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ANNO XV RIO DE JANEIRO, n DE DEZEMBRO DE 1912 NUM. 1500 Periódico humorístico Illustrado bi-semanal REDACÇÃO, ESCRIPTORIÔ E OFFICINAS RUA DO HOSPÍCIO N. 218 TELEPHONE 3.5-15 -KWy Xarope contra a coqueluche e bronchisáè-. Cuí-^ qualquer tosse em 24 horas. *./*-ViA/Wj/^ClM*í^ ,;___ __- _ _„__ Vidro*fe ~a*v * •/£ -, 2$000 __. Collegas.. í i Elle Queira me desculpar... Parece que me enganei de poria... Não mora aqui a Melania Clarineta ! Ella—Nâo, senhor. E' ahi ao. lado, mas eu creio que ella agora está oecupada... Mas eu... sou collega delia. -u "_ü ____V''f -.7- *<-$£ •'.. .'í1- __ Elixir de Nogueira Do ptiarmaceutico e cMmico JOÃO DA SILVA SILVEIRA ( PELOTAS RIO GRANDE DO SUL ) Grande de_ urativo do sangue. Único quo cura a ¦•Sypliilis" VENDE-SE EM TODAS AS PHARMACIAS E DROGARIAS SM Um _\ ." '..;f$S_WÊ

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ANNO XV RIO DE JANEIRO, n DE DEZEMBRO DE 1912 NUM. 1500

Periódico humorísticoIllustrado bi-semanal

REDACÇÃO, ESCRIPTORIÔ E OFFICINAS

RUA DO HOSPÍCIO N. 218TELEPHONE 3.5-15

-KWyXarope contra a coqueluche e bronchisáè-. Cuí-^ qualquer tosse em 24 horas.

*./*-ViA/Wj/^ClM*í^ ,; ___ __- _ _„__Vidro *fe ~a*v * •/£ -, 2$000__.

Collegas..

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Elle — Queira me desculpar... Parece que me enganei de poria... Não mora aqui a Melania Clarineta !Ella—Nâo, senhor. E' ahi ao. lado, mas eu creio que ella agora está oecupada... Mas eu... sou collega delia.

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Elixir de Nogueira Do ptiarmaceutico e cMmico JOÃO DA SILVA SILVEIRA( PELOTAS — RIO GRANDE DO SUL )

Grande de_ urativo do sangue. Único quocura a ¦•Sypliilis"

VENDE-SE EM TODAS AS PHARMACIAS E DROGARIASSM

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Page 2: ANNO XV NUM. 1500 Illustrado bi-semanal - …memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1912_01500.pdf · ANNO XV RIO DE JANEIRO, n DE DEZEMBRO DE 1912 NUM. 1500 Periódico humorístico Illustrado

O RIO NU íi DE DEZEMBRO DE IO 12

Concurso de SympathiaA mais sympatliica ,

Frenquentadora da casa da ,

Rua N.°

— EXPEDIENTE —E' agente exclusivo d'0 RIO NU em Por-

tugal o Sr. Armando da Silva Machado, esta-belecído com tabacaria A praça dos Restau-raüores n. 31 K, Lislioa.

ASSIGNATURAS

Anno 12S000 Semestre 7S000. Exterior, anno 20S000

Numero avulso, 100 réis

Nos Estados e 110 interior, 200 réisOs'Agentes do Correio ou qualquer pessoa que

nos enviar 3 assignaturas com pagamento adeantado,jKMlt-m tlf.sc.onl-.ir 1 5 "|„ de coiiimiKKxto.

Toda a correspondência, seja de que espécie fór,deve ser dirigida ao gerente desta folha.

Tela...grammas(SERVIÇO ESPECIAL D'nO RÍO NU» )

Via Marconi

Santiago, 9.—Uma donzella de 16 annos foi mor-dida por uma pequena cobra na oceasião em que como seu namorado, passeiava por entre um milharal; aferida aberta pelo réptil não é grave, apezar do sangueem abundância que jorrou.

Buenos Aires, 9.— O paquete da esposa do milli-onario X.,, que visita pela primeira vez o nosso porto,é um colosso digno da admiração de todos. A sua ciarrubra é suíHciente para despertar a attençâo, e depois aserenidade com que elle paira sobre as águas tambémfaz com que o apreciemos.

Ao que se diz, esse transatlântico foi mandadoconstruir na Ingraterra e custou milhões de pesos áesposa do millíonario X...

Lima, 9. — Um negociante por nome Gouveiaacaba de divorcíar-se de sua esposa e de tomar ao seuserviço um gurv de 12 annos, que por aqui vivia desam-parado.

Por emquanto o escândalo ainda não passou amais.

Paris, 9.-—No grande roubo do Boulevard desItaliens descobriu-se que houve um episódio interes-sante; um dos gatunos, tendo ido parar ao quarto dacriada, esqueceu a sua missão e com ella se entregoudenodadamente ao culto da deusa Venus.

Os jornaes narram e commeniam burlescamenteeste facto.

Constantinopla, 9. — A bordo de um dos naviosda esquadra grega, que agora está concentrada no marEgeu, os ofiiciaes praticaram com algumas damas romã-nas que se adiavam a bordo scenas amorosas que foramdelirantemente apreciadas por toda a marinhagem.

Dado esse suecesso, os officiaes pensam em repetirbrevemente as mesmas scenas.

Turquia, 9.—A" ultima hora o sultão resolveumanda, para a fronteira um batalhão de odaliscas, prom-ptas a entrar em combate coiil os soldados inimigos.

Dessa lórma conta o sultão vencer a guerra empouco tempo e recolher-se depois á vida privada, quenão è má idéa.

Coisas dos subúrbios

Jii conseguimos descobrir a causa da briga dos"manos" Mocinho e llaller.E' que o Mocinho conseguiu fintar do "mano" um

lindo coração de ouro. que ln;iii, íu~ia muito.Mano llaller, o .Mocinho não respeitou a cunhada,

O Isaac anda agora a cantar a "Carmen" de Bizet.Sá faz isso, fantasiado de pierrot.

Quererá o moreno estadoano B. S. da Locomoçãoser o pachá das portuguezas ?

O pirata Mocinho anda deveras impressionado comas notas que a seu respeito tem publicado o Rio Nu.

Quanto mais si o Mocinho soubesse que nós sabe-mos coisas, coisas.,. Mas... "não se impressione", seuMocinho, nós não contaremos.

Aconselhamos ao novo "Chefe" não se encostar aoSerra, porque ficará perdido de inhaca e da graiida, quedá azar p'ia toda a vida e mais quinze dias!

O interessante "maridinho correcto" tem necessi-dade de dar uma folga na "sopa do inglez".

Nós já sabemos que "vossencia" é correcto a valere, por ísso mesmo, nào contaremos as celebres historiasda electricidade e da pequena do pinto.

E' ísto: cm casa da ferreira... espeto de páo...na seriedade!

Qual será a razão por que uma seira da Locomoçãoé tão cheia dc azar ?

Ferrugem no aço, com certeza.

Onde o celebre "Leão Vermelho" teria mettidouma sympatlnca morena baixinha?

Seu "inadeireiro", os ülhos da Candinha não dor-mem 1

Já teria gasto a enorme fortuna que lhe deu a retidados trens de operários o miiuisculo páo de chocolate"Madeira Chuchu" ?

Já deixou a mania de conquistador?Ah! Entào para alguma coisa serviram aquellas

lamparinas.

