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O BRONZE FINAL NA PENÍNSULA DE LISBOA. O CASO DO CABEÇO DE ALCAINÇA NA TRANSIÇÃO ENTRE O 2º E O 1º MILÉNIO A.C 98 . ANEXOS

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O BRONZE FINAL NA PENÍNSULA DE LISBOA. O CASO DO CABEÇO DE ALCAINÇA NA TRANSIÇÃO ENTRE O 2º E O 1º MILÉNIO A.C 98

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ANEXOS

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O BRONZE FINAL NA PENÍNSULA DE LISBOA. O CASO DO CABEÇO DE ALCAINÇA NA TRANSIÇÃO ENTRE O 2º E O 1º MILÉNIO A.C 99

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INDICE

I. CARTOGRAFIA ............................................................................................................. 100

II . REGISTO FOTOGRÁFICO .............................................................................................. 109

II.I PAISAGEM ENVOLVENTE ................................................................................................ 110

II.II PROSPECÇÃO AO LOCAL ................................................................................................ 110

II.III AFLORAMENTO E ESTRUTURAS ARQUEOLÓGICAS .............................................. 112

III OBTENÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS .................................................................. 114

III.I DESCRITORES .................................................................................................................... 115

III.I.I FICHA DE PROSPECÇÃO ............................................................................................... 116

III.I.II FICHA DE ANÁLISE DO ESPÓLIO .............................................................................. 117

III.II GRÁFICOS ......................................................................................................................... 120

IV ESTAMPAS ........................................................................................................................... 128

V. FOTOGRAFIAS .................................................................................................................... 147

V.I PRINCIPAIS FÓSSEIS-DIRECTORES DA COLECÇÃO ESTUDADA ............................ 149

V.II Metalurgia ............................................................................................................................. 150

V.III UTENSÍLIOS LÍTICOS ...................................................................................................... 152

V.IV OBJECTOS DE ADORNO................................................................................................. 153

VI.FICHAS DE SÍTIO ............................................................................................................... 154

VI.I SÍTIOS DE ALTURA .......................................................................................................... 155

SÍTIOS ABERTOS/VALE .......................................................................................................... 174

EPISÓDIOS DE REUTILIZAÇÃO DE MONUMENTOS MEGALÍTICOS ............................. 181

SÍTIOS EM TERRAÇOS FLUVIAIS ......................................................................................... 183

ACHADOS ISOLADOS/DEPÓSITOS ....................................................................................... 186

INVENTARIO ............................................................................................................................ 188

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I. CARTOGRAFIA

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Fig. 1 – Localização relativa da região estudada na região da Península de Lisboa na Península

Ibérica.(Sousa, 2010)

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Fig. 2 Área envolvente da bacia da Ribeira de Cheleiros. (Carta Militar de Portugal,

série M 888, folha 402. Escala 1:25000. Edição 5. IGEOE, 2009)

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Fig. 2a – Excerto Carta Geológica de Portugal Escala 1: 50000.Moitinho de Almeida, F.

(1981) - Folha 34-A Sintra, Serviços Geológicos de Portugal.

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Fig. 3- Cabeço de Alcainça na Península Ibérica

Fig.4 – Cabeço de Alcainça na Península de Lisboa

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Fig. 4a: Cabeço de Alcainça e a área de influência, com Penedo do Lexim e Anços.

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Fig. 4b: Ortofotomapa de Cabeço de Alcainça. Área laranja corresponde à zona 1 e a área

azul à zona 2 relativas à concentração de materiais arqueológicos.

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Fig. 5 Base cartográfica elaborada por Maya Langley apud. Sousa 2010.

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Fig.6 Caracterização geológica da área envolvente do Cabeço de Alcainça. Adaptado

de J. Gomes (2006)

Fig. 7 Relação altimétrica entre elevações na área do Cabeço de Alcainça. Adaptado de J.

Gomes (2006)

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II . REGISTO FOTOGRÁFICO

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II.I PAISAGEM ENVOLVENTE

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II.II PROSPECÇÃO AO LOCAL

FOTO 1 - O Cabeço de Alcainça visto da povoação

de S. Miguel de Alcainça, Mafra. Orientação E-O.

Por Tânia Peralta

FOTO 2 – Visibilidade circular a partir do topo do

Cabeço de Alcainça. Orientação E-O.

Por M. A.P.

FOTO 3 - Prospecção Abril de 2004:

vegetação alta e eucaliptal denso.

FOTO 4 – Prospecção Dezembro de 2004:

Cabeço de Alcainça após incêndio.

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FOTO 5 - Prospecção Março de 2011:

vegetação alta e eucaliptal denso. .Por M.A.P.

FOTO 6 – Prospecção Julho de 2011: Vista do

cabeço de Alcainça a partir da A21 após a

desflorestação. Orientação S-N. Por M.A.P.

FOTO 7 – Vertente Norte desflorestada. Por

M.A.P.

FOTO 8 – Visibilidade para o Penedo do Lexim.

Orientação NE-SO. Por M.A.P.

FOTO 9 – Visibilidade para a Serra do Socorro.

Orientação SE-NE. Por M.A.P.

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II.III AFLORAMENTO E ESTRUTURAS ARQUEOLÓGICAS

FOTOS 10 e 11 –Prospecção Março de 2011: Pormenor de prismas em basalto no topo que resultam do

arrefecimento e cristalização da lava à superfície. Por M.A.P.

FOTOS 12 e 13 - Estruturas arqueológicas (muros) em pedra seca de cronologia incerta que reaproveitam os

prismas em basalto. Por M.A.P.

FOTO 14 - Pormenor de elemento de mó (dormente)

integrado em muro. Por M.A.P.

FOTO 15 - Prospecção 5 de Julho 2011. Talude na

vertente Este do Cabeço de Alcainça. Por M.A.P.

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FOTO 16 – Talude na vertente Norte do Cabeço de

Alcainça. Por M:A.P.

FOTO 17 – Estrutura longitudinal na vertente SE.

Orientação O-E. Por M.A.P.

FOTO 18 – Estrutura longitudinal na vertente SE.

Orientação NO-SE. Por M.A.P.

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III OBTENÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS

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III.I DESCRITORES

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III.I.I FICHA DE PROSPECÇÃO

1. Registo de dados gerais sobre o sítio: (toponímia, nº inventário, tipo de sítio, cronologia,

classificação e Código Nacional de Sítio);

2. Georreferenciação do lugar: (freguesia, concelho, distrito, carta militar, sistema e tipo de

coordenadas e sistema de localização);

3. Tipo de prospecção (natureza dos trabalhos, data, a equipa, método de prospecção);

4. Descrição da paisagem (acessibilidade ao sítio, estrada mais próxima, uso do solo, o coberto

vegetal, limites parcelares, relação com habitações actuais, visibilidade superior do solo, tipo de

relevo, controlo visual da paisagem, geologia e a respectiva carta);

5. Registo de vestígios arqueológicos (dispersão dos vestígios, tipologia, cronologias, pedologia,

anomalias topográficas, que tipo de material arqueológico – pedra lascada, pedra polida,

fragmentos cerâmicos, elementos arquitectónicos, cerâmica de construção, recipientes

cerâmicos reconstituíveis, cerâmica fina, elementos de mó, escória, materiais metálicos,

estruturas positivas e /ou negativas e respectivas características).

6. Informação complementar: documentação histórica (por exemplo registos de propriedade) ou

informações orais recolhidas nos habitantes locais.

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III.I.II FICHA DE ANÁLISE DO ESPÓLIO

Identificação: nº inventário, data de recolha, local específico (zona ou coordenada), método de

recolha, local de depósito, data da inventariação;

Classificação funcional: adorno, elemento arquitectónico, artefacto ideotécnico, cerâmica utilitária;

Classificação tecnológica: manual, torno, molde.

Estado: completo, fragmentado, forma reconstituível, bordo, bojo, asa, pega, fundo, carena,

indeterminado;

Morfologia: simples, complexa, aberta, fechada, indeterminada;

Tipo: prato, taça, taça em calote, taça em calote alta, vaso de bordo em aba, taça canelada, vaso

troncocónico - colo vertical - taça de carena alta, taça de carena baixa, taça de carena média, vaso de

carena de ombro, taça em calote fechada, esférico, pote, copo,malga/tigela, recipiente

armazenagem;

Bordo : não espessado, espessado interiormente, espessado exteriormente, espessado interiormente.

e exteriormente., almendrado, indeterminado, aplanado, bisel simples, bisel duplo, bisel, plano,

arredondado, recto, indeterminado, vertical, extrovertido/exvertido, reentrante;

Direcção do bordo: recto, convergente, exvertido, introvertido, indeterminado;

Lábio do bordo: liso, decorado, planos, convexo sub-rectilíneo, espessados (internamente/

externamente) e em aba (horizontal/oblíqua);

Dimensão dos recipientes :diâmetro de abertura, altura, capacidade) não foi possível de determinar

pelo grau de fragmentação dos materiais.

Colo: divergente, pararalelo, convergentes (em função do eixo de simetria);

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Base/fundo: diâmetro externo (fundos convexos, planos - simples ou espessados, rectos, côncavos,

convexos - simples ou espessados - , umbilicais (singulares, compósitos consoante o nº de ônfalos

presente), arredondado, aplanado, plano, côncavo, convexo, indeterminado;

Carena: alta, média, baixa, viva, doce, indeterminada, posição;

Perfuração: de suspensão (utilitárias - pequeno rebordo provocado pela penetração na pasta fresca),

de reparação («gatos» - feitas a partir do exterior, com secção cónica, executadas após a

cozedura)cónica, bicónica, cilíndrica, irregular, localização, nº);

Mamilo: nº, área de aplicação, tipologia (simples, sob cordão plástico, sobre carena, perfurado,

vertival, horizontal, centro da perfuração (vertical, horizontal, singular), lisos ou decorados

(incisões, depressões centrais)., alongada, hemisférica, cónica, lingueta, irregular, arredondado,

cónico;

Asa: vertical, horizotal, bífida (perfuração horizontal e dois mamilos aplicados), secção circular, em

rolo, anulares, em fita, «asa de bóbine», perfil «em chaveta») asa com reforço, asa realçada, coladas

(alargamento das extremidades), fixadas por perfuração da parede do vaso;

Decoração : localização (1/3 parede externa, bordo, bojo, fundo, integral, superficie

externa/interna); o tipo e motivo: incisão, passagem de sulco, brunido, caneluras (média, profundo,

leve), de motivo simples, compósito e as dimensões.

Decoração brunida: ornatos brunidos, sulcos brunidos/brunido reticulado: incisão brunida (brilho

das depressões), brunido a cheio (traços mais largos - pintura bicolor - tonalidade diferente após a

cozedura.

Análise das pastas: muito compacta (homogénea - raros e.n.p., de pequeno calibre e bem

distribuído, sugerindo uma prévia peneiração),compactas (e.n.p. de médio calibre, frequência média

e distribuição mediana), pouco-compacta(e.n.p. abundantes, de grande calibre e

granulometricamente mal distribuídos), friáveis ( caso extremo da situação anterior e em que se

verifica a desagregação da argila e dos e.n.p.).

