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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI – UNIVALI
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS DE INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
DEOCLESIO DE ALMEIDA
Biguaçu 2007/2
DEOCLESIO DE ALMEIDA
ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS DE INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Monografia apresentado ao Curso de Ciências Contábeis na Universidade do Vale do Itajaí, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Murilo Petri
Biguaçu 2007/2
DEOCLESIO DE ALMEIDA
ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS DE INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Esta monografia foi apresentada como trabalho de conclusão de curso de Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí e aprovada pela banca constituída pelo orientador e membros abaixo.
Biguaçu, 06 de dezembro de 2007
Professores que compuseram a banca: Prof. Sérgio Murilo Petri , Dr. (Orientador) Prof. Ciro Aimbiré de Moraes Santos, M.Sc (Membro de Banca) Prof. Crisanto Ribeiro Soares (Membro de Banca)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por me dar saúde e força para viver, ao professor Dr. Sérgio Murilo Petri pela orientação, apoio e paciência, a minha esposa pelo incentivo nas horas de desânimo. Aos meus familiares e amigos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desse trabalho acadêmico.
RESUMO
O objeto de estudo é desenvolver o estudo de uma das áreas da Contabilidade por meio dos índices contábeis, seu conceito e metodologia de cálculo, de forma a demonstrar sua importância e elaboração a partir de informações contidas no balanço patrimonial e nas demonstrações financeiras das organizações. Com instrumento de pesquisa bibliográfica por meio de estudo de caso. Como resultado principal. Após ter coletados os dados e ter feito uma análise dos índices contábeis, verificou-se que as informações contribuíram para um melhor planejamento financeiro de ações empresariais. Palavra-Chave: Análise das Demonstrações. Contabilidade. Contabilidade Gerencial.
LISTA DE QUADROS QUADRO 1: CARACTERÍSTICAS BÁSICAS JULGADAS RELEVANTES DA CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL. .................................................................................................... 18
QUADRO 2 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO...................................... 21
QUADRO 3 - DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO................. 22
QUADRO 4 - DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS............ 23
LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ GERAL DA EMPRESA SADIA S.A.. ................................................................................................................................. 39
FIGURA 2 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ GERAL DA EMPRESA PERDIGÃO S.A........................................................................................................................... 40
FIGURA 3 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ CORRENTE DA EMPRESA SADIA S.A.. .............................................................................................................. 41
FIGURA 4 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ CORRENTE DA EMPRESA PERDIGÃO S.A. ....................................................................................................... 41
FIGURA 5– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ SECA DA EMPRESA SADIA S. A. ................................................................................................................................. 42
FIGURA 6 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ SECA DA EMPRESA PERDIGÃO S.A........................................................................................................................... 43
FIGURA 7 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS DA EMPRESA SADIA S.A.. .......................... 44
FIGURA 8 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.................... 44
FIGURA 9 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO DA EMPRESA SADIA S.A........................................... 45
FIGURA 10 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO DA EMPRESA PERDIGÃO S.A................................... 45
FIGURA 11– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE ENDIVIDAMENTO GERAL DA EMPRESA SADIA S.A.............................................................. 46
FIGURA 12 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE GERAL DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..................................................................................... 47
FIGURA 13 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO DA EMPRESA SADIA S.A.. ..................................... 47
FIGURA 14 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.. ............................. 48
FIGURA 15 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS PERMANENTES DA EMPRESA SADIA S.A.. .................. 49
FIGURA 16– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS PERMANENTES DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.. .......... 49
FIGURA 17 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM BRUTA DA EMPRESA SADIA S.A............................................................................ 50
FIGURA 18 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM BRUTA DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.. ................................................................. 51
FIGURA 19 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM OPERACIONAL DA EMPRESA SADIA S.A.............................................................. 51
FIGURA 20 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM OPERACIONAL DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.. ................................................... 52
FIGURA 21– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM LÍQUIDA DA EMPRESA SADIA S.A.. ....................................................................... 53
FIGURA 22 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM LÍQUIDA DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.. ............................................................... 53
FIGURA 23 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM LÍQUIDA DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.. ............................................................... 54
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 10
1.1 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA......................................................... 10 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA.............................................................................. 11 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11 1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................... 12 1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 12
1.4 SUPOSIÇÕES..................................................................................................... 12
2 CONTABILIDADE............................................................................................... 15
2.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA OU TRADICIONAL ......................................... 15 2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL.......................................................................... 17 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FINANCEIRA.................. 17 2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ..................................................................... 19 2.4.1 Balanço Patrimonial .......................................................................................... 19 2.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .......................................... 20 2.4.3 Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) ................... 21 2.4.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ...................... 22 2.4.5 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) ................ 23 2.4.6 Notas Explicativas............................................................................................. 24
3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS............................................ 26
3.1 TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.................... 26 3.1.1 Indicadores Financeiro-Econômico................................................................. 26
3.1.1.1 Índices de Liquidez................................................................................ 27
3.1.1.2 Índice de Endividamento ....................................................................... 28
3.1.1.3 Índices de Rentabilidade ....................................................................... 30 3.1.2 Índices-Padrão................................................................................................... 31
3.2 ANALISE VERTICAL E ANALISE HORIZONTAL............................................... 32 3.2.1 Análise Vertical.................................................................................................. 32 3.2.2 Análise Horizontal ............................................................................................. 33 3.2.3 Análise por Meio de Índice ............................................................................... 33
4 METODOLOGIA DA PESQUISA........................................................................ 35
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA.................................................................. 35 4.2 ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 36 4.3 UNIDADE DE ANÁLISE ...................................................................................... 37 4.3.1 Caracterização da Empresa ............................................................................. 37 4.3.2 Procedimentos Metodológicos ........................................................................ 38
5 APLICAÇÃO PRÁTICA ...................................................................................... 39
5.1 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ ............................................................. 39 5.1.1 Liquidez Geral.................................................................................................... 39 5.1.2 Liquidez Corrente.............................................................................................. 40 5.1.3 Liquidez Seca .................................................................................................... 42
5.2 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO................................................ 43 5.2.1 Participação do Capital de Terceiros .............................................................. 43 5.2.2 Composição do Endividamento....................................................................... 45 5.2.3 Endividamento Geral ........................................................................................ 46 5.2.4 Imobilização do Capital Próprio....................................................................... 47 5.2.5 Imobilização dos Recursos Permanentes....................................................... 48
5.3 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE ................................................. 50 5.3.1 Margem Bruta .................................................................................................... 50 5.3.2 Margem Operacional ......................................................................................... 51 5.3.3 Margem Líquida................................................................................................. 52
5.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................... 53
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 55
6.1 GENERALIDADES.............................................................................................. 55 6.2 QUANTO ATENDIMENTO DOS OBJETIVOS.................................................... 56 6.3 LIMITAÇÕES....................................................................................................... 57 6.4 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS....................................... 57
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 58
ANEXOS....................................................................................................................... 59
1 INTRODUÇÃO
As empresas para ter um bom desempenho, seja este, no mercado
competitivo ou nos seus relacionamentos, necessitam de várias informações, com
as quais a contabilidade, neste contexto, tem um papel relevante, (pois é a
contabilidade que registra e controla todas as informações de uma organização),
que é de passar para os seus usuários (diretores e acionistas, funcionários, e
demais interessados) estas informações.
Existem e sendo disponibilizados vários instrumentos ou ferramentas para
auxiliar o gestor no processo de decisão. A análise dos índices econômicos e
financeiros é uma das ferramentas no qual o profissional de contabilidade
subsidia o processo decisório com uma visão da situação financeira e econômica
da empresa.
Os índices contábeis é a relação de contas ou grupos de contas das
Demonstrações Contábeis, a qual se mostra determinado aspecto da situação
econômica e financeira de uma empresa.
A situação financeira é um conjunto de informações que vem mostrar
dentro de uma empresa a capacidade de liquidar ou honrar seus compromissos
para com terceiros.
A situação econômica de uma empresa informa seu desempenho a longo
prazo, se a mesma vem mantendo uma posição positiva, negativa ou ainda
estável.
O presente trabalho se propõe a trabalhar o tema e a discussão sobre a
composição da Análise das Demonstrações Contábeis e suas Técnicas de
informação para tomada de decisão, por meio da contribuição da contabilidade.
1.1 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA
Neste contexto mostra-se a relevância da contribuição da contabilidade
para a elaboração ou estruturação de um processo de análise e tratamento das
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informações demonstrações contábeis, proporcionando o planejamento além do
dia de amanhã, com intuito de almejar resultados positivos tanto para a entidade e
para com os terceiros (fornecedores, bancos, funcionários, entre outros).
Assim, a principal justificava dar-se pela estruturação ou elaboração da
análise e tratamentos das informações contábeis com propósito de acompanhar
os resultados das operações da organização, com o propósito de subsidiar a
gestão quanto as suas tomadas de decisão.
Serão estudadas duas empresas do ramo de alimentos do Estado de
Santa Catarina, por serem da nossa região e também por terem representação
nacional e internacional.
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Dentro do contexto verifica-se a necessidade de analisar-se o desempenho
dos últimos anos e analisar as informações da entidade em estudo a fim de
demonstrar retro prospectos passados e planejar o futuro da organização.
• As informações fornecidas pela Análise das Demonstrações
Contábeis são úteis para o processo de tomada de decisão da
organização?
• As informações extraídas por meio das técnicas de análise das
demonstrações contábeis auxiliam e mostram a situação econômica
e financeira da organização?
1.3 OBJETIVOS
Com a realização deste trabalho, busca-se atingir os seguintes objetivos
propostos:
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1.3.1 Objetivo Geral
Elaborar a análise das demonstrações contábeis como instrumento de
subsídios ao processo de tomada de decisão.
1.3.2 Objetivos Específicos
Como objetivos específicos pretendem-se:
• Identificar e definir as técnicas de análise das demonstrações
contábeis;
• Aplicar as técnicas de análise organizacional em um estudo de caso
real;
• Elaborar e comparar os índices encontrados com referenciais
externos;
• Elaborar o relatório de análise como base nas informações extraídas
das técnicas das demonstrações contábeis;
• Comparar as duas empresas em estudo de acordo com os
resultados encontrados nos índices contábeis.
