aplicações do espalhamento compton de raios gama

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LFNATEC Publicação Técnica do Laboratório de Física Nuclear Aplicada Volume 14, Número 01 Julho de 2010 - 1ª Edição Londrina - Paraná ISSN 2178-4507

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LFNATEC Publicação Técnica do Laboratório

de Física Nuclear Aplicada

Volume 14, Número 01

Julho de 2010 - 1ª Edição

Londrina - Paraná

ISSN 2178-4507

LFNATEC - Publicação Técnica do Laboratório de Física Nuclear Aplicada, v. 14, n. 01, julho 2010.

LFNATEC - Publicação Técnica do Laboratório de Física Nuclear Aplicada

COMISSÃO EDITORIAL (LFNA- UEL) Prof. Dr. Carlos Roberto Appoloni Prof. Dr. Otávio Portezan Filho Prof. Dr. Avacir Casanova Andrello Prof. Dr. Paulo Sérgio Parreira

APOIO TÉCNICO: Msc. Fábio Lopes

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Camila Veiga

EDITORAÇÃO WEB Eduardo Galliano

CORRESPONDÊNCIA LABORATÓRIO DE FÍSICA NUCLEAR APLICADA Departamento de Física Centro de Ciências Exatas Universidade Estadual de Londrina CEP 86055 - 900 Caixa Postal 6001 Londrina – Paraná

TELEFONES (43) 3371-4169 (43) 3371-4736

FAX (43) 3371-4166

EMAIL: [email protected]

HOMEPAGE: http://www.fisica.uel.br/gfna/ publictec.html Os artigos aqui publicados são de inteira responsabilidade dos autores e seus colaboradores, sempre identificados em cada texto. A reprodução parcial ou total do conteúdo aqui publicado, para fins que não sejam educacionais, de divulgação científica e não comerciais, é proibida.

APLICAÇÕES DO ESPALHAMENTO COMPTON DE RAIOS GAMA EMERSON M. BOLDO e CARLOS R. APPOLONI Universidade Estadual de Londrina, CCE, Departamento de Física, C.P 6001, CEP 86051-990, Londrina, Brasil. Contato: [email protected], [email protected]

ISSN 2178-4507

iii

RESUMO: O objetivo deste trabalho de revisão é delinear, tendo como base os artigos

publicados sobre o tema, o uso da técnica de Espalhamento Compton de raios gama em testes

não destrutivos, caracterização de materiais e imageamento não invasivo em diversas áreas

onde esse tipo de análise é essencial. São apresentados os princípios teóricos fundamentais da

metodologia bem como os resultados publicados em um grande número de trabalhos,

montando uma visão geral das condições de aplicabilidade e desempenho da técnica.

PALAVRAS CHAVE: Avaliação não destrutiva, Espalhamento Compton, Contraste Densidade,

Tomografia Compton.

ABSTRACT: The purpose of the present review is to outline, on the basis of published papers

about the subject, the applications of the gamma ray Compton scattering technique in non-

destructive testing, material characterization and non-invasive imaging in several fields where

this type of analysis is essential. The basic theoretical principles of the methodology and the

results published in a large number of works are presented, creating an overview of the

conditions of applicability and performance of the technique.

KEY WORDS: Nondestructive examination, Compton scattering, Density contrast, Compton

scattering imaging.

iv

Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................................... 1

3. ESPALHAMENTO COMPTON DE RAIOS GAMA EM MATERIAIS ....................................................... 8

3.1 CONCRETO .................................................................................................................................... 8

3.2 METAIS.......................................................................................................................................... 9

3.3 MADEIRA .....................................................................................................................................14

3.4 MATERIAIS COMPOSTOS ..............................................................................................................14

4. DEFESA E SEGURANÇA ...................................................................................................................18

5. CARACTERIZAÇÃO DE FLUXO E REGISTRO DE DENSIDADE EM POÇOS ...........................................21

6. SOLOS E AGRICULTURA .................................................................................................................25

7. MEDICINA ......................................................................................................................................27

7.1 DENSITOMETRIA ....................................................................................................................27

7.1.1 Método Razão Rayleigh/Compton .........................................................................................30

7.1.2 Método Duas Fontes .............................................................................................................33

7.2 IMAGEAMENTO 2D E 3D ..............................................................................................................35

8. OUTRAS APLICAÇÕES .....................................................................................................................41

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................43

10. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................44

1

1. INTRODUÇÃO

As radiações ionizantes com os raios-X e gama, são largamente aplicadas nos mais variados

testes não destrutivos e em imageamento em 2 e 3 dimensões com base na detecção de variações de

densidade. Em particular, a técnica do espalhamento Compton tem se mostrado adequada para essas

aplicações e já é usada em várias áreas de interesse obtendo excelentes resultados. Na área industrial,

onde os testes não destrutivos são de extrema importância, o espalhamento Compton tem sido

utilizado como técnica de inspeção não invasiva para detecção de falhas e irregularidades em

estruturas, apresentando vantagens em relação a outras técnicas por permitir o exame in situ de

estruturas espessas e com irregularidades superficiais. Na medicina, ela tem sido empregada para o

estudo de variações de densidade em ossos, tecidos moles e órgãos, objetivando o diagnóstico precoce

de patologias como o câncer e a osteoporose. Ainda nesta área, o imageamento Compton produz

imagens em 2 e 3 dimensões que permitem exames morfológicos quantitativos de órgãos vivos como

pulmões, cérebro, rins, etc. Na agricultura, parâmetros fundamentais para a otimização do solo como a

compactação e teor de umidade podem ser monitorados utilizando espalhamento Compton. Em

arqueometria a técnica pode ser empregada para localização de rachaduras internas em cerâmicas e

afrescos auxiliando em trabalhos de manutenção e restauração de material histórico.

Neste artigo, as várias abordagens de utilização da técnica de espalhamento Compton para

mapear variações de densidade eletrônica em materiais serão discutidas com o objetivo de construir um

panorama geral dos recentes progressos na área. Daremos ênfase ao uso da técnica empregando

radiação gama, visto que esta possui maior abrangência de aplicações, já que o uso de raios-X em geral

está restrito a materiais de baixa densidade por possuir baixo poder de penetração. A técnica de

espalhamento é baseada no princípio físico da interação inelástica entre os fótons gama e os elétrons

presentes na matéria, princípio este descoberto por Arthur H. Compton em 1923 (COMPTON, 1923).

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No intervalo de energia que abrange a maioria das transições nucleares, isto é, entre 0,01 até 10

MeV, um feixe incidente interage com a matéria através de três principais processos: espalhamento

(coerente ou incoerente), efeito fotoelétrico e produção de pares. No efeito fotoelétrico, o fóton

incidente é totalmente absorvido por um elétron, o qual é ejetado do átomo com energia cinética

correspondente a diferença entre a energia do fóton e a energia de ligação do elétron. Esta forma de

interação é predominante no intervalo de baixas energias (até 200 keV). Acima do limiar de 1,022 MeV a

produção de pares começa a ocorrer. Neste processo o fóton incidente interage com o intenso campo

elétrico do núcleo atômico e se converte num par elétron-pósitron. À medida que a energia do fóton

incidente cresce acima do limiar, a produção de pares torna-se o processo dominante. Interações via

2

espalhamento coerente entre fóton incidente e elétron orbital, somente alteram a direção do fóton sem

que este perca energia. Esta interação só possui probabilidade significativa para elementos pesados

sendo atingidos por fótons de baixa energia e, além disso, os ângulos de espalhamento são pequenos.

Por fim, no intervalo de energia entre 200 keV até 5 MeV, dependendo do material alvo, o

espalhamento incoerente, mais conhecido como espalhamento Compton, é o processo dominante.

Nesta interação o fóton incidente choca-se inelasticamente com o elétron orbital, perdendo parte de

sua energia e sendo espalhado dentro de um ângulo sólido dΩ. Devido a energia do fóton incidente ser

muito maior do que as energias típicas de ligação elétron-átomo, o elétron é considerado livre e em

repouso. Com a energia cedida pelo fóton, o elétron é ejetado do átomo numa direção resultante da

conservação de energia e momento relativísticos durante a colisão. A figura 01 mostra um esquema do

processo.

Fig. 01 – Esquema do processo de espalhamento Compton.

A partir da condição de conservação de energia e momento, é possível obter a seguinte relação

entre a energia do fóton incidente e espalhado:

(1)

onde h’ é a energia do fóton defletido, θ é o ângulo entre a direção de incidência e a direção do

espalhamento e m0c2 é a energia de repouso do elétron com valor igual a 511 keV. O elétron de recuo,

que é ejetado com energia E = h - h’ é rapidamente reabsorvido por processos de ionização e

excitação.

A probabilidade de ocorrência dos três processos de interação é influenciada pela energia do

fóton incidente, mas também há uma dependência em relação ao número atômico do material alvo. A

3

figura 02 mostra as regiões de dominância de cada interação em função de Z e da energia h da

radiação incidente.

Fig. 02 – Regiões de domínio das três principais interações com raios gama e a matéria. As linhas indicam os

valores de Z e h que são coincidentes para processos vizinhos (extraído de EVANS, 1972).

Observando a figura 02 podemos perceber que para o intervalo de energia entre 60 keV e 1,33

MeV, que abrange a maioria dos radioisótopos mais comuns disponíveis comercialmente, o modo de

interação predominante é o efeito Compton para materiais tão distintos como solo, metais, tecidos

humanos, etc. considerando suas composições químicas. Isso mostra a relevância deste princípio físico

para ser utilizado como técnica de caracterização.

Os processos de interação da radiação gama citados, promovem uma atenuação do feixe

incidente quando este atravessa a matéria. Esta atenuação é exponencial de acordo com:

(2)

onde I é a intensidade do feixe após atravessar uma distancia x do material, I0 é a intensidade do feixe

incidente, e é o coeficiente de atenuação linear. No coeficiente de atenuação linear estão presentes as

contribuições dos três principais processos. Sendo assim ele é dado por:

(3)

onde ef, C e pp são os coeficientes de atenuação devido ao efeito fotoelétrico, ao efeito Compton e a

produção de pares respectivamente. Valores tabelados de para vários elementos e energias podem

ser encontrados na literatura (HUBBEL e SELTZER, 1995). Uma alternativa conveniente ao cálculo

manual usando esses valores tabelados é a geração de valores de atenuação através d computador.

Para esse propósito, BERGER et. al. (BERGER, et. al. 1998), desenvolveram o programa XCOM para o

cálculo de coeficientes de atenuação e seções de choque para qualquer elemento, composto ou mistura

4

para valores de energia entre 1 keV a 100 GeV. Posteriormente, o XCOM foi portado para a plataforma

Windows por GEWARD e colaboradores, passando a se chamar WinXCon (GEWARD, et. al. 2004).

A figura 03 mostra a variação em função da energia, dos coeficientes de atenuação do efeito

Compton, o espalhamento elástico e o efeito fotoelétrico de dois materiais representativos para esse

artigo: músculos e concreto. No intervalo de energia entre 50 keV e 1,5 MeV, a seção de choque

dominante que contribui para a atenuação do feixe incidente é a da interação Compton (C Z ) e não a

seção de choque do efeito fotoelétrico (ef Z4-5 ) a qual é comparável com a seção de choque do

espalhamento elástico (el Z2-3 ). Devido a esta dominância do espalhamento sobre o processo de

absorção há vantagens na aplicação do espalhamento frente às técnicas de transmissão para esta

grande faixa de energia.

Fig. 03 – Coeficientes de atenuação de massa do efeito Compton, espalhamento elástico e efeito fotoelétrico para (a) músculos e (b) concreto, em função da energia (extraído de HOLT, et. al., 1984).

Podemos escrever o coeficiente de atenuação em função das seções de choque de cada

interação como segue:

(4)

5

onde: N é o número de átomos do material por m3, Z é seu número atômico e ef, pp e C são as seções

de choque para o efeito fotoelétrico, a produção de pares e o efeito Compton respectivamente.

A seção de choque diferencial por elétron do efeito Compton para uma radiação incidente não

polarizada, é dada pela equação de Klein-Nishina (COOPER, 2004):

(5)

onde: r0 é o raio clássico do elétron, m; e é a razão entre a energia

do fóton incidente e a energia de repouso do elétron. Valores de seção de choque experimentais e

teóricos para vários elementos e energias incidentes podem ser encontrados na literatura (HUBBELL,

1969, SHAHI, et. al., 2001).

A equação 5 sugere que o número de fótons espalhados por unidade de ângulo sólido varia com

a energia do fóton incidente. Isto pode ser visto na figura 04 que mostra o comportamento da seção de

choque diferencial por elétron para energias incidentes entre 10 keV e 10 MeV. Para baixas energias

(limite clássico) a seção de choque é simétrica em torno de 90:, indicando igual probabilidade de os

fótons serem espalhados para frente ou para trás após a colisão com o elétron. Porém, para energias

acima de 200 keV, a seção de choque torna-se fortemente assimétrica sendo que a região de

retroespalhamento é praticamente plana.

Fig. 04 – Seção de choque diferencial Compton por elétron para energias incidentes de 10 keV, 100 keV, 200 keV,

1 MeV e 10 MeV (extraído de ASA’D, et. al., 1997).

6

O número de fótons espalhados por interação Compton também depende da densidade

eletrônica do material alvo. A densidade eletrônica, ou seja, o número de elétrons por cm3 é dada por:

(6)

onde: é a densidade do material (g/cm3), NA é o número de Avogadro, Z o número atômico e A o peso

atômico. Para materiais com baixo número atômico, (Z/A) 1/2 (exceto hidrogênio e materiais

hidrogenóides), então a equação (6) pode ser escrita como:

(7)

ou seja ρe é diretamente proporcional a ρ.

