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ANAIS DA XII JORNADA DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO ``PROFª. DRª. IZABEL MARIA MARCHI DE CARVALHO`` USC 2018

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AnAis dA Xii JornAdA de odontologiA

dA UniversidAde do sAgrAdo CorAção

``Profª. drª. izAbel MAriA MArChi de CArvAlho``

UsC 2018

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Trabalhos biologia oralCaTegoria oral

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Anais da XII Jornada de Odontologia da

Universidade do Sagrado Coração

` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

USC 2018

AssistênCiA odontológiCA à PessoA CoM PArAlisiA CerebrAl

Claudia Akemi Nacamura1

Lídia Regina Costalina Cabello1

Débora de Melo Trize1

Rita de Cássia Ortega Sabage2

Andreia Aparecida da Silva3

Sara Nader Marta3

1 Aluna de Doutorado, Biologia Oral,Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Aluna de Mestrado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia,Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3 Profa. Dra. Curso Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, SP.

Este trabalho foi elaborado com o intuito de avaliar o perfil de pessoas com para-lisia cerebral (PC) e tratamentos odontológicos recebido na amostra constituída de 107 pessoas (66 homens e 41 mulheres). A coleta de dados foi realizada em prontuários desses indivíduos da unidade de saúde que frequentam (Centro de Especialidades Odontológicas de Bauru – SP), no período de fevereiro de 2007 a setembro de 2018. A PC é uma lesão encefálica, definida como uma desordem não progressiva dos movimentos e posturais. O refluxo gastroesofágico é a exposição do esôfago ao suco gástrico, o que pode levar à indicação de uma gastrostomia, para facilitar a administração de medicamentos, ganho de peso, redução do tem-po de alimentação e melhora na qualidade de vida de seus cuidadores. A saliva é um fluido importante para saúde sistêmica e oral. Como demonstrado no trabalho de Ferreira e Marta, os parâmetros salivares de pessoas com PC submetidas à gastrostomia são aumentados se comparados à pacientes sem estes comprometi-mentos do grupo controle, o que pode explicar o acúmulo de cálculo dental. Essa alteração também foi encontrada no grupo em estudo. Pacientes com PC neces-sitam de cuidados diferenciados para prevenir fatores associados à doença perio-dontal e cárie. Nesse grupo 12 indivíduos fazem uso de dieta através de sonda gástrica. 14 usuários foram encaminhados para tratamento sob anestesia geral no Hospital Estadual. Houve a necessidade de utilização de estabilização protetora em 8 pessoas. Foram realizadas 147 restaurações em dentes posteriores perma-nentes, 61 restaurações em dentes anteriores permanentes, 139 restaurações em dentes decíduos, 69 exodontias de dentes permanentes, 30 exodontias de dentes decíduos, 50 procedimentos preventivos, 266 sessões de raspagem e polimento supra-gengival, 324 sessões de raspagem e polimento sub-gengival, 13 endodon-tias de dentes decíduos, 8 endodontias de dentes permanentes, 5 gengivoplastias e 2 próteses totais superiores. A PC não é um impedimento ao tratamento odonto-lógico, alguns procedimentos não podem ser realizados com frequência e mesmo

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tempo de trabalho utilizado em pacientes sem PC devido ao quadro clínico do paciente, movimentos musculares, descoordenação motora, falta de colaboração comportamental. O uso da dieta por sonda enteral gástrica tem de ser observado na anamnese para planejamento do tratamento e orientações aos cuidadores. O tratamento preventivo é importante para manutenção da qualidade de vida.

Palavras-chave: Paralisia Cerebral; Gastrostomia; Raspagem Dentária.

Análise MorfoMétriCA dosMúsCUlos dA MAstigAção de rAtos

trAtAdos CoM álCool eb-hidroXi-b-MetilbUtirAto

João Vitor Tadashi Cosin Shindo1

Bruna Rossetti da Silva2

Mizael Pereira3

Idvaldo Antônio Favaretto Junior 4

Jesus Carlos Andreo5

André Luis Shinohara5

1 Graduado em Nutrição, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP. 2 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia

de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.3 Aluno de Doutorado, Programa Ciências Odontológicas Aplicada, Facul-

dade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP. 4 Docente da Disciplina de Anatomia, Faculdade Anhanguera, Bauru, SP.

5 Docentes da Disciplina de Anatomia, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

O objetivo da pesquisa foi avaliar se o álcool e o β-hidroxi-β-metilbutirato (HMB), atuando individualmente, e em conjunto alteram a morfometria dos músculos da mastigação (masseter e pterigóideo medial [elevadores] e digástrico [abaixador da mandíbula]) de ratos. Foram utilizados 16 ratos Wistar (machos e adultos com 75 dias de idade) e com peso médio de 250g, fornecidos pelo Bio-tério da Universidade de São Paulo, campus de Bauru –SP. Os animais foram separados em 4 grupos de 4 animais cada, distribuídos da seguinte forma: Gru-po controle (GC), Grupo experimental alcoolismo (GEA) (25% de álcool etíli-co diluído em água), Grupo experimental HMB (GEH) (Com dosagem de 0,3g/kg, via gavagem), Grupo experimental alcoolismo + HMB (GEAH). O tempo do experimento foi de 135 dias (19 semanas). No momento do sacrifício foram reti-radas amostras dos músculos pterigóideo medial, masseter e digástrico de cada animal. As amostras foram congeladas e armazenadas a -80ºC, até o momento

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de serem submetidas aos tratamentos histológicos e análise morfométrica. As lâminas histológicas foram submetidas à coloração HE. A análise morfométrica foi realizada usando o diâmetro menor, de 220 fibras musculares de cada amos-tra. Foi realizada manualmente com o auxílio do software Image Pró-Plus 6.5, acoplado ao microscópio Olympus BX 50. Como resultados, as seguintes médias dos diâmetros mínimos das fibras musculares foram encontradas: GC: Múscu-lo Pterigóideo Medial (70,42mm), Masseter (65,15mm) e Digástrico (61,46mm). GEA: Músculo Pterigóideo Medial (57,54mm), Masseter (59,76mm) e Digástrico (47,81mm). GEH: Músculo Pterigóideo Medial (66,72mm), Masseter (64,22mm) e Digástrico (64,26mm) e GEAH: Músculo Pterigóideo Medial (69,71mm), Mas-seter (66,61mm) e Digástrico (63,03mm). Concluímos que o álcool, atuando indi-vidualmente, atrofiou as fibras de todos os músculos, porém no músculo masseter não atingiu valor estatisticamente significante. O HMB agindo individualmente não produziu hipertrofia em nenhum dos músculos, mas administrado em con-junto com o álcool conseguiu anular a atrofia nos músculos abaixadores e eleva-dores da mandíbula.

Palavras Chaves: Álcool; Β-Hidroxi-Β-Metilbutirato; Músculos da mastigação.

efeito Protetor de UMA novA CistAtinA derivAdA dA CAnA-de-

AçúCAr (CAneCPi-5) APliCAdA eM gel sobre A erosão dentáriA

Julia Chaparro Leme1

Vinícius Taioqui Pelá2

Carlos Condargo Gironda3

Marília Afonso Rabelo Buzalaf3

1 Aluna de Graduação do curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru (USC);

2 Departamento de Genética Evolutiva e Biologia Molecular, Universidade Federal de São Carlos;

3 Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (FOB-USP).

O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de géis contendo canacistatina 5, em diferentes concentrações, na proteção contra a erosão inicial do esmalte in vitro. Foram confeccionados 75 blocos de esmalte bovino (4X4mm). Para o veícu-lo a ser testado (gel) foram constituídos 4 grupos, sendo um grupo controle (pla-cebo) e as soluções contendo: Canacistatina 5 0,1 µg/µL, Canacistatina 5 1,0 µg/µL e Canacistatina 5 2,0 µg/µL. Os géis foram aplicados com o auxílio de uma

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Microbrush por 1 minuto a 37°C. Em seguida, o gel foi removido. Saliva estimu-lada foi coletada de 3 voluntários para formação da película adquirida durante 2 horas sobre os espécimes após a aplicação dos géis. Depois, os espécimes foram incubados em solução de ácido cítrico 0,65% (pH = 3,4) por 1 minuto a 30ºC sob agitação constante. Cada espécime foi tratado uma vez ao dia, durante 3 dias. As análises de microdureza de superfície (SHM) foram feitas e as alterações na SMH (SHM baseline – SMH pós-erosão) foram calculadas antes, no primeiro e no último dia. Os dados foram analisados utilizando-se o software GraphPad InStat e GraphPad Prism. O nível de significância foi de 5%. Na análise do primeiro dia do experi-mento ocorreu uma diferença significativa dos grupos 0,1 µg/µL, Canacistatina 5 e 1,0 µg/µL e Canacistatina 5 com relação ao controle. Já na análise do último dia não houve diferença significativa entre os grupos. Estes resultados demonstram uma proteção inicial da erosão dentária in vitro com relação ao efeito de uma nova proteína derivada da cana-de-açúcar.

Palavras-chave: Erosão dentária; Saliva; Proteína.

Apoio Financeiro: The Royal Society

AvAliAção do efeito de dentifríCios Contendo Agentes nAtUrAis sobre A viAbilidAde de biofilMe MiCroCosMo

– estUdo Piloto

Letícia Dragonetti Girotti1

Aline Silva Braga2

Leticia Lobo de Melo Simas1

Juliana Gonçales Pires3

Ana Carolina Magalhães4

1 Aluna de Graduação, área de Ciências Biológicas, curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru-SP.2 Aluna de Doutorado, área Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia

de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru-SP.3 Doutora Juliana Gonçales Pires (Pesquisadora colaboradora)

4 Professora Associada do Departamento de Ciências Biológicas, disciplina de Bioquímica, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São

Paulo, Bauru-SP.

O objetivo deste estudo piloto foi avaliar o efeito de dentifrícios comerciais con-tendo agentes naturais sobre a viabilidade de um biofilme microcosmo. Para a for-mação do biofilme microcosmo, foi coletada a saliva de 10 indivíduos saudáveis,

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a qual foi misturada à saliva artificial de McBain (1:50) para formação do biofilme durante as 8h iniciais. Nas trocas subsequentes, apenas a saliva artificial suple-mentada com 0,2% de sacarose foi utilizada diariamente. Quarenta amostras de esmalte bovino (4 mm x 4 mm) foram preparadas para a formação do biofilme mi-crocosmo por 5 dias, as quais foram tratadas diariamente com suspensões (1 mL por 60s) dos seguintes dentifrícios comerciais: 1) Orgânico natural®-contente/Uberlândia-Brasil, 2) Boni Natural Menta & Malaleuca®-Boni/São Bernardo do Campo-Brasil, 3) Propolis & Myrrh®-Tom’s/Maine-Kennebunk-EUA, 4) Colgate Total 12 Clean Mint®-Colgate-Palmolive/São Paulo-Brasil (controle positivo) e 5) PBS (controle negativo) (Duplicata biológica, n=4). As bactérias vivas, mortas (%), os polissacarídeos extracelulares (PEC, %) e a espessura do biofilme (µm3) foram evidenciados por fluorescência utilizando microscópio confocal. Os denti-frícios induziram morte celular que variou de 15,4±18,6% (Orgânico natural®) a 48,2±23,7% (Propolis & Myrrh®-Tom’s). O grupo controle apresentou 21,4±16,3% de bactérias mortas. A quantidade de PEC variou de 20,2±17,0% (Boni Natural Menta & Malaleuca®) a 42,0±11,4% (Colgate Total 12 Clean Mint®). A espessura do biofilme variou de 17,3±4,8 µm3 (Colgate Total 12 Clean Mint®) a 22,2±4,5 µm3 (Boni Natural Menta & Malaleuca®). Com base nos resultados parciais, o dentifrício Propolis & Myrrh® Tom’s apresentou o melhor efeito antimicrobiano. No entanto, nenhum dentifrício teve efeito sobre produção de PEC e espessura do biofilme neste modelo experimental.

Palavras-chave: Dentifrícios; Biolfime; Antimicrobianos.

Apoio Financeiro: FAPESP 2017/23013-1

efeito de solUções Contendo eXtrAtos nAtUrAis, eXPeriMentAis

e CoMerCiAis, sobre biofilMe MiCroCosMo - estUdo Piloto

Leticia Lobo de Melo Simas1

Aline Silva Braga2

Letícia Dragonetti Girotti1

Juliana Gonçalves Pires3

Ana Carolina Magalhães4

1 Aluna de Graduação, área de Ciências Biológicas, curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru-SP.2 Aluna de Doutorado, área Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia

de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru-SP.

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3 Doutora Juliana Gonçalves Pires (Pesquisadora colaboradora)4 Professora Associada do Departamento de Ciências Biológicas, disciplina de Bioquímica, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São

Paulo, Bauru-SP.

Este estudo piloto avaliou o efeito de soluções experimentais e comerciais con-tendo diferentes extratos naturais sobre a viabilidade de biofilme microcosmo formado em esmalte. Inicialmente foram determinados os valores de CIM e CBM dos extratos aquosos de Vochysia tucanorum., Myrcia bella e Matrica-ria chamomilla L. sobre Streptococcus mutans (ATCC 25175) e microrganismos oriundos da saliva humana. Na segunda etapa, estes extratos foram testados na forma de solução e comparados com soluções comerciais em relação ao efeito antimicrobiano, utilizando um modelo de biofilme microcosmo. Para tal, pool de saliva oriunda de 10 indivíduos saudáveis (70% saliva e 30% glicerol) foi mis-turado à saliva artificial de McBain para formação do biofilme durante as pri-meiras 8h. Na sequência, apenas a saliva artificial suplementada com sacarose 0,2% foi utilizada nas trocas diárias de meio. Vinte e quatro amostras de esmalte bovino foram submetidas à formação do biofilme microcosmo por 5 dias, o qual foi tratado diariamente (1mL por 60s) com uma das soluções: Vochysia tuca-norum (2,5 mg/ml); Myrcia bella (1,25 mg/ml); Matricaria chamomilla L. (20 mg/ml); Orgânico natural®-Contente; Boni Natural Menta & Malaleuca®-Boni; Malvatricin Plus®; PerioGard®Colgate-Palmolive (controle positivo) e PBS (con-trole negativo). As bactérias vivas, mortas (%), os polissacarídeos extracelulares (PEC, %) e a espessura do biofilme (µm3) foram evidenciados por fluorescência utilizando microscópio confocal. Os valores de CIM e CBM foram maiores para a cepa isolada (S. mutans) que para os microrganismos presentes na saliva, sendo estes últimos valores aplicados no modelo de biofilme. As % de bactérias mortas no biofilme variaram de 49,3% a 72,5% para PerioGard® e Orgânico Natural®, respectivamente. O controle negativo apresentou 56,6% de bactérias mortas. A % de PEC variou de 4,2 a 43,6% para Malvatricin® e para a solução Orgânico Natural®, respectivamente. A espessura do biofilme variou de 11,4 a 18,7 µm para o extrato de Vochysia tucanorum e Myrcia bella, respectivamente. Apesar de ter apresentado efeito antimicrobiano, a solução Orgânico Natural® não foi capaz de reduzir a produção de PEC, resultado que deve ser comprovado nas próximas repetições.

Palavras-chave: Agentes naturais; cárie dentária; enxaguatório bucal.

Apoio Financeiro: FAPESP 2017/23165-6

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A CAUsA dA hAlitose de ACordo CoM A PerCePção dos PACientes

Marisol Corvino Nogueira Martins1

Gabriela Castilho de Biase2

Bruna Luisa de Paula3

Flávia Ferraz dos Santos Lot Vieira1

Solange de Oliveira Braga Franzolin4

Elcia Maria Varize Silveira5

1 Mestranda no Programa de Biologia Oral Universidadedo Sagrado Coração - Bauru,SP

2 Graduanda do Curso de Odontologia da Universidadedo Sagrado Coração – Bauru,SP

3 Doutoranda no Programa de Biologia Oral Universidadedo Sagrado Coração - Bauru,SP

4 Profª Drª. de Graduação nas áreas de Bioestatística e Odontopediatria e Pós Graduação da Universidade do Sagrado Coração,Bauru-SP

5 Profª Drª. de Graduação na área de Periodontia e Pós Graduação na área de Biologia Oral e Implantodontia da Universidade do Sagrado Cora-

ção, Bauru-SP

O mau hálito é causador de grande preocupação e questionamentos por parte da população, sendo um dos maiores motivos de visita aos consultórios odontológi-cos. Indivíduos com alterações fisiológicas ou orgânicas podem apresentar odores mais discretos e, em casos mais graves, odores extremamente desagradáveis que podem levar a transtornos sociais, morais e psicoafetivos. Apesar de cientifica-mente conhecidas as causas, o diagnóstico e tratamento, para grande parte da população, ainda é rodeada de falsas teorias, superstições e crendices populares. O presente trabalho teve como objetivo analisar por meio de um questionário a compreensão da população estudada sobre as origens do mau hálito, levando em consideração fatores como gênero, idade e escolaridade dos voluntários. Parti-ciparam da pesquisa 77 voluntários, sendo 37 funcionários do DAE-Bauru/SP (Departamento de Água e Esgoto da Cidade de Bauru) e 40 alunos e pacientes da Clínica de Odontologia da USC, Bauru/SP, entre os anos de 2017 e 2018 que ,após o preenchimento de uma ficha cadastral e termos de consentimento livre e escla-recido, receberam um questionário fechado relacionando algumas alterações nos dentes, língua, estômago e garganta ao surgimento do mau hálito, sendo que mais de uma alternativa poderia ser assinalada, obtendo 129 respostas no total. Hou-ve uma distribuição uniforme entre as alternativas, sendo o estômago, seguido da língua, dentes e garganta apontados como as causas mais citadas. Porém, de acordo com o teste estatístico de chi quadrado não ocorreu diferença significativa entre os itens analisados. Através dos resultados podemos concluir que a maior parte dos indivíduos não tem conhecimento de todas as causas da halitose, bem

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como o nível de influência de cada fator na intensidade do odor e, consequente-mente, quais as formas mais efetivas de prevenção ao mau hálito.

Palavras-chave: Higiene Oral. Halitose. Língua.

Ação do deCAnoAto de nAndrolonA sobre os fAtores regUlAdores

MiogêniCos nos MúsCUlos esqUelétiCos

Brenda Stefhany Wilchenski1

Luis Henrique Rapucci Moraes2

Erivan Schinaider Ramos Júnior3

Geraldo Marco Rosa Júnior4

Jesus Carlos Andreo5

André Luis Shinohara5

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

2 Docente da Disciplina de Anatomia, Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Belo Horizonte, MG.

3 Doutor em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/ UFRJ, Rio de Janeiro, RJ

4 Docente da Disciplina de Anatomia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

5 Docentes da Disciplina de Anatomia, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

O objetivo desta pesquisa foi observar se o decanoato de nandrolona, um anaboli-zante esteroide (AAS), altera a expressão dos fatores reguladores miogênicos nos músculos esqueléticos branquioméricos e somíticos, independentemente do sexo. Foram utilizados 32 ratos (Rattus norvegicus), com idade de 60 dias, 16 machos e 16 fêmeas, divididos nos seguintes grupos: GCM – Grupo Controle Masculino, GCF – Grupo Controle Feminino, GEM – Grupo Experimental Masculino e GEF – Grupo Experimental Feminino. Os animais dos Grupos Experimentais rece-beram 2 doses de decanoato de nandrolona por semana (Deca-Durabolin-5mg/kg), por um período de 60 dias. Os animais dos Grupos Controles receberam tratamento de solução fisiológica. Após o período experimental, os músculos di-gástrico, masseter e tibial anterior foram coletados para análise por imunomar-cação dos fatores reguladores miogênicos (MyoD e Miogenina). A frequência foi obtida pelo número de fatores reguladores miogênicos por número de fibras musculares e obtido uma determinada porcentagem. Os resultados mostraram

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que a expressão de MyoD aumentou nos músculos masseter e tibial anterior dos animais do sexo feminino e no digástrico experimental dos animais do sexo mas-culino e, na comparação quanto ao sexo, nos animais controle os valores foram maiores no sexo masculino, mas nos experimentais ocorreu o oposto; a expressão de miogenina aumentou nos músculos digástrico, masseter e tibial anterior do animais experimentais em ambos os sexos e, na comparação quanto ao sexo, os valores foram sempre maiores nas amostras do sexo feminino. Baseado nestes re-sultados, pode-se concluir que o decanoato de nandrolona altera a expressão dos fatores reguladores miogênicos (Miogenina e MyoD) nos músculos esqueléticos branquioméricos e somíticos, mas com diferente manifestação quanto ao sexo.

