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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM
EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE
MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO SOLUÇÃO HABITACIONAL
SIMPLES.
CAIO CESAR DA CONCEIÇÃO MAIA
2019
ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM
EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE
MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO SOLUÇÃO HABITACIONAL
SIMPLES.
CAIO CESAR DA CONCEIÇÃO MAIA
Projeto de Graduação apresentado ao curso de
Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à
obtenção do título de Engenheiro.
Orientador: Prof. Leandro Torres Di Gregorio
Co-orientadora: Prof.ª: Cláudia do Rosário Vaz Morgado
RIO DE JANEIRO
Março de 2019
ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM
EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE
MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO SOLUÇÃO HABITACIONAL
SIMPLES.
CAIO CESAR DA CONCEIÇÃO MAIA
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
ENGENHEIRO CIVIL.
Examinado por:
____________________________________________________
Prof. Leandro Torres Di Gregorio, D.Sc
____________________________________________________
Prof. Cláudia do Rosário Vaz Morgado, D.Sc
____________________________________________________
Prof Lais Amaral Alves, M.Sc.
____________________________________________________
Prof Victor Paulo Peçanha Esteves
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
MARÇO DE 2019
Maia, Caio Cesar da Conceição
Análise De Aspectos De Segurança Do Trabalho Em
Empreendimento De Reconstrução Pós-Desastre Em Sistema De
Mutirão: Caso De Estudo Do Projeto Solução Habitacional Simples. /
Caio Cesar da Conceição Maia – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola
Politécnica, 2019.
xii, 123 p.:il.; 29,7 cm.
Orientador: Leandro Torres Di Gregorio
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Civil, 2019.
Referências Bibliográficas: p. 81-85
1. Introdução 2. Projeto de extensão Solução
Habitacional Simples, Sistema de Mutirão e Sistema de Gestão
da Saúde e Segurança Ocupacional. 3. Segurança do Trabalho 4.
Resultados e Discussões 5. Considerações Finais
I. Gregorio, Leandro Torres; II. Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de
Engenharia Civil. III. Título
“Não tente se tornar uma pessoa de sucesso, prefira se tornar uma pessoa de valor.” -
Albert Einstein
AGRADECIMENTOS
Meu eterno agradecimento aos meus pais, Júlio Maia e Valéria Curty, por sempre
me apoiarem incondicionalmente em todas as jornadas nas quais eu sonhei embarcar. Por
terem buscado de maneira árdua todas as condições necessárias para que eu pudesse cursar
a minha faculdade, para que eu pudesse me preocupar somente com meus estudos. Agradecê-
los por serem sempre os meus exemplos de cidadania, honestidade e força. Em especial, por
me tranquilizarem e me acalmarem quando os caminhos pareciam se perder.
Agradeço a todos os meus amigos por estarem comigo nesses anos. Em especial ao
Elias por ter morado durante cinco anos comigo e ter dividido todas as alegrias e tristezas
que passei nesse período. Ao Leonardo e ao Thiago por terem me dado forças, quando não
sabia mais de onde tirá-las. E aos amigos feitos na escola politécnica por terem me
acompanhado em toda essa jornada, em todas as disciplinas, todos os obstáculos, todos os
choros, sempre segurando a mão um do outro, e assim vencemos juntos.
Agradeço ao meu marido, Francisco, por ter me incentivado nesse final de
graduação. Por sempre estar ao meu lado, me apoiando e incentivando, por ter aguentado
comigo esse período de TCC.
Agradeço ao meu Orientador, Leandro Torres, por ter me apresentado e me permitido
trabalhar no projeto SHS. Por me mostrar que é possível fazer engenharia civil e, ao mesmo
tempo, produzir avanços sociais em nossa sociedade. Obrigado por me ensinar de maneira
extraordinária um pouco do que o senhor sabe, por incentivar sempre todos os seus alunos e
nos mostrar que podemos conquistar e fazer o que queremos; por ser um professor que vai
além dos seus colegas, que dialoga com seus alunos, que busca se aperfeiçoar.
E por fim, queria me agradecer por não ter desistido, quando tive a impressão de não
ter mais caminhos, quando a universidade perdeu seu sentido e seu propósito. Por ter me
superado e conquistado esse diploma.
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como
parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM
EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE
MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO .
Caio Cesar da Conceição Maia
Março de 2019
Orientador: Leandro Torres Di Gregori, D.Sc
Co-orientadora: Cláudia do Rosário Vaz Morgado, D.Sc
O presente trabalho apresenta os conceitos básicos acerca da segurança do trabalho e as
normas brasileiras vigentes. O objetivo é pensar maneiras e cuidados com a saúde física e
mental dos envolvidos no empreendimento, dando uma orientação e guiando os caminhos
que devem seguir os profissionais técnicos que venham a gerir o projeto. O trabalho é
desenvolvido levando-se em conta o sistema de construção por mutirão e suas características
peculiares. Com as devidas limitações acerca das características individuais dos projetos, o
trabalho visa, então, discutir ideias e ferramentas que possibilitem um maior cuidado na
execução dos serviços, preservando, desta forma, a saúde do trabalhador. Para isso, o estudo
elaborou cenários com números distintos de mutirantes para análises de riscos envolvidos.
Palavras-chave: Segurança do Trabalho, Empreendimento Social, Pós Desastre,
Solução Habitacional Simples, Tecnologia Social.
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment
of the requirements for the Engineer degree.
ANALYSIS OF LABOR SAFETY ASPECTS IN A POST-DISASTER
RECONSTRUCTION ENTERPRISE IN JOINT EFFORT SYSTEM: CASE OF STUDY OF
THE SHS PROJECT.
Caio Cesar da Conceição Maia
March 2019
Adviser: Leandro Torres Di Gregorio
This work presents the basic concepts regarding labor safety and the current Brazilian
standards. The goal herein is to deliberate ways and concerns about the physical and mental
health of those involved in the project, providing guidance and leading the paths that the technical
professionals who will manage the project should follow.
The work is developed considering the system of building by joined efforts and its peculiar
characteristics. Taking into account the limitations concerning the individual characteristics of
the projects, this work aims to discuss ideas and tools that allow greater care in the execution of
the work, thus, preserving the worker’s health. For this, the study elaborated scenarios with
different numbers of people to analyze the risks involved.
Keywords: Labor Safety, Social Enterprise, Post Disaster, Simple Housing Solution,
Social Technology.
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO 16
1.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 16
1.2 OBJETIVOS 17
1.3 METODOLOGIA 18
1.4 ESTRUTURA 19
2 – Projeto SHS, Sistema de Mutirão e Saúde e Segurança Ocupacional. 20
2.1 - PROJETO 20
2.2 - SISTEMA DE MUTIRÃO 21
2.2.1 - Definição 21
2.2.2 - Histórico 23
2.2.3 - Gestão de Pessoas e Custos. 23
2.3 SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL 24
2.3.1 - Saúde Ocupacional e Séries de Avaliação de Segurança (OHSAS) 24
3- Segurança do Trabalho. 29
3.1 - Desenvolvimento Histórico 29
3.2 - Segurança do trabalho no Brasil Atual. 30
3.3 - SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DO BRASIL. 33
3.4 - FERRAMENTAS DA SEGURANÇA DO TRABALHO 35
3.4.1 AGENTES DE RISCO 36
3.4.1.1 - Risco Físico 36
3.4.1.2 - Riscos Químicos. 36
3.4.1.3 - Riscos Biológicos. 37
3.4.1.4 - Agentes ergonômicos 37
3.4.1.5 - Riscos de Acidentes 38
3.4.2 MAPA DE RISCO 38
3.4.3 - ANÁLISE DE RISCO / MATRIZ DE RISCO 39
3.4.4 - CIPA 41
4 – Resultados e Discussões 43
4.1 - Hipóteses 43
4.1.1 PARÂMETROS 44
4.1.2 - CENÁRIO A 45
4.1.3 - CENÁRIO B 45
4.1.4 - CENÁRIO C 46
4.2 - CANTEIRO DE OBRAS 46
4.2.1 - CENÁRIO A 47
4.2.2 - CENÁRIO B 48
4.2.3 - CENÁRIO C 49
4.3 - Plano de Prevenção e Antecipação de Riscos - PPAR 50
4.3.1 - MATRIZ DE RISCO 51
4.3.1.1 - Severidade 52
4.3.1.2 - Probabilidade 54
4.3.1.3 - Risco 55
4.3.2 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 56
4.3.3 - MAPA DE RISCO 59
4.3.3.1 - REFEITÓRIO 59
4.3.3.2 - VESTIÁRIO E SANITÁRIO 59
4.3.3.3 - ALMOXARIFÁDO HIDRÁULICA / ELÉTRICA. 60
4.3.3.4 - LABORATÓRIO DE TESTES 60
4.3.3.5 - GUARITA 61
4.3.3.6 - GALPÃO DE ARMAZENAMENTO 61
4.3.3.7 - FÁBRICA 62
4.3.3.8 - ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAMASSA 62
4.3.3.9 - ESCRITÓRIO 63
4.3.3.10 - ARMAZENAMENTO DE TIJOLOS 63
4.3.3.11 - CENÁRIO A 64
4.3.3.12 - CENÁRIO B 64
4.3.3.13 - CENÁRIO C 65
4.3.4 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI 66
4.3.5 - DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E FUNÇÕES, LOCAIS E RISCOS
ENVOLVIDOS. 69
4.4 - GAMPA 69
4.4.1 - Engajamento do Grupo. 69
4.4.2 - Psicologia na Condução do Empreendimento. 70
4.4.3 - Composição do GAMPA 76
4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77
4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81
5.1 - CONCLUSÕES 81
5.2 ESTUDOS FUTUROS 83
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 83
APÊNDICES 87
Apêndice A - Carpinteiro 87
Apêndice B - Armador 92
Apêndice C - Pedreiro 97
Apêndice D - Almoxarife 101
Apêndice E - Engenheiro / Mestre de Obras / Encarregado. 104
Apêndice F - Ajudante 108
Apêndice G - Eletricista 113
Apêndice H - Telhadista 117
Apêndice I - Encanador 121
ANEXOS 126
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
- FIGURA 1: OPERAÇÃO CONTÍNUA DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO.
- FIGURA 2: SÉRIE DE HISTÓRIA DE QUANTIDADE DE QUANTIDADE DE
ACIDENTE DE TRABALHO.
- FIGURA 3 - MAPA DE RISCO
- FIGURA 4 – DESENHO GRÁFICO DO EMBRIÃO 1
- FIGURA 5 – DESENHO GRÁFICO DO EMBRIÃO 3
- FIGURA 6 - CANTEIRO DE OBRA CENÁRIO A
- FIGURA 7- CANTEIRO DE OBRA CENÁRIO B
- FIGURA 8 - CANTEIRO DE OBRA CENÁRIO C
- FIGURA 9 - MAPA DE RISCO REFEITÓRIO
- FIGURA 10 - MAPA DE RISCO VESTIÁRIO E SANITÁRIO
- FIGURA 11 - MAPA DE RISCO ALMOXARIFE
- FIGURA 12 - MAPA DE RISCO LABORATÓRIO DE TESTES
- FIGURA 13 - MAPA DE RISCO GUARITA
- FIGURA 14 - MAPA DE RISCO DO GALPÃO DE ARMAZENAMENTO
- FIGURA 15 - MAPA DE RISCO FÁBRICA
- FIGURA 16 - MAPA DE RISCO ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAM.
- FIGURA 17 - MAPA DE RISCO ESCRITÓRIO
- FIGURA 18 - MAPA DE RISCO DE ARMAZENAMENTO DE TIJOLO
- FIGURA 19 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO A
- FIGURA 20 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO B
- FIGURA 21 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO C
- FIGURA 22 - FLUXOGRAMA GAMPA
LISTA DE TABELA
- TABELA 1 - NÚMERO DE VÍNCULOS TRABALHISTAS X AUXÍLIO
DOENÇA DISPONIBILIZADO.
- TABELA 2 - NÚMEROS DE ACIDENTE DO TRABALHO NO BRASIL
IBGE (2013), MPS (2013)
- TABELA 3 - DIVISÃO DOS DADOS DE ACIDENTE DE TRABALHO
POR ESTADO. BGE (2013), MPS(2013)
- TABELA 4 - MATRIZ DE RISCO
- TABELA 5 - MATRIZ DE RISCO SHS
- TABELA 6 - LEGENDA GRAU DE RISCO
- TABELA 7 - GRAU DE SEVERIDADE
- TABELA 8 - CRITÉRIO DE PROBABILIDADE
- TABELA 9 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
- TABELA 10 - AGENTES DE RISCO
- TABELA 11 - LISTA DE EPI’S
- TABELA 12 - CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
- BIM - Building Information Modeling (Modelagem de informação de construção.)
- BSI - British Standards Institution (Instituição Britânica de Normas)
- CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção
- CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
- CLT - Consolidação das Leis Trabalhista
- CNIS - Segundo dados do cadastro nacional de informações
- DDS - Diálogo Diário de Segurança
- EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
- EPI - Equipamento de Proteção Individual
- EUA - Estados Unidos da América
- FGTS - Fundo de Garantia de Tempo de Serviço
- GAMPA - Grupo de Acompanhamento, Motivação e Prevenção de Acidentes
- GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social
- GT - Grupo de Trabalho
- LP - Linha de Produção
- NR - Norma Regulamentador
- MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
- OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series
- PDCA - Plan, Do, Check e Act (Planejar, fazer, checar e agir)
- PIB - Produto Interno Bruto
- PPAR - Plano de Prevenção e Antecipação de Riscos
- PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
- SHS - Solução Habitacional Simples
- SindusCon-SP - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo
- SGSST - Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho
- SST - Saúde e Segurança do Trabalho
16
1 – INTRODUÇÃO
1.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Desastres Ambientais ocorrem todos os anos nas distintas regiões do planeta. E
apesar de serem acontecimentos naturais, acontecem sem que possamos ter uma previsão
exata de quando ocorrerão, nem de sua intensidade ou local. Mesmo em sistemas urbanos
modernos e com altas tecnologias, continuamos sofrendo com os impactos desses desastres.
Nas últimas duas décadas, o Brasil se voltou para o estudo desses fenômenos que
ocorrem de forma cíclicas nas diversas regiões do país. Por ser um país de dimensões
continentais, há umas diversidades de casos e principalmente muitas causas e danos
distintos, o que dificulta a análise global do problema e obriga o poder público a efetuar
análises regionais.
Recentemente, o país sofreu com diversos casos, como em 2011, com a forte chuva
na região serrana do estado do Rio de Janeiro, a qual provocou mais de uma centena de
mortes, deixando muitos feridos e cidades devastadas. E, muitos que sobreviveram tiveram
suas casas perdidas, sem terem para onde ir. Esse tipo de tempestade já provocou
deslizamentos em diversas regiões do país, bem como alagamentos. No Sul do país as chuvas
chegam acompanhadas de granizos e com ventos de altas velocidades.
Segundo o Banco Mundial (2011), “Desastres Naturais podem levar a população
latino-americana à pobreza”. Isso ocorre devido ao fato de que países que se encontram
nessas áreas são subdesenvolvidos e ao longo dos anos não desenvolveram maneiras de
minimizarem os efeitos dessas catástrofes. Tal fato acentua ainda mais os problemas, pois a
população cresce - marginalizada - nos centros urbanos e com pouca ou nenhuma
infraestrutura.
Os centros urbanos supracitados foram historicamente segregados socialmente,
fazendo com que as boas infraestruturas e condições de vida e moradia fossem direcionadas
a uma pequena parte da população. Para a maior parte, restaram as áreas periféricas, com
baixo investimento e sem qualquer cuidado político e social.
Como resultado, compreendemos que a parte da população que mais sofre
consequências é justamente a que não possui recursos para se reestruturar, cabendo ao estado
e à sociedade a busca por soluções que visem diminuir os impactos e a oferta de um pouco
de qualidade de vida e dignidade a essa população.
17
Nesse contexto, Di Gregorio (2013) diz:
O processo de construção em regime de mutirão pode
ser uma alternativa viável para o problema habitacional em
situações de desastres e/ou pós-guerra, pois:
Apresenta custo reduzido frente ao sistema de contratação
convencional;
Proporciona maior autonomia por parte do município e da
comunidade na solução do problema e na gestão dos recursos;
Permite organizar os grupos sociais e suas demandas;
Contribui para qualificação profissional dos participantes;
É uma prática anti-paternalista, pois envolve ativamente as
populações do processo de construção das residências;
Permite maior identificação do grupo atingido com os imóveis
que serão habitados posteriormente por seus integrantes, o que
contribui para consciência de conservação das residências.
O projeto Solução Habitacional Simples (SHS), então, surgiu com a missão de
fornecer uma alternativa que possibilitasse oferecer um pouco de dignidade a essa
população. A grande chave do projeto é a utilização de uma tecnologia alternativa de
construção por meio da utilização de blocos de concreto, ou blocos de solo-cimento e
utilizando mão de obra dos próprios atingidos, por meio de mutirão, tornando, assim, o
projeto mais viável economicamente.