1.4 SUPOSIÇÕES
O presente trabalho supõe que as organizações além de se preocuparem
com o seu negócio, necessitam da contribuição da contabilidade para organizar-
se internamente (gerir-se), com o intuito de apurar dados reais em informações
oportunas (custo e tempo correto) por conseqüente utilizá-las no auxilio do
processo de tomada de decisão pela gestão da organização. A seguir destacam-
se algumas suposições a serem confirmadas ou refutadas quando da elaboração
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da aplicação prática:
• Acredita-se que as informações extraídas das análises das
demonstrações contábeis, são confiáveis, dados se refere ao
conhecimento dos índices mais utilizados nas bibliografias da área
de análise das demonstrações contábeis, representado assim atual
situação econômico-financeira da organização;
• Estas informações extraídas também podem subsidiar o processo,
desde que sejam providas em períodos corretos, destacando
principalmente se houve ou haverá alguma modificação significativa
no processo de gestão da organização;
• Apuração e análise dos índices contábeis de liquidez nos mostram a
capacidade que a empresa tem para pagar suas dívidas;
• Apuração e análise dos índices contábeis de endividamento têm por
finalidade mostrar o quanto de capital próprio ou de terceiros tem
investido na empresa;
• Apuração e análise dos índices contábeis de lucratividade permitem
avaliar o potencial dos elementos do ativo de produzir receitas e
ganhos;
• Apuração e análise dos índices contábeis de rentabilidade
permitem avaliar se a empresa está tendo êxito nos capitais
investidos.
O presente trabalho de conclusão de curso apresenta - além deste capítulo
de Introdução, o qual consiste em apresentar o problema, justificativas, objetivos,
suposições e a metodologia de pesquisa – ainda, outros quatro capítulos.
O capítulo dois apresenta a conceituação e os principais elementos
metodológicos da contabilidade gerencial. Sua definição, a comparação entre
contabilidade gerencial e contabilidade financeira, o papel da contabilidade
gerencial como um sistema de informações empresarial e sua aplicação na
disciplina de análise de balanços.
No Capítulo três apresenta-se as técnicas de análise comparativa dos
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índices econômicos e financeiros, suas principais metodologias. Desenvolve-se a
conceituação e os principais elementos das técnicas de análise vertical, da
análise horizontal e da análise por meio de índices contábeis. A seguir
desenvolve-se a análise de índices de endividamento e a análise de rentabilidade,
tratando-se, ao final, da reclassificação das demonstrações contábeis.
O capítulo quatro apresenta a metodologia da pesquisa e como foi
abordado do trabalho.
No capítulo cinco se operacionaliza o levantamento teórico por meio da
aplicação prática para duas empresas do setor de alimentos.
No Capítulo seis apresenta-se as considerações finais do presente
trabalho de conclusão de curso e, por fim, listam-se as referências utilizadas para
fundamentar o trabalho.
2 CONTABILIDADE
A contabilidade é uma ferramenta que registra as operações que acontece
dentro de uma empresa, seja ela comercial ou industrial, facilitando assim a
tomada de decisão.
O conceito de contabilidade segundo Franco (1997, p.21) é:
É a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
Conceito segundo Marion (1998, p.24):
A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatória para ma maioria das empresas.
A contabilidade pode ser usada por qualquer ramo de atividades, com ou
sem fins lucrativos, seus interessados são os administradores, sócios,
investidores, entre outros, inclusive o governo.
A contabilidade tem por finalidade conforme Franco (1997, p.21):
Assegurar o controle do patrimônio administrado, através do fornecimento de informações e orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou meramente ideais (sociais, culturais, esportivos, beneficentes ou outros).
A seguir apresenta-se a contabilidade financeira ou tradicional que será
objeto de estudo no presente trabalho de conclusão de curso.
2.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA OU TRADICIONAL
A contabilidade gerencial é uma ferramenta que vem facilitar o trabalho dos
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administradores de empresas, dando suporte para as tomadas de decisão,
utilizando as técnicas já existentes na contabilidade e de outras disciplinas, bem
como a administração financeira, onde seu campo é mais amplo na área da
contabilidade empresarial.
Conforme Kaplan & Norton (1997, p. 7):
O modelo vulnerável da contabilidade financeira ainda está sendo utilizado por empresas da era da informação, ao mesmo tempo em que tentam construir ativos e capacidades internas e criar relações e alianças estratégicas com entidades externas. O ideal é que o modelo da contabilidade financeira se ampliasse de modo a incorporar a avaliação dos ativos intangíveis e intelectuais de uma empresa, como produtos e serviços de alta qualidade, funcionários motivados e habilitados, processos internos eficientes e consistentes, e clientes satisfeitos e fiéis.
Já para Atkinson et al. (2000, p. 37):
Contabilidade Financeira lida com a elaboração e a comunicação de informações de uma empresa dirigidas a uma clientela externa: acionistas, credores (bancos, debenturistas e fornecedores), entidades reguladoras e autoridades governamentais tributárias. A informação contábil/financeira comunica aos agentes externos as conseqüências das decisões e das melhorias dos processos executadas pelos administradores e funcionários.
Haussmann (2001, p. 18) restringe a contabilidade a uma fração do seu
real propósito.
A contabilidade é uma ciência que tem por finalidade registrar e controlar todos os fatos administrativos das empresas em geral, bem como demonstrar as variações qualitativas ocorridas no patrimônio, sob o ponto de vista econômico e financeiro.
Diante do apresentado, este trabalho entende a contabilidade financeira ou
tradicional como uma ciência que permite, por meio de suas técnicas, manterem
um controle permanente do patrimônio da sociedade para fins de administração
organizacional (ATKINSON et al., 2000, p. 37). Tal noção se baseia no propósito
de padronizar procedimentos e condutas geralmente aceitos, atendendo a
princípios e/ou postulados e/ou ainda convenções de contabilidade perante
usuários externos, tais como: os acionistas, os credores (bancos, debenturistas e
fornecedores), as entidades reguladoras e governamentais tributárias.
Com essas padronizações é possível realizar análises das demonstrações
que evidenciam o desempenho com base no ocorrido (passado), atendendo a
demandas de órgãos que trata das demonstrações (CVM, BOVESPA, entre
outros) e potenciais investidores.
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2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL
O conhecimento bem gerenciado tem mostrado ser uma forte arma para se
conseguir a manutenção da capacidade de competir. O papel da informação,
nesse novo contexto, é de sustentar as decisões que possam tornar possível uma
maior flexibilização do comportamento empresarial.
Iudícibus (1995, p. 21) descreve:
A contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador.
O sistema de informação gerencial deve contribuir como suporte às
estratégias adotadas para que elas possam ser acompanhadas e venham a
produzir retornos positivos à empresa.
Conforme Padoveze (1996, p.26):
Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação, não um existir. Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração.
A contabilidade é uma ferramenta usada para registrar e controlar as
entradas e saídas dos patrimônios de uma entidade seja ela privada ou publica.
Dando informações aos seus sócios, administradores, colaboradores para tomada
de decisão.
A contabilidade gerencial caracteriza-se como um enfoque especial
conferindo as várias técnicas e procedimentos que existem na contabilidade
financeira, custos, análise financeira, etc., a onde da um detalhamento melhor na
tomada de decisão dos gerentes das entidades (Iudícibus, 1995).
2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FINANCEIRA
Os métodos e as informações que são buscadas na contabilidade
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gerencial são muito utilizados pelos administradores das organizações, para
tomada de decisão. Já os acionistas, credores, bancários entre outros buscam as
informações na contabilidade financeira, para ver como a organização está
financeiramente e assim investir ou não. Padoveze (1996).
Atkinson et al (2000, p.37) afirma que “Contabilidade financeira – Processo
de elaboração de demonstrativos financeiros para propósitos externos: pessoal
externo à organização, como acionistas, credores e autoridades governamentais”.
Atkinson et al (2000, p.37) sustenta ainda que a “Contabilidade gerencial
deve fornecer informações econômicas para a clientela interna:
operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos seniores”.
Tipos Atributos
Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial
Clientela Externa: Acionistas, credores, autoridades tributárias.
Interna: Funcionários, administradores, executivos.
Propósito Reportar do desempenho passado às partes externas; contratos com proprietários e credores.
Informar decisões internas tomadas pelos funcionários e gerentes; feedback e controle sobre desempenho operacional; contratos com proprietários e credores.
Data Histórica, atrasada Atual, orientada para o futuro.
Restrições Regulamentada: dirigida por regras e princípios fundamentais da contabilidade e por autoridades governamentais.
Desregulamentada: sistemas e informações determinadas pela administração para satisfazer necessidades estratégicas e operacionais.
Tipo de Informação
Somente para mensuração financeira Mensuração física e operacional dos processos, tecnologia, fornecedores e competidores.
Natureza da Informação
Objetiva, auditável, confiável, consistente, precisa.
Mais subjetiva e sujeita a juízo de valor, válida, relevante, acurada.
Escopo Muito agregada: reporta toda a empresa.
Desagregada: informa as decisões e ações locais.
QUADRO 1: CARACTERÍSTICAS BÁSICAS JULGADAS RELEVANTES DA CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL.
Fonte: Atkinson et al. (2000, p. 38).
Como o propósito do trabalho é trabalhar com as informações produzidas
pela contabilidade financeira por meio das suas demonstrações contábeis a fim
de gerar informação ao usuário interno e externo sobre suas análises.
A seguir apresentam-se as demonstrações contábeis a serem trabalhadas
nas análises.
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2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Nesta seção retrata-se o que diz a legislação pertinente à elaboração das
demonstrações contábeis para as sociedades empresárias, envolvendo o Balanço
Patrimonial, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, a
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração das Origens
e Aplicações de Recursos e Notas Explicativas.
2.4.1 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é constituído por duas colunas, do lado esquerdo
fica o Ativo e do lado direito fica o Passivo e Patrimônio Líquido.
Padoveze (1996, p.52) descreve que o Balanço Patrimonial é uma “peça
contábil por excelência, para ele é canalizado todo o resultado das operações da
empresa e das transações que terão realização futura”.
Segundo ainda Padoveze (1996, p.52) “... balanço patrimonial é elaborado
segundo os princípios contábeis geralmente aceitos, mas nada impede que,
gerencial e internamente, se construam balanços com critérios de avaliação
alternativos”.
Franco (1997, p.141) relata que:
Com o auxílio do balanço patrimonial, através de seu aspecto específico, sabemos quanto à empresa possui em ativo circulante, em ativo permanente, em patrimônio líquido, bem como em direitos e em obrigações. Mais especificamente ainda, sabe-se, pelas contas adotadas para a representação de cada espécie patrimonial, o quanto ela possui de cada um dos itens que constituem as disponibilidades, os direitos, as obrigações etc.
Para Matarazzo (1998, p.43) o balanço patrimonial:
É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa – Ativo –, assim como as obrigações – Passivo Exigível – em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa, que gerados por esta em suas operações e retidos internamente.
