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Página | 1 27 de abril de 2016 Análise de Investimentos Boletim Diário Bolsa A Bovespa voltou a subir ontem com alta expressiva de 2,35% marcando 52.083 pontos no fechamento, depois de três dias de queda. O giro financeiro foi de R$ xxx bilhões. Os mercados ficaram na expectativa da definição dos juros nos EUA nesta quarta-feira e seguindo o comportamento dos preços das commodities. O dia foi marcado também pela entrada de recursos de estrangeiros na bolsa. Entre empresas ligadas a commodities, Vale ON (3,49%) e Vale PNA (+4,59%) foram os principais alvos de investidores estrangeiros. Já a alta expressiva dos preços do petróleo sustentou as ações da Petrobras durante todo o dia. Hoje a agenda econômica traz o IPC-Semanal com alta de 0,60% abaixo da expectativa de 0,65% e nos EUA dados do setor imobiliário e no meio da tarde, a decisão do FOMC para a taxa de juros do país. As bolsas asiáticas fecharam o dia em queda e na zona do euro há um predomínio de alta nesta manhã. A Bovespa pode ter mais um dia positivo, ainda no compasso de espera do processo de impeachment e refletindo resultados corporativos do 1T16. Câmbio O mercado de dólar segue vendedor pressionando a cotação para baixo em mais um pregão. Ontem a queda foi de 0,68%, aos R$ 3,5246, enquanto a divisa para maio teve baixa de 0,86%, aos R$ 3,5350. O mercado segue aguardando decisões na economia americana e na política nacional. Juros No fechamento o contrato do DI com vencimento em jul-16 projetou 14,080%, de 14,077% no ajuste na segunda-feira. Hoje tem a decisão do Copom para a taxa Selic, sem expectativa de mudança. O mercado precifica também os fatos políticos nesta semana. o DI para janeiro de 2021 exibiu 12,78% (135.515 contratos), ante 12,75% no ajuste da véspera. MERCADOS Índices, Câmbio e Commodities Altas e Baixas do Ibovespa Ibovespa x Dow Jones (em dólar) 30 50 70 90 110 130 Dow Jones Ibovespa Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 05:00 IPC FIPE- Semanal 22-abr 0,65% 0,60% 0,75% Taxa Selic 22-abr 14,25% 14,25% Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 22-abr -4,10% 1,30% 09:30 Balança comercial de bens avançados Ma rço -62,800 bi. -62,864 bi. 11:00 Vendas de casas pendentes (m/m) Ma rço 0,50% 3,50% 11:00 Vendas de casas pendentes Não Sazonal A/A Ma rço 0,80% 5,10% 15:00 Taxa de decisão da FOMC (Limite máximo) 27-abr 0,50% 0,005 15:00 Taxa de decisão da FOMC (Limite mínimo) 27-abr 0,25% 0,25% China Referência Expectativa Apurado Anterior 00:00 Índice antecedente Ma rço 99 Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 53,083 2.4 6.0 22.5 Ibovespa Fut. 54,180 2.9 27.3 23.3 Nasdaq 4,888 (0.2) 0.4 (2.4) DJIA 17,990 0.1 1.7 3.2 S&P 500 2,092 0.2 1.6 2.3 MSCI 1,686 0.2 2.3 1.4 Tóquio 17,290 (0.4) 3.2 (9.2) Xangai 2,954 (0.4) (1.7) (16.5) Frankfurt 10,260 (0.3) 3.0 (4.5) Londres 6,285 0.4 1.8 0.7 Mexico 45,417 (0.4) (1.0) 5.7 India 26,064 0.2 2.9 (0.2) Rússia 931 0.4 6.3 23.0 Dólar - vista R$ 3.53 (0.8) (1.7) (10.9) Dólar/Euro $1.13 0.3 (0.7) 4.0 Euro R$ 3.99 (0.5) (2.5) (7.3) Ouro $1,243.45 0.4 0.9 17.1 Petróleo Brent $45.74 2.8 15.5 22.7 Petróleo WTI $44.04 3.3 14.9 18.9 * Dia anterior, exceto Ásia

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Bolsa

A Bovespa voltou a subir ontem com alta expressiva de 2,35% marcando 52.083

pontos no fechamento, depois de três dias de queda. O giro financeiro foi de R$

xxx bilhões. Os mercados ficaram na expectativa da definição dos juros nos EUA

nesta quarta-feira e seguindo o comportamento dos preços das commodities.

