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Ano 3 – Número 14 – Novembro/Dezembro de 2009 – www.centropaulasouza.sp.gov.br

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A Revista do Centro Paula Souza é umapublicação do Centro Estadual de Educação Tecnológica

Paula Souza, ligado à Secretaria de Desenvolvimentodo Estado de São Paulo.

Presidente do Conselho Deliberativo: Yolanda SilvestreDiretora Superintendente: Laura Laganá

Vice-Superintendente: César SilvaChefe de Gabinete: Elenice Belmonte R. de Castro

Edição: Patrícia PatrícioReportagem: Fabio Berlinga, Patrícia Patrício e Paula PerreiraProjeto gráfico e editoração: Marta AlmeidaFotos da capa: Montagem sobre foto de Rodolfo Clix comimagens de Gastão Guedes, Maíra Soares, Paul Quinlan eRaul de AlbuquerqueJornalista responsável: Gleise Santa Clara – MTB 12.464-4

Assessoria de Comunicação – AssComJornalistas: Bárbara Ablas, Dirce Helena Salles, FabioBerlinga, Gleise Santa Clara e Mayara de Souza (estagiária)Designers: Jonathan Toledo, Marta Almeida, Rafaela Costa eTamara Silva (estagiária)Banco de Informações: Elaine Maia e Mariana NogueiraSecretário de Redação: Raul de Albuquerque

Redação: Praça Coronel Fernando Prestes, 74, Bom Retiro,São Paulo, SP , CEP 01124-060, Tel.: (11) 3327-3144imprensa@centropaulasouza.sp.gov.brwww.centropaulasouza.sp.gov.brImpressão: Premier – Tiragem: 9.000 exemplares

RápidasEditorial

OCentro PaulaSouza mantém

uma busca contínua pela excelência,e isso se vê em números e em açõesconcretas. Um exemplo é a criação doIdetec, Índice de Desenvolvimento doEnsino Técnico e Tecnológico do Estadode São Paulo. Esse indicador consideraparâmetros como a empregabilidadedos técnicos e tecnólogos formados pelasEtecs e Fatecs, a satisfação da comunidadee a avaliação dos cursos. O Idetec servepara cada unidade traçar suas metas – e,se cumpridas, docentes e servidoresrecebem bonificação.

Outra prova de que o esforço peloaprimoramento do ensino gera resultadosse mostra na criatividade e na competên-cia dos trabalhos apresentados na 3a FeiraTecnológica do Centro Paula Souza(Feteps). Neste ano foram 200 projetosdesenvolvidos por estudantes dos ensinosMédio, Técnico e de graduação Tecnológi-ca. A cada edição a feira cresce de formaconsistente e relevante: o número deinscritos dobrou em relação a 2008,e quadruplicou em relação à primeiraFeteps. O sucesso está no trabalhodos professores, que estimulam nosalunos o gosto pela pesquisa.

Laura LaganáDiretora Superintendente

Qualidadeque se mede

Helena Gemignani Peterossi, coordenadora dePós-Graduação, Extensão e Pesquisa, abre o workshop

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Com perspectiva multidisciplinar,o 4o Workshop de Pós-Graduação ePesquisa do Centro Paula Souza reuniu,em outubro, pesquisadores de diversasáreas do conhecimento, que apresenta-ram trabalhos nas linhas de pesquisado programa (formação tecnológica,tecnologias ambientais e tecnologias

Enlace de conhecimentosda informação aplicadas). O tema doano foi “Pesquisa tecnológica, inovaçãoe desenvolvimento”. Uma das sessõestrouxe estudos sobre educação a distân-cia. “O workshop propicia a divulgaçãodos estudos desenvolvidos ao longo doano letivo, a troca de experiências e ofortalecimento da cultura da pesquisa”,

comenta Helena GemignaniPeterossi, coordenadora daUnidade de Ensino de Pós-Graduação, Extensão e Pes-quisa do Centro Paula Souza.Ao final do evento, houve asolenidade de entrega dosdiplomas dos mestres titula-dos entre o segundo semestrede 2008 e o primeiro de 2009.O curso de dois anos é reco-mendado pela Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoalde Nível Superior (Capes).

A Etec de Carapicuíba chegou à finalda 2a edição do Concurso Embala Ideias,iniciativa da Associação dos Designersde Produto (ADP). A competição visaestimular estudantes e recém-formadosna área de Design a explorarem aspotencialidades dos materiais (frascosde resina e plástico e caixas de papelcartão). Neste ano, o regulamentopedia uma linha de embalagens paracosméticos antiidade. A equipe,formada por Camila Bustamante, DavidBeretz, Débora Frazon, Fábio Freixeda eJefferson Lins, ficou em segundo lugar.

É a segunda vez consecutiva quea Etec de Carapicuíba chega à final.Os professores João Batista e CarolinaMarielle orientaram o projeto dos estu-dantes. “Ficamos orgulhosos, pois acompetição teve participantes decursos superiores e de faculdadesparticulares e públicas ”, diz Carolina.

