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Caderno de AtividadesLetras

DisciplinaLeitura e Produção de Textos

Coordenação do Curso Ausdy Nazareth Castro dos Santos

Autor

Angela Cristina Dias do Rego CatonioCelso Luiz Rodrigues Catonio

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Chanceler Ana Maria Costa de Sousa

Reitor Guilherme Marback Neto

Vice-Reitor Leocádia Agláe Petry Leme

Pró-ReitoresPró-Reitor Administrativo: Antonio Fonseca de Carvalho

Pró-Reitor de Extensão, Cultura e Desporto: Eduardo de Oliveira Elias

Pró-Reitor de Graduação:Leocádia Agláe Petry Leme

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Eduardo de Oliveira Elias

Diretor-Geral de EADJosé Manuel Moran

Diretora de Desenvolvimento de EADThais Costa de Sousa

Anhanguera PublicaçõesDiretor

Luiz Renato Ribeiro Ferreira

Núcleo de Produção de Conteúdo eInovações TecnológicasDiretoraProf. Carina Maria Terra Alves

Gerente de Produção

Prof. Rodolfo Pinelli

Coordenadora de Processos AcadêmicosProfª. Juliana Alves

Coordenadora de Ambiente VirtualProfª. Lusana Verissimo

Coordenador de Operação

Prof. Marcio Olivério

© 2012 Anhanguera PublicaçõesProibida a reprodução nal ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica,resumida ou modi cada em línguaportuguesa ou qualquer outro idioma. Diagramado no Brasil 2012

Como citar esse documento:

CATONIO, Angela e Catonio Celso; Leitura e Producãode Texto. Valinhos, p. 1-152, 2012. Disponível em:<http://anhanguera.com/>.

Acesso em: 1 fev. 2012.

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Legenda de Ícones

Glossário za b

d

l

m

k hg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

q e

Leitura Obrigatória

Agora é a sua vez

Vídeos

Links Importantes

Ver Resposta

Finalizando

Referências

Início

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Desde sua fundação, em 1994, os fundamentos da “Anhanguera Educacional” têm sido o principalmotivo do seu crescimento.

Buscando permanentemente a inovação e o aprimoramento acadêmico em todas as ações eprogramas, ela é uma Instituição de Educação Superior comprometida com a qualidade do ensino,pesquisa de iniciação cientí ca e extensão, que oferecemos.

Ela procura adequar suas iniciativas às necessidades do mercado de trabalho e às exigências domundo em constante transformação.

Esse compromisso com a qualidade é evidenciado pelos intensos e constantes investimentosno corpo docente e de funcionários, na infraestrutura, nas bibliotecas, nos laboratórios, nasmetodologias e nos Programas Institucionais, tais como:

· Programa de Iniciação Cientí ca (PIC), que concede bolsas de estudo aos alunos para odesenvolvimento de pesquisa supervisionada pelos nossos professores.

· Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD), que concede bolsas de estudospara docentes cursarem especialização, mestrado e doutorado.

· Programa do Livro-Texto (PLT), que propicia aos alunos a aquisição de livros a preçosacessíveis, dos melhores autores nacionais e internacionais, indicados pelos professores.

· Serviço de Assistência ao Estudante (SAE), que oferece orientação pessoal,psicopedagógica e nanceira aos alunos.

· Programas de Extensão Comunitária, que desenvolve ações de responsabilidade social,permitindo aos alunos o pleno exercício da cidadania, bene ciando a comunidade noacesso aos bens educacionais e culturais.

A m de manter esse compromisso com a mais perfeita qualidade, a custos acessíveis, a Anhanguera privilegia o preparo dos alunos para que concretizem seus Projetos de Vida e obtenhamsucesso no mercado de trabalho. Adotamos inovadores e modernos sistemas de gestão nas suasinstituições. As unidades localizadas em diversos Estados do país preservam a missão e difundemos valores da Anhanguera.

Atuando também na Educação a Distância, orgulha-se de oferecer ensino superior de qualidadeem todo o território nacional, por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Educação a Distânciada Universidade Anhanguera - Uniderp, nos diversos polos de apoio presencial espalhados portodo o Brasil. Sua metodologia permite a integração dos professores, tutores e coordenadoreshabilitados na área pedagógica com a mesma nalidade: aliar os melhores recursos tecnológicose educacionais, devidamente revisados, atualizados e com conteúdo cada vez mais amplo para odesenvolvimento pessoal e pro ssional de nossos alunos.

A todos bons estudos!

Prof. Antonio Carbonari NettoPresidente do Conselho de Administração — Anhanguera Educacional

Nossa Missão, Nossos Valores

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Sobre o Caderno de AtividadesCaro (a) aluno (a),

O curso de Educação a Distância acaba de ganhar mais uma inovação: o caderno de atividadesdigitalizado. Isso signi ca que você passa a ter acesso a um material interativo, com diversos linksde sites, vídeos e textos que enriquecerão ainda mais a sua formação. Se preferir, você tambémpoderá imprimi-lo.

Este caderno foi preparado por professores do seu Curso de Graduação, com o objetivo de auxiliá-lona aprendizagem. Para isto, ele aprofunda os principais tópicos abordados no Livro-texto, orientandoseus estudos e propondo atividades que vão ajudá-lo a compreender melhor os conteúdos dasaulas. Todos estes recursos contribuem para que você possa planejar com antecedência seu tempoe dedicação, o que inclusive facilitará sua interação com o professor EAD e com o professor tutora distância.

Assim, desejamos que este material possa ajudar ainda mais no seu desenvolvimento pessoal epro ssional.

Um ótimo semestre letivo para você!

José Manuel Moran

Diretor-Geral de EAD

Universidade Anhanguera – Uniderp

Thais Sousa

Diretora de Desenvolvimento de EADUniversidade Anhanguera – Uniderp

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Este roteiro tem como objetivo orientar seu percurso por meio dos materiais disponibilizados no AmbienteVirtual de Aprendizagem. Assim, para que você faça um bom estudo, siga atentamente os passosseguintes:

1. Leia o material didático referente a cada aula;

2. Assista às aulas na sua unidade e depois disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem paravocê; (sugestão: Assista às aulas na sua unidade e também no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

3. Responda às perguntas referentes ao item “Habilidades” deste roteiro;

4. Participe dos Encontros Presenciais e tire suas dúvidas com o tutor local.

5. Após concluir o conteúdo dessa aula, acesse a sua ATPS e veri que a etapa que deverá serrealizada.

Caro Aluno,Este caderno de atividades foi elaborado com base no livro “Ler e compreender:

os sentidos do texto”, das autoras Ingedore V. Koch e Vanda M. Elias, da Editora

Contexto, PLT 225.

Roteiro de Estudo Profª. Angela Cristina Dias do Rego Catonio

Leitura e Produção de Texto

Tema 1Leitura, texto e sentido

ícones:

Profº. Celso Luiz Rodrigues Catonio

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ConteúdoNesta aula, você estudará:

• As concepções de leitura.• A importância da leitura como uma forma de interação social.• As diversas possibilidades de leitura

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Como se constrói processo da leitura?• A leitura implica uma interação entre quem produz o texto e quem o lê?• A leitura pode ser considerada um instrumento de inserção social?

AULA 1 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

Leitura, texto e sentido

As concepções de leitura variam conforme a visão de sujeito, de língua, de texto e de sentido.

A concepção do “foco no autor” é aquela em que o texto é resultado da sua representação mental. Cabeao leitor “captar” os sentidos do que o autor pretende informar, isto é, o leitor tem função passiva porqueo sentido do texto está centrado no autor.

A segunda concepção de leitura é aquela com o “foco no texto”. Leva em conta o sistema estrutural dalíngua como sistema, código, cabendo ao leitor identi car, reconhecer, decodi car os sentidos expressos

no texto. Nesse caso, não se leva em conta o conhecimento do leitor, conforme as autoras, não há lugarpara ele, sua história de sujeito, sua história de leituras, suas experiências de vida. Basta, somente, aoleitor conhecer o código e decodi cá-lo.

Leitura Obrigatória

Conteúdos e Habilidades

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A última concepção é a “interação entre autor-texto-leitor” em que, diferentemente das concepçõesanteriores, há uma concepção interacional (dialógica) da língua.

Nesse foco de concepção, para que haja produção de sentido, devem-se levar em conta as experiênciase os conhecimentos do leitor, os conhecimentos construídos socialmente. É a interação “texto-sujeitos”.

A linguagem é expressa em diversas formas do uso de uma língua, podendo variar em sua forma demanifestação. Em termos de produção e recepção, a língua é o veículo da interação entre o emissore o receptor. Dessa forma é que se estabelecem os laços de inter-relação entre os sujeitos e serve,também, de instrumento de inserção social.

Lev Vygotsky foi o pioneiro nos estudos que relacionam a linguagem não somente como aquisição dehabilidades cognitivas de características congênitas, mas como resultado das experiências adquiridasao longo da vida social do indivíduo. Segundo ele, o conhecimento é adquirido socialmente, no âmbitodas relações humanas.

A teoria de Vygotsky (1991) tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de umprocesso sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento.

Para ele, a linguagem possui duas nalidades: a de intercâmbio social e a de pensamento generalizante. A primeira serve para a comunicação entre os indivíduos, e a segunda é a ordenação do real, é o processode inter-relações que desenvolvem a consciência e a percepção de determinado objeto/situação,posteriormente transmitidos para outros conceitos e outras áreas do pensamento (VYGOTSKY, 1991).

Vale observar que a língua foi o principal código desenvolvido pelo homem para expressar suasnecessidades e uma tentativa, muitas vezes vitoriosa, de modi cação da sociedade.

A leitura para o ser humano vai muito além da simples decodi cação dos símbolos. Ela pode serinterpretada de maneiras diferentes, baseada nas experiências sensoriais, representações e lembrançasdo leitor.

Em termos de produção e recepção, a leitura é o veículo da interação entre o emissor e o receptor.Dessa forma é que se estabelecem os laços de inter-relação entre os sujeitos e serve, também, deinstrumento de inserção social.

Logo, na leitura de um texto, devem-se ter em mente os conhecimentos adquiridos pelo leitor ao longode sua vida. “Se a compreensão emerge da relação texto-leitor, quanto mais ele souber do que será lido,

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mais possibilidade terá de interagir, de criar uma rede de relações, de minimizar asdi culdades e de construir signi cados.” (BRAGA; SILVESTRE, 2002, p. 26).

São as experiências individuais que determinam as diferentes formas de leitura ede sentidos compreendidos no texto, uma vez que os fatores que envolvem o entendimento de um textodependem do conhecimento linguístico, dos esquemas cognitivos, da bagagem cultural e circunstânciasem que o texto foi produzido e lido: contextos de produção e de uso.

Defendem ainda Braga e Silvestre (2002, p. 27) que “é o leitor quem constrói o sentido com base emseus conhecimentos, em sua expectativa e em sua intenção de leitura [...]. Só ele pode transformar oque precisa ser lido em algo signi cativo e prazeroso”.

Por tudo isso, tem-se a certeza de que as diversas formas de linguagem desempenham, no processode comunicação, papel fundamental na formação do sujeito social. A relação entre o pensamento e apalavra deve ser um processo dinâmico. A conexão entre esses dois elementos não foi previamenteformado no indivíduo ao nascer, mas, sim, na sua vivência de vida e no decurso de suas experiências.

Com relação aos fatores de compreensão da leitura, é importante salientar que, se todo texto apresentaelementos de informação necessários para o seu entendimento, por outro lado, também sempre há

elementos implícitos que necessitam ser inferidos pelos leitores.

Em outras palavras, pode-se a rmar que os conhecimentos ativados na leitura são fruto da bagagempessoal de cada leitor, armazenados em sua memória de forma a construir o sentido do texto.

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Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

A seguir, são apresentadas algumas questões paraque você possa veri car seu entendimento sobreo tema apresentado. A ideia, aqui, é permitir-lheexperimentar e veri car, por si mesmo, que suaprópria história de vida interfere, orienta e propiciaa construção do sentido, em suas interações com

os textos.

Ponto de Partida

Duas amigas leram o mesmo livro, porém, aoconversarem sobre o enredo da história, tiveramvisões diferentes da mensagem. Por que issoacontece?

Leia o fragmento a seguir e responda àsquestões que o segue.

A importância do ato de ler Paulo Freire

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos deprática pedagógica, por isso política, em que metenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar oude encerrar encontros ou congressos.

Aceitei fazê-lo agora, da maneira, porém, menosformal possível. Aceitei vir aqui para falar um poucoda importância do ato de ler.

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal

importância, dizer algo do momento mesmo em queme preparava para aqui estar hoje; dizer algo do

processo em que me inserienquanto ia escrevendoeste texto que agora leio,processo que envolvia umacompreensão crítica do ato de ler, que não seesgota na decodi cação pura da palavra escritaou da linguagem escrita, mas que se antecipae se alonga na inteligência do mundo. A leiturado mundo precede a leitura da palavra, daí quea posterior leitura desta não possa prescindirda continuidade da leitura daquele. Linguageme realidade se prendem dinamicamente. Acompreensão do texto a ser alcançada por sualeitura crítica implica a percepção das relaçõesentre o texto e o contexto. Ao ensaiar escreversobre a importância do ato de ler, eu me sentilevado - e até gostosamente - a “reler” momentosfundamentais de minha prática, guardados namemória, desde as experiências mais remotas

de minha infância, de minha adolescência, deminha mocidade, em que a compreensão críticada importância do ato de ler se veio em mimconstituindo.

Ao ir escrevendo este texto, ia “tomando distância”dos diferentes momentos em que o ato de ler seveio dando na minha experiência existencial.

Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundoem que se movia; depois, a leitura da palavra quenem sempre, ao longo de minha escolarização,foi a leitura da “palavramundo”.

A retomada da infância distante, buscando acompreensão do meu ato de “ler” o mundoparticular em que me movia - e até onde nãosou traído pela memória -, me é absolutamentesigni cativa. Neste esforço a que me vouentregando, re-crio, e re-vivo, e no texto que

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dando superpostamente a ele. Fui alfabetizadono chão do quintal de minha casa, à sombra dasmangueiras, com palavras do meu mundo e nãodo mundo maior dos meus pais. O chão foi o meuquadro-negro; gravetos, o meu giz.[...]Fonte: FREIRE, Paulo. A importância do ato deler . 12. ed. São Paulo: Cortez, 1986.

Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

No texto, Paulo Freire defende que a leitura não seesgota na “decodi cação pura da palavra escrita”.Explique essa a rmação.

Por que, conforme o texto, a leitura do mundoprecede a leitura da palavra?

Explique o que é a “leitura de mundo” que o autorapresenta.

O que, segundo Paulo Freire, signi ca“palavramundo”?

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

escrevo, a experiência vivida no momento em queainda não lia a palavra. Me vejo então na casamediana em que nasci, no Recife, rodeada deárvores, algumas delas como se fossem gente,tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincavae em seus galhos mais dóceis à minha altura eume experimentava em riscos menores que mepreparavam para riscos e aventuras maiores. Avelha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão,seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -,o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi omeu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei,me pus de pé, andei, falei. Na verdade, aquelemundo especial se dava a mim como o mundo deminha atividade perceptiva, por isso mesmo comoo mundo de minhas primeiras leituras. Os “textos”,as “palavras”, as “letras” daquele contexto - emcuja percepção me experimentava e, quanto maiso fazia, mais aumentava a capacidade de perceber

- se encarnavam numa série de coisas, de objetos,de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendono meu trato com eles, nas minhas relações commeus irmãos mais velhos e com meus pais.[...]Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo,que me foi sempre fundamental, não fez de mimum menino antecipado em homem, um racionalista

de calças curtas. A curiosidade do menino não iriadistorcer-se pelo simples fato de ser exercida,no que fui mais ajudado do que desajudado pormeus pais. E foi com eles, precisamente, em certomomento dessa rica experiência de compreensãodo mundo imediato, sem que tal compreensãotivesse digni cado malquerenças ao que ele tinhade encantadoramente misterioso, que eu comeceia ser introduzido na leitura da palavra. A decifraçãoda palavra uía naturalmente da “leitura” domundo particular. Não era algo que se estivesse

Questão 01

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Questão 02

Questão 03

Questão 04

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

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Observando a informações contidas do quadro, épossível a rmar que:a) A maioria das pessoas considera que a leitura

não é importante para a formação do cidadão.b) A leitura tem signi cado positivo para a maioria

dos entrevistados.c) Quem “não sabe ou não opinou” é um dado

que constata que 45,7 milhões de brasileirossão analfabetos.

d) As “Citações negativas” somadas a quem “nãosabe ou não opinou” signi ca que a maioriadas pessoas ouvidas considera a leitura não éimportante.

e) Apenas 26% do universo da pesquisa consideraa leitura importante.

Ainda na mesma pesquisa Retratos da Leitura noBrasil/2010, observe o quadro a seguir:

Fonte: http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/dados/

anexos/48.pdf

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Questão 06

Questão 05

Questão 07

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Discuta essa questão no Fórum da disciplina.Em sua opinião o que precisa mudar na educaçãono Brasil para que se elevem os baixos níveisde escolaridade apresentados pela populaçãobrasileira?

Em 2010, o Instituto Pró-Livro realizou a pesquisaRetratos da Leitura no Brasil, na intenção decontribuir em ações voltadas a transformar o Brasilem um país leitor.Essa pesquisa retrata o comportamento do leitorno país, levando ao poder público informações ere exões relevantes para a elaboração de políticaspúblicas do livro e leitura.O quadro a seguir apresenta qual o signi cado daleitura para os brasileiros.

Fonte: http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/dados/

anexos/48.pdf

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Ao avaliar o tempo dedicado à leitura de livrospode-se a rmar que:

a) A maior quantidade de entrevistados lê maisque dez horas por semana.

b) Quanto maior a escolaridade, menor o tempodedicado à leitura de livros.

c) Quanto maior a escolaridade, maior é o tempodedicado à leitura de livros.

d) Maior tempo de leitura de livros é inversamenteproporcional à escolaridade.

e) Quem tem pouca escolaridade lê tanto quantoquem tem maior escolaridade.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro deGeogra a e Estatística (IBGE, 2009) entre aspessoas de 15 anos ou mais de idade, a taxa deanalfabetismo, em 2008, cou em 10%. Observeo grá co a seguir.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/

recursosnaturais/ids/ids2010.pdf

Observando os dados fornecidos no quadro,percebe-se quea) a região Sul é a que apresenta a maior taxa deanalfabetismo no Brasil.b) há um crescimento dos índices da escolaridadena região Centro-Oeste.c) entre as regiões brasileiras não há discrepânciana variação das taxas de alfabetização em

pessoas com mais de 15 anos.d) houve uma grande reação brasileira paradiminuir o índice de analfabetismo no Brasil.e) que a região Nordeste é a que possui o maioríndice de pessoas acima de 15 anos que nãosabe ler e escrever.

Leia o seguinte texto para responder às questões9 e 10.

Precisamos de uma crise

“Estamos diante de dois grandes problemas:convencer os brasileiros de que nossa educaçãoé péssima e, então, entender como melhorá-la.”

Em 2000, desabou na Alemanha uma notíciaaterradora. O país estava em 25º lugar no Pisa,um teste que mede a capacidade de leitura eo aprendizado de matemática e ciências, entre jovens de 15 anos, em cerca de quarenta países.Educadores, pais e autoridades oscilaram entre

traumatizados e enfurecidos. Até hoje, o climaestá tumultuado, com comissões, seminários e

Questão 08 Verifque seu desempenho nesta

questão, clicando no ícone ao lado.

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

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que saibam usá-los. A disciplina “careta” tem de sermantida, a jornada de trabalho é longa e há muito“para casa”. Se tal fórmula deu certo em todos ospaíses avançados, caberia aos gurus demonstrarpor que o Brasil é “diferente” e que precisamosde fogos de artifício, e não de foco obsessivo noessencial.Mas essas são tecnicalidades. O que precisamosé de uma sociedade indignada contra a educaçãoque temos. Precisamos de uma crise grave.Fonte: REVISTA VEJA. Ed. 1953 . 26 de abril de2006.

O artigo de Cláudio de Moura e Castro retrata apreocupação com o sistema de ensino no Brasil.Segundo a defesa do autor, pode-se a rmar que:

a) O currículo auxilia na boa leitura e escrita detextos.b) Os teóricos e os ideólogos da moda, apesar

de suas teorias impenetráveis e denúnciasconspiratórias, apresentam propostas claras,diretas e e cientes para a educação.

c) Segundo o Sistema Nacional de Avaliação daEducação Básica, 55% da população brasileiraé praticamente analfabeta.

d) Os professores devem ser avaliados e testadoscom frequência.

e) Deve-se investir na educação de qualidade nosprimeiros anos escolares, quando a escola deverealmente ensinar a ler e a interpretar situaçõesreais e onde deveriam estar os melhoresprofessores.

Questão 09

Verifque seu desempenho nesta

questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10Segundo o autor, o Brasilprecisa de uma crise grave na área da educação:a) contra o Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Básica.b) denunciando a Fundação Victor Civita que

lançou seu programa Reescrevendo aEducação.

c) contra a realização de um teste para medira capacidade de leitura e o aprendizado dematemática e ciências.

d) por meio da luta de uma sociedade indignadacontra a educação que se tem.

e) a m de aumentar os salários dos professorese dar melhores condições de trabalho a essespro ssionais.

Verifque seu desempenho nesta

questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o livroVidas secas , de Graciliano Ramos. Você terá um retrato da vida sofrida do homemsertanejo e poderá ativar seus conhecimentos sobre a cultura brasileira.

Leia A importância do ato de ler , de Paulo Freire. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/pdf/11617839.pdf>. Acesso em: . O autor defende que a leitura não é a simples decodi cação de

símbolos, a leitura de mundo precede a leitura da palavra.

Acesse ao site da Revista Letras – Paraná: UFPR. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/letras>. Acesso em: . Você encontrará artigos variados sobre o processo de leitura e escrita.

Assista ao lme Narradores de Javé . É a história de um povoado que está prestes a ser inundadopor uma represa e a sua única chance de não sumir do mapa é provar que o vilarejo tem algum valorhistórico e cultural e que os moradores precisam fazer um documento escrito para provar a importânciadele. Contudo, ninguém por lá sabia ler ou escrever...

Nesta aula, você viu que a leitura é a construção de sentidos decorrentes da interação emissor/receptor. Além disso, foram abordadas as três concepções de leitura apresentadas pelas autoras do Livro-Textoque se manifestam no ato de ler: foco no autor (representação mental do autor), foco no texto (processode codi cação do emissor e decodi cação do receptor) e foco autor-texto-leitor (interação entre texto-sujeitos). Assim, enfatiza-se que a bagagem cultural do leitor é fundamental para uma leitura e caz e para melhor

entendimento do texto, uma vez que ele utiliza seu conhecimento de mundo e seu conhecimento detexto para construir uma interpretação sobre o que lê.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

FINALIZANDO

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Lev Semenovitch Vygotsky (Orsha, 17 de novembro de 1896 — Moscou, 11 de junho de 1934) foium importante psicólogo bielo-russo que desenvolveu estudos sobre o desenvolvimento intelectual,conferindo papel preponderante às relações sociais na aquisição do conhecimento.

Relações humanas: interações entre as pessoas nas mais diversas atividades do seu dia a dia. Esteprocesso se estende durante toda a existência do indivíduo e dessa interação social é que se dá aformação de cada personalidade.

Código: sistema de signos organizados e convencionados de tal modo que possibilitem a construção etransmissão de mensagens e representação de informações e instruções.

Emissor: no ato de comunicação, aquele que faz a codi cação da mensagem e transmite os sinaiscodi cados ao receptor.

Receptor : no processo da comunicação, a pessoa que recebe a mensagem e a decodi ca.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Tema 2Leitura, Sistema de Conhecimentos e Processamento Textual

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• As estratégias sociocognitivas colocadas em ação na leitura e produção de sentido.• O conhecimento linguístico, enciclopédico e interacional.

• Os conhecimentos relacionados às formas de interação por meio da linguagem.• Os frames ou modelos de situação.

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Uma sequência de letras conhecidas ou um conjunto de palavras é su ciente para que um textoescrito faça sentido?

Quais as estratégias que podem e devem ser empregadas para assegurar que a interação autor-texto-leitor seja bem-sucedida?• Por que o conhecimento linguístico é fundamental para se compreender um texto?

ícones:

AULA 2 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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Leitura, Sistema de Conhecimentos e Processamento Textual

O conhecimento linguístico é fundamental para se compreender um texto. Ele abrange o conhecimentodo repertório de palavras de um idioma (conhecimento lexical) e das normas gramaticais utilizadas paraorganizar as palavras em um conjunto signi cativo (conhecimento gramatical).

Em uma brincadeira em versão livre, pode-se perguntar quem consegue identi car um verso de Fernando

Pessoa nos seguintes textos:• Em alemão: “Es wird sich lohnen, wenn die Seele ist nicht klein.”

• Em francês: “Tout vaut la peine, si l’âme n’est pas petite.”

• Em inglês: “Everything is worth, if the soul is not small.”

É muito difícil construir um signi cado em qualquer dos três casos, para quem não conhece os idiomas,pois não tem conhecimento linguístico, isto é, lexical, vocabular, su ciente nem mesmo para identi car

as palavras escritas.

Mais adiante você verá o original em Português.

Antes disso, procure um sentido no texto escrito desta forma: “A pena vale tudo se a pequena não éalma.” Quem conhece o verso, já produziu o sentido, pois o conhecimento léxico, de dicionário, lhepermitiu fazer a dedução, embora cause estranheza a construção do texto, pois não está obedecendoàs regras gramaticais ensinadas nas escolas.

Pode-se, en m, escrever o verso no original do magní co poeta português, agora sim, em sua plenitudelexical e gramatical: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.”

Apenas como observação interessante, note como é possível compreender o sentido do texto mesmoquando as palavras cam com as letras interiores embaralhadas: “Tduo vlae a pnea, se a amla não épqeunea.”

Experimente identi car o seguinte verso: “Mnhia trera tem pramleias odne cnata o sibaá.”

Assim, o conhecimento linguístico, em suas formas léxica e gramatical, é um dos fatores cognitivosessenciais para a produção de sentido de um texto.

Leitura Obrigatória

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Outro é o conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo, que se adquire como experiência

de vida e percepção de eventos situados no espaço e no tempo.

Um poema famoso de Manuel Bandeira demonstra a importância desse conhecimento e, ao mesmotempo, deixa evidente a forma pela qual um texto pode car atrelado ao seu tempo, tornando-se poucocompreensível em outras épocas. Leia-o no quadro a seguir.

Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três

– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...

– Respire.

..............................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito

[in ltrado.

– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira:

poesias reunidas. 19. ed. Rio de Janeiro:

José Olympio, 1991. p. 97.

Você também pode encontrar o poema Pneumotórax no seguinte site: http://www.revista.agulha.nom.br/manuelbandeira02.html

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Note que, para uma compreensão mínima do poema, é necessário saber o que é opneumotórax. Mas não apenas isso: é necessário saber o sentido do pneumotóraxna época em que o poeta redigiu seus versos.

O pneumotórax, também chamado de pulmão colapsado, é uma condição gravecausada pela presença de ar entre a pleura e o pulmão.

O poema está inserido no livro Libertinagem, de 1930. Na época, acreditava-se que a causa dopneumotórax era a tuberculose, doença que a igiu Manoel Bandeira durante longos anos. Hoje se sabeque são males distintos.

“Tentar o pneumotórax” era fazer uma perfuração do tórax na altura das costelas para libertar o araprisionado.

Outro conhecimento de mundo importante é o do signi cado do tango argentino, pois se trata de umamúsica que mescla drama, paixão, agressividade, sexualidade, de uma forma sempre e absolutamentetriste. Portanto, fundo musical adequado para o drama insolúvel.

Além disso, o aspecto grá co do poema, quebrado pela linha pontilhada, remete a uma quebra narespiração.

Observe como o conhecimento a respeito desses elementos do mundo tornam muito mais compreensível – e muito mais signi cativo – o poema-dor, permitindo entender o amplo e sofrido alcance do segundoverso: “A vida inteira que podia ter sido e não foi”.

E, se você tiver um pouco mais de percepção, vai notar que, apesar de todo o sofrimento experimentado

pelo autor, o poema está vazado de humor negro e autoironia.

Assim, quanto maiores e mais variados forem os conhecimentos gerais de uma pessoa a respeito domundo, tanto melhores serão as produções dela de sentido a partir dos textos que enfrentar.