O Thomaz anda assombrado com o "Rio Nu".Seu Thomaz, o senhor não sahirá não, porque já

passou o tempo e nós sabemos que o senhor agora é sómnoderiiadas caricias da sua ex-querida /:' lei Vina.Ouviu, seu Thomaz ?

Como se arranjará um pirata-roxura na Piedade,para não desgostar as "três irmãs" que o adoram?

Uma hora, elle é todo L., daqui a instantes é dameiga M. e logo^npós da minúscula D. Cento e oitentaréis, na certa.

Vimos na terça-feira passada, ás duas horas datarde, no Campo de Sant'Auna, radiante de felicidade,o loiro Guilherme, muito agarradinho á formosa morenaO, que ha dias chegou do Sul.

Agora ú que o loiro pequeno se esquecerá dos mo-dernos amores com "as meninas do telephone".

O é peregrinamente formosa e está certa de quantovalem as suas ardentes caricias para o seu querido pe-queno, que, já em outro regresso seu, atirou ao olvidouma graciosa casadinha do Sampaio, por quem, diasantes, elle sacrificaria a própria vida, comtanto que mor-resse entre as rubras e roseas rosas e as entrelaçadassilvas, daquella enorme paixão que "São José" nãoabençoava.

Ao desembarcar a formosa morena, a alguém quelhe fez sentir a ausência do seu loiro pequeno aífirmouestar absolutamente tranquilla, pois tinha certeza de queo "seu" Guilherme seria "seu" até á morte.

Que caricias fornecerá ao pequeno a formosa crea-tura ?

Será tudo "amor" ou a graciosa O tornou o pe-queno viciado ?

O Samuel já se teria aproveitado da inércia em quelicou a gentil e delgada viuvínha do Engenho de Dentro?SÍ ainda não, agarre-se com "São Raphael", que é

o santo mais milagroso em Pernambuco e, si elle não osalvar, fo... lographe-se, ouviu, jf» Samuel ?

A morena "Daguíar" tem uma vontade doida de .sahir no "Rio Nu".

Faça umas fitas e será satisfeita.

O sympathico Fausto do Engenho de Dentro, erçrum baile dos "Pingas Carnavalescos" viu-se grande-mente atrapalhado. E' que uma das suas "cem noivas"reduziu a "contra-mestra" Mirubel ;i um montão depostiços !

A "contra-mestra" só teve o chiltque quando o svm-pathico Fausto tomou uma carteia cm pleno rosio.

Estas meninas têm coragem !

O "Leão Vermelho" do Engenho de Dentro estásendo apontado na "Locomoção" e no "Bilhar inglez"como sendo o autor das "Coisas".

Iriamos iscntal-o dessa responsabilidade, mas o"Madeireiro" não precisa disso, pois conhece bem a

"inglez" já tem escovado"musica de pancadaria" e noo pello de alguns zinhos 1

O pallido Helvidio disse que o "Rio Nu" não eralido por homens sérios.

Tem razão, seu Helvidio ; o sério é o senhor, masquando deixar de ser... pirata, otiviu ?

Ainda não foi rifado o interessante J. Chaves !E' um caso raro, pois não ?

E' cada vez mais intensa a grande paixão que nutrepelo gracioso e svmpathico "Sinhô" %inbo a formosa egentil morena da Piedade.

Não ha sacrifícios que por elle ella não faça.E' o sympathico pequeno chegar cm casa de sua

irmã, começa a loucura da graciosa morena, indo istoaté á noite, com sacriíkio do tolo do noivo da morena,que não percebeu ainda os amores da sua pequena pelovizinho adventicio.

O facto é que o interessante Sinhô, que se diz uni-camente caricias para a formosa e meiga Olga, ultima-mente fica cm casa da mana, até nove, dez horas danoítc, a adorar aquelles fascinadores c negros olhos.

E' tal a "roxura", que o pequeno está se esque-cendo que c casado, e qualquer dia temos turumbambagrosso na zona.

O pirata Aprigio tomou nojo das conquistas subur-ban as.

Agora "age, de accôrdo com o seu temperamento",nas zonas urbanas,

Mas d'Azíl,

Noite de noivadoEstá á venda essa interessante novella amorosa, em

que o seu auetor narra, com um naturalismo crú, as pe-ripecias do noivado da Zézé, uma interessante creaturaque ingenuamente, numa noite só percorre toda a escalado amor.

Esse interessante livrinho, que se pôde conduzir nobolso, faz parte da Coílecção Amorosa ecusta apenas

500 réis;ipil_il i. SOO réis» pelo Correio.

VIMOS.... . .o postalício Leal, todo afoubado, na zona

Núncio...... o Tinha da Cora Maluca continuando os seus

passeios pelo boulevard 28 de Setembro.... ,:.na zona Praça Tirademes a Flora acompanhada

de uma outra funecionaria, depois de ter tomado umaabrideira em uma confeitaria...

.. .a Chininha convidando a Luiza Velha a dar umpasseio na Aldeia Cntnpista...

.. .0 menino Oscar rondando a porta de uma func-cionaria viciada. ..

.. .0 Cordeira sentado na costumada cadeira nobotequim da zona Mem de Sá...

'

.. .a Ubaldina, da casa de... modas da zona Se-nhor dos Passos «S_|, acompanhada por uma conhecidapianista, viajando em um bonde da linha Lapa, na sexta-feira ultima, ás 5 horas da tarde...

... na zona Arcos o menino Mario dando o des-espero com uma esbroguc...

Vé Tudo.

Cartões de visita a 2$500NESTA TYPOGRAPHIA

HORÓSCOPO

O mez de Dezembro deste anno apresenta umasanomalias extraordinárias; assim é que começou nodia i" e termina infallivelmeme em 31, á meia-noite;todas as suas semanas serão de sete dias, principiandonuma segunda-feira e terminando em domingo. Duranteo dia fará sol si não chover e as noites serão claras sinào forem escuras.

Todos os homens e mulheres nelle nascidos quandonào sejam altos ou de mediana estatura serão baixos.

Quem não morrer este mez lera o pra.er de assistira entrada do anno de 1913, pois que, por um facto in-explicável, elle começará no dia seguinte ao ultimodeste.

As mulheres nascidas em Dezembro serão gulosaspelo cará barbado e o pepino; os homens preferirãotomar rape em boceta e cahir no bacalháo meio passado.

Nenhuma criança nascerá sabendo falar e todas que-rcrào mammar na... teta.

LICOR TIBAINAO melhor purificador do sangue

GRANADO & C.' — Rua 10 de Março, 14

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O RIO NU — ii DE DEZEMBRO DE 1912

A-r

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A'.:;

Gambiarrasfj ala-se ügora muito no duello que, a titulo de curió-

sidade (!) vae brevemente ter logar entre os Srs.Esmeráldo Grande e Franldin Pequeno, do S. José.

O encontro será a socco e, ao que parece, estácombinado haver empate, que é para evitar os com-tnentarios da imprensa c dos más linguas.

Mas que diabo de encrenca foi aquella que aThereza Fernandes, do Apollo, arranjou com a guitarraque lhe emprestou o Carvalho do Commercio?

Então, você, sua corista, vae lazer presente de umacoisa que lhe nâo pertence? »

Como a tivessem mandado formar tambemnuma linha de coros da revista Mio se impressione ! aDolores Pinto, *do S. Pedro, zangou-se ha dias e gritoualto e bom som que era ãecipula e que, per isso, só faziapontas e apothreoses.

E levanta-se um padeiro pela manhã...Disse-nos a Concha, do S. José, que a Lola está

agora muito devota do deus Baccho.Nós não queríamos acreditar, mas a Concha, para

nos convencer, contou-nos a historia da festa desegunda-feira passada e á visto disso...

