análise do prodist –módulo 3 · 2005-09-14 brasília 11 ... • nos pontos 3.3.2 e 4.4.2,...
TRANSCRIPT
INESC Porto Campus da FEUP R. Dr. Roberto Frias, nº 378 4200-465 Porto
tel. 22 209 4000 fax 22 209 4050 e-mail [email protected] internet www.inescporto.pt
Análise do PRODIST Análise do PRODIST –– módulo 3módulo 3
J. Peças Lopes, Manuel Matos,
J. Pereira da Silva, Vladimiro Miranda
INESC Porto - Portugal
2005SET14
2005-09-14 Brasília 2
Introdução
• Análise efectuada
– análise geral de consistência interna e organização
– regras e procedimentos propostos
– ponto de vista técnico
– equilíbrio entre a indispensável salvaguarda dos interesses do sistema público
e suas concessionárias e a remoção de barreiras ao acesso ao sistema por
parte dos acessantes, em particular os produtores independentes
• Estrutura
– Apreciação geral do documento
• em termos dos seus objectivos, estruturação e estilo de escrita
– Alguns aspectos gerais
– Aspectos específicos das diversas secções
2005-09-14 Brasília 3
Apreciação geral
• Documento em análise bem estruturado
– Satisfaz, de forma geral, os objectivos a que se propõe
– Bastante completo
– Partes devidamente encadeadas
– Não se registam sobreposições, repetições ou contradições de vulto
– Não se detectam formulações geradoras de ambiguidade aos utilizadores
• Texto bem escrito, claro e bem estruturado, de leitura fácil e com uma componente técnica correcta e com o nível adequado aos fins a que se destina
• Elevado interesse e oportunidade da inclusão da Cartilha de Acesso ao Sistema de Distribuição (Secção 3.7 do documento)
2005-09-14 Brasília 4
Aspectos de organização
• Seria de encarar a hipótese de alterar a ordem das secções 3.2 e 3.3, colocando em primeiro lugar os procedimentos de solicitação de acesso, que temporalmente precedem as tarefas de projecto
• Existência de três glossários (lista de conceitos básicos)– Secção 3.0 (18 entradas), secção 3.6 (32 entradas), secção 3.7 (118
entradas)
– Sugestão: eliminar os dois primeiros glossários, substituindo-os por uma referência à existência de um glossário geral na secção 3.7
• Referências sobre legislação e outra regulamentação, também poderiam constar de uma lista de referências global
2005-09-14 Brasília 5
Aspectos gerais
• Definição de geração distribuída
– A utilização de definições separadas para geração distribuída e
geração embutida não é consensual na literatura internacional
– Actualmente parece consolidar-se a utilização da designação Geração
Distribuída, definida como
• “todas as fontes de energia eléctrica ligadas a redes de distribuição, quer
directamente quer através de instalações de consumidores, podendo
operar em paralelo com a rede ou de forma isolada”
– Na sequência deste comentário, sugere-se que seja encarada, num
âmbito mais alargado do que o deste documento, a adopção de uma
denominação única
– A despachabilidade deve ser declarada expressamente
2005-09-14 Brasília 6
Aspectos gerais
• Estudos e regras básicas de conexão– Considera-se muito positivo o facto de se exigirem estudos que suportem os
processos de acesso
– Contudo, exigem-se por vezes estudos que parecem demasiado detalhados e sofisticados para a análise do acesso da GE
• análises em regime transitório, em especial no caso de pequenas instalações de
produção, não só em BT, mas mesmo em MT
– Sugere-se a definição de Regras Básicas com condições técnicas gerais de conexão exigentes
• garantindo a priori o cumprimento das condições de conexão específicas igualmente
previstas no PRODIST - MÓDULO 3
– Os estudos seriam então apenas realizados em situações onde não fossem verificadas as Regras Básicas
– As regras seriam definidas de acordo o nível de tensão, o que permitiria estabelecer regimes simplificados para a Baixa Tensão.
