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Federação do Comércio do Paraná
Análise Conjuntural da Economia e do
Comércio
Mensal N.º 44
Maio 2012
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Federação do Comércio do Paraná
CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS
Foram divulgados os dados do desempenho da economia brasileira no 1.º trimestre/2012. No
período, o PIB cresceu 0,2% em relação ao trimestre anterior ; o PIB da Agropecuária caiu 7,3%; a
Indústria cresceu 1,7%; Serviços aumentou 0,6%. Parcela expressiva do PIB baixo de 0,2% se deve
a fatores imprevisíveis em várias regiões produtoras de grãos, fora do alcance das políticas
econômicas governamentais. Sem os fatores imprevisíveis negativos, o PIB em jan-mar de 2012 teria
crescido mais. Em relação ao mesmo trimestre de 2011, o PIB de jan-mar de 2012 cresceu 0,8%;
para esse período, a Agropecuária caiu 8,5%. Ou seja, nos dois períodos, a imprevisibilidade da
Agropecuária contraiu o PIB. O primeiro trimestre do ano é o que apresenta menores crescimentos
dentre os quatro trimestres. Considerando a intensificação da crise nos países do euro e o menor
crescimento da China e Índia, o PIB brasileiro no trimestre reflete em parte essas restrições. No
entanto, análises feitas para 2012 adotaram um tom catastrófico, além e acima dos impactos efetivos.
O Brasil mantém, até maio, um forte elenco de indicadores positivos: queda da inflação no
acumulado janeiro-maio em relação a igual período de 2011; manutenção do emprego em níveis
altos; massa de salários elevada; valores maiores dos salários mínimos nacional e regional, que
aumentaram mais que a inflação, estimulando a demanda agregada. Dentre as políticas públicas
adotadas visando manter e/ou melhorar o desempenho econômico estão: redução dos juros SELIC e
do sistema bancário para pessoas físicas e jurídicas; queda do “spread” bancário iniciada pelos
bancos públicos de varejo e adotada gradualmente pelos bancos privados; disponibilização de novas
linhas de financiamento para consumidores e produtores, com taxas menores; redução tributária para
produtos específicos: automotivos, linha branca, móveis, material de construção. Providências do
governo se alinham ao conjunto de medidas de aquecimento. Indicadores (FOCUS/BC)apontam
atualmente crescimento do PIB para 2012, maior que os 2,7% de 2011.
Existem alguns hiatos no contexto econômico que estão a requerer providencias do governo
visando respostas a curto e médio prazo: redução das limitações da estrutura burocrática que
restringem a expansão das exportações; simplificação e redução da carga tributária direta e indireta
incidente sobre produtos nacionais exportáveis; redução da participação de alguns componentes do
“custo Brasil” no preço final de produtos exportáveis: trabalhistas, previdenciários, alfandegários,
tributário, etc. A inadimplência maior, demonstra esgotamento dos limites de endividamento, dada a
cumulatividade de financiamentos, em especial: veículos, móveis e casa própria.
Na ótica de médio e longo prazo, cabe agilizar investimentos internos, reduzidos que foram
desde janeiro/2011; o investimento estrangeiro direto-IED-1.º tri- está abaixo de igual período de 2011
A valorização cambial do dólar perante o real, poderá elevar exportações e melhorar a
balança comercial; por outro lado, como a demanda interna é composta de 20% a 25% de produtos
importados, agora mais caros, poderá resultar em alguma pressão nos preços.
Considera-se que o governo não estará inerte em termos de tomada de decisão e adoção de
providencias para limitar ou corrigir limitações na economia.
O ambiente político do país aponta para estabilidade e manutenção do processo democrático;
mas, os desvios éticos de integrantes dos três Poderes levam frustração à sociedade.
Assessoria Econômica – Maio 2012.
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Federação do Comércio do Paraná
Apresentação 03 Sumário 04 Tabelas 05 I Nível de Atividade Econômica 07 1. Produto e Renda
1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná 1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada
07 07 08 09
2. Mercado de Trabalho 2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense 2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.5 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.6 Taxa de Desemprego
10 10 11 12 13 14 15
3. Nível de Salário 3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná
16 16 17
4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação
18 18 18 19
5. Taxa de Juros e Poupança 20 6. Mercado de Ações 21 7. Risco País 22 8. Variação do Dólar 23
II Atividade Empresarial 25 9. Comércio Varejista
9.1 Desempenho em Março de 2012 25 25
10. Abertura de Empresas no Paraná 30 11. Falências Decretadas no Brasil 31 12. Crédito: Demanda e Inadimplência
12.1 Demanda de Crédito 12.2 Inadimplência
32 32 32
13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33
III Setor Público 35 14. Arrecadação do Governo 35 15. Superávit Primário 36 16. O ICMS no Paraná 37 17. Dívida de Municípios no Paraná 38
IV Relações com o Exterior 39 18. Comércio Exterior Brasileiro 39 18.1 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção
Interna 41
19. Comércio Exterior Paranaense 42 20. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 46 21. Dívida Externa Brasileira
21.1 Distribuição da Dívida:Governo e Setor Privado 47 47
22. Reservas Cambiais 48
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Federação do Comércio do Paraná TABELAS
01 Produto Interno Bruto 07 02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 08 03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 08 04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 09 05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10 06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 11 07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 12 08 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 13 09 Paraná: Empregos Gerados 14 10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 15 11 Brasil: Salário Mínimo 16 12 Paraná: Salário Mínimo 17 13 Índice de Preços 18 14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 19 15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 20 16 Poupança 20 17 Bolsa de Valores de São Paulo 21 18 Risco País 22 19 Variação do Dólar 23 20 Variação das Vendas em Março de 2012 26 21 Vendas em Março – 2012 Comparadas ao Mês Anterior 28 22 Vendas em Março – 2012 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 28 23 Vendas Acumuladas no ano de 2012 Comparadas ao ano de 2011 28 24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-PR 29 25 Abertura de Empresas no Paraná 30 26 Falências no Brasil 31 27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 32 28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 32 29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33 30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 35 31 Participação da Carga Tributária no PIB 35 32 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 36 33 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 37 34 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomério-PR 38 35 Brasil: Balança Comercial 39 36 Brasil: Intercâmbio Comercial 40 37 Paraná: Balança Comercial 42 38 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 43 39 Paraná: Principais Produtos Exportados em 2012 43 40 Paraná: Corrente de Comércio 43 41 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 44 42 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2012 44 43 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2012 44 44 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 45 45 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2012 45 46 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 46 47 Dívida Externa Brasileira 47 48 Brasil: Participação da Dívida Externa 47 49 Brasil: Reservas Cambiais 48
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I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A
Federação do Comércio do Paraná
1. PRODUTO E RENDA
1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná
Em 2011, o PIB brasileiro conseguiu cresceu em relação a cada trimestre correspondente
do ano anterior. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a exceção em 2011 foi o
terceiro trimestre, que esteve abaixo do desempenho no 2.º trimestre. O PIB de 2011, cresceu
2,7% sobre 2010, sendo o desempenho no 1.º semestre superior ao do 2.º.
O desempenho em 2010 do PIB foi excelente: cresceu 7,5% sobre 2009. O 4.º trimestre
de 2010 teve crescimento de 5% em relação a igual período de 2009 e expandiu 0,7% em relação
ao trimestre anterior (julho-setembro de 2010). As contas externas destoaram do crescimento,
com a elevação de importações em 36,2% e exportações apenas 11,5%, gerando déficit
preocupante na balança comercial. O Real sobrevalorizado incentivou importações mas restringiu
exportações principalmente industriais, que ainda não reprisaram o desempenho pré-crise.
Os três principais setores da economia cresceram em 2011, na ótica da oferta agregada,
mas abaixo de 2010: Agropecuária: 3,9%; Indústria: 1,6%; Serviços: 2,7%. Os investimentos que
cresceram 21,8% em 2010, tiveram em 2011 um desempenho inferior: não chegaram a 10%.
indicando que investidores- nacionais e externos- foram bastante influenciados pela crise global. A
aplicação em capital especulativo foi condicionada pelos juros altos internos.
O Comércio no Brasil em 2011, cresceu 3,4% , indicando uma redução na velocidade em
comparação com o ano anterior (2009 teve índice negativo: -1,8%), que pode ser associado ao
aumento do consumo das famílias, que em 2011 cresceu 11,1%, em especial nas classes C, D, e E.
Em 2011, a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista no Brasil, medido pelo IBGE, cresceu no volume
de vendas anual 6,7% e na receita nominal anual cresceu 11,5% (dados do IBGE).
No Paraná, o PIB real cresceu 4,0% em 2011 e 8,3% em 2010, superando o desempenho
da economia brasileira. A participação do PIB paranaense no PIB brasileiro de 6,1%, uma melhora
em relação aos três anos anteriores.
Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 28/05/2012)
Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 28/05/2012)
TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO (Em R$ Milhões)
Período
Brasil Paraná Participação
PR / BR
(%)
Valor a Preços
Correntes de Mercado
Variação Nominal Sobre o Ano Anterior
(%)
Variação Real (%)
Valor a Preços
Correntes de Mercado
Variação Nominal
Sobre o Ano Anterior (%)
Variação Real (%)
1 2 3 4 5 6 7
2003 1.699.948 17,4 1,1 109.459 23,8 4,4 6,4
2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3
2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 -0,0 5,9
2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8
2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1
2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9
2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9
2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0
2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1
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1. PRODUTO E RENDA
1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)
(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)
Setores e Sub-Setores
2010 3º Tri *
2010 4º Tri *
2011 1º Tri *
2011 2º Tri *
2011 3º Tri
2011 4º Tri
2011 Var (%)
AGROPECUÁRIA 43.538 37.706 46.242 62.377 46.635 37.400 3,9
INDÚSTRIA 243.342 243.721 223.612 243.193 252.698 252.653 1,6 1. Extrativa mineral 28.044 28.018 29.539 35.493 37.231 41.661 3,2 2. Transformação 140.210 138.980 122.908 131.068 133.951 127.514 0,1 3. Construção civil 48.306 49.441 45.419 50.085 53.753 54.809 3,6 4. Produção e distribuição de
eletricidade, gás e água 26.782 27.282 25.746 26.547 27.762 28.668 3,8
SERVIÇOS 538.623 593.400 547.797 588.292 591.746 638.227 2,7 1. Comércio 104.032 108.625 104.815 111.126 113.786 116.879 3,4 2. Transporte,
armazenagem e correio 39.660 43.803 42.136 44.428 46.229 48.205 2,8
3. Serviços de informação 26.438 27.686 24.759 26.898 26.863 29.069 4,9 4. Intermediação financeira,
seguros, previdência complementar e serviços relativos
62.255 64.092 64.063 65.961 66.289 66.168 3,9
5. Outros serviços (2) 118.282 126.191 116.946 128.468 130.595 137.436 2,3 6. Atividades imobiliárias e
aluguel 63.533 66.189 66.477 68.820 70.264 72.841 1,4
7. Administração, saúde e educação públicas 124.422 156.815 128.601 142.592 137.720 167.629 2,3
Impostos líquidos sobre
produtos 137.936 149.153 144.421 149.665 155.628 162.428 4,3
PIB : preços de mercado 963.438 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708 2,7
Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 28/05/2012)
Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 28/05/2012)
(1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.
(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares
financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.
(*) Valores atualizados
TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL
Período
Sobre o
Trimestre Anterior *
Sobre
Mesmo Trimestre
do ano
Anterior *
2009 1º Tri -1,6 -2,7 2º Tri 1,5 -2,4 3º Tri 2,6 -1,5 4º Tri 2,8 5,3
2010 1º Tri 1,9 9,3 2º Tri 1,2 8,8 3º Tri 1,0 6,9 4° Tri 1,1 5,3 2011 1º Tri 0,6 4,2 2º Tri 0,5 3,3 3° Tri -0,1 2,1 4º Tri 0,3 1,4
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1. PRODUTO E RENDA
1.3. Demanda Agregada A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma
economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno (soma
de formação de capital fixo e variação de estoques); 4) saldo da balança comercial: exportações
(demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira
de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do
setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no
entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.
O 4.º tri-2011 comparado ao anterior aponta aumento nos seguintes componentes da
demanda agregada: consumo do governo e consumo de famílias. O consumo de famílias, indicador
mais importante da demanda agregada superou os sete trimestres anteriores. O investimento
interno (público + privado) teve o menor desempenho anual no 4. trimestre. que cresceu nos 2
últimos trimestres, caiu no 3.º/2011. A balança comercial manteve-se negativa no 4.º trimestre. O
A demanda agregada total em 2011 superou os valores de 2010 tendo como principal
componente o consumo das famílias, com 60%. A balança comercial negativa esteve, em parte,
vinculada à valorização cambial do Real-R$ no 1.º semestre, aos efeitos da crise em economias
desenvolvidas e vantagem comparativa dos preços de bens importados. Aproximadamente 25% da
demanda final brasileira ocorreu sobre bens importados, que aqui chegavam com as vantagens da
desvalorização do dólar no 1.º semestre de 2011 (e consequente sobrevalorização do real). No 2.º
semestre, houve inversão no cambio: valorização do dólar e desvalorização do real, na sequencia
da crise de julho/agosto de 2011, mais intensa em países da União Europeia e EUA. O novo
cambio permitiu melhoras nas exportações no último trimestre.
Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 28/05/2012)
TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA (A Preços Correntes - Em R$ Milhões)
Tipo de
Demanda
2010 1º Tri
2010 2º Tri
2010 3º Tri
2010 4°Tri
2011 1°Tri
2011 2°Tri *
2011 3°Tri
2011 4°Tri
Consumo das famílias
532.301 548.563 572.107 595.654 601.849 617.653 631.159 648.829
Consumo da administração pública (ou Governo)
170.540 186.888 189.204 250.701 179.641 210.482 201.788 264.737
Investimento Bruto Interno
166.767 197.407 214.320 184.518 192.708 220.639 217.323 186.591
Formação bruta de capital fixo 164.627 178.161 197.178 193.747 187.793 196.644 209.556 204.728
Variação de estoque 2.140 19.246 17.143 -9.229 4.915 23.996 7.767 -18.137
Balança Comercial -14.039 -5.760 -12.193 -6.891 -12.125 -5.247 -3.563 -9.449
Exportações 84.459 102.185 110.749 112.475 100.647 121.482 133.324 137.117 Importações (-) 98.497 107.945 122.942 119.366 112.772 126.729 136.887 146.566 Demanda Agregada Total 855.569 927.097 963.438 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708
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Federação do Comércio do Paraná
2. MERCADO DE TRABALHO
2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro
São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde
ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que
abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por
exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de
trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de
trabalho disponível e economicamente ativa.
Em jan-abr de 2012 os melhores desempenhos estão com: a) outros serviços*, b)
construção civil e c) industria de transformação. A projeção dos dados do 1.º quadrimestre/2012
permite uma expectativa positiva para a criação de empregos ao longo do ano quando comparado
a 2011. No entanto, nada indica a possibilidade de superação do excelente desempenho de 2010.
A criação de empregos no comércio no 1.º quadrimestre está lenta, comparada a 2011.
Em 2010 o emprego criado indicou superação da crise de 2008-2009 e desempenho
melhor em relação ao período pré-crise (2006-2007). Além dos sub-setores que já haviam se
destacado em 2009, cabe ressaltar a aceleração do emprego na indústria de transformação,
indicativo do aquecimento verificado na economia.
Em 2011 houve queda na criação de empregos em relação ao ano anterior- 2010- fato
que pode ser associado ao desempenho do PIB: em 2010, o PIB cresceu 7,5%; em 2011 o
crescimento caiu para 2,7%. Os principais empregadores em 2011 foram: 1.º) outros serviços(*);
2.º) comércio; 3.º) indústria de transformação; 4.º) indústria da construção civil; 5.º)
agropecuária.
Fonte:www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 21/05/2012)
(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos
profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.
(1) Valores acumulados até abril de 2012.
TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Setor
2008
2009
2010
2011
2012 (1)
jan-abr
INDÚSTRIA 393.179 195.070 916.427 472.288 275.181
Extrativa Mineral 8.671 2.036 17.715 19.538 6.233
Transformação 178.675 10.865 544.367 218.138 92.770 Serviços Industriais de Utilidade Pública 7.965 4.984 20.034 9.467 5.634
Construção Civil 197.868 177.185 334.311 225.145 170.544
SERVIÇOS 1.040.793 815.409 1.640.369 1.410.934 404.844
Comércio 382.218 297.157 611.900 459.841 16.990
Administração Pública 10.316 18.075 10.417 16.126 25.632
Outros Serviços (*) 648.259 500.177 1.018.052 934.967 362.222
AGROPECUÁRIA 18.232 -15.369 -1.375 83.227 22.034
OUTROS 0 0 0 0 0
TOTAL 1.452.204 995.110 2.555.421 1.966.449 702.059
11
Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO
2.2. Mercado de Trabalho Paranaense
O desempenho do 1.º quadrimestre de 2012 é inferior ao de igual período de 2011. O
desempenho de jan-abr não permite ainda uma projeção sobre o desempenho no restante de 2012.
Cabe destacar os setores maiores criadores de emprego no período: 1.º) indústria; 2.º) outros
serviços; 3.º) comércio varejista.
Em 2011, o emprego criado no Paraná foi menor que o verificado em 2010, ano em que
houve expressivo crescimento do emprego no Paraná, seguindo a mesma performance da
economia brasileira, indicando uma inversão nas restrições no mercado de trabalho verificadas em
2009. Os números de 2011 refletem, em parte, as restrições nas economias européias e EUA e,
portanto, justificando as políticas expansivas do governo federal no final do ano, voltadas à
manutenção e geração de emprego.
Em 2011 e 2010 os destaques na criação de empregos foram: outros serviços, indústria,
e comércio varejista. Nesses dois anos, em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi
atendida, devido a qualificação insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da
remuneração e benefícios como: assistência-saúde, vale-alimentação, transporte e perspectiva de
carreira; antes disso, em 2009, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.
Segmentos do comercio: supermercados e hipermercados, hotéis, bares e restaurantes e
lojas franqueadas estão com dificuldade em preencher vagas. no momento atual.
Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 21/05/2012)
(1) Industria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil. (2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública. (3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento,
alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino. (*) Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes.
TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Período
Industria(1)
Serviços
Agropecuária
e Outros Total Comércio
Varejista
Comércio
Atacadista
Administração
Pública(2)
Outros
Serviços(3)
2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903
2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916
Jan 9.878 -1.042 879 -29 5.460 -192 14.954 Fev 7.641 1.246 1.161 738 9.873 -858 19.801 Mar 4.024 650 650 227 5.937 2.439 13.927
Abr 8.007 3.627 49 109 6.806 2.239 20.837 Mai 8.661 2.513 381 158 3.734 1.342 16.789 Jun 2.239 1.160 268 147 2.911 52 6.777 Jul 2.204 1.527 629 167 4.174 129 8.830 Ago 6.483 2.583 741 81 4.822 -459 14.251 Set 2.878 4.093 757 356 5.011 62 13.157 Out 3.357 3.779 914 54 3.415 50 11.569 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186
2012* 27.969 5.261 2.703 736 27.320 4.036 68.025 Jan 7.802 -1.399 719 -78 7.811 -202 14.653 Fev 4.652 302 1.047 332 8.407 -665 14.075 Mar 5.709 2.691 720 199 4.691 841 14.851 Abr 8.182 3.074 133 316 5.249 3.969 20.923
12
Federação do Comércio do Paraná
2. MERCADO DE TRABALHO
2.3. Quadro Comparativo da Criação de Empregos
Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 21/05/2012)
(*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED:
1) Agropecuária e Silvicultura;
2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;
3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e
comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.
TABELA 7 – BRASIL E PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (*) (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Mês
Saldo Mensal
Brasil
Paraná
2011 Abr 272.225 20.837
Mai 252.067 16.789
Jun 215.393 6.777
Jul 140.563 8.830
Ago 190.446 14.251
Set 209.078 13.157
Out 126.143 11.569
Nov 42.735 5.663
Dez -408.172 -34.186
2012 Jan 118.895 14.653
Fev 150.600 14.075
Mar 111.746 14.851
Abr 216.974 20.923
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2. MERCADO DE TRABALHO
2.4. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2012
Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 21/05/2012)
TABELA 8 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2012 (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Setores Brasil Paraná
Saldo em Mar
Saldo em Abr
Saldo em Mar
Saldo em Abr
Extrativa Mineral 1.604 1.655 36 73
Ind. Transformação -5.048 30.318 4.804 6.147
Serviços de Utilidade Pública 1.021 2.062 19 168
Construção Civil 35.935 40.606 850 1.794
Comércio 6.412 33.704 3.411 3.207
Serviços 83.182 82.875 4.691 5.249
Administração Pública 5.724 3.838 199 316
Agropecuária -17.084 21.916 841 3.969
TOTAL 111.746 216.974 14.851 20.923
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2. MERCADO DE TRABALHO
2.5. Empregos Gerados no Comércio do Paraná
Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 21/05/2012)
(*) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.
TABELA 9 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Período
Saldo do
Comércio (*)
Variação em
Relação ao
Mês Anterior
(%)
Saldo
Acumulado
no ano
2011 --- --- ---
Jan -163 1.225,76 -163
Fev 2.407 1.476,68 2.244
Mar 1.300 -45,99 3.544
Abr 3.676 182,77 7.220
Mai 2.894 -21,27 10.114
Jun 1.428 -50,66 11.542
Jul 2.156 50,98 13.698
Ago 3.324 54,17 17.022
Set 4.850 45,91 21.872
Out 4.693 -3,24 26.565
Nov 7.471 59,19 34.036
Dez -3.515 -147,05 30.521
2012 --- --- ---
Jan -680 80,65 -680
Fev 1.349 -298,38 669
Mar 3.411 152,85 4.080
Abr 3.207 -6,0 7.287
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Federação do Comércio do Paraná
2. MERCADO DE TRABALHO
2.6. Taxa de Desemprego Em abril de 2012, o desemprego atingiu 6,0%, índice melhor que o do mês anterior. O 1.º
quadrimestre de 2012 apresenta desemprego inferior a igual período de 2011. Não deixa de
indicar o bom momento da economia brasileira, comparado ao desemprego em países da Europa.
Apresenta tendência de continuidade do bom desempenho no ano. O desemprego em
dezembro/2011: 4,7%, foi o menor índice do ano e a menor taxa mensal desde a reformulação do
cálculo da pesquisa pelo IBGE em 2002.
As políticas econômicas de aquecimento adotadas pelo governo federal e a disposição de
evitar queda na demanda permitem expectativa positiva para o emprego no restante do ano.
Em 2011, o desemprego foi 6,0%, menor que os cinco anos anteriores. As taxas do 2.º
semestre de 2011 indicam situação de pleno emprego, na qual aqueles em busca de emprego
encontram lugar de trabalho na economia. Verifica-se atualmente para alguns ramos uma
insuficiência de qualificação profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo
com melhores índices, o emprego é um tema que justifica atenção especial do governo,
considerando-se os que chegam em busca do primeiro emprego.
A RM de Curitiba, teve em abril desemprego de 4,3%; mostra o bom momento da
economia da região. Os dados do IPARDES em 2011, foram melhores que 2010. Há uma queda
consistente também em relação aos anos anteriores, indicativo de melhoras na economia.
Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 25/05/2012)
RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 25/05/2012)
(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.
TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO
Período
Taxa de Desemprego
Variação %
Brasil RM Curitiba (1)
2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7 Jan 6,1 3,5 Fev 6,4 4,0 Mar 6,5 3,8 Abr 6,4 3,7 Mai 6,4 4,4 Jun 6,2 4,1 Jul 6,0 3,7 Ago 6,0 3,8 Set 6,0 3,4 Out 5,8 3,6 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0
2012 --- --- Jan 5,5 3,8 Fev 5,7 3,7 Mar 6,2 4,5 Abr 6,0 4,3
16
Federação do Comércio do Paraná 3. NÍVEL DE SALÁRIO
3.1. Salário Mínimo no Brasil O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida
pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É
um valor de referência para a remuneração no país.
Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção
igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data
base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do
comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os
trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.
De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores,
representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário
mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação.
Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 10/01/2012)
O salário mínimo –SM-, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a
vigorar(*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito
Federal); os estados foram divididos em sub-regiões, num total de 50 sub-regiões. Para cada sub-
região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e
menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de
1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.
Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país.
A partir de 1990, apesar dos altos índices de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o
poder de compra do SM, que apresentou crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à
inflação medida pelo INPC.
A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999.
Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao contrário
de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na sua
origem, os dados mostram que não houve perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de
1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.
(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial. (2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2011. (*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000.
Consulta em 27/10/2011).
TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO
Período Valores
em R$ Variação
(%)
Equivalência
em US$
(1)
Cotação
do Dólar
Início da
Vigência
Inflação
no Período
(%) (2)
2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07
2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41
2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21
2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77
2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32
2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81
2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54
2012 622,00 (3) 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86
17
Federação do Comércio do Paraná 3. NÍVEL DE SALÁRIO
3.2. Salário Mínimo no Paraná
O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias
de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo
de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas
domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.
As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006;
b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470
de 2010; f) Lei 16.807 de 2011; g) Lei 17.135 de 2012. O salário no Paraná e os percentuais de
correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo
federal.
Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 10/05/2012)
______________________________________________________________________________________________________________________
(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.
(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.
(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: (IPCA acumulado de Maio a Março) I) R$ 904,20 – Técnicos de nível médio (grupo 3). II) R$ 842,60 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8). III) R$ 811,80 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do
comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9). IV) R$ 783,20 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).
TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO
Período
Valores
em R$
Variação (%)
Equivalência
em US$
(1)
Cotação do
Dólar
Data de
Vigência
Inflação no
Período
(%) (2)
2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07
2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63
2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00
2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04
2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53
2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22
2011 817,78 6,89 519,59 1,574 1/5/2011 5,21
2012(3) 904,20 1,57 472,34 1,914 1/5/2012 4,48
18
Federação do Comércio do Paraná 4. NÍVEL DE PREÇOS
4.1. Introdução
As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação
conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar
metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais,
os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve
representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.
Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores:
1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil,
obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias
com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada
região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e
habitantes para a composição do índice nacional.
2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de
Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).
4.2. Meta da Inflação
O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as
autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN,
Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a
inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência,
o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.
O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no
ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das
variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e
siderurgia).
(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo
(2) IPC - Preços ao Consumidor
(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o
Distrito Federal – Brasília.
TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS
Índice Entidade
Elaboradora
Período de
Coleta: dias
Base
Geográfica
Renda
Familiar
Uso
Principal
1) IPCA (1) IBGE 1 a 30
(mês civil)
11 Capitais
(*)
1 a 40 SM Inflação oficial do País
Tem ampla aplicação.
2) IPC (2) IPARDES
/Curitiba
1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em
Curitiba
19
Federação do Comércio do Paraná
4. NÍVEL DE PREÇOS
4.3. Taxa de Inflação
A inflação em abril: 0,64%, rompeu a tendência de queda dos três meses anteriores,
apressando o crescimento da inflação. No entanto, o acumulado de 2012 está bem abaixo do
verificado em igual período de 2011. O índice de dezembro/2011: 0,50%, permitiu viabilizar a meta
inflacionária no limite estabelecido para o ano: 6,5%, valor superior ao ano anterior, que chegou a
5,91%. Devido aos altos índices da inflação nos primeiros quatro meses de 2011, e a queda no
mesmo período de 2012, poderá reduzir o índice anualizado, aproximando-o da meta de inflação
para este ano. A crise mundial além de desaquecer a economia global, poderá reduzir o preço das
commodities, com reflexos nos preços internos e na receita de exportações. Ainda: a queda dos
juros adotada pelo BACEN, poderá influenciar na contenção da inflação, mas aquecer a demanda. A
valorização do US$ sobre o R$ permitirá melhorar exportações de alguns segmentos, mas os
preços internos deverão crescer como consequência da entrada de importados.