A Emma de Souza, do Apollo, anda descon-fiada do modo cuidadoso por que está sendo tratada pelasacrificada "La bella Zazá Soares" (até parece parodia áA bella Mme. Vargas 1 )

Diz que uma coisa assim só pôde ser classificada de"chaleirismo".As taes impressões causadas pelo "reino da

ivesugtblania" prejudicaram a tal ponto o Mello, machi-mista do S. Pedro, que o obrigaram a entrar em uso doElixir de Nogueira, do chimico Silveira.

Resta saber agora si, depois de ficar com o' sanguelimpo, o herôe voltará ás impressões.

¦— O beneficio Raul Soares deu, segundo elle pro-prio nos confessou, para elle e para a sua muito queridaZazá Sacrificada.

Logo se vê que não foi á toa que o Raul andou"Zarro e empregou farofas de vaidade na cavaçtlo dessebeneficio.

Outra coisa que a Davina Fraga, do S. Pedro,díz com extraordinária graça é aquelle Mênage- à írois 1

Que idéa tão ruim teve o Sr. director de scenaquando se lembrou de pôr tal bisca a representar emfrancez !...

Disseram-nos que o Figueiredo do S. José vaedeixar dc falar com a Luiza Caldas por causa daquelle"Já méu primo" que ella diz no terceiro acto do O Ca-ehorro da Mulata.

Effectiva mente, o caso não merece outra coisa...¦— Desde que a Dolores Pinto, do S. Pedro, con-

sentiu em que a Clarisse Paredes se fosse vestir uo seucamarim, as scenas de "amor invertido" entre essas duasgabirúas tem tomado um realce extraordinário.

E não na ninguém que queira pôr um termoa escândalos dessa ordem !

Está sendo concorridissimo, acttinlmemc, o Pa-vilhão Internacional.

O activo empresário Paschoal Segreto deu no vinte,quando teve a idéa de mudar para esse theatro a troupeque os leitores já tiveram oceasiao de apreciar na MaisonModerne.

Por ter descoberto que a Palmyra é uma adeptados vicíos secretos de Onan, o Mello, machinista do S*Pedro, vae fazer brevemente uma conferência sobre oonanísmo e suas conseqüências.

Ao que parece, o Mello receia que a mulher venhaa morrer de alguma congestão cerebral e é isso o quequer evitar.

—11 Diz o actor Alfredo Silva, do S. José, que tantasvoltas ha de dar que ha de fazer com que a sua collegaAntonietia Olga lhe dé aquelle "chapéo falua" com queentra no O Cachorro da Mulata.

Depois disso, o rei do riso por sessões pensa emmandal-o para um museu de raridades.

Com muita razão o Sr. Álvaro Feres descompozha dias a Victoria Miranda, do S. Pedro.

E ainda elle fez pouco I Com outro homem aquel-las respostas malcriadas da Victoria seriam o suflicientepara a pôr logo no andar da rua.

Depois que foi barrado pela invertida ClarisseParedes, tem andado bastante macambuzio o Raul La-bareda.

Pobre rapaz 1 O choque echoou tanto no seu Íntimoque agora é que a sua gordura é capaz de ir toda porágua abaixo I...

Está atrapalhada por não ter dinheiro para pagaro quarto a Daria do Apollo.

Quem a mandou ser tola?Podia ainda andar passeiando pela tal estrada llorida

e escusava disso agora...E aqui vão as notas sobre o pessoal da Compa-

«hia do Pavilhão, que o Leonardo de Souza nos envioutie S. Paulo :

«A propósito do rolo causado aqui pelo Ferreiradc Almeida e Maria de Oliveira, tenho a dizer-lhes quenenhum dos dois sahiu da companhia. Apenas a Mariade Oliveira, por ter ficado com o fronlesftich prejudi-cado, não trabalhou duas noites.

O Mario Aroso é de todos o que, actualmente.se julga menos mal; com a sua falinha cândida arranjouquem gostasse delle e é todo leal para o seu amor.

A Alice de Vijeu e a Guilhermina Japonezaengalfinharam-se por questões de ciúmes e brigaram ávalentona.

O Celestino e o Alberto Ferreira viram-se em pai-pos de aranha para os desapartar; mas quem mais deuo desespero foi a mãe da Alice, que, ao vel-a assimenvolvida em luta, começou a chorar e a gritar muitoalto: — «Ai, rica lilha da minh'alnia, que não tornasmais a ver o teu querido pae In

A Assumpção está de grande ; passa om dias e asnoites a "rachar lenha" com um machado, que já não émuito forte, mas que lá vae dando conta do recadocomo pôde.O Alberto Ferreira casou-se com a Silvina Mar-tins, com grande desespero da Maria das Neves e doAdolpho Vasco.

E a Julia de Oliveira já encontrou um coió, quediz que lhe vae mandar obturar a ouro os dentinhos deroceira.»

Correio das GambiarrasArthur P. Silva : — Leia a Caixinha de Estales, que

lá está a resposta á sua carta.Quanto ao mal da senhora de que nos fala, acon-

selhe-a a que faça uso da A Saúde da Mulher.

João Ratão.

Au Bijou de Ia Mode-£*»*£££&atacado e a varejo. Calçado nacional e estrangeiro parahomens, senhoras e crianças. Preços baratissimos, ruada Carioca n. 8o. Telephone 3.660.

COLLECÇÃO DE FOGOConsta esta primorosa collecção de cinco

álbuns de vistas,, contendo photo-graphias tiradas do natural e por isso mesmoexpressivas, instruetivas e... aperitivas:

A collecção completa representa -%0 posi-çòes diversas, com as respectivas explicaçõese consiitue o mais prodigioso tônico paralevantar organismos depauperados.

Os álbuns são numerados de 1 a 5e vendem-se cm nosso escriptorio a l$00Ocada um ; os pedidos feitos pelo Correio de-vem vir acompanhados de mais SOO réispara cada álbum, quando encomnicudadosisoladamente ; para receber a collecção com-pleta (os cinco álbuns) basta mandar a impor-tancia de seis mil réis.

Os pedidos dc fora, que serão prompta-mente attendidos, devem ser endereçados,com as respectivas importâncias, a

A. VELLOSO — Um h Hospício n, 218RIO DE JANEIRO

Agricultura

E' de uma fertilidade assombrosa o mez que corre;tudo quanto nelle sc planta cresce maravilhosamente.

As mulheres verão pasmadas desenvolverem-se ospés de gallinha e os homens caçadores e casados ficarãoatônitos com o augmento dos chifres em suas collecçôescaseiras.

As bananas tomarão taes proporções, que as senho-ritas e senhoras que apreciarem esta frueta tomarão taesindigestões que andarão muitos mezes dc barriga in-chada.

Os tomates acompanharão o desenvolvimento dasbananas, de modo que somente quem fôr muito desgra-çado não ostentará grandes e vermelhos tomates.

Plantam-se durante todo o mez : mãos de vacca,lingüiças, paios, descansos de carroças, braços de cri-anca, etc.

Colhem-se crianças de ambos os sexos, abortos,desmanchos, cargas de páo, tiros de revólver, facadas,cascudos, etc, etc.

Um mez fertilissimo. em fim !

Água Japoneza — Não ha outra que tornea pelle mais macia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E1 tônico, faz crescer o cabello e extirpa a caspa.— Ruados Andradas qj.