Palavras-chave: Anabolizantes. Reguladores miogênicos. Músculos da mastigação.

Análise ProteôMiCA dA PelíCUlA AdqUiridA forMAdA eM esMAlte

dentário: desenvolviMento de UMA novA téCniCA de ColetA

Helena Richieri Falcão Tuler1

Vinícius Taioqui Pelá2

João Guilerme Quintal Lunardelli1

Gabriel Domingues Camiloti1

Marília Afonso Rabelo Buzalaf3

1 Aluna de Graduação do curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru (USC);

2 Departamento de Genética Evolutiva e Biologia Molecular, Universidade Federal de São Carlos;

3 Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (FOB-USP).

O objetivo deste estudo foi comparar o perfil proteico da película adquirida do esmalte (PAE) in vitro, usando diferentes procedimentos de coleta: ácido cítrico versus ácido cítrico seguido de Lauril Sulfato de Sódio. Vinte e quatro espécimes de esmalte bovino (4x4mm) foram preparados e divididos em dois grupos (n=12/grupos). Saliva não estimulada foi fornecida por um voluntário com boas condi-ções orais. Em seguida, foi centrifugada (14.000 g, 4°C, 15 minutos) e o sobrena-dante foi coletado. Os espécimes foram colocados em microtubos individuais e adicionado 250 µl de saliva. A PAE foi formada por duas horas à 37°C em agita-ção. A PAE foi coletada usando duas técnicas diferentes: 1) Papel filtro de eletro-do mergulhado em ácido cítrico 3% (AC); 2) Papel filtro de eletrodos mergulhado em ácido cítrico 3%, seguido por outro papel filtro mergulhado em Lauril Sulfato

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de Sódio 4%(ACL). Em seguida, a PAE foi processada para análise proteômica por LC-ESI-MS/MS. O número total de proteínas identificadas em cada grupo foi 3 e 32 para AC e ACL, respectivamente. Dentre elas, 3 e 21, respectivamente, são proteínas típicas da PAE, tais como Statherin, Basic salivary proline-rich protein, Cystatin, Lysozyme, Statherin, Protein S100 and Alpha-amylase. Estes resultados demonstraram que foram identificadas proteínas típicas da PAE quan-do ambos os procedimentos de coleta foram usados. Entretanto, a combinação do ácido cítrico seguido por Lauril Sulfato de Sódio demonstrou ser a melhor forma de coletar a PAE por identificar uma maior quantidade de proteína in vitro.

Palavras-chave: Proteína; Saliva; Proteoma.

Apoio Financeiro: FAPESP – Processo: 2017/04857-4

ModifiCAções no teCido PeriodontAl de rAtos trAtAdos CroniCAMente CoM bisfosfonAto nitrogenAdo

endovenoso

Letícia Rodrigues Pires1

Patrícia Pinto Saraiva2

Andréia Aparecida da Silva3

Vinícius Matheus Rosa4

1 Aluna de Graduação do Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Profa. Dra. Área de Histologia, Curso de Medicina, Universidade do Oeste Paulista, Jaú, SP

3 Profa. Dra. Área de Histologia e Estomatopatologia, Curso de Odontolo-gia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

4 Aluno de Mestrado, Área de Biologia Oral, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

Os bisfosfonatos (BF) são drogas sintéticas indicadas para o tratamento de oste-oporose, metástases ósseas, mieloma múltiplo e Doença de Paget. Após adminis-tração, são rapidamente depositadas no osso e lentamente metabolizadas. Apesar de possuir boa efetividade como agente não reabsortivo, tem como efeito colateral alto risco para danos aos ossos maxilares, causando osteonecrose da mandíbula relacionada aos bisfosfonatos (BRONJ). A maioria dos casos de BRONJ ocorre subsequentemente à cirurgia dento alveolar, como extração dental e, embora o principal tecido afetado seja o osso, a liberação local de grandes quantidades de BF pode causar efeitos tóxicos para as células da mucosa oral. Além disso, há

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evidências de relação positiva entre doença periodontal e o desenvolvimento de BRONJ. Baseando-nos em dados apresentados na literatura sobre o desenvolvi-mento de BRONJ espontânea e de modificações do tecido mole que possam ser causadas pelo medicamento, o objetivo deste trabalho é verificar as característi-cas do tecido conjuntivo que forma o ligamento periodontal em ratos que foram submetidos à terapia com zoledronato endovenoso, sem a execução de procedi-mento cirúrgico prévio. Serão utilizados 20 ratos albinos Wistar machos distri-buídos em 2 grupos, com 5 animais por grupo, e 2 tempos de análise: 14 dias e 28 dias: Grupo 1– Controle, animais tratados com soro fisiológico 0,9% via endove-nosa (EV); Grupo 2 - tratados com ácido zoledrônico EV. Após 14 e 28 dias do início da administração do medicamento todos os animais serão eutanasiados. A mandíbula será processada histologicamente e cortes semi-seriados serão feitos longitudinalmente ao longo eixo do alvéolo dentário do incisivo. Serão realizadas análises morfométricas e morfológicas do padrão das fibras periodontais, vascu-larização (nº de vasos sanguíneos), inserção das fibras em cemento e tecido ósseo alveolar, presença e quantificação de infiltrado inflamatório e largura do espaço periodontal. Também será realizada análise de birrefringência. Serão realizadas análises estatísticas entre os diferentes tempos de tratamento dentro dos mes-mos grupos, e entre os diferentes grupos nos mesmos tempos de tratamento. A estatística dos parâmetros avaliados será realizada pelo teste T não paramétrico, seguido pelo Teste de Welch. Para a birrefringência será aplicado o teste Shapiro Wilk e o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis seguido do teste de Dunn’s.

Palavras-chave: Zoledronato; Periodonto; Fibras periodontais.

Apoio: FAP/USC

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trAbAlhos biologiA orAlCAtegoriA PAinel

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AvAliAção do efeito de UMA novA CistAtinA derivAdA dA CAnA-de-AçúCAr sobre A viAbilidAde do

biofilMe MiCroCosMo

Gabriel Domingues Camiloti1

Vinícius Taioqui Pelá2

Aline Silva Braga3

João Guilherme Quintal Lunardelli 3

Ana Carolina Magalhães3

Marília Afonso Rabelo Buzalaf3

1 Aluno de Odontologia pela Universidade Sagrado Coração (USC);2 Departamento de Genética Evolutiva e Biologia Molecular / Universidade

Federal de São Carlos (UFSCar);3 Departamento de Ciências Biológicas / Faculdade de Odontologia de

Bauru / Universidade de São Paulo (FOB-USP).

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de uma nova cistatina derivada de cana-de-açúcar (CaneCPI-5) sobre a viabilidade do biofilme microcosmo. Para a formação do biofilme microcosmo, foi coletada a saliva de 10 indivíduos sau-dáveis que não escovaram os dentes nas últimas 24h. A saliva foi diluída (70% saliva e 30% glicerol) e posteriormente foi misturada à saliva artificial de McBain (1:50) para formação do biofilme cariogênico. 60 Amostras (4mm x 4mm) de esmalte bovino foram preparadas para a formação do biofilme microcosmo por 5 dias, as quais foram tratadas diariamente (1x60s/dia) com as concentrações de CaneCPI-5 0,1 e 1,0 mg/ml, clorexidina 0,12% (controle positivo) e PBS (controle negativo). No ensaio de viabilidade as bactérias vivas e mortas no biofilme foram evidenciadas por fluorescência com microscópio confocal e os dados foram sub-metidos à análise estatística apropriada (teste paramétrico ou não paramétrico, p<0,05). Os grupos CaneCPI-5 1.0 e clorexidina foram capazes de reduzir o nú-mero de bactérias vivas e aumentar o número de bactérias mortas em comparação ao PBS (p<0,0001), enquanto que o grupo Cane 0.1 não apresentou uma diferença significativa comparado com o PBS em relação à viabilidade microbiana. O me-lhor resultado foi encontrado para Cane 1.0 que foi estatisticamente mais eficaz na redução da viabilidade microbiana em comparação com a CHX. Estes resulta-dos demonstram que a CaneCPI-5 1.0 apresentou um efeito eficaz, aumentando o número de bactérias mortas no biofilme. Ainda, a CaneCPI-5 1.0 demonstra ser uma excelente opção a ser utilizada em futuros produtos odontológicos voltados na prevenção da cárie dentária.

Palavras-chave: Biofilme dentário; Cárie; Proteina.Apoio Financeiro: FAPESP – Processo: 2018/02345-9

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Perfil ProteôMiCo dA PelíCUlA AdqUiridA do esMAlte forMAdo in

viTro, in siTu e in vivo

João Guilherme Quintal Lunardelli1

Vinícius Taioqui Pelá2

Gabriel Domingues Camiloti1

Marília Afonso Rabelo Buzalaf3

1 Aluno de Graduação em Odontologia da Universidade Sagrado Coração (USC);

2 Aluno de Doutorado do Departamento de Biologia Molecular / Universi-dade Federal de São Carlos (UFSCar);

3 Profa. Dra. do Departamento de Ciências Biológicas / Faculdade de Odontologia de Bauru / Universidade de São Paulo (FOB-USP).

O objetivo deste estudo foi comparar a composição proteica da película adquirida do esmalte (PAE) formada in vitro, in situ e in vivo. Amostras de esmalte humano foram confeccionadas (4x4mm) para as etapas in vitro e in situ (n=108/cada eta-pa). Nove voluntários foram selecionados para o fornecimento de saliva não esti-mulada para a fase in vitro, sendo adicionados 200 µl sobre cada espécime. Já na etapa in situ os voluntários utilizaram um aparelho mandibular removível (BIS-PM - Bauru in situ pellicle model) para realizar a formação da PAE. Os mesmos voluntários participaram de todas as fases (in vitro, in situ e in vivo). O tempo de formação da PAE foi de 120 minutos. Em seguida, a PAE foi coletada utilizando um papel filtro de eletrodo umedecido com ácido cítrico 3%. As amostras foram processadas para análise proteômica por LC-ESIMS/MS. Foram identificadas um total de 321 proteínas. 23 proteínas apareceram em comum em todos os grupos, tais como: duas isoformas de Alpha-amylase, duas isoformas de Basic salivary proline-rich protein, três isoformas de Cystatin, Histatin, Lysozyme C, Mucin, Pancreatic alpha-amylase, Proline-rich protein 4, Salivary acidic proline-rich phosphoprotein ½, Statherin e Submaxillary gland androgen-regulated protein 3B. O número total de proteínas em cada grupo foi 66, 175 e 170 para os grupos in vitro, in situ e in vivo, respectivamente. A respectiva quantidade de proteínas exclusivas de cada grupo foi 31, 117 e 105. Com base nos resultados obtidos, podemos concluir que nas 3 condições, apesar do perfil qualitativo de proteínas identificadas, em especial aquelas típicas da PAE ser similar, existem importan-tes diferenças quantitativas que podem interferir na apropriada extrapolação dos resultados obtidos em estudos in vitro e in situ para a condição in vivo.

Palavras-chave: Proteoma; Saliva; Proteína.

Apoio Financeiro: FAPESP Processo: 2017/26376-8

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vAriAções AnAtôMiCAs dA úvUlA: relAto de CAsos rAros

Maria Antonia Quaggio1

Patrícia de Araújo Sales2

Beatriz Muller Barbosa Correa Batista3

Claudia Cristina Biguetti4

Jesus Carlos Andreo5

André Luis Shinohara5

1 Aluna de Gradução, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Graduada em Letras Tradutor, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP. 3 Aluna de Gradução, Curso de Fonoaudiologia, Faculdade de Odontologia

de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP. 4 Pós doutoranda, Departamento de morfologia, Faculdade de Odontologia

de Araçatuba, UNESP, Ararçatuba-SP.5 Docentes da Disciplina de Anatomia, Faculdade de Odontologia de

Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

A úvula, estrutura de formato oval localizada na região mediana no palato mole, tem papel importante na mastigação, deglutição e fonação. Tais funções são de-sempenhadas pelo músculo da úvula, que se estende da espinha nasal posterior à mucosa da úvula, e é inervado pelo nervo Vago. O objetivo deste trabalho é apresentar dois casos clínicos da variação anatômica da úvula. CASO 1: Paciente de 20 anos visitou a clínica de odontologia da FOB/USP, Bauru-SP, Brasil para realizar um exame oral de rotina. Durante o processo, o dentista observou uma estrutura anatômica incomum localizada na região do palato mole. Ignorando seu significado, o dentista procurou o departamento de Anatomia da FOB/USP para consulta e após um exame clínico completo da cavidade oral, verificou que se tratava de uma Úvula Bífida, tendo diagnóstico de uma variação anatômica da úvula. CASO 2. Paciente de 24 anos procurou a clínica de odontologia da FOB/USP, Bauru-SP, Brasil para realizar um exame oral de rotina. Durante o proces-so, o dentista observou palato mole do paciente com característica morfológica incomum. O dentista procurou o departamento de Anatomia da FOB/USP para consulta e, após um exame clínico completo da cavidade oral, observou que se tratava da Aplasia da Úvula, tendo diagnóstico de uma variação anatômica da úvula. Os profissionais desconheciam tais variantes anatômicas da úvula (Úvula Bífida e Aplasia da Úvula). Após discussão do caso, juntamente com disciplina de anatomia, constatou-se a presença de variações anatômicas. Sendo assim, enca-minharam a paciente ao Departamento de Fonoaudiologia da FOB/USP para exa-mes de uma possível disfagia orofaríngea, constatando realmente serem somente variações anatômicas, sem apresentar alterações funcionais. As apresentações dos casos presentes demonstram a importância do reconhecimento e avaliação de

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variações anatômicas da normalidade em odontologia, as quais podem ocorrer sem acarretar necessidade de intervenção fonoaudiológica, médica ou cirúrgica.

Palavras-Chaves: Úvula; Palato Mole; Aplasia.

estUdo AnAtôMiCo do forAMe MentUAl dUPlo

Gabriel Shimabukuro Servato1

Júlia Mendes Pedrozo Bellini2

Gabrielle Nascimento Pereira3

Claudia Cristina Biguetti4

Gustavo Lopes Toledo5

André Luis Shinohara6

1 Aluno de Gradução, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

2 Aluna de Gradução, Curso de Biologia, Universidade do Sagrado Cora-ção, Bauru, SP.

3 Aluna de Gradução, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

4 Pós doutoranda, Departamento de morfologia, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, Ararçatuba, SP.

5 Docente da Disciplina de Cirurgia Bucomaxilofacial, Universidade de Marília, UNIMAR, Marília, SP.

6 Docente da Disciplina de Anatomia, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

O canal mandibular, presente bilateralmente na mandíbula, se estende do forame mandibular no ramo da mandíbula até o forame mentual no corpo mandibular por onde passa o feixe vasculonervoso alveolar inferior. O forame mentual é uma abertura externa do canal mandibular, próximo às raízes dos pré-molares inferio-res, por onde emerge o feixe vasculonervoso mentual. Em alguns casos, forames mentuais múltiplos podem ser observados. Objetivo deste estudo foi investigar a frequência e o diâmetro dos forames mentuais acessórios, a distância ao rebordo da mandíbula e a distância entre o forame mentual e o acessório. Foram utiliza-das 150 mandíbulas humanas secas da disciplina de Anatomia da FOB/USP para analisar a frequência e o diâmetro dos forames mentuais acessórios, utilizando o microscópio Dino Lite®. Utilizando paquímetro digital Mitutoyo analisamos a distância dos forames mentuais acessórios em relação ao forame mentual e ao re-bordo da mandíbula. Este trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da FOB/USP. Número do Parecer: 1.745.567. Primeiramente analisamos a frequência dos forames acessórios. Em seguida, o

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diâmetro dos forames mentuais e acessórios. Analisamos a posição dos forames mentuais acessórios em relação aos forames mentuais e, posteriormente, a posi-ção do mesmo em relação ao rebordo da mandíbula. Das 150 mandíbulas ana-lisadas encontramos 11 mandíbulas (7,3%) com o forame mentual duplo, 7 do lado esquerdo e 4 do lado direito e nenhuma bilateral. Média do diâmetro foi de 2,08mm para o Forame mentual e de 0,81 para o Forame acessório. A distância entre os forames teve em média de 3,57mm e a distância do forame acesso ao rebordo da mandíbula teve uma média de 12,23mm. Concluímos que podemos encontrar forames mentuais duplos. Achados importantes que devem ser levados em consideração em qualquer procedimento que envolva esta região caracteriza-da pelas possíveis variações anatômicas inerentes a cada indivíduo para que não se tenha dificuldades no correto diagnóstico e nos planejamentos clínicos.

Palavras-chaves: Forame mentual; Forame mentual duplo; Canal incisivo; Mandíbula.

Análise dAs CélUlAs sAtélites e fUsos neUroMUsCUlAres eM MúsCUlo

esqUelétiCo de rAtos desnervAdo Por longo Período

Klaryssa Akemi de Araujo Kitamoto1

Carina Guimarães de Souza Melo2

Sandra Lia do Amaral3

Antonio de Castro Rodrigues4

Rogério Leone Buchaim5

André Luis Shinohara5

1 Aluna de Gradução, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

2 Doutora pelo Programa Ciências Odontológicas Aplicadas, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

3 Docente do Departamento de Educação Física, Faculdade de Ciências de Bauru, UNESP, Bauru, SP.

4 Docente da Disciplina de Anatomia, Universidade Nove de Julho, UNI-NOVE, Bauru, SP.

5 Docentes da Disciplina de Anatomia, Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP, Bauru, SP.

O músculo esquelético apresenta em sua constituição células satélites (CS) que se encontram em estado quiescente. As células satélites podem ser ativadas, dife-renciando-se em mioblastos, contribuindo para regeneração e/ou crescimento do

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tecido muscular. Os fusos neuromusculares são mecanorreceptores localizados no interior dos músculos esqueléticos, considerados a unidade contrátil regulado-ra, e monitoram a velocidade e duração do alongamento do músculo. É composto por fibras intrafusais (FIF), circundadas por uma bainha de tecido conjuntivo e encontra-se paralelo às fibras extrafusais. A desnervação pode ocorrer por di-versos motivos, como traumas e acidentes cirúrgicos, promovendo alterações no músculo esquelético, tanto em CS quanto nos fusos neuromusculares. O objetivo deste trabalho foi de analisar quantitativamente as FIF e a proliferação de CS em músculos esqueléticos de ratos desnervados por longo período, com o intuito de determinar o melhor momento para reinervação do músculo. Foram utilizados 72 ratos Wistar. Os animais foram divididos em grupos desnervados e controle. Os músculos Sóleo e Extensor longo dos dedos (EDL) foram desnervados expe-rimentalmente. Após os períodos de 0, 12, 16, 19, 30 e 38 semanas, os músculos foram dissecados, removidos e preparados histologicamente. A porcentagem de CS em músculos imediatamente após desnervação aumenta em relação ao mús-culo normal e depois decresce em ambos os músculos. Durante o progresso do tempo de desnervação ocorreu um aumento no número de FIF, se comparado com o grupo normal. O número de CS diminui significantemente entre os pe-ríodos de desnervação, em ambos os grupos. Nos músculos estudados, quanto menor a porcentagem de CS, maior é o número de FIF e, aumentando o tempo de desnervação, diminui o número de CS. Em relação às FIF, no grupo controle, com o aumento do tempo, o número de fibras não se altera. Já para o grupo ex-perimental, com o aumento do tempo de desnervação, diminui o número de CS e aumenta o número de FIF significantemente. Concluímos então que nos músculos desnervados, por longo período, ocorre diminuição na porcentagem de células satélites e aumento no número de FIF. Finalmente nossos resultados sugerem que entre 16ª e 19ª semana pós-desnervação encontra-se o melhor período para reinervação de um músculo desnervado, sendo assim um achado importante nas cirurgias de reparação de traumatismos de nervos periféricos.