Acrescentando a atenuação que o feixe sofre na sua viajem a partir da fonte, atravessando o

material até o voxel espalhador localizado numa posição x dentro do material e depois voltando ao

detector, podemos escrever a seguinte equação que fornece o número de fótons espalhados que

realmente são detectados no detector:

(8)

onde: I0(E) é a intensidade do feixe incidente com energia E;

t é o tempo em segundos do período de contagem;

є é a eficiência do detector para a energia do fóton espalhado;

x1 e x2 são os caminhos percorridos dentro do material pelos fótons incidentes e espalhados;

1 e 2 são coeficientes de atenuação linear para os respectivos caminhos percorridos;

e é a densidade eletrônica do material (eq. 6);

é a seção de choque diferencial por elétron do efeito Compton (eq. 5);

dΩ é o ângulo diferencial relacionado com a seção de choque;

dV é o volume diferencial inspecionado, definido pela sobreposição dos ângulos sólidos da

colimação de feixe e detector.

M é a componente de múltiplos espalhamentos.

Se o volume inspecionado é suficientemente pequeno, podemos substituir as variáveis na

equação 8 por seus valores centrais, omitindo assim as integrais. Para medidas superficiais o fator de

7

múltiplos espalhamentos também pode ser negligenciado, tornando esta equação que fornece o

número de espalhamentos únicos uma forma simples de se determinar a densidade eletrônica do

material.

A figura 05 ilustra esquematicamente um arranjo experimental para realização da técnica de

retroespalhamento Compton numa configuração típica. Fonte e detector devem estar bem colimados

para se obter uma boa resolução espacial, porém isso pode resultar numa baixa contagem forçando o

aumento do tempo de coleta de dados. A colimação também auxilia na redução do background

proveniente de fótons que sofreram espalhamento múltiplo. Estes parâmetros, portanto, devem ser

ponderados na otimização do experimento. Outro fator importante é o ângulo entre a fonte e o

detector, que também determina ao tamanho e forma do volume inspecionado o que influencia a

intensidade do feixe retroespalhado (BALOGUM, 1999). A fonte utilizada também deve ser escolhida

visando à otimização do experimento. Fontes de alta energia emitem fótons que penetram mais

profundamente na matéria visto que a coeficiente de atenuação linear decresce com o aumento da

energia. No entanto, a probabilidade do retroespalhamento acontecer diminui com o aumento da

energia para um dado ângulo conforme estabelecido pela relação de Klein-Nishina (eq. 05). A

intensidade do fluxo de fótons proveniente da fonte deve ser alta, já que o número de fótons

espalhados é diretamente proporcional ao fluxo como visto na equação 8.

Uma vez que esses parâmetros estejam definidos no arranjo experimental, a intensidade do

feixe retroespalhado vai depender somente da densidade eletrônica do material contido no voxel

inspecionado.

Fig. 05 – Diagrama de um experimento de retroespalhamento Compton típico, a intercessão dos ângulos sólidos da fonte e detector define e volume de inspeção onde os espalhamentos únicos podem ocorrer (extraído de

ASA’D, et. al., 1997).

8

3. ESPALHAMENTO COMPTON DE RAIOS GAMA EM MATERIAIS

3.1 CONCRETO

Um dos principais fatores que influenciam a resistência do concreto é a fração de ar que fica

presa nos poros que se formam após o endurecimento. Isso também afeta sua durabilidade, visto que a

maior parte dos processos de degradação são controlados pela taxa de penetração da umidade no

concreto (BEER, et. al., 2005). As propriedades de transporte de fluídos no interior do concreto são

influenciadas pela quantidade e grau de interconectividade dos poros presentes na estrutura. Portanto

conhecer informações sobre a densidade do concreto por meio de uma técnica não destrutiva é de

grande interesse. O retroespalhamento de raios gama é uma das técnicas adequadas para este fim.

Algumas agências governamentais provêm normas para testar o concreto por espalhamento Compton

(ASTM C 1040-93, 2001). Neste tipo de aplicação a técnica mede apenas a densidade média da região do

concreto inspecionada pelo feixe de raios gama (ADIL, 1977). Apesar da técnica apresentar pouca

penetração e ser muito sensível a presença de barras de reforço no concreto, variadas aplicações estão

sendo investigadas e têm sido propostas com bastante sucesso como veremos nos trabalhos citados a

seguir.

A primeira aplicação do espalhamento Compton na inspeção de concreto foi realizada por GAUTAN e

colaboradores (GAUTAM, et. al., 1983). Utilizando uma fonte de 192Ir e um detector de NaI, ambos

colimados, eles localizaram barras de ferro com diâmetros entre 0,95 a 2,5 cm colocadas num bloco de

concreto a 3,7 cm de profundidade. Outro experimento neste mesmo trabalho foi realizado para

detectar vazios com 1,5 cm de diâmetro de forma cilíndrica produzidos artificialmente no concreto

também a 3,7 cm de profundidade. Em ambos os experimentos, realizados com uma geometria de

espalhamento de 90:, o contaste de densidade das interfaces ferro/concreto e ar/concreto foi

detectado com sucesso nos espectros de contagens versus posição do volume inspecionado, mostrado

bom acordo com os resultados de simulação. Empregando uma fonte de 60Co, HILL e PEAK (HILL e PEAK,

1987) também obtiveram sucesso em medir variações de densidade relativa ao longo de um plano

perpendicular à amostra, para descriminar entre vazios, falhas e inclusões.

Trabalho semelhante foi realizado por TUZI e SATO (TUZI e SATO, 1989, 1990). Neste estudo

foram utilizadas fontes raios gama de 57Co e 133Ba que incidiam perpendicularmente à amostra sendo

que o feixe retroespalhado era detectado por um cintilador de NaI localizado a 135: em relação a

direção do feixe incidente. Dos espectros de contagens versus posição da amostra foi possível

determinar a posição, espaçamento, tamanho e profundidade de três barras de ferro localizados a 3 cm

a partir da superfície de um bloco de concreto. Foi detectada uma influência da qualidade do concreto

nos resultados. Concretos menos homogêneos e mais porosos induziram maior variabilidade no valor

das contagens. Posteriormente os mesmos autores realizaram comparações entre os resultados

9

experimentais e teóricos obtidos com simulação de Monte Carlo obtendo boa concordância entre os

mesmos (TUZI e SATO, 1992, 1993).

HUSSEIN e WHYNOT também estudaram a aplicabilidade do retroespalhamento Compton para

localização espacial de barras de aço e vazios em concreto (HUSSEIN e WHYNOT, 1989). Neste trabalho,

uma fonte colimada de 137Cs (300mCi) foi utilizada incidindo seu feixe a um ângulo fixo de 45 sobre a

amostra. Diferentes ângulos de espalhamento foram testados com o objetivo de otimizar a resposta do

detector de NaI. Verificou-se que o ângulo de espalhamento ótimo, depende da profundidade do

volume inspecionado a partir da superfície do bloco de concreto. À medida que a profundidade cresce o

ângulo de espalhamento deve ser maior para encurtar o caminho do feixe espalhado dentro da amostra

reduzindo assim sua atenuação. A resolução espacial para a detecção do aço e espaços vazios foi

estimada em 5 e 10 mm respectivamente. Mais recentemente a mesma resolução espacial foi reportada

por SHIVARAMU (SHIVARAMU, 2006) empregando um feixe de igual energia (662 keV) da fonte de 137Cs

numa geometria de 90:, porém agora utilizando um detector plano de HPGe. Com uma precisão

estatística melhor de 0,1%, um contraste de densidade entre materiais de 0,5% pode ser detectado.

SHIVARAMU também já utilizou a técnica de espalhamento gama para a determinação de teor de

umidade em concreto feito com pedra calcária (limestone) (SHIVARAMU, et al., 2002). Apesar do

ambiente alcalino proporcionado pelo concreto proteger as barras de reforço contra a corrosão

(GHORBANPOOR e BENISH, 2003), uma porosidade elevada pode permitir que ar e umidade entrem em

contado com o metal provocando o defeito. O aumento da área corroída introduz pontos de pressão no

concreto que são uma das causas de rachaduras na estrutura. Neste sentido investigou-se a presença

de corrosão em barras de aço inoxidável (SEKINE, et. al., 1992) e de aço doce (mild steel) (SHIVARAMU,

2004) ocultas em concreto e argamassa, através da diferença entre a intensidade espalhada proveniente

do metal com e sem corrosão. Verificou-se que esta diferença decresce e torna-se irregular em função

de dois fatores: 1) o tipo de matriz e sua espessura e 2) a forma da inclusão de aço dentro da matriz.

3.2 METAIS

Ainda na década de 70 surgiram os primeiros trabalhos reportando a utilização do

espalhamento Compton de raios gama para detecção de defeitos escondidos sob a superfície metálica

(ARKHIPOV, et. al., 1975; 1976; BUKSHPAN, et. al., 1975). Essas aplicações foram aperfeiçoadas

juntamente com o desenvolvimento das técnicas de NDT. Um bom exemplo é o trabalho de FOOKES e

colaboradores (FOOKES, et. al., 1978) que utilizaram o espalhamento Compton para a localização de

pontos danificados por termite em dormentes metálicos de linhas férreas. O sistema desenvolvido era

capaz de realizar uma varredura contínua sobre os trilhos e as variações da intensidade espalhada do

feixe proveniente de uma fonte de 137Cs, indicava os pontos com defeito. O limite de detecção da

10

termite dependia da velocidade de varredura, sendo de aproximadamente 8% para 10,7 km/h e 5% para

2,7 km/h.

Um pouco mais tarde MULLIN e HUSSEIN (MULLIN e HUSSEIN, 1994), inspirados no trabalho de

HOLT e COOPER (HOLT e COOPER, 1987; 1988), utilizaram o espalhamento Compton para detectar

defeitos no interior de blocos de alumínio. Empregando um sistema composto por uma fonte colimada

de 60Co e um detector de HPGe, este sem colimação, os autores conseguiram detectar defeitos com 5

mm de diâmetro com razoável resolução espacial. Um método de interpretação dos espectros de

contagens versus energia teve que ser desenvolvido, visto que o uso de um detector não colimado

visando o aumento das contagens da radiação espalhada aniquila a resolução espacial proporcionada

por um volume de inspeção bem definido.

A detecção de defeitos incorporados em outros metais como cobre e aço inoxidável utilizando

uma fonte de 241Am (59.54 keV) também já foi reportada (SHIVARAMU e RAMPRASATH, 1996). Nos

espectros de intensidade versus posição a localização dos defeitos pôde ser diretamente percebida

pelos mínimos de contagem, sendo que estes se mostraram diretamente proporcionais ao volume do

defeito.

ANJOS e colaboradores (ANJOS, et. al., 1989) inspecionaram blocos de alumínio visando a

localização de defeitos superficiais. Com uma colimação apropriada que reduz o tamanho do volume

inspecionado e para o caso da inspeção de superfície, na equação 8 temos x1 = 0, x2 = 0 e M 0,

tornando-se:

(9)

onde: C é uma constante que inclui o ângulo sólido, a eficiência do detector e a seção de choque

diferencial por elétron; I0(E) é a intensidade do feixe incidente; t é o tempo em segundos do período de

contagem; e é a densidade eletrônica do material e V é o volume inspecionado composto pelas

interseções dos ângulos sólidos da fonte e detector devidamente colimados. Usando uma fonte de 137Cs

em conjunto com um detector de NaI(Tl) com dimensões 2 in x 2 in, o sistema desenvolvido por eles foi

capaz de detectar defeitos maiores que 1,6mm na superfície de alumínio.

Outros trabalhos para localização de defeitos, vazios ou variações de densidade em metais

podem ser citados. HALL e JACOBY (HALL e JACOBY, 1992), conseguiram uma resolução espacial de

0,25mm na localização de vazios posicionados 2 cm abaixo da superfície de ferro. Uma investigação

sobre a atenuação do feixe retroespalhado de uma fonte de 137Cs incidindo sobre uma matriz de

alumínio, contendo cilindros de chumbo e cobre, foi realizada por BALOGUN e SPYROU (BALOGUN e

SPYROU, 1993). Com o arranjo experimental proposto no trabalho, concluiu-se que o material da

inclusão deve possuir densidade eletrônica 60% maior ou menor que a matriz de alumínio para ser

11

detectável. THOE (THOE, 1993a; 1993b; 1994; 1995; 1996) introduziu um sistema de detecção de

defeitos em metais que usa um detector de HPGe com excelente resolução em energia e uma fonte de

137Cs, diminuindo consideravelmente o uso de colimação e conseguindo distinguir defeitos de 1 mm

numa profundidade de 25 mm em aço de densidade normal, embora o tempo de aquisição de um

espectro típico fosse de elevados 300 minutos. Mais recentemente THANGAVELU e HUSSEIN

(THANGAVELU e HUSSEIN, 2007) demonstraram conceitualmente que a detecção dos fótons espalhados

pela técnica de Abertura Codificada (coded aperture imaging) pode ser utilizada para a localização de

defeitos em metais. Através de dados independentes obtidos por simulação de Monte Carlo, com um

feixe colimado de 2 mm de largura proveniente de uma fonte de 137Cs, os autores localizaram falhas de

1,5 mm em blocos de alumínio. Mudanças no tamanho da falha, posição, densidade e a presença de

múltiplas falhas foram detectadas.

Partindo para uma abordagem teórica um pouco diferente, ANGHAIE et. al. (ANGHAIE et. al.,

1990a; 1990b) apresentaram uma técnica de espectroscopia diferencial por retroespalhamento gama

para detecção, mensuração e localização de falhas em estruturas metálicas. Nesta técnica, o espectro de

energia de uma amostra contendo uma falha é subtraído de outro espectro proveniente de uma

amostra de referência isenta de falhas. Ambos os espectros são construídos usando-se a relação entre o

ângulo de espalhamento e a energia do fóton espalhado que caracteriza o espalhamento Compton (eq.