Ambiente de cozedura: cozedura oxidante, redutora, oxidante com arrefecimento redutor, redutor

com arrefecimento oxidante.

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Ocorrência de elementos não plásticos: abundantes, pouco abundantes, raros

Granulometria matérias-primas dos elementos não plásticos: finos, médios, grandes

Tratamento das superfícies: que passou igualmente a integrar os campos de inventariação: alisada ,

polidas, brunidas espatuladas,com ou sem aguada, «cepilladas»/escobilladas, estaladas.

Dimensões do fragmento: largura, altura e espessura.

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III.II GRÁFICOS

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Conjunto cerâmico

total (universo)

76%

Conjunto cerâmico

classificável (amostra)

24%

Bordo 35%

Bojo 28%

Fundo 10%

Asa 2%

Pega 6%

Carena 19%

Percentagem fragmentos cerâmicos na amostra

estudada

Bordo 11%

Bojo 77%

Fundo 3%

Asa 1%

Pega 2%

Carena 6%

Gráfico 3

Inventário geral da cerâmica

Percentagem de fragmentos cerâmicos no conjunto

total

Gráfico 1

Gráfico 2

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Cerâmica manual

89%

Cerâmica a torno 11%

Percentagem de tipo de fabrico na amostra estudada

Fechada 4% Aberta

94%

Indeterminada 2%

Orientação das formas na amostra estudada

Gráfico 4

Gráfico 5

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Bojo perfurado

15%

Bojo não perfurado

85%

Bojos com e sem perfuração Gráfico 8

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Carena alta 5%

Carena média 18%

Carena baixa

4%

Carena de ombro

11%

Carena de perfil

triângular 4%

Carena doce 42%

Carena viva 16%

Tipos de carena presentes na amostra estudada

Gráfico 11

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Motivos rectiformes entrecruzados brunidos

2%

Linhas longitudinais brunidas

2%

«Cepillada» - estrias em

trama anárquica

6% Caneluras (feitas a sulco)

4%

Lisa 86%

Decoração superfície externa do bojo

Gráfico 15

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Compacta 52%

Semi-compacta

16%

Pouco compacta

32%

Homogeneidade das pastas na amostra estudada

Gráfico 16

Abundantes 74%

Pouco abundantes

22%

Raros 4%

Frequência de e.n.p. na amostra estudada

Gráfico 17

Fino 57%

Fino/Médio 37%

Fino/Médio/Grande

6%

Calibre dos e.n.p. na amostra estudada

Gráfico 18

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Micas 38%

Areias vulcânicas (inclusões

de basalto) 26%

Feldspato 19%

Quartzo 11%

Cerâmica moída

5%

Nódulos de ferro 1%

Matérias-primas dos e.n.p. na amostra estudada

Gráfico 19

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IV ESTAMPAS

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V. FOTOGRAFIAS

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Fig. 8- Fragmentos de cerâmica indisponíveis para estudo da colecção G. M.

Andrade e E. P. Vicente, 1971

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V.I PRINCIPAIS FÓSSEIS-DIRECTORES DA COLECÇÃO ESTUDADA

Fig. 9 – IGN.006.003. Fragmento de bojo

com decoração tipo «falsa folha de acácia».

Foto Prof. Doutor Victor S. Gonçalves

Fig. 10 – IGN.006.0171. Fragmento de bojo com

decoração brunida na superfície externa

Figs. 11 e 12 – IGN.006.0001.Fragmento de bordo com carena de ombro e uma perfuração completa.

Face externa e face interna.

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V.II Metalurgia

Fig. 13- Machado de talão e alvado indisponíveis para estudo da colecção G. M.

Andrade e E. P. Vicente, 1971

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Fig.14 - Bracelete 10802 (MNA) Fig.15 – Bracelete 10803 A (MNA) Fig.16 – Bracelete 10803 B (MNA)

Fig. 17 – Bracelete 10803 C (MNA) Fig. 18 – Bracelete 10803 D (MNA) Fig.19 – Bracelete 10803 E (MNA)

Fig. 20, 21 e 22 – Bainha de punhal 10804 (MNA)

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V.III UTENSÍLIOS LÍTICOS

Fig.23 – IGN.006.0163. Elemento de mó

(movente) com vestígios de utilização.

Fig. 24 - IGN.006.0163. Perspectiva lateral

da face polida

Fig. 25- IGN.006.0163. Face fragmentada.

Fig. 26 – IGN.006.0058. Elemento de foice (denticulado) sobre lasca

de sílex.

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V.IV OBJECTOS DE ADORNO

Fig. 27 – IGN.006.0150 – Face frontal da conta de colar.

Fig. 28 – IGN.006.0150 – Face anterior da conta de colar.

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VI.FICHAS DE SÍTIO

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VI.I SÍTIOS DE ALTURA

1. Moinho da Atalaia (Amadora)

Localização administrativa: Freguesia da Amadora, Concelho de Oeiras, Distrito de Lisboa.

Coordenadas:

Lat. 38.746163

Long. -9.22992

CNS:73

Classificação: sem classificação;

Tipo: Povoado;

Cronologia: Neolítico, Idade do bronze, Idade do Ferro;

Relevo: vertente;

Altimetria: 183m;

Geologia: Complexo Vulcânico de Lisboa;

Visibilidade: circular;

Espólio: O conjunto integra cerâmica campaniforme, cerâmica decorada com ornatos

brunidos e uma fíbula de bronze tipo anular hispânica.

Local de depósito do espólio: Centro Cultural Roque Gameiro (Amadora)

Historiografia do sítio: O sítio foi identificado em 1975 aquando da identificação de

materiais arqueológicos cronologicamente integráveis no Paleolítico, Calcolítico, Idade do

Bronze e Idade do Ferro. Os trabalhos realizados no decorrer do anos 70 no sector Oeste do

moinho originaram uma primeira publicação sobre o sítio (Parreira e Pinto, 1978), integrando

os achados numa ocupação do local na transição entre o 2º e o 1º milénio a.C. Em 1980 foi

realizada uma escavação com a duração de um ano, por Rui Parreira e Ludgero Gonçalves

com o intuito de completar dados relativos à eventual presença de estruturas bem como a

salvaguarda do sítio em virtude da construção de um viaduto rodoviário projectado para a área

em questão (E.N. 117 e E.N. 249-1). Recentemente entre 9 de Maio e 25 de Julho 2007 foi

realizada uma sondagem por Gisela de Encarnação na área da escola Dr. Azevedo Nunes no

âmbito de atestar a existência de sítio arqueológico e esclarecer se existe uma relação directa

com os vestígios provenientes do sector Este do moinho. As sondagens resultaram num

conjunto de materiais integráveis no Neolítico, Idades do Bronze e Ferro, tanto cerâmicos

como líticos. O sítio é citado também por autores como João Luís Cardoso e Júlio Roque

Carreira em 1993 como referência ao estudo do Bronze Final na área ribeirinha do estuário do

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Tejo. Em 2002, Tiago Fontes analisou e publicou os materiais provenientes do sector Oeste

do sítio integráveis no Bronze Final (Fontes, 2002).

A análise efetuada por R. Parreira e C. V. Pinto aos materiais arqueológicos revela três

horizontes ocupacionais, nomeadamente o Calcolítico Final/Bronze Inicial, Bronze Final e

Idade do Ferro (Parreira e Pinto, 1977, p.143). À parte das evidências materiais integráveis no

Calcolítico, os autores referem a existência de cerâmicas manuais com semelhanças

morfológicas a tipologias recolhidas na estação arqueológica de Alpiarça (Parreira e Pinto,

1977, p.143). Ainda outro indicador cronológico trata-se do fragmento 2 d, decorado com

ornatos brunidos caracterizado por triângulos preenchidos por linhas oblíquas (Parreira e

Pinto, 1977, p.143) a par de formas carenadas (especificamente as formas m e s da figura 2),

com paralelos em povoados na península de Lisboa e, particularmente, com o Cabeço de

Alcainça. Atribuíveis à Idade do Ferro, são provenientes desta estação fíbulas de bronze de

tipo anular hispânica, cerâmica a torno (cerâmica alaranjada e cinzenta fina), e objectos de

adorno em vidro (não são especificadas formas). Os autores referem esta ocupação integrável

no horizonte geográfico de influência fenício-púnica Parreira e Pinto, 1977, p.143).

Bibliografia

Fontes, T. (2002), Cardoso, J. L., Carreira, J. R. (1993), Gonçalves, J. L. M. (1983), Parreira,

R. J., Pinto, C. V. (1978).

2. Zambujal (Torres Vedras)

Localização administrativa: Santa Maria do Castelo de São Miguel, Freguesia do Zambujal,

Concelho de Torres Vedras, Distrito de Lisboa;

Coordenadas:

Lat.39.0746204045

Long. -9.28570611762

CNS:328;

Classificação: Monumento Nacional;

Tipo: Povoado fortificado;

Cronologia: Calcolítico, Idade do Bronze, Medieval;

Relevo: elevação;

Altimetria: cerca de 128 m;

Visibilidade: circular total;

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Espólio: Cerâmica, indústria lítica, metalurgia de cobre;

Local de depósito do espólio: Museu Nacional de Arqueologia, Museu Municipal Leonel

Trindade;

Historiografia do sítio: O castro do Zambujal é sobejamente conhecido da comunidade

científica desde cerca dos anos 40 do séc. XX, tendo sido alvo de intervenções e trabalhos

documentados na bibliografia recente. O sítio revelou ter sido abandonado por volta de 1700

a.C., ou seja, em meados da Idade do Bronze.

Bibliografia

Schubart, Sangmeister (1987), Senna-Martínez, ( 2002b), Kunst, (2010).

3. Penedo do Lexim (Mafra)

Localização administrativa: Lugar do Lexim, freguesia de Igreja Nova, concelho de Mafra,

distrito de Lisboa

Coordenadas

Log.: 9º 25’34.2588 ‘’

Lat: 38º 53’21.8003’’

CMP: folha 402-1961.

CNS:664

Classificação: IPP (Imóvel de Interesse Público) DR, 1ª série, nº 45, de 22/2/1975 e DR, 1ª

série, nº 47, de 26/2/1982, dec. 28/82, (Sousa, 2000);

Tipo: povoado fortificado

Cronologia:

Neolítico Final, Calcolítico Inicial e Pleno, Bronze Final, Romano Alto Imperial.

Relevo: elevação

Altimetria: 223 m

Hidrografia: Situado na margem direita da Ribeira de Cheleiros, Ribeira da Mata e Ribeira da

Laje.

