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ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNICIPIO DE BOM JESUS DO ITABAPOANA - RJ Romulo da Silva Viana (UFF ) [email protected] CRISTIANO SOUZA MARINS (UFF/UFRJ ) [email protected] Renata Faria dos Santos (UFRJ/IFF ) [email protected] Daniela de Oliveira Souza (FacRedentor ) [email protected] Rodrigo Resende Ramos (UFF ) [email protected] No Brasil, há um grande número de recomendações, normas e legislações referentes aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), que orientam o manejo e a destinação final. As normas RDC n° 306/04 da ANVISA e a Resolução n° 358/05 do CONAMA, são aas principais que servem como guias para a elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar o modelo de gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde no município de Bom Jesus do Itabapoana - RJ e propor melhorias no processo de eliminação destes. Palavras-chaves: Resíduos de Serviços de Saúde, Saúde Pública, Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DOS

RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE DO

MUNICIPIO DE BOM JESUS DO

ITABAPOANA - RJ

Romulo da Silva Viana (UFF )

[email protected]

CRISTIANO SOUZA MARINS (UFF/UFRJ )

[email protected]

Renata Faria dos Santos (UFRJ/IFF )

[email protected]

Daniela de Oliveira Souza (FacRedentor )

[email protected]

Rodrigo Resende Ramos (UFF )

[email protected]

No Brasil, há um grande número de recomendações, normas e

legislações referentes aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), que

orientam o manejo e a destinação final. As normas RDC n° 306/04 da

ANVISA e a Resolução n° 358/05 do CONAMA, são aas principais que

servem como guias para a elaboração de Plano de Gerenciamento de

Resíduos de Serviços de Saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar o

modelo de gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde no

município de Bom Jesus do Itabapoana - RJ e propor melhorias no

processo de eliminação destes.

Palavras-chaves: Resíduos de Serviços de Saúde, Saúde Pública, Plano

de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.

XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos

Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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1. Introdução

A Gestão voltada para a eliminação dos resíduos de serviço de saúde é algo que passou a ser

valorizado há poucos anos. Segundo Guassú (2007), são os problemas de biosegurança e

degradação do meio ambiente que favoreceram esta evolução.

O conceito de resíduos de serviço de saúde (RSS) surgiu com o termo lixo hospitalar, pois era

o hospital o responsável por um número maior de serviços de saúde prestados, voltando assim

todas as atenções para ele.

Contudo, percebe-se que os resíduos de serviço de saúde não são descartados apenas por

hospitais, mas sim por todas as instituições que prestam serviços de saúde, o que justifica a

modificação do termo “lixo hospitalar” para o atual (GUASSÚ, 2007)

É importante destacar que o descarte inadequado de resíduos tem produzido passivos

ambientais capazes de colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de

vida das atuais e futuras gerações. De acordo com a Anvisa (2006), os resíduos dos serviços

de saúde - RSS se inserem dentro desta problemática e vêm assumindo grande importância e

desafios nos últimos anos.

Adicionalmente, Tramontini (2009) ressalta que tais desafios tem gerado políticas públicas e

legislações, tendo como eixo de orientação a sustentabilidade do meio ambiente e a

preservação da saúde. Destaca ainda que grandes investimentos são realizados em sistemas e

tecnologias de tratamento e minimização para estes problemas.

Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo abordar um sério problema de vários

municípios brasileiros, o da má qualidade no gerenciamento dos resíduos do serviço de saúde;

além de buscar detectar o modelo de gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde,

utilizado pelo município de Bom Jesus do Itabapoana, no estado do Rio de Janeiro; e propor

medidas de melhorias. O Município pesquisado foi escolhido por se tratar de uma cidade que

vem sofrendo vários problemas com a deficiência da saúde pública.

O estudo está organizado da seguinte forma: no capítulo 2 é apresentado um breve referencial

teórico que aborda as principais classificações dos resíduos do serviço de saúde, a importância

do gerenciamento dos resíduos de saúde e a implantação do PGRSS – Plano de

Gerenciamento dos resíduos de Saúde, bem como os riscos ocupacionais envolvidos neste

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trabalho; no capítulo 3, é apresentada a metodologia utilizada para a análise do gerenciamento

dos RSS de Bom Jesus do Itabapoana; o capítulo 4 descreve os dados levantados e propõe

medidas para a melhoria da gestão dos RSS; no capítulo 5, são apresentadas as considerações

finais, com base no resultado da pesquisa.