A terceira espécie de conhecimento importante é o interacional, relativo às formas de interação entre oredator e o leitor por meio do texto escrito.

O conhecimento interacional apresenta quatro facetas: ilocucional, comunicacional, metacomunicativoe superestrutural.

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Conhecimento ilocucional é aquele referente aos meios diretos e indiretos utilizados pelo produtordo texto para atingir um dado objetivo. Em outras palavras, é o conhecimento que permite ao leitorreconhecer os objetivos ou propósitos que o autor, a partir de certa situação de interação, pretendeatingir.

Um exemplo desse conhecimento se veri ca no texto a seguir, em que o apresentador interage com oleitor para levá-lo a compreender a importância e o objetivo do livro apresentado, qual seja, “As setemaiores descobertas cientí cas da história”:

Prefácio

Na visão deste livro, a ciência pode ser comparada a uma bela tapeçaria tecida com diferentes os,que possuem características comuns mas também demonstram a extraordinária diversidade dopensamento humano no processo criativo. Ler esta obra é importante, quer o leitor nada conheçada ciência, quer seja um cientista pro ssional. Ela combina os raros talentos de dois indivíduoscom formações díspares: um cientista (Arnold Brody) e um advogado praticante (David Brody). Aabrangência do conhecimento dos autores, seu agudo senso de responsabilidade social e seu talentopara a prosa esmerada conjugam-se para revelar não só a trajetória da descoberta cientí ca mastambém as aspirações e fragilidades dos participantes no contexto social e moral em que foram feitas

as descobertas importantes.BRODY, David Eliot, e BRODY, Arnold R.

As sete maiores descobertas cientí cas dahistória.

São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p.11.

A ausência de conhecimento ilocucional é, frequentemente, utilizada para fazer humor. Veja umexemplo em que a criança não compreende (isto é, não apresenta o conhecimento ilocucional) quandoa professora lhe pede para falar mais baixo:Na sala de aula, a professora chama:

_ Mariazinha, declame a conjugação do presente do indicativo do verbo nadar.

A menina, orgulhosa, pois havia estudado muito bem a conjugação dos verbos, pôs-se de pé e começoua declamar, em voz bem alta:

_ EU NADO, TU NADAS, ELE NADA...

A professora, sobressaltada, exclama:

_ Mais baixo, Mariazinha, mais baixo!E a menina, prosseguindo em voz bem alta:

_ NÓS MERGULHAMOS, VÓS MERGULHAIS, ELES MERGULHAM.

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No exemplo a seguir, a metacomunicação é feita por meio do itálico em palavras que pertencem a léxicoestrangeiro e do negrito para destacar vocábulos fundamentais do texto.

Pensemos, inicialmente, nos textos acadêmicos , povoados de referências, citações, notas de rodapéou de nal de capítulo. Temos aqui um hipertexto , em que as chamadas para as notas ou as referênciasfeitas no corpo do trabalho funcionam comolinks. O leitor poderá, por exemplo, ler o texto de maneiracontínua e só consultar as notas após essa leitura; consultar apenas as que mais lhe interessarem oumesmo não ler nenhuma. [...]

Pensemos, agora, no gênero reportagem . O corpo da reportagem é, normalmente, circundado deboxes explicativos, aos quais o texto de fundo remete. Além dosboxes, há grá cos, tabelas, ilustrações.

O sentido não é construído somente com base no texto central, mas pela combinação de todos essesrecursos: portanto, pode-se perfeitamente falar, nesse caso, da presença de uma multissemiose .

KOCH, Ingedore G. Villaça.Desvendando ossegredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002. p. 61-62.

Por sua vez, o conhecimento superestrutural permite ao leitor reconhecer um texto como pertencentea determinado gênero ou tipo.

Veja, como exemplos, os seguintes textos. Você consegue identi car os gêneros utilizando seuconhecimento superestrutural?

CAPÍTULO I

DOS CRIMES CONTRA A VIDA

Homicídio simples

Art. 121. Matar alguém.

Pena – reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.

Êxodo, 20:13. Não matarás.

Ladrão mata psicóloga em assalto a hotel no Paraná

Um assaltante matou uma psicóloga de 36 anos durante um roubo a um quarto do hotel onde a vítima,o marido e os dois lhos estavam hospedados, em São Miguel do Iguaçu (a 600 km de Curitiba). O

caso aconteceu na madrugada deste domingo (25).

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A identi cação dos gêneros foi fácil, não é mesmo? O “primeiro” é um artigo delei (do Código Penal Brasileiro), o “segundo” é um mandamento bíblico (versículoda Bíblia) e o “terceiro” é um trecho de reportagem (VALLE, Dimitri.Ladrão mata psicóloga em assalto a hotel no Paraná. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/09/26/ladrao-mata-psicologa-em-assalto-a-hotel-no-parana.htm>. Acesso em: 26 set.2011.).

Assim, a compreensão de um texto depende de diversos conhecimentos, que vão se organizar em cadaleitor de acordo com os “modelos episódicos”,frames ou “modelos de situação” com que se habilitam àleitura, os quais constituem resultados de experiências cotidianas, do dia a dia, determinados no espaçoe no tempo e generalizados na medida em que várias experiências semelhantes se tornam comuns aosmembros de uma mesma cultura ou de certo grupo social.

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Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

Após completar o estudo sobre leitura, sistemasde conhecimentos e processamento textual, éhora de avaliar os conhecimentos adquiridos.Observe as orientações de resolução de cadaquestão. Os exercícios têm por nalidade propiciaro aperfeiçoamento de suas habilidades de leitura

e de construção de sentido do texto. Por isso,é fundamental que você analise e avalie suasrespostas e seus textos produzidos.

Ponto de Partida

Os vários conhecimentos necessários para aconstrução de sentido do texto, embora analisadosde forma separada por motivos didáticos, sãoempregados simultaneamente na prática.Por isso, para identi car melhor a interferência,na compreensão de um texto, de cada uma dasespécies de conhecimento estudadas, organizeum grupo com seus colegas e comecem fazendoa leitura do seguinte poema.

.Dinâmica de atividade poética

Esta é uma atividade destinada a revelar osconhecimentos necessários para a construçãomais ampla do sentido de um texto poético.

Note que se trata de um poema; é um texto quese destina, portanto, a transmitir uma emoção, umsentido, oralmente. Uma poesia não é para ser lidaapenas com os olhos, mas com a boca, a língua,os dentes, os pulmões, o coração, a alma!

Divida a turma em grupos de cinco ou seis alunos.

1. Dentro dos grupos,cada aluno deve fazer aleitura silenciosa do texto.Deve anotar as palavrasdesconhecidas e veri car seu signi cado em umdicionário. Deve fazer a interpretação dos versos,a m de compreender seu signi cado.

2. A seguir, o grupo discutirá o texto, de acordocom os conhecimentos enciclopédicos de cadaaluno.

3. Na sequência, veri cará se houve anecessidade de algum conhecimento interacionalpara compreender o texto.

4. Por m, cada aluno deve declamar o poemaem voz alta para o grupo, tentando transmitir aoscolegas os sentimentos que o poeta expressa emsua poesia.

Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente.

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MORAES, Vinícius de.Poesia completa e prosa . Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004. p. 355

* Você também pode encontrar o poema Sonetode separação pelo site: http://www.revista.agulha.nom.br/vm1.html

Ao nal da atividade, façam a seguinte re exãosobre a dinâmica: Quais conhecimentos foramnecessários para exprimir os sentimentos do poeta?Teria sido importante conhecer sua biogra a?Outros textos do autor seriam necessários para

melhor compreendê-lo?Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

As questões 1 a 4 referem-se ao texto a seguir.

História da Filoso aPrefácio à segunda edição americana

Apologia Pro Libro SuoWill DurantMeus editores pediram que eu aproveitasse o en -sejo proporcionado por uma nova edição de A His-tória da Filoso a para discutir a questão geral dos“esboços” e analisar algumas das de ciências dovolume. Sinto-me satisfeito por esta oportunidadede reconhecê-las e de expressar, com toda a debi -

lidade de simples palavras, a gratidão que sempresentirei pela generosidade com a qual, apesar detantos defeitos, o público americano recebeu estelivro.Os “esboços” surgiram porque um milhão de vo-zes clamavam por eles. O conhecimento humanotornou-se intoleravelmente vasto; cada ciência ge-rou uma dúzia de outras, cada qual mais sutil queas demais; o telescópio revelou estrelas e siste -mas em número tal, que a mente do homem nãoconsegue contá-los ou dar-lhes nomes; a geologia

falou em termos de milhões de anos, quando oshomens, antes dela, haviam pensado em termosde milhares; a física descobriu um universo noátomo, e a biologia encontrou um microcosmona célula; a siologia descobriu um mistério ines-gotável em cada órgão, e a psicologia, em cadasonho; a antropologia reconstruiu a insuspeitadaantiguidade do homem, a arqueologia desenter -rou cidades e estados esquecidos, a história pro -vou que toda história é falsa e pintou uma tela quesó um Spengler ou um Eduard Meyer podia vercomo um todo; a teologia desmoronou, e a teoriapolítica rachou; a invenção complicou a vida e aguerra, e as doutrinas econômicas derrubaramgovernos e in amaram o mundo; a própria loso -a, que antes havia convocado todas as ciênciaspara ajudá-la a formar uma imagem coerente domundo e fazer um retrato atraente do bem, achouque sua tarefa de coordenação era prodigiosa de -

mais para a sua coragem, fugiu de todas essasfrentes de batalha da verdade e escondeu-se emvielas obscuras e estreitas, timidamente a salvodos problemas e das responsabilidades da vida.O conhecimento humano tornara-se demasiadopara a mente humana.Tudo que restou foi o especialista cientí co, quesabia “mais e mais a respeito de menos e me -

nos”, e o especulador losó co, que sabia menose menos a respeito de mais e mais. O especialis-ta passou a usar antolhos a m de isolar de seuraio de visão o mundo inteiro, à exceção de umpequenino ponto, ao qual colou o nariz. Perdeu--se a perspectiva. Os “fatos” substituíram a com-preensão; e o conhecimento, dividido em mil frag-mentos isolados, já não gerava sabedoria. Fonte: DURANT, Will. A

história da loso a.São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 9-10.

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No diálogo a seguir, qual espécie de conheci-mento está sendo utilizada pelo autor para fazergraça?

DIÁLOGO DE TODO DIA- Alô, quem fala?- Ninguém. Quem fala é você que está pergun -

tando quem fala.- Mas eu preciso saber com quem estou falando.- E eu preciso saber antes a quem estou respon -dendo.- Assim não dá. Me faz o obséquio de dizerquem fala?- Todo mundo fala, meu amigo, desde que nãoseja mudo.- Isso eu sei, não precisava me dizer como novi -dade. Eu queria saber é quem está no aparelho.- Ah, sim. No aparelho não está ninguém.- Como não está, se você está me responden -do?- Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelhonão cabe ninguém.- Engraçadinho. Então, quem está fora do apa -relho?- Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.- Não parece. Se fosse para me servir já teriadito quem está falando.- Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, vocêde lá. E um não conhece o outro.- Se eu conhecesse não estava perguntando.- Você é muito perguntador. Note que eu não lheperguntei nada.

- Nem tinha que perguntar. Pois se fui eu quetelefonei.

Há necessidade de conhecimento interacionalpara a construção do sentido do texto? Por quê?

Há algum aspecto de conhecimento metacomuni -cativo no texto?

Qual foi, segundo o autor, a consequência da vas -

ta ampliação do conhecimento humano?

O autor a rma que “o conhecimento, dividido em

mil fragmentos isolados, já não gerava sabedoria”.O conhecimento a respeito das espécies de co-nhecimento que você estudou neste capítulo podeauxiliá-lo a produzir sabedoria, ao invés de meroconhecimento acadêmico?

Questão 01

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Questão 02

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Questão 03

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Questão 04

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Questão 05

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Leia o seguinte relato.

É da ignorância geral como se passaram as coi -sas, nem mesmo ele sabia ao certo. O próprioSeabra contava o episódio em diferentes ver -sões, que poderiam ser assim classi cadas:a) em 78 rotações, curtas como os primitivos dis-cos das vitrolas antigas;

b) em longa duração, como nos discos de vinil,em 33 rotações, um pouco mais compridas;c) em CD, narração que durava mais de umahora, com detalhes escabrosos nos quais a frei -rinha revelava uma luxúria que deixava Seabrade língua dura e pau mole.

CONY, Carlos Heitor. O adiantado da hora.

Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. p. 26

No relato, a construção do sentidoa) depende de conhecimento enciclopédico, quepermita decifrar o signi cado de narrativas em 78rotações, em longa duração e em CD.

b) depende de conhecimento ilocucional, pois serefere a uma situação interacional.

c) não é possível sem a leitura do restante do li -vro.

d) pela possibilidade de livre fruição do texto, as-socia-se ao interesse da comunidade de leitores.

e) é facilitada pelo conhecimento metacomunica-tivo.Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

- Não perguntei nem vou perguntar. Não estouinteressado em conhecer outras pessoas.

- Mas podia estar interessado pelo menos emresponder a quem telefonou.

- Estou respondendo.- Pela última vez, cavalheiro, e em nome de

Deus: quem fala?- Pela última vez, e em nome da segurança, porque eu sou obrigado a dar esta informação a um

desconhecido?- Bolas!

- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acasovocê não pode dizer com quem deseja falar, para

eu lhe responder se essa pessoa está ou nãoaqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos,

diga de uma vez por todas: com quem desejafalar?

Silêncio.- Vamos, diga: com quem deseja falar?

- Desculpe, a confusão é tanta que eu nem seimais. Esqueci. Chau.

ANDRADE, Carlos Drummond de.

Contos plausíveis.

4. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.

p. 63.

Questão 06

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Questão 07Utilizando seus conhecimentos metacomunicativos,assinale a alternativa que melhor destaca as ideiasprincipais do texto, utilizando negrito para palavras-chaves e itálico para ideias relevantes (Fonte:SKLOOT, Rebecca. A vida imortal de HenriettaLacks. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.Texto na orelha da 1ª capa).

(a) Seu nome era Henrietta Lacks, mas oscientistas a conhecem como HeLa. Descendentede escravos , era uma pobre lavradora de tabaco dosul dos Estados Unidos. Essa mulher simples, mãede cinco lhos, jamais imaginaria, entretanto, quesuas células – coletadas sem seu consentimento – se tornariam uma das ferramentas maisimportantes da medicina moderna. As primeiras

células humanas mantidas em cativeiro – ascélulas HeLa – continuam vivas até hoje, embora adoadora involuntária, vítima de um câncer cervical,esteja morta há mais de sessenta anos e seja praticamente desconhecida do grande público .(b) Seu nome era Henrietta Lacks , mas oscientistas a conhecem como HeLa. Descendentede escravos, era uma pobre lavradora de tabaco dosul dos Estados Unidos . Essa mulher simples, mãede cinco lhos, jamais imaginaria, entretanto, quesuas células – coletadas sem seu consentimento – se tornariam uma das ferramentas maisimportantes da medicina moderna. As primeirascélulas humanas mantidas em cativeiro – ascélulas HeLa – continuam vivas até hoje, embora adoadora involuntária, vítima de um câncer cervical,esteja morta há mais de sessenta anos e seja praticamente desconhecida do grande público.(c) Seu nome era Henrietta Lacks, mas os

cientistas a conhecem como HeLa. Descendentede escravos , era uma pobre lavradora de tabaco do sul dos Estados Unidos . Essa mulhersimples , mãe de cinco lhos , jamais imaginaria,entretanto, que suas células – coletadas semseu consentimento – se tornariam uma dasferramentas mais importantes da medicinamoderna . As primeiras células humanas mantidas em cativeiro – as células HeLa –continuam vivas até hoje, embora a doadorainvoluntária, vítima de um câncer cervical ,esteja morta há mais de sessenta anos e sejapraticamente desconhecida do grande público.(d) Seu nome era Henrietta Lacks , mas oscientistas a conhecem como HeLa. Descendentede escravos, era uma pobre lavradora detabaco do sul dos Estados Unidos. Essa mulhersimples, mãe de cinco lhos, jamais imaginaria,entretanto, que suas células – coletadas sem

seu consentimento – se tornariam uma dasferramentas mais importantes da medicinamoderna. As primeiras células humanas mantidasem cativeiro – as células HeLa – continuam vivasaté hoje, embora a doadora involuntária, vítimade um câncer cervical, esteja morta há mais desessenta anos e seja praticamente desconhecidado grande público.

(e) Seu nome era Henrietta Lacks, mas oscientistas a conhecem como HeLa. Descendentede escravos, era uma pobre lavradora detabaco do sul dos Estados Unidos . Essa mulhersimples, mãe de cinco lhos, jamais imaginaria,entretanto, que suas células – coletadas semseu consentimento – se tornariam uma dasferramentas mais importantes da medicinamoderna . As primeiras células humanasmantidas em cativeiro – as células HeLa –

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continuam vivas até hoje, embora a doadorainvoluntária, vítima de um câncer cervical ,esteja morta há mais de sessenta anos e sejapraticamente desconhecida do grande público.

Os textos a seguir fazem piada valendo-se de uma

ausência de conhecimento ilocucional, exceto umdeles. Qual é?

a) Dois loucos planejaram fugir do hospíciopulando o portão. Chegou a noite, mas, na hora H,um doido disse: – Ih, não vai dar pra pular o portão. – Mas por quê?

– Esqueceram ele aberto.

b) O dentista do hospício atende um interno quehavia extraído um dente na véspera: – E então? O seu dente parou de doer? – Sei lá! O senhor cou com ele!

c) No restaurante, o freguês reclama: – Garçom, tem uma mosca no meu prato! – É só o desenho do prato, meu senhor. – Mas está se mexendo! – Oh!, responde o garçom, espantado. É desenhoanimado!

d) Dois amigos, Manuel e Joaquim, estão lendoum artigo sobre astronomia e conversando: – Manuel, qual você acha mais importante, o Solou a Lua? – A Lua, ora, pois. Ela ilumina tudo quando está

Questão 08

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

escuro. É graças a elaque podemos enxergarum bocado à noite,principalmente quando estácheia. – Mas e o Sol? – O Sol? Ora, pá, o Sol não serve pra nada. Poisnão estás a ver que ele só brilha de dia, quandoestá tudo claro?

e) O bom de hoje em dia é que vemos muitasfamílias felizes por aí, nem que elas estejamcoladas no carro.

Marcelo Marinho escreveu o livro GRND SRT~:vertigens de um enigma (Campo Grande: LetraLivre, 2001), no qual analisa a obra máximade Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas,chamado “romance-rio” pela multiplicidade deinterpretações que permite.

Considere os seguintes sistemas de

conhecimento:

I – conhecimento linguístico.

II – conhecimento enciclopédico.

III – conhecimento comunicacional.

IV – conhecimento metacomunicativo.

V – conhecimento superestrutural.

Quais os tipos de conhecimento imprescindíveispara compreender o título do livro?

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Questão 09

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a) I e II.

b) II e III.

c) I e IV.

d) III, IV e V.

e) II e V.

Ainda na obra de Marcelo Marinho sobre Grandesertão: veredas, lê-se que “ao leitor será útillembrar-se, desde já, que o termo “palimpsesto”pode, com grande propriedade, caracterizar asmúltiplas camadas de signi cação desse romance,

pois o termo designa aqueles pergaminhosmedievais cuja escrita é esmaecida ou apagadapor fricção, com vistas ao reaproveitamento dosuporte para gravação de outro texto. Assim, umtexto imediatamente visível pode encobrir outrostextos, e caberá ao leitor-pesquisador – armadocom as necessárias ferramentas intelectuais emetodológicas – a busca dos textos subjacentes,

documentos por vezes tão ou mais importantesquanto o texto imediatamente acessível ao maisapressado dos passantes” (GRND SRT~: vertigensde um enigma. Campo Grande: Letra Livre, 2001.p. 17.).

Assinale a alternativa correta:

a) A compreensão linguística, lexical, do texto,

exigirá uma consulta a um dicionário, pois nãoestá explicado o que é “palimpsesto”.

Questão 10

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

b) Ao a rmar que “um texto imediatamentevisível pode encobrir outros textos, e caberáao leitor-pesquisador [...] a busca dos textossubjacentes, documentos por vezes tão oumais importantes quanto o texto imediatamenteacessível ao mais apressado dos passantes”,o autor está deixando claro que, quanto maioro conhecimento enciclopédico de cada leitor,maior será sua competência para descobrir, noromance Grande sertão: veredas, sentidos quenão se revelam em uma leitura apressada, istoé, super cial.

c) Se um texto imediatamente visível pode encobriroutros textos, a leitura cará prejudicada, poisestes outros não serão vistos.

d) A ideia de “palimpsesto” representa a di culdadede escrever livros durante a Idade Média.

e) Quando a rma que um “palimpsesto” servepara caracterizar as múltiplas camadas designi cação do romance Grande sertão:veredas, o autor quer dizer que a obra deGuimarães Rosa é tão difícil de ler quanto ospergaminhos medievais.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o artigo Estratégias para uma Leitura Signi cativa , de Eliane Nunes Pereira Fujarra. Disponívelem: <http://www.webartigos.com/artigos/estrategias-para-uma-leitura-signi cativa/12280/>. Acesso em5 nov. 2011. Nele, o autor demonstra que a leitura é uma habilidade que envolve um processo complexo(é muito mais que decodi car as palavras) e consiste em compreender o sentido mais global do texto.

Leia a tese de mestrado Tiras do Hagar: Caracterização e Sequência Didática , de Aparecida deFátima Amaral dos Santos e Célia Francisca da Silva. Disponível em: <http://site.unitau.br//scripts/prppg/la/6sepla/site/resumos_expandidos/SANTOS_Aparecida_de_Fatima_Amaral_dos_SILVA_ Celia_Francisca_da_p_54_70.pdf>. Acesso em: />. Acesso em: 5 nov. 2011. As autoras aproveitam astiras cômicas do viking Hagar, o Terrível, para analisar os sistemas de conhecimento e sua utilizaçãodidática.

Assista ao lme Procurando Nemo e veja como a falta de conhecimento ilocucional projeta a simpáticae desmemoriada Dori em situações hilárias.

Assista ao vídeo Prof. Marcelo – Música . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=NcaEL5yLZHc>. Acesso em: 5 nov. 2011. Contém um exemplo de como o professoraproveita o conhecimento enciclopédico dos alunos a respeito de hinos de clubes de futebol para ensinarbiologia.

Leia o romance Grande sertões: veredas , de Guimarães Rosa, em qualquer das suas edições.

Assista ao vídeo Palimpsestos, de Tom Lisboa. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=JEIKqu4k1NY>. Acesso em: 5 nov. 2011. O pintor desmonta e remonta uma pintura que lembraa utilização de palimpsestos na Idade Média.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

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Nesta aula, foi possível descobrir que há três sistemas de conhecimento importantes para construiro sentido de um texto: o conhecimento linguístico, o conhecimento enciclopédico e o conhecimentointeracional, cada um deles relacionado a aspectos especí cos do amplo leque de saberes necessáriospara uma leitura enriquecedora.

Tais conhecimentos são adquiridos ao longo do tempo, com o auxílio de bons dicionários e das maisvariadas leituras, além das interações culturais de outras espécies, como lmes, noticiários, esportes,músicas, comidas, perfumes, tudo que inunda os cinco sentidos, bem como da vivência dentro decontextos sociais nos quais a pessoa se insere e da percepção do modo de viver em outras sociedadese culturas.É fundamental, assim, estar com os sentidos sempre abertos para o mundo e com a percepção cadavez mais a nada, a m de ampliar os conhecimentos e, por conseguinte, a capacidade de leiturasaprofundadas – ou, poder-se-ia dizer entre aspas, “palimpsestas”.

FINALIZANDO

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Células HeLa: células cancerígenas retiradas de Henrietta Lacks (Roanoke, 18 de agosto de 1920— Baltimore, 4 de outubro de 1951) e distribuídas a laboratórios do cancro e de vacinas em todoo mundo. Foram mantidas em cultura microbiológica pelo cientista George Otto Gey, a m de criar

a primeira linhagem celular imortal de que se tem notícia. Milhares de trabalhos cientí cos foramrealizados com essas células. Elas foram enviadas ao espaço para experiências sob gravidade zero;foram continuamente usadas em experimentos e pesquisas contra o câncer, AIDS, efeitos da radiação,mapeamento genético e muito mais. Calcula-se que a quantidade de células existentes nos laboratóriosde todo o mundo é superior ao número de células de Henrietta Lacks em vida.

Filoso a: é uma procura amorosa da verdade, uma atitude de pensar permanente, no sentido dequestionar o saber instituído, e uma procura das causas primeiras e das razões últimas de todas ascoisas.

Guimarães Rosa: (Cordisburgo, MG, 27 de junho de 1908 — Rio de Janeiro, RJ, 19 de novembro de

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1967), médico e diplomata, foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Oscontos e romances que escreveu ambientam-se quase todos no sertão brasileiro. A sua obra destaca-

se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, e é assinalada pela in uência de falares populares eregionais, pela criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, por invençõese intervenções semânticas e sintáticas que permitem interpretações ricas e variadas.

Marcelo Marinho: autor sul-mato-grossense, graduado em Letras Modernas e em Literatura Comparadapela Sorbonne, onde obteve os títulos de Mestre e Doutor, com tese sobre a poética do enigma e asversões francesa, italiana e espanhola de Grande sertão: veredas , publicada na França pela EditoraPresses Universitaires de Septentrion ( site: http://www.septentrion.com).

Pneumotórax: também chamado de pulmão colapsado, é uma condição grave causada pela presençade ar entre a pleura e o pulmão.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

Tema 3Texto e contexto

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• Que o contexto determina a construção de sentido em um texto.• Os diferentes fatores contextuais.• O contexto em diferentes textos.• Que o sentido do texto é construído na interação dos sujeitos.

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Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Os conhecimentos adquiridos pelo leitor interferem para o entendimento de um texto?• A natureza social e sociável pode leva o homem a uma vida de convivências recíprocas?• Pode-se dizer que contexto são os elementos (sociais e culturais) que auxiliam a pessoa a entender

tudo aquilo que a rodeia?

AULA 3 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

Texto e contexto

Como já foi dito, a leitura vai muito além da simples identi cação dos símbolos. Quando se lê algo, logoé dado sentido à informação apresentada conforme o que a pessoa traz como bagagem de vida.

Aristóteles já distinguia, na Retórica, três componentes no processo de comunicação: o orador, o discursoe o auditório. O emissor transmite a realidade ou a ideia que deseja comunicar, molda-as conforme seusparâmetros pessoais intrínsecos; a mensagem é o conteúdo que se propõe comunicar, estabelecendoum elo entre o emissor e o receptor; o receptor decodi ca a mensagem para, então, avaliá-la sob seusparâmetros de con abilidade. Daí a necessidade de considerar a mensagem não apenas em sua forma,mas também em seu signi cado.

A inter-relação de situações que envolvem o texto forma o seu contexto. É, simultaneamente, a junçãode elementos linguísticos e sociais e da troca de dados em comum entre o emissor e o receptor,envolvendo os elementos do ambiente que favorecem seu entendimento e signi cado.

A leitura e a escrita são resultado de processos sociais e culturais. Ler signi ca produzir sentido eé um ato interativo entre o autor e o leitor por meio do texto. O leitor constrói signi cados a partir

Leitura Obrigatória

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de conhecimentos adquiridos ao longo de suas experiências de vida. O conhecimento é adquiridosocialmente, no âmbito das relações humanas.

Conforme Bakhtin (2002, p. 16), a palavra está indissociada do social:

A enunciação, compreendida como uma réplica do diálogo social, é a unidade de base da língua, trata-sede discurso interior (diálogo consigo mesmo) ou exterior. Ela é de natureza social, portanto ideológica.Ela não existe fora de um contexto social, já que cada locutor tem um “horizonte social”. [...]. O signo ea situação social estão indissoluvelmente ligados.

A leitura tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico,enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento. O leitor produz ossentidos conforme os valores e conhecimentos adquiridos em um contexto sócio-histórico-cultural.

Logo, de ne-se contexto como a relação entre um texto e as circunstâncias que ele envolve, osconhecimentos que acionam sua interpretação.

