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ANO XXXII - Nº. 381 Mês de Julho de 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Castelo Branco TAXA PAGA Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011 Publica-se na última semana de cada mês Mensário Regionalista Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS Director JOSÉ FAIA P. CORREIA Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84 32 Anos ao serviço do nosso Concelho Número Avulso: 0,80 Pág. 2 Editorial Pág. 5 Pág. 6 CASA DO CONCELHO REJUVENESCE OS SEUS CORPOS DIRETIVOS A Assembleia Geral Extraordinária da Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão, em reunião efetuada na sua sede em Lisboa, no passado dia 26 de Junho, aprovou, por unanimidade, uma proposta apresentada pela Direção e que visava a aprovação de três associados para os Corpos Diretivos da associação. HOMENAGEM À “GERAÇÃO DO TEJO” N o dia 13, pela manhã, outro importante momento,em cerimónia aparentemente simples mas plena de significado presidida pelo Presidente da Câmara, Dr. Luís Pereira, foi a homenagem ao grupo de arqueólogos que, há 40 e tal anos, estudaram, inventariaram e tornaram pública a importância das gravuras rupestres do Tejo, então em vias de serem submersas pelas águas da Barragem do Fratel que começara a encher. Cont. Últ. Pág. C A R G A L E I R O (NO RÓTULO DO AZEITE VIRGEM EXTRA OURO DE RÓDÃO) N ão imagino o nosso ilustre conterrâneo Manuel Cargaleiro a colher azeitona nas barreiras da Ocresa, próximas da sua Sarnadinha natal! E se, como tantos outros, o fizesse, muitíssimo pouco iria acrescentar à riqueza do nosso Concelho, apesar da arreigada devoção ao terrunho beirão. Ou seja, a ajuda com que tem valorizado a nossa terra é-nos trazida através de valiosas obras que saem das suas mãos e do enorme peso que o seu nome tem por esse mundo fora. Desta feita, trata-se do rótulo que desenhou para o AZEITE VIRGEM EXTRA OURO DE RÓDÃO que o Rodolive lançou durante a última feira de atividades económicas, e com o qual espera alcançar o mercado exterior, com a ajuda do nome internacionalmente consagrado de Mestre CARGALEIRO. Pág. 5 Requalificação do cais fluvial de Ródão permite melhor acesso ao Tejo MAIS DE 16 MIL PESSOAS VISITARAM A «FEIRA DOS SABORES DO TEJO» VILA VELHA DE RÓDÃO O 2º. MELHOR CONCELHO DO PAÍS NO QUE RESPEITA A EFICIÊNCIA FINANCEIRA EM 2013 Cont. Pág. 7 Jovens Repórteres para o Ambiente do AEVVR PORTAS DE RÓDÃO: UMA MARAVILHA NATURAL À NOSSA PORTA

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Page 1: ANO XXXII - Nº. 381 Mês de Julho de 2014 O CONCELHO DE ... · 2 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO JULHO DE 2014 Editorial (jfaiacorreia@gmail.com) Crónicas de um paraíso à

ANO XXXII - Nº. 381 Mês de Julho de 2014

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

Castelo BrancoTAXA PAGA

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

32 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

Pág. 2

Editorial

Pág. 5 Pág. 6

CASA DO CONCELHOREJUVENESCE OS SEUS

CORPOS DIRETIVOS

A Assembleia Geral Extraordinária da Casa do

Concelho de Vila Velha de Ródão, em reunião

efetuada na sua sede em Lisboa, no passado dia 26

de Junho, aprovou, por unanimidade, uma proposta

apresentada pela Direção e que visava a aprovação

de três associados para os Corpos Diretivos da

associação.

HOMENAGEM À“GERAÇÃO DO

TEJO”

No dia 13, pela manhã, outro importante momento,em cerimónia aparentemente simples mas

plena de significado presidida pelo Presidente da Câmara, Dr. Luís Pereira, foi a homenagem ao

grupo de arqueólogos que, há 40 e tal anos, estudaram, inventariaram e tornaram pública a

importância das gravuras rupestres do Tejo, então em vias de serem submersas pelas águas da Barragem

do Fratel que começara a encher. Cont. Últ. Pág.

C A R G A L E I R O(NO RÓTULO DO AZEITE VIRGEM EXTRA OURO

DE RÓDÃO)

Não imagino o nosso ilustre conterrâneo Manuel

Cargaleiro a colher azeitona nas barreiras da Ocresa,

próximas da sua Sarnadinha natal! E se, como tantos

outros, o fizesse, muitíssimo pouco iria acrescentar à riqueza

do nosso Concelho, apesar da arreigada devoção ao terrunho

beirão. Ou seja, a ajuda com que tem valorizado a nossa terra

é-nos trazida através de valiosas obras que saem das suas

mãos e do enorme peso que o seu nome tem por esse mundo

fora.

Desta feita, trata-se do rótulo que desenhou para o AZEITEVIRGEM EXTRA OURO DE RÓDÃO que o Rodolive

lançou durante a última feira de atividades económicas, e com

o qual espera alcançar o mercado exterior, com a ajuda do

nome internacionalmente consagrado de Mestre

CARGALEIRO.

Pág. 5

Requalificação do cais fluvial de Ródãopermite melhor acesso ao Tejo

MAIS DE 16 MIL PESSOAS VISITARAM A«FEIRA DOS SABORES DO TEJO»

VILA VELHA DE RÓDÃOO 2º. MELHORCONCELHO DO PAÍSNO QUE RESPEITA AEFICIÊNCIAFINANCEIRA EM 2013

Cont. Pág. 7

Jovens Repórteres para o Ambiente do AEVVRPORTAS DE RÓDÃO: UMA MARAVILHANATURAL À NOSSA PORTA

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JULHO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 2

Editorial

([email protected])

Crónicas de um paraísoà beira do Tejo… por José Emílio Ribeiro

[email protected]

Avenida 1º Maio, 34 - C2825-393 Costa de CaparicaTel. +351 212 909 390E-Mail : [email protected]

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Rua Artur Ferreira da Silva, 10 - A1885-010 MoscavideTel. +351 219 436 600E-Mail : [email protected]

FABRICO DEPÃO DE TRIGO,

CENTEIO EMILHO

BOLOS DEPASTELARIA,

BOLOS FINTOS,BOLOS DECANELA,

BROAS DE MEL,BISCOITOS E

BORRACHÕES

Sr. Diretor,

Gostei que neste número de Junho fosse elogiadoo Professor Veiga Simão. Foi Ministro da Educaçãodo meu tempo. Tinha a minha idade e para mimtambém foi um grande ministro. O melhor, sim.Justo, humano, um senhor que sabia dirigir o seuMinistério e os Secretários de Estado. Parabénsao jornal pequenino e bom da minha terra.

Maria, do Tostão - nasci lá em 1929

Rei morto, rei posto…

"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha deRódão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377 003 - Isentode registo na ERC ao abrigo do Decreto regulamentar nº. 8/99 de 9 de Junho (artº 12º, nº 1, alínea a). Depósito Legal: Nº.4032/84. Director: José Faia P. Correia ([email protected]).Presidente da Direcção da Casa do Concelho: Elísio Carmona([email protected]) Composição: João Luis GonçalvesSilva ([email protected]). Impressão: Jornal Reconquista- Castelo Branco.- Colaboradores: Ana Martins Camilo, AnaPaula Ribeiro, António Silveira Catana, Elísio Carmona, EmílioB. Pereira Costa, Fabião Baptista, Joaquim Dias Caratão, JorgeManuel Cardoso, José Carlos Belo, José Eduardo, José EmílioRibeiro, Luis Ribeiro Pires Correia, Manuel Antunes Marques,Maria Dias Belo Carepo, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino.Sede, Redacção e Administração: Av. Almirante Reis, 256 -1º. Esqº. 1000-058 LISBOA - N.B. - Toda a correspondênciadeverá ser enviada para a redacção. As opiniões expressasnos textos publicados em "O Concelho de Vila Velha deRódão" apenas reflectem os pontos de vista dos seus autores.Assinatura anual: •Território nacional - 10 € • Estrangeiro -12,5 €. Tiragem mensal: 1 500 ex.

VENDE-SE EM FRATELCasa, Palheiro e Horta

Contacto: 933 568 525

Este é um provérbio de que me lembro deouvir falar desde sempre, o qual tem aparticularidade de servir para muitas coisas

diferentes: tanto pode ser para a casa real, comopara um simples par de botas, para uma namoradaou mesmo para um governo. No entanto, ao que mequero referir, não é nada do que atrás enumero.

O meu rei é outro, não tem trono, mas temcadeiras e poltronas. É o rei futebol, esse ópio dopovo, como alguém já lhe chamou. Morre ocampeonato do mundo, começa o nossocampeonato, que agora até se chama de liga. Paraser sincero, até concordo que se passe a dar-lhe onome de liga, pois a primeira coisa que conhecicomo liga era uma rodela de elástico que as senhorasusavam nas pernas, por baixo das saias, e queseguravam as meias de modo a não descaírem.

A liga do futebol também é assim, ora encolhe,ora estica, à medida do cliente e lá vai segurando ofutebol, com todas as suas virtudes e defeitos, semque ninguém saiba ao certo o que se passa debaixoda saia do mesmo.

Já lá vão muitos anos, um conterrâneo meu,conhecido comentador desportivo, disse numarodada de amigos uma frase que retive para sempre;“Se as pessoas soubessem o que se passa no mundodo futebol, ninguém lá ia». Pois, cada vez estoumais convicto de que esta frase encerra uma grandeverdade.

O futebol é um mundo onde correm muitosmilhões, onde se lava dinheiro sujo, onde gravitatoda a classe de gente, um mundo de ilusões, dedesilusões e de paixões. O jogo de interesses estáaqui centrado, vai desde os intervenientes diretos aoutros meios. É um polvo que estende os seustentáculos em todas as direções, desde os jogadoresaos técnicos e aos agentes, de todas as categorias epara todos os fins. É o mundo da publicidade, é abanca, são as marcas de artigos desportivos, são osmeios de comunicação... Na comunicação social,quer escrita, quer na rádio ou na TV, encontramosde tudo: bons jornalistas, bons comentadores, algunsisentos, outros nem tanto, pouco imunes a pressõese clubites, mas de um modo geral, muitos“jornaleiros” que apenas escrevem ou dizem o queconvem a quem os sustenta. Temos ainda os painéis

desportivos, onde gravitam bons críticos, mastambém muitos “paineleiros”, como os apelidou osaudoso jornalista Fernando Farinha, tambémoriundo do meu concelho.

Os jogadores, tornados ídolos e senhores dasapiência pura, pagos a peso de ouro, aparecem emtodo o tipo de anúncios, desde bancos a perfumes,de fatos a sapatos, do que beber ao que comer,indicam onde devemos comprar, armados em guiasespirituais de uma sociedade decadente que gravitaà volta de ídolos de pés de barro.

Infelizmente isto não se aplica apenas ao futebol,mas também na música, no cinema, no teatro, nastelevisõescirandam indígenas destes que conduzemuma juventude, sem vontade própria, ao sabor deinteresses económicos que também vão sustentandoos tais ídolos de pés de barro enquanto estes lhesservem e lhes dão lucros.

Mas deixemos o “pontapé na bola”, que eu,sem jeito e sem idade para a coisa, não me iria safarneste mundo cão.

A idade não perdoa, mas dá uma certa sabedoria,que o tempo vai arrumando a um canto, assim amodos como uma dispensa para certas emergências.Uns chamam a isto a lei do desenrascanço, outrosdizem que é capacidade de adaptação. Cá por mimambas as definições me servem.

Um dia destes dizia-me um amigo, assim amodos como quem faz uma pergunta, mas a querdar já uma resposta para o caso: «Amigo Zé entãocomo é que se dá pela capital, é que, tal como eu,você nunca foi galo de capoeira, agora para a velhicemudarmos de vida não é nada fácil… Eu por aquiestava adaptado, já sabia que o meu dia começavacom o levar as cabritas à pastagem, mas, lá porLisboa, também já me adaptei à vida da grande cidadee pela tarde lá levo os netos a passear ao jardim».

Na verdade, eu não tenho gado para levar àpastagem por cá, nem netos por lá, como o meuamigo, mas uma coisa temos em comum, nuncafomos galos de capoeira…

Capoeira queria eu para meter toda a bicharadaque me assalta a fruta no meu paraíso, paradesespero do meu vizinho que já vê aproximar-semais uma desgraça. Eu cá por mim estou por tudo,mas continuo na minha: podemos dividir, massempre devem deixar alguma coisa cá para oquinteiro e não queiram tornar o meu paraíso numinferno.

Só falo aqui em rodapé nas obras do IP2 ali paraos lados do Perdigão, com medo que algum(ir)responsável deste país leia e mande parar asditas cujas, que finalmente viram a luz do dia. HajaDeus!

Resta-me desejar umas boas férias a quem aindatem direito a gozar esse prazer e até para o mês quevem se Deus assim o deixar.

Julho de 2014

INFORMAÇÃO

E ncontram-se no Museu de FranciscoTavares Proença Jr., três alunos daUniversidade de Coimbra, do Curso de

Arqueologia 2º e 3º anos, que, no âmbito da suaformação académica, estão a fazer um trabalhocientífico de estudo de materiais de cerâmica e líticosencontrados nos núcleos arqueológicos do Barrocal,Caféde e Monte de S. Martinho do Concelho deCastelo Branco, que se encontram na reserva doMuseu.

