CLIENTES..................................................................6
2.5 FONTES DE RECEITA..........................................................................................7
2.6 RECURSOS PRINCIPAIS......................................................................................9
2.7 ATIVIDADES-CHAVE............................................................................................9
2.8 PARCERIAS PRINCIPAIS.....................................................................................9
2.9 ESTRUTURA DE CUSTO......................................................................................9
2.10 MODIFICAÇÕES NO PROCESSO....................................................................10
3 VALIDAÇÃO E FEEDBACK...................................................................................11 4 HIPÓTESE DE PRODUTO E CRESCIMENTO DA EMPRESA.............................12 4.1 MOTORES DE CRESCIMENTO..........................................................................12
4.2 CONTEXTO E MERCADO...................................................................................13
4.3 CURVA DE ADOÇÃO DE INOVAÇÃO E CICLO DE ADOÇÃO DO PRODUTO.13
4.4 MVP......................................................................................................................13
4.5 ROADMAP E EXPECTATIVAS............................................................................13
5 DETALHES OPERACIONAIS................................................................................14 5.1 ESTRUTURA LEGAL...........................................................................................14
5.2 ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO.....................................................................14
5.3 PROCESSOS DE PRODUÇÃO/OPERAÇÃO.....................................................14
5.4 NECESSIDADE DE PESSOAL............................................................................15
5.5 CAPACIDADE PRODUTIVA/COMERCIAL/SERVIÇOS E POTENCIAL DE
ESCALABILIDADE.....................................................................................................15
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6 NECESSIDADES FINANCEIRAS E EXPECTATIVAS DE NEGÓCIO..................17 6.1 O QUE É SUCESSO E SUAS MÉTRICAS..........................................................17
6.2 INVESTIMENTO INICIAL.....................................................................................17
6.3 DESPESAS DE OPERAÇÃO E ESTIMATIVA DE CUSTOS FÍSICOS...............17
6.4 CUSTO UNITÁRIO DE PRODUÇÃO E ENTREGA DO PRODUTO....................18
6.5 INVESTIMENTO TOTAL......................................................................................18
6.6 PONTO DE EQUILÍBRO E LUCRATIVIDADE.....................................................18
6.7 CRESCIMENTO, ESTRATÉGIA DE SAÍDA E ESTRATÉGIAS DE PREÇO.......18
7 MOCK UP...............................................................................................................21
APÊNDICE A – BUSINESS MODEL CANVAS – LIDE
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1 ELEVATOR PITCH
Voltado para pessoas que consomem informação online em massa e em
tempo real, que procuram organizar e facilitar suas buscas, o Lide é um aplicativo
que simplifica a leitura de notícias de quaisquer assuntos. Ao permitir ao usuário a
criação de tags sobre assuntos que deseja acompanhar e compilando-as, o serviço
personaliza a experiência informativa de cada um segundo seus interesses
particulares.
Diferente do Zite, produto norte-americano que segue proposta semelhante,
o Lide não restringe a pesquisa a assuntos pré-definidos. Além disso, traz conteúdos
provenientes de veículos brasileiros, através de sites de qualidade do país
selecionados por curadoria editorial.
O Lide funciona da seguinte maneira: o novo usuário realiza um cadastro e
cria uma tag com qualquer assunto de seu interesse, geral ou específico. Então
deve escolher uma das grandes editorias pré-definidas para encaixar a tag e evitar
ambiguidades. A partir daí acompanhará um feed de conteúdos com esta palavra-
chave, provenientes dos principais sites relevantes para o tema. O critério de
qualidade será determinado por equipe de jornalistas, através de curadoria manual.
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2 VISÃO DOS FUNDADORES: MAPEAMENTO DE HIPÓTESES
O Lide foi pensado desde o início segundo o conceito de startup, uma vez
que se insere num mercado incerto e não conta com a possibilidade de fazer
análises profundas de cases semelhantes para basear sua evolução. O negócio é
extremamente escalável por estar ligado ao meio digital, onde o pico de produção é
menos limitante. Esta ideia permite que seu lançamento parta do MPV e que esteja
aberto a grandes e constantes modificações de acordo com o feedback, além do
acréscimo de funções.