O dia foi marcado também pela entrada de recursos de estrangeiros na bolsa.

Entre empresas ligadas a commodities, Vale ON (3,49%) e Vale PNA (+4,59%)

foram os principais alvos de investidores estrangeiros. Já a alta expressiva dos

preços do petróleo sustentou as ações da Petrobras durante todo o dia. Hoje a

agenda econômica traz o IPC-Semanal com alta de 0,60% abaixo da expectativa

de 0,65% e nos EUA dados do setor imobiliário e no meio da tarde, a decisão do

FOMC para a taxa de juros do país. As bolsas asiáticas fecharam o dia em queda

e na zona do euro há um predomínio de alta nesta manhã. A Bovespa pode ter

mais um dia positivo, ainda no compasso de espera do processo de

impeachment e refletindo resultados corporativos do 1T16.

Câmbio

O mercado de dólar segue vendedor pressionando a cotação para baixo em

mais um pregão. Ontem a queda foi de 0,68%, aos R$ 3,5246, enquanto a divisa

para maio teve baixa de 0,86%, aos R$ 3,5350. O mercado segue aguardando

decisões na economia americana e na política nacional.

Juros

No fechamento o contrato do DI com vencimento em jul-16 projetou 14,080%,

de 14,077% no ajuste na segunda-feira. Hoje tem a decisão do Copom para a

taxa Selic, sem expectativa de mudança. O mercado precifica também os fatos

políticos nesta semana. o DI para janeiro de 2021 exibiu 12,78% (135.515

contratos), ante 12,75% no ajuste da véspera.

MERCADOS Índices, Câmbio e Commodities

Altas e Baixas do Ibovespa

Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

30

50

70

90

110

130

Dow Jones Ibovespa

Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior

05:00 IPC FIPE- Semanal 22-abr 0,65% 0,60% 0,75%

Taxa Sel ic 22-abr 14,25% 14,25%

Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior

08:00 MBA - Sol ici tações de emprés timos hi potecários 22-abr -4,10% 1,30%

09:30 Ba lança comerci al de bens avançados Março -62,800 bi . -62,864 bi .

11:00 Vendas de cas as pendentes (m/m) Março 0,50% 3,50%

11:00 Vendas de cas as pendentes Não Sazona l A/A Março 0,80% 5,10%

15:00 Taxa de deci são da FOMC (Li mite máxi mo) 27-abr 0,50% 0,005

15:00 Taxa de decisão da FOMC (Li mite míni mo) 27-abr 0,25% 0,25%

China Referência Expectativa Apurado Anterior

00:00 Índice antecedente Março 99

Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%)

Ibovespa 53,083 2.4 6.0 22.5

Ibovespa Fut. 54,180 2.9 27.3 23.3

Nasdaq 4,888 (0.2) 0.4 (2.4)

DJIA 17,990 0.1 1.7 3.2

S&P 500 2,092 0.2 1.6 2.3

MSCI 1,686 0.2 2.3 1.4

Tóquio 17,290 (0.4) 3.2 (9.2)

Xangai 2,954 (0.4) (1.7) (16.5)

Frankfurt 10,260 (0.3) 3.0 (4.5)

Londres 6,285 0.4 1.8 0.7

Mexico 45,417 (0.4) (1.0) 5.7

India 26,064 0.2 2.9 (0.2)

Rússia 931 0.4 6.3 23.0

Dólar - vista R$ 3.53 (0.8) (1.7) (10.9)

