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CECONFI/2018 ANEXO VII ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU

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CECONFI/2018

ANEXO VII – ESTUDO DE VIABILIDADE

ECONÔMICA E FINANCEIRA

CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU

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MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU

Francisco Lacerda Brasileiro

Prefeito Municipal

Gilmar Antonio Piolla

Secretário Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos.

Fouad Hamad Mehanna

Diretoria de Captação de Investimentos

Anderson Augusto de Freitas Kobus

Diretor Presidente - CECONFI

Elaboração e Responsabilidade Técnica:

José Borges Bomfim Filho - CORECON Nº 5.871-8

Colaboradores:

Carlos Alberto D’Azevedo Carneiro Neto

Leandro Vandré Heineck

Lourenço Kurten

Ramiciely Carlessi

Zenecides Simonetto

Keila Cristina Lima

Apoio:

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Instituto Polo Internacional Iguassu - Núcleo de Projetos

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------- 7

2. O CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU ---------------------- 09

2.1. A PROPRIEDADE DO CENTRO DE CONVENÇÕES ------------------------------------------------------------------- 10 2.2. AS CARACTERÍSTICAS E DADOS DO CENTRO DE CONVENÇÕES ---------------------------------------------- 111

2.3. A EXPLORAÇÃO COMERCIAL PELA INICIATIVA PRIVADA ------------------------------------------------------- 13

2.4. O MODELO DE OUTORGA À INICIATIVA PRIVADA ---------------------------------------------------------------- 14

2.5. OS OBJETIVOS DA OUTORGA ------------------------------------------------------------------------------------------ 15

3. O CONTEXTO DA INDÚSTRIA DE EVENTOS -------------------------------- 16

3.1. A INDÚSTRIA DE EVENTOS --------------------------------------------------------------------------------------------- 16 3.2. OS FATORES DE RISCO DO PROJETO --------------------------------------------------------------------------------- 19

3.3. OS FATORES DE SUCESSO DO PROJETO ------------------------------------------------------------------------------ 20

4. A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE EVENTOS ------------------- 22

4.1 PARTICIPANTES DA CADEIA DE VALORES DA INDÚSTRIA DE EVENTOS --------------------------------------- 22

5. COMPORTAMENTO DO MERCADO DE EVENTOS ------------------------ 24

5.1. O MERCADO DE EVENTOS INTERNACIONAIS ----------------------------------------------------------------------- 24

5.2. O MERCADO DE EVENTOS NACIONAIS ------------------------------------------------------------------------------ 26

5.3. O MERCADO DE EVENTOS LOCAIS ----------------------------------------------------------------------------------- 29

5.4. O COMPORTAMENTO DA OFERTA ------------------------------------------------------------------------------------ 31

5.5. O COMPORTAMENTO DA DEMANDA --------------------------------------------------------------------------------- 32

5.6. O TURISMO COMO INDUTOR DA DEMANDA POR EVENTOS ------------------------------------------------------ 33

6. O NEGÓCIO DE EVENTOS E SUAS PECULIARIDADES ------------------- 38

6.1. RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES ---------------------------------------------------------------------------- 38 6.2. PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS CLIENTES ----------------------------------------------------------------------------- 39

6.3. PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES --------------------------------------------------------------------- 39

6.4. AMEAÇA DE ENTRADA DE NOVOS CONCORRENTES -------------------------------------------------------------- 39

6.5. AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS ------------------------------------------------------------------------------- 39

7. O EMPREENDIMENTO -------------------------------------------------------------- 41

7.1. A LOCALIZAÇÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ------------------------------------------------------------------- 41

7.2. A OPORTUNIDADE DO EMPREENDIMENTO -------------------------------------------------------------------------- 45

7.3. A DISPOSIÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO À CONCESSÃO---------------------------------------------------- 46

7.4. O VALOR DE OUTORGA PARA CONCESSÃO ------------------------------------------------------------------------ 51

8. ASPECTOS OPERACIONAIS ------------------------------------------------------- 53

8.1. AS EXIGÊNCIAS MÍNIMAS DA CONCESSÃO ------------------------------------------------------------------------- 53

8.2. A ESTRUTURA BÁSICA DE CUSTOS ----------------------------------------------------------------------------------- 55

8.3. A FORMAÇÃO DOS PREÇOS DO MERCADO -------------------------------------------------------------------------- 57

8.4. A FORMAÇÃO DOS PREÇOS IMPLÍCITOS ----------------------------------------------------------------------------- 57

8.5. ESTRATÉGIAS COMERCIAIS POSSÍVEIS ------------------------------------------------------------------------------ 57

9. PROJEÇÕES ECONÔMICAS E FINANCEIRAS ------------------------------- 58

9.1. AS PREMISSAS BÁSICAS ADOTADAS --------------------------------------------------------------------------------- 58

9.2. AS ESTIMATIVAS DE VENDAS ----------------------------------------------------------------------------------------- 60

9.3. AS ESTIMATIVAS DE RESULTADOS ----------------------------------------------------------------------------------- 62

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9.4 AS ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA ----------------------------------------------------------------------------- 64

9.5. AS ESTIMATIVAS DE VALOR ADICIONADO ------------------------------------------------------------------------- 66

9.6. AS ESTIMATIVAS DE PONTO DE EQUILÍBRIO DO NEGÓCIO ------------------------------------------------------ 68

10. INDICADORES DA VIABILIDADE DO NEGÓCIO -------------------------- 70

10.1. METODOLOGIAS DOS ÍNDICES DE VIABILIDADE ----------------------------------------------------------------- 70

10.2. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA -------------------------------------------------------- 71

11. OS RESULTADOS DECORRENTES DA CONCESSÃO -------------------- 73

11.1. PREMISSAS PARA OS RESULTADOS --------------------------------------------------------------------------------- 74

12. AS EXIGÊNCIAS PARA A VIABILIDADE ------------------------------------- 75

12.1. AS PRÁTICAS DE GESTÃO --------------------------------------------------------------------------------------------- 75

12.2. A GOVERNANÇA CORPORATIVA ------------------------------------------------------------------------------------ 75

12.3. AS ESTRATÉGIAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 75

12.4. O MARKETING E A COMUNICAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 75

12.5. A INOVAÇÃO DE PROCESSOS, PRODUTOS E SERVIÇOS ---------------------------------------------------------- 75

12.6. A SUSTENTABILIDADE DO NEGÓCIO ------------------------------------------------------------------------------- 75

12.7. A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL -------------------------------------------------------------------- 75

13. AS CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS -------------------- 77

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DE CAPITAL DO CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU ----------------------------------- 10

QUADRO 2 – SITUAÇÃO DO PÓRTICO DE ENTRADA ------------------------------------------------------------------------------------------------ 11

QUADRO 3 – SITUAÇÃO DO ESTACIONAMENTO ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 11

QUADRO 4 – SITUAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA REALIZAÇÃO DE FEIRAS, EXPOSIÇÕES, SHOWS E EVENTOS. ----------------------------------- 11

QUADRO 5 – IMPACTOS GERADOS PELA INDÚSTRIA DE EVENTOS NO BRASIL – 2001 A 2013 ------------------------------------------------- 18

QUADRO 6 – PARTICIPAÇÃO DO BRASIL EM EVENTOS INTERNACIONAIS ------------------------------------------------------------------------ 24

QUADRO 7 – DESLOCAMENTOS DA DEMANDA POR EVENTOS NO BRASIL ----------------------------------------------------------------------- 28

QUADRO 8 – PARTICIPAÇÃO DA OFERTA DE ESPAÇOS DE FOZ DO IGUAÇU ---------------------------------------------------------------------- 29

QUADRO 9 – ESTIMATIVA DO NÚMERO DE EVENTOS EM FOZ DO IGUAÇU ----------------------------------------------------------------------- 29

QUADRO 10 – ESTIMATIVA DO NÚMERO DE PARTICIPANTES EM EVENTOS EM FOZ DO IGUAÇU ---------------------------------------------- 30

QUADRO 11 – ESTIMATIVA DA RECEITA DE EVENTOS EM FOZ DO IGUAÇU --------------------------------------------------------------------- 31

QUADRO 12 – OFERTA DOS MEIOS DE ALIMENTAÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------- 33

QUADRO 13 – FORMAS DE GERENCIAMENTO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33

QUADRO 14 – OPORTUNIDADES ESPECIAIS DE COMPRAS ----------------------------------------------------------------------------------------- 34

QUADRO 15 – OPORTUNIDADE DE LAZER E ENTRETENIMENTO ---------------------------------------------------------------------------------- 34

QUADRO 16 – SENSIBILIDADE DO CONSUMIDOR DO TURISMO EM RELAÇÃO À RENDA -------------------------------------------------------- 35

QUADRO 17 – ORIGEM DO PÚBLICO ALVO INTERNO ---------------------------------------------------------------------------------------------- 36

QUADRO 18 – ORIGEM DO PUBLICO ALVO EXTERNO---------------------------------------------------------------------------------------------- 36

QUADRO 19 – DISTÂNCIA DAS PRINCIPAIS CIDADES ---------------------------------------------------------------------------------------------- 43

QUADRO 20 – DISTÂNCIA DOS ATRATIVOS DO CENTRO DA CIDADE ----------------------------------------------------------------------------- 45

QUADRO 21 – ÁREA DISPONÍVEL PARA EXPOSIÇÕES E EVENTOS -------------------------------------------------------------------------------- 46

QUADRO 22 – PRINCIPAIS RAZÕES DO TRADE EM SER A FAVOR DA CONCESSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ---------------------------- 47

QUADRO 23 – PRINCIPAIS RAZÕES DO TRADE EM SER CONTRA A CONCESSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ------------------------------ 48

QUADRO 24 – DISPOSIÇÃO MÉDIA A PAGAR DA SOCIEDADE PELOS EVENTOS ------------------------------------------------------------------ 49

QUADRO 25 – PREÇOS MÉDIOS PRATICADOS PELA INDÚSTRIA NACIONAL DE EVENTOS POR ASSENTO/DIA EM 2013 --------------------- 49

QUADRO 26– PREÇOS MÉDIOS PRATICADOS PELA INDÚSTRIA NACIONAL DE EVENTOS EM 2013 -------------------------------------------- 50

QUADRO 27 – PERFIL DOS ENTREVISTADOS, TEMAS E POSICIONAMENTOS. --------------------------------------------------------------------- 50

QUADRO 28 – VALOR DE OUTORGA MÍNIMO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 51

QUADRO 29 – USOS E FONTES DE RECURSOS------------------------------------------------------------------------------------------------------- 53

QUADRO 30 – CAPEX – DETALHAMENTO DOS USOS --------------------------------------------------------------------------------------------- 54

QUADRO 31 – CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS ------------------------------------------------------------------------------------------------- 55

QUADRO 32 – OPEX – ESTRUTURA DE CUSTOS OPERACIONAIS – R$/1000 -------------------------------------------------------------------- 56

QUADRO 33 – PREMISSAS BÁSICA ADOTADAS ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 58

QUADRO 34 – PROJEÇÕES DE VENDAS ANUAIS – EM R$/1000 ----------------------------------------------------------------------------------- 61

QUADRO 35 – PROJEÇÕES DE RESULTADOS ANUAIS – EM R$/1000 ----------------------------------------------------------------------------- 63

QUADRO 36 – PROJEÇÕES DE FLUXOS DE CAIXAS ANUAIS – EM R$/1000 ---------------------------------------------------------------------- 65

QUADRO 37 – PROJEÇÕES DE VALORES ADICIONADOS ANUAIS – EM R$/1000 ----------------------------------------------------------------- 67

QUADRO 38 – PONTO DE EQUILÍBRIO ANUAL – EM R$/1000 ------------------------------------------------------------------------------------- 69

QUADRO 39 – METODOLOGIAS DE CÁLCULO DOS INDICADORES --------------------------------------------------------------------------------- 70

QUADRO 40 – INDICADORES DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA --------------------------------------------------------------------- 71

QUADRO 41 – BENEFÍCIOS DECORRENTES DA CONCESSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES – R$/1000 --------------------------------------- 73

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – EXPECTATIVAS DE MERCADO -------------------------------------------------------------------------------------------- 16

FIGURA 2 – NUMERO DE EVENTOS REALIZADOS NO BRASIL – 2013 -------------------------------------------------------------- 17

FIGURA 3 – NUMERO DE PARTICIPANTES EM EVENTOS – 2013 -------------------------------------------------------------------- 17

FIGURA 4 – CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE EVENTOS --------------------------------------------------------------------- 22

FIGURA 5 – PRINCIPAIS AGENTES QUE COMPÕEM A INDÚSTRIA DE EVENTOS -------------------------------------------------- 23

FIGURA 6 – PARTICIPAÇÃO HISTÓRICA DO BRASIL NOS EVENTOS INTERNACIONAIS ------------------------------------------ 25

FIGURA 7 – PARTICIPAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU EM EVENTOS INTERNACIONAIS ------------------------------------------------ 26

FIGURA 8 – TENDÊNCIA DO NÚMERO DE EVENTOS EM GERAL -------------------------------------------------------------------- 27

FIGURA 9 – TENDÊNCIA DO NÚMERO DE PARTICIPANTES EM EVENTOS EM GERAL -------------------------------------------- 27

FIGURA 10 - TENDÊNCIA DA RECEITA GERADA PELA INDÚSTRIA DE EVENTOS NACIONAL ----------------------------------- 28

FIGURA 11 - MÉDIA ANUAL DA PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL INTERNA --------------------------------------------------------- 36

FIGURA 12 - MÉDIA ANUAL DA PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL EXTERNA -------------------------------------------------------- 37

FIGURA 13 - MÉDIA ANUAL DA PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DA ORIGEM ------------------------------------------------------ 37

FIGURA 14 – FORÇAS COMPETITIVAS SEGUNDO PORTER (2008) ------------------------------------------------------------------ 38

FIGURA 15 – ÁREA DO CENTRO DE CONVENÇÕES ----------------------------------------------------------------------------------- 41

FIGURA 15.A – ÁREA DO CENTRO DE CONVENÇÕES -------------------------------------------------------------------------------- 42

FIGURA 16 – PROXIMIDADE DAS GRANDES AGLOMERAÇÕES HUMANAS -------------------------------------------------------- 43

FIGURA 17 – PROXIMIDADE DOS LOCAIS IMPORTANTES ---------------------------------------------------------------------------- 44

FIGURA 18 – POSIÇÃO DOS ENTREVISTADOS DO TRADE TURÍSTICO EM RELAÇÃO À CONCESSÃO --------------------------- 46

FIGURA 19 – POSIÇÃO DOS ENTREVISTADOS DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO À CONCESSÃO ----------------------------------- 48

FIGURA 20 – REPRESENTAÇÃO DO PONTO DE EQUILÍBRIO ------------------------------------------------------------------------- 68

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1. INTRODUÇÃO

Os grandes eventos realizados nos últimos anos no Brasil, como a copa do mundo e outros

eventos culturais, deram ao país grande visibilidade internacional, revelando que o mesmo tem

grandes atrativos, vasto acervo cultural, diversidade de folclore, gastronomia variada entre outros.

Também é visível que o país dispõe de infraestrutura para sediar grandes eventos

internacionais, gerando divisas importantes e benefícios em termos de emprego e renda para a

população.

O Brasileiro é um povo receptivo por natureza, que vem se preparando cada vez mais para

receber pessoas de outras regiões do mundo e se especializando em turismo e eventos.

Segundo dados da ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos, o mercado de

eventos vem crescendo em média 14% ao ano, na última década. A mesma entidade realizou, em

2013, pesquisa que revelou que o segmento de eventos no Brasil movimentou R$ 209,2 bilhões

em 2013, representando uma participação de 4,32% do PIB, decorrente de um número de 590 mil

eventos realizados, sendo que 95% deles foram nacionais. Estas quantidades de eventos tiveram a

participação de 202,2 milhões de pessoas as quais gastaram, em média, R$ 161,80 por dia. A

receita das empresas organizadoras de eventos, segundo a ABEOC, cresceu entre 2001 e 2013, 18

vezes e as mesmas lucraram R$ 59 bilhões.

Este crescimento reflete a postura dos empreendedores que assumiram, nos últimos anos,

uma posição de vanguarda no setor de eventos, introduzindo inovações importantes e grande

capacitação de pessoas.

No Paraná, Foz do Iguaçu se destaca como um destino consolidado para eventos, pois

alinha infraestrutura de espaços a oferta hoteleira ampla e diversificada a existência de atrativos

naturais de renome internacional. Além de oportunizar aos participantes as possibilidades de

compras. Ou seja, oferece aos participantes de eventos a combinação de trabalho com atrativos

turísticos que não existem em outros centros.

Foz do Iguaçu tem o privilégio de estar localizada próximo aos grandes centros emissivos

da demanda por eventos, ao mesmo tempo em que é uma cidade turística que se localiza na

fronteira com outros dois países.

A partir de uma visão geral sobre o desempenho da Indústria de Eventos, este estudo tem

como propósito demonstrar se ha ou não viabilidade da concessão do Centro de Convenções de

Foz do Iguaçu. Para tanto trata dos seguintes aspectos: a concessão do Centro de Convenções

enquanto objeto do estudo, o contexto geral da indústria de eventos, a cadeia produtiva da

indústria de eventos, o comportamento do mercado de eventos, as peculiaridades do negócio de

eventos, o empreendimento, a operacionalização, as projeções econômicas e financeiras, os

indicadores de viabilidade, os resultados esperados na concessão, as exigências da viabilidade e as

considerações finais.

O estudo adota abordagem da avaliação econômica a preços de mercado, onde são

elaboradas projeções e calculados os indicadores com base nos parâmetros médios do setor.

Porém, de certa forma, se considerou a disposição da população a pagar pelos serviços que

venham a ser ofertados.

O objeto da concessão é “o planejamento, a implementação e a operação do Centro de

Convenções de Foz do Iguaçu, e das áreas adjacentes, visando à realização de eventos e à

instalação de equipamentos de apoio, inclusive hotelaria”.

Com base no objeto da licitação acima definimos como objeto deste trabalho a verificar a

Viabilidade Econômica e Financeira ou não da Concessão do Espaço Público “Centro de

Convenções de Foz do Iguaçu”. Tendo como objetivos principais os seguintes:

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a) Verificar a Viabilidade Econômica e Financeira ou não da concessão do Espaço Público

em questão;

b) Avaliar os resultados que serão alcançados se são, de fato, compensatórios e, se estão

em conformidade com os interesses públicos; e

c) Identificar e descrever as exigências para a Viabilidade Econômica e Financeira do

empreendimento.

Diante do exposto, o estudo parte da hipótese de que se trata de um empreendimento

viável, cujos resultados se conformam com os interesses públicos, como se demonstra a seguir.

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2. O CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU

O Centro de Convenções de Foz do Iguaçu compreende um projeto de dimensões

econômicas e sociais de grande abrangência.

Iniciado em 14 de julho de 1986, sob a denominação Companhia Foz do Iguaçu de

Turismo (CONFOZTUR), criada com a finalidade de edificar um centro de convenções em Foz do

Iguaçu, bem como administrar e explorar comercialmente o equipamento, posteriormente sofreu

modificação em sua razão social, tendo à sociedade anônima de economia mista recebido a

nomenclatura de Centro de Convenções de Foz do Iguaçu S/A - CECONFI.

Planejado para receber eventos de diversos formatos, portes e níveis de exigências, o

Centro de Convenções tem apresentado desde o princípio um histórico de subaproveitamento do

seu real potencial mercadológico. Transcorridos 27 anos desde a constituição do CECONFI, as

obras de construção do Centro de Convenções ainda não foram plenamente concluídas.

Contando com um quadro de funcionários exíguo, mormente voltado para a execução das

demandas jurídico-contábeis, atualmente a organização sequer dispõe de um profissional atuando

na captação de eventos.

Tendo na Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu o ente responsável por sua

manutenção econômica, a administração do Centro de Convenções não apresenta um plano

estratégico com os objetivos e metas perseguidos pela organização.

Embora o art. 3º do estatuto do CECONFI defina que este tem por objeto a construção,

administração e exploração do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, não existem conceitos

definidos sobre sua visão, missão e valores, acarretando, por exemplo, o desconhecimento sobre

as reais diferenças do produto ofertado em relação àqueles vendidos por outros players do

contexto local e nacional. Grosso modo, a percepção existente não ultrapassa a noção de que o

Centro de Convenções oferece uma estrutura de porte maior do que os demais concorrentes.

Tais carências, inevitavelmente contribuem para a pouca expressividade do Centro de

Convenções no cenário de eventos local, fazendo com que as receitas advindas da locação do

equipamento sejam insuficientes para desonerar a Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu,

principal acionista do Centro de Convenções, do ônus econômico necessário para a manutenção da

estrutura física e organizacional.

Ao contextualizar o Centro de Convenções, o que se apresenta é um reduzido número de

eventos realizados e um baixo índice anual de ocupação do equipamento, em profundo

descompasso com outros espaços de eventos locais. Têm-se um equipamento com potencial para

receber grandes eventos e operar em escala internacional, mas que está inoperante, contrariando

até mesmo o histórico mais recente da atividade turística no município de Foz do Iguaçu.

Vale evidenciar que na metade da década de 2000, quando preocupados com o cenário de

redução da demanda turística no destino, em oposição à tendência de retomada do crescimento

econômico brasileiro, que dentre outros efeitos aumentava o poder aquisitivo da população e

favorecia o consumo, as lideranças do setor turístico de Foz do Iguaçu buscaram estabelecer

mecanismos capazes de estimular o crescimento econômico local.

Com isso, em 2007 foi posto em prática um novo modelo de gestão dos interesses do

turismo no destino, denominado Gestão Integrada do Destino Iguaçu. Os atores locais, de forma

colegiada, passaram a adotar diretrizes comuns para o desenvolvimento turístico. Nesse processo o

destino obteve, dentre outros, os seguintes ganhos:

a) Ampliação no número de voos regulares para Foz do Iguaçu, possibilitando um

aumento contínuo e consistente do número de turistas, fazendo com que o Aeroporto

Internacional Foz do Iguaçu/Cataratas passasse de 6 voos diários em 2006 para uma

média diária de 40 operações diárias, entre pousos e decolagens, em 2016, com volume

de passageiros chegando na casa de 2,1 milhões de pessoas em 2016;

b) Aumento do fluxo turístico na região. A visitação no Parque Nacional do Iguaçu passou

de 1.055.433 pessoas em 2007 para o número recorde de 1.642.093 visitantes em 2015,

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não tendo tal fluxo sido inferior a casa de um milhão de pessoas nem mesmo em 2009

quando a Europa, principal emissor fora da América do Sul, passou a sentir os efeitos da

crise econômica iniciada nos Estados Unidos no ano anterior;

c) Maior exposição do destino na mídia nacional e internacional, mediante ações como a

Campanha Vote Cataratas, que de forma exitosa contribuiu para que a Cataratas do

Iguaçu fosse escolhida uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza; e

d) Consolidação da imagem de Foz do Iguaçu como destino de lazer, sendo no Brasil o

segundo destino mais procurado por turistas estrangeiros em busca de lazer.