01). O espectro diferencial resultante provê informações que caracterizam a falha. No trabalho foi

utilizada uma fonte colimada de 137Cs em conjunto com um detector de HPGe e falhas simuladas de 0,75

cm de diâmetro dispostas em várias posições dentro de um cilindro de alumínio foram localizadas e

mensuradas com sucesso. ANGHAIE e HUMPHRIES (ANGHAIE e HUMPHRIES, 1989) reportaram a

aplicação da técnica diferencial no monitoramente da qualidade de tubos metálicos em plantas

nucleares, utilizando o mesmo conjunto formado por uma fonte de 137Cs e um detector de HPGe. A

metodologia também foi promovida por PRETTYMAN e colaboradores (PRETTYMAN, et. al., 1993) que

combinaram espalhamento Compton com transmissão gama para o imageamento de inclusões em

peças metálicas industriais utilizando simulações de Monte Carlo.

A técnica de espectroscopia diferencial por retroespalhamento gama também foi utilizada por

ARENDTSZ e HUSSEIN (ARENDTSZ e HUSSEIN, 1995a; 1995b) para o imageamento de inclusões de

alumínio e cavidades em blocos de lucite. As medidas experimentais dos fótons espalhados

provenientes de uma fonte de 137Cs, foram obtidas em três posições associadas aos ângulos de

espalhamento de 53:, 68: e 88: com um detector de HPGe. As imagens reconstruídas a partir dos

espectros de energia foram consideradas satisfatórias.

Uma forma simplificada de espectroscopia diferencial foi utilizada por JAMA et. al. (JAMA, et. al.,

1998) para inspecionar descolamento em soldas de latão unindo placas de alumínio. Camadas de solda

12

com quatro diferentes espessuras de 1,5mm, 1,0mm, 0,5mm e 0,25mm foram claramente distinguíveis

nos espectros de energia dos fótons espalhados obtidos através de uma fonte de 137Cs (235 mCi) e um

detector de HPGe. O descolamento da solda foi visível no espectro diferencial através da queda

acentuada do valor da energia correspondente a sua localização. Logo após, JAMA e HUSSEIN (JAMA e

HUSSEIN , 1999) estudaram mais detalhadamente os efeitos que influenciam a resolução e a direção do

espectro da energia espalhada nesta aplicação em particular, concluindo que a técnica de

espectroscopia Compton diferencial fornece informações sobre a localização, tamanho e densidade da

falha, sem necessidade de posterior tratamento matemático dos espectros diferenciais de energia. Um

modelo para quantificar as informações provenientes dos espectros diferenciais também foi

desenvolvido por HO e HUSSEIN (HO e HUSSEIN, 2000). Apesar de corretamente determinar a

localização da falha, o modelo proposto tende a sobre-estimar seu tamanho devido à escolha do FWHM

dos picos que se apresentam levemente inclinados nos espectros de energia.

A perda de densidade provocada pela corrosão em um metal pode ser identificada por

espalhamento de raios gama. EVANS, et. al. (EVANS, et. al., 1997; 1998) propôs um sistema de

tomografia Compton para detectar focos de corrosão em placas de alumínio com espessura de alguns

milímetros. Fazendo um estudo teórico criterioso sobre a degradação do sinal espalhado proveniente de

uma fonte de 109Cd, os autores conseguiram um bom contraste nas imagens de amostras que possuíam

uma região de 2 mm2 com densidade eletrônica reduzida em 50% para simular a corrosão. Previamente

nesta mesma área, foi reportado um trabalho que examinou quantitativamente a aplicabilidade de um

dispositivo para a detecção de sinais de corrosão em estruturas metálicas submersas em plataformas de

petróleo “offshore” (BRIDGE, 1985; BRIDGE, et. al., 1986). Posteriormente BRIDGE e colaboradores

(BRIDGE, 1986; BRIDGE, et. al, 1987; 1989; 1995) testaram experimentalmente o aparato experimental

utilizando uma fonte de baixa atividade (133Ba - 356 keV) e um detector de Na(Tl). Pontos de corrosão

com 6 mm de diâmetros puderam ser detectados com boa resolução espacial, mesmo nas amostras de

aço em que incrustações marinhas superficiais com 10 mm de espessura foram artificialmente

simuladas. Uma representação através de gráficos isométricos foi proposta para representar os dados

obtidos nos experimentos (BRIDGE, et. al., 1988).

Um sistema de teste não destrutivo para lidar com o problema de afinamento por corrosão em

tubos metálicos de plantas petrolíferas e nucleares foi projetado por LEE e KENNEY (LEE e KENNEY,

1991) com o objetivo de melhorar a eficiência dos sistemas convencionais de imageamento por

retroespalhamento Compton. Usando um detector de larga abertura (NaI), o sistema foi capaz de

reconstruir a imagem da superfície interna do tubo sem pós processamento dos dados diminuindo o

tempo de varredura. O retroespalhamento Compton também foi utilizado para investigar a corrosão em

tubos de aço carbono e Cu-Ni, revestidos com isolante de lã de vidro e uma fina camada de alumínio

(ABDUL-MAJID e DAWOUD, 1989; 1992; ABDUL-MAJID, 1993; ABDUL-MAJID e TAYYEB, 2005). Estes

13

tubos são usados em plantas de dessalinização e acomodam fluídos em altas temperaturas. Além da

corrosão, esses tubos sofrem com a deposição de sulfato de cálcio (CaSO4) na camada isolante.

Investigando o espalhamento de três fontes: 60Co, 137Cs e 228Th, a espessura da camada de CaSO4 e

pontos simulados de corrosão puderam ser determinados com sucesso nas condições de operação em

que os tubos estão sujeitos. A detecção in situ de corrosão em tubos metálicos usados em ambientes

mais agressivos como a circulação de ácido hidroclorídrico (HCl) também já foi reportada (DAWOUD,

1995).

A corrosão escondida sob a superfície metálica do casco ou asas de um avião pode causar fadiga

estrutural e isso é um problema crítico que deve ser detectado nos estágios iniciais. Através de

simulações com um código de Monte Carlo e depois experimentalmente utilizando fontes de 241Am e

109Cd, foi possível determinar a localização e a natureza dos focos de corrosão com aproximadamente 1

mm cobertos por camadas de alumínio com 1 a 2 mm de espessura, que são medidas típicas das chapas

metálicas utilizadas na fabricação de aviões (YACOUT, et. al., 1997).

Medidas de espessura de placas de alumínio utilizando o espalhamento de fontes de 241Am e

60Co foram realizadas por MOHAMMADI (MOHAMMADI, 1981). Comparando os resultados com os

obtidos por espalhamento de raios-X e ß (beta), a fonte de 241Am mostrou-se mais adequada para a

densidade do alumínio, sendo que a espessura de saturação devido a atenuação do feixe espalhado

para essa fonte foi maior que 0,6 cm. Outra forma de se medir espessuras empregando o

retroespalhamento Compton é realizar uma varredura perpendicular e em direção à amostra. À medida

que o conjunto fonte-detector se aproxima da amostra o volume de inspeção (voxel) penetra no

material aumentando o número de contagens no detector. Com uma colimação apropriada, a altura a

meia altura (FWHM) da curva que representa a taxa de contagem em função da distância, pode ser

usada para medir a espessura da amostra. Chapas de aço com espessura de até 25 mm foram medidas

com precisão entre 5-10% utilizando-se este procedimento (ASA’D, et. al., 1997).

Geometrias de retroespalhamento alternativas àquela proposta na figura 05 têm sido

propostas para realização de imageamento não destrutivo em metais e outros materiais. É o caso do

sistema apresentado por OMOTOSHO e colaboradores (OMOTOSHO, et. al. 1989) no qual uma barra de

alumínio é usada como um espalhador externo, suspenso entre duas fontes de 137Cs. Dois detectores de

Ge(Li) são posicionados para receber os fótons espalhados que atravessam a amostra que se deseja

medir a densidade. Para a resolução do detector de 1,95 keV e energia de 662 keV do césio o sistema

apresentou resolução espacial de 0,6 cm.

14

3.3 MADEIRA

Até onde vai o conhecimento dos autores deste texto, são poucos os trabalhos publicados que

utilizam o espalhamento Compton de raios gama para caracterização de madeira. DIVÓS e coautores

(DIVÓS et. al., 1994; 1996) usaram uma fonte anular de 241Am (1GBq ) e um detector de NaI(Ti) para

medir a densidade de madeiras com valores entre 350–900 kg/m3. Boa relação linear foi encontrada

entre a intensidade dos fótons retroespalhados e o valor da densidade, para amostras com menos de 70

mm de espessura, valor este determinado pelos autores como a espessura de saturação. MADSEN

(MADSEN, 1994) utilizou a mesma fonte e detector numa montagem portátil para inspeção de forros e

caibros de madeira de prédios antigos. Mais recentemente PENNA e colaboradores (PENNA, et. al.,

2009a; 2009b) empregaram o espalhamento Compton para densitometria de madeiras por duas

metodologias diferentes. A primeira utilizou uma fonte de 214Am e um detector de NaI(Tl) numa

geometria de 90: pra medir a densidade de amostras de 2 cm x 2 cm de alguns tipos de madeiras como:

eucalipto, canela, candeia e pereira. Aqui também uma boa ralação entre o valor de densidade e

intensidade dos fótons espalhados foi obtida resultando na curva de calibração do equipamento. A

segunda metodologia adotada pelos autores consistiu numa sonda Compton composta por uma fonte

cilíndrica de 241Am conectada a um cintilador e uma guia líquida de luz. O conjunto é introduzido através

de um orifício de Ø 18 mm na madeira e os fótons que sofrem um ou mais espalhamentos voltando em

direção à sonda, são registrados pelo cintilador. Nesta geometria a intensidade dos fótons espalhados

também é proporcional à densidade. Esta análise pode ser aplicada in situ e, apesar da necessidade de

um furo no tronco da árvore para a introdução da sonda, este método é considerado não destrutivo.

Uma correlação de 0,998 foi encontrada entre valores de densidade encontrados nas duas

metodologias.

Visto que a densidade é uma das mais importantes características da madeira e o conhecimento

de alterações no seu valor durante a formação de uma árvore pode fornecer dados sobre suas

propriedades mecânicas e prever futuras aplicações para o material, acreditamos que a aplicação do

espalhamento Compton para esse tipo de análise, com estudos de novas geometrias e investigações in

situ, ainda se mostra um campo promissor de pesquisa.

3.4 MATERIAIS COMPOSTOS

Um material composto por diferentes elementos pode ser caracterizado pelo seu “número

atômico efetivo”, Zeff, o qual fornece informações relevantes sobre a mistura. Há várias técnicas

experimentais que são usadas para determinar o número atômico efetivo de materiais compostos, tais

como: análise química, fluorescência de raios-X (XRF), análise por ativação com nêutrons rápidos

(FNAA), emissão de raios-X induzida por partícula (PIXE), entre outras. O espalhamento Compton

15

também pode ser utilizado na determinação de Zeff. Por ser uma técnica não destrutiva e requerer

acesso a um só lado da amostra muitas vezes apresenta vantagens quando empregada em materiais

compostos de aplicação industrial, biológica e ambiental.

Um dos métodos que emprega o espalhamento Compton para a determinação do número

atômico efetivo é o que utiliza a razão entre o espalhamento coerente (Rayleigh) e incoerente

(Compton). Esta técnica é muito útil nos casos onde variações de (coeficiente de atenuação) são

pequenas para serem detectadas e quando variações de número atômico são mais significativas. A razão

entre os espalhamentos Rayleigh/Compton permite que um material seja caracterizado somente pelo

seu número atômico, independente de sua densidade ou atenuação do feixe dentro do material

analisado.

A seção de choque diferencial Compton mostrada na equação 5 é válida somente na

aproximação de elétron livre e em repouso. Levando-se em conta que o elétron está sempre ligado a um

átomo específico, podemos escrever as seções de choque diferenciais totais Rayleigh e Compton da

seguinte maneira:

),(2

Thomson

ZqFd

d

d

d e

R

a

(10)

),( ZqSd

d

d

d

KN

e

C

a

(11)

onde: (de/dΩ)Thomson e (de/dΩ)KN são as seções de choque Thomson (clássica) e Klein-Nishina

respectivamente. F(q,Z) é o fator de forma atômico e S(q,Z) é a função de espalhamento incoerente, que

são incluídas para corrigir a influência da ligação eletrônica no cálculo da seção se choque. Valores

teóricos dessas duas funções são encontrados na literatura (HUBBELL, et. al., 1975; HUBBELL e ØVERBØ,

1979; KAHANE, 1998; KRISHNAVENI e GOWDA, 2005) e dependem, além do número atômico Z, da

transferência de momento do fóton incidente para o elétron, q, dada por:

2sin2

sin0

0

hc

Eq (12)

onde: 0 é o comprimento de onda do fóton incidente, E0 é a energia do fóton, h a constante de Planck,

c a velocidade da luz e o ângulo de espalhamento.

Desprezando a componente de múltiplos espalhamentos, a razão Rayleigh/Compton pode então

ser escrita como segue:

16

22

11

2

Thomson

)(exp),(

)(exp),(

xEZqSd

d

xEZqFd

d

R

KN

e

e

(13)

onde: x1 e x2 são os caminhos percorridos dentro do material pelos fótons incidentes e espalhados e 1 e

2 são coeficientes de atenuação linear para os respectivos caminhos percorridos.

Na prática podemos escolher condições experimentais para energia e ângulo de espalhamento

em que os fatores 11 )(exp xE e 22 )(exp xE sejam aproximadamente iguais, tornando a

equação 13 mais simples:

),(

),(2

Thomson

ZqSd

d

ZqFd

d

R

KN

e

e

(14)

Quando fótons incidentes colidem com elétrons ligados em misturas, a equação 14 pode ser

generalizada usando simplesmente a regra de soma, onde as funções F(q,Z) e S(q,Z) são adicionadas

proporcionalmente a porcentagem atômica de cada elemento, at

i , isto é:

),(

),(

1

2

1Thomson

i

n

i

at

i

i

n

i

at

i

KN

e

e

ZqS

ZqF

d

d

d

d

R

(15)

onde: at

i é definido pela porcentagem de massa i e a massa atômica Ai do i-ésimo elemento desta

maneira:

n

i i

i

i

i

at

i

A

A

1

(16)

Na equação 15 o composto é considerado uma mistura simples de elementos independentes e

as funções F(q,Z) e S(q,Z) são únicas para cada elemento. Para uma mistura complexa, pode ser dito que

a razão R depende somente do número atômico efetivo Zeff o qual é função dos números atômicos dos

elementos presentes na mistura.