Geologia: Chaminé vulcânica integrada no Manto Basáltico de Lisboa/Complexo Vulcânico

de Lisboa, de aspecto facetado por prismas basálticos;

Aptidão agrícola: a boa aptidão agrícola no local é ainda hoje comprovada pelo cultivo de

cereal;

Visibilidade: circular total

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Espólio: Cerâmica com decoração integrável entre o Neolítico Final e o Calcolítico (folha de

acácia, crucífera e canelada), cerâmica lisa, pedra polida, pedra lascada (lâmina, lamela, ponta

de seta, núcleos e lascas de sílex, quartzo hialino), metalurgia em cobre, bronze (ponta de

lança), fauna e ossos humanos.

Relativamente a cronologias do Bronze Final, destaco uma ponta de lança recolhida, peça nº

IGN.017.05567, UE 02 e 17, registo nº E5-42 com 17,6 cm de altura, a par de uma figura

zoomorfa, interpretada como um ex-voto (cabeça de animal indiferenciado- cão, raposa,

lobo), além. 3 fragmentos metálicos indeterminados, 3 argolas, 1 cinzel, 1 ponta de lança.

(Sousa, et al, 2004, p.106)

Local de depósito do espólio: Museu Nacional de Arqueologia e Depósito Oficial de bens

Arqueológicos da Câmara Municipal de Mafra, Museu Municipal Raúl de Almeida.

Historiografia do sítio: O sítio do Penedo do Lexim, é conhecido da bibliografia desde 1879,

pela mão de Estácio da Veiga na publicação das «Antiguidades de Mafra» (Veiga, 1879, p.28-

30, Sousa, 1999, p.15).

Em 1970, foi iniciada a exploração de uma pedreira no local, situação que motivou os

trabalhos de escavação do sítio por José Morais Arnaud e Vítor Oliveira Jorge. Cinco anos

depois, foi realizada uma nova campanha, cujos resultados foram publicados, incluindo dados

relativos ao estudo das faunas e datações absolutas (Sousa, 1999). Posteriormente, em 1998,

Ana Catarina Sousa apresenta o projecto «O Penedo do Lexim e o povoamento do Neolítico

Final e Calcolítico de Mafra» em 1998. Em 1999, são iniciados os trabalhos de escavação do

sítio, que até à data tem merecido a atenção da comunidade científica como ponto de

referência no povoamento pré-histórico da Península de Lisboa. Como já foi referido

anteriormente, a Comissão dos Serviços Geológicos desenvolveu aí trabalhos arqueológicos, a

par de Possidónio Silva, que recolheu um machado de alvado com uma aselha em bronze

(peça IGN.017.02534), cuja análise efectuada recentemente (Sousa, et al., 2004, p.106),

revelou 81,6% de Cu, 17,3% de Sn, As ≤ 0,4%, Pb ≤0,20%, Sb ≤0,20%, Fe ≤ 0,23%. As

campanhas de escavação arqueológica realizadas entre 1999 e 2004, permitiram comprovar

uma longa diacronia de ocupação, iniciada no Neolítico Final até à Idade do Bronze, e

vestígios de uma ocupação sidérica. A ocupação durante a Idade do Bronze no Penedo do

Lexim, foi documentada em duas unidades estratigráficas distintas: EU 2 e EU 17 (locus 1) A

segunda corresponde a um depósito que cobria o afloramento rochoso, (Sousa, 2000, p.27, 64

e 65).

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Curiosamente, o investigador José Morais Arnaud, refere a presença de um «esconderijo de

fundidor» pelo aparecimento de objectos metálicos durante os trabalhos na pedreira. Esta

opinião é justificada pelo facto dos dois machados com aselhas laterais preservarem as

rebarbas de fundição e o gume sem sinais de utilização. Destes dois, só um machado está

disponível no Museu Nacional de Arqueologia. (ibidem) Existe a possibilidade, destes dois

objectos integrarem um conjunto maior, pela referência a uma colecção particular do Sr.

António Pedroso Ferreira (colector de materiais) e que terá despoletado o assédio ao local por

vários curiosos em busca de materiais metálicos (ibidem). Relativamente ao local do

«esconderijo de fundidor», Ana C. Sousa declara a hipótese de poder localizar-se no abrigo

sob rocha no locus 3b, embora não existam exemplares metálicos daí provenientes das últimas

intervenções no local.

Bibliografia:

Sousa, A.C. (2010, 2010a, 2006, 2005,2004, 2003, 2003ª,2002, 2000, 1999, 1998, 1996),

Gomes, J. (2006Miranda, M. (2005), Araújo, J. F.; Valério, P.; Teixeira, A.C. (2003), Sousa,

A. C.; Miranda, M. (2001) , Gandra, M., Caetano, A (1995).Veiga,.E. (1879), Arnaud, J. M.

(1977), Angelucci, D. (2005);), Jorge, V.O., Oliveira, V. S., Arnaud, J. M. (1970); Arnaud, J.

M., Jorge, V.O, Oliveira, V. S. (1970);

4. Cabeço dos Cartaxos (Mafra)

Localização administrativa: lugar do Alto dos Cartaxo/Cabeço dos Cartaxos, freguesia da

Igreja Nova, concelho de Mafra, distrito de Lisboa. Dista 1800 m do Penedo do Lexim

(Sousa, 2010).

Coordenadas:

Datum Lisboa: W 10º 22’ 33’’.822/ N 36º 56’ 34’’. 563;

UTM: 29SMD 71.6/ 5.10

CMP: folha 402-1992

CNS: 1804

Classificação: não está classificado;

Tipo :habitat/povoado;

Relevo: elevação

Altimetria: 230 m

Hidrografia :Ribeira dos Tostões a Este

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Geologia: Manto Basáltico de Lisboa/Complexo Vulcânico de Lisboa

Aptidão agrícola: solos de classe B, C, e D

Visibilidade: circular total;

Espólio: materiais líticos (lamelas e restos de talhe em sílex), 40 fragmentos cerâmicos

(bojos) incaracterizáveis.

Local de depósito do espólio: Depósito Oficial de Bens Arqueológicos de Mafra,

Cronologia: Neolítico, Calcolítico, Idade do Bronze?

Historiografia do sítio: A referência ao Cabeço dos Cartaxos remonta a 1982-83, sendo uma

note de roda pé citando uma suposta descoberta por José Camarate França, sem menção a

materiais arqueológicos. Em 1986, Júlio Roque Carreira revisitou o local por meio de

prospecção. Contudo, não há registo de espólio. Em 2001, o Gabinete de Arqueologia da

Câmara Municipal de Mafra, realizou uma prospecção ao sítio, sendo-lhe atribuído o número

de inventário IGN.005, tendo efectuado recolhas no topo, destacando-se o material lítico e

cerâmico. Contudo, o grau de rolamento e fragmentação dos mesmos não permite aferir

cronologias associadas à ocupação do local. Não obstante, a posição geográfica estratégica do

sítio pode constituir uma referência na malha de povoamento da zona onde se integra. No

âmbito do Seminário de Métodos de Registo de Campo foi efectuada uma prospecção em

2011, com a identificação de uma possível muralha de basalto, semelhante às de Penedo do

Lexim e Cabeço de Alcainça.

Bibliografia:

Ferreira, O. V. (1971), Serrão, E. C. (1982-83), Gandra, M., Caetano, A. (1995), Sousa, A. C. (1999),

Sousa, A. C. (2010).

5. Serra do Socorro (Mafra)

Localização administrativa: Serra do Socorro, Freguesia da Enxara do Bispo (concelho de

Mafra), Turcifal (concelho de Torres Vedras) e Pêro Negro (concelho de Sobral de Monte

Agraço), distrito de Lisboa.

Coordenadas:

Datum Lisboa: 39º 00’ 45’’ N/0º 04’ 27’’ W;

CMP: folha 389, Sobral de Monte Agraço;

CNS: 986

Classificação: ZEP.

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Tipo: Povoado fortificado

Relevo: Elevação com declive acentuado;

Altimetria: 395 m

Geologia: Integrada no Complexo Vulcânico de Lisboa, a Serra do Socorro é de formação

basáltica até à cota de 367 m de altitude, que corta margas calcárias e argilas cinzentas;

Aptidão agrícola

Carta de Solos, folha 431-34 D (IGC, 1969); Apesar da referência, não existe Carta de Solos

para esta área geográfica.

Visibilidade: Circular; Na vertente Nordeste é visível a Serra do Montejunto e a Noroeste, as

Ilhas Berlengas.

Espólio: O espólio recolhido em prospecção totaliza 4075 peças cerâmicas, das quais 100

foram estudadas por Carla Matias, além dois elementos de mó, duas contas de colar em pasta

vítrea, um elemento de foice em sílex e um elemento de xorca (sanguessuga) (Matias, 2003).

Nas campanhas de 2007 e 2008 foram igualmente recolhidas formas carenadas, cossoiros,

cerâmicas brunidas, contas de pasta vítrea e uma ponta de lança (lâmina reaproveitada)

(Sousa, 2011).

Local de depósito do espólio: Museu Municipal Leonel Trindade (Torres Vedras), Depósito

Oficial de Bens Arqueológicos de Mafra (Complexo Cultural Quinta da Raposa, CMM) e

Museu Nacional de Arqueologia;

Cronologia: Bronze Final, Idade do Ferro, Romano, Idade Moderna.

Historiografia do sítio: A Serra do Socorro é conhecida desde o séc. XVIII, no registo das

Memórias Paroquiais de 1758 pela existência de um ermitério, cuja construção remonta ao

séc. XV d.C.(Matias, 2003, p.315), provavelmente em honra da Nossa Senhora do Socorro. A

referência mais antiga ao sítio arqueológico da Serra do Socorro remonta a 1946 pela mão de

E. Jalhay aquando dos seus estudos sobre o sítio do Zambujal. Contudo, a descrição mais

detalhada do sítio data de 1975 no Jornal Regional de Torres Vedras «Badaladas», sendo essa

fonte profusamente utilizada nas diversas referências ao sítio. Este artigo descreve a

existência de um povoado fortificado, delimitado por estruturas amuralhadas de formato

ovalóide com cerca de 300 m de comprimento e outras estruturas circulares associadas a

habitações, uma delas com lajeado de acesso. (Matias, 2003, p. 313 apud. A.C. 1975).

Durante a década de 70 do séc. XX, são conhecidas as prospecções de Leonel Trindade no

sítio, mas sem qualquer critério ou propósito científico, realizada pela Escola Técnica que

refere a intervenção como «expedição arqueológica». (Matias, 2003, p. 313 apud. A.C. 1975).

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Pelo menos uma década depois, Gustavo Marques terá prospectado o local, acção cujo registo

é inexistente, além da abertura de sondagens arqueológicas. Desta intervenção resultou um

conjunto de materiais sem registo de proveniência e portanto, sem a devida contextualização

estratigráfica. À semelhança deste conjunto, também o espólio supostamente recolhido na

sequência das obras de alargamento dos acessos ao topo da Serra do Socorro está em depósito

desconhecido. Desde a década de 90, que têm sido feitos esforços de monitorização dos

trabalhos efectuados no subsolo em âmbito de acompanhamento arqueológico, cujos materiais

recolhidos se encontram actualmente depositados no Museu Municipal de Torres Vedras

Leonel Trindade. Recentemente, o sítio foi prospectado por Carla Matias que identificou

possíveis vestígios de estrutura amuralhada e estudou o espólio do sítio. Posteriormente a

Serra do Socorro foi intervencionada no âmbito do projecto «Rotas Históricas das Linhas de

Torres Vedras».