P
Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 09/05/2012)
Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 15/05/2012)
TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO
Período
Brasil Meta de Inflação ção (%)
Curitiba IPCA
(IBGE) (%)
IPC
(IPARDES) (%)
2003 9,30 4,0 6,46 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09
Variação mensal
Acumulado no Ano
Acumulado 12 meses
Variação mensal
Acumulado no Ano
Acumulado 12 meses
2011 6,50 4,5 5,81
Abr 0,77 3,23 6,51 1,06 3,35 6,39 Mai 0,47 3,71 6,55 0,25 3,62 6,51 Jun 0,15 3,87 6,71 -0,02 3,59 6,55 Jul 0,16 4,04 6,87 0,15 3,75 6,73 Ago 0,37 4,42 7,23 0,46 4,22 6,73 Set 0,53 4,97 7,31 0,30 4,54 6,78 Out 0,43 5,43 6,97 0,23 4,78 6,07 Nov 0,52 5,97 6,64 0,39 5,19 5,91 Dez 0,50 6,50 6,50 0,59 5,81 5,81
2012 4,5 Jan 0,56 0,56 6,22 0,55 0,55 5,44 Fev 0,45 1,01 5,85 0,06 0,62 5,41 Mar 0,21 1,22 5,24 0,58 1,20 4,71 Abr 0,64 1,87 5,10 0,84 2,06 4,48
Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Abril)
Despesas Pessoais 2,23
Vestuário 0,98 Saúde e Cuidados Pessoais 0,96
Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Abril)
Artigos de Residência -0,79
Educação 0,04 Transportes 0,10
Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Abril)
Rio de Janeiro 0,81
Porto Alegre 0,78 Belém 0,77
Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Abril)
Goiânia 0,30 Salvador 0,38
Brasília 0,45
20
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5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA
A SELIC após iniciar 2012 em 10,50% caiu em maio caiu para 8,50%. A política de redução
da inflação já utilizou o aumento dos juros como importante instrumento. Aumentos sucessivos
fizeram com que em julho-2011 a SELIC atingisse 12,50%. Em agosto, o BACEN iniciou política de
expansão da demanda e anti-recessiva, com inversão em relação a jan-jul, ante os receios de
recessão global na seqüência da crise do Euro e EUA. Após agosto começa a cair a SELIC, mantida
em 2012. A queda dos juros ajuda blindar a economia e não comprometer o seu desempenho.
Até julho de 2011, dentre as variáveis para explicar a elevação, o COPOM mencionava:
expansão da demanda agregada, preços maiores dos alimentos e inflação no limite superior da
meta de inflação: 5,91% em 2010 e 6,50 em 2011. O aumento do emprego e da massa salarial
justificavam cuidados em conter preços e limitar/adiar o consumo. Se o US$ continuar valorizado,
os juros em queda e a participação dos importados em 25% do consumo interno, haverá
dificuldades para o controle da inflação.
O juro real (nominal menos inflação) próximo de 5% (anualizado), é elevado para país
emergente. Essa taxa alta contribuía para a entrada de dólares especulativos, que chegavam para
lucrar em aplicações financeiras. A crise externa mais intensa em março-maio/2012 apressou a
elevação do dólar sobre o real, obrigando o BACEN e injetar dolares no mercado, como forma de
conter a valorização devido a grande saída no periodo. Com os juros SELIC em 8,5% haverá
redução na remuneração da poupança, tendo em vista as mudanças já anunciadas.
Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 30/05/2012)
Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries
Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança
– Rentabilidade no Período) (Consulta em 07/05/2012)
(*) O aumento da taxa SELIC ocorreu no dia 30/05/2012.
(**) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração).
TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL
2009 2010 2011 2012
Mês Taxa Selic (%)
Mês Taxa Selic (%)
Mês Taxa Selic (%)
Mês Taxa Selic (%)
Jan 12,75 Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50
Fev 12,75 Fev 8,75 Fev 11,25 Fev 10,50
Mar 11,25 Mar 8,75 Mar 11,75 Mar 9,75
Abr 10,25 Abr 9,50 Abr 12,00 Abr 9,00
Mai 10,25 Mai 9,50 Mai 12,00 Mai 8,50
Jun 9,25 Jun 10,25 Jun 12,25 Jun
Jul 8,75 Jul 10,75 Jul 12,50 Jul
Ago 8,75 Ago 10,75 Ago 12,00 Ago
Set 8,75 Set 10,75 Set 12,00 Set
Out 8,75 Out 10,75 Out 11,50 Out
Nov 8,75 Nov 10,75 Nov 11,00 Nov
Dez 8,75 Dez 10,75 Dez 11,00 Dez
TABELA 16 – POUPANÇA (**)
Período Rentabilidade
2011 ---
Mai 0,6578
Jun 0,6120
Jul 0,6235
Ago 0,7086
Set 0,6008
Out 0,5623
Nov 0,5648
Dez 0,5942
2012 ---
Jan 0,5868
Fev 0,5000
Mar 0,6073
Abr 0,5228
Mai 0,5470
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5. MERCADO DE AÇÕES
O Índice Bovespa de abril caiu para 62.578 pontos, valor abaixo dos dois meses anteriores.
No período entre abril e maio, a queda na BOVESPA foi motivada pela saída de dólares da economia
e pela sua valorização perante o real. Estes dois fatos estão na seqüência do acirramento da crise
na Europa e países do Eur, em especial as incertezas associadas ao futuro da Grécia. As bolsas
vem funcionando na forma de espasmos (ascendentes ou descendentes), que não permitem
vislumbrar as tendências a médio prazo, diante das mudanças conjunturais intensas no contexto
externo. Dentre os fatores importantes que influenciam a BOVESPA e bolsas do resto do mundo,
podem ser mencionados: incertezas na economia americana e elevação da crise no bloco PIIGS :
Portugal, Irlanda, Itália, Grécia, Espanha e, mais recente, as dificuldades na economia da Holanda.
A economia brasileira dispõe de importantes parâmetros econômicos que, considerados
isoladamente, não resultariam em instabilidade na BOVESPA. Considerando um ambiente
globalizado e interdependente, as oscilações do resto do mundo se propagaram de forma rápida,
restringindo o desempenho das bolsas e afetando o mercado acionário interno.
Os indicadores brasileiros de conjuntura se demonstram estáveis, à exceção de alguns
ramos industriais, muito por conta das limitações nas economias desenvolvidas. Recomenda-se
comprar ações em baixa, dado o espaço para valorização futura. Investidores do exterior
continuam a aplicar no Brasil, dada a consistência econômica interna e do bom desempenho da
maioria das empresas com papéis na bolsa. A grande exceção é a queda das ações da Petrobrás.
Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 13/04/2012)
(1) Cálculo anual com base na média de cada mês.
(2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamentoP do pregão no mês.
TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO
Período
Índice
Bovespa
(Pontos) (1) (2)
Variação
Percentual
(%)
2007 53.213 39,74 2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66
2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77 Jan 69.855 1,87
Fev 66.533 -4,75 Mar 67.255 1,08 Abr 67.429 0,26
Mai 63.823 -5,35 Jun 62.408 -2,22 Jul 60.508 -3,04
Ago 53.736 -11,19 Set 55.481 3,25 Out 54.515 -1,74 Nov 57.158 4,85
Dez 57.466 0,54 2012 --- --- Jan 60.577 5,41
Fev 65.435 8,02 Mar 66.571 1,74 Abr 62.578 -6,00
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6. RISCO PAÍS
O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos
investidores mundiais em relação a capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto
menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado
aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com
credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros
mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.
Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes.
O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147
pontos em agosto de 2011.
Em maio/2012 (1.º dia útil), o risco-país do Brasil subiu quatro pontos em relação a abril:
foi para 181 pontos. Os valores de 2012, janeiro-maio, estão acima dos verificados em igual
período de 2011. Mesmo com a intensificação dos indicadores de crise externa nas economias
desenvolvidas, após agosto/2011, o Brasil dispõe atualmente de condições de credibilidade e
fundamentos econômicos comparados ao resto do mundo, que permitem não afetar o risco-país.
Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 09/05/2012)
(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.
TABELA 18 – RISCO PAÍS
Período
Risco País (*)
(pontos)
Variação
(%)
2006 239 -40,03 2007 182 -23,97 2008 281 54,4 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 --- --- Mar 172 3,61 Abr 168 -2,32 Mai 165 -2,38 Jun 176 7,32 Jul 147 -16,48 Ago 155 5,44 Set 201 29,68 Out 286 42,29 Nov 231 -19,23 Dez 216 -6,49
2012 --- --- Jan 223 3,24 Fev 216 -3,14 Mar 190 -12,04 Abr 177 -6,84 Mai 181 2,26
23
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8. VARIAÇÃO DO DÓLAR
O dólar em maio apresenta é o maior de 2012. O valor de R$ 1,9143 é do 1.º dia útil; a
tendência de alta, deve colocá-lo ao final do mês ao redor de R$ 2,00, elevação de 20% em
relação à média do período abril-setembro de 2011. Os sólidos indicadores da economia brasileira
que atraíam divisas e investimentos do exterior, em especial quando comparado ao desempenho
de países da Europa, foram contaminados pelos efeitos restritivos da crise nos países do Euro, o
que resultou em valorização do dólar, dado a maior procura. Há uma possibilidade de continuidade
na valorização do dólar nos próximos meses, desde que a crise européia se intensifique, o que
afetará empresas brasileiras com dívidas em US$, pois a conversão requer mais moeda nacional.
O Banco Central optou em maio por vender dólares, injetando o mercado, a fim de conter a sua
valorização e segurar a desvalorização do R$-real.
A cotação do US$ a partir de outubro/2011 até maio/2012 não favoreceu tanto as
importações brasileiras como no primeiro semestre de 2011; beneficia sim os exportadores,
considerando a desvalorização do Real-R$: 20% a 25% de agosto a maio/2012. O dólar valorizado
pressiona preços internos, dado a presença de 25% (aproximadamente) de importados (insumos e
bens finais) na demanda interna. A valorização do dólar ocorre em diversas economias.
No 1.º semestre de 2011, quando a queda do US$ prevalecia, foram adotadas algumas
providencias pelo governo brasileiro, para conter a entrada e proteger exportadores. Atualmente,
a situação é totalmente inversa.
Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 09/05/2012)
(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.
TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)
Período
2009 (R$)
2010 (R$)
2011 (R$)
2012 (R$)
Jan 2,3290 1,7232 1,6502 1,8676
Fev 2,3475 1,8765 1,6604 1,7370
Mar 2,4113 1,7992 1,6640 1,7146
Abr 2,2891 1,7693 1,6186 1,8308
Mai 2,1361 1,7307 1,5739 1,9143
Jun 1,9432 1,8247 1,5870
Jul 1,9334 1,7998 1,5591
Ago 1,8361 1,7481 1,5543
Set 1,8821 1,7433 1,6032
Out 1,7786 1,6804 1,8804
Nov 1,7580 1,7036 1,7499
Dez 1,7285 1,7044 1,7922
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25
II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L
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9.1. Desempenho em Março de 2012
1. INTRODUÇÃO
As vendas do comercio varejista em março de 2012 cresceram nos três indicadores de
mensuração: mês anterior: 10,07%; mesmo mês do ano anterior: 5,56%; acumulado no ano:
5,24%. O mês de março teve 27 dias úteis, maior que fevereiro que teve 23,5 dias (incluindo a
2.ª feira de carnaval), e também maior que janeiro que contou com 26 dias úteis. Passadas as
temporadas de liquidações, com o retorno de férias e início do ano escolar, as atividades
começam a se normalizarem. Gastos que eram feitos em outras localidades, retornam às
cidades de origem. Cabe esclarecer que a Pesquisa da FECOMERCIO-PR não avalia o
desempenho de hotéis e restaurantes.
A crise econômica existente no exterior não tem afetado de forma sensível o desempenho do
comércio interno. O setor produtivo brasileiro que mais sofre os efeitos da crise no resto do
mundo é a indústria de transformação. O governo procurou reduzir efeitos colaterais das
limitações externas sobre a economia local adotando: contenção dos juros a partir de agosto,
incentivos tributários a partir de novembro sobre a “linha branca”, móveis, e produtos
específicos de material de construção. Foram criadas novas linhas de financiamento com
menores juros. A indústria recebeu um pacote de benefícios divulgado em abril. As recentes
providencias em relação à redução do “spread” e remuneração da poupança, podem repercutir
em adicional de vendas.
As limitações de economias do resto do mundo ainda geram contenções sobre a economia
brasileira.
2. CAUSAS PRINCIPAIS DO DESEMPENHO
Como referências importantes para o desempenho positivo no 1.º bimestre de 2012, mesmo
tendo que conviver com restrições nas economias de países desenvolvidos, podem ser mencionadas:
1) Aumento do salário mínimo nacional, em vigência desde 1º de janeiro, de 14,13% sobre 2011;
2) Mercado de trabalho aquecido, em especial para mão-de-obra qualificada;
3) Elevação da média de remuneração em alguns segmentos;
4) Expansão da massa de salários, estimulando a demanda agregada;
5) Manutenção do financiamento habitacional;
6) Ascensão das classes D e E em termos de renda, detentoras que são de elevada propensão a
consumir e ampliação dos componentes da classe C.
A desvalorização do R$ em relação ao US$ iniciada no 2.º semestre, permanece em 2012, e
poderá incrementar exportações e reduzir importações, melhorando a balança comercial. È uma
expectativa , no entanto, condicionada ao desempenho das economias europeias (euro) e EUA. Um
fator importante também para o bom desempenho do comércio foi a queda nos juros de referencia,
a taxa SELIC, referencia importante para as demais taxas de mercado, inclusive no aspecto
psicológico.Cabe não esquecer, no entanto, possíveis farpas inflacionárias associadas à
desvalorização do real.