Palavras Chaves: Células Satélites; Fusos neuromusculares; Desnervação.

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trAbAlhos CirUrgiA e trAUMAtologiA

bUCoMAXilofACiAlCAtegoriA orAl

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AnginA de lUdwig relACionAdA à doençA PeriodontAl eM PACiente

CoM CoMProMetiMento sistêMiCo. relAto de CAso

Ana Flávia Piquera Santos1

Henrique Hadad1

Rodrigo Capalbo da Silva1

Luara Teixeira Colombo1

Idelmo Rangel Garcia Júnior1

Francisley Ávila Souza1

1 Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada, Faculdade de Odontologia de Araçatuba- FOA UNESP

O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso de um paciente do sexo mascu-lino de 65 anos com diabetes, hipertensão e doença renal crônica, encaminhado para a emergência do “Hospital Santa Casa de Araçatuba” com histórico de 2 dias de dificuldade de deglutição, odinofagia, disfonia, trismo, edema extra-oral e dor. O exame clínico apresentava grande inchaço dos tecidos moles sob a mandíbu-la, estendendo-se bilateralmente aos ângulos da mandíbula e inferiormente ao osso hióide. O exame intraoral foi dificultado pelo trismo, até mesmo foi possível observar a elevação da língua, más condições de higiene e exsudato purulento associado ao segundo molar da esquerdamandibular. A tomografia computadori-zada confirmou uma lesão periodontal-endodôntica associada ao segundo molar inferior nas secções coronal e sagital. O paciente evoluiu com obstrução rápida das vias aéreas e a traqueostomia foi imediatamente realizada. Foi proposto um tratamento cirúrgico: o segundo molar inferior do lado esquerdo foi extraído e os espaços submentual, sublingual e submandibular foram drenados por meio de fistula em três pontos após a colocação de drenos de penrose. Antibioticoterapia com 1g de ceftriaxona a cada 6 horas e 400mg de metronidazol a cada 12 horas foi administrada por via intravenosa. Uma semana após, o paciente apresentou uma grande diminuição da assimetria facial, trismo e febre. A tomografia computado-rizada pós-operatória mostrou redução do inchaço submandibular e sublingual. O paciente foi acompanhado por um ano sem complicação adicional. Os cuidados imediatos incluem traqueostomia, drenagem extra oral e antibióticos para preve-nir a progressão da infecção. É importante tratar a angina de Ludwig nos estágios iniciais para aumentar a taxa de sobrevida do paciente. O protocolo de tratamento é a remoção cirúrgica da fonte de infecção, antibioticoterapia e manutenção das vias aéreas. O cirurgião deve atender a doença e o estado de saúde do paciente, principalmente no caso de paciente com doença sistêmica, estabelecendo um pro-tocolo de tratamento correto e eficiente.

Palavras-chave: Doença Periodontal; Angina de Ludwig; Caso clínico.

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AbordAgeM MUltidisCiPlinAr no trAtAMento de MiXoMA

odontogêniCo: - relAto de CAso CoM ACoMPAnhAMento de 4 Anos

Beethoven Estevão Costa 1

Nataira Regina Momesso 2

Gabriel Lucio Calazans Duarte 2

Cláudia Cristina Biguetti 3

Paulo Domingos Ribeiro Junior 2

1 Mestrando no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Hrac/Usp), Universidade de São Paulo.

2 Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universi-dade do Sagrado Coração

3 Pós Doutoranda pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/Araçatuba)

O mixoma odontogênico é um tumor benigno de origem odontogênica, agressi-vo e localizado. As formas de tratamento variam desde curetagem até ressecções em bloco ou segmentação, como consequência a necessidade de reconstruções para possibilitar reabilitações oro faciais. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de uma paciente diagnosticada com mixoma odontogênico na man-díbula. Paciente EAC, gênero feminino, 30 anos, com queixa de aumento de vo-lume em corpo mandibular e fundo de vestíbulo inferior direito e sem queixa de dor no local. A radiografia panorâmica mostrou imagem radiolúcida multilocular difusa na região de sínfise e corpo mandibular direito. A tomografia computado-rizada de feixe cônico evidenciou imagem hipodensa multilocular envolvendo as raízes dos dentes 41 ao 47, sem deslocamento e reabsorção radicular, expansão da cortical vestibular e afilamento da cortical lingual próximo do canal mandi-bular com integridade da base da mandíbula. O diagnóstico histopatológico foi de mixoma odontogênico, e o tratamento pela técnica de ressecção segmentar marginal, preservando a base mandibular e a cortical lingual com instalação de placa de reconstrução mandibular. Após um acompanhamento clínico e radio-gráfico de 2 anos e sem recidiva da lesão, foi submetida à reconstrução mandi-bular com enxerto ósseo em bloco da crista ilíaca anterior e posterior, colocação de 4 implantes Straumann BLT, sendo realizada a reabilitação com prótese im-plantossuportada. Em 4 anos de acompanhamento da cirurgia de ressecção do tumor e 2 anos da reabilitação, a paciente apresenta boa função mastigatória, sem queixas de dor e com resultado estético-funcional. O tratamento cirúrgico do mixoma odontogênico em mandíbula pela técnica de ressecção segmentar

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marginal preserva as estruturas ósseas e permite a reconstrução mandibular, reabilitação com implantes osseointegráveis e prótese implantossuportada com previsibilidade de resultado. Palavras-chave: Implante osseointegrado; Enxerto autógeno; Mixoma odon-togênico.

AvAliAção dA ACUráCiA de ProgrAMAs de MensUrAção do volUMe dAs viAs

AéreAs sUPeriores

Beethoven Estevão Costa1

Renato Yassukata Faria Yaedú2

Marina de Almeida Barbosa Mello3

Simone Soares4

1 Mestrando em Ciências da Reabilitação, Hospital de Reabilitação das

Anomalias Craniofaciais, HRAC/Universidade de São Paulo. 2 Prof. Dr. Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia

de Bauru e docente do Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaci-ais, HRAC/Universidade de São Paulo.

3 Doutoranda em Ciências da Reabilitação, Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais, HRAC/Universidade de São Paulo.

4 Profª. Drª. Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odon-tologia de Bauru e docente do Hospital de Reabilitação das Anomalias

Craniofaciais, HRAC/Universidade de São Paulo.

Devido ao crescente uso da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), aumentou-se a busca por softwares para arquivos DICOM que permitem a avalia-ção e a mensuração da área craniofacial. Observa- se diferentes programas para tais fins: InVivo Dental, Mimics, Ondemand3D, OsiriX e Dolphin3D, NemoCeph, mas a comparação e análise de sua precisão ainda é pouco relatada na literatura quando se visa avaliar as vias aéreas. À partir disso, o objetivo deste trabalho é avaliar a acurácia e confiabilidade de dois softwares de imagem: Dolphin3D e Ne-moCeph, para análise tridimensional da via aérea, através de imagens de TCFC. Inicialmente, um examinador selecionará 100 tomografias computadorizadas do tipo feixe cônico. Um modelo phantom para simular as dimensões da orofaringe será criado e seu volume calculado, sendo assim escaneado para obtenção do arquivo DICOM, este modelo servirá como padrão ouro para comparação. As segmentações do acrílico orofaríngeo e da orofaringe serão realizadas de acordo com as referências do fabricante, com duas técnicas para segmentação: intervalo de limiar interativo e intervalo de limiar fixo. Os resultados serão submetidos a um teste de análise de variância (ANOVA) para comparar os resultados obtidos

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do volume das vias aéreas das tomografias e do modelo phantom (padrão ouro), na tentativa de avaliar se existe diferença significativa entre eles. Dessa forma, com esta pesquisa se espera resultados que validam, com maiores detalhes, a acurácia de softwares para análise das vias citadas, legitimando, assim, estudos que avaliam o aumento de vias aéreas superiores em pacientes com fissura labio-palatina, submetidos à cirurgia ortognática. Palavras-chave: Tomografia computadorizada feixe cônico; Via aérea superior; Programa de visualização de imagem.

regenerAção ósseA gUiAdA (rog) PArA Posterior reAbilitAção CoM

iMPlAnte dentário. relAto de CAso

Caren Augustinho do Nascimento¹Maria Carolina Neves¹

Guilherme Santos Moreira²Joel Ferreira Santiago Junior³

Marcelo Salles Munerato4

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Prof. Dr. Área de Periodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3 Prof. Dr. Área de Prótese, Curso de Odontologia, Universidade do Sagra-do Coração, Bauru, SP.

4 Prof. Dr. Área de Cirurgia, Curso de Odontologia, Universidade do Sa-grado Coração, Bauru, SP.

A Regeneração Óssea Guiada (ROG) é um dos procedimentos em odontologia que visa reduzir a intensa perda óssea após a extração de elementos dentários e manter as dimensões ósseas. Para que a ROG seja alcançada é preciso isolar determinados tecidos utilizando uma membrana biocompatível e de preferência reabsorvível, pois esta deve inibir a migração de células para dentro do espaço que deverá estar preenchido com coágulo sanguíneo. Além disso, o alvéolo pre-cisa estar ausente de qualquer tipo de inflamação advindas de infecções bacteria-nas. Este relato de caso clínico tem com objetivo demonstrar a técnica de ROG executada na clínica da Universidade do Sagrado Coração – USC. A paciente foi indicada com a necessidade de exodontia do elemento 36 devido a um cisto perio-dontal apical na raíz mesial e também lesão de furca. Foi solicitado TC de mandí-bula e planejado exodontia com anestesia local, curetagem e irrigação abundante do alvéolo. Preenchimento com biomaterial Bio-Oss e com membrana de coláge-no (procedimento de ROG). Visando manter a estética da paciente durante todo

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o período de cicatrização e neoformação óssea, uma prótese provisória adesiva foi confeccionada para ser fixada aos elementos adjacentes 35 e 37 logo após o processo cirúrgico. Paciente foi medicada com analgésico, anti-inflamatório e antibiótico. O caso encontra-se em proservação.

Palavras-chave: Regeneração Óssea; Implante Dentário; Cisto Periapical.

efeito do Uso do rAloXifeno no ProCesso de rePAro eM reiMPlAnte

dentário tArdio. estUdo histológiCo eM rAtAs

Caroline Chepernate Vieira dos Santos1

Willian Morais de Melo2

Cassio Messias Beija Flor Figueiredo3

Lais Sara Egas1

Daniela Ponzoni4

Celso Koogi Sonoda5

1 Aluna de mestrado, Área de Implantodontia, Curso de Odontologia, Uni-versidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

2 Aluno de doutorado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

3 Aluno de mestrado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

4 Professor Doutor, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

5 Professor Doutor, Área de Clínica Integrada, Curso de Odontologia, Uni-versidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

O objetivo do trabalho foi analisar o efeito da ovariectomia e a terapia de reposi-ção hormonal com 17β-estradiol e raloxifeno no processo de reparo do reimplante dentário tardio por meio da análise histomorfométrica em ratas. Para isso, foram utilizadas quarenta ratas Wistar (Rattus norvegicus, albinus) com ciclos estrais normais, que foram divididas aleatoriamente em 04 grupos: grupo Sham (gru-po controle), grupo OVX/O (ratas ovariectomizadas e instalação de pellet com óleo de milho), grupo OVX/E (ratas ovariectomizadas e instalação de pellet com 17β-estradiol), e grupo OVX/R (ratas ovariectomizadas e tratadas com raloxife-no). Após 08 dias da ovariectomia, foi realizado extração dos incisivos superiores direito seguido de reimplante dentário tardio. Os animais sofreram eutanásia aos 60 dias após o reimplante para realização da análise histomorfométrica. Como resultado do estudo observamos que existiram diferenças estatísticas (P<0,05)

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favoráveis para os grupos OVX/E e OVX/R comparados aos demais grupos, com relação às variáveis de reabsorção inflamatória e reabsorção total; não existiram diferenças estatísticas com relação à reabsorção por substituição (P≥0,05). Em relação ao perímetro de anquilose, constatou-se diferenças estatísticas favoráveis nos grupos OVX/E e OVX/R, comparados aos grupos Sham e OVX/O (P<0,05). Em relação ao perímetro de ligamento periodontal, observou-se que os grupos OVX/E e OVX/R apresentaram resultados estatisticamente favoráveis sobre os demais grupos, sendo que o grupo OVX/R apresentou também diferenças esta-tísticas favoráveis comparado ao grupo OVX/E (P<0,05). Esses dados permitem concluir que a ovariectomia influenciou de forma significativa no processo de reparo do reimplante tardio. A terapia com raloxifeno favoreceu a permanência de tecido fibroso/ligamento periodontal, e diminuição do índice de reabsorção inflamatória e reabsorção total.

Palavras-chave: Reimplante Dentário; Ovariectomia; Ligamento Periodontal.

infeCção ontogêniCA CoM evolUção PArA AnginA de lUdwig eM PACiente

diAbétiCo: relAto de CAso

Caroline Chepernate Vieira dos Santos1

Bruna Junger2

Cassio Messias Beija Flor Figueiredo2

Gabriel Mullinari-Santos3

André Luis da Silva Fabris4

Idelmo Rangel Garcia – Junior5

1 Aluna de mestrado, Área de Implantodontia, Curso de Odontologia, Uni-versidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

2 Aluno de mestrado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

3 Aluno de doutorado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

4 Professor Doutor, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade Brasil, Fernandopolis, SP.

5 Professor Doutor, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

Atualmente, no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 6,9% da po-pulação é portadora dessa síndrome. Trata-se de um distúrbio crônico que, dentre outras coisas, suprime a imunidade do indivíduo e aumenta sua suscetibilidade a infecções, dentre elas as infecções de origem odontogênica. Um jovem de 17 anos, diabético tipo I, foi encaminhado a Santa Casa de Misericórdia de Ara-

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çatuba com queixa de dor, edema volumétrico firme a palpação na região sub-mandibular, sublingual, submentoneana e cervical. Relatou episódios de febre, disfagia e dificuldade respiratória. Através dos exames clínicos e imaginológicos chegou-se ao diagnóstico de Angina de Ludwig. O paciente foi encaminhado ao centro cirúrgico onde foi submetido à anestesia geral. Com o auxilio da equipe de cirurgia de cabeça e pescoço, foi submetido ao procedimento para drenagem da coleção purulenta em região cervical. Em seguida foi realizada a exodontia do dente 36 e drenagem em espaço submandibular pela equipe de CTBMF. Foi feita a colocação dos drenos de penrose em ambos os espaços. O paciente apresentava boa evolução do quadro até 12° dia de pós-operatório, em que o paciente evoluiu para um quadro de fasciite necrotizante e houve a necessidade de se fazer uma nova intervenção. Conclui-se que pacientes diabéticos podem evoluir mal em in-fecções odontogênicas, assim a prevenção e abordagem precoce nesses casos são a melhor forma de tratamento.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo I; Infecção focal dentária; Angina de Ludwig.

rePosiCionAMento dA Pré-MAXilACoM rhbMP-2 eM indivídUos CoM

fissUrA lAbioPAlAtinA

Diullia Bravo Braus1

Renato André de Souza Faco2

Camila Gomedi3

Gabriel Ramalho Ferreira2

Roberta Martinelli Carvalho2

Claudia Resende Leal2

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP.

2 Cirurgião Bucomaxilofacial da Seção de Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospi-tal de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - Universidade de São Paulo,

Bauru, SP.3 Aluna de Residência Multiprofissional em Saúde, Hospital de Reabilitação

de Anomalias Craniofaciais - Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O enxerto ósseo alveolar secundário proveniente da crista ilíaca é um procedi-mento consagrado no protocolo reabilitador das fissuras labiopalatinas. Entretan-to, a morbidade relacionada à área doadora motiva uma constante busca por mate-riais substitutos. Em algumas situações, geralmente na fissura completa bilateral, quando o nivelamento e o alinhamento entre os segmentos maxilares não podem

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ser alcançados por meio da ortodontia pré-enxerto alveolar, o reposicionamento cirúrgico da pré-maxila por meio da osteotomia do vômer associado ao enxerto é necessário. A BMP-2 é uma proteína osteoindutora que participa intensamente do processo de formação óssea. Assim, o objetivo deste trabalho foi relatar o empre-go da rhBMP-2, forma comercial da BMP-2, como um material alternativo para a cirurgia de enxerto alveolar associada ao reposicionamento da pré-maxila em indivíduos com fissura completa de lábio e palato bilateral, em um caso clínico de indivíduo que foi acompanhado pela equipe interdisciplinar do HRAC - USP desde os seus 3 meses até o presente momento. O mesmo foi submetido às cirur-gias plásticas primárias conforme o protocolo do hospital, bem como ao preparo ortodôntico prévio ao enxerto. O reposicionamento da pré-maxila se fez neces-sário devido ao grande desnível entre os segmentos maxilares, principalmente o excesso vertical deste segmento anterior. Considerando os efeitos psicossociais causados pela anomalia e a necessidade de se intervir precocemente, a rhBMP-2 foi eleita como material substituto à crista ilíaca anterior. Os exames clínicos e radiográficos aos 3 e 12 meses são satisfatórios e compatíveis com os encon-trados em indivíduos que receberam osso autógeno de ilíaco. Concluiu-se que a rhBMP-2 tem uso promissor com resultados muito semelhantes aos enxertos ósseos autógenos da crista ilíaca anterior.