Bibliografia: Matias, C (2003), Silveira, A. (1999), C. A. (1975) Trindade, L. (1973); Sousa,

A. C.(2011)

6. Santa Eufémia (Sintra)

Localização administrativa: lugar de Santa Eufémia, freguesia de São Pedro de Penaferrim,

concelho de Sintra, distrito de Lisboa.

Coordenadas:

Lat: 38º 47’26,94 N

Long: 9º 23’2.59’’O

CMP: folha 416, escala 1:25000, 1962;

CNS: 3246

Classificação: IIP (Imóvel de Interesse Público);

Tipo: povoado

Relevo: elevação,

Hidrografia: cursos de água na área envolvente;

Altimetria: 450 m

Geologia: Disjunção granítica de Sintra e calcário metamórficos de S. Pedro (Jurássico III-

Lusitaniano), (folha1 da Carta Geológica dos Arredores de Lisboa, escala 1:50.000, 1960,

Serv. Geol. Port.)

Aptidão agrícola: boa aptidão florestal e terras cultiváveis a Sul;

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.

Visibilidade: circular, total;

Cronologia: Bronze Final, Idade do Ferro;

Espólio: As recolhas de superfície (1973) integram indústria lítica (sílex e quartzo),cerâmica

(1 fragmento de bordo, 1 fragmento de asa de rolo simples tipo Santa Olaia (por comparação à

cerâmica de pasta grossa e negra estudadas por Santos Rocha, designadas por «púnicas»). O

conjunto recolhido em 1984 integra 400 fragmentos líticos (fragmento de elemento de mó em

granito) e cerâmicos de onde se destacam 3 fragmentos de «pasta negra», 6 fragmentos

integrados pelo colector na «Cultura de Alpiarça» (vaso e bordo tipo A4 com 21 cm de

diâmetro de abertura), e na tipologia Santa Olaia (grandes vasos de fabrico manual e roda de

oleiro). Destaca-se algumas características que creio indicadores cronológicos: vestígios de

engobe e pintura vermelha, cerâmicas cinzentas finas (taças de pequena dimensão). A cultura

romana é materializada por um dolium e fragmentos de tijoleira (Marques, 1982-83, p. 73).

Os materiais recolhidos na Sondagem 1 durante a preparação do corte, são tipologicamente

semelhantes aos descritos anteriormente, destacando-se 1 bordo do tipo Alpiarça com cristais

negros como elementos desengordurante, talvez parecido com as areias vulcânicas presentes

em toda o Manto Basáltico de Lisboa.

Local de depósito do espólio: Museu Regional de Sintra;

Historiografia do sítio: O local foi reconhecido como sítio arqueológico em 1927 por

Joaquim Fontes pela recolha de um fragmento de vaso campaniforme que hoje é de paradeiro

incerto; Nesse mesmo ano, Félix Alves Pereira realizou prospecções na área a Sul onde

recolheu cerâmicas que comparou às provenientes do tholos do Barro (Torres Vedras) e outras

associadas a uma ocupação sidérica. Em 1930 e 1931 Santa Eufémia é referida como jazida

arqueológica por Alves Pereira, que publica no Diário de Notícias artigos sobre a mesma e

sobre a descoberta de novos locais, entre os quais a estação de Monte Sereno cujo proprietário

dos terrenos recolheu os materiais arqueológicos. Os conjuntos mencionados estão

depositados em local desconhecido. Em 1973, Gustavo Marques, no âmbito da elaboração de

uma carta arqueológica do concelho de Sintra, relocalizou o «povoado» de Santa Eufémia,

realizando prospecções e inclusive, uma sondagem. Foram identificados na área Sul cerâmica

manual e um fragmento de bordo de ânfora romana, classificada pelo investigador como tipo

Dressel-Lamboglia 1ª. Foi definida uma área de escavação com extensão de 3,15m e

profundidade de 1,5m, cujo registo gráfico do corte nos revela hoje, níveis de ocupação até ao

substracto rochoso (granítico). Gustavo Marques refere a importância de investigação e

escavação arqueológica do local: «(…)Ficaram acessíveis várias frentes de trabalho

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arqueológico, que seria importante não deixar perder(…)» (Marques, 1982-1983, p.70). Em

Abril de 1984, o local é novamente visitado e verificam-se as alterações provocadas pelo

remeximento das terras talvez para construções clandestinas. Apesar disso, foram colectados

materiais cerâmicos. Na mesma altura, Gustavo Marques procedeu à avaliação da necessidade

de salvaguarda do local, sendo este hoje classificado. A cultura material analisada foi

associada a níveis de ocupação durante o Neolítico e o Calcolítico e posteriormente em fase

mais tardia, verifica-se a ocupação sidérica entre o séc. IV a.C. e o séc. II d.C. (Marques,

1982-1983, p.84).

Bibliografia:

Marques, G. (1982-1983); Sousa, E, (2011)

7. Monte Sereno (Sintra)

Localização administrativa: Monte Sereno, freguesia de São Pedro de Penaferrim, concelho

de Sintra, distrito de Lisboa;

Coordenadas: desconhecido. Situado a NNE da Ermida de Santa Eufémia e a SE do castelo

dos Mouros (Marques, 1982-83, p.85);

CMP: folha 416, escala 1:25000, 1962;

CNS: 19448

Classificação: não está classificado

Tipo: indeterminado;

Relevo: elevação

Geologia: elevação de natureza granítica;

Aptidão agrícola boa aptidão florestal e a sudoeste, terras cultiváveis

Visibilidade: circular;

Cronologia: Bronze Final;

Espólio: provêm deste local 5 artefactos de pedra polida (1 enxó e 4 machados), 1 lâmina e 1

machado de talão em bronze;

Local de depósito do espólio: ARQA (Associação de Arqueologia da Amadora);

Historiografia do sítio: Sobre esta estação arqueológica muito pouco se sabe. O artigo de G.

Marques (1982-83, p.85), refere as circunstâncias curiosas em que a proveniência de um

conjunto metálico (um machado ao de talão e uma lâmina) ali recolhido é dado a conhecer

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pelo próprio colector. Em 1973, em conversa informal entre investigadores na Sociedade de

Geografia de Lisboa, o Prof. Doutor José de Oliveira Boléo disse a Gustavo Marques que as

peças metálicas expostas no Palácio de Valenças (Sintra), tinham sido achadas por ele com 17

anos durante as obras no Casal do Monte Sereno, propriedade de um tal Gregório Casimiro

Ribeiro. Portanto, as peças terão sido encontradas em 1922, ficando o proprietário com elas

até Félix Alves Pereira as ter analisado em 1932, existindo uma notícia de 15 de Dezembro do

mesmo ano (Marques, 1982-83, p.85).

Bibliografia:

Marques, G. (1982-83).

8. Anços (Montelavar, Sintra)

Localização administrativa: Montelavar, Sintra, Lisboa;

Coordenadas:

Lat.38.877508

Long. -9.302731

CMP: 402-1992;

CNS:27469;

Classificação: sem classificação;

Tipo: habitat;

Cronologia: Neolítico Final, Calcolítico e Idade do Bronze;

Relevo: elevação;

Altimetria: 198m;

Hidrografia: margem esquerda de Ribeira de Cheleiros;

Geologia: afloramento de andesitos, labrodorito, lammproforios;

Aptidão agrícola: boa

Visibilidade: circular

Espólio: 190 artefactos em sílex representantes de todas as fases do processo de talhe, dezenas

de fragmentos de cerâmico, dos quais 6 apresentam características campaniformes (inciso e

pontilhado). Salienta-se o baixo nível de utensilagem e o predomínio de núcleos e lascas

corticais.

Local de depósito do espólio: desconhecido

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Historiografia do sítio: Este povoado do Calcolítico Final foi identificado por um «amador»,

tendo sido feita uma primeira publicação em 1996 por J. L. Cardoso e J. R. Carreira sobre os

materiais campaniformes e da Idade do Bronze de lá provenientes. O sítio dista cerca de 1km

do sítio arqueológico Penedo do Lexim. O local apresenta-se bem conservado.

Bibliografia

Cardoso, J. L., Carreira, J. L. (1996a), Sousa, (1998), Sousa (2010).

9. Penha Verde (Sintra)

Localização administrativa: São Martinho, Sintra, Lisboa

Coordenadas:

Lat. 38.794566;

Long. -9.404404;

CNS:4436

Classificação: sem classificação;

Tipo: povoado;

Cronologia: Neolítico, Calcolítico (Pleno e Final)

Relevo: serra

Altimetria: 230m;

Hidrografia:

Geologia: elevação granítica;

Aptidão agrícola:

Visibilidade: circular

Espólio: espólio osteológico, cerâmica lisa e decorada (folha de acácia e campaniforme),

utensílios em osso, líticos (pontas de seta, elementos de foice, lascas, lâminas e núcleos),

elementos de adorno (contas de colar em pedra verde e ocre, alfinete e colar de ouro), punhal

de cobre, pontas tipo Palmela, um punção e escórias.

Local de depósito do espólio:

Historiografia do sítio: O sítio foi primeiramente identificado em 1949 por G. Zbyseweki e

O. Veiga Ferreira após indicações de Maxime Vaultier (Cardoso,2010/2011). A escavação

arqueológica do sítio foi justificada pela identificação de estruturas arqueológicas que

utilizam elementos calcários. Assim, em 1957 foi realizada a primeira intervenção no âmbito

das Primeiras Jornadas Arqueológicas de Sintra, tendo os resultados sido publicados em 1958

e 1959 respectivamente. Os resultados integravam o sítio numa longa diacronia, desde o

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Paleolítico Superior, Neolítico e Calcolítico. Contudo, persistiam dúvidas sobre uma eventual

ocupação ténue durante a Idade do Bronze marcada pela recolha de uma barra

paralelepipédica de bronze cuja análise revelou 10% de estanho na sua composição química

(Cardoso, 2010/2011, p. 580). Este resultado correspondia à datação conseguida para o sítio,

nomeadamente, W-656-3420 +/- 200 BP. J. L. Cardoso, ainda assim, colocou em causa a

origem e a composição da amostra visto que a datação obtida poderia corresponder a uma

média de carvões de idades distinctas (Cardoso, 2010/2011, p. 580). Por esta razão o espólio

foi reanalisado pelo referido investigador. O alfinete em ouro com cabeça em forma de botão

antes integrado no Calcolítico e no Bronze Inicial/Pleno, J. L. Cardoso integra no Bronze

Final, de manufactura compatível com um ponderal que R. Vilaça integrou igualmente no

Bronze Final. J. L. Cardoso sustenta que a referida de barra de bronze, o alfinete de ouro, a

conta bitroncocónica de ouro, o fragmento de argola e o conjunto de ponderais remontam ao

Bronze Final. Raquel Vilaça relaciona os ponderais com os provenientes da Ota (Alenquer) e

Pragança (Cadaval). Os fragmentos cerâmicos recolhidos em 1957 e 1958 no sector Casa 2,

postos em revisão, revelaram tipologias formais integráveis em momentos mais tardios do

Calcolítico. Destacam-se cinco fragmentos lisos que correspondem a grandes vasos de

armazenagem (2 fragmentos) e a taças carenadas de tamanho médio (3 fragmentos). Parecem

existir semelhanças formais com peças do sítio da Tapada da Ajuda e Castelo dos Mouros

(Cardoso, 2010/2011, p.584).