A DRCC (Direcção Regional de Cultura doCentro) autorizou este estudo e a Sociedade dosAmigos do Museu está a apoiar estes jovens.S ão o André Oliveirinha do 3º ano; Luís Laceirase Alexandre Paya do 2º ano, coordenados pelo nossoassociado Dr. Pedro Salvado. Este apoio prende-secom a aposta da SAM e sua ligação à Universidadede Coimbra, nomeadamente no curso deArqueologia, na continuidade de um pioneirismoassociado à figura do fundador do Museu, tambémele, na altura, um JOVEM ARQUEÓLOGO.

Alem de valorizar a sua formação, estes jovenspretendem ainda apresentar este trabalho nopróximo Congresso Internacional de Arqueologia arealizar em Castelo Branco, no âmbito dascomemorações do Centenário da SAM. EsteCongresso tem data marcada para 10, 11 e 12 deAbril do próximo ano e tem Coordenação Científicada Profª Dra. Raquel Vilaça da Universidade deCoimbra

Castelo Branco, 17 de Julho de 2014

Mª Celeste Capelo(Pres. do Conselho Director da SAM)

1. Qualquer referência aCARGALEIRO é como se fossefeita a nós próprios como seusconterrâneos, mas quando àquiloque é criado na nossa terra, oazeite OURO DE RÓDÃO,aquele ilustre mestre de renomeinternacional junta a suapopularidade e fama, é casopara dizer: que notável exemplode bairrismo!E se cada um de nóscontribuísse assim, com poucoque fosse daquilo que é a nossa“arte” a bem da nossa terra?

2. O que está a acontecer no nossoConcelho por causa dasGRAVURAS RUPESTRES NOTEJO é inacreditável! Há 40anos seria impossível prevercomo uns “garatujos” gravadosnas rochas há milénios iriammexer no presente e no futurode todos nós, com a criação daEscola Internacional deArqueologia que aí vem. Mascomo a sorte ou se aproveita ounão serve para nada, aí está aEdilidade, em conjugação comas entidades ligadas àArqueologia, a proceder aosarranjos na foz do Enxarriquepara ter, num espaço vedado, um“museu no sítio”, atraindo assimestudiosos nacionais e, porquenão, estrangeiros...

3. O Presidente Luís Pereira, naabertura da Feira de Saboresdo Tejo, proferiu um importantediscurso acerca do progresso nonosso Concelho sendo derealçar os 3 indicadoresseguintes: 1. um dos concelhoscom mais baixa taxa dedesemprego no país; 2. um dosque regista maiores níveis depoder de compra; 3. o segundoque mais exporta no distritode Castelo Branco.Com tais argumentos só temosque vencer a batalha contra adesertificação.

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JULHO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

Fabião Baptista

Feira dos Sabores do Tejo de Vila Velha de RódãoRealizou-se de 27 a 29 de Junho de 2014 em Vila Velha de Ródão a Feira dos Sabores do

Tejo, que veio substituir a tradicional Feira de Actividades Económicas

NÃO DÁ PARAENTENDER...

Desde a Constituição de 1822, assinada em 23 de Setembro de 1822,que o Estado se traveja em três Poderes Constitucionais: o Legislativo

(Parlamento), o Executivo (Governo) e o Judicial (Tribunais).E sta separação de Poderes, foi plasmada, em termos claros einequívocos, da doutrina saída dos corifeus da Revolução Francesa, de1789, ou mais propriamente, foi extraída do manual “L’Esprit des Lois”,do grande pensador e filósofo, Charles Montesquieu, que consagrava oprincípio da “separação dos Poderes”, o que se tornou uma das basesfundamentais de quase todas as Constituições modernas.

Posteriormente, com o advento da Carta Constitucional, aprovada em1826, surge mais um Poder Constitucional, o Poder Moderador (Rei).Porém, a Carta Constitucional vigorou apenas até 1836, altura em que aRevolução de Setembro de 1836, derrubou o Governo, alcançou o Poder eaboliu a Carta Constitucional, declarando em vigor a Constituição de 1822(Dec. De 10 de Setembro de 1836).

A partir daí, sempre houve três Poderes constitucionais, entre os quaissempre se gerou uma certa empatia institucional, isto é, sempre serespeitaram, acataram as suas deliberações e colaboraram mutuamente.

Todavia, com as acervas e desconchavadas críticas, que nos últimostempos, o Executivo de Pedro Passos Coelho tem feito ao TribunalConstitucional (Poder Judicial), após a promulgação do acórdão que tornavainconstitucional, alguns dos normativos do Orçamento de Estado,nomeadamente dos “cortes da função pública”, tudo parece ter mudado,alterando-se e violando-se os intangíveis princípios institucionais daSeparação de Poderes, que Montesquieu havia proclamado.

O Governo, perante esta legítima atitude do Tribunal Constitucional,veio alegar que os juízes, escolhidos pelo Parlamento, com sua imprudentee criativa jurisprudência, se estava a intrometer na esfera Governativa,impedindo reduzir a despesa pública e empurrando o Executivo para acriação de mais um imposto ou para aumentar a já pesada carga tributáriaàs famílias portuguesas.

Como não podia deixar de ser, estas afirmações têm suscitado umsudário de justificadas críticas, de quem entende que esta inopinada reação,está, visivelmente, a violar o princípio constitucional que determina queem todos os regimes jurídico/democratas, devem acatar o princípio daseparação de Poderes, dos orgãos de Soberania.

O Executivo alega que o Poder Judicial está a invadir a sua esfera deação política e governativa. Mas não será que é o Governo que não está arespeitar o princípio da separação de Poderes, ao criticar o Poder Judiciale do modo como o tem feiro, nomeadamente insurgindo-se pela maneiracomo foram escolhidos os juízes do Tribunal Constitucional?

Evidentemente que num estado de direito democrata, ninguém podeestar acima, nem isento de ser criticado, apreciado. Porém, uma coisa écomentar, discordar, censurar e outra, bem diferente, é ser mal educado,descortês, grosseiro, deselegante. Há regras educacionais que devem serrespeitadas, observadas, acatadas, como seja a cooperação institucionalentre Poderes Constitucionais, dos Orgãos de Soberania.

Se atentarmos bem no Art.º 2º da Constituição da República Portuguesa,lá encontraremos que “A República Portuguesa é um Estado de direitodemocrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão eorganização política democrática e na separação e interdependência dePoderes”. Logo, daqui se conclui que não há apenas uma separação dePoderes, mas até interdependência dos mesmos.J á Montesquieu, Denis Diderot e d’Alembert afirmavam que nenhumPoder deve ser absoluto. E uma das maneiras de evitar esta situação, é a denão haver nenhum Poder, ilimitado e absoluto.

Neste sentido, os Poderes Constitucionais, como seja o Poder doPresidente da República, do Legislativo, do Executivo e dos Tribunais,devem respeitar-se mutuamente, dependendo uns dos outros, como seestivessem num sistema de vasos comunicantes.

Se nos debruçarmos sobre o Art.º 120ª da Constituição, lá encontraremosque “O Presidente da República, garante a independência nacional e oregular funcionamento das instituições democráticas”. É, subrepticiamente,o Poder moderador da Carta Constitucional de 1826, com poderes parademitir o Governo e dissolver a Assembleia da República, quando tal setorne necessário, para assegurar o regular funcionamento das instituiçõesdemocráticas, de acordo com o que se encontra ínsito no Art.º 195º daConstituição.

Daí muitos partidos terem pedido, com uma certa insistência, que oPresidente da República demita este Governo, por ter faltado ao respeitoe discordado de um dos Orgãos de soberania, (Poder Judicial), o quetambém não nos parece nada acertado, e até incoerente.

Não saberá esta gente interpretar a Constituição, governando sematritos e sem convulsões políticas?

Não haverá quem lhes diga que quem semeia ventos, colhe tempestades?Sinceramente não dá para entender...

Discurso do Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão na abertura daFeira dos sabores do Tejo de 27 a 29 de Junho de 2014

AFeira, que tem como cenário oRio Tejo e as Portas de Ródão,mostra aos visitantes uma das

mais lindas belezas naturais do nosso País.Como dizia o vice Presidente da

Comissão de Coordenação eDesenvolvimento da Região Centro,Senhor Luís Caetano tal cenário é umemblema da Natureza sempre com asportas abertas.

Também na cerimónia de abertura ereferindo-se ao cenário que o rio Tejo nosoferecia, o Presidente da AssembleiaMunicipal de Vila Velha de Ródão, AntónioCarmona, dizia que tal cenário é a provabem visível de que o Tejo não é apenas aLezíria ou o Terreiro do Paço.

O Presidente da Câmara Municipal deVila Velha de Ródão, Luís Pereira ainda nacerimónia de abertura da Feira presenteou-nos com um belíssimo discurso no qualdeixou bem claro os objectivos da Feira aodizer que ela é a prova de que nós nãodesistimos de lutar pela afirmação dasnossas terras. Aconselho a leitura destediscurso que publicamos noutro lugar donosso jornal.

Integrado nas cerimónias de aberturada Feira, foi feita a apresentação de umrótulo oferecido pelo grande MestreManuel Gargaleiro, rótulo esse que vai

identificar uma garrafa de um dosprodutos mais significativos da nossa terra,o azeite.

Esta feira que tem como principalobjectivo a divulgação do nosso concelhoe das suas potencialidades, contou commais de 120 expositores, queapresentaram o que de muito bom seproduz na nossa região.

Este ano foram introduzidas alteraçõesprofundas na Feira, a começar pelo nome.Segundo o Presidente Luís Pereira, taisalterações têm um objectivo bem definido,“conjugarem tradição com inovação dando-lhe um carácter mais abrangente com oobjectivo de mostrar o melhor que se fazna região, obtendo-se uma projecçãodiferente sem que no entanto se perca asua identidade”.

De realçar a grande diversidade deespectáculos e animação que durante ostrês dias foram oferecidos e animaram osvisitantes. Destacamos os concertos desexta-feira, com David Fonseca, de sábadocom Miguel Ângelo e de domingo com oTributo aos Abba.

Mas a Feira, no que respeita aanimação, não se ficou apenas por aquelesespectáculos. Uma referência especial paratodos os outros que ao longo dos dias serealizaram um pouco por todo o lado.

Logicamente não posso deixar de referir aactuação na cerimónia de abertura daCentenária Banda de Fratel. Actuaramainda, no palco dois: os Grupos musicaisModas de Ródão, Musicalbi, eQuintarolas. Para além destas bandas,actuou por diversas vezes, no pavilhãoMultiusos um grupo de jazz constituídopor músicos de elevadíssima qualidade .Houve debates, dos quais destaco “OTerritório da Beira Baixa e suaPotencialidades”. Exibição de GinásticaAcrobática pelo ALBIGYM e muitasoutras animações que ao longo dos três diasactuaram espalhadas por todo o recinto daFeira. Para a juventude, a partir da 1,00hda manhã houve ainda discoteca ao ar livre.As visitas aos expositores foi uma constanteao longo dos três dias da feira, tendo onúmero de visitantes ultrapassado as 16mil pessoas.

A Feira, que foi organizada sob o mote“sentir o Rio e Viver a Terra” foi umautêntico sucesso. Vila Velha de Ródão,está de parabéns, assim como o estão todosaqueles que se empenharam na suaorganização. De parabéns estão também onosso Concelho e os seus autarcas porque,com esta Feira dos Sabores do Tejo,souberam provar “que não desistimos delutar pela afirmação das nossas terras”.