Dólar/Euro $1.13 0.3 (0.7) 4.0

Euro R$ 3.99 (0.5) (2.5) (7.3)

Ouro $1,243.45 0.4 0.9 17.1

Petróleo Brent $45.74 2.8 15.5 22.7

Petróleo WTI $44.04 3.3 14.9 18.9

* Dia anterior, exceto Ásia

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Minerva (BEEF3) – Resultado do 1T16

A Minerva registrou no 1T16 um lucro líquido de R$ 46 milhões, revertendo o prejuízo de

R$ 587 milhões registrados em igual trimestre do ano anterior, basicamente explicado por

melhor resultado operacional e pelo financeiro impactado ainda pelo comportamento

favorável do câmbio no trimestre. Estes aspectos compensaram a queda de volume entre

os trimestres, tanto em abate (14,8% menor) quanto de volume de vendas, com queda de

5,4% para 132,6 mil toneladas.

A receita líquida da companhia no 1T16 totalizou R$ 2,34 bilhões, crescimento de 8,4% em

relação ao mesmo trimestre de 2015. Tal desempenho foi fruto da maior exportação da

Divisão Carnes e da consolidação das aquisições realizadas nos últimos dois anos. No 1T16

as exportações responderam por 69% da receita consolidada da Minerva, favorecidas pelo

comportamento do câmbio que impactou positivamente a rentabilidade das exportações.

As vendas de carne in natura para exportação cresceram 23,6% em relação ao 1T15,

compensando a estabilidade das vendas no mercado interno.

Como resultado do incremento da receita líquida e do melhor desempenho operacional

(com melhora de lucratividade nas vendas para o exterior e redução das despesas com

vendas, fruto das renegociações nos contratos com frete), o EBITDA do 1T16 atingiu R$ 252

milhões, 33,6% acima do EBITDA do 1T15. A margem EBITDA subiu de 8,7% para 10,8%

entre os trimestres comparáveis.

No 1T16, o resultado financeiro foi negativo em R$ 126 milhões, com queda de 83,4% em

relação ao resultado financeiro negativo de R$ 756 milhões no 1T15, com destaque para o

resultado positivo da rubrica “variação cambial” com R$ 298 milhões, pelo comportamento

benéfico do dólar, com impacto na dívida líquida da companhia exposta à moeda

ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

estrangeira. Em contrapartida, a marcação a mercado dos instrumentos financeiros de

hedge cambial, resultou em uma despesa de R$ 247 milhões no trimestre.

No 1T16, a Minerva registrou um fluxo de caixa livre positivo de R$ 173 milhões, com ROIC

de 27,7%, 677 bps acima do ROIC do 1T15. Sua posição de caixa ao final do trimestre era de

R$ 3,4 bilhões, cerca de 2x superior aos vencimentos de curto prazo, incluso o aumento de

capital de R$ 746 milhões. Sua alavancagem financeira no final 1T16 medida pela relação

dívida líquida/EBITDA era de 2,9x, abaixo do 4T15, beneficiada pela geração de caixa no

trimestre e pelos recursos do aumento de capital. Lembrando que em AGE realizada em 11

de abril de 2016 foi homologado o aumento de capital da companhia, com a emissão de

47.850.957 novas ações ordinárias. O seu capital passou a ter 239.844.659 ações ordinárias.

Opinião: Um bom resultado impactado positivamente pelas exportações dado o

comportamento favorável do cambio e da demanda externa, que mais que compensaram

as vendas no mercado interno. Destaque para o resultado operacional que resultou em

margens melhores. O resultado financeiro também foi favorecido pelo dólar. Estes aspectos

aliado ao aumento de capital impactaram seu indicador de alavancagem que foi reduzido

de 4,1x o EBITDA em dez/15 para os atuais 2,9x. Seus papéis permanecem indicados em

nossas carteiras. Ontem a ação BEEF3 encerrou cotada a R$ 11,15 (valor de mercado de R$

2,7 bilhões), com queda de 16,2% neste ano, e oferecem assim, boa oportunidade de

entrada.