26
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3. NÚMEROS
Uma síntese das vendas de março consta a seguir.
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR
4. DESTAQUES NO PARANÁ EM MARÇO DE 2012:
4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:
Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês de 2011 (%)
Acumulado Do Ano (Jan-Mar) (%)
1. Cine-Foto-Som 20,53 1. Cine-Foto-Som 17,35 1. Livrarias e papelarias 14,79 2. Calçados 18,83 2. Materiais de Construção 15,54 2. Materiais de Construção 13,11 3. Tecidos 18,66 3. Livrarias e papelarias 15,11 3. Cine-Foto-Som 11,46 4. Vestuário 17,90 4. Óticas 12,71 4. Óticas 10,21 5. Materiais de Construção 13,97 5. Tecidos 10,08 5. Móveis, decorações e
utilidades domésticas 9,53
4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:
Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês de 2011 (%)
Acumulado Do Ano (Jan-Mar) (%)
1. Lojas de Departamentos 3,14 1. Concessionárias de veículos -5,66 1. Concessionárias de veículos -3,66 2. Combustíveis e Lubrificantes 3,49 2. Vestuário -0,03 2. Vestuário tos 0,33 3. Supermercados 4,06 3. Combustíveis e Lubrificantes 1,93 3. Calçados 1,17 4. Móveis, decorações e
utilidades domésticas 9,02 4. Supermercados 3,75 4. Lojas de Departamentos 1,33
5. Livrarias e papelarias 9,97 5. Tecidos 5,12 5. Combustíveis e Lubrificantes 2,05
4.3 Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2012 (acumulado do ano):
5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:
5.1 Combustíveis e lubrificantes: queda na safra de cana e opção das usinas pelo açúcar com preço
melhor, impediram ao etanol competir com a gasolina, que teve redução na participação do etanol na
mistura: de 25% para 20%. Devido a necessidade da Petrobrás melhorar sua receita, a expectativa é
de aumento de 10% no preço da gasolina em julho, com reflexos na taxa de inflação. O crescimento
desse ramo está associado ao adicional de carros em circulação e intensidade de utilização: viagens,
lazer, etc. A qualidade do transporte público nos centros urbanos não restringe os carros particulares.
TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM MARÇO DE 2012
Variação das Vendas:
Março-2012 em relação a
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
PARANÁ
(%)
1. Mês anterior 13,60 8,76 4,72 6,06 7,80 11,86 10,07
2. Mesmo mês ano anterior 0,63 12,94 9,28 9,22 10,94 3,55 5,56
3. Acumuladas no ano -1,77 12,56 11,25 14,86 11,57 3,37 5,24
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste (%) Foz do Iguaçu
(%)
Ponta Grossa
(%)
Maior
crescimento
Óticas
7,07
Livrarias e
Papelarias
44,41
Materiais de
construção
36,22
Materiais de
construção
38,53
Tecidos
37,49
Concessionárias
de veículos
21,99
Menor
crescimento
Vestuário
-10,67
Calçados
-6,47
Calçados
-5,44
Óticas
-11,44
Concessionárias
de veículos
-5,12
Vestuário
-19,75
27
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9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ
5.2 Concessionárias de veículos: foi o ramo de menor crescimento em 2011 e em 2012 ainda não
apresenta recuperação. As vendas em 2011 superaram 2010. O financiamento está mais restrito- alguns
bancos exigem 20% do valor da compra- e os incentivos fiscais diminuíram. A criação do adicional de IPI
sobre os importados poderá melhorar vendas de nacionais em 2012. A valorização do dólar poderá
impactar as peças importadas e encarecer o preço final. A crise externa fez as exportações caírem. A
inadimplência poderá crescer nesse segmento. No curto prazo as vendas não deverão crescer, devido a
concentração de valor no produto. Em Ponta Grossa, as vendas foram maiores que nos demais polos,
devido abertura de duas concessionárias na cidade (pode resultar em queda na RM de Curitiba).
5.3 Materiais de construção: na sequência da boa performance de 2011, esse ramo começa 2012 no
mesmo ritmo de crescimento, estimulado por financiamentos, renda crescente e promoções.
5.4 Móveis, decorações e utilidades domésticas: desempenho positivo em 2011, tendência mantida
em 2012- cresceu quase 10% no trimestre-, aquecida pela ocupação de imóveis novos e redução do IPI.
5.5 Supermercados e hipermercados: a continuidade do crescimento em 2012 está relacionada à
melhoria de renda das classes D e E além da melhoria no padrão de consumo da classe C. Na região
Oeste (Cascavel, Toledo e Mal. Candido Rondon) e Foz do Iguaçu cresceu mais que demais regiões.
5.6 Farmácias e perfumarias: Os genéricos demonstram crescente participação nas vendas; a guerra
de preços das grandes redes estimula vendas e prejudica pequenas farmácias e redes. Um estímulo
adicional para o segmento é a mudança de estação: outono – inverno.
5.7 Autopeças e acessórios: vendas crescentes em 2012, com interior melhor que RM de Curitiba.
Peças importadas podem encarecer com o dólar valorizado. No 1.º trimestre cresceu quase 6,0%.
5.8 Óticas e cine-foto-som: esses dois ramos tiveram o incentivo de inovações e novos designs que
estimularam o consumidor; o dólar valorizado não prejudicou vendas. Trabalham com larga margem de
importados, mas enfrentam a concorrência de produtos “piratas” ou com entrada ilegal.
5.9 Livrarias e papelarias: tem desempenho sazonal, com picos em janeiro-fevereiro e julho, associado
ao início do semestre escolar. O 1.º trimestre de 2012 cresceu quase 15% sobre igual período de 2011.
Tem venda crescente de produtos associados à informática e material de escritório.
5.10 Calçados e vestuário: vendas muito boas em 2011, na esteira de melhoria de renda, emprego e
ascensão social. Desempenho foi melhor no interior que na RM de Curitiba. No 1.º trimestre de 2012 não
teve bom desempenho. As liquidações de verão e pós–natalinas não ajudaram. Os lançamentos de
outono-inverno, em março-abril, poderão aquecer os dois ramos. Concorrem com lojas de departamentos
e supermercados, que também vendem produtos semelhantes.
5.11 Lojas de departamentos: em 2011 manteve crescimento, tendo em dezembro desempenho
inferior ao mesmo mês de 2010. O 1.º bimestre de 2012 está abaixo de igual período de 2011. Oferecem
amplo leque de produtos, muitos dos quais típicos de outros ramos, o que favorece vendas, pela
concentração de opções. Tem grande poder de negociação com fornecedores. Há concorrência acirrada
no segmento.
28
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5.12 Tecidos: as vendas em 2011 foram incentivadas por imóveis novos, reformas e melhoria de
renda, fatores que também atuaram no 1.º bimestre/2012. Vende mais no interior e menos na RM.
Expandiu opções de oferta: cortinas, carpets, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede, novos
padrões, etc.
6. CONCLUSÃO O varejo do Paraná apresenta crescimento nas vendas do 1.º trimestre: 5,24%. As liquidações
em diferentes ramos e redes de lojas contribuíram nessa performance. O governo federal busca
incentivar o consumo interno, adotando políticas de aquecimento da demanda e aumento do PIB,
mais prioritárias que as políticas anti-inflacionárias, o que poderá melhorar o varejo. Afora
investimentos do PAC e Copa de 2014, também atuam como fatores positivos: emprego estável,
remuneração média crescente, maior massa de salários, financiamento habitacional e maior consumo
das famílias (classes C, D e E).
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio
TABELA 21 – VENDAS EM MARÇO DE 2012 COMPARADAS AO MÊS ANTERIOR (FEVEREIRO DE 2012)
Ramos de Atividade
Mais Representativos do Comércio
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
1. Concessionárias de Veículos 10,32 9,35 5,45 12,58 31,12 4,83 2. Móveis, Decorações e Utilidades
Domésticas 6,20 19,17 1,73 7,75 0,44 2,71
3. Autopeças e Acessórios 17,40 10,69 8,05 4,78 11,38 22,99 4. Materiais de Construção 22,54 7,31 5,43 2,80 0,15 38,37 5. Lojas de Departamentos 3,71 1,25 2,70 - - - 6. Supermercados 3,32 8,35 0,95 4,09 2,79 8,38
TABELA 22 – VENDAS EM MARÇO DE 2012 COMPARADAS AO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR (MARÇO DE 2011)
Ramos de Atividade
Mais Representativos do Comércio
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
1. Concessionárias de Veículos -7,88 9,75 7,69 -21,90 5,62 22,33 2. Móveis, Decorações e Utilidades
Domésticas 1,78 19,33 5,91 17,17 6,54 -1,28
3. Autopeças e Acessórios -5,47 11,23 4,89 19,36 24,27 -2,47 4. Materiais de Construção 11,50 20,26 20,68 25,70 16,95 -7,49 5. Lojas de Departamentos 8,89 6,20 10,85 - - - 6. Supermercados 3,10 0,90 0,59 22,52 12,87 -7,68
TABELA 23 – VENDAS ACUMULADAS NO ANO DE 2012 (Jan-Mar) COMPARADAS A (Jan-Mar) DE 2011
Ramos de Atividade
Mais Representativos do Comércio
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
1. Concessionárias de Veículos -7,56 4,42 6,74 -2,23 -5,12 21,99 2. Móveis, Decorações e Utilidades
Domésticas 0,39 26,17 1,51 17,44 12,64 0,47
3. Autopeças e Acessórios -5,75 14,18 6,29 20,40 14,60 -2,66 4. Materiais de Construção 2,34 17,17 36,22 38,53 19,37 -13,29 5. Lojas de Departamentos -0,62 6,02 5,98 - - - 6. Supermercados 4,76 -2,21 0,27 25,94 14,35 -3,84
29
Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ
Fonte: Pesquisa Conjuntural do Comercio da Fecomércio-PR
(Consulta em 14/05/2012)
TABELA 24 – VENDAS NOS PÓLOS DE COMÉRCIO PESQUISADOS PELA FECOMÉRCIO-PR (Variação em Relação ao Mês Anterior)
Período
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
PARANÁ
(%)
2011 Jan -22,15 -13,34 -12,22 -19,75 -15,42 -23,97 -19,00 Fev -0,05 -2,53 -4,20 -1,33 -3,87 -0,77 -1,39 Mar 6,19 5,43 3,93 10,36 6,59 6,04 6,27 Abr 0,15 5,86 -2,43 -3,11 -3,87 -1,33 -0,18 Mai 2,69 -0,50 1,48 2,81 9,79 0,59 2,33 Jun -6,36 -4,27 1,20 -1,05 -2,34 -0,68 -4,15 Jul 3,82 3,96 2,68 2,37 1,83 2,57 3,38 Ago 1,41 3,72 0,83 4,09 3,30 4,24 2,22 Set -1,61 -1,26 0,85 -1,43 -4,38 0,21 -1,34 Out -1,43 -0,39 -0,28 -0,31 2,90 0,37 -0,69 Nov 3,79 7,51 2,28 5,32 3,00 0,30 4,29 Dez 17,16 10,42 17,04 12,19 11,47 16,44 15,00
2012 Jan 23,71 -11,72 -11,01 -9,90 -11,36 -18,87 -17,62 Fev -6,14 -5,83 -2,40 -4,02 -5,42 -5,60 -5,24 Mar 13,60 8,76 4,72 6,06 7,80 11,86 10,07
(Variação Acumulada no Ano)
Jan – Dez/11 Sobre
Jan – Dez/10 3,37 11,07 12,70 12,73 11,91 2,58 7,22
30
Federação do Comércio do Paraná 10. ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ
O primeiro quadrimestre de 2012 apresenta desempenho inferior a igual período do ano
anterior: 17.131 frente a 18.459, diferença de 1.328 empresas a mais em 2011. Os números
apontam para uma contenção no corrente ano, indicando dificuldades específicas de curto prazo.
No entanto, não se pode tomar os dados de 2012 como indicativos do comportamento ao longo do
ano. Em 2011, foram abertas no Paraná 56.325 empresas, número superior aos cinco anos
anteriores e que demonstra as expectativas positivas dos empresários e do sistema produtivo
quanto ao desempenho da economia brasileira e também quanto a superação dos problemas
associados às crises econômicas. A maior parte dessas empresas são micros e pequenas.
Como fatores recentes de estímulo aos novos empreendimentos, cabe destacar: políticas de
aquecimento como queda nos juros; redução no IPI para diversas linhas de produção, inclusive
automotiva; linhas de financiamento novas; redução do spread; obras públicas do PAC e Copa
2014; expectativa de bom desempenho futuro e o dinamismo próprio de comércio e serviços. Muito
importante nesse contexto foi a elevação do emprego e da massa de salários, associado ao
desempenho positivo da renda e do produto. A ascensão da renda das classes D e E vem
estimulando um padrão de demanda adicional, importante para o comercio varejista.
Fonte: www.jucepar.pr.gov.br – (Relatório estatístico – Novas empresas)
(Consulta em 25/05/2012)
(1) Empresário corresponde a antiga firma individual (sem sócios)
(2) Sociedade Empresária relaciona-se a um grupo empresarial.