Em meio a ambientes com tantas adversidades e no contexto de um sistema de
construção por meio de mutirão, onde à maioria dos trabalhadores não são profissionais
habilitados tecnicamente nas respectivas atividades, o autor identifica a necessidade de um
estudo acerca da segurança do trabalho e de ferramentas que possibilitem um controle de
riscos envolvidos nas atividades de construção do projeto. E através dele propor adaptações
e melhorias nas instalações e processos.
1.2 OBJETIVOS
O público alvo consiste inicialmente por pessoas e comunidades atingidas por
desastres, ou em situações socioeconômicas vulneráveis. Como a saúde mental e física dos
18
mutirantes estará fortemente abalada, o trabalho visa propor formas de amenizar e prevenir
agravantes durante o processo de construção.
O objetivo é realizar um estudo identificando possíveis agentes de risco presentes
nas atividades exercidas pelos mutirantes e nos locais onde realizarão suas atividades; propor
maneiras de identificação dos riscos que possam ocorrer e também registrar todos os
acidentes durante o processo de construção. O trabalho também busca propor um mecanismo
que tente manter o grupo unido e estimulado para seguir até o fim com o projeto.
A proposta consiste em realizar três cenários distintos com diferentes números de
unidades habitacionais e mutirantes. Se faz necessário essa análise pois não se tem de
antemão parâmetros concretos do tamanho do empreendimento a ser analisado. Esses
cenários servirão de modelos exemplares para o correto dimensionamento da segurança do
trabalho do empreendimento.
1.3 METODOLOGIA
O trabalho apoiou-se, inicialmente, em um estudo bibliográfico extenso sobre a
segurança do trabalhador; em como se criar e executar um plano de segurança, ferramentas
de controle normalmente utilizadas, equipamentos de proteção individuais e coletivos,
normas e exigências, bem como o desenvolvimento ao longo dos anos das normas e das leis
no Brasil e no mundo.
Outros pontos que permeiam o projeto SHS também foram objeto de profundo
estudo, tais como: Saúde ocupacional, construção em mutirão, desastre e reconstrução em
desastres. Esses pontos nos auxiliam a entender melhor os aspectos sociais que envolvem o
trabalho e que precisam ser considerados no momento em que se propõe o uso de ferramentas
que busquem melhorar as condições de trabalho.
Levando em consideração as peculiaridades envolvidas no empreendimento, houve
a necessidade de se pensar em adaptações sobre os mecanismos utilizados na literatura. A
situação psicológica dos mutirantes torna-se um importante ponto de reflexão sobre como
ela se reflete no trabalho e dos possíveis riscos decorrentes.
A realização do trabalho dar-se-á majoritariamente em turnos noturnos e aos finais
de semana, estendendo o período de trabalho dos mutirantes. Isso poderá ocasionar algumas
variáveis importantes e trazer um aumento do risco na realização das atividades.
Ao final, foi elaborado um material, que servirá de pontapé inicial, para que seja
usado pelos profissionais técnicos responsáveis, contendo, assim, algumas ferramentas,
19
orientações, diretrizes e suporte para um bom projeto de segurança do trabalho. O trabalho
seguiu as orientações de algumas normas brasileiras como:
- NR-6 (2010) - Equipamento de Uso individual.
- NR-9 (2017) - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
- NR-18 (2018) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção.
- NR-26 (2015) - Sinalização de Segurança.
1.4 ESTRUTURA
O trabalho é dividido em cinco capítulos e inicia-se pela introdução ao tema
proposto, apresentando as considerações iniciais, explicitando a metodologia aplicada,
motivação, objetivos e a estrutura apresentada.
No segundo capítulo, inicia-se o processo de estudo acerca de desastres ambientais,
de como se dá a reconstrução em ambientes pós desastre e construção em mutirão. Engloba,
também, um estudo sobre o projeto SHS - para que se entenda como dar-se-á o contexto do
trabalho - e sobre sistema de gestão da saúde e segurança ocupacional.
Em seguida, inicia-se uma revisão a respeito da segurança do trabalho; de como
surgiu a preocupação com a saúde do trabalhador, sua evolução histórica no mundo e no
Brasil. Ademais, são apresentadas ferramentas de controle, planos de mitigação e maneiras
de se identificarem possíveis riscos no canteiro de obras.
No capítulo quatro apresentamos diretrizes para que o profissional técnico que for
gerir um empreendimento do SHS possa se basear e desenvolver um projeto completo e de
qualidade, visando sempre preservar a saúde física e mental dos seus colaboradores.
Por fim, conclui-se o trabalho, com a exposição de um panorama geral do que foi
apresentado e aponta orientações importantes a serem seguidas por aqueles que vierem a
utilizar o material como apoio técnico.
20
2 – Projeto SHS, Sistema de Mutirão e Saúde e Segurança
Ocupacional.
2.1 - PROJETO
O Projeto Solução Habitacional Simples (SHS) teve, inicialmente, como foco
principal, seu estudo no Brasil e, constitui-se de um complexo de soluções para
(re)construção de habitação pós desastre. Além das unidades habitacionais, há também
unidades de posto de saúde e escolas.
Sua motivação foi o desejo de reparar ou amenizar os impactos dos recentes desastres
ambientais ocorridos no Brasil e no Mundo, como o Tsunami que abalou a Ásia em 2004,
deixando mais de 285 mil mortos e 1,5 milhão de desalojados pelo continente. Outro
ocorrido foi no Haiti, onde, em 2010, um terremoto abalou todo o país, deixando mais de
300 mil sem vida e inúmeras famílias desalojadas.
No Brasil um dos casos mais emblemáticos foi na região serrana do Rio, em 2011,
com muitos mortos e uma cidade inteira devastada. Um outro caso no estado do Rio foi em
Angra dos Reis, onde houve inúmeros deslizamentos de terra na virada de 2009 para 2010 e
em Santa Catarina, no vale do Itajaí em 2008.
O objetivo principal do projeto é trazer um pouco de dignidade para as comunidades
atingidas por desastres e conflitos, ou em situações de alta vulnerabilidade. A construção é
realizada por meio de mutirão, ou seja, com a colaboração voluntária dos próprios
beneficiários e/ou amigos. E, juntamente com o emprego da tecnologia de solo-cimento e
blocos de concreto, a construção se torna mais econômica e viável para situações onde há
escassez de recursos financeiros.
O projeto foi inicialmente desenvolvido pelo Professor Leandro Torres Di Gregorio
e sua equipe, de 2009 a 2012, por meio de um projeto de inovação tecnológica. Em 2017, o
projeto parte para a sua segunda versão, em forma de projeto de extensão na Escola
Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, contando com a participação de mais
de 80 alunos de diferentes cursos da universidade, dando caráter interdisciplinar e com o
auxílio de muitos professores. Essa fase consiste na atualização dos projetos e no
aperfeiçoamento do linguajar, transformando todo o material em vídeo aulas, slides e em
estudos que visem melhorias nos projetos existentes, ou em elaborar novas propostas E,
como continuação a essa fase, alunos que ingressaram no curso de extensão fizeram uso do
projeto para elaborar estudos e propostas em seus trabalhos de conclusão de turno para
aperfeiçoar o material.
21
O autor inicialmente participou no grupo de trabalho intitulado “GT-Mutirão”, que
tinha como objetivo rever, estudar e atualizar todos os mecanismos de administração do
empreendimento. E num segundo momento, focou na parte de gestão do estoque, que visava
fornecer ferramentas de controle de estoque acessíveis e de fácil compreensão.
As condições sociais pelas quais os trabalhadores da construção passam sempre
foram alvo de bastante reflexão e discussão para o autor. Foi, inclusive, nesse tema que
surgiu a parceria com o prof. Leandro em projetos de extensão anteriores. Considerando-se
o presente cenário, podem-se notar algumas áreas carentes de estudos e/ou
aperfeiçoamentos, no projeto. Assim, ficou definido que a segurança do trabalho carecia de
uma análise que pudesse fornecer alguma orientação, principalmente por se tratarem de
indivíduos inseridos em vulnerabilidade socioeconômica.
O projeto consiste em fornecer às comunidades uma alternativa de construção de
casas por meio de tecnologia alternativa - com blocos de concreto ou blocos de solo e
cimento - feita através da mão de obra dos próprios mutirantes. A arquitetura é simples e
com a previsão de construção de unidade escolar e posto de saúde. Ele foi organizado em
grupos de trabalho - GT - e separado por especialidades, cada uma direcionada a uma etapa
do empreendimento. Os grupos de trabalho ficaram divididos deste modo:
● GT - PROJETOS
● GT - MUTIRÃO
● GT - MATERIAIS
● GT - LÍNGUAS
● GT - MÍDIA
2.2 - SISTEMA DE MUTIRÃO
2.2.1 - Definição
É preciso definir o que é mutirão pois há na literatura diversos trabalhos que tratam
o tema da autoconstrução de maneiras distintas.
E segundo Cardoso e Abiko (1993), autoconstrução constitui-se no procedimento de
construção de moradias onde a família é a responsável pelo processo de construção da
edificação. Que pode ser relacionado de duas maneiras:
1. Mutirão habitacional ou autoconstrução de ajuda-mútua. Definido também
por Cardoso (1993) como “o processo em que há esforço coletivo e
22
organizado de toda uma comunidade para a construção de moradias dessa
mesma comunidade”. Nesse sistema, os colaboradores atuam de forma
coletiva na construção das unidades habitacionais e podem, eventualmente,
realizar a construção de infraestrutura comunitária.
2. Autoconstrução como Autoajuda. É um sistema colaborativo que as famílias
usam para realizar a construção de suas casas, com a ajuda dos próprios
membros da família e podendo contar também com amigos. Os recursos são
próprios ou financiamento individual, assim como a sua construção.
A grande diferença entre as duas definições se dá no âmbito coletivo e individual,
onde o sistema de mutirão permeia a ajuda coletiva entre os envolvidos no projeto, que vai
desde o financiamento do projeto até à construção de todas as casas. E a autoconstrução se
restringe aos interesses individuais de uma família e a ajuda de pessoas próximas.
Cardoso e Abiko (1994) conceituam três tipos básicos de gestão no processo
construtivo por meio de mutirão:
● O mutirão por gestão institucional ou administração direta: Consiste nos
casos onde os responsáveis pela administração da obra, bem como a
elaboração de projetos, formação de equipe e todo o processo de gestão fica
a cargo do poder público (Prefeitura, Estado, Governo Federal ou instituições
públicas destinadas a tal). Nesse caso, a população tem pouco ou nenhum
poder de decisão acerca do empreendimento, cabendo à ela somente o
emprego da mão de obra.
● O mutirão por co-gestão: É o sistema onde as entidades públicas repassam os
valores para as comunidades, essas organizadas por meio de associações
comunitárias, que contratam empresas para prestarem serviço de assessoria
técnica. Essa responsável pela elaboração dos projetos, gerenciamento de
pessoal etc. Nesse sistema, as responsabilidades são divididas entre o poder
público e as associações comunitárias, e o poder de decisão é maior que no
sistema anterior.
● O mutirão por autogestão: É um sistema onde toda a responsabilidade de
gestão cabe às associações comunitárias. Geralmente geridas por meio de
assembléias e com igual poder de decisão entre as famílias.
23
2.2.2 - Histórico
Os registros de casos de autoconstrução por meio de mutirão são bastante antigos,
permeiam o século XIX na Europa e chegando à América no século XX.
No Brasil o sistema de mutirão é bastante utilizado pela população de baixa renda,
que não consegue meios próprios ou financiados, públicos ou privados, para construir suas
casas.
Nesse sentido, Cardoso (1993) diferenciou três fases evolutivos dos programas de
governo:
1. Implantação (1970): Efetivada através de programas federais de
financiamento.
2. Institucionalização (1980): Com a crise econômica da década de 80
intensificando o déficit habitacional, governadores e prefeitos viram no
mutirão gerenciados pelo poder público uma boa alternativa.
3. Desenvolvimento (+1990): A partir de experiências no Uruguai, a cidade de
São Paulo começa a financiar associações comunitárias com a ajuda de um
fundo financeiro.
Embora o país tenha adquirido boa experiência ao longo dos anos com o sistema de
mutirão, atualmente segue sendo um sistema pouco estimulado e de certa forma
marginalizado pela opinião pública.
2.2.3 - Gestão de Pessoas e Custos.
Algumas características peculiares desse sistema se dá no desenvolvimento da rotina
de trabalho. Normalmente o mutirão não funciona em tempo integral, apenas aos finais de
semana, devido ao horário de trabalho dos participantes. Isso interfere, muitas vezes, de
forma considerável no prazo de entrega da construção. Outro ponto importante se dá na
eficiência da mão de obra, que costuma ser reduzida devido a não qualificação e ao excesso
de carga de trabalho imposta ao trabalhador (somado a carga horária do mutirão mais a carga
horária comum de trabalho).
Alguns autores como Cardoso (1993) e o Felipe (1997) comentam em seus trabalhos
sobre a necessidade de uma divisão dos mutirantes em equipes de trabalho e da importância
do treinamento e da mínima qualificação da sua mão de obra.
24
Logo, há a necessidade de um bom planejamento das atividades a serem executadas
pelos mutirantes, definição clara das equipes e de seus componentes, treinamentos coletivos
para cada equipe e uma determinação prévia das atividades à serem executadas por cada
equipe.
Cardoso e Abiko (1994) relatam em seus estudos realizados com cerca de 20
empreendimentos espalhados em 15 municípios brasileiros, que em média há redução de
30% do custo da obra em comparação com o processo convencional. Isso se dá justamente
por conta dessa utilização de mão de obra oriunda das famílias e também da diminuição de
custos indiretos como encargos sociais, transportes, alimentação e outros.
2.3 SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL
As primeiras pesquisas e organizações de dados sobre saúde e segurança do trabalho
no Brasil começaram a se desenvolver na década de 1970, com a criação da Fundacentro,
órgão ligado ao então Ministério do Trabalho e emprego - MTE. Com algumas mudanças
na legislação brasileira, como veremos mais à frente, houve uma melhora nas condições do
trabalho no país.
2.3.1 - Saúde Ocupacional e Séries de Avaliação de Segurança (OHSAS)
Conforme passaram-se os anos, a comunidade internacional identificou a
necessidade de se estabelecerem normas e procedimentos internacionais para um bom
funcionamento do sistema de gestão de saúde e segurança. A iniciativa deu origem à
especificação publicada pela BSI (British Standards Institution), em 1999, a OHSAS 18001
(Occupational Health and Safety Assessment Series). É importante salientar que esse
documento não é uma norma nacional e nem internacional, pois o mesmo não seguiu os
trâmites tradicionais de norma.
A especificação internacional OHSAS e certificados da área de segurança do
trabalho e da saúde tomam como base os princípios da gestão da qualidade e usam o sistema
PDCA (do inglês PLAN - DO - CHECK - ACT), traduzindo para o português, temos: Planejar
> Fazer > Checar > Agir. Dito sistema traz procedimentos contínuos de gestão, buscando
melhores resultados na qualidade do produto oferecido.
25
FIGURA 1: Operação Contínua de um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho.
Fonte: Chaib (2005)
Chagas (2002) relata os requisitos que devem contemplar o sistema de gestão da SST
de cada organização:
● Política de SST – Tal política deve: ser autorizada pela alta
administração da organização; ser apropriada à natureza e
escala dos riscos de SST da organização; incluir o
comprometimento com a melhoria contínua; incluir o
comprometimento com o atendimento, pelo menos, à
legislação vigente de Segurança e Medicina de Trabalho
aplicável, e a outros requisitos subscritos pela organização;
ser documentada, implementada e mantida; ser divulgada
junto a todos os funcionários, com o intuito de que os mesmos
tenham conhecimento de suas obrigações individuais em
relação à SST; esteja sempre disponível para as partes
interessadas; e ser periodicamente analisada criticamente,
para assegurar que a mesma permaneça pertinente e
apropriada à organização.
● Planejamento – A organização deve estabelecer e manter
procedimentos para a identificação contínua de perigos, a
avaliação de riscos e a implementação das medidas de
controle necessárias. Esses procedimentos devem incluir:
26
atividades de rotina e não-rotineiras; atividades de todo o
pessoal que tem acesso aos locais de trabalho (incluindo
subcontratados e visitantes); instalações nos locais de
trabalho, tanto as fornecidas pela organização como por
outros.
● Implementação e operação – A responsabilidade final pela
SST é da alta administração. A organização deve nomear um
membro da alta administração com responsabilidade
específica para assegurar que o sistema de gestão da SST seja
adequadamente implementado e atenda aos requisitos em
todos os locais e esferas de operação dentro da organização.