Banco Santander Brasil (SANB11) – Resultado do 1T16

O banco Santander registrou um lucro líquido societário de R$ 1,21 bilhão no 1T16, com

alta de 77,4% em relação aos R$ 684 milhões do 1T15. O lucro gerencial, que exclui a

despesa de amortização de ágio, o efeito do hedge fiscal, entre outros ajustes, foi de R$

1,66 bilhão no 1T16 (ROAE de 12,6%), com leve crescimento de 1,7% em relação a igual

trimestre do ano anterior, cujo ROAE havia sido de 12,8%. Este resultado gerencial veio

acima do lucro líquido de R$ 1,45 bilhão que esperávamos.

A carteira de crédito ampliada recuou 5,7% no trimestre totalizando R$ 312,0 bilhões ao

final de mar/16, com queda de 3,8% em 12 meses. Desconsiderando o efeito da variação

cambial, esta carteira apresentaria redução de 5,0% em 12 meses e 4,5% no trimestre.

Os Ativos Totais caíram 1,3% em base trimestral e cresceram 9,2% em 12 meses para R$

668,75 bilhões. O Patrimônio Líquido em março de 2016 era de R$ 54,43 bilhões, 7,4%

acima de dez/15 (R$ 51,39 bilhões). A Basiléia era de 16,4% no 1T16 e se compara a 15,7%

em dez/15. O índice de cobertura (acima de 90 dias) alcançou 200,1% no mesmo período.

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

A taxa de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, encerrou o 1T16 em

3,3%, 0,1pp acima do 4T15 e 0,3 ponto percentual acima do que os 3,0% do final do 1T15. O

índice acima de 60 dias fechou o trimestre em 4,2% acima dos 4,0% do 4T15. O índice de

eficiência foi de 50,8% no 1T16, melhor que os 51,4% de dez/15.

Opinião: Um lucro gerencial de R$ 1,66 bilhão no 1T16, acima de R$ 1,45 bilhão que

esperávamos, impactado positivamente pelo incremento na linha de Receitas de Serviços e

redução na linha de IR/CS. A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa cresceu 14,8%

em base 12 meses, passando de R$ 2,11 bilhões no 1T15 para R$ 2,42 bilhões no 1T16. A

margem Financeira Bruta cresceu 6,4% na mesma base de comparação, enquanto as

despesas gerais cresceram 7,5%. Suas units fecharam cotadas ontem a R$ 17,40 com alta

de 14,2% este ano, após alta de 28,4% em 2015.

Suzano Papel e Celulose (SUZB5) – Resultados do 1T16

A Suzano reportou hoje seus resultados referentes ao 1T16, mostrando aumento da receita

líquida para R$ 2,7 bilhões, influenciada principalmente pela participação do mercado

externo, em relação ao 1T15. Esse resultado influenciou a elevação do EBITDA Ajustado

para R$ 1,2 bilhão e ganhos de 3,4 p.p. na margem EBITDA Ajustada para 46,9%. No

entanto, o que mais contribuiu positivamente para a formação do lucro líquido de R$ 1,1

bilhão foi o resultado financeiro líquido positivo de R$ 724 milhões.

No 1T16 a receita líquida da Suzano apresentou crescimento de 26,1% em relação ao 1T15

e estabilidade em relação ao 4T15. O desempenho em relação ao 1T15 foi explicado pelo

incremento do volume de vendas de papel e celulose, aumento do preço da celulose

(desvalorização do real compensou a redução do preço lista em dólar), aumento do preço

de papel no mercado interno, assim como a desvalorização do Real frente ao Dólar,

influenciando positivamente a receita dos produtos exportados.

A composição da receita líquida do 1T16 foi: Celulose 68%, Imprimir e Escrever 25%,

Papelcartão 6% e Outros Papéis 1%.