Fita coloridaOS MANOS

Amigos íntimos, gosando juntos as alegrias da mo-cidade, unidos sempre na felicidade e nas dores, viviamcomo si fossem irmãos, tanio que os habitantes do ale-gre bairro, onde viviam, mal os avistavam logo miir-muravam:

— Lá vem os "manos" 1Elles mesmos, na intimidade, tratavam-se como si

realmente tossem filhos da mesma mulher, tal a amizadeque os unia.

Não havia baile ou festa em que não se vissemunidos, inseparáveis sempre, os "manos".

Um bello dia, correu célere no bairro a noticia deque haviam brigado e já sc odiavam de morte os "xi-phopagDS amigos".

Era real e verdadeira. Os "manos", outr*ora ami-gos inseparáveis, eram agora irreconciliaveís inimigos.

Qual a razão ? Qual a causa ?Eis duas perguntas ás quaes ninguém do bairro

sabía responder.Motivo grave, por certo.Eis sinão quando um acaso providencial mostrou a

todos a verdadeira causa.E todos, surpresos, attonhos, viram em poder

'do"mano" mais velho um lindo coraçãozinho que era pro-priedade do mais moço.

Era a velha historia de todos os tempos: o amor,esse trefego deus Cupido de aljava e seta, a separar co-rações amigos!

Era o eterno cherchez Ia femme !E viveram assim por largos annos, inimigos leaes,

heróicos, puritanos, dividindo igualmente a raiva que osmordia c o ciúme que lhes invadia a alma, até que umdia o bairro inteiro, surpreso c boquiaberto, assistiu" ápassagem triumphal dos "manos", muito unidos, muitoamigos novamente.

E' que agora o lindo coraçãozinho de ouro luzia,lnz'ia muito, mas... para os dois ''manos"!

Mas d'A'/il.

Aviso útil

No alto da 2-* pagina, bem no alto, está o coupondo "Concurso de sympathia". Quem não entender bema coisa, leia o que está no pé da secção "Nas Zonas".

Podemos, entretanto, assegurar que o "Concurso"é de grande vantagem, pois o prêmio não é sardinhapodre da praça do Mercado.

Caixinha de Estalos

D. Quinota — Não se impressione pelo facto do -¦seu Quinoto chegar tarde da noite. Eüe já lhe faltoucom o azeite para a lamparina? Ainda não?... Pois,quando lhe faltar, dê-lhe as costas e elle voltará ao pri-meiro enthusiasmo.

Hoje, não ha nada para prender um homem como >um bom cachorrinho. ^M

Guedes e Guedes — Não seja arara., seu Guedes. 'r¥iPois ainda pensa que é preciso levar óleo de amêndoas j **ídoces para :r tnl noirc ? ! dispo, .™ Guedes, cuspo c *á!geito somente. , ?glS

Hoje o óleo dc amêndoas doces nem para... cnchpr-.vinho. Ouviu, seu Guedes ?

Amoroso — O que ha de mais artístico e modernoem posições do sport você encontra na nossa collecçãoamorosa e nos nossos "álbuns de vistas". Perca o amora 11$500 e ficará com a educação completa, completis-sima até.

Miquinha — E' quasi impossível dar-lhe pela "Cai-xinha" o conselho que pede. Entretanto, ahi vae ma^álfjgou menos. Não se lembra como foi que perdeu as taes wjmoedinhas ? não se recorda da dor que sentiu comtal prejuízo ? Pois faça fita e talvez elle com o enthusi- jasmo natural e algumas taças de champagne engula amoca. Isto em bom portuguez é passar moeda falsa,porém, como ha tantas em circulação, mais uns míserosvinténs não inflam. Depois appareça, sim ,,

Nervosa — Ha diversos meios para uma senhoramoça e nervosa sc distrahir. Ahi vão alguns : cinemasem noites dc enchente, passeios pelo jardim do Campoe Passeio Publico nas noites sem luar e, sobretudo, fre-quentar casas de... modas. O nosso collega CapadocioMaluco diz que tem no chateou divertimentos interes-santíssimos. Por que não experimenta ?

Arthur P. Silva — Perdeu o pulo, c somentemandou sandices. Esse troço de você ler "sobre asgambiarras" é uma historia. Em baiso é que é. Nós èque vamos cm cima! Você mesmo é que parece cabel-ludo ou pclludo. Aquelle "um doce a quem vces enviarresposta certa" é monumental. Lixe-se, amigo, Jfoe-se I

Joio Duro.

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O velho— O1 menina, assim hão de pensar que estás mammando em tua mãe, c, nanào é bonito.

A moça — Que tem isso? Eu tenho uma amiga já moça que inamma como um bezerro.

tua idade, isso

[ í' ¦ 1^/^'j P^ü; íflílíli§ I /K -r/' 1111

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ELLE — Só levas a dizer que cu"mc pareço com um sultão: entre-tanto, só tenho uma odaüsca : és tu.

Ella —Mesmo porque nâo podias ler mais de uma. Eu que o.diga...

A neurasthcnia, moléstia que tem zombado de todos os recur-sos da seiencia que garante o passaporte para o outro mundo, é fácil-mente combatida com a leitura estimulante dos satânicos romancesque vendemos em nosso escriptorio á rua do Plospicio n. 2rS. ..

IngenuidadesNA KLORESTA

Entrámos w^ florestaEu e meu primo Oscar;Pomos gosar a séstaEm íulgido logar.

Ouvindo os passarinhosE flores a colher.Tortuosos caminhosNós fomos percorrer. . .

O eco estava lindo,Brilhava a luz. do sol ;julgava-me num Píndo,Ante (lavo arrebol. ..

Ao lado uo meu primo,Deveras caminhei,Ao tal rapaz estimo ;Assim, nào me cansei...

A brisa ali passavaPerfumes a espargir.Elle, subtil, me davaPorcas para seguir. . .

Tarde deliciosa !Tratávamos de amor,Na expansão de quem gosaEdênico dulçor...

Agradáveis momentosPassámos nós nli...Na volta, sem lamentos,Com elle me perdi. . .

Camisinha.

Trabalhos commerciaesExecutam-se com perfeição

nesta typographia, com brevi-dade e par preços módicos.

AGENCIA DE REVISTAS E JORNAESFigurinos, Romances e Cartões Postaes

.Acceita e dá prompta execução a qualquer encommenda,assim como acceita assignaturas e vende

avulsas. — novidades for todos os vapores.Brás _L.ai.rla

KUA DO OUVIDOR, 1S1 - RIO DE JANEIKOTelephone n. .1.677

A collaboração neste jornal é franca atodos 03 leitores. Os trabalhos enviados,entretanto, serão submcttidos ao juizo daredacção, que os publicará ou não, con-forme o entender.

Em caso algum serão restituidos o.soriginaes.

O senhor fique sabendo que náo lhe dou minha lilha em-quanto ella tiver essa fraqueza pulmonar.

Pois dê-lhe o Peitoral dc Angico Pelotense e dentro em poucoella agüentará todo o... repuxo 3

e todos os corrimentos

são rapidamente curados pela injecção

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O "Concurso de sympathia" estásuecesso entre o pessoal chie.

zendo

Ella — Deixaste-me unia marca no braço c quando o meu ve-lhole reparar tenho que dizer-lhe que c eflato de uma' pica Jura deinsecto. *

Elle — Mentir-lhe-ás só pela metade: é effeito de uma pícadura,mas de insecto é que não !

Fornada Seccativa de São Lázaro .. A un;" ?"**cura 10d:';. iual-quer ferida sem prejudicar o

sangue ; allivia qualquer dor, como a erysipcla e o rheumatismo. Co-nhecida cm todo o universo. Ru__ Jo? Andradas 9í.