Neste caso, optou-se pela utilização do Business Model Canvas. O modelo se
destaca por alinha um pensamento não apenas para o empreendedor, mas também
com foco em investidores e possíveis parcerias. A medida que evolui, estes se
tornarão peças cada vez mais essenciais para o negócio, seja para oferecer gama
maior de conteúdo quando para desenvolver novos serviços. Além disso, com esse
modelo é possível analisar de forma mais minuciosa todos os detalhes referentes ao
produto e, assim, corrigir possíveis falhas.
APÊNDICE A – Business Model Canvas – Aplicativo Lide
2.1 SEGMENTOS DE CLIENTES
Existem dois segmentos de clientes a serem levados em conta: as pessoas
físicas e as empresas/pessoas jurídicas. Para o lançamento do produto, os primeiros
serão o foco do desenvolvimento. Eles estão em contato principalmente com a
versão mobile do serviço e o utilizarão para interesses pessoais de informação. O
clientes físicos estão separados de acordo com seus hábitos e possíveis intenções,
que posteriormente definirão as fontes de receita. Um grupo é daqueles que
consumirão conteúdos específicos e mais fechados, através da busca por assuntos
não tão facilmente encontrados com destaque em sites de notícia. O outro, são os
que procurarão por tags mais amplas, mais próximas das tradicionais editoriais.
Essa separação torna-se mais visível devido as possibilidades de utilizar o modelo
Freemium, em cada meio de cobrança está de acordo com estes grupos de
interesses determinados.
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No caso das empresas, o Lide, principalmente em versão desktop, pode
servir como uma espécie de serviço de clipagem automatizado. Através da criação
de tags relacionadas as áreas de atuação da empresa, o aplicativo passa a ter uso
comercial em grande escala, permitindo aí mais um nicho de atuação.
2.2 PROPOSTA DE VALOR
As propostas de valor atribuídas ao Lide são norteadas principalmente por
valores subjetivos, umas vez que o produto está ligado ao conteúdo jornalístico, que
já carrega em si esta carga de sentido não físico.
Para as pessoas, a propostas de valor principais são:
- Personalização da experiência de informação diária, pois proporciona que o
usuário esteja no comando dos assuntos que irá acompanhar, mas conte com o
trabalho editorial na curadoria de credibilidade/confiança;
- Simplificação da busca por notícias de temas específicos, uma vez que
facilita o acesso a informações de assuntos pouco acompanhados/buscados ou de
interesse a um público mais definido. Além disso, realiza com velocidade um
processo de procura que pode ser bastante lento. Neste caso, o valor é forte para
ambos os segmentos de clientes;
- Time saver; conveniência de unificar a busca por conteúdos de interesse,
pois funciona como agregador de temáticas da preferência do usuário, sem que
precise fazer manualmente esta busca em locais diferentes.
2.3 CANAIS
2.4 RELACIONAMENTO COM CLIENTES
O relacionamento com os clientes será personalizado de acordo com a
divisão entre os usuários Free e Premium. As motivações principais serão a
aquisição do cliente e o upgrade dele de um plano para o outro (do grátis ao pago),
bem como a retenção do usuário. Para isso, as estratégias serão segmentadas,
como explicado abaixo:
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- Free: avaliação online; tutorial/FAQ;
- Premium: avaliação online; manual de instruções; chat em tempo real; SAC
telefônico. Estes clientes poderão vir a contar posteriormente com serviços
automatizados personalizados, como sugestão de conteúdo com base nos
interesses prévios.
2.5 FONTES DE RECEITA
O aplicativo segue o modelo Freemium. Neste caso, cada segmento de
cliente gera um tipo receita diferenciado.