TABELA 25 – ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ (Conforme Natureza Jurídica)
Período
Empresário (1)
EIRELI Soc. Empresária (2) S/A Cooperativa Outros TOTAL
2006 16.569 0 26.459 840 148 42 44.058 2007 17.888 0 29.033 610 150 35 47.716 2008 18.904 0 33.002 956 170 55 53.087 2009 21.672 0 33.327 776 202 46 56.023 2010 20.843 0 32.988 752 280 91 54.954 2011 21.927 0 33.074 1.049 195 80 56.325 Jan 1.644 0 2.229 38 4 5 3.920 Fev 1.953 0 2.879 68 17 0 4.917 Mar 2.015 0 3.061 55 9 5 5.145 Abr 1.757 0 2.647 55 12 6 4.477 Mai 2.023 0 3.098 72 12 2 5.207 Jun 1.847 0 2.978 83 21 10 4.939 Jul 1.838 0 2.997 224 16 7 5.082 Ago 2.142 0 3.296 75 21 4 5.538 Set 1.993 0 2.748 141 23 8 4.913 Out 1.786 0 2.565 63 18 3 4.435 Nov 1.609 0 2.482 79 18 8 4.196 Dez 1.320 0 2.094 96 24 22 3.556
2012 6.519 623 9.544 334 66 45 17.131 Jan 1.465 32 1.978 49 18 4 3.514 Fev 1.687 164 2.476 76 18 6 4.427 Mar 1.908 234 2.761 47 13 24 4.987 Abr 1.491 193 2.329 162 17 11 4.203
31
Federação do Comércio do Paraná
11. FALÊNCIAS DECRETADAS NO BRASIL
O índice de falências em abril caiu para 64, menor que março mas acima do verificado no
bimestre jan.-fev. de 2012. Os números do 1.º quadrimestre/2012 indicam mais falências que
igual período de 2011. As medidas de incentivo econômico do governo: queda nos juros; redução
no IPI para diversas linhas de produção, novas linhas de financiamento incentivadas; redução do
spread; permitem a expectativa de redução das falências no ano e menor inadimplência.
Importante nesse contexto é a elevação do emprego e da massa de salários, associado ao
desempenho positivo da renda e do produto , associado à ascensão de renda das classes D e E.
O índice de falências de setembro de 2011 foi o maior desse ano: 82. No 1.º semestre de
2011, houve redução do índice de empresas em processo de falência ou concordata na comparação
a igual período de 2010, fato que surge na seqüência do bom desempenho da economia no 1.º
semestre. No entanto, os dados de falências crescentes no 3.º trimestre, refletem dificuldades
econômicas externas, com impactos restritivos na economia local. As falências e concordatas
verificadas podem ser atribuídas à inadimplência dos consumidores, queda na demanda externa
que compromete exportações e dificuldades para reduzir custos e melhorar competitividade. Alguns
ramos produtivos também contabilizam a valorização do dólar nos preços finais. O último trimestre
de 2011 teve redução de falências, devido o número maior de reajustes salariais em comparação
com o primeiro semestre, entrada do 13º salário- utilizado em parte para regularizar dívidas e
elevar a demanda no final do ano, com impactos positivos sobre o faturamento empresarial, além
das políticas de aquecimento do segundo semestre.
O aumento da inadimplência do consumidor (índice SERASA) em mar-abr/2012 pode
contribuir em algum percentual na elevação de falências em março-abril de 2012.
Fonte: www.serasa.com.br – (Empresas – Índices econômicos – Falências) (Consulta em 11/05/2012)
TABELA 26 – FALÊNCIAS NO BRASIL
Período Índice
2009 76 2010 61 2011 53 Jan 41 Fev 64 Mar 53 Abr 50 Mai 53 Jun 53 Jul 64 Ago 65 Set 82 Out 40 Nov 38 Dez 38
2012 --- Jan 33 Fev 45 Mar 70 Abr 64
32
Federação do Comércio do Paraná 12. CRÉDITO: DEMANDA E INADIMPLÊNCIA
12.1. Demanda de Crédito
Após o elevado índice de demanda de crédito de março: 121,8, o maior desde outubro/2011, houve queda em abril para 108,1. O crescimento pode ser associado às políticas de aquecimento da demanda. Na sequencia, para abril, o comprometimento com despesas anteriores mais os limites da renda, não estimularam o consumidor a assumir novos créditos. O que se verifica agora em maio é o incentivo e facilitação às compras: indicadores mostram disposição em assumir compromissos creditícios, que poderia ser associado, em parte, à confiança em termos de emprego, poder aquisitivo, capacidade de pagamento; a queda no indicador mostra os cuidados dos consumidores com dívidas. O crédito constitui fator importante no estímulo às vendas, associado à queda nos juros.
TABELA 27 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE DEMANDA DO CONSUMIDOR POR CRÉDITO (MÉDIA DE 2008 = 100)
Região Renda Pessoal Mensal
Ano:
2012 CO N NE S SE até R$ 500
R$ 500 a R$
1.000
R$ 1.000 a
R$ 2.000
R$ 2.000 a
R$ 5.000
R$ 5.000 a R$
10.000
mais de R$
10.000 Total
Abr/11 123,1 115,5 124,2 113,7 120,6 146,4 121,3 112,4 120,2 130,5 133,0 119,8
Mai/11 131,6 127,3 140,6 128,2 133,8 166,7 134,2 124,7 134,2 146,6 149,4 133,3
Jun/11 129,3 124,7 132,6 125,8 130,1 159,9 129,9 121,4 130,7 142,4 141,7 129,3
Jul/11 131,0 124,7 132,2 123,7 127,7 160,7 128,2 119,6 128,8 140,9 140,1 127,8
Ago/11 144,8 140,6 159,0 131,8 132,5 180,6 139,7 128,0 136,1 148,1 148,6 138,1
Set/11 126,3 117,9 125,7 121,3 123,3 157,7 123,1 115,3 124,2 136,3 137,8 123,3
Out/11 121,4 111,1 118,1 115,9 118,1 155,1 116,0 109,9 131,9 131,7 131,7 117,6
Nov/11 117,7 108,4 120,1 112,4 115,6 155,4 113,9 107,5 116,8 129,3 131,9 115,6
Dez/11 125,0 115,5 119,2 109,1 125,5 164,4 120,5 112,1 119,9 130,9 128,8 120,9
Jan/12 116,3 109,2 116,2 102,5 111,7 149,5 109,6 103,4 111,3 122,6 121,4 111,0
Fev/12 107,5 104,3 107,3 93,0 101,2 136,3 99,8 94,6 102,0 112,7 112,2 101,3
Mar/12 125,5 120,3 128,7 118,5 120,3 162,4 119,2 114,2 123,4 136,3 134,6 121,8
Abr/12 113,9 113,2 117,8 100,8 106,4 147,7 106,4 100,7 108,2 119,3 118,8 108,1
Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Demanda do Consumidor por Crédito) (Consulta em 24/05/2012)
12.2. Inadimplência
Subiu mais o índice de inadimplência: de 139,6 em março, subiu para 146,2 em abril. Representa uma elevação na inadimplência, em grande parte influenciada pelo crédito concedido pelo segmento de veículos, produto que trás agregado uma extensa relação de custos adicionais paralelos. A inadimplência alta entre julho e novembro mostra que a expansão das dívidas pelo consumidor, num período de uso intenso dos financiamentos, não foi bem planejado e que fatos novos surgiram no período, impedindo/adiando a regularização. Ressurge o alto índice em março/abril pois o consumidor assumiu no começo do ano muitos financiamentos, simultaneamente, levando ao esgotamento da sua capacidade de pagamento, dado os múltiplos compromissos. O que verifica agora é resultado das imprevisões de muitos consumidores. Os números atuais levarão as empresas a adotarem cuidados adicionais nas vendas a prazo e concessão de crédito. Importante neste momento é a ocorrência de redução de juros bancários e renegociações em relação às dívidas existentes.
TABELA 28 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE INADIMPLÊNCIA – PESSOA FÍSICA – SEM AJUSTE SAZONAL (MÉDIA DE 2009 = 100)
Ano: 2012 PEFIN (1) REFIN (2) Protestos CCF (3) Geral
Abr/11 118,2 102,0 75,3 68,7 118,2
Mai/11 189,2 111,9 90,9 76,6 127,9
Jun/11* 199,4 121,0 80,3 69,2 134,0
Jul/11 201,8 127,3 88,4 67,8 137,8
Ago/11 200,2 134,9 88,9 70,8 142,0
Set/11 193,6 133,7 76,5 63,5 137,7
Out/11 188,3 130,1 79,0 68,6 135,6
Nov/11 190,0 130,8 88,8 75,8 138,2
Dez/11 187,7 128,1 78,6 69,5 134,7
Jan/12 194,3 125,1 91,9 63,9 134,2
Fev/12 197,4 123,2 75,4 60,8 133,0
Mar/12 211,1 123,4 93,8 71,8 139,6
Abr/12 229,7 128,8 81,0 66,5 146,2 Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Inadimplência do Consumidor) (Consulta em 24/05/2012)
(1) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto às financeiras, cartões de crédito e empresas não financeiras. (2) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto aos bancos. (3) Fluxo mensal de cheques devolvidos por insuficiência de fundos (2ª. devolução).
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Federação do Comércio do Paraná
13. NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA INSTALADA (NUCI) NA INDÚSTRIA
A elevação no NUCI em abril: 83,5%, mostra uma tendência de crescimento no ano.
Demonstra maior utilização da capacidade produtiva da indústria e conseqüente queda da
ociosidade no período: 16,5%. A providencias do governo com políticas de aquecimento para a
industria, sinalizam a curto prazo, elevação do NUCI e redução da ociosidade. Um fato merece ser
destacado: as manifestações de segmentos representativos da indústria brasileira não apontam
para expansão do NUCI. A indústria exportadora, por conta da valorização do dólar, tem
condições de elevar exportações, até o ponto em que não seja bloqueada pela crise externa.
Em abril-dezembro de 2011 o NUCI acima da média do 1.º trimestre do ano, em parte pelo
estímulo associado à alteração na política de contenção na economia. Em 2010 houve expressiva
expansão dos investimentos internos, o que sinaliza a preocupação do sistema produtivo com as
perspectivas futuras. Ou seja, o sistema produtivo pode ter como foco uma demanda crescente a
médio e longo prazo e, nesse sentido, ampliar a capacidade produtiva. Cabe considerar que de
20% a 25% da demanda interna se dá sobre bens importados. A valorização do dólar poderá
conter parte da demanda de importados, favorecer a utilização da estrutura produtiva interna e
estimular exportações, fatores que podem elevar o NUCI .
O NUCI –FGV é importante indicador da demanda agregada. Alguns ramos da indústria de
transformação estão próximos do esgotamento do NUCI: sua queda e maior ociosidade,
representam menor demanda interna e/ou externa e redução no emprego.
Fonte: www.ipeadata.gov.br – (Macroeconômico – Temas – Produção) (Consulta em 10/05/2012)
(*) Cálculo anual com base na média mensal do período.
TABELA 29 – NUCI NO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO (*) Período NUCI (%) Ociosidade (%)
2005 83,5 16,5 2006 83,3 16,7 2007 85,1 14,9 2008 85,2 14,8 2009 80,2 19,8 2010 84,7 15,3 2011 84,0 16,0 Abr 84,0 16,0 Mai 84,1 15,9 Jun 84,1 15,9 Jul 84,0 16,0 Ago 84,0 16,0 Set 84,4 15,6 Out 84,7 15,3 Nov 84,5 15,5 Dez 84,1 15,9
2012 --- --- Jan 82,1 17,9 Fev 82,9 17,1 Mar 83,0 17,0 Abr 83,5 16,5
34
35
III. S E T O R P Ú B L I C O
Federação do Comércio do Paraná
14. ARRECADAÇÃO DO GOVERNO
A receita do governo federal em jan-abr/ 2012, superou igual período de 2011, indicando
crescimento da economia sobre o ano anterior, em uma melhor conjuntura econômica.
A arrecadação do setor público é realizada sobre pessoas físicas e pessoas jurídicas
utilizando diversas formas nos três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal. Essa receita é
utilizada para o financiamento e viabilização de programas e políticas governamentais e para o
custeio da máquina pública. Os itens que compõem o conjunto da arrecadação governamental
estão distribuídos na forma de: a) impostos; b) taxas; c) contribuições; d) transferências; e)
aluguéis; f) previdência social (1); g) outras receitas: multas, vendas de imóveis públicos, etc.
Permanece na economia interna a pesada carga tributária para país em desenvolvimento.
As novas políticas adotadas a partir de abril p.p. voltadas ao aquecimento poderão
compensar possíveis quedas na arrecadação em função da escala de demanda e também pela
tributação adicional (em maio) de industrializados nacionais ou importados: motos, micro-ondas e
aparelhos de ar condicionado(de 20% para 35%), que restringiam o desempenho da Zona Franca
de Manaus, bem como as novas alíquotas sobre bebidas frias: cerveja, refrigerante e águas.
Fonte:www.receita.fazenda.gov.br (Consulta em 25/05/2012)
Fonte:www.receita.fazenda.gov.br (Consulta em 25/05/2012)
Fonte: www.receita.fazenda.gov.br – (Carga Tributária no Brasil 2010) (Consulta em 28/05/2012)
(1) Contribuições à Previdência Social – CPS: É grande fonte de receita do Governo, raramente usada para financiar programas. Motivo: é considerada como
contribuição para posterior devolução. É uma arrecadação do governo, com finalidade de custear aposentadorias dos que pagaram pela Previdência. Constitui,
portanto, uma receita previamente comprometida. Em condições normais, a possibilidade de utilização da receita previdenciária para custear despesas diferentes da
Previdência é, praticamente, zero. Em condições excepcionais, no entanto, o governo pode recorrer à receita da Previdência para custear despesas urgentes ou casos
de calamidade pública, com a necessidade de posterior reposição, para não prejudicar o cidadão beneficiário da previdência social do País.
(2) A arrecadação refere-se à Receita Administrada pela RFB (impostos e contribuições) mais as Demais Receitas (taxas e contribuições controladas por outros órgãos).