Palavras-chave: Fenda labial; Fissura palatina; Transplante ósseo.

evidênCiAs dA ModUlAção dA 5-liPoXigenAse sobre rePAro ósseo Pós eXodontiA eM CAMUndongos

fêMeAs senis

Isabela do Carmo Custódio1

Gustavo Baroni Simionato2

Claudia Cristina Biguetti2

André Hergesel Oliva2

Edilson Ervolino2

Mariza Akemi Matsumoto2

1 Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Departamento de Ciências Básicas, Faculdade de Odontologia de Araça-tuba, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

Os processos de reabsorção e formação de tecido ósseo podem ser influenciados por diferentes fatores inflamatórios, dentre os quais se encontram os produtos do metabolismo do ácido araquidônico (AA) sintetizados pelas vias ciclooxigena-

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se (COX) e 5-lipoxigenase (5-LO). Neste contexto, a ausência da enzima 5-LO tem sido associada ao reparo acelerado de fraturas de fêmur em camundongos. Porém, seu efeito no reparo de ossos intramembranosos ainda permanece pouco elucidado. O presente estudo teve como objetivo analisar o papel da 5-LO sobre o processo de reparo alveolar pós exodontia camundongos fêmeas senescentes (64 semanas), por meio de análises comparativas entre animais 129Sv/WT e ge-neticamente deficientes para a enzima 5-LO (129/Sv 5-LOKO). Sendo assim, 20 camundongos fêmeas foram submetidas à exodontia do incisivo superior direito e foram eutanasiadas nos períodos de 7 e 21 dias pós-exodontia para coleta dos espécimes e análises microtomográficas (MicroCT) e histológicas para parâme-tros de reparo por coloração em HE. Testes estatísticos não paramétricos foram aplicados para análises dos dados quantitativos (Mann-Whitney, seguido do teste de Dunn), considerando o nível de significância de p>0,05. As análises da matriz mineralizada por MicroCT revelaram maior volume de tecido ósseo neoformado nos animais 5-LOKO em comparação aos WTs no períodos de 7 e 21 dias (BV em mm3 e BV/TV%), assim como aumento da espessura de trabéculas (Tb.Th) aos 21 dias (p>0,05). Já na análise histológica, observou-se um uma resposta inflamatória transitória e início de neoformação óssea em meio ao tecido de granulação e focos de coágulo sanguíneo aos 7 dias em ambos os grupos. Aos 21 dias, tanto animais WT quanto KO, apresentaram alvéolos dentários preenchidos por trabéculas ós-seas maduras, bem como canais medulares e áreas de remodelação óssea com presença de osteoclastos. No entanto, os animais KO apresentaram evidências de trabéculas mais espessas e em maior grau de maturação comparadas aos animais WT. Estes dados sugerem que a ausência da enzima 5-LO em camundongos senis 129/Sv parece favorecer o processo de reparo alveolar pós-exodontia, acelerando e aumentando a quantidade de matriz óssea neoformada nessas condições.

Palavras-chave: Exodontia; Reparo ósseo; 5-lipoxigenase

Apoio: FAPESP Processo: 2018/14488-9

Modelo de osteoneCrose dos MAXilAres eM CAMUndongos

fêMeAs senis trAtAdAs CoM doses CUMUlAtivAs de áCido zoledrôniCo

Isabela do Carmo Custódio1

Ramez Hassam Mahmoud2

Claudia Cristina Biguetti2

André Hergesel Oliva2

Dulce Helena Constantino1

Mariza Akemi Matsumoto1,2

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1 Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Departamento de Ciências Básicas, Faculdade de Odontologia de Araça-tuba, UNESP, Araçatuba, SP.

O ácido zoledrônico (ZL) é um bifosfonato indicado para o tratamento de dife-rentes patologias ósseas, tais como osteoporose severa em mulheres com idade avançada. Entretanto, sua utilização também constitui um fator de risco para o desenvolvimento de osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bifosfona-tos (OMAB). O objetivo deste estudo foi caracterizar a OMAB pós-exodontia em camundongos fêmeas senis da linhagem 129/Sv-WT no período pós-meno-pausa. Para tanto, 20 camundongos fêmeas com 64 semanas de idade, foram divididas em dois grupos de acordo com o tratamento: controle, solução salina 0.9%, e ZL, ácido zoledrônico na dose de 250µg/Kg via IP, uma vez por semana, até o final dos períodos experimentais. Após 4 semanas do início dos tratamen-tos, os animais foram submetidos à exodontia do incisivo superior direto e eu-tanasiados nos períodos de 7 e 21 dias pós-exodontia para coleta dos espécimes e análises microtomográficas e microscópicas (análise de birrefringência, histo-morfometria em HE e imunoistoquímica para osteoclastos TRAP+). Testes esta-tísticos não paramétricos foram aplicados considerando o nível de significância de p>0,05. As análises da matriz mineralizada por MicroCT, bem como da ma-triz colagenosa por birrefringência revelaram um adequado processo de reparo alveolar, com neoformação óssea gradativa, ao longo dos 7 para os 21 dias no grupo controle. Por outro lado, o grupo ZL apresentou áreas de fratura do osso alveolar, menor volume de tecido ósseo (BV/TV%) e menor qualidade de fibras colágenas comparado ao grupo Controle (p>0,05). Na análise histopatológica, enquanto o grupo controle mostrou uma resposta inflamatória transitória e início de neoformação óssea aos 7 dias, grupo ZL apresentou uma predominância de coágulo sanguíneo residual e aumento de infiltrado leucocitário. Aos 21 dias, o grupo controle apresentou o alvéolo dentário preenchido por trabéculas ósseas maduras e canais medulares, bem como áreas de remodelação óssea eviden-ciadas pelo aumento significante de osteoclastos TRAP+ comparado ao grupo ZL. Por outro lado, o grupo ZL apresentou ainda intenso infiltrado inflamatório neste período, fraturas ósseas, sequestros ósseos, lacunas de osteócitos vazias, osteoclastos desanexados da matriz e um importante atraso na formação óssea comparado ao grupo controle. Concluiu-se que a caracterização da OMAB neste modelo animal é viável para seu entendimento na fase pós-menopausa em con-dição de senilidade.

Palavras chave: Osteonecrose; Maxilares; Senescência; Exodontia

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trAtAMento CirúrgiCo PArA redUção e fiXAção de frAtUrA do teto dA órbitA e PArede Anterior do seio

frontAl

Isabela Siscotto Tobias1

Daniel Henrique Koga2

Marcos Martins Curi2

Giuliano Saraceni Issa Cossolin2

Camila Lopes Cardoso1

1 Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2 Departamento de Estomatologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospital

Santa Catarina, São Paulo

As fraturas frontais representam cerca de 8% das fraturas faciais, sendo as causas mais comuns os acidentes automobilísticos, agressões físicas, quedas e traumas desportivos. Na presença de alterações funcionais e estéticas, o tratamento cirúr-gico é indicado. O acesso coronal é comumente realizado, uma vez que permite boa exposição das áreas fraturadas com excelentes resultados estéticos. Paciente RSS, 31 anos, vítima de trauma desportivo na região frontal (choque de cabeças). Apresentou afundamento na região do trauma, sem alterações visuais associadas. TC mostrou fraturas cominutivas na parede anterior do seio frontal, com acome-timento do teto da órbita direita. Após 2 dias da internação, o paciente evoluiu com edema súbito na região periorbitária direita pós-esforço. TC mostrou edema das partes moles, com conteúdo sugerindo a presença de ar no interior dos tecidos moles palpebrais. O diagnóstico foi de enfisema periorbitário, sendo realizada punção imediata com agulha fina, com a diminuição do edema associado. Após regressão do edema da região frontal, o paciente foi submetido à cirurgia para re-dução e fixação interna rígida das fraturas. Foi realizado um acesso coronal, com divulsão por planos para acesso às fraturas, redução e fixação dos fragmentos ósseos com placas de perfil baixo e parafusos de titânio monocorticais do sistema 1.5 mm. O paciente evoluiu sem intercorrências, apresentando o adequado resta-belecimento do contorno da região frontal. No presente caso, o acesso cirúrgico coronal permitiu a redução e fixação adequada das fraturas, com bons resultados funcionais e cosméticos.

Palavras-chave: Fraturas; Órbita; Traumatologia.

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AssiMetriA fACiAl deCorrente de osteoMA de grAnde ProPorção eM

MAndíbUlA: relAto de CAso.

Laís Caroline da Silva¹

Bruna Barcelos Ferreira²

Eduardo Stedile Fiamoncini³

Eduardo Sanches Gonçales4

¹Aluna de graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB-USP

²Mestranda em Cirurgia do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pato-logia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB-USP

³Doutorando em Cirurgia do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB-USP

4Professor de Cirurgia do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patolo-gia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB-USP

Os osteomas são neoplasias benignas que acometem mais frequentemente a re-gião craniomaxilofacial. Apresentam crescimento lento e permanecem assinto-máticos por muito tempo, geralmente causando assimetria facial ou distúrbios funcionais. Diante desses tumores, é importante uma investigação para a Síndro-me de Gardner, já que até 90% dos pacientes com esta síndrome podem demons-trar anomalias esqueléticas, e os osteomas são as mais comuns. O objetivo desse trabalho é relatar o caso clínico de uma paciente do gênero feminino, 54 anos, que referiu história de aumento de volume em face com 8 anos de evolução. Ao exame clínico observou-se assimetria facial com presença de lesão nodular localizada em região submandibular esquerda, indolor, endurecida à palpação. Ao exame de radiografia panorâmica evidenciou-se imagem radiopaca circunscrita em corpo de mandíbula esquerdo, sugestiva de osteoma, além disso, foi realizada tomogra-fia computadorizada de feixe cônico para melhor planejamento cirúrgico. Através de avaliação médica de gastroenterologista, não foi verificada qualquer alteração. A paciente foi submetida à biópsia excisional sob anestesia geral e, após exame anatomopatológico, confirmou-se o diagnóstico presuntivo de Osteoma. A mes-ma encontra-se em pós-operatório de 14 meses, sem sinais de recidiva. Conclui--se que o tratamento cirúrgico para remoção dos osteomas mandibulares pode ser indicado por razões psicológicas, estéticas e funcionais, sendo que casos de recidiva deste tumor são raros.

Palavras-chave: Cirurgia bucal; Osteoma; Biopsia

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trAtAMento orto-CirúrgiCode Pré-MolAr sUPerior inClUso:

relAto de CAso

Laís Caroline da Silva¹

Willian Ricardo Pires²

Fernanda Herrera Costa Godoi³

Bruna Barcelos Ferreira4

Eduardo Sanches Gonçales 5

¹ Aluna de graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB-USP

² Professor de Cirurgia da Universidade Estadual do Norte do Paraná UENP

³ Mestranda em Diagnóstico do Departamento de Biociências e Diagnóstico Bucal da UNESP – São José dos Campos

4 Mestranda em Cirurgia do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pato-logia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB-USP

5 Professor de Cirurgia do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patolo-gia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB-USP

Dentes inclusos possuem etiologia multifatorial, sendo a discrepância dento es-quelética, a obstrução mecânica ou patologias associadas as principais causas de retenção e falha no processo eruptivo. Há uma prevalência no gênero feminino, com maior incidência em terceiros molares, seguidos pelos caninos e incisivos centrais superiores. Os pré-molares superiores correspondem a 0,05% dos casos. O tratamento cirúrgico-ortodôntico de dentes impactados (tracionamento) é uma abordagem conservadora que objetiva trazer o elemento dental para o correto ali-nhamento oclusal. Os princípios gerais para um tracionamento bem sucedido se baseiam na localização radiográfica, criação de espaço ideal na arcada dentária, exposição cirúrgica do elemento impactado, instalação de dispositivo de tracio-namento e aplicação de forças ortodônticas para o posicionamento do elemento dentário de forma adequada. O objetivo deste trabalho é apresentar o caso clínico de uma paciente do gênero feminino, 12 anos, dentição mista e com mordida cru-zada posterior, em tratamento ortodôntico, submetida a procedimento cirúrgico para colagem de dispositivo e tracionamento do elemento 15 incluso e exodontia do elemento 55. O procedimento foi realizado sem intercorrências, com acom-panhamento pós-operatório de 1 ano, apresentando o correto posicionamento do elemento na arcada maxilar. Conclui-se que é necessário conhecer os dispositivos e técnicas com intuito de corrigir condições clínicas inadequadas, evitando extrações e também interação multidisciplinar entre cirurgião e ortodontista pra melhor planejamento do caso.

Palavras- chaves: Dente incluso; Ortodontia; Cirurgia bucal.

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retAlho ósseo e CorPo AdiPoso bUCAl PArA trAtAMento de fístUlA

bUCo sinUsAl

Leticia Holobenko1

Ana Carolina Ficho2

Gabriel Lúcio Calazans Duarte2

Beethoven Estevão Costa3

Nataira Regina Momesso4

Paulo Domingos Ribeiro Junior5

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coracão, Bauru, SP.

2 Alunos de Especialização, Área de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, Curso Odontologia, Universidade do Sagrado Coracão, Bauru, SP.

3 Aluno de Aperfeiçoamento, Área de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, Curso Odontologia, Universidade do Sagrado Coracão, Bauru, SP.

4 Aluna de Mestrado, Área de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, Curso Odontologia, Universidade do Sagrado Coracão, Bauru, SP.

5 Prof. Dr. Área de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, Curso Odontologia, Universidade do Sagrado Coracão, Bauru, SP.

A fístula buco-sinusal é descrita como um acesso direto, epitelizado e permanen-te, entre o seio maxilar e a cavidade bucal. Pode ocorrer acidentalmente durante a extração dentária, quando o ápice dos dentes superiores posteriores apresentam íntima relação com a cavidade sinusal. O objetivo deste relato de caso clínico é apresentar um paciente com fístula buco sinusal, com infecção sinusial e nos exames imaginológicos foi observado a presença de corpos estranhos no interior do seio maxilar lado esquerdo. O tratamento indicado foi clínico e cirúrgico, iniciou-se o tratamento clínico com o objetivo de realizar o condicionamento pré-vio da mucosa sinusal. Após 3 semanas, o paciente foi submetido a anestesia geral para realização de técnica cirúrgica. Através de um retalho ósseo vascularizado realizou a sinusectomia parcial e a remoção do corpo estranho no interior da cavidade sinusal. Para o fechamento da fístula buco sinusal foi utilizado um reta-lho muco periostal vestibular associado ao corpo adiposo bucal (bola de bichat) ambos deslizados para oclusão primaria da fístula. Com este plano de tratamento empregado o pós-operatório ocorreu sem intercorrências e a fístulas apresentam--se fechadas após 1 ano e 8 meses

Palavras-chave: Seio maxilar; Corpo adiposo; Cirurgia.

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CorrelAção entre o esPAço Aéreo e ProCessos PAtológiCos de ConChAs

nAsAis de PACientes sUbMetidos à CirUrgiA ortognátiCA

Paulo Henrique Daltin1

Cleuber Rodrigo de Souza Bueno2

Onassis Leme da Silva3

Hugo Nary Filho4

1 Aluno de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Aluno de Mestrado do programa de pós-graduação em Biologia Oral, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3 Mestre pelo programa de pós-graduação em Biologia Oral, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

4 Professor do programa de pós-graduação em Biologia oral, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

O objetivo deste trabalho foi analisar se existe correlação entre o espaço aéreo superior-anterior e o processo patológico de conchas nasais inferiores hipertró-ficas, e analisar o padrão do volume aéreo superior-anterior de pacientes sub-metidos à cirurgia ortognática por meio de tomografia computadorizada. Foram selecionados 20 pacientes para o estudo, contudo, como resultado parcial, obtêm os resultados de 11 pacientes, os quais estão com as mensurações aéreas e aná-lises histológicas completas. Tais pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico maxilar para correção de anomalias entre os arcos dentários e por diag-nóstico clínico foi necessário a remoção dos pares de conchas nasais inferiores. As amostras foram submetidas à coloração de hematoxilina e eosina para conta-gem histológica das células inflamatórias utilizando o programa Image Pró-Plus – Versão 5.1. Também realizamos as mensurações volumétricas do espaço aéreo superior-anterior no software Dolphin Imaging 11.95 Premium, onde foi delimi-tado o espaço aéreo superior-anterior, utilizando reformatações 2D e segmenta-ção automática, e a mensuração volumétrica do espaço aéreo superior-anterior total, avaliando toda a massa volumétrica do espaço por meio de segmentação. As análises tomográficas e histológicas foram realizadas por dois operadores diferentes, a fim de verificarmos o erro do método (testes estatísticos: casual - Dahlberg e sistemático - test t). Os dados quantitativos obtidos foram organizados em planilhas em formato Excell com as médias e desvio padrão, os quais foram submetidos ao teste estatístico de correlação de Pearson. O programa estatístico utilizado foi o Sigma Plot 13.0, considerando um nível de significância de 5%. A média das mensurações do espaço aéreo foram de 53.586mm3 com desvio padrão de 6.531mm3 para a área total, 17.323mm3 com desvio padrão de 3.446mm3; Com

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os resultados das análises histológicas, observou-se um concentrado de linfó-citos e macrófagos, os quais constituem 80% das células encontradas em todos os pacientes analisados, e a porcentagem de correlação foi de moderada fraca nos testes de correlação de Pearson. Deste modo, considerando as limitações do estudo, podemos concluir que não houve correlação direta de forma significativa entre o volume do espaço aéreo e processo inflamatório das conchas nasais infe-riores. Além disso, verificamos que o padrão inflamatório nas conchas nasais dos pacientes submetidos à cirurgia ortognática foi crônico.

Palavras-chave: Cirurgia Ortognática; Obstrução das Vias Respiratórias; Con-chas Nasais.

Apoio: FAPESP Processo: 2017/20814-3

PerdA de sUbstânCiA lAbiAl APós AnestesiA do nervo AlveolAr

inferior: iMPortânCiA dAs orientAções Pós-oPerAtóriAs

Bárbara Bella de Oliveira Vieira1

Wanessa Barros Crispim1

Jéssica Lemos Gulinelli2

Pâmela Letícia dos Santos2

Marcus Vinícius Kasaya3

Marcelo Augusto Cini3

1 Alunas de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Professoras Doutoras Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Universidade de Araraquara, Araraquara, SP.

3 Alunos de Doutorado, Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Fa-cial, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

A técnica anestésica pterigomandibular é uma das mais comuns utilizadas na rotina do cirurgião dentista. Dentre as complicações raras relatadas, destacam-se os ferimentos de tecido mole. Estas possíveis complicações e cuidados pós ope-ratórios devem ser apresentadas previamente aos pacientes para que os mesmos tomem ciência dos riscos, e assim, concordem com procedimento proposto. O objetivo deste estudo é relatar o caso clínico de extensa perda tecidual traumática do lábio por auto mordida após bloqueio do nervo alveolar inferior para exo-dontia de terceiro molar inferior incluso. Paciente de 20 anos, gênero feminino que teve a extração do terceiro molar inferior direito sob anestesia pterigoman-

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dibular sem intercorrências durante o procedimento clínico. Entretanto, após a cirurgia, a mesma foi para sua residência ainda com o lábio anestesiado e acabou dormindo. Ao acordar notou que havia mastigado e engolido parte do lábio infe-rior, uma vez que ainda estava sob efeito da anestesia. Procurou imediatamente o Serviço de CTBMF do Hospital Municipal de Santo André onde foi submetida a um procedimento de reconstrução labial com sutura sob anestesia geral pelos profissionais da equipe da cirurgia bucomaxilo facial e cirurgia plástica. Após 6 meses de controle, a paciente apresenta-se em bom estado geral, com os tecidos moles do lábio inferior cicatrizados e aspecto estético e funcional adequados. É possível concluir que os profissionais que realizam procedimentos de anestesia local pterigomandibular, independente da finalidade odontológica, devem incluir informações sobre o cuidado pós-operatório de evitar morder os lábios após in-filtração anestésica, diminuindo, assim, as chances de ocorrer este episódio en-quanto se aguarda o metabolismo completo da solução.