2. Referencial

2.1. Os Resíduos Dos Serviços De Saúde E Suas Classificações

Os Resíduos de Serviços de Saúde são resíduos sólidos, advindos das atividades de natureza

médico-assistencial humana e animal, compreendendo hospitais, farmácias, laboratórios de

análises clínicas, consultórios médicos e odontológicos e congêneres (GUEDES, 2006).

Segundo Martins (2004), é importante realizar a classificação dos resíduos do serviço de

saúde antes de começar a criar o plano de gerenciamento. Assim, é possível saber

inicialmente quais são os resíduos que a unidade de saúde produz, para posteriormente inseri-

los em seu devido grupo, facilitando a determinação do procedimento a ser tomado a cada

classe de resíduos.

De acordo com a RDC ANVISA nº 306/04 e Resolução CONAMA no358/05, os RSS

são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E, conforme se observa abaixo.

Grupo A - engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que,

por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de

infecção. Este grupo se subdivide em cinco subgrupos de acordo com algumas

características especificas. Exemplos: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças

anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras.

Grupo B - contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou

ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,

reatividade e toxicidade. Ex: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório,

resíduos contendo metais pesados, dentre outros.

Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham

radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas

normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, como, por exemplo, serviços

de medicina nuclear e radioterapia etc.

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Grupo D - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio

ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Ex: sobras de alimentos e

do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.

Grupo E - materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear,

agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e

outros similares.

2.2. Gerenciamento dos Resíduos do Serviço de Saúde.

A gestão é algo muito importante na execução de ações em todas as instituições e não poderia

ser diferente na eliminação dos resíduos do serviço de saúde.

O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão,

planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e

legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos

resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à

proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e

do meio ambiente (ANVISA - RDC 306/04).

O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos

recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS. A

forma de gerenciar os RSS dentro e fora do estabelecimento é denominada manejo. O manejo

é constituído de etapas importantes para a organização dos resíduos durante o processo de

eliminação (ANVISA, 2006). Estas etapas do manejo serão definidas a seguir, de acordo com

a RDC nº 306/04:

1. Segregação

Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as

características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

2. Acondicionamento

Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem

vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de

acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.

3. Identificação

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Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos

sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS, conforme se observa

na tabela 1, abaixo.

Tabela 1 – Quadro de simbologia e orientação para identificação dos resíduos.

Fonte: Adaptado ANVISA (2004)

4. Transporte Interno

Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao

armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de apresentação para

a coleta.

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5. Armazenamento Temporário

Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em

local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e

otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para

coleta externa.

6. Tratamento

Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos

riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes

ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento pode ser aplicado no próprio

estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições.

Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido na

Resolução CONAMA nº. 316/2002.

7. Armazenamento externo

Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em

ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. No armazenamento

externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali

estacionados.

8. Coleta e transporte externos

Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade

de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das

condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio

ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. A coleta

e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com

as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.

9. Disposição Final

Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,

obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de

acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/97.

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2.3. Plano de Gerenciamento dos Resíduos do Serviço de Saúde – PGRSS.

Segundo a ANVISA (2004), o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é o

documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos,

observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os

aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,

transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao

meio ambiente.

Os geradores de resíduos devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde - PGRSS, baseado nas características dos RSS e na sua classificação

(ANVISA, 2004).

A importância da elaboração do PGRSS está relacionada com a necessidade de cuidados

especiais durante o manejo destes resíduos. O plano a ser elaborado deve ser compatível com

as normas relativas à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de

saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis e por algumas etapas descritas na

resolução nº 306/04 (ANVISA, 2004).

2.4. Os riscos ocupacionais durante o processo de eliminação dos Resíduos do Serviço de

Saúde.

De acordo com Mauro Et. al (2004), os riscos ocupacionais estão inseridos nas atividades

insalubres e perigosas, aquelas cuja natureza ou condições de trabalho proporcionam o

adoecimento. Os principais riscos ocupacionais são os agentes biológicos, químicos e físicos,

considerando também, os agentes ergonômicos e o risco de acidente de trabalho.