Embalagem

premiadaEntre o fim de setembro e outubro,

uma dezena de simpósios, feiras esemanas de tecnologia agitaram Etecse Fatecs. Temas tão distintos comoenergia, saúde, agronegócio e informá-tica compareceram aos eventos emFranca, Guaratinguetá, Itaquaquecetu-ba, Jundiaí, Limeira, Mauá, Mongaguá,Ourinhos, Pindamonhangaba, PresidentePrudente, Santos, São Sebastião e Tatuí.

Na capital, o 11o Congresso deTecnologia da Fatec São Paulo contoucom uma homenagem aos 40 anos doCentro Paula Souza, organizada peloSindicato dos Tecnólogos. Houvepalestras sobre crimes digitais, nano-tecnologia e mudanças climáticas, porexemplo. Paralelamente, ocorreram o3o Encontro Estadual dos Tecnólogos eo 11o Simpósio de Iniciação Científicae Tecnológica, com a apresentação de136 trabalhos em forma de painel.

Tecnologiaem debate

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Seis Etecs participaram da 1a Compe-tição Mecatrônica do Centro Paula Souza,organizada pela Festo, multinacionalalemã do setor de automação industrial.A equipe da Etec Jorge Street, de SãoCaetano do Sul, venceu o torneio. Emsegundo lugar ficou a Etec Júlio deMesquita, de Santo André, e em terceiro,a Etec Lauro Gomes, de São Bernardo doCampo. Idealizado pela professora MeireYokota, do Centro Paula Souza, e porMarcelo Crivelaro, da Festo, o certameconsistiu em provas realizadas em esta-ções mecatrônicas da empresa. Nelas,os alunos fizeram a automati-zação da parte mecânica edos circuitos elétricos e pro-gramaram os controladoreslógicos do sistema. CésarSilva, vice-superintendentedo Paula Souza, parabenizouos estudantes: “Todos aqui

Torneio de

Rápidas

Alunos de Análise de Sistemase Tecnologia da Informação da FatecCarapicuíba informatizaram seisbibliotecas públicas do município.Adaptaram às necessidades dessasbibliotecas o software gratuito Biblivre,desenvolvido pela UFRJ para catalogarmaterial, pesquisar acervo, controlarconsulta, circulação e reserva de livros.

“As informações técnicas disponíveissobre o software eram muito sucintas,só quem é da área entendia”, diz a pro-fessora Magali Rossi, que orientou aturma. Por isso os estudantes elaboraramtrês manuais em linguagem acessível:para o usuário, para aqueles que vãofazer instalação (com um passo a passo)e para o treinamento de bibliotecários.Os estudantes ajudaram em todas as eta-pas do processo, da arrumação dos livrosà capacitação dos funcionários, passandopela preparação dos computadores.

Informatização

são vencedores. Sóa presença em umacompetição dessacomplexidade mostra acapacidade dos alunos que formamos”.O presidente da Festo, WaldomiroModena Filho, afirmou: “É uma honra paraa empresa estar engajada na formação dejovens, principalmente em parceria comuma instituição tão renomada como oCentro Paula Souza. Ainda mais porquea formação técnica foi de suma impor-tância na minha carreira”. Modena Filhoestudou na Etec Lauro Gomes.

mecatrônica de bibliotecas

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A celebração dos 40 anos do CentroPaula Souza reuniu, em setembro, cercade 1.200 convidados na Sala São Paulo. Ogovernador José Serra destacou a expansãodas Etecs e Fatecs e os investimentos doEstado no ensino profissional, que pratica-mente triplicaram em seu governo. “Leva-mos o orçamento para mais de R$ 1 bilhãoem um curto período. Nós nunca podemosperder o padrão de qualidade”, afirmou.

O vice-governador, Alberto Goldman,observou que “a ampliação dos ensinos Técnico e Tecnológicoatende a uma necessidade enorme do Estado e do Brasil”. Hoje, as167 Etecs atendem 153 mil estudantes, aproximadamente, e há maisde 35 mil alunos nas 47 Fatecs. “O Centro Paula Souza tem a maiorrede de ensino técnico e tecnológico da América Latina e um nívelexcepcional de ensino”, disse o secretário de Desenvolvimento,Geraldo Alckmin. “Comemoramos nossos 40 anos vivenciando um dos momentosmais prósperos da história da instituição”, ressaltou Laura Laganá, diretora superinten-dente do Centro Paula Souza. O secretário da Educação, Paulo Renato Souza, mencio-nou a importância do convênio entre sua secretaria e o Centro Paula Souza: “Criaram-se oportunidades para que jovens que estudam nas escolas estaduais façam também

Festa dos 40 anos

No sentido horário: vice-governadorAlberto Goldman, governador JoséSerra e secretário Geraldo Alckminentregam placa aos homenageadosEduardo Domingues, Célia Moraese Maria Angélica de Almeida

o Ensino Técnico à noite”. Durante ocoquetel a apresentação musical ficoupor conta do Coral do Centro PaulaSouza. O evento foi encerradocom a Sinfônica Heliópolis.