Palavras-chave: Bloqueio; Nervo alveolar inferior; Complicações; Anestesia local.

odontoMA CoMPostoeM MAXilA AssoCiAdo A dente retido

relAto de CAso

Felipe Faustino de Melo1

Gabriel Lúcio Calazans Duarte2

Francielly Prenhaca Vilas Boas3

Camila Lopes Cardoso4

Marcelo Salles Munerato4

1 Aluno de Graduação do curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

2 Aluno da Pós- Graduação do curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

3 Aluna de aperfeiçoamento em Cirurgia no cuso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

4 Professores Doutores Área de Cirugia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O odontoma é o tumor odontogênico benigno mais comum encontrado na cavida-de bucal, sendo também conhecido como hamartoma, por se tratar de um tumor de malformação de desenvolvimento. Ele se apresenta em forma de uma massa calcificada, uniformemente arredondada ou irregular, sendo formado por tecidos dentários, como esmalte, dentina e, às vezes, cemento também está presente. O diagnóstico é feito por meio de exames radiográficos, muitas vezes de rotina pois

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se trata de uma patologia assintomática e de crescimento lento. Sua classifica-ção é feita se baseando nas características morfológicas apresentadas, podendo ser ele classificado como complexo, no caso de uma massa disforme, atingindo principalmente os molares, ou odontoma composto, quando apresenta múltiplos dentículos, sendo mais comum na região anterior da maxila. Os autores relatam um caso clínico de um paciente CSS do gênero masculino, 44 anos, portador de deficiência neurológica motora, que compareceu ao Ambulatório de Cirurgia da Universidade do Sagrado Coração para tratamento odontológico, pois havia diversos dentes com mobilidade e cavitados por lesão de cárie. Ao ser realizado exame clínico e solicitado radiografia panorâmica foi constatado a presença de um odontoma composto na região de canino superior esquerdo retido. Após o diagnóstico inicial foi solicitado TC de maxila para planejamento cirúrgico. Foi realizado procedimento cirúrgico sob anestesia local com abordagem palatina para exodontia do dente 23 e remoção total do odontoma composto.

Palavras-chave: Dente impactado; Odontoma; Tomografia.

eXodontiA de dente sUPrAnUMerário inClUso nA MAndíbUlA

Larissa Moreira Gomes1

Beethoven Estevão Costa2

Debora Garcia de Melo3

Francielly Prenhaca Vilas Boas Oliveira3

Marcelo Salles Munerato4

Camila Lopes Cardoso4

1 Aluna graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Cora-ção, Bauru, São Paulo.

2 Mestrando em Ciências da Reabilitação, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo.

3 Pós-Graduandos a nível de aperfeiçoamento em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, São Paulo.

4 Professores Doutores Área de Cirurgia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, São Paulo.

Os dentes supranumerários são uma anomalia do número dentário, variam quan-to à forma, posição, localização e quantidade. Podem apresentar-se irrompidos ou inclusos, relacionados ou não com síndromes e doenças sistêmicas. São en-contrados nas dentições decíduas ou permanentes, sendo duas vezes mais comu-mente na permanente. A incidência na maxila pode chegar à proporção de 8/1 em relação à mandíbula. A prevalência pelo sexo masculino é de 3,8% contra 2,0% nas mulheres. Sua etiologia não encontra-se totalmente definida, ainda não é bem compreendida. O objetivo do trabalho é apresentar o caso de um paciente do sexo

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masculino, 30 anos que foi encaminhado pelo Cirurgião-Dentista ao Ambulató-rio de Cirurgia da Universidade do Sagrado Coração em Bauru SP. Após o exame clínico foi solicitado Tomografia Computadorizada de mandíbula para Diagnós-tico e planejamento cirúrgico. A cirurgia conduzida foi realizada com anestesia local e com acesso lingual devido à localização do mesmo. Não houve nenhuma intercorrência durante o procedimento e o paciente encontra-se em proservação. O diagnóstico e o tratamento adequado em casos de dentes supranumerários in-clusos é de extrema importância. Considerando-se que um dente pode permane-cer incluso por longos períodos de tempo, de maneira assintomática, a transfor-mação cística, tumoral e a chance de causar injúrias aos tecidos adjacentes são riscos que não devem ser negligenciados. É necessário a avaliação histológica de todo o tecido mole removido com o dente incluso.

Palavras-chave: Supranumerário; Cirurgia; Dente incluso.

enXerto ósseo AlveolAr seCUndário CoM áreA doAdorA dA

sínfise MAndibUlAr eM PACiente CoM fissUrA lAbioPAlAtinA

Patricia Martins Bueno1

Ivy Kiemle Trindade Suedam2

Paulo Alceu Kiemle Trindade3

¹ Aluna de Mestrado, Laboratório de Fisiologia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo

² Profª. Draª. Laboratório de Fisiologia, Hospital de Reabilitação de Anoma-lias Craniofaciais da Universidade de São Paulo

³ Cirurgião Bucomaxilofacial, Setor de Cirurgia Ortognática, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo

A fissura labiopalatina é a anomalia craniofacial mais prevalente no mundo e o seu tratamento requer uma equipe altamente especializada e multiprofissional. As fissuras labiopalatinas, com origem no palato primário, geralmente segmen-tam o arco alveolar na região do incisivo lateral, frequentemente ausente ou hipo-plásico. O protocolo de tratamento padrão envolve o enxerto ósseo alveolar, cujo objetivo é induzir a formação óssea, unindo os segmentos alveolares divididos pela fissura. A época ideal para realização do enxerto ósseo alveolar secundário é entre os 8 a 12 anos de idade, antes da irrupção do canino permanente. A área doadora do enxerto mais comumente utilizada é a crista do ilíaco. No entanto, a sínfise mandibular pode também se apresentar como uma opção viável para a ob-tenção do enxerto, desde que indicada corretamente. O objetivo deste estudo foi

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descrever o caso clínico de um indivíduo do gênero feminino, 9 anos, com fissura pré-forame unilateral esquerda, submetida à cirurgia de enxerto ósseo alveolar secundário com área doadora da sínfise mandibular. O enxerto obtido apresen-tava aspecto corticomedular, sendo o mesmo triturado para posterior adaptação e preenchimento de todo defeito ósseo alveolar. Na radiografia periapical pós--operatória de 3 meses foi possível observar a formação óssea completa de todo o rebordo alveolar, permitindo a liberação da mecânica ortodôntica na fissura. Como conclusão, a técnica do enxerto particulado obtido da sínfise mandibular se mostrou uma alternativa viável para correção do defeito ósseo causado pela fissura labiopalatina.

Palavras-chave: Fissura Palatina; Alveoloplastia; Fístula; Fenda Labial.

trAtAMento orto-CirúrgiCode PACiente ClAsse iii de Angle-

relAto de CAso

Jéssica da Mota Stripari1

Carolina Fernandes Mota Rodrigues1

Marcus Vinicius Satoru Kasaya2

Pamela Leticia dos Santos2

Jessica Lemos Gulinelli2

1 Centro de Ciências da Saúde, Universidade do Sagrado Coração 2 Serviço de CTBMF - Hospital São Lucas de Extrema (HMSL) - MG.

O objetivo deste estudo é relatar o caso e a importância da interação cirúrgico--ortodôntica no tratamento de paciente classe III de Angle da infância à idade adulta. Paciente J.P.C, 11 anos, procurou atendimento com queixa de prognatis-mo mandibular e histórico de casos semelhantes na família. Foi proposto trata-mento ortopédico com uso de disjuntor de Haas e máscara de protração maxilar. O mesmo tratamento foi repetido aos 12 anos e realizado proservação do caso até o pico do crescimento. Aos 16 anos, o paciente retornou confirmando o prog-natismo mandibular. Assim, foi submetido ao preparo ortodôntico para cirurgia ortognática, com descompensação ortodôntica; Aos 18 anos, concluido o pico de crescimento, foi realizado o lanejamento cirúrgico virtual da cirurgia ortognáti-ca, com avanço maxilar em região de SNA de 3mm e em região de ICS de 5mm, impacção de 2mm em região de 16/26, 3mm o conjunto maxilar e recuo com giro anti-horário da mandíbula. Após 1 ano da cirurgia, paciente apresenta-se com oclusão estável, simetria facial e sem sequelas cirúrgicas como parestesias, excelente vedamento labial e repercussão estética. A maioria dos pacientes que

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se submetem às cirurgias corretivas têm mudanças positivas e experimentam aumento na autoconfiança.

Palavras-chaves: Cirurgia Ortognática; Prognatismo; Assimetria Facial

Análises MiCroMotoMográfiCAs dA inCorPorAção de diferentes

PArAfUsos de fiXAção ósseA eM rAtos: resUltAdos PreliMinAres

Nataira Regina Momesso1

Gabriel Lucio Calazans Duarte2

Beethoven Estevão Costa3

Cláudia Cristina Biguetti4

Mariza Akemi Matsumoto5

Paulo Domingos Ribeiro Junior6

1 Aluna de Mestrado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Aluno de Especialização, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofa-cial, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3 Aluno de Aperfeiçoamento, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilo-facial, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

4 Aluna de Pós Doutorado, Ciências Básicas, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, Araçatuba, SP.

5 Prof. Dra., Ciências Básicas, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, Araçatuba, SP.

6 Prof. Dr., Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Curso de Odontolo-gia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

A fixação interna com placas e parafusos é considerada a melhor opção para o tratamento da estabilização dos ossos em cirurgia bucomaxilofacial. Devido aos diferentes tipos e formas geométricas de parafusos disponíveis para este fim, como os não auto perfurantes (NAP) e auto perfurantes (AP), existem contro-vérsias na literatura sobre o melhor desenho, de modo que, desenhos distintos poderiam influenciar na resistência de fixação das placas junto ao osso. A re-posta imediata e tardia do tecido ósseo frente à fixação de parafusos NAP ou AP, ambos com dimensões de 1,5Ø por 4mm de comprimento. Para tanto, foram utilizados 6 ratos machos da linhagem Albinus Wistar, com peso aproximado de 300 g e idade de 5 meses, provenientes do Biotério da Universidade Sagrado Coração. Os animais foram submetidos a procedimento cirúrgico na tíbia bila-

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teralmente, sendo que a tíbia esquerda recebeu o parafuso AP (grupo G1), sem a necessidade de perfuração guia, enquanto a tíbia direita recebeu parafusos NAP (grupo G2), com perfuração prévia à 1600rpm, com broca piloto de 1.1 mm. Três animais foram sacrificados imediatamente à instalação dos parafusos, e três animais após 21 dias da instalação. Os espécimes ósseos foram coleta-dos, acondicionados em formol 10% para fixação, lavados e acondicionados em álcool 70% para escaneamento microtomográfico (MicroCT), em equipamento SkyScan 1176, com uma resolução de 12µm e análises qualitativas (software CTVox, Bruker) e quantitativas (software CTAnalyzer, Bruker). Análises tridi-mensionais demonstraram um íntimo contato entre o osso e parafuso em ambos grupos, G1 e G2 no período imediato, e um pequeno espaço entre o parafuso e o osso, considerando a região de cabeça do implante, no grupo G2, no período de 21 dias. Na avaliação quantitativa, G1 e G2 (BV/TV% e BV em mm3) não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos G1 e G2, tanto nos períodos de 21 dias. Entretanto, há uma tendência em maior BV/TV% e BV no grupo G1 comparado ao G2 (p<0,06), de modo que o aumento do ‘n’ experimental poderia levar às respostas mais conclusivas. Frente aos resultados preliminares, conclui-se que a perfuração prévia e inserção do parafuso P pode-ria gerar menos estresse biomecânico e favorecer a formação óssea ao redor do implante nos períodos mais tardios.

Palavras-chave: Fixação Interna de Fraturas; Tomografia Computadorizada por Raios-x; Parafusos ósseos; Placas Ósseas.

feChAMento de CoMUniCAção bUCo sinUsAl UtilizAndo teCido AdiPoso

dA bolA de biChAt. relAto de CAso.

Thamyres Cristina dos Santos Sinhorini1

Gabriel Lúcio Calazans Duarte2

Nataira Regina Momesso3

Camila Lopes Cardoso4

Marcelo Salles Munerato4

1 Aluna de Graduação em Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Aluno de Pós-graduação, Área de Cirurgia e traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3 Aluna de Mestrado na Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

4 Professores Doutores Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Fa-cial, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

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As comunicações bucossinusais são complicações cirúrgicas relativamente frequentes na prática odontológica. Apesar de várias condições estarem relacionadas a este tipo de comunicação, a exodontia de dentes posteriores superiores apresenta-se como o principal fator etiológico. São diagnosticadas através de fístulas, que comunicam as cavidades bucal e sinusal, permitindo, dessa forma, a passagem de alimentos e outras substâncias para o interior do seio maxilar, propiciando, assim, quadros infecciosos conhecidos como Sinusites. O objetivo deste trabalho é relatar o caso clínico do paciente J.G.S., gênero masculino, 59 anos, leucoderma, sem alterações de ordem sistêmica, que compareceu ao ambulatório de Pós-graduação da Universidade do Sagrado Coração relatando como queixa principal o fato de “sair líquidos pelo nariz” durante alimentação e que isto havia iniciado após realizar exodontia de raiz residual do 16. Ao exame clínico, foi constatada a presença da fístula bucossinusal na região do dente 16, com tecido circundante de aparência normal, no momento sem secrecção purulenta. Durante o exame clínico, o paciente relatou que, após a exodontia do 16, foi realizada uma tentativa de fechamento da fístula bucossinusal através do reposicionamento do retalho vestibular e não foi obtido sucesso. Após 45 dias de condicionamento da mucosa do seio maxilar através de irrigações com soro fisio-lógico e clorexidina a 0,12%, foi proposto ao paciente e realizado o fechamento da fístula bucossinusal através da utilização do Corpo Adiposo de Bichat, reposi-cionando o tecido adiposo no local da comunicação, não havendo intercorrências trans e pós-operatórias, finalizando com o sucesso do tratamento planejado.

Palavras-chave: Infecção; Fístula; Exodontia.

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trAbAlhos CirUrgiA e trAUMAtologiA

bUCoMAXilofACiAlCAtegoriA PAinel

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relAto de CAso ClíniCo: enXerto ósseo UtilizAndo rh-bMP-2

nos PACientes do hosPitAl de reAbilitAção de AnoMAliAs

CrAniofACiAis dA UsP

Camila Gomedi1

Gabriel Ramalho-Ferreira2

Cláudia Resende Leal2

Diullia Bravo Braus3

1 Aluna do curso de residência multiprofissional no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, Bauru – SP.

2 Cirurgiões bucomaxilofacial no setor de cirurgia ortognática do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo,

Bauru – SP.3 Aluna de Graduação do curso de Odontologia na Faculdade de Odonto-

logia de Bauru, Bauru – SP.

As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas, sendo consideradas as mais comuns que afetam a face do ser humano, atingindo uma criança a cada 650 nascidas, podendo ser uni ou bilaterais, afetando lábio e/ou palato. Nos pacientes em que a fissura afeta o rebordo alveolar, torna-se necessário o enxerto na região, idealmente realizado antes do irrompimento do canino, feito geralmente entre 9 e 11 anos de idade. O enxerto propicia que a mecânica ortodôntica seja realizada na região acometida pela mesma, desta maneira, ocorre melhoria estética, suporte para a base alar, oferece condições periodontais saudáveis, permite colocação de implantes, elimina a fístula buco nasal, e estabiliza os segmentos maxilares. Além disso, nos casos que necessitam de cirurgia ortognática, há melhora na vascula-rização da maxila, o que diminui possíveis intercorrências no pós- operatório, como perda dos dentes próximos a fissura ou defeitos periodontais dos mesmos. Apresentaremos um caso de fissura pré-forame completa unilateral esquerda tra-tado com Rh-BMP-2 (proteína morfogenética óssea). A paciente se encontra em pós-operatório de 3 anos e 6 meses, em fase de finalização ortodôntica. Foi criado espaço para introdução de implante na região do 22 por meio da exodontia do 14, e posterior retração do 13, associada à correção da linha média superior. Palavras-chave: Fissura palatina; Fissura labial; Enxerto ósseo.

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AUsênCiA dA 5-liPoXigenAse MelhorA A qUAlidAde ósseA no Período

Pós-MenoPAUsA eM CAMUndongos: resUltAdos PreliMinAres

Gustavo Baroni Simionato1

Jesus Carlos Andreo2

André Luis Shinohara2

Isabela do Carmo Custódio3

Mariza Akemi Matsumoto1

Claudia Cristina Biguetti1,2

1 Departamento de Ciências Básicas, Faculdade de Odontologia de Araça-tuba, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP.

2 Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

3 Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Odontologia, Universi-dade Sagrado Coração, Bauru, SP.

Sabe-se que os produtos do metabolismo do ácido araquidônico (AA) metaboliza-dos pela via 5-lipoxigenase (5-LO), tais como os leucotrienos, possuem um efei-to reabsortivo sobre o tecido ósseo, por meio do aumento da osteoclastogênese. Neste sentido, estudos prévios sugerem que a ausência dessa enzima em animais geneticamente deficientes (5LOKO) machos e adultos, altera o fenótipo de ossos longos comparado a animais selvagens (WT). Entretanto, o papel da 5-LO sobre a perda óssea em condições de senescência pós menopausa permanece desconheci-do. O presente estudo teve como objetivo analisar comparativamente os fêmures e a quinta vértebra lombar (L5) de camundongos 129/Sv-WT e 5LOKO fêmeas, com idade de 64 semanas, sendo utilizados 5 animais em cada grupo (WT ou 5LOKO). Para constatar a menopausa, as fêmeas de ambos grupos foram anali-sadas em relação ao ciclo estral durante os períodos de 60 a 64 semanas, sendo constatada a persistência do estágio de diestro durante 4 semanas consecutivas. Assim, as fêmeas foram submetidas à eutanásia para coleta dos espécimes ósse-os, escaneamento dos mesmos em microCT e subseqüente processamento para análise histológica em HE. Na caracterização microtomográfica da L5 e fêmur, observaram-se áreas hipodensas no corpo da L5 e na metáfise distal do fêmur das fêmeas senis WT, enquanto as fêmeas 5-LOKO apresentaram importante hiper-densidade distribuída de forma homogênea, tanto em regiões corticais quanto tra-beculares. Nas análises microtomográficas quantitativas, a proporção de volume ósseo por volume de tecido (BV/TV, %) foi significativamente maior nas regiões de corpo vertebral da L5, metáfise distal e diáfise do fêmur. Histologicamente, cortes ambos grupos (WT e 5LOKO) revelaram áreas com tecido ósseo cortical e trabéculas ósseas maduras permeadas por medula óssea vermelha nas regiões

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de corpo vertebral e colo do fêmur. Enquanto animais WT apresentaram nume-rosas células osteoclásticas na superfície das trabéculas e corticais delgadas, na metáfise femoral e corpo vertebral, o grupo 5LOKO exibiu cortical óssea robusta e escassas trabéculas na porção medular. Em conclusão, esses resultados sugerem que a ausência da 5-LO nos camundongos 5LOKO melhora a qualidade óssea no período pós-menopausa comparada aos animais WT.

Palavras-chave: Senilidade; Tecido ósseo; 5-lipoxigenase.