José Eduardo

“Iniciamos aqui formalmente, o primeirode três dias, em que o concelho de VilaVelha de Ródão e esta região têm um palcoúnico e privilegiado para se promoverem,divulgarem os seus produtos eessencialmente, afirmarem o seu saberfazer. Saberes ancestrais que passaram degeração em geração e que hoje sematerializam em produtos únicos, dequalidade excepcional, reconhecidos eapreciados nos mais exigentes mercadosque, invariavelmente, conquistam! Esta ésem dúvida uma terra em que se sabe fazere se faz bem, mas em que também se sabeinovar!Inovação que ao longo destes trêsdias vamos ter oportunidade de presenciarcom a colaboração da Escola Superior deGestão de Idanha a Nova, EscolaProfissional do Fundão e a EscolaTecnológica e Profissional da Zona doPinhal, que agradeço e que prontamenteaceitaram o nosso desafio para estarempresentes e fazerem deste certame, umespaço de interpretação e criatividade,tendo como base os nossos produtostradicionais e como limite as fronteiras dasua imaginação. Criatividade e talento, quenão faltaram a um nosso conterrâneo e queo levaram a conquistar o Mundo com asua arte, profundamente ligada a esta terra.Falo naturalmente do Mestre Cargaleiroque, por motivos de agenda não pode estarpresente, mas a quem publicamente nãoposso deixar de manifestar o apreço, pelocarinho e amizade que nutre pelo nosso eseu concelho. Amizade e generosidade bemconhecidos de todos os que com que eletêm o privilégio de contactar e que em VilaVelha de Ródão se materializa em muitosexemplos, o último dos quais, temos oprazer de apresentar hoje, neste espaço, olançamento duma edição especial do azeitede Ródão, com um rótulo concebido eoferecido pelo Mestre Cargaleiro,promovendo e distinguindo assim aindamais, um produto de referência da nossaregião. Azeite que pela sua importância,numa economia tradicionalmente marcada

pela agricultura de subsistência, se afirmoudurante décadas, como o ouro de Ródão eque hoje, fruto dos investimentos dosnossos empresários agrícolas, do trabalhoe dedicação dos nossos dirigentesassociativos acumula ouro em prémios nosmais prestigiados concursos. Estamosnaturalmente satisfeitos com estesresultados, porque são também um sinalclaro de que a visão que defendemos e aestratégia que prosseguimos estão certas,mas não são estes os únicos sinais, bempelo contrário, temos hoje um conjuntode investimentos privados em cursoverdadeiramente impares e que não resistoa partilhar convosco. Amanhã a meio datarde, vamos inaugurar em Vila Velha deRódão, um investimento na área doturismo, promovido por um jovemempresário, natural de Vila Velha deRódão, que adquiriu uma casa em estadode abandono e que a transformou numespaço que estamos convicto se afirmarácomo uma referência de qualidade. É uminvestimento que nos é particularmentegrato, não só pela elevada qualidade e bomgosto que apresenta mas essencialmenteporque é promovido por um jovemempreendedor deste concelho, que sempreaqui investiu e que mais uma vezdemonstra que acredita no futuro de VilaVelha de Ródão. Não é felizmente, um casoúnico! Na localidade de Foz do Cobrão,encontra-se também em fase final uminvestimento de turismo em espaço rural,promovido por 2 jovens que emboratenham aqui afinidades familiares, residem

em Lisboa e que ao promoverem esteinvestimento, “ o investimento de umavida”, como gostam de sublinhar, tambémeles demonstram acreditar que vale a penainvestir aqui. Investir aqui, investir na terraque os viu nascer é também o que tem feitoa segunda geração de uma família ligada àagricultura e à produção do queijo de ovelha,que têm vindo ano após ano a acumularprémios e distinções pela qualidade dosseus queijos e que actualmente estão aconcretizar um grande investimento na áreado turismo, que à semelhança do que sãotodos os seus projectos, será também umêxito. São 3 projectos, privados, todos naárea do turismo e num concelho onde atehá bem pouco tempo falar no turismo eraquase como falar de algo improvável. Hojeessa é uma ideia ultrapassada!Provámosque não há fatalidades, provámos que comuma estratégia adequada com planeamento,com trabalho e persistência é possívelultrapassar as dificuldades e promover ascondições que possibilitem aos privadosterem confiança para concretizarem os seusinvestimentos.Investimentos que como éjá do domínio público, continuam a serfeitos por uma empresa que se instalou noconcelho há pouco mais de 5 anos, é hojeconsiderada uma das referências do seusector, tendo no início deste ano sidoadquirida por um empresário nacional, quelogo após esta aquisição, aprovou e vaiconcretizar um investimento de 40 milhõesde euros e criar 70 novos postos detrabalho.São excelentes notícias, noticiasque nos orgulham e que não sãoinfelizmente, muito vulgares no nosso paíse, em particular neste interior do País.Afinal nem todos desistiram de acreditarno interior! Acreditar no interior foitambém o que fez o actual accionista damaior empresa do nosso concelho, umaempresa das mais importantes da região,que desde o dia da aquisição por este grupo,têm sido alvo de constantes investimentosque a transformaram numa das mais

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JULHO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO4

ACTIVIDADES DO GRUPO DE AMIGOSDE VILAS RUIVAS

VÁRIAS INICIATIVAS E EVENTOS JÁORGANIZADOS DEMONSTRAM UMAASSOCIAÇÃO ECLÉTICA E AO SERVIÇODE TODOS OS ASSOCIADOS, NATURAISE AMIGOS DA ALDEIA DE VILAS RUIVAS

A CADA ANO QUE PASSA CADA VEZHÁ MAIS TURISTAS NA ZONA DO

CASTELO E ERMIDADE NOSSA SENHORA DO CASTELO

MUDANÇA DE POSTES DEILUMINAÇÃO PÚBLICA EM

VILAS RUIVAS

Estão a decorrer as obras de substituição dos postes de iluminação pública nasruas da aldeia de Vilas Ruivas. Estes melhoramentos, passam , para além da

substituição dos postes, também pela substituição dos cabos de electricidade.

No ano em que comemora o seu 10ºaniversário, o Grupo de Amigos de

Vilas Ruivas continua em plenaactividade, com a organização de diversoseventos elaborados previamente no seuPlano anual de Actividades, e que têmsido do agrado de todos.

Desde os almoços –convívio com osassociados, gentes e amigos da aldeia, deonde se destacou a “ o Prato Tradicionalde Borrego”, por alturas do Carnaval,juntando à mesma mesa cerca de umacentena de convivas, até às outrasactividades organizadas pela Associação,o nível participativo tem sido elevado edemonstra a diversidade de eventospromovidos, de onde se destacoutambém na quadra pascal o 2º passeio deBTT pelos caminhos anexos à aldeia,sempre com paisagens deslumbrantesoferecidas pela mãe natureza.

Destaque também para a grandenoite de fados realizada na quadra Pascal,que levou até à sede da Associaçãomuitos convivas apreciadores do“FADO-Património da Humanidade”,também com um jantar convívio. Umainiciativa que já vai na sua 4ª edição.

Outra iniciativa do Grupo de Amigos

de Vilas Ruivas, que já vai na sua 6ªedição, é o Passeio Pedestre. Este anoum passeio de pouco mais de seisquilómetros levou os convivas até aoCastelo do Rei Wamba, descendo depoispela serra até à Fonte das Virtudes . Umpasseio irresistível com paisagens quedeliciaram os olhos de quem não conheciao trajecto. O passeio culminou com umalmoço-convívio na sede da Associaçãona aldeia de Vilas Ruivas.

Anualmente a Associação tambémorganiza excursões para os associados enaturais e amigos da aldeia, e este ano jálevou a efeito uma excursão a Aveiro e aoMuseu do Mar, em Ílhavo.Uma excursão que foi do agrado de todosos que participaram, já que culminoucom um passeio pela Ria de Aveiro ( AVeneza portuguesa), que fez as delíciasde todos.

No passado dia 5 de Junho, aAssociação levou também a efeito a 9ªedição da Festa da Sardinha no largoprincipal da aldeia de Vilas Ruivas. Comcerca de uma centena de participantes, oconvívio prosseguiu pela tarde/noitedentro ao som de acordéon e de uns fadosà desgarrada.

É um facto evidente que a zona doCastelo e da Ermida de Nossa

Senhora do Castelo, e a cada ano quepassa, cada vez está mais concorrida porturistas. Verifica-se mais um acentuadomovimento aos fins de semana. Sejamturistas em carros particulares, seja emautocarros de excursão, aquela zona ex-líbris do concelho de Vila Velha de Ródãoé actualmente visitada por algunsmilhares de pessoas todos os meses.Não só o aumento de turistas se verifica

naquele local, mas também em muitosoutros locais do nosso concelho. Sinalque as coisas estão a funcionar bem anível de turismo, num excelente trabalhoefectuado ao longo dos anos pela CâmaraMunicipal. Pena é que, aquela zona doCastelo não possua um posto avançadode turismo por parte da autarquia. Pelomenos, nas épocas mais concorridas. Umasituação a estudar pela Câmara Municipale se tiver “pernas para andar”, porquenão ?

PROGRAMA DOS FESTEJOS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO CASTELO-VILAS RUIVAS/2014

VILAS RUIVASAS FESTAS MAIS ANTIGAS E TRADICIONAIS DO CONCELHO

DE VILA VELHA DE RÓDÃO : 14, 15 e 16 DE AGOSTOFESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO CASTELO –

VILAS RUIVASNANNI NADAIS, “entreteiner e artista multifacetado” do mundo da música e da TV/Rádio, vai marcar

presença em VILAS RUIVAS NO DIA 14 DE AGOSTO.Além do espectáculo, abrilhantará também o baile pela noite fora.

Mais um ano se passa e aí está maisuma festa em Honra de Nossa

Senhora do Castelo, na Aldeia de VilasRuivas. São os festejos mais antigos etradicionais do distrito de Castelo Brancoe do concelho de Vila Velha de Ródão ( apar dos festejos em honra de NossaSenhora dos Remédios, em Alfrívida) ,que por norma, levam sempre muitagente até ao largo da aldeia e até àEucaristia e Procissão em Honra de NossaSenhora do Castelo, lá bem no Alto daSerra. Uma enorme devoção que perdura,

numa festa de séculos após séculos, quecomeçou ainda em pleno século XII lábem no alto da serra, na zona envolventeao Castelo.

Logo no dia 13 de Agosto, portradição, a juventude da aldeia, organizao seu jantar convívio na zona envolventeà ermida de Nossa Senhora do Castelo,padroeira dos jovens e dos estudantes.Diz a tradição que em tempos não muitoidos , os jovens ali iam dormir à Capelade Nossa Senhora do Castelo na procurada sua fé, de iluminação futura para osseus estudos e vida profissional.

Os jovens de Vilas Ruivas retomaram

já algum tempo essa tradição antiga eassim lá vão estar a 13 de Agosto para oseu jantar convívio, ao som de boamúsica, pela noite inteira, até ao sol raiar.

Uma palavra de apreço para o NunoMendes ( CAC TEJO) e Rui Marques,elementos da Direcção do Grupo deAmigos de Vilas Ruivas, que teimam emmanter acesa a chama desta tradição danossa juventude. A todos os jovens deVilas Ruivas e amigos da aldeia,interessados em participar nesteconvívio, devem contactar com eles. Umbem haja por quem tanto luta porpreservar estas tradições e costumes.

DIA 14 DE AGOSTO: 16.00 HORAS || ABERTURA DA KERMESSE E ANIMAÇÃO DE RUA AO SOM DASAPARELHAGENS “ OCTÁVIO” , DO MARMELAL.22.00 HORAS || ACTUA O ARTISTA DA TV/RÁDIO “ NANNI NADAIS”, QUE TAMBÉM ABRILHANTARÁ OBAILE ATÉ AO NASCER DO SOL. UM ESPECTÁCULO QUE MUITO PROMETE.

DIA 15 DE AGOSTO: 16.00 HORAS || ABERTURA DA KERMESSE E ANIMAÇÃO DE RUA AO SOM DASAPARELHAGENS “ OCTÁVIO”, DO MARMELAL.17.00 HORAS || MISSA E PROCISSÃO EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO CASTELO NO ALTO DA SERRADEBRUÇADA SOBRE AS PORTAS DE RÓDÃO E O RIO TEJO.22.00 HORAS || ANIMAÇÃO E BAILE COM A BANDA “ REMÉDIU SANTU “, COM O FUNANÁ, KIZOMBA,ZUMBA E MUITOS MAIS RITMOS QUENTES DAQUELA ESPECTACULAR BANDA , A MARCAREM A NOITE.UMA NOITE QUE MUITO PROMETE

DIA 16 DE AGOSTO: 16.00 HORAS || ABERTURA DA KERMESSE E ANIMAÇÃO DE RUA AO SOM DASAPARELHAGENS “ OCTÁVIO”, DO MARMELAL.16.30H || ACTUAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA ORQUESTRA DE ACORDEÓNS DO CARTAXO22.00 HORAS || ANIMAÇÂO E BAILE COM O A BANDA “ CLÃ 6030 “, PARA OUTRA NOITE DE GRANDE E PURADIVERSÃO NO ENCERRAMENTO DOS FESTEJOS COM ESTA MAGNÍFICA BANDA DE VILA VELHA DE RÓDÃO.

Este ano, no dia 14 de Agosto, a aldeiade Vilas Ruivas volta a apostar num

artista para abrilhantar os festejos.Depois de Mário Jorge, em 2012,vencedor de vários concursos musicaisnas TV´s nacionais, em Vilas Ruivas vaiestar um artista bem conhecido dos meiosartísticos e da TV/Rádio, com provasdadas no mundo da música. Ele que actua,todas as noites, nos grandes locais damúsica e do Fado, em Lisboa,principalmente para os turistas quevisitam a capital portuguesa: Falamos deNANNI NADAIS. Um artista, onde aboa disposição e a variedade doespectáculo que produz, faz o mote parauma noite bem passada, sempre com boadisposição. Desde as rapsódias, até às“rebaldeiras”, passando pelo fado e fado

brejeiro e à desgarrada, NANNI NADAISpromete um espectáculo super divertidoem Vilas Ruivas.

Um artista multifacetado, um puro“entreteiner profissional” que tambémvai abrilhantar o baile na noite de dia 14de Agosto em Vilas Ruivas com o seuconjunto musical.

Nos restantes dias, a Comissão deFestas aposta novamente nas duasgrandes bandas que nestes últimos anostêm feito grandes espectáculos na aldeia:As bandas “REMEDIÚ SANTÚ” e os“nossos CLÃ 6030”.Destaque também para a tarde do dia 16de Agosto, e para o GRANDIOSOCONCERTO DE ACORDEONS queserá mais um ponto alto dos festejos.Pela primeira vez em Vilas Ruivas vão

estar os acordeonistas da AssociaçãoAcadémica de Acordeons do Cartaxo.Uma actuação com início pelas 16.30Hno palco principal no largo da aldeia deVilas Ruivas.O momento alto dos Festejos, vão ser osfestejos religiosos e a Eucaristia emHonra de Nossa Senhora do Castelo, nodia 15 de Agosto, pelas 17 Horas, naErmida de Nossa Senhora do Castelo, noalto da Serra. Mais uma vez se prevêuma forte adesão de muitas centenas depessoas a este momento de devoção ede fé pela Santa Padroeira da Aldeia deVilas Ruivas. A procissão decorre após aEucaristia no mesmo local de rara belezae ímpar no distrito de Castelo Branco.