TABELA 30 – EVOLUÇÃO DA ARRECADAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL (2) (Em R$ Milhões)
Período Valor a Preços
Correntes
Valor a Preços de Abr/2012
(IPCA)
Varia ção %
2007 602.817 765.139 26,93 2008 685.675 821.821 19,86 2009 698.355 802.434 14,90 2010 805.708 874.125 8,49 2011 969.907 988.044 1,87 Abr 85.155 89.498 5,10 Mai 71.534 74.358 3,95 Jun 82.726 86.412 4,46 Jul 90.247 94.118 4,29 Ago 74.608 77.521 3,90 Set 75.102 77.623 3,36 Out 88.741 91.327 2,91 Nov 78.968 80.849 2,38 Dez 96.625 98.441 1,87
2012 --- --- --- Jan 102.579 103.918 1,31 Fev 71.902 72.514 0,85 Mar 82.367 82.894 0,64 Abr 92.628 92.628 0,00
TABELA 30.1 – ARRECADAÇÃO FEDERAL SEGMENTADA POR TIPO DE TRIBUTO
(a preços de abr/12 – IPCA) Jan-Abr (R$ milhões)
Imposto sobre importação 9.233 IPI Total 15.986 IR Total 100.124 IR Pessoa Física 8.784 IR Pessoa Jurídica 48.321 IR Retido na Fonte 43.019 IOF 10.806 Cofins 54.416 PIS / Pasep 14.784 CSLL 24.605 Cide – Combustíveis 1.699 Contribuição para FUNDAF 161 Outras Receitas 11.622 Receita Previdenciária 93.352 Receita Administrada por Outros Órgãos 15.165
TOTAL DAS RECEITAS 351.955
TABELA 31 – PARTICIPAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO PIB – 2009 e 2010 (Em R$ Bilhões)
Componentes 2009 2010 Produto Interno Bruto 3.185,13 3.674,96
Arrecadação Tributária Bruta 1.055,44 1.233,49
Carga Tributária Bruta 33,14% 33,56%
36
Federação do Comércio do Paraná
15. O SUPERÁVIT PRIMÁRIO
A ocorrência do superávit primário nas contas públicas corresponde a existência, no mesmo
exercício fiscal, de receitas superiores às despesas, sem considerar os dispêndios com juros.
Significa, portanto, uma poupança do governo para, principalmente, pagar juros de sua dívida. O
desempenho do superávit primário é uma referência utilizada por investidores estrangeiros para
medir a capacidade de um país pagar sua dívida regularmente. O crescimento do superávit pode
depender, de forma diretamente proporcional, ou do tamanho do corte nos gastos públicos ou de
um aumento na arrecadação superior à despesa. O aumento na arrecadação (sem a ocorrência de
elevação nas alíquotas tributárias ou criação de novos tributos) está diretamente relacionado ao
melhor desempenho da economia.
Uma queda no superávit primário revela uma redução na arrecadação (e queda no
desempenho da economia) e/ou um aumento de gastos públicos.
Analisado sob outra perspectiva, o superávit fiscal poderá ser visto como possível carência
ou defasagem em áreas importantes sob responsabilidade do governo: investimentos, salários,
atendimento social ou outras. Ou seja, o superávit pode ser uma decorrência da contenção (ou
adiamento) de gastos nas áreas mencionadas.
Em abril de 2012, o superávit foi menor que o do mesmo mês de 2011; em janeiro de
2012, o superávit foi quase 50% superior a janeiro de 2011. Muito disso se deve ao corte nos
gastos públicos. O bimestre mar-abr/2012 teve superávit bem abaixo do verificado em mar-abr
de 2011. Importante: com pouca ou muita diferença, 2012 supera igual período do ano anterior
Fonte: www.tesouro.fazenda.gov.br (Consulta em 31/05/2012)
(*) Valores atualizados.
(1) Resultado do Governo Central origina-se do Resultado do Governo Federal mais Resultado do Banco Central.
TABELA 32 – DESEMPENHO DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO - GOVERNO FEDERAL E BANCO CENTRAL
(Em R$ Milhões)
Período
Resultado do
Governo (1)
Variação
Percentual
(%)
2004 49.341,4 --- 2005 52.673,2 6,75 2006 48.748,2 -7,45
2007 57.650,4 18,26 2008 71.438,4 23,92
2009 39.436,4 -44,80 2010 78.772,9 99,75
2011 93.524,6 18,73 Mar 8.972,3 253,94 Abr 15.542,2 73,22 Mai 4.162,1 -73,22 Jun 10.580,2 154,20 Jul 11.341,4 7,19 Ago 2.540,8 -77,60 Set 5.415,4 113,14 Out 11.505,3 112,46 Nov 4.710,4 -59,06 Dez 2.017,6 -57,17
2012* 45.028,4 9,16 Jan 20.816,0 931,70 Fev 5.372,6 -74,19 Mar 7.627,5 41,97 Abr 11.212,3 47,00
37
Federação do Comércio do Paraná
16. O ICMS NO PARANÁ
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é a principal fonte de arrecadação
dos governos estaduais. Existe uma “guerra” fiscal entre os estados da Federação, onde cada um
estabelece alíquotas de ICMS diferenciadas em relação aos demais com o objetivo de atrair
empresas ou obter outras formas de benefícios. O Conselho Nacional de Política Fazendária-
CONFAZ é encarregado de decisões relativas ao ICMS sendo, no entanto, necessário a unanimidade
para a aprovação. Isto não ocorrendo, continua a prevalecer as diferenças de alíquotas entre os
Estados.
Fonte: www.fazenda.pr.gov.br – (Gestão do Dinheiro Público – Balanço Geral) (Consulta em 18/05/2012)
TABELA 33 – PARANÁ: ARRECADAÇÃO DO ICMS POR SETOR DE ATIVIDADE (Em R$ milhares)
Ordem Setor de Atividade 2010 2011 Variação
Percentual (%)
1 Indústria 3.064.387,58 3.452.528,97 12,67 2 Comércio 2.786.197,69 3.243.952,84 16,43 3 Energia Elétrica 1.566.087,35 1.727.155,94 10,28 4 Comunicação 1.345.779,39 1.369.013,39 1,73 5 Produtos Primários 571.650,32 888.629,76 55,45 6 Transportes 180.179,22 225.368,92 25,08 7 Outros 573.335,03 644.195,27 12,36 8 Estorno a Crédito do ICMS 1.144,93 86,44 -92,45 9 Estorno a Débito do ICMS 3.996,33 12.778,76 219,76
--- Total 10.084.765,22 11.538.152,77 14,41
38
Federação do Comércio do Paraná 17. DÍVIDA DE MUNICÍPIOS DO PARANÁ
A dívida a seguir mencionada se refere a “Dívida Contratual Interna Junto ao Tesouro
Nacional e ao Sistema Financeiro Nacional – Paraná” dos municípios onde estão localizados
Sindicatos do comércio filiados à Fecomércio-PR, conforme publicado pelo Banco Central.
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Dívida Pública – Endividamento de Estados e Municípios) (Consulta em 24/05/2012)
(1) Cálculo composto pelo Tesouro Nacional, Instituições Financeiras Públicas, Instituições Financeiras Privadas. Não inclui informações para a dívida externa,
mobiliária e junto ao INSS, FGTS ou outras instituições não financeiras que não o Tesouro Nacional.
(2) Refere-se ao somatório de todos os municípios listados na tabela acima.
TABELA 34 – PARANÁ: DÍVIDA DE MUNICÍPIOS QUE SEDIAM SINDICATOS FILIADOS À FECOMÉRCIO-PR
Nº Cidades
Dívida Total (1) (R$ 1.000,00)
Variação
(%) Fevereiro
2012 Março 2012
1 Apucarana 161.189,16 162.134,40 0,59 2 Campo Largo 11.219,61 11.331,45 1,00 3 Campo Mourão 3.885,36 3.708,16 -4,56 4 Cascavel 35.372,10 35.783,55 1,16 5 Castro 4.290,26 4.144,99 -3,39 6 Cornélio Procópio 3.003,04 2.896,68 -3,54 7 Curitiba 395.401,47 396.746,03 0,34 8 Foz do Iguaçu 47.380,59 48.404,12 2,16 9 Francisco Beltrão 3.130,26 3.012,96 -3,75 10 Guarapuava 69.805,97 70.716,57 1,30 11 Irati 3.411,10 3.256,07 -4,54 12 Ivaiporã 36,30 30,17 -16,88 13 Jacarezinho 1.641,35 1.595,20 -2,81 14 Londrina 297.421,47 296.516,64 -0,30 15 Marechal Candido Rondon 4.639,30 4.515,37 -2,67 16 Maringá 432.915,38 440.160,25 1,67 17 Medianeira 4.187,27 4.133,49 -1,28 18 Paranaguá 563,46 434,59 -22,87 19 Paranavaí 11.444,34 11.322,04 -1,07 20 Pato Branco 9.773,22 9.716,16 -0,58 21 Ponta Grossa 36.848,26 38.320,71 4,00 22 Prudentópolis 2.208,05 2.150,54 -2,60 23 Santo Antônio da Platina 3.052,48 2.983,59 -2,26 24 Toledo 15.873,21 16.347,10 2,99 25 Umuarama 34.616,68 34.721,70 0,30 26 União da Vitória 1.208,21 1.185,98 -1,84
39
IV. R E L A Ç Õ E S C O M O E X T E R I O R
Federação do Comércio do Paraná 18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
A balança comercial do 1.º quadrimestre foi inferior a igual período de 2011; as
exportações aumentaram, mas as importações, proporcionalmente, cresceram mais.
Em 2011, a balança comercial positiva de US$ 29,8 bilhões, contou com a grande
participação das exportações do período out-dez, com o dólar mais valorizado. As importações de
out-dez, maiores que em igual período de 2010, foram limitadas em parte pela valorização do US$
no período. O saldo da balança comercial em 2011 foi quase 50% maior que em 2010. Dólar
valorizado (maior poder de compra ao importador) poderá aquecer exportações em 2012. O IOF
maior dos carros importados poderá limitar as importações desse segmento.
As commodities exportadas passam por uma queda na cotação, influenciadas pelos efeitos
da crise externa, podendo afetar exportações e saldo comercial. Atualmente, revela-se como muito
importante e necessária a recuperação das exportações da indústria de transformação, por conta
da maior agregação de valor e empregos criados. As providencias do governo para aquecer o setor
industrial exportador devem produzir efeitos positivos a partir de maio. Podem ser insuficientes, o
que justificaria adoção de políticas adicionais complementares. Fato importante para ativar
exportações é a valorização do dólar no ano, comparado a 2011.
O saldo comercial de 2008 a 2011 - inferior que a 2005-2007, caiu entre 40% e 50% e está
associado à valorização do R$ (até junho/2011), elevação das importações- em especial bens finais
para o varejo- e restrições das exportações de bens com maior valor agregado e maior tecnologia.
Países desenvolvidos com mais limitações após crise de julho-agosto/2011, reduziram importações
Parte da desvalorização do US$ no 1.º semestre/ 2011 estava vinculada à crise Europeia e
do euro, além da não recuperação da economia dos EUA. Em maio/2012, a debilidade de países do
euro: Grécia, Espanha, Holanda, Itália e outros geram incertezas globais e reduzem o potencial de
exportações brasileiras, mesmo com o dólar mais valorizado ( e menor cotação cambial do real).
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatísticas de comércio exterior – Balança comercial mensal) (Consulta em 21/05/2012)
(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração. Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de abril.
TABELA 35 – BRASIL: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)
Período
Exportações
Variação
(%)
Importações*
Variação
(%)
Balança
Comercial*
Variação
(%)
2006 137.807 16,26 91.351 24,12 46.457 3,40 2007 160.649 16,58 120.617 32,04 40.032 -13,83 2008 197.942 23,21 172.985 43,42 24.958 -37,66 2009 152.995 -22,71 127.722 -26,17 25.272 1,26 2010 201.915 31,98 181.768 42,32 20.147 -20,28 2011 256.040 26,81 226.240 24,47 29.799 47,91
Jan 15.214 -27,27 14.817 -4,86 397 -92,56 Fev 16.732 9,98 15.538 4,87 1.194 200,45 Mar 19.286 15,26 17.732 14,12 1.554 30,15
Abr 20.173 4,60 18.312 3,27 1.861 19,77 Mai 23.209 15,05 19.685 7,50 3.523 89,32 Jun 23.689 2,07 19.259 -2,16 4.430 25,72 Jul 22.252 -6,07 19.114 -0,76 3.138 -29,16 Ago 26.159 17,56 22.270 16,51 3.888 23,91
Set 23.285 -10,98 20.212 -9,24 3.073 -20,98 Out 22.140 -4,92 19.782 -2,13 2.358 -23,25 Nov 21.773 -1,66 21.202 7,18 572 -75,76 Dez 22.127 1,62 18.316 -13,61 3.811 566,70 2012 74.646 4,54 71.329 7,42 3.318 -33,73 Jan 16.141 -27,05 17.438 -4,79 -1.297 -134,03 Fev 18.028 11,69 16.317 -6,43 1.711 -231,90 Mar 20.911 15,99 18.889 15,76 2.022 18,21 Abr 19.566 -6,43 18.685 -1,08 882 -56,40
40
Federação do Comércio do Paraná
18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de Conjuntura – Indicadores Econômicos – Capítulo V – Intercâmbio Comercial Brasileiro)
(Consulta em 23/05/2012)
(*) Dados preliminares.
(*)Dados atualizados
Dados de 2012 referentes aos meses de janeiro a abril.
CORRENTE DE COMÉRCIO : obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial do país. No gráfico, os valores indicam o saldo total anual da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações.
(1) Associação Européia de Livre Comércio, inclui Islândia, Noruega e Suíça (inclui Liechtenstein). (2) Exclui países do Oriente Médio e membros da Opep. (3) Associação Latino-Americana de Integração. (4) Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela. (5) Inclui Porto Rico. (6) Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Ucrânia e Uzbequistão. (7) Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal, República
Eslovaca, República Tcheca, Romênia e Suécia. (8) Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Indonésia, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela.