17

Os primeiros trabalhos utilizando a razão entre o espalhamento coerente (Rayleigh) e

incoerente (Compton) foram para determinar o número atômico efetivo de sistemas binários com Zeff <

10 (HENNINGSEN, et. al., 1978; SCHÄTZLER, 1979). A razão entre as intensidades espalhadas foram

medidas com um detector de Ge para 26 diferentes compostos de ClHmOn e (CF2)n (l, m, n ≥ 0) sob um

ângulo de espalhamento de 68: e uma fonte de 241Am (500mCi). Para estes compostos uma

dependência do espalhamento Rayleigh com Z3,5 foi encontrada. A técnica também foi aplicada para

determinação quantitativa da porcentagem de prata em ligas de prata/cobre com a vantagem de

medidas quase independentes das propriedades geométricas da amostra (CESAREO, 1981).

Usando a curva experimental da razão de espalhamento em função de Zeff, MANNINEM, et. al.

(MANNINEM, et. al., 1984; MANNINEM e KOIKKALAINEN, 1984) realizaram uma análise elemental de 29

elementos e 22 compostos cobrindo uma região de número atômico entre 6 Z 83. Concluiu-se que

usando uma fonte de 241Am e um detector de HPGe, o número atômico efetivo de amostras

desconhecidas pode ser determinado com boa acurácia para ângulos de espalhamento entre 120: e

145:.

Posteriormente, DUVAUCHELLE e colaboradores (DUVAUCHELLE, et. al., 1999; DUVAUCHELLE,

et. al., 2000) desenvolveram um método para calcular o número atômico efetivo de misturas, materiais

compostos e soluções aquosas usando a razão entre o espalhamento coerente e incoerente que pode

ser aplicado para qualquer material, ângulo de espalhamento e energia de fóton incidente. Usando uma

fonte de 241Am e um detector de germânio com resolução em energia de 480eV para 59,53keV, eles

analisaram 80 soluções aquosas constituídas de sais de elementos com números atômicos variando

entre 13 a 64. Concluíram que a razão Rayleigh/Compton depende somente da mistura em estudo,

permitindo o cálculo de Zeff como:

),(

),(

1

2

1

i

n

i

at

i

i

n

i

at

i

xeff

ZqS

ZqF

fZ

(17)

onde: xf é uma função matemática obtida por ajuste polinomial. A medida de Zeff, portanto, pode

definir a mistura com base na razão de intensidade entre os espalhamentos Rayleigh/Compton assim

como um átomo é caracterizado por seu número atômico.

ICELLI e ERZENEOGLU (ICELLI e ERZENEOGLU, 1999) também aplicaram esta técnica com sucesso

em alguns elementos com números atômicos entre 26 Z 82. A razão Rayleigh/Compton para esses

elementos foi determinada com raios gama de 59,53keV (100 mCi, 241Am) e para os ângulos de

espalhamento de 55: e 115:. A coleta do feixe espalhado ficou a cargo de um detector de Ge(Li). O

trabalho confirmou que a influência da ligação eletrônica no cálculo da seção de choque diferencial

18

Compton é significativa, principalmente para elementos de Z elevado. ICELLI (ICELLI, 2006, ICELLI e

ERZENEOGLU, 2004) também propôs um método experimental para se determinar o número atômico

efetivo de materiais compostos de diferentes elementos com peso percentual conhecido. Vários

elementos com números atômicos partindo de Z = 6 e algumas ligas binárias foram analisadas por

SINGH e colaboradores (SINGH, et. al., 2006; SINGH, et. al., 2007) utilizando um arranjo experimental

composto por fontes de 141Ce (145 KeV), 203Hg (279 keV) e um detector de HPGe. Os resultados

experimentais encontrados para os números atômicos efetivos tiveram boa concordância com os

valores teóricos.

4. DEFESA E SEGURANÇA

O desenvolvimento de métodos confiáveis para detecção de explosivos, material ilícito, minas

terrestres, etc., é assunto de grande interesse atualmente em função do aumento da preocupação com

a segurança internacional e de áreas de conflito pelo mundo (MARSHAL e OXLEY, 2009). Várias técnicas

nucleares têm sido propostas no desenvolvimento de dispositivos para detecção deste tipo de material

(SPELLER, 2001; YINON, 2002; SINGH e SINGH, 2003; MILLER, 2007; GRIFFIN, 2009) e entre elas está o

espalhamento Compton de raios gama (HUSSEIN e WALLER, 1998).

Uma aplicação em que o retroespalhamento Compton é particularmente adequado é a detecção

de minas terrestres enterradas no solo, onde, por razões óbvias, somente um dos lados é acessível

(HUSSEIN e WALLER, 2000). Além disso, este trabalho é comumente realizado com o auxílio de

detectores de metais. No entanto, este método é afetado por uma alta taxa de falsos alarmes, visto a

grande quantidade de objetos metálicos encontrados nas zonas de guerra.

Apesar do esforço da comunidade internacional em desativar campos minados remanescentes

de guerras passadas que estão espalhados por mais de 78 países, somente em 2007 houveram 5426

casualidades causadas por este tipo de explosivo segundo a Landmine Monitor (ICBL, 2008). Já nos anos

70 o Exército Americano realizou uma extensa pesquisa sobre o uso de raios-X e gama com foco

somente na localização de minas terrestres (COLEMAN, et. al. 1974; RODER e van KONYNENBURG,

1975). O dispositivo proposto por esses trabalhos iniciais era baseado somente no registro do fluxo de

fótons espalhados, levando a uma taxa de falsos alarmes relativamente alta. Para contornar esse

problema, uma abordagem visando o imageamento através de um método computacional que

identifica a forma da mina em função da resposta do detector foi apresentada por WATANABE e

colaboradores (WATANABE, et. al., 1996). Este método permite a caracterização da profundidade, raio e

localização da mina, incluindo a influência relativa às irregularidades do solo e o movimento vertical do

sistema de varredura, que simulam condições de campo. Devido a pouca profundidade em que as minas

são enterradas esta é uma área em que a pouca penetração dos raios-X não é um fator limitador e

19

vários trabalhos empregando esse tipo de radiação na geometria de retroespalhamento para localização

e imageamento de minas terrestres foram realizados (CAMPBELL e JACOBS, 1992; DUGAN, et. al., 1998;

SU, et. al., 2000; NIEMANN, et. al., 2002; HARDING, 2004; YUK, et. al., 2006). No entanto a adoção de

uma fonte isotrópica de raios gama pode apresentar vantagens em função do seu pequeno tamanho,

leveza, baixo custo e natureza “auto-energética” (self-powered nature), principalmente na construção

de dispositivos portáteis.

Usando um sistema de espalhamento Compton composto por uma fonte de 241Am (11 GBb) e

dois detectores de NaI (Tl), TANG e HUSSEIN (TANG e HUSSEIN, 2004) foram capazes de localizar minas

de 80 mm de diâmetro enterradas a 80 mm de profundidade em solo “leve” (500 kg/m3) e em 30 mm de

profundidade em solo “pesado” (1450 kg/m3). Isso é possível porque os explosivos mais utilizados em

minas terrestres são TNT (C7H5N3O6) e RDX (C3H6N6O6) com densidade variando entre 1650 a 1900 kg/m3

(HUSSEIN, et. al., 2005). Este intervalo difere bastante do valor das densidades que abrangem a maioria

dos solos.

Um novo sistema de imageamento voltado à detecção de minas terrestres foi proposto por

GERL, et. al. (GERL, et. al., 2004). Neste sistema, uma fonte pontual de pósitrons de 22Na (300 kBq),

emite pares de fótons gama com 511 keV em direções diametralmente opostas. Um detector

fotomultiplicador sensível à posição é colocado atrás da fonte, para medir um dos fótons provenientes

da reação de aniquilação e determinar a direção do outro fóton que é usado para sondar a mina

terrestre (Fig. 06). Um detector cintilador de BGO com 65 mm de diâmetro é utilizado para detectar esse

fóton após sofrer espalhamento Compton na mina escondida no solo. Através da medida de

coincidência entre os dois detectores é possível mapear a espessura e a distribuição de densidade de

objeto examinado. A resolução espacial do detector de posição determina a resolução da imagem

produzida pelo sistema.

Fig. 06 – Desenho esquemático do sistema de imageamento para detecção de minas terrestres proposto por GERL e colaboradores. (extraído de GERL, et. al., 2005)

20

Após aperfeiçoamentos na geometria e usando uma fonte de 22Na com maior atividade (10

MBq), GEAR (GEAR, 2005) conseguiu com seu sistema uma resolução espacial de 5 mm e, dependendo

do tipo de solo, foi possível distinguir minas enterradas em até 40 cm de profundidade. Resultados com

sistemas semelhantes que utilizam o mesmo princípio da emissão positrônica já foram reportados. O

dispositivo desenvolvido pelo grupo de GURDEV, et. al. (GURDEV, et. al., 1998; GURDEV, et. al., 2006;

GURDEV, et. al., 2007a; GURDEV, et. al., 2007b; DREISCHUH, et. al., 2007), chamado de GRAYDAR

(Gamma Ray Detection And Ranging) foi capaz de produzir imagens em 2D de minas de plástico

enterradas a 15 cm de profundidade, com contraste de densidade solo/mina abaixo de 5%. Esses

resultados indicam que o uso deste tipo de equipamento na investigação não destrutiva de materiais na

indústria e aviação, além da detecção de minas e explosivos, é bastante promissor.

Já há algum tempo, Sistemas de Imageamento por Abertura Codificada (coded aperture imaging

systems) têm sido utilizados na astronomia de observação com raios gama (CAROLI, et. al., 1987) e

recentemente alguns trabalhos reportam sua aplicação na área de imageamento em medicina nuclear

(ACCORSCI e LANZA, 2001; ACCORSCI, et. al. 2001). Neste método um colimador, chamado de

“máscara”, é posicionado entre a fonte e um detector plano sensível a posição. A distribuição dos fótons

que chegam ao detector pode ser reconstruída através do padrão da sombra que a máscara imprime

quando esta se movimenta sobre o detector. Muito recentemente, FAUST e colaboradores (FAUST, et.

al., 2009) adaptaram um sistema de abertura codificada para a detecção de minas terrestres através do

retroespalhamento Compton. O aparato foi construído utilizando uma fonte de 57Co, um detector de

CZT e uma máscara de Ta (tântalo) com 600 m de espessura. Resultados preliminares mostraram que o

sistema adaptado é capaz de resolver ambas forma e separação de múltiplos objetos tornando-o um

bom candidato para compor um sistema portátil de detecção de minas terrestres.

A repressão a crimes, como o contrabando e o tráfico de drogas, pode ser intensificada se a

polícia dispuser de equipamentos que identifiquem com confiabilidade materiais ilícitos escondidos

atrás de paredes, dentro de pneus, contêineres, etc. Em muitas situações somente um dos lados no

material a ser inspecionado é acessível. Nesses casos, geometrias de retroespalhamento são mais

adequadas. Atualmente há dispositivos comerciais que se baseiam no princípio do espalhamento

Compton para a detecção de contrabando como o CDS-2001i da Global Security Solutions (CDS-2001i,

2009) e o BUSTER K910B da SDMS Security Products Ltd. (BUSTER, 2009). Esses equipamentos possuem

baixa resolução espacial e funcionam bem somente quando há alto contraste de densidades entre o

material ilícito e seu entorno, como por exemplo, drogas escondidas na cavidade de ar de um pneu.

Tentando superar estes problemas, Van WART e colaboradores (Van WART, et. al., 2005) desenvolveram

um sistema capaz de localizar cédulas de dinheiro escondidas em paredes de madeira residenciais.

Neste trabalho foi usado uma fonte de baixa energia (241Am) e um detector de NaI(Tl) numa geometria

de retroespalhamento de 130:, com o objetivo de detectar principalmente espalhamentos únicos, que

21

podem fornecer informação sobre a localização. Com este arranjo foi possível detectar uma quantidade

mínima de 86 cédulas de dinheiro compactadas a uma densidade de 107 kg/m3, com nível de confiança

>95%. O dispositivo foi testado em paredes de outros materiais com poliestireno, concreto e tijolo

também apresentando relativo sucesso na detecção de contrabando (Van MART, 2001). Um estudo

sobre a aplicabilidade do espalhamento Compton usando uma fonte de 60Co para inspeção de cargas

também já foi reportado (WALLER e HUSSEIN, 2000).

Na área militar há uma grande preocupação em como descartar com segurança e economia

munições não usadas, tais como bombas e projéteis que já ultrapassaram sua vida útil. O problema está

em determinar se cada peça de munição ainda é explosiva antes do descarte deste rejeito militar. A

aplicação do espalhamento Compton mostrou-se capaz de auxiliar neste problema. Utilizando um

aparato experimental composto por uma fonte de 60Co (370 Ci) e um detector de NaI (4” x 4”), STOKES e

colaboradores (STOKES, et. al., 1982) conseguiram detectar a pequena carga explosiva localizada no

centro de bombas MK76 e MK106 usadas pela Marinha Americana. Uma varredura paralela ao eixo da

bomba mostra essa localização porque as contagens dos fótons Compton espalhados são proporcionais

às densidades dos diferentes materiais que compõem a bomba. Técnicas não destrutivas baseadas em

transmissão também foram testadas, mas não foram capazes de discernir a estrutura interna da bomba

em função do contraste de densidades entre os materiais ser pequeno. No mesmo trabalho, o

imageamento do interior de munições de 25 mm com alta resolução espacial de 1 mm e rápido tempo

de varredura, foi reportado com objetivo de localizar defeitos (falta de componentes internos) nas

cargas explosivas.