Apoio: FAPESP Processo 2018/14488-9

frAtUrA MAndibUlAr tArdiA Pós-tentAtivA de eXodontiA

Henrique Hadad1

Rodrigo Capalbo da Silva1

Luara Teixeira Colombo1

Fábio Roberto de Souza Batista1

Ana Flávia Piquera Santos1

Francisley Ávila Souza2

1Aluno de Pós-graduação FOA-Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

2Professor Pós-graduação FOA-Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

A fratura de ângulo mandibular é uma das complicações mais graves que podem ocorrer nas exodontias dos terceiros molares inferiores. Estudos mostram que fraturas iatrogênicas associadas às exodontias são raras, mas existem, necessi-tando que o cirurgião-dentista seja capacitado para realizar tal procedimento. O objetivo deste trabalho é abordar o tratamento de fratura mandibular após tenta-tiva de exodontia, enfatizando os cuidados do cirurgião-dentista durante proce-dimentos cirúrgicos de rotina. Métodos: Paciente do gênero masculino, 41 anos, foi encaminhado à equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial de Araçatuba, relatando histórico de tentativa de exodontia do elemento 38 e fra-tura mandibular após 3 dias do procedimento cirúrgico. Ao exame físico extra oral apresentava edema em região de ângulo mandibular esquerdo, parestesia na região inervada pelo nervo alveolar inferior esquerdo, e discreta limitação de abertura bucal. Ao exame físico intraoral suturas do procedimento de tentativa de exodontia em posição, ausência de sinais de infecção, edema de mucosa na região de elemento 38, crepitação a palpação em região mandibular. Ao exame de imagem foi possível observar traços sugestivos de fratura de ângulo man-dibular esquerdo. O tratamento eleito foi o cirúrgico. Paciente foi submetido a

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Anais da XII Jornada de Odontologia da

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procedimento sob anestesia geral e intubação nasotraqueal. Foi realizado acesso através de incisão triangular e, subsequentemente, a exodontia do elemento 38. A osteossíntese da fratura de ângulo mandibular foi realizada após a exodontia e instalação de bloqueio maxilo-mandibular, pelo método de Champy, com a uti-lização de uma placa do sistema 2.0 de 8 furos. No pós-operatório, paciente não apresentou queixas, com restabelecimento funcional satisfatório. A maioria dos pacientes com fraturas tardias são tratados de forma conservadora, pelo mínimo deslocamento que apresentam. Conclui-se que o cirurgião-dentista deve estar to-talmente capacitado para realizar exodontias de terceiros molares, visando evitar complicações advindas do procedimento.

Palavras-chaves: Fixação de fratura; Complicações pós-operatórias; Cirurgia bucal.

estUdo ClíniCo CoMPArAtivo entre diferentes ModAlidAdes de

trAtAMentos CirúrgiCos PArA A osteoneCrose MediCAMentosA

Majhory Malmonge dos Santos1

Claudia Curra1

Marcos Martins Curi2

Daniel Henrique Koga2

Joel Ferreira Santiago Junior2

Camila Lopes Cardoso2

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Estomatologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospital

Santa Catarina, São Paulo

A osteonecrose medicamentosa dos maxilares associada ao uso de bisfosfona-tos (OMMBF) é uma complicação bucal importante, descrita inicialmente em 2003, a qual tem sido amplamente investigada, principalmente com relação ao seu tratamento. O objetivo deste trabalho foi comparar o resultado do tratamento cirúrgico da OMMBF quando duas modalidades de tratamento foram avaliadas: Grupo 1: Ressecção óssea seguida da utilização do plasma rico em plaquetas (PRP) e Grupo 2: Ressecção óssea sem a utilização de PRP, no intuito de verifi-car se o PRP apresenta maior sucesso de tratamento. Foi realizada uma avaliação retrospectiva de prontuários de pacientes diagnosticados e tratados de OMMBF desde a data de 2003. Foram excluídos da seleção os prontuários de pacientes que foram submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço e que não foram

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submetidos ao tratamento cirúrgico. Foram coletadas as seguintes informações: Idade e gênero do paciente, tipo de doença sistêmica, tipo de bisfosfonato, tempo de uso do bisfosfonato, forma de administração do medicamento, estadio clínico da OMMBF e resultado do tratamento cirúrgico. O critério de sucesso clínico utilizado foi: o recobrimento total da mucosa; ausência de sinais de infecção ou inflamação; ausência de osso necrótico; ausência de dor ou qualquer desconforto durante o período de acompanhamento e exame complementar de imagem de-monstrando ausência de alterações sugestivas de OMMBF. Não houve diferen-ça significativa no sucesso dos tratamentos (p=0,221) quando os grupos foram comparados. Considerando as demais variáveis comparadas (tempo de uso do medicamento, gênero, estadio clínico) também não demonstraram diferença sig-nificativa. Os resultados deste estudo demonstraram que a utilização do PRP no leito cirúrgico não foi um fator decisivo no sucesso do tratamento da osteonecro-se medicamentosa.

Palavras-chave: Osteonecrose; Bisfosfonatos; Tratamento cirúrgico; Plasma rico em plaquetas.

PAdrão de resPostA inflAMAtóriAà diferentes bioCerâMiCAs eMdefeitos ConfeCCionAdos eM

CAlváriA de rAtos

Raquel Barroso Parra da Silva1

Ana Carolina Rodrigues da Silva1

Marcelo Salles Muneratto2

Claudia Cristina Biguetti1

Joel Ferreira Santiago Júnior2

Mariza Akemi Matsumoto3

1Alunas de Mestrado, Área de Implantodontia, Universidade Júlio de Mes-quita Filho, Araçatuba, SP.

2Professores Doutores do departamento de Ciências da Saúde, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração

3Professora Doutora do departamento de Ciências Básicas, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade do Estado de São Paulo

O presente estudo caracterizou o padrão de resposta inflamatória e macrofági-cas no reparo de defeitos ósseos em calvária de ratos reconstruídos com diferen-tes biocerâmicas particuladas. Defeitos de 5mm de diâmetro foram realizados no osso parietal de 30 ratos, divididos nos grupos: EA – Controle, enxerto ósseo

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autógeno intramembranoso, BO – osso bovino desproteinizado e BS – vitroce-râmica bioativa, sendo submetidos à eutanásia após 7 e 21 dias. O tratamen-to estatístico da morfometria dos leucócitos mono e polimorfonucleares, bem como das células gigantes não revelou diferenças significativas entre os grupos, nos respectivos períodos. A análise imunohistoquímica para investigação dos tipos de macrófagos (M1 e M2) também não detectou diferenças significativas entre os marcadores iNOS, B7-1, CD206 e TGF-B. Os resultados revelaram que apesar das diferenças físico-químicas entre os biomateriais testados, incluindo a vitrocerâmica bioativa (BS) ainda em fase de experimentação, os mesmos suscitam respostas inflamatórias semelhantes entre si, permitindo um processo de reparação satisfatório, considerando-se o modelo animal utilizado e o sítio ósseo reconstruído.

Palavras-chave: Regeneração óssea; Materiais biocompatíveis; Tecido ósseo

Apoio financeiro FAPESP #2016/03762-7 e 2017/000649-8.

AbordAgeM CirúrgiCA de lesões vAsCUlAres

Thiago Ballalai Lopes1

Débora Garcia de Melo1

Mariana dos Santos Torquato1

Silas Antonio Juvencio de Freitas-Filho2

Denise Oliveira Tostes2

Camila Lopes Cardoso2

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Patologia, Universidade de São Paulo, SP.

As lesões vasculares da cavidade bucal são representadas por hemangiomas ou má-formações vasculares, varizes e menos comumente flebotromboses. Os sítios de maior acometimento são: lábios, mucosa jugal e língua. Os aspectos clínicos são de lesões nodulares ou papulares, pequenas e bem circunscritas, de coloração avermelhada, consistência resiliente, superfície lisa ou moriforme. A diascopia é uma manobra semiotécnica utilizada na diferenciação entre lesões vasculares e máculas. As principais modalidades de tratamento para as lesões vasculares são: excisão cirúrgica, crioterapia, uso de corticoides, escleroterapia, eletrocoagula-ção. O objetivo deste presente trabalho foi relatar três casos clínicos de lesões vasculares pequenas na cavidade bucal, que após um exame clínico bem feito, a equipe planejou a excisão cirúrgica das lesões e o exame anatomopatológico das mesmas revelou dois casos de hemangiomas e um de flebotrombose. A decisão

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de abordar cirurgicamente as lesões vasculares deste trabalho, foi considerada frente os aspectos clínicos de lesões bem circunscritas e pequenas, palpáveis, boa localização, sem comprometer estruturas nobres anatômicas. Todos os casos evo-luíram com um ótimo pós-operatório. Por fim, conclui-se que a excisão cirúrgica, abordada como uma biópsia excisional de lesões pequenas vasculares são uma opção viável de tratamento, sem complicações trans e pós-operatórias quando corretamente indicadas e executadas.

Palavras-chave: Hemangioma; Flebotrombose; Tratamento cirúrgico.

Cisto ósseo siMPles:A ControvérsiA PerMAneCe

Gabriela Barbosa Bisson1

Jéssica de Fátima Segantin2

Mariela Peralta Mamani3

Osny Ferreira Júnior4

Izabel Regina Fischer Rubira Bullen5

1Aluna de graduação, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

2Aluna de mestrado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

3Aluna de doutorado, Área de Estomatologia e Radiologia, curso de odonto-logia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

4Prof. Dr. Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

5Profa. Dra. Área de Estomatologia e Radiologia, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

O cisto ósseo simples (COS) é uma lesão intraóssea, assintomática e por isso mui-tas vezes é descoberto em exames de imagens realizados por outras razões. Suas características radiográficas são: área radiolúcida, bem delimitada, unilocular, com projeções interdentárias e/ou interradiculares, porém sem provocar reabsor-ções radiculares. Em alguns casos, pode haver uma expansão da cortical óssea, melhor identificada em tomografia computadorizada. Na literatura existem duas formas de tratamento: proservação ou intervenção cirúrgica. Consideramos a proservação como a melhor forma de tratamento, entretanto ainda há os que op-tem pela intervenção cirúrgica, mesmo tendo sido publicado há mais de 16 anos um estudo demonstrando a resolução espontânea dessa lesão. Pela semelhança da faixa etária de maior ocorrência, frequência no corpo da mandíbula, manutenção da vitalidade pulpar e ausência ou pouca expansão das corticais, o COS, muitas

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vezes, é confundido com queratocisto ou displasia cemento óssea em suas fases iniciais. Assim, o objetivo deste trabalho é reafirmar a importância do diagnós-tico correto e tratamento conservador sem a necessidade de cirurgia para a lesão de COS por meio de dois relatos de casos clínicos, encaminhados para clínica de estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP). No primeiro caso, paciente do gênero masculino, 14 anos, em um atendimento do posto de saúde foi observado na panorâmica uma lesão radiolúcida em região anterior de mandíbula (33 a 43). Ao exame clínico não apresentou sinal de abaulamento ou tumefação na região, vitalidade pulpar preservada. Nesse caso, após a tomogra-fia que não indicou expansão das corticais ósseas, apenas região hipodensa em mandíbula anterior, optou-se por realizar os controles periódicos com exame de imagem até 2 anos aproximadamente, sem alterações e com discreta regressão da lesão. No segundo caso, paciente de 11 anos, gênero feminino, dentista particular suspeitou de cisto na região do dente 44, identificado na panorâmica. Quando examinado na clínica da FOB-USP não foram observados sinais clínicos de tu-mefação ou assimetria na face. A tomografia apresentou uma região hipodensa, bem delimitada, adjacente ao forame mentual, sem expansão das corticais ósseas, sugestivo de COS. A paciente segue em acompanhamento com discreta regres-são, com controle de 3 anos. Conclui-se que a abordagem cirúrgica é desnecessá-ria, uma vez que a lesão não tem malignidade e requer apenas proservação.

Descritores: Cisto ósseo; Tratamento conservador; Tomografia

eXodontiA do terCeiro MolAr inferior retido. relAto de CAso

Natalia Tieri Minetto1

Beethoven Estevão Costa2

Debora Garcia de Melo3

Camila Lopes Cardoso4

Marcelo Salles Munerato4

1Aluna graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Mestrando em Ciências da Reabilitação , Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo

3Aluna Pós-graduação, Curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

4Professores Doutores Área de Cirurgia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

Denominam-se dentes retidos aqueles que uma vez chegada a época de erup-ção, movimentam-se parcialmente, ou não entram em processo de movimenta-

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ção a partir de sua localização original no osso até atingir sua posição funcio-nal na cavidade bucal. Os dentes que mais se encontram retidos são os terceiros molares inferiores seguidos pelos terceiros molares superiores e suas posições são classificadas de acordo com os estudos de Winter, Pell e Gregoy. A causa deste fato se dá por fatores locais, como falta de espaço no arco dental ou fibrose gengival; embriológica, representando o mal posicionamento do germe dental permanente; sistêmicos, doenças infectos-contagiosas e traumáticos, como a má formação dental. O objetivo deste relato clínico é demonstrar a técnica exodôn-tica do terceiro molar inferior retido em um Paciente R.C.D, gênero Feminino, 24 anos, que compareceu à clínica da disciplina de Cirurgia da Universidade do Sagrado Coração, para a exodontia de dente 38. As normas de biossegurança foram realizadas corretamente. Anestesia por bloqueio do nervo alveolar infe-rior, bucal e lingual. Incisão sulcular. Divulsão mucoperiostal total. A extração foi realizada por via não alveolar com osteotomia e odontossecção. Suturas com pontos simples. Sem intercorrências no transoperatório e no pós-imediato. Te-rapêutica medicamentosa de antibiótico, anti-inflamatório e analgésico.O pacien-te encontra-se em proservação.

Palavras chave: Dente Impactado; Cirurgia; Exodontia

AtUAlizAção sobre AbordAgens CirúrgiCAs PArA trACionAMento de

dentes não irroMPidos

Alana Luiza Trenhago Missio1

Jéssica de Fátima Segantin2

Géssyca Moreira Melo de Freitas Guimarães3

Marcelo Vinicius Valério4

Osny Ferreira Júnior5

1Aluna de graduação, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

2Aluna de mestrado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

3Aluna de doutorado, Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

4Aluno de mestrado, Área de Ortodontia, curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

5Prof. Dr. Área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP

Os caninos superiores são os dentes que apresentam maior frequência de não irrompimento, já os pré-molares superiores são casos mais raros. Este não irrom-

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pimento tem como principais causas o recobrimento por osso denso, excesso de tecido mole, influência genética ou devido ao apinhamento dos dentes adjacentes e consequente falta de espaço para o irrompimento. Métodos de localização ra-diográfica como a técnica de Clark ou a tomografia computadorizada mostram a localização destes dentes permitindo a indicação da melhor forma de tratamento. As opções de tratamento são: proservação, exodontia ou tracionamento. O tracio-namento pode ser por erupção passiva aberta, erupção forçada aberta ou erupção forçada fechada, sendo este último o mais utilizado. O objetivo deste trabalho é relatar dois casos clínicos encaminhados da clínica de ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) para a clínica de cirurgia da mesma instituição para realizar a exposição cirúrgica e colagem do acessório ortodôntico no dente a ser tracionado. No primeiro caso, foi feita uma abordagem com retalho vesti-bular para exposição dos dentes 13 e 23 não irrompidos, paciente com 26 anos de idade, gênero masculino, Padrão facial I, ao exame clínico apresentava diastemas interincisivos centrais superiores, caninos superiores com relação íntima com as raízes dos incisivos laterais superiores, porém sem sobreposição e suavemente angulados, com prognóstico favorável para o tracionamento. Em 2 tempos ci-rúrgicos, por comodidade do paciente, foram expostas as coroas do dentes por meio de um retalho total, por vestibular, com uma incisão relaxante e colado o acessório. A região foi suturada, pois optou-se pela técnica fechada. Já o segundo caso, paciente de 17 anos, gênero feminino, Padrão I, ao exame clínico apresenta-va abaulamento em região palatina lado direito, ao exame de imagem o dente 15 apresentava relação favorável com as raízes dos dentes adjacentes. Foi realizado o acesso por palatino, com incisão em envelope e retalho total, sendo exposta a coroa e colado o acessório ortodôntico, sem intercorrências. Ambos os pacientes continuam o tratamento na clínica de ortodontia da FOB-USP, aguardando os dentes alcançarem a correta posição no arco dentário, para finalização do caso.

Descritores: Dente impactado; Tratamento; Ortodontia

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trAbAlhos dentístiCA e MAteriAis dentários

CAtegoriA orAl

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relAto de CAso - ClAreAMento CoM PeróXido de CArbAMidA A 37%

fotoAtivAdo CoM led violetA

Diullia Bravo Braus1

Ana Cristina Távora de Albuquerque Lopes2

Angélica Feltrin dos Santos3

Rafael Francisco Lia Mondelli4

1 Aluna da Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, Bauru, SP

2 3Doutorandas em Dentística, Programa Ciências Odontológicas Aplicadas, Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, Bauru, SP

4Prof. Titular do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Den-tários, Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, Bauru, SP

O clareamento dental é um procedimento realizado com frequência nos consultó-rios odontológicos. Diversos protocolos estão disponíveis e podem ser indicados de acordo com as circunstâncias de cada caso que envolvem aspectos como a alteração de cor pretendida, o limiar de dor e a saúde geral do paciente. O pre-sente trabalho tem como objetivo relatar o clareamento realizado em consultório com peróxido de carbamida a 37% (Power Bleaching Office 37%, BM4) ativado com luz LED violeta (Bright Max Whitening, MMOptics Ltda), em paciente com áreas de exposição radicular. Após anamnese, profilaxia supragengival completa e exame clínico, a cor inicial (A2 nos incisivos e B3 nos caninos e pré-molares) foi avaliada com espectrofotômetro VITA - Easyshade® Advance 4.0 e a docu-mentação fotográfica foi obtida. Foram realizadas duas sessões de clareamento em consultório. Em cada uma delas e nos controles (24h após cada sessão e 1 semana após a segunda sessão), o grau de mudança de cor foi avaliado com o espectrofotômetro e a sensibilidade, por meio de uma escala visual analógica (VAS). Para o clareamento, os tecidos gengivais foram protegidos com barreira gengival fotopolimerizável e o gel clareador foi aplicado sobre a superfície ves-tibular do 1º pré-molar de um lado a 1º pré-molar do lado oposto, em ambos os arcos, por cinco vezes em cada sessão de clareamento. O protocolo de ativação do gel clareador consistiu em três aplicações da luz por 2’, com intervalos de 30” entre elas (7’30” por aplicação do gel), totalizando 37’30”. O polimento final foi realizado com disco de feltro e pasta Oxgloss 2 e o dessensibilizante (Desensi-bilize KF 2%) foi aplicado por 4 minutos. Ao final da segunda sessão, o paciente apresentou cor A1 nos incisivos, A2 e A3 nos caninos e pré-molares. A mudança de cor (delta E) registrada com o espectrofotômetro foi de 4,30. O paciente não relatou ocorrência de sensibilidade durante ou após o clareamento, em ambas as sessões e demonstrou significativa satisfação com o resultado. Conclui-se que a fotoativação do peróxido de carbamida a 37% com a luz violeta proporcionou um

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resultado estético satisfatório, em duas sessões de clareamento, sem ocorrência de sensibilidade dental, mesmo com áreas de exposição radicular.