À semelhança do que acontece no sítio do Penedo do Lexim (Sousa, 2010, p.73) as cerâmicas

integráveis no Bronze Final, foram recolhidas em unidades estratigráficas de abandono, ou

seja, em «(…) aparente articulação com estruturas calcolíticas (…), (Sousa, 2010, p.73.).

A relevância do local motivou a realização de datações, cujas amostras consistiram num

conjunto de faunas domésticas recolhidos na Casa 1, Calçada da Casa 2, Fosso da Casa 2 e

Muralha. O resultado revelou que os três primeiros sectores coincidem com a cronologia já

atribuída. A amostra recolhida na Muralha (M/3 Bos Taurus) revelou a seguinte data: Beta –

276396 – 2760+/- 40 BP. Após calibração no programa INTCAL 04, baseado nos

pressupostos de Talma, A. S. & Voguel J. C. , 1993, Radiocarbon 35 (2), p. 317-322, a «(…)

intercepção da data de radiocarbono com a curva de calibração em 910 cal BC,

correspondente ao intervalo, para dois sigma (95% de probabilidade), resultou na data 1000-

820 cal BC. » (ob. Cit., p. 588). Presume-se por isso que a existir uma ocupação durante finais

da Idade do Bronze, corresponderá a uma reutilização de estruturas eventualmente de período

calcolítico (ibidem). A ocupação deste local terá sido sazonal eventualmente em torno da

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Casa 2. J. L. Cardoso associa os vestígios com uma ocupação de cariz específico relacionado

com a manufactura e comercialização de produtos de valor como o bronze e o ouro, atestada

pelos objectos de adorno e a barra para eventual refundição. A deposição deste tipo de

objectos em lajeado de cronologia calcolítica é de facto transversal a diversas realidades

arqueológicas, tal como o Penedo do Lexim, Ota (no caso dos ponderais) e Pragança.

(Cardoso, 2010/2011).

Bibliografia

Ribeiro, J. C. (1996), Pereira, G. (1986), Ferreira, O. V. (1973), Arnaud, J. E. M., Gamito, M.

T. J. (1972), Santos, M. F., Soares, J. (1972), Guerra, A. V., Ferreira, O. V. (1971),

Zbyszewski, G., Ferreira, O. V. (1958).

10. Castelo dos Mouros (Sintra)

Localização administrativa: Freguesia de Santa Maria/São Miguel, Concelho de Sintra,

Distrito de Lisboa;

Coordenadas:

CMP: folha 416, escala 1:25000, 1962;

CNS: 19448

Classificação PSML (Parque de Monserrate);

Tipo: povoado

Relevo: elevação,

Altimetria: 459 m

Geologia: elevação de natureza granítica;

Visibilidade: circular, total;

Cronologia: Bronze Final

Espólio: indústria lítica incaracterizável, cerâmica decorada com ornatos brunidos (recipientes

de pequena dimensão) abaixo do bordo e entre a carena e o fundo (taças carenadas). O padrão

tem equivalência a um dos motivos «Lapa do Fumo», caracterizado por faixas oblíquas

preenchidas, alternadas por triângulos também eles preenchidos (Cardoso, 1996, p. 172). A

colecção integra o que o J. L. Cardoso chama de «decorações plásticas», ou seja, os mamilos

em taças carenadas, que a meu ver detêm um carácter funcional por muito pequenas ou pouco

salientes, interpretados como elementos de preensão, e de significação não exclusivamente

simbólica (ibidem.). A variedade formal é grande, distinguindo-se formas abertas (vasos de

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tendência cilindróide e/tronco-cónica, taças em calote e taças carenadas) e fechadas (esféricos,

vasos perfil em «S», vasos carenados). Refira-se ainda as asas globulosas e os fundos planos e

côncavos (característicos das taças em calote).

No conjunto dominam as pastas grosseiras, e o ambiente de cozedura varia entre o redutor e o

oxidante. Pelas características apresentadas parece-me que apenas os fragmentos com

decoração brunida parecem integrar os finais da Idade do Bronze, pelo facto das restantes

formas serem integráveis em momentos mais recuados, talvez durante o Bronze Médio,

caracterizado pelo pouco apuramento e elaboração de formas relativamente às produções

posteriores.

Local de depósito do espólio: ARQA (Associação de Arqueologia da Amadora);

Historiografia do sítio: A área hoje conhecida como povoado do Bronze Final no Castelo dos

Mouros, extra e intramuros, foi identificada em 1976 por prospecção dirigida pela Centro

Cultural Roque Gameiro (Amadora). Os materiais recolhidos foram estudados por J. L.

Cardoso em 1994. Posteriormente em 1998, em nova visita ao local em particular na zona de

concentração de recolhas de material arqueológico de 1976, foram colectados novos materiais

detectados à superfície.

Foram identificados por J. L. Cardoso, diversas áreas preferenciais de implantação,

nomeadamente uma primeira plataforma a cerca de 370 m de altitude no lado poente da

estrutura medieval que hoje caracteriza o Castelo dos Mouros e onde se verificaram as ditas

concentrações de cerâmica. Outras áreas denotaram o que foi interpretado como amontoados

de blocos graníticos (Cardoso, 1996, p. 170) onde se verifica a dispersão de materiais

cerâmicos dos finais da Idade do Bronze. A área do parque das merendas evidencia

estruturação de patamares que facilitam o acesso ao longo da elevação, mas de período

recente. Nessa zona, verificou-se igualmente a presença de fragmentos cerâmicos do mesmo

âmbito cronológico. Os mesmos resultados verificaram-se durante as escavações no interior

da Capela de São Pedro de Canaferrim, de onde se destaca a recolha de parte de um vaso de

colo decorado com ornatos brunidos (Cardoso, 1996, p.170). Contudo, estas ocorrências não

foram corroboradas pelos dados obtidos na intervenção de 1976, que revelou numa área de 2

x 2 m, pouca potência estratigráfica e ausência de estruturas (Cardoso, 1996, p.171).

Bibliografia:

Cardoso, J. L. (1996), Coelho, C (2000), Raposo, J. (2001), Leeuaarden, W. V., Queiroz, P. F.

(2003).

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11. Vila Nova de São Pedro (Azambuja)

Localização administrativa: Vila Nova de São Pedro, Freguesia da Azambuja, Distrito de

Lisboa;

Coordenadas:

Lat. 39.219724584

Long.-8.84014461269

CNS: 190;

Classificação: Monumento Nacional;

Relevo: elevação;

Altimetria: 80 m;

Tipo: Povoado fortificado;

Cronologia: Calcolítico, Bronze Inicial;

Espólio: Indústria lítica, cerâmica e metalurgia (cobre);

Local de depósito do espólio: Museu Municipal da Azambuja, Museu Municipal de Alenquer,

Museu do Zambujal e Real Sociedade Arqueológica Lusitana;

Historiografia do sítio: O local é conhecido desde 1936 pela descoberta de Hipólito Raposo.

Durante os anos 70 do séc. XX foram realizadas escavações no local que revelaram a

existência de um povoado fortificado com quatro grandes fases de ocupação. Apesar dos

resultados integrarem cronologicamente o sítio entre o Calcolítico e Bronze Inicial, a sua

referência faz todo o sentido no presente trabalho tendo em conta a possibilidade, não de uma

reocupação propriamente dita, mas eventualmente episódica do local.

Bibliografia: Schubart, H, Sangmeister, E., Trindade, L. (1971); Gonçalves, (1993)

12. Catujal

Localização administrativa: Freguesia de Sacavém, Concelho de Loures, Distrito de Lisboa;

Coordenadas: UTM MC 901 960 (folha 417 dos Serviços Geológicos), (Carreira, 1997).

CNS: 20070;

Classificação: sem classificação;

Tipo: povoado (habitat);

Cronologia: Bronze Médio;

Relevo: elevação;

Altimetria: 100 m;

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Geologia: solo de (…) «arenitos de Grilos», formação sedimentar miocénica constituída por

areias finas argilosas (…)» (Carreira, 1997, p.119);

Visibilidade: circular;

Espólio: Indústria lítica (lascas, esquírolas de sílex, um denticulado), cerâmica (formas sub-

hemisféricas, vasos carenados, vasos de carena média, garrafas de colo estrangulado, prato de

bordo almendrado, taças tipo Atalaia/ Odivelas/ Santa Vitória e decoração incisa.

Historiografia do sítio: O sítio foi identificado por Georges Zbyszewski, tendo sido destruído

no início dos anos 80 do séc. XX. O espólio cerâmico, lítico e faunístico recolhido resulta da

acção de «salvação» de contextos preservados (fossa).O espólio encontra-se estudado por J.

R. Carreira, que coloca a ocupação humana deste sítio no Bronze Médio. (Carreira,

1997,p.119).

Bibliografia

Carreira, J. R. (1997);

13. Moita da Ladra/Fortes (Vila Franca de Xira)

Localização administrativa: Freguesia da Vialonga, Concelho de Vila Franca de Xira, Distrito

de Lisboa.

CNS: 19186

Classificação: Sem classificação;

Tipo: povoado;

Cronologia: Calcolítico, Bronze Final;

Relevo: Elevação;

Geologia: Complexo Basáltico de Lisboa (chaminé vulcânica);

Visibilidade: circular;

Espólio: Cerâmica comum e decorada com falsa folha de acácia associad a produções

campaniformes;

Local de depósito do espólio: Museu Municipal de Vila Franca de Xira;

Historiografia do sítio: O sítio tem vindo a ser monitorizado, tendo sido alvo de

acompanhamento arqueológico em 1999, posterior realização de sondagem (2003) e

escavação arqueológica (2004/2005/2006).