No Ativo estão às contas que compreende uma aplicação de recursos
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sendo bens e direito da empresa, tendo como subgrupo o Ativo Circulante, Ativo
Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente, este subdividido em: Imobilizado,
Investimentos e Diferido.
No Passivo estão às contas que compreende as exigibilidades, ou seja, as
obrigações da empresa, tendo como subgrupo o Passivo Circulante, Passivo
Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios Futuros e o Patrimônio Líquido,
este subdividido em: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de
Reavaliação, Reservas de Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados.
2.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
A Demonstração do Resultado do Exercício tem por finalidade facilitar a
compreensão da situação patrimonial, da companhia e da sua mutação durante o
exercício social.
Segundo Matarazzo (1998, p.47):
A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentado o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução de Ativo ou aumento do Passivo Exigível.
Segundo Iudícibus (1998, p.48):
A demonstração do resultado de exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).
A demonstração do resultado do exercício é descriminada da seguinte
forma:
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Receita Operacional Bruta(-) deduçõesDevoluçõesImpostos Abatimentos(=) Receita Operacional Líquida(-) Custo das Mercadorias Vendidas(=) Lucro Operacional Bruto(-/+) Despesas e Receitas OperacionaisDespesas AdministrativasDespesas Com VendasDespesas ou Receitas FinanceirasOutras Despesas ou Receitas Operacionais(=) Lucro Operacional Líquido(+/-) Resultados Não Operacionais(+) Receitas Não Operacionais(-) Despesas Não Operacionais(+/-) Correção Monetária(=) Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social(-) Provisão para Imposto de Renda(-) Provisão para Contribuição Social(=) Lucro Depois do Imposto de Renda e Contribuição Social(-) ParticipaçõesDebênturesEmpregadosAdministradoresPartes Beneficiárias(=) Lucro Líquido do Exercício QUADRO 2 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Fonte: N.A. Moraes (2002)
2.4.3 Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados demonstra o
destino que o lucro ou prejuízo tem dentro de uma empresa. E o
desmembramento desta conta, oferece melhores resultados ao empresário e ao
analista, que podem acompanhar os resultados.
Iudícibus (1998, p.59) comenta:
A destinação (canalização) do Lucro Líquido para os Proprietários (distribuição de dividendos) ou o reinvestimento na própria empresa
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(retenção do Lucro) serão evidenciados na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, antes de serem indicados no Balanço Patrimonial.
A estrutura da DLPA se encontra dentro da DMPL (Erro! Fonte de referência não encontrada.3), que será tratado na próxima seção, por isso não
foi apresentado a estrutura.
2.4.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) fornece a
movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas componentes do
Patrimônio Líquido, indicando seu acréscimo ou decréscimo.
Segundo o conceito de Matarazzo (1998, p.48):
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido apresenta as variações de todas as contas do Patrimônio Líquido ocorridas entre dois balanços, independentemente da origem da variação, seja ela proveniente da correção montaria, de aumento de capital, de reavaliação de elementos do ativo, de lucro ou de simples transferência entre contas, dentro do próprio Patrimônio Líquido.
Reserva de Capital Reservas de Lucros Contas
Movimentação
Capital Realizado C. Monet.
do Capital Ágio
Reserva de Reavaliação
Legal Contig. Orçament. Lucros a Realizar Estatutária
Lucros Acumulados Total
Saldo em 31/12/X0 Ajustes exerc. Anter. Aumento de Capital Com Lucros e Reservas Por subscrição realiz. Reavaliação do Ativo Correção Monetária Reversões de Reservas De Contigências De Lucros a realizar Lucro Líq. do exercício Destinações Propostas Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva p/ Conting. Reserva Orçament. Res. Lucros a realiz. Dividendos Total
QUADRO 3 - DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
23
Fonte: N.A. Moraes (2002) A (DMPL) Fornece informações que complementam os demais dados do
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício, indicando
claramente a formação e a utilização de todas as reservas, e não apenas das
originadas por lucros.
2.4.5 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
A presente seção apresentarse-á Demonstrações das Origens e
Aplicações de Recursos (DOAR), a sua estrutura se apresenta no quadro a
seguir.
1) ORIGENS DE RECURSOS Das Operações
31/12/X1
Lucro Líquido do Exercício (+) Depreciação, exaustão e amortizações (+/-) Variação Cambial (+/-) Equivalência Patrimonial (+/-) Correção Monetária (=) Lucro Ajustado Dos Acionistas Integralização de Capital de Giro Dos Terceiros Novos Empréstimos Alienação de Item do Imobilizado Diminuição do Ativo Realizável a Longo Prazo Total das Origens
2)APLICAÇÃO DE RECURSOS Aquisição de Novos Empréstimos Aquisição de Novos Itens do Imobilizado Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo Dividendos a Distribuir Pagamento de Financiamento Aumento do Ativo Diferido TOTAL DAS APLICAÇÕES
3)AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DO CCL / ORIGENS (-) APLICAÇÃO Descriminação Saldos
31/12/X0 Saldos 31/12/X1
Aumento ou Diminuição
Ativo Circulante Passivo Circulante Capital Circulante Líquido
QUADRO 4 - DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
Fonte: N.A. Moraes (2002)
24
A análise da Demonstração das Origens e Aplicação de Recurso (DOAR)
permite identificarmos quais os tipos de fontes de recursos que alimentam a
empresa; qual é o nível de investimentos em outras atividades (não operacionais);
qual é o nível de imobilização e de não-imobilização da empresa; qual é a fonte
que tem maior participação; qual o destino que a administração da empresa está
dando para os recursos, entre outras.
Matarazzo (1998, p.50) comenta:
Enquanto o balanço apresenta, em determinado momento, de um lado (passivo), a origem dos recursos utilizados pela empresa e, de outro, as aplicações (ativo), a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos mostra as novas origens e aplicações verificadas durante o exercício. Outra diferença é que a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR – não mostra a totalidade das novas origens e aplicações, mas apenas aquelas ocorridas nos itens não Circulantes do Balanço, ou seja, no Exigível a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Ativo Permanente e Realizável a Longo Prazo.
Segundo Padoveze (1996, p.58):
Sua finalidade é complementar os dados da movimentação o ocorrida no período, inicialmente evidenciada pela demonstração de resultados. O balanço patrimonial contém toda a informação acumulada dos investimentos efetuados e dos recursos obtidos, mas não deixa claro o quanto de recursos foi requerido no último exercício e onde eles foram aplicados.
A DOAR (Erro! Fonte de referência não encontrada.) tem por finalidade
demonstrar os fluxos de fundos que modificam a posição financeira da empresa
sob a ótica do capital circulante líquido, que é a diferença entre o Ativo Circulante
e o Passivo Circulante, evidenciando assim a variação do Capital Circulante
Líquido.
2.4.6 Notas Explicativas
As notas explicativas são informações complementares as demonstrações
financeiras, representando parte integrante das mesmas.
Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender a
25
perdas prováveis na realização de elementos do Ativo.
Segundo Franco (1997, p.156):
As demonstrações contábeis são, por sua própria natureza, peças sintéticas, que não podem conter, de forma analítica e esclarecedora, todas as informações que o usuário dessas demonstrações possa desejar para melhor interpretar as operações realizadas pela empresa.
Segundo ainda Franco (1997, p.156):
É por essa razão que a demonstração contábil, para alcançar sua finalidade informativa e orientadora, e em obediência à norma contábil da “total revelação”, deve ser sempre acompanhada de notas explicativas, que farão a revelação adequada de fatos considerados relevantes.
A seguir apresentar-se o capítulo de análise das demonstrações contábeis.
3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O presente capítulo apresenta as técnicas ou métodos de análises das
demonstrações mais utilizadas.
A partir das demonstrações contábeis da empresa tratadas no capítulo
anterior, produz indicadores ou índices que necessitam ser analisados e
comparados entre si por meio do tempo, com as previsões empresariais que
foram desenvolvidas, com os mesmos indicadores das demais empresas do
mesmo setor da economia, com os padrões internacionais, com os principais
concorrentes no mercado relevante da empresa etc.
3.1 TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As técnicas de análise trás para os administradores grande número de
informações sobre as demonstrações contábeis, que possibilita ter um melhor
acerto nas tomadas de decisões.
Sustenta Matarazzo (1998, p.25) que:
Alguns dos índices que surgiram inicialmente permanecem em uso até hoje, Com o passar do tempo, porém, seguindo a tendência natural da sociedade moderna, as técnicas de análise foram aprimoradas, refinadas e tornaram-se objeto de estudo das universidades: fazem parte delas, hoje, avançados conhecimentos de estatística e matemática.
A seguir apresenta-se os índices financeiro-econômicos mais praticados
como técnicas de análise de demonstrações contábeis.
3.1.1 Indicadores Financeiro-Econômico
Segundo Perez e Begalli (1999, p.200), “índice é a relação entre contas ou
grupos de contas das demonstrações financeiras, que visa evidenciar
determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.
27
Padoveze (1996, p.131) sustenta que:
O objetivo básico dos indicadores econômico-financeiros é evidenciar a posição atual da empresa, ao mesmo tempo que tentam inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação detectada pelos indicadores tenha seqüência.
Os índices que evidenciam aspectos da situação financeira da empresa
são divididos em índices de liquidez e endividamento. O índice que evidencia o
aspecto da situação econômica é o índice de rentabilidade.
3.1.1.1 Índices de Liquidez
O índice de liquidez mostra a capacidade que a empresa tem para pagar
suas obrigações no vencimento.
Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da
empresa. São índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as
Dívidas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa.
A capacidade de pagamento pode ser avaliada num longo prazo, num
curto prazo e em prazo imediato.
• Liquidez Geral
Este índice mostra a capacidade da empresa em quitar as suas obrigações
de curto e longo prazo com os ativos de curto e longo prazo.
Segundo Perez e Begalli (1999, p.204):
Liquidez geral: Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo/Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo; estabelece a capacidade de liquidez, levando em conta o longo prazo. Como inclui um longo prazo ativo que pode ter prazo diferente do longo prazo do passivo, também perde capacidade preditiva.
Seu cálculo é realizado pela seguinte fórmula.
Ativo Circulante + Realizável a Longo PrazoPassivo Circulante + Exigível a Longo PrazoLG =
Indica quando a empresa possui no ativo circulante mais realizável a longo
prazo para cada R$ 1,00 das obrigações totais. Quanto maior este índice melhor
é para a empresa.
28
• Liquidez Corrente
Segundo Perez e Begalli (1999, p.204) “Liquidez corrente: Ativo Circulante
/ Passivo Circulante; estabelece quanto a empresa realizará em um ano, para
pagar suas obrigações de um ano, portanto é medida de capacidade preditiva”.