Palavras-chave: Clareamento Dental; Clareadores Dentários; Estética Dentária.

sisteMA Adesivo UniversAl eM esMAlte AfetAdo Por hiPoMinerAlizAção

MolAr-inCisivo: relAto de CAso

Luiza da Silveira Condi1

Natália Almeida Bastos2

Victor Mosquim3

Giovanna Speranza Zabeu2

Daniela Rios4

Linda Wang5

¹ Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2 Aluna de Doutorado, Área de Dentística, Curso de Odontologia, Departa-mento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de

Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.3 Aluno de Mestrado, Área de Dentística, Curso de Odontologia, Departa-

mento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

4 Prof. Dra. Área de Odontopediatria, Curso de Odontologia, Departamen-to de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odonto-

logia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.5 Prof. Dra. Área de Dentística, Curso de Odontologia, Departamento de

Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontolo-gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O esmalte dentário hígido permite uma adesão considerada eficaz e duradoura, porém, quando esse substrato é afetado por hipomineralização molar-incisivo (HMI), alterações morfológicas e estruturais interferem na qualidade e durabi-lidade dessa interface adesiva. Frente a isso, o objetivo deste estudo é relatar, por meio de um caso clínico, essas alterações no esmalte afetado pela HMI que influenciam na seleção da estratégia restauradora. Uma paciente do gênero fe-minino, 13 anos, procurou atendimento na clínica de Dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) se queixando de sensibilidade nos dentes 15, 27 e 37. Durante o exame clínico foi constatado fraturas em esmalte, alterações de cor nos dentes posteriores, sensibilidade ao jato de ar e lesão de cárie no dente 15 e manchas esbranquiçadas nos incisivos centrais superiores, que são caracte-rísticas clássicas de HMI. Foi relatado o uso de amoxicilina durante a infância da

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paciente. Durante o tratamento restaurador foi constatada dificuldade em se obter anestesia dos dentes afetados. O tratamento restaurador consistiu na remoção seletiva do tecido cariado, utilização do sistema adesivo universal (Single Bond Universal, 3M ESPE, Minnesota, EUA) no modo autocondicionante e restauração com resina composta microhíbrida A2 (Filtek Z250, 3M ESPE, Minnesota, EUA) aplicada no interior de uma matriz de acetato. Procedimentos de acabamento e polimento foram realizados após 1 semana. Após 4 meses, foi observado boa continuidade e integridade das restaurações e ausência de hipersensibilidade. Conclui-se que, levando em consideração as alterações que a HMI promove no esmalte dentária, os sistemas adesivos universais aplicados da maneira autocon-dicionante podem permitir uma boa adesividade ao esse substrato.

Palavras-chave: Adesivos dentinários; Desmineralização; Esmalte dentário.

Apoio: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

AbordAgeM de MíniMA intervenção AliAdA à teCnologiA MUltiôniCA

no trAtAMento de lesãode Cárie dentáriA

Tainara Tonon Castelluccio1

Angelica Feltrin dos Santos2

Gerson Aparecido Foratori-Junior3

Daniela Rios4

Juliana Fraga Soares Bombonatti5

Linda Wang5

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2Aluna de Doutorado, Área de Dentística, Curso de Odontologia, Departa-mento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de

Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

³Aluno de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva,

Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.4Prof. Dra. Área de Odontopediatria, Curso de Odontologia, Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontolo-

gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.5Professoras Doutoras Área de Dentística, Curso de Odontologia, Departa-mento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de

Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

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Conceitos e abordagens minimamente invasivos tem redirecionado o tratamento da doença cárie e as lesões dentárias decorrentes de forma mais conservativa. Este caso clínico tem como objetivo destacar o papel da atuação multidisciplinar no diagnóstico preciso da lesão de cárie dentária para se obter sucesso clínico. Neste contexto, o uso de produtos com tecnologia de multi-íons, denominada tecnologia Giomer/S-PRG, foi utilizada em busca de remineralizar e reforçar a estrutura dentária. Paciente do sexo feminino, 13 anos, procurou por tratamento ortodôntico na Faculdade de Odontologia de Bauru. Anteriormente, foi direcio-nada para a Clínica Integrada I para avaliação geral de sua condição bucal. Na anamnese e inspeção clínica, observou-se mancha branca na face oclusal do den-te 14 com a superfície úmida (ICDAS 2) e aspecto discretamente sombreado na região distal (sugestivo de ICDAS 4). A presença de lesão de cárie em dentina na distal deste dente foi confirmada na radiografia interproximal. Inicialmente, orientações de higiene e dieta foram realizadas, bem como a evidenciação de biofilme e profilaxia. Nas consultas subsequentes, a abordagem da lesão cario-sa na distal do dente 14 foi realizada com base na remoção seletiva da dentina infectada. Após a limpeza da cavidade, foi realizada o forramento da parede de fundo com cimento de ionômero de vidro (Vitrebond, 3M). Posteriormente, foi realizado o condicionamento do esmalte com ácido fosfórico 37% (Condac 37%, Dentscare) por 30 segundos e aplicação do sistema adesivo (FL-Bond II, Shofu), de resina flow A1 (Beautifil Flow Plus F00, Shofu) e de incrementos de resina convencional A2 (Beautifil II, Shofu), finalizando com o ajuste oclusal. Após 7 dias, foi aplicado o selante (Beautisealant, Shofu) na superfície oclusal não envolvida no preparo, seguido de novo ajuste oclusal, acabamento e polimento. O acompanhamento clínico de 12 meses demonstrou adequado comportamento clínico. Os produtos selecionados neste caso são baseados na tecnologia em que seis íons são liberados no conceito de interação química com a estrutura dentá-ria remanescente dentro da proposta de mínima intervenção. A combinação do domínio de conceitos de abordagem da Odontologia de Mínima Intervenção com uso de produtos de tecnologia de multi-íons são recursos que se aliam em busca de perspectivas mais duradouras no tratamento das lesões de cárie.

Descritores: Lesões de cárie; Diagnóstico; Cárie oculta.

Apoio: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financia-mento 001.

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MiniMizAção dA ContrAção de PoliMerizAção eM resinAs CoMPostAs

Pelo Controle dA irrAdiânCiA dUrAnte A fotoPoliMerizAção

Edilmar Marcelino 1

Ivana Cesarino 2

Rafael Plana Simões 2

1Dep. Biotecnologia, IBB, UNESP, SP; 2Dep. Bioprocessos e Biotecnologia, FCA, UNESP, SP.

O surgimento das resinas compostas tornou possível proporcionar uma maior qualidade estética para restaurações dentárias. No entanto, as propriedades me-cânicas das resinas, especialmente os altos níveis de estresse de encolhimento por variações volumétricas durante o processo de ativação, são o principal pro-blema no uso deste tipo de material. O objetivo deste estudo é obter a redução do estresse de encolhimento e a eliminação dos efeitos causados pela variação volumétrica da resina composta devido ao processo de fotopolimerização. Como metodologia, este trabalho propõe um estudo sistemático para determinar uma função de polimerização ideal para os processos de fotoativação. Foi realizada aplicando técnicas matemáticas para otimização de funções objetivas não-linea-res. A eficácia da função diming foi avaliada monitorando o estresse de contra-ção da polimerização durante o processo de fotopolimerização de cinco marcas / modelos de resinas compostas, mais descritas em estudos da literatura específica. A qualidade dos compósitos fotoativados pelo método proposto foi analisada e comparada com o método de fotoativação convencional por experimentos para determinar seu grau de conversão. Nós ainda realizamos Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para analisar in vitro a interface de adesão da resina nos dentes humanos. Nossos resultados permitiram concluir que o uso da função de atenuação ideal, denominada exponencial por nosso grupo de estudo, resultou na redução de aproximadamente 40% do estresse de encolhimento, sem afetar o grau de conversão. As análises MEV demonstraram que o processo proposto pode eliminar as falhas de adesão entre o dente e a resina nas restaurações dentá-rias. Os resultados obtidos neste estudo mostraram que o controle da intensidade da luz durante o processo de fotoativação pela função matemática otimizada é mais eficiente do que a técnica convencional para reduzir os efeitos do encolhi-mento de polimerização em resinas compostas.

Palavras-cahve: Fotopolimerização; Contração; Resinas.

Apoio financeiro: FAPESP

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Análise de ProPriedAdes relACionAdAs à PoliMerizAção de

resinAs bUlk fill:revisão de literAtUrA

Aliny Bisaia1

Fernanda Sandes de Lucena1

Adilson Yoshio Furuse 1

1Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru, Univer-sidade de São Paulo.

Resinas odontológicas do tipo bulk fill, também conhecidas como resinas de in-serção em massa, são descritas pelos fabricantes como materiais de baixa contra-ção volumétrica e que podem ser inseridos em cavidades em incremento único, que pode ter de a 4-6 mm, reduzindo o tempo clínico das restaurações. Devido às diferentes estratégias para aumentar a transmissão de luz, como aumento da translucidez ou uso de moduladores da polimerização. Como objetivo, este tra-balho revisou a literatura sobre propriedades relacionadas à polimerização das resinas, como grau de conversão, profundidade de polimerização e dureza de resinas bulk fill. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, LILACS e Web of Science por artigos realizados in vitro, de língua inglesa, do período de 2010 a 2018, cujos descritores utilizados foram: “bulk fill and microhardness”, “bulk fill AND depth of cure” e “bulk fill AND degree of conversion”. A conver-são dos monômeros em polímeros ocorre quando a resina é exposta a uma fonte de luz, sendo a sua profundidade de polimerização definida como a espessura de resina polimerizada. Para avaliar essa conversão e efetividade, os métodos mais comuns são: teste de microdureza e grau de conversão. Para que esses materiais sejam considerados adequadamente polimerizados, considera-se que o valor de microdureza da base deve ser equivalente a 80% a do topo em uma restauração. Segundo estudos laboratoriais, as resinas bulk de preenchimento alcançaram ou ultrapassaram o valor de 80% quando inseridas em até 4 mm da cavidade, isso não foi observado para profundidades maiores. As resinas que apresentaram me-lhor desempenho quanto ao grau de conversão e à microdureza foram as bulk fill de baixa viscosidade, comparada com as de alta viscosidade. Conclui-se que, mesmo as resinas bulk apresentando como objetivo uma técnica restauradora simplificada e diminuição do tempo clínico, é preciso avaliar cada caso clínico e fazer a correta indicação, por meio da avaliação de suas propriedades, como as avaliadas nesta revisão, para se obter maior sucesso em restaurações que utilizam estes materiais.

Descritores: Dureza; Polimerização; Resinas Compostas.

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resistênCiA de União entre Y-tzP e CiMento resinoso bAseAdA eM

estrAtégiAs de Adição de nAnotUbos de dióXido de titânio

Leandro Edgar Pacheco1

Ana Paula Rodrigues de Magalhães2

Carla Muller Ramos Tonello3

Paulo Afonso Silveira Francisconi4

Ana Flávia Sanches Borges5

1Aluno de mestrado, Área de Dentística, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2Prof.ª Dr.ª Área de Dentística, Curso de Odontologia, Faculdade de Odon-tologia da Universidade Paulista, Goiânia, GO.

3Prof.ª Dr.ª Área de Dentística, Curso de Odontologia, Faculdades Metro-politanas Unidas, São Paulo, SP.

4Prof. Dr. Área de Dentística, Curso de Odontologia, Faculdade de Odonto-logia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

5Prof.ª Dr.ª Área de Dentística, Curso de Odontologia, Faculdade de Odon-tologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

A cerâmica Y-TZP é amplamente utilizada em próteteses fixas, principalmente na região anterior, porém uma adesão eficaz entre o cimento resinoso e a Y-TZP através de métodos convencionais de cimentação ainda é um desafio na odontolo-gia. O objetivo desse estudo foi investigar a resistência de união entre a Y-TZP e o cimento resinoso depois de duas diferentes estratégias de adição de nanotubos de dióxido de titânio (nt-TiO2): no cimento resinoso e na cerâmica em diferentes combinações. A metodologia foi baseada em duas estratégias: estratégia 1: o cimento resinoso (Panavia F2.0™, Kuraray America, New York, EUA), uma ce-râmica experimental Y-TZP adicionada com diferentes concentrações de nt-TiO2 (0%, 1%, 2% e 5% volume%) e uma cerâmica Y-TZP comercial, foram divididos em 5 grupos (n=10); estratégia 2: nt-TiO2 foram adicionados ao cimento (RelyX U200™, 3M ESPE, Saint Paul, EUA) em 3 concentrações (0%, 0.3%, 0.6%, 0.9% peso%) e unidos a uma cerâmica Y-TZP comercial (4 grupos; n=10). . Após serem armazenados em água deionizada a 37oC por 24h, os discos de Y-TZP (12x1,2mm) foram submetidos ao teste de resistência de união ao cisalhamento em uma má-quina de testes universal. Os resultados foram analisados por ANOVA (α=0.05) e Tukey. Na análise dos resultados pode-se observar que a estratégia 1 influenciou a resistência de união significativamente, não linearmente; A estratégia 2 não in-fluenciou a resistência de união, nem separadamente, nem quando analisada com a estratégia 1; Os melhores resultados foram registrados para Y-TZP com 5% de

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nt, com predominância de falhas mistas; O pior resultado foi dado para Y-TZP com 2% de nt. Desta forma, observa-se que a fabricação de uma cerâmica ou um cimento reforçado por nt-TiO2 pode levar a melhores resultados clínicos, visto que a cimentação de Y-TZP é um desafio e demanda muitos passos para garantir uma melhor resistência de união.

Palavras chave: Cerâmica; Titânio; Nanopartículas.

restAUrAções indiretAs PArA o restAbeleCiMento dA estétiCA eM

dentes CoM AlterAção severA de Cor

Thaiane Cachoni Nunes1

Maria Cecília Veronezi2

Maria Silva Lima2

Letícia Ferreira de Freitas Brianezzi3

Karin Cristina da Silva Modena4

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado Cora-ção, Bauru, SP

2Profª Drª do Instituto Cecília Veronezi, Bauru, SP3Professoras Associadas II, Curso de Odontologia, Centro Universitário

Sudoeste Paulista, Avaré, SP4Profª Drª Área de Dentística, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado

Coração, Bauru, SP

Este trabalho tem como objetivo relatar a confecção de restaurações indiretas de cerâmica, nos elementos 15 ao 25, que apresentavam distúrbio de desenvolvi-mento no esmalte, causando severa alteração de cor. Realizou-se, inicialmente, a confecção de modelos de estudo e enceramento diagnóstico para então elaborar o plano de tratamento adequado para o caso. Optou-se, devido ao grau de escu-recimento dos dentes, a confecção de facetas indiretas em dissilicato de lítio. O mock up foi realizado com a resina bisacrílica Protemp 4 (3M ESPE) para que o resultado final pudesse ser visualizado pela paciente e pleos profissionais. Os preparos foram realizados pela Técnica da Silhueta e a moldagem realizada com um silicone de adição pela técnica da dupla moldagem. Para o preparo das facetas para a cimentação foi realizado condicionamento com ácido fluorídrico a 5% por 20 segundos, lavagem, limpeza com ácido fosfórico por 10 segundos, aplicação do agente silano e do adesivo do sistema adesivo Scotchbond Multi-Purpose (3M ESPE). Para o preparo dos dentes foi realizado condicionamento com ácido fos-fórico a 37%, por 15 segundos, lavagem, seguido da aplicação do sistema adesivo convencional de 3 passos. A cimentação foi realizada com um cimento resinoso

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fotopolimerizável All Cem Venner (FGM). Pelo grau de severidade da alteração de cor em todos os elementos envolvidos, o resultado estético final foi bastante satisfatório. A partir desse trabalho, pode-se concluir que é de extrema impor-tância o conhecimento das anomalias de esmalte para que um adequado plano de tratamento seja estabelecido de forma apropriada para cada situação.

Palavras chave: Esmalte Dentário; Cor; Cerâmica.

AssoCiAção de trAtAMentos estétiCos MiniMAMente invAsivos

Bruna Pereira Pavan1

Karina Fernanda de Godoy1

Ana Carolina Trentino2

Marcela Pagani Calabria2

1Alunas de Graduação, Área de Denstística, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Professoras Doutoras Área de Dentística, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

A hipoplasia de esmalte é um defeito na matriz orgânica do esmalte que acome-te significativamente os incisivos, compromete estética, alterando cor e textu-ra, e nos casos mais severos, a forma dos dentes. A microabrasão do esmalte é utilizada no tratamento de manchas intrínsecas superficiais, como a hipoplasia, apresentando diversos benefícios, como resultado imediato, ser um procedimento minimamente invasivo, sem recidivas, curto tempo de tratamento, fácil execução, baixo custo e não provoca danos à polpa e tecidos periodontais quando realizado corretamente. Ela ainda pode ser combinada com clareamento dentário, como uma maneira de diminuir a percepção de áreas opacas ou pigmentadas. Além disso, uma vez que a espessura de esmalte diminui, é esperado que o croma dos dentes tratados aumente pela maior exposição da cor proveniente da dentina. A combinação de ambas as técnicas, clareamento dentário e microabrasão do esmalte, oferece resultados muito mais satisfatórios do que as técnicas isolada-mente. Uma paciente G.D.J., sexo feminino, compareceu à Clínica, Odontologia da Universidade do Sagrado Coração com o desejo de realizar o procedimento de clareamento dental. Ao realizar o exame físico na paciente, foi verificado a presença de hipoplasia de esmalte nos dentes 11, 12, 13, 14, 21, 22, 23 e 24. Dian-te disso, o tratamento mais adequado antes de realizar o clareamento dental foi a microabrasão do esmalte. Na consulta seguinte, foi realizado profilaxia com pedra-pomes mais água nos dentes, em seguida microabrasão com pedra-pomes mais ácido fosfórico 37% em 8 aplicações. Logo após o término do procedimento, foi realizado polimento nos dentes com pasta diamantada e depois foi realizado a

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remineralização do esmalte com flúor neutro. Na próxima consulta, foi realizada profilaxia nos dentes com pedra-pomes mais água, em seguida registro da cor inicial (A3); realização do clareamento dental nos dentes 11, 12, 13, 14, 15, 21, 22, 23, 24, 25, 31, 32, 33, 34, 35, 41, 42, 43, 44 e 45 com peróxido de hidrogênio 35%, nome comercial: Whieteness HP 35%, 3 aplicações de 15 minutos cada, a cada 5 minutos reativado o agente clareador. Após, os dentes foram polidos com pas-ta diamantada; aplicação de um dessensibilizante OXA-gel BF; remineralização dos dentes com flúor neutro. Foram realizadas ao todo 2 sessões de clareamento dental e a paciente relatou estar satisfeita com o resultado.

Palavras Chave: Microabrasão do esmalte; Clareamento Dentário; Relato de caso clínico.

ConfeCção de CoroA endodôntiCA AtrAvés de téCniCA diretA-indiretA

Karla Druzian Oliveira1

Fernanda Sandes de Lucena1

Gisele Aihara Haragushiku1

Adilson Yoshio Furuse1

1Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru, Univer-sidade de São Paulo.

Coroas endodônticas são restaurações confeccionadas com a utilização da câmara pulpar como recurso mecânico retentivo, de forma a evitar o uso de retentores in-trarradiculares e preparos mais extensos. Diferentes técnicas operatórias podem ser empregadas para realização destas restaurações: direta, indireta, semi-direta e direta-indireta. A técnica direta-indireta consiste na aplicação direta da resina composta na estrutura dentária, na qual a escultura é realizada previamente aos procedimentos adesivos. A resina é, então, fotoativada, removida e os procedi-mentos de acabamento e polimento são realizados extra oralmente, previamente à cimentação, exigindo menor tempo clínico e menor custo ao paciente, quando comparada à técnica indireta. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um paciente de 12 anos, do gênero masculino, encaminhado à clínica de Dentística da FOB-USP, apresentando grande perda de estrutura coronária do dente 46. Aos exames clínico e radiográfico, observou-se extensa destruição co-ronária e presença de tratamento endodôntico satisfatório, associados à ausência de espaço interoclusal. Após a remoção do material temporário, o remanescente dentário foi preparado com a utilização de pontas diamantadas tronco-cônicas para torná-lo ligeiramente expulsivo. Posteriormente, o preparo foi moldado com auxílio de silicona de adição, para se obter o modelo do paciente, que foi isolado com glicerina líquida para confecção de restauração direta/indireta, realizada di-

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retamente no modelo com a utilização de resinas compostas (Z350 XT, cores A3 dentina, A2 esmalte e WE) e, então, fotopolimerizada para o teste da restauração em boca. Após verificação da adaptação da peça de resina, foi feito condiciona-mento ácido a 37% em esmalte e dentina, aplicado sistema adesivo (Scotchbond Multipurpose) e a cimentação foi realizada com cimento resinoso (RelyX ARC), seguida de ajuste oclusal e acabamento e polimento. Após a cimentação da coroa endodôntica, o paciente mostrou-se satisfeito com a reabilitação do dente 46, que possibilitou reestabelecimento funcional e conforto mastigatório.