Adicionalmente, o Ministério das Cidades (2008), ressalta que o trabalhador inserido

diariamente no ambiente com os resíduos de serviços de saúde está submetido a vários riscos

ocupacionais, principalmente o risco biológico, devido à possível presença de microrganismos

como bactérias, vírus e fungos. Por este motivo os trabalhadores devem estar usando

adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPIs) durante a execução do

trabalho.

A questão dos resíduos de serviços de saúde não pode ser analisada apenas no

aspecto da transmissão de doenças infecciosas. Também está envolvida a questão da

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saúde do trabalhador, sendo essas questões preocupações da biossegurança.

(GARCIA et. al, 2004).

Todo pessoal envolvido diretamente com os processos de higienização, coleta, transporte,

tratamento, e armazenamento de resíduos, deve ser submetido a exame médico admissional,

periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional, conforme estabelecido

no PCMSO da Portaria 3214 do MTE ou em legislação específica para o serviço público

(ANVISA, 2004).

Segundo a RDC/306 da ANVISA (2004), os profissionais que trabalham no serviço de

eliminação de resíduos, mesmo os que atuam temporariamente ou não estejam diretamente

envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, precisam conhecer o sistema adotado

para o gerenciamento de RSS, a prática de segregação de resíduos, reconhecer os símbolos,

expressões, padrões de cores adotados, conhecer a localização dos abrigos de resíduos, entre

outros fatores indispensáveis à completa integração ao PGRSS.

3. Metodologia

Trata-se de um diagnóstico do gerenciamento dos RSS do município de Bom Jesus do

Itabapoana – RJ, e aborda a importância do gerenciamento dos RSS. Bom Jesus do

Itabapoana é um município do estado do Rio de Janeiro, com população recenseada em 2010

pelo IBGE de 35.411 habitantes. Possui uma área de 598,84 km², subdividida nos distritos de

Bom Jesus do Itabapoana (sede), Calheiros, Carabuçu, Pirapetinga de Bom Jesus, Rosal e

Serrinha.

Foi necessária uma revisão bibliográfica sobre resíduos provenientes dos serviços de saúde

para realização desta pesquisa. Foram consultados outros trabalhos científicos sobre RSS

como dissertações de mestrado, publicações de artigos em revistas e manuais que tratam

especificamente do assunto. As normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas

(ABNT), A Resolução de Diretoria Colegiada n°306 de 2004 da ANVISA e a CONAMA nº

358 de 2005, serviram como importantes bases literárias para confecção do trabalho.

Foi utilizada a pesquisa qualitativa, onde foram elaborados roteiros de entrevistas para os

funcionários e gestores envolvidos no gerenciamento dos resíduos do serviço de saúde do

município, com o objetivo de identificar os tipos dos resíduos gerados, existência do PGRSS,

questões de segurança envolvendo os funcionários que realizam este trabalho, dentre outros

pontos importantes.

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Uma considerável etapa para o andamento da pesquisa foram as visitas nos setores

municipais, tais como Centro de Tratamento de Resíduos e Vigilância Sanitária, para coleta

de dados e análise da atual situação do trabalho da gestão.

A coordenação de atenção básica do município também favoreceu a pesquisa, pois entendeu a

importância do trabalho e cooperou junto à vigilância sanitária do município para o

levantamento de dados sobre o RSS.

4. Análise e discussão dos dados

O município de Bom Jesus do Itabapoana dispõe de 28 estabelecimentos de saúde pública e

22 estabelecimentos da rede privada, entre hospital, farmácias, posto de urgência,

laboratórios, clínicas veterinárias, centro de saúde, unidades de saúde da família e clínica

psiquiátrica.

De acordo com informações fornecidas pela VISA - Vigilância Sanitária, departamento da

secretaria municipal de saúde, responsável pelo serviço de coleta dos resíduos do serviço de

saúde da cidade, atualmente são coletados os resíduos sólidos de serviço de saúde em todos os

estabelecimentos de saúde do município.