Bibliografia:

Cardoso e Caninas, 2010

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14. Serra da Amoreira (Loures)

Localização administrativa: Cerro/Serra da Amoreira , freguesias de Odivelas, Distrito de

Lisboa

Coordenadas:

Lat. 38.812289

Long. -9.199677

CMP: folha 417-1965;

CNS: 2658;

Classificação: ZEP (Zona Especial de Protecção);

Tipo: povoado altura;

Relevo: vulcânico, elevação;

Altimetria 313m (vértice geodésico BICA);

Geologia: Manto Basáltico de Lisboa/Complexo Vulcânico de Lisboa sobre bancadas do

Cenomaniano (folha 34B da Carta Geológica d Portugal, 1981);

Visibilidade: circular total;

Espólio: indústria lítica em sílex e quartzo integrável no Paleolítico e Neolítico e Calcolítico;

A cerâmica foi interpretada como tendo afinidades com as tipologias formais da «Cultura de

Alpiarça»: uma pega de vaso rugoso (tipo A4), um fragmento de taça brunida não decorada

(tipo C8), uma carena fragmentada de vaso brunido (tipo B6), um fragmento de fundo de taça

decorado (tipo C8) e um fundo de taça (tipo «Lapa do Fumo»).

Tendo em conta os elementos descritos, apesar não ter analisado os materiais, mas tendo em

conta as representações gráficas dos mesmos, creio que as cerâmicas com decoração brunida

correspondem aos finais da Idade do Bronze, à excepção das formas A4, C8 e B6 descritas,

essas sim julgo corresponderem à Idade do Ferro.

Cronologia: Neolítico Final, Calcolítico, Bronze Final, Idade do Ferro

Local de depósito do espólio: Museu Municipal de Loures Quinta do Conventinho;

Historiografia do sítio: O sítio da Serra da Amoreira, ou como lhe chama Gustavo Marques

«Castelo da Amoreira», tem por registo mais antigo uma descrição feita pelo Padre Luís

Cardoso no Dicionário Geográfico, onde este local é descrito tendo em conta a visibilidade

circular total que detém em todo o horizonte e fazendo menção ao coberto vegetal e à matéria-

prima disponível (basalto): «(…) Termo da Cidade de Lisboa, limites da Freguesia de

Odivelas: no cume faz seu plano, ou coroa (…) Vai descendo em ladeiras, que em

circumferencia terá tres quartos de legua. Tem este cabeço, e toda a mais serra muita pedra de

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negra de alvenaria; e não produz outro mato, ou plantas mais que fétos. Nas suas pedrarias

finas de exclenete qualidade, como as que se tirão do Lugar de Trigache (…) Do Alto deste

monte se descobrem (…) e a mayor parte da serra de Cintra, e o mar largo adiante da mesma

serra, e parte do seu Termo, e o da Villa de Cascaes, e por todas as partes todo o Termo da

Cidade de Lisboa, e para a parte do Sul quasi todo o rio da mesma Cidade, e todas as

povoaçoens, e oiteiros da banda dalém Tejo, Cacilhas e todos os mais lugares circunvizinhos,

e tudo mais que a visa póde alcançar até Azeitão, Cezimbra, Palmella, e Setuval.(…)»

(Marques, 1987).

Gustavo Marques acrescenta a descrição do séc.XVIII, referindo que do topo do local se

avistam os cumes de Lisboa, Santa Eufémia, Castelo de Sintra, Monumento do Monge e a

Serra do Socorro (Marques, 1987, p.52). A referência feita às estruturas semelhantes a muros

em pedra seca (basalto) não aparelhados assemelham-se às estruturas que têm vindo a ser

mencionadas neste trabalho, precisamente para o mesmo tipo de ocupação e cronologia.

Enquanto estação arqueológica, o local só foi realmente identificado a partir de 1912 por

Virgílio Correia e Joaquim Fontes no âmbito das investigações sobre o Paleolítico na encosta

do Monte da Bica (designação que aproveita o topónimo do lugar mais próximo que é a

designação geodésica). Ao longo do tempo materiais arqueológicos de variadas cronologias

têm sido recolhidos. Em 1983, um particular (Carlos Valverde), encontrou um machado

polido, o que motivou a realização de prospecções por João Ludgero Gonçalves em 1985, que

um ano depois, pela observação dos materiais interpretou o local como uma povoação da I

Idade do Ferro, a que chamou de «Cultura de Alpiarça». Existem ainda registos da realização

de uma sondagem por António Cavaleiro Paixão em 1993, da qual não se conhece qualquer

publicação sobre a intervenção e resultados. Mais recentemente, entre 01/01/2003 e

31/12/2003, Rui Boaventura realizou no local prospecções para inventariação e relocalização

no âmbito do Património Arqueológico do Município de Odivelas. Contudo, não existem

publicações mais recentes que não a de Gustavo Marques de informação algo limitada, que

apenas permite englobar o sítio no âmbito do estudo do povoamento em altura durante o

Bronze Final, pelo que ficam por esclarecer em as características específicas do espólio

recolhidos, além de ser mencionado um suposto levantamento das estruturas que não está

representado. Este local revela afinidades com o caso de estudo do presente trabalho, não só

pelas estruturas identificadas de blocos de basalto não aparelhados, mas também, pelo tipo de

elevação, além da geomorfologia comum às estações referidas ao longo deste trabalho. O sítio

está referenciado como «em perigo» nos registos IGESPAR, situação que resulta da exposição

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pública do local, sujeito a vandalismos pela proximidade da área habitacional actual que

invadiu parte da elevação.

Bibliografia: Correia. V. (1912), Ferreira, O. V. (1982), Marques (1987), Oliveira, A.C.;

Deus, M; Manuela e Silva, A. R. P. (1996), CML (1997).

SÍTIOS ABERTOS/VALE

15. Cabecinho da Capitôa (Mafra)

Localização administrativa: lugar do Cabecinho da Capitôa, freguesia da Igreja Nova,

concelho de Mafra, distrito de Lisboa;

Coordenadas:

UTM: 29 SMD 470750.430830

CMP: folha 402

CNS: 22983

Classificação: não está classificado

Tipo: habitat/indeterminado

Relevo: elevação

Altimetria: 195 m (encosta suave resultante de erosão)

Hidrografia: margem esquerda de um afluente da Ribeira de Cheleiros, a Ribeira do

Muchalforro

Geologia: Serra do Pipo, área de calcários, argilas e arenitos, «camadas de Almargem» (CGP

34ª)

Aptidão agrícola

Visibilidade

Espólio: indústria lítica, cerâmica brunida, tratamento de superfície «cepillada».

Cronologia: Calcolítico, Idade do Bronze

Local de depósito do espólio: Depósito Oficial de bens Arqueológicos de Mafra

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Historiografia do sítio: O sítio do Cabeço de Alcainça é inédito à comunidade científica, não

existindo referências anteriores na bibliografia da zona.

O local foi identificado enquanto sítio arqueológico durante os trabalhos de construção da

auto-estrada A21 (Mafra), pela equipa do acompanhamento de obra (Carlos Costa). Foi

atribuído ao sítio o número de inventário IGN.099.

O sector 1 foi coordenado por Carlos Pereira e o sector 2 por Ana Patrícia Silva. Foram

realizadas duas campanhas de escavação Na primeira, depois de identificados níveis com

vestígios de ocupação durante a Idade do Bronze, foram definidos objectivos de investigação

para uma segunda intervenção: determinar e caracterizar a área de implantação ocupação da

Idade do Bronze, Romano/Medieval; averiguar a presença de estruturas associadas a

aglomerados de telhas e pedras e escavar a área manualmente e integralmente. Os trabalhos

decorreram de forma faseada, entre 3 e 18 de Julho e 7 de Agosto a 2 de Setembro.

O sector 1, associado a ocupação durante a Idade do Bronze, tal como o topo da elevação, foi

escavado manualmente acompanhado do devido registo arqueológico (neste caso,

tridimensional). Na sondagem 1 foi identificada uma lareira e de uma fossa, cujo enchimento

era composto por um depósito de cerâmica. A escavação destes contextos motivou o

alargamento da escavação em toda a área da elevação.

Bibliografia:

Sousa, A.C. (2008) ;

16. Funchal (Sintra)

Localização administrativa: Serra do Funchal, freguesia da Terrugem, concelho de Sintra

Coordenadas:

Lat. 38º 53’21.0256

Long.:9º 21’54.1268

CMP: folha 402-1961

CNS: 1780;

Classificação: não está classificado;

Tipo: Habitat;

Relevo: Vertente;

Altimetria: 150 m. Marco geodésico situado a 200 m; de distância;

Hidrografia: situado na margem esquerda da Ribeira de Cheleiros;

Geologia: sienito

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Visibilidade: circular total;

Espólio: 65 fragmentos cerâmicos (formas abertas são 9 e fechadas são 9 também), 28

fragmentos pedra lascada, 2 artefactos de pedra polida (um machado), 1 de pedra afeiçoada.

Destaca-se 1 bojo com decoração incisa, 2 bordos denteados e 3 com aplicação plástica

(mamilo);

Local de depósito do espólio: Museu Arqueológico São Miguel de Odrinhas

Cronologia: Neolítico Final, Calcolítico Final, Bronze Final, Idade do Ferro;

Historiografia do sítio: O sítio da Serra do Funchal foi identificado durante os anos 80 do séc.

XX, tendo sido efectuadas recolhas de material em prospecção (1983, 1983, 1996) por

Soutolla (Sousa, 1999). Foram identificados silos de cronologia indeterminada, cujo espólio

lítico parece apontar para uma indústria microlaminar e produção cerâmica de filiação

campaniforme, Bronze Final e Ferro Final. Refira-se a existência no sítio de um menir,

provavelmente de cronologia Neolítica e Calcolítica, corroborada pela maioria dos materiais

recolhidos (Vicente e Andrade, 1977; Vicente e Martins, 1979; Martins e Morgadinho, 1989).

Bibliografia: Vicente, E. P., Andrade, G. M. (1977), Vicente, E. P., Martins, A.A.S. (1979),

Martins, A. A.S.; Morgadinho, S.M.C. (1989), Carneiro, A. (1991), Sousa, (1998).

17. Alto das Cabeças (Porto Salvo, Oeiras)

Localização administrativa: lugar do Alto das Cabeças, freguesia de Porto Salvo, concelho de

Oeiras, distrito de Lisboa.

Coordenadas:

Alto das cabeças 3 (AC3)

Lat.:38.7401 15926

Long.-9.30620392035

Alto das Cabeças4 (AC4)

Lat.: 38.7388981834

Long.: -9.30010334802

CMP: folha 430-1970

CNS: 15362, 15363

Classificação: sem classificação;

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Tipo: povoado aberto;

Relevo: declive suave

Altimetria:AC3 – 157 m e AC4 - 152 m;

Geologia: Complexo Vulcânico de Lisboa/Manto Basáltico de Lisboa.

Visibilidade: circular, parcial;

Cronologia:

Alto das Cabeças3:Paleolítico, Neolítico, Calcolítico, Idade do Bronze, Romano;

Alto das Cabeças4: Monte do Sirgado: Paleolítico, Inferior, Médio e Superior, Idade do

Bronze;

Espólio: indústria lítica (denticulados de foice em lascas de sílex) com semelhanças com o

conjunto proveniente da Tapada da Ajuda e metade de conta de colar em cornalina.