No âmbito nacional, entre os anos de 2004 e 2012, conforme dados da EMBRATUR, o

mercado de eventos brasileiro apresentou crescimento de 390% na realização de eventos

internacionais.

O mesmo estudo apontou que Foz do Iguaçu, no ano de 2010, ocupou a oitava colocação

entre cidades brasileiras que mais sediaram eventos internacionais, com oito eventos realizados. Já

em 2012, conforme o relatório da International Congress and Convention Association (ICCA), o

destino havia alcançado o quarto posto entre as cidades brasileiras que mais recebem eventos

internacionais reconhecidos pela associação.

Com 16 eventos realizados, Foz do Iguaçu figurava atrás apenas de São Paulo, Rio de

Janeiro e Brasília, tendo subido 92 posições no ranking internacional de eventos, alcançando o

honroso 142º lugar, à frente de destinos como Miami nos Estados Unidos, em 241º, e Cannes na

França, na 286ª posição.

Apesar do contexto favorável, o Centro de Convenções não foi capaz de lograr grandes

benefícios. Quem despontou com grande vigor foi o segmento hoteleiro, destinando investimentos

de grande monta para o mercado de eventos local.

Estimulados pelo fortalecimento do destino, especialmente pelo crescimento dos índices de

ocupação na hotelaria, diversas organizações investiram na construção e reforma de espaços para

eventos. Dentre os principais investidores, podem ser citados as redes Bourbon Hotéis & Resorts,

Mabu Hotéis & Resorts, Slaviero Hotéis, Golden Tulip, bem como os hotéis Recanto Park

Thermas & Resort, Viale Cataratas, Tarobá Hotel e Rafain Palace Hotel & Convention Center.

2.1. A Propriedade do Centro de Convenções

O Centro de Convenções de Foz do Iguaçu tem como acionistas a Prefeitura do Município

de Foz do Iguaçu, a Paraná Turismo, o Fundo Geral de Turismo (FUNGETUR), assim como

outros quarenta e nove acionistas minoritários do setor privado.

Quadro 1 – Evolução da Estrutura de Capital do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu

Os valores acima servem de referencia para uma compreensão da participação relativa dos

acionistas.

Ações %

Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu (PMFI) 32.269.119 75,04%

Paraná Turismo 8.384.817 19,50%

Fundo Geral de Turismo (FUNGETUR) 2.241.798 5,21%

Iniciativa Privada 104.266 0,24%

TOTAIS 43.000.000 100,00%

Fonte: CECONFI/2018

ACIONISTAS2017

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2.2. As Características e Dados do Centro de Convenções

A análise situacional do Centro de Convenções demonstrou que ainda existem obras/etapas

inacabadas como “divisórias contempladas no projeto e que não foram feitas, climatizadores,

melhora do piso dos auditórios.” O custo estimado para a conclusão do centro de convenções em

2013, era de R$ 5,0 a 10,0 milhões.

Atualmente o Centro de Convenções esta preparado para realização de eventos como:

Formaturas, Convenções, Feiras e Outros. O Centro de Convenções conta com uma estrutura que

inclui 03 auditórios, 01 pavilhão de exposição, banheiros, estacionamentos coberto e aberto.

Pesquisa realizada pela SMTU em 2012 aponta que as condições atuais do Centro de Convenções

estão conforme apresentadas abaixo.

Quadro 2 – Situação do Pórtico de Entrada

PÓRTICO Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax

Subsolo 1 57 12 4 684 ---

Fonte: SMTU/2013

O Pórtico de entrada dispõe de duas portarias laterais para acesso de veículos e pedestres,

além de oito catracas e duas áreas de bilheteria.

Quadro 3 – Situação do Estacionamento

ESTACIONAMENTO Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade vaga

Subsolo 1 78 32 2,5 2.558,13 122*

2 90 60 3,5 4.615,59 200

Fonte: SMTU/2013

A capacidade de vagas existente nos subsolos 1 e 2 é ampliada com a possibilidade de

estacionamento no entorno de todo o complexo para mais 700 veículos, incluindo área privativa

para serviços e carga e descarga, além de um estacionamento em frente ao Centro de Convenções

para mais de 3.000 veículos, que é explorado por empresa concessionária para prestação deste

serviço. (*90 vagas cobertas / 32 vagas descobertas)

Quadro 4 – Situação dos Espaços para Realização de Feiras, Exposições, Shows e Eventos

PAVILHÃO CATARATAS Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax

Feiras, Shows e Exposição 138 90 8,3 10.256 4 pax / m²

Salas de Apoio

1 9 5,8 3,5 52,2 50

2 9 5,8 3,5 52,2 50

3 9 5,8 3,5 52,2 50

4 9 8,8 3,5 79,2 65

5 9 5,8 3,5 52,2 50

6 9 5,8 3,5 52,2 50

Cozinha / Lanchonete --- --- 3 / 3,5 395, 5 ---

Sanitários --- --- 2,6 108 26 + 94 = 120

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LARGO Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax

NAIPI 24 15 4,5 360 4 pax / m²

TAROBÁ 24 24 6,24 576 4 pax / m²

Auditório do Largo Naipi 32,75 18,93* 4,5 620 235 Lugares

PAVILHÃO IGUASSU Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax

Feiras, Exposição e Reuniões 96 37 4,5 3.500 5.100*

Sala de Apoio 8,8 5,6 2,8 49 20

Lanchonete --- --- 2,8 100 ---

Sanitários --- --- 2,6 120 20

AUDITÓRIO ITAIPU

BINACIONAL Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax

Auditório Principal 93 37 4,8 3.500 5.040*

Palco 17 4,3 4 73** ---

Camarim 1 5,6 5,5 3,6 30,8 ---

Camarim 2 4 4 3,6 16 ---

Sala de Apoio 8,5 8,6 3,6 73,1 36

Sala VIP 5,9 4 3,6 23,6 ---

Sanitários 15 7,5 2,6 112,5 ---

Fonte: SMTU/2013

O Pavilhão Cataratas é o espaço de realização de feiras, exposição e shows. Os Largos

Naipi e Tarobá são formados pelo conjunto de praça central, onde está situado o Largo Naipi, com

auditório, e a varanda – Largo Tarobá.

No formato de espaço multiuso, oferece apoio tanto aos pavilhões como área de integração

para os serviços de coffee break, por dispor de uma estrutura de lanchonete, além de apoio para

shows com a montagem de camarote e área VIP. O Largo também permite acesso interno ao

auditório principal no piso superior. (*Largura Média)

O Pavilhão Iguassu utilizado para feiras e exposições, permite a montagem no formato em

auditório, comportando na área uma distribuição de onze salas para reuniões, palestras, workshops

e rodada de negócios, com aproveitamento simultâneo de uma sala com área total de 1.195m², seis

salas com área total de 225m² cada, duas com área total de 135m² cada, e duas de apoio, com área

total de 90 m², além de áreas de circulação de 385m² e 210m². (*formato de auditório)

O Auditório Itaipu Binacional dispõe de estrutura fixa de palco, camarins, Sala VIP, Sala

de Apoio, com auditório permanente com 2.500 poltronas, além de sanitários, e área útil para

montagem de salas para reuniões e workshops, dividida em 03 auditórios, respectivamente com as

seguintes áreas: 1.637.81m², 455.18m² e 429.03m². O espaço ainda dispõe de sistema de

refrigeração independente. (* formato de auditório / **área útil)

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O Centro de Convenções apresenta ainda, outras características técnicas de apoio a eventos

tais como:

a) Número de pontos de energia elétrica: vários – capacidade total de 2.700 kW para uso;

b) Tipo de corrente elétrica: 110 e 220 volts;

c) Vários pontos de água;

d) Existência de sistema de prevenção de incêndio/segurança;

e) Existência de banheiros externos para equipes de montagem;

f) Tipos de equipamentos e estrutura para portadores de necessidades especiais como

rampas e banheiros adaptados; e

g) Tipos de equipamentos e estrutura de telefonia móvel e internet como link de internet

por fibra ótica de 100 Mbps, sistema wireless distribuído pelo pavilhão.

2.3. A Exploração Comercial pela Iniciativa Pri vada

Realizado durante os meses de fevereiro março de 2013, a prospecção do mercado para o

Projeto de Destinação de Uso do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu possibilitou confirmar

rapidamente a hipótese inicial de que uma exploração comercial pela iniciativa privada não apenas

é mercadologicamente viável, como existe grande interesse do setor privado em operar o

equipamento.

Iniciada a fase de consulta ao mercado, sobre as alternativas de uso do equipamento, foram

feitos levantamentos junto à ex-gestores do CECONFI e proprietários de empresas organizadoras

de eventos que estiveram envolvidos com a captação e realização de eventos no Centro de

Convenções de Foz do Iguaçu.

Conforme as declarações obtidas junto aos profissionais, identificou-se que o

equipamento possui alto grau de atratividade para a captação de eventos. Que sua localização

num destino como Foz do Iguaçu, com vasta rede hoteleira, serviços de receptivo turísticos bem

estruturados, profissionais qualificados para atuar no segmento de eventos, bem ainda a

proximidade com o Paraguai e a Argentina, contribuem positivamente para a captação de eventos

e convenções. Contudo, a necessidade de investimentos na modernização do Centro de

Convenções foi também destacada por estes profissionais.

Ainda que o Centro de Convenções possua dimensões mais amplas que aquelas ofertadas

pelos concorrentes locais, o equipamento padece da falta de divisórias nos principais pavilhões, o

que dificulta a divisão em espaços múltiplos e, a realização de eventos de menor porte

simultâneos, tendência atual no negócio.

Igualmente, foram prospectadas informações junto à Associação Brasileira de Centros de

Convenções e Feiras (ABRACCEF), entidade que congrega empreendimentos ou

estabelecimentos empresariais que ofertam espaços para eventos e serviços com estes correlatos.

Dentre as informações obtidas, foi destacado que a concessão ou terceirização de

equipamentos públicos à iniciativa privada têm sido uma tendência forte no mercado de eventos.

Que, mais além de uma maior dinâmica operacional em relação à administração pública desses

locais, a exploração comercial dos centros de convenções por empresas privadas especializadas

gera ganhos tanto no volume de eventos realizados, como na qualidade de operação dos espaços

de eventos.

Ao mesmo tempo, foi destacado que uma eventual operação do Centro de Convenções pela

iniciativa privada deve ser feita de modo integral, sem qualquer fracionamento dos serviços

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possíveis no espaço de eventos, pois a integralidade da operação é condição sine qua non para

a viabilidade do negócio. Outros cases de concessão ou terceirização de equipamentos públicos à iniciativa privada,

também foram estudados, dentre os quais podem ser destacados: o Expo Renault Barigui

localizado em Curitiba; o Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo e Centro de Convenções

Riocentro, situado na cidade do Rio de Janeiro.

Do contato com o centro de convenções Expo Renault Barigui, resultou não apenas o

repasse de informações relevantes para o projeto, como a posterior visita do gestor do

empreendimento ao Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, que ao realizar a inspeção do centro

de eventos local, destacou o explícito interesse do grupo econômico que representa em participar

de uma possível concorrência para exploração do equipamento.

O mesmo informou que em Curitiba, pela necessidade de construir não apenas obras

complementares, como reconstruir o espaço de eventos anteriormente existente, os investimentos

realizados chegaram à cifra de R$ 26 milhões. Extraoficialmente, o gestor destacou que dada à boa

conservação do Centro de Convenções, os investimentos não seriam inferiores à R$ 10 milhões na

modernização do espaço de eventos.

No que diz respeito ao Centro de Exposições Imigrantes, o contato coincidiu com o

término da antiga concessão, tendo sido esclarecido que o edital licitatório havia sido suspenso por

ordem judicial, mas que tão logo fosse readequado legalmente o certame licitatório teria

continuidade, sendo os investimentos estimados na ordem de R$ 165 milhões.

O processo de licitação do Centro de Exposições Imigrantes, acabou tendo seu fechamento

no dia 5 de julho de 2013, com assinatura do contrato em 21 de agosto de 2013, quando foi

anunciada como vencedora a empresa francesa GL Events, que já explora o Espaço Riocentro, na

cidade do Rio de Janeiro, bem como a expansão dos seus atuais 213 mil metros² para 331 mil

metros², num investimento total de R$ 300 milhões.

Tais levantamentos fortaleceram o entendimento de que, apesar da diminuição do ritmo de

crescimento da economia brasileira, o potencial do negócio turístico em Foz do Iguaçu, a

movimentação econômica gerada pelos eventos internacionais que acontecerão nos próximos

anos, bem como a oportunidade de negócios aberta aos atores privados que ofertam espaços para

eventos, poderão não apenas findar o estado de letargia existente no atual modelo de exploração

comercial do Centro de Convenções, como, mais importante, trazer ganhos econômicos para o

quadro de acionistas e geração de emprego e renda para a população.

2.4. O Modelo de Outorga à Iniciativa Privada

Com a evolução das atividades relativas à definição da forma de utilização do Centro de

Convenções e a propensão pelo modelo adotado na outorga do Parque de Exposições Barigui, em

Curitiba, que teve seu espaço de eventos repassado à iniciativa privada através de processo de

licitação com concessão onerosa de uso e exploração de bem público precedida de obra pública.

A opção pela concessão convencional visa uma autonomia econômica do negócio, com

pagamento realizado a partir de tarifas cobradas dos usuários dos serviço concedido/explorado, ao

contrário das PPPs tradicionais, cuja remuneração do agente privado pode ser realizada

exclusivamente pelo governo ou numa combinação de tarifas cobradas dos usuários dos serviços

mais os recursos públicos complementares necessários para a viabilidade do negócio.

Enquanto concessões comuns partem do pressuposto de uma outorga economicamente

viável, capaz de ser operacionalizada sem novos aportes financeiros estatais ao concessionário, a

premissa das PPPs resulta de uma visível ausência de sustentabilidade econômica. Os

pressupostos das PPPs se apresentam divergentes das premissas que embasaram o Projeto de

Destinação de Uso do Centro de Convenções, quais sejam: desonerar os acionistas do CECONFI,

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dinamizar o setor de eventos no município, bem como produzir retorno financeiro pela

exploração do espaço de eventos.

Desse modo, considerando o Projeto de Destinação de Uso do Centro de Convenções,

considerando a premissa de concessão da exploração do Centro de Convenções, bem como a

natureza e a função do instituto jurídico da outorga sugere-se o procedimento de licitação para

concessão onerosa de uso e exploração de bem público precedida de obra pública na modalidade

concorrência, do tipo melhor proposta com combinação de maior oferta e melhor técnica, no qual

o CECONFI, atuará como responsável pela fiscalização de operação/exploração pelo

concessionário, bem como entidade atuante no interesse do quadro de acionistas.

Do ponto de vista jurídico os órgãos do município esclarecem que as pretensões de

destinação de uso “por intermédio de um regime de concessão ou terceirização, mediante processo

licitatório, no qual a Companhia (CECONFI) será responsável pela fiscalização de

operação/exploração”, deve considerar a “lei de criação da Companhia e o seu Estatuto Social”.

A PGM continua destacando que, o referido estatuto define que as atividade inerentes à

exploração do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu compreendem “congressos, feiras,

exposições, seminários, conferências e outros desta natureza”, bem ainda que Projeto de

Destinação de Uso do Centro de Convenções, ao considerar a possibilidade de construção de hotel

ou teatro, bem ainda de obras estruturais complementares, descaracteriza “as funções originais de

suas atividades, desvirtuando a destinação primária do bem (Centro de Convenções)”.

Declara ainda que, uma “divergência entre os preceitos do Estatuto Social e os ditames

preconizados na Lei de Criação da Companhia, pode gerar diversas discussões em âmbito do

Poder Judiciário”. Por último, objetivando evitar conflitos judiciais, a PGM chama a atenção para

a necessidade de “Convocação de Assembleia, para reforma estatutária”.

2.5. Os Objetivos da Outorga

As avaliações das equipes do CECONFI e SMTU identificam que o processo licitatório

como melhor viabilização da outorga para exploração comercial do Centro de Convenções pela

iniciativa privada é a concessão onerosa de uso e exploração de bem público precedida de obra

pública na modalidade concorrência.

Concluiu que se deve manter o Centro de Convenções como instituição responsável por

fiscalizar a operação e exploração do equipamento, atuando no interesse do quadro de acionistas e

intermediando a relação destes com um futuro concessionário do Centro de Convenções, ao

demonstrar, através de estudo do cenário, a existência de uma tendência pela outorga dos

equipamentos estatais de eventos ao setor privado, como exemplificado nos cases do Centro de

Exposições Imigrantes, Expo Renault Barigui, Rio Centro, Expoville, entre outros. Desta forma

foram definidos os seguintes objetivos para a outorga do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu,

para a iniciativa privada:

I. Desenvolver a economia local através da expansão da indústria de eventos;

II. Promover a geração de emprego e renda para melhoria da qualidade de vida da

população;

III. Desonerar o Poder Público dos elevados custos de manutenção do Centro de

Convenções;

IV. Promover a geração de riquezas, otimizando o uso da rede hoteleira disponível;

V. Maximizar o aproveitamento da cadeia produtiva do turismo;

VI. Assegurar a consolidação dos investimentos no Centro de Convenções;

VII. Potencializar a economia do turismo local.

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3. O CONTEXTO DA INDÚSTRIA DE EVENTOS

A conjuntura atual do Brasil inspira cuidados, pois é o momento em que terão que ser

feitos ajustes fiscais, controle de gastos, reformas da previdência, que são grandes desafios em um

cenário de baixo crescimento. Ao mesmo tempo em que tem que se fazer ajustes de curto prazo, o

Brasil se depara com questões de longo prazo: aumento da produtividade e da mão-de-obra

qualificada, para que volte a crescer e aumentar a competitividade internacional.

Figura 1 – Expectativas de Mercado

Fonte: http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20171103.pdf

O quadro acima de expectativas do mercado demonstra um inflação sob controle e com

tendências de queda. Além disso, certa estabilidade da taxa de câmbio após períodos de alta. Isso

se reflete na política monetária especialmente com a redução da taxa de juros que atualmente já

está no patamar de 7% a.a. Por estas e outras razões já se espera um crescimento econômico em

2018 de 2,5%, o que representa uma boa evolução, pois estamos saindo de um período de

recessão. Espera-se certa recuperação na confiança do investidor que pode resultar em

investimentos significativos.

Como se observa a expectativa do mercado é de recuperação da economia no curto prazo,

o que já se confirma atualmente, criando um ambiente mais propício aos negócios do setor de

eventos.

3.1. A Indústria de Eventos

Entre 2001 e 2013 essa indústria cresceu de forma acentuada. Em média 14% ao ano o que

revela o seu elevado potencial e a tendência para o futuro.

Como se observa o maior número de eventos ocorreu na Região Sudeste do país (52%),

sendo este o maior centro emissor de participantes em eventos. Foz do Iguaçu se localiza próximo

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a estes centros emissores o que gera uma vantagem comparativa em relação às demais regiões do

país, como a região norte e nordeste que está muito distante do sudeste.

Figura 2 – Numero de Eventos Realizados no Brasil – 2013

Fonte: ABEOC BRASIL & SEBRAE

Figura 3 – Numero de Participantes em Eventos – 2013

Fonte: ABEOC BRASIL & SEBRAE

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Em termos do numero de participantes a participação da região sudeste se amplia para

53%, demonstrando que existe uma relação muito forte entre número de eventos e número de

participantes, gerando um equilíbrio entre as regiões do país.

Entretanto o que se observa é que mesmo que em 2013, em termos de número de eventos,

a região nordeste tenha ultrapassado a região sul que se classifica em 2º lugar, em termos do

número de participantes a região sul teve melhor desempenho.

O quadro abaixo demonstra a evolução da indústria de eventos, considerando diversos

aspectos que servirão de parâmetros para projeções futuras. Os resultados são animadores, pois se

em 2001 existiam apenas 1.780 Espaços para Eventos, em 2013 este número alcançou 9.445, ou

seja, houve um crescimento de 430,6% no período ou em média 14% ao ano.

Os impactos do crescimento da indústria de eventos são consideráveis e demonstram um

elevado grau de importância para a economia brasileira. Em termos de receita gerada a média de

crescimento anual também foi de 14%. Em termos de tributos arrecadados a média de crescimento

anual foi de 22,7%. Em relação à geração de empregos não foi diferente, pois o crescimento médio

anual foi de 19%. Portanto, é uma economia com tendências de crescimento para o futuro.

Quadro 5 – Impactos Gerados pela Indústria de Eventos no Brasil – 2001 a 2013

Fonte: ABEOC BRASIL & SEBRAE

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3.2. Os Fatores de Risco do Projeto

Os fatores de riscos do negócio, decorrentes da evolução da indústria de eventos ou do

ambiente podem ser tipificados em dois grupos:

a) Riscos Diversificáveis ou Gerenciais:

∙ Exigência de menores custos de operação por parte dos clientes;

∙ Maior importância dada à qualidade e a preços dos eventos;

∙ Exigência de empresas com estrutura bem reduzidas;

∙ Diversificação da matriz de concorrência;

∙ Diminuição do número de dias que as pessoas participam de eventos;

∙ Os congressos regionais perdem força;

∙ Aumento do número de eventos híbridos com redução do número de participantes;

∙ Diminuição do prazo para fechamento de eventos;

∙ Tendência do aumento da entrada de empresas estrangeiras no mercado brasileiro;

∙ Tendência de empresas brasileiras serem vendidas para players internacionais;

∙ Práticas comerciais mais agressivas;

∙ Despreparo das empresas para lidarem com a concorrência;

∙ A maioria das empresas não possui posicionamento no mercado;

∙ Dificuldades de obtenção de tecnologias adequadas ao setor;

∙ Novos modelos virtuais de eventos diminuindo a procura por eventos presenciais;

∙ Limitações da capacidade de gestão das empresas;

∙ Comportamento da geração “Y” celetista, imediatista e conectada; e

∙ A juventude apresenta pouca pré-disposição para atividades de planejamento.

b) Riscos Sistêmicos:

∙ Aumento do custo de capital, decorrente da elevação da taxa de juros;

∙ Perda do poder aquisitivo dos consumidores visto o crescimento da inflação;

∙ Aumento do desemprego devido à política fiscal e monetária contracionista;

∙ Instabilidade política devido à reforma política que se avizinha e aos últimos

acontecimentos relacionados à Petrobras;

∙ Redução dos investimentos em relação ao PIB o que dificulta o crescimento

econômico;

∙ Provável redução na demanda do turismo de origem interna;

∙ Pessimismo dos consumidores em relação ao futuro da economia e da política;

∙ Incapacidade dos governos de promoverem os investimentos necessários à

infraestrutura;

∙ Baixa capacidade gerencial dos governos para oferecerem serviços de qualidade à

população;

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∙ Exagerado volume de controles burocráticos que amplificam os custos das empresas

e comprime a suas competitividades;

∙ Baixa capacidade produtiva e competitiva do trabalho e escassez de mão-de-obra

qualificada; e

∙ Elevado grau e número das exigências para a concessão do espaço público, incluindo

o custo da outorga.