GRUPO DE AMIGOS DE VILAS RUIVAS COMEMORAM OSEU 10º ANIVERSÁRIO A 17 DE AGOSTO

A 17 de Agosto , o Grupo de Amigosde Vilas Ruivas comemora o seu 10º

aniversário de existência. UmaAssociação que para além de“revolucionar a pacatez” da aldeia de VilasRuivas, lhe deu mais encanto, maisalegria, mais participação e maisenvolvência no dia a dia.

Ao longo destes dez anos, todas as

Desejamos que sejam mais unsfestejos de grande convívio e de grandeanimação entre todos os naturais eamigos da Aldeia de Vilas Ruivas, nacerteza de que todos serão bem recebidos

para três noites de grande diversão, comoé apanágio naquela aldeia do nossoconcelho, desejando que todos osrodenses ( e não só), compareçam emforça para três dias de grande folia no

Largo Principal de Vilas Ruivas, já que ocartaz promete nos Festejos mais antigosdo distrito de Castelo Branco e doconcelho de Vila Velha de Rodão.

direcções até aqui eleitas, têm feito umtrabalho magnífico no bem estar dasgentes de Vilas Ruivas, associados eamigos da aldeia, com iniciativas eorganizações que são do conhecimento edo agrado de todos os rodenses.

Têm sido imensas as realizações deeventos aos longo destes dez anos,divididos pela vertente cultural,

recreativa e desportiva.Possuidora de um excelente edifício

sede no Largo da Aldeia de Vilas Ruivas,é o ponto de encontro das gentes daaldeia no dia a dia, num simples café,num simples petisco, num jogo de cartas,num jogo de matraquilhos, dominó,

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JULHO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

Fim-de-semana recheado de animação, sabores e ofertas culturais

MAIS DE 16 MIL PESSOAS VISITARAM A «FEIRA DOS SABORES DO TEJO»

Em Vila Velha de Ródão

I Encontro Nacional de Contos Indígenas celebra rios sagrados eencerra com Festival Popular de Contos

Vila Velha de Ródão fez«Sentir o Rio e Viver aTerra» A «Feira dos

Sabores do Tejo» em Vila Velhade Ródão foi um sucesso. Maisde 16 mil pessoas visitaram ocertame que veio substituir atradicional Feira das AtividadesEconómicas da CâmaraMunicipal de Vila Velha deRódão e que foi uma montra doque de melhor se produz naregião. A inauguração da Feira,que teve lugar na passada sexta-feira, dia 27 de junho, contou coma presença do Presidente daCâmara Municipal de Vila Velhade Ródão, Luís Pereira, doPresidente da AssembleiaMunicipal de Vila Velha deRódão, António Carmona, e doVice-Presidente da CCDRCentro, Luís Caetano. Seguiu-sea apresentação pública do novo

rótulo do Mestre ManuelCargaleiro para o azeite daRODOLIV, com a presença deAdelina Martins, DiretoraRegional da DRAPC, AntónioNabais, em nome do MestreManuel Cargaleiro e CarlosLourenço da direção daRODOLIV. De seguida teve lugaruma prova de azeite, vinhos emostra de produtos regionais.«A ORGANIZAÇÃO DETODA A FEIRA E A NOVADISPOSIÇÃO DOSEXPOSITORES, ÁREAS DEANIMAÇÃO E DE LAZERFORAM ESSENCIAIS PARAA EFICÁCIA DESTE NOVOENQUADRAMENTO. AFEIRA FOI UM SUCESSO.»OPresidente Luís Pereira no finalda feira disse estar «bastantesatisfeito com os resultadosalcançados, o balanço é

francamente positivo e superouas melhores expetativas. A Feiratem um grande destaque nadivulgação do concelho e das suaspotencialidades e, este ano,introduziram-se alteraçõesprofundas que conjugaraminovação com a tradição dandoum caracter mais abrangente quemostrou o melhor que se produzna região, obtendo assim umaprojeção diferente sem perder asua identidade.»Sublinhou aindaque «este certame se afirma cadavez mais como uma referência naregião, do seu saber fazer, tendocontado com a presença dosprincipais produtores da região,três escolas de hotelaria, artistasde projeção nacional e muitaanimação e atividades. O PavilhãoMultiusos trouxe mais dinâmicae mais interatividade à Feira comações culturais de interesse para

as gentes da terra.» Para oPresidente «a organização de todaa feira e a nova disposição dosexpositores, áreas de animação ede lazer foram essenciais para aeficácia deste novoenquadramento». Podemosafirmar com toda a certeza que a«Feira foi um sucesso, omercadinho do pão e todas asatividades foram ricas e deelevada projeção. Foi uma apostaganha». Sob o mote «Sentir oRio e Viver a Terra», a Feiracontou com a presença de maisde 120 expositores da região,numa mostra diversificada deatividades, serviços e produtosrelacionados com o Tejo e com aprodutividade e animação que elegera. A Feira foi de entrada livree trouxe uma dinâmica maisabrangente envolvendo toda afamília. Ao melhor dos

expositores esteve aliada umaaposta musical diversificada, queteve como protagonista doprimeiro grande concerto, DavidFonseca. No sábado atuou oMiguel Ângelo e no domingosubiu ao palco principal oTributo aos Abba. Na sexta e nosábado, a partir da 1h00 houveainda Discoteca ar livre comatuação de DJ Jokerland e DjZound’s. Foram várias asanimações que decorreram emsimultâneo nos três dias, desdeanimação infantil, espaço parababysitting, mercadinho do pão,debates, workshops, passeiospedestres, passeios de barco noTejo e passeios de burro. Váriasatividades brindaram osvisitantes ao longo do certame:workshop de culinária comprodutos locais (EscolaProfissional do Fundão); atuação

da banda Modas de Ródão (palco2); aula aberta de Lindy Hop byDavid & Cátia – Stomping at Six;debate “O Território da BeiraBaixa e as Suas Potencialidades”;workshop Culinária comprodutos locais (EscolaTecnológica e Profissional daZona do Pinhal); exibição deGinástica Acrobática peloALBIGYM; apresentação dasAçafas nºs 7 e 8 (AEAT) e dolivro “Contos Montesinhos” deJoaquim Rodrigues; atuação dabanda Musicalbi (palco 2); atelierde Bolinhos/ Bolachas –DAYANA; Passeio motorizadasclássica; aula de Zumba Fitnesscom ginásio A Praça; workshopculinária com produtos locais(Escola Superior de Gestão deIdanha-a-Nova); Flash Mob pelaempresa Low Edge; atuação dabanda Quintarolas (palco 2),entre outras.

Requalificação docais fluvial deRódão permite

melhor acesso aoTejo

A autarquia de Vila Velha de Ródão, atravésde obras por administração direta, está,

neste momento, a requalificar o cais fluvial deVila Velha de Ródão, procedendo ao alargamentoe melhoramento da rampa de acesso ao rio Tejo.É através do rio, com os passeios de barco, quegrande parte dos turistas conhece o MonumentoNatural Portas de Ródão bem como as gravurasrupestres nas margens do Tejo. Verificando queas dimensões e condições de segurança não eramas mais convenientes no acesso ao rio, a CâmaraMunicipal procedeu ao melhoramento destaestrutura valorizando este espaçoproporcionando, assim, melhores condições aquem visita o concelho.

Esta obra está integrada no projeto derequalificação do cais de Ródão, que abrangeentre outras obras, o bar do cais e a pontepedonal nas margens do ribeiro Enxarrique.

Esta zona ribeirinha bastante apreciada evisitada pela população local e por turistas estáneste momento requalificada e é um localprivilegiado para a contemplação da paisagemnatural e para a prática de desportos náuticos.

De 10 a 13 de julho, Vila Velha de Ródão foi o cenário de umevento, inédito no país, que reuniu investigadores de várias

áreas do conhecimento e contadores de estórias. A estes juntaram-sejovens do externato Frei Luís de Sousa e de Vila Velha de Ródão, parapartilhar saberes sobre o imaginário e o imenso poder mágico dosrios.

A residência de contadores e investigadores promoveu uma intensae profícua troca de conhecimentos e experiências, envolvendo eempenhando neste processo, os cerca de 40 jovens participantes.

O dia 12, após as 21H00, foi o culminar deste intenso programade trabalhos, com a realização do Festival Popular de Contos, quereuniu cerca de 150 participantes os quais, entre o cais do Porto doTejo, o Largo da Administração, a Foz do Enxarrique e a Senhora daAlagada, numa noite de intenso luar, foram premiados com umarealização cultural de extraordinária qualidade, realizada num cenárioúnico, tanto pela sua beleza como pelo seu significado uma vez queestão associados à mais antiga presença humana da região e aosimbolismo e religiosidade do território rodense.

Estiveram envolvidos nesta realização o município de Vila Velhade Ródão, a Direção-Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas,o Museu Nacional de Arqueologia, o Externato Frei Luís de Sousa, deAlmada e a Associação de Estudos do Alto Tejo.

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JULHO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 6

Jovens Repórteres para o Ambiente do AEVVR

Portas de Ródão: Uma maravilha natural à nossa porta“Reportagem do Mês” abril 2014Menção Honrosa – “Melhor Reportagem JRA 2014”

Q uem chega à nossa escoladepara-se com uma vista decortar a respiração: se voltar

as costas ao edifício e olhar (só) para adireita vê o rio Tejo a correr calmo emajestoso na sua grandiosidade. Dizquem vem aqui pela primeira vez queesta escola possui uma das mais belasvistas de todas as escolas do país. Mas,não nos podemos descuidar e olhar paraa esquerda, pois teremos, nesse caso, avisão das inúmeras chaminés das fábricasa deitar fumo para a atmosfera.Centremo-nos então na paisagem quetemos à nossa direita e reparemos numabela “construção” feita pela natureza aque se dá o nome de Portas de Ródãoque, desde 2005, está classificada comoMonumento Natural.

Quem desejar ter uma visãoabrangente do local, deverá fazer umaviagem num dos barcos queproporcionam passeios turísticos no rioTejo ou então fazer uma viagem decomboio através da linha da Beira Baixaem direção ao Entroncamento ou pararna velha ponte que atravessa o rio esimplesmente desfrutar da vista. Podemacreditar que a paisagem é deslumbrante!O grupo dos jovens repórteres da nossaescola mostrou interesse em conhecermelhor este sítio e, para isso, convidouo professor de História, Jorge Gouveia,para lhes falar acerca deste local e paraos acompanhar numa visita. Trata-se dealguém que tem um profundoconhecimento acerca deste assunto, jáque foi ele o responsável pelacandidatura das Portas de Ródão às 7Maravilhas Naturais de Portugal, em2010.

Em primeiro lugar, quisemos sabero que são as Portas de Ródão. O nosso

professor explicou-nos que são umaformação geológica situada perto de VilaVelha de Ródão, resultante daintersecção do duro relevo quartzíticoda Serra das Talhadas com o curso do rioTejo. Neste local, há um estreitamentodo vale, que aqui corre entre duasparedes escarpadas, que atingem cercade 170 m de altura, fazendo lembrar duas“portas”, uma a norte no distrito deCastelo Branco, Beira Baixa, e outra asul no concelho de Nisa, distrito dePortalegre, Alto Alentejo.

Tivemos curiosidade em saber háquanto tempo se formaram as Portas deRódão e ficámos a saber que “o tempogeológico não se mede como o nosso, aominuto ou ao segundo, mas parece que asua origem remonta há mais ou menos2,5 milhões de anos”. E como é que seformaram? Formaram-se devido a doisfenómenos complementares. Ofenómeno erosivo, ou seja, relacionadocom a erosão onde as águas do rio foramdesgastando a rocha. Tal como diz oditado: “Água mole em pedra dura, tantobate até que fura”… Outro aspetoimportante para a sua formação foi afalha tectónica, pois, nesta zona, situa-se a falha do Ponsul, o que faz com queos territórios balancem ao longo dostempos. Então o que é que aconteceu? Aconjugação dos elementos erosivosjuntamente com a falha tectónica fez comque a serra se tivesse fraturado e issofez com que o rio, quase como umacascata, começasse a encaixarprogressivamente e a fazer o seu leito.Portanto, o rio demorou 2,5 milhões deanos a fazer este trabalho! E, ainda hoje,o rio continua a escavar e é por isso queolhamos para a paisagem e há váriosterraços que se criam à medida que o

Tejo se vai encaixando progressivamente.Também tínhamos curiosidade em saberque tipo de fauna e de flora podemosencontrar nas Portas de Ródão. Oprofessor começou por nos falar dafauna. Disse-nos que estão inventariadasmais de 100 espécies de aves, sendo asmais emblemáticas a cegonha preta; ogrifo; o abutre de ruppelli, uma espéciemuito rara de abutre africano que se deumuito bem com os grifos das Portas deRódão e reside aqui o ano inteiro; a águiade bonelli; a águia perdigueira; o chasco-preto e o abutre negro. Podemostambém observar nesta área umasdezenas de mamíferos, entre eles a lontraque se vê com frequência no Tejo. A nívelda flora, existe aqui a vegetaçãomediterrânica, que é típica das zonas dosul da Europa e está muito bemconservada. Aquela que merece maisdestaque é o zimbro. Estas árvores muitobonitas e raras (no sentido de que hápoucos lugares no país onde se observamcomo aqui) crescem nas encostas. Issosó é possível também no DouroInternacional e no Barrocal Algarvio. Ospovoamentos de zimbros estão muitobem constituídos e muito bempreservados e embelezam a encosta daserra. Eles conseguem viver no meio dasrochas, porque têm uma raiz muitofininha que se infiltra pelas fissuras darocha e essa raiz tem dezenas de metrosde comprimento para ir buscar água.Além disso, eles produzem o seu própriohúmus. As agulhas dos zimbros, que vãocaindo para as fissuras das rochas, vão-se degradando lá, transformam-se emmatéria orgânica que eles própriosdepois absorvem para continuar a viver.“É uma árvore muito curiosa, não é?” –pergunta o nosso professor. Nósrespondemos afirmativamente,deslumbrados com tudo o queestávamos a ouvir.