O custo caixa consolidado de produção de celulose de mercado no 1T16 foi 16,6% superior

ao registrado no 1T15, para R$654/tonelada, explicado principalmente pela redução da

receita com a venda de energia, pelo impacto da desvalorização cambial nos insumos

atrelados ao dólar e aumento do custo com madeira. Em relação ao 4T15, a queda de 7,4%

foi explicada pelo menor custo com madeira e pela maior diluição dos custos fixos.

O EBITDA Ajustado registrou altas de 36,1% em relação ao 1T15 e 3,5% em relação 4T15,

somando R$ 1,3 bilhão e margem de 46,9%. Influenciaram positivamente o resultado do

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Análise de Investimentos

Boletim Diário

trimestre em relação ao 1T15, a desvalorização do real frente ao dólar, o maior volume de

vendas de papel e celulose e o aumento do preço de papel no mercado interno.

Já o resultado financeiro do 1T16 se mostrou positivo em R$ 724 milhões, comparado ao

resultado negativo de R$ 135 milhões no 4T15 e negativo de R$ 1,7 bilhão no 1T15.

Principalmente as variações monetárias e cambiais impactaram positivamente o resultado

da Suzano em R$ 698 milhões no trimestre, em função da variação da taxa de câmbio, com

impacto contábil positivo na parcela da dívida em moeda estrangeira.

Desse modo, a Suzano registrou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no 1T16 em comparação ao

prejuízo líquido de R$ 762,5 milhões no 1T15 e ao lucro líquido de R$ 340,7 milhões no

4T15, impactado, principalmente, pela variação cambial no período.

Em 31.03.2016 a dívida bruta da Suzano, era de R$ 14,1 bilhões, sendo 66,3% em moeda

estrangeira e em moeda nacional 33,7%. Já a dívida líquida era de R$ 11,2 bilhões (US$3,2

bilhões) ante R$ 12,5 bilhões (US$3,2 bilhões) em 31.12.2015. A relação dívida

líquida/EBITDA Ajustado ficou em 2,3x ante 2,8x no 4T15 e 4,0x no 1T15.

A companhia ainda aprovou em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária de 25 de abril

de 2016, o pagamento de dividendos no total de R$ 300 milhões a serem distribuídos da

seguinte forma: R$ 0,25800/ação ON; R$ 0,28380/ação PN classe A; e R$ 0,34352 por ação

PN classe B. Os dividendos serão pagos em 04.05.2016, com base na posição acionária de

25.04.2016.

Ontem a ação SUZB5 encerrou cotada a R$ 13,52 acumulando queda de 26,09% em 2016 e

valor de mercado de R$ 14,7 bilhões.

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Fibria (FIBR3) – Resultados do 1T16

Hoje pela manhã a companhia reportou seus resultados referentes ao 1T16, os quais em

relação ao 4T15 apresentaram redução de produção e vendas de celulose, assim como na

receita, EBITDA e margem. Porém, o aumento do resultado financeiro influenciou

positivamente a formação do lucro líquido de R$ 978 milhões no 1T16.

No 1T16 a receita líquida de Fibria registrou queda de 20% em relação ao 4T15, somando

R$ 2.395 milhões. O resultado se mostrou impactado pelo menor volume vendido e menor

preço médio líquido em reais, em função da queda do preço da celulose em dólar. Em

relação ao 1T15, o aumento do preço médio líquido em reais justifica a elevação de 20% da

receita líquida em função da valorização do câmbio médio.

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

O custo caixa de produção de celulose no 1T16 foi de R$ 699/t, 6% superior aos R$ 658/t do

4T15, em função do maior consumo com químicos e energéticos, do menor resultado com

utilidades (menor preço da energia) e maior custo logístico em função de maior raio médio

e maior participação de madeira de terceiros.

No 1T16 o EBITDA ajustado foi R$ 1.254 milhões, com perda de 2 p.p. na margem para 52%

e queda de 23% em relação ao 4T15, em função do menor volume de vendas e menor

preço médio líquido em reais, que foi impactado pela queda no preço da celulose em dólar.

Em relação ao 1T15, houve avanço de 25% em função do maior preço médio líquido, com a

valorização do dólar médio frente ao real.