3.3. Os Fatores de Sucesso do Projeto

Os fatores de sucesso do negócio, decorrentes da evolução da indústria de eventos ou do

ambiente podem ser tipificados em dois grupos: a) fatores diversificáveis ou gerenciais; b) fatores

sistêmicos. Os primeiros são aqueles que dependem da capacidade de gestão da empresa, os

segundos são aqueles sobre os quais as empresas não podem influir.

a) Fatores Diversificáveis:

∙ Ascensão do setor favorece o crescimento da empresa;

∙ A cadeia produtiva envolve diversos segmentos de negócios;

∙ O foco no lucro com qualidade promove um deslocamento de eventos para o interior;

∙ As possibilidades de operar com menores custos;

∙ Possibilidade de criação de sua própria estrutura de eventos;

∙ Aumento da participação de agencias de viagens no mercado como organizadoras;

∙ Perspectiva de aumento do número de eventos técnicos e científicos de menor porte;

∙ Fortalecimento de congressos nacionais, continentais e mundiais;

∙ Tendência de grandes eventos serem negociados em blocos;

∙ Aumenta da demanda por suporte local aos grandes eventos;

∙ Aumenta a tendência de associação de empresas estrangeiras com empresas

brasileiras;

∙ Tendência do deslocamento de empresas para outras regiões do país;

∙ Aumento da verticalização na prestação de serviços;

∙ Aumenta da expertise das empresas brasileiras;

∙ Tendência de atuação em rede como alternativa de sobrevivência;

∙ Surgimento de novos negócios na cadeia de valor;

∙ Invasão da geração “Y” no mercado de eventos como mão-de-obra e participantes;

∙ O aumento do interesse por tecnologias amplia o foco da demanda por eventos;

∙ A capacidade dos empreendedores de investir com capital próprio, reduzindo o custo

de capital;

∙ As estratégias comerciais de parcerias com as companhias de viagens, pois poderá

haver o direcionamento do fluxo de turistas;

∙ A gestão privada do empreendimento que pode adotar as melhores práticas; e

∙ Poderá ser adotada uma estrutura de custos enxuta capaz de ampliar os resultados da

empresa.

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b) Fatores Sistêmicos:

∙ A estrutura hoteleira existente com elevada qualidade na oferta;

∙ A proximidade de Foz do Iguaçu dos grandes centros emissores de participantes;

∙ A consolidação de Foz do Iguaçu com centro de atração do turismo;

∙ A capacidade do Município em ofertar serviços de alta qualidade;

∙ O poder de atração de participantes estrangeiros da marca FOZ DO IGUAÇU

Destino do Mundo;

∙ O tamanho do espaço disponível para realização de grandes eventos internacionais;

∙ A logística e o acesso dos consumidores, que contam com aeroporto de porte

internacional;

∙ A existência de maravilhas da natureza e da engenharia que representam um grande

poder de atração de visitantes para a região;

∙ A existência de outros atrativos que reforçam a demanda pelos serviços do

empreendimento;

∙ As barreiras de entrada (volumes de investimentos), que desestimula a concorrência;

∙ O elevado poder aquisitivo dos turistas externos frente à desvalorização do real;

∙ As peculiaridades da economia local que podem se servir de meios provenientes de

outros países e reduzir custos;

∙ A localização do empreendimento, que por si só é um atrativo;

∙ A oferta de serviços únicos que se conformam com a sustentabilidade ambiental,

tornando-se um estímulo aos consumidores.

O que se pode inferir das tendências acima é que tanto os riscos como os fatores de sucesso

podem se alterar no curto espaço de tempo. Portanto o que realmente fará a diferença é a

capacidade de gestão da empresa.

Logo, isso se conforma com o projeto de concessão pretendido pelo setor público, visto

que este não dispõe dessa capacidade como as empresas privadas. Em síntese, o sucesso de um

evento esta relacionado aos seguintes fatores:

a) Existência de Espaço Adequado, ou seja, variados e versáteis com boa infraestrutura e

tecnologia;

b) Atrativos Turísticos, pois existe a tendência de aliar negócios e atividades de laser e de

entretenimento;

c) Mão de obra e fornecedores qualificados na montagem dos eventos; e

d) Estrutura hoteleira em número suficiente de quartos para todos os participantes, além de

hotéis de boa qualidade.

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4. A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE EVENTOS

A cadeia produtiva da indústria de eventos é importante neste contexto por duas razões:

a) Porque mostra a integração e a sinergia entre os participantes; e

b) Porque revela as oportunidades de negócio e crescimento.

Figura 4 – Cadeia Produtiva da Indústria de Eventos

Fonte: FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

A figura acima nos fornece uma visão global da cadeia produtiva de eventos,

demonstrando a posição de cada agente econômico. Além dos impactos diretos sobre os agentes

envolvidos a cadeia de valores exerce outros dois tipos de impactos nos seus meios de atuação:

Impacto instrumental e Impacto operativo.

Segundo a FIPE (2013) “O impacto operativo consiste na influência das atividades da

cadeia gerando recursos em outras cadeias. Neste caso temos um impacto importante nas cadeias

relacionadas diretamente com a atividade turística – hospitalidade, receptivo, alimentação, etc.”.

Ainda conforme a FIPE (2013) “O impacto instrumental da atividade [...] em outras

cadeias é altíssimo, em virtude de sua característica como ferramenta de marketing visando

resultados de mercado”.

4.1 Participantes da Cadeia de Valores da Indústria de Eventos

A Indústria de Eventos como denomina a ABEOC BRASIL, envolve um relevante

conjunto de Agentes Econômicos, que juntos agregam valor e geram benefícios relativamente

importantes para o país. O conjunto de agentes envolvidos nesta indústria é demonstrado a seguir.

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Figura 5 – Principais Agentes que Compõem a Indústria de Eventos

Fonte: FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

I. Promotores: são aqueles que desenvolvem, planejam, executam e controlam os

eventos de negócio, sendo os agentes catalisadores do sistema. Seu produto principal é

a venda de espaço – m2 – do evento.

II. Proprietários dos Espaços: disponibilizam os locais para realização do evento, com a

infraestrutura necessária.

III. Montadores e Infraestrutura: dão a dimensão física e construtiva ao espaço do

expositor – a experiência da visita - oferecendo além da montagem serviços

complementares de design e decoração.

IV. Expositores: são clientes dos promotores que utilizam a Feiras de Negócios como

uma ferramenta do composto de promoção, dentro do marketing mix, visando o

fortalecimento da imagem, a divulgação institucional, o relacionamento com clientes e

a venda de produtos.

V. Visitantes: público alvo final da feira, do qual o sucesso da feira depende por sua

qualidade e quantidade.

VI. Outros fornecedores: de serviços e de insumos, constituindo um amplo espectro de

serviços e insumos.

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5. COMPORTAMENTO DO MERCADO DE EVENTOS

O foco deste estudo são os “congressos, feiras, exposições, seminários, conferências e

outros desta natureza”, que compreendem as atividades do Centro de Convenções de Foz do

Iguaçu.

5.1. O Mercado de Eventos Internacionais

No cenário mundial a Europa continua sendo o primeiro destino de eventos internacionais.

Cerca de 60% destes eventos são de caráter anual.

Dos meses do ano preferidos para a realização dos eventos o mais importante é setembro

com um peso de 16%.

Entre os temas mais debatidos nos eventos o mais importante é a área médica.

Quadro 6 – Participação do Brasil em Eventos Internacionais

PAÍS RANKING NÚMERO DE EVENTOS

INTERNACIONAIS EM 2012

EUA 1 833

Alemanha 2 649

Espanha 3 550

Reino Unido 4 477

França 5 469

Itália 6 390

Brasil 7 360

Japão 8 341

Holanda 9 315

China 10 311

Outros

6.461

TOTAL

11.156

Fonte: ICCA/2012

Historicamente a participação do Brasil em eventos internacionais cresceu em média 9,3%

ao ano entre 2008 e 2014.

O Brasil já ocupa posição importante entre os maiores realizadores de eventos

internacionais, figurando em 7º lugar no ranking mundial, segundo dados da ICCA (International

Congress and Convention Association) de 2012, estando à frente de nações importantes de como

Japão, Holanda e China com 360 eventos internacionais em 2012.

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Figura 6 – Participação Histórica do Brasil nos Eventos Internacionais

Fonte: ICCA/2012

Recentemente a EMBRATUR (12/05/2015) publicou matéria atualizando os números da

participação do Brasil nos eventos internacionais como segue: O Rio de Janeiro é a segunda

cidade que mais sediou eventos internacionais em 2014. Entre as 10 capitais mais bem colocadas,

quatro são nordestinas. São Paulo foi à cidade brasileira que mais recebeu eventos internacionais

no ano passado, segundo o ranking divulgado pela ICCA (Internacional Congress and Convention

Association).

Depois de três anos consecutivos na frente, entre 2011 e 2013, o Rio de Janeiro ficou em

segundo lugar, com 64 eventos no ano passado, dois atrás de São Paulo, que contabilizou 66.

Entre as capitais brasileiras, o maior crescimento foi registrado em Salvador, que teve 14 eventos e

aumento de 100% em relação a 2013. Entre as dez capitais brasileiras mais bem colocadas no

ranking, quatro são do Nordeste: Fortaleza, Natal e Recife, além de Salvador. As quatro cidades

também foram sede de jogos da Copa do Mundo em 2014.

Na comparação, com o ano anterior, Natal registrou um crescimento de 57%, Fortaleza

subiu 37% e Recife teve alta de 20%. No ranking das dez mais, apenas uma cidade que não é

capital de Estado: Foz do Iguaçu, no Paraná. Brasília, na região Centro-Oeste, recebeu 16

eventos internacionais em 2014, conforme o ranking do ICCA, o que representou um crescimento

de 77% na comparação com 2013. Embora tenha registrado uma queda no número de eventos, de

315 para 291, o Brasil permaneceu entre os dez países que mais recebem eventos internacionais no

mundo, passando da 9ª para a 10ª posição. O ranking do ICCA não leva em conta eventos

esportivos e religiosos.

A exemplo de anos anteriores, o ranking é liderado pelos Estados Unidos. Desde 2013,

quando a EMBRATUR passou a se dedicar exclusivamente à promoção no exterior do Brasil

como destino turístico, os congressos e convenções de negócios realizados no Brasil registraram

um aumento de 369%. Conforme os dados do ICCA, entre 2003 e 2014, o total de eventos

passou de 62 para 291. No mesmo período, o número de cidades que sediaram esse tipo de

evento subiu 177%, passando de 22 para 61. Em 2014, Foz do Iguaçu era a 3º cidade no ranking ICCA a sediar eventos internacionais

com um número de 16 eventos. Estando à frente de capitais importantes como Salvador - BA,

Belo Horizonte - MG, Florianópolis - SC, Porto Alegre - RS, Búzios-RJ, Fortaleza – CE, Curitiba

- PR, Recife - PE, Campinas - SP e outras.

10.149 10.346 10.406

10.700

11.219 256

293 275

304

360

.2008 .2009 .2010 .2011 .2012

Mundo Brasil

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Figura 7 – Participação de Foz do Iguaçu em Eventos Internacionais

Fonte: http://www.embratur.gov.br

Foz do Iguaçu que sediava 10 eventos internacionais em 2009 passou a sediar 16 em 2014,

ou seja, alcançou uma taxa de crescimento média anual de 12% somente neste tipo de eventos.

5.2. O Mercado de Eventos Nacionais

O mercado nacional de eventos é um dos mais promissores, pois alcançou um desempenho

extraordinário nos últimos 12 anos, segundo dados da ABEOC BRASIL & SEBRAE (2013), a

receita gerada pelo setor cresceu 14,0% em média ao ano, passando de R$ 37,03 bilhões para

209,28 bilhões, considerando todos os tipos de eventos.

Ao mesmo tempo o número de empregos gerados cresceu em média 19,0% ao ano,

passando de 938 mil em 2001 para 7,5 milhões em 2013. Em termos de arrecadação o

desempenho não foi diferente teve uma taxa de crescimento anual de 22,7%, passando de uma

arrecadação de R$ 4,1 bilhões em 2001 para R$ 48,68 bilhões em 2013.

A receita gerada pelas locações de espaços cresceu 30,1% ao ano, passando de R$ 1,6

bilhões em 2001 para 37,81 bilhões em 2013. Da mesma forma o crescimento da receita de

organizadores de eventos cresceu em média 27,3% ao ano, passando de R$ 3,98 bilhões em 2001

para R$ 72,2 bilhões em 2013.

A taxa média de ocupação anual por m2

se manteve praticamente igual em 48,01%, fato

esse explicado pelo crescimento extraordinário da oferta que foi em média 18,5% ao ano. O

número de participantes cresceu em média 8,0% ao ano, demonstrando que existe um aumento do

interesse das pessoas em participar cada vem mais de eventos.

6664

16 1614

11 119 9

64 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2

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Figura 8 – Tendência do Número de Eventos em Geral

Com base nos dados da ABEOC BRASIL & SEBRAE (2013), foi possível traçar uma

tendência de demanda, considerando as taxas de crescimento históricas ajustadas pelo fraco

desempenho da economia brasileira atual.

O primeiro momento vai de 2001 a 2015 é o período em que se observou até 2013 um

grande desempenho. Sendo assim, sob a ótica das quantidades de eventos foi possível verificar os

deslocamentos de demanda num período de 30 anos.

Figura 9 – Tendência do Número de Participantes em Eventos em Geral

Também sob a ótica da quantidade de participantes projetou-se a tendência de demanda

como demonstra a figura abaixo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

D1 D2 D3 D4

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

D1 D2 D3 D4

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Figura 10 - Tendência da Receita Gerada pela Indústria de Eventos Nacional

A projeção dos prováveis deslocamentos da demanda tem o propósito de verificar o

seguinte:

a) O volume de investimentos futuros necessários para atender a essa demanda;

b) A oportunidade para o crescimento da oferta de espaços e serviços; e

c) A tendência de crescimento da indústria de eventos, entre outras coisas.

Quadro 7 – Deslocamentos da Demanda por Eventos no Brasil

Para a próxima década a tendência é de um crescimento significativo da demanda que

alcança 16,8 mil novos eventos anuais em média, 10,3 milhões de novos participantes anuais, 5,02

bilhões de incremento de receitas anuais. Porém como em toda indústria espera-se que este

desempenho incorpore a chamada lei dos rendimentos decrescentes, onde há naturalmente uma

saturação do mercado.

Sendo assim, na década seguinte 2025 a 2035, espera-se que os incrementos anuais de

demanda sejam menores, porém não menos importantes, senão vejamos: 6,9 mil novos eventos

por ano, 4,6 milhões de novos participantes, 1,95 bilhões de receitas. Ou seja, os números, mesmo

em longo prazo, são animadores.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

D1 D2 D3 D4

Demenda Novos Eventos

Número de

Participantes

Participantes

por Evento

Tempo de

Permanencia

em Dias

Gasto Médio

Diário dos

Perticipantes Receita Total

D2= 2015 a 2025 168.927 103.500.275 613 2,55 161,76 50.226.613.631

D3= 2025 a 2035 69.446 46.801.761 674 2,55 242,64 34.067.937.867

D4= 2035 a 2045 25.668 17.905.796 698 2,55 363,96 19.550.980.536

TOTAL 264.041 168.207.832 637 103.845.532.035

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5.3. O Mercado de Eventos Locais

O mercado local de Eventos pode ser estimado a partir da estrutura em m2

disponível ou

que poderia ser disponibilizada, conforme as participações apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 8 – Participação da Oferta de Espaços de Foz do Iguaçu

O que observa é que apenas 30,8% dos espaços disponíveis para eventos no Brasil são

destinados a Exposições e Convenções.

Considerando os espaços disponíveis em Foz do Iguaçu, se chaga a uma participação de

1,55% da disponibilidade nacional.

Apesar de Foz do Iguaçu participar, atualmente, em 5,5% dos eventos internacionais é

prudente que no campo das Exposições e Convenções se mantenha a proporção da sua capacidade

instalada, considerando os principais ofertantes.

Para as projeções abaixo foi a adotado o critério da participação da receita da locação de

espaços no total da receita da indústria de eventos que é de 18,0665%.

Quadro 9 – Estimativa do Número de Eventos em Foz do Iguaçu

Parâmetro Unidade Medida Valor Observado Participação %

Indústria de Eventos Brasil m2

10.166.149 100,0%

Exposições e Convenções m2

3.133.038 30,8%

Foz do Iguaçu m2

50.982,00 1,6%

Ano

Número de

Eventos

Possíveis por Ano

Número de

Eventos Possíveis

por dia

Número de

Participantes

Possíveis por Ano

Número de

Participantes

Possíveis por dia

Receita Possível

por Ano

Receita Possível

por Dia

1 918 3 223.747 613 103.764.218 284.286

2 964 3 241.646 662 131.873.945 361.298

3 1.012 3 260.978 715 164.026.131 449.387

4 1.062 3 281.856 772 200.018.221 547.995

5 1.116 3 304.405 834 239.519.039 656.217

6 1.171 3 328.757 901 282.090.552 772.851

7 1.230 3 355.058 973 327.214.812 896.479

8 1.291 4 383.463 1.051 374.323.067 1.025.543

9 1.356 4 414.140 1.135 422.824.343 1.158.423

10 1.424 4 447.271 1.225 472.131.398 1.293.511

11 1.495 4 483.052 1.323 523.334.340 1.433.793

12 1.570 4 521.697 1.429 576.117.357 1.578.404

13 1.656 5 566.507 1.552 586.436.290 1.606.675

14 1.730 5 607.296 1.664 639.816.838 1.752.923

15 1.800 5 646.649 1.772 695.144.390 1.904.505

16 1.866 5 684.361 1.875 752.250.743 2.060.961

17 1.927 5 720.282 1.973 810.958.519 2.221.804

18 1.984 5 754.308 2.067 871.083.541 2.386.530

19 2.037 6 786.377 2.154 932.437.137 2.554.622

20 2.086 6 816.467 2.237 994.828.343 2.725.557

21 2.130 6 844.584 2.314 1.058.065.972 2.898.811

22 2.172 6 870.761 2.386 1.121.960.516 3.073.864

23 2.210 6 895.050 2.452 1.186.325.878 3.250.208

24 2.244 6 917.520 2.514 1.250.980.897 3.427.345

25 2.276 6 938.251 2.571 1.315.750.692 3.604.796

26 2.305 6 957.330 2.623 1.380.467.794 3.782.104

27 2.331 6 974.851 2.671 1.444.973.084 3.958.830

28 2.355 6 990.908 2.715 1.509.116.550 4.134.566

29 2.377 7 1.005.597 2.755 1.572.757.851 4.308.926

30 2.397 7 1.019.013 2.792 1.635.766.727 4.481.553

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Com base em tais pressupostos ou parâmetros foi possível fazer algumas estimativas que

se conformam com os padrões nacionais da indústria de eventos, notadamente as taxas de

crescimento históricas que foram ajustadas pelo princípio da chamada “lei dos rendimentos

decrescentes”, ou seja, considera que haverá crescimento, mas com o passar do tempo, as taxas

serão cada vez menores devido à saturação do mercado.

Quadro 10 – Estimativa do Número de Participantes em Eventos em Foz do Iguaçu

Uma constatação importante é: não sendo verdadeira a ocorrência do número de eventos e

de participantes estimado para Foz do Iguaçu no período de 2001 a 2015, se verifica um custo de

oportunidade. Ou seja, o Município tem potencial e capacidade instalada e a mesma se encontra

ociosa.

Ano

Número de

Participantes no

Brasil

Taxa de

Crescimento

Hsitórica

Número de

Participantes

Possíveis Foz do

Iguaçu por Ano

Número de

Participantes

Possíveis Foz do

Iguaçu por dia

1 14.425.964 8,00% 223.747 613

2 15.580.041 8,00% 241.646 662

3 16.826.444 8,00% 260.978 715

4 18.172.560 8,00% 281.856 772

5 19.626.365 8,00% 304.405 834

6 21.196.474 8,00% 328.757 901

7 22.892.192 8,00% 355.058 973

8 24.723.567 8,00% 383.463 1.051

9 26.701.452 8,00% 414.140 1.135

10 28.837.569 8,00% 447.271 1.225

11 31.144.574 8,00% 483.052 1.323

12 33.636.140 8,00% 521.697 1.429

13 36.525.306 8,00% 566.507 1.552

14 39.155.128 7,20% 607.296 1.664

15 41.692.381 6,48% 646.649 1.772

16 44.123.880 5,83% 684.361 1.875

17 46.439.854 5,25% 720.282 1.973

18 48.633.636 4,72% 754.308 2.067

19 50.701.309 4,25% 786.377 2.154

20 52.641.331 3,83% 816.467 2.237

21 54.454.160 3,44% 844.584 2.314

22 56.141.893 3,10% 870.761 2.386

23 57.707.930 2,79% 895.050 2.452

24 59.156.679 2,51% 917.520 2.514

25 60.493.286 2,26% 938.251 2.571

26 61.723.413 2,03% 957.330 2.623

27 62.853.040 1,83% 974.851 2.671

28 63.888.311 1,65% 990.908 2.715

29 64.835.401 1,48% 1.005.597 2.755

30 65.700.419 1,33% 1.019.013 2.792

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Quadro 11 – Estimativa da Receita de Eventos em Foz do Iguaçu

Como se observa a ociosidade do centro de convenções é um péssimo negócio para o

município: se de um lado gera custo de oportunidade para a sociedade, do outro gera custo de

manutenção, o qual ao longo deste estudo se pretende demonstrar.