A versão Free, sem cobrança, permite o acompanhamento de até 5 tags (que
podem ser editadas), além da mais procurada no dia, que será liberada
indiscriminadamente no tempo em que manter esta posição. Neste caso, o usuário
estará exposto a cards publicitários, seja na página principal ou visíveis em painéis
de tags que estiverem encaixadas em determinada editoria. A receita proveniente da
publicidade pode se expandir futuramente com a venda de espaço para conteúdo
nativo, prática comum em serviços jornalísticos online.
Aqueles que consomem notícias em geral, tendem a escolher o Free,
enquanto aqueles que pretendem se informar sobre assuntos mais fechados, podem
desviar-se para o Premium. Estes clientes são a outra forma de receita. Eles pagam
determinada mensalidade para que possam obter vantagens no serviço. Por se
tratar de um produto em constante evolução, esta cobrança será recorrente. Estes
clientes terão tags ilimitadas, não enxergarão publicidade e futuramente, existe a
possibilidade do desenvolvimento de uma edição diária com as principais notícias e
tags consolidadas, como acontece na Daily Edition do Flipboard.
A escolha dos modelos de receita diferenciados foram baseados em
caminhos pensados através da simulação de personas que se encaixariam em
diferentes perfis:
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2.6 RECURSOS PRINCIPAIS
- Recursos Humanos: os recursos humanos são o principal recurso da
empresa. O Modelo de Negócios será baseado no trabalho de profissionais da área
da comunicação, principalmente jornalistas, que irão realizar uma curadoria de sites,
portais e blogs de notícia, a partir dos quais o aplicativo selecionará as notícias de
acordo com as tags de cada usuário. Além disso, cabe às pessoas por trás do
aplicativo estabelecerem parcerias estratégicas com sites.
- Recursos Intelectuais: o aplicativo será sustentado por uma ferramenta de
buscas que coletará as notícias a partir das tags escolhidas pelos usuários,
buscando as palavras-chave no corpo do texto das matérias. A ferramenta será
desenvolvida pela equipe do aplicativo (com programadores/desenvolvedores) ou
um serviço terceirizado será utilizado.
2.7 ATIVIDADES-CHAVE
Por se tratar de um modelo de negócios que tem uma plataforma como
Recurso Principal, as atividades-chave do Lide estão relacionadas ao
desenvolvimento, ao gerenciamento e à promoção do aplicativo. Além disso, por
envolver um trabalho editorial na essência da sua proposta de valor, a curadoria
humana de sites também é uma atividade-chave.
2.8 PARCERIAS PRINCIPAIS
As principais parcerias do Lide são os sites de notícias de cada área
determinada. Eles caracterizam-se como alianças estratégicas entre não
competidores. A principal função desta parceria é oferecer as notícias, de acordo
com cada grande tema estabelecido, afim de proporcionar ao usuário os portais de
informações de maior credibilidade do Brasil. Exemplo: Folha Poder para a editoria
de Política. Nesse caso, a parceria seria entre o aplicativo e a Folha de S. Paulo.
2.9 ESTRUTURA DE CUSTO
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Os gastos iniciais da startup serão para fazer o aplicativo e a versão desktop
funcionarem. Neste caso, são necessários desenvolvedores e designers, o
investimento no layout. Com aplicativo e desktop em funcionamento, a atualização
das listas através da análise dos sites que serão disponibilizados gera gasto por ser
realizada por pessoas (jornalistas), que demandam salário fixo. Futuramente, pode-
se pensar em estabelecer um local de trabalho (espaços de co-working ou
incubadoras), o que também geraria gastos, mas que não é necessário no período
inicial do Lide.
2.10 MODIFICAÇÕES NO PROCESSO
Através do processo de feedback explanado no tópico seguinte, modificações
foram realizadas no Canvas da startup. Inicialmente, as empresas não eram
consideradas um segmento de clientes em potencial. Porém, o contato com
profissionais da área do jornalismo permitiu a verificação desta necessidade de uso
comercial regular. Além disso, havia o planejamento de um versão intermediária
entre Free e Premium, com tags ainda limitadas, mas em maior número. A consulta
demonstrou desinteresse dos usuários nesta nuance, que foi excluída do modelo.