Fotos: Agência Luz

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A medidada qualidade

Idetec

Índice de Desenvolvimentodo Ensino Técnico e

Tecnológico (Idetec)medirá desempenho de

Etecs e Fatecs e vai servir

O

Desempenho da unidade: 66,7Desempenho da melhor

unidade do grupo: 87,0Meta anual da unidade: 2,0 por ano

de referência para pagamento de bonificação a servidores e docentes do Centro Paula Souza

Exemplo de Metas de Unidade

Centro Paula Souza criouum mecanismo para medir aperformance das Etecs e Fatecs,

o Índice de Desenvolvimento do EnsinoTécnico e Tecnológico do Estado de SãoPaulo (Idetec). O indicador, expressoem números de zero a 100, consideracritérios como taxa de conclusão decurso e empregabilidade dos formados.E ajudará a definir o pagamento debonificação por resultado aos professo-res e servidores administrativos a partirdo ano que vem. “O Idetec visa assegurara qualidade do ensino oferecido pelainstituição, por meio de metas que cadaunidade terá de atingir”, afirma CésarSilva, vice-diretor superintendente doCentro Paula Souza. “Isso é extrema-mente motivador”, completa.

Para quem atingir a meta, a bonifica-ção chegará a 2,4 salários, pagos a todosos funcionários. Se a meta for ultrapas-sada, o valor pode subir e alcançar até2,9 salários. Caso se atinja parcialmentea meta, a bonificação será proporcional.Ficará sem bonificação quem não

apresentar nenhuma melhora duranteo ano. “Todo mundo terá de contribuir,trabalhando de forma integrada, o queestimula o aprimoramento contínuoda qualidade”, observa Silva.

A COMPOSIÇÃO DO CÁLCULO

O Idetec integra dados reunidosem três vertentes que revelam odesempenho da unidade: produto,processo e benefício (ver gráficos na p. 5).O indicador de produto inclui dadoscomo índice de conclusão (quantosalunos entram e quantos se formam),quantos respondem ter dificuldades nodesempenho profissional e a emprega-bilidade dos formados. Neste caso,quanto mais alunos uma unidade deensino conseguir colocar no mercadode trabalho, melhor será sua avaliaçãoe maior a bonificação. Para ter umaideia, 93% dos alunos das Fatecs estãoempregados um ano depois de forma-dos. O índice é de 77% para os técnicosque estudaram nas Etecs.

O chamado indicador de processomostra como vai o desempenhopedagógico, a gestão acadêmica,a assiduidade do aluno e do professore o custo por aluno. Por fim, o itembenefício apura o atendimento deexpectativas, a satisfação e a avaliaçãodos cursos pelos alunos.

Silva dá uma amostra da importânciadessa pesquisa institucional: “em 2008,só nas Etecs, 118 mil alunos responde-ram a questionários com cerca de 100perguntas”. A coleta das informações,feita por pesquisadores contratadosexclusivamente para esse fim, é proces-sada no Sistema de Avaliação Institucio-nal do Centro Paula Souza (SAI), quedesde 1999 investiga o desempenhode cada uma das Fatecs e Etecs.

Indicadores externos tambémcomporão o cálculo final do Idetec.Entre as Etecs, vale o desempenho noEnem, e, nas Fatecs, o reconhecimentode seus cursos pelo Conselho Estadualde Educação (CEE). A partir de 2010,o Idetec deve incluir uma pesquisa

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feita pela Fundação Instituto dePesquisas Econômicas (Fipe) comempregadores, sobre o desempenhodos formados no mercado de traba-lho. A Fipe também vai avaliar o SAI,para verificar se serão necessáriosajustes nesse sistema de avaliação.

SEGUINDO OS BONS

Para criar metas para as unidades,as Etecs foram divididas em 5 grupos,de acordo com o número de alunos:até 350; de 351 até 700; de 701 a 1.000;de 1.001 a 1.500; e mais de 1.500 estu-dantes. No caso das Fatecs, existemtrês diferentes grupos, organizadospor tempo de implantação.

As unidades devem atingir omelhor resultado de seu grupo, aolongo de dez anos. Por exemplo: se amelhor tem 80 pontos e outra do grupo,60, esta precisa subir dois pontos porano. Para isso, a unidade deverá se orga-nizar para cumprir o objetivo, submeten-do-se a avaliações anuais. “As escolas vãoter de ficar mais atentas e enfatizar o pla-nejamento”, recomenda Silva. Para rece-ber bonificação, a líder deve se manterno topo e puxar o grupo para cima.

Além da meta por unidade, cadaprofissional será avaliado individualmen-te pela assiduidade, e receberá bonifi-cação proporcional à sua frequência.

O cálculo da bonificação paraservidores da Administração Centralse compõe assim: 70% se referem ao

Composição do Idetec

resultado de todas as unidades, pon-deradas pelo número de alunos, e 30%correspondem ao cumprimento dasmetas do Plano de Expansão. Trata-se deuma estratégia para aprimorar ainda maisa educação profissional no Centro PaulaSouza, já reconhecido pela excelência.