5.4. O Comportamento da Oferta

Sobre o comportamento da oferta de eventos, particularmente a relacionada a Exposições e

Convenções, pode-se destacar os seguintes aspectos:

∙ A oferta esta concentrada na região sudeste, que também é o maior centro emissor de

participantes a qual domina 52,58% do mercado;

∙ Os espaços disponíveis atualmente não dispõem em sua maioria de tamanho adequado,

sendo este um diferencial do Centro de Convenções;

Ano

Receita Gerada no

Brasil/Ano

Taxa de

Crescimento

Hsitórica

Receita Possível

Gerada em Foz do

Iguaçu/Ano

Receita Possível

Gerada em Foz do

Iguaçu/Dia

1 6.690.149.454 30,10% 103.764.218 284.286

2 8.502.510.941 27,09% 131.873.945 361.298

3 10.575.508.134 24,38% 164.026.131 449.387

4 12.896.081.308 21,94% 200.018.221 547.995

5 15.442.878.111 19,75% 239.519.039 656.217

6 18.187.656.504 17,77% 282.090.552 772.851

7 21.097.022.079 16,00% 327.214.812 896.479

8 24.134.304.797 14,40% 374.323.067 1.025.543

9 27.261.401.879 12,96% 422.824.343 1.158.423

10 30.440.451.199 11,66% 472.131.398 1.293.511

11 33.741.736.928 10,85% 523.334.340 1.433.793

12 37.144.897.278 10,09% 576.117.357 1.578.404

13 37.810.205.686 9,58% 586.436.290 1.606.675

14 41.251.891.550 9,10% 639.816.838 1.752.923

15 44.819.109.633 8,65% 695.144.390 1.904.505

16 48.501.015.013 8,22% 752.250.743 2.060.961

17 52.286.171.435 7,80% 810.958.519 2.221.804

18 56.162.704.137 7,41% 871.083.541 2.386.530

19 60.118.448.563 7,04% 932.437.137 2.554.622

20 64.141.092.423 6,69% 994.828.343 2.725.557

21 68.218.308.965 6,36% 1.058.065.972 2.898.811

22 72.337.879.851 6,04% 1.121.960.516 3.073.864

23 76.487.806.416 5,74% 1.186.325.878 3.250.208

24 80.656.408.556 5,45% 1.250.980.897 3.427.345

25 84.832.410.829 5,18% 1.315.750.692 3.604.796

26 89.005.015.703 4,92% 1.380.467.794 3.782.104

27 93.163.964.161 4,67% 1.444.973.084 3.958.830

28 97.299.584.113 4,44% 1.509.116.550 4.134.566

29 101.402.827.248 4,22% 1.572.757.851 4.308.926

30 105.465.295.095 4,01% 1.635.766.727 4.481.553

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∙ Os espaços como o do Ceará que dispõe de capacidade adequada ficam distante dos

centros emissivos;

∙ Nos últimos anos a taxa de crescimento médio da oferta de m2 de espaços para

convenções e exposições foi de 18,5%, demonstrando que para atender a demanda

foram feitos grandes investimentos;

∙ O crescimento da oferta afetou toda a cadeia de valores que inclui: Espaços,

Montadores, Fornecedores de Insumos, Visitantes, Expositores e Promotores;

∙ A oferta teve que se adaptar as exigências de informações mais flexíveis que conseguem

atender a vários eventos ao mesmo tempo;

∙ A oferta teve que se adaptar as mudanças, pois no geral o número de feiras é menor,

com menor exigência para áreas de exposição;

∙ Os hotéis adotaram uma política comercial mais agressiva unindo o preço por m2 de

locação dos espaços com as diárias cobradas.

Estes são alguns aspectos relevantes da oferta de espaços para realização de exposições e

convenções, mas não são os únicos, cabendo estudos mais aprofundados das áreas de marketing

das empresas.

5.5. O Comportamento da Demanda

A demanda é à força de mercado mais dinâmica que muda de comportamento

constantemente. Algumas das mudanças mais importantes são:

∙ Os eventos se tornaram mais segmentados e específicos, visando atingir um público

qualificado, onde ocorre maior integração entre participantes e expositores;

∙ Nos últimos tempos ocorreu um crescimento significativo da demanda por eventos,

notadamente nos segmentos de telecomunicações, educação, saúde e tecnologia, com

tendências de continuidade deste crescimento no futuro;

∙ O número de participantes vem crescendo significativamente a taxas de 8% ao ano;

∙ O Tempo de que os participantes dispõem para eventos, normalmente é compartilhado

com vários eventos;

∙ A demanda cresce mais do que a oferta e exige adequação daquela a suas necessidades;

∙ A demanda exige melhores condições dos espaços onde se realizam os eventos,

principalmente no tocante a conforto;

∙ Crescem as exigências em relação às tecnologias disponíveis nos espaços,

principalmente as mídias, internet etc.;

∙ As organizadoras de eventos tem dado preferência a pacotes de serviços, ou seja, a

lugares que oferecem todos os serviços necessários;

∙ As organizadoras de eventos tem se especializado em eventos específicos;

∙ A capacitação dos colaboradores é outro fator de grande relevância para as

organizadoras de eventos;

∙ A demanda procura unir o útil ao agradável, fazendo com que os eventos ocorram em

locais onde se oferece condições de turismo e lazer.

Estes são aspectos relevantes do comportamento da demanda. Porém existem os aspectos

tradicionais como preço e preferência dos consumidores. Neste caso os consumidores estão

buscando a melhor relação benefício-custo possível.

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5.6. O Turismo como Indutor da Demanda por Eventos

Em Foz do Iguaçu a economia do turismo é de grande importância, sendo responsável pela

maior parte da geração de riquezas local.

Já se sabe que a economia de turismo potencializa a indústria de eventos, pois oferece as

condições e meios para aquela e incentiva a participação das pessoas nos eventos. Sendo assim,

passamos a apresentar dados relevantes do turismo em Foz do Iguaçu.

No quadro 12, abaixo está descrita a oferta dos meios de alimentação disponíveis no

município, que poderiam concorrer diretamente com os meios que serão ofertados pelo

empreendimento.

Entretanto, dada à demanda turística que será apresentada a seguir e as vantagens

comparativas, isso não representa baixa probabilidade de substituição, pois os meios ofertados

pelo empreendimento são únicos e diferem da oferta existente.

Quadro 12 – Oferta dos Meios de Alimentação

ESTABELECIMENTOS QUANTIDADE CAPACIDADE

Bares 19 1.200

Confeitarias/Cafeterias 18 373

Lanchonetes/Casas de Suco 29 815

Restaurantes/Churrascarias 91 14.317

Restaurantes de Hotéis 34 5.769

Sorveterias 5 292

Pizzarias 14 824

Pastelarias 2 54

Quiosques/Barracas/Outros 11 0

Total 223 23.644

Fonte: PMFI/SMTU-2015

No quadro 13, constam as formas de agenciamento do turismo, o que é importante para o

empreendimento que inclui nas suas estratégias comerciais parcerias com as empresas

agenciadoras.

Quadro 13 – Formas de Gerenciamento

Agências Emissivas 52

Agências Receptivas 130

Total 156

Fonte: PMFI/SMTU-2015

No quadro 14, constam oportunidades especiais de compras inseridas neste contexto.

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Quadro 14 – Oportunidades Especiais de Compras

Lojas de Artesanato e Suvenires 19

Shoppings / Centros Comerciais / Lojas de Depto. 13

Lojas de Artigos Fotográficos 5

Espaços Culturais 1

Total 38

Fonte: PMFI/SMTU-2015

O quadro 15 apresenta uma série de opções de lazer e entretenimento que podem

representar uma concorrência direta aos meios que serão ofertados pelo empreendimento,

disputando a atenção do público alvo.

Quadro 15 – Oportunidade de Lazer e Entretenimento

Parques de Diversões / Temáticos / Aquáticos 2

Praças (principais) 6

Pesque-pagues 6

Balneários 2

Clubes Sociais, Esportivos e de Lazer 10

Estádios / Campos de futebol 22

Ginásios 29

Pistas de Kart 1

Pistas de Boliche 2

Campos de Golfe 1

Quadras de Tênis 2

Passeios de Helicóptero 1

Passeios de Bicicleta 1

Salto de pára-quedas (Skydive) 1

Outras Instalações Desportivas e de Recreação 5

Danceterias 3

Casas de Shows 2

Centro de Tradições 1

Escolas de Samba 7

Cinema 2

Teatros 2

Outros Locais de Espetáculos Públicos 2

Recreação Infantil 2

Total 112

Fonte: PMFI/SMTU-2015

Atrativos existentes que servem de estímulo para os participantes de eventos em optarem

por Foz do Iguaçu:

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I. Parque Nacional do Iguaçu: desponta como a principal atração da região, possuindo

mirantes e estruturas para observação das cataratas, restaurantes e meios de transporte,

cuja entrada custa R$ 29,20 a preços de 2015.

II. Usina Hidroelétrica de Itaipu: que é a segunda maior do planeta, tendo como opções

de passeio a vista panorâmica, a observação da barragem, visitas técnicas e outras,

cobrando um valor de R$ 26 a 99,00 a preços de 2015.

III. Parque das Aves: mantém várias espécies de aves que podem ser observadas numa

caminhada pelo parque, cobrando um valor de R$ 20 para brasileiros e R$ 28 para

estrangeiros a preços de 2015.

IV. Museu de Cera: Atrai muitos visitantes para observação de estátuas em cera de

grandes celebridades internacionais, cobrando um preço de R$ 35,00 a preços de 2015.

É importante destacar também as questões relativas ao comportamento da demanda

turística como se demonstra a seguir.

Quadro 16 – Sensibilidade do Consumidor do Turismo em Relação à Renda

ANO Procura Turística

por Foz do Iguaçu

Renda per Capita

US$

Variação da

Procura

Variação da

Renda

2000 800.102 7.017

2001 732.725 7.169 -8,4% 2,2%

2002e 769.387 7.379 5,0% 2,9%

2003 986.090 7.522 28,2% 1,9%

2004e 1.188.392 8.076 20,5% 7,4%

2005 1.449.838 8.509 22,0% 5,4%

2006e 1.434.067 9.036 -1,1% 6,2%

2007e 1.960.922 9.769 36,7% 8,1%

2008 2.191.876 10.405 11,8% 6,5%

2009e 2.256.823 10.415 3,0% 0,1%

2010e 2.426.570 11.180 7,5% 7,3%

2011 2.177.302 11.640 -10,3% 4,1%

2012 2.051.481

MEDIA 1.449.838 8.773 8% 5%

Indicadores Elasticidade 1,40

Correlação 97%

Fonte: PMFI/SMTU-2015

Conforme se demonstrou acima a procura por serviços turísticos é altamente sensível as

variações dos níveis de renda, pois apresenta uma correlação de 97%, ou seja, quando a renda

aumenta, a procura aumenta e o contrário é verdadeiro. Também a elasticidade demonstra isso,

pois é de 1,40, uma vez que valores acima de 1,0 representa elasticidade, ou sensibilidade do

consumidor. A origem dos turistas que vem para Foz do Iguaçu é diversificada incluindo pessoas

de muitas partes do Brasil e do Mundo.

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Quadro 17 – Origem do Público Alvo Interno

ESTADOS 2000 2001 2002e 2003 2004e 2005 2006e 2007e 2008 2012

Paraná 27,5 31,9 30,2 31,5 28,5 28,6 26,3 27,7 42,9 22

Rio de Janeiro 3,9 3 5 3,8 5 3,3 3,5 3,3 3,6 4,9

Rio Grande do Sul 5,1 5,1 6 5,3 5,1 8,4 5,6 5,5 6 8,1

Santa Catarina 4,5 5,1 5,6 4,8 4,1 8,7 8,5 7,4 8,4 8,9

São Paulo 14,4 12,6 14,1 9,7 13,1 15,1 15,4 14,7 12,2 17,8

Outros Estados 8,3 7,7 7,9 6,9 8,2 10 10,5 12,9 11,7 12,8

Total de Brasileiros 63,7 65,4 68,8 62 64 74,1 69,8 71,5 84,8 74,5

Fonte: PMFI/SMTU-2015

Figura 11 - Média Anual da Participação Percentual Interna

Fonte: PMFI/SMTU-2015

Quadro 18 – Origem do Publico Alvo Externo

Países 2000 2001 2002e 2003 2004e 2005 2006e 2007e 2008 2012

Paraguai 1 1 1,3 4,1 2,4 4,4 4,1 2 4,1 3,3

Argentina 12,4 13,3 11 15,2 14,9 5,8 7,9 10,2 2,6 7,1

Estados Unidos 2,8 3,5 3,3 3 2,9 2,1 3,2 3,3 0,7 1,3

Alemanha 2,8 1,9 1,8 1,5 1,8 0,9 0,9 2 0,2 1

Outros Países 17,3 14,9 13,8 14,2 14 12,7 12,9 11 7,5 12,8

Total de Estrangeiros 36,3 34,6 31,2 38 36 25,9 29 28,5 15,2 25,5

Fonte: PMFI/SMTU-2015

28,55

3,7

5,55 6,5

14,25

9,15

Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Santa Catarina São Paulo Outros Estados

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Figura 12 - Média Anual da Participação Percentual Externa

É relevante apontar que a maioria das pessoas que procuram por serviços turísticos em Foz

do Iguaçu, é proveniente do próprio estado do Paraná com 28,55 da procura interna. Quando se

trata da procura externa a Argentina tem a maior participação individual com 10,6%.

Figura 13 - Média Anual da Participação Percentual da Origem

Quase 70% dos que demandam os serviços turísticos são de origem nacional, isso reforça a

tese de que alteração dos níveis de renda interna afeta a procura pelos serviços locais. Por isso este

é considerado um dos fatores de risco do empreendimento.

Como se pode observar Foz do Iguaçu tem uma economia do turismo consolidada, que ao

longo dos tempos tornou-se um grande polo receptivo de turistas provenientes de várias partes do

Brasil e do Mundo.

Está localizada em uma região próxima dos grandes centros emissivos do Brasil, como a

região sudeste. Isso eleva a importância do Município no contexto da indústria de eventos, pois

além de ter uma localização privilegiada, conta com uma estrutura receptiva altamente

especializada. Também conta com atrativos turísticos de expressão mundial.

2,85

10,6

2,95

1,65

13,35

Paraguai Argentina Estados Unidos Alemanha Outros Países

30,1

69,3

Estrangeiros Brasileiros

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6. O NEGÓCIO DE EVENTOS E SUAS PECULIARIDADES

Para uma melhor compreensão do negocio de eventos, inicialmente faremos uma breve

análise das condições de competitividade aplicando o modelo de Michael E. Portes (2008), O

propósito deste tópico não é esgotar a discussão sobre competitividade, mas tão somente,

apresentar elementos mínimos que possibilitem uma breve visão do leitor sobre o comportamento

das forças existentes na indústria do turismo local.

Figura 14 – Forças Competitivas Segundo Porter (2008)

A seguir faremos menção ao comportamento das forças competitivas da indústria de

eventos seguindo o modelo apresentado:

6.1. Rivalidade entre os concorrentes

Sobre esta força competitiva se observa que o número de concorrentes existentes não são

suficientemente capazes de suprir todas as exigências e necessidades da demanda por eventos

local, nacional e internacional.

A taxa de crescimento da indústria de eventos é altamente relevante, ficando nos últimos

12 anos em média 14%. Os concorrentes praticamente se concentraram em eventos especializados

oferecendo espaços em hotéis não dispondo de locais para grandes feiras, convenções e

exposições, deixando uma lacuna a ser preenchida.

O setor de eventos, assim como o de turismo, dispõe sempre de uma gama vasta de

informações, logo os concorrentes não têm muitas dificuldades em obter informações, não sendo

essa uma vantagem. A divulgação do turismo local projetou ao longo de décadas o destino

turístico no Brasil e no Mundo, sendo essa uma vantagem em relação aos demais locais, pois

reduz o esforço de marketing.

Existem diferenciais importantes para que sejam realizados eventos em Foz do Iguaçu, um

deles é a própria economia do turismo. Dado o montante de investimentos que será realizado a

concessão do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu cria certa barreira de saída, ou seja, exige

que o outorgado permaneça no negócio por longo período de tempo. Neste caso observa-se que

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devido o grande potencial de crescimento da indústria do turismo local, a rivalidade entre os

concorrentes estabelecidos pode ser considerada moderada.

6.2. Poder de Negociação dos Clientes

Os preços cobrados são perfeitamente aceitos pela clientela nacional e internacional, pois

se conforma com os padrões praticados na indústria de eventos. Com o advento das redes sociais o

nível de informação do cliente é altamente elevado, isso passa a ser uma vantagem, pois reduz os

esforços de marketing.

Como se verifica nos dados apresentados anteriormente a oferta de serviços substitutos é

precária ou insuficiente. O poder de negociação dessa força é amenizado, pois o público alvo

dispõe de poder aquisitivo mais elevado e tem a expectativa em relação a preços.

6.3. Poder de Negociação dos Fornecedores

Os fornecedores de insumos e serviços são altamente especializados e estabelecem

parcerias duradouras com a empresa, estabelecendo em certo grau relação de dependência. Os

custos dos fatores de produção em relação ao preço de vendo são considerados adequados. Existe

um número razoável de fornecedores o que diminui a pressão dos mesmos.

O poder de negociação dos fornecedores do empreendimento se dissipa na medida em que

o número de fornecedores será alto e os volumes de compras por fornecedor não é tão

significativo.

6.4. Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes

As barreiras de entrada no negócio estão associadas ao grande volume de investimentos

necessários para ofertar os serviços. Os canais de vendas estão prontos e acessíveis a um custo

menor. Os serviços de eventos associados ao turismo proporciona diferenciais únicos. As políticas

públicas locais benefíciam o negócio, vez que este entra no vaco do turismo. Dada a dimensões do

Centro de Convenções haverá uma grande economia de escala, pois o espaço permite a realização

de grandes eventos. Os custos de transição para esse novo negócio não serão tão elevados, pois os

investimentos já foram praticamente todos realizados.

Por se tratar de um empreendimento único, originário da concessão do setor público, a

ameaça de novos entrantes se disssipa, visto que não poderá haver, no curto prazo, outro

empreendimento igual. Também pelas exigências para concessão impostas pelo setor público e o

contrato firmado com o vencedor.

6.5. Ameaça de produtos substitutos

Poderá haver uma boa relação custo-benefício, sendo o negócio bem gerido. O Centro de

Convenções tem condições de oferecer serviços diferenciados associados ao turismo. O poder de

barganha dos compradores não é relevante, vez que os participantes são muitos e procuram os

serviços em conformidade com seu interesse. A qualidade dos serviços é uma exigência da

concessão. É pouco relevante à ameaça de produtos substitutos, os serviços do empreendimento

serão únicos e totalmente voltados para o público alvo.

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Do ponto de vista estratégico apresenta-se uma breve análise utilizando o modelo de

SWOT. Esta análise é relevante, pois aponta elementos estratégicos para sustentabilidade do

negócio, os quais não poderiam ser negligenciados sob pena de gerar riscos significativos para o

empreendimento. Quanto às dimensões analisadas podemos destacar o seguinte:

a) Forças:

∙ O espaço está em local onde a atividade turística é consolidada;

∙ A demanda por serviços está em alta;

∙ Os meios logísticos são suficientes; e

∙ A área total para eventos é uma das maiores do país.

b) Fraquezas:

∙ Elevadas exigências do poder público para concessão;

∙ Existência de oferta de serviços similares;

∙ A necessidade de esforço de marketing;

∙ A exigência de grandes volumes de investimentos; e

∙ Necessidade de duplicação da rodovia de acesso.

c) Oportunidades:

∙ O crescimento da economia do turismo local;

∙ Os serviços prestados serão associados ao turismo;

∙ Os investidores selecionados terão alta capacidade de gestão;

∙ Serão adotados elevados padrões gerenciais;

∙ As tecnologias necessárias estarão disponíveis;

∙ A disponibilidade de infraestrutura existente;

∙ A atratividade da região para visitação;

∙ O espaço disponível para exploração;

∙ A possibilidade de integração com as companhias de viagem;

∙ Gerar renda e empregos na região;

∙ Gerar arrecadação de impostos;

∙ Melhorar a qualidade de vida da população; e

∙ Melhorar o atendimento ao turista.

d) Ameaças:

∙ O cenário atual da economia brasileira com tendência de recessão;

∙ O custo Brasil que é um dos mais elevados do mundo; e

∙ Os riscos sistêmicos decorrentes da instabilidade política.

Não se pretendeu esgotar todos os aspectos desta análise, podendo assim, a qualquer tempo

acrescentar ou retirar tais elementos. Desta forma, observa-se que exceto pelo cenário econômico

brasileiro, o empreendimento está cercado de possibilidades de sucesso. Como o cenário

econômico é conjuntural, haverá uma tendência de mudanças positivas para o futuro.

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7. O EMPREENDIMENTO

Neste tópico foram abordados aspectos relacionados à localização, oportunidade, a

disposição da sociedade a conceder para exploração da iniciativa privada e a pagar pelos eventos.

Também inclui o programa básico de investimentos necessários e o valor estimado para outorga.

7.1. A Localização do Centro de Convenções

O Empreendimento esta situado na região oeste do estado do Paraná no Município de Foz

do Iguaçu que faz fronteira com os Países Paraguai e Argentina, bem como, divisa com os

municípios de Santa Terezinha, São Miguel e Itaipulândia. Possui como principais vias de acesso

terrestre a BR-277 que liga a cidade ao extremo leste do Estado do Paraná, RUTA 12, localizada

na Argentina que dá acesso à cidade através da Ponte da Fraternidade, e, RUTA 7, localizada no

Paraguai conferindo acesso pela Ponte da Amizade.

Figura 15 – Área do Centro de Convenções

Fonte: Google Earth

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Figura 15.A – Área do Centro de Convenções

Fonte: Google Earth

Quanto aos acessos aéreos, o município de Foz do Iguaçu possui, no Brasil, o Aeroporto

Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas, recebendo voos diários dos principais destinos do Brasil

(São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba), na Argentina o Aeroporto Internacional de Puerto Iguazú, e

no Paraguai o Aeroporto Internacional Guarani, sendo esses dois últimos localizados a cerca de 30

km do centro de Foz do Iguaçu.

O Centro de Convenções é administrado pela sociedade de economia mista Centro de

Convenções de Foz do Iguaçu S/A - CECONFI. Está localizado na rodovia das cataratas, km 13 –

acesso ao aeroporto e a 14 km do centro de Foz do Iguaçu, com acesso pela rodovia federal BR-

469.

Está a aproximadamente a 500 metros do Aeroporto Internacional de Foz do

Iguaçu/Cataratas e dispõe de uma área total de 100.000 m² com área edificada de 31.863,43 m²,

concebido para atender diversos formatos e tamanhos de eventos: Congressos, Feiras, Exposições,

Reuniões, Shows artísticos e culturais, etc.

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Figura 16 – Proximidade das Grandes Aglomerações Humanas

Fonte: Google Maps

Como se verifica o Centro de Convenções tem uma localização privilegiada na América do

Sul, pois está próximo das principais concentrações humanas, ou em outras palavras, dos principais

centros emissores de potenciais participantes de eventos.

Quadro 19 – Distância das Principais Cidades

De Foz do Iguaçu a:

Aracaju 3.089 km Maceió 3.365 km

Assunção (Paraguai) 326 km Manaus 3.821 km

Brasília (via Ribeirão Preto) 2.000 km Medianeira 53 km

Brasília 1.573 km Montevidéu (Uruguai) 1.336 km

Belém 3.381 km Natal 3.859 km

Buenos Aires (Argentina) 1.350 km Porto Alegre 986 km

Campo Grande 776 km Porto Velho 2.920 km

Cascavel 143 km Posadas (Argentina) 302 km

Ciudad del Este (Paraguai) 6,5 km Puerto Iguazú (Argentina) 10 km

Cuiabá 1.464 km Recife 3.572 km

Curitiba 637 km Rio Branco 3.454 km

Eldorado (Argentina) 100 km Rio de Janeiro 1.472 km

Encarnación (Paraguai) 282 km Salvador 2.885 km

Florianópolis 944 km São Luís 3.418 km

Fortaleza 3.846 km São Paulo 1.047 km

Goiânia 1.374 km Teresina 3.350 km

Guairá 299 km Umuarama 311 km

João Pessoa 3.682 km Vitória 1.925 km

Fonte: DNIT/DERPR

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Observa-se que os principais centros emissores de participantes em eventos estão a uma

distância máxima de 1500 km. Foz do Iguaçu já atrai milhões de turistas destas localidades apenas

com os seus atrativos existentes.