Para obter os cálculos usa-se a seguinte fórmula:
Ativo CirculantePassivo CirculanteLC =
Indica quanto à empresa possui no seu ativo circulante para cada R$ 1,00
existente no passivo circulante. Quanto maior este índice melhor para a empresa.
• Liquidez Seca
Segundo Perez e Begalli (1999, p.205) “Liquidez seca: Ativo Circulante –
(Estoques + Despesas Antecipadas) / Passivo Circulante; é semelhante ao
anterior, porém exclui o risco de não-realização dos estoques, portanto é uma
medida mais conservadora”.
Segundo Matarazzo (1998, p.179):
Este índice é um teste de força aplicado à empresa: visa medir o grau de excelência da sua situação financeira, de um lado, abaixo de certos limites, obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de Liquidez Corrente for satisfatório. De outro lado, o índice de Liquidez Seca conjugado com o índice de Liquidez Corrente é um reforço à conclusão de que a empresa é uma “atleta de liquidez”.
Usa a seguinte fórmula para obter os resultados:
Ativo Circulante - (Estoques + Despesas Antecipadas)Passivo CirculanteLS =
Indica quanto à empresa possui no ativo circulante, desconsiderando o
valor do estoque e despesas antecipadas, para cada R$ 1,00 de passivo
circulante para pagamento a curto prazo. Quanto maior este índice melhor é para
a empresa.
3.1.1.2 Índice de Endividamento
Estes índices têm a preocupação de monitorar a Estrutura Patrimonial com
o propósito de identificar se empresa está sendo aplicando bem às origens dos
29
recursos de terceiros e próprios.
Padoveze (1996, p.137) diz que “a finalidade deste indicador é medir a
estrutura de financiamento da companhia. É um número que evidencia o reflexo
das políticas de alavancagem financeira da empresa e financiamento do capital
de giro a cada final de período”.
Para isso mede-se:
• Participação do capital de terceiros:
Este indicador tem por finalidade mostrar o quanto à empresa tem de
capital próprio para garantir as dívidas com terceiros.
Para saber este índice usa essa fórmula:
Passivo Circulante + Exigível a Longo PrazoPatrimônio LíquidoPCT =
Para a empresa quanto menor for este índice melhor.
• Composição do Endividamento:
Indica qual o percentual de obrigações que a empresa possui a curto prazo
em relação às obrigações totais.
Para obter este cálculo usa esta fórmula:
Passivo CirculantePassivo Circulante + Exigível a Longo PrazoCE = x100
Quanto menor este índice melhor para a empresa.
• Endividamento Geral:
Estabelece a participação de terceiros na empresa, em relação ao total
investido.
Para obter este cálculo usa a seguinte fórmula:
Passivo Circulante + Exigível a Longo PrazoAtivo TotalEG =
Para a empresa quanto menor este índice melhor.
• Imobilização do Capital Próprio
Indica quanto à empresa aplicou no ativo permanente para cada R$ 1,00
30
de patrimônio líquido.
Quanto menor este índice melhor para a empresa.
Ativo PermanentePatrimônio LíquidoICP =
• Imobilização dos Recursos Permanentes
Estabelece o nível de imobilização dos recursos de longo prazo.
Para obter este cálculo usa esta fórmula:
Ativo PermanentePatrimônio Líquido + Exigível a Longo PrazoIRNP = x100
Quanto menor este índice melhor para a empresa.
A seguir apresenta-se os índices de rentabilidade, ou seja, os índices de
situação econômica, onde nossa atenção estará concentrada na geração dos
resultados, na demonstração do resultado do exercício.
3.1.1.3 Índices de Rentabilidade
Este conjunto índices procura de monitorar margens de lucratividade das
vendas com o propósito de identificar se os negócios da empresa estão bem
encaminhados.
• Margem Bruta: “Aplicada na diferenciação de produto,
estabelecimento, departamento ou na política de formação de
preços”, diz Perez e Begalli (1999, p.205).
Para calcular a margem bruta usa a seguinte fórmula:
Lucro BrutoReceita Operacional LíquidaMB = x100
Quanto maior este índice melhor é para a empresa.
• Margem Operacional: Mede a percentagem de lucro obtido em
cada unidade monetária de venda, antes dos juros e do imposto de
renda, ou seja, indica a lucratividade obtida com vendas.
Calcula-se a margem operacional com a seguinte fórmula:
31
Lucro Operacional LíquidoReceita Operacional LíquidaMO = x100
Quanto maior este índice melhor é para a empresa.
• Margem Líquida: Mede a porcentagem de cada unidade monetária
de venda que restou, depois da dedução de todas as despesas,
inclusive o imposto de renda.
Indica quanto à empresa obtém de lucro líquido para cada R$ 100,00
vendidos.
Usa a seguinte fórmula para obter os cálculos:
Lucro LíquidoReceita Operacional LíquidaML = x100
Quanto maior este índice melhor é para a empresa.
3.1.2 Índices-Padrão
A idéia de índices-padrão é comparar índices de uma empresa com os
índices de várias outras empresas de mesmo ramo de atividade.
Perez e Begalli (1999, p.210), sustentam que:
A metodologia de índices-padrões é baseada na estratificação, em ramos de atividade, dos índices de balanços de demonstrações publicadas pelas empresas. Utiliza o conceito estatístico de mediana em virtude de ser o mais preciso.
Com algumas técnicas da estatística como moda, média e mediana é
possível comparar índices-padrão com várias empresas do mesmo ramo de
atividade. E comparar os índices, por exemplo, como liquidez geral, corrente,
seca e outros índices.
• Média: segundo Matarazzo (1998, p.194) é usada, normalmente,
para indicar algo que é característico do universo. Por exemplo:
média de gols por partida assinalados num campeonato (indica a
eficiência média dos ataques das equipes).
32
• Moda: segundo Matarazzo (1998, p.195):
Objetiva mostrar aquilo que é mais comum em determinado universo; por exemplo, no seguinte conjunto de dados referentes às notas de estudantes em determinada prova: 2, 2, 3, 4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 8, 9, 9, 10, a moda será “6”, visto ser o valor verificado com mais freqüência.
• Mediana: segundo Matarazzo (1998, p.195) que:
É o valor tal que, colocados os elementos do universo em ordem crescente, metade fica abaixo de si e metade acima. O papel da mediana é possibilitar a sua posição relativa, na ordem de grandeza do universo. Por exemplo, se entre os operários de determinada fábrica a mediana de salários for de $ 3.800,00, aquele que recebe remuneração acima disso estará entre a metade de operários mais bem remunerados.
3.2 ANALISE VERTICAL E ANALISE HORIZONTAL
As variações (percentuais) da análise vertical medem participações, ou
seja, dos elementos que modificam o capital circulante líquido (CCL), já a análise
horizontal mede a alteração (evolução positiva ou negativa) de um período de
análise para outro.
3.2.1 Análise Vertical
As variações (percentuais) da análise vertical medem participações
(elementos patrimoniais) no ativo passivo no Balanço patrimonial e dos custos,
despesas e outros elementos do resultado em relação à receita operacional
líquida pela Demonstração do Resultado do Exercício.
Segundo Perez e Begalli (1999, p.199), “a análise vertical das contas das
demonstrações contábeis mostra sua composição percentual e a participação de
cada conta em relação a um valor adotado como base (100%)”.
Padoveze (1996, p.118) sustenta que análise vertical “é a análise da
estrutura de demonstração de resultados e do balanço patrimonial, buscando
evidenciar as participações dos elementos patrimoniais e de resultados dentro do
total”.
33
A análise vertical pode ser aplicada nas contas de resultado, analisando a
participação da receita em relação à receita líquida, ou até mesmo o quanto pesa
o custo das mercadorias vendidas em relação ao lucro da empresa. E assim,
também podemos ver a participação de cada conta do ativo e passivo em relação
ao ativo total.
Ainda segundo Padoveze (1996, p.118) que “... a análise vertical deve ser
interpretada com muito cuidado. Os percentuais obtidos por essa análise devem
sempre ser analisados em conjunto com os dados da análise horizontal e os
indicadores básicos”.
3.2.2 Análise Horizontal
A análise horizontal mostra o que acontece com as contas das
demonstrações contábeis a cada bimestre, semestre ou anual, verificando assim,
suas variações financeiras em relação aos anos anteriores.
Padoveze (1996, p.125) sustenta que:
Através da análise dos dados que mostram se houve aumento ou diminuição do elemento analisado, poderemos confrontar os dados extraídos e efetuar as correlações necessárias. Assim, por exemplo, se houve aumento da produção e das vendas, deverá ter havido um crescimento relativamente proporcional do consumo de materiais.
A análise horizontal mostra a evolução ou as modificações em cada conta
das demonstrações contábeis de período a período.
Para calcular a análise horizontal, define-se um período como sendo base
e depois pega-se o valor do segundo período e divide-se pelo primeiro período e
assim sucessivamente, para ver se houve um acréscimo ou decréscimo da conta
analisada.
3.2.3 Análise por Meio de Índice
A escolha dos índices a serem desenvolvidos e analisados, sua quantidade
34
e principais aspectos por eles revelados, constituem o principal fundamento para
o desenvolvimento com sucesso de um processo de análise financeira.
Segundo Matarazzo (1998, p.154):
Os índices servem de medida dos diversos aspectos econômicos e financeiros das empresas. Assim como um médico usa certos indicadores, como pressão e temperatura, para elaborar o quadro clínico do paciente, os índices financeiros permitem construir um quadro de avaliação da empresa.
Os índices conseguidos através dos indicadores são obtidos através das
Demonstrações e desenvolvidos através dos cálculos de quocientes.
Segundo Iudícibus (1998, p.98):
O uso de quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o que poderá acontecer no futuro.
Marion (1993, p.471) diz o seguinte sobre os índices:
Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas; facilitam sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de certas relações ou percentuais é mais significativa (relevante) que a observação de montantes, por si só.
Os índices capazes de nos permitirem desenvolvermos com clareza a
análise financeira das empresas são obtidos através das demonstrações
contábeis.
Análise das Demonstrações Financeiras surgiu para facilitar a
administração da empresa, com intuito de fornecer informações úteis de seu
negócio e com isso facilitar eventual obtenção de financiamento.
Quanto à utilização das Demonstrações Financeiras, Marion (1993, p.468)
afirma que: “A análise das Demonstrações Financeiras desenvolve-se ainda mais
com o surgimento dos Bancos Governamentais bastante interessados na situação
econômico-financeira das empresas tomadoras de financiamentos”.