2005-09-14 Brasília 7
Aspectos gerais
• Baixa Tensão
– Parece justificado definir, em diversas partes do documento,
procedimentos simplificados para a Baixa Tensão, que poderão estar
implícitos mas nem sempre são verbalizados
• Exemplo: não se encontrou excepção para a Baixa Tensão da imposição
do ponto 2.6.2 da secção 3.2, em relação a sistemas de amortecimento no
cálculo mecânico de linhas
2005-09-14 Brasília 8
Aspectos gerais
• Funcionamento em rede isolada
– Muito positivo admitir-se a possibilidade de funcionamento em rede
isolada
• contrariando a opção tradicional conservadora de evitar a todo o custo
esse tipo de exploração
– Necessidade de definição clara das situações em que tal é possível e
quais os requisitos de operação e protecções a exigir
2005-09-14 Brasília 9
Análise por secção
• Seção 3.0 - Introdução e Conceituação
• Seção 3.1 - Critérios Técnicos e Operacionais
• Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Seção 3.3 - Procedimentos de solicitação de acesso
• Seção 3.4 - Implantação de Novas Conexões
• Seção 3.5 - Requisitos Específicos para Operação, Manutenção e Segurança da Conexão
• Seção 3.6 – Contratos
• Seção 3.7 - Cartilha de Acesso ao Sistema de Distribuição
2005-09-14 Brasília 10
Seção 3.0 - Introdução e Conceituação
• Sugestão de inclusão de um reforço da parte doutrinária
– Definição de grandes princípios
– Linhas da política geral em relação à produção embutida/distribuída
– Preocupação genérica de garantir o carácter não-discriminatório das
disposições do PRODIST - MÓDULO 3 e de remover barreiras
artificiais em termos administrativos ou técnicos
• Maior clarificação dos prazos e mecanismos de revisão
• Referência à possibilidade de recurso para a ANEEL em situações onde o acordo entre Acessante e Acessada não seja possível
2005-09-14 Brasília 11
Seção 3.7 - Cartilha de Acesso ao Sistema …
• 2 - deveria ser incluído o conceito de Ramal de Entrada
• 7.1.2 e 8.1.1 - aparente incoerência de prazos para a informação de acesso (15/30 dias) com a Secção 3.3
• 7.1.2 - definição do prazo de validade difere da do ponto 4.2.1 da Secção 3.3
– Sugestão: substituir as duas definições pela fixação de um prazo no
próprio PRODIST - MÓDULO 3)
• 7.1.3 - não consta o limite de 5 MW (secção 3.3, 4.3.2.1)
2005-09-14 Brasília 12
Seção 3.1 - Critérios Técnicos e Operacionais
• Classificação da tensão em adequada, precária e crítica, utilizada nos pontos 3.2.1 e 4.3.3., deveria conduzir à definição desses termos
• Nos pontos 3.3.2 e 4.4.2, sugere-se a discriminação do tipo de estudos específicos complementares a realizar para avaliar o impacto da realização das manobras de ligar e desligar os bancos de capacitores
• Requisitos técnicos para a conexão de usuários com geração embutida (ponto 5), deveriam ser mais detalhados
– Limitação de problemas técnicos ou de segurança da rede acessada e de
outros acessantes
– De acordo com o tipo de sistema de conversão de energia a utilizar,
deveriam ser especificadas condições técnicas especiais
2005-09-14 Brasília 13
Seção 3.1 - Critérios Técnicos e Operacionais
• A título de exemplo, descrevem-se as condições técnicas definidas regulamentarmente em Portugal [DL 189/88, de 27/5]
– a ligação dos geradores síncronos só poderá ser efectuada quando a
tensão, frequência e fase do gerador a ligar estiverem compreendidas
entre:
Potência do Gerador
Grandezas Até 500 kVA Maior que 500 kVA
Tensão
(tensão da rede 1 p.u.) 0,9 p.u. a 1,1 p.u. 0,92 p.u. a 1,08 p.u.