Num raio de 30 km de distância do Centro de Convenções se localizam os principais centros

urbanos, os aeroportos internacionais de Foz do Iguaçu, que fica a apenas 500m, o aeroporto de

Puerto Iguazú na Argentina, o aeroporto de Ciudad Del Leste no Paraguai.

Figura 17 – Proximidade dos Locais Importantes

Fonte: Google Maps

Além das proximidades dos centros importantes também o Centro de Convenções se

localiza próximo aos principais atrativos turísticos como: Parque Nacional do Iguaçu, Parque das

Aves, Museu de Cera. Também próximo dos principais hotéis da cidade.

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Quadro 20 – Distância dos Atrativos do Centro da Cidade

A localização do Centro de Convenções é indiscutivelmente estratégica, pois está no centro

da atividade turística, próxima do aeroporto, das Cataratas do Iguaçu e dos grandes hotéis.

7.2. A Oportunidade do Empreendimento

Foz do Iguaçu é um destino consolidado para eventos, pois alinha uma boa oferta hoteleira

com infraestrutura.

Os atrativos naturais de renome internacional oferecem uma combinação única de trabalho e

incentivo à participação em eventos que em outras grandes cidades não se oferecem.

ATRATIVOS / ENTRETENIMENTOS DISTÂNCIA Km

Zoológico Bosque Guarani -

Mesquita 2

Rodoviária Internacional de Foz do Iguaçu 4

Marco das Três Fronteiras 6

Ponte da Amizade 6

Ciudad del Este 7

Ponte Tancredo Neves 7

Teatro Barracão 7

CEAEC 8

Puerto Iguazú 10

Templo Budista 10

Ecomuseu 12

Acquamania Parque Aquático 12

Iguassu Resort (Golf) 12

Itaipu 12

Refúgio Biológico Bela Vista 13

Centro de Convenções 14

Aeroporto 15

Furnas 16

Subestação de Furnas 16

Helisul Táxi Aéreo 17

Parque das Aves Foz Tropicana 17

Parque Nacional do Iguaçu (Portão) 17

Thermas Parque Aquático Cataratas 17

Macuco 23

Terminal de Três Lagoas 25

Cataratas Brasileiras 28

Cataratas Argentinas 29

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Quadro 21 – Área Disponível para Exposições e Eventos

O que se observa é que o Centro de Convenções é um dos maiores espaços existentes para a

realização e eventos no Brasil.

Após a reforma e ampliação o Centro de Convenções amplia suas vantagens em relação aos

demais, pois se enquadra na oportunidade de eventos que exigem 8.000 m2 para eventos e 10.000

m2

para exposições.

De fato o Centro de Convenções representa uma grande oportunidade de investimentos pela

sua localização, tamanho e poder de atração de participantes de destino turístico consolidado.

Contando com uma área concessionável de 95.880,30 m² (noventa e cinco mil e oitocentos e

oitenta metros e trinta centímetros quadrados), o equipamento apresenta possibilidades de

ampliação. O Acesso ao Centro de Convenções é privilegiado e a logística é boa, tendo um

aeroporto internacional a 500 m de distância.

7.3. A Disposição da Sociedade em Relação à Concessão

Para observação da disposição da sociedade em realizar a Concessão do Centro de

Convenções para gestão através da iniciativa privada, foram realizados dois levantamentos para

captura das opiniões: a) foi feita uma série de entrevistas junto ao Trade Turístico, efetuando-se

perguntas abertas e diretas. As perguntas incluíram questionamentos sobre se era conta ou a favor, e

por que era contra ou a favor.

Em seguida foi feita uma análise de conteúdos e da classificação das afirmações numa tabela

de frequências, o que permitiu uma síntese objetiva dos posicionamentos dos participantes.

Figura 18 – Posição dos Entrevistados do Trade Turístico em Relação à Concessão

Fonte: SMTU/2014.

Principais Equipamentos Ranking M2

Eventos M2

Exposições M2

Salas M2

Total

Transamérica Expo - SP 1º 1.900 36.000 47.175 85.075

C.C Ceara - CE 2º 11.480 36.400 4.500 52.380

CECONFI - PR 3º 7.936 10.256 3.500 21.692

Unimed - PR 4º 6.500 7.600 2.025 16.125

Sulamerica - RJ 5º 4.000 8.115 2.400 14.515

Centrosul - SC 6º 2.840 7.200 2.000 12.040

Brasil 21 - DF 7º 2.791 3.686 2.791 9.268

87,5%

12,5%

Favoráveis Contrários

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O que se observou é que a grande maioria dos participantes (87,5%) foi a favor da concessão

e apontaram um conjunto de motivos para seus posicionamentos os quais estão apresentados no

quadro a seguir.

Quadro 22 – Principais Razões do Trade em ser a Favor da Concessão do Centro de Convenções

CONCLUSÕES PORQUE É A FAVOR? OCORRÊNCIAS FREQUÊNCIA MÉDIA

CÍRCULO VICIOSO 1 6,3%

DEFINIÇÃO DE VISÃO 1 6,3%

ELEFANTE BRANCO 1 6,3%

HISTÓRICO RECENTE 1 6,3%

OCIOSIDADE OPERACIONAL 1 6,3%

ESTRUTURA INADEQUADA8 50,0%

RESGATE DE CREDIBILIDADE 1 6,3%

CUSTOS ELEVADOS 4 25,0%

GESTÃO INEFICIENTE4 25,0%

SERVIÇOS INEFICIENTES 7 43,8%

CURSOS PROFISSIONAIS 1 6,3%

DINÂMICA DE EVENTOS1 6,3%

EVENTOS PATROCINADOS 1 6,3%

EXEMPLOS DE GESTÃO PRIVADA 1 6,3%

GERAÇÃO DE EVENTOS 1 6,3%

RELEVÂNCIA DO EMPREENDIMENTO 1 6,3%

TARIFAS DIFERENCIADAS 1 6,3%

ESTACIONAMENTO PRÓPRIO 2 12,5%

LOCALIDADE ESTRATÉGICA 2 12,5%

MUDANÇA DE OFERTA 2 12,5%

PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA 3 18,8%

SINERGIA OPERACIONAL 3 18,8%

PARCERIAS INEFICIENTES4 25,0%

ESTRUTURA HOTELEIRA 1 6,3%

INFRAESTRUTURA HOTELEIRA 1 6,3%

INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA 1 6,3%

MATURIDADE DOS ATORES 1 6,3%

NÚMERO DE LEITOS 1 6,3%

OCUPAÇÃO MÉDIA ELEVADA 1 6,3%

OFERTAS DE PRODUTOS 1 6,3%

ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS 1 6,3%

OSCILAÇÕES DE MERCADO 1 6,3%

OUTROS AUDITÓRIOS 1 6,3%

PORTE DE EVENTOS 1 6,3%

PRESENÇA ESTRANGEIRA 1 6,3%

PROPOSTAS ALINHADAS 1 6,3%

RECEPÇÃO DE MEGAEVENTOS 1 6,3%

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 1 6,3%

HOTEL EXPRESS 2 12,5%

MULTIUSO DO EMPREENDIMENTO 2 12,5%

NOVOS EMPREENDIMENTOS2 12,5%

REPRESENTAÇÃO EM SÃO PAULO 2 12,5%

SERVIÇOS DE APOIO 2 12,5%

VIABILIDADE ECONÔMICA 2 12,5%

GRANDES EVENTOS 3 18,8%

MUDANÇA DE IMAGEM 3 18,8%

POTENCIAL REGIONAL 3 18,8%

CAPTAÇÃO DE EVENTOS 5 31,3%

MERCADO PROMISSOR 5 31,3%

POLO EDUCACIONAL 1 6,3%

OPORTUNIDADE 11,1%

MERCADO 10,9%

INEFICIÊNCIA 18,1%

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Como era de se esperar o que mais motivou as resposta favoráveis foi à ineficiência, ou

incapacidade do Setor Público de gerir o equipamento produzindo os resultados possíveis.

Também foi importante a percepção que se trata de uma grande oportunidade, pois: de um

lado se podem gerar grandes benefícios com a concessão, de outro, se deixa de gastar recursos

públicos na manutenção. Por outro lado se observa que a região é muito propícia ao crescimento

da indústria de eventos, vez que já dispõe de uma cadeia de valores bem desenvolvida para tal e de

experiência com este tipo de negócio.

Quadro 23 – Principais Razões do Trade em ser Contra a Concessão do Centro de Convenções

Duas questões foram levantadas pelas pessoas que se posicionaram contra a concessão do

CENTRO DE CONVENÇÕES que representam apenas 12,5% do universo entrevistado: a) o

provável acirramento da concorrência; e b) a estrutura inadequada.

Ora as primeiras motivações são compreensíveis, pois existe o interesse direto dos

entrevistados, nas questões relativas à estrutura fica evidente que, na medida em que a indústria de

eventos se desenvolver na região, as mesmas se tornarão demandas importantes, porém são

possíveis de serem atendidas no curto, médio e longo prazo.

Não bastasse a opinião do Trade Turístico, também foi feita uma sondagem junto à

comunidade, de forma aleatória. O que se pode verificar é que a partir de certo número de

entrevistas (30), agora com perguntas estruturadas, as respostas passaram a não incorporar

informações estatísticas relevantes, mesmo assim, se ampliou o número de entrevistas para 63. Os

testes apontaram que este número de observações, feita de forma aleatória continha as informações

estatísticas necessárias às análises técnicas.

Figura 19 – Posição dos Entrevistados da Sociedade em Relação à Concessão

Fonte: SMTU/2015

CONCLUSÕES PORQUE É CONTRA? OCORRÊNCIAS FREQUÊNCIA MÉDIA

CENTROS DE CONV. NOS HOTÉIS 1 50,0%

FORTE CONCORRÊNCIA 1 50,0%

GRUPOS CONTRÁRIOS 1 50,0%

INTERESSES DIVERSOS 1 50,0%

LIDERANÇA EMPRESARIAL 1 50,0%

DISPOSIÇÕES DIVIDIDAS 2 100,0%

FALTA DE COMPROMETIMENTO 2 100,0%

LEGISLAÇÃO INADEQUADA 1 50,0%

MUDANÇA DE LOGÍSTICA 1 50,0%

PESQUISAS DEFASADAS 1 50,0%

LOCALIZAÇÃO EQUIVOCADA 2 100,0%

DUPLICAÇÃO DE RODOVIA 4 200,0%

TRÂNSITO INEFICIENTE 4 200,0%

CONCORRÊNCIA 64,3%

ESTRUTURA 108,3%

81%

19%

Favoráveis Contrárias

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O que se verifica é que existe uma proximidade muito grande entre os posicionamentos da

sociedade e do Trade Turístico especificamente, sendo que se observa que este último é dotado de

maior acesso as informações sobre o equipamento em discussão e sua gestão. Nos dois casos as

respostas favoráveis ultrapassaram os 80%, demonstrando que a grande maioria dos iguaçuenses é

favorável à concessão do Centro de Convenções para gestão e exploração pela iniciativa privada.

Outro aspecto relevante apontado no levantamento é o preço implícito ou hedônico, ou seja,

a disposição da sociedade em pagar pela participação em eventos que seriam realizados no Centro

de Convenções.

Quadro 24 – Disposição Média a Pagar da Sociedade pelos Eventos

do Centro de Convenções

Qual valor você acharia justo cobrar no ingresso para participação de eventos,

feiras e exposições?

Média Geral

R$ 15,00

Esta disposição a pagar é maior do que os preços médios praticados pela indústria de

eventos no Brasil como se demonstra no quadro abaixo.

Quadro 25 – Preços Médios Praticados pela Indústria Nacional de Eventos

por Assento/Dia em 2013

TIPOS DE ESPAÇOS PREÇOS MÉDIOS EM R$ -

ASSENTO/DIA

Clubes, Ginásios e Arenas R$ 4,78

Sitio e Chácaras R$ 5,28

Instituições de Ensino R$ 8,84

Museu e Centro Cultural R$ 7,16

Parque e Jardim R$ 7,77

Teatro e Auditório R$ 7,85

Centros de Convenções e Exposições R$ 9,10

Casas Noturnas R$ 9,68

Casas e Salão de Festas R$ 9,80

Resorts R$ 10,26

Marinas R$ 10,98

Bares e Restaurantes R$ 13,42

Hotéis e Demais meios de Hospedagens R$ 13,66

Média Geral R$ 9,90

Fonte: ABEOC BRASIL e SEBRAE/2013.

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Quadro 26 – Preços Médios Praticados pela Indústria Nacional de Eventos

por Metro Quadrado Locado / Dia em 2013

TIPOS DE ESPAÇOS PREÇOS MÉDIOS EM R$ - m2/DIA

Clubes, Ginásios e Arenas. R$ 5,70

Instituições de Ensino R$ 7,65

Museu e Centro Cultural R$ 7,98

Teatro e Auditório R$ 8,69

Centros de Convenções e Exposições R$ 6,70

Resorts R$ 7,99

Marinas R$ 11,87

Hotéis e Demais meios de Hospedagens R$ 13,99

Média Geral R$ 11,27

Fonte: ABEOC BRSIL e SEBRAE/2013.

Em ambos os casos as médias de preços praticadas pela indústria de eventos nacional é

menor do que a disposição da sociedade iguaçuenses em pagar por eventos, vez que esta estaria

disposta a pagar por pessoa R$ 15,00, enquanto que a maior média nacional foi de R$ 11,27.

Quadro 27 – Perfil dos Entrevistados, Temas e Posicionamentos.

Fonte: SMTU/2015

PERFIL DOS ENTREVISTADOS FAVORÁVEIS CONTRÁRIOS

Gênero

Masculino 47% 3%

Feminino 34% 16%

Faixa Etária

18 a 24 anos 13% 3%

25 a 29 anos 6% 5%

30 a 39 anos 22% 3%

40 a 49 anos 16% 3%

50 a 59 anos 11% 3%

Mais de 60 anos 13% 2%

Escolaridade

Fundamental 11% 3%

Médio 46% 8%

Superior Incompleto 8% 3%

Superior Completo 10% 5%

Pós - Graduação 5% 0%

Sem instrução formalçaçletoto 1% 0%

Faixa de Renda

Até R$1.000,00 25% 10%

R$1.001,00 a R$2.000,00 27% 5%

R$2.001,00 a R$3.000,00 14% 5%

R$3.001,00 a R$4.000,00 6% 0%

R$4.001,00 a R$5.000,00 3% 0%

Mais de R$5.001,00 5% 0%

Resultado Geral 81% 19%

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A seguir apresenta-se um relato dos Técnicos da SMTU, sobre os resultados da pesquisa que

descrevem o comportamento da sociedade local.

“Foz do Iguaçu é um dos principais destinos turísticos do Brasil, reconhecido por suas

atrações singulares, bem como por sua diversificada oferta turística. Tais atributos

contribuíram para que em anos recentes o destino tivesse um fluxo crescente de turistas. Foi

realizado em 13 de maio de 2015, um levantamento qualitativo junto a população local sobre

a possibilidade da Concessão, bem como, o valor médio da disposição a pagar por eventos do

Centro de Convenções de Foz do Iguaçu. Na totalidade dos entrevistados, 51% eram homens

e 49% mulheres. Foram entrevistados moradores de diversas faixas etárias. Dentre as faixas

etárias pesquisadas, a faixa de idade entre 30 a 39 anos alcançou 25% dos entrevistados,

seguida pela faixa de idade entre 40 a 49 anos 19%, e os de idade entre 18 a 24, 16%. Do total

de entrevistados, 97% eram de Foz, enquanto 3% eram de municípios vizinhos. Com relação à

concessão do Centro de Convenções para uma empresa administrar, 81% dos entrevistados

concordam com a permissão, sendo que apenas 19% discordam do mesmo. O valor médio

sugerido pelos entrevistados para a participação de eventos no local é de R$ 15,00 (quinze

reais).” SMTU/2015

O relato acima retrata o posicionamento da sociedade, que dispondo de informações sobre o

desempenho do Centro de Convenções nos últimos anos, sim porque as informações são publicadas,

opinam, na sua maioria, pela sua concessão a iniciativa privada.

7.4. O Valor de Outorga Para Concessão

O valor de outorga foi calculado observando as condições mínimas do mercado de eventos e

apresentado no quadro abaixo.

Quadro 28 – Valor de Outorga Mínimo

FIXA INICIAL DE 36

PARCELAS DE R$ 30.000,00

VARIÁVEL DE 5% DA

RECEITA BRUTA TOTAL

1 360 360

2 360 360

3 360 360

4 489 489

5 629 629

6 646 646

7 664 664

8 681 681

9 699 699

10 716 716

11 734 734

12 751 751

13 769 769

14 786 786

15 804 804

16 821 821

17 839 839

18 856 856

19 874 874

20 891 891

21 909 909

22 926 926

23 944 944

24 961 961

25 979 979

26 996 996

27 1.014 1.014

28 1.031 1.031

29 1.049 1.049

30 1.066 1.066

SOMA 1.080 22.521 23.601

VALOR ESTIMADO DA OUTORGA - R$/1000

ANO

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O Valor de Outorga Estimado considerou 5% sobre a receita bruta, durante trinta anos. O

ISSQN levou em conta uma alíquota de 5%. Quanto ao valor estimado da desoneração considerou

os custos atuais estimados de R$ 80 mil mês, corrigidos pela inflação medida pelo IPCA de 3,08%

ao ano.

Como se observa durante o período da concessão somando todos os benefícios diretos para o

Município se acumula um valor de R$ 116,9 milhões, desconsiderando a valorização imobiliária do

bem em questão. Mais do que isso, o patrimônio continua sendo do Município e demais acionistas,

além do que concretizando a concessão se consolidará uma indústria de eventos em Foz do Iguaçu,

que impulsionará a rede hoteleira.

Quadro 28.1 – Estimativa dos Benefícios da Outorga – R$/1000

VALOR ESTIMADO DE

OUTORGA VARIÁVEL

VALOR STIMADO DO

ISSQN

VALOR ESTIMADO DA

DESONERAÇÃO

ESTIMATIVA DE

INVESTIMENTOS

VALOR ESTIMADO

TOTAL

1 360 - 960 22.058 23.378

2 360 341 989 - 1.690

3 360 398 1.018 2.314 4.090

4 489 489 1.049 2.027

5 629 629 1.080 2.338

6 646 646 1.113 2.405

7 664 664 1.146 2.474

8 681 681 1.181 2.543

9 699 699 1.216 2.613

10 716 716 1.253 2.685

11 734 734 1.290 2.757

12 751 751 1.329 2.831

13 769 769 1.369 2.906

14 786 786 1.410 2.982

15 804 804 1.452 3.059

16 821 821 1.496 3.138

17 839 839 1.541 3.218

18 856 856 1.587 3.299

19 874 874 1.634 3.382

20 891 891 1.683 3.466

21 909 909 1.734 3.551

22 926 926 1.786 3.638

23 944 944 1.839 3.727

24 961 961 1.895 3.817

25 979 979 1.951 3.909

26 996 996 2.010 4.002

27 1.014 1.014 2.070 4.098

28 1.031 1.031 2.132 4.195

29 1.049 1.049 2.196 4.294

30 1.066 1.066 2.262 4.395

SOMA 23.601 23.260 45.672 24.372 116.906

ESTIMATIVA DOS BENEFÍCIOS DA OUTORGA PARA A CONCEDENTE - R$/1000

ANO

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8. ASPECTOS OPERACIONAIS

Este tópico é dedicado às questões de ordem operacional, as quais se conformam com as

exigências mínimas para a concessão. Por isso aborda aspectos como exigências mínimas para

concessão, que inclui o programa básico de investimentos, a estrutura de custos, os preços de

mercado, os preços implícitos e outros.

8.1. As Exigências Mínimas da Concessão

São exigências mínimas para a concessão do Centro de Convenções para garantia da sua

viabilidade econômica e financeira e dos benefícios que serão gerados as seguintes:

∙ O programa básico de investimentos que assegura a conclusão e a manutenção do bom

estado do equipamento;

∙ O cronograma de investimentos de até 03 (três) anos, seguido de manutenção preventiva,

para que ao final do contrato o equipamento não esteja sucateado;

∙ O valor de outorga variável mensal que tem por objetivo remunerar os acionistas pela

com cessão do bem para a exploração da iniciativa privada, neste caso, a partir do

faturamento bruto mensal, aplicando-se um percentual de 5%;

∙ A Outorga Inicial Fixa de 36 parcelas de R$ 30.000,00 a partir da assinatura do contrato;

∙ Estimativa de uma taxa de ocupação mínima anual de 23% da área atualmente disponível

para locação;

∙ Um preço mínimo por m2 de locação de R$ 2,75 tendo em vista que este é o padrão

praticado no Brasil.

Os investimentos que devem ser considerados foram estimados em reais e contemplam todas

as variações possíveis e as margens de erros das projeções. Os valores necessários de investimentos

mínimos foram levantados por profissionais de arquitetura em 2017.