O objetivo das Demonstrações financeiras é de prestar contas sob
aspectos de responsabilidade de gestão da empresa perante acionistas, governo,
credores e comunidade em geral.
4 METODOLOGIA DA PESQUISA
O presente trabalho estabelece um processo de pesquisa que envolve
teoria e realidade, procurando melhorar e aperfeiçoar o conhecimento sobre
determinado assunto científico.
Inicialmente faz-se uma pesquisa bibliográfica onde é feito à elaboração
dos conceitos contábeis para determinação dos índices que nos mostras a
situação econômico-financeira das empresas.
A seguir desenvolve-se a fundamentação teórica que mostra, por meio das
demonstrações contábeis, a obtenção e cálculo dos índices contábeis, no qual
nos mostra a técnica, exatidão e clareza real da situação econômico-financeira
das empresas que vamos pesquisar neste trabalho.
Segundo Beuren (2003, p. 40) “monografia é um trabalho acadêmico que
objetiva a reflexão sobre um tema ou problema especifico e que resulta de um
procedimento de investigação sistemática”.
A seguir faz-se o enquadramento metodológico deste trabalho de
conclusão de curso apresentando-se as características da pesquisa.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Existem vários tipos de pesquisa que são aplicáveis às ciências contábeis,
de acordo com a recomendação de Beuren (2003, p. 79) três categorias são as
mais adequadas:
• Quanto aos objetivos: Pesquisa exploratória, descritiva e explicativa;
• Quanto aos procedimentos: Estudo de caso, levantamento, pesquisa
bibliográfica, documental, participante e experimental;
• Quanto à abordagem do problema: Pesquisa qualitativa e quantitativa;
De acordo com Demo (1995, p. 59) a pesquisa significa a produção
crítica e autocrítica de caminhos alternativos, bem como a inquirição sobre os
36
caminhos vigentes e passados. Conteúdos mais evidentes da preocupação
metodológica seriam:
• Em primeiro lugar, a metodologia questiona a cientificidade da
produção científica, colocando em discussão sua demarcação,
podendo ser vista apenas formal;
• Em segundo lugar, questiona-se a construção do objeto científico, ou
seja, o desvendamento da concepção de realidade que está por trás
da opção metodológica;
• Em terceiro lugar, estudam-se abordagens metodológicas, clássicas e
atuais;
• Em quarto lugar, a metodologia dedica-se a aferições metodológicas,
cujo conteúdo mais central é a análise minuciosa de determinada
produção científica.
4.2 ESTUDO DE CASO
A presente seção tratará de definir o que venha a ser estudo caso.
Dentro do estudo de caso, se pode optar por distintos tipos de análises,
segundo os objetivos que persegue o estudo (LAKATOS, 1991), segundo o
número de casos analisados e o desmembramento destes em subunidades
(FACHIN, 2003), e dependendo do tipo de conclusões que se desejar obter.
De acordo com Beuren (2003, p.84) “... estudo de caso caracteriza-se
principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Esse estudo é
preferência pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a
respeito de determinado caso específico”.
Os estudos de caso são mais suscetíveis a distorções, tanto no que se
refere à possibilidade de indução dos resultados por parte do pesquisador, que
pode escolher os casos que tenham os atributos específicos que ele deseja, como
no que se refere ao tipo de documentos que são disponibilizados ou ocultados.
37
Cabe ressaltar a importância que nesse método de estudo, o caso
escolhido tenha efetivamente condições de colaborar quanto ao cumprimento dos
objetivos propostos, sendo relevante para a clarificação do problema e
aprofundamento do tema.
4.3 UNIDADE DE ANÁLISE
Demonstra-se, ao final, como os índices refletem com técnica, exatidão e
clareza a real situação econômico-financeira de uma empresa.
Existem vários índices contábeis, porém, neste trabalho vamos analisar
somente os índices de liquidez, endividamento e rentabilidade que avalia o
desempenho econômico-financeiro das empresas.
4.3.1 Caracterização da Empresa
Serão utilizados para os cálculos e análise os balanços patrimoniais e
demonstrações de resultados de empresas constituídas sobre forma de
sociedade anônima, publicadas na imprensa, referente os exercícios de 2004,
2005 e 2006, das empresas Sadia S/A e Perdigão S/A.
A Sadia S/A foi fundada por Attilio Fontana em 7 de Junho de 1944,
começou com a aquisição de um frigorífico em dificuldades, a S/A Indústria e
Comércio Concórdia, é batizado por seu fundador, pouco tempo depois, como
Sadia. O nome foi composto das iniciais S.A. de “Sociedade Anônima” e das três
últimas letras da palavra “Concórdia”, Dia, e virou marca registrada em 1947.
A Perdigão S/A, foi fundada em 1934 na cidade de Videira (antiga Vila das
Perdizes), por isso o símbolo é de duas perdizes. Por duas famílias de imigrantes
italianos, os Ponzoni e os Brandalise, estabeleceram um pequeno negócio cujo
crescimento deu origem a um dos maiores complexos agroindustriais do mundo.
38
4.3.2 Procedimentos Metodológicos
A análise das demonstrações contábeis das empresas selecionada será
executada a partir da aplicação dos índices por meio de fórmulas para interpretar
as informações obtidas, juntamente com suas recomendações.
As técnicas de análise, tais como: Análise Vertical e Horizontal,
Indicadores Econômico-Financeiros, Sistemas de Análise de Dupont e alguns
outros índices existentes se possível, serão analisados no período de três
exercícios 2004 a 2006, sendo colocados num campo com avaliação comparativa
e verificando a potencialidade de cada índice apresentado em relação ás
empresas do mesmo ramo de atividade, obtidas no site www.infoinvest.com.br na
internet.
Por último serão analisadas todas as informações obtidas, relacionando-se
os pontos negativos e positivos durante a exposição da pesquisa. A partir destes
pontos, foram recomendadas posições a serem tomadas para aprimoramento do
desempenho da empresa em questão.
5 APLICAÇÃO PRÁTICA
Neste trabalho apresenta-se os cálculos dos índices das demonstrações
contábeis, considerando como campo de aplicação prática duas empresas do
ramo de alimentos.
5.1 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ
O índice de liquidez tem por finalidade mostrar a capacidade que a
empresa tem para pagar suas obrigações no vencimento.
5.1.1 Liquidez Geral
Este índice mostra a capacidade da empresa em quitar as suas obrigações
de curto e longo prazo com os ativos de curto e longo prazo.
Indica quando a empresa possui no ativo circulante mais realizável a longo
prazo para cada R$ 1,00 das obrigações totais. Quanto maior este índice melhor
é para a empresa.
ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL A LONGO PRAZOPASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZOLG =
20043.997.303,00 + 517.492,00
2.676.333,00 + 1.245.439,00 1,15 = LG =
20054.380.857,00 + 371.238,00
2.381.575,00 + 1.888.397,00 1,11LG = =
20064.666.649,00 + 520.676,00
2.202.245,00 + 2.914.784,00 1,01LG = =
FIGURA 1 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ GERAL DA EMPRESA SADIA S.A..
40
Fonte: Autor. Quanto à liquidez geral a empresa está bem, pois ela consegue pagar
todas as suas dívidas e sobra alguma coisa, mas deve ter atenção para identificar
o que houve para a redução gradativa ao longo dos anos, saindo de R$ 1,15 (hum
real e quinze centavos) em 2004 para R$ 1,01 (hum real e um centavo) em 2006.
ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL A LONGO PRAZOPASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZOLG =
20041.268.782,00 + 260.550,001.036.874,00 + 517.774,00
LG = = 0,98
20052.188.607,00 + 22.294,00
1.129.910,00 + 1.272.366,00LG = = 0,92
20062.845.033,00 + 238.705,00
1.251.553,00 + 1.433.891,00LG = = 1,15
FIGURA 2 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ GERAL DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor. A empresa Perdigão não atingiu o índice no ano de 2004, pois, para cada
R$ 1,00 (um real) ela só tem R$ 0,98 (noventa e oito centavos) para pagar suas
dividas e em 2005 fica um pouco pior, tendo somente R$ 0,92 (noventa e dois
centavos) para pagar suas dívidas. Porém em 2006 ela atingiu o índice e ainda
sobrou, tendo R$ 1,15 (um real e quinze centavos) para cada R$ 1,00 (um real)
de dívida.
5.1.2 Liquidez Corrente
Indica quanto à empresa possui no seu ativo circulante para cada R$ 1,00
existente no passivo circulante. Quanto maior este índice melhor para a empresa.
ATIVO CIRCULANTEPASSIVO CIRCULANTE
LC =
41
20043.997.303,002.676.333,00LC = = 1,49
20054.380.857,002.381.575,00
LC = = 1,84
20064.666.649,002.202.245,00LC = = 2,12
FIGURA 3 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ CORRENTE DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. Na empresa Sadia para cada R$ 1,00 (um real) no passivo circulante a
empresa possui no seu ativo circulante R$ 1,49 (um real e quarenta e nove
centavos), R$ 1,84 (um real e oitenta e quatro centavos) e R$ 2,12 (dois reais e
doze centavos), em 2004, 2005 e2006 respectivamente.
Nos três anos, indica que os investimentos no ativo circulante são
suficientes para cobrir as obrigações de curto prazo e ainda permite uma folga,
principalmente em 2005 e 2006.
ATIVO CIRCULANTEPASSIVO CIRCULANTE
LC =
20041.268.782,001.036.874,00
LC = = 1,22
20052.188.607,001.129.910,00
LC = = 1,94
20062.845.033,001.251.553,00
LC = = 2,27
FIGURA 4 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ CORRENTE DA EMPRESA PERDIGÃO S.A.
Fonte: Autor. Na empresa Perdigão para cada R$ 1,00 (um real) no passivo circulante a
empresa possui R$ 1,22 (um real e vinte e dois centavos), R$ 1,94 (um real e
noventa e quatro centavos) e R$ 2,27 (dois reais e vinte e sete centavos), no ativo
circulante, respectivamente em 2004, 2005 e 2006. Isso significa que a empresa
que há recursos no ativo circulante, que são superiores às dívidas junto a
terceiros.
42
Em comparação com a empresa Sadia, a Perdigão tem um pouco de
vantagem em 2005 e 2006, perdendo em 2004.
5.1.3 Liquidez Seca
Indica quanto à empresa possui no ativo circulante, desconsiderando o
valor do estoque e despesas antecipadas, para cada R$ 1,00 de passivo
circulante para pagamento a curto prazo. Quanto maior este índice melhor é para
a empresa.