Desvio de frequência da rede ±0,3 Hz ±0,2 Hz
Fase
(em relação à tensão da rede) ±20 ° ±10 °
2005-09-14 Brasília 14
Seção 3.1 - Critérios Técnicos e Operacionais
• Ligação dos geradores assíncronos [DL 189/88, de 27/5]
– No caso de ligação directa à rede, a ligação dos geradores deverá ser feita
depois de atingidos 90% da velocidade síncrona, no caso de a potência do
gerador não exceder 500 kVA. Para potências superiores a 500 kVA, a
ligação só deverá ser feita depois de atingidos 95 % da velocidade
síncrona
– Por forma a limitar as quedas de tensão transitórias na rede aquando da
ligação dos geradores assíncronos podem ser utilizados equipamentos
auxiliares adequados tipo soft-starting
2005-09-14 Brasília 15
Seção 3.1 - Critérios Técnicos e Operacionais
• No caso de ocorrer uma perturbação na rede que leve à desligação da instalação de produção independente, só deve ser permitida a ligação desta instalação depois haver garantia de sucesso na reposição de serviço
– Religação 3 minutos depois da tensão ter atingido pelo menos 80% do seu
valor normal
– Religações dos diferentes geradores temporizadas de pelo menos 15
segundos, excepto máquinas assíncronas
• No caso de ocorrência de ventos muito elevados, a desligação das turbinas de um parque não deve ocorrer simultaneamente
2005-09-14 Brasília 16
Seção 3.1 - Critérios Técnicos e Operacionais
• Parece excessiva a exigência de realização dos estudos relativos aos modos de oscilação sub-síncrona e a imposição de proceder à instalação de estabilizadores (5.1.8)
• Quando não é admitida a operação em rede isolada, referir quais as protecções cujo ajuste deve ser coordenado para garantir a desligação da GE (5.1.18)
• Não parece adequado considerar que, para instalações de baixa potência, se requeira a utilização de sistemas de monitorização e controlo remoto (5.1.19)
– Recomenda-se que se estabeleça um limite de potência a partir do qual se
requer a instalação deste tipo de sistemas
2005-09-14 Brasília 17
Seção 3.1 - Critérios Técnicos e Operacionais
• Equipamentos electrónicos
– Tendo em conta a história recente e a evolução previsível da GE, seria
aconselhável incluir disposições relativas à conexão através de
equipamentos electrónicos, considerando possibilidades adicionais de
controlo de frequência, tensão, potência reactiva e resposta a
transitórios
• Aerogeradores
• Painéis solares fotovoltaicos
• Microturbinas
2005-09-14 Brasília 18
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Em termos conceptuais, esta secção assume por vezes uma posição doutrinária
– Sugere-se uma posição sempre mais regulamentadora, exigindo a
demonstração de que a solução do Acessante respeita normas, disposições
regulamentares e limites de segurança definidos, ou os padrões da Acessada,
em vez de tentar orientar o projecto
• 2.5.1 atribui à Acessada a possibilidade de definir se métodos estatísticos aceites para dimensionamento.