A administração deve fornecer todos os recursos essenciais
para a implementação, controle e melhoria do sistema de
gestão da SST.
● Verificação e ação corretiva – A organização deve estabelecer
e manter procedimentos para monitorar e medir,
periodicamente, o desempenho da SST. Esses procedimentos
devem assegurar: medições qualitativas e quantitativas,
apropriadas às necessidades da organização;
monitoramento do grau de atendimento aos objetivos de SST
da organização; medidas proativas de desempenho que
monitorem a conformidade com os requisitos do(s)
programa(s) de gestão da SST, com critérios operacionais, e
com a legislação e regulamentos aplicáveis; medidas reativas
de desempenho para monitorar acidentes, doenças, incidentes
e outras evidências históricas de deficiências no desempenho
da SST; registro de dados e resultados do monitoramento e
mensuração, suficientes para facilitar a subseqüente análise
da ação corretiva e preventiva.
● Análise crítica pela administração – A alta administração da
organização, em intervalos predeterminados, deve analisar
criticamente o sistema de gestão da SST, para assegurar sua
conveniência, adequação e eficácia contínuas. Esse processo
deve assegurar que as informações necessárias sejam
coletadas, de forma que permita à administração proceder à
avaliação, a qual deverá ser documentada.
27
De acordo com a norma OHSAS 18001, Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do
Trabalho – SGSST é “aquela parte do sistema de gestão global que facilita o gerenciamento
dos riscos de SST associados aos negócios da organização. Isto inclui a estrutura
organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades, práticas,
procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar
criticamente e manter a política de SST da organização”. (Chaib, 2005)
Pode-se dizer que ela indica regras para um sistema de gestão de segurança do
trabalho, apontando os caminhos para um controle mais rígido dos riscos presentes e que
possam aprimorar seu desenvolvimento.
Algumas elucidações se fazem necessárias para um conhecimento mais aprimorado
do conteúdo. De acordo com a OHSAS 18001 (DE CICCO, 1999):
● Acidente – Evento não-planejado que resulta em morte,
doença, lesão, dano ou perda.
● Melhoria contínua – Processo de aprimoramento do sistema
de gestão da SST, visando atingir melhorias no desempenho
global da SST, de acordo com a política de SST da
organização.
● Perigo – Fonte ou situação com potencial para provocar danos
em termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio
ambiente do local de trabalho, ou combinação destes.
● Identificação de perigos – Processo de reconhecimento de que
um perigo existe e de definição de suas características.
● Incidente – Evento que deu origem a um acidente ou que tinha
potencial de levar a um acidente.
● Parte interessada – Indivíduo ou grupo preocupado com, ou
afetado pelo, desempenho da SST de uma organização.
● Não-conformidade – Qualquer desvio das normas de trabalho,
práticas, procedimentos, regulamentos, desempenho do
sistema de gestão, etc, que posssa levar, direta ou
indiretamente, à lesão ou doença, dano à propriedade, dano ao
meio ambiente de trabalho, ou a uma combinação destes.
● Objetivos – Metas, em termos de desempenho da SST, que
uma organização estabelece para ela própria alcançar.
28
● Segurança e Saúde no Trabalho (SST) – Condições e fatores
que afetam o bem-estar de funcionários, trabalhadores
temporários, pessoal contratado, visitantes e qualquer outra
pessoa no local de trabalho.
● Sistema de gestão da SST – Parte do sistema de gestão global
que facilita o gerenciamento dos riscos de SST associados aos
negócios da organização, incluindo a estrutura
organizacional, atividades de planejamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e
recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar
criticamente e manter a política de SST da organização.
● Organização – Companhia, corporação, firma, empresa,
instituição ou associação, ou parte dela, incorporada ou não,
pública ou privada, que tem funções e estrutura
administrativas próprias.
● Desempenho – Resultados mensuráveis do Sistema de Gestão
da SST, relacionados ao controle da organização sobre seus
riscos à segurança e saúde, com base na sua política e
objetivos de SST.
● Risco – Combinação da probabilidade de ocorrência e da(s)
conseqüência(s) de um determinado evento perigoso.
● Avaliação de riscos – Processo global de estimar a magnitude
dos riscos, e decidir se um risco é ou não tolerável.
● Segurança – Isenção de riscos inaceitáveis de danos.
● Risco tolerável – Risco que foi reduzido a um nível que pode
ser suportado pela organização, levando em conta suas
obrigações legais e sua própria política de SST.
Logo, faz-se necessário o conhecimento de todos os atores envolvidos no SST a fim
de que seja criado um sistema de gestão contínuo para que se possa planejar, verificar,
executar e agir de maneira consciente.
29
3- Segurança do Trabalho.
3.1 - Desenvolvimento Histórico
Segundo Cruz (1996) apud Barros et al (2016), “a segurança do trabalho pode ser
considerada uma conquista relativamente recente da sociedade, uma vez que o seu
desenvolvimento e evolução datam do período entre as duas guerras mundiais”.
Até a revolução industrial os meios de produção eram feitos de forma manual, onde
o trabalhador tinha, por muitas vezes, o domínio de quase todo o processo produtivo. Com
a chegada da revolução industrial, as máquinas ganharam cada vez mais espaço na produção,
que passou a ser realizada em maiores escalas. O trabalhador passou a operar de forma mais
específica e com uma maior reprodução das mesmas atividades diariamente.
Ambientes de trabalho insalubres, busca por lucro desenfreado, locais de trabalho
impróprios… tudo isso foi consequência da industrialização mundial e, com ela, surgiu um
crescimento dos riscos nos locais de trabalho, o que, consequentemente, resultou em
doenças, acidentes e mortes.
Desse modo foi surgindo a necessidade dos trabalhadores de se organizarem e
lutarem por melhores condições de trabalho, salário e vida. Após algumas revoltas e lutas,
surgiram os sindicatos (instituições organizadas pelos operários para lutarem em prol dos
seus direitos). Começam, então, a surgir as primeiras leis trabalhistas, que em um primeiro
momento regulamentavam apenas as mulheres e o trabalho infantil, algo bem comum na
época.
Já no Brasil, essa mudança demorou mais a acontecer, ocorrendo por volta de 1930,
década em que a industrialização chegou forte ao país. Foi quando o então presidente do
país, Getúlio Vargas, iniciou todo o processo de direitos trabalhistas individuais e coletivos,
através da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, já em 1943, que por sua vez, sofreu
alterações em 1977 e 1978, onde foi publicada a Portaria n. 3.214, que aprova as Normas
Regulamentadoras – NRs.
“Nesse contexto, torna-se clara a necessidade de se
desenvolverem programas de segurança no trabalho, que tem como
principal objetivo identificar os riscos, condições insalubres e
implementar a correção destes no trabalho, enfatizando o envolvimento
dos profissionais da segurança, demais profissionais e dirigentes da
empresa, considerando as regras e os regulamentos, para proporcionar
um ambiente em condições de segurança adequada para o
30
desenvolvimento dos diferentes tipos de trabalho”. (MORAES, 2002).
Com o tempo, foi desenvolvida uma série de instrumentos que visam evitar ou
diminuir os riscos de acidente ou de doença do trabalho, como Equipamentos de uso
individual (EPI), Equipamentos de uso coletivo (EPC), leis mais rígidas, sistemas de
controle e acompanhamento, manuais de utilização correta de equipamentos, fiscalizações,
treinamentos e sinalizações.
3.2 - Segurança do trabalho no Brasil Atual.
Por conta da demora no processo de industrialização, o Brasil demorou a enxergar
os males causados pelo subemprego. Porém, com o tempo e com o desenvolvimento das
ferramentas já descritas, o país tem observado, cada vez mais, o número de acidentes cair,
mesmo que de forma lenta.
Segundo dados do cadastro nacional de informações (CNIS), em 2004 havia, em
média, cerca de 25.374.537,6 vínculos empregatícios (representam aqueles que foram
informados pelas empresas por meio da GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e
Informações à Previdência Social). Divididos em 15.776.764,8 vínculos para homens,
9.229.186,0 para mulheres e 368.586,8 não classificado(a). Já em 2013, o número total de
vínculos cresceu cerca de 69% em média, sendo 53% de crescimento para os homens e 79%
para as mulheres, em números absolutos são 24.121.328,3 e 16.552.012,2, respectivamente.
Tais dados mostram uma evolução no aumento de vínculos trabalhistas com
cobertura previdenciária, principalmente o crescimento do número de mulheres com
emprego formal, que aumentou consideravelmente. Isso mostra como elas vêm mudando o
mercado nacional.
Já a entrega do benefício auxílio-doença pela Previdência Social subiu de 1.895.880
em 2004 para 2.581.402 em 2013. Isso representa um aumento de cerca de 36% (Segundo
dado do SUB - Sistema Único de Benefício).
Tabela 1 - Número de Vínculos Trabalhistas X Auxílio Doença disponibilizado
31
Fonte: tabela própria feita à partir de informações do sistema único de benefício - sub
De posse desses dados, notam-se análises distintas a serem feitas. Uma é mais geral,
no que diz respeito à comparação do aumento do número de empregos com o aumento do
número total de auxílio doença; a outra é essa comparação ser feita (a outra abrange uma
comparação feita) com o auxílio doença não-acidentário e acidentário. Todas as análises
podem ser observadas no âmbito masculino e feminino.
Os dados são animadores quando comparamos o crescimento de empregos formais
criados com previdência - cerca de 69% - ao crescimento de auxílio total - 36%. Isso
representa uma redução percentual dos acidentes de trabalho registrados. Essa redução
também é observada quando destrinchamos os dados para homens (empregos 53% contra
31% de auxílio) e mulheres (empregos 79% contra 42% de auxílio), dados do SUB.
Dita redução também é vista no que diz respeito ao auxílio não-acidentário. Porém,
quando se observam os números dos auxílios acidentários, nota-se um aumento expressivo,
principalmente para as mulheres - 172%, contra 61% para os homens.
Os números refletem uma redução gradual, ainda que lenta, do número de auxílio
doença dado pela previdência social. Isso é reflexo da diminuição, percentual, do número de
acidentes de trabalho. Contudo, dada situação é preocupante e vale ressaltar a diferença de
crescimento entre os gêneros. Isso se dá em uma década onde as mulheres estão cada vez
mais inseridas no mercado de trabalho, o que pode gerar a discussão se o ambiente de
trabalho se preocupa suficientemente com a saúde da mulher e se o mesmo estava preparado
para essa evolução, enquanto sociedade; e, principalmente, se as ferramentas utilizadas na
prevenção estão suficientemente adequadas.
É preciso salientar que em 2007 houve uma mudança na concessão do auxílio doença
acidentário, por meio da lei federal número 11.430 de 2006, e revisão do sistema de
concessão de benefício do INSS, que passa a considerar algumas doenças como
ocupacionais. Ou seja, a alteração passou a considerar como doenças relacionadas ao
trabalho outras que, anteriormente, não eram consideradas, fazendo com que o número de
auxílios-doença acidentários sofresse um pequeno aumento e que, consequentemente, o de
auxílios-doença não-acidentários decaísse, em mesmo número. Tal alteração veio para
classificar os acidentes e\ou doenças que antes não eram vinculadas ao trabalho e passaram
a ser.
O aumento supracitado pode ser observado quando analisamos a série histórica nos
estados do sudeste - onde se concentra a maior parte das indústrias brasileiras e,
32
consequentemente, o maior número de acidentes. Nota-se que em 2007 há um crescimento
forte e atípico nos quatro estados e que, devido às obras em São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais para a Copa do Mundo, esse número segue alto, até começar a decair
novamente. Exceto o Rio de Janeiro, que teve uma pequena alta de 2011 para 2012, que
muito se deve à realização de um outro grande evento, as Olimpíadas, que demandou um
número grande de construções.
Figura 2: Série histórica de quantidade de acidente de trabalho na região sudeste. FONTE: AEAT
INFOLOGO, JANEIRO 2019
33
3.3 - SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DO
BRASIL.
A definição do que se dá por segurança do trabalho, é definida no Brasil pela lei
federal geral da previdência social, lei 8213 de 1991, que discorre:
“Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício
do trabalho a serviço a empresa ou pelo exercício do trabalho
dos segurados referidos no inciso VIII do artigo 11 desta lei
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho” (BRASIL, 1991)
Santana e Oliveira (2004) dizem que na indústria civil os trabalhadores apresentam
fases mais aceleradas de precarização, comprovados pela proporção elevada de trabalho
informal, sem registro, e que aceitam trabalhos temporários sem qualquer vínculo.
Isso ocorre pela cultura no país pela subcontratação de mão de obra para os setores
de construção civil. Essas ilegalidades são firmadas por meio de “contratos” verbais, além
de contratos ilegais firmados pelas partes que se escondem por acordos feitos por meio de
empreitadas.
A carteira de trabalho dentro do canteiro de obras, muitas vezes, funciona apenas
como currículo para que o trabalhador comprove experiência e para que a empresa
certifique-se que o mesmo se trata de um bom funcionário, visto que empregos com tempo
inferior a três meses de contrato podem ser vistos como “problemas de produtividade”. E é
por meio desta desculpa, também, que muitas empresas deixam de assinar as carteiras dos
trabalhadores, retendo-as e dando a justificativa de que se trata apenas de um período de
teste.
Muitos trabalhadores do setor não possuem estudos muito além do ensino
fundamental e, por isso, no início de suas carreiras, enquanto serventes, desconhecem boa
parte dos seus direitos trabalhistas.
Segundo dados da pesquisa sobre os Impactos da Responsabilidade Social na
Indústria da Construção, apresentado pelo Sinduscon de Joinville, a construção civil
empregou formalmente 2,2 milhões de trabalhadores no ano de 2017. Em contraponto,
empregou outros 2,0 milhões de profissionais, informalmente, o que indica que cerca de
47,6% dos trabalhadores encontram-se na informalidade.
34
Esse grande número de trabalhadores imersos no mundo do subemprego causa sérios
danos aos trabalhadores. Péssimas condições de trabalho, salários precários, nenhuma
garantia trabalhista, subnotificação dos acidentes de trabalho e sobrecarga previdenciária.
Maia et al., (2013) expõe os dados de uma pesquisa elaborada pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com o PNAD (Pesquisa Nacional por
Amostra Domiciliar), o suplemento da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) que refere-se aos
dados de acidentes de trabalho declarados por trabalhadores e contrapõe-se aos dados da
AEPS (Anuário Estatístico da Previdência Social).
TABELA 2 - NÚMEROS DE ACIDENTE DO TRABALHO NO BRASIL
Fonte: Maia et al, (2013), formatação do autor.
A Tabela 2 é resultado de uma pesquisa que questiona se o trabalhador sofreu, nos
últimos anos, algum acidente de trabalho e, ao lado, os dados da previdência sobre acidentes
registrados.
Os dados são alarmantes, pois a cada um caso de acidente registrado pelo sistema,
outros sete são negligenciados. Essa discrepância se dá pela informalidade e também pela
não notificação dos casos pelas empresas, ou mesmo pela dificuldade de se identificarem
alguns casos como acidente de trabalho.
Esse é um valor médio para o país, utilizando os valores absolutos de todo o país. Se
dividirmos os dados por estado, os valores são ainda mais preocupantes, principalmente nas
regiões norte e nordeste. Isso se deve ao fato de nesses locais o trabalho ter características
ainda mais precárias.
TABELA 3 - DIVISÃO DOS DADOS DE ACIDENTE DE TRABALHO POR ESTADO. Fonte: IBGE
(2013), MPS(2013)
35
3.4 - FERRAMENTAS DA SEGURANÇA DO TRABALHO
O gerenciamento de risco consiste em um conjunto de atividades com o objetivo de
prevenir e mitigar os riscos, além de fornecer respostas às contingências. A elaboração de
um estudo minucioso dos possíveis riscos existentes no ambiente de trabalho e que expõem
a saúde do trabalhador, bem como ferramentas que possam controlar ou minimizar ao
máximo seus efeitos, ajuda no processo de prevenção.
Assim, pela norma brasileira, deve-se implementar um Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais - PPRA que visa cuidar da prevenção da saúde dos trabalhadores, se
precavendo de possíveis problemas relacionados à atividade exercida oriunda de riscos
ambientais. A responsabilidade de pôr em prática todas as ações necessárias do PPRA é do
empregador, e com a devida participação dos funcionários.
NR 9 (2016) - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS
AMBIENTAIS (109.000-3)
9.1. Do objeto e campo de aplicação.
36
9.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde
e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a
existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (109.001-
1 / I2)
Seu objetivo é reunir todas as informações necessárias para propor medidas que
evitem acidentes no local de trabalho a fim de que se tenha um ambiente seguro e
confortável.
3.4.1 AGENTES DE RISCO
Consideram-se fatores de risco todos os agentes que, fora dos seus limites de
ocorrência, possam gerar uma lesão ou a possibilidade dela, permanente ou temporária, em
um ou mais trabalhadores. Esses danos podem ser imediatos ou a longo prazo, a depender
da intensidade e tempo de exposição do mesmo.