Ativo Circulante - (Estoques + Despesas Antecipadas)Passivo CirculanteLS =
20043.997.303,00 - (1064.671,00 + 0,00)
2.676.333,00LS = = 1,10
20054.380.857,00 - (992.490,00 + 0,00)
2.381.575,00LS = = 1,42
20064.666.649,00 - (1.084.454,00 + 0,00)
2.202.245LS = = 1,63
FIGURA 5– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ SECA DA EMPRESA SADIA S. A.
Fonte: Autor. A empresa Sadia possui no seu ativo circulante menos os estoques em
2004, 2005 e 2006 respectivamente R$ 1,10 (um real e dez centavos), r$ 1,42
(um real e quarenta e dois centavos) e R$ 1,63 (um real e sessenta e três
centavos), para cada R$ 1,00 (um real) existente no passivo circulante.
Isso significa que ela consegue pagar suas dívidas e ainda sobra algum
somente com o disponível e duplicatas a receber.
Ativo Circulante - (Estoques + Despesas Antecipadas)Passivo CirculanteLS =
43
20041.268.782,00 - (580.580,00 + 0,00)
1.036.874,00 = LS = 0,66
20052.188.607,00 - (646.081,00 + 0,00)
1.129.910,00LS = = 1,37
20062.845.033,00 - (736.654,00 + 0,00)
1.251.553,00LS = = 1,68
FIGURA 6 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES LIQUIDEZ SECA DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor. A empresa Perdigão possui no ativo circulante menos os estoques R$ 0,66
(sessenta e seis centavos), R$ 1,37 (um real e trinta e sete centavos) e 1,68 (um
real e sessenta e oito centavos), respectivamente nos exercícios de 2004, 2005 e
2006, para cada R$ 1,00 (um real) de passivo circulante.
Isso significa que no ano de 2004 a empresa não consegue pagar suas
dívidas somente com o disponível e duplicatas a receber, dependendo muito dos
estoques. Já nos anos de 2005 e 2006 a empresa além de pagar suas dívidas
tem uma boa folga.
5.2 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Estes índices têm a preocupação de monitorar a Estrutura Patrimonial com
o propósito de identificar se empresa está aplicando bem às origens dos recursos
de terceiros e próprios.
5.2.1 Participação do Capital de Terceiros
Este indicador tem por finalidade mostrar o quanto à empresa tem de
capital próprio para garantir as dívidas com terceiros.
Para a empresa quanto menor for este índice melhor.
44
Passivo Circulante + Exigível a Longo PrazoPratrimônio LiquidoPCT =
20042.676.333,00 + 1.245.439,00
1.777.848,00PCT = = 2,21
20052.381.575,00 + 1.888.397,00
2.223.649,00PCT = = 1,92
20062.202.245,00 + 2.914.784,00
2.458.358,00PCT = = 2,08
FIGURA 7 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 1,00 (um real) de capital próprio investido na empresa, esta
tem R$ 2,21 (dois reais e vinte e um centavos) em 2004, R$ 1,92 (um real e
noventa e dois centavos) em 2005 e R$ 2,08 (dois reais e oito centavos) em 2006,
de capital de terceiros. O melhor ano para a empresa foi o de 2005. Mas, ainda
foi um ano muito ruim, por depender muito de capitais de terceiros.
Passivo Circulante + Exigível a Longo PrazoPratrimônio LiquidoPCT =
20041.036.874,00 + 517.774,00
970.120,00PCT = = 1,60
20051.129.910,00 + 1.272.366,00
1.222.795,00PCT = 1,96 =
20061.251.553,00 + 1.433.891,00
2.104.872,00PCT = = 1,28
FIGURA 8 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 1,00 (um real) de capital próprio investido na empresa, a
empresa Perdigão tem R$ 1,60 (um real e sessenta centavos), R$ 1,96 (um real e
noventa e seis centavos) e R$ 1,28 (um real e vinte e oito centavos),
respectivamente de capital de terceiros. O melhor ano para a Perdigão foi o de
2006. Em comparação com a empresa Sadia está bem melhor.
45
5.2.2 Composição do Endividamento
Indica qual o percentual de obrigações que a empresa possui a curto prazo
em relação às obrigações totais.
Quanto menor este índice melhor para a empresa.
Passivo CirculantePassivo Circulante + Exigível a Longo PrazoCE = x100
20042.676.333,00
2.676.333,00 + 1.245.439,00CE = = 68,24%x100
20052.381.575,00
2.381.575,00 + 1.888.397,00CE = = 55,77%x100
20062.202.245,00
2.202.245,00 + 2.914.784,00CE = = 43,04%x100
FIGURA 9 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. A empresa Sadia possui respectivamente 68,24%, 55,77% e 43,04%, de
suas obrigações a curto prazo e 31,76%, 44,23% e 56,96% a longo prazo, no ano
de 2004, 2005 e 2006. O melhor ano para a Sadia foi o de 2006, onde ela tem um
maior prazo para pagar suas contas.
Passivo CirculantePassivo Circulante + Exigível a Longo PrazoCE = x100
20041.036.874,00
1.036.874,00 + 517.774,00CE = = 66,70%x100
20051.129.910,00
1.129.910,00 + 1.272.366,00CE = = 47,03%x100
20061.251.553,00
1.251.553,00 + 1.433.891,00CE = = 46,61%x100
FIGURA 10 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor.
46
A empresa Perdigão possui respectivamente 66,70%, 47,03% e 46,61%,
de suas obrigações a curto prazo e 33,30%, 52,97% e 53,39% a longo prazo, no
ano de 2004, 2005 e 2006. O melhor ano para Perdigão também foi de 2006. Em
comparação com a empresa Sadia a Perdigão está melhor em 2004 e 2005 só
perdendo em 2006.
5.2.3 Endividamento Geral
Estabelece a participação de terceiros na empresa, em relação ao total
investido.
Para a empresa quanto menor este índice melhor.
Passivo Circulante + Exigível a Longo PrazoAtivo TotalEG =
20042.676.333,00 + 1.245,439,00
5.699.780,00EG = = 0,69
20052.381.575,00 + 1.888.397,00
6.495.439,00EG = = 0,66
20062.202.245,00 + 2.914.784,00
7.576.351,00EG = = 0,68
FIGURA 11– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE ENDIVIDAMENTO GERAL DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 1,00 (um real) investido no ativo total da empresa da Sadia,
R$ 0,69 (sessenta e nove centavos) são de capital de terceiros em 2004, R$ 0,66
(sessenta e seis centavos) em 2005 e R$ 0,68 (sessenta e oito centavos) em
2006. Os três anos estão equilibrado, mas o melhor ano é 2005.
Passivo Circulante + Exigível a Longo PrazoAtivo TotalEG =
20041.036.874,00 + 517.774,00
2.524.768,00EG = = 0,62
47
20051.129.910,00 + 1.272.366,00
3.625.071,00EG = = 0,66
20061.251.553,00 + 1.433.891,00
4.829.416,00EG = = 0,56
FIGURA 12 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE GERAL DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 1,00 (um real) investido no ativo total da empresa Perdigão,
R$ 0,62 (sessenta e dois centavos) são de capital de terceiros em 2004, R$ 0,66
(sessenta e seis centavos) em 2005 e R$ 0,56 (cinqüenta e seis centavos) em
2006. O melhor ano para a empresa Perdigão foi de 2006 por ter menos capital
de terceiros.
5.2.4 Imobilização do Capital Próprio
Indica quanto à empresa aplicou no ativo permanente para cada R$ 1,00
de patrimônio líquido.
Quanto menor este índice melhor para a empresa.
Ativo PermanentePatrimônio LíquidoICP =
20041.184.985,001.777.848,00
ICP = = 0,67
20051.743.342,002.223.649,00
ICP = = 0,78
20062.389.026,002.458.358,00
ICP = = 0,97
FIGURA 13 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. A empresa Sadia para cada R$ 1,00 (um real) de capital próprio ela aplicou
no ativo permanente respectivamente R$ 0,67 (sessenta e sete centavos), R$
48
0,78 (setenta e oito centavos) e R$ 0,97 (noventa e sete centavos), nos anos de
2004, 2005 e 2006. O seu melhor ano foi de 2004, por ela ter uma maior sobra do
seu capital próprio.
Ativo PermanentePatrimônio LíquidoICP =
2004995.436,00970.120,00
ICP = = 1,03
20051.216.170,001.222.795,00
ICP = = 0,99
20061.745.678,002.104.872,00
ICP = = 0,83
FIGURA 14 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor. A empresa Perdigão para cada R$ 1,00 (um real) de capital próprio ela
aplicou no ativo permanente respectivamente R$ 1,03 (um real e três centavos),
R$ 0,99 (noventa e nove centavos) e R$ 0,83 (oitenta e três centavos), nos anos
de 2004, 2005 e 2006. O melhor ano para a empresa foi o de 2006, já o ano de
2004 foi um ano ruim, porque além de aplicar todo o capital próprio teve que
buscar empréstimos com terceiros. No ano de 2005 também não foi tão bom,
pois, teve praticamente todo o seu capital próprio aplicado no ativo permanente.
5.2.5 Imobilização dos Recursos Permanentes
Estabelece o nível de imobilização dos recursos de longo prazo.
Quanto menor este índice melhor para a empresa.
Ativo PermanentePatrimônio Líquido + Exigível a Longo PrazoIRNP = x100
20041.184.985,00
1.777.848,00 + 1.245.439,00IRNP = = 39,20%x100
49
20051.743.342,00
2.223.649,00 + 1.888.397,00IRNP = = 42,40%x100
20062.389.026,00
2.458.358,00 + 2.914.784,00IRNP = = 44,46%x100
FIGURA 15 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS PERMANENTES DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. Em 2004 39,20% dos recursos permanentes da empresa Sadia foram
aplicados no ativo permanente e os outros 60,80% foram aplicados no ativo
circulante, em 2005 42,40% foram aplicados no ativo permanente e 57,60% no
ativo circulante e em 2006 44,46% foram aplicados no ativo permanente e 55,54%
foram aplicados no ativo circulante. O melhor ano para a empresa foi o de 2004.
Quanto menos a empresa investir do capital próprio no ativo permanente melhor,
porque sobra mais para investir no ativo circulante que é de curto prazo, uma vez
que os bens do ativo permanente têm vida útil bem elevada e esses podem ser
financiados com capitais de terceiros.