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3 VALIDAÇÃO E FEEDBACK
Para a realização do feedback, foram feitas entrevistas separadamente com 8
homens e mulher, que variam entre 20 e 77 anos de idade e exercem relação
cotidiana com a tecnologia. A técnica foi de apresentação básica e concisa do
negócio em 5 minutos para este público e análise de suas dúvidas, opiniões e
percepções. A partir deste processo, foi possível enxergar pontos fortes a serem
destacados e pontos a serem modificados no Canvas.
A assinatura intermediária foi pouco relacionada nos comentários, e por isso,
foi descartada.
De maneira geral, o público-alvo entendeu o aplicativo como uma ferramenta
capaz de juntar em um único lugar as notícias de interesse próprio, além de trazer
uma curadoria capaz de passar credibilidade na escolha dos sites parceiros. Este
serviço teve peso por encontrar informações confiáveis que o usuário tem
dificuldade de discriminar. Outro ponto importante levantado pelos entrevistados foi
a agilidade de poder pesquisar por um assunto de interesse, tendo-os em mãos em
um espaço de tempo curto. Além disso, vários manifestaram a vontade de virar, num
futuro próximo, usuários Premium.
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4 HIPÓTESE DE PRODUTO E CRESCIMENTO DA EMPRESA 4.1 MOTORES DE CRESCIMENTO
Para o aplicativo em questão, os motores de crescimento, itens responsáveis
pela expansão e sustento da marca, serão três. O primeiro, atuante de forma quase
que orgânica, será o boca a boca entre públicos de usuários e de empregados dos
veículos de comunicação parceiros. A sugestão pessoal, com autoria reconhecia e
relato de utilização, surge no meio como forma valiosa de expandir o alcance do
Lide. Mesmo que não haja alta taxa de aderência, as pessoas já terão tido contato
com a marca e o serviço que é prestado.
Como segundo motor de crescimento, apostaremos na exposição gratuita do
produto. A estratégia de convidar usuários beta para que testem, utilizem e
agreguem ideias ao aplicativo serve, também, para colocá-lo em evidência. A
utilização de produtos por pessoas reconhecidas no meio social, digital ou
acadêmico, reflete nos possíveis usuários que mantém contato pessoal ou por redes
sociais com os convidados.
Na última e terceira alternativa de motor de crescimento está a publicidade
paga. Por ser o aplicativo um produto de origem digital, os investimentos em
publicidade se darão apenas em meios eletrônicos, priorizando redes sociais e sites
de tecnologia, que atendem ao mesmo público-alvo que o Lide.
Como startup, temos plena consciência de que os motores um e dois, boca a
boca e exposição gratuita do produtos, respectivamente, devem ser priorizados
como forma de expansão e de atingir novos públicos. Quando for alcançado um
lucro que possibilite investir em publicidade direcionada, o faremos.
Para fins de classificação, trabalharemos com motores de crescimento viral,
sendo o boca a boca o principal, e pago, representado pela publicidade em redes
sociais e sites de nicho.
4.2 CONTEXTO E MERCADO
O mercado a ser explorado pelo aplicativo ainda é bastante remoto,
relacionado a produtos de tecnologia ligados ao jornalismo, mas que não são
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baseados na produção de conteúdo e sim em agregá-los. Porém, um case de
sucesso pode ser considerado como base e também visto como concorrente: o
aplicativo Zite. O serviço norte-americano funciona agregando conteúdos produzidos
por outros veículos de acordo com categorias de assuntos, porém, estes temas são
pré-definidos pela equipe do aplicativo. Além disso, as notícias apresentadas são
todas em Língua Inglesa. Por não contar com curadoria editorial, por vezes rebate
em conteúdo de baixa qualidade para assuntos mais específicos.