Exemplo detalhado de formação do indicador

Sucesso Acadêmico(Produto)

40%

Benefício20%

Processo

30%

Grau de SatisfaçãoExpectativas Atendidas

Avaliação dos Cursos20 17,0 85,2

• Reconhecimento

de cursos (Fatec)

• ENEM / SARESP (Etec)

30 26,7 88,9SUBTOTAL

20 17,0 85,2SUBTOTAL

40 32,6 81,6SUBTOTAL

Grupo IndicadorPontos

MáximosPontosObtidos

%

100 82,6 82,6TOTAL

ENEM / SARESP10%

Nota Obtida 10 6,2 62,1

2 1,3 62,6Custo Aluno10 9,6 95,6Assiduidade8 7,1 89,0Pedagógico Acadêmica

10 8,7 87,4Desempenho Pedagógico

Índice de Produtividade(matrículas = aprovados - (reprovados + desistentes))

Índice de Dificuldade noDesempenho Profissional

20 15,7 78,5Índice de Empregabilidade

20 16,9 84,6

Situaçãode Egressos

BENEFÍCIO

• Expectativas Atendidas

• Avaliação dos Cursos

• Satisfação

PROCESSO

• Desempenho Pedagógico

• Administração Acadêmica

• Assiduidade de alunos

e professores

• Custo Aluno

PRODUTO

• Empregabilidade

• Produtividade

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Vitrine deA criatividade de estudantes dos

ensinos Médio, Técnico e Tecnológicoganha forma em projetos voltados a

diversos campos do conhecimentona 3a Feira Tecnológicado Centro Paula Souza

Matéria de capa

invenções

Entre os 200 trabalhos de Etecs eFatecs, apresentados em outubrona 3a Feira Tecnológica do Centro

Paula Souza (Feteps), os seis premiadosse voltam para as áreas de informática,alimentos e bioengenharia. Na cerimôniade abertura, o governador José Serraressaltou que a exposição das pesquisas“mostra a capacidade de iniciativa dosalunos”. O secretário de Desenvolvimen-to, Geraldo Alckmin, elogiou o evento:“é a cara de São Paulo: reúne criatividadee empreendedorismo”. Laura Laganá,diretora superintendente do CentroPaula Souza, se dirigiu aos estudantes:“vocês transformam os conhecimentosaprendidos no curso em experiênciasinovadoras”. O coordenador de ensinoMédio e Técnico, Almério Melquíadesde Araújo, observou que “o avanço quan-titativo e qualitativo da Feira Tecnológicaaumenta nossa responsabilidade”. ParaMárcia Fumanti, responsável pela Feteps,“com a realização da Feira, os alunosaliam pesquisa e inovação”.

O primeiro lugar das Etecs, “Sistemade administração de vagas de estágio”,foi desenvolvido na Etec CamargoAranha, na capital, por Caio Beltrami,Douglas Alves da Silva, Gabriel Eduardode Barros, Jorge Luiz Cirillo Mendes,Leandro Josias da Silva, Luciano Joãode Souza, Luiz Fernando Imoto e PauloSergio Ramalho Filho, com a coorde-nação da professora Aline Ciampa.

O sistema cadastra disponibilidade devagas e perfil dos candidatos, cruza osdados e otimiza a seleção de estagiários.

Em segundo lugar ficou “Ômega”,da Etec de São Paulo (Etesp). AlessandraMiras Fernandez, Rafael Ferreira Trindadee Rodrigo Amorim Bianchini, orientadospor Ana Meire Aleoni, informatizaram as

Wallew Kid, jogo da Etec Jorge Street que recebeu o terceiro lugar

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Gastão Guedes

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operações de um hotel fictício, melho-rando o atendimento aos hóspedes ea integração do espaço físico com osetor administrativo da empresa.

O terceiro colocado foi “Wallew Kid”,da Etec Jorge Street, de São Caetanodo Sul. Os estudantes Dayane Reginada Silva, André Luiz Fernandes dosSantos e Gabriel Gobbo Cunha,supervisionados por Márcia Cristinados Santos Ferreira, criaram um jogoeletrônico com temática ambiental.“Queríamos tornar o assunto maisatrativo para crianças de 6 a 12 anos”,conta Dayane. O objetivo do persona-gem principal é combater criaturaspoluidoras e salvar o planeta. E os futu-ros técnicos esperam conscientizar agarotada em meio à diversão.

Da mesma Etec, veio umtrabalho de grande sucessona feira: um robô que nãodeixa ninguém se perder.Equipado com software dereconhecimento de voz, oIA3B ensina caminhos e podeser bem útil num shoppingcenter. Seu codinome, IA3B,reúne as iniciais de Inteligên-cia Artificial 3o B – a turma deEletrônica de seus criadores,Arthur Lemes Fontana, LarryAniceto Neto e WellingtonCésar Xavier. “Nossa ideia erafazer um robô que interagissecom o público”, lembra ArthurFontana. Orientados por LarryAparecido Aniceto, os alunos

lançaram mão de outros conhecimentos além dos específicosdo curso: Mecânica, Informática e até Física.