A principal contribuição para a formação do lucro líquido do período partiu do resultado

financeiro positivo de R$ 922 milhões, ante resultado financeiro positivo de R$ 97 milhões

no 4T15 e prejuízo financeiro de R$ 1,7 bilhão no 4T15. O resultado do 1T16 se mostrou

influenciado principalmente pela linha de Variações Cambiais e Monetárias de R$ 753

milhões.

Assim, no 1T16, a Fibria registrou lucro de R$ 978 milhões, contra lucro de R$ 910 milhões

no 4T15 e prejuízo de R$ 566 milhões no 1T15.

Em 31 de março de 2016 o endividamento bruto era de R$ 11.498 milhões, representando

uma redução 10% em relação ao final do 4T15. O custo médio total da dívida da Fibria

medido em dólar foi de 3,4% a.a.. Já a dívida líquida era de R$ 10,3 bilhões ante R$ 11,0

bilhões em 31.12.2015. A relação dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses ficou em

1,85x ante 2,06x no 4T15 e 2,88x no 1T15.

Ontem a ação FIBR3 encerrou cotada a R$ 33,20 acumulando queda de 36,02% em 2016 e

valor de mercado de R$ 18,3 bilhões.

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Locamerica (LCAM3): Resultados do 1T16

A empresa divulgou ontem, após o encerramento do pregão, seus resultados do 1T16com

queda na receita líquida, mas apresentando reduções nos custos de operação da frota.

Issopermitiu a elevação do lucro bruto e EBITDA, comparado ao mesmo trimestre de 2015.

No entanto, a altadas despesas financeiras determinou a diminuição do lucro líquido.

No trimestre, a Locamerica lucrou R$5,5 milhões (R$0,08 por ação), valor que ficou 13,5%

abaixo do 1T15.

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Locamerica - Resultados Trimestrais

R$ milhões 1T16 1T15 Var.

Receita Líquida 172,8 173,9 -0,6%

Lucro Bruto 51,8 44,6 16,3%

Margem Bruta 30,0% 25,6% 4,4 pp

EBITDA 60,7 53,8 12,9%

Margem EBITDA 35,1% 30,9% 13,6%

Lucro Líquido 5,5 6,4 -13,5%

No. de Diárias - mil 2.123 1.979 7,3%

Diária Média - R$ 51,59 53,79 -4,1%

Frota Média Operacional - Unid. 24.370 22.978 6,1%

Taxa de Util ização da Frota 96,8% 95,7% 1,1%

Fonte: Locamerica

A Locamerica conseguiu no 1T16 aumentar em7,3% volume de diárias, o que pode é muito

positivo no ambiente recessivo vivido no país. Porém, para isso a empresa teve de reduzir

em 4,1% sua tarifa, mas mesmo assim a receita líquida com locação cresceu 2,9%.

Em seminovos, o número de automóveis vendidos caiu 15,8%, determinando uma redução

de 4,9% na receita deste segmento, que não foi maior por conta do aumento de 12,9% no

preço médio dos veículos comercializados.

Foi importante no trimestre a redução de 6,4% nos custos de locação e venda de veículos.

O destaque no período ficou com o encolhimento de 8,8% nos custos de manutenção. Esta

queda de custos permitiu uma elevação de 16,3% no lucro bruto. O EBITDA cresceu 12,9%

em relação ao 1T15, menos que o lucro bruto, por conta do incremento de 7,5% nas

despesas operacionais.

O aumento da taxa de juros e da dívida total continua impactando os resultados da

empresa. No 1T16, o resultado financeiro negativo foi de R$29,8 milhões, superior em

30,4%ao do mesmo período de 2015. Este crescimento dos custos financeiros determinou

a redução do lucro líquido, mais que compensando os ganhos operacionais obtidos no

trimestre.