5. CARACTERIZAÇÃO DE FLUXO E REGISTRO DE DENSIDADE EM POÇOS

Os princípios do uso da transmissão de raios gama para determinação da densidade de um fluxo

com uma ou mais fases dentro de um tubo, são bem estabelecidos na área industrial (LASSAHN, et. al.,

1979; UPP e LaNASA, 2002; ODDIE e PEARSON, 2004). Estas medidas são frequentemente realizadas nas

indústrias de petróleo e gás onde existe a necessidade de se conhecer a fração de volume de cada

componente presente na mistura petróleo/água/gás que flui através da tubulação. Os densitômetros

tradicionais (JOHANSEN e ÅBRO, 1996; EICHET, 2003; STAHL e von ROHR, 2004; MARESTONI, et. al.

2005, 2007; PARK e CHUNG, 2007; MARESTONI e APPOLONI, 2007) se baseiam na atenuação dos raios

gama que atravessam o fluxo dentro do tubo e são constituídos por uma fonte de alta energia e um

detector posicionados em lados opostos e fixos por uma braçadeira fora da tubulação (Fig. 07a).

A utilização do espalhamento Compton para a determinação da densidade de fluxos mais

simples com apenas duas fases já foi reportada (ZIELKE, et. al., 1975; ELIAS e BEN-HAIM, 1980; KONDIC,

et. al., 1983; OHKAWA e LAHEY, 1984). Apesar do relativo sucesso desses experimentos, alguns desses

22

trabalhos assumiam hipóteses não realistas como a colimação ideal do feixe incidente, ignorando sua

divergência e mesmo sua atenuação dentro do material.

No entanto, atualmente há a necessidade de densitômetros mais precisos capazes de lidar com

diferentes regimes de fluxo não homogêneos e com vários componentes na mistura. Algumas soluções

onerosas e complexas têm sido propostas tais como a utilização de várias fontes e/ou detectores

(BISHOP e JAMES, 1993; JOHANSEN, et. al., 1995; HJERTAKER, et. al., 2005; ZHI-BIAO, et. al., 2005). Usar

somente a técnica de espalhamento para este tipo de análise cria um fator complicador, visto que os

coeficientes de atenuação do feixe incidente e espalhado são desconhecidos a priori (HUSSEIN, et. al.,

1986). Uma alternativa viável que tem se mostrado promissora é o desenvolvimento de sensores nos

quais a transmissão e o espalhamento de raios gama são usados em conjunto. Neste sistema, chamado

de densitômetro “dual mode”, um segundo detector é adicionado para medir a radiação espalhada pelo

fluxo dentro do tubo como mostra a figura 07b.

Fig. 07 – (a) Densitômetro de raios gama tradicional onde fonte e detector são posicionados em lados opostos. (b) Densitômetro “dual mode” onde um segundo detector é adicionado para coletar a radiação espalhada

(Extraído de TJUGUM, et. al., 2001).

Estudos empregando esta essa configuração (ÅBRO e JOHANSEN, 1999a; ÅBRO e JOHANSEN,

1999b) têm sido realizados para obter medidas mais confiáveis da componente gasosa e do regime do

fluxo. A utilização de fontes de baixa energia que necessitam de blindagem reduzida, como a de 241Am,

possibilita o desenvolvimento de sistemas compactos, inclusive podendo ser integrados à parede do

tubo. Esta á uma característica importante considerando o uso dos densitômetros em medidas

submersas ou em buracos de perfuração (borehole).

Alguns trabalhos (JOHANSEN e JACKSON, 2000; TJUGUM, et. al., 2001) têm utilizado a

informação da radiação espalhada para determinar a sanilidade da água e com isso medir a fração de

gás na mistura petróleo/água/gás independente desta quantidade. Isso é necessário porque a absorção

fotoelétrica é fortemente dependente da quantidade de sal na água em baixas energias aproximando o

valor dos coeficientes de atenuação da água e petróleo quando a sanilidade é elevada. Utilizando uma

fonte de 241Am e dois detectores de CdZnTe posicionados a 0: e 90: em relação à direção do feixe

23

incidente para coletar a radiação transmitida e espalhada respectivamente, foi possível determinar o

volume de gás na mistura independente da salinidade da água. Posteriormente TJUGUM e

colaboradores (TJUGUM, et. al., 2002a), aperfeiçoaram este sistema adicionando colimadores à fonte e

aos detectores. Com isso eles conseguiram aumentar a acurácia nas medidas da fração de volume do

gás presente na mistura. Outros trabalhos (TJUGUM, et. al., 2002b; TJUGUM, et. al., 2003), mostraram

que diferentes regimes de fluxo foram identificados com sucesso a partir dos dados experimentais

adquiridos usando a configuração citada.

Outro problema que frequentemente afeta a indústria de petróleo é a incrustação de parafina

no interior da tubulação o que reduz consideravelmente a vazão. Este material orgânico é resultado da

condensação do petróleo que experimenta grande diferença de temperatura na interface entre o

interior do poço e o tubo de escoamento, este em contato com o mar a baixas temperaturas. LOPES e

colaboradores (LOPES, et. al., 1997) utilizaram um sistema de espalhamento Compton composto por

uma fonte de 137Cs (2 Ci) e detector de NaI(Tl), para determinar a presença e localização de parafina em

oleodutos. Dois conjuntos de colimadores foram empregados. Com o primeiro uma pequena região de

inspeção foi definida no interior do tubo. Com o segundo conjunto se produzia um feixe em leque que

continha a seção inteira do tubo. A quantidade mínima de parafina detectável foi de 10% para o

primeiro sistema e 20% para o sistema de feixe em leque, porém este proporcionou um tempo de

varredura menor. Posteriormente e usando o mesmo aparato experimental, SILVA, et. al. (SILVA, et. al.,

1999) mediu a espessura de tubos através dos espectros de altura de pulso da radiação espalhada com

precisão de 4%. Com o sistema calibrado foi possível identificar pequenos defeitos de 2 mm na

superfície de tubos de ferro.

Além da parafina outras substâncias são co-depositadas no interior do tubo como: asfalto,

resinas, lama e areia. Utilizando um aparato composto por dois detectores de NaI(Tl) formando um

ângulo de 90: com uma fonte de 137Cs, GOUVEIA e colaboradores (GOUVEIA, et. al., 2003) empregaram

o espalhamento Compton com sucesso para identificar a presença de parafina, água, lama e areia

depositados no interior da tubulação através da diferença de densidades desses materiais. Mais

recentemente, SHARMA e coautores (SHARMA, et. al., 2010) desenvolveram um sistema de varredura

para detectar variações de espessura, localização de defeitos e entupimentos em oleodutos, além de

monitorar variações de densidade no fluxo. Também usando o conjunto 137Cs e NaI(Tl), o sistema

mostrou sensibilidade para detectar mudanças de 1 mm na espessura do tubo, de 0,1 g/cm3 na

densidade do fluxo e localizar um defeito de 1 mm sob isolamento.

Ainda sobre a utilização do espalhamento Compton na indústria petrolífera, um importante

parâmetro para avaliação de um reservatório de hidrocarbonetos é sua porosidade. Este valor é a fração

do volume da formação rochosa que pode conter fluído ou gás. Como a porosidade está relacionada

24

com a densidade eletrônica da formação sedimentária, medidores compostos por uma fonte de raios

gama e múltiplos detectores podem estimar a porosidade da parede rochosa do poço durante a

perfuração através da metodologia de espalhamento incoerente. Estes dispositivos são mantidos em

contato com a parede do poço e medem a densidade da formação rochosa enquanto são baixados para

o fundo do poço de perfuração, fazendo um registro da densidade em função da profundidade. Os

trabalhos pioneiros nesta área surgiram na década de 50 (BAKER, 1957; CAMPBELL e WILSON, 1958;

EDWARDS, 1959; ZAK e SMITH, 1959). CAMERON e BOURNE (CAMERON e BOURNE, 1958) utilizaram

uma fonte de 137Cs e um contador Geiger-Müller como detector dos fótons espalhados e determinaram

a densidade da formação sedimentária de um poço de aproximadamente 300 m de profundidade com

acurácia de aproximadamente 1%. Logo após, TITTMAN e WAHL (TITTMAN e WAHL, 1965)

estabeleceram uma teoria para a determinação da densidade da formação rochosa associando os

múltiplos espalhamentos que ocorrem dentro do material com a equação de transporte de Boltzmann.

Essa abordagem foi considerada simplista por JOHN (JONH, 1997) que no seu trabalho utilizou a

aproximação P1 dos harmônicos esféricos, um modelo de difusão geralmente empregado no estudo de

transporte de nêutrons.

Como os poços de perfuração não são cilindros perfeitos, apresentando bastante rugosidade e

lama no interior dos mesmos, os modernos dispositivos para se medir a densidade da formação

sedimentária incorporam dois detectores espaçados a diferentes distâncias da fonte (WAHL, et. al.,

1964) como mostra a figura 08. Estes dispositivos são comumente chamados de sonda de densidade

compensada e empregam fontes variadas como 137Cs, 133Ba, 60Co e detectores de NaI. O detector mais

próximo da fonte é particularmente sensível à densidade do material imediatamente adjacente ao

dispositivo. A contribuição de espalhamento deste material, a qual inclui a lama e as irregularidades,

afetam a resposta dos detectores de diferentes maneiras. Os sinais de ambos os detectores é

combinado e, através de uma metodologia de compensação, fornecem diretamente a densidade do

material analisado (BERTOZZI, et. al. 1981; ELLIS, 1988; MILLS, et. al. 1991; ROJAS e BEAUPERTHUY,

2001). Trabalhos que empregam dispositivos com três detectores para o registro da densidade em

poços também já foram reportados (EYL, et. al., 1994; MOAKE, 1998).

25

Fig. 08 – Desenho esquemático de uma sonda de densidade compensada usada para registro da porosidade da

parede rochosa em poços de perfuração (Extraído de WAHL, et. al., 1964).

Uma metodologia de análise semelhante utilizando uma sonda que emprega duas fontes (137Cs e

133Ba) e um único detector de NaI, tem sido utilizada na indústria de mineração de carvão e metais

(CZUBEK, 1983, ASFAHANI; 2003). A qualidade do carvão esta relacionada com a quantidade de cinzas

presentes no mineral e esta quantidade por sua vez é determinada medindo-se as mudanças no

“número atômico equivalente” Zeq. Estas mudanças podem ser verificadas pela razão das contagens

localizadas nas regiões de alta e baixa energia do espectro de retroespalhamento Compton (BORSARU,

et. al., 2001). Vários trabalhos foram reportados utilizando este sistema para determinação da

quantidade de cinzas no carvão (BORSARU, et. al. 1985; BORSARU e CERAVOLO, 1994; BORSARU, et. al.

1995; BORSARU, et. al. 1997), bem como na discriminação de interfaces carvão/rocha (ASFAHANI e

BORSARU, 2007).

Na indústria de mineração de metais a técnica foi utilizada para determinação da quantidade

equivalente de chumbo em minério de Chumbo-Zinco (ALMASOUMI, et. al., 1998; ASFAHANI; 1999) e na

determinação da quantidade de elementos pesados e tamanhos de grão (CHARBUCINSKI, 1983).

6. SOLOS E AGRICULTURA

Os primeiros trabalhos em Ciência dos Solos empregando mais sistematicamente o

espalhamento Compton foram apresentados durante a década de 60 e tinham como objetivo

desenvolver um dispositivo capaz de determinar a densidade dos solos (ISHIMATSU e NAKANE, 1963;

26

UEMURA, 1965; UEMURA, 1966; LIN, et. al., 1968; PIRIE, et. al., 1968; TAYLOR e KANSARA, 1967;

TAYLOR e KANSARA, 1968; TAYLOR e PIRIE, 1968; LIN, et. al., 1969).

Baseado nestas pesquisas, DEVLIN e colaboradores (DEVLIN, et. al., 1969) construíram um

protótipo de dispositivo para medir a densidade de solos pelo método da fonte móvel proposto nos

trabalhos citados anteriormente. Neste método, uma fonte de 137Cs se move na direção da amostra de

solo e a taxa de fótons espalhados I em um ângulo fixo é contada por um detector de NaI. Uma curva de

calibração de Idn versus d é construída, onde d é a distância fonte-detector e n é uma constante > 1. De

acordo com a teoria, o valor de Idn exibe um máximo em um determinado valor de distância fonte-

detector dm que está relacionado com a densidade do solo pela seguinte equação:

Kd

n

m

solo

1 (18)

onde K é uma constante determinada pelo valor médio do coeficiente de absorção de massa do solo

para a energia considerada. A técnica foi testada neste e em outros trabalhos mostrando bons

resultados com valores de densidade de alguns materiais além do solo como grafite, parafina, piche, giz,

alumínio e magnésio medidos com acurácia de aproximadamente 1% em relação aos valores teóricos

(CIFTCIOGLU e TAYLOR, 1970; DEVLIN e TAYLOR, 1970; CHRISTENSEN, 1971; GARDNER, et. al. 1971;

CIFTCIOGLU e TAYLOR, 1972; DADDI, 1973; HOPKINS e GARDNER, 1973). DUNN et. al. (DUNN et. al.,

1971) testou diferentes energias de raios gama e McDOUGALL et. al. (McDOUGALL et. al., 1971)

adicionou colimadores na fonte e detector visando melhorar a resolução espacial e a geometria do

experimento.