3.4.1.1 - Risco Físico
Segundo a NR-9:
9.1.5.1. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de
energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído,
vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes,
radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.
Para Zarpelon (2008), os principais riscos físicos presentes na construção civil são:
ruído, vibrações, radiações ionizantes e radiações não ionizantes, que surgem nas operações
em que são utilizadas máquinas e equipamentos para o desenvolvimento das tarefas.
3.4.1.2 - Riscos Químicos.
Ainda segundo a NR-9:
37
9.1.5.2. Consideram-se agentes químicos as substâncias,
compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter
contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Os principais riscos químicos encontrados na construção civil são provenientes de
manipulações das matérias primas utilizadas no setor produtivo, as quais são transformadas
ou passam por processos que modificam a sua natureza. O cimento é exemplo de produto
que pode afetar a saúde do trabalhador em seu estado natural (poeiras alcalinas) ou após sua
preparação e aplicação (ZARPELON, 2008).
3.4.1.3 - Riscos Biológicos.
A NR-9 diz:
9.1.5.3. Consideram-se agentes biológicos as bactérias,
fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
O reconhecimento antecipado e o controle dos agentes biológicos em um canteiro de
obras se faz necessário, uma vez que uma simples poça d’água pode proliferar o mosquito
transmissor da dengue (e outras doenças) e acometer vários trabalhadores, com riscos que
pode levá-los até à morte na fase hemorrágica da doença (ZARPELON, 2008).
3.4.1.4 - Agentes ergonômicos
Riscos ergonômicos provém de controle rígido de produtividade, esforço físico
elevado, levantamento de peso de forma inapropriada, monotonia e repetitividade excessiva,
situação de estresse constante, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho
prolongada, imposição de rotina intensa, postura inadequada.
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é
necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de
praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho,
melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos,
melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas
adequadas, postura adequada, etc. Oda (1998)
38
3.4.1.5 - Riscos de Acidentes
São as atividades que possam colocar a integridade física ou mental do trabalhador
em risco. Ou seja, quando o empregado fica exposto a lesões temporárias ou permanentes
devido a um descuido ou má utilização de material ou equipamento. São alguns exemplos
de Risco de acidentes na construção civil: Falta de cinto de segurança em andaime,
possibilidade de explosão, falta do uso de EPI em máquinas, não utilização de botas e
capacetes, etc.
3.4.2 MAPA DE RISCO
Alguns acidentes podem ocorrer devido à falta de informações nos locais de trabalho
referentes aos riscos presentes. O mapa de risco consiste em uma ferramenta visual, contendo
informações sobre os agentes presentes nos locais de trabalho e medindo também a sua
intensidade.
Por isso, é aconselhável que o mapa seja posto em local de bastante visibilidade e
onde todos possam acessá-lo. Toda empresa ou organização que possuir qualquer risco ao
trabalhador, deverá ter em sua dependência um mapa de risco. Para se realizar um bom mapa
é preciso listar os riscos e separá-los por categorias, facilitando, deste modo, sua
identificação e análise.
Segundo a classificação dos risco ambientais da NR-9 (2016)
9.1.5. Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais
os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de
trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade
e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do
trabalhador.
É comum acrescentar mais dois tipos de agentes para análise, que são os agentes
ergonômicos e os riscos de acidente.
39
FIGURA 3 - MAPA DE RISCO
Assim, após a identificação dos agentes presentes no ambiente de trabalho da
empresa, atribuem-se cores a cada um deles, de modo a melhorar a sua visualização. E para
conceder o grau de risco exposto naquele determinado local, diferencia-se a severidade do
risco pelo tamanho dos círculos, conforme figura 3.
3.4.3 - ANÁLISE DE RISCO / MATRIZ DE RISCO
A matriz de risco é um instrumento que proporciona ao indivíduo avaliar, enumerar
e medir os acontecimentos de riscos. Tal ferramenta é utilizada em inúmeros processos
produtivos e administrativos por ser de fácil visualização e execução e que trás ótimos
resultados.
Também conhecida como Matriz de Impacto, é um método extremamente visual que
possibilita a priorização dos riscos existentes, o que torna o processo muito mais eficiente.
Na segurança do trabalho esse recurso é utilizado para se mensurar o tamanho dos
riscos envolvidos nas atividades aos quais os trabalhadores estão expostos. Isso é bastante
útil na hora de se criar um plano de combate a acidentes, pois, desta forma, é possível
priorizar os riscos mais elevados e chamar a devida atenção em locais que propiciam um
maior número de acidentes.
Cada uma destas diferentes formas de estruturar uma escala de mensuração altera a
avaliação psicométrica do respondente. Ainda que apontada pela literatura, esta avaliação
40
não está totalmente compreendida, especialmente no que tange ao número de pontos na
escala de mensuração (Wiswanathan; Sudman; Johnson, 2004; Weathers; Sharma; Niedrich,
2005; Collings, 2006).
O modelo mais utilizado e debatido entre os pesquisadores foi desenvolvido por
Rensis Likert (1932) para mensurar atitudes no contexto das ciências comportamentais, que
leva seu nome, Escala Likert.
Porém, com o tempo e com o desenvolvimento de pesquisas durantes os anos, foram
identificadas algumas falhas e dificuldades em se terem bons resultados com Likert em
algumas situações. E, diante dessas dificuldades, em 2003, Hodge e Gillespie desenvolveu
a escala Phrase Completion.
Como nota-se, não há na literatura uma clara concordância sobre quais os melhores
métodos e parâmetros para se desenvolver uma escala. Essa responsabilidade é, então,
passada para o gestor e autor do projeto, tomando como métrica parâmetros que considere
mais adequados. Assim, para o mesmo projeto pode haver diversas matrizes de risco,
pensadas e executadas de formas completamente distintas e todas estarão adequadas, pois as
análises dependerão do autor.
Uma matriz geralmente é elaborada com dois parâmetros nas suas abcissas, a
probabilidade e a severidade. Podem-se utilizar, por exemplo, três níveis de probabilidade
(Baixo, Médio e Alto), que podem ser substituídos por números para se obter um parâmetro
mais claro, como por exemplo (1, 3 e 5). O mesmo acontece na Severidade, (Leve, Médio,
Catastrófico) que também pode ser substituído por números (1, 3 e 5). Assim, a tabela 4
apresenta parâmetros numéricos e se atribui-se as faixas para estabelecer os riscos.
TABELA 4 - MATRIZ DE RISCO
41
A matriz é composta pela incerteza de eventos (probabilidade) de acontecer e do
possível impacto/efeito gerado por elas. Isso dá aos gestores a possibilidade de mensurar,
avaliar e ordenar os eventuais riscos presentes na sua análise. A matriz pode ser 3x3, como
a ilustrada, ou com maiores escalas, a depender do avaliador.
VERDE – Baixo risco.
- Probabilidade baixa e pouco impacto. Com isso, o risco de se ter
alguma ocorrência é mínimo e a consequência é pouca. Ter atenção nos procedimentos.
AMARELO – Risco moderado.
- Probabilidade alta ou muito impacto. É estado de atenção, rever
procedimentos de segurança.
VERMELHO – Alto Risco
- Alto impacto e alta probabilidade de ocorrer. Estado de atenção
máximo. As atividade precisam ser paralisadas, rever todos os procedimentos, funções e
atividades. Se preciso, reúna a todos e repasse todas as informações de segurança. Só retorne
as atividades depois de estabelecido todos os critérios normativos de segurança.
3.4.4 - CIPA
A comissão interna de prevenção de acidentes, a CIPA, se trata de um mecanismo
interno formado por uma comissão onde todos os trabalhadores possuem representantes para
tratar das doenças e acidentes de trabalho.
A comissão é constituída não só pelos trabalhadores, mas também por representantes
dos empregadores. Ela é regulamentada pela NR-5, sendo obrigatória a sua formação para
42
toda empresa privada ou pública, cooperativa, órgãos governamentais ou não, instituições
beneficentes e associações. Ou seja, toda entidade que tiver em seu funcionamento
empregados regidos pela CLT, a qual também rege a CIPA.
A escolha dos representantes dos empregados, titulares e suplentes deve ser feita por
meio de voto não obrigatório e secreto. Todos os funcionários possuem direito a voto,
independentemente de serem filiados ao sindicato.
Já os representantes dos empregadores, titulares e suplentes deverão ser designados
pelos mesmos.
A CIPA tem como objetivo a difusão de todas as informações que decorrem sobre a
segurança do trabalhador no seu ambiente de trabalho; bem como ações preventivas para a
sua segurança e medidas para o seu bem-estar pessoal e coletivo.
Contidas nessas atribuições estão: Identificar riscos do processo do trabalho e
elaborar o mapa de riscos com o maior número de trabalhadores possível; elaborar um plano
de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde;
participar de e verificar a implantação e o controle das medidas de prevenção necessárias e
identificadas; bem como fazer a avaliação das prioridades de ações a serem executadas no
ambiente de trabalho; e, por fim, realizar periodicamente verificações no ambiente de
trabalho.
Os empregadores deverão fornecer aos membros da CIPA, titulares e suplentes todo
o treinamento necessário para que os mesmos possam exercer plenamente as suas atividades.
Tal treinamento devem conter um conteúdo base sobre condições de trabalho, riscos
oriundos do processo produtivo, metodologia de investigação e análise de acidentes, noções
sobre acidentes e doenças de trabalho, noções sobre as legislações trabalhistas locais e
quaisquer outros assuntos para o bom andamento.
A quantidade de empregados que deverá participar da CIPA é dada pela NR-5 em
quadro 1 – dimensionamento de cipa de acordo com a atividade em que a empresa exerce,
que consta no quadro 2 – agrupamento dos setores econômicos pela classificação nacional
de atividades econômicas – CNAE).
43
4 – Resultados e Discussões
Essa fase constitui-se de uma exploração antecipada do projeto SHS como um todo,
na perspectiva de identificar possíveis problemas na segurança e saúde do trabalhador em
função de suas atividades dentro do canteiro de obras e assim orientar medidas de proteção
e/ou controle.
Como já mencionado anteriormente, todo o material contido no projeto SHS foi
pensado e elaborado de forma genérica quanto à quantidade e combinação da tipologia das
casas. Isso acontece por não se ter de antemão a comunidade, o local ou mesmo o perfil de
famílias que poderão aderir ao projeto, por isso optou-se por cenários.
Dessa forma, há uma debilitação de uma análise mais precisa da segurança do
trabalho no empreendimento. Fica então, a cargo dos profissionais técnicos contratados, a
responsabilidade de adaptar todo o material aqui discutido e usar o referido trabalho como
referência, além de aplicar as ferramentas apresentadas com as devidas correções. Atenta-se
também que é de responsabilidade do profissional técnico de seguir todas as normas locais,
visto que todo o trabalho foi orientado com base nas normas brasileiras.
Logo, aqui se apresentará uma análise prévia do empreendimento. Mattos &
Másculo, 2011, diz que uma análise preliminar envolve os seguintes passos:
• Identificação dos riscos;
• Tempo de exposição ao risco;
• Localização das fontes de risco;
• Identificação das trajetórias e dos meios de propagação;
• Levantamento do número de trabalhadores expostos aos agentes;
• Caracterização das atividades por função;
• Literatura técnica sobre os agentes;
• Medidas de controle já existentes (envolve EPI ou EPC).
4.1 - Hipóteses
A Fim de se obter uma ilustração melhor de alguns aspectos que envolvem o presente
trabalho e as ferramentas da segurança do trabalho, foi feita uma simulação de três tipo de
empreendimento com diferentes número de casas, o que irá impactar diretamente na
quantidade de serviço a ser executado e na quantidade de mutirantes circulando no canteiro
44
de obras. Dada simulação foi feita de forma genérica e a fim de ilustrar melhor as ferramentas
e suas aplicabilidades.
Considerando-se que não existe um cenário real que possa ser estudado, faremos as
hipóteses utilizando o embrião dois por representar a média das áreas dos 4 embriões, que
por sua vez, tem a mesma área do embrião 3, figura 6. Essa hipótese também será usada em
outros trabalhos de apoio ao projeto SHS, visando a unificação dos estudos e a obtenção de
resultados mais homogêneos.
Figura 4: Desenho Gráfico do Embrião 1 (Di Gregório et al., 2018)
Figura 5: Desenho Gráfico do Embrião 3 (Di Gregório et al., 2018)
4.1.1 PARÂMETROS
Para cada família, serão em média 2 voluntários aptos a ajudarem no processo de
construção das residências.
A divisão entre as pessoas alocadas na obra e no apoio se dará de acordo com o porte
do empreendimento. Vale ressaltar que o foco principal do mutirão é realizar a obra e, para
tal fim, faz-se necessário um grande número de colaboradores. Por outro lado, atenta-se ao
45
fato de poder haver crianças, adolescentes, idosos e pessoas com alguma limitação, que
estarão impedidos de ajudar de forma efetiva no canteiro de obras. Contudo, algumas dessas
pessoas, maiores de idade, poderão ajudar nos trabalhos de apoio que definimos como as
atividades de administração, limpeza, vigia, almoxarifado, alimentação, babá e afins. Assim,
essa divisão deverá ser realizada avaliando-se o perfil de cada indivíduo e suas limitações,
podendo tais informações ser encontradas nos questionários realizados no início do projeto.
O número de profissionais foi posto como, no mínimo, um profissional para cada
grupo de trabalho - GT. Porém, destaque-se que tal análise deverá ser feita pelo responsável
técnico da obra e deve-se levar em consideração se os mutirantes presentes possuem
capacidade e experiência nas atividades que irão executar. Aqui se utilizaram os números
mínimos para tal.
4.1.2 - CENÁRIO A
Será o cenário de menor dimensão, com 20 unidades habitacionais do embrião 2
previstas. Isso simula casos em que não há um quantitativo muito elevado de famílias
envolvidas no empreendimento.
Logo, temos para o mesmo um total de 40 voluntários aptos a contribuírem no
processo de reconstrução. Desses, serão 30 destinados às atividades de construção da obra e
os 10 restantes para as atividades de apoio. Tal Porcentagem é máxima sugerida pois um
número maior poderia afetar o bom andamento do projeto.
Tendo em vista que o empreendimento é pequeno, o número mínimo de profissionais
é suficiente, 5 profissionais. Totalizam-se, então, 35 pessoas em atividade no canteiro de
obras. Segundo estimativas, o empreendimento terá duração média de 6,5 meses.
4.1.3 - CENÁRIO B
Já o cenário B contará com 50 módulos do embrião 2, uma escola e uma creche e um
posto de saúde, retratando um projeto de médio porte e que consiga abranger um bom
número de famílias.
Desse modo, em média teremos 100 voluntários disponíveis, com 80 pessoas
alocadas na obra e 20 nos serviços de apoio, além de 5 profissionais habilitados. Com isso,
teremos um total de 85 pessoas alocadas no canteiro de obra. Com duração média de 6 à 7
meses de obra.
46
4.1.4 - CENÁRIO C
Por fim teremos o cenário, contando com 120 casas. Este é o cenário máximo de um
empreendimento típico do projeto do SHS. Para ele também foi posta a construção de uma
escola, um posto de saúde e de uma creche. Se por acaso houver a necessidade de um número
maior de residências, este deverá ser dividido em dois ou mais projetos.
Por conseguinte, teremos um total de 240 mutirantes, sendo 200 para a obra e 40 para
o apoio. Com 10 profissionais contratados. E um total de 210 pessoas no canteiro de obra,
resultando um total de 7 meses de obra.
Geradas essas hipóteses de empreendimentos, a análise sobre o canteiro de obra e
todo o seu desenvolvimento fica mais concreta e realista. As plantas prévias já disponíveis
de partes do canteiro de obra do projeto SHS, elaboradas no trabalho de conclusão de curso
em andamento de Douglas Mol Resende (2019), servem de base para montar a melhor
estrutura e para um desenvolvimento de organograma seguro. A partir daí, o responsável
técnico terá como adaptar esse material a qualquer outra configuração por ele escolhida.
4.2 - CANTEIRO DE OBRAS
O canteiro de obras é por definição a área fixa ou temporária ao qual se destinam o
apoio e as operações de execução da obra. Para se obter um canteiro adequado, é necessário
que ele seja organizado de tal maneira que consiga se obter a maior eficiência dos serviços
e trabalhos destinados à construção, além de proporcionar maior conforto e segurança para
os trabalhadores. Ele é composto por áreas de convívio e operacionais.
É preciso estudar o layout do canteiro antes do início das atividades, levando em
consideração o espaço disponível e as normas de segurança locais, de modo que evitem-se
eventuais problemas. Dito processo é conhecido como a logística da obra, visto que é preciso
entender quais os insumos que serão utilizados, onde serão armazenados e como será feita a
sua distribuição interna.