Então, surgiu-nos a seguinte ideia:as Portas de Ródão poderiam funcionarcomo um laboratório vivo para o estudode plantas e animais únicos, alguns emvias de extinção. O professor Jorgeconsidera que sim, porque “há nestelocal um conjunto de espécies muitointeressantes e muito raras que podem edevem ser estudadas”. Os cientistas, emvez de levarem as plantas ou os animaispara o laboratório, podem ir para ocampo e estudá-los no local. Assim,tanto a flora como a fauna aqui existentespoderiam estar mais protegidas.A autarquia tem tido um papelfundamental na proteção desta área.Tem-se preocupado, fundamentalmente,em fazer o acompanhamento dasintervenções humanas no local, no quediz respeito à preservação dabiodiversidade.

A poluição pode contribuir paradestruir a biodiversidade existente nasPortas de Ródão. No entanto, de acordocom o que nos disse o nosso professor,no caso de Ródão, parece que as coisastêm vindo a melhorar pouco a pouco.Por exemplo: ultimamente, começou aaparecer uma espécie de mexilhão do rioque já não era vista nestas águas há muito

tempo. Isto dizer que a qualidade daságuas já é melhor, pois os bivalves sãoespécies muito sensíveis. São elas asprimeiras que reagem negativamente àpoluição. Ora, se este tipo de mexilhãoesteve praticamente extinto aqui e hojejá se começa a ver novamente nas águasdo Tejo, perto de Ródão, isso quer dizerque a qualidade da água melhorou, poispermite a sobrevivência das espéciesque nela residem.

As Portas de Ródão são uma “maisvalia” para Vila Velha, sobretudo no quediz respeito ao turismo, porque aliam aquestão da biodiversidade e outras quese relacionam com aspetos culturais,como por exemplo, as estaçõesarqueológicas, o castelo, as lendas, aculinária e a gastronomia que tambémfazem parte da cultura. Em relação àbiodiversidade, quando olhamos paraeste monumento natural, o que vemosem primeiro lugar é a vegetação. Seolharmos com um pouco mais deatenção, vemos aquelas aves de grandeenvergadura – os grifos – a sobrevoar avila. Portanto, os zimbros, os grifos, aáguia de bonelli e também a cegonhapreta são elementos da biodiversidadede Ródão extraordinariamenteimportantes, porque são muito raros eestão aqui muito bem preservados e issoatrai muitos turistas. É frequenteencontrarmos no miradouro do castelo,que é um excelente lugar para fazer“birdwatching”, grupos de estrangeirosque vêm propositadamente do norte daEuropa para fazerem nesta zona aobservação de aves. Vêm atrás de quê?Da biodiversidade.

Olhando para o cimo das escarpas

que constituem as Portas de Ródão,surgiu-nos de repente a ideia que aquelelocal seria ótimo para a prática deatividades como escalada e slide. Noentanto, facilmente percebemos que issonão seria possível, porque sepretendemos preservar o habitat deplantas únicas e de animais raros, algunsem vias de extinção, a prática dedesportos radicais não é compatível coma preservação da biodiversidade. Oprofessor Jorge informou-nos que “háoutros sítios em Ródão onde tambémexistem escarpas e onde se podem fazerdesportos radicais. Por exemplo, ocastelo de Ródão tem uma escola deescalada lá montada com 3 ou 4 pistas eaí já não há problema nenhum em“incomodar” as espécies”. Assim, abeleza das Portas de Ródão deve apenasser apreciada ao longe, através daobservação, por exemplo utilizando unsbinóculos.

Depois de tudo o que vimos eouvimos, depressa percebemos que, dadaa importância daquele sítio, deveriaexistir um centro de interpretação paraas Portas de Ródão, o que permitiria aosvisitantes ficar a conhecer melhor estegeomonumento.

Aqui, em Vila Velha de Ródão, existeuma maravilha natural mesmo à nossaporta. As Portas de Ródão são o ex-librisdesta terra. Elas representam algo que éum símbolo para todo este território emarcam tão profundamente as pessoasdaqui que estas até dizem: “Tu tens umcoração do tamanho das Portas deRódão!” quando querem referir a enormegenerosidade de alguém.

O AEVVR esteve presente com o habitual stand, na "Feira dos Saboresdo Tejo" e entrevistou, em exclusivo, David Fonseca, trabalho que será

publicado no número de dezembro do jornal "Gente em Ação".A Direção do AEVVR deseja a toda a comunidade educativa boas férias!

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JULHO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7

CASA DO CONCELHO REJUVENESCEOS SEUS CORPOS DIRETIVOS

QUEIJARIA DE RÓDÃO NA PRAÇA DAFIGUEIRA EM LISBOA

Contin. da 1ª. Pág.

A convite da Associação deDinamização da Baixa

Pombalina, de Lisboa, a Queijariade Ródão, com a indústria delaticínios sedeada em Vila Velhade Ródão, tem vindo a expor osseus produtos mais tradicionais- queijos de mistura, queijos deovelha, queijos picantes - naPraça da Figueira, em Lisboa.

No último fim de semana decada mês, a Queijaria de Ródão eoutros empresários nacionais,em tendas apropriadas para oefeito, ali se instalam paraapresentação e venda dos seusvariados produtos regionais -queijos, enchidos, doçaria,vinhos, etç, - atraindo ao localum número bastante elevado depessoas, nomeadamente turistasque por ali passeiam e nãoquerem deixar de provar osprodutos expostos, típicos dasmais variadas zonas do país.

Na tenda da Queijaria deRódão, fomos encontrar o sócioGerente Sr. João Rodrigues,acompanhado da sua filhaCarolina Rodrigues, que semanifestaram reconhecidos ehonrados com o convite recebidoda autarquia lisboeta para aliapresentarem os seus produtose felizes também por poderem

contribuir assim para adivulgação e promoção doconcelho de Vila Velha de Ródão.

O nosso conterrâneo, JoãoRodrigues, informou-nostambém que os seus queijos têmtido muita saída e que pensacontinuar por ali durante ospróximos meses.

Elísio Carmona

A nomeação destes trêssócios da Casa do Concelho,prevista no ARTº 52 dosEstatutos, revestiu-se do maiorinteresse para o futuro da nossaassociação, uma vez que estamosa falar de três jovens rodensesque aceitaram integrar os CorposDiretivos duma associaçãorepresentativa do concelho aoqual estão fortemente ligados epelo qual estão dispostos atrabalhar em defesa das suastradições, da sua cultura, das suaspaisagens, dos seu valor turístico,económico, etç.

Trata-se do Dr. João TiagoMachado, filho do nosso ex-Presidente da Assembleia Geral,Dr. Manuel Machado, falecidorecentemente, que substitui o paino cargo de Presidente daAssembleia Geral da Casa doConcelho de Vila Velha de Ródão,uma vez que já exercia as funçõesde Vice-Presidente da AssembleiaGeral; do Dr. Manuel PestanaMachado, neto do Dr. Manuel

Machado e que vem substituir otio no cargo de Vice-Presidenteda Assembleia Geral; e do Eng.ºRicardo André da CostaMorgado, nomeado paraTesoureiro da Casa do Concelho,em substituição do Sr. CapitãoJúlio Ribeiro Rodrigues da Silva,que cessa as suas funções pormotivos de saúde.

Numa altura em que oassociativismo regionalistasedeado em Lisboa atravessa uma

fase difícil, com muitasassociações completamenteparalisadas e muitas outras emvias de extinção, é de louvar aatitude destes jovens e, desde já,lhes agradecer pela expetativacriada na maioria dos sócios daCasa do Concelho. Normalmente,o êxito de qualquer instituição,depende muito da dinâmica quelhe for imprimida pelos seusdirigentes.

Elísio CarmonaACONTECIMENTOS EM PERDIGÃO

JUNHO, DIA 21 –Como foi previamente

anunciado, realizou-se oconvívio/sardinhada. Mais uma vez ficou provadoque são necessários estesencontros. Encontro de famílias,de conterrâneos e amigos, dalocalidade e de aldeias vizinhas,enfim, são momentos que devemser aproveitados para reforçaramizades, para descontrair, criarenergias para prosseguir commais alegria o dia a dia da nossaexistência. É sempre de lamentar a falta deconvivas que, normalmente,estão presentes. Houve quemnão comparecesse por falta desaúde, outros, por motivo deluto. Lamentamos,profundamente, os que faltarampor essas razões. Infelizmente, este ano, tivemosa falta de cerca de 20 amigos. Os que compareceram tornaramo encontro muito agradável.Houve boa disposição, o diaesteve agradável, o convívioterminou com o desejo de serepetir nos próximos anos. Onosso desejo é de que assim sejae com o espaço melhorado.JULHO, DIA 12 – Trasladaçãodo corpo do conterrâneo e amigo,João Alves Rodrigues, docemitério de Vila Velha de Ródão,para o jazigo mandado construirpela família, no cemitério dePerdigão. Ficar em Perdigão foi sempre odesejo por ele manifestado aolongo da sua vida. Como foi noticiado na altura, o

Major João Alves Rodriguesfaleceu no passado dia 7 dopretérito mês de junho, morteprovocada por brutal acidente deviação, em Angola. Como naaltura escrevi e hoje repito,Perdigão perdeu um amigo. Assuas gentes, com certeza, não oesquecerão. Para além dos queconviveram com ele e dos que oconheceram, fica alguma obrapara o recordar. Estouconvencido de que os seusfamiliares não deixarão decontinuar a contribuir para obrasque acharão necessárias paramelhorar atividades deste povo.Este povo recebeu os restosmortais do seu conterrâneo eamigo que aqui ficarão parasempre e deseja que a sua alma,pela misericórdia de deus, seencontre em paz.OUTRO ACONTECI-MENTO SERÁ DIAS 2 E 3 DOPRÓXIMO MÊS DEAGOSTO. Avida é feita decontrastes de alegrias e tristezas.Umas vezes em festa, outras emfunerais. Tudo isto faz parte danossa vida. Enquanto vivemos estamos asujeitos a estas contradições. Onosso dever é procurar criar ànossa volta: no nosso lar, notrabalho, no relacionamento comquem nos cruzamos no dia a dia,enfim, em todos os momentosda nossa vida, um ambientesaudável. Ambiente que transmita alegria,confiança, boa disposição. Nãoé nada agradável encontrarmo-nos com pessoas com semblante

carrancudo que parece dever-lhesalguma coisa. Um sorriso nãocusta nada e deixa-nos bemdispostos. Os outros não têmculpa dos problemas que nospossam preocupar. Como escrevi na altura, é umafesta simples, mas que aComissão espera seja do agradode quem nos deseja visitar. Felizmente que, para além doque já está divulgado pelos meiosatrás anunciados, tenho p prazerde divulgar mais a presença deuma componente essencial parao brilhantismo das procissões. Èque não estava no programa apresença da centenária BandaFilarmónica do Fratel. Nãoestava no programa pela razãode que a comissão não temrecursos monetários para fazertal despesa. A voz do coração tocou asmentes de dois elementos dafamília Rodrigues que, por amorà sua Terra e por gostarem departicipar nas procissõesabrilhantadas pelos sonsharmoniosos da Filarmónica,quiseram que se mantivesse atradição e por isso vão ofereceresse benefício. Aos beneméritos aqui fica,desde já, o agradecimento dacomissão e do povo, pois, outrosmomentos virão para agradecer.Contamos, pois, com a presençade todos os conterrâneos eamigos que queiram escolher,nesses dias, a nossa aldeia, parapassar alguns momentosagradáveis.

Pela Comissão, Luís Correia

NOTÍCIAS DE SARNADAS

EM RODEIOS E VALE DO HOMEMFESTEJARAM-SE OS SANTOS POPULARES

AS MARCHAS POPULARES EM SARNADAS

F oi nas instalações daAssociação Nossa Senhora

da Paz que os habitantes deRodeios e Vale do Homem sereuniram para ali realizarem osfestejos em honra dos SantosPopulares . O convívio teve inicio porvolta das 19 horas com o acenderda fogueira e com o manter datradição saltaram a mesmaabrindo o apetite para a seguirdarem inicio aos comes e bebes,com sardinhas, febras eentremeada e bebidas à vontade

de cada um .A organização estava

perfeita e parabéns à direção daassociação .

Foi no dia 21 do mês de Junhode 2014 que o Rancho as “

Nossas Gentes “ organizou maisuma vez as festas popularesnesta freguesia. A marchadesfilou por varias vezesacompanhada por muitasmusicas populares alusivas aoevento .