Conforme as autoras, Koch e Elias, deve-se sempre considerar o contexto em qualquer ato de leitura.Caso isso não ocorra, correm-se os seguintes riscos:

1. enunciados ambíguos: tornam a mensagem equívoca, despertam dúvida, incerteza;

2. os fatores contextuais podem alterar o que se diz: se o contexto não estiver claro, levará a interpretaçõesdiversas e até contrárias ao que se quer dizer.

A capacidade de construir o sentido do texto faz-se pela observância de vários aspectos que determinama compreensão da leitura. O primeiro deles é o “cotexto”, conhecimento da língua; o segundo, a “situaçãomediata”, fatores adjacentes às condições sociopolítico-culturais e, por último, o “contexto cognitivo dosinterlocutores”, os conhecimentos adquiridos pelo indivíduo e que precisam ser ativados no momentoda leitura.

No contexto cognitivo, destacam-se os seguintes conhecimentos: a) linguístico – uso da língua; b)adquirido – o que aprende intelectualmente e da convivência social; c) comunicativo – observância à

situação comunicativa; d) superestrutural; e) estilístico – diz respeito aos gêneros e tipos textuais; f)intertextual – identi cação de outros textos naquele que é lido.

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Contudo, se não levar em conta esses fatores de interpretação em um texto, a

pessoa pode incorrer em equívocos no entendimento global da leitura. Por isso, valedestacar que:

a) o entendimento de contexto pode evitar a ambiguidade de uma asserção;

b) quando houver uma lacuna no texto, o contexto poderá elucidar o enunciado;

c) os fatores que compõem o contexto podem modi car o sentido do texto, conforme alguns elementosde expressão como gestos, expressão facial, entonação da voz, entre outros;

d) o contexto justi ca por levar em consideração fatores externos à língua, por exemplo, a prática sociale situação comunicativa.

O plano de signi cação e interpretação de um texto depende também da contextualização da escrita.Distinguem-se, aqui, o contexto de produção e o contexto de uso. O primeiro é fruto das experiências dequem escreve somado às circunstâncias e intenções de produção. No segundo, o receptor ativa seusconhecimentos e estabelece as relações com o texto.

Vale destacar, ainda, que, para o bom entendimento de um texto, os contextos sociocognitivos dos

interlocutores devem ser em parte concordantes.Por tudo isso, tem-se a certeza de que a leitura exerce papel fundamental na formação do sujeitosocial. A relação entre quem produz o texto com quem o lê deve ser um processo dinâmico, levando emconsideração as vivências pessoais e o decurso das experiências de vida.

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Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

Na sequência, você encontrará algumas questõespara xação do conteúdo apresentado. Nasquestões propostas, será importante perceberquais as relações de contexto que você fará nostextos apresentados.

Ponto de Partida

Leia o trecho da letra da música a seguir, da BandaLegião Urbana, e comente quais conhecimentosde contexto deve-se ter para entendê-la.

Que País é Esse?

Legião UrbanaNas favelas, no SenadoSujeira pra todo ladoNinguém respeita a ConstituiçãoMas todos acreditam no futuro da naçãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?No Amazonas, no Araguaia iá, iá,Na baixada uminenseMato grosso, Minas Gerais e noNordeste tudo em pazNa morte o meu descanso, mas oSangue anda soltoManchando os papeis e documentos eis Ao descanso do patrãoQue país é esse?

Que país é esse?Que país é esse?

Que país é esse?Terceiro mundo, se foiPiada no exterior Mas o Brasil vai car ricoVamos faturar um milhãoQuando vendermos todas as almasDos nossos índios num leilãoQue país é esse?Que país é esse?Que país é esse?Que país é esse?

* Você também pode encontrar a letra da músicaQue país é esse pelo site:http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46973/

CULTURAWaldenir Caldas

Certamente, a mais antiga e mais recente obrado homem é a cultura. Desde que existe comoespécie até o estádio atual, ele jamais deixou deproduzir. O uso das cavernas para abrigar-se dasintempéries climáticas, os desenhos e pinturasfeitos nas paredes desses abrigos, a fabricaçãode ferramentas primitivas, a descoberta de umpedaço de madeira como arma, o cultivo dosolo para alimentar-se, a produção industrialautomatizada, a construção de grandes edifícios,de antigas pirâmides, a realização de uma grandeobra literária, a nave que vai ao espaço, o coração,o rim, o fígado e a córnea transplantados, acriação da democracia, o telefone, a televisão eo livro são algumas das realizações do homem.Tudo isto é cultura. A pornogra a e a religião são,

também, produtos da cultura humana.Só o sentimento não é uma criação do homem.

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Explique com suas palavras o que é contexto eexempli que com situações experimentadas porvocê.

Johann Moritz Rugendas (1802-1858) foi um pintoralemão que viajou por todo o Brasil retratando opovo que aqui vivia e seus costumes.Qual leitura de contexto é necessária paracompreender a seguinte obra de Rugendas?

RUGENDAS, J. M. - Navio negreiro.Fonte: http://www.revistamuseu.com.br/artigos/

art_.asp?id=26542

A compreensão de um texto se dá pela relaçãotexto-leitor, quanto mais ele conhecer sobre o quelê, melhor o compreenderá. “Leitura não é esseato solitário; é interação verbal entre indivíduos,

É algo inato nele. Mesmo assim, há diversasformas de se manifestar um sentimento. A vida ea morte são celebradas de formas diferentes deuma civilização para outra. O beijo na boca temsigni cados diversos – em alguns lugares ele tema função de demonstrar o amor do homem pelamulher e vice-versa; entre a população primitivados trobiandeses signi ca respeito, gratidão eadmiração. A cultura, en m, é inde nível. Mas é a única obraperene do homem. Sem essa grande obra, o queseríamos? Não é possível imaginarmos nossodestino. Por isso, viva a bússola, viva a escritae viva o papel. Eles orientaram o homem para ocaminho certo: o caminho da comunicação. Nessecaso, viva o gesto também. En m, que viva ohomem, para continuar criando sua obra eterna:a cultura.

CALDAS, Waldenir.O que todo cidadão devesaber sobre cultura . São Paulo: Global, 1986.

Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

Segundo o texto, o sentimento é inato ao homem e

sofre in uência da cultura. Explique essa assertiva.

O autor defende que a “cultura é única obra perenedo homem”. Por quê?

Questão 01

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Questão 02

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Questão 03

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Questão 04

Questão 05

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pai.”(RAMOS, Graciliano.Vidas secas . 89. ed.

São Paulo: Record, 2003)

Texto 2Seca do NordesteFagner Ô sol! sol escaldanteTerra poeirentaDias e dias, meses e meses sem chover E o pobre lavrador com a ferramenta rudeBate forte no solo duro

Em cada pancada parece gemerHum, hum, hum, hum, hum, hum, hum Geme a terra de dor ó ó ó ô Não adianta o meu lamento meu senhorÓ ó ó ô e a chuva não vem Chão continua seco e poeirento

No auge do desespero uns se revoltam contradeusOutros rezam com fervorNosso gado está sedento meu senhorNos livrai dessa desgraçaO céu escurece As nuvens parecem grandes rolos de fumaçaChove no coração do Brasil

E o lavrador retira o seu chapéuE olhando o rmamento Suas lágrimas se unemCom as dádivas do céuO gado muge de alegriaParece entoar uma linda melodia(Disponível em: <http://letras.terra.com.br/fagner/256802/>)

Analisando os dois excertos, o do livro Vidassecas , de Graciliano, e a música de Fagner,

Questão 06

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

e indivíduos socialmente determinados: o leitor,seu universo, seu lugar na estrutura social, suasrelações com o mundo e com os outros; o autor,seu universo, seu lugar na estrutura social, suasrelações com o mundo e os outros.” (SOARES,2000, p. 18)Faça uma re exão sobre a a rmação e anote suasconclusões.

Leia os fragmentos de textos a seguir:

Texto 1“Na planície avermelhada os juazeiros

alargavam duas manchas verdes. Os infelizestinham caminhado o dia inteiro, estavamcansados e famintos. Ordinariamente andavampouco, mas como haviam repousado bastante naareia do rio seco, a viagem progredira bem trêsléguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, atravésdos galhos pelados da catinga rala.

Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitóriacom o lho mais novo escanchado no quartoe o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio,cambaio, o aió a tiracolo, a cuia penduradanuma correia presa ao cinturão, a espingarda depederneira no ombro. O menino mais velho e acachorra Baleia iam atrás.

Os juazeiros aproximaram-se, recuaram,sumiram-se. O menino mais velho pôs-se achorar, sentou-se no chão.

- Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o

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B) A pintura representa apassagem bíblica em que Adão e Eva, ao provaremdo pecado, são expulsos doParaíso.

C) Adão e Eva, personagens bíblicos, estão emluta contra seres imaginários.

D) Os personagens da pintura, Adão e Eva,representam que, segundo a Bíblia, no início dacriação viviam em total nudez.

E) O homem e a mulher representados napintura guram a simplicidade da vida emcontato com a natureza.

O texto a seguir refere-se às questões 8, 9 e 10.

Herança

Raul Bopp

- Vamos brincar de Brasil?

Mas sou eu quem mandaQuero morar numa casa grande

Começou desse jeito a nossa história

Negro fez papel de sombra.

E foram chegando soldados e frades

Trouxeram as leis e os Dez Mandamentos

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observa-se que os dois abordam o tema da secano Nordeste do Brasil, dos quais se pode concluir:a) Eles comentam sobre o trabalho do sertanejo,

com destaque para as possibilidades de cultivoda terra.

b) os dois textos dão destaque às possibilidades dedesenvolvimento da região Nordeste.

c) Eles mostram o destino do homem abatido pelaseca e lutando pela sua sobrevivência.

d) A letra da música demonstra que o homemnordestino quer trabalhar, enquanto o trecho deVidas secas mostra que o sertanejo não querdedicar-se ao trabalho.

e) Os dois textos mostram um cenário próspero,em que o cultivo da terra é algo que traz o bem-estar à população que ali vive.

Observe a pintura a seguir de Michelangelo naCapela Sistina em Roma.

Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/

default.aspx?codigo=197

Que conhecimento de contexto se deve extrair dapintura para seu entendimento?

A) A pintura retrata um casal que está sendoatacado por seres fantásticos.

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Questão 07

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ver o Brasil como vai

BOPP Raul. Cobra Norato e outros poemas.13.ed.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984.

Atente para as seguintes a rmações.

I. No verso “Quero morar em uma casa grande”,“casa grande” era a casa do senhorio dono dasgrandes fazendas no período colonial no Brasil.

II. “Casa grande” representa a ideia de poderpolítico e econômico dos grandes senhores deterra na época do Brasil colonial.

III. O verso “Quero morar em uma casa grande”é a intenção do autor em morar em uma grande

casa.

Em relação ao texto, é correto o que se a rma APENAS em

a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

O verso “Negro fez papel de sombra” signi caque:

Jabuti perguntou:

“- Ora é só isso?”

Depois vieram as mulheres do próximo

Vieram imigrantes com alma a retalho

Brasil subiu até o 10º andar

Litoral riu com os motores

Subúrbio confraternizou com a cidade

Negro coçou piano e fez música

Vira-bosta mudou de vida

Maitacas se instalaram no alto dos galhos

No interior do Brasil continua descon ado

A serra morde as carretasPovo puxa bendito pra vir chuva

Nas estradas vazias

cruzes sem nome marcam casos de morte

As vinganças continuam

Famílias se entredevoram nas tocaias

Há noites de reza e cata-piolho

Nas bandas do cemitério

Cachorro magro sem dono uiva sozinho

De vez em quando

a Mula-sem-cabeça sobe a serra

Questão 08

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Questão 09

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a) ao longo da história brasileira o negro apresenta-se como um simples gurante na formação da

cultura.b) os negros eram trazidos da África para o Brasil

pelos navios negreiros de forma ilícita.

c) o trá co de escravos era realizado às escondidasdas leis vigentes da época.

d) a palavra “sombra” é gurativa e signi ca que otrabalhador negro, na época da escravidão, nãogostava de trabalhar.

e) no verso há um erro no uso do verbo “fazer” e ocorreto seria usar o verbo “ser”.

Podem-se estabelecer dois contrastes do Brasilno poema. Assinale a alternativa que registraacertadamente esse contraste:

a) O Brasil enquanto um país subdesenvolvidotentando tornar-se desenvolvido.

b) O Brasil no passado e, agora, no presente.

c) O Brasil industrial e urbano em contraponto ao

Brasil interiorano e rural.d) O Brasil que passou por injustiças sociais e,

hoje, apresenta o progresso.

e) O Brasil que, no princípio era colônia de Portugale, no presente é independente.

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Questão 10

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o livroO Corpo Fala , de Pierre Weil e Roland Tompakow, Editora Vozes. Você também podeencontrá-lo na internet como e-book para download.

Leia o artigo Sociedade, Democracia e Linguagem , de Carlos Vogt. Disponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/2005/07/01.shtml>. Acesso em: 5 nov. 2011.

Leia o artigoVygotsky e o Papel das Interações Sociais na Sala de Aula: Reconhecer eDesvendar o Mundo , de João Carlos Martins. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p111-122_c.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2011.

Assista ao lme O Baile , que faz um painel histórico da França desde a ocupação nazista até a décadade 1980.

Assista ao lme Nenhum a Menos , que apresenta uma menina que se torna professora e tem a missãode não deixar nenhum aluno abandonar a escola. As aventuras da pequena professora começamquando um dos meninos vai para a cidade grande em busca de emprego e ela vai atrás para buscá-lo.

Ler um texto é um ato de partilha, de dividir informações por um processo que envolve a transmissãoe a recepção de mensagens, pelo qual um indivíduo pode afetar outro. Portanto, implica sempre uma participação mútua de informações e trocas de conhecimentos. A compreensão de um texto implica sua

leitura crítica ea percepção das relações entre texto e contexto.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

FINALIZANDO

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Em resumo, a leitura caracteriza-se pela partilha de experiências pessoais entre os indivíduosparticipantes no ato comunicativo, uma vez que as trocas de experiências e conhecimentos, entre oemissor e o receptor, é que fazem a dinâmica do diálogo.

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Texto: união de palavras e ideias que adquirem sentido. Mensagem carregada de signi cados.

Contexto: conjunto de condições de uso da língua, que envolve, simultaneamente, o comportamentolinguístico e o social, e é constituído de dados comuns ao emissor e ao receptor.

Aristóteles (Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.): foi um lósofo grego, que escreveu sobre diversosassuntos, como a física, a metafísica, a poética, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia, entreoutros.

Retórica: a arte da eloquência, a arte de bem argumentar; arte da palavra; conjunto de regras queconstituem a arte do bem-dizer; oratória.

Sociocognitivo: relativo ao mesmo tempo aos fatores ou aspectos sociais e do conhecimento; relativoao conhecimento adquiro pela convivência social.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

Tema 4Texto e intertextualidade

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• Sobre intertextualidade.• Os textos e a forma como eles dialogam entre si.• Os diferentes tipos de intertextualidade.• A intertextualidade em diferentes textos.

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• O que é intertextualidade?• Como a intertextualidade se manifesta em textos variados?• Como acontece o processo dialógico entre os textos?

AULA 4 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

Texto e intertextualidade

Leia os seguintes textos:

Leitura Obrigatória

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Monte Castelo

Legião Urbana

Ainda que eu falasseA língua dos homensE falasse a língua dos anjosSem amor, eu nada seria...É só o amor, é só o amorQue conhece o que é verdadeO amor é bom, não quer o malNão sente invejaOu se envaidece...O amor é o fogoQue arde sem se verÉ ferida que dóiE não se senteÉ um contentamentoDescontenteÉ dor que desatina sem doer...Ainda que eu falasseA língua dos homensE falasse a língua dos anjosSem amor, eu nada seria...É um não quererMais que bem quererÉ solitário andarPor entre a genteÉ um não contentar-seDe contenteÉ cuidar que se ganhaEm se perder...É um estar-se presoPor vontadeÉ servir a quem venceO vencedorÉ um ter com quem nos mataA lealdade

Tão contrário a siÉ o mesmo amor...Estou acordadoE todos dormem, todos dormemTodos dormemAgora vejo em parteMas então veremos face a faceÉ só o amor, é só o amorQue conhece o que é verdade...Ainda que eu falasseA língua dos homensE falasse a língua dos anjos

Sem amor, eu nada seria...

I Coríntios 13:1 Ainda que eu falasseas línguas dos homens e dos anjos, enão tivesse amor, seria como o metalque soa ou como o címbalo que retine.I Coríntios 13:2 E ainda que tivesse odom de profecia, e conhecesse todos osmistérios e toda a ciência, e ainda quetivesse toda fé, de maneira tal quetransportasse os montes, e não tivesseamor, nada seria.I Coríntios 13:4 O amor é sofredor, ébenigno; o amor não é invejoso; oamor não se vangloria, não seensoberbece...

Apóstolo Paulo

Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Camões

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Você observou que a música da banda Legião Urbana retoma outras duaspassagens já escritas anteriormente, uma na Primeira Epístola de Paulo aosCoríntios, outra no soneto de Luís Vaz de Camões? A composição “Monte Castelo” juntou outros conhecimentos e fez o intercâmbioentre os conceitos de amor apresentados pelo apóstolo Paulo e por Camões, objetivando a compreensãoda mensagem por meio da relação entre os conteúdos. Dessa forma, realizou uma “intercomunicação”entre os textos desses autores, achando um tema que os liga.

Intertextualidade é o diálogo entre diferentes textos, signi ca inter-relacionar, diretamente ou não,assuntos a ns, em que os conhecimentos são reunidos e voltados para a análise e veri cação domesmo objeto de estudo. Ela pode se dar também em diferentes manifestações artísticas, por exemplo,entre pinturas, esculturas, arquitetura e outras.

A respeito da interação entre os textos, Sonia Kramer (apud BRAGA; SILVEIRA, 2002, p. 24) defendeque

Toda a escrita é uma reescrita e, como tal, a escrita é confronto, encontro edesencontro, diálogo. Uma escrita dinâmica se relaciona com a vida, com assuas contradições, diferenças, tantas vozes nela presentes quantas são as

possibilidades de entendimento.

Quando alguns textos reproduzem ideias de outros textos anteriormente produzidos por outraspessoas, os últimos estabelecem um diálogo com os primeiros e essa mescla de ideias é chamada deintertextualidade.

Para as autoras do Livro-Texto, Koch e Elias, a intertextualidade envolve conhecimento de mundo ecompreende o processo de produção/recepção de um texto, processo no qual a decodi cação pode

adquirir múltiplos sentidos.Conforme as autoras, a intertextualidade pode ser:

a) intertextualidade explícita: quando a fonte aparece claramente no intertexto;b) intertextualidade implícita: quando não há citação expressa da fonte e o interlocutor deverelacionar os conteúdos intertextuais.

Deve-se lembrar que a interdisciplinaridade não é uma mistura confusa de informações ou textos, mas,sim, uma forma de transformação e junção de outros vários, a partir de um inicial, de modo que o novotexto retome os sentidos dos outros originários.

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Destaca-se, também, a diferença entre plágio e intertextualidade.

Plágio é a apresentação de uma obra como de sua própria autoria embora tenha sido originalmenteproduzida por outrem; consiste, portanto, na dissimulação da produção intelectual ou artística de outrapessoa. É uma fraude intelectual.

Intertextualidade, por sua vez, é a criação de uma obra original, a qual, embora relacionada com obrade outro autor, com esta não se confunde, mas projeta-lhe nova luz, apresenta-a sob novo enfoque,destaca-lhe alguns aspectos, cria um contraste, uma perspectiva, uma percepção diferente.

Salienta-se, aqui, que a intertextualidade também pode servir como “voz” de uma época, do momento

histórico-político-social de uma sociedade, ao realizar o diálogo com os acontecimentos e situaçõessociais contemporâneas.

A intertextualidade pode se dar de várias formas:a) Epígrafe: fragmento de texto ou citação curta que precedem o início de um livro, de umanarrativa, de um capítulo e outros. Exemplo: “Eu não procuro saber as respostas, procurocompreender as perguntas.” (CONFÚCIO).

b) Citação: trechos de textos alheios, os quais devem aparecer entre aspas. Exemplo: “Aintertextualidade é elemento constituinte e constitutivo do processo de escrita/leitura [...]” (KOCH;ELIAS, 2009, p. 86).

c) Paráfrase: interpretação, explicação ou nova apresentação de um texto. Exemplo:

Texto original:Minha terra tem palmeiras

Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiamNão gorjeiam como lá.(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Paráfrase:Meus olhos brasileiros se fecham saudososMinha boca procura a ‘Canção do Exílio’.Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?Eu tão esquecido de minha terra… Ai terra que tem palmeiras

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Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).

d) Paródia: obras que imitam outras obras, com objetivo jocoso ou satírico; arremedo. Exemplo:

Texto original:Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Gonçalves Dias

Paródia:Minha terra tem palmaresonde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá

Oswald de Andrade

e) Pastiche: diz-se de uma obra que imita servilmente a outra, ou mistura com falta de habilidadeoutros textos. Possui sentido pejorativo. Exemplo:

Texto original:Mar portuguêsÓ mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos lhos em vão rezaram! Fernando Pessoa

Pastiche:Ó governo salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por votarmos em ti, quantas mães choraram,Quantos lhos em vão rezaram! Autor desconhecido(Disponível em: <http://sites.google.com/site/aulasdeportuguesonline/modulo-2/pastiche)

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f) Tradução: operação que consiste em fazer passar um enunciado emitido numa determinadalíngua para o equivalente em outra língua. Exemplo:

Texto original:Yesterday All my troubles seemed so far away Now it looks as though they’re here to stay Oh, I believeIn yesterday

John LennonTradução:Ontem

Todos os meus problemas pareciam tão distantes Agora parece que eles estão aqui para car Oh, eu acreditoNo ontem

g) Referência: referir ou de reportar-se a um texto, em que se faz uma nota informativa de remissãoem uma publicação. Exemplo: Segundo Koch (2009, p. 87) há dois tipos de intertextualidade: a

explícita e a implícita.

h) Alusão: rápida menção a alguém ou algo, referência vaga, de maneira indireta. Exemplo:Sócrates foi um grande pensador da Grécia antiga.

Quando um texto incorpora elementos de outro, permite que se amplie o horizonte de quem lê. Ointercâmbio entre as temáticas no diálogo intertextual aumenta a visão de mundo e privilegia oconhecimento de quem os lê, uma vez que, no esforço de dar sentido à leitura, busca-se identi car os

assuntos envolvidos neles.

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Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

Você colocará, agora, em prática o conteúdosobre intertextualidade. Observe as orientaçõesde resolução de cada questão, considerando asindicações com relação ao trabalho individual ou emgrupo. Lembre-se de que é importante perceber asrelações dialógicas entre os textos apresentados.

Ponto de Partida

Agora é hora de criar um conteúdo intertextual.

Veri que a pintura “Woman with a Parasol, 1875”.Disponível em: <http://segundapartedemim.blogspot.com/2011/07/as-impressoes-de-claude-

monet.html>. Apresenta-se uma pintura de Claude Monetintitulada “Mulher com um guarda-chuva” (1875). A partir dela, produza um texto escrito que poderáser um poema, uma música, uma argumentação,uma matéria jornalística, um anúncio publicitárioe outros, utilizando o diálogo entre a tela e o seutexto.

Lembre-se que você deve deixar clara a referênciaà obra de Claude Monet.

Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 01 A música a seguir, deChico Buarque, faza intertextualidade com vários provérbiospopulares. Identi que na composição quais sãoos ditos populares a que ele se refere:

Bom Conselho

Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcançaVenha, meu amigoDeixe esse regaçoBrinque com meu fogoVenha se queimar Faça como eu digoFaça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempoVim de não sei ondeDevagar é que não se vai longeEu semeio vento na minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade

(Chico Buarque, 1972)

Observe a música que segue e crie um anúnciopublicitário sobre uma campanha contra a

pobreza. Lembre-se, seu texto deverá fazer

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Questão 02

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Cores, raças, castas, crençasEm qualquer canto misériaRiquezas são misériaEm qualquer canto miséria(Arnaldo Antunes, Sérgio Brito e Paulo Miklos)

A seguir são apresentados dois trechos depoemas de importantes poetas brasileiros. Leia-os e responda ao que se pede.Qual é o tipo de intertextualidade presente nospoemas? Explique por quê.

Meus oito anosOh! que saudades que tenhoDa aurora da minha vida,Da minha infância queridaQue os anos não trazem mais!Que amor, que sonhos, que ores,Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras,Debaixo dos laranjais!

[...]Casimiro de Abreu

Meus oito anosOh que saudades que eu tenhoDa aurora de minha vidaDas horasDe minha infância

Que os anos não trazem mais

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Questão 03

intertextualidade com a música.

Miséria

Miséria é miséria em qualquer cantoRiquezas são diferentesÍndio, mulato, preto, brancoMiséria é miséria em qualquer cantoRiquezas são diferentesMiséria é miséria em qualquer cantoFilhos, amigos, amantes, parentesRiquezas são diferentes

Ninguém sabe falar esperantoMiséria é miséria em qualquer cantoTodos sabem usar os dentesRiquezas são diferentes

Miséria é miséria em qualquer cantoRiquezas são diferentesMiséria é miséria em qualquer canto

Fracos, doentes, a itos, carentesRiquezas são diferentesO Sol não causa mais espantoMiséria é miséria em qualquer cantoCores, raças, castas, crençasRiquezas são diferenças A morte não causa mais espantoO Sol não causa mais espanto A morte não causa mais espantoO Sol não causa mais espantoMiséria é miséria em qualquer cantoRiquezas são diferentesCores, raças, castas, crençasRiquezas são diferençasÍndio, mulato, preto, brancoFilhos, amigos, amantes, parentesFracos, doentes, a itos, carentes

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Naquele quintal de terra!Da rua de Santo AntônioDebaixo da bananeiraSem nenhum laranjais[...]

Oswald de Andrade

Pesquise, em revistas ou jornais, anúncios queutilizam a intertextualidade como um recursode mensagem. Identi que a presença daintertextualidade e qual a intenção do emissorao usar desse recurso textual. Escreva suasconclusões.

A seca no Nordeste brasileiro acarreta sériosproblemas sociais. Por causa dessa condiçãoclimática, o homem sertanejo sofre com a faltade água e tem di culdade de cultivar a terra emanter a criação de animais. Além disso, ocorremo desemprego e o êxodo rural.

Sobre esse tema, a seguir apresentam-se trechosda peça teatral “Morte e vida Severina”, de JoãoCabral de Melo Neto. Leia-os e, na sequência, sigaas orientações propostas para realizar a atividade.

— O meu nome é Severino,

como não tenho outro de pia.

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Questão 04

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Questão 05

Como há muitos Severinos,

que é santo de romaria,

deram então de me chamar

Severino de Maria;

[...]

E se somos Severinos

iguais em tudo na vida,

morremos de morte igual,

mesma morte severina:

que é a morte de que se morre

de velhice antes dos trinta,

de emboscada antes dos vinte,

de fome um pouco por dia(de fraqueza e de doença

é que a morte severina

ataca em qualquer idade,

e até gente não nascida).

Somos muitos Severinos

iguais em tudo e na sina:

a de abrandar estas pedras

suando-se muito em cima,

a de tentar despertar

terra sempre mais extinta,

a de querer arrancar

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— Minha pobreza tal é

que não tenho presente

melhor:

trago papel de jornal

para lhe servir de cobertor;

cobrindo-se assim de letras

vai um dia ser doutor.

Agora, acesse ao seguinte endereço http://www.youtube.com/watch?v=n69dzNKFZYE e assistaao videoclipe da música “Segue seco”, deCarlinhos Brown, interpretada por Marisa Monte.

A seguir, vá ao fotoblog http://www.fotolog.com.br/mutilada/51355146 e observe a fotogra ade Sebastião Salgado que apresenta criançasno Nordeste brasileiro brincando com ossos deanimais.

A partir dos três elementos, peça, videoclipe efotogra a, faça uma re exão intertextual sobre atemática que eles suscitam.

ENADE 2007

Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras

mulheres entre laranjeiras

pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.Eta vida besta, meu Deus.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Algumapoesia. In: Poesia completa. Rio de Janeiro

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Questão 05

algum roçado da cinza.

[...]

— E de onde que o estais trazendo,

irmãos das almas,

onde foi que começou

vossa jornada?

— Onde a Caatinga é mais seca,

irmão das almas,

onde uma terra que não dá

nem planta brava.

[...]

— Desde que estou retirando

só a morte vejo ativa,só a morte deparei

e às vezes até festiva;

só a morte tem encontrado

quem pensava encontrar vida,

e o pouco que não foi morte

foi de vida severina

(aquela vida que é menos

vivida que defendida,

e é ainda mais severina

para o homem que retira).