ALIMENTOS E SAÚDE

Nas Fatecs, Marília ganhou oprimeiro lugar, com “Desenvolvi-mento e avaliação sensorial deleite fermentado tipo iogurtenatural com leite de búfalaadicionado de biomassa depolpa de banana nanica verde”.Aline Gabriela Simoni eDayane MayumiOsaka compara-ram prepara-

ções com leite de vaca e debúfala (com e sem polpa de

IA3B, o simpático robô da Etec Jorge Street, ensina caminhos

sionados pelas professorasAline Regina Piedade e Silvia

Panetta Nascimento, desenvolve-ram uma linguiça de tilápia que agradoua 91% dos pesquisados. Apesar de ocusto de produção ser maior que o dasversões tradicionais, a Linguifish trazmais benefícios à saúde. “O produtonão contém conservantes, aditivos etoucinho. É feito de filé de tilápia, peixerico em ômega 3, e leva temperosnaturais”, explica Tiago Vieira.

A Fatec Bauru ficou com o terceirolugar pelo trabalho “Cultura de células eaplicações à bioengenharia de tecidos”,de William Cesar Alves, Letícia Scalone eGisele Ferrari, supervisionados por SelmaCandelária Genari. O projeto investigouo uso de biomateriais alternativos aosenxertos e transplantes ósseos tradicio-nais. Além disso, padronizou técnicas decultura celular, para avaliar a compatibili-dade de materiais usados na substitui-ção de tecido ósseo lesado. “Essastécnicas minimizam a aplicação detestes em animais”, diz a orientadora.

banana). A aprovação dofermentado de búfala combanana foi ligeiramentesuperior aos outros preparados.“Para facilitar o acesso àtecnologia do iogurte, usamosum fermento lácteo comer-cializado em supermerca-dos”, explica a orientadora,Renata Bonini Pardo.

Mais um alimentodiferenciado conquistou osegundo lugar: “Linguifish”, daFatec Itapetininga. Laura Regina Lucas,Marcos Vinícius de Camargo Silva, TiagoJosé Vieira e Vânia Bueno Silva, supervi-

Cultura de células como alternativa aos enxertos tradicionais:Fatec Bauru ganhou o terceiro lugar com o estudo

Iogurte de búfala,da Fatec de

Marília e Linguifish,da Fatec Itapetininga

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Biodigestor vai melhorara adubação de uma hortacomunitária em Marília.

Biodigestor

arceria entre a Fatecde Marília e a EtecPaulo Guerreiro

Franco, de Vera Cruz, vaiproporcionar a produçãode biofertilizante para uma horta comu-nitária em Marília. A iniciativa surgiu deprojeto dos tecnólogos em AlimentosMaria José da Silva e Eduardo Sabatini,orientados pelo professor Paulo SérgioJorge. O biodigestor apoiará o plantioe a educação sanitária.

Resíduos da Companhia de Entre-postos e Armazéns Gerais de São Paulo(Ceagesp) e da horta alimentarão obiodigestor. A partir da decomposiçãodos materiais, produz-se biofertilizantepara adubar as hortaliças. O equipamentopode receber 1,3 mil litros de resíduosorgânicos e transformá-los em fertilizante.

O projeto contempla tanto aspectoseconômicos quanto ambientais. “O rea-proveitamento vai diminuir os gastoscom adubação, além de evitar o acúmulode lixo orgânico”, explica a diretora daFatec, Cláudia Nicolau Mendonça.

Os estudantes, sob orientação dosprofessores, vão monitorar o biodigestor.A experiência vai inspirar trabalhos deconclusão de curso dos alunos da Etecde Vera Cruz e da Fatec de Marília. O bio-digestor e seus acessórios foram doadospelas empresas Acqualimp e Glassmar.

APOIO À COMUNIDADE

Tanto a Etec de Vera Cruz quantoa Fatec de Marília participam da vidada comunidade, em todas as etapas daprodução da horta. Os alunos do curso

Técnico em Agropecuária aplicam astécnicas de cultivo que aprendem naEtec, orientando o plantio, a adubação,a prevenção de pragas e a colheita.Estudantes de Tecnologia em Alimentos,da Fatec de Marília, cuidarão da fase deprocessamento das hortaliças, que incluihigienização, manipulação e aproveita-mento de alimentos, entre outras ações.

Para o diretor da Etec, José FernandoPelozo, a parceria traz benefícios tantopara a atividade acadêmica quanto paraos agricultores comunitários. “Essaatividade de campo faz com que osalunos encontrem situações reais detrabalho, tenham contato com produto-res, aprendam a resolver problemas. Poroutro lado, dificilmente a comunidadeconseguiria um apoio técnico dessaqualidade sem pagar pelo serviço”.

Outro aspecto positivo apontadopelos diretores é a integração entreestudantes dos ensinos técnico e tecno-lógico. “A maioria de nossos alunos vêmdas escolas públicas e acha que afaculdade é um sonho muito distante.Esse contato é um incentivo, e mostraque um curso superior está mais próximodo que eles imaginam”, afirma Pelozo.

“Essa convivência fortalece o carátercomplementar que um curso tem emrelação ao outro, porque cumpre trêsrequisitos fundamentais da educação:ensino, pesquisa e extensão”, resumea diretora da Fatec de Marília.