No presente trabalho foram elaborados, com a ajuda do trabalho de conclusão de
curso do aluno Douglas Mol Resende (2019) e com o material desenvolvido pelo GT-
Canteiro do SHS, canteiros para as três hipóteses levantadas anteriormente. Esses são apenas
esboços e carecem de uma análise mais profunda, no entanto, serão usados com o intuito de
trazer resultados a esse trabalho.
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O Canteiro de obras deverá ser objeto de profunda análise do profissional técnico e
ter o seu dimensionamento devidamente estudado de acordo com as normas locais. Neste
trabalho serão apresentadas três distribuições exemplares de canteiros, a fim de objetificar
de maneira mais clara a ideia, não sendo parte específica do mesmo.
Para a elaboração dos canteiros, foram utilizados alguns parâmetros a respeito das
máquinas, dispositivos e normas:
● O início da produção de tijolos dar-se-á em até 44 dias antes do início da etapa de
alvenarias.
● Ter no mínimo 1 sanitário para cada 20 pessoas.
● Ter no mínimo 1 chuveiro para cada 10 pessoas.
● Obra cercada por Tapumes.
● Encurtar o percurso do local de trabalho até o banheiro.
4.2.1 - CENÁRIO A
Por tratar-se de um canteiro que servirá para a construção de poucas unidades, este
terá apenas uma entrada e saída de funcionários. O vestiário e o sanitário encontram-se mais
próximos ao meio do terreno, para que encurte-se o caminho entre o posto mais distante de
trabalho e dado local.
Em anexo, encontra-se a planta em maior escala para facilitar a visualização.
Figura 6 - Canteiro de Obra Cenário A
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4.2.2 - CENÁRIO B
Trata-se de um canteiro grande, que, apesar de seu tamanho, ainda não necessita de
uma construção em etapas. Desta maneira, o canteiro permanecerá com os dispositivos fixos
durante todo o processo de construção.
Os refeitórios servirão apenas para consumo das refeições no local, sem espaço para
o preparo. Serão dois refeitórios, cada um com capacidade para 18 pessoas, totalizando 36.
Logo, para atender a todos, 3 turnos de trabalho se farão necessários.
Os vestiários e Sanitários foram distribuídos em dois pontos distantes entre si, de
modo a tentar encurtar o percurso que os mutirantes deverão fazer para utilizar o local. Há
em cada um, 4 sanitários e 8 chuveiros, o que cumpre a NR 18. A produtividade média
adotada para a prensa manual hidráulica são de 500 tijolos/dia. E o Armazenamento para
cura dos tijolos comporta 15000 tijolos.
Em anexo, encontra-se a planta em maior escala para facilitar a visualização.
Figura 7 - Canteiro de Obra Cenário B
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4.2.3 - CENÁRIO C
Para um empreendimento de grande porte, das dimensões em que se dá esse cenário,
é primordial que pensemos nas diversas etapas da construção, no tamanho do espaço físico,
na logística de distribuição e na segurança do trabalhador ao entrar, permanecer, se deslocar
e ir embora do canteiro.
Com isso, os vestiários e sanitários foram distribuídos em quatro pontos diferentes
do canteiro, de modo que encurte-se a distância que o trabalhador terá do seu posto de
trabalho até à unidade. A quantidade de chuveiros e sanitários ultrapassa o mínimo
estabelecido por norma.
Por conta do grande espaço físico demandado para a obra, foi necessária a
implementação de três guaritas, o que também atende a norma. Quanto aos refeitórios, foi
determinado que os mesmos não teriam espaço para o preparo das refeições no local, logo,
serviriam apenas para a alimentação. Eles contam com capacidade para até 96 mutirantes
por vez. Logo, trabalharemos com 3 turnos, comportando a todos.
Caso se fizesse necessário deslocar algum dispositivo do canteiro durante a obra,
poderiam-se usar as dependências das residências já finalizadas. A produtividade média
adotada para as prensas automáticas mecânicas são de aproximadamente 5000 tijolos/dia.
Em anexo, encontra-se a planta em maior escala para facilitar a visualização.
50
Figura 8 - Canteiro de Obra Cenário C
4.3 - Plano de Prevenção e Antecipação de Riscos - PPAR
O PPAR baseia-se no fato de todo o escopo aqui apresentado se dar como material
de apoio e na tentativa da busca por antecipação dos possíveis riscos presentes no canteiro.
Ele é inspirado no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, que é um
programa previsto pela Norma Regulamentadora NR-9:
“estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,
visando à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente
e dos recursos naturais.”
O SHS é um sistema de construção de casas por meio de mutirões que consiste na
ajuda mútua e sem vínculos trabalhistas. Porém, é prevista também a contratação de
profissionais técnicos para tocarem a obra e realizarem as devidas correções nos projetos
disponibilizados. Sendo assim, o PPAR tem como objetivo assegurar aos empregados e
mutirantes plena segurança no exercício de suas funções.
Com isso, foi feito um estudo preliminar técnico dos possíveis acidentes, causas de
problemas de saúde e agentes causadores, bem como ferramentas que podem auxiliar no
controle da segurança do trabalho. Assim, esse material deverá servir como apoio do
profissional técnico, que deverá complementá-lo com as devidas normas locais, visto que
desconhecem-se algumas informações tais quais espaço do canteiro, número de mutirantes,
entre outros. Por conseguinte, vemos a seguir exemplos e caminhos para que possam se
orientar.
(Mauro, 2004 apud, Folkard S, 1979) afirmam que
trabalhadores em regimes de trabalho noturnos e sem os
devidos descansos, os trabalhadores “apresentam queda ou
diminuição na expressão comportamental de alguns ritmos
biológicos. Esses ritmos apresentam valores mais baixos
51
durante a noite, concomitante ao aumento da sonolência e
conseqüente queda de rendimento de algumas funções
cognitivas. A falta de repouso leva a riscos, decorrentes da
privação de sono que vão desde a irritação, ansiedade,
insegurança, depressão, dificuldade de concentração e
redução da capacidade crítica”.
Isso eleva os riscos presentes no canteiro, principalmente nos dias de semana onde é
proposto que as obras aconteçam na parte da noite. Assim, as avaliações dadas por esse
trabalho foram tomadas de forma a precaver e diminuir esses riscos. Por isso, é de suma
importância que os trabalhadores se mantenham atentos e que os cuidados dados pela equipe
de segurança do trabalho sejam seguidos à risca.
4.3.1 - MATRIZ DE RISCO
Como previamente esclarecido, há diversas formas de se mensurar uma escala, e
sendo assim, apresenta-se uma escala que possa ser de fácil compreensão. A grande
vantagem da escala de Likert é sua facilidade de manuseio, pois um pesquisado possui certa
destreza em emitir um grau de concordância sobre uma afirmação qualquer. Adicionalmente,
a confirmação de consistência psicométrica nas métricas que utilizaram esta escala
contribuiu positivamente para sua aplicação nas mais diversas pesquisas (COSTA, 2011).
Foi utilizada como base a Escala de Likert e, também, realizada uma adaptação
para que a mesma mantivesse uma estrutura mais adequada para o trabalho.
TABELA 5 - MATRIZ DE RISCO SHS
Assim, o autor estabelece os seguintes critérios de divisões adaptando os
critérios da Escala de Likert.
TABELA 6 - LEGENDA GRAU DE RISCO
52
Coelho e Esteves (2007) discorrem que escalas com grande números de pontos
acrescentam a análise de dados e melhoram no cálculo estatístico. Já escalas muito pequenas
tendem a não entregar boa distinção de respostas.
Então, estabeleceram-se cinco variáveis de severidade e probabilidade, com graus
estabelecidos de 1, 3, 5, 8 e 10. Sendo o grau mais leve de severidade considerado Sem
Impacto e o mais alto, o Catastrófico. E, no que concerne a Probabilidade, o menor como
Raro e o maior como quase certo.
4.3.1.1 - Severidade
Abaixo se descreve cada critério de severidade e alguns exemplos que servem como
norte para uma análise mais clara e concisa.
TABELA 7 - GRAU DE SEVERIDADE
SEVERIDADE CRITÉRIO
BAIXO
IMPACTO
Quando a consequência não representa danos à saúde nas
circunstâncias normais, ou apenas situação de desconforto; quando
não representa prejuízo ao ambiente de trabalho. Operações em que
não há restrições ergonômicas.
Exemplos:
- Exposição a ruídos muito pequenos;
- Operação em que não há registro de incômodo ou de dores
localizadas no corpo;
- Manuseio de água tratada clorada;
- Varrição de piso.
53
LEVE Quando não há ameaça à saúde, mas gera um pequeno desconforto.
Gerando pequenos incômodos no corpo;
- Pequenos incômodos ergonômicos devido a uma má execução de
atividade;
- Exposição a ruídos em tons normais;
- levantamento de pequenos pesos.
MÉDIO Quando o número de agentes não é suficiente, mas representa dano à
saúde nas condições normais. Contudo não traz consequências
suficientes para danos agudos ou crônicos;
Quando a consequência traz poucos ou quase nenhum prejuízo
ambiente.
Exemplos:
- Exposição a ruído dentro do limite da norma;
-Manuseio de resíduos sólidos inertes não contaminados (resíduos de
plástico, vidro, metal, etc.);
- Manuseio de resíduos sólidos domésticos (lixo comum);
- Utilização de banquetas.
GRAVE Retrata uma eminente ameaça à saúde do trabalhador, ocasionando
graves consequências;
Obriga um controle da exposição, como o uso de equipamentos de
proteção e/ou treinamentos;
Normalmente se encontra no limite permissível por norma dos agentes
envolvidos, trazendo, assim, prejuízos ao ambiente de trabalho e/ou
que obrigando uma realocação específica.
Exemplo:
- Alta exposição a ruídos;
- Trabalho com explosivos ou fontes radioativas, mesmo que por
pessoas habilitadas;
- Contato com produtos inflamáveis, tintas, solventes, óleo etc.;
- Exposição em grandes alturas, utilizando EPIs e EPCs;
- Exposição a eletricidade utilizando EPIs e EPCs;
54
- Utilização de equipamentos mecânicos sem a devida proteção e
treinamento.
CATASTRÓFI
CO
Retrata uma eminente ameaça à saúde do trabalhador, ocasionando
graves lesões. Obriga um controle da exposição, como o uso de
equipamentos de proteção e/ou treinamentos;
Quando exposto a produtos cancerígenos;
Quando há iminente afastamento médico por lesões, e quando os
agentes presentes superam os limites da norma e quando o mesmo
causa irritação;
- Alta exposição a ruídos, causando falha nas percepções auditivas;
- Manuseio de resíduos sólidos ambulatoriais;
- Contato com produtos inflamáveis, tintas, solventes, óleo, dentre
outros, por pessoas não capacitadas, ou com deficiência de oxigênio
no ambiente;
- Exposto a alturas elevadas sem uso de equipamentos de proteção;
- Exposto a eletricidade sem EPIs e EPCs.
4.3.1.2 - Probabilidade
Assim como também estão descritos de forma detalhada os critérios de probabilidade
da matriz de risco.
TABELA 8 - CRITÉRIO DE PROBABILIDADE
55
PROBABILIDADE CRITÉRIO
RARO Extremamente difícil de se acontecer.
BAIXO Pouco provável que ocorra. Apenas em casos esporádicos.
MÉDIO Ocorre pelo menos uma vez por mês.
ALTO Acontece em média uma vez por semana.
QUASE CERTO É esperado que ocorra com frequência. Ao menos uma vez ao dia.
4.3.1.3 - Risco
Com todos os instrumentos em mãos, podem-se definir os graus de risco presente na
Matriz, que foram classificados em: Tolerante, Moderado, substancial e Intolerável. Com as
devidas descrições dadas pelo quadro abaixo.
TABELA 9 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
RISCO CRITÉRIO
TOLERANTE O risco encontra-se controlado. Revise sempre os procedimentos.
MODERADO Estudar maneiras diferentes para manter ou melhorar o controle
dos agentes em questão. Repense a maneira de controlar.
56
SUBSTANCIAL Pôr em prática e em modo de urgência formas de controle rígido.
Buscar e corrigir erros operacionais que possam existir.
INTOLERÁVEL Paralisar toda a produção envolvida na área em questão. Corrigir
imediatamente todos os erros do processo, envolver a todos e
verificar se todas as correções foram efetuadas antes de retornar a
produção. Propor melhores medidas de controle.
4.3.2 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS
A NR-9 define os riscos como riscos ambientais como:
“9.1.5. Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os
agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho
que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador”.
Há também na literatura um consenso do acréscimo dos riscos de acidente e riscos
ergonômicos. Segue abaixo a TABELA 10 com os riscos categorizados e em grupos, para
uma melhor definição e explicitação.
57
TABELA 10 - AGENTES DE RISCO
58
59
4.3.3 - MAPA DE RISCO
O mapa de risco deve ser exposto nos principais locais por onde passam os mutirantes
e funcionários, de modo que seja de clara visualização pelos mesmos. Faremos aqui a
exposição do mapa de risco dos três cenários propostos. Também, de cada dispositivo do
canteiro, de forma distinta. Desta maneira, cada dispositivo deverá ter, do mesmo modo, de
forma clara, o seu mapa divulgado. E, isso serve também para, no momento em que houver
uma distribuição diferente de canteiro, os responsáveis terem em mãos as individualidades
dos dispositivos. Todos os arquivos a seguir constam em anexo.
4.3.3.1 - REFEITÓRIO
FIGURA 9 - MAPA DE RISCO REFEITÓRIO
4.3.3.2 - VESTIÁRIO E SANITÁRIO
FIGURA 10 - MAPA DE RISCO VESTIÁRIO E SANITÁRIO
60
4.3.3.3 - ALMOXARIFÁDO HIDRÁULICA / ELÉTRICA.
FIGURA 11 - MAPA DE RISCO ALMOXARIFE
4.3.3.4 - LABORATÓRIO DE TESTES
FIGURA 12 - MAPA DE RISCO LABORATÓRIO DE TESTES
61
4.3.3.5 - GUARITA
FIGURA 13 - MAPA DE RISCO GUARITA
4.3.3.6 - GALPÃO DE ARMAZENAMENTO
FIGURA 14 - MAPA DE RISCO DO GALPÃO DE ARMAZENAMENTO
62
4.3.3.7 - FÁBRICA
FIGURA 15 - MAPA DE RISCO FÁBRICA
4.3.3.8 - ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAMASSA
FIGURA 16 - MAPA DE RISCO ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAM.
63
4.3.3.9 - ESCRITÓRIO
FIGURA 17 - MAPA DE RISCO ESCRITÓRIO
4.3.3.10 - ARMAZENAMENTO DE TIJOLOS
FIGURA 18 - MAPA DE RISCO DE ARMAZENAMENTO DE TIJOLO
64
4.3.3.11 - CENÁRIO A
FIGURA 19 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO A
4.3.3.12 - CENÁRIO B
FIGURA 20 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO B
65
4.3.3.13 - CENÁRIO C
FIGURA 21 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO C
66
4.3.4 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
O uso de equipamentos de proteção individual é imprescindível para a segurança do
trabalhador no pleno desenvolvimento de suas atividades. As condições dar-se-ão para o uso
de tais equipamentos no que se refere à duração, são definidas por meio dos riscos
envolvidos nas atividades executadas. Há duas categorizações de EPIs, os equipamentos de
uso temporário e os equipamentos de uso obrigatório.
Os equipamentos de uso obrigatório são aqueles dos quais os trabalhadores fazem
uso durante todo o tempo em que estiverem no canteiro. Como por exemplo capacetes, botas,
dentre outros.
Já os de uso temporário se referem aos equipamentos cujo uso só se torna obrigatório
durante a manipulação de algum aparato ou, exercendo alguma atividade. Como por
exemplo o protetor auricular, no uso de equipamentos com grande efeito sonoro.
No projeto foram mapeadas as atividades em que serão executados alguns dos
principais EPIs que deverão ser utilizados pelos mutirantes e colaboradores.
TABELA 11 - LISTA DE EPI’S
RECOMENDAÇÕES DE EPI
N EPI OBJETIVO ATIVIDADES DE USO
OBRIGATÓRIO
RISCO A SER
EVITADO:
EP1 Capacete de
Proteção
(Com jugular)
Proteger a cabeça
contra qualquer
tipo de impacto
Todos os colaboradores
devem seguir a utilização
devido ao risco contínuo
dentro do canteiro de
obras e seguir as normas
da empresa.
Prevenir o acidente
causado por queda
de materiais,
perfurações
provenientes de
qualquer tipo de
impacto,
diminuindo a lesão.
67
EP2 Botina de
Segurança
Proteção dos pés
com o objetivo de
evitar lesões e
ferimentos.
Todos colaboradores dos
setores de serviços
devem estar utilizando
durante toda a jornada de
trabalho, evitando, assim,
o risco de acidente.