O conjunto cerâmico engloba formas associadas a grandes recipientes de colo alto,

cilindroides, de fundo plano e pegas horizontais (Cardoso e Cardoso, 1996, p. 352) e ainda

formas globulares decoradas. Tal como no Cabeço de Alcainça, ocorrem asas em fita no

registo. A decoração caracteriza-se por sulcos horizontais, considerada «excepcional» pelo

colector. De salientar a elevada ocorrência de piroxenas como desengordurante, característica

que relaciono com os solos basálticos como já tive oportunidade de referir. A igual presença

de quartzo e feldspato é interpretada por J. L. Cardoso, como matéria-prima exógena,

provavelmente proveniente da Serra de Sintra (Cardoso e Cardoso, 1996, p. 351).

Relativamente à indústria lítica, claramente integrados entre os 2º e o 1º milénio a.C., são os

denticulados de foice sobre lasca, (bordo denticulado), dos quais se salientam os de contorno

sub-triangular que ligeiramente encabados em madeira serviriam como material cortante,

hipótese avançada pelo signatário das recolhas à superfície. Um breve comentário ao

fragmento de conta de colar circular, cuja matéria-prima é a cornalina Tal como a conta de

colar recolhida no Cabeço de Alcainça, além de ter em comum a matéria-prima, refira-se

também a perfuração bicónica e o aspecto translúcido avermelhado. J. L. Cardoso, aponta

como paralelo principal, as contas provenientes do sítio da Coroa do Frade (Évora),

acrescentando ainda que se desconhecem paralelos idênticos para os períodos do Neolítico e

Calcolítico, individualismo assumido pela matéria-prima em questão.

Local de depósito do espólio: Museu Municipal de Oeiras;

Historiografia: O local foi identificado por J. L. Cardoso e Guilherme Cardoso em 9 de

Dezembro de 1973, tendo desaparecido totalmente em 1993, contudo, objecto de prospecções

que resultaram num conjunto diverso de materiais integráveis nos finais da Idade do Bronze.

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Os investigadores G. Marques e G. M. Andrade referem-se igualmente ao local em 1974

(Cardoso e Cardoso, 1996, p.351).

O sítio localiza-se no que hoje é designado por TAGUS PARK., a poucos quilómetros do

povoado fortificado de Leceia. De facto, esta área parece ser comprovadamente apta à prática

agrícola, factor que provavelmente motivou a fixação no local durante durante o Bronze Final

e outros períodos anteriores e posteriores. Essa actividade é comprovada pelo conjunto de

denticulados recolhidos em AC4. AC3 pelo volume do conjunto cerâmico. J. L.Cardoso,

refere que as diferentes concentrações de materiais poderão corresponder a áreas de

funcionalidade dentro do habitat distintas, admitindo contudo os remeximentos mais recentes

resultantes da actividade agrícola (Cardoso e Cardoso, 1996, p.351.).

O Alto das Cabeças pode por isso ser integrado nos finais da Idade do Bronze, tendo em conta

a persistência de alguns destes «casais agrícolas» após a emergência de povoados de altura,

por poder ter uma base de subsistência e produção agrícola, naturalmente necessária às

diversas comunidades da região, quer em povoados de cumeada, quer em declives suaves.

Bibliografia:

Cardoso, J. L., Cardoso, G. (1994).

18. Abrunheiro (Oeiras)

Localização administrativa: Lugar do Abrunheiro, Concelho de Oeiras, Distrito de Lisboa;

Coordenadas

Lat.38 42 9.64 N;

Long.9 18 15.21 W

CNS: sem CNS atribuído;

Classificação: Sem classificação;

Tipo:povoado/casal agrícola;

Cronologia: Bronze Final;

Relevo: encosta suave;

Geologia: Complexo Vulcânico de Lisboa;

Visibilidade: circular parcial;

Espólio: Considerável conjunto de elementos de foice (denticulados), cerâmicas tipo

«Alpiarça» (Cardoso, 2010/2011, p.47), formas carenadas, um elemento lítico afeiçoado,

interpretado como «brunidor» pelo autor (Cardoso, 2010/2011, p.55).

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Local de depósito do espólio: Museu Nacional de Arqueologia/ Centro de Estudos

Arqueológicos de Oeiras;

Historiografia do sítio: O sítio foi identificado por G. Marques, tendo sido intervencionado

em 1990, (Cardoso, 2010/2011). O espólio só foi estudado em 2004 por J. L. Cardoso. A

escavação do sítio revelou uma ocupação humana do local de forte componente agrícola,

sendo comparável ao sítio da Tapada da Ajuda (Cardoso, 2010/2011, p. 55).

Bibliografia

Cardoso, J. L. (2010/2011).

19. Cabeço do Mouro (Cascais)

Localização administrativa: São Domingos de Rana, Freguesia Cascais; Distrito Lisboa;

Coordenadas

Lat. 38.7181452675;

Long.-9.331887002;

CNS: 8286;

Classificação: sem classificação;

Tipo: povoado (habitat);

Cronologia: Paleolítico, Idade do Bronze;

Relevo: encosta suave;

Altimetria:117m;

Visibilidade: circular;

Espólio: Indústria lítica (presença de elementos de foice – denticulado), o conjunto cerâmico

apresenta semelhanças morfo -tipológicas com o conjunto proveniente da Tapada da Ajuda.

Note-se a ausência de ornatos brunidos.

Local de depósito do espólio:

Historiografia do sítio: O local foi alvo de prospecções sistemáticas por Guilherme Cardoso

nos anos 70 do séc. XX e posteriormente foi realizada escavação arqueológica por J.L.

Cardoso no âmbito de minimização de impacte de obras na área. Os resultados revelaram uma

ocupação humana do sítio durante o Bronze Final.

Bibliografia

Cardoso, J. L. (2006)

20. Tapada da Ajuda (Lisboa)

Localização administrativa: Freguesia de Benfica, Distrito de Lisboa;

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Coordenadas:

Lat. 38.742654

Long. -9.190416

CNS: 5216

Classificação: sem classificação;

Tipo: povoado aberto

Relevo: encosta/declive suave

Altimetria: 100/150 m

Hidrografia: voltado a Sul do Estuário do Tejo

Geologia: Manto Basáltico de Lisboa/Complexo Vulcânico de Lisboa;

Visibilidade: em vertente;

Espólio: Foram estudados cerca de 2000 fragmentos, dos quais 159 serviram de base ao

estudo da cultura material. Destacam-se em número, os potes e as formas carenadas. A

variedade formal é grande pelo que, foram identificadas taças carenadas de pequena dimensão

e grandes recipientes de armazenagem com pegas alongadas no bojo de base plana. Existe um

predomínio de pastas semi-compactas e grosseiras, com cozedura em ambientes redutor em

detrimento do oxidante. O tratamento da superfície é em geral brunido mas sem brilho. Os

recipientes de menor dimensão apresentam pastas finas, bem depuradas cujos elementos

desengordurantes são fundamentalmente as piroxenas, isto é, as areias vulcânicas (basalto).

Relativamente à metalurgia destaca-se uma argola em bronze, associada a um fragmento

indeterminado de bronze (Melo, 2000, p.84).

Cronologia: Bronze Final I (século IX-X a.C.), (Cardoso e Silva, 2004, p. 227)

Historiografia do sítio: O povoado da Tapada da Ajuda foi identificado em 1982 no âmbito

de trabalhos de terraplanagem para construção de edifício pelos investigadores J. L. Cardoso,

J. Roque Carreira, F. Freitas e F. Lopes. Após a identificação de um nível de ocupação

(depósito de lixeira) com abundantes vestígios de malacofauna (Ostrea), foram planeadas

quatro campanhas de escavação que decorreram em 1983, 1984, 1986 e 1987. As duas

primeiras campanhas focaram-se na escavação de um talude associado a depósitos de

concentração de cerâmica e lixeira. Em 1986, foi intervencionada a área habitacional. Após

avaliação do impacte que a construção no local poderia causar, o presidente do ISA (Instituto

Superior de Agronomia) e o IPPC decidiram prolongar a intervenção até 1987. Os trabalhos

foram encerrados pela destruição da área de escavação sem aviso prévio dos arqueólogos,

pelo empreiteiro da obra. Contudo, os trabalhos desenvolvidos forneceram informação que

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hoje é importante para estudos do povoamento da área de Lisboa nos finais do 2º milénio e

inícios do 1º a.C, sobretudo pela cultura material estudada, um dos mais importantes

conjuntos do período do Bronze Final (exumada no sector Norte em contexto habitacional –

cabana de planta elipsoidal). Além da estrutura habitacional, foi posta a descoberto um muro

em pedra seca de composição basáltica, de forma elipsoidal (10 m de eixo máximo), de

orientação N-S, cujo acesso seria feito pelo lado Sul na vertente tejana (Cardoso, Silva, 2004,

p. 231). Como refere o J. L. Cardoso, aferir cronologias pela tipologia da estrutura

habitacional não é seguro pela amplitude cultural/geográfica que este tipo de planta

representa. (Cardoso, Silva, 2004, p.232). As datações absolutas, cerca de seis (Cardoso,

1999/2000, p. 378), integram o nível estratigráfico ocupacional no séc. XIII a.C., que segundo

o autor, constitui ainda uma fase precoce do Bronze Final na Península de Lisboa, a que

chama de Bronze Final I. A Tapada da Ajuda é por isso referenciada em obras de referência

como «Lisboa Substerrânea» (1994), «A Idade do Bronze em Portugal» (1995), «De Ulisses a

Viriato. O primeiro milénio a.C.» (1996), constituindo hoje um dos poucos sítios com

cronologias absolutas.

Bibliografia

Cardoso, J. L. (1994), Cardoso; J: L: (1995), Cardoso, J. L. (1995a), Melo, A. A. (2002);

EPISÓDIOS DE REUTILIZAÇÃO DE MONUMENTOS MEGALÍTICOS

21. Tholos do Barro (Monte da Pena, Torres Vedras)

Localização administrativa: Monte da Pena, Barro, Concelho de Torres Vedras;

CNS: 662

Classificação: Monumento Nacional;

Relevo: elevação:

Espólio: Recipiente cerâmico compósito, carenado com reticulados brunidos quase

imperceptíveis e na área superior da carena, linhas oblíquas paralelas e inclinada à esquerda.

Na área média, destacam-se linhas entrecruzadas que formam duas séries de triângulos em

faixa horizontal. Uma taça de carena média, lisa. Conta de colar (ágata?) inteira de secção

longitudinal bitroncocónica e secção transversal circular, raiada de cor branca e vermelho

escuro.

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As análises feitas para os objectos metálicos daí provenientes (um escopro e uma argola),

números 1388 3 1389, revelam concentrações mais elevadas de Sn (estanho) e Ag (prata) no

caso do escopro e no caso da argola, registam-se os componentes Sn, Pb (chumbo), As, Ag,

Ni (niquel) e Fe(ferro), (Melo, 2000, p.106).