II

• »*.'-¦*•. -.-*' ,-,;=.- .-¦- ___É

Page 5: ANNO XV NUM. 1500 Illustrado bi-semanal - …memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1912_01500.pdf · ANNO XV RIO DE JANEIRO, n DE DEZEMBRO DE 1912 NUM. 1500 Periódico humorístico Illustrado

m O RIO NU — ir DE DEZEMBRO DE

«Justiça! Justiça!E uma verdadeira infunia e nós não descansaremos jamais a

>sa pcnna emquatito não virmos feita completa e inteira justiça.Ninguém melhor do que os nossos leitores sabe a maneira intc-

rata e severa com que temos pro (ligado esse escândalo. Sim, liou-i. hoje, amanhã, sempre aqui estaremos para derrubar a golpes de*nto, com phrases. cortantes como vergalhadas, esse conhecido10.

Sim, hão de lazer justiça, justiça completa! Sem o que, coutt-uemos comoJjjPV derramando luz e mostrando ao povo que he-ibáo não cfK

'— O' Juquinha, mamãe está cm casa ?Tá, sim sinhô, no carto de papae*.Muito bem. Então papae tambem está. Vae dizer-lhe que eu

3u aqui-Não sihhô. Quem tá no carto com mamãe é o primo Alfredo.

GasfceESÕes, os mais afamados cigarros de São Paulo estão'enda no Rio tia Confeitaria Castellões, Charutaria Paris, TabacariaLondres e Charutaria do Bar da Brahma.

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A - V M-^M Jr^sÊ \ l«cV'4• %^xm i ) W^

' ^^Ol'tr|VV» "'S WS I

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aandaste dizer pela criada que não estavas

Bibliotheea d'0 RIO NU

Acham-se á venda em nosso escriptorio os seguiu-tes romances:

A CABEÇA DO CARVALHO —Pyramidal traba-lho do bestunto do incomparavel Vagabundo, 2$ooo;pelo Correio, 2$soo. .,

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A. VELLOSO, Rua do Hosp

Fíuisi "botequim

Garçou — O senhor desculpe, masserve, é falsa.

i:>Tg;iez—Grande novidade me conta você !compensação tambem o Porto que você me serviu erafalsissimo e eu etiguli. ,.

) velho — Então 11I C.ISU ? I

ELEA — E' porque eu não estou hoje disposta para a aula detias... 1

Tônico Japonez — Para perfumar o cabello e destruir as;isitas, evitando com seu uso diário todas as enfermidades da ca-

;a, não ha como o Tônico Japonez— Rua dos'Andradas n. 95.

A mu.il.11er> do Zé

Zú Fulgencio da Mooca,Não tendo em casa um brinquedo.Poz-se a gritar fortementeFingindo que tinha medo.

Mas a mulher carinhosa,Para provar quanto o é,Conduziu-o para o quartoE po^-se a brincar com o Zé

ataç^^-^tà^J^,. 'a . p ! I' Mi******"* ****•*"** ^*W'fl '"l*1 n*i jfer.'" ' ' '".'W¦;':'.*:..- ¦'¦ ¦."fjf^yff' Mm,\

.AA.Í^P'1912 ¦; y-Wfflm

mm| - jj'¦¦*¦¦' Km-!. 'I d\^ ?:ff1 -ílf^n^1^^ ":: • **lll''iwê 'r / X~r\ ffj

',,l;WÍi 'IM*$1 *ígi./' 4.f;';'S ¦'¦¦:"^li-:H

¦peiíorríül «Ie Angico - rjí 1 f^Ê

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VüW- iJ [ ÍTl^-^^-S-T^HiTítil // 1188103 macias e drogarias. "1 ¦ "-¦'¦Sífi rM !i«l--.-lS-<-PE"r0TA5Sí /l-'vm Depósitos: Pelotas,Ed. A" v* .,:jfii|í «.I*t*A. ¦; ¦'¦v.^J.VlÍMíili

f '-Mm

i~TT? 'i'\i' ti li—TiíT '-'^ámèiv e-Sl,:VíAilí-tS,.

(W/W//l ir-Elle — Eu sou velho, é verdade, mas tenho a força e o vigor de

um rapaz de vinte annos.Eli k — Já sei... já sei... Mas isso é só dos dentes para fora. _ -

1CIO II.

nota nao

!""¦':¦¦ /«>-' .--:"¦-¦—1- rétg&x (ii,"?,;"

COMO ESTAVA COMO ESTOU

Não ha em todo omundo medicamentomais eíficaz contra tosses;resinados, influenza, co-queluches, bronchites,.etc, do que o Peitoral di.Angico Pelotense, verda-deíro especifico contra stuberculose nos primeiros*gráos. E' o melhor pei-rtoral âo mundo. O Peiio-ral de Angico Pelo teme.não exige resguardo. Ven-dc-se em todas as phar-macias e drogarias.

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^MÊ^m^mWê^mr^ -*? VW<f^:^' ?/mm m

; ::í:fc

m

Elle — E isso ! Levas rodos os dias, a todi hora e a todo instante, a te queixara de dor de dentei Pot que não tirasj nuldito?

ELL.\ Tu diíís isso pa vue n.inc.i irr.uicaste um dente: mas eu que já ici o que é gemer no lerro. . .

Ella — E'... achas que sou um anjo, mas"não queres comprarO vestido dc seda que te pedi. . .

Ei.lií — O' filha, tu és mesmo anjo e como anjo é que eu sostede ti, pois elles andam completamente mis. . .

Kk,

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'.vyy.

O RIO NU DE DEZEMBRO DE 1912

A victoria do coronelI J dia tinha passado chuvoso, esquisito, com umasv—'^ rápidas abertas de sol rutilante que ainda faziamparecer mais insipida a chuva e a meia luz. Um tempoinquieto, volúvel, fantástico, variando a cada instante.

Não sei sí todas as mulheres são como Elisa, mas aesta um tempo assim causa uma impressão singular.Excita-lhe os nervos, fal-a ficar com o sangue como osol, com alternativas de ardencia e de abatimento. Ficairritavel, abstracta, sem saber o que quer, e ao mesmotempo na anciedade de um desejar vago, inconsistente,torturante. Parece-lhe que espera qualquer coisa... Que?

Ella mesma não sabe, mas sente o corpo inteiriçar-se de repente, como si um desejo impetuoso o animassee logo depois os braços dormentes, as pernas tremulas...Fica incapaz de um gesto, de uma idéa síquer,

Ante-hontem estava Elisa assim neste estado mor-bido e doloroso. Era/já pela tardinha, nessa hora impres-sionadora, de luz duvidosa, em que a alma da mulher émais fácil e os instinetos de sua carne são mais violen-tos. Naquelle dia, principalmente, essa hora pareciacheia de effluvios subtis e traiçoeiros. A meia luz não sesabia si era do crepúsculo ou das nuvens, carregadas deelectricidade, que oceultavam o céo e enchiam os seuspobres nervos de saturações febris.

Despira-se para ficar no quarto, para não ver nin-guem ; nem jantar quiz. Tentou ler, aborreceu a leiturac ficou deitada no divan, inquieta, ora amarfanhandocom gestos frenéticos as almofadas, ora immovel, exta-tica, tão immovel que chegava a não sentir coisa alguma,num torpor como si todas as fibras de seu corpo estives-sem mortas...

Bateram á porta do quarto e ella, que naquelleinstante lamentava estar só, attribuia ao seu isolamentoaquella tensão de nervos, desejando quasi ser obrigada afalar, a conversar, para sahir daquelle abatimento me-lindroso — teve um assomo de cólera.