A dívida bruta da Locamerica no final do 1T16 era de R$1,0 bilhão, que cresceu 12,4% nos

últimos doze meses. A dívida líquida somou R$697 milhões em março/2016, tendo crescido

em 5,4% em relação ao 1T15 e 9,9% no trimestre. A relação dívida líquida/EBITDA em

março/2016 era de 3,0x, vindo de 3,1x no 1T15 e 2,8x ao final do ano passado.

O investimento na frota realizado no 1T16 foi de R$35 milhões, uma forte queda de 68,6%

em relação ao mesmo período de 2015. Com isso, a idade média da frota operacional subiu

de 15,7 anos no 1T15 para 16,4 anos no 1T16.

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Considerando as projeções médias do mercado compiladas pela Bloomberg, LCAM3 está

sendo negociada com indicador Preço/Lucro de 11,2x para os resultados de 2016 e 9,1x

para 2017. O Preço Justo médio do mercado é de R$4,83/ação, indicando um potencial de

alta em 10%. Neste ano, LCAM3 já subiu31,2%, enquanto o Ibovespa teve alta de22,4%.

Cesp (CESP6) – Pagamento de dividendos

Foi aprovado na AGO da companhia realizada ontem, 26 de abril de 2016, o pagamento de

dividendos, no valor de R$ 41,3 milhões, a ser distribuído até 30 de junho de 2016,

correspondente a R$ 0,086700233202 por ação PNB. Farão jus os acionistas com posições

de ações em 29.04.2016, sendo as ações negociadas “ex-dividendos” a partir de

02.05.2016. Com base na cotação de ontem de R$ 15,30 o retorno para os acionistas é de

0,6%.

Tecnisa (TCSA3)- Aprovado dividendo de R$ 0,1613 por ação, ficando “ex” em 02 de maio.

São Paulo, 26/04/2016 - Acionistas da Tecnisa aprovaram em assembleia realizada hoje, o

pagamento de dividendos no valor de R$ 28 milhões, equivalente a R$ 0,1613 por ação

ordinária. o total a ser distribuído corresponde a 12,41% do lucro líquido ajustado. a

empresa explica que a proposta considerou, entre outros fatores, as disponibilidades

financeiras e as estimativas de fluxo de caixa para o exercício corrente. A data base para

pagamento será 20 de abril, passando as ações a serem negociadas "ex-dividendos" a partir

de 02 de maio.

Ontem a ação TCSA3 encerrou cotada a R$ 2,73 e o retorno para os acionistas é de 5,9%.

Totvs (TOTS3) – Aprovação de dividendo equivalente a R$ 0,407366448 por ação, ficando “ex” no dia 27/04/16.

A Totvs aprovou em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada ontem a

distribuição e o pagamento de dividendos pela Companhia no montante total de R$

66.579.178,22 relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, valor este que

corresponde a R$ 0,407365448 por ação. As negociações de ações da Companhia a partir

do dia 27 de abril de 2016 serão realizadas na condição "ex-dividendos".

Ontem a ação encerrou cotada a R$ 28,70 e o dividendo representa um retorno de 1,42%.

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões)

3.809

7.605

1.4732.597

-568

-3.315

-419

2.546

912

-4.310

-525

8.391

2.081

-6.000

-4.000

-2.000

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16

Fonte: Ibovespa, dados até 22/04/2016

Fluxo de Capital Estrangeiro

Contratos em Aberto – Ibovespa Futuro

-220.000

-190.000-160.000

-130.000-100.000

-70.000-40.000

-10.00020.000

50.00080.000

110.000140.000

170.000200.000

Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais

FLUXO ESTRANGEIRO

I. Não Residentes I. Institucionais

Compra 181.711 89.215

Venda 113.995 152.478

Líquido 67.716 -63.263

Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

AGENDA MACROECONÔMICA

AnteriorData HorárioPaís /

RegiãoIndicador Referência Expectativa

Fonte: Bloomberg

Quinta-feira 08:00 BR FGV - IGP-M (m/m) Abri l 0,36% 0,51%

28/04/2016 08:00 BR FGV - IGP-M (a/a) Abri l 10,65% 11,56%

10:30 BR Emprés timos pendentes (m/m) Março -0,50%

10:30 BR Total empres tado em aberto Março 3184 bi .