Ativo PermanentePatrimônio Líquido + Exigível a Longo PrazoIRNP = x100
2004995.436,00
970.120,00 + 517.774,00IRNP = = 66,90%x100
20051.216.170,00
1.222.795,00 + 1.272.366,00IRNP = = 48,74%x100
20061.745.678,00
2.104.872,00 + 1.433.891,00IRNP = = 49,33%x100
FIGURA 16– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO DE IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS PERMANENTES DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor. Em 2004,2005 e 2006 respectivamente, 66,90%, 48,74% e 49,33% dos
recursos permanentes da empresa Perdigão foi aplicado no ativo permanente e
os outros 33,10%, 51,26% e 50,67% foram aplicados no ativo circulante. O melhor
ano para a Perdigão foi o de 2005, mas mesmo assim não é um índice bom, pois,
sobrou menos capital para investir no ativo circulante.
50
5.3 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Este conjunto índices procura de monitorar margens de lucratividade das
vendas com o propósito de identificar se os negócios da empresa estão bem
encaminhados.
5.3.1 Margem Bruta
“Aplicada na diferenciação de produto, estabelecimento, departamento ou
na política de formação de preços”, diz Perez e Begalli (1999, p.205).
Quanto maior este índice melhor é para a empresa.
Lucro BrutoReceita Operacional LíquidaMB = x100
20041.845.204,006.307.473,00
MB = = 29,25%
20052.007.376,007.318.438,00
MB = = 27,43%
20061.691.484,006.876.701,00
MB = = 24,60%
FIGURA 17 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM BRUTA DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 100,00 (cem reais) vendidos a empresa Sadia obteve
29,65% ,27,43% e 24,60% de margem bruta respectivamente em 2004, 2005 e
2006, tendo uma queda contínua nos três anos.
Lucro Bruto
Receita Operacional LíquidaMB = x100
20041.350.869,004.883.254,00
MB = = 27,66%
51
20051.459.266,005.145.176,00
MB = = 28,36%
20061.344.098,005.209.758,00
MB = = 25,80%
FIGURA 18 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM BRUTA DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 100,00 (cem reais) vendidos a empresa Perdigão obteve
27,66% de margem bruta em 2004, subindo um pouquinho para 28,36% em 2005
e tendo uma queda para 25,80% em 2006.
5.3.2 Margem Operacional
Mede a percentagem de lucro obtido em cada unidade monetária de
venda, antes dos juros e do imposto de renda, ou seja, indica a lucratividade
obtida com vendas.
Quanto maior este índice melhor é para a empresa.
Lucro Operacional LíquidoReceita Operacional LíquidaMO = x100
2004518.393,00
6.307.473,00MO = = 8,22%
2005724.408,00
7.318.438,00MO = = 9,90%
2006420.437,00
6.876.701,00MO = = 6,11%
FIGURA 19 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM OPERACIONAL DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 100,00 (cem reais) vendidos a empresa Sadia obteve 8,22%
de margem operacional em 2004, tendo um acréscimo 1,68% em 2005 em
relação a 2004 ficando com 9,90% e tendo uma queda considerável em 2006
52
chegando a 6,11% de margem operacional.
Lucro Operacional LíquidoReceita Operacional LíquidaMO = x100
2004371.915,00
4.883.254,00MO = = 7,62%
2005455.583,00
5.145.176,00MO = = 8,85%
200680.502,00
5.209.758,00MO = = 1,55%
FIGURA 20 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM OPERACIONAL DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor.
Para cada R$ 100,00 (cem reais) vendidos à empresa Perdigão obteve
7,62% de margem operacional em 2004, subiu para 8,85% em 2005, mas teve
uma queda bem considerável em 2006 caindo para 1,55%.
5.3.3 Margem Líquida
Mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou,
depois da dedução de todas as despesas, inclusive o imposto de renda.
Indica quanto à empresa obtém de lucro líquido para cada R$ 100,00
vendidos. Quanto maior este índice melhor é para a empresa.
Lucro LíquidoReceita Operacional LíquidaML = x100
2004438.736,00
6.307.473,00ML = = 6,96%
2005657.339,00
7.318.438,00ML = = 8,98%
53
2006376.588,00
6.876.701,00ML = = 5,48%
FIGURA 21– DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM LÍQUIDA DA EMPRESA SADIA S.A..
Fonte: Autor. Para cada R$ 100,00 (cem reais) vendidos à empresa Sadia obteve 6,96%
de margem líquida em 2004, tendo uma melhora em 2005 subindo para 8,98%,
mas tendo uma queda considerável de 2005 para 2006, caindo para 5,48% a sua
margem líquida.
Lucro LíquidoReceita Operacional LíquidaML = x100
2004295.619,00
4.883.254,00ML = = 6,05%
2005360.964,00
5.145.176,00ML = = 7,02%
2006117.253,00
5.209.758,00ML = = 2,25%
FIGURA 22 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM LÍQUIDA DA EMPRESA PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor.
Para cada R$ 100,00 (cem reais) vendidos a empresa Perdigão obteve
6,05% de margem líquida em 2004, subindo para 7,02% em 2005 e tendo uma
queda considerável em 2006, ficando em 2,25%. A empresa Perdigão teve sua
margem líquida um pouco pior que a empresa Sadia.
5.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Nesta seção apresenta-se um resumo geral para que se possa analisar ou
comparar as companhias do mesmo setor de atacado e varejo.
As duas empresas nos três exercícios apresentaram aumento dos seus
índices, isto está relacionado com o fato do valor absoluto das suas vendas ter
54
crescido no decorrer dos anos. Outra possível justificativa seja pela intensa
buscar por economia de escala, ou seja, aquisições e fusões para se tornarem
empresas ou conglomerados muitos forte.
INDICES SADIA PERDIGÃO 2004 2005 2006 2004 2005 2006
INDICES DE LIQUIDEZ Liquidez Geral 1,15 1,11 1,01 0,98 0,92 1,15Liquidez Corrente 1,49 1,84 2,12 1,22 1,94 2,27Liquidez Seca 1,10 1,42 1,63 0,66 1,37 1,68INDICES DE ENDIVIDAMENTO Participação de Capital de Terceiros 2,21 1,92 2,08 1,60 1,96 1,28Composição do Endividamento 68,24% 55,77% 43,04% 66,70% 47,03% 46,61%Endividamento Geral 0,69 0,66 0,68 0,62 0,66 0,56Imobilização do Capital Próprio 0,67 0,78 0,97 1,03 0,99 0,83Imobilização do Recursos Permanentes 39,20% 42,40% 44,46% 66,90% 48,74% 49,33%INDICES DE RENTABILIDADE Margem Bruta 29,25% 27,43% 24,60% 27,66% 28,36% 25,80%Margem operacional 8,22% 9,90% 6,11% 7,62% 8,85% 1,55%Margem Líquida 6,96% 8,98% 5,48% 6,05% 7,02% 2,25%FIGURA 23 – DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE ÍNDICE DE RENTABILIDADE DE MARGEM LÍQUIDA DAS EMPRESAS SADIA S.A. E PERDIGÃO S.A..
Fonte: Autor.
A seguir apresentam-se as considerações finais.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entendo que a Contabilidade como ciência que trata do registro e controle
do patrimônio das organizações, é imprescindível constatar-se que em seu ramo
gerencial, por meio de técnicas abordadas no presente, a Contabilidade
demonstra, também, que é um instrumento decisivo quando voltada a facilitar e
dar subsídios aos administradores das empresas para uma consciente tomada de
decisões, especialmente no que se refere à administração financeira, embora seja
também um instrumento de grande importância para administração de produção,
vendas e pessoal, entre outros.
6.1 GENERALIDADES
No problema de pesquisa identificou-se “As informações fornecidas pela
Análise das Demonstrações Contábeis são úteis para o processo de tomada de
decisão da organização?” Verifica-se no presente processo de coleta, tratamento
e análise de informações empresariais, a construção de indicadores subsidiários à
avaliação e controle, mas, especialmente, voltados ao planejamento financeiros
de ações empresariais.
No segundo problema de pesquisa “As informações extraídas por meio das
técnicas de análise das demonstrações contábeis auxiliam e mostram a situação
econômica e financeira da organização?” No mesmo sentido, pode valer-se dos
dados apresentados pela Contabilidade Gerencial não apenas o administrador,
mas também os funcionários da empresa para analisar seu desempenho
organizacional.
Demonstra-se por meio da Contabilidade Gerencial que essa disciplina ou
ramo da Contabilidade vem a comprovar que esta não se restringe a um mero
conjunto de processos destinados a apurar a base de cálculo de alguns tributos
ou para demonstrar capacidade de pagamento para a obtenção de recursos
juntos às instituições financeiras, o que também é importante, mas não representa
a fronteira da Contabilidade.
56
A Contabilidade Gerencial, através dos índices de liquidez, endividamento
e rentabilidade, são capazes de proporcionar a base subjetiva para a decisão do
empresário ou do administrador financeiro da empresa, orientando as ações de
forma a permitir um melhor equilíbrio entre os investimentos e resultados.
6.2 QUANTO ATENDIMENTO DOS OBJETIVOS
No objetivo geral "Elaborar a análise das demonstrações contábeis como
instrumento de subsídios ao processo de tomada de decisão.”, Julga-se tê-lo
atendido de forma bastante objetiva, na parte que trata da aplicação pratica dos
índices acima relacionado, o presente trabalho demonstra que os índices
contábeis nos permitem, dentro de um mesmo ramo de atividades, compararem
empresas de características semelhantes, mas com portes diversos.
Quanto aos objetivos específicos apresenta-se de maneira geral o seu
atendimento:
A rentabilidade ou lucratividade de uma empresa nem sempre é relação
direta de seu faturamento. Muitas vezes um porte menor permite maior agilidade
junto a diversos mercados e, por outro lado, nem sempre ter melhor rentabilidade
é conseqüência de um menor endividamento.
Comprova-se, portanto, que a inobservância de informações de valores
financeiros, a natureza da informação contábil se sujeita à relatividade de juízo
(subjetivo) de valor por seu interprete, a uma valoração do que é relevante dentro
do contexto do que deve ser o orientador do sistema de informação contábil
dentro de cada instituição ou organização.
Somente nesse sentido é que as informações contábeis podem ser
tratadas tanto de forma objetiva (estruturada) quanto subjetiva (sob demanda),
demonstrando que para a Contabilidade Gerencial importa que o sistema de
informações possa atender os níveis estratégicos, táticos e operacionais da
organização, apoiando e subsidiando o processo de tomada de decisão com
bases reais.
57
6.3 LIMITAÇÕES
Nesta seção tem como objetivo demonstrar as limitações ocorridas nesta
pesquisa, os dados da empresa em estudo são:
Entre as limitações é possível citar:
• Recurso de tempo disponível para elaboração do presente trabalho,
foi um fator que prejudicou o desenvolvimento, assim não sendo
possível aplicar a apuração para empresas pelo Lucro Real, em
outras empresas ficando restrita somente a Serviços Contábeis.