Local de depósito do espólio: Museu Nacional de Arqueologia, Museu Municipal Leonel

Trindade;

Cronologia: Calcolítico (de acordo com base de dados IGESPAR), Bronze Final (Madeira, et

al., 1972);

Historiografia do sítio: O sítio é conhecido desde o início do séc. XX. Durante os trabalhos

de construção foram detectados materiais arqueológicos que o clérigo José Joaquim d’Abreu

Campo Santo recolheu e guardou. Posteriormente, o padre francês Paul Bovier-Lapierre,

descobriu um monumento, hoje designado por «tholos do Barro» situado na vertente Sul do

Monte da Pena, durantes prospecções no local. No dia 29 de Abril desse ano, Paul Bovier-

Lapierre, Eugénio Jalhay e Félix Alves Pereira, os dois últimos, membros do actual Museu

nacional de Arqueologia, então Museu Etnológico Português, iniciam os trabalhos de

escavação do sítio. As características do espólio recolhido, depositado na mesma instituição,

de alguma forma significativo para os estudos da região da Península de Lisboa, talvez tenha

contribuído à classificação do monumento como «Monumento Nacional» em 26 de

Novembro de 1940 pelo decreto 30 726, como reportam J. Madeira, J. Ludgero Gonçalves, L.

Raposo e R. Parreira (1972). Apesar da classificação do monumento, o Monte da Pena

posteriormente alvo de exploração intensa por conta de uma pedreira à semelhança do Penedo

do Lexim (Sousa, 2010, p.42). Por volta de 1965, Vera Leisner além de publicar os materiais

provenientes do sítio, alerta para a existência de materiais no MNA provavelmente

provenientes da mesma área, o que levou a investigadora a referir-se à existência de um

povoado no Monte da Pena (Madeira et al., 1972, p. 208), hipótese apoiada por Schubart

(apud.). Ainda nesse mesmo ano, Afonso do Paço e Leonel Trindade, Director do Museu

Municipal de Torres Vedras, levam a cabo prospecções na mesma área de onde recolhe um

conjunto cerâmico depositado na referida instituição. Integrado neste conjunto, está um

machado plano encontrado por particular de nome Eduardo Ferreira em 1932, cuja análise

comprovou ser bronze. As últimas intervenções conhecidas no Monte da Pena remontam a

1971 (Dezembro) pela mão de J. Madeira, J. Ludgero Gonçalves, L. Raposo e R. Parreira, que

recolheram materiais cerâmicos cronologicamente integráveis no Bronze Final e que avançam

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com a hipótese da existência de sepulturas nas imediações do monumento (Madeira et al.,

1972, p. 212).

Bibliografia:

Jalhay, E. (1946), Araújo, A.C. S; Marques, T; Correia, S,H.; Lourenço, F. S. (1986),Lucas,

M. M. (2002).

SÍTIOS EM TERRAÇOS FLUVIAIS

22. Santa Sofia (Vila Franca de Xira)

Localização administrativa: Santa Sofia, Concelho de Vila Franca de Xira, Distrito de

Lisboa;

CNS: 27460

Relevo: vale;

Geologia: zona de várzea;

Tipo: casal agrícola;

Cronologia: Bronze Final, Idade do Ferro, Romano

Espólio: Cerâmica tipologicamente associada ao Bronze Final e fragmentos de cerâmica a

torno com vestígios de engobe vermelho e decoração em bandas.

Local de depósito do espólio: Reservas Municipais do Palácio do Sobralinho;

Historiografia do sítio: O sítio foi alvo de escavações arqueológicas em 2006 e 2007 em

âmbito de acompanhamento de obra, (Pimenta, Mendes, 2010/2011, p.592), revelando níveis

enquadráveis na transição entre o 2º e o 1º milénio a.C., materializados por estruturas

arqueológicas interpretadas como cabanas. O conjunto artefactual exumado enquadra-se

sobretudo no Bronze Final, embora se registem igualmente recipientes cerâmicos que

remontam à Idade do Ferro, de influência oriental e romana (Pimenta, Mendes, 2010/2011,

p.595). Tal como no Cabeço de Alcainça, verifica-se o tratamento de superfície «a cepillo»

nas superfícies de grandes recipientes de armazenagem (Pimenta, Mendes, 2010/2011, p.596).

Bibliografia:

Pimenta, J., Mendes, H. (2010/2011)

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23. Quinta da Marquesa II (Vila Franca de Xira)

Localização administrativa: Monte dos Castelinhos, Concelho de Vila Franca de Xira,

Distrito de Lisboa;

CNS: 30388

Relevo: planície;

Visibilidade: circular;

Hidrografia: Vale do Rio Grande da Pipa;

Geologia: terraço quaternário;

Tipo: casal agrícola;

Cronologia: Bronze Final, Idade do Ferro;

Espólio: Conjunto cerâmico morfo-tipológicamente associado ao Bronze Final na área em

estudo e um outro conjunto integrável entre finais do séc. VIII e VII a.C. (cerâmica com

engobe vermelho, contentores tipo pithoi de colo curto, cerâmica cinzenta e fragmentos que

apresentam decoração em bandas vermelhas e negras, (Pimenta, Mendes, 2010/2011, p.603);

Historiografia do sítio: O sítio foi identificado após destruições resultantes de trabalho na

área, pelo que foram realizadas prospecções enquadradas em estudo de dispersão de materiais

arqueológicos.

Bibliografia:

Pimenta,J., Mendes, H. (2010/2011)

24. Quinta da Carapinha I (Vila Franca de Xira)

Localização administrativa: Cadafais, Concelho de Vila Franca de Xira, Distrito de Lisboa;

CNS: 30380

Relevo: elevação;

Visibilidade: circular;

Hidrografia: Vale do Rio Grande da Pipa;

Geologia: Terraço quaternário;

Cronologia: Bronze Final, Idade do Ferro;

Espólio: Cerâmicas manuais integráveis no Bronze Final e Idade do Ferro, além de um

elemento de foice em sílex (denticulado);

Local de depósito do espólio: Museu Municipal de Vila Franca de Xira (?)

Historiografia do sítio: O sítio foi identificado durante a realização de trabalhos agrícolas que

destruíram parcialmente os níveis arqueológicos. (Pimenta, Mendes, 2010/2011, p.608).

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Bibliografia:

Pimenta,J., Mendes, H. (2010/2011).

25. Casal da Mó (Vila Franca de Xira)

Localização administrativa: Freguesia de Cachoeiras, Concelho de Vila Franca de Xira,

Distrito de Lisboa;

CNS: 30410

Relevo: elevação;

Visibilidade: circular;

Hidrografia: Vale do Rio Grande da Pipa;

Geologia: Terraço quaternário;

Cronologia: Bronze Final, Idade do Ferro;

Espólio: Fragmentos de barro de cabana, fragmentos de cerâmica manual e a torno que parece

integrar-se na Primeira Idade do Ferro.

Local de depósito do espólio: ?

Historiografia do sítio: O sítio foi identificado em prospecção em áreas agricultadas

(Pimenta, Mendes, 2010/2011, p.609).

Bibliografia:

Pimenta, J., Mendes, H. (2010/2011).

26. Castro do Amaral (Vila Franca de Xira)

Localização administrativa:

Coordenadas: ?

CNS: 18155

Relevo: elevação;

Altimetria:290 m;

Hidrografia: Vale do Rio Grande da Pipa, Estuário do Tejo, ribeira de Santana de Carnota;

Geologia: formação de calcário corálicos;

Cronologia: Calcolítico, Bronze Final, Idade do Ferro, Romano;

Espólio: Cerâmica manual, argola de bronze, machado de bronze tipo «Bujões»;

Local de depósito do espólio: Desconhecido - Museu do Instituto de Antropologia da

Universidade do Porto (?), colecção Gil Miguéis de Andrade (?).Acessivel: Museu Hipólito

Cabaço;

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Historiografia do sítio: O sítio é conhecido desde inícios do séc. XX por Hipólito Cabaço e

Sousa de Alte que aí realizaram prospecções. O sítio voltou a ser prospectado nos anos 60 por

Gil Miguéis de Andrade. Foram definidas quatro fases de ocupação da estação: a primeira

durante o Calcolítico, a segunda integrável no Bronze Final, uma terceira associada a

materiais da Idade do Ferro e uma última já em período Romano. J. Pimenta e H. Mendes

adiantam que uma nova análise dos materiais confirmou a longa diacronia de ocupação

(Pimenta, Mendes, 2010/2011, p. 611).

Bibliografia:

Pimenta ,J., Mendes, H. (2010/2011).

ACHADOS ISOLADOS/DEPÓSITOS

27. Abrigada (Alenquer)

Localização administrativa: Abrigada, Concelho de Alenquer, Distrito de Lisboa;

Coordenadas

Lat. 39.13884637;

Long. -9.02311934734

CNS: 10590;

Relevo: elevação

Altimetria: 85m;

Geologia: área da antiga ria flandriana;

Espólio: machado de talão de face plana, machado de alvado de dupla azelha;

Local de depósito do espólio: Museu Municipal de Alenquer;

Cronologia: Bronze Final;

Historiografia do sítio: O local foi inicialmente abordado por N. H. Savory em 1951 na obra

«A Idade do Bronze atlântico no Sudoeste da Europa, tendo sido alvo de estudo por E.

Barbosa em 1955.

Bibliografia: Barbosa, E. (1955);

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28. Moinho do Raposo (Alenquer)

Localização administrativa: lugar do Moinho do Raposo, freguesia de Triana, concelho de

Alenquer, distrito de Lisboa;

Coordenadas: desconhecido

CNS: 18152

Classificação: sem classificação;

Tipo: Achado isolado;

Cronologia: Bronze Final?

Relevo: elevação?

Hidrografia: Rio Alenquer, afluente do Tejo a Este;

Espólio: espada em bronze, com nervura central;

Local de depósito do espólio: Museu Municipal Hipólito Cabaço;

Historiografia do sítio: A informação existente sobre o local do Moinho do Raposo é deveras

escassa, desconhecendo-se a sua localização, altitude e as características do contexto

estratigráfico do qual foi recolhida uma espada em bronze com nervura central. O espólio

proveniente do Museu Hipólito Cabaço, permitiu que os estudos de Maria Gertrudes

Azinheira Branco, realizados no âmbito do estudo do Povoamento do Calcolítico ao Bronze

Pleno da actual Bacia Hidrográfica do Rio Alenquer (PNTA, 2002) caracterizassem a área

envolvente do sítio da Pedra do Ouro (Alenquer). Relativamente aos indícios de actividade

metalúrgica atestada pela elevada quantidade de cadinhos de refundição no sítio da Pedra do

Ouro, (Branco, 2007, p. 96), as análises revelaram que todos os objectos metálicos à excepção

de um machado plano nº 1816, são cobres arsenicais, sendo este último em cobre puro.

Fica portanto por desvendar uma eventual ocupação durante os finais do Bronze no sítio do

Moinho do Raposo.

Bibliografia

Barbosa, E. (1995).

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INVENTARIO