Um aperfeiçoamento da metodologia da fonte móvel foi realizado por ERTEK e HASELBERGER

(ERTEK e HASELBERGER, 1984) com objetivo de determinar ambas densidade e umidade do solo. Neste

trabalho, usou-se a modo diferencial de contagem introduzido por CIFTCIOGLU e colaboradores

(CIFTCIOGLU e TAYLOR, 1971; CIFTCIOGLU, et. al., 1971) que emprega uma janela estreita de 20 keV

para medir os fótons de aproximadamente 80 keV provenientes de múltiplos espalhamentos. Uma das

vantagens desta metodologia é a possibilidade de estender a técnica para determinação da quantidade

de hidrogênio presente no solo. Empregando uma pequena fonte de 137Cs com baixa atividade (700Ci)

que diminuiu a necessidade de espessa blindagem e um detector de Na(Tl) com uma fonte de 241Am

embutida para aumentar a estabilização, foi possível determinar densidade e umidade do solo entre 0-

40 cm de profundidade.

Posteriormente HENDERSON e McGHEE (HENDERSON e McGHEE, 1986; 1987; 1988; 1990)

desenvolveram um modelo matemático que se aplicava a qualquer geometria de densímetro baseado

no método da fonte móvel. Este modelo descrevia com acurácia a resposta do detector validando os

27

picos de provenientes de espalhamentos únicos e os multipicos que apareciam devido à presença de

hidrogênio.

Mais recentemente o espalhamento Compton vem sendo empregado para a caracterização de

solos através da teoria convencional. CRUVINEL e BALOGUN (CRUVINEL e BALOGUN, 2000)

desenvolveram um mini-tomógrafo de fonte dupla para a determinação da densidade e umidade do

solo. O sistema é composto por duas fontes de 241Am e 137Cs e um detector cintilador de NaI(Tl). Os

resultados mostraram uma densidade mínima detectável de 0,13 g/cm3. Após este estudo preliminar os

resultados de quantidade de água no solo obtidos por espalhamento foram comparados com os

medidos por TDR (time domain reflectometry) e um coeficiente de correlação linear melhor do que 0,79

foi encontrado entre as duas técnicas (CRUVINEL e BALOGUN, 2006). BALOGUN e CRUVINEL também

utilizaram o espalhamento Compton para estudar a compactação do solo através do mapa da

distribuição das densidades obtido pela técnica (BALOGUN e CRUVINEL, 2003). A compactação do solo é

ocasionada pelo uso repetitivo de implementos agrícolas e veículos e pode ser um fator limitante da

produção e a manutenção da qualidade do solo.

7. MEDICINA

O uso da metodologia de espalhamento Compton na área médica é feito em dois principais

campos: 1) densitometria de tecidos com pulmão, fígado, rins, ossos, etc.; 2) imageamento 2D e 3D de

órgãos por tomografia. Apresentaremos a seguir as principais contribuições nas duas áreas.

7.1 DENSITOMETRIA

Um dos primeiros trabalhos visando a aplicação do espalhamento Compton de raios gama na

área médica foi realizado por ODEBLAD e NORHAGEN em 1956 (ODEBLAD e NORHAGEN, 1956). Neste

trabalho, eles utilizaram uma fonte de 60Co e um detector cintilador comercial, para medir a densidade

eletrônica de tecidos humanos, como pulmão e fígado, in vitro e in vivo com o auxílio de voluntários,

obtendo valores com excelente concordância com os valores de referência para esse tipo de tecido.

O valor da densidade dos ossos está diretamente relacionado com sua qualidade e o decréscimo

desse valor são sinais de fragilidade desencadeados pela idade do indivíduo ou por doenças como a

osteoporose (NILSSON, et. al., 1990). Utilizando uma fonte de 153Sm e um detector de NaI, HUDDLESTON

e colaboradores (HUDDLESTON e BHADURI, 1979; HUDDLESTON, et. al., 1979) empregaram o

espalhamento Compton para determinar a densidade de seis amostras de fêmur de diâmetros

diferentes obtendo excelente reprodutibilidade nos valores de densidade encontrados. Uma tentativa

de detectar precocemente sinais de osteoporose foi conduzida por HAZAN, et. al. (HAZAN, et. al., 1977)

28

Ele submeteu 50 pacientes ente 45 e 70 anos de ambos os sexos à experimentos com espalhamento

gama utilizando uma fonte de 137Cs (50mCi) e um detector de NaI numa geometria de 90:. Em alguns

casos foi detectada uma baixa densidade em ossos da coluna vertebral em pacientes sem o diagnóstico

de osteoporose, mostrando um indicativo precoce do aparecimento da doença que não pode ser

notado em exames de rotina com raios-X. Posteriormente LEICHTER e coautores (LEICHTER, et. al.,

1980) aperfeiçoaram a calibração do experimento feito por HAZAN, et. al. considerando os efeitos de

múltiplo espalhamento e atenuação do feixe espalhado que são provocados pelo material que envolve

os ossos, como tecidos e gordura. Para uma energia de feixe incidente de 103 keV do radioisótopo

153Sm, KENNETT e WEBBER (KENNETT e WEBBER, 1976; WEBBER e KENNETT, 1976) concluíram que a

principal fonte de erro na medida da densidade de ossos com espalhamento gama é proveniente dos

espalhamentos múltiplos, e que um fator de correção pode ser obtido por meio de medidas de

transmissão. Os resultados dos valores de densidade medidos em soluções de sacarose confirmaram

essa hipótese teórica.

Estudos da variação de densidade no tecido pulmonar através do espalhamento Compton

também já foram reportados. Um dos problemas para a determinação da densidade do pulmão in vivo,

é a caixa torácica que o envolve. Esta é mais densa que o pulmão e possui composição e espessura

variável dependendo da posição e idade do paciente causando diferentes graus de atenuação do feixe

espalhado. Alguns autores tentaram driblar essa limitação medindo a espessura da parede torácica com

ultrassom para avaliar sua espessura e consequente atenuação (REISS e SCHUSTER, 1972). Com esse

valor as medidas feitas irradiando o peito de pacientes com uma fonte de 137Cs e coletando o feixe

espalhado a 110: por um detector cintilador puderam ser corrigidas. Também utilizando uma fonte de

137Cs, DÖHRING e colaboradores (DÖHRING, et. al., 1974) conseguiram expressar qualitativamente não

homogeneidades de ventilação em pulmões através de variações de densidade detectadas por

espalhamento Compton.

WOLF e MUNRO (WOLF e MUNRO, 1985) estudaram os efeitos do espalhamento na parede

torácica, utilizando placas de polimetilmetacrilato como um modelo simplificado. Usando uma fonte de

241Am e um detector de NaI posicionado em 150: em relação ao feixe gama incidente, eles observaram

que a contagem dos fótons retroespalhados foi diretamente proporcional ao aumento da densidade do

pulmão, por um fator independente da espessura da parede torácica. De fato, um acréscimo da

densidade de 0,01 kg/L causou o mesmo aumento de 2,2% na taxa de contagem para placas com

espessuras entre 5 a 20 mm.

Apesar dos bons resultados apresentados pela técnica, a metodologia ainda sofre com algumas

limitações experimentais inerentes à detecção de fótons espalhados, quais sejam: a necessidade de

tempos de exposição elevados devido à baixa contagem de espalhamento e efeitos de múltiplo

29

espalhamento que obriga a correções no cálculo da densidade. Estas e outras dificuldades foram

elencadas no artigo de HUSSEIN sobre o tema (HUSSEIN, 2007).

Tentando reduzir esses problemas LOO e coautores (LOO, et. al., 1986; 1989) avaliaram um

sistema de retroespalhamento para medida de densidade do pulmão, constituído por uma fonte de 57Co

e um detector de germânio hiper puro (HPGe). Realizando medidas na geometria de retroespalhamento

de 115:, 125: e 135:, eles conseguiram uma grande redução da contribuição dos múltiplos

espalhamentos na contagem, com medidas de apenas 1 minuto. Mesmo que o uso de raios-X como

fonte de radiação esteja fora do escopo do presente texto, vale a pena citar o estudo de MOONEY e

coautores (MOONEY, et. al., 1996) que também abordaram o problema de múltiplos espalhamentos e

projetaram um sistema que monitora o fenômeno durante a realização da densitometria Compton.

Usando raios-X de várias energias entre 40 e 120 keV o sistema possui um detector HPGe colimado

adicional, posicionado para detectar apenas os fótons que sofreram múltiplos espalhamentos. Os dados

desse detector são usados para determinar um fator de correção de múltiplos espalhamentos para

ajustar as medidas de densidade de ossos. Outros trabalhos com correções de múltiplos espalhamentos

usando fontes de raios-X policromáticas foram reportados para densitometria de ossos porosos

(SPELLER e HORROCKS, 1988; 1991; SPELLER, et. al., 1995; KOLIGLIATIS, et. al., 1996; 1998) e pulmão

(DUKE e HANSON, 1984; HANSON, et. al., 1984).

Voltando as fontes de gama, a energia de 59,5 keV do 241Am foi utilizada para identificar

patologias mamárias em função de variações de densidade. Usando um único detector de HPGe

coletando os fótons espalhados a 90: em relação ao feixe incidente, AL-BAHRI e SPYROU (AL-BAHRI e

SPYROU, 1998) foram os primeiros a caracterizar tecidos mamários usando a densidade eletrônica como

parâmetro. Amostras pareadas de nove pacientes foram utilizadas. A quantificação negligenciou

possíveis correções de fundo, múltiplos espalhamento e auto atenuação. Mesmo assim, os resultados

mostraram que o tecido adiposo e o tecido glandular saudável possuem densidade eletrônica menor

que amostras de tecido canceroso com uma diferença de 2,3 a 3,5% entre eles respectivamente.

Embora o resultado não possa ser considerado conclusivo, porque o erro experimental encontrado foi

de 5%, o trabalho lançou as bases para pesquisas futuras de tecidos mamários patológicos por

espalhamento Compton. Posteriormente BAUK e SPYROU (BAUK e SPYROU, 2007), usando a mesma

fonte e um detector de Na(Tl), mediram a densidade eletrônica de dois tipos de copolímeros hidrofílicos

(ED1S e ED4S), materiais estes, com potencial para serem usados em simulantes de tecidos mamários

porque possuem a maioria dos elementos presentes nos mesmos. Outros trabalhos empregando a

técnica do espalhamento Compton para análise de patologias em tecidos mamários através da

densidade eletrônica podem ser citados, porém estes utilizam raios-X como fonte primaria de radiação

(SHARAF, 2000; RYAN, et. al., 2005; RYAN e FARQUHARSON, 2007; ANTONIASSI, 2008; ANTONIASSI, et.

al., 2010).

30

7.1.1 Método Razão Rayleigh/Compton

A razão entre o espalhamento Rayleigh/Compton, previamente descrita na seção de Materiais

Compostos, também foi usada para medir a densidade eletrônica de ossos e tecidos com objetivo de

reduzir o tempo de aquisição em cada medida. Uma vantagem deste método é que, para uma boa

aproximação, correções devido à atenuação do feixe espalhado não são necessárias, visto que os fótons

espalhados elasticamente e inelasticamente são atenuados aproximadamente da mesma maneira pelos

tecidos que circundam o osso em função da pequena diferença de energia entre eles. O primeiro

trabalho reportando o procedimento foi feito por PUUMALAINEN e coautores (PUUMALAINEN, et. al.,

1976) que utilizaram uma fonte de 241Am e um semicondutor de Ge(LI) como detector da radiação

espalhada. Analisando amostras de ossos trabeculares (esponjosos) eles conseguiram boa correlação

entre a razão Rayleigh/Compton e a densidade com uma dose irradiada de menor que 100 mrads.

Posteriormente PUUMALAINEN utilizou o mesmo aparato experimental e técnica para medida da

quantidade de gordura no fígado obtendo acurácia similar (2~3%) a do trabalho anterior e mostrando

que a técnica pode ser usada em matrizes menos densas (PUUMALAINEN, et. al., 1977; 1979).

Vários outros trabalhos usando o conjunto – fonte: 241Am, detector: germânio – foram

reportados no estudo da densidade de ossos trabeculares através da razão entre o espalhamento

coerente e incoerente. LING e colaboradores (LING, et. al., 1982) encontraram experimentalmente um

decréscimo de 2,5% na medida da razão Rayleigh/Compton para cada 10% de aumento no percentual

de gordura presente no osso (medula). Para as medidas eles usaram álcool tert-butílico (Zeff = 5,94)

como simulador do tecido adiposo porque este composto possui número atômico efetivo e

propriedades de atenuação semelhantes a da gordura humana. No mesmo trabalho, eles mostraram

que 6 cm de tecido mole envolvendo o osso provoca um acréscimo de 7,2% da razão Rayleigh/Compton.

Estudos sobre a calibração, precisão e acurácia da técnica também foram realizados (LEICHTER, et. al.,

1985; SHUKLA, et. al., 1985). Após medir a densidade intermitentemente num período de 10 meses, os

autores conseguiram uma precisão de 3% e uma acurácia de 5% comparada com valores de densidade

obtidos pelo teste de deslocamento volumétrico de Arquimedes, usando amostras de calibração

compostas por cinzas de ossos calcâneos suspendidas em vaselina (white petrolatum). Uma

reprodutibilidade de 3% e uma boa correlação entre a densidade e a razão Rayleigh/Compton foi

encontrada OLKKONEN e coautores (OLKKONEN, et. al. 1981), nas medidas em 28 amostras de ossos.

Através de simulações computacionais GUTTMANN e GOODSITT (GUTTMANN e GOODSITT, 1995)

também estudaram a influência da quantidade de gordura nas medidas de densidade em ossos

trabeculares. Eles encontraram que para uma energia de 60 keV (241Am) variações no percentual de

gordura levam a erros significativos na medida de densidade em função do ângulo de espalhamento. De

fato, a redução em 6% da quantidade de gordura resulta em erros de +13,8%, 10,8%, 6,2% e 2,9% para

31

ângulos de 45:, 71:, 90: e 135: respectivamente, indicando uma vantagem no uso de ângulos maiores

nesta metodologia.