Os marchantes desfilaram norecinto de festas desta localidadee foram presenciados por váriospopulares que ali se juntarampara participarem no evento,bastante aplaudido por todos .

Os marchantes desfilaramcom novas roupasconfecionadas por alguns

elementos do rancho e algunspopulares . Seguiu-se umasardinhada onde o convívio foireinante entre todo o público .Foi uma tarde bem passada deagrado para a maioria dapopulação que participou ecolaborou no evento .

Cont. Pág. 9

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JULHO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8

“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!

Poetas do nosso Concelho

CRÓNICADOS LUSÍADAS piquininos

Manuel Antunes Marques

Senhora professora!Lá na aldeia, eras doutora.Dona Fortunata!Vieras trabalhar;De Olhão, Algarve,Tinhas que contar

Chegaras no TremPor ti nomeado,À vila de RódãoDo Tejo admirado;Que grande viagem!Deus deu a coragem.

Horas e horasEm pé ou sentada,Tua mana contigoAinda criança,Não era de amigoA triste lembrança.

De Olhão a LisboaFora o dia inteiro,Pousada, lá na grande cidade.Dona Laura a deraTinha-te amizade,Perceptora de seus filhosMuito bem te conhecera.

E o teu patrãoO senhor JuizFala e diz:“Aldeia do TostãoVila Velha de RódãoEntra o Tejo em PortugalJá és portuguesaLugar bonito sem igual”

Itália-Portuguesa, ésPerceptora, mais não,Agora senhora Professora.Nomeada já estásO Estado e a EscolaEsperam por ti.Terás férias para Olhão visitar.Também para Portugal amar.

O trem as levou,Dormiram bom sono,O sol as acordou,Vila Velha de Ródão!É esta a estação.Chegámos maninha,Pouca confusão.

Tostão! Bom ou mau lugar?Aldeia da Beira,Que grande canseira!O Trem, comboio outra vez?Iremos depois de jantar.

Comboio parou a apitarMana, a criança no cais a saltar.As malas e malinhasCom jeito a descarregar.

Tão jovem, tão bonita!Tão airosa, minha mãe!A sorrir, perfumada,Lembrava um rosa,Não via ninguém.

Porém, logo se avistaNo terreiro além,Dois mansos cavalos:Um de montar, outro decarregar.

Veio logo o ganhãoBuscar as bagagensVeio a anfitriãToda coração a dar a salvação.

Maria Olegário(Professora primária aposentada)

DEDICADOÀS MÃES

Fechar escolas nas aldeias

(Mãe, minha mãe- faleceu em 1930)

1Bilhetes, notas, trocadosDepressa que fecha a cancelaCorro, corro, antes que elaMe deixe cá deste ladoMas depois de ter passadoVou à popa ou vou à proaNo Pragal ou Madragoa2Eu sempre senti o ensejoDe no cacilheiro navegarNeste Tejo que já é MarNeste Mar que ainda é TejoMar e Tejo dão um beijoMesmo à vista de LisboaNo Pragal ou Madragoa3Cacilhas dá um abraçoTodos os dias à CapitalGente que vem do GinjalAté ao Terreiro do PaçoEste abraço é um pedaçoDa vida que tem LisboaNo Pragal ou Madragoa

DIA DOS AVÓS

Cont. do n.º anterior

25 DE ABRIL:O FUTURO DA DEMOCRACIA EM PORTUGAL E NA

EUROPA

Carolina Lourenço

PARABÉNS AOSCACILHEIROS

Um rio tejo diferente mas sempre amoroso

Quero ir no CacilheiroQuero ir para Lisboa

No Pragal ou Madragoa

4Se é Cacilhas, se é AlmadaEu sinto-me aqui à vontadeRespiro fundo a liberdadeEntre gente tão estimadaGente de vida tão agitadaQue vai e vem a LisboaNo Pragal ou Madragoa5À noite estou de regressoVolto sempre no cacilheiroTrabalhei um dia inteiroAté amanhã me despeçoAmanhã cedo recomeçoOutra viagem para LisboaNo Pragal ou Madragoa6Parabéns ao “Zé cacilheiro”Que amarra a embarcaçãoDepois ajuda, dando a mãoEste lobo, que é marinheiroCom seu aprumo altaneiroCorre à popa, corre à proaNo Pragal ou Madragoa.

Sobral FernandoSobreira Formosa

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Honremos nossos AVÓSEssas figuras tão ternasQue deram a todos nósAfeições muito paternas

Os AVÓS são radiososComo flores ressequidasSão ternos, maravilhososLuzeiros nas nossas vidas

Junto aos netos, os avozinhosCom as mãos a tremularAcariciam os netinhosCom um amor particular

Embalam as criancinhasMesmo quando são velhotesAfagam as cabecinhasComo fossem seus filhotes

Muitos anos já passaramTrabalhando, com fervorMas carinhos não faltaramAos netos, com muito amor

Com ternura femininaQue brota do coraçãoDão ao menino, ou meninaUma total afeição

Nesta data memorávelO DIA DOS AVOZINHOSSeja muito agradávelVisitando os velhinhos

E depois, com emoçãoE duplo amor fraternalDemos toda a afeiçãoE com grande devoçãoDeixemos ‘ma saudaçãoAos AVÓS de PortugalNum abraço cordial.

Fabião Baptista

SARNADINHAEntrou o sol de mansinhopela minha janela alta.Não se fez anunciarpor saber que era esperado.Eu, sentiria a sua falta,acaso me fosse faltar.Vi-o nascer...Desde quando tal não acontecia?Foi uma visão por dever.Antes,quando acordava era já dia!Pelo respeito que merece,deveria ser obrigatório,ver nascer o astro que nos aquece.

Silvério Dias - às 6H00 da manhã, 27 Junho 2014

Numa famosa citação, George Bernard Shaw afirmouque “O homem lúcido adapta-se ao mundo; o homemerrante persiste em tentar adaptar o mundo a si próprio.Portanto, todo o progresso depende do homem errante”.A partir desta citação, podemos concluir que paraencontrar resoluções eficazes e infalíveis para umdeterminado obstáculo, temos de errar.Só errando e falhando, é que conseguimos chegar aoresultado mais desejado. E isto aplica-se não só ao temadiscutido, mas a tudo na vida.É no futuro que nos temos de centrar, e, é pertinentetransmitir esta mensagem às gerações vindouras, paraque no futuro, se possa patentear uma melhoria dosraciocínios lógicos do ser humano.

· A Terrível Privação da Democracia

Infortunadamente, existem países que não têm apossibilidade de investir na Democracia. Esta situaçãonão ocorre devido a não serem países democráticos,mas sim, por verificarem grande instabilidade económicae social, como é o caso da Ucrânia. Este país é umemblemático caso onde podemos analisar a seguintecircunstância: a democracia de nada vale quando o povode um país se encontra dividido. Podemos observar,diariamente, as diversas e apavorantes notícias quepassam sobre a Ucrânia - as violentas revoluções e ostumultuosos motins provocados pelos ucranianos, porestes protestarem que o seu país encontra-se a ser“governado por bárbaros que trabalham apenas para sipróprios e apenas para garantir as suas fortunas, assuas casas e o seu poder”.É de facto um caso deveras preocupante, a Ucrânia éum país de uma importância enorme para as relaçõesentre a União Europeia e a Rússia. Na minha opinião, éfundamental que se conserve a unidade do país e segarantam as liberdades dos cidadãos ucranianos.

· O Retrocesso?

Parece surreal, mas a verdade é que na Europa verificam-se numerosas situações onde o conceito de regressão éinvocado. Diga-se de passagem, que Portugal é um dessescasos. Mas para não estragar a ambiência e o engenhodeste meu ensaio que enaltece a admirável data do 25 deabril, vou falar de outros países europeus onde sepresencie esta ocorrência com maior apreensão, e, onde

é essencial alertar e remediar esta questão.A Bulgária e a Roménia são dois países que contribuempara a corrente crença que a democracia na Europaestá a recuar. De facto, são nestes dois países onde severificam maiores carências nos aspetos da democraciaeleitoral, dos direitos fundamentais, da tolerância dasminorias, da cidadania ativa e da satisfação com ademocracia. Mas foi na Albânia, por exemplo, onde nãopudemos (durante décadas) falar sequer em assuntosdemocráticos pois a implantação da democracia, nestepaís, sofreu um processo seriamente lento.Parece inacreditável debater sobre estes e outros casosnos tempos em que vivemos, mas verdade seja dita quea Europa já progrediu e muito, quando relembramos asua história política. E parece-me, que daqui para ofuturo só tem de aferir melhorias ainda mais louváveis:a nossa sociedade possui instrução, conhecimento esaberes dignos para levar a bom porto este fim. Não hámargem para recuar apenas para avançar.

· Um Amanhã Melhor

O ideal democrático é simbolizado, em grande parte,pela Europa. Esta deu um sentido concreto, visível,enraizado, palpável, às aspirações por liberdade, que,sem mais, exigem risco. Deu significado territorial egeográfico aos horizontes incertos da democracia. Foi osubstituto real de glórias passadas. Foi um lar, ondehavia lugar para mais um. Para além da vizinhança, dasimpatia e das afinidades, a Europa ficou a ser conhecidacomo um porto segurança e abrigo.Para preservar a unidade deste continente, é na vida decada cidadão-comum que devem estar bem assentes asquatro conjunturas: liberdades e direitos cívicos;igualdade e justiça social; aprofundamento dademocracia e construção de uma democracia grupal;ecologia, sustentabilidade e respeito pelo meio ambiente.Só respeitando as prescrições e normas legais descritasem cima, é que podemos salvaguardar e garantir asustentabilidade da qualidade de vida e do bem-estardas gerações futuras.Acredito no Estado Social que assegura os direitos,liberdades e garantias dos seus cidadãos. Eu não vejo ofuturo sem democracia, porque este é o caminho certo apercorrer!

Carolina Lampreia Caeiro Cargaleiro Lourenço

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JULHO DE 2014 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9

haja

SAÚDEJogos Olímpicos

Mónica Santo(Dietista)

David Sequerra*

GRAVIDEZ -9 MESES, 40 SEMANAS, 280 DIASDE ALIMENTAÇÃO ESPECIAL

Por estar neste “estado degraça”, pareceu-me excelente

este meu artigo se centrar umpouco nesta temática que temtanto de interessante como decomplexo! Cada vez mais seinvestiga nesta área daalimentação, e se por um ladotemos que ter hábitosalimentares salutares, por outrodevemos considerar algunscuidados em prol de um bebémais saudável! E se ouvimosmuitas vezes as vozes dosantepassados dizer “ai...mariquices...isso no meu temponão era nada assim...” Há semprea voz da consciência que nos fazpensar duas vezes e seguir à riscatodas recomendações que nosindicam, pois “o seguro morreude velho”.

A gravidez é um período noqual a mulher deve cuidar bemda sua alimentação, dada aimportância para o bomdesenvolvimento do feto e paraa prevenção de complicaçõesdurante a gravidez e o parto.Portanto, esqueça a crençapopular de que a grávida devecomer por dois!A gravidez é uma ótimaoportunidade para adoptar devez uma alimentação saudável ecom isso conseguir controlar oaumento de peso. O ganho depeso na gravidez é normal e

fisiológico, tem mesmo deacontecer. Devendo este aumentosituar-se entre os 10 e 12Kg parauma mulher com estatura normal.

A alimentação da grávidadeve ser o mais variada possívelincluindo alimentos ricos emproteínas, frutas e hidratos decarbono complexos integraissempre que possível. Beber águaem abundância (entre 2 e 3 litros),evitar fritos e produtosaçúcarados.

É aconselhável distribuir aingestão de alimentos ao longodo dia, de forma a fazer refeiçõesmoderadas mas frequentes (seis/sete refeições por dia: pequeno-almoço, meio da manhã, almoço,dois lanches, jantar e uma ceiaopcional).

Para além dos cuidados coma alimentação saudável, há aindaoutras preocupações a ter emconta devido ao risco de contrairinfecções que podem sernefastas para a mãe e para o bebé.

Assim, durante a gestação éde evitar:

- Carnes e peixes crus ou malcozinhados;

- Embutidos crus (chouriço,presunto, bacon etc)

- Marisco no geral;- Pratos com ovos mal

cozinhados (p.ex. pão de ló,bacalhau à brás, ovo estrelado),evitando a intoxicação por

Salmonella;- Queijos não pasteurizados

e de pasta mole, assim comopatés, pelo risco de contrairlisteriose, muitas vezes fatal parao bebé;

- Peixes de elevado porte,como peixe-espada, atum,espadarte, que possuem umelevado teor de mercúrio, quepode afetar o sistema nervoso dofeto.

- Bebidas alcoólicas;A maioria das grávidas não

estão imunes à toxoplasmose epor isso a tolerância deve serzero. Frutas e legumes com cascaou que são criadas na terra (p.ex.morangos, alface, cenoura,beterraba), assim como asverduras cruas devem ser apenasconsumidas em casa e depois dedevidamente lavadas edesinfetadas com produtopróprio, e não apenas comvinagre.

Se as recomendações dealimentação saudável deverão sertidas em conta pelas mamãs parasempre, já as restrições própriasda gravidez fazem parte de umsacrificio que apenas dura 9meses, 40 semanas, 280 dias!Dito isto... após este temponinguém me tira uma “talisca” depresunto!