Quadro 29 – Usos e Fontes de Recursos

USOS DE RECURSOS VALOR R$ FONTES DE RECURSOS VALOR R$

1. Investimento Fixo 22.058.271,00 3. Recursos Próprios

1.1 Obras e Serviços de Edificação 10.981.397,00 3.1. Patrimônio Líquido

1.2 Energia Elétrica 1.500.000,00 3.2. Aumento de Capital 23.138.271,00

1.3 Climatização 4.400.000,00 4 Recursos de Terceiros

1.4 Incêndio e Segurança 4.227.074,00 4.1. BNDES

1.5 Equipamentos, Móveis e Utensílios 500.500,00 4.2. FINAME

1.6 Comunicação Visual 57.000,00 4.3. PROGER

1.7 Internet 70.000,00 4.4. Outros

1.8 Projetos, Licenças e Edificações 322.300,00

2. Investimento Financeiro 1.080.000,00

2.1 Despesas Pré-Operacionais -

2.2 Capital de Giro -

2.3 Outorga Inicial Fixa (36 parcelas de R$ 30.000,00) 1.080.000,00

TOTAL USOS 23.138.271,00 TOTAL DAS FONTES 23.138.271,00

MARGEM PARA CONTINGÊNCIA 2.313.827,10 RECURSOS PRÓPRIOS 2.313.827,10

TOTAL GERAL COM MARGEM PARA CONTINGÊNCIA 25.452.098,10 25.452.098,10

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Quadro 30 – CAPEX – Detalhamento dos Usos

DETALHAMENTO VALOR ESTIMADO (R$)

Projetos complementares CC (estrutural, elétrico e hidráulico) 146.500

Projeto arquitetônico de reforma CC 175.800

1.2- Estacionamento Cálculo do número de vagas e retorno --

Pintura Predial 464.068

Troca de forro salões 1.232.612

Execução forro pavilhão 1.586.816

Pintura de piso 722.207

Adequação banheiros 146.500

Adequação pluvial (manutenção da cobertura) 110.866

Adequação entradas 180.000

Troca de janelas 414.000

Revisão de portas 85.000

1.4- Área Externa Fechamento da estrutura da cobertura 669.438

1.5- Cozinha Reforma e compra de equipamentos 350.000

1.6- Restaurante Reforma e troca de vidros 326.400

1.7- Construção Café Orçamento para obra Café parte externa 650.900

1.8- Acessibilidade Adequação às normas (rampas) 50.000

1.9- Espaço Administrativo Criação de salas para setor administrativo (1º subsolo) 722.400

Fechamento da estrutura auxiliar 260.000

Estrutura auxiliar 245.180

Divisórias móveis (com revestimento) 2.600.000

1.11- Palco e Salas Adequação palco e salas 53.280

1.12- Área Técnica Salas Preparação de área técnica forro (som, iluminação, box) 47.000

1.13- Paisagismo Custo básico para limpeza e estética 64.730

2.1-Subestação Readequação/modernização 500.000

2.2- Geradores Geração (A) / Locação (B) 1.000.000

3- Climatização 3.1- Ar-condicionado Orçamento e estudo de aproveitamento 4.400.000

4.1- Projeto Projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico CC 64.400

4.2- Combate à Incêndio Revisão e adequação às normas 176.899

Reservatório de água para sprinkler 119.000

Casa de bombas (nova) 192.500

Sensores, sprinklers, mangueiras 3.537.975

CFTV (48 câmeras + 2 DVRs + no-break + dome + instalação) 84.300

Revisão nas grades 52.000

Cadeiras para auditório (1500) Acoor 7.000 322.500

Palco móvel (60m2) 20.000

Carrinhos 18.000

Máquina lava e seca piso Karcher 72.000

Plataforma 12m bateria 68.000

6.1- Placas e sinalização Adequação às normas 12.000

6.2- Mídias Painéis de mídia (locação de espaços) 45.000

7- Internet 7.1- WIFI Empresas técnicas (orçamento) Link Solution 70.000

8 - Custo Pré-Operacional 8.1- Outorga Inicial Fixa Ortorga Inicial Fixa (36 parcelas de R$ 30.000,00) 1.080.000

23.138.271

2.313.827,10

25.452.098,10TOTAL GERAL

Margem de Contingência ( 10% )

6- Comunicação Visual

TOTAL CAPEX

2- Energia

4- Incêndio e Segurança 4.3- Incêndio

4.4- Segurança

5- Móveis, Utensílios e Equipamentos

5.1- Mobiliário

5.2- Equipamentos

OBJETO

1- Obras e Serviços de Edificação

1.1- Projetos

1.3- Reforma Predial

1.10- Divisórias

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O quadro anterior demonstra as principais aplicações de recursos e suas fontes, destacando

que o valor estimado para investimentos é de R$ 25,4 milhões, porém incluindo uma margem de

10% para eventuais contingências ou aumentos de preços no decorrer das obras.

Quadro 31 – Cronograma de Investimentos

O cronograma de investimentos acima é uma estimativa de uso de recursos no tempo. Não

se trata de uma obrigação rígida e imutável, podendo a Concessionária apresentar prazos

alternativos ao Poder Concedente que avaliará a necessidade e conveniência de alteração, podendo

repactuar os termos contratuais.

8.2. A Estrutura Básica de Custos

O OPEX apresentado no quadro a seguir diz respeito à estrutura de custos operacionais, ou

seja, os custos após os investimentos, quando o empreendimento entra em operação, por tempo

indeterminado ou enquanto durar a concessão. Além disso, inclui os custos fixos que independem

das vendas e os custos variáveis que dependem das vendas. Inclui uma outorga variável de 5%

(cinco por cento) das receitas brutas das operações, que serão pagos após vencido o prazo de

carência de 3 (três) anos contados da data de assinatura do contrato. O período de carência coincide

com os 36 (trinta e seis) meses, em que serão pagas as 36 parcelas fixas de R$ 30.000,00,

correspondentes a Outorga Fixa Inicial. As projeções consideram uma inflação medida pelo IPCA

de 3,08% ao ano, conforme BCB – Banco Central do Brasil. As premissas adotadas serão

apresentadas no item 09 a seguir. Coforme as premissas definidas por especialistas na área de

eventos e centros de convenções são suficientes para uma boa operação e manutenção dos espaços.

CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO - R$ ANO1 ANO2 ANO3

1. CENTRO DE CONVENÇÕES 22.058.271,00

Obras e Serviços de Edificação 11.303.697,00

Energia 1.500.000,00

Climatização 4.400.000,00

Incêndio e Segurança 4.227.074,00

Móveis, Utensílios e Equipamentos 500.500,00

Comunicação Visual 57.000,00

Internet 70.000,00

2. OUTORGA 360.000,00 360.000,00 360.000,00

Projetos, Licenças e Edificações

Equipamentos e Mobiliários

Despesas Pre-Operacionais

Capital de Giro

Outorga Inicial Fixa (36 parcelas de R$ 30.000,00) 360.000,00 360.000,00 360.000,00

TOTAL 22.418.271,00 360.000,00 360.000,00

MARGEM PARA CONTINGÊNCIA 2.313.827,10

TOTAL GERAL 22.418.271,00 360.000,00 2.673.827,10

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Quadro 32 – OPEX – Estrutura de Custos Operacionais – R$/1000

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

INFLAÇÃO - IPCA - BCB 03/11/2017 0% 0,0% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08%

1. Custos CECONFI 2.367 2.473 2.546 2.619 2.692 2.765 2.838 2.911 2.983 3.056 3.129 3.202 3.275 3.348 3.421 3.494 3.567 3.639 3.712 3.785 3.858 3.931 4.004 4.077 4.150 4.223 4.295 4.368 4.441

1.1 Custos Variáveis 246 257 264 272 280 287 295 302 310 317 325 333 340 348 355 363 370 378 386 393 401 408 416 423 431 439 446 454 461

Comunicação e Marketing

Associações de Classe 22 23 23 24 25 25 26 27 27 28 29 29 30 31 31 32 33 33 34 35 35 36 37 37 38 39 39 40 41

Esforços Marketing Institucional 22 23 23 24 25 25 26 27 27 28 29 29 30 31 31 32 33 33 34 35 35 36 37 37 38 39 39 40 41

Agência/Ass. Imprensa 24 25 26 27 27 28 29 30 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 41 42 43 44 44 45

Despesas para Eventos

Limpeza 72 75 77 80 82 84 86 89 91 93 95 97 100 102 104 106 109 111 113 115 117 120 122 124 126 128 131 133 135

Segurança 36 38 39 40 41 42 43 44 45 46 48 49 50 51 52 53 54 55 56 58 59 60 61 62 63 64 65 66 68

Energia 71 74 76 78 80 83 85 87 89 91 93 96 98 100 102 104 106 109 111 113 115 117 119 122 124 126 128 130 133

1.2 Custos Fixos 2.121 2.216 2.282 2.347 2.412 2.478 2.543 2.608 2.674 2.739 2.804 2.869 2.935 3.000 3.065 3.131 3.196 3.261 3.327 3.392 3.457 3.523 3.588 3.653 3.719 3.784 3.849 3.915 3.980

Energia, Água e Combustíveis

Energia Eletrica (ADM) 96 100 103 106 109 112 115 118 121 124 127 130 133 136 139 142 145 148 151 154 156 159 162 165 168 171 174 177 180

Sanepar - Água e Esgoto (ADM) 48 50 52 53 55 56 58 59 61 62 63 65 66 68 69 71 72 74 75 77 78 80 81 83 84 86 87 89 90

Compra Óleo Diesel p/Gerador 48 50 52 53 55 56 58 59 61 62 63 65 66 68 69 71 72 74 75 77 78 80 81 83 84 86 87 89 90

Gás operação A&B 10 10 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18

Manutenção, paisagismo, reformas e equipamentos

Aluguel de Caçamba 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7

Aquisição de EPI's x NR10 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4

Forração palcos/TNT/Fitas dupla face 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6

Limpeza de fachada e vidros externos (semestral) 12 13 13 13 14 14 14 15 15 15 16 16 17 17 17 18 18 18 19 19 20 20 20 21 21 21 22 22 23

Manutenção anual subestação 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11

Manutenção bombas de água potável e gelada 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11

Manutenção Mobiliário 9 9 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 16 17 17

Manutenção paredes móveis 16 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 26 27 27 28 28 29 29 30 30

Manutenção portas de emergência 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6

Material Civil (Tintas, placas de forro etc.) 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 13 13 13 13 14

Material elétrico (Lâmpadas, soquetes, etc.) 10 10 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18

Material hidraúlico (torneiras automáticas, reparos, etc.) 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7

Peças p/ Ar Condicionado - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Peças p/ Elevadores PNE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Recargas de extintores 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5

Limpeza e manutenção predial 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34

Paisagismo/Grama 11 11 12 12 12 13 13 13 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 18 18 18 19 19 19 20 20 20

Manutenção máquinas (Lavadora de Piso/Plataforma) 24 25 26 27 27 28 29 30 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 41 42 43 44 44 45

Revisão Sistema de incêndio - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Serviços de Terceiros

Limpeza 216 226 232 239 246 252 259 266 272 279 286 292 299 306 312 319 326 332 339 345 352 359 365 372 379 385 392 399 405

Segurança 480 502 516 531 546 561 576 590 605 620 635 649 664 679 694 709 723 738 753 768 782 797 812 827 842 856 871 886 901

2 Geradores 500 Kva (Manutenção) 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34

Desinsetização 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11

Contrato de manutenção de Ar condicionado - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Gerador Peças (Previsão ano) 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34

Juridico 24 25 26 27 27 28 29 30 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 41 42 43 44 44 45

Contabilidade 22 23 23 24 25 25 26 27 27 28 29 29 30 31 31 32 33 33 34 35 35 36 37 37 38 39 39 40 41

Seguros

Seguro Incêndio 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 54 55 56

Seguros RCF 25 26 27 28 28 29 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 42 42 43 44 45 45 46 47

Folha de Pagamentos - Internos

Salários 682 712 733 754 775 796 817 838 859 880 901 922 943 964 985 1.006 1.027 1.048 1.069 1.090 1.111 1.132 1.153 1.174 1.195 1.216 1.237 1.258 1.279

Vale Transporte 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18 18 19 19

Vale Refeição 30 32 33 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57

Encargos 139 146 150 154 159 163 167 171 176 180 184 189 193 197 202 206 210 214 219 223 227 232 236 240 244 249 253 257 262

Horas Extras 31 33 34 35 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59

Custos Administrativos

Mat. Escrit./Malotes/Cópias/Impressões Holerits 16 16 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 24 25 25 26 26 27 27 28 28 29 29

Segurança e Medicina do Trabalho 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Assinatura Periódicos 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9

Treinamento 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34

Uniformes 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6

Despeas Financeiras das Operações

Despesas Bancárias (cpmf, tarifas, impostos) 10 10 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18

TOTAL DE CUSTOS ANTES DA OUTORGA 2.367 2.473 2.546 2.619 2.692 2.765 2.838 2.911 2.983 3.056 3.129 3.202 3.275 3.348 3.421 3.494 3.567 3.639 3.712 3.785 3.858 3.931 4.004 4.077 4.150 4.223 4.295 4.368 4.441

3. Custos da Outorga VARIÁVEL

3.1 Outorga 5% Sobre Receita Bruta (Após Outorga Inicial Fixa) 489 629 646 664 681 699 716 734 751 769 786 804 821 839 856 874 891 909 926 944 961 979 996 1.014 1.031 1.049 1.066

TOTAL DE CUSTOS APOS A OUTORGA 2.367 2.473 3.035 3.248 3.338 3.428 3.519 3.609 3.700 3.790 3.880 3.971 4.061 4.152 4.242 4.332 4.423 4.513 4.603 4.694 4.784 4.875 4.965 5.055 5.146 5.236 5.327 5.417 5.507

PROJEÇÃO DE CUSTOS - R$/1000 - OPEX

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8.3. A Formação dos Preços do Mercado

As avaliações econômicas a preço de mercado tiveram como referência os preços médios

nacionais praticados: Preços Médios por M2

de locação = R$ 5,16;

8.4. A Formação dos Preços Implícitos

As avaliações econômicas a preços implícitos podem considerar o preço obtido através de

pesquisa de campo junto à comunidade, que teve as seguintes disposições a pagar:

a) Preços Médios por Assento = R$ 15,00;

b) Diferenças em relação ao preço por M2 de locação = R$ 9,84.

8.5. Estratégias Comerciais Possíveis

As políticas comerciais ficam a cargo do operador, sendo que o mesmo deve cumprir as

exigências mínimas em termos de ocupação e preços praticados. E também, o calculo do valor

mensal de outorga com base na receita bruta das operações.

Outro aspecto é que na estrutura de custos já se prever custos com propagando e

publicidade, contratação de pessoas temporárias e outros gastos de natureza comercial. Além disso,

existe a previsão do pagamento de comissões de vendas o que facilita as parcerias comerciais com

os diversos agentes da indústria de eventos.

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9. PROJEÇÕES ECONÔMICAS E FINANCEIRAS

Os cenários econômicos apontam para um crescimento da inflação, fraco desempenho da

economia e redução da renda familiar disponível. Entretanto, este contexto é cíclico e o que se

espera que se dissipe nos próximos anos. A indústria de eventos no Brasil e no Mundo apresenta

comportamentos bem diferentes da economia brasileira. As taxas médias de crescimento diferem

das taxas de crescimento da economia como se demonstrou anteriormente. Este é um seguimento,

que vem sendo considerado como uma forma de dinamizar os negócios, portanto é nas crises

econômicas que amplia sua relevância. Como já dissemos trata-se de uma oportunidade impar de

investimentos, que poderá resultar em grandes benefícios para os investidores e para a sociedade.

9.1. As Premissas Básicas Adotadas

Neste tópico apresenta-se um quadro geral dos parâmetros adotados nas projeções e

estimativas que se seguirão.

Quadro 33 – Premissas Básicas Adotadas na Modelagem

PREMISSAS DE RECEITASUnidade de

Medida Quantidades

Valor por Dia ou

Médio R$Ocupação média Dias Ocupação

Cenário

Conservador

Cenário

Pessimista

-10%

Cenário

Potencial

+10%

1. Receitas CECONFI 10.379.498 9.203.495 11.248.717

Pavilhão Cataratas m² 10.256 4,19 25,0% 91,3 3.923.750 3.531.375 4.316.125

Auditório Naipi m² 360 5,56 15,0% 54,8 109.500 98.550 120.450

Largo Tarobá m² 576 3,47 15,0% 54,8 109.500 98.550 120.450

Salão Iguaçu m² 3.500 6,29 35,0% 127,8 2.810.500 2.529.450 3.091.550

Auditório Itaipu m² 3.500 6,29 25,0% 91,3 2.007.500 1.806.750 2.208.250

Locação Empresa A&B Meses 12 45.000 100,0% - 540.000 486.000 594.000

Receitas A&B Pessoas 53.880 12,00 23,0% 84,0 148.709 133.838 163.580

Estacionamento Vagas 895 10,00 35,0% 127,8 1.143.363 1.029.026 1.257.699

Painéis de mídia (locação de espaços) m² 8 150,00 23,0% 84,0 100.740 90.666 110.814

Cafeteria/Lojas Pessoas 53.880 7,00 23,0% 84,0 86.747 78.072 95.421

Receitas de Eventos

Limpeza, segurança, parcerias, avarias e locação de equipamentos m² 18.192 0,20 23,0% 84,0 305.626 275.063 336.188

Energia (Eventos) m² 18.192 0,05 23,0% 84,0 76.406 68.766 84.047

Impostos (PIS = 0,65%, COFINS = 3,0%, ISS=5,0%) % 8,65 -982.842 -1.022.611 -1.249.857

TOTAL DAS RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS 10.379.498 9.203.495 11.248.717

PREMISSAS DE CAIXA Unidade de

Medida

QuantidadesMe

ses

Valor por

Dia/MédioOcupação média

Dias de

Ocupação

Cenário

Conservador

Cenário

Pessimista

-10%

Cenário

Potencial

+10%

Premissa Recebimento % 98%

A vista % 12 98%

A prazo % 12 0%

Premissa de Pagamentos % 100%

A vista % 12 100%

A prazo % 12 0%

1. Saldo Inicial R$ 1 - - -

2. Capital de Giro R$ 12

3. Recebimentos 10.171.908 9.019.426 11.023.742

3.1 Receitas R$ 12 23% 84,00 10.171.908 9.019.426 11.023.742

4. Pagamentos 2.366.646 2.129.982 2.603.311

4.1 Custos 2.366.646 2.129.982 2.603.311

4.1.1 Custos Variáveis R$ 12 23% 84,00 245.828 221.245 270.410

4.1.2 Custos Fixos R$ 12 100% 365,00 2.120.819 1.908.737 2.332.901

5. Saldo 12 7.805.261 6.889.444 8.420.431

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Trata-se do quadro de referência composto com base na opção mais conservadora possível.

O propósito é apresentar um resumo geral de todos os parâmetros adotados nos cálculos efetuados.

Neste quadro são apresentados os parâmetros da indústria nacional de eventos, da indústria local de

eventos e do Centro de Convenções. Além disso, constam os valores de referência do mercado.

O quadro das premissas é importante, pois traduz a forma como se projetou custos, vendas,

resultados, valores adicionados, benefícios, caixa e índices de viabilidade. Ou seja, todos os

aspectos econômicos e financeiros dependem deste quadro básico de premissas.

PREMISSAS DE CUSTOS Unidade de

Medida Quantidades

Valor por

Dia/MédioOcupação média

Dias de

Ocupação

Cenário

Conservador

Cenário

Pessimista

-10%

Cenário

Potencial

+10%

1. Custos CECONFI

1.1 Custos Variáveis 245.828 221.245 270.410

Comunicação e Marketing

Associações de Classe m² 18.192 0,0141 23,0% 84,0 21.600 19.440 23.760

Esforços Marketing Institucional m² 18.192 0,0141 23,0% 84,0 21.600 19.440 23.760

Agência/Ass. Imprensa m² 18.192 0,0157 23,0% 84,0 24.000 21.600 26.400

Despesas para Eventos

Limpeza m² 18.192 0,0471 23,0% 84,0 72.000 64.800 79.200

Segurança m² 18.192 0,0236 23,0% 84,0 36.000 32.400 39.600

Energia m² 18.192 0,0462 23,0% 84,0 70.628 63.565 77.690

1.2 Custos Fixos 2.120.819 1.908.737 2.332.901

Energia, Água e Combustíveis

Energia Eletrica (ADM) Dia 1 263,01 100,0% 365,0 96.000 86.400 105.600

Sanepar - Água e Esgoto (ADM) Dia 1 131,51 100,0% 365,0 48.000 43.200 52.800

Compra Óleo Diesel p/Gerador Dia 1 131,51 100,0% 365,0 48.000 43.200 52.800

Gás operação A&B Dia 1 26,30 100,0% 365,0 9.600 8.640 10.560

Manutenção, paisagismo, reformas e equipamentos

Aluguel de Caçamba Dia 1 9,86 100,0% 365,0 3.600 3.240 3.960

Aquisição de EPI's x NR10 Dia 1 5,48 100,0% 365,0 2.000 1.800 2.200

Forração palcos/TNT/Fitas dupla face Dia 1 8,22 100,0% 365,0 3.000 2.700 3.300

Limpeza de fachada e vidros externos (semestral) Dia 1 32,88 100,0% 365,0 12.000 10.800 13.200

Manutenção anual subestação Dia 1 16,44 100,0% 365,0 6.000 5.400 6.600

Manutenção bombas de água potável e gelada Dia 1 16,44 100,0% 365,0 6.000 5.400 6.600

Manutenção Mobiliário Dia 1 24,66 100,0% 365,0 9.000 8.100 9.900

Manutenção paredes móveis Dia 1 43,84 100,0% 365,0 16.000 14.400 17.600

Manutenção portas de emergência Dia 1 8,22 100,0% 365,0 3.000 2.700 3.300

Material Civil (Tintas, placas de forro etc.) Dia 1 19,73 100,0% 365,0 7.200 6.480 7.920

Material elétrico (Lâmpadas, soquetes, etc.) Dia 1 26,30 100,0% 365,0 9.600 8.640 10.560

Material hidraúlico (torneiras automáticas, reparos, etc.) Dia 1 9,59 100,0% 365,0 3.500 3.150 3.850

Peças p/ Ar Condicionado Dia 1 - 100,0% 365,0 - - -

Peças p/ Elevadores PNE Dia 1 1,92 100,0% 365,0 700 630 770

Recargas de extintores Dia 1 6,85 100,0% 365,0 2.500 2.250 2.750

Limpeza e manutenção predial Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800

Paisagismo/Grama Dia 1 29,59 100,0% 365,0 10.800 9.720 11.880

Manutenção máquinas (Lavadora de Piso/Plataforma) Dia 1 65,75 100,0% 365,0 24.000 21.600 26.400

Revisão Sistema de incêndio Dia

Serviços de Terceiros

Limpeza Dia 1 591,78 100,0% 365,0 216.000 194.400 237.600

Segurança Dia 1 1.315,07 100,0% 365,0 480.000 432.000 528.000

2 Geradores 500 Kva (Manutenção) Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800

Desinsetização Dia 1 16,44 100,0% 365,0 6.000 5.400 6.600

Contrato de manutenção de Ar condicionado Dia 1 - 100,0% 365,0 - - -

Gerador Peças (Previsão ano) Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800

Juridico Dia 1 65,75 100,0% 365,0 24.000 21.600 26.400

Contabilidade Dia 1 59,18 100,0% 365,0 21.600 19.440 23.760

Seguros

Seguro Incêndio Dia 1 82,19 100,0% 365,0 30.000 27.000 33.000

Seguros RCF Dia 1 68,49 100,0% 365,0 25.000 22.500 27.500

Folha de Pagamentos - Internos

Salários Dia 1 1.867,40 100,0% 365,0 681.600 613.440 749.760

Vale Transporte Dia 1 27,77 100,0% 365,0 10.138 9.124 11.151

Vale Refeição Dia 1 82,85 100,0% 365,0 30.240 27.216 33.264

Encargos Dia 1 382,03 100,0% 365,0 139.440 125.496 153.384

Horas Extras Dia 1 85,48 100,0% 365,0 31.200 28.080 34.320

Custos Administrativos

Mat. Escrit./Malotes/Cópias/Impressões Holerits Dia 1 42,74 100,0% 365,0 15.600 14.040 17.160

Segurança e Medicina do Trabalho Dia 1 0,00 100,0% 365,0 1 1 1

Assinatura Periódicos Dia 1 13,15 100,0% 365,0 4.800 4.320 5.280

Treinamento Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800

Uniformes Dia 1 8,49 100,0% 365,0 3.100 2.790 3.410

Despeas Financeiras das Operações

Despesas Bancárias (cpmf, tarifas, impostos) Dia 1 26,30 100,0% 365,0 9.600 8.640 10.560

TOTAL DE CUSTOS ANTES DA OUTORGA 2.366.646 2.129.982 2.603.311

3. Custos da Outorga VARIÁVEL

3.1 Outorga 5% Sobre Receita Bruta (Após Outorga Inicial Fixa) Concessão 568.117 511.305 624.929

TOTAL DE CUSTOS APOS A OUTORGA 2.934.763 2.641.287 3.228.240

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9.2. As Estimativas de Vendas

O quadro a seguir demonstra a projeção de vendas anuais com base nas premissas e

considerando a evolução das operações. Também leva em conta uma curva de inflação de 3,08% ao

ano, medida pelo IPCA.