– Preferível fixar condições regulamentares e de segurança das quais depende o
licenciamento, incluindo a exigência de apresentação de determinados cálculos
sem condicionar a forma como o projecto é desenvolvido
• 3.8.3 (pára-raios). A disposição deveria ser mais genérica
– Referir a necessidade de avaliar ou reavaliar a adequação dos pára-raios, em
face das condições técnicas e do nível cerâunico da região
2005-09-14 Brasília 19
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Minimização de custos– Estabelece-se a obrigatoriedade de soluções de custo mínimo, incluindo
investimento e perdas (“custo mínimo global”) – nem sempre claramente
– Quando o investimento é realizado pelo Acessante e as perdas constituem um encargo da Acessada, não existe, de facto, um custo mínimo “global”, podendo ser adequado estabelecer requisitos que limitem os encargos com perdas no futuro
• Impacto ambiental– Imposição simultânea do critério de custo mínimo global e da minimização do
impacto ambiental e ecológico (secção 3.2, 2.4.1 e 2.4.2)
– O potencial conflito entre critérios pode criar um impasse regulamentar
• Confiabilidade– Ausência aparente de estudos de confiabilidade, de forma objectivada e
quantificada, associados aos requisitos de projecto
2005-09-14 Brasília 20
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Critério do menor custo pode suscitar opções que não são, globalmente, as mais adequadas– (2.4 e 2.5) O critério do custo menor levará a escolha do traçado de menor
comprimento, com possíveis prejuízos noutros critérios, incluindo o impacto ambiental que também (ponto 2.4.2) se pretende minimizar
– Omissas deste artigo questões como condições de segurança e também questões de possível distinto impacto na confiabilidade do sistema
– Sugere-se uma flexibilização do articulado, mencionando a necessidade de tomar em consideração os diversos aspectos relevantes em cada caso
• É possível adoptar formulações do tipo– A escolha do traçado deve obedecer às boas práticas da engenharia e levar em
conta o menor caminhamento, a escolha econômica da estrutura, o acesso às
estruturas, as condições de aterramento, aspectos de segurança de pessoas e
de confiabilidade do sistema de distribuição e ainda aspectos ambientais,
ecológicos e de preservação do património, respeitado o princípio da
racionalidade econômica sem prejuízo do atendimento aos outros critérios num
compromisso equilibrado
2005-09-14 Brasília 21
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• O articulado do ponto 2.5.5 poderia ser simplificado, eliminando as alíneas e acrescentando algo como “... estabelecidos regulamentarmente”, ou então deverá ser completada, mencionando estradas, cursos de água navegáveis, vias férreas e outros obstáculos para os quais haja regulamentação específica
• No ponto 2.9, saúda-se a preocupação com a realização de estudos de confiabilidade
– Presente articulado é algo vago, em termos de objecto e responsabilidade e um
pouco desenquadrado do resto do documento
– Sugere-se alguma reflexão suplementar em relação a este aspecto essencial
do projecto, traduzida posteriormente em articulado mais objectivo
• Revisão do limite superior de conexão a BT (tabela em 4.3.4.1)
– Previsível aumento da microgeração (redes urbanas e semi-urbanas) com
equipamentos de potência superior a 75 kW
2005-09-14 Brasília 22
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Em relação aos requisitos de protecção de interligação da geração embutida enunciados no ponto 4.3.4., a configuração típica (MT e AT) consiste nos seguintes relés:
– Relés de máximo e mínimo de tensão, 27 e 59, respectivamente
– Relés de máximo e mínima de frequência, 81U e 81O, respectivamente
– Relés de máximo de intensidade, com tempos de actuação instantâneos, 50, e
temporizados, 51
– Relés para detecção de defeito à terra com tempos de actuação instantâneos e
temporizados, 50N e 51N, respectivamente (ou Relé de tensão de sequência
de zero ou homopolar, 59N)
• Nas potências mais elevadas, pode ser conveniente incluir outros relés, tais
como de detecção da inversão do fluxo de potência, 32, máximo de intensidade
sensível à sequência inversa, 46, e máximo de intensidade controlados por
tensão, 51V
2005-09-14 Brasília 23
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• A configuração típica (CIGRE, ainda em fase de edição)
G