KERELLAS, et. al. (KERELLAS, et. al., 1983) estabeleceram teórica e experimentalmente que para

o intervalo de Z englobando os ossos trabeculares, o aumento do ângulo de espalhamento resulta numa

forte dependência da razão Rayleigh/Compton com Z. O efeito foi estudado usando uma fonte de 241Am

(44,4 GBq) e um detector de germânio intrínseco. Isto implica que, para ângulos de espalhamento

maiores, há um aumento da sensibilidade da medida de densidade dos ossos trabeculares e esta

melhoria compensa o decréscimo de precisão causado pela baixa contagem decorrente do

espalhamento a altos ângulos. Utilizando aparato experimental semelhante, esta conclusão também foi

verificada por GIGANTE e SCIUTI (GIGANTE e SCIUTI, 1984) usando Ca3(PO4)2 numa mistura com glicerina

como material de testes. Eles também notaram que o uso de ângulos de retroespalhamento (θ = 135:)

resulta numa melhor separação entre os picos Rayleigh e Compton, melhorando a visualização de suas

intensidades.

Medidas de densidade de ossos trabeculares in vivo também foram realizadas utilizando sistema

experimental composto pela fonte de 241Am e o detector de HPGe numa geometria de espalhamento de

90: (SHUKLA, et. al., 1986). Os valores de densidade encontrados para um grupo de 71 voluntários

saudáveis (32 homens entre 22 e 77 anos e 39 mulheres entre 18 e 73 anos) mostraram diferença

significativa em relação aos valores medidos em 15 voluntários paraplégicos (11 homens e 4 mulheres),

confirmando que a técnica pode ter grande valor para o diagnóstico precoce de osteoporose.

Experimentando outras energias de feixe incidente, STALP e MAZESS (STALP e MAZESS, 1980)

notaram que há um aumento do “shift Compton” para maiores energias da fonte de 153Gd (103 keV) em

comparação à energia do 241Am (60 keV). Apesar de feixes com energia mais alta possuírem a vantagem

de maior penetração, a probabilidade de espalhamento é menor, proporcionando menores contagens.

No entanto, o aumento do “shift Compton” permite o uso de ângulos de espalhamento menores (30:)

onde a probabilidade do espalhamento é maior.

KERR e colaboradores (KERR, et. al., 1980) usando uma fonte de 153Sm (103,2 keV) e um detector

de Ge intrínseco, experimentaram diferentes ângulos de espalhamento para medir a densidade de ossos

de tornozelo recobertos com resina simulando tecido. A 15: o pico do espalhamento coerente não pode

ser notado, enquanto que a 28: o pico aparecia, mas com resolução pobre. Eles escolheram o ângulo de

22,5: porque em aproximadamente 23: o pico correspondente ao espalhamento coerente ficava melhor

resolvido mostrando um compromisso aceitável entre intensidade do pico e resolução, como mostra a

figura 09.

32

Fig. 09 – Espectro do espalhamento Rayleigh/Compton para energia de 103,2 keV (153

Sm) em ossos de tornozelo,

para os ângulos de 15:, 23: e 28: (extraído de KERR, et. al. 1980).

O efeito combinado da energia e do ângulo de espalhamento foi descrito por LAICHTER e

coautores (LEICHTER, et. al., 1984) como um único parâmetro que eles denominaram de transferência

de momento. Usando uma solução de K2HPO4 de diferentes concentrações simulando ossos e três

energias provenientes das fontes de 241Am (60 keV), 122Xe (133 keV), 99Tc (140 keV), eles concluíram que

este parâmetro único reflete os efeitos do ângulo de espalhamento e energia do fóton incidente sobre

sensibilidade da técnica. Usando o mesmo simulante (K2HPO4), NDLOVU et. al. (NDLOVU et. al., 1991)

determinaram que a diferença de densidade mínima detectável é praticamente independente do ângulo

de espalhamento para uma energia de 60 keV, enquanto que para uma energia de 100 ou 122 keV o

ângulo de espalhamento deve ser menor que 70: para otimizar a diferença mínima detectável.

A razão entre o espalhamento coerente e incoerente também foi empregada na medida de

densidades de matrizes biológicas mais leves. HOLT e colaboradores (HOLT, et. al., 1983) determinaram

variações de densidade in vitro de cistos mamários, fígado e soluções salinas. Os espectros de energia de

uma fonte de 214Am espalhada num ângulo de 171: mostrou variações de densidade de 0,9% na

soluções salinas e pode-se diferenciar claramente os cistos mamários de outros fluídos normais

presentes no corpo humano.

Mais recentemente SHAKESHAFT e coautores (SHAKESHAFT, et. al., 1997; MORGAN, et. al.,

1998) utilizaram a razão Rayleigh/Compton para medir o quociente médio entre gordura e músculo em

um volume de tecido humano. Para verificar se a técnica poderia distinguir claramente entre músculos e

gordura, simulantes do tecido humano compostos de água, etanol e resina epóxi foram construídos.

Utilizando um fonte de 241Am (7,4 GBq) e um detector de HPGe com 32 mm de diâmetro numa

geometria de retroespalhamento de 150:, eles conseguiram uma diferença de 85% no valor da razão

33

Rayleigh/Compton entre a água e o etanol em medidas com profundidade de maior que 50mm. Este

valor mostra a boa sensibilidade da técnica em função das diferentes densidades dos materiais

analisados. Logo depois os mesmos autores utilizaram a mesma técnica e aparato experimental para

medir a densidade de ossos mandibulares (MORGAN, et. al., 1999). A queda de densidade em ossos da

mandíbula também pode ser um indicativo de osteoporose (HORNER, et. al., 1996). Eles determinaram a

densidade de “phantons” compostos por soluções de K2HPO4 de diferentes densidades, com incerteza

de aproximadamente 1%, resultado esse melhor do que o obtido por radiografia. Estudo similar em

ossos e gordura utilizando o mesmo arranjo experimental, porém numa geometria de

retroespalhamento de 137: foi realizado por TARTARI e colaboradores (TARTARI , et. al., 1992; 1998)

também obtendo bons resultados, visto que especial atenção foi dada na correção dos efeitos de

múltiplos espalhamentos, já estudados anteriormente pelos mesmos autores (TARTARI, et. al., 1996).

7.1.2 Método Duas Fontes

Outra metodologia para se medir a densidade e quantidade de minerais em ossos foi proposta

por CLARKE e VAN DYK (CLARKE e VAN DYK, 1973), utilizando os feixes transmitido e espalhado

provenientes de duas fontes de 60Co e 137Cs coletados por detectores de NaI(Tl). Este tipo de geometria

visava diminuir os problemas causados por efeitos de atenuação do feixe espalhado ao longo da

amostra. No mesmo trabalho eles também propuseram uma configuração utilizando uma única fonte e

dois detectores. Mantendo a amostra fixa alterna-se a posição da fonte de modo que na primeira

medida o detector 1 detecta o feixe transmitido e o detector 2 detecta o feixe espalhado. Já na segunda

medida, a fonte é movida para a posição 2, e os papéis dos dois detectores se invertem como mostrado

na figura 10.

Fig. 10 – Configuração da fonte e detectores (D1 e D2) para medidas de densidade eletrônica. a) posição inicial

na primeira medida. b) fonte movida para a posição 2 na segunda medida. (extraído de CLARKE e VAN DYK,

1973)

Desta maneira o valor da densidade é obtido através de uma relação simples entre as

intensidades transmitidas e espalhadas nas duas posições. Vale notar que este valor é independente do

34

tipo e quantidade de material que cerca o tecido ósseo no interior do corpo. OLKKONEN e KARJALAINEN

(OLKKONEN e KARJALAINEN, 1975) usaram esta mesma técnica para medir densidade de ossos

empregando uma fonte de 170Tm (650mCi) e dois detectores de NaI. Os valores de densidade de 24

espécies de ossos mostraram boa correlação (r = 0,94) com os resultados obtidos pelo método de

Arquimedes.

O método das duas fontes previamente descrito também foi usado por GARNETT e

colaboradores (GARNETT, et. al., 1973) para densiometria de ossos usando 203Hg e 198Au como emissores

de raios gama. Os resultados obtidos tiveram bom acordo com os encontrados com outras técnicas de

medição de densidade. SHRIMPTON (SHRIMPTON, 1981) também utilizou esta técnica para determinar

a densidade in vitro de dez tipos de tecidos e quatro tipos de fluídos humanos. Seu sistema era

constituído por duas fontes de 57Co e 153Gd com energias de 122 keV e 100 keV respectivamente. Os

resultados mostraram as densidades eletrônicas dos tecidos humanos saudáveis investigados no

trabalho, estão concentradas num intervalo de 5% em torno do valor de 3,4x1023 elétrons/cm3.

Outros autores utilizaram técnica similar para medir a densidade do pulmão utilizando fontes de

153Sm e 170Tm e detectores de NaI (GARNETT, et. al., 1977; KOURIS, et. al., 1980; WEBBER e COATES,

1982; COATES, et. al., 1982). Variações de densidade no tecido pulmonar, em particular causadas pela

presença de líquidos no tecido extravascular, são sintomas de edema pulmonar. Pacientes que sofrem

desta doença são submetidos a níveis consideráveis de radiação, porque precisam de verificações

frequentes do estado do edema por meio de exames radiográficos no tórax. Portanto, técnicas

alternativas sensíveis à variações de densidade empregando baixas doses de radiação, são sempre bem

vindas. KAUFMAN e colaboradores (KAUFMAN, et. al., 1976; 1977) propuseram um sistema portátil para

medida de densidade do tecido pulmonar constituído de dois detectores de CdTe, uma fonte de 153Gd e

colimadores compactos feitos de tubos de tântalo. Medidas com acurácia entre 2~5% e boa

reprodutibilidade foram obtidas com o sistema. Posteriormente o mesmo aparato experimental foi

empregado para medir a densidade de pulmões in vivo, usando 19 cães com edema pulmonar induzido

por uma combinação de aumento da pressão arterial e hemodiluição (GANSU, et. al., 1979). Variações

de densidade no intervalo de 0,1 a 1 g/cm3 puderam ser detectadas, independente da espessura da

parede torácica.

Uma metodologia alternativa, mas que mantém a mesma essência do método das duas fontes

consiste em empregar um radioisótopo de emite gama com duas ou mais energias bem características.

HUDDLESTON et. al. (HUDDLESTON et. al., 1985; 1987) selecionaram as energias de 317 e 468 keV de

uma fonte de 192Ir e um detector de NaI(Tl) para medir a densidade de várias soluções orgânicas que

simulam tecidos humanos. Fazendo correções de múltiplos espalhamentos, foi reportada no trabalho

35

uma acurácia entre 1~2% no valor das densidades das amostras analisadas para uma geometria de

espalhamento de 90:.

7.2 IMAGEAMENTO 2D E 3D

Diferentes abordagens para a geração de imagens em função da densidade eletrônica através

do espalhamento Compton já foram desenvolvidas. As três principais que podemos citar são

diferenciadas pela maneira com que a varredura no objeto é feita: ponto a ponto, linha a linha, plano a

plano (LAWSON, 2002). Um esquema desses modos é mostrado na figura 11.

Fig. 11 – Desenho esquemático dos principais métodos de varredura para imageamento Compton (extraído de

GUZZARDI e LICITRA, 1988).

O primeiro estudo que utilizou o espalhamento Compton de raios gama para imageamento e

que instituiu as bases da técnica foi realizado por LALE em 1959 (LALE, 1959). Ele propôs uma varredura

ponto a ponto para determinar diferenças de densidade em tecidos internos de corpos de coelhos e

porcos da Guiné. O arranjo experimental usado neste trabalho era composto por uma fonte colimada de

192Ir e um cristal de Perspex de 5” ligado a um fotomultiplicador para a detecção do feixe espalhado à

45: e 90:. Realizando varreduras transversais ao longo do corpo dos animais, LALE conseguiu observar

contrastes de densidade entre músculos e sangue (aproximadamente 2% de diferença entre as

densidades eletrônicas) e entre músculo e gordura que diferem em 6% nas suas densidades eletrônicas.

Apesar dos bons resultados de contraste, a varredura de uma área medindo 3” x 3” levou

aproximadamente 10 horas.

Posteriormente Clarke e colaboradores (Clarke, et. al., 1976) projetaram um aparato mais

adequado ao uso clínico. Neste sistema temos uma fonte bem colimada de 60Co e dois detectores de

plástico cintiladores acoplados a fotomultiplicadoras detectando o feixe espalhado a 45: em relação a

direção do feixe incidente, como esquematizado na figura 12. O sistema apresentava resolução espacial

de 0,5 cm na horizontal e 1,2 cm na vertical, além de uma acurácia de 2 a 4% no valor da densidade. A

36

varredura é feita por meio da movimentação do paciente. Uma varredura típica consiste de uma

passagem rápida (20min) em baixa resolução para localizar os órgãos de interesse, seguida por uma

varredura com maior resolução em densidade e consequentemente mais demorada, consumindo um

tempo entre 20 e 40 min. Mesmo com o tempo elevado, a dose recebida pelo paciente fica em torno de

0,2~1 rad.

Fig. 12 – Esquema do aparato experimental desenvolvido por Clarke, et. al., mostrando as posições da fonte e

detectores em relação à mesa móvel onde o paciente é analisado (extraído de Clarke, et. al., 1976).

BATTISTA e BRONSKILL (BATTISTA e BRONSKILL, 1977; 1978; 1981) usaram sistema semelhante

com detectores de NaI para imageamento de rins e tórax objetivando a tomografia de seções

transversais completas do órgão. Apesar de usar simulantes simples de lucita preenchidos com

sacarose, eles fizeram uma monitoração detalhada dos múltiplos espalhamentos e propuseram modelos

de correção para a atenuação do feixe espalhado, melhorando a reconstrução das seções transversais e

obtendo precisão de 5% no valor da densidade eletrônica.