Risco de queda de
objetos e até
mesmo material,
contato com
umidade.
EP3 Respirador
purificador de
ar tipo peça
semifacial
PFF1, PFF2
Proteção das vias
respiratórias
contra poeiras.
Atividades que
exponham o colaborador
próximo de produtos
químicos, poeiras
vegetais, onde são
encontradas diretamente.
Ex: Operações de
trabalho onde haja poeira,
dentro do canteiro de
obra, em todos os setores.
Produto químicos,
tais como pó de
cerâmica , cimento
(álcalis cáusticos)
EP4 Óculos de
proteção.
Incolor
Proteção para os
olhos devido a
possíveis
respingos de
produtos químicos
e outras eventuais
projeções de
materiais.
Todas as atividades que
ofereçam risco de
projeção de materiais ou
respingo de produtos
químicos. Ex: No
manuseio da madeira,
evita fagulhas, contato
com cimento e evita o
contato direto com
materiais utilizados.
Evita o contato
direto dos
colaboradores com
produtos químicos.
68
EP5 Luvas Látex
(PVC) Luvas
Nitrílicas,
pigmentadas
Proteção para a
pele (mãos)
devido ao contato
direto com o pó da
madeira.
Todas as atividades que
coloquem em contato a
pele do trabalhador. Ex:
Pedreiro
Evita o contato
direto com a pele
do colaborador.
EP6 Protetor
Auricular
(Tipo Plug/ ou
Concha)
Protetor de
audição.
Todas as atividades onde
houver exposição a
fontes ruidosas,
recomendada a utilização
devido à possível perda
de audição.
Diminuir
consequências pro
futuro do
colaborador.
EP7 Cinto de
Segurança
(Tipo
paraquedista
com talabarte)
Proteção para
risco de queda.
Todos os colaboradores
expostos à altura acima
de 2m deverão utilizá-lo,
obrigatoriamente.
Evita o risco de
queda ou
diminuindo lesão.
EP8 Luva
Pigmentada
Para Proteção das
mãos
Todos os colaboradores
que estiverem em uso de
algum equipamento.
Evita o Risco de
Cortes e mutilações
em contato com o
uso de
equipamentos.
EP9 Protetor Solar Para pele Todos os colaboradores
que ficarem expostos à
radiação Solar
Evita queimaduras,
câncer e doenças
de pele devido ao
excesso de tempo
exposto ao sol.
69
4.3.5 - DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E FUNÇÕES, LOCAIS E RISCOS
ENVOLVIDOS.
Cada profissional ou mutirante que atue no canteiro de obras exercendo uma das
obra, estará exposto a uma diversidade de agentes. Esses agentes, como pudemos ver
anteriormente, são oriundos dos diversos espaços em que cada atividade se aloca.
Isso evidencia a necessidade de pensarmos quanto à segurança do trabalho, não só
pela ótica da identificação desses agentes nos espaços físicos do canteiro, mas também
individualmente, por função exercida. Isso nos permite identificar os equipamentos de
proteção individual que devem ser usados por cada profissional ou mesmo alguma limitação
física que a função necessite.
Nessa análise, leva-se em conta todo o desgaste mental e físico que os mutirantes
possam vir a carregar nesse período, e as análises devem ser ainda mais restritivas e
observadas.
No apêndice se encontram as análises realizadas, indicando os locais onde cada
profissional atuará, a descrição das atividades realizadas, os riscos físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e de acidentes que envolvem cada um. E, ao final, uma lista dos
equipamentos que deverão ser utilizados por cada profissional e algumas observações que o
autor achou pertinente devidos às características de cada atividade.
4.4 - GAMPA
O GAMPA é o Grupo de Acompanhamento, Motivação e Prevenção de Acidentes,
e tem o objetivo de criar uma equipe dentro do mutirão que seja capaz de gerir e acompanhar
todos os dados e informações da segurança do trabalho do canteiro de obras. Dispõe-se,
também, a propor ações que visem melhorar o bem estar dos mutirantes e seus
colaboradores.
4.4.1 - Engajamento do Grupo.
Jonatas Pereira Oliveira e Noemi Andrade de Oliveira (2017) citam Anne Spurgeon
(2003) que afirma:
“A preocupação central em relação ao número de horas
trabalhadas é o desenvolvimento da fadiga e, associado a isso, do estresse
ocupacional, sendo que a exposição cumulativa à fadiga e ao estresse
desemboca em problemas de doenças mentais e cardiovasculares. A
70
situação é ainda mais grave quando os trabalhadores são submetidos
rotineiramente ao regime de horas extraordinárias”.
Considerando-se que a ideia principal do empreendimento é que o mesmo seja
realizado em turno noturno e aos finais de semana, ou seja, em período onde seja possível
para os mutirantes continuarem com seus trabalhos externos, não comprometendo, deste
modo, a sua fonte de renda, é de se esperar que a maioria dos trabalhadores ali presentes
estejam exaustos após uma fatigante jornada de trabalho.
“E se tratando de um desastre ou de uma situação socioeconômica
desfavorável é difícil antever o tempo de recuperação de cada indivíduo
traumatizado, pois as reações ao desastre são muito distintas entre si. Há
razões que possibilitam a completa ou parcial não recuperação do
indivíduo, como a criação de um grupo de apoio dentro e fora da
comunidade em questão, o que mostra como é relevante um suporte
exclusivo para esses”. (Leandro 2013 apud, FRANCO, 2005 apud
TORLAI, 2010, p.32).
Logo, o GAMPA tem como propósito maior fazer um acompanhamento da saúde
geral dos mutirantes, intervindo não apenas no que diz respeito à prevenção de doenças e
traumas físicos causados por descuidos em ambiente de trabalho, mas também na observação
do desenvolvimento da saúde mental dos seus colaboradores; propor ferramentas e maneiras
de manter viva a motivação diária, fazendo do mutirão um ambiente saudável, familiar,
alegre e de bom astral; criar um espírito de grupo unido, visto que o propósito é de
reconstituir suas vidas.
4.4.2 - Psicologia na Condução do Empreendimento.
TORLAI (2010, p.39) baseia-se em Smith (1983) Para afirmar que existem quatro
estágios pertinentes ao modo como são absorvidos os impactos nas situações de desastre,
bem como maneiras de se adaptar às mesmas. Smith deixa claro que cada acontecimento é
singular e as circunstâncias são únicas, observando assim a sua individualidade (Apud,
Leandro 2013). Essas etapas, validadas por JARERO (2010), são:
− O primeiro momento, denominado de heroico, aparece logo após a
ocorrência do evento e, geralmente, é caracterizado pelo comportamento de
altruísmo, coesão e otimismo da comunidade;
− A segunda fase, chamada lua de mel, consiste na solidariedade social e nos
esforços para a organização do local atingido;
71
− No terceiro estágio, a desilusão pode-se estabelecer, pois algumas pessoas
tendem a se retirar das organizações comunitárias, expressando sentimentos
negativos em relação às ações governamentais, principalmente quando se mostram
aquém do esperado e do necessitado. É normalmente quando os sobreviventes
enfrentam a mais dura e cruel realidade;
− Na etapa de reconstrução, os indivíduos assumem a responsabilidade pela
sua própria recuperação e restauração de sua comunidade. É um processo de
completo retorno à normalidade, buscando o desenvolvimento.
Para um melhor entendimento psicológico sobre como funciona cada etapa descrita
anteriormente, e para que os integrantes do GAMPA possam observar melhor as
características e reconhecê-las durante todo o processo de reconstrução, Janero, 2010 apud
Leandro, 2013 descreve de forma minuciosa:
TABELA 12 - CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS (Janero, 2010 APUD LEANDRO DI
GREGORIO,2013)
FASE CARACTERÍSTICAS
HEROICA • Apresenta-se durante o impacto e imediatamente depois;
• Esta fase se caracteriza por enormes níveis de energia, tanto dos indivíduos como
da comunidade local, nacional e internacional que se traduzem em ações heróicas,
atividades de resgate, de ajuda, de oferecimento de refúgio, reparações de
emergência e limpeza;
• A emoção predominante é o altruísmo;
• Durante esta fase também podem apresentar-se atos de vandalismos, de rapina,
abusos e violências sexuais, sequestro e tráfico de menores, e ainda violências com
todas suas formas e manifestações, pois os desastres, que são experiências- limite,
fazem vir à luz o melhor e o pior do ser humano;
• Algumas vezes os governos têm de intervir com suas forças armadas para
restabelecer a ordem;
• A duração desta etapa é de algumas horas até vários dias.
72
LUA DE
MEL
• Esta fase se caracteriza por fortes sentimentos de apoio, coesão e otimismo na
comunidade. Há uma forte sensação de haver compartilhado uma experiência
catastrófica e haver sobrevivido. Há um alto nível de expectativas postas na ajuda
internacional e no governo do seu país. Os meios de informação nacional e
internacional põem sua atenção na zona do desastre;
• Há promessas por toda parte dos governantes locais quanto à reconstrução das
comunidades, investigações judiciais e justiça para todos;
• Existe uma tendência, tanto das autoridades como das empresas com interesses
políticos e econômicos na região afetada, somente se concentrarem nos aspectos
materiais e da reconstrução e acabam esquecendo ou encobrindo, na medida do
possível, as sequelas do trauma psicoemocional e psicossocial;
• Enquanto é possível, dizem frases como “Já passou o pior”, “Agora temos que
olhar para frente”, e tratam de evitar que se mostrem as “coisas feias”, produtos
do desastre, como a profunda dor, angústia e desespero que está vivendo esta
população e que, mesmo que não receba ajuda especializada, seguirá sofrendo
muito tempo depois que pontes, estradas e hotéis de luxo estejam funcionando;
• Essa atitude de ignorância e indiferença e até os efeitos do trauma
psicoemocional podem impedir que se leve em frente uma abordagem de Amplo
Espectro dos devastadores efeitos psicoemocionais e psicossociais que tenha
vivido a população afetada, o que pode provocar uma deterioração mais profunda
do tecido social da comunidade e tornaria mais difícil a Fase de Reconstrução;
• Os sobreviventes tendem a pensar nas suas casas, comunidade e vidas – como
eles as conheciam ou incluindo melhores – que sejam restituídas rapidamente e
sem complicações;
• A complexidade da reconstrução começa a aparecer;
• Podem aparecer más notícias de sequestro e tráfico de menores; agressões e
abuso, incluindo atentado sexual _ tanto em meninas e mulheres como em
colaboradores (voluntários, homens e mulheres) _ nas comunidades isoladas, nos
albergues; atos de violência e roubo de ajuda humanitária ou uso com fins
políticos;
73
• Nos albergues, centros americanos, descobriram pessoas repartindo os
escondidos antidepressivos a adultos, assim como dinheiro e brinquedos das
crianças para ganhar seus favores sexuais;
• Podem aparecer deficiências por parte das autoridades locais e/ou federais ao
oferecer ajuda a todos os afetados, podendo provocar fortes reações de indignação,
protestos e inclusive violência nas comunidades que não receberam ajuda;
• Os recursos mais importantes durante esta fase são tanto os grupos preexistentes
como os novos grupos da comunidade, que formam a raiz da emergência, com o
objetivo de proteger-se entre eles e cobrir as necessidades
específicas causadas pelo desastre, que não tenham sido satisfeitas pelas
autoridades;
• A duração desta etapa é aproximadamente de três semanas a três meses depois
do desastre;
• Os profissionais em saúde mental que não sejam experientes são propensos a
abandonar o lugar do desastre no final desta fase, com a impressão de que “já
passou o pior” e falham ao preparar os sobreviventes, os seus auxiliares e os/as
profissionais de saúde mental da comunidade para as manifestações do Trauma
Psicológico Complexo que se apresentarão numa porcentagem da população,
durante as seguintes semanas e meses;
• Por meio da história dos desastres, temos aprendido que o trauma inicial de
muitos
sobreviventes e seus socorristas (colaboradores) se resolve por sua resiliência
natural;
• Também aprendemos que, mesmo que haja ajuda da intervenção psicológica
imediata, num futuro próximo começaremos a ver que aparecem casos de Trauma
Psicológico Complexo (transtorno por Estresse Traumático e sintomas
comórbidos), dos quais é muito difícil curar sem tratamento especializado;
• Agora vejamos, aproximadamente, pela quarta semana depois do desastre (caos),
começam a diminuir os recursos enviados de fora, assim como a cobertura dos
meios de comunicação (informação). A energia que foi mostrada ao princípio
começa a diminuir e aparece a fadiga, o que prepara o cenário para a fase seguinte.
74
DESILUSÃO • Esta fase também se denomina “segundo desastre”, devido à infinidade de
problemas que surgem da desorganização social e psicoemocional causada pelo
desastre;
• Podem aparecer nos refúgios / abrigos um aumento da violência intrafamiliar,
agressão e abuso sexual a meninas e mulheres, uso de drogas, brigas com outros
afetados, falta de higiene, ócio, etc.;
• Há muitos sobreviventes que não aceitam ir a abrigos / refúgios e permanecem
vivendo sobre os escombros ou próximo do que foi sua casa, e isso dificulta o
trabalho de ajuda psicoemocional e psicossocial;
• Durante esta fase, os sobreviventes enfrentam a mais dura e cruel realidade;
• As perdas: mortes, destruição dos bens materiais, desemprego, lesões ou
disfunção física severa originam os processos de lástima e aflição, também
chamado luto;
• Esses processos agravam-se com os saques, vandalismos, perseguições /
agressões, abuso, violações sexuais etc., o que já falamos anteriormente;
• É durante esta fase que se podem manifestar abertamente os sintomas do Trauma
Psicológico Complexo do qual temos falado e que não só afetam os sobreviventes
como os seus socorristas (colaboradores, ajudantes), suas famílias e o tecido social
da comunidade;
• Ainda durante esta fase, todos os citados podem sentir-se abandonados e
sozinhos, e então, agravarem-se os sintomas do Trauma Psicológico Complexo e
aumentar a porcentagem de suicídios e homicídios;
• Nesta fase, aparece um segundo tipo de estresse (o primeiro é produzido no
desastre). Esse é produzido por tratar com agências governamentais, companhias
de seguro, seguir vivendo nos albergues, as mudanças de lugar, papéis de
tramitações, demoras legais, perdas materiais, perdas de segurança ou proteção,
aumento da vulnerabilidade, perda de acostumar-se (familiarizar-se) com os
escombros ou tudo derrubado, escutar por muito tempo as pessoas dizerem “Vive
com isso, já aconteceu há muitos meses”, “Viva deixando de ser uma vítima”;
• Aqui se podem apresentar fortes sensações de cólera, desilusão, ressentimento e
amargura se houver atrasos, fracassos, desejos ou promessas não cumpridas por
parte das autoridades;
75
• A anterior pode produzir sintomas como ira, sensação de impotência, transtornos
somáticos e tendência a idealizar a moradia perdida;
• Esses sintomas também são conhecidos como “síndrome do desastre”;
• Tempo aproximado desta fase: mínimo de 6 meses a mais de um ano.
RECONSTR
UÇÃO
• É um processo de completo retorno à normalidade, procurando o
desenvolvimento;
• Esta etapa tem quatro objetivos simultâneos:
o A criação de novas fontes de trabalho e recuperação do desenvolvimento
social;
o A reparação dos danos materiais e em especial os de moradia, infraestrutura e
fontes de trabalho;
o Considerações sobre as medidas de prevenção e suavizar os riscos para a
nova comunidade;
o O total restabelecimento do equilíbrio psicoemocional e psicossocial;
• É saudável fazer nos eventos de aniversário, um repassar positivo das vitórias e
crescimento;
• Caso não se trabalhe o Trauma Psicológico Complexo dos sobreviventes e
socorristas e os esforços de recuperação demorem, podem resultar sérios e intensos
problemas psicoemocionais e psicossociais que deterioram ainda mais o frágil
tecido social da comunidade afetada;
• Progressos visíveis podem reanimar as crenças em si mesmo e na comunidade;
• Os recursos mais importantes são os grupos sociais da nova comunidade;
• Tempo da fase: duração de vários anos depois de ocorrido o desastre.
O autor ainda discorre que a situação em que se encontram pós desastres é de
completo abandono, seja por perdas humanas ou materiais. Assim, é necessário que se
construa um local para que possam se sensibilizar e lutar para sua completa reconstrução e
que se sintam completamente estimulados.
76
4.4.3 - Composição do GAMPA
Sua composição terá como base a NR-5 que trata sobre os procedimentos da CIPA.
Ao menos um dos responsáveis técnicos pelo empreendimento, engenheiro ou arquiteto,
precisará compor a GAMPA. Ele é quem será o responsável por capacitar todo o grupo,
mostrar a funcionalidade dos mecanismos de segurança do trabalho, bem como executá-los.
Também deverão arquitetar como se darão suas atividades, procedimentos e registros.