[...]

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(D) Manezinho Araujo

(E) Guignard

ENADE 2004

A leitura do poema de Carlos Drummond de Andrade traz à lembrança alguns quadros deCândido Portinari.

Portinari

De um baú de folhas-de- andres no caminho daroça

um baú que os pintores desprezaram

mas que anjos vêm cobrir de ores namoradeiras

salta João Cândido trajado de arco-íris

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Questão 07

Cidadezinha cheia de graça...

Tão pequenina que até causa dó!

Com seus burricos a pastar na praça...Sua igrejinha de uma torre só...

Nuvens que venham, nuvens e asas,

Não param nunca nem num segundo...

E ca a torre, sobre as velhas casas,

Fica cismando como é vasto o mundo!...

Eu que de longe venho perdido,

Sem pouso xo (a triste sina!)

Ah, quem me dera ter lá nascido!Lá toda a vida poder morar!

Cidadezinha... Tão pequenina

Que toda cabe num só olhar...

QUINTANA, Mário. A rua dos cataventosIn: CARVALHAL, Tânia Franco (Org.)Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 107.

Ao se escolher uma ilustração para esses poemas,

qual das obras, a seguir, estaria de acordo com otema neles dominante?

(A) - Di Cavalcante (B) Tarcila do Amaral

(C) Taunay

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Questão 08

saltam garimpeiros, mártires da liberdade, São Joãoda Cruz

salta o galo escarlate bicando o pranto de Jeremias

saltam cavalos-marinhos em la azul e ritmada

saltam orquídeas humanas, seringais, poetas de esem óculos, trans gurados

saltam caprichos do nordeste – nosso tempo

(nele estamos cruci cados e nossos olhos dão

testemunho)

salta uma angústia puri cada na alegria do volume justo e da cor autêntica

salta o mundo de Portinari que ca lá no fundo

maginando novas surpresas.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa.

Rio de Janeiro:

Companhia Editora Aguilar, 1964. p.380-381.

Uma análise cuidadosa dos quadros selecionadospermite que se identi que a alusão feita a eles emtrechos do poema.

Podem ser relacionados ao poema de Drummond

os seguintes quadros de Portinari:

a) I, II, III e IV. b) I, II, III e V. c) I, II, IV e V.

d) I, III, IV e V. e) II, III, IV e V.

Leia os fragmentos dos dois poemas a seguire assinale a alternativa que registra o tipo deintertextualidade presente entre os dois trechos:

Poema 1

E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José?

e agora, você?

você que é sem nome,

que zomba dos outros,

você que faz versos,

que ama protesta,

e agora, José

[...]

Carlos Drummond de Andrade

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c) Paráfrase

d) Paródia

e) Alusão

Assinale a alternativa que identi ca corretamentea intertextualidade presente no fragmento de textoa seguir:

Questão da objetividade

“As Ciências Humanas invadem hoje todo onosso espaço mental. Até parece que nossacultura assinou um contrato com tais disciplinas,estipulando que lhes compete resolvertecnicamente boa parte dos con itos geradospela aceleração das atuais mudanças sociais.É em nome do conhecimento objetivo que elasse julgam no direito de explicar os fenômenoshumanos e de propor soluções de ordem ética,política, ideológica ou simplesmente humanitária,sem se darem conta de que, fazendo isso, podemfacilmente converter-se em ‘comodidades teóricas’para seus autores e em ‘comodidades práticas’

para sua clientela. Também é em nome do rigorcientí co que tentam construir todo o seu campoteórico do fenômeno humano, mas através da ideiaque gostariam de ter dele, visto terem renunciadoaos seus apelos e às suas signi cações. Oequívoco olhar de Narciso, fascinado por suaprópria beleza, estaria substituído por um olharfrio, objetivo, escrupuloso, calculista e calculador:

e as disciplinas humanas seriam cientí cas!”(JAPIASSU, Hilton. Introdução às ciências

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Questão 09

Poema 2

Um Novo José

Calma, José.

A festa não começou,

a luz não acendeu,

a noite não esquentou,

o Malan não amoleceu,

mas se voltar a pergunta:

e agora José? Diga: ora Drummond,

agora Candessus.

[...]

o Malan tem miopia,

mas nem tudo acabou,nem tudo fugiu,

nem tudo mofou.

Se voltar a pergunta:

E agora José?

Diga: ora, Drummond,

Agora FMI.

SOUZA, J. Um novo José. In: DIONÍSIO, A P.(Org.) Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro:

Lucerna, 2007.

a) Epígrafe

b) Tradução

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humanas.

São Paulo: Letras e Letras, 1994, p.89-90).

a) A intertextualidade se faz porque as CiênciasHumanas “invadem hoje todo o nosso espaçomental” e ao falar sobre “espaço mental” remete àsteorias da psicologia.

b) O conteúdo intertextual reside no fato de oautor comparar as Ciências Humanas com o rigorcientí co.

c) O autor se refere às Ciências Humanas como asolução dos problemas sociais da atualidade.

d) A relação intertextual no fragmento é aabordagem de que as Ciências Humanas propõem“soluções de ordem ética, política, ideológica ousimplesmente humanitária”.

e) O fragmento faz a intertextualidade com o mito

greco-romano de Narciso, jovem belo, vaidosoe orgulhoso de sua beleza que teria morridoadmirando seu re exo na água.

Acesse ao link: <http://strangestrangestrange.blogspot.com/2010/04/da-vincis-last-supper-is-still.html>. Observe a tela de Leonardo da Vinci eassinale a alternativa que corresponde à intençãointertextual do pintor:

a) “Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas,porque achaste graça diante de Deus. E eis queem teu ventre conceberás e darás à luz um lho,e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande,e será chamado lho do Altíssimo; e o Senhor

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Questão 10

Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinaráeternamente na casa de Jacó, e o seu reino nãoterá m. E disse Maria ao anjo: Como se faráisto, visto que não conheço homem algum? E,respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti oEspírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirácom a sua sombra; por isso também o Santo, quede ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.”(Lucas 1:30-35).

b) “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas

não a compreenderam. Houve um homemenviado de Deus, cujo nome era João. Este veiopara testemunho, para que testi casse da luz,para que todos cressem por ele. Não era ele aluz, mas para que testi casse da luz.” (João 1:5-8).

c) “E, chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa,e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho

desejado ardentemente comer convosco estapáscoa, antes da minha paixão; pois vos digoque não a comerei mais até que ela se cumprano reino de Deus. Então havendo recebido umcálice, e tendo dado graças, disse: Tomai-o, ereparti-o entre vós; porque vos digo que desdeagora não mais beberei do fruto da videira, atéque venha o reino de Deus. E tomando pão, e

havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo:Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei istoem memória de mim. Semelhantemente, depoisda ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice éo novo pacto em meu sangue, que é derramadopor vós.” (Lucas, 22:14-20).

d) “Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixapor agora, porque assim nos convém cumprir

toda a justiça. Então ele o permitiu. E, sendoJesus batizado, saiu logo da água, e eis que

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Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deusdescendo como pomba e vindo sobre ele. E eis queuma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado,em quem me comprazo.” (Mateus 3:15-17).

e) “Bebida é água / comida é pasto / você tem sedede que? / você tem fome de que? / a gente nãoquer só comida / a gente quer comida, diversão earte / a gente não quer só comida, / a gente quersaída para qualquer parte / a gente não quer sócomida, / a gente quer bebida, diversão, balé.

a gente não quer só comida, / a gente quer a vidacomo a vida quer.” (Comida – letra Arnaldo Antunes,Marcelo Fromer e Sérgio Britto).

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia um destes romances Dom Casmurro , Memórias Póstumas de Brás Cubas , A Mãoe a Luva e Quincas Borba , de Machado de Assis. e textos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/>. Acesso em: 18 nov. 2011. Em todos eles o autor sempre faz váriascitações e alusões a outros autores. Todos esses títulos você encontra para fazer o download .

Leia o artigo Intertextualidade , de Maria Christina de Motta Maia. Disponível em: <http://acd.

ufrj.br/~pead/tema02/intertextualidade2.htm>. Acesso em: 18 nov. 2011.

Leia o artigo Intertextualidade: Considerações em Torno do Dialogismo , de Ricardo Zani.Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/viewFile/65/25>. Acesso em:18 nov. 2011.

Assista aos lmes: Shrek 1, 2 e 3, Shakespeare apaixonado, Deu a louca na Chapeuzinho, 1492 - AConquista do Paraíso, Crepúsculo . Cada um deles faz intertextualidade com outros textos fabulososou históricos.

Ao chegar ao nal desse tema, você aprendeu que um texto pode ser criado a partir de um ou maistextos. A isso se chama de intertextualidade, que é uma forma de fazer alusão e referência a ideiascontidas em outros materiais. A intertextualidade, nesse sentido, é uma importante ferramenta deenriquecimento da escrita.

Por isso, concluí-se que a compreensão de um texto depende do conhecimento de mundo adquiridopela experiência, pela educação, pelo estudo, pelas leituras. Quanto maior o conhecimento do leitor,

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

FINALIZANDO

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melhores possibilidades ele terá de perceber as ligações entre os textos, facilitando, assim a suacompreensão.

GLOSSÁRIO za b

d

l

m

k h

f pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

q e

Legião Urbana: foi uma banda brasileira de rock que atuou entre 1982 e 1996. Até hoje, é uma dasrecordistas de vendas de discos no Brasil. O m do grupo deu-se com a morte de seu líder e vocalistaRenato Russo, em 11 de outubro de 1996.

Epístola: cartas ou lições dos apóstolos dirigidas às primeiras comunidades cristãs e inseridas no NovoTestamento.

Paulo de Tarso: chamado pela Igreja Católica como São Paulo. Foi um dos grandes disseminadores docristianismo e um dos mais importantes escritores do Novo Testamento.

Luís Vaz de Camões: (Lisboa, (?) 1524 — Lisboa, 10 de junho de 1580) foi um dos mais importantespoetas de Portugal. Sua produção poética é admirada até hoje. Escreveu, principalmente, sonetos e a

famosa epopeia Os Lusíadas .

Intercomunicação: comunicação recíproca entre diferentes partes de um todo.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Tema 5Gêneros Textuais

ícones:

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• Sobre os gêneros textuais.

• A composição, o conteúdo e o estilo de um texto.• A hibridização e a intertextualidade intergêneros.• Os tipos textuais narrativos, descritivos, argumentativos, expositivos e injuntivos.

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• O que signi ca competência metagenérica?• Como se caracteriza um gênero textual?• O que é hibridização ou intertextualidade de gêneros?

AULA 5 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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Gêneros Textuais

Este tema aborda os conteúdos do capítulo 5, pp. 101 a 122 do Livro-Texto. Nele, você observará queos estudiosos, ao observarem a utilização de formas padrão relativamente estáveis de estruturaçãode textos nos processos comunicacionais escritos e falados, tentaram fazer o levantamento e aclassi cação dessas estruturas, denominadas gêneros textuais. Porém, eles acabaram por desistir daempreitada, seja porque é imensa a quantidade de gêneros disponíveis, seja porque, como práticas

sociocomunicativas, os gêneros são dinâmicos e sofrem variações em suas constituições, das quaisacabam surgindo novos gêneros.

Os gêneros textuais consistem em formas padrão de estabilidade relativa, utilizada para a estruturaçãodo todo.

É possível encontrar essas formas padronizadas nos jornais, nas páginas da internet, nos livros, nascartas comerciais, nos bilhetes manuscritos.

Dessa forma, desenvolve-se uma “competência metagenérica” que possibilita a cada um interagir deforma conveniente ao redigir ou ler um texto.

Um gênero textual se caracteriza por ser tipo relativamente estável de enunciados presentes, de acordocom certa forma de composição, por apresentar conteúdo temático e estilo característicos e por constituirentidade escolhida pelo conjunto dos participantes e pelo interlocutor, tendo em vista sua necessidadetemática.

Compare, por exemplo, os seguintes textos:

Leitura Obrigatória

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CURRICULUM VITAE

AHMAD YUSSEF

Endereço residencial: Müjde Cd, 123 - Igdir - TurquiaTel. residencial: 3761-9547

Armênio, casado, 47 anos

Área de atuação: arqueologia

Formação acadêmica:

- Curso de Arqueologia da Universidade Pedra Branca

- Mestrado em Arqueologia Armênia na Universidade Armênica Central

Informações adicionais:

- Prática e e ciência em trabalhos de campo na Armênia, com escavações de grande porte.

- Descoberta de documentos e objetos importantes: um mapa persa, uma estátua bizantina, uma moeda de Dikran II, um manuscritode Tadeu, o evangelizador, outro com o alfabeto armênio

- Ótimo conhecimento de línguas mortas.

- Domínio perfeito de Inglês, Francês e Alemão.

ARMÊNIA

Sou arqueólogo

Em missão na Armênia.

Recolhi documentos e objetos importantes:

Um mapa persa,

Uma estátua bizantina,

Uma moeda de Dikran II,

Um manuscrito de Tadeu, o evangelizador,

Outro com o alfabeto armênio.

Sou arqueólogo

Em missão na Armênia,Próximo ao Monte Ararat,

Atesto uma cultura,

Que resistiu aos árabes

E se espalha no ar.

NAVEIRA, Raquel. Sob os cedros do Senhor

(Poemas inspirados na imigração árabe

e armênia em Mato Grosso do Sul).

São Paulo: João Scortecci, 1994. p. 41.

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A “composição” dos dois, isto é, a estruturação formal do primeiro e a organização em versos do segundo, já denuncia a diferença de gêneros textuais e indica, antes mesmo de fazer a leitura de cada texto, queum deles trata de informações a serem apresentadas de modo a demonstrar a impessoalidade típica deum curriculum vitae e que o outro transborde sentimento poético.

Note que o “conteúdo temático” de ambos os textos é equivalente, pois fazem a apresentação de umarqueólogo. Todavia, o “estilo” é diferenciado.

Veri ca-se, dessa forma, que o gênero textual é marcado por sua esfera de atuação, mediantecombinação da composição, do conteúdo e do estilo.

É frequente, porém, que o autor mescle o conteúdo de um gênero e a composição estrutural de outro,para criar certo efeito comunicacional. Essa forma de empregar os gêneros textuais é denominada“hibridização” ou “intertextualidade de gêneros”.

Além dos gêneros textuais, podem-se identi car também os “tipos textuais”, que constituem sequênciaslinguísticas sequências de enunciados, por meio das quais o autor faz uma “narração”, uma “descrição”,uma “argumentação”, uma “exposição” ou uma “injunção”.

Na “estrutura sequencial narrativa”, veri ca-se uma série de proposições interligadas que progridempara um m. O “tipo” de texto “narrativo” “é aquele que relata as mudanças progressivas de estado quevão ocorrendo com as pessoas e as coisas através do tempo” (PLATÃO; FIORIN, 1992, p. 289).

A seu turno, a “estrutura sequencial descritiva” é um processo de enumeração que mobiliza a competêncialexical, dicionarística, de quem faz a descrição. Assim, texto “descritivo” é aquele “em que se relatam as

características de uma pessoa, de um objeto ou de uma situação qualquer, inscritos num certo momentoestático do tempo” (PLATÃO; FIORIN, 1992, p. 297).

No discurso de “tipo argumentativo”, procura-se fazer o interlocutor partilhar de opiniões ou representaçõesreferentes a certo tema; há um esforço para obter a adesão de um ouvinte ou de um auditório às tesesque lhe são apresentadas. O objetivo do texto argumentativo é interferir diretamente sobre as opiniões,atitudes ou comportamentos dos interlocutores.

Na “estrutura da sequência explicativa”, o tipo mostra, segundo Brandão (2003, P. 34), “os liames decausa que ligam os fatos entre si, estando, portanto, associado geralmente à análise e à síntese de

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representações conceituais”. Na explicação, apresenta-se uma textura marcada pelo operador “porque”,explícito ou implícito.

Por m, o tipo textual utilizado para “injunção” conclama o leitor a algo. Tipicamente, é encontrado nosanúncios publicitários.

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Hibridização

Esta é uma atividade destinadaa construir um texto com a estrutura de umgênero, mas conteúdo de outro.

Divida a turma em grupos de cinco ou seisalunos.

1. Dentro dos grupos, redija um texto dedeterminado gênero: carta, e-mail , anúncio,

artigo, resumo, piada.

2. A seguir, estruture o texto, isto é, dá-lhe ovisual de um texto de gênero diferente. Porexemplo, se for escrita uma carta, dá-lhe umvisual de anúncio publicitário.

3. Por m, cada grupo apresentará sua produçãoaos outros grupos, que deverão descobrir qual

o gênero estrutural e qual o gênero relacionadoao conteúdo do texto.

Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

As questões 1 a 4 referem-se ao texto aseguir.

Primeiro atoOs campos da região da Trácia. A ópera iniciacom o Prólogo. O Ato I se passa num ambientebucólico. Os pastores estão alegres porque a ninfaEurídice, antes desdenhosa, nalmente aceitouo amor do poeta Orfeo, que tanto padeceu atéconquistar seu coração. O coro louva Himeneu,

o deu do casamento, e as ninfas lhe rogam quetudo seja favorável a Orfeo. Ninfas e pastores

Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

Como você pôde ver, os gêneros textuais consistemem formas padrão de estabilidade relativa, utilizadapara a estruturação do todo, as quais permitemidenti car e diferenciar um conto, um romance,um poema, uma nota obituária, um anúnciopublicitário, uma lista de tarefas. Em virtude da sua

imensa variedade, intenso dinamismo e frequentesmodi cações, os estudiosos desistiram de fazerseu levantamento e classi cação exaustivos.

Por sua vez, os tipos textuais são sequências deenunciados por meio das quais o autor faz umanarração, uma descrição, uma argumentação, umaexposição ou uma injunção.

Agora, é hora de desenvolver algumas atividades,nas quais você deve observar as orientaçõespara solucionar cada questão, considerando asindicações com relação ao trabalho individualou em grupo. Os exercícios têm por nalidadedesenvolver sua habilidade de distinguir gênerose tipos textuais.

Ponto de partidaUm mesmo texto pode ser visto tanto da óticados gêneros quanto do ponto de vista dos tiposlinguísticos.Você iniciará , portanto, com um exercício decriatividade.

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tipo “descritivo”? Por quê?

Qual das características, narrativa ou descritiva,é predominante na sinopse? Por quê?

Qual é o gênero do texto a seguir? Por quê?

A DOCE VIDANa Roma dos anos 1950, o jornalista de fofocasMarcello (Marcello Mastroianni) passa os dias

entre festas e badalações, mas se sente vazio esonha em escrever sobre assuntos sérios. Estaé “A Doce Vida” de Federico Fellini (1920-1993),monumento da grandeza do cinema italianodos anos 1960. O diretor começou a carreiradentro da tradição Neorrealista mas com estedrama inaugurou o estilo “felliniano”, termo quedescreve situações e personagens exagerados

e extravagantes. O lme inicia a longa parceriaentre Fellini e Mastroiani e fez história com suaestrutura moderna e fragmentada, enfatizandoimagens fantásticas e barrocas. A cena de AnitaEkberg na Fontana de Trevi entrou para a história.

(FELLINI, Federico. A doce vida. São Paulo:Moderna, 2011.

(Coleção Folha Cine Europeu, 1). Capa traseira.DVD.

executam danças jubilosas; um dos pastoresincita Orfeo a cantar melodias que estimulem aalegria transbordante – já que era antes, quandoestava a ito, entoou melodias próprias aos seustormentos. Orfeo canta “Rosa Del ciel”, um cantodirigido ao seu pai Apolo, deus do sol. ChegaEurídice, incapaz de expressar sua felicidade pelaunião iminente com Orfeo. As ninfas a rodeiamem grande alvoroço, pois decidiram deixar osmontes solitários e se abandonar às danças nosvales e prados. O ato termina com as expressõesotimistas dos pastores: que ninguém ceda à dor eao desespero, pois até o atormentado Orfeo, quenunca julgou poder conquistar Eurídice, acabouconseguindo seu amor.

(MONTEVERDI, Claudio.Orfeo. SãoPaulo:Moderna, 2011.

(Coleção Folha Grandes Óperas, 18). p. 20. CD).

O texto apresentado pertence ao gênero “sinopse”.O que é uma sinopse?

A sinopse apresentada poderia ser considerada dotipo “narrativa”? Por quê?

A sinopse apresentada poderia ser considerada do

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Questão 02

Questão 01

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Questão 03

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Questão 04

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Questão 05

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(d) “A violência é o último refúgio dosincompetentes” (Isaac Asimov).(e) A corrida é um excelente exercício aeróbico.

Qual das alternativas a seguir apresenta um textoexplicativo?a) Quando o Sol se esconde atrás das nuvens,João, mais velho e mais vivido, aproveita paraexplicar a Lucinha e Mirela que ele foi ao banheiroe, se chover, é porque o Sol foi fazer xixi.b) O eclipse solar é o fenômeno astronômicodecorrente do alinhamento entre a Terra, a Luae o Sol, no qual a Lua passa em frente ao Sol,produzindo um cone de sombra na superfície da

Terra.c) Sempre que o professor ensinava uma fórmulanova, eu me lembrava de meu pai exigindoque eu estudasse tabuada para bem aprenderMatemática.d) De todas as explicações para a multiplicidadede seres vivos, a mais aceita pela ciênciacontemporânea é a da evolução das espécies,

conforme proposta por Charles Darwin.e) Só vou explicar a lição mais uma vez e, depois,vocês farão os exercícios propostos, disse aprofessora.

Assinale a alternativa que melhor especi ca ogênero e o tipo do seguinte trecho:

Questão 07Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

No poema “Epithalamium – II”, da poesia concretabrasileira, os símbolos e sinais utilizados pelopoeta:

a) apresentam signi cação nova, de naturezasubjetiva, ao contrário da utilização objetiva aque geralmente se prestam.

b) destinam-se a tornar mais fácil declamar opoema.

c) são originários do imaginário popular a respeitodo amor.

d) ressaltam as tortuosidades do amor.e) facilitam a tradução entre inglês, português e

latim.

Assinale a alternativa que apresenta um texto detipologia injuncional.(a) Não perca a oportunidade! Compre já, e pagueem suaves prestações, com a primeira parcela emnoventa dias!(b) Quem espera sempre alcança.

(c) Haja paciência diante de todo esse caos!

Questão 06

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Questão 08

Questão 09

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“O problema da felicidade é o problema central emáximo da humanidade.Desde tempos antiquíssimos existem duasideologias losó co-espirituais sobre o segredoda felicidade humana – ‘essa felicidade quesupomos... toda arreada de dourados pomos’,como diz Vicente de Carvalho, mas que ‘estásempre apenas onde a pomos, e nunca a pomosonde nós estamos’.Existe essa felicidade, ‘árvore milagrosa, quesonhamos’?

Em que consiste?Com alcançá-la?Como conservá-la? A felicidade existe, sim, mas não fora de nós, ondeem geral a procuramos, mas dentro de nós, onderaras vezes a encontramos.Em que consiste a felicidade?”ROHDEN, Huberto. O caminho da felicidade: curso

de loso ada vida. 14. ed. São Paulo: Martin Claret, ?. p. 11.

a) Trata-se de um texto questionador, do tipo quenão leva a nenhuma resposta consistente.

b) O texto é do tipo descritivo, pois descreve afelicidade e como encontrá-la.

c) O texto é de gênero histórico, de tipo narrativo,pois relata a busca da felicidade desde temposantiquíssimos.

d) O texto apresenta-se losó co e, apesar dagrande quantidade de perguntas, possui seutanto de explicativo, ao expor que a felicidadeexiste não fora de nós, mas dentro.

e) O texto é problematizador, pois aponta afelicidade como o grande problema central dahumanidade.

Questão 10Leia os seguintesenunciados:I – Água mole em pedra dura, tanto bate até quefura.II – Quem tem boca vai a Roma.III – Mais vale um pássaro na mão que doisvoando. A qual gênero eles seriam mais bem associados?

a) Anúncio.b) Sinopse.c) Lista.d) Síntese.e) Provérbio

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o livroGêneros do Discurso na Escola , sob a coordenação de Helena Nagamine Brandão. Aautora investiga e sugere o emprego, no ensino escolar, do mito, conto, cordel, discurso político edivulgação cientí ca.Visite osite Cantando a Matemática . Disponível em: <http://www.cantandoamatematica.com/>. Depois,assista ao vídeo Prof. Joel Batista professor de matemática e canto . Disponível em: <http://www.

youtube.com/watch?v=0yxJw6kNeMQ>. Acesso em: 4 nov. 2011. Nele, o professor-compositor explicacomo surgiu a música hip hop em seu repertório.

Assista ao vídeo Gêneros Textuais . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=OQPw-xUK_

tk>. Acesso em: 4 nov. 2011.

Assista aos vídeos Português - Aula 01 - Tipologia Textual Parte 1 e Parte 2 . Disponíveis em: <http://www.youtube.com/watch?v=XDxcpOkVA9s> e <http://www.youtube.com/watch?v=A9nheQRdRDs&feature=related>. Acesso em: 4 nov. 2011. Aborda os tipos textuais.

Em resumo, a competência metagenérica que os indivíduos desenvolvem e que lhes permite interagir deforma conveniente nas suas práticas sociais propicia também o conhecimento dos gêneros e dos tipostextuais, cuja classi cação, sem teor absoluto, facilita o ensino e o aprendizado da Língua Portuguesana escola.

A hibridização ou intertextualidade de gêneros contribui para o enriquecimento da aludida competência,tanto quanto os tipos textuais, que são sequências de enunciados por meio das quais o autor faz umanarração, uma descrição, uma argumentação, uma exposição ou uma injunção.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

FINALIZANDO

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GLOSSÁRIO z

a bd

l

m

k h

g f pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

q e

Epithalamium: termo latino de “epitalâmio”, canto ou poema em homenagem aos que se casam.

Hibridização ou intertextualidade de gêneros: mescla do conteúdo de um gênero com a composiçãoestrutural de outro, para criar certo efeito comunicacional.

Raquel Naveira: poetisa sul-mato-grossense, autora de Via sacra, Fonte luminosa, Nunca-te-vi,Fiandeira e Guerra entre irmãos, entre outros.

Trácia: região histórica do sudeste da Europa, é banhada, a leste, pelo Mar Negro e pelo estreito doBósforo; ao sudeste, pelo Mar de Mármara; e ao sul, pelo estreito do Dardanelos e pelo Mar Egeu. Abrangeu partes das atuais Bulgária, Grécia e Turquia.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua

ATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

Tema 6Referenciação e Progressão Referencial

ícones:

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• O que é referenciação e progressão referencial.• As estratégias de referenciação na construção dos referentes textuais.• As estratégias de referenciação textual para a retomada ou manutenção de objeto previamente

introduzido.

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Os processos de referenciação podem tornar o texto mais agradável?• Como utilizar o processo de referenciação para produzir discursos cuja leitura seja prazerosa?• Qual o principal objetivo do processo de referenciação?

AULA 6 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

Referenciação e Progressão Referencial

Este tema aborda os conteúdos do capítulo 6, pp. 123 a 135 do Livro-Texto. Nele, você compreenderáque a referenciação é uma atividade discursiva por meio da qual o sujeito manuseia seu repertóriolinguístico e, por meio de escolhas signi cativas, representa os objetos de seu discurso de modocoerente com o sentido que procura construir.

O emprego da referenciação, além de evitar a monotonia do texto e a repetição excessiva de certas

Leitura Obrigatória

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locuções, apresenta o objeto de diversas formas, propiciando a construção ereconstrução de referentes desde formas obvias até estruturações bastantecomplexas.

A construção dos referentes textuais envolve algumas estratégias de referenciação, quais sejam: aintrodução (construção), por meio da qual um objeto ainda não mencionado é inserido no texto e colocadoem foco; a retomada (manutenção), que permite reativar um objeto já presente no texto, mantendo-o nofoco; e a desfocalização, ocorrida quando um objeto ca em um estado de ativação parcial porque umnovo é introduzido e passa a ocupar o foco.

A introdução de referentes textuais pode ser feita por dois processos, a ativação ancorada – que incluias chamadas anáforas indiretas e anáforas associativas, bem como as nominalizações ou rotulações – e a ativação não ancorada.

A seu turno, a manutenção ou retomada do objeto no discurso pode ser feita pelo uso de pronomes ououtras formas de valor pronominal, pela utilização de expressões nominais de nidas e pelo emprego deexpressões nominais inde nidas.