59N 27 59 81U 81O
5051
50N51N
52LEGEND
27 Undervoltage50 Instantaneous overcurrent - phase50N Instantaneous overcurrent - Zero seq.51 Time delay overcurrent - phase51N Time delay overcurrent - Zero seq.52 Interconnection CB59 Overvoltage59N Overvoltage - Zero seq.81U/O Under/Overfrequency
HV/MV Substation
MV feeder
2005-09-14 Brasília 24
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Protecções sugeridas genericamente de acordo com os princípios básicos
• Recomenda-se a indicação da classificação ANSI
• Demasiado exigente nas potências intermédias (501 kW a 30 MW) em relação às duas últimas protecções da tabela
– Sobrecorrente direccional
– Sobrecorrente com restrição de tensão
2005-09-14 Brasília 25
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Participação da GE em funções de CAG, definida no ponto 4.9, deveria ser enquadrado no âmbito de uma gestão hierarquizada da GD, envolvendo a implementação do conceito de centro de despacho de GD
• A participação da GD na regulação primária de frequência deve ser preconizada, definindo-se os patamares e as tecnologias em que tal será possível e adequado
• A participação na regulação secundária exigiria a implementação de uma estrutura de gestão hierarquizada
2005-09-14 Brasília 26
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Estrutura de gestão e controlo
Unidade de Controlo TSO
Grupo de Geradores
Clusters de
DE
Grupos Geradores
RES
Requi sitos de Operação :
• Garantia de Fornecimento de quantidades
de energia
• Fornecimento de Serviços de Sistema
(Pot. r eactiva e reservas)
• Minimização de desvios em programas
de produç ão
Requi sitos de Operação :
• Limitação de pot ência a in jectar
• Controlo de tensão e potência reactiva
• Cut - off de emergência (desconexão) por períodos de interrupç ão de se rviço da rede
• Procedimentos de entrada e saída de serviço
coordenados (limitação do gradiente – damping )
Requi sitos de Operação • Operação segura e confi ável
• Máxima produção de energia
Gen 1 , 1 Gen
1 , . 2 Gen
1 , 3 Gen
2 , . 1 Gen
2 , 2
Gen n , n
Cluster s de Grupos Geradores
G rupos de
Gerador Simples
G eradores 1 G rupos de G rupos de G eradores 2 G eradores N
Redução de pertubações na qualidade da onda •
2005-09-14 Brasília 27
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Participação da GE na recomposição de área após distúrbio
– Este requisito parece bastante adequado, atendendo às capacidades
que a GE pode disponibilizar
– Sugere-se que se mencione a temporização a impor na religação ao
sistema de distribuição, após o restabelecimento da tensão
• Discussão adicional sobre a robustez da GE aquando da ocorrência de perturbações nas redes eléctricas, (capacidade de sobrevivência a cavas de tensão resultantes de perturbações ocorridas nas redes)
– Objectivo de evitar ou limitar a perda de produção distribuída em
determinadas áreas de rede nestas situações
– Requisito exigido especialmente aos conversores de energia eólica
2005-09-14 Brasília 28
Seção 3.2 - Requisitos de Projeto
• Portugal - “Os centros produtores eólicos com potência instalada superior a 5 MVA, devem poder permanecer ligados à rede para cavas de tensão decorrentes de defeitos trifásicos, bifásicos ou monofásicos sempre que a tensão no lado da rede de distribuição esteja acima da curva, não podendo consumir potência activa ou
reactiva durante o defeito e na fase de recuperação da tensão”.
– Após a eliminação do defeito e início da recuperação da tensão na rede de distribuição, a potência activa produzida deve recuperar de acordo com uma taxa de crescimento por segundo não inferior a 5% da sua potência nominal.”
Capacidade de suportar cavas de tensão na sequência de defeitos trifásicos,
monofásicos e bifásicos
0 ; 0,2 0,5 ; 0,2
0 ; 1
10 ; 0,9
1,5 ; 0,8
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
-2 0 2 4 6 8 10 12tempo [s]
U / U
nominal [pu]
2005-09-14 Brasília 29
Seção 3.3 – Procedimentos de solicitação de acesso
• Secção com especial importância para a geração distribuída
– Define as regras que levam à obtenção da autorização de conexão, sem a qual os investimentos realizados pelo produtor carecem de sentido
• A Consulta de Acesso não é muito produtiva para o Acessante
– A reserva que daí resulta apenas se refere a pontos de conexão sem qualquer garantia de capacidade (Secção 3.3 omissa, mas o ponto 7.1.2 da secção 3.7 é bastante claro)