Solo fértilSomando esforços, a Etec de Vera Cruz orienta o cultivo,enquanto a Fatec de Marília monitora o biodigestor e cuidado processamentodas hortaliças

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o terreno da futura sede doCentro Paula Souza, na regiãoda Luz, escavações feitas por

um grupo de arqueólogos do escri-tório Zanettini Arqueologia revela-ram mais de 2 mil utensílios domés-ticos dos séculos 19 e 20. A equipefoi contratada pela Fundação paraPesquisa Ambiental(Fupam), responsávelpelo projeto da novasede da instituição.O material reúnepedaços de pratosde faiança, moringas,penicos, ferramentasde metal e garrafas devidro. Esses objetoscontam um pouco dopassado paulistano.

As peças foramlocalizadas na quadradelimitada pelas RuasTimbiras, Andradas,Aurora e General Coutode Magalhães, quereceberá a futura sede do CentroPaula Souza e a Etec Nova Luz.

A instituição será o primeiro órgãopúblico a se mudar para a região, alvode um projeto de revitalização promovi-do pela Prefeitura e pelo Governo deSão Paulo (leia mais sobre o assunto nareportagem publicada na edição 13).

“A nova sede já tem reservada umaárea em seu projeto, um mezanino, paraexpor uma parte desse acervo”, afirma adiretora superintendente do Centro PaulaSouza, Laura Laganá. A instituição devese mudar para a região no fim de 2010.

Quatro arqueólogos e uma equipede apoio realizaram o trabalho deescavação e sondagem em junho de2009. Esse tipo de levantamento muitasvezes é negligenciado, embora obrigató-rio. O Centro Paula Souza e a Fupam, aocontrário, fizeram questão de contrataruma investigação profissional do lote.

Tal cuidado acabou resultando numpresente para os habitantes da metrópo-le. “Esses objetos pertencem à história deSão Paulo. O Centro Paula Souza resgatae preserva a memória de quem jápassou pela região”, comenta

o engenheiro RubensGoldman, da Unidade deInfraestrutura do CentroPaula Souza.

SURPRESA

Os arqueólogos nãoesperavam descobrir umachado dessas dimensões.“Não passa pela cabeça deum arqueólogo encontrartantos vestígios tão bempreservados numa cidadecomo São Paulo”, afirma o

arqueólogo Paulo Zanettini, responsávelpela prospecção. Até o ano passado, umestacionamento funcionou na quadra dequase 7 mil metros quadrados, desapro-priada pelo Estado para a transferênciada sede do Paula Souza.

Foram catalogados desde objetosfinos, como faianças e porcelanas,pintados à mão, até peças rústicas decerâmica e ferramentas de metal. Essavariedade pode indicar que ali convivi-am ricos e pobres no fim do século 19.

“Os Campos Elíseos e a Repúblicaeram áreas de ocupação mais nobre,e o Bom Retiro, local de imigrantes,trabalhadores”, explica outro arqueólogodo escritório Zanettini, Paulo Bava.Os vestígios indicam uma ocupaçãoao mesmo tempo residenciale comercial da quadra.

Agora, cabe ao Instituto do Patrimô-nio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)analisar o relatório arqueológico paradefinir o destino dos objetos históricos,armazenados no escritório Zanettini.

Achados arqueológicos

Luz sobre o passadode São Paulo

Grupo de arqueólogos encontra relíquias centenárias no terreno da futura sededo Centro Paula Souza. As peças ajudam a entender melhor a história de São Paulo

Entre os vestígios, alicercesde antigas construções,cerâmicas e ladrilhos

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Artigo – Ivone Ramos

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De olho nas EtecsObservatório Escolar desenvolve

metodologia para avaliar as práticasde gestão escolar, contribuindo

para melhorar o ensino nas Etecs

o longo de uma décadade atividades, o ObservatórioEscolar apresenta uma trajetó-

ria revestida de ações promotoras demelhorias nas Etecs do Centro PaulaSouza. Reconhecido publicamente em2005 ao receber o Prêmio Mário Covasdo Governo do Estado de São Paulo,esse sistema de avaliação das práticasde gestão escolar objetiva promover aorganização e a articulação de açõesinerentes aos processos socioeducacio-nais desenvolvidos em todas as Etecs.

Uma combinação de metodologiasconcebidas coletivamente permite omapeamento anual de cada unidadede ensino. Com intuito de avaliar aescola de maneira orgânica, identifican-do as relações entre alunos, professores,coordenadores, funcionários administra-tivos e comunidade, o sistema contacom um instrumento norteador queapresenta as práticas de gestão escolaragrupadas em sete blocos: GestãoPedagógica, Gestão do Espaço Físico,Gestão Participativa, Gestão de Pessoas,Gestão de Documentos, Gestão deParcerias e Gestão dos Serviços de Apoio.

Os índices obtidos pela escolaem cada bloco avaliado anualmentecompõem uma série histórica que,por meio de um sistema informatizado,permite a análise do desempenho daunidade e a identificação da necessidadede implementar ações de melhoria. Osresultados obtidos nos dois últimos anosmostram que houve uma melhoria geralnos índices de desempenho das Etecsparticipantes do Observatório Escolar,como se vê no gráfico acima.