TABELA 36 – BRASIL: INTERCÃMBIO COMERCIAL (Em US$ Milhões)
Países
2011 (JAN-DEZ) 2012 (JAN-ABR)*
Exportações
Importações
Balança
Comercial
Exportações
Importações
Balança
Comercial
Aelc (1) 2.861 3.656 -794 1.215 1.281 -67 África (2) 12.225 15.436 -3.211 3.407 5.113 -1.707 Aladi (3) 57.156 37.810 19.346 16.047 12.274 3.774 Mercosul 27.853 19.375 8.477 7.388 5.755 1.633 Argentina 22.709 16.906 5.803 5.912 4.943 969 Paraguai 2.969 716 2.253 799 273 527 Uruguai 2.175 1.753 421 677 540 138 Chile 5.418 4.569 849 1.330 1.334 -4 México 3.960 5.130 -1.170 1.325 2.168 -843 Outros (4) 19.925 8.735 11.190 6.003 3.016 2.988 Ásia 76.697 70.076 6.621 21.601 21.907 -306 China 44.315 32.788 11.526 11.882 10.526 1.357 Coréia do Sul 4.694 10.097 -5.403 1.211 2.901 -1.690 Japão 9.473 7.872 1.601 2.275 2.485 -210 Outros 18.216 19.319 -1.103 6.232 5.995 237 Canadá 3.130 3.553 -424 893 870 23 EUA (5) 25.942 34.225 -8.283 9.060 10.615 -1.555 Europa Oriental (6) 5.174 5.175 -2 1.210 892 318 Oriente Médio 12.276 6.141 6.135 3.116 1.912 1.204 União Européia 52.946 46.416 6.530 15.763 15.569 195 Alemanha 9.039 15.213 -6.174 2.379 4.654 -2.276 França 4.319 5.462 -1.143 1.235 2.030 -795 Itália 5.441 6.222 -782 1.595 1.994 -399 Países Baixos 13.640 2.265 11.374 4.784 1.021 3.764 Reino Unido 5.202 3.376 1.827 1.317 1.187 130 Outros (7) 15.304 13.878 1.426 4.454 4.683 -229 Outros 7.633 3.755 3.878 2.335 894 1.441 Opep (8) 18.459 18.457 2 5.071 6.370 -1.299 Total 256.040 226.243 29.796 74.646 71.327 3.319
41
Federação do Comércio do Paraná
18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
18.1. Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna Anunciadas ou vigentes desde maio/2010, para estimular o setor exportador e valorizar a
produção da indústria nacional. Algumas das decisões não foram implementadas eficientemente e
não produziram os efeitos necessários e esperados. As providências são as seguintes:
1. Créditos Tributários: Devolução de 50% dos créditos de PIS/Pasep, Cofins, IPI
acumulados na exportação até 30 dias após a solicitação. Atualmente o retorno demora
até cinco anos. Terão direito as empresas:
- a) que exportaram pelo menos 30% do faturamento nos últimos dois anos.
- b) que sejam exportadoras há no mínimo quatro anos.
- c) com tributação pelo lucro real e que utilizem nota fiscal eletrônica.
- d) cujo histórico de pedidos de ressarcimento negados não supere em 15% o total
solicitado nos últimos dois anos.
2. Banco de Fomento: Criação do EXIM Brasil (no estilo do Eximbank internacional),
subsidiário do BNDES especializado em comércio exterior para diminuir burocracia e dar
mais rapidez a operações de exportação. Voltado para operações de longo prazo, como
bens de capital e serviços de engenharia.
3. Micro e Pequenas Empresas: Poderão exportar até R$ 2,4 milhões sem que esse valor
seja contabilizado no limite de faturamento para enquadramento no Simples, que é
também de R$ 2,4 milhões.
4. Financiamento: BNDES poderá destinar R$ 7 bilhões para linha de exportação de bens
de consumo subsidiada pelo Tesouro Nacional.
5. Garantias de criação: a) FGCE-Fundo Garantidor de Comércio Exterior, que terá R$ 2
bilhões transferidos de fundo do BNDES.
b) FGIE- Fundo Garantidor de Infra-estrutura, que reunirá fundos naval e de
energia e as PPP’s (Parceria Público-Privada), somando R$ 5 bilhões.
c) EBS-Empresa Brasileira de Seguros para administrar risco dos fundos
garantidores da União e para concessão de seguros com o setor privado.
6. Isenção: Ampliação do “drawback isenção” para o mercado interno, em que os tributos
pagos na compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na
reposição de matéria-prima nacional.
7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do
governo federal. O valor será de até 25% do similar produzido em outro país.
8. Autopeças: Acaba com o desconto de 40% sobre o Imposto de Importação de
autopeças para estimular a produção nacional.
9. Valorização recente do dólar (e consequente desvalorização do R$) poderá favorecer
exportações, conter a demanda de importados (que participam com 23% a 25% na
demanda final), e elevar a produção interna em segmentos específicos.
10. Aumento do IPI para carros importados (set 2011): passou a vigorar em 2012;
11. Eleva de 3 para 5 anos a cobrança de 6% do IOF: nas operações de cambio
contratadas a partir de 12/03/2012.
12. Proteção a produtos da Zona Franca de Manaus: aumento de 20% p/ 35 do IPI de
importados: motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado.
42
Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
O Paraná vem acumulando saldos negativos na balança comercial em janeiro-abril/2012. A
corrente de comercio do Paraná (soma de exportações e importações) no 1.º quadrimestre/ 2012
é 10% superior a igual período de 2011, indicando maior abertura econômica do Estado. A balança
comercial de 2011 foi negativa, o que não ocorria desde 2005. A crise externa nos países
desenvolvidos influencia na redução da cotação de commodities agrícolas, principal característica
das exportações do Paraná. O bloqueio da Rússia à carne de frigoríficos paranaenses impactou em
2011 um setor importante da economia do Estado. Por outro lado, as exportações em queda para
países do euro refletem a crise intensa naquelas economias. Exigências da Argentina sobre
exportações brasileiras restringem exportações de origem paranaense para aquele país.
O Paraná foi o 5.º maior estado exportador do país em 2011, tendo como principais
importadores em 2012: China, Argentina, Países Baixos e Alemanha. Dos 20 principais produtos
exportados pelo Paraná, 80% estão vinculados ao agronegócio(incluindo papel e celulose). Em
2011, dos dez principais destinos das exportações paranaenses, três estavam nas Américas:
Argentina, Paraguai e EUA. Em 2012, são quatro: além dos 3 acima, inclui-se o Uruguai.
Fonte: www.mdic.gov.br –(Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial – Estados) (Consulta em 21/05/2012)
(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração.
Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de abril.
TABELA 37 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)
Período
Exportações
Variação
(%)
Importações*
Variação
(%)
Saldo da
Balança
Comercial *
Variação
(%)
2006 10.016,34 -0,17 5.977,97 32,04 4.038,37 -26,66 2007 12.352,86 23,33 9.017,99 50,85 3.334,87 -17,42 2008 15.247,18 23,43 14.570,22 61,57 676,96 -79,70 2009 11.222,83 -26,39 9.620,84 -33,97 1.601,98 136,64 2010 14.176,01 26,31 13.956,96 45,07 219,05 -86,33 2011 17.394,23 22,70 18.767,17 34,46 -1.372,94 -726,76 Abr 1.567,54 18,09 1.454,54 7,87 113,00 637,86 Mai 1.701,13 8,52 1.679,67 15,48 21,47 -81,01 Jun 1.741,13 2,35 1.651,75 -1,66 89,37 316,36 Jul 1.495,68 -14,10 1.453,01 -12,03 42,67 -52,25 Ago 1.823,35 21,91 1.879,68 29,36 -56,32 -231,99 Set 1.638,93 -10,11 1.749,68 -6,92 -110,74 96,62 Out 1.395,67 -14,84 1.662,98 -4,95 -267,31 141,38 Nov 1.373,39 -1,60 1.825,10 9,75 -451,71 -68,98 Dez 1.438,26 4,72 1.603,37 -12,15 -165,10 63,45
2012 5.286,37 10,44 6.217,77 18,17 -931,40 95,98 Jan 1.128,84 -21,51 1.775,25 10,72 -646,40 -291,52 Fev 1.253,17 11,01 1.257,06 -29,19 -3,90 -99,40 Mar 1.452,67 15,92 1.605,54 27,72 -152,88 -3.823,95 Abr 1.451,70 -0,07 1.579,92 -1,60 -128,23 16,12
43
Federação do Comércio do Paraná
19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
(*) Dados Atualizados. Sujeitos a alteração.
Dados de 2012 referem-se aos valores
acumulados até abril.
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança Comercial Brasileira: Unidades da Federação)
(Consulta em 21/05/2012)
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 21/05/2012)
(1) Dados preliminares. (2) Bens de Capital: bens que geram riqueza:máquinas que fabricam outros bens; ou bens de longa duração: equipamento hospitalar
Bens Intermediários: bens manufaturados ou matérias-primas processadas utilizadas na produção de outros bens (exemplo: peças para veículos) Bens de Consumo: utilizados para o atendimento das necessidades humanas imediatas: alimentos, remédios, etc
TABELA 38 – PARANÁ: PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DE PRODUTOS (1)
Nº
2011 (Jan – Dez) 2012 (Jan-Abr)
Dez Principais Destinos
US$ Milhões
Participação Percentual
(%)
Dez Principais Destinos
US$ Milhões
Participação Percentual
(%) 1 China 3.190,72 32,61 China 1.047,01 33,86 2 Argentina 1.781,89 18,21 Argentina 656,10 21,22 3 Alemanha 884,29 9,04 Países Baixos (Holanda) 252,86 8,18 4 Países Baixos (Holanda) 857,26 8,76 Alemanha 248,22 8,03 5 Paraguai 572,32 5,85 Arábia Saudita 177,95 5,75 6 Estados Unidos 569,96 5,82 Estados Unidos 167,18 5,41 7 Arábia Saudita 535,27 5,47 Paraguai 158,77 5,13 8 Rússia 534,14 5,46 Uruguai 143,35 4,64 9 Japão 454,28 4,64 Taiwan (Formosa) 125,86 4,07
10 França 405,34 4,14 França 114,84 3,71 --- Total 9.785,47 100,00 Total 3.092,15 100,00
TABELA 40 – PARANÁ: CORRENTE DE COMÉRCIO
Período US$
Milhões* Var (%)
2007 21.370,84 33,62 2008 29.817,40 39,52 2009 20.843,67 -30,10 2010 28.132,97 34,97 2011 36.161,39 28,54 Abr 3.022,08 12,94 Mai 3.380,80 11,87 Jun 3.392,88 0,36 Jul 2.948,70 -13,09 Ago 3.703,03 25,58 Set 3.388,61 -8,49 Out 3.058,65 -9,74 Nov 3.198,49 4,57 Dez 3.041,63 -4,90
2012 11.504,14 -51,20 Jan 2.904,09 -4,52 Fev 2.510,23 -13,56 Mar 3.058,21 21,83 Abr 3.031,62 -0,87
TABELA 39 – PARANÁ: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2012 (Jan-Abr) (1)
Nº
Produto US$ Milhões
Percen tual (%)
1 Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura 1.037,30 28,57 2 Bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo 380,31 10,47 3 Pedaços e miudezas, comestíveis de galos/galinhas 342,89 9,44 4 Automóveis com motor explosão, 1500<CM3<=3000,AT 315,07 8,68 5 Carnes de galos/galinhas não cortadas em pedaços 261,49 7,20 6 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 179,10 4,93 7 Milho em grão, exceto para semeadura 144,74 3,99 8 Outros açucares de cana 126,48 3,48 9 “Fuel-oil” 99,37 2,74
10 Consumo de bordo – Combustíveis e lubrificantes P/EM 98,74 2,72 11 Café solúvel, mesmo descafeinado 98,06 2,70
12 Outros madeira compensada folheada, espessura não superior a 6mm
85,97 2,37
13 Outros papéis/cartões para escrita, etc, fibra mecânica 79,47 2,19
14 Outros trigos e misturas de trigo c/centeio, exceto para semeadura
73,07 2,01
15 Outros grãos de soja, mesmo triturados 66,46 1,83 16 Café não torrado, não descafeinado em grão 52,09 1,43 17 Açúcar de cana, em bruto 49,68 1,37 18 Madeira de coníferas, perfilada 49,41 1,36 19 Adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo 47,67 1,31 20 Carnes de outros animais, salgadas, secas, etc 43,50 1,20 --- TOTAL 3.630,88 100,00
44
Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 21/05/2012)
TABELA 41 – PARANÁ: PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO E ORIGEM DE PRODUTOS 2012 (Jan-Abr) 2012 (Jan-Abr)
Principais Blocos Econômicos de Destino
US$ Milhões
Percen tual (%)
Principais Blocos Econômicos de Origem
US$ Milhões
Percen tual (%)
Ásia (exclusive Oriente Médio) 1.749,13 33,09 Ásia (exclusive Oriente Médio) 1.572,62 25,29 MERCOSUL 958,23 18,13 União Europeia 1.539,82 24,76 União Europeia 951,01 17,99 África (exclusive Oriente Médio) 900,79 14,49 ALADI (exclusive MERCOSUL) 419,37 7,93 MERCOSUL 731,16 11,76 Oriente Médio 376,60 7,12 ALADI (exclusive MERCOSUL) 562,89 9,05 Demais Blocos 832,03 15,74 Demais Blocos 910,49 14,64 TOTAL 5.286,37 100,00 Total 6.217,77 100,00
TABELA 42 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS EM 2012 (Jan-Abr)
Nº
20 Principais Empresas Exportadoras US$ Milhões
Percentual (%)
1 Cargill Agrícola S A 422,08 13,32 2 Renault do Brasil S.A. 389,20 12,28 3 Bunge Alimentos S/A 323,95 10,22 4 Sadia S.A. 278,36 8,79 5 Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda. 265,51 8,38 6 Petróleo Brasileiro S A PETROBRAS 259,83 8,20 7 Volvo do Brasil Veículos Ltda. 136,87 4,32 8 Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. 129,48 4,09 9 Klabin S.A. 108,00 3,41
10 C.Vale – Cooperativa Agroindustrial 95,09 3,00 11 BRF – Brasil Foods S.A. 94,86 2,99 12 Volkswagen do Brasil Ltda. 87,68 2,77 13 CHS do Brasil – Grãos e Fertilizantes Ltda. 84,15 2,66 14 Usina De Açúcar Santa Terezinha Ltda. 83,89 2,65 15 Nidera Sementes Ltda. 81,28 2,57 16 Robert Bosch Ltda. 77,47 2,45 17 Seara Alimentos S/A 73,17 2,31 18 Companhia Cacique de Café Solúvel 67,95 2,14 19 CNH Latin America Ltda. 57,00 1,80 20 Seara – Ind. e Comércio de Produtos Agropecuários 52,42 1,65 --- TOTAL 3.168,25 100,00
TABELA 43 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS EM 2012 (Jan-Abr)
Nº
20 Principais Empresas Importadoras US$
Milhões Percentual
(%)
1 Petróleo Brasileiro S A PETROBRAS 990,82 27,76 2 Volkswagen do Brasil Ltda. 538,13 15,08 3 Renault do Brasil S.A. 497,89 13,95 4 Nissan do Brasil Automóveis Ltda. 338,80 9,49 5 Volvo do Brasil Veículos Ltda. 198,73 5,57 6 CNH Latin America Ltda. 140,34 3,93 7 Electrolux do Brasil S/A 134,75 3,78 8 Positivo Informática S/A 95,10 2,66 9 Fertipar Fertilizantes do Paraná Limitada 80,29 2,25
10 Sadia S.A. 77,86 2,18 11 Mosaic Fertilizantes Do Brasil S/A 74,28 2,08 12 Bunge Fertilizantes S/A 60,92 1,71 13 Robert Bosch Limitada 47,26 1,32 14 Macrofertil – Indústria e Comércio de Fertilizantes 46,99 1,32 15 ADM do Brasil Ltda 46,23 1,30 16 Adidas Trading Paraná Ltda. 45,09 1,26 17 Fertilizantes Heringer S.A. 41,35 1,16 18 Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda. 40,72 1,14 19 Nortox SA 37,75 1,06 20 Schneider Electric Brasil Ltda. 35,44 0,99 --- TOTAL 3.568,73 100,00
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Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
Fonte: www.mdic.gov.br (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 21/05/2012)
Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de abril.