Os objetos e suas características e as situações do mundo real são aludidos, nos discursos escritos everbais, por meio de vocábulos e expressões denominados “referentes”. Assim, “Alberto”, “concha” e“corrida” são referentes de determinados seres e situação.

A “referenciação” consiste na introdução, no texto, de novas entidades ou referentes. A “progressãoreferencial” vem a ser a retomada de tais referentes mais adiante, ou sua utilização para inserir novosreferentes.

Analise, por exemplo, a seguinte nota:ENTREVISTA INTERATIVA

Envie sua pergunta para Romário

Depois de conquistar o tetra, na Copa do Mundo de 1994, ser eleito o melhor jogador do mundopela Fifa e fazer 1.000 gols, o Baixinho trocou os gramados pela atividade parlamentar. Na Câmara,o deputado federal Romário acompanha os projetos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.Participe de nossa entrevista interativa: envie perguntas para o ex-jogador e agora político em epoca.com.br.

ENTREVISTA INTERATIVA. Época, São Paulo, 5 set. 2011. p. 30.

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Observe como o referente principal “Romário”, posto no título, é retomado, sucessivamente, como“melhor jogador do mundo, Baixinho, deputado federal, ex-jogador e agora político”. Note como cadauma dessas expressões reconstrói a entidade “Romário”, acrescentando informações substanciaisdurante o processo de interação com o leitor.

Uma terceira estratégia de referenciação consiste na desfocalização, ou seja, na transferência do focoda atenção de um objeto a outro dentro do discurso.

A introdução de um novo objeto de discurso pode ser feita de forma “ancorada”, quando for vinculadaa outras entidades inseridas anteriormente ou que estejam presentes no contexto sociocognitivo. Se

operar sua primeira categorização sem nenhuma associação com elementos anteriores, é denominada“não ancorada”.

A “anáfora” é o termo que tem por função lembrar algo que foi dito em um texto. Pode ser empregadade forma “indireta”, quando não existe um antecedente explícito, mas apenas um elemento de relaçãoque serve de âncora, exigindo operações mais so sticadas de ordem conceitual do leitor para suainterpretação. A “anáfora” será “associativa” se o novo referente puder ser considerado um ingredientedo anterior.

Outra forma de se realizar a introdução ancorada é a “nominalização” ou “rotulação”, prospectiva ouretrospectiva, por meio da qual uma proposição ou um conjunto de proposições é designado por meiode um sintagma nominal, um processo ou estado.

De seu ângulo, a “retomada” ou “manutenção” do referente no modelo textual pode ser feita por meio dealgumas estratégias principais. Uma delas é o uso de “pronomes” ou outras formas de valor pronominal.

Outra estratégia de retomada é o emprego de “expressões nominais de nidas”, formas linguísticascompostas, pelo menos, de um artigo de nido ou pronome demonstrativo e um nome, e que servempara destacar as propriedades de um referente que são importantes para os propósitos do locutor.

Por m, também é possível fazer a retomada de um referente por meio de “expressões nominaisinde nidas”, nas quais o nome ou locução nominal é precedido de artigo inde nido, como neste trecho,em que o referente principal é a “abóbada de cume em forma de tenda”:

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A abóbada de cume em forma de tenda pode ser uma abóbada cilíndrica com as extremidadesabobadadas, ou uma abóbada em forma de tenda entremeada por uma parte cilíndrica.

KOCH, Wilfried. Dicionário dos estilos arquitetônicos.

2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 96.

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Adiante, as questões reforçam seu aprendizado. A elas, pois!

As questões 1 a 3 referem-se ao texto aseguir.

Agora é com você! Responda às questões

a seguir para conferir o que aprendeu!

Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

As atividades a seguir destinam-se a xar acompreensão a respeito da referenciação e daprogressão referencial por meio da introdução,retomada ou desfocalização do referente.Veri que o quanto você realmente aprendeu sobreo tema. Mãos à obra!

Ponto de Partida

O texto a seguir constrói o foco sobre um referente,desfocaliza-o e o retoma. Descubra qual é essereferente, de que forma foi retomado e o quecausou a desfocalização.

Sempre chamei a Amazônia de fronteira. Não

apenas como limite territorial mas no sentido deser fronteira com os mais novos acontecimentosglobais. Lá é possível observar as tendênciasmais recentes em curso no mundo. As grandestransformações mundiais são mais fáceis de serpercebidas na Amazônia do que no Rio de Janei -ro e São Paulo, por exemplo, em que a comple -xidade da vida social, econômica e política é tão

grande, entremeada de tantas informações, queé difícil captar algum rumo novo. Novidades queestão começando a acontecer no mundo podemser sentidas logo lá. O local é ponta-de-lança deideias inovadoras no que diz respeito às mudan -ças que o sistema capitalista está tomando, àstendências da economia mundial.

UM PROJETO para a Amazônia. National Geo-graphic,

São paulo fev.2009.p

Deixei dois policiais de con ançapostados na porta da UTI e mais doisno saguão do hospital, próximos àrecepção. Era uma questão de tempo.Portanto, de paciência. Fui para a viaturadescaracterizada, liguei o rádio e relaxei,mantendo a atenção no pátio que serviade estacionamento. Meia hora depois,chegaram juntos Manolo Quebra-Ossos

e Lourival do Alambrado, tambémconhecido como Diabo Louro. Os doiseram ex-o ciais da Polícia Militar – um,major; outro, capitão. Contavam coma proteção que o rico patrimônio deinformações lhes garantia. Informaçõessobre colegas e superiores. Esse tipo deriqueza signi ca poder e risco, porquequem a detém será paparicado oude nitivamente calado.

Manolo Quebra-Ossos e Lourival doAlambrado chegaram sozinhos. Não énotável? O aparato de segurança nãoveio. Provavelmente, para não chamaratenção. Achavam que a visita ao amigoera segura, porque sua identidadeera falsa e falsos seriam os registroshospitalares. Eles não contavam coma pedra no meio do caminho. Como jádisse, tem muita gente séria e honradana polícia. Um policial honesto ecompetente reconhecera Efe-Pê e nosdera o serviço. Pronto. Agora era sóestender a rede e abrir os braços. Osperigosos ma osos, assassinos brutais,ricos e poderosos, caíam como patinhos.Que delícia. A noite estava ganha, denovo. Acionei pelo rádio os colegas.Nosso movimento foi rápido. Os bandidosforam surpreendidos no estacionamento.

SOARES, Luiz Eduardo et al. Elite datropa 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,2010. p. 98

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Não: não digas nada!

Supor o que dirá

A tua boca velada

É ouvi-lo jáÉ ouvi-lo melhor

Do que o dirias

O que és não vem à or

Das frases e dos dias

PESSOA, Fernando. Mensagem. 7. ed. Rio de Janeiro:

Nova Fronteira, 1981. p. 185.

No texto a seguir, o referente “Plano dePrevidência Privada” é desfocalizado de queforma?

Os referentes Manolo Quebra-Ossos e Lourival do Alambrado são retomados por quais outros?

Qual anáfora foi estabelecida entre os referentes“patrimônio de informações, poder e risco”? Porquê?

O sintagma nominal “bandidos” é um rótulo ounominalização. É prospectivo ou retrospectivo?Por quê?

Além de mecanismo linguístico empregado pararemeter ou apontar a elementos presentes no texto,o vocábulo “anáfora” também representa uma“ gura de linguagem” que consiste na “repetição”de palavras ou locuções em frases ou versos(CAMPEDELLI; SOUZA, 2011, p. 617). Tendo emmente essa gura de linguagem, quais palavrasou locuções caracterizam anáfora nos versos aseguir?

Questão 03

Questão 02

Questão 05

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Questão 01

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Questão 04

Um Plano de Previdência Privada não ébarato. Principalmente no Brasil, em que

ainda é um produto utilizado por uma minoriada população. No início de 2008, menos de20% dos brasileiros contavam com um PGBLou com um VGBL. Quanto mais se popu-larizarem, maior será a oferta de produtoscom taxas de administração e carregamentomenores.Porém, as vantagens oferecidas por umPlano Gerador de Benefícios Livres sãopara ser desperdiçadas por poucos. Um dasvantagens é a tributação reduzida a apenas10% após dez anos de plano, para quemoptar pela tributação regressiva. Investi-mentos convencionais sofrem a alíquota de15%, salvo algumas exceções que abordareiadiante. OK, a maior parte dessa vantagemdesaparece na taxa de carregamento, que éa mordida que o plano dá a cada aplicaçãofeita pelo poupador. Mas essa taxa variamuito de plano para plano, existindo tantoplanos com taxa igual a zero, quanto planosque cobram mais de 10%.CERBASI, Gustavo. Investimentos inteligen-

tes.Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008.

p. 79Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

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de alguém ele ter acabado o namoro.e) Como é estimulante imaginar que vamos à

Bahia nas próximas férias!

“Eu tinha um desejo que não me abandonavanem quando estava nas situações maisagradáveis. Era um desejo inusitado, que aspessoas, em geral, encaravam com zombaria.Um desejo de ir à Lua na primeira astronavebrasileira [...]”

No texto, as locuções “um desejo”, “um desejoinusitado” e “Um desejo de ir à Lua”:a) representam rótulos retrospectivos.

b) fazem retomadas utilizando formas de valorpronominal.

c) constituem anáforas indiretas.d) acarretam a desfocalização do objeto de

discurso.e) fazem referenciação por meio de expressões

nominais inde nidas, com função anafórica.

Assinale a alternativa em que as palavrasdestacadas constituem a retomada do objeto dediscurso por meio de pronomes ou outras formasde valor pronominal.a) Trouxe um estojo de maquiagem para Sarinha

brincar. Ela o adorou.

No texto a seguir, o referente “comida” faz aativação ancorada de qual objeto principal?

No consultório médico, a mulher pergunta: – Doutor, o que eu preciso fazer para emagrecer? – Basta a senhora mover a cabeça da esquerda paraa direita e da direita para a esquerda. – Só isso? Quantas vezes, doutor? – Todas as vezes que lhe oferecerem comida!

a) Consultório médico.b) Mulher.c) Doutor.d) Emagrecer.e) Cabeça.

Em qual das alternativas está sendo usado umrótulo prospectivo para o objeto de discurso?a) O jogo de domingo foi o pior da temporada até

agora.

b) Brócolis, berinjela, repolho, agrião: vegetaisimportantes para a saúde que as crianças, emgeral, abominam.

c) Sabe qual foi o melhor da festa? O vestido danoiva.

d) Quando saímos para comemorar, Pedroexagerou e bebeu até passar mal. Depois,brigou com todo mundo, como se fosse culpa

Questão 09

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Questão 07

Questão 06

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Questão 08

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b) Quando foi que Romero saiu de casa?c) Eles todos estavam muito apáticos, mas foi só

falar em viagem que a animação tomou contado grupo .d) Enquanto faziam os exercícios de matemática,

os alunos permaneceram bem quietos na salade aula.

e) Ao entrar em casa, ela correu para seu quarto,na esperança de encontrar ali uma carta .

Leia os seguintes enunciados:

I – Referenciação é o nome que se dá às diversasformas de introdução, no texto, de novas entidadesou referentes.

II – A retomada de referentes mais adiante no texto,ou seu uso como base para a introdução de novosreferentes, é denominada progressão referencial.

III – A anáfora é o mecanismo linguístico empregadopara apontar ou remeter a elementos presentes notexto ou inferíveis a partir deste.

Estão corretos:

a) apenas os enunciados I e II.

b) apenas o enunciado II.

c) apenas o enunciado III.

d) apenas os enunciados I e III.

e) todos os enunciados.

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Questão 10

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o capítulo 2 da dissertação Representação Anafórica: as Anáforas Não-Correferenciais nolivro Didático de Língua Portuguesa . Disponível em:<http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimpli cado/tde_arquivos/20/TDE-2006-11-27T080148Z-415/Publico/LidianeMD.pdf>. Acesso em: 4 nov. 2011. Nele, a autora analisa referência e referenciação e discorresobre anáforas correferenciais e não correferenciais.

Leia o artigoLéxico e Progressão Referencial , de Ingedore G. Villaça Koch. Disponível em:<http://ler.letras.up.pt/uploads/ cheiros/4564.pdf>. Acesso em 12 nov.2011. A autora discute aimportância da seleção do núcleo das formas nominais anafóricas na progressão textual, tendo emvista a construção do sentido.

Leia o trabalho A Progressão Referencial em “A Raposa e as Uvas” : Estratégias Discursivas naFábula de Monteiro Lobato. Disponível em: <http://www. lologia.org.br/iisine l/textos_completos/a_

progressao_referencial_em_a_raposa_e_as_uva_RACHEL.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2011. A autoraanalisa o emprego de uso de anáforas e de anáforas indiretas, de repetição de um mesmo item lexicale de expressões de nidas, encapsulamento, entre outras, na referida fábula.

Assista ao vídeo Nossa Língua - Módulo Letra de Música: Anáfora . Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=NCTiOKTz_jk>. Acesso em 12 nov. 2011. Nele, o Professor Pasqualeapresenta um exemplo de anáfora como gura de linguagem.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

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Nesta aula, você aprendeu que a referenciação consiste nas diversas formas de se inserir novasentidades ou referentes no texto e que a progressão referencial é a retomada de um referente maisadiante, ou seu uso como base para a introdução de novos referentes.

Descobriu que, na construção de referentes textuais, estão envolvidas as estratégias de introdução ouconstrução, de retomada ou manutenção e de desfocalização.

O estudo revelou que os referentes podem ser introduzidos por ativação ancorada, mediante rotulação,e não ancorada, pelo uso de anáforas; e que a retomada ou manutenção tem por estratégias ou uso depronomes ou outras formas de valor pronominal e o uso de expressões nominais de nidas ou inde nidas.

FINALIZANDO

GLOSSÁRIO za b

d

l

m

k hg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

q e

Anáfora: elemento linguístico que remete ou aponta para outro anterior no texto. Por exemplo, em“Maria feriu-se com a faca” o pronome re exivo “se” constitui uma anáfora para “Maria”.

Catáfora: elemento linguístico que aponta ou remete para outro encontrado mais adiante no texto.Por exemplo, em “Já lhe pedi isto mais de uma vez: cale-se”, “cale-se” foi apontado pelo pronomedemonstrativo “isto”.

Referente: situação contextual (objeto, fato) a que o elemento linguístico remete. Por exemplo, “cachorro”remete a um ser, “fome” remete a uma contingência de quem não se alimentou, “furacão” remete a umfato natural.

Rótulo prospectivo: o rótulo ou nominalização é um sintagma nominal utilizado para expressar umaproposição ou proposições do texto. Será prospectivo quando se referir a uma informação prestadaadiante. Por exemplo, em “João sabe que, acima de tudo, algo o anima: o desejo de vencer”, “algo” é o

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rótulo prospectivo de “o desejo de vencer”.

Rótulo retrospectivo: é o rótulo que se refere a informações antecedentes. Em “Economia, política,medicina, astronomia, religião, tudo era assunto de seu interesse”, o sintagma “tudo” é o rótuloretrospectivo dos referentes que o antecederam.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

Tema 7Funções das Expressões Nominais Referenciais

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• As funções congnitivo-discursivas que as expressões referenciais nominais desempenham notexto.

• A operação de recategorização ou refocalização do referente e, quando for o caso, a funçãopredicativa emergente.

• O emprego de encapsulamento e rotulação

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Qual a organização macroestrutural que as expressões referenciais nominais propiciam?• Como se atualizam os conhecimentos, no texto, por meio de retomadas com hiperônimos?• O que signi ca operação de recategorização?

ícones:

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Observe como as expressões “happy our temático” e “sarau” recuperam o conteúdoda expressão “encontros com o público leigo”, acrescentando-lhe a informação deque consistem não de encontros com o formalismo típico da academia, mas dereuniões descontraídas, alegres, festivas.

Conforme foi estudado, as nominalizações possuem uma função própria, que consiste no encapsulamentoou sumarização, na rotulação de informações apresentadas no cotexto.

Veri que como, no primeiro parágrafo do texto a seguir, a expressão “energias renováveis” encapsulaos referentes “hidrelétrica”, “eólica” e “biomassa”. Ao mesmo tempo, a locução assinalada constitui tema

inicial do segundo parágrafo.

As hidrelétricas no Brasil são responsáveis por quase 80% da geração de energia do país. No entanto,a questão é: qual o potencial hídrico ainda disponível para gerar energia? Temos rios su cientes paraatender toda a demanda necessária para os próximos anos? O programa de expansão de energiado governo para os próximos dez anos focará as energias renováveis, como hidrelétrica, eólica ebiomassa, que são mais competitivas e vantajosas. No entanto, a longo prazo, as bacias hidrográ casdisponíveis para geração de energia devem se esgotar.

Segundo o governo brasileiro, sozinhas, as energias renováveis não conseguem atender à demandainterna.

PAULINO, Giselle. A opção nuclear. Quanta, São Paulo, set.2011. p. 31.

Outra função das expressões nominais referenciais é a de organização macroestrutural, quandoutilizadas para sinalizar que o texto está se movimentando para um estágio seguinte. Servem, assim,para a introdução, mudança ou desvio de tópico, ou para a ligação entre tópicos e subtópicos.

Usadas dessa forma, as expressões referenciais se prestam para a marcação dos parágrafos,contribuindo, assim, para a estruturação do texto. Não se fala aqui de parágrafo no sentido tipográ co,estético do texto, mas no sentido cognitivo, admitindo-se, é claro, que em um texto bem escrito aaplicação seja coincidente.

A hiperonímia é a vinculação em que, em um idioma, se estabelecem expressões nominais, com basena menor especi cidade do signi cado de uma delas em relação à outra. Assim, por exemplo, “pessoa”

está em uma relação de hiperonímia com “mulher”.

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A função de retomar uma expressão pouco usual pode ser exercida pelo emprego de um hiperônimocom função anafórica.

No texto que segue, observe como o hiperônimo “coisa” dá a medida desalentadora da amplitude daignorância dos astrônomos a respeito da “matéria escura”.

Esse estudo foi um entre muitos dos anos 70 e 80 que forçaram os astrônomos a concluir que amatéria escura – uma substância misteriosa que não absorve nem emite luz e que se revelava porsua in uência gravitacional – não só existe, mas também é o material dominante na constituição doUniverso. Medidas feitas com o satélite WMAP con rmam que a matéria escura dá conta de cinco

vezes mais massa que a matéria comum (prótons, nêutrons, elétrons e assim por diante). O que essacoisa realmente é permanece tão esquiva como sempre foi. É uma medida da nossa ignorância quea hipótese mais conservadora proponha que a matéria escura consista em uma partícula exótica, nãodetectada até agora nos aceleradores de partículas, predita por teorias sobre a matéria ainda nãoveri cadas.

BLITZ, Leo. O lado escuro da Via Láctea. Disponível em:

<http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/o_lado_escuro_da_via_lactea.html>. Acesso em: 19nov.2011.

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Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

Adiante, as questões reforçam seu aprendizado.Enfrente-as com decisão!

As questões 1 a 3 referem-se ao texto a seguir.

Qual a função exercida pelos referentes “missão”e “aventura”?

Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

As atividades a seguir destinam-se a xar acompreensão a respeito das funções cognitivo-discursivas exercidas pelas expressões nominaisreferenciais estudadas neste capítulo.Veri que o quanto você realmente aprendeu sobreo tema. Bom trabalho.

Ponto de Partida

O primeiro parágrafo do texto seguinte utilizahiperonímia para fazer uma retomada de doisvocábulos, atualizando o conhecimento do leitor.No segundo parágrafo, também é empregadaa hiperonímia a m de retomar dois referentese atualizar o conhecimento do interlocutor.Identi que as utilizações mencionadas.

As nopaleas e cactos, nativas em toda a parte,entram na categoria das fontes vegetais, deSaint-Hilaire. Tipos clássicos da ora desértica,mais resistentes que os demais, quando decaema seu lado, fulminadas, as árvores todas,persistem inalteráveis ou mais vívidos talvez.

Afeiçoaram-se aos regimes bárbaros; repelemos climas benignos em que estiolam e de nham.

Ao passo que o ambiente em fogo dos desertosparece estimular melhor a circulação da seivaentre os seus cladódios túmidos.

As favelas, anônimas ainda na ciência –ignoradas dos sábios, conhecidas demais pelostabaréus – talvez um futuro gênero cauteriumdas leguminosas, têm, nas folhas de célulasalongadas em vilosidades, notáveis aprestos decondensação, absorção e defesa. Por um lado, asua epiderme ao resfriar-se, à noite, muito abaixoda temperatura do ar, provoca, a despeito dasecura deste, breves precipitações de orvalho;por outro, a mão que a toca, toca uma chapa

incandescente de ardência inaturável.CUNHA, Euclides. Os sertões. São Paulo: Círculodo Livro, ?. p. 40.

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Questão 01

Os polos Norte e Sul eram completamentedesconhecidos no início do século XX. Até que

Clements Markham, presidente da SociedadeGeográ ca Real do Reino Unido e explorador,cujo sonho era que a Antártida fosse conquistadapor seu país, iniciou a primeira expediçãobritânica ao continente.

O comando da missão foi con ado ao tenenteRobert Falcon Scott, que havia viajado à África e às Antilhas, mas jamais posto os pésem regiões polares – o que não o impediu deaceitar o desa o com incansável entusiasmo.O Discovery, navio da expedição, partiu daInglaterra em 31 de julho de 1901 e chegouà baía McMurdo, na Antártida, no dia 8 defevereiro de 1902.

A aventura foi um fracasso em relação à metaestabelecida, mas para Scott foi um êxito, namedida em que os homens resistiram até olimite de suas forças. No m das contas, poucoimportou o escorbuto, os cães sacri cados, ainutilidade dos esquis ou a falta de víveres, poisa Union Jack, bandeira do Império Britânico,havia sido hasteada em um ponto mais próximoao Polo Sul.

Adaptado de VERNAY, Pierre. A trágica corridaao Polo Sul. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_tragica_ corrida_rumo_ao_polo_sul.html>. Acesso em:19 nov.2011.

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No texto a seguir, o referente “funções” érefocalizado por quais expressões?

No texto a seguir, qual a função das expressões“edifício geológico do país” e “maciços antigos” emrelação a “ossatura rochosa, em geral compostade terrenos antigos”?

No segundo parágrafo, o vocábulo “Discovery” éusado para encapsular a expressão nominal “navioda expedição”. Qual é a sumarização efetuada deforma semelhante no terceiro parágrafo?

No segundo parágrafo, qual relação pode serestabelecida entre os referentes “missão” e“desa o”?

No texto a seguir, a refocalização da expressãonominal “vazamento de óleo” e de sua contenção éfeita diversas vezes, de forma irônica. Identi que-as.

Questão 04

Questão 03

Questão 06

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Questão 02

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O vazamento de óleo de uma plataforma da compa -nhia Chevron na Bacia de Campos está tomando pro -porções maiores do que as inicialmente informadas.De acordo com geógrafos independentes ligados aoGreenpeace, as fotos feitas por satélite mostram quea extensão do acidente é enorme. “O vazamento já émaior do que o do Enem”, a rmou o coordenador doGreenpeace, Johnny Lettuce. A petrolífera garante que vai conseguir conter o vaza-mento e já sugeriu uma parceria a empresas de absor -ventes femininos para auxiliar a companhia na emprei-tada. Falta apenas decidir se vão usar o sempre secasem abas ou o noturno com abas.No Rio começa a surgir o movimento para dividir, alémdos royalties, também o vazamento. O tra cante Nemdisse que gostaria de aprender com a petrolífera. “Seeu soubesse vazar como eles eu não estaria nessa si-tuação”FERNANDES, Nelito. Vazamento na Bacia de Cam-pos já é maior que o do Enem. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/11/vazamento-na-bacia-de-campos-ja-e-maior-que-o --do-enem-nelito-fernandes.html>. Acesso em: 20nov.2011.

Questão 05

Acusadas de oferecer uma formade pornogra a individual e des -pida de sentimentos, as revistas“para homens” tinham funções:descoberta ou ativação da sexu-alidade para aqueles inibidos ouinexperientes. Reativação, para osentediados. E substituição, graçasao voyeurismo e à masturbação,para aqueles que se encontrassemabandonados ou desejosos de sa-tisfazer desejos mantendo-se éisàs companheiras.DEL PRIORE, Mary. Histórias ínti-mas: sexualidade e erotismona história do Brasil. São Paulo:Planeta do Brasil, 2011. p. 130

É bem sabido que as paisagens naturais de umbloco continental qualquer derivam de uma intrincadacombinação de fatos geológicos e siográ cos. Nocaso brasileiro, há uma associação muito íntima entrea ossatura rochosa, em geral composta de terrenosantigos parcialmente recobertos por sedimentos dediversas idades, e a ação dos climas tropicais domi -nantemente úmidos. (...)O edifício geológico do país é formado por umaespécie de mosaico de terrenos antigos e extensasbacias sedimentares, soerguidas a planos altimétricosdiversos. (...)Os maciços antigos, constituídos por massas rochosasrígidas, resultam em nosso país num vasto conjuntode planaltos de cristalinos, serras e escarpas locais,enquanto as bacias sedimentares associadas ou nãoa basaltos dão origem a gigantescos planaltos típicos(...).

AB’SABER, Aziz N. et al. Coordenação de SérgioBuarque de Holanda.

A época colonial: do descobrimento à expansãoterritorial.

Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. p. 70. v. 1

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a) Organização estrutural, com marcação deparágrafos.

b) Refocalização.

c) Atualização de conhecimentos por meio deanáforas.

d) Rotulação.

e) Sumarização.

Em qual das alternativas a seguir, o vocábulo“tudo” exerce função de encapsulamento?

a) Isso é tudo.

b) Tudo que eu quero é tirar férias!

c) A noite límpida e sem lua, as estrelas luzindofortemente no céu rural, a brisa fresca, os sonsdos insetos, o aconchego em torno da lareira,tudo contribuía para a elevação da alma e ocontentamento do espírito.

d) Tudo é nada, mas um nada tão importante queabrange o Universo real ou fantástico.

e) En m, quando tudo o mais não der certo,ofereça-lhe ores, dê um sorriso resignado eprocure outras paisagens.

Questão 07

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Questão 08Leia o texto e, depois,responda à pergunta.

Qual das alternativas a seguir contém expressõesreferenciais cuja função é de organizaçãoestrutural com marcação de parágrafos?

a) “genética”, “disposição ao alcoolismo” e“comportamento impulsivo”.

b) “dois fatores”, “primeiro” e “segundo”.

c) “di culdade”, “ambiente” e “desequilíbrio”.

d) “controle”, “extrato bancário no vermelho” e

Se a genética dá um empurrão para a di culda -de de controlar os impulsos, pelo menos outrosdois fatores in uenciam na perda efetiva de con -trole.O primeiro é o ambiente a nosso redor. Alguémpode ter disposição ao alcoolismo, mas, secrescer sem contato com bebidas, diminuemsuas chances de desenvolver o vício. O am -biente in uencia também em outras situações.Como no caso da publicitária Joanna Moura,que trabalhava perto de um shopping center, al -moçava todo dia na área de alimentação e nãoconseguia sair do prédio de mãos abanando. Osvalores não eram altos. Um dia era uma roupa,noutro uma bijuteria. No nal do mês, o extratobancário no vermelho não deixava dúvidas so-bre o estrago. (...)O segundo fator que in uencia o desenvolvi -mento de um comportamento impulsivo é o es-tresse. Mais do que uma condição psicológica,trata-se de um fenômeno biológico que envolvea secreção de hormônios nas glândulas suprar -renais, que alteram o funcionamento do centrodo prazer no cérebro. O desequilíbrio aumentanosso desejo pelas tentações e nos expõe aorisco de ceder.

SORG, Letícia; TELLES, Margarida. Coma,beba, compre, trabalhe, fale, gaste pouco e

viva muito! Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2011/11/coma-beba-

-compre-trabalhe-fale-gaste-pouco-e-viva-mui-to.html>. Acesso em: 20 nov.2011.

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http://slidepdf.com/reader/full/anhang-leit-prod-textos 93/15293

“centro do prazer no cérebro”.

e) “empurrão”, “chances” e “comportamentoimpulsivo”.

Assinale a alternativa que indica a função doreferente “serviço” em relação à expressão “bancode dados”:

a) Organização macroestrutural.

b) Encapsulamento.

c) Refocalização.

d) Função predicativa.

e) Atualização de conhecimentos com uso dehiperônimo.