O sucesso do Zite é comprovado pela sua aquisição ainda em fase inicial pela
rede de televisão CNN e mais recentemente pela sua venda e parceria com o
Flipboard, agregador de conteúdo voltado para redes sociais.
4.3 CURVA DE ADOÇÃO DE INOVAÇÃO E CICLO DE ADOÇÃO DO PRODUTO
O ciclo de adoção de inovações contará com ferramentas que atribuam ainda
mais valor ao produto e satisfação aos usuários. A criação de tags abertas sobre
eventos que estejam ocorrendo será uma dessas inovações, ao alcance de todos os
tipos de usuários. A entrega de informações sobre as tags mais buscadas no
intervalo de um dia, para usuários premium, e ou de um mês, para usuários free,
também será anexada para melhor informar nossos clientes.
Em termos comerciais, serão implementados native ads, possibilitando que
clientes comerciais entreguem conteúdo de valor e sem incômodo ao usuário. O
ciclo de inovações deverá contar, futuramente, com a expansão para outras
plataformas.
4.4 MVP
O MVP do Lide está baseado em um espaço em servidor de internet, que
abrigará o funcionamento do aplicativo mobile. Ele terá, em primeira instância,
funções básicas para a compreensão e usabilidade do produto como cadastro, e
criação de tags, com uma lista básica de classificação do conteúdo. Será
disponibilizado um endereço de e-mail para a solução de dúvidas. Para os usuários
premium, haverá uma via de pagamento online por cartão de crédito. O MVP estará
disponível para usuários Android e iOS.
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5 DETALHES OPERACIONAIS 5.1 ESTRUTURA LEGAL
A forma jurídica da empresa é sociedade limitada, porque realiza atividade
empresarial e é formada por mais de dois sócios. Essas pessoas contribuem com
moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para a formação do capital social. A
responsabilidade dos sócios é restrita a esse valor, porém eles respondem
solidariamente pela integralização da totalidade do capital, ou seja, cada sócio tem
obrigação com a sua parte no capital social.
5.2 ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO
O enquadramento tributário do aplicativo Lide será Simples, que é
recomendado para microempresas com faturamento anual até R$ 240 mil. Podem
se enquadrar nesse modelo empresas que estejam na classificação nacional de
atividades econômicas como indústrias, comércios e alguns serviços não técnicos.
As principais vantagens do regime Simples é que as alíquotas são menores e a
administração da agenda tributária é mais fácil, o que o torna bastante escolhido
pelos pequenos empresários. Em relação a isso, o Simples permite uma unificação
de impostos – como o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o PIS/Pasep,
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI). As alíquotas variam de 4% a 12% de acordo com a
categoria em que a empresa está inserida. No caso do app, seria no artigo XII, que
diz respeito a: “Outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não.” (Lei Complementar 147/2014)
5.3 PROCESSOS DE PRODUÇÃO/OPERAÇÃO
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A fabricação do produto será feita por uma equipe contendo
programador/desenvolvedor de tecnologia, além de um designer. Posteriormente,
haverá a curadoria dos sites dos quais as notícias serão filtradas, que será feita por
jornalistas, inicialmente os membros da equipe de sócios. Esses sites serão
inseridos na plataforma do aplicativo, que será acoplado a um buscar para que as
palavras-chaves possam ser encontradas. produto será disponibilizado na App Store
e no Google Play, para que possa ser utilizado nas plataformas iOs e Android.
Também será criado um site, semelhante ao aplicativo, mas adaptado ao desktop. A
partir daí, o cliente poderá fazer o download do aplicativo, e escolher as tags das
quais ele irá receber as notícias.
Os sócios e o programador ficarão diariamente em contato, para monitorar
como está indo o funcionamento da plataforma e, caso precise, para escolher alguns
outros sites que podem ser pesquisados. Por isso, devem estar sempre atentos ao
“mundo” online. O trabalho poderá ser feito em uma sala, presencialmente, ou por
home office, desde que hajam reuniões semanais e disponibilidade diária de todos
para a resolução de quaisquer problemas.