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Ao fornecer subsídios para identifi-cação de oportunidades de aperfeiçoa-mento do trabalho, nas dimensõespedagógica, política e administrativa,o Observatório Escolar desencadeia umprocesso de construção de autonomiade cada escola. O sistema adota ummodelo de avaliação focado nos proces-sos. Isento de propósito comparativo, éorganizado e coordenado pela Coorde-nadoria de Ensino Médio e Técnico.

A metodologia de trabalho con-templa o desenvolvimento anualdas seguintes etapas:

• autoavaliação das práticas degestão escolar conduzida pelosintegrantes do Conselho deEscola e colaboradores;

• visita de observadores para verifi-car as práticas de gestão escolar;

• geração de relatórios e gráficos(índices de desempenho);

• emissão de parecer dos obser-vadores, com orientações erecomendações à equipe;

• análise dos resultados pelodiretor, com propostas de açõespara melhoria na unidadede ensino;

• estudo dos dados pela equipede Supervisão Educacional,com vistas a subsidiar o plane-jamento das ações nas Etecs.

É possível citar, entre as principaiscontribuições trazidas pelo Observa-tório Escolar para as Etecs: conscienti-zação da equipe sobre as dimensõespolítica, pedagógica e administrativada unidade de ensino; sistematizaçãona gestão de documentos e de pro-jetos; reflexão permanente sobre oaperfeiçoamento dos espaços educa-cionais e oferecimento de indicadorespara a construção do projeto político-pedagógico, possibilitando uma melhordefinição da identidade, da autonomiae dos objetivos da escola,a partir deprincípiosdemocráticose participa-tivos.

Ivone MarchiLainetti Ramos

é responsávelpelo Observa-

tório Escolar

Índices de desempenho

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Entrevista – Alessandra Costa

O valor

bióloga Alessandra AparecidaRibeiro Costa, antes de se formar,trabalhou em um laboratório

de citogenética humana em Bauru. Umade suas funções era fazer o diagnósticotécnico de síndrome de Down. Hoje,a educadora trabalha pela inclusão depessoas com deficiência. Pós-graduadaem Ecologia e Educação Ambiental e emGestão Escolar, Alessandra é responsáveldesde abril pela Capacitação Técnica ePedagógica para Inclusão de Pessoascom Necessidades Especiais do CentroPaula Souza. Trabalha na instituição des-de 1998, onde lecionou biologia e disci-plinas de meio ambiente e saneamentoe coordenou o curso técnico em MeioAmbiente durante cinco anos. Atualmen-te é coordenadora pedagógica na EtecVasco Antonio Venchiarutti, em Jundiaí.

O que é a Capacitação Técnica ePedagógica para Inclusão de Pessoascom Necessidades Especiais?

Ela consiste em preparar gestores,professores e servidores para receberalunos portadores de deficiência,coordenando diversas atividades rela-cionadas com sua inclusão. Entre outrasações, formaremos equipes de acompa-nhamento da inclusão de alunos comdeficiência em cada Etec e Fatec.

Como começou seu trabalho?Para orientar o projeto, era necessário

produzir um levantamento nas Etecs eFatecs. Enviamos questionários para osdiretores perguntando se tinham alunoscom deficiências, se estavam preparadospara atendê-los e se desenvolviam

motores nas mãos). Depois vamos deixaras outras unidades preparadas, à medidaque aparecerem as necessidades.

Quais são as outras atividadesrelacionadas ao projeto?

Capacitamos todos os diretoresde Etecs no mês de setembro. Vamosorganizar cursos de Libras e Braile paraequipes em cada unidade com portado-res de deficiência. Essas equipes serãoagentes multiplicadores.

Os projetos de pesquisa dos alunostêm se voltado para os portadoresde deficiência?

Sim, coordeno Trabalhos de Con-clusão de Curso na Etec Vasco AntonioVenchiarutti. Em Edificações, os alunosfizeram um estudo para tornar a Etecacessível. Esse trabalho deve ser usadono projeto de reforma da unidade.Um grupo de Meio Ambiente criou umdominó em braile, e também inscreveuem braile as identificações para a coletaseletiva. E na 3ª Feira Tecnológica,estudantes da Etec Rosa PerroneScavone, de Itatiba, apresentaram umacadeira de rodas com balão de oxigênio.

Centro Paula Souza desenvolve uma série de ações voltadasespecialmente para os alunos portadores de deficiência

Raul

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projetos para incluí-los. Também fizemosuma pesquisa na Fundação de Apoioà Tecnologia (FAT), responsável peloVestibular e Vestibulinho, para sondaro número de portadores de deficiênciainscritos nos processos seletivos de 2009e percebemos que houve aumento emrelação aos anos anteriores.

O que já foi feito?Chegamos a oito unidades com

a maior quantidade de portadores dedeficiência. São 62 pessoas, a maioriacom deficiência motora, nas Etecs LauroGomes, em São Bernardo do Campo,Parque da Juventude, na capital, Fernan-do Prestes, em Sorocaba, Vasco AntonioVenchiarutti, em Jundiaí, Martimianoda Silva, em Ribeirão Preto, PhiladelphoGouvêa, em São José do Rio Preto, emSão José dos Campos e Praia Grande.Estas serão as primeiras a passarem porreformas para tornar as instalações maisacessíveis, e em 2010 vão receber mate-riais pedagógicos como lupas paraportadores de baixa visão, impressorase teclados em braile, softwares paradeficientes auditivos e visuais, mousepara os pés (para alunos com problemas

“O Centro Paula Souzase preocupa com a inclusão

e já iniciou um trabalhoque só vai crescer”

Como a inclusão de portadores dedeficiência contribui para o avançopedagógico da instituição?