09:30 EUA Novos pedidos s eguro-desemprego 23/a br 259 mi l 247 mi l

09:30 EUA PIB a nua l iza do (t/t) 1T 0,60% 1,40%

09:30 EUA Seguro-desemprego 16/a br 2137 mi l 2137 mi l

09:30 EUA Cons umo pes soal 1T 1,70% 2,40%

09:30 EUA PIB - Índice de preços 1T 0,60% 0,90%

09:30 EUA Principai s gas tos pes soais (t/t) 1T 1,90% 1,30%

06:00 EURO Confia nça na economia Abri l 103,4 103

06:00 EURO Indicador de Cl ima para os Negócios Abri l 0,14 0,11

06:00 EURO Confia nça indus tria l Abri l -4 -4,2

06:00 EURO Confia nça em s erviços Abri l 10 9,6

06:00 EURO Confia nça do consumidor Abri l -9,3 -9,3

Sexta-feira 09:00 BR Taxa de des emprego naciona l Março 10,30% 10,30%

29/04/2016 09:00 BR Fabrica ção PPI (m/m) Março -0,57%

09:00 BR Fabrica ção PPI (a/a ) Março 9,70%

BR CNI Confiança do Cons umidor Abri l 97,6

09:30 EUA Índice de Cus to de Emprego 1T 0,60% 0,60%

09:30 EUA Defla tor DCP (m/m) Março 0,10% -0,10%

09:30 EUA Defla tor DCP (a/a) Março 0,80% 1,00%

09:30 EUA Principal DCP (m/m) Março 0,10% 0,10%

09:30 EUA Principal DCP (a/a) Março 1,50% 1,70%

10:00 EUA ISM Mi lwaukee Abri l 57,78

11:00 EUA Sentimento Univ de Michigan Abri l 90 89,7

06:00 EURO Taxa de des emprego Março 10,30% 10,30%

06:00 EURO Es timativa do IPC (a/a ) Abri l 0,00%

06:00 EURO IPC principal (a/a) Abri l 0,90% 1,00%

06:00 EURO PIB s azonal (t/t) 1T 0,40% 0,30%

06:00 EURO PIB s azonal (a/a) 1T 1,40% 1,60%

Segunda-feira 08:00 BR FGV: IPC-S (m/m) 29/a br 0,38%

02/05/2015 08:25 BR BC - Pes quisa Focus (Semanal )

10:00 BR Ma rkit Bras i l PMI Manufatura Abri l 46

15:00 BR Bala nça comercia l mens al Abri l 4435 mi.

10:45 EUA PMI Ma nufatura Marki t EUA Abri l 50,8

11:00 EUA ISM Ma nufaturados Abri l 51,5 51,8

05:00 EURO PMI Ma nufatura Zona do Euro Abri l 51,5

22:45 CH Caixin China PMI Manuf Abri l 49,8 49,7

Terça-feira 05:00 BR IPC-Fipe (mens al) Abri l 0,97%

03/05/2016 09:00 BR Produção industria l (m/m) - AS Março -2,50%

09:00 BR Produção industria l (a/a) Março -9,80%

11:30 BR Venda s de veículos Fenabrave Abri l 179294

10:45 EUA ISM de New York Abri l 50,4

06:00 EURO IPP (m/m) Março -0,70%

06:00 EURO IPP (a /a) Março -4,20%

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27 de abril de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Cristiano de Barros Caris

[email protected]

Ingrid Lima de Jesus

[email protected]

Mario Roberto Mariante, CNPI*

[email protected]

Luiz Francisco Caetano, CNPI

[email protected]

Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI

[email protected]

Ricardo Tadeu Martins, CNPI

[email protected]

Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 4 83 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório.

DISCLAIMER

EQUIPE

Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice

Bovespa, mais o prêmio.