Nem respondeu, de raiva. Deixava-lhe um ódiointenso o facto de a virem perturbar naquelle devaneiovago.

Mas bateram de novo c Emilia, a criada de con-fiança, disse do lado de fora :

— MinIVama, é o sen coronel que está ahi.¦j, 'Esteve quasi a gritar que lhe dissesse que estava

doente, que não podia receber, mas refiectiu : o coronel" Martiniano era um sujeito ainda forte, mas já com qua-

renta e tantos annos, magro e macillento.

Era muito atirado a conquistas reles de coristas ehetairas baratas, mas dava-se também ao luxo de deitarpaixão por algumas creaturas mais finas. Havia já umanno que estava apaixonado por ella e pcrseguía-a portoda a parte com as suas declarações, as suas flores, assuas supplicas, que Elisa, para se distrahir, ouvia.

Dois dias antes elle lhe havia declarado que se ma-taria st não tivesse piedade delle. Ella rira-sc. Não pen-sava mais nisso. Estava até longe de se lembrar de queo pobre Martiniano existia, quando recebeu o amiunciode sua visita.

Elisa não sabe bem o que pensou. Com certeza nãofoi o que aconteceu. Teve a idéa de fazel-o entrar paraa distrahir, para ouvil-o dizer bobagens e gastar-lhe aescitação fazendo-lhe uma porção de insolcncias...

Saltou do divan, enfiou um peiguoir por sobre acabeça e a camisa, e voltou a deitar-se, gritando á Emiliaque o mandasse entrar. *

O coronel entrou com uni ramo de flores. Elisadevia estar com expressão mal humorada, porque o po-bre'diabo do homem estacou pallido, mudo.

Dahi, talvez fosse de a ver no seu gabinete de"toilette". diante delle, num "deshabíllé" tão sug-gestivo.

O perfume que sempre esvoaça ali perturbou-o dccerto.

Ella olhava-o impassível, sem animal-o, nem con-vidnl-o a sentar, quieta, parada. Elle chegou-se todocurvaturas, perguntando si poderia saudal-a, si permittiaque lhe offertasse aquellas flores, menos bellas por certodo que...

Bobagens...Eella... quieta. Elle hesitou. Naturalmente não

comprehendia bem aquelle silencio, aquella immobili-dade. Talvez fosse prova de complacência ou de mãohumor.

Ajoelhou-se ao pé de Elisa, no tapete, muito hu-milde, muito tímido, supplicando « um olhar, ao me-nos », dizia elle.

Ella olhava para o tecto como si estivesse só, semsaber propriamente porque estava fazendo assim. Pornada. Porque não sabia o que queria.

As phrases que o pobre coronel murmurava chega-vam-lbc aos ouvidos como um ruído confuso. Haviamomentos, até, em que esquecera o seu adorador epensava em outra coisa.

Depois, aquellas palavras dc amor, que escorriam

sem cessar dos lábios do coronel, a sua agitação, o ardorde suas maguas, foram curvando-a pouco a pouco. Osilencio do quarto parecia cúmplice, a situação era exqui-sita. Chegou a desejar que o coronel se atrevesse aalguma coisa, ainda que não fosse sinão para corrercom elle.

Por fim o velhote, animado por aquella placidez,ou já não se contendo, beijou a mão que Elisa tinhapousada sobre o peito.

Mas beijou tão de leve, tão respeitosamente, quenão era motivo para expulsal-o. Ella notou, apenas, queelle parecia ter febre... estava com os lábios quentes.O coronel beijou mais. E* agradável a sensação dc umaboca quente...

Elle beijava de leve, mas foi se enthusiasmando,passou a beijar-lhe o pulso e como ella não protestasse, -

procurou-lhe a boca. Elisa fugiu com o rosto. Elle nãoinsistiu, voltou do pulso ao braço, depois, audacioso,vendo que o peignoir, apenas cruzado sobre o peito, en-treabrira-se um pouco, deixando apparecer a pelle, pas-sou a oscular com o calor humido de seus lábios o seucollo...

Estava allucinado o coronel.Ella deixou, talvez por preguiça de se mexer, ou

para ver até onde iria.Mas a sensação era violenta, audaciosa. Insensível-

mente foi distendendo o corpo, inteiriçando as pernas enum movimento fez abrir-se de todo o peiguoir.

O coronel, exaltado, irresistivelmente exaltado, quizir com os lábios até o pescoço, mas Elisa, receiando queelle teimasse em querer a sua boca, cobriu o rosto comos braços.

Não podendo subir, os lábios delle desceram, muitodc vagar, como que hesitando, inebriado pelo perfumedaquella pelle. Desceu um pouco, tentou subir de novo.Uma louca fantasia passou pela cabeça da esquisita mu-lher. Não o deixou subir, . . ao contrario, forçou-o adescer mais.

Coitado do coronel! Não resistiu. Cedeu humilde-mente, como que feliz dc se curvar ao seu capricho.

Quem podia lá imaginar que Elisa havia de deverao Martiniano a novidade da sensação mais forte queseus nervos jamais experimentaram ?

O peor é si ella agora se acostuma. Dizem que issofaz mal...

Lv. FlDKLIS.

Amores de um Frade2- EDIÇÃO

lkeN*a en«jracadÍNHÍinu novcllti, enja tlrafjemde 5.000 ex 0111 piores ficou desde loifo esgotada,esta pronipla uniu X- edicAo com gravurasmal» apropriada» ao asminipto.

AMORES DE UM FRADE«ne . .. n. I «Ia COIXECÇAO AMOROSA, «ae nestaS* edlcâf. muito melhorado na parle material eé vendido pelo menino preço

500 RÉIS,cm nowwo escriptoriomero 11 8.

rua do II oMpiclo nu-

CapadoçagensBurromania — Tudo morre — A Qui-

teria quer ficar morrida também— Sempre fitas — Lysol, tiros edynamite — Curei a mana.Ai 1 os meus collarinhos ! Que diabo de encrenca é

essa de camaradões e camaradinhas a quererem esticar opernão tomando uns troços rebarbativos ou fazendo dacaixa pensativa um deposito de ameixas chumbaticas ?

Vão se matar para o diabo mais velho e sabido queos carregue, mas não plantem lá no sotào da Quiteria aburromia da morridella geral.

Andam vocês por ahi a pôr Hngua de fora, a fazercaretas de sogra quando beija o genro por engano, to-mando água salgada como quem ingere trinta especiaes,c eu que me fume aturando a Quiieria que pegou aburromania do suicidio e quer por força ir saber como éque os nabos grclam ou as minhocas têm mínho-•quinhas.

Seus negaros e donas aquellas, suspendam o movi-

mento ou então a Quiteria se assassina e eu depoissuicido vocês todos com o meu aço.

üssa marmelada assim não vai bòa. Vamos entrarnas falações sérias.

D. Fifi quer se casar com o malandrão de seuChiquito, papae não quer t? a menina (az fita para ficarmorrida. Toma chumbo derretido. Vem a Assistênciacura a dita e... era uma vez uma fita.