Visando diminuir o tempo de aquisição para o imageamento de uma seção transversal do corpo,

FARMER e COLLINS (FARMER e COLLINS, 1971; 1974) introduziram o método de varredura linha a linha.

Neste sistema um feixe estreito de raios gama proveniente de uma fonte de 137Cs é direcionado

37

horizontalmente através do corpo paciente e os fótons espalhados são analisados por um detector de

Ge(Li) posicionado a 90: em relação ao feixe incidente e no mesmo plano deste com mostra a figura 13.

Fig. 13 – Sistema de imageamento por varredura linha a linha proposto por FARMER e COLLINS para

reconstrução 2D de seções transversais do corpo humano (extraído de FARMER e COLLINS, 1971).

Nesta configuração, o detector coleta um leque de feixes espalhados em cada ponto dentro do

paciente ao longo do caminho do raio incidente onde ocorre uma interação Compton. Desta maneira a

relação entre a energia e o ângulo permite a reconstrução da distribuição de densidades do volume

irradiado. Os autores reportaram uma resolução espacial maior que 5 mm e um tempo de 20 minutos

para uma varredura completa no tórax e 10 minutos para a cabeça, usando simulantes para essas duas

partes do corpo.

38

Um sistema de varredura linear interessante foi desenvolvido por MORETTI e coautores

(MORETTI, et. al., 1977; 1980; BOK, et. al., 1978) . Ele consiste em duas fontes iguais de 192Ir irradiando o

caixa torácica do paciente na mesma linha mas em direções opostas, numa tentativa de diminuir os

efeitos de atenuação. O sistema de detecção é formado por uma barra de NaI(Tl) com dimensões de 50

cm de comprimento, 3,2 cm de largura e 2 cm de espessura, formando um detector linear sensível a

posição e equipado com um colimador paralelo de alta resolução.

Ainda tentando melhorar o desempenho do sistema de imageamento, outros pesquisadores

desenvolveram a varredura plano a plano. Esta, por sua vez, é caracterizada por utilizar detectores com

grandes campos de visão, posicionados numa geometria na qual o plano irradiado, que define o volume

tomografado, fica sempre paralelo ao plano do detector. A principal vantagem desta metodologia é a

reconstrução simultânea da distribuição de densidades de uma grande área. MIRELL, et. al. (MIRELL, et.

al., 1976) e posteriormente KOJIMA, et. al. (KOJIMA, et. al, 1978), foram os primeiros a explorar o

método usando-o para tomografia do cérebro. O sistema proposto consistia numa fonte circular

colimada de 99mTc (5Ci) e um largo detector de NaI(Tl) equipado com colimadores paralelos. A aquisição

da imagem de uma seção axial do cérebro levava de 6 a 8 minutos com o paciente recebendo uma dose

de 0,5 rads. Para varredura de uma seção adjacente do cérebro, o sistema é transladado com passos de

1 cm, até o completo imageamento do órgão. Uma desvantagem desse equipamento é a curta meia vida

do isótopo 99mTc (~6 horas) usado como fonte, exigindo frequentes trocas e elevando o custo

operacional.

OKUYAMA e coautores (OKUYAMA, et. al., 1977a; 1977b; 1979a; 1979b) também utilizaram a

metodologia de varredura plano a plano para mamografia. O aparato experimental proposto pelos

autores consistia numa fonte pontual de 99mTc ou 137Cs gerando um feixe em leque e um detector de

NaI(Tl) equipado com colimador de furos paralelos ou de furo único (pinhole) para obter uma aumento

da imagem. Para aumentar o contraste de densidade nas imagens foi acoplada ao sistema uma tela de

TV colorida digital que forneceu uma visualização mais precisa das bordas que delineiam os tecidos

moles incluindo câncer e infiltrações.

Posteriormente GUZZARDI et. al. (GUZZARDI et. al., 1977; 1978; 1980; GUZZARDI e MEY, 1981;

PISTOLESI, et., al., 1978) projetaram e construíram um sistema de imageamento especialmente

adequado para estudos de pulmão. No projeto preliminar os pesquisadores usaram uma fonte de 203Hg

linear que fornece um feixe completamente monoenergético para irradiar horizontalmente uma seção

da caixa torácica (figura 14a). Após estudos de geometria e dose, um aperfeiçoamento foi proposto com

o uso de duas fontes seladas de 192Ir proporcionando um aumento do espalhamento, além de ser uma

isótopo com meia vida mais longa (figura 14b). Em ambos os casos a detecção dos fótons espalhados a

90: é feita por uma câmera gama LFOV (Large Field of View), composta por um cristal de NaI(Tl) e vários

39

fotomultiplicadores montados sobre uma colimação paralela. Este tipo de câmera é facilmente

encontrada em centros de medicina nuclear.

Fig. 14 - Desenho esquemático do sistema de imageamento proposto por GUZZARDI, et. al. a) Projeto preliminar

que usava a fonte linear de 203Hg; b) Projeto aperfeiçoado usando duas fontes pontuais de 192Ir (extraído de

GUZZARDI e LICITRA, 1988).

A figura 15 mostra um esquema da configuração que pode ser utilizada para obter imagens de

pulmão in vivo em pacientes. Uma seção frontal da parte maior do tórax é feita em 20 a 30 segundos. O

estudo culminou na construção de um aparelho comercial, batizado de Tomocompton (figura 16), que

apresentou performance bastante satisfatória, inclusive sendo aplicado no imageamento de defeitos em

peças de metal em testes não destrutivos fora da área médica (GUZZARDI et. al., 1987).

40

Fig. 15 - Configuração utilizada para obter imagens de pulmão in vivo em pacientes. Direita – visão frontal e

superior da posição do paciente para obtenção de tomografia frontal. Esquerda - visão frontal e superior da

posição do paciente girado 90: para obtenção de tomografia sagital (extraído de GUZZARDI e LICITRA, 1988).

Fig. 16 – Foto do aparelho para imageamento do tórax Tomocompton (extraído de GUZZARDI e LICITRA, 1988).

41

Apesar do espalhamento com raios-X não ser o escopo deste trabalho, outro parelho comercial

muito utilizado para imageamento foi desenvolvido pela empresa Philips. Denominado de ComScan (um

acrônimo para Compton scatter scanner) ele usa o espalhamento Compton de raios-X para a produção

de imagens (HARDING, 1982; HARDING, et. al., 1983; HARDING e TISCHLER, 1986). Além de ser utilizado

na área médica com grande sucesso, exemplos de aplicações em testes não destrutivos na área

industrial podem ser facilmente encontrados (HARDING, 1997; HARDING e HARDING, 2010).

Nos dias atuais, devido ao progresso das técnicas de tomografia computadorizada por

transmissão de raios-X e da ressonância magnética, a obtenção de imagens por espalhamento Compton

de raios gama usando a abordagem descrita acima é pouco utilizada na área médica. No entanto,

recentemente uma nova metodologia que usa o fenômeno do espalhamento incoerente para

imageamento está sendo estudada (PHILLIPS, 1995; ROYLE e SPELLER, 1997; LEE, et. al., 2008; UENO, et.

al., 2008). Usando detectores sensíveis a posição, estes dispositivos denominados de Câmeras Compton

de Raios Gama, capturam duas ou mais interações de um fóton incidente registrando informações de

posição e energia para cada interação (XU e HE, 2007; SEO, et. al., 2008; 2009; HARKNESS, et. al., 2009).

Como vantagens desta técnica podemos citar a capacidade de imageamento 3D de uma posição fixa,

liberdade no uso de energias de gama (100keV – 10Mev), capacidade de rastreamento simultâneo de

múltiplos radioisótopos e alta sensibilidade sem o uso de colimação (AN, et. al., 2007). Embora

atualmente os dispositivos já estudados apresentem baixa resolução para uso em imageamento médico,

estes sistemas se mostram muito promissores para obtenção de imagens nas áreas de medicina nuclear

e molecular.

8. OUTRAS APLICAÇÕES

Nesta seção citaremos mais algumas aplicações interessantes que utilizam o espalhamento

Compton de raios gama como técnica de investigação.

Uma das aplicações citadas na introdução deste trabalho é a localização de rachaduras internas

em cerâmicas e afrescos auxiliando em trabalhos de manutenção e restauração de material histórico.

Embora alguns estudos para detecção de defeitos e imageamento tenham sido feitos usando raios-X

como fonte primária de energia (CASTELLANO, et. al., 2005a; 2005b; HARDING e HARDING, 2010),

outros podem ser encontrados utilizando fontes de gama. Por exemplo, BONIFAZZI e coautores

(BONIFAZZI, et. al., 2004) desenvolveram um sistema batizado de ECoSp (acrônimo para Enhanced

Compton Spectrometer) para detectar falhas, defeitos ou fraturas em afrescos. O dispositivo consiste de

uma fonte de 241Am cilíndrica e colimada, posicionada coaxialmente em relação a um detector de NaI(Tl)

de grande área. Completa o sistema um colimador anular permitindo que só os fótons retroespalhados

a 160: cheguem ao detector. Medindo um simulante de afresco composto por três camas de estratos de

42

gesso diferentes, o espectrômetro mostrou-se adequado para revelar o tamanho, forma e posição de

uma falha, através de imagens reconstruídas por uma análise multivariada, esta previamente estudada

pelos autores (BONIFAZZI, et. al., 2000; 2004; TARTARI, 2000).

Visando o controle de qualidade do processo produtivo, um sistema experimental semelhante

composto por uma fonte de 241Am cercada por um detector de NaI(Tl), foi utilizado para monitorar a

espessura de tiras de borracha numa planta industrial de vulcanização (BATES e BICKEL, 1991; BATES,

1992). Os autores reportaram que, após a instalação do aparelho de monitoração, as variações de

espessura tiveram uma redução significativa de 7% para 1%.

MORHAIM e colaboradores (MORHAIM, et. al. 2008) utilizaram o espalhamento Compton para

projetar um sistema de calibração de dosímetros. A metodologia convencional de calibração consiste na

exposição do dosímetro a várias fontes monoenergéticas enquanto se varia a distância entre fonte e

detector. Ao invés disso, eles usaram uma única fonte de 137Cs para criar um feixe de calibração com um

largo espectro de energia produzido através do espalhamento Compton proveniente de um alvo de

cobre. O dosímetro é então movido sobre um raio constante em volta do alvo sendo exposto a

diferentes energias determinadas pelo ângulo de espalhamento.

Densitômetros baseados em retroespalhamento gama já foram utilizados inclusive em outros

planetas. Em 1966 a sonda soviética Luna 13 pousou na superfície da Lua carregando um densitômetro

gama para analisar o rególito lunar (regolith) (CHERKASOV, et. al., 1968a, 1968b). Embora o instrumento

tenha operado com sucesso, somente uma medida pode ser realizada, resultando num valor não

confiável. Venus também recebeu densitômetros gama a bordo das sondas Venera 9 e 10 para análise

de sua superfície (SURKOV, et. al., 1976a; SURKOV, et. al., 1976b; SURKOV, et. al. 1977; SURKOV e

BARSUKOV 1985). O instrumento contava com uma fonte de 137Cs e três contadores Geiger-Müller.

Dados aproveitáveis somente puderam ser obtidos da sonda Venera 10 que mediu com sucesso a

densidade da superfície da rocha, chegando a um valor de 2800 100 kg/m3.

O retroespalhamento Compton também foi proposto como técnica de análise embarcada na sonda

RoLand (Rosetta Lander), com objetivo de se medir a densidade do material próximo à superfície do

núcleo de um cometa (BALL, et. al., 1996, WITTMAN, et. al., 1999). Entre vários outros instrumentos de

análise presentes na sonda, o densitômetro é composto por uma fonte de 137Cs e um detector de CdTe.

Esta missão teve seu lançamento em março de 2004 e ainda está em curso, sendo que a sonda deve

atingir o cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko em 2014 a uma distância de 790 milhões de

quilômetros do Sol, após a viagem de 10 anos (ULAMEC, et. al., 2006). Como os cometas são astros

primitivos do nosso sistema planetário este tipo de análise pode trazer novas informações sobre a

formação do sistema solar.

43

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo várias aplicações da técnica de espalhamento Compton de raios gama, e suas

variações, foram reportadas. Os dados provenientes dos estudos de aplicabilidade mostraram as

características fundamentais da técnica que a levam a ser preferida para algumas aplicações de NDT,

como o alto contraste mesmo em amostras espessas, boa resolução espacial e capacidade de

imageamento dimensional 2D e 3D por meio de varredura. A técnica é aplicável a um só lado de uma

estrutura permitindo a análise objetos de grandes dimensões, com impossibilidade de movimentação

e/ou acesso a ambos os lados.

A metodologia também fornece medidas de densidade somente no volume de interesse e em

tempo real, com a capacidade de imageamento de áreas específicas sem a necessidade de irradiação de

toda a amostra. Combinada com outras técnicas como a transmissão gama ou a razão

Rayleigh/Compton, ela se torna uma ferramenta ainda mais precisa para medidas de densidade.

Além disso, as interações de espalhamento Compton são predominantes para as energias dos

radioisótopos disponíveis comercialmente tais como 137Cs, 194Ir, 60Co e 241Am. Isto é especialmente

verdade para elementos encontrados em tecidos moles investigados em medicina e em uma vasta gama

de materiais utilizados em aplicações industriais, reforçando a versatilidade da técnica.

Com o avanço, miniaturização e barateamento dos detectores, de componentes eletrônicos e de

informática abre-se a possibilidade do desenvolvimento de novos equipamentos portáteis e de custo

acessível, ampliando os campos de aplicação do método.

Em função de todas essas características, prevemos um uso cada vez maior da técnica de

espalhamento Compton, incluindo novas aplicações num futuro breve nas áreas industriais aeronáutica,

nuclear, automobilística, espacial, medica e de defesa.

44

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