O OLIMPISMOem ANGOLA

NOTÍCIAS DE SARNADAS

AMARELOS EM FESTA

Cont. Pág. 7

Hoje em dia, Angola é o 5º.país de África em extensão

territorial, com uma vastíssimaárea de 1. 246,700 km2, 14 vezesa de Portugal. Em termos deextensão, lideram a lista dos 54países daquele Continente, aArgélia e o Sudão (já depois dacisão que deu aso ao Sudão Sul),seguidos do Mali e daRepública do Congo.

Não se sabe bem qual é apopulação total de Angola, massupõe-se que irá a caminho dos22 milhões.

No âmbito do MovimentoOlímpico, ao qual aderiuoficialmente em 1980, o COA(Comité Olímpico de Angola)tem vindo a marcar posição decrescente dinamismo sob oimpulso dos seus dirigentes detopo, Gustavo da Conceição eMário Rosa, ambos comfrequentes ligações comPortugal e meus alunos, emdestaque, quando do Curso deDirigentes, sob tutela daSolidariedade Olímpica.

Ao nível competitivo deÁfrica, Angola impõe-se emvárias modalidades, comprimazia para o basquetebol,seguido do andebol (feminino),hóquei em patins e futebol.

Desde 1988, que o COAbeneficia de apoios específicosdo Comité Internacional, viaSolidariedade Olímpica, emCursos realizados em Luanda,Lubango (ex-Sá da Bandeira) eBenguela.

No arranque de taiscontactos, justo é relembrar adupla dos primeiros dirigentesdo Comité local, o Eng.º AgneloAraújo (ex-futebolista daAcadémica de Coimbra e doBenfica) e o magnífico FernandoMatos Fernandes,

campioníssimo do Atletismolusitano, em representação doBenfica. Dois nomes dignos demuito apreço.

* *O progressivo COA está

sediado na Cidadela Desportivada capital angolana e prepara,com grande afã, a presença nospróximos J.O. no Rio de Janeiro,em 2016.

Prevê-se um record departicipantes, na ordem da meiacentena, contando com aqualificação das modalidadescolectivas.

Actualmente, após notávelpercurso ao longo de umabempreenchida década, o Presidentedo COA é o Dr. Gustavo daConceição, notávelbasquetebolista do período finaldo século XX, deputado comlugar de destaque na AssembleiaNacional, com sólidas amizadesem Portugal, desde há perto deduas décadas. Do cimo dos seusquase 2 metros de altura, demuito boa cultura e assinalávelcomunicabilidade, Gustavo daConceição tem ocupado cargoscimeiros no dirigismo “top” deÁfrica e acreditamos que possavir a ser o primeiro cidadãoangolano com acesso ao areópagomáximo do COI, agora com 108membros efectivos, dos quais hásomente 11 africanos.

* *Dos meus sucessivos

contactos com Angola, por 7vezes entre 1974 e 2000, sempreescutei o remoque sobre ainexistência de Jogos Olímpicosem África, aludindo ao pretensosignificado dos 5 anéisentrelaçados, um por cadaContinente.

Ao longo de 3 décadas, pelomenos, admitiram-se hipóteses

de realização dos Jogos emcidades de África – no Cairo,em Lagos (Nigéria) e, maisrecentemente, no Cabo (Áfricado Sul). E houve até um muitopericlitante movimento em prolde uma coligação dos países doMagreb (Marrocos, Tunísia eArgélia) para, em comunhão deesforços, levarem a cabo um tãodifícil empreendimento.

Após 2020 (Jogos emTóquio), voltará a falar-seintensamente de um cicloolímpico sediado em África eem Angola, país com umpotencial económico sempre acrescer, e há mesmo quempense, desde já, numapresumível candidatura para2024.

Nos próximos 10 anos, oCOA pode e deve ponderar setal será possível, talvez com oantecedente lógico de uns JogosAfricanos, em jeito de “ensaiogeral”.

Estou convencido que,após Rio de Janeiro e Tóquio(2016 e 2020), o COI daráprioridade a uma boacandidatura de África versus2024 (ou mesmo 2028). Comoevoluirá Angola – país e Comité?

A plenitude representativados 5 anéis, de 5 cores, continuasob expectativa de umarealização no Continente ondeactua o maior número deComités Nacionais, nadamenos do que quase 27% datotalidade mundial!

Um assunto candente e emsuspenso para os anos maispróximos…

*Membro da AcademiaOlímpica

Ex-Secretário Geral daAcademia Olímpica de

Portugal

Nos dias 21 a 22 de junhopassado a Associação D.

C. Amarelos organizou a festaem honra do Cristo Rei. Teveinício no Sábado, pelas 19H, coma abertura do bar e quermesse evários petiscos. Pelas 22 horasdeu-se inicio à atuação musicalcom os artistas Artur e Márcia,que animaram o baile que seprolongou pela noite dentro.

No domingo houve missapelas 17.30H, em honra doCristo Rei, seguida de procissão.

Pelas 19 horas atuou o grupo“Etnográfico de Danças eCantares “ do C .M.C.D. e pelas21 horas subiu ao palco o grupo

“ Modas de Rodão”, do nossoconcelho .

A organização estavaperfeita e o baile mais animadofoi o de sábado à noite, talvezpor ser o primeiro dia .

Pereira da Costa

SENHORES ASSINANTES: Informamos que o pagamento de assinatura do jornal, ou quotas da Casa do Concelho, poderá serfeito por transferência bancária, através do NIB da conta bancária da Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão - proprietária do jornal -conta Nº 003500630008193433011. Será necessário indicarem o primeiro nome e pelo menos um dos sobrenomes para identificarmos oassinante na nossa listagem e anotar o respectivo pagamento. Poderão ainda dar-nos conhecimento da transferência através do endereço daCasa do Concelho: [email protected] alternativa os pagamentos poderão ser efectuados nos nossos colaboradores, nos seguintes locais:

• Vila Velha de Ródão: Mota & Barreto Cont. Ldª - Tel: 272 545 553 • Foz do Cobrão: Octávio Sotana Catarino• Sarnadas de Ródão: Emílio B. Pereira da Costa - Tel:272 997 793 • Perais: Maria Dias Belo Carepo - Telem: 962 788 650• Fratel : Odete Martins, na Cooperativa de Pequenos e Médios Agricultores da Freguesia do Fratel,• • Lisboa: Envio de cheque

ou vale postal para: Casa do Concelho de Vila V. de Ródão - Av. Almirante Reis, 256 – 1º Esq. - 1000-058 – Lisboa (Neste caso, a Fact.ª / Reciboserá enviada posteriormente). O valor da assinatura para o ano de 2014 é de 10,00 euros, para território nacional, e de 12,50 eurospara o estrangeiro. Apelamos para que mantenham os pagamentos em dia, tanto mais que o valor da assinatura e de algunsanúncios são a única receita do nosso jornal.

O Campo Arqueológico deProença-a-Nova (CAPN)

realiza-se pelo terceiro anoc o n s e c u t i v o ,novamente com âmbitointernacional. O CAPN foi amodalidade definida paraconcretizar o acordo estabelecidoentre a Câmara Municipal deProença-a-Nova e a Associaçãode Estudos do Alto Tejo para avalorização do patrimónioarqueológico municipal.

Programa:3 a 30 de AgostoIntervenções Arqueológicas emsepulturas megalíticas dasMoitas

8 e 22 de AgostoOutras práticas de campo

6, 13, 20 e 27. Visitas de estudo(Serra das Talhadas, Portas doAlmourão, recinto muralhado doChão de Galego, Linha Defensivadas Talhadas-Moradal, aldeia de

O programa do CampoArqueológico (CAPN 2014)inclui, para além dos trabalhosde escavação arqueológica e deoutras práticas de campo, quatrovisitas de estudo e dez palestras,num figurino idêntico aoadoptado em 2013. Estasactividades são de frequênciaobrigatória para os participantesinscritos no CMPN 2014.Contudo, a assistência àspalestras é livre.

xisto de Figueira, Portas deRódão e Centro de Interpretaçãoda Arte Rupestre do Tejo)

4, 9, 11, 15, 16, 18, 23, 25, 29 e30 de AgostoPalestras sobre temasarqueológicos(Parque Urbano de Proença-a-Nova), 18 horas - entrada livre.

Contactos para Informações:274 670 000

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JULHO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO10

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11JULHO DE 2014

NECROLOGIA

RESTAURANTE “REIWAMBA”, OUTRORA UM

EX-LÍBRIS E UMA SALA DEVISITAS DO CONCELHO DE

VILA VELHA DE RÓDÃO

Rammy, numa sessão de ginástica, jogos de PCpara a juventude, entre muitas valências que tempara oferecer.

A fundação do Grupo de Amigos de Vilas Ruivasfoi, não só na aldeia, mas também no concelho deVila Velha de Ródão, uma lufada de ar fresco nocontexto comunitário.

Para muitos que não acreditavam na sualongevidade, o Grupo de Amigos de Vilas Ruivasestá mais ecléctico. O Grupo Musical “OsQuintarolas”, de música popular e tradicionalportuguesa tem levado bem longe o nome da aldeia edo concelho de Vila Velha de Ródão. Para além disso,as instalações da Associação tornaram-se num suporteimportante para a realização de eventos, de onde sedestaca, a Festa em Honra de Nossa Senhora doCastelo, a 14, 15 e 16 de Agosto.

É desta maneira e com este passado já de muitosucesso, que o Grupo de Amigos de Vilas Ruivasfesteja o seu aniversário a 17 de Agosto, com o seu jáhabitual almoço convívio no Largo Principal daAldeia, logo após o encerramento dos Festejos emHonra de Nossa Senhora do Castelo. Para osfundadores da Associação e para a direcção actual,que continua a desenvolver um belíssimo trabalhode desenvolvimento , o nosso jornal envia daqui ossinceros parabéns e votos da continuação de grandessucessos futuros, e que se continue o trabalho dedesenvolvimento da aldeia, quiçá, com outrasvalências para a população ainda por conquistar.

GRUPO DE AMIGOS DEVILAS RUIVAS

COMEMORAM O SEU 10ºANIVERSÁRIO A 17 DE

AGOSTO

Cont. Pág. 4

Outrora um restaurante afamado, que tinha onome de “Restaurante Rei Wamba”, ou “

Pombalinho”, este último o nome mais conhecidoentre os rodenses. Hoje parece-nos uma infraestrutura abandonada. Aquela esplanada estádebruçada sobre o Rio Tejo com uma ímpar paisagem.Não sabendo o que se passa com aquele imóvel,parece-me que está na hora de Vila Velha de Ródãochamar a si este património, e fazer dele mais umponto estratégico para o turismo do concelho.Tem apalavra a Câmara Municipal para tentar recuperarum imóvel “mítico” dos rodenses e da história doconcelho de Vila Velha de Ródão.

Vem isto a propósito da abordagem que me foifeita pelo Sr Manuel Godinho, rodense, e radicadohá mais de 30 anos no Brasil. Á entrada de Vila Velhad Ródão, logo à saída da ponte, quando me disse “estou triste ao ver a que estado chegou este edifícioonde passámos muitos e bons momentos na nossajuventude, quando vínhamos até aqui passear à pontee às Portas e passar umas belas tardes naquelaesplanada”.

Tal como ao amigo Manuel, estou certo que,também a todos os rodenses “lhes causa estranhezaao estado a que chegou àquela zona de entrada nonosso concelho.”. Jorge Cardoso

eficientes empresas da sua área,exportando actualmente mais de 90%da sua produção.

Registamos como é natural, commuita satisfação, esta forte dinâmicado tecido empresarial do concelhoque, nos coloca hoje, numa posiçãoprivilegiada em vários indicadores,somos um dos concelhos com maisbaixa taxa de desemprego, um dos queregista maiores nível de poder decompra e o segundo que mais exportano distrito de Castelo Branco. Apesardestes excelentes indicadores, muitohá a fazer ainda!Fazer mais e melhor,tarefa nada fácil no actual contexto,diga-se em abono da verdade! E noque a mim concerne, tarefa ainda maisdifícil, pois a obra e o legado da minhaantecessora são ímpares e umexcelente exemplo de determinação,competência, dedicação e saber fazer,mas também não tenham dúvidas queesse legado e o seu exemplo não serãodesperdiçados, bem pelo contrárioserão prosseguidos.

Num quadro de recursosfinanceiros escassos como o quevivemos o cenário de decisão é bemmais complexo e desafiante, masquem nos conhece, sabe bem que nãosomos de desistir ou de nos conformare que a persistência o rigor e aexigência, sempre caminharam lado alado, com a ousadia e a ambição defazer mais. É esta forma de estar muitoprópria e a vontade de continuar adesenvolver este concelho bem comoa melhoria das condições de vida dosnossos conterrâneos que nos anima eque dia após dia alimenta a nossadeterminação em prosseguir com osprojectos que consideramosimportantes. Exemplo bem

Discurso do Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão na abertura daFeira dos sabores do Tejo de 27 a 29 de Junho de 2014

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esclarecedor desta forma de estar é aobra de requalificação das piscinasmunicipais do Fratel, em queassumimos o compromisso de ser oprimeiro projecto a executar e aprimeira obra a lançar. Hoje a obra éuma realidade, conseguimos empouco mais de seis meses executar oprojecto, lançar o concurso público,adjudicar a empreitada e ter a obra emadiantada fase de execução. Não possodeixar de registar o meu apreço aostécnicos e funcionários da câmaramunicipal que estiveram envolvidosneste projecto, que o executaram emtempo verdadeiramente record e quetêm acompanhado a obra, sendoespectável que a mesma seja concluídadentro do prazo previsto e semtrabalhos a mais. Agradecimento queestendo a toda a equipa em particularao Vice-Presidente, aos vereadores ea todos os trabalhadores pois sem asua colaboração não seria possível terem pouco mais de seis meses já adecorrer também, outra importanteobra. Refiro-me à requalificaçãourbanística da rua do Barreiro emSarnadas de Ródão, projecto tambémexecutado pelos técnicos da câmaramunicipal que durante anos foi umajusta aspiração da população e hoje éuma realidade.