Seu Menelau sente umas dores de cabeça colossacs,um peso avó na synagoga e começa a ver umas eleva-delas duras no testnme. Fica com medo dc parecer ohomem do líio Grande que linha cinco chifres, e cmlogar de entrar para a benemérita irmandade de SãoCornelio ou aprender a criar pintos, pede ao primo damulher o pistolào emprestado, mette o mesmo debaixodo braço, e faz puni I pum ! e berra :

—¦ Só... sò., . cor.. .ro ! estou matado !E, lá está ofitào em scena!O Manduca da esquina, porque a dona Polycarpa

do sobradinho por baixo do açougue não lhe piscou o iolho e arreganhou o dente do siso, vae para o numerocem, despeja quatro vidros de lysol naquelle logar que agente tapa para não vêr o que está fazendo, e salta aberrar feito gato capado que quer e não pode :

— Vou morrer! Hu me assassinei!Apurada a meleca toda, vê-se que o Manduca fez

fila e de morridcla nem o cheiro.E um cidadão no goso de todos os seus direitos e

tortos políticos e ecclesiasticos que se fomente aturandoessa burromania suicidai e ature a Quiteria que está ran-zinza na teimaçào camellar de querer ficar morrida porforça.

Eu vou pór o negocio todo bem á vista para vocêsassumptarem parlamentarmente e saberem o caso comoé para contarem como foi.

A Quiteria tem um ciúme maluco pelos meuscolla-rinhos e outro dia descobriu que eu tenho o LulúChaves encarregado de cuidar delles e conservai-os.

Sabendo do movimento, a bichinha deu um cavacodoido c fez uma encrenca torcida para o diabo e cheiade nós pelas costas. Ganiu mais de seis dias, nove horase oitocentas grammas, dizendo um bandão de coisascabelludas e terminando pela declaração solemne e gra-vida que ia se assassinar-se.

Eu, que estava refrescando as trombas sentado cm

cima do telhado, interroguei a cuja para saber de quemorte matada a supplicante ia passar para o outro lado.

Ah ! você, seu ingrato, quer saber como en voume fallecer. Pois ahi está : é com dynamite !

Como mulher por mais juizo que tenha c sempremaluca pr'a burro, eu pulei da j.inclla. grudei a Quiteriapelo cachaço e perguntei :

Madama, onde está o explosivo ?Não digo... está num cartuxo. Vou pór-lhe

fogo já e já.Munhequci mais rigorosamente a cuja e comecei :.

revistal-a de cima para baixo. Quando sondei os pernõesda Quiteria achei o canudo explosivo amarrado entreellas e já com o estopim aceeso. Empurrei-lhe logo amangueira de extineção de incêndio e quando não haviamais perigo da Quiteria se explodir-se agüentei a sorubarajada e passei uma ducha-mác de páo na ex-futuramorrida, que ficou bòa da burromania e agora diz queemquanto se lembrar do meu páo não se assassina-se.

E vocês applíquem o remédio que é mesmo bàona hora.

Capadocio Maluco.

O "Onça bravia"Num logar de reclamações haviaUm :>ujeito bastante malcriado :Era o povo por elle maltratado;Alcunha mereceu de "Onça Bravia".

Insolcntc, o serviço que fazialira com grosseirão palavriado ;li nem mesmo ás senhoras distinguiu.A poma-pés devera ser tratado.

O chele censurou-o, aconselhandoPVa não estar assim só maltratando,íi fazer uso'de linguagem boa.

— Deve ser delicado, elle exclamava,Sc 11.10 lhe serve, rode, continuava,Pois deste modo me magoa as paras.

Page 7: ANNO XV NUM. 1500 Illustrado bi-semanal - …memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1912_01500.pdf · ANNO XV RIO DE JANEIRO, n DE DEZEMBRO DE 1912 NUM. 1500 Periódico humorístico Illustrado

;,0&Wf•"•v^^t"--çis.jr;. . «ap^as;''.«'" **»¦¦

-Si,,'-r.4mO RIO NU 11 DE DEZEMBRO DE 1912

Nas Zonas...jr\ Cora Maluca, depois dc velha, deu para atirar

llores aos beneficiados do Cinema Rio Branco;entretanto o arara do postalicio Leal é quem vae mar-cbando para a compra dessas flores que são atiradas aosoutros.

Já é ser tolo 1A Idalina Alma do Inferno procurou a todo o

transe intrigar a Maria Gorda e a Maioral do-38 zonaPraça dos Arcos com a sua senhoria Alice Cavallo dePáo.

Dona Alice, tome cautela com o caldo, apezar dosseus chás de berras que costuma dar a suas inquilinasquando ellas andam de azar !

—-• Por que será que a Flora deu para andar fazendofitas com uma zinha da zona Riachuelcnse ?

Cuidado com o seu ex-civil!•— Disse-nos a Maria Gorda que está arrependida

depois que deu confiança á Idalina Alma do Inferno emcultivarem certo roçado, pois agora a funçcionaria é aprimeira a dizer cobras e lagartos delia.

Confiança de... amor sempre fica !Está fazendo uso da A Saúde da Mulher a Nlià-

Labareda, para concertar o utero; emquanto isso diz agoja que só funeciona ua... garage.

Cure-se, sua coisa!—- Que encrenca andou você fazendo, seu carteiro

Ernesto, com certa viuvinha da zona Dr. Bernardino,em Jacarépaguá!

Então a pancadaria foi grossa, hein ?Dizem que ,1 melhor professora de clarineta que

existe actualmente é a Dina Sapo, zona Riachuelense 5.Parabéns !

Disse-nos ,1 Adelaide Chupcta que tendo a Ida-lina Alma do Inferno avançado na sua capa, cila, pordesfeita, quando a funçcionaria voltou do passeio, fezem tiras a referida capa.

Então, sua funçcionaria, até na capa das outrasvocê avança?

._ Vimos ha dias o Mario Seringa comprando seisfrascos do Elixir de Nogueira, do chimico Silveira.

Então você anda tambem com o sangue estragado,

A' menina que obtiver cm primeiro logar votaçãosuperior a 5.000 votos, daremos como prêmio uma lindamedalha de ouro com a respectiva inscripção..

A coisa está esquentando. O pessoal-í"/"*"** está numacavação roxa. Vamos ver quem abiscoita a medalha.

Até o dia 7 do corrente recebemos a seguinte vo-tação :

Rolinha, 59; Marietta, 32 ; Floripes,30; Peque-nina, 30 ; Carmen, 28 ; Ermelinda, 24 ; Zulmira, 22 ;Leonor, 19; Maria, 17 ; Magdalena, 17 ; Elvirinha. 17;Julia, 15; Celeste, 15; Roberta Hilheteira, 14; Chiní-nha, 12 ; Anna, io; Santa, 8 ; Mocinha, 8 ; Cora Ma-luca, 6; Celeste Convencida, ;; Ubaldina, 3; Virgínia,2.

¦ Língua de Prata.

seu ¦inlio ?1 rtnm ,Diz a Francellina Gata Russa, da zona Joaquim

Silva 24, que não foi ao latão da Maria Amélia, temendoter que ajustar contas com ás autoridades.

Temos o menino Arv em scena !Disse-nos um conhecido electricista que, si dei-

xou a franceza da zona Rezende, foi porque a mesma obotou em petição de miséria. 0

Hem faz a Pequenina Cegonha que anda rau-in^i

por causa de um par dc sapatos promettido por elle IA Dína anda com o Jrotitespicio avariado devido

a uma fita feita pelo Severo.Em grande farra esteve no Leme, em compa-

nina do Edmundo, a Leonor da zona Dr. Jobim, En-senho Novo.

Ora, dona Leonor! Pois você quer passar por seria-e anda cm farras, acompanhada ?

Tire a mascara, sua funçcionaria.Disse-nos a Flora que em qualquer oceasião que

fosse preciso defenderia sua camaradinha Daria, comrisco da própria vida ! Essa coisa foi passada na casadc... modas da zona Senhor dos Passos 84.

Não continue a fazer filas, sua esbregue!Creme das Nalades —Infallivel para

curar sardas, manchas c todas as affecçòes da pelle.—A' venda cm todas as perfumarias.