As vendas são consideradas conservadoras, pois não inclui a diferença entre preço por metro

quadrado e preço por assento cobrado nos eventos. Além disso, não inclui outras diversas receitas

possíveis, tendo em vista a dificuldade de previsão precisa.

As projeções de vendas foram consideradas conservadores, tendo em vista que Foz do

Iguaçu, já é um destino consolidado, atrai um grande contingente de turistas, esta em 3º lugar no

ranking brasileiro de eventos internacionais, a frente de grandes cidades como Salvador, Brasília,

Florianópolis e Curitiba.

Entende-se também que mesmo com estes atributos a taxa de ocupação média não poderia

ser diferente daquela auferida no Brasil pela indústria de eventos nacional.

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Quadro 34 – Projeções de Vendas Anuais – em R$/1000

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

INFLAÇÃO - IPCA - BCB 03/11/2017 0% 0,0% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08%

1. Receitas CECONFI- 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323

Pavilhão Cataratas 2.354 2.747 3.377 4.342 4.463 4.584 4.705 4.825 4.946 5.067 5.188 5.309 5.430 5.551 5.671 5.792 5.913 6.034 6.155 6.276 6.396 6.517 6.638 6.759 6.880 7.001 7.122 7.242 7.363

Auditório Naipi 66 77 94 121 125 128 131 135 138 141 145 148 152 155 158 162 165 168 172 175 179 182 185 189 192 195 199 202 205

Largo Tarobá 66 77 94 121 125 128 131 135 138 141 145 148 152 155 158 162 165 168 172 175 179 182 185 189 192 195 199 202 205

Salão Iguaçu 1.686 1.967 2.419 3.110 3.197 3.283 3.370 3.456 3.543 3.629 3.716 3.803 3.889 3.976 4.062 4.149 4.235 4.322 4.409 4.495 4.582 4.668 4.755 4.841 4.928 5.014 5.101 5.188 5.274

Auditório Itaipu 1.205 1.405 1.728 2.221 2.283 2.345 2.407 2.469 2.531 2.592 2.654 2.716 2.778 2.840 2.902 2.963 3.025 3.087 3.149 3.211 3.273 3.334 3.396 3.458 3.520 3.582 3.644 3.705 3.767

Locação Empresa A&B 324 378 465 598 614 631 647 664 681 697 714 731 747 764 781 797 814 830 847 864 880 897 914 930 947 963 980 997 1.013

Receitas A&B 89 104 128 165 169 174 178 183 187 192 197 201 206 210 215 220 224 229 233 238 242 247 252 256 261 265 270 274 279

Estacionamento 686 800 984 1.265 1.300 1.336 1.371 1.406 1.441 1.477 1.512 1.547 1.582 1.617 1.653 1.688 1.723 1.758 1.793 1.829 1.864 1.899 1.934 1.970 2.005 2.040 2.075 2.110 2.146

Painéis de mídia (locação de espaços) 60 71 87 111 115 118 121 124 127 130 133 136 139 143 146 149 152 155 158 161 164 167 170 174 177 180 183 186 189

Cafeteria/Lojas 52 61 75 96 99 101 104 107 109 112 115 117 120 123 125 128 131 133 136 139 141 144 147 149 152 155 157 160 163

Receitas de Eventos

Limpeza, seg., parc., avarias e loc. de Eequip. 183 214 263 338 348 357 366 376 385 395 404 414 423 432 442 451 461 470 479 489 498 508 517 526 536 545 555 564 574

Energia (Eventos) 46 53 66 85 87 89 92 94 96 99 101 103 106 108 110 113 115 117 120 122 125 127 129 132 134 136 139 141 143

TOTAL DE VENDAS - 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323

PROJEÇÃO DE VENDAS - R$/1000 CENÁRIO CONSERVADOR

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9.3. As Estimativas de Resultados

As estimativas de resultados aqui apresentadas são aquelas feitas com base no demonstrativo

de resultado estimado para os exercícios. O Propósito deste quadro é demonstrar a capacidade de

geração de Lucro Líquido anual e acumulado. O valor do Imposto de Renda e da CSLL foi

calculado com base no lucro real estimado.

Não se computou despesas financeiras por entender que os futuros operadores terão

capacidade própria de investimentos não necessitando de capital de terceiros que geraria juros e

amortização.

Ao longo do período de 30 anos de concessão as operações produzirão um montante

altamente elevado de Lucro Líquido Acumulado, capaz de promover o retorno do capital investido

e sua remuneração muito antes do termino da concessão. Apesar de representar valores elevados em

reais estes valores, conforme se demonstra nos quadros a seguir, trazidos a valores presentes

demonstram grande coerência e relevância.

A opção por projetar os resultados durante todo o período foi devido à relevância da

informação de lucro acumulado.

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Quadro 35 – Projeções de Resultados Anuais – em R$/1000

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

INFLAÇÃO - IPCA - BCB 03/11/2017 0% 0,0% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08%

1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA

Projeção das Vendas Brutas - 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323

(-)DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 726- 847- 1.041- 1.339- 1.376- 1.414- 1.451- 1.488- 1.525- 1.563- 1.600- 1.637- 1.675- 1.712- 1.749- 1.786- 1.824- 1.861- 1.898- 1.935- 1.973- 2.010- 2.047- 2.084- 2.122- 2.159- 2.196- 2.234- 2.271-

Devoluções de Vendas

Abatimentos Diversos 136- 159- 196- 251- 258- 265- 272- 279- 286- 293- 300- 307- 314- 321- 328- 335- 342- 349- 356- 363- 370- 377- 384- 391- 398- 405- 412- 419- 426-

Impostos (PIS = 0,65%, COFINS = 3,0%, ISS=5,0%) 590- 688- 846- 1.088- 1.118- 1.148- 1.178- 1.209- 1.239- 1.269- 1.300- 1.330- 1.360- 1.390- 1.421- 1.451- 1.481- 1.511- 1.542- 1.572- 1.602- 1.633- 1.663- 1.693- 1.723- 1.754- 1.784- 1.814- 1.844-

2. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 6.091 7.107 8.737 11.234 11.547 11.860 12.173 12.485 12.798 13.111 13.423 13.736 14.049 14.361 14.674 14.987 15.299 15.612 15.925 16.238 16.550 16.863 17.176 17.488 17.801 18.114 18.426 18.739 19.052

(-)CUSTOS DAS VENDAS (-) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Custo dos Produtos Vendidos

Custo das Mercadorias

Custo dos Serviços Prestados

3. RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 6.091 7.107 8.737 11.234 11.547 11.860 12.173 12.485 12.798 13.111 13.423 13.736 14.049 14.361 14.674 14.987 15.299 15.612 15.925 16.238 16.550 16.863 17.176 17.488 17.801 18.114 18.426 18.739 19.052

(-) DESPESAS OPERACIONAIS 2.367- 2.473- 2.546- 2.619- 2.692- 2.765- 2.838- 2.911- 2.983- 3.056- 3.129- 3.202- 3.275- 3.348- 3.421- 3.494- 3.567- 3.639- 3.712- 3.785- 3.858- 3.931- 4.004- 4.077- 4.150- 4.223- 4.295- 4.368- 4.441-

Despesas Decorrentes das Vendas 246- 257- 264- 272- 280- 287- 295- 302- 310- 317- 325- 333- 340- 348- 355- 363- 370- 378- 386- 393- 401- 408- 416- 423- 431- 439- 446- 454- 461-

Despesas Administrativas 2.121- 2.216- 2.282- 2.347- 2.412- 2.478- 2.543- 2.608- 2.674- 2.739- 2.804- 2.869- 2.935- 3.000- 3.065- 3.131- 3.196- 3.261- 3.327- 3.392- 3.457- 3.523- 3.588- 3.653- 3.719- 3.784- 3.849- 3.915- 3.980-

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS

Receitas Financeiras

(-) Despesas Financeiras - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Var. Monetárias e Cambiais Líquidas

4. OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

4.1 Resultado da Equivalência Patrimonial

4.2 Venda Ativo Não Circulante

(-) Custo da Venda Ativo

5. RESULTADO OPERACIONAL ANTES IR E CSLL 3.725 4.633 6.191 8.616 8.855 9.095 9.335 9.575 9.815 10.054 10.294 10.534 10.774 11.014 11.253 11.493 11.733 11.973 12.212 12.452 12.692 12.932 13.172 13.411 13.651 13.891 14.131 14.371 14.610

(-) Provisão para IR + CSLL 155- 181- 223- 287- 295- 303- 311- 319- 327- 335- 343- 351- 358- 366- 374- 382- 390- 398- 406- 414- 422- 430- 438- 446- 454- 462- 470- 478- 486-

(-) Outorga Variável 5% Receita Bruta - - - 489- 629- 646- 664- 681- 699- 716- 734- 751- 769- 786- 804- 821- 839- 856- 874- 891- 909- 926- 944- 961- 979- 996- 1.014- 1.031- 1.049- 1.066-

6. LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 3.569 4.452 5.479 7.700 7.915 8.129 8.343 8.557 8.772 8.986 9.200 9.415 9.629 9.843 10.058 10.272 10.486 10.701 10.915 11.129 11.344 11.558 11.772 11.987 12.201 12.415 12.630 12.844 13.058

6.1 Participações Diversas (Taxa de Administração)

7. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 3.569 4.452 5.479 7.700 7.915 8.129 8.343 8.557 8.772 8.986 9.200 9.415 9.629 9.843 10.058 10.272 10.486 10.701 10.915 11.129 11.344 11.558 11.772 11.987 12.201 12.415 12.630 12.844 13.058

8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ACUMULADO 3.569 8.021 13.501 21.201 29.116 37.244 45.588 54.145 62.917 71.903 81.103 90.518 100.147 109.991 120.048 130.320 140.807 151.507 162.422 173.552 184.895 196.453 208.225 220.212 232.413 244.828 257.458 270.302 283.360

MARGEM DE LUCRO LÍQUIDA 14,0% 17,5% 21,5% 30,3% 31,1% 31,9% 32,8% 33,6% 34,5% 35,3% 36,1% 37,0% 37,8% 38,7% 39,5% 40,4% 41,2% 42,0% 42,9% 43,7% 44,6% 45,4% 46,3% 47,1% 47,9% 48,8% 49,6% 50,5% 51,3%

PROJEÇÃO DE RESULTADOS - R$/1000 - CENÁRIO

CONSERVADOR

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9.4 As Estimativas de Fluxos de Caixa

Os quadros abaixo apresentam as estimativas dos fluxos de caixa que são de extrema

importância, vez que atendem a um dos fundamentos mais importantes da gestão financeira dos

negócios: capacidade de geração de fluxos de caixas livres no futuro. Sobre este é calculada a TIR

– Taxa Interna de Retorno.

Observe-se que o valor inicial de outorga foi incluído no bloco dos pagamentos a partir da

sua carência e pelo prazo de concessão.

Desde os primeiros anos de operação o saldo final de caixa é positivo, mesmo não incluindo

valores para capital de giro que é uma competência da operadora. Se do contrário tivesse registrado

um saldo inicial de caixa equivalente ao valor inicial de outorga, que é uma exigência mínima da

concedente, os saldos anuais de caixa desde o início seriam bem maiores.

Os quadros adotam as mesmas premissas anteriormente apresentadas e demonstram uma

evolução histórica dos números.

O empreendimento apresenta uma extraordinária capacidade de geração de caixa futuro.

Desta forma observa o principal fundamento das finanças empresariais. Isso permite que o operador

realize investimentos além dos mínimos exigidos, ou antecipe o cronograma dos investimentos. Se

isso ocorrer, amplia-se a capacidade de geração de caixa ainda mais.

Note-se que foram apresentados três cenários, sendo que o principal deles é o Cenário

Conservador, que serve de base para todas as avaliações. Mais ainda a diferença entre os cenários é

de apenas 10% para mais ou para menos nas vendas anuais, demonstrando assim a sensibilidade das

operações e o impacto sobre os resultados.

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Quadro 36 – Projeções de Fluxos de Caixas Anuais (Cenários: Conservador, Pessimista e Potencial)– em R$/1000

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Premissa Recebimento

A vista 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%

A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Premissa de Pagamentos

A vista 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

1. Saldo Inicial -22.418 -360 -2.674

2. Capital de Giro (incluso no CAPEX)

3. Recebimentos 6.228 7.266 8.933 11.486 11.806 12.125 12.445 12.765 13.084 13.404 13.724 14.043 14.363 14.683 15.003 15.322 15.642 15.962 16.281 16.601 16.921 17.240 17.560 17.880 18.199 18.519 18.839 19.158 19.478

3.1 Receitas 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323

3.3 Deduções das Vendas

(-) Impostos (PIS, COFINS, ISS) -590 -688 -846 -1.088 -1.118 -1.148 -1.178 -1.209 -1.239 -1.269 -1.300 -1.330 -1.360 -1.390 -1.421 -1.451 -1.481 -1.511 -1.542 -1.572 -1.602 -1.633 -1.663 -1.693 -1.723 -1.754 -1.784 -1.814 -1.844

4. Pagamentos -2.522 -2.654 -3.258 -3.534 -3.633 -3.731 -3.829 -3.928 -4.026 -4.125 -4.223 -4.321 -4.420 -4.518 -4.616 -4.715 -4.813 -4.911 -5.010 -5.108 -5.207 -5.305 -5.403 -5.502 -5.600 -5.698 -5.797 -5.895 -5.994

4.1 Custos

4.1.1 Custos Variáveis -246 -257 -264 -272 -280 -287 -295 -302 -310 -317 -325 -333 -340 -348 -355 -363 -370 -378 -386 -393 -401 -408 -416 -423 -431 -439 -446 -454 -461

4.1.2 Custos Fixos -2.121 -2.216 -2.282 -2.347 -2.412 -2.478 -2.543 -2.608 -2.674 -2.739 -2.804 -2.869 -2.935 -3.000 -3.065 -3.131 -3.196 -3.261 -3.327 -3.392 -3.457 -3.523 -3.588 -3.653 -3.719 -3.784 -3.849 -3.915 -3.980

4.2 IRPJ + CSLL -155 -181 -223 -287 -295 -303 -311 -319 -327 -335 -343 -351 -358 -366 -374 -382 -390 -398 -406 -414 -422 -430 -438 -446 -454 -462 -470 -478 -486

4.3 Outorga 5% sobre Receita Bruta 0 0 -489 -629 -646 -664 -681 -699 -716 -734 -751 -769 -786 -804 -821 -839 -856 -874 -891 -909 -926 -944 -961 -979 -996 -1.014 -1.031 -1.049 -1.066

5. Saldo (Fluxo de Caixa Livre) -22.418 3.346 1.937 5.675 7.952 8.173 8.394 8.616 8.837 9.058 9.280 9.501 9.722 9.944 10.165 10.386 10.607 10.829 11.050 11.271 11.493 11.714 11.935 12.157 12.378 12.599 12.821 13.042 13.263 13.485

6. Saldo Acumulado -22.418 -19.073 -17.135 -11.460 -3.509 4.664 13.059 21.674 30.511 39.570 48.849 58.350 68.072 78.016 88.181 98.567 109.174 120.003 131.053 142.325 153.817 165.531 177.467 189.624 202.002 214.601 227.422 240.464 253.727 267.212

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Premissa Recebimento

A vista 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%

A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Premissa de Pagamentos

A vista 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

1. Saldo Inicial -22.418 -360 -2.674

2. Capital de Giro (incluso no CAPEX)

3. Recebimentos 0 5.605 6.539 8.040 10.337 10.625 10.913 11.201 11.488 11.776 12.064 12.351 12.639 12.927 13.215 13.502 13.790 14.078 14.365 14.653 14.941 15.229 15.516 15.804 16.092 16.379 16.667 16.955 17.243 17.530

3.1 Receitas 0 6.136 7.158 8.801 11.316 11.631 11.946 12.261 12.576 12.891 13.206 13.521 13.836 14.151 14.466 14.781 15.096 15.411 15.726 16.041 16.356 16.671 16.986 17.301 17.615 17.930 18.245 18.560 18.875 19.190

3.3 Deduções das Vendas

(-) Impostos (PIS, COFINS, ISS) 0 -531 -619 -761 -979 -1.006 -1.033 -1.061 -1.088 -1.115 -1.142 -1.170 -1.197 -1.224 -1.251 -1.279 -1.306 -1.333 -1.360 -1.388 -1.415 -1.442 -1.469 -1.496 -1.524 -1.551 -1.578 -1.605 -1.633 -1.660

4. Pagamentos 0 -2.482 -2.611 -3.160 -3.416 -3.511 -3.606 -3.701 -3.796 -3.891 -3.986 -4.081 -4.176 -4.271 -4.366 -4.461 -4.556 -4.651 -4.746 -4.842 -4.937 -5.032 -5.127 -5.222 -5.317 -5.412 -5.507 -5.602 -5.697 -5.792

4.1 Custos CECONFI

4.1.1 Custos Variáveis 0 -221 -231 -238 -245 -252 -258 -265 -272 -279 -286 -293 -299 -306 -313 -320 -327 -333 -340 -347 -354 -361 -367 -374 -381 -388 -395 -402 -408 -415

4.1.2 Custos Fixos 0 -2.121 -2.216 -2.282 -2.347 -2.412 -2.478 -2.543 -2.608 -2.674 -2.739 -2.804 -2.869 -2.935 -3.000 -3.065 -3.131 -3.196 -3.261 -3.327 -3.392 -3.457 -3.523 -3.588 -3.653 -3.719 -3.784 -3.849 -3.915 -3.980

4.2 IRPJ + CSLL 0 -140 -163 -201 -258 -265 -272 -280 -287 -294 -301 -308 -315 -323 -330 -337 -344 -351 -359 -366 -373 -380 -387 -394 -402 -409 -416 -423 -430 -438

4.3 Outorga 5% sobre Receita Bruta 0 0 0 -440 -566 -582 -597 -613 -629 -645 -660 -676 -692 -708 -723 -739 -755 -771 -786 -802 -818 -834 -849 -865 -881 -897 -912 -928 -944 -960

5. Saldo (Fluxo de Caixa Livre) -22.418 2.763 1.255 4.879 6.922 7.114 7.307 7.500 7.692 7.885 8.078 8.270 8.463 8.656 8.848 9.041 9.234 9.426 9.619 9.812 10.004 10.197 10.390 10.582 10.775 10.968 11.160 11.353 11.546 11.738

6. Saldo Acumulado -22.418 -19.655 -18.401 -13.521 -6.599 515 7.822 15.322 23.014 30.899 38.977 47.248 55.711 64.366 73.215 82.256 91.489 100.916 110.535 120.346 130.351 140.547 150.937 161.519 172.294 183.262 194.422 205.775 217.320 229.059

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Premissa Recebimento

A vista 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%

A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Premissa de Pagamentos

A vista 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

1. Saldo Inicial -22.418 -360 -2.674

2. Capital de Giro (incluso no CAPEX)

3. Recebimentos 0 6.850 7.992 9.826 12.635 12.986 13.338 13.690 14.041 14.393 14.744 15.096 15.448 15.799 16.151 16.503 16.854 17.206 17.558 17.909 18.261 18.613 18.964 19.316 19.668 20.019 20.371 20.723 21.074 21.426

3.1 Receitas 0 7.499 8.749 10.757 13.831 14.216 14.601 14.986 15.371 15.756 16.141 16.526 16.911 17.296 17.680 18.065 18.450 18.835 19.220 19.605 19.990 20.375 20.760 21.145 21.530 21.915 22.300 22.685 23.070 23.455

3.3 Deduções das Vendas

(-) Impostos (PIS, COFINS, ISS) 0 -649 -757 -930 -1.196 -1.230 -1.263 -1.296 -1.330 -1.363 -1.396 -1.429 -1.463 -1.496 -1.529 -1.563 -1.596 -1.629 -1.663 -1.696 -1.729 -1.762 -1.796 -1.829 -1.862 -1.896 -1.929 -1.962 -1.996 -2.029

4. Pagamentos 0 -2.562 -2.698 -3.356 -3.653 -3.755 -3.856 -3.958 -4.060 -4.161 -4.263 -4.365 -4.466 -4.568 -4.670 -4.771 -4.873 -4.975 -5.076 -5.178 -5.280 -5.381 -5.483 -5.585 -5.687 -5.788 -5.890 -5.992 -6.093 -6.195

4.1 Custos CECONFI

4.1.1 Custos Variáveis 0 -270 -283 -291 -299 -308 -316 -324 -333 -341 -349 -358 -366 -374 -383 -391 -399 -408 -416 -424 -432 -441 -449 -457 -466 -474 -482 -491 -499 -507

4.1.2 Custos Fixos 0 -2.121 -2.216 -2.282 -2.347 -2.412 -2.478 -2.543 -2.608 -2.674 -2.739 -2.804 -2.869 -2.935 -3.000 -3.065 -3.131 -3.196 -3.261 -3.327 -3.392 -3.457 -3.523 -3.588 -3.653 -3.719 -3.784 -3.849 -3.915 -3.980

4.2 IRPJ + CSLL 0 -171 -199 -245 -315 -324 -333 -342 -350 -359 -368 -377 -386 -394 -403 -412 -421 -429 -438 -447 -456 -465 -473 -482 -491 -500 -508 -517 -526 -535

4.3 Outorga 5% sobre Receita Bruta 0 0 0 -538 -692 -711 -730 -749 -769 -788 -807 -826 -846 -865 -884 -903 -923 -942 -961 -980 -1.000 -1.019 -1.038 -1.057 -1.077 -1.096 -1.115 -1.134 -1.153 -1.173

5. Saldo (Fluxo de Caixa Livre) -22.418 3.928 2.620 6.471 8.982 9.232 9.481 9.731 9.981 10.231 10.481 10.731 10.981 11.231 11.481 11.731 11.981 12.231 12.481 12.731 12.981 13.231 13.481 13.731 13.981 14.231 14.481 14.731 14.981 15.231

6. Saldo Acumulado -22.418 -18.490 -15.870 -9.399 -418 8.814 18.295 28.027 38.008 48.240 58.721 69.452 80.434 91.665 103.147 114.878 126.859 139.091 151.572 164.303 177.284 190.516 203.997 217.728 231.709 245.940 260.421 275.153 290.134 305.365

FLUXO DE CAIXA - R$/1000 - CENÁRIO

CONSERVADOR

FLUXO DE CAIXA - R$/1000 - CENÁRIO

PESSIMISTA (-10%)

FLUXO DE CAIXA - R$/1000 - CENÁRIO

POTENCIAL (+10%)

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9.5. As Estimativas de Valor Adicionado

Este tópico representa um dos mais relevantes para o estudo vez que, de um lado apresenta a

capacidade do projeto de gerar riquezas e, de outro, a forma como estas riquezas serão distribuídas.