Estamos naturalmente satisfeitoscom estes resultados que demonstramuma grande motivação de toda aequipa, mas não são os únicosmotivos para estarmos satisfeitospois também já concluímos projectosimportantes como são o projecto derequalificação dos espaçosenvolventes do Cabeço dasPesqueiras, o projecto de obras paraa alteração do CDRC, o projecto de

requalificação do antigo edifício dosArmazéns Rodrigues em Vila Velhade Ródão, estamos a concluir oprojecto do parque ambiental do Tejo-foz do encharrique e já estamos ainiciar o projecto de requalificação darua da estrada nacional 18 em VilaVelha de Ródão. Destaco, igualmente,a continuidade das políticas de apoioà educação e à cultura, que expressama qualidade dos serviços prestados ea dinâmica das nossas instituições quevêm o seu trabalho reconhecido coma cada vez maior afluência devisitantes e utilizadores. Também aquia inovação marca a diferença poissomos promotores e parceirosreconhecidos e solicitados, paradesenvolver projetos inovadores anível nacional em parceria com, porexemplo, a Direcção-Geral do Livro,dos Arquivos e das Bibliotecas, oMuseu nacional de Arqueologia, entreoutras…São projectos einvestimentos importantes queconsolidam uma estratégia dedesenvolvimento e melhoria daqualidade de vida das populações queestamos determinados em prosseguirna mais diversas áreas e que na áreasocial também já tiveram tambémdesenvolvimentos.

Concretizando um compromissoque assumimos e que pensamosfundamental para inverter astendências de envelhecimento ediminuição da população, que hojeparecem também já preocupar outrosdecisores, desde o inicio do anoestamos a assumir o pagamentointegral da creche das crianças cujospais residem no concelho, temos emfuncionamento o regulamento deapoio à fixação de famílias e estamos

a adquirir casas degradadas pararecuperar e posteriormente arrendara jovens ou famílias numerosas queaqui queiram fixar residência.Temosna área social, na demografia e nafixação de pessoas o maior dosdesafios sabemo-lo bem! Desafiosque persistem apesar de nos últimosanos se terem concretizado nestaregião, enormes investimentos quemodificaram por completo a suaimagem e a qualidade de vida dos seushabitantes, investimento só possíveisporque à frente dos destinos dasautarquias da nossa comunidadetivemos um conjunto de autarcasverdadeiramente excepcionais quenos deixaram um bom exemplo decomo se serve a causa pública. Masnão poderia deixar de referir aqui aC.C.D.R.C. com quem nosarticulamos directamente e quesempre foi um interlocutor atento,sensível aos problemas da região edisponível para encontrar soluçõesque os permitam resolver.Não tenhodúvidas que a actual equipa daCCDRC, que saúdo na pessoa do seuVice-Presidente aqui presente, Dr.Luís Caetano, será um parceiro comquem podemos contar para venceros desafios que se nos colocam e quetudo fará para que o próximo quadrocomunitário, integre programas quepermitam ainda mais eficazmentepromover a coesão territorial.Também não tenho dúvidas que osautarcas que neste momentoassumem os destinos da nossa regiãovão estar à altura destes desafios econtinuar a trabalhar em estreitaarticulação na sua defesa.Contemconnosco!

FOZ DO COBRÃO: ANTÓNIO NUNES DA SILVA

PERDIGÃO: MISSA do 1º. ANIVERSÁRIO

No próximo dia 3 deagosto, por altura dasfestas de S. João Batista,na localidade de Perdigão,será rezada uma missa no1º aniversário da morte daProfessora Maria RibeiroNogueira Pires, a qual serárezada também por almade seu marido, ProfessorLuís Martins Correia.

* *Relacionado com o sufrágio que acima se anuncia,publicámos no último númeroa fotografia e a respectiva legenda que a seguir se repetem porque, por lapso,foi omitida a última parte do texto que nos foi enviado, o qual, em boa verdade,ajudaria a compreender melhor o sentido da homenagem na casa onde foi feita,pelo que publicamos a mesma como pedido de desculpa.

Embora a doença do foro oncológicopressagiasse o pior, causou grandeconsternação em Foz do Cobrão e naQuinta do Conde o desaparecimento deAntónio Nunes da Silva, com 66 anos, nodia 21 do corrente mês, sendo sepultadono cemitério da Foz do Cobrão no diaseguinte com grande acompanhamento. OAntónio Viegas, como era conhecido etratado pelos inúmeros amigos, porqueViegas era o apelido do pai, era um homemespecial pelo seu comportamento altruístano meio da comunidade onde se inseria,sempre na primeira linha para ajudar quem

AgradecimentoSua esposa, filho, nora, netos e restante família na impossibilidade de ofazerem pessoalmente vêm desta forma agradecer a todos aqueles que sedignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que deoutra forma manifestaram o seu pesar.

Agradecem ainda ao GAFOZ a forma como rápida e eficazmente prestouserviço de refeições aos seus familiares e amigos que se dignaram vir até estalocalidade para uma última homenagem. Bem hajam.

precisasse…Gozava a merecida reforma depois de uma vida plena de trabalho por

conta de outrem, antes, e como empresário depois, deixando para seu alívioa empresa ao cuidado do filho Hélder que a gere com o mesmoprofissionalismo e rigor.

Era dos mais antigos sócios do Grupo Amigos da Foz do Cobrão, Nº 25,e exercia o culto da amizade e do fazer bem sem olhar a quem como poucos,podendo, com esta singela homenagem, referir um dos muitos casos quepoderiam ilustrar o grande caráter do Amigo António:

Construiu uma ampla adega para todos, como dizia, e por isso a batizoucom o nome de “Casa do Povo”. Logicamente, um grupo de amigos recordou,um dia destes, aqueles fins de tarde na “Casa do Povo”, com 30 convidadosem redor de uma grande mesa retangular e o Viegas no topo da mesmatransbordando alegria por ver à sua volta tantos amigos…

Só mais um pormenor: o António Nunes da Silva ou António Viegasquando se ausentava por alguns dias, deixava a chave da adega à disposiçãodos amigos para se servirem, tal era a sua bonomia!

Descansa em paz, António! Um grupo de Amigos

DEOLINDA GOMES VAZ PIRES RIBEIRO - Agradecimento

Seu marido, José Nicolau Pires Ribeiro, suas sobrinhas Alexandra Paula deLima Vaz Machado e Ana Cristina de Lima Pereira Vaz, sua cunhada MariaCeleste de Lima Pereira e seus sobrinhos netos, na impossibilidade de ofazerem pessoalmente, vêm por esta forma agradecer a todas as pessoas quecompareceram no seu funeral no dia 24 de Maio de 2014 para o cemitério deFratel ou que de qualquer outra forma os acompanharam no seu pesar.A todos os nossos agradecimentos.

Saíu incompleto no último jornal otexto com este título. Por razões

técnicas o parágrafo que se transcreveabaixo, que devia integrar o textooriginal, dá, de facto, sentido à legendaque ilustra a foto da local: “Antigoaluno, dos anos 40, entrega ramos deflores à aniversariante.”

“A prof. Nogueira, era assim queera conhecida na altura, comemorou o

MARIA RIBEIRO NOGUEIRA PIRES

90º aniversário no centro de dia da Foz do Cobrão, na companhia de familiarese amigos, cujas instalações, transformadas, vendidas pela própria ao GAFOZpara apoio social, era exatamente a habitação onde nasceu.”

Page 12: ANO XXXII - Nº. 381 Mês de Julho de 2014 O CONCELHO DE ... · 2 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO JULHO DE 2014 Editorial (jfaiacorreia@gmail.com) Crónicas de um paraíso à

JULHO DE 2014O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12

MUSEALIZAÇÃO DA ESTAÇÃOARQUEOLÓGICA DA FOZ DO

ENXARRIQUE

Das entusiásticas palavras do ex-diretor do MuseuNacional de Arqueologia, Dr. Luís Raposo, (um dos

mais jovens da “Geração do Tejo”!) salienta-se a prioridadeda conservação do sítio arqueológico da Foz do Enxarrique,por ser uma das mais importantes do Paleolítico Médio,aqual está classificada como imóvel de interesse público,estendendo-se por uma área de 200 m2.

Segundo aquele arqueólogo responsável pelo espaçoem questão, juntamente com a Câmara Municipal vão serfeitos arranjos no local para tornar o espaço aprazível eonde serão colocados painéis informativos, enquanto a áreaque vai ser escavada ficará dentro de um espaço fechado.Assim, no dizer do Dr. Luís Raposo, “junta-se o útil aoagradável, ao ligar o museu no sítio à Escola Internacionalde Arqueologia”.

ESCOLA INTERNACIONAL DE ARQUEOLOGIA

Os dois acontecimentos a que nos referimos, serviram como que deenquadramento ao que o Presidente Luís Pereira anunciaria: o protocolo

respeitante à instalaçãoem Vila Velha, possivelmente ainda este ano, de umaEscola Internacional de Arqueologia, em parceria entre o município e asprestigiadas instituições seguintes: Direção-Geral do Património Cultural,Museu Nacional de Arqueologia, Centro Português de Geo-História e Pré-História, Faculdade de Letras, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboae universidades italianas e gregas.

O Diretor do Museu Nacional de Arqueologia, Dr. António Carvalho, deuma geração posterior à “Geração do Tejo”, reforçou a afirmação do edil acercada ideia de começar já este ano a instalação da Escola e explicou que os trabalhosrelacionados com a construção da Barragem do Fratel, na década de 70, “sãoum trabalho de nível nacional com importância internacional” e que aquelaEscola tem a ver com a internacionalização do próprio Museu, de dirige, comvista à realização de estágios europeus e a ligação a escolas de arqueologia deoutros países, assim como a participação em projectos internacionais,possibilitando ao Museu funcionar como laboratório de aprendizagem tantonas suas instalações como no terreno.

HOMENAGEM À “GERAÇÃO DO TEJO”

AS GRAVURAS RUPESTRES NO TEJO- ou, como vestígios com milénios mexem no nosso presente -

CONTOS INDÍGENAS/CONTOSPRIMEVOS DOS RIOS SAGRADOS

Um visitante desprevenidoque chegasse ao largo junto

ao cais do Porto do Tejo, mesmoabaixo do parque de campismo,em Vila Velha de Ródão, na noitede 12 e na manhã de 13 de julho,decerto ficaria espantado com omovimento desusado e nadavulgar de pessoas naquele local.E com razão, porque aliocorreram 2 acontecimentos

invulgares, de grande significadopara a história do nossoConcelho, ainda que rodeados desimplicidade:

- Sessão de contos; e- Descerramento de uma

lápide com a nova designação dolargo do cais fluvial recentementerecuperado, que passou adesignar-se “Geração do Tejo”.

No dia 12, em noite de Luacheia,numa interessantís-

sima sessão de Contos,junto aocais, mais de uma centena e meiade pessoas, entreas quais umnumeroso grupo de jovensestudantes do Externato FreiLuís de Sousa de Almada e deVila Velha de Ródão, ouviramdizer alguns contos, seguindodepoisum percurso ribeirinhoque atravessa a ponte pedonalsobre o Enxarrique,levando àcapela da Senhora da Alagada.Aqui,tendo por fundo a belíssimavista da ponte do Tejo iluminada,contadores profissionaisdisseram vários contos para onumeroso grupo de ouvintesatentos e muito divertidos, osquais, de resto, não lhesregatearam aplausos. A iniciativa

formativa em rede envolveu aAutarquia Rodense, o MuseuNacional de Arqueologia, aDirecção-Geral do Livro dosArquivos e das Bibliotecas, oCentro Português de Geo-História e de Pré-História e adinâmica Associação de Estudosdo Alto Tejo.

Grupo ali representadoporFrancisco Sande Lemos, MárioVarela Gomes, Rosa VarelaGomes, Luís Raposo e FranciscoHenriques, figuras gradas daArqueologia, (hoje todos já decabelos grisalhos e barbabranca…), que ali deram

testemunho do que foi o seupioneirismo nesses anos doinício da década de 70 do séculopassado, referindo, poroutrolado, a importância que adescoberta e o estudo dasgravuras teve nodesenvolvimento da Arqueologiaem Portugal.E, comoafirmaram,também na vida

profissional de todos eles, aesmagadora maioria então aindaestudantes.Na oportunidade, o Dr. LuísRaposo não quis deixar de referira colaboração e a dedicação dogrupo de estudantes locais que,mais tarde, ajudaram a darcontinuidade aos trabalhosiniciais. Destes, ali estava

Cont. 1ª Pág. presente o Dr. FranciscoHenriques, sempreempenhadonos estudos da Arqueologia, áreaem que, aliás, completou alicenciatura (a par do desvelo edo profissionalismo com que,como Enfermeiro que se orgulhade ser, trata os seus doentes -acrescentamos nós).