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Questão 10

Questão 09

A Folha.com oferecerá a partir de hoje,para livre consulta, um banco de dadoscom todas as emendas liberadas pelogoverno paulista desde 2007.O serviço, que organiza de forma sim-pli cada e com fácil acesso os dadosbrutos divulgados pelo governo, trazos nomes dos deputados responsáveispelas indicações, seus partidos, os

municípios contemplados e quem foramos bene ciados pelas verbas.NAVARRO, Silvio. Tucanos cam comum terço das emendas em São Paulo.Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/1009154-tucanos- cam--com-um-terco-das-emendas-em-sao--paulo.shtml>. Acesso em: 20 nov.2011.

Leia os seguintes enunciados:

I – Grupos de refugiados chegam diariamente dospaíses em estado de convulsão social e guerrainterna. São pessoas famintas, maltrapilhas,desesperadas.

II – Hoje de manhã, Libório trouxe um cacho de

bananas. Compreendo sua boa vontade, maso problema é que as frutas estavam verdes.

III – No início da noite, ouvi o grito do pavão. Olheiassustado para o lado das gaiolas, pois nuncaimaginara que seria tão esquisito e desa nadoo som emitido por uma ave tão bonita.

Qual função das expressões nominais se

evidencia em todos eles?a) Organização macroestrutural com marcação

de parágrafos.

b) Recategorização.

c) Rotulação.

d) Atualização de conhecimentos com uso de

hiperônimo.e) Função predicativa.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o trabalho A Coesão no Texto Jornalístico: Hipônimos e Hiperônimos como Auxiliares daConstrução de Sentido , de Gessivaldo F. Cavalcante. Disponível em:<http://www.faculdadedondomenico.edu.br/revista_don/artigo1_ed3.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2011.Nele, o autor destaca alguns aspectos coesivos do texto jornalístico, com o intuito de mostrar a ocorrênciade tais mecanismos em um jornal local, bem como esses recursos contribuem para a construção de

textos claros, objetivos, além de facilitarem a construção do signi cado pelo leitor.

Assista ao vídeo Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias - Autores na Escola . Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=8tvzFlzo7wc&feature=related>. Acesso em: 20 nov.2011. Nele, asautoras mencionadas fazem a apresentação de suas obras e da importância destas no estudo do idiomapátrio.

Assista ao vídeo Como se Forma um Crítico Literário . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=hFozI_ls3H8&feature=related>. Acesso em: 20 nov.2011. Nele, diversos críticos compõemuma mesa na qual analisam aspectos relevantes na formação do crítico literário, de grande importânciapara esse pro ssional que analisa a construção de sentido de textos de outros autores.

Assista ao vídeo Bailarina de Vermelho - Primeiro Parágrafo . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=7kLa1NPB4jU>. Acesso em: 20 nov. 2011. Nele, de forma bem-humorada, a locutoradesconstrói o sentido de si mesma, valendo-se de uma série de a rmações e contra-a rmações, cujanalidade é apenas atingir o m do primeiro parágrafo.Leia o trabalho A Construção do Sentido do Texto Humorístico: Aspectos Linguísticos , de AnaCristina Carmelino. Disponível em: <http://www.linguistica.ufes.br/sites/www.linguistica.ufes.br/ les/Projeto%20de%20Pesquisa%20PPGEL%20-%20UFES%20-%20Ana%20Cristina%20Carmelino.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2011. Nele, a autora investiga os elementos linguísticos envolvidos na constituiçãoe no funcionamento do humor em diferentes gêneros que pertencem à modalidade escrita e oral e que

fazem parte de diversas esferas de comunicação.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

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As expressões nominais referenciais desempenham funções cognitivo-discursivas que se mostramrelevantes na construção do sentido do texto. Algumas delas foram estudadas neste capítulo. Nopróximo, serão analisadas outras funções.

FINALIZANDO

GLOSSÁRIO z

a bd

l

m

k

hg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

q e

Função predicativa: função que consiste em apresentar informação nova acerca do referente.

Encapsulamento: função que consiste em sumarizar informações contidas no texto anterior, rotulando-as por meio de uma expressão nominal.

Hiperonímia: vinculação que, em um idioma, se estabelecem expressões nominais, com base na menor

especi cidade do signi cado de uma delas em relação à outra.

Organização macroestrutural: organização do texto em blocos de ideias, reunidas em parágrafos,assim entendidos no sentido cognitivo, e não meramente tipográ co, do texto.

Recategorização ou refocalização: operação por meio da qual se faz remissão a elementosapresentados ou sugeridos anteriormente no texto.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

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Tema 8Funções das Expressões Nominais Referenciais: 2ª parte

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• A anáfora especi cadora.• Sobre de niendum e de niens e como empregá-los na construção de paráfrases anafóricas

de nicionais e didáticas.• As estratégias de informações novas e de orientação argumentativa.

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Como identi car e empregar especi cação por meio da sequência hiperônimo/hipônimo?• O que signi ca categorização metaenunciativa de um ato de enunciação?• Quais as estratégias de informações novas e de orientação argumentativa.

ícones:

AULA 8 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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Funções das Expressões Nominais Referenciais: 2ª parte

Uma função das expressões nominais referenciais pode ser observada na especi cação por meio dasequência hiperônimo/hipônimo, denominada anáfora especi cadora, frequentemente introduzida porartigo inde nido, como ocorre com as expressões “um veículo” e “uma motocicleta” neste texto: A popularização de um veículo de pequeno porte cuja função principal é o transporte de uma ouduas pessoas acarretou graves consequências para o trânsito urbano, incrementando enormementea quantidade de acidentes.

Assim é que uma motocicleta pilotada por um garoto de dezesseis anos, com um amigo da mesmaidade na garupa, invadiu a pista em sentido contrário e, depois de ziguezaguear de forma suicida entrecarros e caminhões, acabou por chocar-se justamente com outra motocicleta, numa colisão em que ostrês motociclistas morreram e mais de duas dúzias de carros caram destruídos num engavetamentoque trancou o trânsito por mais de seis horas.

Se houver necessidade de elaborar de nições, as expressões nominais podem ser utilizadas na formade paráfrases anafóricas de nicionais e didáticas.

Nas paráfrases de nicionais, a sequência apresenta primeiro o de niendum e depois o de nens, istoé, o termo técnico a ser de nido é seguido pela respectiva de nição. No texto a seguir, as locuções“quantidade demandada” e “lei da demanda” são seguidas pelas respectivas de nições: A quantidade demandada de um bem qualquer é a quantidade desse bem que os compradores desejame podem comprar. Como veremos, são muitas as coisas que determinam a quantidade demandada

de qualquer bem, mas, quando se analisa o funcionamento dos mercados, há uma determinante querepresenta um papel central: o preço do bem. Se o preço do sorvete subir para $ 20 a bola, vocêcomprará menos sorvete. Poderá, por exemplo, comprar frozen yogurt em vez de sorvete. Se o preçodo sorvete cair para $ 0,20 a bola, você comprará mais sorvete. Essa relação entre preço e quantidadedemandada se aplica à maioria dos bens existentes na economia e, na verdade, é tão universal que oseconomistas a chamam lei da demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o preço de umbem aumenta, sua quantidade demandada diminui; quando o preço diminui, a quantidade demandadaaumenta.

MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia.São Paulo: Centage Learning, 2009. p. 67.

Leitura Obrigatória

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A paráfrase anafórica didática inverte a sequência, apresentando primeiro no

de nens e, depois, o de niendum. No texto adiante, o autor antecipa o de nens“Nas enchentes os peixes [...] desova” para depois indicar o de niendum “piracema”:Nas enchentes os peixes sobem até a parte mais alta dos rios para a desova: este é o fenômenodenominado piracema. Nesse período, a pesca é proibida, para assegurar a sustentabilidade dasespécies. Os peixes jovens, que permanecem nos campos cobertos de água durante toda a fase decrescimento, encontram verdadeiros berçários nas áreas inundadas, desfrutando de alimentação eespaço necessários para a sua sobrevivência.

Disponível em: <http://www.tomdopantanal.org.br/o_pantanal/aguas/enchentes_piracema.asp>.

Acesso em: 27 nov.2011.

Outra função das expressões nominais referenciais é a introdução de novas informações a respeito doreferente, por meio da anáfora nominal, de nida ou inde nida, a m de caracterizá-lo de certa maneira.

No texto a seguir, o de diendum “futebol” é seguido pelo de nens “desporto de equipe ... das normas”. Nasucessão, a retomada anafórica ocorre em diversos períodos, com informações novas que acrescentamdetalhes à de nição principal.O futebol (do inglês association football ou simplesmente football) é um desporto de equipe jogadoentre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas.É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participamdas suas várias competições. É jogado num campo retangular gramado, com uma baliza em cada ladodo campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro da balizaadversária, ação que se denomina golo (português europeu) ou gol (português brasileiro). A equipeque marca mais gols ao término da partida é a vencedora.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Futebol>. Acesso em: 27 nov. 2011.

As expressões nominais também podem desempenhar função de orientação argumentativa, empregandoou não termos e expressões metafóricas, estratégia essa comum particularmente em gêneros opinativos.

Por m, embora sem necessariamente esgotar-lhes as funções, as expressões nominais permitemrealizar a categorização ou avaliação da própria enunciação realizada, voltando-se para o próprio texto,em uma abordagem metalinguística ou metadiscursiva, por meio de encapsulamento do conteúdo

utilizado para:a) classi car certo tipo de ação ou atitude atribuída à pessoa que produziu, como “declaração, advertência,

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

http://slidepdf.com/reader/full/anhang-leit-prod-textos 99/15299

promessa, re exão, comentário, avaliação”;

b) nomear a entidade linguística por meio da qual o conteúdo foi apresentado, por exemplo, frase,

sentença, parágrafo;c) re etir sobre o próprio texto ou de outro emissor, frequentemente com o emprego de aspas.

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Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

Organize os termos a seguir de acordo com asrelações de hiperonímia e hiponímia: professor,criança, economista, pro ssional, menor, servidorpúblico, menino, adolescente.

As entradas, os vocábulos, em um dicionáriosão de nidas por meio de verbetes. Considereo seguinte verbete extraído do Novo DicionárioEletrônico Aurélio:

“bravura: [De bravo + ura]. Substantivo feminino.1. Qualidade ou caráter de bravo. 2. Ação debravo.”Pergunta-se: Qual a função linguística dasentradas e dos verbetes em um dicionário? Novocábulo transcrito, quantas de nições podemser observadas?

Identi que, no texto a seguir, as expressõesnominais que exercem a função de introduzirinformações novas a respeito da locução

“paradoxo do brasileiro”.

Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

As atividades a seguir destinam-se a xara compreensão a respeito das funções dasexpressões nominais referenciais.Veri que o quanto você realmente aprendeu sobreo tema. Mãos à obra!

Ponto de Partida

No texto a seguir, está construída uma paráfraseanafórica de nicional. Indique-a.

Verifque seu desempenho nesta

questão, clicando no ícone ao lado.

Podemos considerar o bullying como umfenômeno novo, porque vem sendo objeto deinvestigação e de estudos nas últimas décadas,despertando a atenção da sociedade para as suasconsequências nefastas, uma vez que se evidenciapela “desigualdade entre iguais”, resultando numprocesso em que os “valentões” projetam suaagressividade com requintes de perversidade ede forma oculta dentro de um mesmo contextoescolar. Por outro lado, considera-se o bullyingcomo um fenômeno bastante antigo, por se tratarde uma forma de violência que sempre existiu nasescolas – onde os “valentões” continuam oprimindoe ameaçando suas vítimas, por motivos banais – eque até hoje ocorre despercebida da maioria dospro ssionais da educação.

De nimos o bullying como um comportamento cruelintrínseco nas relações interpessoais, em que osmais fortes convertem os mais frágeis em objetosde diversão e prazer, através de “brincadeiras”que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar.Diversos estudiosos vêm dando suas de niçõese contribuições, ao longo do tempo, com respeitoa esse tipo de comportamento. Porém, todasas de nições convergem para a incapacidadeda vítima em se defender. Apontamos também,aliado a essa tendência, o fato de que a vítimanão consegue motivar outras pessoas a agiremem sua defesa. Portanto, o bullying é um conceitoespecí co e muito bem de nido, uma vez quenão se deixa confundir com outras formas deviolência. Isso se justi ca pelo fato de apresentarcaracterísticas próprias, dentre elas, talvez amais grave, a propriedade de causar traumas aopsiquismo de suas vítimas.

FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como prevenira violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed.rev. e ampl. Campinas, SP: Verus Editora, 2005. p.29-30.

Questão 01

Questão 02

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Questão 03

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

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O paradoxo do brasileiro é o seguinte.Cada um de nós isoladamente tem osentimento e a crença sincera de estarmuito acima de tudo isso que aí está.Ninguém aceita, ninguém aguenta mais:nenhum de nós pactua com o mar delama, o deboche e a vergonha da nossavida pública e comunitária. O problema

é que, ao mesmo tempo, o resultadonal de todos nós juntos é precisamentetudo isso que aí está! A autoimagem decada uma das partes – a ideia que cadabrasileiro gosta de nutrir de si mesmo

– não bate com a realidade do todomelancólico e exasperador chamadoBrasil.

GIANNETTI, Eduardo.Vícios privados,benefícios públicos? A ética na riquezadas nações . São Paulo: Companhia

das Letras, 2007. p. 12.

Questão 04

Questão 05

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questão, clicando no ícone ao lado.

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Identi que a expressão que carrega orientaçãoargumentativa no texto seguinte:

Com direção de Wesley e assisteniade direção de Marcelo Carrasco, osatores: Emília Marcílo,Renan Rangel,Livia Galdêncio, Nilmara Gomes eGabriela Chiari em “MULHERES EMCRISE” representa com exatidão,graça e muita alegria o con ituoso,difícil e complexo UNIVERSOFEMININO. Helena é uma mulhermadura, independente e divorciada.Odeia o cargo e a carga de “mulhermoderna” e sai em busca de um novoamor junto com suas amigas Tamiris,Nanda e Clara. Na tentativa de selivrar da tenebrosa solidão, vítima dofeminismo avassalador que a tortura

diariamente, ela vive as mais variadascrises com todos os seus dilemase con itos cotidianos: depressão,solidão, vaidade, fragilidade, baixaauto-estima, problemas conjugais,sexuais, existenciais... Entre outrosesquecidos aqui.Disponível em: < http://ahgente.blogspot.com/2009/09/mulheres-em-crise.html >. Acesso em: 27 nov.2011.

Encontre, no texto adiante, pelo menos trêsencapsulamentos que constituem categorizaçãometaenunciativa.

“Não tenho nenhum preconceito, inclusivetenho grandes amigos gays”, desabafou CaioCastro nesta quarta-feira (23) por meio de suapágina pessoal no Twitter. O ator referiu-seà entrevista que concedeu a revista “Quem”desta semana. “O que foi publicado não passoude uma infeliz interpretação de uma jornalistade uma frase fora do contexto que eu disse”,prosseguiu o ator que está no ar em “FinaEstampa”, novela da Rede Globo.

Segundo a publicação, Caio teria dito que “é melhor ter fama de pegador a de veado”quando questionado sobre as constantescompanhias femininas com as quais circulaem eventos. O mais recente rumor aponta queMonique Alfradique seria a nova namorada dogalã, mas ele desmentiu a informação.

Ainda nesta quarta-feira (24) Caio Castropromoveu um bate-papo com os fãs por meioda Twitcam para justi car seu comentário.Ele chegou a chamar a imprensa de

“marrom” e corroborou o fato de ter sido “mal interpretado”: “Foi totalmente errado emaldoso pra vender reportagem”, desabafou.

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a) Anáfora especi cadora.b) Paráfrase anafórica

de nicional.c) Paráfrase anafórica didática.d) Introdução de informações novas.e) Orientação argumentativa.

No texto a seguir, qual função das expressõesreferenciais “mensagem”, “comunicado”,“satisfações”, “frase”?

Leia a declaração feita por Caio Castro noTwitcam:

A declaração foi errônea e totalmente ao

contrário do que eu quis passar. Ficou umasensação de preconceito do público. Qualquertipo de preconceito é um atraso. Eu não tenhopreconceito algum com os homossexuais,tenho amigos gays. Foi totalmente errado emaldoso para vender reportagem. A gentetem um monte de imprensa marrom. E fazde tudo e colocar esse tipo de comentárioidiota. Para vocês que acompanham, está nahora de acordar um pouco. O que a gentefala muitas vezes é editado e não é posto do

jeito que a gente fala. Não sou uma pessoapreconceituosa e o comentário que z foi malinterpretado. Respondi uma porrada de critica,comentário, estão me bombardeando. A únicacoisa que posso dizer é que preconceituoso nãosou. E peço desculpas se causei algum tipo deincômodo.

Após a declaração, o nome de Caio Castrovirou assunto mais comentando do Twitter. Aatriz Fernanda Paes Leme comentou o fato emseu Twitter: “E o poder e rapidez da internet?Caio Castro no topo dos TT e explicando natwitcam uma declaração distorcida e/ou infelizq bombou aqui!”

Disponível em: <http://celebridades.uol.com.br/noticias/redacao/2011/11/23/nao-tenho-

nenhum-preconceito-inclusive-tenho-grandes-amigos-gays-diz-caio-castro.htm>. Acesso em:27 nov.2011.

No texto a seguir, qual função das expressõesreferenciais existe entre “um animal” e “Essacadelinha soviética?

Questão 06

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Cadela Laika

Data do voo - 3/11/1957

País - União Soviética

Objetivo da viagem - Saber se um animal eracapaz de permanecer na órbita da Terra

Essa cadelinha soviética entrou para aposteridade como o primeiro animal a fazerum voo na órbita da Terra. Ela foi a únicatripulante da nave Sputnik 2, mas nãoresistiu à experiência e morreu durante amissão. Depois dela, vários cães zeramvoos orbitais.

Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/que-animais-ja-foram-mandados-para-o-espaco>. Acesso em: 27nov.2011

Questão 07

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O próprio Ra nha Bastos, compulsivotuiteiro, com 3 milhões de seguidores,postou zero, nenhumazinha mensagemsobre sua suspensão da bancada do CQC,cogitada desde a Veja SP que espinafrouseu currículo, de alto a baixo, na ediçãopublicada ontem. Tudo o que ele conseguiupostar ontem foi um link com “matériasfalando bem de mim”. Má reação.Marcelo Tas, Marco Luque, Danilo Gentili,Rafael Cortez, Monica Iozzi, Oscar Filho,Felipe Andreolli e mesmo o diretor doprograma, Diego Barredo, não estão semanifestando sobre o caso, a pedido dadireção da Bandeirantes, e só da cúpulapode sair qualquer comunicado, quando foro cial.O que motivou a suspensão de Bastos (querecentemente teve de dar satisfações aoMinistério Público por tentar fazer graça comestupro) foi uma tentativa de piada, fraseinconveniente, proferida por ele na últimaedição. Quando Marcelo Tas mencionouque a cantora Wanessa Camargo estavauma gracinha grávida, Bastos replicou: “Eucomeria ela e o bebê”.Gentili, há poucos minutos, ao tomarconhecimento de que Bastos estará forada bancada pelas próximas semanas,não se conteve e postou a seguinte fraseno Twitter: “Sempre enxerguei algo maissigni cativo sendo construído por umcomediante linchado por falar merda do qpor um queridinho por puxar sacos.”É um evidente apoio ao colega.

Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/que-animais-ja-foram-mandados-para-o-espaco>. Acesso em: 27

nov.2011.

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a) Anáfora especi cadora.

b) Paráfrase anafórica de nicional.

c) Categorização metaenunciativa.

d) Introdução de informações novas.

e) Orientação argumentativa.

No texto a seguir, qual função das expressõesreferenciais “simpatia insuperável”?

a) Anáfora especi cadora.

b) Paráfrase anafórica de nicional.

c) Categorização metaenunciativa.

d) Introdução de informações novas.

e) Orientação argumentativa.

Na Desciclopédia, encontra-se o seguinte verbetezombeteiro a respeito cerveja. Qual função dasexpressões referenciais pode ser encontrada nele?

Questão 09

Questão 08

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Julie Andrews foi escolhida por Walt Disney,quando este estava assistindo uma peça naBroadway, a famosa CAMELOT. Ela já eraconhecida no teatro, por outra peça, intitula-da “My Fair Lady”, e não queria fazer o lmeporque estava grávida. Mas Disney deu um jeito de adiar as lmagens e a contratou. As -

sim, ela estreou no cinema em grande estilo,com uma simpatia insuperável e até ganhan-do o Oscar. No ano seguinte (1965), ela coumundialmente famosa com o estrondososucesso de A NOVIÇA REBELDE (o lmefelicidade do cinema!).Disponível em: <http://fotolog.terra.com.br/cineatilafran-

cis:301>. Acesso em: 27 nov. 2011

A cerveja (também conhecidacomo água benta) é uma bebidacuja composição atômica é: 90%de Cervum e os outros 10% deÁlcool.Além de ser uma das bebidasmais antigas que deixa o homemna manguaça, em países ociden-tais costuma ser uma das maisconsumidas.Ainda que certos países tenhamoutras bebidas como seu símbo-lo do alcoolismo, a velha cer-va sempre se supera. Além dafacilidade em encontrá-la, a nalqualquer boteco – por mais meia--boca e pé sujo que seja – temcerva, seu preço é um atrativoem regiões normalmente urba-nas.Devido a sua facilidade de obten-ção e aceitação social, a cervejacostuma ser a primeira canaerrada que o cidadão toma. Debebericos em festas de amigosaos 14-16 anos, até os porres ho-méricos dos 18, a cerva sempreestá por perto.

Disponível em: <http://desciclope-dia.ws/wiki/Cerveja>. Acesso em: 27

nov.2011.

a) Anáfora especi cadora.

b) Paráfrase anafórica de nicional.

c) Categorização metaenunciativa.

d) Introdução de informações novas.

e) Orientação argumentativa.

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

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Qual função das expressões referenciais pode serencontrada entre “uma nova sonda para explorarMarte” e “veículo”?

a) Anáfora especi cadora.

b) Paráfrase anafórica didática.

c) Categorização metaenunciativa.

d) Introdução de informações novas.

e) Orientação argumentativa.

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Questão 10

A Agência Espacial dos EUA, aNASA, prepara uma nova sondapara explorar Marte. O veículo, quelançado no sábado (dia 26), vaiestudar em profundidade a químicae a geologia do local. Para isso,

terá que demonstrar uma habilidade“incomum” a veículos espaciais: acapacidade de escalar um elevadode 5 mil metros de altura no relevodo Planeta Vermelho.

Disponível em: <http://hypescience.com/veiculo-espacial-da-nasa-vai-escalar-

-montanhas-de-marte/>. Acesso em: 27nov.2011.

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o texto A Semântica Lexical e as Relações de Sentido: Sinonímia, Antonímia, Hiponímia eHiperonímia . Disponível em: <http://www. lologia.org.br/xiiicnlf/03/03.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2011.Nele, os autores discorrem sobre a relação entre as teorias da semântica lexical e a prática docente,questionando a importância de uma visão crítica sobre as abordagens apresentadas nos livrosdidáticos.

Assista ao vídeo Hiperônimos e Hipônimos . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Qy3JenHRi2Q>. Acesso em: 27 nov. 2011. Nele, são apresentadas, de forma esquemática ecom grande número de ilustrações, as relações de hiperonímia e hiponímia entre referentes diversos.

Assista ao vídeo Garoto faz Discurso após conseguir andar de Bicicleta . Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=P_gmRyJkWyc>. Acesso em: 27 nov. 2011. Nele, um garoto caextremamente empolgado após conseguir andar de bicicleta e faz um discurso emocionante e, emlinguagem infantil, apresenta orientação argumentativa.

Assista ao vídeo Jo Soares De nição de Amor para Crianças de 4 a 8 anos . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=DESEUoNuhxQ>. Acesso em: 27 nov.2011. Nele, o comediante JôSoares apresenta diversas anáforas de nicionais de crianças a respeito do amor.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

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Nesta segunda parte: Funções das expressões nominais referenciais, você tomou conhecimento dasrelações de hiperonímia e hiponímia na construção de anáforas especi cadoras. Aprendeu também que,ao elaborar de nições, é possível construir paráfrases anafóricas de nicionais e didáticas, conforme ode niendum esteja posicionado antes ou depois do de nens. Veri cou que a anáfora nominal pode serempregada para introdução de informações novas e que termos ou expressões auxiliam na orientaçãoargumentativa. Por m, compreendeu que um ato de enunciação pode ser encapsulado na forma decategorização metaenunciativa.

FINALIZANDO

GLOSSÁRIO za b

d

l

m

k h

f pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

q e

Anáfora especi cadora: função das expressões nominais referenciais observada na especi cação pormeio da sequência hiperônimo/hipônimo.

Hiperônimos e hipônimos: vocábulos que, relacionados a um mesmo campo de conhecimento, sãoempregados para designar o gênero e a espécie, respectivamente. Assim, por exemplo, “veículo” éhiperônimo de “carro,caminhão, ônibus, motocicleta, bicicleta” .

Defniendum : termo ou locução técnica a ser de nido.

Defniens : expressão que transporta a de nição em si do de niendum .

Categorização metaenunciativa: estratégia de encapsulamento ou rotulação destinada a classi car oconteúdo encapsulado como um tipo de ação ou atitude atribuída à pessoa que o produziu, a nomeara entidade linguística por meio da qual esse conteúdo foi apresentado, a constituir uma re exão doprodutor do texto sobre seu próprio dizer ou sobre o dizer do outro, frequentemente com o uso de aspas.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua

ATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

http://slidepdf.com/reader/full/anhang-leit-prod-textos 107/152107

Tema 9Sequenciação Textual

Conteúdos e HabilidadesConteúdoNesta aula, você estudará:

• O signi cado de sequenciação textual.• Os tipos de encadeamento por justaposição e por conexão.

• As estratégias de progressão;continuidade tópica.

Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Quais as diferenças da sequenciação com recorrências da sequenciação sem recorrências?• Qual a nalidade das estratégias de sequenciação textual?• A sequenciação pode ser feita com ou sem recorrências?

ícones:

AULA 9 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

http://slidepdf.com/reader/full/anhang-leit-prod-textos 108/15208

Sequenciação Textual

O conjunto de estratégias utilizadas pelo redator para fazer o texto progredir sem perder o o discursivoé denominada “sequenciação textual”.

A sequenciação pode ser feita com ou sem recorrências. As “recorrências” podem incidir sobre termos,estruturas, conteúdos semânticos, recursos fonológicos e tempo e aspecto verbal.

A “recorrência de termos” consiste na repetição de um mesmo item lexical, por exemplo, em “Come,come, come, come sem parar”. Na reiteração dos termos, há um acréscimo de sentido. Compare-se adiferença entre “Para, eu já disse!” e “Para, eu já disse, para, para, para!”. A repetição do verbo “para”no segundo texto denuncia uma exasperação muito maior que sua presença solitária no primeiro.

A “recorrência de estruturas” se dá por meio de paralelismo sintático, isto é, pela utilização de umamesma estrutura sintática, preenchida a cada vez com itens lexicais diferentes. É uma estratégia

adequada para discursos enfáticos.

A “recorrência de conteúdos semânticos” é feita por meio de paráfrases, nas quais um mesmo conteúdosemântico é apresentado sob formas estruturais diferentes, muitas vezes valendo-se de certasexpressões linguísticas que propiciam a introdução de paráfrases, como “isto é”, “ou seja”, “quer dizer”,“ou melhor”, “em outras palavras”, “em síntese”, “em resumo”, “dito de outra forma”.

A “paráfrase” é muito útil para ajustar, reformular, desenvolver, sintetizar ou dar maior precisão ao

conteúdo que está sendo reapresentado.

A “recorrência de recursos fonológicos e/ou suprassegmentais” consiste no emprego de uma invariantefonológica, com igualdade de metro, ritmo, rima, assonância, aliterações.

A “recorrência de tempo e aspecto verbal” indica ao leitor se a sequência deve ser interpretada comocomentário ou relato, uma vez que os tempos verbais pertencem a dois grandes grupos: o tempo paranarrar, relatar, e o tempo para comentar, opinar.