É dele que se extrai a maior parte dos benefícios gerados belo projeto.

Conforme se demonstra o valor adicionado a distribuir do item 7 é exatamente igual ao

montante do item 8, que é o valor adicionado distribuído. Note que é o montante de valor

adicionado que representa a geração de renda. Os valores distribuídos representam os benefícios

anuais gerados pelo projeto.

Mais adiante será apresentado um quadro que demonstra os benefícios acumulados e a sua

relação com os custos que é o valor global do contrato de concessão em toda a extensão do período

da concessão.

Optou-se por apresentar apenas o cenário conservador por ser o mais provável e porque para

os fins deste quadro os demais quadros não são relevantes.

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Quadro 37 – Projeções de Valores Adicionados Anuais – em R$/1000

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

1. RECEITAS

1.1 Vendas de mercadoria, produtos e serviços 0 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323

1.2 Provisão p/devedores duvidosos

1.3 Não operacionais

2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 0 985 1.030 1.060 1.090 1.121 1.151 1.181 1.212 1.242 1.272 1.303 1.333 1.363 1.394 1.424 1.454 1.485 1.515 1.545 1.576 1.606 1.636 1.667 1.697 1.727 1.758 1.788 1.818 1.849

2.1 Matérias-Primas consumidas

2.2 Custos das mercadorias e serviços vendidos

2.3 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 0 985 1.030 1.060 1.090 1.121 1.151 1.181 1.212 1.242 1.272 1.303 1.333 1.363 1.394 1.424 1.454 1.485 1.515 1.545 1.576 1.606 1.636 1.667 1.697 1.727 1.758 1.788 1.818 1.849

2.4 Perda/Recuperação de valores ativos

3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474

4. RETENÇÕES

4.1 Depreciação, amortização e exaustão

5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3-4) 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474

6. VALOR ADICIONADO DE TRANSFERÊNCIA

6.1 Resultado de equivalência patrimonial

6.2 Receitas financeiras

7. VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (5+6) 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474

8. DISTRIBUIÇÃO

8.1 Pessoal e Encargos 0 893 933 960 988 1.015 1.043 1.070 1.098 1.125 1.153 1.180 1.208 1.235 1.263 1.290 1.318 1.345 1.373 1.400 1.428 1.455 1.483 1.510 1.538 1.565 1.593 1.620 1.648 1.675

8.2 Gasto com Pessoal Exceto Salários, Encargos e Outras Obrigações

8.3 Gasto com Prevenção, Proteção, Recuperação e/ou Compensação Ambiental

8.4 Gastos Administrativos e de Vendas 0 625 670 721 792 814 837 859 881 903 925 947 969 991 1.013 1.035 1.057 1.079 1.101 1.123 1.145 1.167 1.189 1.211 1.234 1.256 1.278 1.300 1.322 1.344

8.5 Impostos, Taxas e Contribuições 0 745 869 1.069 1.374 1.413 1.451 1.489 1.527 1.566 1.604 1.642 1.680 1.719 1.757 1.795 1.833 1.872 1.910 1.948 1.986 2.025 2.063 2.101 2.139 2.178 2.216 2.254 2.292 2.331

8.6 Valor de Outorga 0 0 0 489 629 646 664 681 699 716 734 751 769 786 804 821 839 856 874 891 909 926 944 961 979 996 1.014 1.031 1.049 1.066

8.7 Juros s/ Capital Próprio e Dividendos

8.8 Lucros Retidos / Prejuízo do Exercício 0 3.569 4.452 5.479 7.700 7.915 8.129 8.343 8.557 8.772 8.986 9.200 9.415 9.629 9.843 10.058 10.272 10.486 10.701 10.915 11.129 11.344 11.558 11.772 11.987 12.201 12.415 12.630 12.844 13.058

9. VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474

DEMONSTRATIVO DO VALOR ADICIONADO - R$/1000

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9.6. As Estimativas de Ponto de Equilíbrio do Negócio

O ponto de equilíbrio demonstra as estimativas de faturamentos mínimos necessários para

cobertura dos custos. É a partir deste ponto que a empresa começa a ter lucro, abaixo dele a empresa

tem prejuízo. Ele serve de parâmetro para os gestores, pois determina qual é o desempenho mínimo

que se deve alcançar para não se ter prejuízo. Isso implica numa taxa mínima de ocupação, num

volume mínimo de vendas entre outras coisas.

O Ponto de Equilíbrio (PE) informa ao empreendedor o faturamento mensal

mínimo necessário para cobrir os custos (fixos e variáveis), informação esta que, muitas vezes é

vital para a análise de viabilidade de um empreendimento ou da adequação da empresa em relação

ao mercado.

Para obter o ponto de equilíbrio aplica-se a seguinte forma:

Onde IMC é o resultado da divisão da margem de contribuição pela receita operacional.

Figura 20 – Representação do Ponto de Equilíbrio

Na figura acima esta representada a RT (receita total), custos variáveis e custos fixos que

somados formam os CT (custos totais). O ponto de equilíbrio é aquele em que RT = CT, abaixo

deste ponto a empresa tem prejuízo, acima deste ponto a empresa tem lucro.

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Quadro 38 – Ponto de Equilíbrio Anual – em R$/1000

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30

0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

1. Receita Operacional Líquida - 6.091 7.107 8.737 11.234 11.547 11.860 12.173 12.485 12.798 13.111 13.423 13.736 14.049 14.361 14.674 14.987 15.299 15.612 15.925 16.238 16.550 16.863 17.176 17.488 17.801 18.114 18.426 18.739 19.052

2. Custos Variáveis - 246 257 264 272 280 287 295 302 310 317 325 333 340 348 355 363 370 378 386 393 401 408 416 423 431 439 446 454 461

3. Margem de Contribuição - 5.846 6.850 8.473 10.962 11.268 11.573 11.878 12.183 12.488 12.793 13.098 13.403 13.709 14.014 14.319 14.624 14.929 15.234 15.539 15.844 16.149 16.455 16.760 17.065 17.370 17.675 17.980 18.285 18.590

4. Custos Fixos - 2.121 2.216 2.282 2.347 2.412 2.478 2.543 2.608 2.674 2.739 2.804 2.869 2.935 3.000 3.065 3.131 3.196 3.261 3.327 3.392 3.457 3.523 3.588 3.653 3.719 3.784 3.849 3.915 3.980

5. Despesa Financeira - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

6. PONTO DE EQUILÍBRIO 2.210 2.299 2.353 2.405 2.472 2.539 2.606 2.673 2.740 2.807 2.874 2.941 3.008 3.075 3.142 3.208 3.275 3.342 3.409 3.476 3.543 3.610 3.677 3.744 3.811 3.878 3.945 4.012 4.079

PONTO DE EQUILÍBRIO - R$/1000

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10. INDICADORES DA VIABILIDADE DO NEGÓCIO

Índices de Viabilidade são indicadores econômicos e financeiros, calculados com base nos

valores anteriormente apresentados que tem como objetivo mostrar a viabilidade do negócio da

forma como está sendo apresentado. São em sua maioria obtidos a partir das fórmulas matemáticas

apresentadas abaixo.

10.1. Metodologias dos Índices de Viabilidade

A metodologia revela como se chegar aos resultados, ou seja, nos valores dos índices de

viabilidade. O quadro abaixo apresenta as formulas e as variáveis usadas por elas.

Quadro 39 – Metodologias de Cálculo dos Indicadores

ÍNDICE SIGNIFICADO FÓRMULA

Payback Tempo do retorno do investimento

I= Investimentos

FC= fluxo de caixa (média 10 anos)

Payback Descontado Tempo do retorno e da remuneração do capital investido

I = Investimentos,

FC = Fluxo de Caixa (média 10 anos),

k = taxa selic.

VPL Valor Presente Líquido dos fluxos de caixa gerados pelo projeto

ao longo do tempo.

I = Investimento, FC = fluxo de caixa,

TIR= taxa interna de retorno,

n= período.

TIR A TIR é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor do investimento.

= 0,

I = Investimentos,

FC = fluxo de caixa , TIR= Taxa Interna de Retorno,

n= período.

EVA Valor Econômico Adicionado que representa uma taxa de juros

que supera o custo do capital.

TIR = Taxa Interna de Retorno Cc= Custo do capital,

C= Investimento.

RB Relação Benefício/Custo mede o quanto os benefícios superam

os custos se B > C.

RB= a relação benefícios e custos,

Vb=o valor dos benefícios, Vc= o valor dos custos.

Co

O custo de oportunidade corresponde ao valor que se deixa de

ganhar se não houvesse os investimentos. Co = B - I

Co= o custo de oportunidade,

B=os benefícios gerados, I= o investimento.

∆y

Mede o impacto em termos de aumento da renda.

∆y = aumento da renda;

Pmgc= propensão marginal a consumir

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10.2. Análise da Viabilidade Econômica e Financeira

A viabilidade de um empreendimento é medida através de indicadores. A seleção de

indicadores é feita em conformidade com a conveniência de cada projeto, porém alguns indicadores

são indispensáveis como: taxa interna de retorno, playback entre outros. Para fins de melhor

visualização optou-se por apresentar todos os índices reunidos em um quadro geral.

Quadro 40 – Indicadores da Viabilidade Econômica e Financeira

CENÁRIOS: Cenários são simulações para mais ou para menos nas vendas (em 10%), que

demonstram o quanto o projeto é sensível às variações, impactando sobre os resultados,

principalmente a TIR. Neste caso o Cenário principal é o Conservador que serve de referencia aos

demais. O Cenário pessimista demonstra os efeitos sobre os resultados de uma queda de 10% nas

vendas, ou seja, uma queda de 10% da taxa de ocupação média anual. De outro lado o Cenário

Potencial demonstra os efeitos de um aumento de 10% na taxa de ocupação média anual, em

relação ao Cenário Conservador.

I = Investimentos (CAPEX) é o montante de desembolso da fase pré-operacional que é o

mesmo para os três cenários.

O = Valor de Outorga variável estimado para todo o período da concessão, seguindo as

mesmas premissas de receitas e custos.

TIR - TAXA INTERNA DE RETORNO: para o pior Cenário Pessimista a TIR é de 23,2%,

para o Cenário Conservador, o mais provável, é de 26,1% e para o Cenário Potencial é de 28,9%, ou

seja, o projeto demonstra a capacidade de geração de fluxo de caixa livre capaz de permitir o

retorno dos investimentos (CAPEX) e tempo aceitável.

PAYBACK: o tempo de retorno do capital investido, com as taxas acima TIR, é de 4,1 anos

no Cenário Pessimistas, de 3,5 anos no Cenário Conservador e de 3,1 anos no Cenário Potencial.

Ressalte-se que tais tempos contam a partir do inicio das operações.

ÍNDICE DESCRIÇÃOUNIDADE DE

MEDIDA

CENÁRIO

PESSIMISTA

R$/1000

CENÁRIO

CONSERVADOR

R$/1000

CENÁRIO

POTENCIAL

R$/1000

I VALOR TOTAL DO INVESTIMENTO R$/1000 25.452 25.452 25.452

O VALOR DE OUTORGA FIXA E VARIÁVEL R$/1000 15.989 17.726 19.462

TIR TAXA INTERNA DE RETORNO % 23,2% 26,1% 28,9%

PAYBACK TEMPO DO RETORNO DO CAPITAL ANO 4,1 3,5 3,1

PAYBACK DESCONTADO TEMPO DO RETORNO E REMUNERAÇÃO DO CAPITAL - SELIC ANO 6,0 5,2 4,6

VPL VALOR PRESENTE LÍQUIDO DOS FLUXOS DE CAIXA LIVRES - IPCA R$/1000 142.934 168.250 193.567

EVA VALOR ECONÔMICO ADICIONADO COMPARANDO CUSTO DE CAPITAL E TIR % 9,6% 12,4% 15,2%

RB RELAÇÃO BENEFÍCIO CUSTO (MÉDIA) R$ 15,71 17,46 19,20

CO BENEFÍCIOS GERADOS PELO PROJETO EM TERMOS DE RENDA R$/1000 418.680 465.200 511.720

∆Y IMPACTO SOBRE A RENDA COM EFEITO MULTIPLICADOR (Pmgc=70% E EM R$/1000) R$/1000 1.395.599 1.550.666 1.705.732

∆ED NÚMERO MÉDIO DE EMPREGOS DIRETOS GERADOS EMPREGO 20 22 24

∆EI NÚMERO MÉDIO DE EMPREGOS INDIRETOS GERADOS EMPREGO 59 66 73

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PAYBACK DESCONTADO: quando consideramos o Payback descontado pela taxa Selic o

prazo se prolonga, ficando em 6,0 anos no Cenário Pessimistas, 5,2 anos no Cenário Conservador e,

4,6 anos no Cenário Potencial.

VPL – VALOR PRESENTE LÍQUIDO: o VPL descontando o Fluxo de Caixa Livre pela

taxa do IPCA é de 142,9 no Cenário Pessimista, 168,2 no Cenário Conservador e 193,6 no Cenário

Potencial.

EVA – VALOR ECONÔMICO ADICIONADO: considerando apenas o Cenário

Conservador o índice é de 12,4%, ou seja, a TIR supera o custo ponderado do capital neste valor, o

que demonstra que vale a pena realizar os investimentos.

RB – RELAÇÃO BENEFÍCIO/CUSTO: para cada real investido segundo o Cenário

Pessimista serão gerados 15,71 reais de benefícios. No Cenário Conservador serão gerados 17,46

reais e no Cenário Potencial serão gerados 19,2 reias. Isso demonstra que a geração de valor pelo

projeto é muito elevada.

CO – CUSTO DE OPORTUNIDADE: o valor que a comunidade perde ao longo do período

da concessão para o Cenário Pessimista é de R$ 418,7 milhões, para o Cenário Conservador de R$

465,2 milhões e para o Cenário Potencial de R$ 511,7 milhões, ou seja, a população seria privada

destes valores caso não ocorra a concessão.

∆Y – AUMENTO DA RENDA: o impacto sobre a renda é de R$ 1,39 bi no Cenário

Pessimista, R$ 1,55 bi no Cenário Conservador e R$ 1,7 bi no Cenário Potencial, portanto o projeto

é altamente relevante para a população.

∆ED – NÚMERO MÉDIO DE EMPREGOS DIRETOS E ∆EI – NÚMERO MÉDIO DE

EMPREGOS INDIRETOS: o número de empregos diretos no Cenário Conservador é de 20 e

indiretos de 22, com potencial para chegar a 24.

Diante dos números apresentados em todas as projeções financeiras, que geraram os

indicadores acima, verifica-se que o empreendimento em questão, é viável e de grande relevância

para a população iguaçuense, pois o custo de oportunidade da não concessão é elevadíssimo, vez

que de um lado deixaria de obter todos os benefícios apontados e de outro arcaria com os custos de

manutenção do espaço pelo poder público.

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11. OS RESULTADOS DECORRENTES DA CONCESSÃO

O fato do Poder Público Municipal deixar de custear a manutenção anual do Centro de

Convenções já se configura como um benefício relevante para a sociedade. Se, além disso, ocorrer

no mínimo, R$ 25,4 milhões em investimentos, mais ainda, se torna relevante. Mas, é no quadro

abaixo, que se apresenta a soma de todos estes benefícios, ao logo dos 30 anos da concessão.

Quadro 41 – Benefícios Decorrentes da Concessão do Centro de Convenções – R$/1000

Considerando um Cenário Conservador os benefícios futuros do empreendimento,

calculados com base no DVA – Demonstrativo do Valor Adicionado dizem muito sobre a

importância do empreendimento.

Neste caso, os fluxos de caixas livres anualizados, chegam a R$ 267,2 milhões, os valores de

outorga a R$ 23 milhões e de tributos municipais a R$ 23,2 milhões, de tributos federais R$ 27,6

milhões, de renda gerada chega a R$ 465,2 milhões e de massa salarial e seus encargos atingem R$

37,4 milhões.

A geração de postos de trabalho, também é muito relevante. Se tomarmos o rendimento

médio do trabalhador do setor de serviços (IBGE/2014) que é de R$ 2.457,50 e considerarmos que

os encargos são de 80%, então teremos uma média de 22 empregos diretos e 66 empregos indiretos,

neste caso considerando o multiplicador keynesiano com uma Pmgc – Propensão Marginal a

Consumir de 70%.

ANO

FLUXO DE CAIXA

LIVRE

VALOR DE

OUTORGA

IMPOSTOS E

TAXAS

MUNICIPAIS

IMPOSTOS E

CONTRIBUIÇÕES

FEDERAIS RENDA GERADA MASSA SALARIAL

EMPREGOS

DIRETOS

EMPREGOS

INDIRETOS

(3 pra 1)

1 -22.418 360 - - - - - -

2 3.346 360 341 404 6.817 893 15 46

3 1.937 360 398 472 7.954 933 16 48

4 5.675 489 489 580 9.779 960 16 49

5 7.952 629 629 746 12.574 988 17 51

6 8.173 646 646 766 12.924 1.015 17 52

7 8.394 664 664 787 13.273 1.043 18 53

8 8.616 681 681 808 13.623 1.070 18 55

9 8.837 699 699 829 13.973 1.098 19 56

10 9.058 716 716 849 14.323 1.125 19 58

11 9.280 734 734 870 14.673 1.153 20 59

12 9.501 751 751 891 15.023 1.180 20 60

13 9.722 769 769 912 15.373 1.208 21 62

14 9.944 786 786 932 15.723 1.235 21 63

15 10.165 804 804 953 16.073 1.263 22 65

16 10.386 821 821 974 16.423 1.290 22 66

17 10.607 839 839 995 16.773 1.318 23 68

18 10.829 856 856 1.015 17.123 1.345 23 69

19 11.050 874 874 1.036 17.473 1.373 23 70

20 11.271 891 891 1.057 17.823 1.400 24 72

21 11.493 909 909 1.078 18.173 1.428 24 73

22 11.714 926 926 1.098 18.523 1.455 25 75

23 11.935 944 944 1.119 18.873 1.483 25 76

24 12.157 961 961 1.140 19.223 1.510 26 77

25 12.378 979 979 1.161 19.573 1.538 26 79

26 12.599 996 996 1.181 19.923 1.565 27 80

27 12.821 1.014 1.014 1.202 20.273 1.593 27 82

28 13.042 1.031 1.031 1.223 20.623 1.620 28 83

29 13.263 1.049 1.049 1.244 20.973 1.648 28 84

30 13.485 1.066 1.066 1.264 21.323 1.675 29 86

SOMA 267.212 23.601 23.260 27.586 465.200 37.403 22 66

48.359

Índice B/C 17,5

Custos (Investimentos Corrigidos pelo IPCA)

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11.1. Premissas para os Resultados

Todo o estudo está baseado no cenário brasileiro atual, levando-se em conta que ha

desemprego durante o tempo de implantação do empreendimento, logo o cenário é o mais

conservador possível, visto que esta é a realidade brasileira.

Porém considera também que a desvalorização do real pode gerar um aumento do fluxo de

turistas externo.

A demanda foi calculada a partir dos parâmetros da indústria nacional e local de eventos. Os

resultados acima apontados dependem das condições mínimas para a concessão já descritas

anteriormente.

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12. AS EXIGÊNCIAS PARA A VIABILIDADE

A viabilidade de um empreendimento não depende apenas dos seus aspectos econômicos e

financeiros, mas, sobretudo da capacidade de gestão dos empreendedores para gerar tais aspectos.

Para que realmente os resultados acima se concretizem, faz-se necessário que se adotem as

seguintes práticas:

12.1. As Práticas de Gestão

Que se adotem as melhores práticas de gestão disponíveis no mercado, incluindo um

rigoroso controle de custos, qualificação de pessoal, tecnologia da informação, mídias e ferramentas

de apoio à decisão, buscando enfatizar os pontos fortes e eliminar as fraquezas.

12.2. A Governança Corporativa

O modelo de governança deve considerar a máxima transparência possível, não desprezando

as auditorias e controles necessários, bem como as avaliações constantes do desempenho dos

gestores.

12.3. As Estratégias

A formulação das estratégias deve se basear em informações e fatos reais com a máxima

objetividade, assim como a implantação das mesmas.

Deve empregar um profundo conhecimento do ramo de negócio em questão, para

aproveitamento das oportunidades e eliminação das ameaças.

12.4. O Marketing e a Comunicação

Está em perfeita sintonia com a demanda pelos serviços é de fundamental importância para

o sucesso do empreendimento, assim como adotar uma comunicação clara e eficiente.

Para tanto, deve-se desenvolver e implementar estratégias de mercado altamente eficientes.

12.5. A Inovação de Processos, Produtos e Serviços.

A capacidade de inovar é um dos principais pilares do sucesso de qualquer empreendimento,

ou se inova ou se está fadado ao insucesso, devendo sempre considerar produto, serviços, processo

e gestão.

12.6. A Sustentabilidade do Negócio

A sustentabilidade é algo que se quer buscar sempre, seja do ponto de vista ambiental,

financeiro ou gerencial.

12.7. A Responsabilidade Social e Ambiental

Principalmente o empreendimento em questão deve ser altamente responsável do ponto de

vista social, vez que se trata da concessão de espaço público.

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Neste caso a empresa deve investir amplamente no bem-estar do seu pessoal além dos

salários e encargos que ira pagar.

Desta forma a viabilidade deste empreendimento dependerá:

a) De uma gestão voltada à adoção das melhores práticas disponíveis no mercado;

b) Da capacidade de inovar em serviços, processo e gestão;

c) Da capacidade de desenvolver e implementar estratégias; e

d) Da capacidade de se comunicar com o público alvo.

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13. AS CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS

Diante do exposto considera que o empreendimento – Concessão do Centro de Convenções -

é viável, confirmando a hipótese de que se trata de um empreendimento viável, cujos resultados se

conformam com os interesses públicos, apresentado na introdução.

Que o mesmo trará benefícios significativos para toda a população. Que se não houver os

investimentos projetados em questão ocorreria um grande custo de oportunidade.

Que mesmo nos piores cenários ainda assim, os resultados são animadores. Portanto

recomendamos, nos termos acima que o empreendimento seja levado adiante, adotando-se as

melhores práticas de gestão e de sustentabilidade.

Além disso, recomenda-se que:

I. Os valores de outorga sejam em conformidade com os apresentados neste projeto;

II. Os preços não se distanciem muito dos valores de mercado para menos, vez que isso

poderia influenciar negativamente os fluxos de caixa, podendo até inviabilizar o

empreendimento, pois o mesmo tem uma estrutura de custos fixos;

III. O modelo de gestão adote práticas voltadas para resultados que assegurem um bom

desempenho e possibilite maximizar os benefícios esperados do empreendimento;

IV. Os gestores assumam o compromisso com a responsabilidade social, ambiental e com a

inovação;

V. O empreendimento se torne, de fato, um dos maiores de Foz do Iguaçu em termos de

geração de resultados.

Desta forma conclui-se, que existe a viabilidade, pois o empreendimento gera grandes

benefícios de ordem social e econômica, podendo atender aos interesses público e privado.