O total de resíduos sólidos coletados nos serviços de saúde, de acordo com a VISA, é incerto,

por não ter uma prática de mensuração destes resíduos.

O sistema de coleta é realizado todos os dias no hospital, e quando solicitado nos outros

estabelecimentos de saúde. Para realização deste serviço é utilizado um veículo modelo

Saveiro com baú adaptado, em que trabalha apenas um funcionário, um motorista que também

atua como coletor, e que relatou não trabalhar com Equipamento de Proteção Individual (EPI)

como: luvas, máscaras e botas.

O município de Bom Jesus do Itabapoana não possui um tratamento dos RSS. Esses resíduos

vão para o centro de tratamento de resíduos para serem queimados, portanto, não estão

adequados às normas exigidas para operação. Outro aspecto importante que influencia na

qualidade da eliminação do RSS, é a falta do PGRSS – Plano de Gerenciamento dos Resíduos

de Saúde.

Figura 1 – Valas sépticas onde são queimados os RSS na unidade de tratamento de resíduos

em Bom Jesus.

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Fonte: Autor

Com a pesquisa foi possível identificar outro problema no gerenciamento dos RSS de Bom

Jesus do Itabapona. As normas citam que a eliminação dos RSS deve acontecer por grupos,

No município de Bom Jesus do Itabapoana falta uma iniciativa por parte da gestão municipal

para os geradores segregarem e acondicionarem os RSS. Pois estes resíduos não são

segregados e acondicionados corretamente, apenas o do grupo E.

A segregação é o ponto fundamental de toda a discussão sobre a periculosidade ou não dos

resíduos de serviços de saúde. Apenas uma parcela é potencialmente infectante, contudo, se

ela não for segregada, todos os resíduos que a ela estiverem misturados também deverão ser

tratados como potencialmente infectantes, exigindo procedimentos especiais para

acondicionamento, coleta, transporte e disposição final, elevando assim os custos do

tratamento desses resíduos.

Os tipos de resíduos coletados no município são descritos na tabela abaixo de acordo com a

RDC nº306/04:

Tabela 2: Resíduos coletados no município de Bom Jesus do Itabapona – RJ.

Grupo A - Resíduos potencialmente infectantes. (Resíduos com a possível presença de

agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção).

A1 Descarte de vacinas; meios de cultura e instrumentais utilizados para

transferência, inoculação ou mistura de culturas; Sobras de amostras de

laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos; Resíduos com

agentes biológicos que podem apresentar risco de infecção.

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A3 Produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500

gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional

menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não

tenha havido requisição pelo paciente ou pelos familiares.

A4 Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante

de equipamento médico hospitalar; Recipientes e materiais resultantes do

processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos

corpóreos na forma livre.

Grupo B - Resíduos químicos. (Resíduos contendo substâncias químicas que podem

apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas

características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade).

Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;

imunossupressores; digitálicos; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de

saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os

resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria MS

344/98 e suas atualizações.

Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; Reagentes para laboratório,

Grupo D – Resíduos equiparados aos resíduos domiciliares

(Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao

meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.)

Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de

vestuário, resto alimentar de pacientes, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia

de venóclises, equipamento de soro e outros similares não classificados como A1.

Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.

Resto alimentar de refeitório.

Resíduos provenientes das áreas administrativas.

Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.

Grupo E – Resíduos Perfurocortantes

Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,

escalpes, ampolas de vidro, brocas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares;

micropipetas; lâminas e lamínulas.

Fonte: (ANVISA, 2004)

Importante destacar um ponto da entrevista com o gestor da VISA do Município pesquisado,

ele diz: “uma das grandes dificuldades de alcançar uma Gestão correta do RSS, está na falta

de recursos financeiros.” Por isso o trabalho propôs a implantação PGRSS adaptado à

realidade financeira do município e atendendo as normas da ANVISA.

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4.1. Proposta para melhoria do gerenciamento dos RSS e orientação para implantação

do plano de gerenciamento para o Município de Bom Jesus do Itabapoana

Com base nas entrevistas e observação de campo e compreendendo a limitação do município,

foram traçados alguns tópicos importantes para melhoria da gestão dos RSS para atender os

preceitos da RDC/306 de 2004:

Criar uma comissão para o gerenciamento dos RSS, com participação dos geradores

públicos, privados e da comunidade.