A Roberta Bilheteira anda cavando a todo pannoo pharmaceutico da zona Bom Retiro, Engenho Novo ;mas o cara não vae nisso.

Então você não está satisfeita com o Dirccu, aindaquer «««for naquillo que tem dono, sua funçcionaria ?

Na quinta-feira ultima á noite a policia fez umavisita á casa de... modas da Lola, zona Senhor dosPassos 84. levando a funçcionaria Celeste Convencidapara a Policia Central.

O Henrique, secretario da Lola, é quem devia Iicar-trancafiado por ser um dos maiores riifiuos 1

Contou-nos o Asdrubal que o Tolera está ásvoltas com o Mucusail para se curar de forte amslipnçâo.Livrai .

,\ Lola e o seu secretario Henrique, da casadc... modas da zona Senhor dos Passos 84, deramagora para mandar as suas freguesas arranjar fregueziana rua. lirando assim o direito dos visitantes de hospe-darias.

Que dois aiftensl

Concurso de sympathia

Tem este Concurso o fim de saber "qual é a meninamais sympathica e mais camarada, portanto a preferidaentre ás que freqüentam as casas de... modas".

Para isso basta encher os claros do coupon que seacha colloc.ido 110 alto da 2." pagina e rcmettel-o a estaredacção, até o dia 31 do corrente.

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Sabbado, 21 do corrente

GRANDE E EXTRAORDINÁRIA LOTERIAPARA O NATAL.

500:000$000Por 34$000, em quadragesimos

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Reclamam ao "Rio Nu"!

RECLAMAM

(onlra sis KUiik il<- mim iiiíiiIhiii»aliem**!.

Por ser justa e deveras interessante, resolvemos daracecitação á reclamação que segue :

«Caro Sr. Redactor :—Cumprimentos. V. S. co-nhece uma madama allemã, que se diz costureira e quemora numa sala de frente de um;predio da rua Ria-chuclo ? Não conhece ? Pois é pena I Essa tramam deuma figa, além de feia e desdentada, é liteira como ummilhão de diabos! Tem a mania de gostar de todos oshomens—o que não seria nada si ao mesmo temponão suppuzesse tambem que os homens todos se apai-xonam por ella! V. S. dirá que isso não tem impor-tancia; mas é um engano. Tem importância c muita, equer saber por que o aífirmo ? E' porque é fileira I Iraa-"ine V. S. que aquelle estafermo está agora apaixonadopor mim! K

Desde que me viu que não tirou mais o pensa-mento dc cima dc meus hombros, c até já por duasvezes, quando eu ia passando, sahiu ã rua, me atracou eme confessou a sua louca paixão de um modo tãoexcêntrico que até me fez rir 1

Ora, felizmente, eu sou um rapaz de gosto ; podiadar um tiro na brincadeira, não passando mais pela ruaRiachuelo; mas não faço isso porque tenho a certeza deque me ia expor a ser procurado por toda a parte c asolTrer, quando encontrado, um bom vexame em algumsitio onde essas scenas não possam ser convenientes.

Desta fôrma, resolvi antes escrever esta reclamaçãoe espero que V. S. lhe dará plena acecitação, com o quemuito folgará o constante leitor — F. Trilheiros."

RECLAMAM

4'oiilr-i si* .sci-iia*. «le mil wu|i*il». sti-un do Hi-zC-iile.

Quasi todas as noites costuma sentar-se á porta deuma casa da rua do Rezende, próximo á rua Silva Ma-noel, um sujeito qualquer que começa a fazer scenasindecentes com um boneco de madeira já para isso pre-parado c a gritar, sempre que pela sua frente passaalguém :

—«Cem réis o prevosl! A cem réis o prevost I»Despertada assim a attenção do transeunte, este

olha para o sujeito e depara com uma brincadeira verda-deiramente pomographica ; por esse motivo, antes quecomeçassem a nos escrever cartas, resolvemos tomar ainiciativa e aqui deixamos esta reclamação que, espera-mos, seiá sullicicntc para pôr termo a tão imprópriodivertimento.

Lápis Azul.

Cartões de visita a 2SSOONESTA TYPOGRAPHIA

Coisas phenomenaesAs doze libras do Lino Ribeiro dos Typos.Os canários da charutaria Havaneza.O chapéo da Antoníetta Olga.O nariz postiço da Aida do S. José.As cartomantes da revista Não se impressione tOs amores da Adelia Santos.

LICOR TIBAINA.O melhor purificador do sangue

GRANADO & C." — Rua I* de Março, 14

ALTA CAVAÇÃO

Seductora visãoPor sob a noite estreitada e límpida, pensando em

doces amores, com o rosto formoso pela brisa embolsa-mada que do jardim lhe traz o perfume das rosas odo-rantes, a pobre virgem scisma na impossibilidade derealizar o seu sonho, pois elle, o louro amado, é pau-perrimo.

Nisto, no espaço azulado, surge uma celeste visãoque a sorrir lhe mostra a fortuna nos indiscutivelmentecertos palpites do "Rio Nu". "*

E a donzella palpitante balbucia:— Sim, sou feliz ! Vamos ver oResultado :Dia 4— Antigo, «Jacaré, 059; Moderno, Por-

co, 060 ; Rio, Leão, 864; Salteado, Cobra; 2»prêmio, Gallo, 149*

Dia >—Antigo, Águia, 007; Moderno, Co-bra, 934; Rio, Tigre, 683; Salteado, Carneiro;

, 2„ prêmio, Tigre, 287.Dia 6—Antigo, Peru, 277 ; Moderno, Peru,

680; Rio, Elephante, 346; Salteado, Águia;20 prêmio, Peru, 279.

Palpites do João Benguela

-94—09; 598—00—19 75-1—SS—356

Sjl—50—149 375— 74—875 935—53—036:

Madame Josephina

kPorco69

Coelho40

Jacaré60

Camello30

CKNTENAS ESPECIAES

701—190—307—286—511—179—620—841—345—4SSDEZENAS

70—37—37—29—89—to—17—48—43—03 ,

Palpites do Averno

iPF HE- 3ÊS01 j—15—616 124—23—821 384—81—9821

___^Ê" ^•tefc flC?626—2S—827 362—63 06( 36;—67—06S

Correspondência

Palpite oceulto— Está satisfeita, minha senhora, como palpite oceulto da Águia ? Agora esperamos a talprova de gratidão que nos pro metteu. Virá 1 Hun...

Seu admirador — Máo," máo! Si isso vae assim,temos que dar milhares de palpites reservados, pois tan-tos são os nossos leitores. Por esta vez, vá lá: Ü51} e otal que nos disse multiplicado por 5.

Madaíie Xakalalak.

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Page 8: ANNO XV NUM. 1500 Illustrado bi-semanal - …memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1912_01500.pdf · ANNO XV RIO DE JANEIRO, n DE DEZEMBRO DE 1912 NUM. 1500 Periódico humorístico Illustrado

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— Meu velho, parece que estás em estado comatoso! Levanta-te, reanima-tel Lembra-te de que tens de prestar attenção ás duasmulheres que convidaste para cear! Olha que são duas! _..¦¦..

Elle (cstirmiinbaclo)—Duas, ó filha?... Tem paciência... Hoje estou muito molle, incommodado.. . Não te contentas com uma?...

Dma CelaX, ... **

D-sopilante parodia á «Ceia dos Card-nes». Ptimorososversos alexandrinos, cheios do mais fino espirito... de 30gráos á sombra. Preço, 500 rs. Pelo Correio, 800 rs.'

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