5.4 NECESSIDADE DE PESSOAL
A equipe será composta pelos sócios, no papel de profissionais de jornalismo,
e por um desenvolvedor/programados, que auxiliará no desenvolvimento do
aplicativo e na manutenção de questões técnicas, como a inserção de novos sites,
procura das tags por buscador online, entre outros. As demais atividades, como
relacionamento com os públicos, captação de investidores, trato comercial e
curadoria dos sites, serão inicialmente feitas pelos sócios.
5.5 CAPACIDADE PRODUTIVA/COMERCIAL/SERVIÇOS E POTENCIAL DE
ESCALABILIDADE
No aplicativo Lide, as principais funções serão feitas automaticamente. A
procura de tags, por exemplo, será executada através de um buscador online. Por
isso, a capacidade produtiva da startup será ilimitada, dependendo do número de
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usuários do aplicativo. O único trabalho que será feito manualmente é o de curadoria
dos sites, além de atualizações regulares.
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6 NECESSIDADES FINANCEIRAS E EXPECTATIVAS DE NEGÓCIO 6.1 O QUE É SUCESSO E SUAS MÉTRICAS
Para nós, sucesso significa o alcance do nosso objetivo, que é oferecer ao
público um aplicativo funcional e de qualidade. Com isso, desejamos construir uma
base sólida, chegando ao maior número de usuários possíveis, seja em forma Free,
onde gerarão renda via publicidade, ou Premium, de onde os lucros financeiros
surgirão diretamente ligados ao serviço, além do relacionamento de qualidade com
os anunciantes em potencial.
É importante pensar como métrica de sucesso o acompanhamento da
passagem dos usuários Free para Premium. Dessa forma, a ideia é sempre seguir
tentando aumentar o número de usuários que utilizam o pacote Premium. Outra
métrica secundária, mas que também aponta o sucesso, é saber quanto tempo cada
usuário passa dentro dessa plataforma. Entre essas métricas também pode-se
contar quantas pessoas realizam o download e a partir disso, quantas permanecem
com o aplicativo.
Entretanto, todas essas métricas de sucesso são modificáveis e precisam de
acompanhamento regular (mensal, semanal, etc.)
6.2 INVESTIMENTO INICIAL
O investimento inicial consiste na soma do Capital Social dos sócios. Para
isto, utilizamos como base o plano da Estarte.me, que é uma aceleradora de
startuos de negócios digitais e demanda um investimento em torno de R$ 10.000 por
sócio. No caso da Lide, por sermos seis sócias, o montante total seria R$ 60.000.
Vale ressaltar que os gastos iniciais serão utilizados para a criação do aplicativo e
para mantê-lo por alguns meses até conseguirmos lucro o suficiente para sustentar
o negócio.
6.3 DESPESAS DE OPERAÇÃO E ESTIMATIVA DE CUSTOS FÍSICOS
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A empresa não terá gastos materiais para operar uma vez que não haverá
espaço físico, ao menos no primeiro ano. Porém, neste ponto devemos contabilizar
os salários de 5 jornalistas que trabalharão na curadoria dos sites de notícias, 1
assessor de comunicação, 1 funcionário de TI que cuidará das questões
tecnológicas do aplicativo e 1 webdesigner. Estes funcionários serão fixos e farão
parte da folha de pagamento inicial, podendo modificar com as atualizações do
futuro, apenas o webdesigner será um profissional para o início e depois contratado
nas atualizações necessárias.
Para o salário dos 6 jornalistas contratados, utilizamos como parâmetro o piso
estadual para a capital Porto Alegre, que está no valor de R$ 1.955, somamos 10%
de encargos sociais e o total foi de R$ 12.903. Para o funcionário de TI e o
webdesigner também foi utilizado o piso das profissões referentes ao salário pleno,
somado aos 10% dos encargos. O webdesigner passa a receber R$ 5.074,30 e o TI
R$ 5.780.