Dentro de cada um desses grupos, há o “tempo básico”, que não expressa perspectiva, apenas sinaliza

Leitura Obrigatória

8/16/2019 Anhang. Leit. Prod. Textos

http://slidepdf.com/reader/full/anhang-leit-prod-textos 109/152109

a ocorrência de relato ou comentário. Além dele, há tempos com “perspectiva retrospectiva”, usado paraeventos anteriores ao tempo-base, e tempos com “perspectiva prospectiva”, empregado para eventosposteriores ao tempo-base.

A coesão textual é propiciada também pela “sequenciação sem recorrência”, feita mediante procedimentosde manutenção temática e por progressão temática linear, com tema constante, com temas derivadosou com desenvolvimento de um rema subdividido.

O “procedimento de manutenção temática” assegura a coerência do texto em relação ao tema peloemprego de termos pertencentes a um mesmo campo lexical, que permitem ativar um frame, umquadro, um esquema cognitivo na memória do receptor da mensagem. Permitem, ainda, interpretaroutros elementos do texto de acordo com o frame suscitado.

A “progressão temática”, por sua vez, evidencia a sequenciação do texto por meio de dois blocoscomunicativos, denominados tema (tópico) e rema (comentário). Em um enunciado, “tema” ou “tópico” é o elemento base da comunicação, aquilo de que se fala; “rema” é o que se diz a respeito do tema. Orema transporta informação nova, introduzida no texto pela primeira vez, a respeito do tema. Emboraseja comum que o tema e o rema coincidam com o sujeito e o predicado da oração, com estes nãose confundem. Assim é que em “À noite, costumo dormir bem se houver silêncio”, o tema ou tópico é

a locução “À noite”, a respeito da qual é feito o comentário ou rema “costumo dormir bem se houversilêncio”.

A progressão temática será “linear” quando, ao longo do texto, o rema ou comentário de um enunciadopassa a tema ou tópico do enunciado seguinte; apresentará “tema constante” na medida em que um sótema ou tópico é acrescido de vários remas ou comentários, em enunciados subsequentes; será feita com“temas derivados” quando derivar temas parciais de um hipertema; dar-se-á por “desenvolvimento deum rema subdividido” quando novos remas ou comentários surgem a partir de um rema superordenado.

O desenvolvimento do texto que se faz pelo inter-relacionamento de enunciados sucessivos, com ousem elementos explícitos de ligação, é denominado “encadeamento”.

Conforme exista ou não um articulador entre os enunciados sucessivos, tem-se o “encadeamento porconexão” e o “encadeamento por justaposição”, respectivamente, cada um deles se apresentando emvariadas formas de textualização.

Eventualmente, a interação entre emissor e receptor ocorre pela passagem por meio de váriosassuntos, de vários temas ou tópicos, que podem ser agrupados em blocos cada vez maisabrangentes, fenômeno que se denomina “progressão/continuidade tópica”. Essa complexidade

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http://slidepdf.com/reader/full/anhang-leit-prod-textos 110/15210

permite denominar os enunciados de nível mais baixo de “segmentos tópicos” que, agrupados,compõem “subtópicos”, os quais podem ser reunidos em “quadros tópicos” que, por sua vez, carãoaglomerados em um supertópico .

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De que forma é feito o encadeamento do texto noprimeiro parágrafo? Por quê?

De que forma é feito o encadeamento no últimoperíodo do texto? Por quê?

Na canção “Vox populi”, a cantora Ana Carolinareclama do tanto que o povo fala:

Nos dois primeiros versos, qual é a forma desequenciação utilizada? Por quê? Na canção, háalgum encadeamento? Por quê?

Questão 04

Questão 03

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.Verifque seu desempenho nesta

questão, clicando no ícone ao lado.

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

Questão 02

Verifque seu desempenho nestaquestão, clicando no ícone ao lado.

O povo fala, o povo fala mesmo,O povo fala, o povo fala mesmo.Andam dizendo que eu meto a mão,Eu toco forte, eu furo o couro, eu mandobala,Eu meto a cara, mas eu não fujo do com-bate.Eu jogo duro brigo feio, mando a lima,

Sonho alto, quero muito e nada me sufo-ca,Mas nada disso me provoca.E comentam que eu corro o mundo,Invento moda, caio dentro,E nada disso me entristece,é gente que não me conhece.

Questão 05No verso “Andam dizendo que eu meto a mão”,quais são o tema e o rema?

Considere o texto a seguir:

Pode-se a rmar que o período “Como nãoestamos [...] diariamente” encadeia-se com oanterior por conexão, feita por relação lógico-semântica de:a) causalidade.b) comparação.c) conjunção de argumentos.

d) justi cação ou explicação.e) conclusão.

Leia o texto e assinale a alternativa correta.

Questão 06

Situe-se, situe-se. Hoje a técnica de na-vegação por satélite permite que tantobarcos em alto-mar como táxis na ruasaibam sempre exatamente onde estão,e não podemos car atrás deles. Comonão estamos ligados a satélites, temosde suprir as nossas próprias coordena-das e renová-las diariamente. Vamos lá.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárba-ro e o que

nós temos a ver com isso. Rio de Janeiro:

Objetiva, 2008. p. 27.

Questão 07

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e) O tema é Dioniso e todo o restante do textoconstitui-se de sucessivos remas.

Qual das alternativas a seguir apresentaencadeamento por conexão mediante relaçãológico-semântica de disjunção?

a) Não quero mais saber de amar, nem de sofrerpor amor.

b) São tantas lágrimas e tantos ais e tantodesfalecer que nem sei como parar.

c) E quem nunca sofreu por amor? Essa perguntame atormenta.

d) Parece que se eu encontrasse a resposta,

encontraria a porta do paraíso. Ou seria a doinferno?

e) Se pudesse tentar mais uma vez, conseguiriaviver em paz?

Assinale a alternativa correta, tomando por baseo texto e a sequenciação por recorrência detempo e aspecto verbal:

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Questão 08

Questão 09

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Dioniso (Baco, para os romanos) éum dos deuses mais populares damitologia clássica na história daarte. Deus do vinho e dos vegetais,é associado às festas, à dança eaos desregramentos, ou seja, atudo aquilo que deixa o homemfora das regras da vida cotidiana.Filho de Zeus (Júpiter) e Sêmele,sofreu as perseguições de Hera(Juno). Em suas viagens para fugirà ira da deusa, Dioniso semeou asvinhas, tornando-se assim o deusda viticultura. Sua história se mes-cla á de Ariadne, a qual, abandona-da por Teseu, é colhida pelo deuse torna-se sua mulher. Sua guraé uma presença constante nosvasos e nos relevos antigos, queo representam portanto uma coroade folhas de hera ou de parreira erodeado por ninfas, silenos, sáti-ros e mênades. Dionizo tem grandefortuna na estatuária e na pintura

renascentistas, barrocas e de ou-tras épocas. Michelangelo, Bellini,Ticiano, Carracci, Caravaggio,Guido Reni e Poussin são apenasalguns dos artistas que dedicaramobras a esse deus.

MAGALHÃES, Roberto Carvalho de. Ogrande livro da mitologia: a mitologia

clássica nas artes visuais. Rio de Janeiro:Ediouro, 2007. p. 464

a) O texto apresenta progressão tópica, na qual aorganização dos enunciados é feita por meio dehierarquia tópica.

b) O conjunto textual está encadeado por justaposição.

c) Está evidenciada, em todo o texto, asequenciação textual por recorrência deestruturas ou paralelismo sintático.

d) É preponderante o emprego de paráfrases.

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e) Há tempos verbaisutilizados para narrar,como adoravam, gostava,expulso, sentia, conter,salvou-se, e tempos verbais empregados paraopinar, como em parece, duplicou, triplicou,apostaria, lucra.

Qual dos enunciados a seguir faz sequenciaçãocom recorrência de termos?

a) Para o Pará sem parar!, exclamou rindo acriança.

b) “Lá de trás de minha casa

Tem um pé de umbu butandoUmbu verde, umbu maduro,Umbu seco, umbu secando.” (do lme “Central do

Brasil”)c) “Bem que eu me lembro, a gente sentado aliNa grama do aterro sob o céuOb... observando estrelas, junto a fogueirinha de

papel

Quentar o frio, requentar o pão, e comer comvocêOs pés de manhã, pisar o chãoEu sei, a barra de viver, mas se Deus quiser Tudo, tudo, tudo vai dar pé! Tudo, tudo, tudo vai

dar péTudo, tudo, tudo vai dar pé! Tudo, tudo, tudo vai

dar pé” (Gilberto Gil)d) Enquanto espera, Lúcia se desespera. Bem

a) Os tempos verbais foram todos utilizados sobperspectiva zero.

b) No enunciado “Salvou-se saindo para o jardim,com o pretexto de ir ver as crianças”, o tempoverbal, pretérito perfeito do indicativo, indica aoleitor que se trata do segundo plano da narrativa.

c) O tempo verbal empregado todas as vezes nopretérito permite concluir que a perspectiva dotexto é prospectiva.

d) Na verdade, o texto não faz sequenciação pormeio de recorrência de tempo e aspecto verbal.

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Questão 10

As crianças o adoravam, mas ele nãogostava delas; seu pensamento esta-va distante. Tudo o que elas podiam

fazer nunca o impacientava. Frio, justo,impassível e, entretanto, amado, poissua chegada tinha de certa maneiraexpulso o tédio da casa, foi um bompreceptor. Quanto a ele, só sentia ódioe horror pela alta sociedade em queera admitido, é verdade que no m damesa, o que talvez explique seu ódio ehorror. Houve certos jantares de galaem que mal pôde conter sua raiva portudo o que o cercava. Num dia de SãoLuís, o Sr. Valenod ponti cava em casado Sr. de Rênal e Julien esteve a piquede se trair. Salvou-se saindo para o jardim, com o pretexto de ir ver ascrianças. “Quantos louvores à pro-bidade!”, exclamou em pensamento.“Parece que é a única virtude. Entre-tanto, que consideração, que respeitoservil por um homem que evidente-mente duplicou e triplicou sua fortunadesde que passou a administrar osbens dos pobres! Apostaria que lucramesmo com os fundos destinados àscrianças abandonadas, esses infelizes

cuja miséria é ainda mais sagrada quea dos outros! Ah, monstros! Monstros!Mesmo eu sou uma espécie de criançaabandonada, odiada pelo pai, pelosirmãos, por toda a família.”

STENDHAL. O vermelho e o negro. SãoPaulo: Nova Cultural, 2003. p. 31.

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diziam que a vida de mulher grávida era plenade esperança. Ela só não tinha ideia de quefosse assim.

e) Repete se for homem!, exclamou Maricota. Eele não só repetiu, mas repetiu com todos osdetalhes. Repetiu com ênfase, com gosto, comvontade de mostrar a ela tudo o que a moçarecusava enxergar.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o artigo A Construção do Texto: Coesão e Coerência Textuais: Conceito de Tópico , de MariaLúcia Mexias Simo. Disponível em: <http://www. lologia.org.br/revista/40suple/a_construcao_de_texto.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2011. Nele, a autora analisa o conjunto de características que fazem, de umtexto, uma estrutura bem-construída, e não uma sequência de frases.

Leia o estudo A Coesão Textual e a Charge , de Verônica Palmira Salme de Aragã. Disponível em:<http://www. lologia.org.br/xicnlf/6/a_coesao_textual_e_a_charge.pdf>. Acesso em 12 nov. 2011. Analisa os diversos recursos que ocorrem no âmbito da coesão textual nas charges. Propõe que esseprocesso de correferenciação no gênero exerce, além do papel de relacionar um signo a um referenteextratextual, o de ligar diferentes campos semânticos.

Assista ao vídeo G1 - Saiba mais sobre tempos verbais . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=yt8UEB-2iAU>. Acesso em: 12 nov. 2011. Trata do uso literal e do uso não literal dos temposverbais.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

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O conjunto das atividades realizadas pelo locutor para fazer o texto progredir, mantendo o o discursivo,é denominado sequenciação textual, a qual pode ser feita com recorrências, que são repetições determos, de estruturas (paralelismo sintático) ou de conteúdos semânticos (paráfrase), de recursosfonológicos, de tempo e aspecto verbal. A sequenciação feita sem recorrências se dá por procedimentosde manutenção temática e por progressão temática (tema/tópico e rema/comentário). O encadeamentotambém propicia o desenvolvimento do texto, seja por justaposição ou por conexão. Eventualmente,é utilizada a progressão e a continuidade tópica, quando a interação entre emissor e receptor damensagem ocorre em torno de vários assuntos.

FINALIZANDO

GLOSSÁRIO za b

d

l

m

k hg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

q e

Encadeamento: inter-relacionamento de enunciados sucessivos, com ou sem elementos explícitos deligação.

Recorrência: repetição, reiteração.

Rema: ou comentário, aquilo que se diz a respeito do tema ou tópico.

Sequenciação textual: conjunto de atividades realizadas pelo produtor do texto para fazer o texto

progredir, mantendo o o discursivo.

Tema: ou tópico, aquilo de que se fala no texto.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Tema 10Coerência textual: um princípio de interpretabilidade

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• Os elementos de conexão dentro de um texto.• Como organizar acertadamente as ideias no texto.

• As ligações entre as partes de um texto.Habilidades

Ao nal, você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• É possível desenvolver habilidades de uso adequado de escrita?• A coerência e a sequência lógica do raciocínio são fundamentais para organizar as ideias em um

texto?• Como é formada a competência comunicativa?

ícones:

AULA 10 Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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Coerência textual: um princípio de interpretabilidade

Em um bom texto, as partes devem se ligar com harmonia interna, manter sua unidade. Cada partedepende das outras com as quais se relaciona. As ideias devem formar um conjunto uno, coeso ecoerente. O raciocínio deve ter um direcionamento claro e único. Em outras palavras, um texto deve terunidade, ou seja, criar relações entre os elementos e informações contidas nele.

Observe os seguintes textos:

O corvo e a raposa

Um corvo, tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma raposa o viu e,querendo apoderar-se da carne, pôs-se diante dele, elogiando seu tamanho e sua beleza, dizendoque ele, mais que todos os pássaros, merecia ser rei e que isso realmente aconteceria se tivesse voz... A raposa precipitou-se e, tendo pegado a carne, disse: “Ó corvo, se tu tivesses também inteligência,nada te faltaria para seres rei de todos os pássaros”.

ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1994.

Cidadezinha qualquer

Carlos Drummond de Andrade

Casas entre bananeiras

mulheres entre laranjeiraspomar amor cantar.

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Você entendeu a mensagem que eles passam? Levando em conta o raciocínio lógico, pode-se dizer queambos os textos estão completos?

Leitura Obrigatória

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Na fábula de Esopo, percebe-se que faltou entender como a raposa conseguiu pegar o pedaço decarne do corvo. Não se sabe o que levou o pássaro a soltá-lo. Já no poema, faltou a nalização que éo desfecho irônico do poeta. Sem a conclusão da poesia, a mensagem ca em aberto, não se identi caverdadeiramente o porquê da descrição da “cidadezinha”.

Algo faltou nos dois textos, não é? No primeiro faltou uma explicação para contextualizar a conclusãoda história e, no segundo, o texto permaneceu em aberto.

Observe agora:O corvo e a raposa

Um corvo, tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma raposa o viu e,

querendo apoderar-se da carne, pôs-se diante dele, elogiando seu tamanho e sua beleza, dizendoque ele, mais que todos os pássaros, merecia ser rei e que isso realmente aconteceria se tivessevoz. Querendo mostrar-lhe que também voz ele tinha, o corvo deixou cair a carne e pôs-se asoltar grandes gritos. A raposa precipitou-se e, tendo pegado a carne, disse: “Ó corvo, se tu tivessestambém inteligência, nada te faltaria para seres rei de todos os pássaros”.

ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1994

Cidadezinha qualquer Casas entre bananeirasmulheres entre laranjeiraspomar amor cantar.Um homem vai devagar.Um cachorro vai devagar.Um burro vai devagar.Devagar... as janelas olham.Eta vida besta, meu Deus. ANDRADE, Carlos Drummond de. José e outros . 8. ed. São Paulo: Record. 2008

Nesta segunda leitura, observa-se que havia algo faltando, tanto no primeiro como no segundo texto. Aquebra na mensagem faz com que um texto perca sua coesão e coerência e torne-se confuso.

No caso dos exemplos observados, o primeiro, na fábula, não mostrou a forma com que a raposaconvenceu o corvo a soltar o pedaço de carne e, no poema de Drummond, a frase que o fecha é quefaz a conclusão da ideia, irônica, diga-se de passagem, sobre a monotonia do lugar.

Coerência é a unidade do texto. Um texto coerente é um conjunto harmônico, em que suas partes seinter-relacionam de tal modo que o desenvolvimento de uma ideia depende do desenvolvimento anterior

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de outra.

A coerência está diretamente ligada à possibilidade de se

estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que

faz com que o texto faça sentido para os usuários, devendo, portanto, ser entendida

como um princípio de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto numa

situação de comunicação e à capacidade que o receptor tem para calcular o sentido

deste texto. Este sentido, evidentemente, deve ser do todo, pois a coerência é

global. (KOCH, 2001, p.21)

Destacam-se, a seguir, os diversos tipos de coerência apresentados pelas autoras do Livro-Texto:

a) Coerência sintática: é manifestada pelo domínio lexical de cada indivíduo, isto é, o uso de conectivos,pronomes, expressões de ligação entre termos das orações e outros.

b) Coerência semântica: refere-se às relações de sentido entre as estruturas (palavras, expressões) deum texto. É o cuidado para não entrar em contradição com as informações apresentadas no texto.

c) Coerência temática: pela qual todos os conteúdos expostos no texto devem car explicitados em seu

desenvolvimento.

d) Coerência pragmática: relaciona-se com a adequação do texto à situação comunicativa.

e) Coerência estilística: é a escolha da variedade ou registro de língua adequada à situação comunicativaconforme a cada situação apresentada. Observa-se a melhor forma de interação entre o produtor damensagem com o receptor.

f) Coerência genérica: está relacionada com o gênero textual de acordo com o propósito a que sedestina.

A coerência exige que o pensamento se articule período a período, formando o todo. É um olhar paratrás e adiante constantemente. Para isso é necessário, antes de mais nada, a coerência interna daprópria frase, depois de frase para frase e, na sequência, de um parágrafo ligando-se a outro de maneiraordenada e lógica até formar o todo: o texto completo.

Dessa forma, a transição de um parágrafo para outro deve visar à continuidade da mensagem. A ideiaexpressa em um período anterior precisa de seguimento lógico da narrativa, sem que haja mudançasbruscas ou junção desordenada de orações. Por isso, o uso de expressões e conjunções para ligar os

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Ao nal da atividade, façam a seguinte re exãosobre a dinâmica: o que foi necessário para dar

a sequência lógica aos pensamentos, o quefoi preciso para unir as ideias expostas, quaiselementos de ligação foram usados para unir asorações (conjunções, pronomes, conectivos...),como foi possível dar sentido à história e outros.

Salienta-se a importância de que um textobem escrito deve seguir uma linha lógica do

pensamento e fazer as escolhas apropriadasdos elementos a usar, não basta somente juntarpensamentos sem se preocupar com a suaestrutura e clareza das ideias. Escrever bem éestabelecer relações de sentido entre os termose partes que compõem a redação.

Agora é com você! Responda às questõesa seguir para conferir o que aprendeu!

As questões 1, 2 e 3 referem-se ao texto a seguir.

Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

Agora que você estudou sobre coerência textual,avalie os conhecimentos adquiridos. Observeas orientações de resolução de cada questão,considerando as indicações com relação aotrabalho individual ou em grupo. Após a realizaçãodos exercícios, é importante que você aperfeiçoe

suas habilidades de escrita e torne seu texto maiscoerente. Por isso, é fundamental que você analisee avalie suas respostas e seus textos produzidos.

Ponto de Partida

Agora é a hora de você entender o que é coerênciana prática.Siga as instruções da dinâmica que seguem edepois com toda a turma faça a re exão do que foiobservado.Dinâmica: (Retirada do livro: FALCETTA, Antônio.Cem aulas sem tédio de Língua Portuguesa . SantaCruz: Instituto Pe. Réus, 2000)

Dinâmica de redação “Circulando com o texto”Esta é uma atividade para quebrar a monotonia

das produções individuais, ou seja, aquelas cujo destinoinexorável é habitar gavetas (ou serem lidas pelas traçasque lá estão...). Ela também tem por objetivo desenvolver

a criatividade e a leitura atenta e crítica.1. Divida a turma em grupos de no máximo cincoalunos.

2. Todos têm a mesma proposta inicial para aprodução de um texto que é:

“A preguiça é a mãe do progresso; se o homem nãotivesse preguiça de caminhar, não teria inventado aroda.” (Mário Quintana), a ser desenvolvida por cadaaluno. O trabalho parece não envolver, na sua dinâmica,o grupo. E, nesta etapa, não é mesmo esse o objetivo. À medida que a atividade se desenvolve, começam aaparecer os resultados coletivos. É importante frisar quetoda história deve ter um o condutor, uma unidade desentido que se mantém ao longo da sua construção.Caso isso não aconteça, ca enfraquecida, perdendo o

crédito e o interesse do leitor. Para evitar o fracasso dotexto, o autor deve mantê-lo com uma boa seq uência,permitindo ao seu leitor agregar sentimentos à sualeitura, colocando-o na primeira poltrona, bem ligadinhono seu “ lme”. Isso é o que faz de um texto um bomtexto, e de uma história, uma boa história.

2. Estipule cinco minutos e, ao mdesse tempo, cada componente do grupodeverá passar o texto ao colega ao seulado, no sentido horário. Todo aluno deveráobedecer ao tempo estabelecido (mesmo quetenha escrito pouco) e, ao sinal do professor,entregar para o próximo colega a história quetem em mãos, iniciando o trabalho no textoseguinte. Deixe claro que antes de começara escrever no novo texto, o aluno seguinte

deverá ler com atenção o que já foi escrito.3.

Quando o texto inicial voltar para oprimeiro aluno, as produções passama ser lidas. Após as leituras, os alunoscam livres para trocarem entre si seustextos.

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Questão 02

Escolarização e crescimento econômicoOtaviano Helene

Não podemos justi car o desenvolvimento escolarapenas pelas possibilidades de crescimentoeconômico que ele gera. Ao contrário, o crescimentoeconômico só é justi cável pelo desenvolvimentosocial, educacional inclusive, que ele propicia.Entretanto, não podemos ignorar a relação diretaexistente entre a melhoria do sistema escolar e odesenvolvimento econômico.Diversos especialistas tem se dedicado a estudaro impacto econômico dos investimentos emeducação escolar. Embora suas conclusõesquantitativas sejam dependentes de opçõesideológicas automaticamente embutidas nasanálises matemáticas, especialmente quandoenvolvem a relação entre a distribuição de rendae a escolaridade, um ponto é comum a todos eles:

investimentos em educação escolar provocamcrescimento econômico. A taxa de crescimentoeconômico varia de país para país, de épocapara época, e depende do nível de escolaridadeda população. Em termos aproximados, essavariação está entre cerca de 10%, no caso doensino superior nos países ricos, e cerca de 30%,no caso do ensino básico nos países pobres.

Esse retorno econômico é um re exo em escalanacional do aumento da renda individual com oaumento da escolaridade do trabalhador. Cadaano a mais de escolaridade garante um aumentoindividual de renda que varia entre cerca de 5% a10%, no caso de países com fortes mecanismosde controle de renda e sistemas escolares muitoorganizados, a cerca de 100%, no caso do ensinofundamental em países pobres de populaçõessubescolarizadas. A situação brasileira é aproximadamente a

seguinte: cada ano a mais de escolaridade implicaem um aumento individual de renda entre cerca de10%, no caso do ensino fundamental, e cerca de30%, no caso do ensino superior. Descontados ocusto da escolarização e a ausência do mercadode trabalho durante o período de estudo, essesaumentos individuais de renda fazem com quecada cruzeiro investido em educação escolar sepague em aproximadamente seis anos.Comparado com outros países, o Brasil teminvestido muito pouco em educação escolar. Seexiste um teorema que mostra que é necessárioinvestir em educação para se conseguir umcrescimento econômico, deve existir seucorolário: não investir em educação é su cientepara bloquear o crescimento. Podemos perguntar,então, que proporção de nossa crise econômicaatual é devida a subinvestimentos em educação. (FOLHA DE SÃO PAULO.

Opinião, 25 de julho de 1992).

No primeiro parágrafo o autor apresenta umarelação de causa e consequência. Qual é ela eexplique-a.

Segundo o autor, o retorno econômico é resultadode que fatores?

Questão 01

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No último parágrafo o autor lança a seguintequestão “que proporção de nossa crise econômicaatual é devida a subinvestimentos em educação?”Responda a esse questionamento.

As questões 4 e 5 referem-se ao texto a seguir.

A regreção da redassão

Semana passada recebi um telefonema deuma senhora que me deixou surpreso. Pediaencarecidamente que ensinasse seu lho aescrever.

- Mas, minha senhora - desculpei-me -, eu não souprofessor.- Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têmconseguido muito.- A culpa não é deles. A falha é do ensino.- Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse omenino. O senhor escreve muito bem.- Obrigado - agradeci -, mas não acredite muitonisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botaros acentos. A senhora precisa ver o trabalho quedou ao revisor.- Não faz mal - insistiu -, o senhor vem e traz umrevisor.- Não dá, minha senhora - tornei a me desculpar -,eu não tenho o menor jeito com crianças.- E quem falou em crianças? Meu lho tem 17anos.Comentei o fato com um professor, meu amigo,que me respondeu: “Você não deve se assustar,

Questão 03

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o estudante brasileiro não sabe escrever”.No dia seguinte, ouvi de outro educador: “Oestudante brasileiro não sabe escrever”. Depoisli no jornal as declarações de um diretor dafaculdade: “O estudante brasileiro escreve muitomal”. Impressionado, saí a procura de outroseducadores. Todos me disseram: acredite, oestudante brasileiro não sabe escrever. Passeia observar e notei que já não se escreve maiscomo antigamente. Ninguém mais faz diário,ninguém escreve em portas de banheiros, emmuros, em paredes.Não tenho visto nem aquelas inscrições,geralmente acompanhadas de um coração,feitas em casca de árvore. Bem, é verdade quenão tenho visto nem árvore.- Quer dizer - disse a um amigo enquanto íamospela rua - que o estudante brasileiro não sabeescrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos

diminui a concorrência e me garante empregopor mais dez anos.- Engano seu - disse ele. - A continuar assim,dentro de cinco anos você terá que mudar depro ssão.- Por quê? - espantei-me. - Quanto menos gentesabendo escrever, mais chance eu tenho desobreviver.

- E você sabe por que essa geração não sabeescrever?- Sei lá - dei com os ombros -, vai ver que éporque não pega direito no lápis.- Não senhor. Não sabe escrever porque estáperdendo o hábito da leitura. E quando o perdercompletamente, você vai escrever para quem?Taí um dado novo que eu não havia considerado.Imediatamente pensei quais as utilidades queteria um jornal no futuro: embrulhar carne? Entãovou trabalhar num açougue. Serviria para fazer

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salários defasados, ainda que a in ação estejacontrolada.

II. Lugar de criança é na escola, entretanto háinúmeras crianças fora dela.

III. Embora os mananciais de águas no Brasilsejam enormes, onde a natureza devemospreservar.

Qual(ais) da(s) sentença(s) anterior(es)apresenta(m) problema de coerência:

a) I e II.

b) II e III.

c) Somente a I.

d) Somente a II.

e) Somente a III.

Os fragmentos a seguir constituem parágrafos deum texto, mas não estão ordenados. Ordene-osde forma coerente e coesa e assinale a respostacorreta:

1. O motorista dizia: “isso aqui é tudo de Renan,isso aqui de Lira, isso aqui de fulano, sicrano”.Eu olhava e só via vazios com algumas almaspenadas nas estradas. “E isso aqui é do MST.”

2. Você já viajou pelo interior de Alagoas? Háalguns meses eu fui de carro até uma cidadea apenas uma hora e meia de Maceió. Pareciaum deserto vermelho de barro, pontilhado demiseráveis vilarejos de uma só rua.

O emprego do elemento sublinhado comprometea coerência da frase:

a) Sempre camos na dúvida sobre a maneiramais correta de falar. Porém não existe formamais correta, existe sim a forma mais adequadade se expressar de acordo com a situação.

b) No Brasil, existem inúmeras palavras que

variam conforme a região em que se vive,dentre elas podemos citar, como exemplo, apalavra macaxeira, usada no Norte e Nordeste,e aipim na região Sul.

c) A expressão da língua portuguesa também variaconforme a condição social da população, umavez que a população mais abastada tem maioracesso à educação formal escolar.

d) O nível coloquial da língua podemos usar nassituações mais informais de comunicação, comouma conversa entre amigos. Em consequência,em qualquer situação devemos respeitar ospreceitos básicos do bem falar.

e) Toda língua não é falada da mesma maneirapor um povo. A isso chamamos de variantes

linguísticas.