Buscar informações em capacitações para os integrantes desta comissão.

Utilizar meios legais para que o poder público acelere a aquisição de local para

construção de aterro sanitário e equipamentos para o tratamento dos resíduos. Como ex:

incinerador e autoclave.

Passar a realizar tratamento especifico dos resíduos antes de descartar no destino final

Aumentar o numero de funcionários para o trabalho de coleta externa até o destino final.

Implantar normas de segurança do trabalho no serviço dos envolvidos na eliminação dos

resíduos.

Repassar uma parte dos custos com o tratamento do RSS aos estabelecimentos geradores

privados.

Aumentar a fiscalização da Vigilância sanitária nos geradores. Principalmente na fase de

segregação.

Passar a revestir o fundo da vala séptica com manta impermeável e resistente.

Iniciar o processo de mensuração do RSS, para conhecer a quantidade gerada.

Implantação PGRSS adaptado à realidade do município.

O PGRSS deve obedecer a critérios técnicos, legislações sanitárias e ambientais, normas

locais de coleta e transporte dos serviços de limpeza urbana, especialmente os relativos aos

resíduos gerados nos serviços de saúde (ANVISA, 2006).

O PGRSS facilita as decisões para o gerenciamento dos RSS. Pois este documento orienta a

tomada de decisões. A metodologia pode ser aplicada a qualquer estabelecimento prestador de

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serviços de saúde, abrangendo todas as tarefas necessárias para atender às legislações

vigentes, de forma mais eficiente e eficaz.

Para elaborar um plano de gerenciamento de resíduos deve levar em conta alguns aspectos

segundo o manual de gerenciamento de resíduos da ANVISA (2006):

Passo 1 - Identificação do problema: abrange o reconhecimento do problema e a

sinalização positiva da administração para início do processo.

Passo 2 - Definição da equipe de trabalho: abrange a definição de quem faz o que e

como.

Passo 3 - Mobilização da organização: Abrange o envolvimento da organização para a

realização do PGRSS. Objetiva sensibilizar os funcionários sobre o processo que será

iniciado, disseminando informações gerais e específicas sobre RSS e o PGRSS.

Passo 4 - Diagnóstico da situação dos RSS: Abrange o estudo da situação do

estabelecimento em relação aos RSS. A análise identifica as condições do

estabelecimento, as áreas críticas. Fornece os dados necessários para a implantação do

plano de gestão.

Passo 5 - Definição de metas, objetivos, período de implantação e ações básicas :

Corresponde à organização e sistematização de informações e ações que serão a base

para a implantação contínua do PGRSS.

Passo 6 - Elaboração do PGRSS: Abrange o plano para o gerenciamento contínuo dos

resíduos de serviços de saúde.

Passo 7 - Implementação do PGRSS: Abrange as ações para a implementação do

PGRSS, com base no documento contendo o plano validado pelo gestor do

estabelecimento ou instituição.

Passo 8 - Avaliação do PGRSS: Estabelece os períodos e formas de avaliação do

PGRSS, de acordo com indicadores.

5. Considerações finais

Com o resultado da pesquisa é possível perceber que o município de Bom Jesus do Itabapoana

precisa de investimentos na área de saúde, para que possa garantir o gerenciamento de

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Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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resíduos do serviço de saúde com qualidade. Torna-se imprescindível à adequação às normas

exigidas pelo órgão fiscalizador e a permanente manutenção do sistema de eliminação dos

resíduos.

Considerando-se que esta cidade passa por um momento de crise financeira hospitalar onde o

maior gerador de RSS está parcialmente desativado torna-se necessário acelerar a implantação

do PGRSS, pois este momento é ideal para implantar o PGRSS.

O plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) é uma ferramenta capaz

de minimizar a quantidade de resíduos gerados, proporcionar o encaminhamento seguro, de

forma eficiente, visando à proteção dos funcionários, a preservação da saúde pública, dos

recursos naturais e do meio ambiente.

O trabalho contribuiu como base para a implantação do PGRSS no município, fato este que

serviu também para a conscientização ética e ambiental dos profissionais envolvidos na

pesquisa.

REFERENCIAS

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