• Possíveis alterações ou informações não contidas nas
demonstrações contábeis, dada à posição de analista externo.
A seguir apresentam-se as recomendações para futuros trabalhos.
6.4 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS
Neste momento sugere-se algumas recomendações para futuros trabalhos
nesta área:
• Elaboração de um estudo de caso comparando os resultados das
organizações com padrões de mercado, tipo as 500 melhores e
maiores, ou mesmo com indicadores padrão.
• Elabora um estudo incorporando os aspectos da governança
corporativa.
O presente trabalho permitiu conhecer e aplicar os conhecimentos sobre
análise de organizações, pois por se tratar de assunto ainda estar por vim muitas
alterações e a fortalecer mais o conhecimento outra áreas de conhecimento.
REFERÊNCIAS
ATKINSON, Antony; BANKER, Rajiv; KAPLAN, Robert S.; YONG, S. Mark. Contabilidade gerencial. Tradução Chenoy, A.O. M. São Paulo: Atlas, 2000.
BAUREN, Ilse Maria (org). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: Teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.
DEMO, Pedro. Metodologia cientifica em ciências sociais. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1995.
FACHIN, Odilia. Fundamentos de metodologia. 4. ed São Paulo: Saraiva, 2003.
FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. – 23ª ed. – São Paulo: Atlas, 1997.
HAUSSMANN. N. Contabilidade gerencial em 10 Aula. Florianópolis: Plus Saber, 2001.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
KAPLAN R.; NORTON, D.; A Estratégia em ação: Balanced Scorecard, Rio de Janeiro: Campus, 1997.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho cientifico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. – 5ª ed. – São Paulo: Atlas, 2001.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. – 6ª ed. – São Paulo: Atlas, 1998.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 1996.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 5ª ed. – São Paulo, 1998.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. – 5ª ed. – São Paulo: Atlas, 1993.
PEREZ, José Hernandez Jr. e BEGALLI, Glaucos Antônio. Elaboração das Demonstrações Contábeis. – 2ª ed. – São Paulo, 1999.
MORAIS, Marisa Luciana Schwabe de. Notas de aula. 2002.
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ANEXOS
ANEXO A – Demonstrações da Sadia S.A.
ANEXO B – Demonstrações da Perdigão S.A.
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ANEXO A – Demonstrações da Sadia S.A.
SADIA S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS
31 de dezembro 2004, 2005 e 2006 (valores expressos em reais)
CONSOLIDADO Mil 2006 2005 2004
Ativo Total 7.576,351 6.495,437 5.699,780 Ativo Circulante 4.666,649 4.380,857 3.997,303 Disponibilidades 2.421,475 2.598,632 2.123,878 Créditos 678,598 509,615 349,605 Estoques 1.084,454 992,490 1.064,671 Outros 482,122 280,120 459,149 Ativo Realizável a Longo Prazo 520,676 371,238 517,492 Créditos Diversos 520,676 371,238 517,492 Créditos com Pessoas Ligadas 0,000 0,000 0,000 Outros 0,000 0,000 0,000 Ativo Permanente 2.389,026 1.743,342 1.184,985 Investimentos 55,588 77,136 19,260 Imobilizado 2.199,399 1.576,013 1.116,203 Diferido 134,039 90,193 49,522
SADIA S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS
31 de dezembro 2004, 2005 e 2006 (valores expressos em reais)
CONSOLIDADO Mil 2006 2005 2004
Passivo Total 7.576,351 6.495,437 5.699,780 Passivo Circulante 2.202,245 2.381,575 2.676,333 Empréstimos e Financiamentos 1.207,878 1.384,667 1.615,544 Debêntures 0,000 0,000 0,000 Fornecedores 503,285 495,758 487,654 Impostos, Taxas e Contribuições 63,349 38,651 38,058 Dividendos a Pagar 59,420 128,210 82,797 Provisões 129,348 134,397 117,007 Dívidas com Pessoas Ligadas 0,000 0,000 0,000 Outros 238,965 199,892 335,273 Passivo Exigível a Longo Prazo 2.914,784 1.888,397 1.245,439 Empréstimos e Financiamentos 2.677,542 1.714,527 1.101,830 Debêntures 0,000 0,000 0,000 Provisões 140,943 127,556 115,523 Dívidas com Pessoas Ligadas 0,000 0,000 0,000 Outros 96,299 46,314 28,086 Resultados de Exercícios Futuros 0,000 0,000 0,000 Participações Minoritárias 0,964 1,816 0,160
61
Patrimônio Líquido 2.458,358 2.223,649 1.777,848 Capital Social Realizado 1.500,000 1.500,000 1.000,000 Reservas de Capital 0,005 0,000 0,000 Reservas de Reavaliação 0,000 0,000 0,000 Reservas de Lucro 966,089 728,040 767,243 Lucros/Prejuízos Acumulados (7,736) (4,391) 10,605
DRE da SADIA S.A. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004. Consolidado
Mil 2006 2005 2004 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 7.940,480 8.327,999 7.316,546 Deduções da Receita Bruta (1.063,779) (1.009,561) (1.009,073) Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 6.876,701 7.318,438 6.307,473 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (5.185,217) (5.311,062) (4.462,269) Resultado Bruto 1.691,484 2.007,376 1.845,204 Despesas/Receitas Operacionais (1.271,047) (1.282,968) (1.326,811) Com Vendas (1.286,994) (1.234,138) (1.145,413) Gerais e Administrativas (71,262) (65,727) (68,297) Financeiras 59,871 235,973 (32,657) Outras Receitas Operacionais 58,877 0,000 21,468 Outras Despesas Operacionais (48,349) (66,677) (51,234) Resultado da Equivalência Patrimonial 16,810 (152,399) (50,678) Resultado Operacional 420,437 724,408 518,393 Resultado Não Operacional (5,783) 4,612 (6,842) Resultado Antes Tributação/Participações 414,654 729,020 511,551 Provisão para IR e Contribuição Social (10,967) (51,991) (32,304) IR Diferido (28,205) (20,909) (40,374) Participações/Contribuições Estatutárias 0,000 0,000 0,000 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0,000 0,000 0,000 Participações Minoritárias 1,106 1,219 (0,137) Lucro/Prejuízo do Período 376,588 657,339 438,736
62
ANEXO B – Demonstrações da Perdigão S.A.
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS BALANÇOS PATRIMONIAIS
31 de dezembro 2004,2005 e2006 (valores expressos em reais)
CONSOLIDADO MIL 2006 2005 2004
ATIVO CIRCULANTE 2.845.033 2.188.607 1.268.782 Caixa e equivalentes a caixa 336.565 778.594 12.349 Aplicações financeiras 783.930 39.088 260.719 Contas a receber de clientes 701.584 555.708 244.674 Estoques 736.654 646.081 580.580 Impostos a recuperar 146.907 83.232 90.781 Impostos sobre a renda diferidos 44.177 5.911 18.873 Outros direitos 95.216 79.993 60.806 NÃO CIRCULANTE 1.984.383 1.436.464 1.255.986 Realizável a Longo Prazo 238.705 220.294 260.550 Aplicações financeiras 80.046 91.638 134.010 Títulos a receber 44.287 38.395 39.756 Impostos a recuperar 38.167 18.198 27.663 Impostos sobre a renda diferidos 49.476 47.220 31.710 Depósitos judiciais 13.005 10.612 16.307 Contas a receber de clientes 11.427 10.502 10.439 Outros direitos 2.297 3.729 665 Permanente 1.745.678 1.216.170 995.436 Investimentos 19.813 15.616 488 Imobilizado 1.570.342 1.106.726 918.479 Diferido 155.523 93.828 76.469 Total do Ativo 4.829.416 3.625.071 2.524.768
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS BALANÇOS PATRIMONIAIS
31 de dezembro 2004, 2005 e 2006 (valores expressos em reais)
CONSOLIDADO MIL 2006 2005 2004
PASSIVO CIRCULANTE 1.251.553 1.129.910 1.036.874 Empréstimos e financiamentos 546.979 548.664 507.878 Fornecedores 486.562 332.573 327.128 Salários e obrigações sociais 115.425 102.815 84.335 Obrigações tributárias 25.016 27.345 28.873 Dividendos e juros sobre capital próprio 35.991 59.007 37.603 Participações dos administradores e funcionários 14.491 37.956 32.154
63
Outras obrigações 27.089 21.550 18.903NÃO CIRCULANTE 1.472.991 1.272.366 517.774 Exigível a longo prazo 1.433.981 1.272.366 517.774 Empréstimos e financiamentos 1.287.073 1.125.374 388.335 Obrigações sociais e tributárias 2.290 1.152 16.554 Impostos sobre renda diferidos 24.844 19.465 1.882 Provisão para contigências 118.900 126.375 111.003 Outras obrigações 874 - - Total do Passivo Não Circulante PARTICIPAÇÕES DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 39.010 - - PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.104.872 1.222.795 970.120 Capital social realizado 1.600.000 800.000 490.000 Reservas de lucro 505.687 423.610 480.935 Ações em tesouraria -815 -815 -815 Total do Passivo 4.829.416 3.625.071 2.524.768
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004. (Valore expressos em milhares de reais)
Consolidado
MIL 2006 2005 2004 RECEITA OPERACIONAL BRUTA: 6.105.961 5.873.297 5.567.291 Vendas no mercado interno 3.644.548 3.035.826 2.840.057 Vendas no mercado externo 2.461.413 2.837.471 2.727.234 Impostos e outras deduções de vendas -896.203 -728.121 -684.037RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 5.209.758 5.145.176 4.883.254
Custo das vendas -
3.865.660-
3.685.910 -
3.532.385LUCRO BRUTO 1.344.098 1.459.266 1.350.869
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS: -
1.263.596-
1.003.683 -978.954
Vendas -
1.070.853 -845.643 -790.818 Gerais e administrativas -72.275 -56.897 -54.116 Honorários dos administradores -9.558 -9.506 -7.652 Financeiras líquidas -129.327 -82.726 -91.786 Resultados de investimentos em controladas - - -24.800 Outros resultados operacionais 18.417 -8.911 -9.782 LUCRO OPERACIONAL 80.502 455.583 371.915 Resultado não operacional -6.177 -4.457 -3.480
64
LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES 74.325 451.126 368.435 Imposto de renda e contribuição social 61.559 -62.528 -47.334 Participação dos funcionários no lucro -9.934 -22.777 -19.060 Participação dos administradores -1.576 -4.857 -6.422 Participação dos acionistas minoritários -7.121 - - LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 117.253 360.964 295.619