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 21/05/2012)
TABELA 44 – PARANÁ: EXPORTAÇÃO – TOTAIS POR FATOR AGREGADO (Em US$ Milhões)
Período Básicos Industria-
lizados
Operações
Especiais TOTAL
2007 4.233,78 7.949,75 169,32 12.352,86 2008 5.787,48 9.152,08 307,62 15.247,18 2009 4.985,13 6.024,36 213,33 11.222,83 2010 5.983,15 7.921,86 270,99 14.176,01 2011 7.952,48 9.056,69 385,06 17.394,23 Jan 380,54 456,80 27,35 864,68 Fev 351,58 650,10 25,36 1.027,03 Mar 618,05 687,12 22,25 1.327,41 Abr 928,12 607,41 32,02 1.567,54 Mai 823,25 839,90 37,99 1.701,13 Jun 897,36 811,72 32,05 1.741,13
Jul 646,73 819,76 29,19 1.495,68 Ago 817,67 961,11 44,57 1.823,35 Set 807,45 800,91 30,57 1.638,93 Out 595,76 759,50 40,41 1.395,67 Nov 543,78 793,73 35,88 1.373,39 Dez 542,20 868,63 27,43 1.438,26 2012 1.715,34 2.041,10 78,24 3.834,67 Jan 505,98 603,36 19,50 1.128,84 Fev 483,92 736,42 32,83 1.253,17 Mar 725,43 701,32 25,91 1.452,66 Abr 813,75 608,56 29,38 1.451,69
TABELA 45 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL DOS MAIORES EXPORTADORES MUNICIPAIS EM 2012 (Jan-Abr) (Em US$ Milhões)
Nº 15 Principais
Municípios Exportações
Percen
tual
(%)
Importações
Percen
tual
(%)
Balança
Comercial
Corrente de
Comércio
1 Paranaguá 1.750,89 34,43 613,86 11,28 1.137,04 2.364,75 2 São José dos Pinhais 680,41 13,38 1.637,15 30,09 -956,74 2.317,56 3 Curitiba 537,31 10,57 1.485,49 27,30 -948,18 2.022,81 4 Maringá 472,23 9,29 119,61 2,20 352,62 591,84 5 Araucária 464,25 9,13 1.180,96 21,70 -716,71 1.645,22 6 Ponta Grossa 259,62 5,11 91,12 1,67 168,50 350,74 7 Londrina 235,92 4,64 104,49 1,92 131,43 340,41 8 Cascavel 149,43 2,94 59,06 1,09 90,37 208,50 9 Telêmaco Borba 137,61 2,71 10,96 0,20 126,65 148,57
10 Palotina 102,88 2,02 2,96 0,05 99,92 105,84 11 Rolândia 93,86 1,85 6,64 0,12 87,21 100,50 12 Cambé 56,15 1,10 53,63 0,99 2,53 109,78 13 Foz do Iguaçu 52,29 1,03 64,13 1,18 -11,84 116,42 14 Cornélio Procópio 49,84 0,98 2,72 0,05 47,12 52,57 15 Cafelândia 42,58 0,84 8,64 0,16 33,94 51,21 --- TOTAL 5.085,29 100,00 5.441,42 100,00 -356,14 10.526,71
46
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20. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO-IED NA ECONOMIA BRASILEIRA
O IED acumulado de jan-abr/2012 está 20% abaixo de igual período de 2011. Mesmo com
a credibilidade da economia brasileira em alta no exterior, as limitações nas economias
desenvolvidas refletiram em redução do IED. A destacar a queda de investimentos da Espanha no
Brasil em 2012, comparado a 2011, de quase 50%. Considerando o verificado nos quatro primeiros
meses mais a crise nos países do euro, dificilmente o IED de 2012 poderá superar o de 2011.
No triênio 2010-2011, houve grandes investimentos internos de empresas automotivas.
Estes investimentos não foram suficientes para bancar todo o capital necessário à instalação ou
ampliação: BNDES financiou parte dos gastos e houve extensa teia de incentivos fiscais concedidos
pelos diversos estados que abrigaram tais empresas. Na crise recente que resultou em valorização
do dólar as automotivas remeteram ao exterior parcelas significativas dos lucros obtidos.
A mensuração do IED, considera somente o capital externo produtivo, capaz de gerar
novos bens e serviços. É um capital diferente do especulativo, pois este é aplicado em títulos da
divida pública ou em bolsa de valores, e tem um perfil de curto prazo, ou seja, não é um capital
que vem com o compromisso de permanecer. Ao primeiro sinal de crise, sai do país, sem gerar
empregos, produtos e serviços.
O investimento externo na economia brasileira entre 2005 e 2008 foi crescente, um
desempenho associado a confiança apresentada ao exterior e ao crescimento verificado até
set/2008. Em 2009, houve queda expressiva do IED, associado à crise econômica do período .
Entre janeiro-dezembro/ 2010 o IED cresceu sobre 2009, muito por conta do IED mensal
de setembro a dezembro. Este é um fluxo de capital importante ao Brasil, dado as necessidades
de expansão da produção interna, modernização dos bens produzidos e inovação tecnológica.
Fonte: www.ipeadata.gov.br - (Conta financeira – Investimentos diretos – Estrangeiros no país) (Consulta em 24/05/2012)
(*) Dados atualizados
TABELA 46 – IED NO BRASIL
Período Valor em
US$ Milhões*
Variação Percentual
(%) 2005 15.066 -16,97 2006 18.822 24,93 2007 34.584 83,74 2008 45.058 30,29 2009 25.948 -42,41 2010 48.506 86,93 2011 66.660 37,43 Jan 2.953 -80,79 Fev 7.795 163,94 Mar 6.787 -12,93 Abr 5.520 -18,67 Mai 3.973 -28,03 Jun 5.475 37,81 Jul 5.982 9,27 Ago 5.596 -6,46 Set 6.305 12,68 Out 5.574 -11,59 Nov 4.057 -27,23 Dez 6.644 63,78
2012 --- --- Jan 5.405 -18,64 Fev 3.646 -32,55 Mar 5.887 61,47 Abr 4.669 -20,69
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Federação do Comércio do Paraná
21. DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA
A divida externa brasileira total resulta do somatório das dívidas do setor público e do
setor privado. A dívida de médio e longo prazo é bastante superior à dívida de curto prazo, fato
que contribui para reduzir a pressão para os pagamentos.
Os dados de janeiro-dezembro de 2011 (comparados a 2010) apontam redução expressiva
da dívida de curto prazo e grande expansão na dívida de médio e longo prazo. Para isso contribuiu
juros menores no exterior, pois os tomadores de empréstimos buscam o menor custo do mesmo. O
total da dívida cresceu quase 20% em relação ao ano anterior.
Em janeiro-abril de 2012, a dívida pouco se altera em relação a dezembro/2011. Os
procedimentos de administração do estoque de divisas pelo Banco Central, permite uma
tranqüilidade em relação aos desembolsos futuros relacionados aos pagamentos da dívida externa.
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Notas econômico-financeiras para a imprensa – Setor externo – Tabela 51)
(Consulta em 24/05/2012) (*)Dados de janeiro a abril-2012- estimados.
21.1. Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado
A dívida externa brasileira está distribuída em dívida do governo e dívida do setor privado.
De acordo com o Banco Central, a dívida registrada para o período 2007 a 2010 está distribuída
conforme a Tabela abaixo.
Constata-se assim, uma realidade pouco conhecida do grande público: do total da dívida
externa brasileira, verifica-se que o setor privado, numa média do período 2007 a 2010, é
responsável por mais da metade dessa dívida. O dado mais recente, referente à dívida em 2010,
mostra o setor privado devendo 10% a mais em comparação ao setor público.
A dívida do setor público está distribuída entre os três níveis de governo: Federal,
estaduais, municipais e também as empresas estatais.
TABELA 48 – BRASIL: PARTICIPAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA Ano Setor Público Setor Privado Total
2007 (1) 48,8% 51,2% 100% 2008 (2) 46,9% 53,1% 100% 2009 (3) 51,8% 48,2% 100% 2010 (4) 45,0% 55,0% 100%
Fonte: (1) Boletim Anual – 2007 do Banco Central do Brasil (p.155). (2) Boletim Anual – 2008 do Banco Central do Brasil (p.153). (3) Boletim Anual – 2009 do Banco Central do Brasil (p.142). (4) Boletim Anual – 2010 do Banco Central do Brasil (p. 135).
TABELA 47 – DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA (Em US$ Milhões)
Período Curto Prazo Médio e Longo Prazo
Total Valor (%) Valor (%)
2004 18.744 9,31 182.630 90,69 201.373 2005 18.776 11,08 150.674 88,92 169.450 2006 20.323 11,78 152.266 88,22 172.589 2007 38.901 20,13 154.318 79,87 193.219
2008 36.444 18,37 161.896 81,63 198.340 2009 30.972 15,62 167.220 84,37 198.192 2010 56.450 22,12 198.734 77,87 256.804 2011 39.040 13,13 258.310 86,87 297.349 2012* 35.075 11,80 262.181 88,20 297 257
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Federação do Comércio do Paraná
22. RESERVAS CAMBIAIS
As reservas cambiais do Banco Central-BC são muito importantes e estratégicas no atual
contexto econômico. Associado a disponibilidade de um elevado estoque de divisas no Banco
Central, que funciona como um colchão amortecedor desde o inicio da crise de setembro de 2008,
o “lastro” cambial permite maior credibilidade no mercado internacional, manter o “grau de
investimento” obtidos em 2008 e 2009 e ampliar a entrada de capital externo.
No período janeiro-maio de 2012, prevaleceu o crescimento no estoque de divisas. Parte
desses dólares são especulativos por conta dos juros elevados pagos pelos títulos da dívida pública.
É um volume de divisas importante para a economia brasileira, mas que gera um custo associado
às aplicações do exterior em títulos do governo, que pagam altas remunerações. É o “capital
especulativo” volátil, sem compromisso com produção, investimento interno ou o emprego e que,
rapidamente, pode deixar a economia brasileira. Os dólares do BC do Brasil em parte aplicados em
títulos americanos, obtém remuneração inferior àquela paga pelo governo brasileiro. Uma parcela
das reservas advém da compra de dólares pelo BC em períodos de elevada entrada que induziam a
sobrevalorizar o Real e outra parte vem das exportações. Atualmente, em maio/2012, o BC vem
utilizando as reservas para conter as valorizações excessivas do dólar perante o real.
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de conjuntura – Reservas Internacionais – Dados diários) (Consulta em 11/05/2012)
(1) Valores anuais correspondem ao saldo do último mês.
(2) Valores mensais referente ao dia 10.
(*) Valor de 2012 referente ao dia 10 de maio.
TABELA 49 – BRASIL: RESERVAS CAMBIAIS (1) (Em US$ Milhões)
Período
Reservas Cambiais no
Banco Central(2)
Variação Sobre o Período Anterior
(%) 2005 53.799 1,6 2006 85.839 59,6 2007 180.334 110,1 2008 193.783 7,46 2009 238.520 23,09 2010 288.575 0,82 2011 352.012 21,98 Jan 289.661 0,95 Fev 300.082 3,60 Mar 311.543 3,82 Abr 321.204 3,10 Mai 329.454 2,57 Jun 335.287 1,77 Jul 338.477 0,95 Ago 350.881 3,66 Set 352.282 0,40 Out 349.849 -0,69 Nov 352.053 0,63 Dez 351.980 -0,02
2012 --- --- Jan 352.262 0,08 Fev 354.639 0,67 Mar 356.377 0,49 Abr 366.013 2,70 Mai 374.205 2,24
49
50
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Elaboração: Departamento Econômico da Fecomércio - PR
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O conteúdo desta “Análise Conjuntural da Economia e do Comércio” é
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