Os professores desenvolvem novasmetodologias e ampliam sua visão demundo. Eles dizem que quando têm umaluno com deficiência, os outros estudan-tes se sentem estimulados, não desistemfacilmente porque veem o exemplo desuperação ao seu lado. O Centro PaulaSouza se preocupa com a inclusão e jáiniciou um trabalho que só vai crescer.Com isso, o público vai se ampliar. Osjovens portadores de deficiência vãose sentir tranquilos sabendo que asunidades têm estrutura para recebê-los.

da inclusão

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Arranjos Produtivos

Incentivosà produçãoPrograma do Governo de São Paulo prevê investimentos e implantaçãode Núcleos de Inteligência Competitiva para os Arranjos Produtivos Locais

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economia do Estado de SãoPaulo se caracteriza pela diversi-dade: Franca e Jaú se destacam

na produção de calçados, São José dosCampos na tecnologia aeroespacial, oABC nas indústrias metalúrgicas e deplástico. São os Arranjos Produtivos Locais(APLs), que concentram empresas deum mesmo setor ou cadeia produtiva.

A Secretaria de Desenvolvimentoreconhece 24 APLs, com 14.500 empresase 350 mil postos de trabalho no Estadode São Paulo. Em agosto, o Governo doEstado lançou o Programa Estadual deFomento aos Arranjos Produtivos Locais,que prevê aplicar R$ 4,4 milhões dasecretaria e R$ 6 milhões de recursosvindos de prefeituras e associações.“Os investimentos vão contribuir parao aumento da competitividade dossetores produtivos regionais e na geraçãode novas oportunidades de trabalho paraa população”, explica Geraldo Alckmin,secretário estadual de Desenvolvimento.

OBSERVATÓRIO DO MERCADO

O investimento também chegapor meio dos Núcleos de InteligênciaCompetitiva, uma espécie de observa-tório das condições de mercado e detecnologia em cada setor. Os núcleosoferecem informações para melhorara produtividade e a competitividade.

Convênios já estão firmados emFranca, Jaú (Núcleo de InteligênciaCompetitiva de Couro e Calçado, NICC),São José dos Campos (Centro paraCompetitividade e Inovação do ConeLeste Paulista, Cecompi), Ribeirão Preto

(Centro de Desenvolvimento eInovação Aplicada em EquipamentosMédico-Hospitalares e Odontológicos,Cedina) e em Cerquilho e Tietê (Centrode Formação de Mão-de-Obra paraConfecções Infantis).

Esse projeto prevê ainda a quali-ficação profissional. “As Etecs e Fatecsformam profissionais adequados àrealidade do mercado”, diz Alckmin.

CALÇADOS E AERONAVES

Em setembro, o governo anuncioua entrada de duas regiões no programa:Jaú e São José dos Campos. O NICC deJaú ficará na Fatec Jahu e beneficiará1.182 micro e pequenas empresas dosetor de calçados femininos. O setor gera17 mil empregos em seis municípios.Cerca de R$ 490 mil serão destinadospara implantar o núcleo, comprarequipamentos e contratar estagiários.

A ampliação do Centro de Designe Manufatura do APL de São José dosCampos também conta com recursos

do governo. O convêniofirmado com o Cecompi vaiaprimorar os serviços deprototipagem e design demodelos aero-espaciais.A Secretaria de Desenvolvi-mento investirá R$ 420 mil eo Cecompi, R$ 341 mil, paraadquirir equipamentos queproduzem moldes e protó-tipos de novos produtos.

Além disso, um proto-colo de intenções prevê acriação do Polo de Capaci-

tação Aeronáutica de São Paulo. Profis-sionais especializados em tecnologiasaeroespaciais serão formados graçasà parceria entre o Centro Paula Souza,a Agência Nacional de Aviação Civil(Anac), a Prefeitura de São José dosCampos e a Associação das IndústriasAeroespaciais do Brasil.

Outro acordo foi firmado entre aAgência Paulista de Promoção de Inves-timentos e Competitividade – Investe SãoPaulo – e a Empresa Brasileira de Aeronáu-tica (Embraer), com a proposta de atrairpara o Estado mais indústrias da cadeiaprodutiva aeroespacial: fornecedores decomponentes, peças e serviços emprega-dos na construção e montagem de aviões.

Integram o APL Aeroespacial deSão José dos Campos 150 empresas,que empregam 25 mil trabalhadores emquatro municípios. A meta do Cecompiinclui a capacitação, a partir de abril de2010, de 15 alunos por mês em tecnolo-gia de manufatura e usinagem. Issosignifica 180 profissionais treinadosaté março de 2011.

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Secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e prefeitade Ribeirão Preto, Dárcy Vera, assinam programa de incentivo