• Sugestão: Indicação de uma potência de ligação conservadora associada a cada ponto de conexão, reservada por um período limitado
– A Solicitação de Acesso é bastante exigente em termos de encargos para o candidato, pelo que a falta de garantia de reserva pode constituir involuntariamente uma barreira ao acesso às redes
2005-09-14 Brasília 30
Seção 3.3 – Procedimentos de solicitação de acesso
• Pontos de conexão – inconsistências
– 4.1.2 indica que o Acessante “solicita uma avaliação dos pontos de
conexão de seu interesse à Concessionária ou Permissionária de
distribuição, que informará aqueles identificados como viáveis e as
alternativas possíveis para a conexão”
– 4.2.1 refere que é indicado “o melhor ponto de conexão, ou outros
pontos disponíveis com respectivas justificativas”
– Na secção 3.7, ponto 7.1.1, diz-se que “o Acessante deve indicar o
Ponto de Conexão desejado” e (ponto 7.1.2) que a Informação de
Acesso incluirá “o Ponto de Conexão mais econômico entre 3 (três)
alternativas”
– Sugere-se que, ao estabelecer a versão definitiva, se tome em conta o
comentário no final do slide anterior
2005-09-14 Brasília 31
Seção 3.3 – Procedimentos de solicitação de acesso
• Prazos
– 4.3.2.1 estabelece 12 meses de antecipação para Solicitação de Acesso (em relação à entrada em operação)
– 4.3.3.2 informa que este prazo se refere ao acesso Permanente, alertando também para o risco deste período ser insuficiente
– Sugestão: não definir qualquer antecipação e estabelecer prazos máximos de resposta por parte da Acessada, nas diversas situações
• Estudos
– 4.3.2.3, referem-se os estudos a apresentar pelos Acessantes já conectados para agilizar o processo de análise da Solicitação de Acesso
– Sugestão: definir cenários de operação (períodos húmido e seco, níveis de produção)
– Caracterizar com maior detalhe as perturbações para as quais se pretende que sejam realizados os estudos de estabilidade
2005-09-14 Brasília 32
Seção 3.3 – Procedimentos de solicitação de acesso
• 4.4.2.4 - a regra (atendimento por ordem da data prevista para o início efectivo da operação) não parece adequada
– O restante articulado transmite a ideia de processos independentes, a serem atendidos por ordem de entrada, no menor tempo possível para a tramitação
– O critério da data prevista para início efectivo da operação presta-se a manipulações
– A consideração de sugestões anteriores em relação a reserva de capacidade e eliminação de prazos definidos por antecipação resolveria esta questão com naturalidade
• 4.4.4 estabelece que o Acessante faz os estudos especiais e especificações de equipamentos para a rede da Acessada
– Seria de rever, em face das dificuldades práticas associadas
2005-09-14 Brasília 33
Seção 3.3 – Procedimentos de solicitação de acesso
• Dados solicitados nos anexos da Secção 3.3
– Constituem um conjunto bem organizado, coerente e completo
– Dificuldades na obtenção destes dados
• Exemplo: fabricantes dificilmente disponibilizam curvas de amortecimento, curvas Cp
x lambda, diagramas de blocos dos controladores e seus parâmetros)
• Não se define, um esquema padrão para os controladores dos diferentes tipos de
aerogeradores o que dificulta a disponibilização da informação necessária para
efectuar estudos de comportamento dinâmico.
– De referir que os dados solicitados estão muito orientados para geradores de
indução convencionais ou duplamente alimentados
– Pouco detalhada a informação requerida para as máquinas síncronas de
velocidade variável e seus conversores electrónicos
– Deveriam ser solicitados apenas os gráficos de 24 h de potência média
injectada prevista, com uma periodicidade horária, para períodos típicos do ano
2005-09-14 Brasília 34
Seção 3.6 - Contratos
• Sobretudo aspectos jurídicos, não abrangidos pela análise realizada pelo INESC
• 6.6.5 - Questão de unidades: “kvarh” (e não “kVAr”)
– correcto no glossário da secção 3.7 (2.52)
– designação “var” é a aprovada pela CEI (IEC)
2005-09-14 Brasília 37
Nota final
• O PRODIST é um marco importante para o Sector Eléctrico Brasileiro
• Boa oportunidade para introduzir práticas inovadoras na distribuição, acompanhando a evolução tecnológica e conceptual que se prevê vir a acelerar nos próximos anos
– Despacho da geração distribuída
– Gestão activa de redes
– Micro-geração
– Micro-redes
• IMPORTANTE: Articulação com os restantes módulos