6.4 CUSTO UNITÁRIO DE PRODUÇÃO E ENTREGA DO PRODUTO
Por ser um produto digital, o número de unidades não influencia diretamente
no valor. O cálculo do custo da produção, por sua vez, está ligado ao pagamento de
um designer para a construção do layout e um funcionário de TI que colocará o
aplicativo e o site em funcionamento, além de definir a estrutura de acesso, o banco
de dados e o banco de fontes, através dos jornalistas.
Além desse valor inicial, trabalharemos também com a atualização contínua
do Lide conforme o retorno dos usuários. Dessa forma, o mínimo pensado é de três
atualizações por ano, com modificações de predisposição da página, além de contar
com acompanhamento constante funcionário de TI que ficará atento a qualquer bug
do sistema.
Levando em conta os salários mencionados no tópico anterior, teremos um
custo único de entrega de cerca de R$ 23.757,30, independente da quantidade de
unidades. A partir do segundo mês, os custos com o webdesigner acabariam,
surgindo, eventualmente três vezes por ano, apenas.
6.5 INVESTIMENTO TOTAL
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Capital Social: R$ 60 mil
Investimentos fixos:
Salário dos seis jornalistas - R$ 12.903,00
Salário do funcionário de TI - R$ 5.780,00
Total: R$ 18.638,00
Investimentos pré-operacionais ou atualização ao longo do ano:
Salário inicial dos seis jornalistas - R$ 12.903,00
Salário do funcionário de TI - R$ 5.780,00
Pagamento do salário do webdesigner para o layout - R$ 5.074,30
Total: R$ 23.757,30
6.6 PONTO DE EQUILÍBRO E LUCRATIVIDADE
O valor Premium do aplicativo ou site é de R$ 7,90.
O valor mensal fixo é de R$ 18.638,00, com três acréscimos de R$ 5.074,30
durante o ano.
Ou seja, o custo anual é de R$ 238.878,90 (contando os 12 meses do ano
mais as 3 atualizações). Este valor equivale a venda de 30.238 assinaturas
Premium.
Para podermos chegar a este valor anual, no mês precisamos vender 2.520
assinaturas Premium, o que dá em dinheiro R$ 19.908.
Como investimos R$ 60.000 no capital social, se vendermos as 2.520
assinaturas em um mês, ao completarmos em torno de 3 meses, estaríamos
alcançando este valor. No entanto, vale ressaltar que existem dificuldades iniciais e
2.520 assinaturas Premium no primeiro mês é uma meta ousada. Por isso,
estimamos que dentro de um ano conseguiríamos alcançar um lucro razoável,
conseguindo encontrar o equilíbrio.
Além disso, o peso da verba publicitária deve ser crescente nas finanças à
medida que o produto alcançar sucesso.
6.7 CRESCIMENTO, ESTRATÉGIA DE SAÍDA E ESTRATÉGIAS DE PREÇO
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Ideias e estratégias serão traçadas a fim de garantir que o maior número de
usuários migrem do pacote Free para o Premium. Assim, o Lide segue em constante
expansão e transformações, como por exemplo, a possibilidade do acréscimo de
uma edição diária aos usuários Premium com as principais notícias e tags
consolidadas, como acontece na Daily Edition do Flipboard. Outra estratégia escalar
é o papel dos anunciantes nos pacotes Free, que contribuirá diretamente com a
renda extra. Como o mercado dessa startup é dinâmico, interativo e com facilidade
de atualização, existe grandes possibilidades que exista uma escala de vendas tanto
dos pacotes Premium, quanto do crescimento das estratégias traçadas para o
produto.
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7 MOCK UP
Algumas possíveis telas dos principais serviços do app:
https://www.fluidui.com/editor/live/preview/p_OWHaqWh8CWxy7CQstICzbNwMTL8x
9q7Z.1440706965819
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APÊNDICE A – BUSINESS MODEL CANVAS – LIDE