Considere as seguintes sentenças.I. Inúmeros grupos de trabalhadores têm seus

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Questão 08

Questão 09

Questão 10

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3. Andamos meia hora sem ver casas, nemplantações, além de algumas usinas desativadas.Era o silêncio da miséria, a paz do nada, ondevagam os vassalos do feudalismo nordestino. Aqueles municípios paralíticos já são catástrofessecas, só que silenciosas, paradas no tempo.

4. Só nos restou a solidariedade, mas como sentira dor de um pobre homem catando comida nalama para dar ao lho chorando no colo? Dizendoo que? “Aí que horror?” A solidariedade tinha

de vir antes para proteger aqueles brasileirosraquíticos, famintos, analfabetos, que só sãoprocurados pelos donos do nordeste para votosou para serem “laranjas” em roubalheiras dasoligarquias.

5. De repente, esta tragédia xa, quase invisível,se transformou em uma tragédia bruta eretumbante. Ai, o verdadeiro Brasil apareceu

diante de nós: abandonado, sem verbas, sóusadas por interesses políticos do governo.

Arnaldo Jabor - http://colunas.jg.globo.com/arnaldojabor/2010/06/30/o-silencio-da-miseria-

onde-vagam-os-vassalos-do-feudalismo-nordestino/

a) 2, 1, 3, 5, 4

b) 5, 4, 3, 2, 1

c) 2, 1, 4, 3, 5

d) 3, 2, 5, 4, 1

e) 2, 1, 5, 4, 3

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o livroO Prazer do Texto , de BARTHES, Roland. 5.ed. São Paulo: Perspectiva, 1999. Nele Barthesaborda o prazer da leitura de uma forma bastante inusitada: utiliza várias citações de outros autores,muitas vezes desconexas, para dar uma interpretação nova e inesperada sobre a leitura que muitasvezes passa desapercebida.

Leia o artigoFalar e Escrever, eis a Questão! . Disponível em: <http://veja.abril.com.br/071101/p_104.html>. Acesso em: 20 nov. 2011. O artigo apresenta a importância da escrita correta.

Acesse a página Osun.Org . Disponível em: <http://www.osun.org/coesão+E+COERENCIA-ppt.html>.Nela você encontra vários documentos que abordam o tema coerência textual.

Assista aos lmes: Tempos de Matar, Central do Brasil, Amistad e Amnésia. Todos eles apresentama temática sobre coerência argumentativa.

Nesta aula, você viu sobre coerência textual e a importância de organizar os pensamentos de maneiralógica e coerente para poder passá-los para o papel. Um texto coerente é aquele que segue uma linhalógica do raciocínio, respeitando as normas da língua, além de fazer as conexões necessárias entre osvários enunciados de um texto, em uma associação íntima de relações e sentidos de suas partes.

É fundamental que os documentos escritos e produzidos pelo professor apresentem o texto claro eobjetivo, seja coerente e sem ambiguidades, uma vez que eles serão apreciados por vários alunos.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

LINKS IMPORTANTES

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GLOSSÁRIO z

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Coesão textual: relação entre os termos de uma oração, a ligação e os nexos que se estabelecementre os elementos que constituem o texto.

Esopo: acredita-se ter sido um autor grego da Antiguidade, criador do gênero literário “fábula”.

Fábula: curta narrativa, em prosa ou verso, em que seus personagens são animais que agem comoseres humanos e apresenta um preceito moral ao nal da narrativa.

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de1987): foi um importante poeta, contista e cronista do Modernismo brasileiro.

Inter-relação: relação entre uma coisa e outra; relação mútua entre dois elementos.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar suaATPS e veri car a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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GABARITO

TEMA 1Ponto de partidaResposta: Cada pessoa imprime à leitura aquilo que ela adquiriu durante sua vida. Por isso, pessoas diferentesretiram do texto somente aquilo que pode dar signi cados conforme seu conhecimento cognitivo eexperiências pessoais.

Questão 1Resposta: O processo de leitura não é somente a identi cação dos símbolos (letras). Vai muito além da simplesleitura das palavras. O ato de leitura deve envolver o entendimento do texto pela visão crítica de mundo.

Questão 2Resposta: Leitura de mundo é tudo aquilo que tem signi cado para o indivíduo. São as experiências acumuladasno dia a dia de cada pessoa. É tudo o que o indivíduo é, fruto da sua vivência histórica e pessoal. Por

meio dessa leitura de mundo é que se confere interpretação à palavra. As percepções que as pessoasconstroem ao longo da vida é que constroem as relações entre aquilo que lê e aquilo que vivencia deforma a internalizar o conhecimento entre mundo e conteúdo lido.

Questão 3Resposta:No processo de leitura, o indivíduo imprime suas próprias experiências e retira do texto aquilo que

traz consigo como experiência de vida. Os signi cados impressos na interpretação de texto mudamconforme o contexto vivido pela pessoa.

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Questão 4Resposta:Para Paulo Freire, “palavramundo” signi ca a vinculação entre a realidade e a descodi cação da palavraescrita. A aprendizagem da leitura é fruto dessa relação entre a palavra e o conhecimento de mundo.

Questão 5Resposta: A resposta é pessoal. Porém, indicam-se alguns aspectos que a resposta poderá contemplar:Um dos aspectos mais importantes da educação é o do pro ssional a ela dedicado. Educação requercultura e inteligência. Requer, portanto, pro ssionais cultos e inteligentes, capazes de fazer leituras domundo, compreendê-las e compartilhá-las com os alunos de forma que estes, por sua vez, ampliem seupróprio universo cultural no contato com o professor.Logo, é preciso estimular as mentes mais dedicadas à cultura a ingressarem na carreira de professor.Ora, é notável que as grandes las para vestibulares são formadas às portas das faculdades de Medicina,Engenharia, Direito e quejandos.Por outro lado, quase não há las para as faculdades de Letras e de Matemática, destinadas à formaçãode professores de disciplinas essenciais para a educação.O motivo é óbvio: aqueles primeiros cursos oferecem perspectivas de remuneração elevada e status social; os últimos apontam para remuneração baixa, status desprezado e muito, muito, estresse.

Assim, enquanto não se oferecer ao professor remuneração atraente nem respeito, as melhores mentescontinuarão procurando outros caminhos para se realizarem – e seus lhos e os meus continuarão tendoaulas de Português com professores que não conhecem ortogra a e de Matemática, com professoresque não sabem a tabuada.

Questão 6Resposta: B

Questão 7Resposta: C

Questão 8Resposta: E

Questão 9Resposta: E

Questão 10Resposta: D

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TEMA 2Ponto de partidaResposta: É preciso saber o signi cado de palavras como pranto, bruma, espalmadas, pressentimento. O poematrata de uma separação de amantes, tema esse que é universal e recorrente na literatura de todosos tempos, e, por isso, não é preciso conhecer a biogra a do poeta, nem outros textos seus, paracompreender a dor que ele exprime. No entanto, sem dúvida, vai experimentar com mais intensidade a

dor do eu-lírico aquele que já tiver sofrido por amor – e quem não sofreu?

Questão 1Resposta:Embora não seja essencial para uma boa compreensão do texto, o conhecimento interacional seriaenriquecedor para o leitor. O autor inicia explicando que, a pedido de seus editores, vai aproveitara segunda edição de seu livro para discutir a questão geral dos “esboços” e analisar algumas dasde ciências do volume. Portanto, uma noção prévia sobre as críticas que foram feitas à primeira

edição tanto permitiria compreender melhor os argumentos de defesa do autor quanto veri car se eleefetivamente entendeu as críticas que lhe foram dirigidas e as respondeu de forma adequada.

Questão 2Resposta: A resposta é a rmativa. Há dois destaques utilizando itálico, quais sejam, a expressão latina Pro LibroSuo e o nome da obra inserido no primeiro parágrafo. Além disso, o autor valeu-se de aspas para destacar o que chamou de “esboços”, os limites do

conhecimento do especialista técnico, que sabia “mais e mais a respeito de menos e menos”, e pararealçar que os “fatos” substituíram a compreensão.

Questão 3Resposta:Ocorreu que o conhecimento humano se tornou demasiado para a mente humana. Perdeu-se aperspectiva. Os “fatos” substituíram a compreensão; e o conhecimento, dividido em mil fragmentosisolados, deixou de gerar sabedoria.

Questão 4Resposta:

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A sabedoria não se confunde com o acúmulo de informações. Ela consiste, muito mais, no empregoadequado das informações adquiridas para melhor se integrar no grande mecanismo da vida universal.Portanto, se os estudos realizados contribuírem para tornar melhor e mais fácil a compreensão a respeitoda vida e de suas facetas complexas, sim, serão construtores de sabedoria para o aluno. Todavia, sehouver mera decoração dos conceitos, sem integrá-los de forma útil na prática da leitura, carão apenascomo adereços que, depois de certo tempo, desaparecerão na imensa voragem negra do esquecimento.

Questão 5Resposta: A personagem que atende ao telefone nge não ter o conhecimento ilocucional necessário para odiálogo uir naturalmente, criando, assim, obstáculos à comunicação pretendida pela pessoa que ligou.

Questão 6 Resposta: A

Questão 7Resposta: D

Questão 8

Resposta: E

Questão 9Resposta: C

Questão 10Resposta: B

TEMA 3Ponto de partidaResposta: Esta música da banda Legião Urbana tem conotação de crítica política e social. Para compreendê-la adequadamente, é necessário ter noções, pelo menos, de: a) geogra a política do Brasil, pois háreferências a Estados como Mato Grosso e Minas Gerais, à região Nordeste, a rios como o Amazonase Araguaia, à Baixada Fluminense, que é uma região no Rio de Janeiro; b) estruturação do Estadobrasileiro, pois menciona a Constituição, o Senado e a nação; c) condição social, porque se refere àsfavelas, à sujeira e à venda das almas de nossos índios.

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Questão 1Resposta: O autor a rma que o sentimento é inato ao homem, portanto pertence a ele desde seu nascimento. Jáa cultura é o conjunto de padrões de conhecimentos, de comportamento, crenças, costumes e outros,que distinguem um grupo social e que é adquirido ao longo do tempo de vida do indivíduo. Quando oindivíduo, com seu sentimento inato, interage com o ambiente cultural que o cerca, aprende a exprimirseus sentimentos de acordo com os parâmetros culturas em que está inserido. Aprende, dessa forma,a empregar o idioma, os gestos, as roupas conforme o conteúdo que busca expressar. Aprende, desdemuito pequeno, as maneiras socialmente aceitas de mostrar satisfação, amor, frustração e raiva. Assim,ao mesmo tempo em que interfere no ambiente cultural, suporta suas in uências, sem o que ser-lhe-ádifícil ou mesmo impossível a convivência.

Questão 2Resposta: Por um lado, o autor a rma que a cultura é inde nível, evidenciando, assim, a imensa abrangênciadessa palavra. Nesse sentido muito amplo, a cultura compreende tudo o que o homem produz, realiza,concretiza com base no raciocínio, seja ele lógico-matemático ou romântico-sentimental. Afastadas asmanifestações do homem que decorrem exclusivamente de sua natureza biológica, as outras fazem

parte da cultura que ele constrói ao longo do tempo. Embora algumas manifestações culturais se percamno tempo, sendo suplantadas por outras que, por sua vez, serão também substituídas, as realizaçõeshumanas estão sempre alicerçadas nas produções anteriores, de forma que, por isso, se torna perenea obra cultural.

Questão 3Resposta:Contexto é a inter-relação de circunstâncias que acompanham um fato ou uma situação. É o conjunto

de condições de uso da língua, que envolve, simultaneamente, o comportamento linguístico e o social,e é constituído de dados comuns ao emissor e ao receptor. Os exemplos são pessoais.

Questão 4Resposta: A pintura mostra um momento infeliz da história brasileira. O quadro retrata o trá co dos africanos parao Brasil para trabalharem como escravos nas lavouras, engenhos e serviços domésticos. Tratadoscomo seres inferiores, pior que animais, eles eram trazidos nos porões dos navios, conhecidos como“navios negreiros”, onde eram acorrentados e amontoados sem as mínimas condições de vida. Ossobreviventes eram vendidos como escravos e, explorados e maltratados, realizavam os mais difíceistrabalhos.

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Questão 5Resposta: A leitura de um texto é tanto mais enriquecida quanto maior o conhecimento que o leitor tem de seucontexto. Conhecer a biogra a do autor, as circunstâncias em que o texto foi redigido, as ideiaspredominantes na época e o alinhamento ou a oposição do autor a elas, o panorama histórico, geográ co,econômico e social em que se insere, tudo isso permite ao leitor um aproveitamento muito mais amplodo conteúdo do texto. Por isso, antes de fazer uma leitura de fôlego, a exemplo de determinadas obrasclássicas, convém inteirar-se de outros dados que permitam a sua melhor interpretação e compreensão.

Questão 6Resposta: C

Questão 7Resposta: B

Questão 8Resposta: D

Questão 9Resposta: B

Questão 10Resposta: C

TEMA 4Ponto de partidaResposta: Livre criação dos acadêmicos.Será importante identi car os elementos da imagem para que a relação intertextual seja coerente. A pintura de Claude Monet mostra uma mulher passeando por um campo e em segundo plano uma criança,destacando-se elementos bucólicos, como vegetação, brisa, céu com nuvens esparsas, luminosidadedo sol. O pintor retrata, assim, um dia ensolarado e quente, como se percebe pela sombrinha com que

a mulher se protege do sol e pelas sombras fortes produzidas na vegetação.

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Questão 1Resposta: Provérbios populares retomados por Chico Buarque são:“Se conselho fosse bom, não se dava, vendia”.“Uma boa noite de sono combate os males”.“Espere sentado que em pé você cansa”.“Não brinque com fogo para não se queimar”.“Pense duas vezes antes de agir”.“Quem espera sempre alcança”.“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.“Devagar se vai longe”.“Quem semeia vento, colhe tempestade”.

Questão 2Resposta: Criação pessoal do acadêmico.Vale lembrar que a música faz uma crítica social a respeito da miséria em contraponto com a riqueza. Aletra retrata a falta de justiça social e que em qualquer canto o sofrimento causado pela miséria é igual.

Questão 3

Resposta:O tipo de intertextualidade é a paródia.Em ambos os poemas, o tema é a infância. Observa-se que Oswald, além de retomar alguns dos versosdo poema de Casimiro, que apresenta a infância com um sentimento puro e inocente, nele há um tom dehumor e de ironia – perceba as palavras que contrastam entre si: ores – quintal de terra; debaixo doslaranjais – sem nenhum laranjais. A infância do primeiro é feliz e em perfeita harmonia com a natureza, já o segundo apresenta um ambiente rústico e sem árvores no quintal de sua casa.É importante destacar, aqui, o período literário de cada um dos autores: Casimiro de Abreu é do

período Romântico da literatura brasileira, período que idealizou o sentimento e enalteceu a naturezaem convivência harmônica com o homem. Oswald de Andrade pertenceu ao Modernismo, movimentoartístico de transformação e ruptura que apresentava postura crítica ante determinados valores sociais.

Questão 4Resposta:Nesta questão, o acadêmico deverá identi car a intertextualidade no material selecionado. Deverádestacar quais elementos do anúncio ou da matéria retomam outros textos, imagens, vídeos e outros,anteriormente produzidos.Questão 5Resposta:

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A reunião do texto da peça teatral, do vídeo e da fotogra a propiciam excelente exemplo de intertextualidadeentre diversas expressões do pensamento – quatro expressões, na verdade, se considerar que umapeça teatral é texto e também é representação.O acadêmico deve destacar os elementos que aproximam os materiais apresentados na questão. A seca,por si só, é o aspecto mais óbvio e, por isso, de pouco valor para a solução do exercício. A resposta serátanto mais criativa quanto mais informações forem correlacionadas de forma inusitada, permitindo queo texto revele ângulos inesperados do vídeo e que este projete luzes, movimento e vida à foto. Devem-se trabalhar as mídias apresentadas fazendo-as interagir como se fossem massas de modelar e, dessaforma, criar um texto que corresponda a uma escultura inovadora do inter-relacionamento realizado.

Questão 6Resposta: E

Questão 7Resposta: B

Questão 8Resposta: D

Questão 9Resposta: E

Questão 10Resposta: C

TEMA 5Ponto de partidaResposta: Trata-se de um exercício de criatividade a cargo do grupo.

Questão 1Resposta:Segundo o Dicionário Aurélio, sinopse é uma apresentação concisa do conteúdo de um artigo,comunicado cientí co e outros, redigida pelo autor, ou por um redator da revista onde for publicado o

trabalho. Usualmente colocada entre o título e o texto, permite ao leitor decidir se lhe interessa ou nãofazer a leitura integral.

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Questão 2Resposta: A sinopse contém elementos de narrativa, pois apresenta uma sequência de eventos que progridemdesde o canto dos pastores, passando por danças e uma canção de Orfeo, até a entrada de Eurídice ea alegria dos pastores. Assim, poder-se-ia entender que relata mudanças progressivas de estado quevão ocorrendo com as personagens da ópera ao longo do primeiro ato.

Questão 3Resposta:Por certo, o texto apresenta características da estrutura sequencial descritiva, assim entendida como umprocesso de enumeração que mobiliza a competência lexical, dicionarística, de quem faz a descrição.De fato, a sinopse apresenta o cenário da ópera, relata o estado de espírito dos pastores, das ninfas,de Orfeo e Eurídice.

Questão 4Resposta: A característica descritiva é predominante, principalmente pelo uso que se faz dos verbos. De fato, umadescrição pode ser feita com os verbos no passado ou no presente, indiferentemente, ao passo que

uma narrativa usualmente emprega os verbos no passado, pois é o tempo verbal mais apropriado paradar a noção da passagem do tempo. Assim, o texto que apresenta uma série de eventos com o verbono presente consiste antes em uma descrição do que narrativa. É o caso da sinopse apresentada: elaserve para descrever o primeiro ato da ópera Orfeo.

Questão 5Resposta:O texto consiste em uma sinopse, pois é uma apresentação concisa do conteúdo do lme “A doce vida”.

Note, em particular, a referência de que foi impresso na capa traseira, posição que permite ao ciné lotomar conhecimento de alguns detalhes interessantes e estimulá-lo a adquirir o DVD.

Questão 6Resposta: A

Questão 7Resposta: A

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Questão 8Resposta: B

Questão 9Resposta: D

Questão 10Resposta: E

TEMA 6Ponto de partidaO referente “Amazônia” é introduzido no primeiro período e mantido por “Lá” no terceiro período e, maisuma vez, “Amazônia” no quarto período. A seguir, entram em foco “Rio de Janeiro” e “São Paulo”, paraa rmar que, ao contrário da Amazônia, nestes Estados é difícil captar algum rumo novo, desfocalizandodessa forma o primeiro referente, que é retomado por “lá” e “local”, nos dois últimos períodos.

Questão 1

Resposta:Em conjunto, são retomados pelos referentes “dois, ex-o ciais, Eles, Os perigosos ma osos, assassinosbrutais, ricos, poderosos e Os bandidos ”.Individualmente, Manolo Quebra-Ossos é retomado pelos referentes “ um, major ” e “ Manolo Quebra-Ossos ” . Lourival do Alambrado é retomado pelos referentes “Diabo Louro”, “outro, capitão” e “Lourivaldo Alambrado”

Questão 2Resposta:Trata-se de uma anáfora associativa, pois estabelece uma relação, um vínculo no qual “poder” e “risco”constituem ingredientes do “patrimônio de informações”.Questão 3Resposta:O sintagma “bandidos” é um rótulo retrospectivo, pois sumariza as locuções “perigosos ma osos,assassinos brutais, ricos e poderosos”, utilizadas anteriormente no texto.

Questão 4

Resposta: A anáfora como gura de linguagem aparece nas palavras em negrito:

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Não: não digas nada!Supor o que dirá A tua boca veladaÉ ouvi-lo já

É ouvi-lo melhor Do que o diriasO que és não vem à or Das frases e dos dias

Questão 5Resposta: A desfocalização ocorre a partir do momento em que, no segundo período do segundo parágrafo, oautor passa a discorrer sobre “vantagens” do plano. Embora o referente principal permaneça latente notexto, deixa de haver menção direta a ele.

Questão 6Resposta: D

Questão 7Resposta: C

Questão 8Resposta: E

Questão 9Resposta: A

Questão 10Resposta: E

TEMA 7Ponto de partidaNo primeiro parágrafo, “nopaleas ” “cactus” são retomados pelo hiperônimo “ ora desértica”, expressãonominal que, abrangendo as plantas mencionadas, acrescenta a informação de que são típicas dodeserto.

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No segundo parágrafo, “favelas” e “cauterium” são absorvidas pelo hiperônimo “leguminosas”, querepresenta plantas cujo fruto típico é o legume.

Questão 1Resposta:Os vocábulos exercem função de organização estrutural, pois fazem a marcação dos parágrafos em quese encontram, retomando a expressão referencial “primeira expedição britânica ao continente”.

Questão 2Resposta:No terceiro parágrafo, o referente “Union Jack” rotula a expressão “bandeira do Império Britânico”.

Questão 3Resposta:O vocábulo “desa o” opera uma recategorização do referente “missão”, carregando a informação novade que não se tratava de uma missão de rotina, mas de uma tarefa difícil, perigosa, árdua.

Questão 4Resposta:

A refocalização ocorre na expressão “o do Enem” e a contenção é recategorizada por “absorventesfemininos”, “sempre seca sem abas”, “noturno com abas”.

Questão 5Resposta:O referente “funções” é refocalizado por “descoberta ou ativação da sexualidade”, “Reativação” e“substituição”.

Questão 6Resposta: A

Questão 7Resposta: C

Questão 8Resposta: B

Questão 9Resposta: E

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Questão 10Resposta: D

TEMA 8Ponto de partida

No segundo parágrafo, o de niendum “bullying ” está seguido pelo de nens “um comportamento cruelintrínseco nas relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos dediversão e prazer, através de “brincadeiras” que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar”.

Embora mais adiante a autora saliente que “o bullying é um conceito especí co e muito bem-de nido”,não volta a apresentar-lhe a de nição, limitando-se a acrescentar informações novas.

Questão 1Resposta:Há dois grupos de relações. Em um, o hiperônimo é “pro ssional” e os hipônimos são professor,economista, servidor público; noutro, o hiperônimo é “menor” e os hipônimos são: adolescente, criança,

menino.

Questão 2Resposta: As entradas têm função de de niendum e os verbetes, de de nens . Para o vocábulo “bravura”, odicionário apresenta duas de nições.

Questão 3Resposta:Introduzem informações novas as seguintes expressões: “o sentimento e a crença sincera de estarmuito acima de tudo isso que aí está”; “o resultado nal de todos nós juntos é precisamente tudo issoque aí está”; “A autoimagem de cada uma das partes”; “a realidade do todo melancólico e exasperadorchamado Brasil”.

Questão 4Resposta:É a expressão “feminismo avassalador”.

Questão 5

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Resposta:Entre as categorizações metaenunciativas, encontram-se: entrevista, interpretação, frase, bate-papo,comentário, declaração, “o que a gente fala”, crítica.

Questão 6Resposta: A

Questão 7Resposta: C

Questão 8

Resposta: E

Questão 9Resposta: B

Questão 10Resposta: B

TEMA 9Ponto de partidaNo primeiro parágrafo, ocorre sequenciação por recorrência de termos (fala, fala, fala) e de estruturas(pela boca, pelos cotovelos, pelos olhos, pelos quatro cantos do mundo, em casa, na rua, na escola).No segundo parágrafo, pode-se identi car recorrência de tempo e aspecto verbal, primeiro em perspectivazero (perguntar, responder, explicar, pedir, mandar, chamar, cantar, exclamar), depois em perspectivaprospectiva, em virtude da conduta contínua da menina (que vive perguntando, explicando, pedindo,chamando, falando, respondendo, xingando).No terceiro parágrafo, encontra-se um tema que não é sujeito de oração (foi assim), acompanhado dedois remas em progressão temática com tema constante (“por causa dessa sua xeretice sem m” e “queela criou a maior confusão em sua casa”).Também é possível identi car uma sequenciação por recorrência de estruturas (greve, “greve aqui,greve ali, greve acolá, greve de professores, greve de lixeiros...”).

Questão 1

Resposta: A comparação dos verbos no texto denota o emprego inicial do pretérito imperfeito, que representa uma

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continuidade de estados no passado, seguida pela utilização do pretérito perfeito, que indica um eventoocorrido em determinado instante.

Questão 2Resposta:O encadeamento é feito por justaposição, uma vez que os diversos enunciados separados por pontonão possuem articulador para os inter-relacionar, exceto o último período, encadeado ao anterior porconexão feita pela expressão “E, junto com tudo isso”.

Questão 3Resposta:Da mesma forma que na questão anterior, também é feito por justaposição, uma vez que os diversosenunciados separados por vírgula não possuem articulador para os inter-relacionar, exceto quandoutiliza a conjunção “e” na sequência “e pediu”.

Questão 4Resposta:Os dois primeiros versos empregam sequenciação por reiteração de estruturas, na qual a estrutura “opovo fala” aparece vigorosamente enfatizada, logo em seguida, pela estrutura “o povo fala mesmo”.

Nas três últimas estrofes, há diversos enunciados que se sucedem principalmente usando encadeamentopor justaposição, pois quase não há elementos articuladores, os quais aparecem raramente na formadas conjunções “e” e “mas”, permitindo uns poucos encadeamentos por conexão.

Questão 5Resposta:O tema ou tópico, a respeito do qual será feito o comentário, é “Andam dizendo”; o rema ou comentárioé “que eu meto a mão”.

Questão 6Resposta: D

Questão 7Resposta: A

Questão 8Resposta: D

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Questão 9Resposta: E

Questão 10Resposta: C

TEMA 10Ponto de partidaResposta:

É importantíssimo que se faça a re exão sobre a dinâmica com todos os grupos, como foi sugeridono enunciado da questão, a qual enfatizo, neste momento, por sua relevância para o aprendizado e acompreensão do aluno a respeito da coerência textual. É preciso analisar o que foi necessário para dara sequência lógica aos pensamentos, o que foi preciso para unir as ideias expostas, quais elementosde ligação foram usados para unir as orações (conjunções, pronomes, conectivos...), como foi possíveldar sentido à história e outros.O acadêmico deve compreender que é necessário dar uma sequência lógica às ideias e que elasprecisam ser coerentes. Deve perceber, também, que o uso de expressões, conectivos e conjunções

auxilia a produção de um texto coerente.

Questão 1Resposta: A relação de causa e consequência é a relação entre a melhoria do sistema escolar e o ganho nodesenvolvimento econômico. Quando se investe em educação não só se agrega conhecimentointelectual, mas principalmente no desenvolvimento pessoal, dando maior dignidade ao ser humano.Portanto, ao se investir em educação se investe no potencial de crescimento e satisfação humanos.

Questão 2Resposta: É um re exo em escala nacional do aumento da renda individual com o aumento da escolaridade dotrabalhador.

Questão 3Resposta:Re exão pessoal. Entretanto, o aluno deverá perceber com a leitura que quanto mais se investe na

educação, melhores condições de vida a população adquire, melhor bem-estar humano, e mais seimpulsiona qualquer país ao desenvolvimento econômico.

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Questão 4O título tem intenção humorística, uma vez que os erros ortográ cos das palavras servem para chamara atenção para o texto. Entende-se que, se os alunos não leem, a escrita re etirá essa atitude na formade erros grosseiros de ortogra a. Se o estudante não lê, seu vocabulário é restrito e a gramática cacomprometida. A apresentação do título é uma crítica às di culdades das pessoas em escrever por falta de leitura.

Questão 5O pre xo “ex-“, originário do latim, signi ca movimento para fora, afastamento, fora de. Geralmente, otermo que o segue signi ca aquilo que já passou ou que não é mais. A conotação do termo “ex-crever” dá-se porque se não há leitura, a escrita torna-se coisa do passado.

Questão 6Resposta: A

Questão 7Resposta: B

Questão 8Resposta: D

Questão 9Resposta: E

Questão 10Resposta: A

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