A divisão ocorrerá em torno da estrutura organizacional do projeto SHS, que conta
com 5 GT’s - Grupos de Trabalho. Dito sistema é independente do porte do empreendimento,
portanto, cada grupo deverá ter, no mínimo, 01 (um) representante e 01 (um) suplente como
membros do GAMPA. Desta maneira, tal representante será e o responsável por fiscalizar e
repassar as atividades propostas aos seus colegas. Nos grupos de apoios A (Administração,
Almoxarife, Vigia e etc) e B (Limpeza, Alimentação, Creche e etc), pode-se designar um
titular de um grupo e um suplente de outro. Há ainda a necessidade de se ter ao menos um
colaborador que fique exclusivamente com essa função, a fim de coordenar e pensar no plano
de segurança do trabalho, rotineiramente, em projetos com elevada quantidade de
mutirantes.
Assim, a GAMPA terá como composição mínima 07 titulares e 07 suplentes em sua
composição. Essa formação então se dará para até 100 colaboradores na obra. Após esse
número, acrescentar 01 (um) titular e 01 (um) suplente nos GTs para cada acréscimo ou
fração de 50 pessoas no canteiro, e nos grupos A e B essa análise se faz necessária pelo
responsável técnico, conforme achar pertinente. Não se fará necessário que os mutirantes
que fizerem parte do GAMPA deixem suas funções dentro da obra ou apoio, pois esta será
uma atividade extra. Em empreendimentos muito grandes (+ 250 pessoas na obra), com alto
número de pessoas circulando, podem-se designar alguns desses colaboradores para
permanecerem exclusivamente na GAMPA, fiscalizando e rodando a obra, a fim de
colherem informações e darem orientações.
Foto 22: Fluxograma GAMPA
77
Dessa forma, teríamos para os cenários estudados A, B e C a definição dos seguintes
grupos:
● GAMPA CENÁRIO - A: 07 Titulares e 06 Suplentes
Responsável Técnico - 01 Titular
Apoio - 01 Titular + 01 Suplente
Canteiro (GTs) - 05 Titulares + 05 Suplentes
● GAMPA CENÁRIO - B: 12 Titulares e 09 Suplentes
Responsável Técnico - 02 Titulares + 01 Suplente
Apoio - 02 Titulares + 01 Suplente
Canteiro (GT’s) - 07 Titulares + 07 Suplentes
Extra (Exclusivo) - 01 Titular
● GAMPA CENÁRIO - C: 17 Titulares e 13 Suplentes
Responsável Técnico - 02 Titulares + 01 Suplente
Apoio - 02 Titulares + 01 Suplente
Canteiro (GT’s) - 11 Titulares + 11 Suplentes
Extra (Exclusivo) - 02 Titulares
4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS
O DDS é um planejamento com objetivo de criar uma rotina de compreensão em
torno de boas práticas pelos mutirantes no canteiro de obras. Tal planejamento é dado em
forma de conversas antes, durantes e depois das atividades.
78
Não há nenhuma norma ou lei que discorra sobre a aplicação e procedimentos
referentes ao DDS. Porém, no Brasil, há algumas normas e leis que deixam explícita a
obrigatoriedade do empregador, ou nesse caso, do responsável pelo empreendimento, em
expor todos os perigos existentes no decorrer das tarefas.
Lei 8.213/91, artigo 19: § 3º É dever da empresa prestar
informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do
produto a manipular. (BRASIL, 1991).
A NR-1 e a NR-9 também tratam do assunto em seus itens 1.7 e
9.5.2 respectivamente.
NR1 - 1.7 c) informar aos trabalhadores: I – os riscos
profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II – os meios
para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
(BRASIL, 2009).
NR9 - 9.5.2 Os empregadores deverão informar os
trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais
que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis
para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
(BRASIL, 2014).
A conversa sobre a elaboração de cada atividade deverá ser conduzida pela equipe
do GAMPA e imediatamente antes do início das atividades. Deverão ser expostas a cada
grupo de trabalho quais atividades serão executadas e quais procedimentos de segurança do
trabalho serão realizados. Essa atividade geral terá curta duração, entre 5 e 10 minutos, no
máximo.
O comprometimento da alta direção e a participação efetiva dos colaboradores na
criação de uma cultura de segurança consistente faz com que todos se sintam mais
responsáveis quanto à prevenção e à manutenção de um ambiente livre de acidentes e riscos
à saúde (CHOUDHRY et. al., 2007).
Para manter todo o grupo de mutirantes engajados e ativos, a cada dia um mutirante
diferente deverá ficar responsável por observar e orientar seus colegas sobre os riscos
presentes e fiscalizar o uso dos equipamentos de proteção, bem como estimular seu uso
contínuo.
79
No Brasil há leis Federais e estaduais, como a lei federal nº 8.213, de 1991 que obriga
a elaboração de um comunicado para a previdência social, bem como leis que obrigam o
registro e comunicado aos devidos órgãos referentes aos acidentes de trabalho ocorridos
dentro ou em função das atividades exercidas pelo trabalhador.
Os dados supracitados servem para que se assegurem não só direitos aos
trabalhadores acidentados, mas também para que haja um estudo acerca do ocorrido e
possam ser elaboradas medidas para evitar mais ocorrências. Estudos, normas e leis sobre a
segurança do trabalhador foram realizadas a partir de dados colhidos desses acidentes.
Visto isso, o GAMPA deverá registrar todas as atividades e procedimentos
realizados, bem como qualquer incidente, por menor que seja, que ocorrer dentro do
empreendimento e quando necessário os dados deverão ser encaminhados, também, às
autoridades responsáveis. Isso servirá para a equipe avaliar onde precisará dar maior atenção
aos procedimentos de prevenção de acidentes.
4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
O Projeto de sinalização de um canteiro de obra é um instrumento tão importante
quanto a utilização de equipamentos de uso individual e coletivo. É através de tais
instrumentos que os trabalhadores e mutirantes se orientam e são informados dos perigosos
presentes.
A NR-18 (2006) em seu item 18.27 discorre sobre a sinalização de segurança no
canteiro de obra:
18.27.1. O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo
de:
a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de
obras; (118.538-1 / I1)
b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; (118.539-0 /
I1)
c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
(118.540-3 / I1)
d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental
com partes móveis das máquinas e equipamentos. (118.541-1 / I1)
e) advertir quanto a risco de queda; (118.542-0 / I1)
80
f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico
para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência
próximas ao posto de trabalho; (118.543-8 / I1)
g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e
circulação de materiais por grua, guincho e guindaste; (118.544-6 / I1)
h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na
obra; (118.545-4 / I1)
i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-
direito for inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros); (118.546-2 /
I1)
j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas,
inflamáveis, explosivas e radioativas. (118.547-0 / I1)
Sendo assim, qualquer que seja o tamanho do canteiro de obras ou sua distribuição
no espaço físico local, o responsável técnico deverá prover o projeto de sinalização do
canteiro.
Esse tem serventia não apenas para quem trabalha dentro do canteiro, mas também
para visitas, inspeções, fiscalizações e para casos de evacuação ou acidentes.
Dentre as sinalizações que devem constar no projeto, há de se destacar as indicações
de saída e entrada, de áreas onde é proibida a circulação de pessoas (como as áreas de
circulação de caminhonetes), sinalização de velocidade máxima permitida na via, utilização
de equipamentos de proteção obrigatórios e a sinalização da direção onde se localizam os
dispositivos do canteiro.
Para projetos com grande extensão territorial, há a possibilidade de se elaborar um
mapa do canteiro e disponibilizá-lo em pontos de grande concentração de pessoas, nas
entradas e saídas e na administração.
É importante salientar que, pelo projeto ser executado predominantemente durante o
turno noturno, há de se elaborar um projeto de iluminação adequada, pois a escassa
visibilidade no canteiro de obra pode ocasionar lesões e acidentes.
O projeto de combate e sinalização de incêndio também devem constar nos projetos
finais, como parte do projeto de segurança do empreendimento.
81
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 - CONCLUSÕES
Conforme visto, o principal objetivo deste trabalho foi realizar um estudo que
contemplasse uma análise sobre os riscos envolvidos no canteiro de obras do projeto e as
consequências na saúde física e mental do trabalhador, levando em conta todo o processo de
reconstrução de vida em que está exposto.
Após o estudo percebeu-se a complexidade acerca do tema da segurança do trabalho
em um empreendimento de construção civil, principalmente quando se trata de um projeto
de tamanha proporção. São inúmeras as dificuldades de se controlarem todas as
possibilidade de riscos presentes em um canteiro ainda não definido.
Tratando-se de um empreendimento social, pós desastre, com seus colaboradores em
situação socioeconômica frágil e com turnos de trabalho em horários alternativos, o
empreendimento fica suscetível a um desgaste maior de seus participantes, tornando o
canteiro mais passível de riscos desconhecidos.
82
Com a dificuldade de se ter um padrão de layout ou de um projeto fechado com os
tipos de embriões e a quantidade dos mesmos, optou-se por utilizar como base de estudos
cenários fictícios acerca das famílias participantes do projeto. Isso nos permitiu ter uma
grandeza dos empreendimentos e entender um pouco as diferenças que permeiam os
cenários.
Temos no Grupo de Acompanhamento, Motivação e Prevenção de Acidentes, o
GAMPA, um importante produto deste trabalho. É nele que se dará todo desenvolvimento
das análises de segurança do trabalho, bem como a compilação dos dados obtidos no
empreendimento. É responsável também por observar os aspectos mentais dos mutirantes
envolvidos não só no canteiro de obra, mas também nas atividades de apoio. Dentro do
GAMPA há também o Diálogo Diário de Segurança - DDS que consiste em um diálogo
coletivo de curta duração, antes do expediente. Ação que pode prevenir acidentes,
conscientizar os colaboradores e passar informações sobre a rotina de segurança.
Outra ferramenta de grande importância no desenvolvimento do trabalho foi a matriz
de risco, que foi desenvolvida tomando como base a escala de Likert. A escala trás cinco
níveis de escolha, o que torna a escolha visivelmente facilitada, minimizando dúvidas.
As plantas contendo o mapa de risco de cada dispositivo que irá compor o canteiro
do empreendimento deverá guiar os responsáveis técnicos dos riscos envolvidos e também
na montagem do espaço físico do canteiro de obras. Além de já estarem disponíveis em
forma definitiva.
Foi possível então elaborar uma análise mais qualitativa dos agentes presentes na
segurança do empreendimento e das possíveis formas de controle desses. Tal ocorrência
fornece a quem for tocar o empreendimento uma análise prévia do que poderá encontrar no
projeto, sendo, deste modo, capaz de fazer escolhas mais rápidas, aplicar melhor as
ferramentas apresentadas e tomar os devidos cuidados.
É importante acentuar, novamente, que as análises feitas aqui, em sua totalidade,
deverão ser reafirmadas pelos profissionais técnicos escolhidos para tocar o projeto. Eles
deverão ser adaptados de modo a atenderem todos as normas locais vigentes.
Levando em conta a complexidade de se desenvolver um projeto de segurança do
trabalho para um empreendimento genérico, sem informações sobre seu tamanho,
disponibilidade do espaço físico, quantidade de mutirantes e outros dados técnicos, o
presente trabalho tem como objetivo final informar, orientar e guiar os profissionais que
realizarão o projeto.
83
5.2 ESTUDOS FUTUROS
O estudo sobre a segurança do trabalho vai além do uso adequado dos dispositivos
de segurança individuais. Requer um esforço coletivo em prol da saúde do trabalhador, nos
detalhes ergonômicos, dispositivos de uso diários e meios de transporte. O presente trabalho
realizou um pequeno estudo dos agentes de risco presente em um canteiro modelo e limitou-
se em algumas ferramentas, trazendo ao autor algumas ideias de projetos futuros.
Um estudo sobre a alimentação querida pelos mutirantes. Sobretudo porque
os mesmos se encontram em situação extrema e em turnos de trabalho
ininterruptos, causando uma enorme demanda por energia. Logo, é preciso
um estudo que encaminhe uma alimentação balanceada para que a fala de
energia e força não seja um causador de acidentes de trabalho.
As instalações sanitárias em ambientes da construção civil costumam ser
negligenciadas e tratadas em segundo plano. O autor sugere que seja feito um
estudo sobre a utilização de containers nas instalações hidros sanitárias,
sendo esses móveis e com as instalações externas devidamente instaladas.
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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EMPRESAS CONSTRUTORAS DE EDIFICAÇÕES VERTICAIS
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CIVIL: UM ESTUDO DE CASO NO CANTEIRO DE OBRAS LOCALIZADO NA
CIDADE DE QUIXADÁ - XXXVI Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2016.
84
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Disponível em <https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2018/11/CBIC-INDICADORES-
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CICCO, F. Manual sobre sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho: OHSAS
18001. São Paulo: Risk Tecnologia, 1999.
CHAIB, Erick Brizon D´Angelo, 2005. PROPOSTA PARA IMPLEMENTAÇÃO DE
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA
DO TRABALHO EM EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE: UM ESTUDO DE
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DI GREGORIO, Leandro Torres. Proposta de ferramentas para gestão da recuperação
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85
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deJaneiro: Elsevier/Abepro, 2011.
Mauro MYC, Muzi CD, Guimarães RM, Mauro CCC, 2004. RISCOS OCUPACIONAIS
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MORAES, Mônica Maria Lauzid de. "O direito à saúde e segurança no meio ambiente do
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Norma Regulamentadora - NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (205.000-5)
Disponível em: <http://www.imt.usp.br/wp-content/uploads/comissoes/cipa/NR5.pdf>
Acessado: 07.Fev 2019
Norma Regulamentadora - NR-6 Equipamento de Proteção Individual (206.000-0/I0).
Disponível em: < http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_6.html>
Acessado: 07. Fev 2019
Norma Regulamentadora - NR 9 (2016) - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(109.000-3). Disponivel em:
<http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_9.html > Acessado: 07.Fev
2019
Norma Regulamentadora - NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção (118.0002). Disponível em: <
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_18.html > Acessado: 07 Fev
2019.
86
Norma Regulamentadora - NR-26 Sinalização de Segurança. Disponível em:
<http://www.trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR26.pdf > Acessado: 07 Fev
2019
Oda - Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. Et al.
Brasília. Ministério da Saúde, 1998
OLIVEIRA, R. P. "Tudo é arriscado": a representação do trabalho entre trabalhadores
informais da construção civil. 2004. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) -
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2004.
Redação SindusCon-SP. Entidades da cadeia produtiva da construção apresentam balanço
de 2018 e perspectivas para 2019. 07/12/2018. Acesso: 07, Fev. 2019. Disponível em:
<sindusconsp.com.br/entidades-da-cadeia-produtiva-da-construcao-apresentam-balanco-
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RELATÓRIO DE MERCADO, Revista FACUS. BANCO CENTRAL, 14, Dezembro de
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Acesso: 07, Fev. 2019
SANDRINI, LEANDRA MARCON 2018.- SEGURANÇA DO TRABALHO. UMA
VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA.
SANTANA, V. S.; OLIVEIRA, R. P. Saúde e trabalho na construção civil em uma área
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perception about products. Journal of Business Research. v. 57, n. 2, p. 08–24, 2004
87
ZARPELON, D.; DANTAS, L.; LEME, R. A NR -18 Como Instrumento de Gestão de
Segurança, Saúde, Higiene do Trabalho e Qualidade de Vida para os Trabalhadores da
Indústria da Construção. Monografia, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
2008.
APÊNDICES
Apêndice A - Carpinteiro
FUNÇÃO: CARPINTEIRO
ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS
ATIVIDADE: Executar a montagem das caixas para a concretagem das vigas e
colunas, executar todos os recortes e manutenção em madeiras,
preparar o acabamento das esquadrilhas, auxiliar também na
montagem das ferragens e alvenaria, conforme o andamento da
88
obra. Auxiliar também na limpeza e demolição das antigas
estruturas para construção de novas, ou até mesmo modificá-las.
RISCO FÍSICO
RUÍDO
CONTÍNUO OU
INTERMITENTE
A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que
estejam próximas façam uso de máquinas e equipamentos utilizados
no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.
FONTE
GERADORA
Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Através de ondas sonoras pelo ar.
DANOS A SAÚDE Perda total ou parcial da capacidade auditiva pelo ruído
ocupacional.
OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),
por curtos períodos de tempo, em média de 2 a 3 horas/dia. Com a
utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é
permitida a permanência do funcionário durante toda a carga horária
de trabalho nesse setor.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE: Realizar manutenções preventivas nas
máquinas e equipamentos, com o intuito de
reduzir o ruído desnecessário na fonte ou sua
devida substituição;
TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de ruído;
89
INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a
forma correta de uso, manutenção, higienização
dos EPIs fornecidos e substituição quando
necessário.
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES
NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.
Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo
- 13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças
90
respiratórias.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE Disponibilizar equipamentos de proteção
individual necessários para os devidos riscos
existentes.
TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.
INDIVÍDUO Realizar treinamento periódico aos seus
colaboradores devido à importância do uso de
EPI..
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.
RISCO ERGONÔMICO
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços
e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
91
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na
mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o
agravante de executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por
fadiga e estresse.
RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em
períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros
inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar
cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com
problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos devem
evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos os
movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas
e se acidentar, Irritação excessiva
RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento
antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e
alimentação durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
92
Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.
Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDADO
:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos
de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o
cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou
ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas
próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura
superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória
(EP3).
OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM
MAIS DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES,
GRÁVIDAS OU PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE
SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS
PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.
Apêndice B - Armador
FUNÇÃO: FERREIRO/ARMADOR
ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS
ATIVIDADE: Preparar matrizes e a linha de produção para forjar peças metálicas,
montar caixas em armações metálicas para a realização do levantamento
do edifício.
RISCO FÍSICO
93
RUÍDO
CONTÍNUO OU
INTERMITENTE
A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que
estejam próximas façam uso das máquinas e equipamentos utilizados no
canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.
FONTE
GERADORA
Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Através de ondas sonoras pelo ar.
DANOS A SAÚDE Perda auditiva pelo ruído ocupacional.
OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra), por
curtos períodos de tempo, em média de 2 a 3 horas/dia. Com a utilização
do EPI e treinamento para sua correta utilização é permitida a
permanência do funcionário durante toda a carga horária de trabalho
nesse setor.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE: 1º Realizar manutenções preventivas nas máquinas
e equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído
desnecessário na fonte ou substituição das mesmas;
TRAJETÓRIA: 2º Enclausurar as fontes geradoras de
ruído;
INDIVÍDUO: 3º Treinar periodicamente os funcionários sobre a
forma correta de uso, manutenção, higienização dos
EPIs fornecidos e substituição quando necessário.
RISCO FÍSICO
94
RADIAÇÕES NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.
Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo -
13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE Disponibilizar equipamentos de proteção individual
necessário, para os devidos riscos existentes.
TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.
95
INDIVÍDUO Realizar treinamento periódico aos seus
colaboradores devido à importância do uso de EPI
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.
RISCO ERGONÔMICO
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e
antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho.
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma
posição e devido os movimentos repetitivos. Há o agravante de executar
os movimentos de forma equivocada.
DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por fadiga
e estresse.
96
RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em
períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros
inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar cuidado
ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com problemas de coluna
e/ou demais problemas ortopédicos devem evitar esse tipo de atividade.
Ter a postura ereta ao realizar todos os movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas e
se acidentar, Irritação excessiva
RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes e
durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação
durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Risco de Queda de Altura elevada e escada ou tombos. Cortes, perfurações e queimaduras.
Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDADO:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos de
proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o
cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou ferramentas.
Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas próximo a fonte de
ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura superior a 2 metros. Protetor
solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).
97
OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM MAIS DE
60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU
PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS COMO
HÉRNIA DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.
Apêndice C - Pedreiro
FUNÇÃO: PEDREIRO
ORIGEM: CANTEIRO
ATIVIDADE: Preparação de argamassa, assentamento de tijolos, construção de
paredes, concretagem (colunas, sapatas, vigas, etc), carregamento de
tijolos até o ambiente no qual realizar-se-á à obra, auxiliar na
alvenaria, construção de caixas para concreto quando necessário,
demolir e preparar o terreno para construção. Efetuar carga e descarga
de materiais.
RISCO FÍSICO :
RUÍDO
CONTÍNUO OU
INTERMITENT
E
A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que
estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos utilizados
no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.
FONTE
GERADORA
Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Através de ondas sonoras pelo ar.
DANOS A
SAÚDE
Perda auditiva pelo ruído ocupacional.
98
OBS: Os equipamentos utilizados nas operações passam por manutenções
periódicas, além do que não são usados continuamente. O referido
trabalhador está exposto por acompanhar as atividades
no local onde são gerados os agentes, ficando exposto por ocasião.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas e
equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído
desnecessário na fonte ou sua devida substituição;
TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de ruído;
INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a
forma correta de uso, manutenção, higienização
dos EPIs fornecidos e substituição quando
necessário.
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES
NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A
SAÚDE
Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
99
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.
Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo
- 13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A
SAÚDE
Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE 1º Disponibilizar equipamentos de proteção
individual necessário, para os devidos riscos
existentes.
TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.
INDIVÍDUO 3º Realizar treinamento periódico aos seus
colaboradores devido a importância do uso de
EPI
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade
RISCO ERGONÔMICO
100
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e
antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho.
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma
posição e devido os movimentos repetitivos. Há o agravante de
executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A
SAÚDE
Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por fadiga
e estresse.
RECOMENDA-
SE
A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em
períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros
inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar
cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com
problemas de coluna e/ou em ortopédicos devem evitar esse tipo de
atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos os movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
101
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A
SAÚDE
Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas
e se acidentar, Irritação excessiva
RECOMENDA-
SE
GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes
e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação
durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Risco de Queda de Altura elevada e escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.
Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDAD
O:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos
de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o
cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou
ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas
próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura
superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).
OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM MAIS
DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU
PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS
COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS
ORTOPÉDICOS.
Apêndice D - Almoxarife
FUNÇÃO: ALMOXARIFE
102
ORIGEM: EXTERNO AO CANTEIRO
ATIVIDADE: Organizar os insumos da obra no depósito. Realizar a distribuição
dos materiais para os responsáveis. Registrar toda movimentação
realizada e comunicar aos responsáveis.
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES
NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A
SAÚDE
Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.
Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo
- 13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
103
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A
SAÚDE
Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.
RISCO ERGONÔMICO
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e
antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho.
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma
posição e devido os movimentos repetitivos. Há o agravante de
executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A
SAÚDE
Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por fadiga
e estresse.
104
RECOMENDA-
SE
A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em
períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando
membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A
SAÚDE
Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas e
se acidentar, Irritação excessiva
RECOMENDA-
SE
GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes
e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação
durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Risco de objeto cair. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDAD
O:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Protetor
auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas próximo a fonte de ruído.
- Esses equipamentos são os equipamentos mínimos que qualquer
pessoa que se encontra no canteiro terá que possuir.
Apêndice E - Engenheiro / Mestre de Obras / Encarregado.
FUNÇÃO: ENGENHEIRO / MESTRE DE OBRAS / ENCARREGADO
105
ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS
ATIVIDADE: Organizar e supervisionar as atividades dos trabalhadores sob sua
gestão, distribuindo, coordenando e orientando as diversas tarefas,
para assegurar o desenvolvimento do processo de execução das obras
dentro dos prazos, normas e especificações estabelecidas.
Planejamento de trabalhos e preparação de canteiro de obras.
RISCO FÍSICO
RUÍDO
CONTÍNUO OU
INTERMITENTE
A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que
estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos utilizados
no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.
FONTE
GERADORA
Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
através de ondas sonoras pelo ar.
DANOS A
SAÚDE
Perda auditiva pelo ruído ocupacional.
OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),
por curtos períodos de tempo, em média de 2 a 3 horas/dia. Com a
utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é
permitida a permanência do funcionário durante toda a carga horária
de trabalho nesse setor.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas
e equipamentos, com o intuito de reduzir o
ruído desnecessário na fonte ou substituição
106
quando necessário;
TRAJETÓRIA: Disponibilizar Equipamentos de Proteção
Individual correto para o risco exposto ao
colaborador;
INDIVÍDUO: Treinar e capacitar os colaboradores no tocante
à importância da utilização dos EPI’S
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES
NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A
SAÚDE
Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
RISCO QUÍMICO :
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.
Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo
- 13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.
107
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A
SAÚDE
Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas.
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.
RISCO ERGONÔMICO
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e
antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho.
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma
posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o agravante de
executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A
SAÚDE
Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por
fadiga e estresse.
108
RECOMENDA-
SE
A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em
períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros
inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar
cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Ter a postura ereta ao
realizar todos os movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A
SAÚDE
Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas
e se acidentar, Irritação excessiva
RECOMENDA-
SE
GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes
e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação
durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Risco de Queda de Altura elevada e escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.
Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDAD
O:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos
de proteção (EP4). Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou
ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas
próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura
superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).
Apêndice F - Ajudante
109
FUNÇÃO: AJUDANTE - Pedreiro, Eletricista, Encanador, Carpinteiro,
Telhadista
ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS
ATIVIDADE: Desenvolver atividades no auxílio e preparação de massas, realizar
também transporte de tijolo, madeira, ferramentas, cabos elétricos,
pisos, materiais em geral, até o ambiente desejado aos demais
colegas, realizar serviços gerais dentro do canteiro de obra, até
mesmo na carga e descarga de materiais recebidos quando pedido.
RISCO FÍSICO
RUÍDO
CONTÍNUO OU
INTERMITENTE
A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas
que estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos
utilizados no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria,
furadeira, etc.
FONTE
GERADORA
Equipamentos usados na obra.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Propagação de ondas sonoras.
DANOS A SAÚDE Perda auditiva pelo ruído ocupacional.
OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),
por curtos períodos de tempo, em média de 3 a 4 horas/dia. Com a
utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é
permitida a permanência do funcionário durante toda a carga
horária de trabalho nesse setor.
110
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas
e equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído
desnecessário na fonte ou substituição quando
necessário;
TRAJETÓRI
A:
Enclausurar as fontes geradoras de ruído;
INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a
forma correta de uso, manutenção, higienização
dos EPIs fornecidos e substituição quando
necessário.
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.
Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15,
Anexo - 13):
111
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças
respiratórias.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE 1ºDisponibilizar equipamentos de proteção
individual necessário, para os devidos riscos
existentes.
TRAJETÓRI
A
Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.
INDIVÍDUO 3º Realizar treinamento periódico aos seus
colaboradores devido a importância do uso de
EPI.
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.
RISCO ERGONÔMICO
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com
braços e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho.
112
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na
mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o
agravante de executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por
fadiga e estresse.
RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e
em períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando
membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.
Tomar cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com
problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos devem
evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos
os movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar
tarefas e se acidentar, Irritação excessiva
113
RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento
antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e
alimentação durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.
Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDADO:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos
de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com
o cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou
ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas
próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura
superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória
(EP3).
OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM
MAIS DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES,
GRÁVIDAS OU PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE
SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS
PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.
Apêndice G - Eletricista
FUNÇÃO: ELETRICISTA
ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS
ATIVIDADE: Responsável por instalar, fazer manutenção e reparar fiação
elétrica, passar a fiação nas tubulações.
114
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva a radiação solar, sem a devida proteção.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e
areia. Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR
15, Anexo - 13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças
respiratórias.
RISCO BIOLÓGICO
115
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade
RISCO ERGONÔMICO
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços
e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho.
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na
mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o
agravante de executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por
fadiga e estresse.
RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e
em períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando
membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.
Tomar cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com
problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos devem
evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos
os movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
116
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar
tarefas e se acidentar, Irritação excessiva
RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento
antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e
alimentação durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Improvisação de ferramentas e
ferramentas defeituosas, entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de
madeira). Risco de Choque elétrico.
EPI
RECOMENDADO:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1).
Óculos de proteção (EP4). Luva de látex (EP5). Protetor auricular
(EP6) - Em ambiente ou máquinas próximo a fonte de ruído. Cinto
de segurança (EP7) - Em altura superior a 2 metros. Protetor solar
(EP9). Proteção respiratória (EP3).
OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA CRIANÇAS,
ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU PESSOAS COM
PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA
DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.
OBS 2: RISCO FÍSICO E QUÍMICO ORIUNDOS DO CANTEIRO E
NÃO DA FUNÇÃO.
OBS 3: ANTES DE MANUSEAR OU FAZER QUALQUER
TRABALHO EM CIRCUITOS ELÉTRICOS DESLIGUE
OBRIGATORIAMENTE A ENERGIA. NÃO FAÇA REPAROS
117
OU INSTALAÇÕES EM CIRCUITOS ENERGIZADOS
Apêndice H - Telhadista
FUNÇÃO: TELHADISTA
ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS
ATIVIDADE: Executar a construção de terças, caibros, tesoura e telhas.
Coordenar e executar todo o processo de implementação do
telhado.
RISCO FÍSICO
RUÍDO CONTÍNUO
OU
INTERMITENTE
A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas
que estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos
utilizados no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria,
furadeira, etc.
FONTE
GERADORA
Equipamentos usados na obra.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Propagação de ondas sonoras.
DANOS A SAÚDE Perda auditiva pelo ruído ocupacional.
118
OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da
obra), por curtos períodos de tempo, em média de 3 a 4 horas/dia.
Com a utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização
é permitida a permanência do funcionário durante toda a carga
horária de trabalho nesse setor.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE: Realizar manutenções preventivas nas
máquinas e equipamentos, com o intuito de
reduzir o ruído desnecessário na fonte ou
substituição quando necessário;
TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de ruído;
INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a
forma correta de uso, manutenção,
higienização dos EPIs fornecidos e
substituição do quando necessário.
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
119
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e
areia. Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR
15, Anexo - 13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças
respiratórias.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE 1ºDisponibilizar equipamentos de
proteção individual necessário, para os
devidos riscos existentes.
TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.
INDIVÍDUO 3º Realizar treinamento periódico aos seus
colaboradores devido a importância do uso de
EPI
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.
RISCO ERGONÔMICO
120
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com
braços e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na
mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o
agravante de executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por
fadiga e estresse.
RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e
em períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando
membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.
Tomar cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas
com problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos
devem evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao
realizar todos os movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
121
DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar
tarefas e se acidentar, Irritação excessiva
RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento
antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e
alimentação durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Alto risco de queda de altura. Risco de Corte, entulhos da construção (pregos, pontas de
cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDADO:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1).
Óculos de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em
contato com o cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar
máquinas ou ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente
ou máquinas próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7)
- Em altura superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção
respiratória (EP3).
OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM
MAIS DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES,
GRÁVIDAS OU PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES
DE SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS
PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.
Apêndice I - Encanador
FUNÇÃO: ENCANADOR
ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS
122
ATIVIDADE: Realizar todo o projeto de instalações hidráulicas da obra. Colocar,
retirar e reparar as tubulações de água e esgoto da obra.
RISCO FÍSICO
RUÍDO
CONTÍNUO OU
INTERMITENT
E
A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que
estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos utilizados
no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.
FONTE
GERADORA
Equipamentos usados na obra.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Propagação de ondas sonoras.
DANOS A
SAÚDE
Perda auditiva pelo ruído ocupacional.
OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),
por curtos períodos de tempo, em média de 3 a 4 horas/dia. Com a
utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é permitida
a permanência do funcionário durante toda a carga horária de trabalho
nesse setor.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas e
equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído
desnecessário na fonte ou substituição quando
necessário;
TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de
123
ruído;
INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a
forma correta de uso, manutenção, higienização
dos EPIs fornecidos e substituição quando
necessário.
RISCO FÍSICO
RADIAÇÕES
NÃO
IONIZANTES
Radiação solar ultravioleta.
FONTE
GERADORA
Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)
DANOS A
SAÚDE
Fadiga, câncer de pele, queimaduras.
RISCO QUÍMICO
Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.
Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo
- 13):
FONTE
GERADORA
Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.
TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
Contato direto do produto.
124
DANOS A
SAÚDE
Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.
AÇÕES
PREVENTIVAS
FONTE Disponibilizar equipamentos de proteção
individual necessário, para os devidos riscos
existentes.
TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.
INDIVÍDUO Realizar treinamento periódico aos seus
colaboradores devido a importância do uso de
EPI
RISCO BIOLÓGICO
Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.
RISCO ERGONÔMICO
Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e
antebraços com e sem carga, desconforto por posição.
FONTE Posição de trabalho.
TRAJETÓRIA Musculatura corporal.
125
MEIO DE
PROPAGAÇÃO
A propagação se dá diretamente através de longos períodos na
mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o agravante
de executar os movimentos de forma equivocada.
DANOS A
SAÚDE
Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por
fadiga e estresse.
RECOMENDA-
SE
A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em
períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros
inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar cuidado
ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com problemas de
coluna e/ou em ortopédicos devem evitar esse tipo de atividade. Ter a
postura ereta ao realizar todos os movimentos.
RISCO ERGONÔMICO
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO
PROLONGADAS
OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.
DANOS A
SAÚDE
Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas
e se acidentar, Irritação excessiva.
RECOMENDA-
SE
GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes
e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação
durante as atividades.
RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE
Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.
126
Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).
EPI
RECOMENDAD
O:
Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos de
proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o
cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou
ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas
próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura
superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).
OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM MAIS
DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU
PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS
COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS
ORTOPÉDICOS.
ANEXOS