Descritores: Cimentação. Resinas Compostas. Restauração Dentária Permanente.

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trAbAlhos dentístiCA e MAteriAis dentários

CAtegoriA PAinel

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reAbilitAção orAl e estétiCA eM PACiente CoM erosão dentáriA –

relAto de CAso.

Andre da Silva Sposto1

Vinicius Mateus de Oliveira1

Marcela Pagani Calabria2

Ana Carolina Trentino2

1Alunos de Graduação – Área de Dentística – Curso de Odontologia – Uni-versidade do Sagrado Coração.

2Professoras Doutoras – Área de Dentística – Curso de Odontologia - Uni-versidade do Sagrado Coração.

Erosão dentária é a perda de estruturas superficiais do dente por ação química na presença crônica de agentes desmineralizantes, podendo ser provenientes do próprio paciente, como refluxo e vômito, ou provenientes de uma dieta rica em ácidos, como limão e refrigerante. A combinação entre o baixo pH na cavida-de bucal, de modo constante, e a atrição dentária aceleram consideravelmente o desgaste dental e diminuem a previsibilidade do tratamento, já que a eliminação da causa é um dos principais fatores para a reabilitação do paciente e manuten-ção das restaurações. Este relato de caso descreve as restaurações, estéticas e funcionais, em resina composta, realizadas num paciente jovem de 22 anos que se apresentou com ampla perda de estrutura na oclusal de praticamente todos os molares e pré-molares, com grande extensão de dentina exposta e faces oclusais em severa concavidade, além de leve perda nas faces linguais, palatinas e vesti-bulares dos dentes anteriores, perdas estruturais, estas, que prejudicavam a DVO, a função e estética do paciente.

Descritores: Relato de Caso. Erosão Dentaria. Desmineralização.

fACetAs dentáriAs diretAsCoM resinA CoMPostA

Kenia Nicole Román Hettsheimeir¹

Juan Carlos Castañeda Espinosa²

Freddy Alejandro Baquero Herrera3

1Aluna de Mestrado, Área de Biologia Oral, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

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2Prof. Dr. Área de Dentística, Coordenador do Curso de Dentística Centro de Pós- Graduação, CPO Uningá, Bauru, SP.

3Aluno de Especialização em Dentística Centro de Pós-graduação em Odontologia, CPO Uningá, Bauru, SP.

Com a evolução dos sistemas adesivos e das resinas compostas tem se facili-tado a confecção de procedimentos restauradores adesivos menos invasivos e com excelentes resultados estéticos. Entre esses procedimentos adesivos, está a confecção de facetas diretas em resina composta. Estas podem ser utiliza-das para modificações de cor, forma, posição e textura dos dentes anteriores. A biomimética entre o dente e a restauração é necessária para obter a estética do sorriso, mas ainda ela se apresenta como um grande desafio na odontologia. Estas restaurações de resina composta possuem vantagens como boa estética, adesão e capacidade de reprodução natural do dente, assim como manter a pre-servação da maior parte da estrutura dental. O uso inadequado das resinas com-postas pode resultar em restaurações com rugosidades, presença de porosidades e instabilidade de cor. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de facetas de resina composta como tratamento alternativo restaurador para os dentes antero superiores. Paciente feminina de 40 anos de idade se apresentou na clínica do curso de especialização em Dentística do centro em pós-graduação em odontologia CPO Uningá, com comprometimento da estética por restaura-ções defeituosas e mordida borda a borda.

Descritores: Facetas Dentárias, Resinas Compostas, Adesivos.

restAUrAções de resinA CoMPostA Por hiPoPlAsiA dentAl

Kenia Nicole Román Hettsheimeir¹

Juan Carlos Castañeda Espinosa²

Andrés Esteban Córdova Andrade3

1Aluna de Mestrado, Área de Biologia Oral, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Dentística, Coordenador do Curso de Dentística Centro de Pós-graduação, CPO Uningá, Bauru, SP.

3Aluno de Especialização em Dentística Centro de Pós-graduação em Odontologia, CPO Uningá, Bauru, SP.

Podemos definir a hipoplasia do esmalte dentário como uma formação incomple-ta da matriz orgânica do esmalte dentário, esta alteração pode estar relacionada a estímulos sobre os ameloblastos do germe dentário em desenvolvimento. Es-tas lesões podem estar relacionadas a vários fatores hereditários ou ambientais.

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As lesões relacionadas aos fatores ambientais podem atingir uma das dentições, tanto em esmalte quanto em dentina. Um dos responsáveis fatores ambientais por danos aos ameloblastos podem ser as diferenças nutricionais, deficiência de vitaminas A, C e D. Podemos destacar que a presença destas lesões pode trazer distúrbios na saúde psicológica dos indivíduos, especialmente em crianças. Seu tratamento joga um papel muito importante na autoestima deles. O objetivo deste trabalho é demonstrar através de um protocolo clínico como resgatar o sorriso que envolve hipoplasia de esmalte através de restaurações com resina composta em dentes anteriores. Paciente feminina de 10 anos de idade se apresentou na clínica do curso de especialização em Dentística do centro em pós-graduação em odontologia CPO Uningá, com comprometimento da estética dos dois incisivos superiores permanentes, os quais apresentavam hipoplasia de esmalte. Com o consentimento assinado dos pais, foram realizadas as restaurações da borda inci-sal nos incisivos centrais superiores.

Descritores: Lesões, Hipoplasia, Esmalte Dentário.

reConstrUção do sorriso CoM restAUrAções indiretAs Por Meio de

PrePAros MiniMAMente invAsivos

Lívia Bermonte Gabriel1

Maria Cecília Veronezi2

Maria Silva Lima2

Letícia Ferreira de Freitas Brianezzi3

Michyelle Cristhiane Sbrana2

Karin Cristina da Silva Modena4

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado Cora-ção, Bauru, SP

2Professoras Doutoras do Instituto Cecília Veronezi, Bauru, SP3Profª Associada II, Curso de Odontologia, Centro Universitário Sudoeste

Paulista, Avaré, SP4Profª Drª Área de Dentística, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado

Coração, Bauru, SP

O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento de múltiplos diastemas por meio da confecção de lentes de contato dentais em uma paciente do sexo feminino que se queixava do tamanho, forma e cor de seus dentes anteriores superiores. Para a realização do planejamento, foram confeccionados modelos de estudos e enceramento diagnóstico. O plano de tratamento elaborado foi a realização de gengivoplastia, clareamento dental e de lentes de contato nos elementos 15 ao 25.

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O clareamento dental foi realizado após 2 meses da cirurgia periodontal e, em seguida, foram realizados os preparos minimamente invasivos, moldagem e ci-mentação das peças. As lentes de contato foram condicionadas com ácido fluorí-drico a 5% (BM4) por 20 segundos, lavadas, aplicado agente silano Prosil (FGM) e o sistema adesivo Ambar APS (FGM). O esmalte foi condicionado com ácido fosfórico a 37%, por 30 segundos, lavado por 20 segundos seguidos da aplicação do mesmo sistema adesivo. A cimentação foi realizada com um cimento resino-so fotopolimerizável All Cem Venner (FGM). O resultado imediato foi bastante satisfatório, restabelecendo um sorriso estético e harmônico. Conclui-se que os procedimentos minimamente invasivos, por meio da confecção de lentes de con-tato, têm ganhado espaço para a resolução de casos de fechamento de diastemas quando envolvem múltiplos dentes.

Palavras chaves: Gengivoplastia; Clareamento dental; Cerâmica.

efeito de diferentes dentifríCios flUoretAdos CoMo estrAtégiA

nA Prevenção e inibição de Cárie rAdiCUlAr: estUdo in siTu

Mylena Proença Costa1

Marilia Mattar de Amoêdo Campos Velo2

Maria Angélica Silvério Agulhari2

Daniela Rios3

Ana Carolina Magalhães4

Linda Wang2

1Aluna de graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

2Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Facul-dade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

3Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Pública, Facul-dade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

4Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

A população idosa e os pacientes submetidos à radioterapia de cabeça-e-pesco-ço são grupos de alto risco ao desenvolvimento de cárie radicular. Devido ao aumento gradativo nesta população de risco nos últimos anos, estratégias que visem prevenir e tratar estas lesões são altamente desejáveis na Odontologia. Dessa forma, o presente estudo duplo-cego, cruzado e in situ avaliou o efeito de dentifrícios de alta concentração de fluoreto (F) associado ou não ao fosfato

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tricálcico funcionalizado ( f TCP), e dentifrícios convencionais de F associado ou não à 1,5% de arginina + CaCO3. Doze participantes utilizaram dispositivo palatino contendo blocos de dentina radicular bovina hígidos e blocos de dentina radicular pré-desmineralizados, simulando lesões iniciais, durante quatro fases de 14 dias/cada. Após randomização, os participantes receberam os respectivos dentifrícios, expondo os blocos a um dos seguintes tratamentos, por 3x/dia: (i) 1450 µg F/g (controle); (ii) 1450 µg F/g + 1,5% de arginina-CaCO3; (iii) 5000 µg F/g (alta concentração) e (iv) 5000 µg F/g + f TCP. Dentifrício não fluoretado foi utilizado durante os períodos de “washout” (7 dias) e solução de sacarose (20%) foi aplicada 8x/dia somente nos blocos hígidos. A desmineralização nos blocos originalmente hígidos (H) e a remineralização nos blocos originalmente cariados (C) foram estimados pela % dureza de superfície (%PDS-H) e % de recuperação de dureza (% RDS-C), respectivamente. A dureza em corte longitudinal também foi determinada. As análises estatísticas foram realizadas pelos testes ANOVA e Tukey (p <0,05). A %PDS-H mostrou que ambos dentifrícios de alta concen-tração apresentaram efeito semelhante para prevenir lesões iniciais de cárie e melhor efeito preventivo que os de concentração convencionais (p<0,05). Os re-sultados de dureza em corte longitudinal mostraram que todos os dentifrícios avaliados foram capazes de inibir a lesão de cárie e controlar sua progressão à medida que a profundidade aumenta, sendo estes valores maiores para os de alta concentração. De modo geral, dentifrícios de alta concentração de F sugerem ser uma estratégia viável interessante para ações preventivas e de remineralização para o controle de cárie radicular.

Palavras chaves: Cárie radicular. Dentifrícios. Fluoreto.

APOIO: FAPESP Processo 2015/00817-2

inflUênCiA de diferentes trAtAMentos do esMAlte bovino nA PigMentAção e

rUgosidAde APós ClAreAMento

Andressa Moreira Nardini1

Giovana Pozzi Oliveira2

Rafael Francisco Lia Mondelli3

Ana Carolina Trentino4

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado

Coração, Bauru, SP.2Cirurgiã Dentista, Clínica Particular, Maringá, PR.

3Prof. Área Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru, SP.4Prof.a Área Dentística, Curso Odontologia, Universidade do Sagrado Cora-

ção, Bauru, SP.

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O objetivo desse estudo constituiu em avaliar a efetividade de diferentes trata-mentos de superfície na manutenção da cor e alteração da rugosidade superficial após o clareamento do esmalte bovino submetido à pigmentação extrínseca. 50 espécimes (n=50) receberam os tratamentos: G1- saliva artificial; G2- gel cla-reador Total Blanc Office 35% + luz híbrida LED/Laser de Diodo (Whitening Lase II-DMC) durante 2’, com intervalo 30’’+ 2’, intervalo 30’’ + 2’, totalizando 7’30’’ de aplicação para a mesma porção de gel, foram realizadas 3 aplicações seguidas do gel clareador, G3- protocolo clareador G2 + solução de bicarbonato de sódio a 10% durante 5’ + selante Biscover (Bisco); G4- ácido fosfórico 37% durante 30’’ + selante Biscover; G5- ácido fosfórico 37% durante 30’’ + protocolo descrito para G3. Após 24 horas os espécimes foram imersos em solução de chá preto (Nestea – Nestlé S.A.) por 7 dias. A alteração de cor dos espécimes (∆E) foi realizada com o espectrofotômetro Vita Easyshade (VITA). A avaliação da rugosidade foi determinada com o rugosímetro Hommel Tester T1000 – Hom-melwerke GmbH. As leituras da cor e rugosidade foram feitas nos tempos inicial, 24 horas pós clareamento e após 7 dias de pigmentação. Realizou-se o teste de Kuskall Wallis e Dunn (p<0,05). Não houve diferença da rugosidade superficial após clareamento, com exceção do G4. Após imersão em chá, todos os grupos apresentaram diferenças estatísticas. Os grupos G3, G4 e G5 apresentaram me-nor alteração de cor após pigmentação. Concluímos que houve uma tendência na diminuição da rugosidade superficial após clareamento e uma menor alteração da cor após pigmentação dos grupos que receberam a aplicação do Biscover.

Palavras chaves: Clareamento dental, Pigmentação, Peróxido de hidrogênio.

restAUrAções CerâMiCAs MiniMAMente invAsivAs PArA Correção dA estétiCA

do sorriso

Larissa Ramazzini Polotto1

Maria Cecília Veronezi2

Maria Silva Lima2

Letícia Ferreira de Freitas Brianezzi3

Karin Cristina da Silva Modena4

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado Cora-ção, Bauru, SP

2Professoras Doutoras do Instituto Cecília Veronezi, Bauru, SP3Profª Associada II, Curso de Odontologia, Centro Universitário Sudoeste

Paulista, Avaré, SP4Profª Drª Área de Dentística, Curso de Odontologia, Universidade Sagrado

Coração, Bauru, SP

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O objetivo deste trabalho é relatar, por meio de um caso clínico, o tratamento estético dos dentes 15 ao 25, em que se optou por realizar preparos minimamente invasivos e restaurações indiretas em cerâmica. Após a confecção dos modelos de estudos e do enceramento diagnóstico, o plano de tratamento elaborado foi a realização de lentes de contato em dissilicato de lítio. O mock up foi realizado com a resina bisacrílica Protemp 4 (3M ESPE) para que a paciente pudesse vi-sualizar como seria o resultado final do tratamento. Após os preparos dentários, a moldagem foi realizada com um silicone de adição leve e pesado pela técnica da dupla moldagem e enviado para o prótetico. Em sessão seguinte, procedeu-se com a prova e cimentação das peças. As lentes de contato foram condiciona-das com ácido fluorídrico a 5% por 20 segundos, lavadas, aplicado agente silano e o sistema adesivo. O preparo dos dentes foi realizado da seguinte maneira: condicionamento com ácido fosfórico a 37%, por 30 segundos, lavagem por 20 segundos, seguido da aplicação do sistema adesivo convencional de 2 passos. A cimentação foi realizada com um cimento resinoso fotopolimerizável All Cem Venner (FGM). O resultado imediato obtido foi muito satisfatório alcançando os desejos da paciente e restabelecendo um sorriso estético e harmônico. Não se deve esquecer que cada caso deve ser estudado e planejado de maneira individu-alizada para que a correta indicação, considerando a condição financeira, idade e durabilidade, seja realizada. Pode-se concluir que o procedimento minimamente invasivo, por meio da confecção de lentes de contato, tem sido uma ótima opção de tratamento para a resolução de casos que envolvem múltiplos dentes.

Palavras chaves: Estética; Sorriso; Cerâmica

AdAPtAção MArginAl dAs restAUrAções de resinAs bUlk fill

do tiPo ClAsse ii: UMA revisão sisteMátiCA

Debora Fortunato1

Jéssica Da Mota Stripari1

Joel Ferreira Santiago Junior2

Marcela Pagani Calabria2

1Centro de Ciências da Saúde, Universidade do Sagrado Coração 2Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, Universidade do Sagrado Coração

O objetivo dessa revisão sistemática foi avaliar na literatura científica o com-portamento clínico com relação à qualidade marginal ou adaptação/integridade marginal das restaurações classe II de resina do tipo bulk-fill ao longo do tempo.

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Estudos clínicos foram realizados em bases de dados eletrônicas como PubMed; Cochrane Collaboration; Sciencedirect e SciELO, de acordo com estratégias pré--definidas da pesquisa. Os critérios de inclusão serão os seguintes: (1) pesquisas clínicas realizadas com restaurações do tipo classe II que foram restauradas com resina composta do tipo bulk-fill em dentes permanentes, (2) pesquisas clínicas randomizadas e controladas com um tempo mínimo de 6 meses, (3) estudos clíni-cos que avaliaram a adaptação ou integridade marginal ou descoloração marginal de restaurações do tipo classe II. Dois revisores calibrados analisarão os artigos para determinar a inclusão e o risco de viés. Um total de n=237 artigos foram recuperados na busca inicial. Após o processo de revisão, apenas 6 artigos com texto completo preencheram os critérios de inclusão. A maioria dos artigos ex-cluídos foi devido às pesquisas serem laboratoriais e não pesquisas clínicas como se pedia nos critérios de inclusão ou não avaliavam classe II ou não comparavam com resina composta convencional. De acordo com os artigos lidos, as resinas compostas do tipo bulk fill têm mostrado resultados clínicos aceitáveis quando comparadas às resinas compostas convencionais em cavidade classe II ao longo dos anos. Boa adaptação marginal e descoloração marginal têm sido observadas nos períodos avaliados.

Palavras-chave: Bulk-fill; Adaptação marginal; Restauração classe II.

odontologiA ConteMPorâneA: reMoção PArCiAl de teCido CAriAdo -

relAto de CAso

Marleni Quispe Quenta1

Tainara Tonon Castelluccio1

Angélica Feltrin dos Santos2

Juliana Fraga Soares Bombonatti3

1Alunas de graduação, Curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP.

2Aluna de doutorado em Dentística, Curso de odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP.

3Profa Dra Área de Dentística, Curso de odontologia, Faculdade de Odonto-logia de Bauru, Bauru, SP.

A filosofia da mínima intervenção constitui o principal fundamento da Odon-tologia Contemporânea. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de um paciente jovem, que procurou a clínica de graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo, cuja queixa principal era dor. Após exame clínico e radiográfico, observou-se lesão de cárie

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extensa no dente 26, comprometendo as faces oclusal, distal e vestibular. No teste de sensibilidade pulpar ao frio (Endo-ice, Maquira) o dente apresentou resultado positivo. Baseado neste contexto o tratamento proposto foi: remoção parcial de tecido cariado visando a manutenção da vitalidade pulpar e posterior restauração. Para isso, foi realizado o isolamento absoluto do campo operatório. A remoção de dentina infectada das paredes circundantes foi removida em baixa rotação, com broca de aço compatível com o tamanho da cavidade, enquanto que a colher de dentina foi utilizada para a remoção da dentina infectada das paredes de fundo. Posteriormente o esmalte foi regularizado com ponta diamantada esférica #1014 e recortador de margem gengival. A limpeza da cavidade foi realizada com água de cal e, em seguida, restaurada com cimento de ionômero de vidro modificado por resina (Equia Forte Kit, GC), inserido com auxílio de uma seringa Centrix em incremento único e fotopolimerizado por 40 segundos. Após a realização do ajuste oclusal, a paciente não se queixou mais de dor. Assim como no controle clínico e 10 meses. Diante do exposto, é possível concluir que o cimento de ionô-mero de vidro tem propriedades satisfatórias que permitem a remineralização da dentina afetada, como a interação química com a estrutura dental e liberação de íons de cálcio, fosfato e flúor.

Palavras chaves: Dentística, Dentina, Cárie dentária.

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trAbAlhos diAgnóstiCo e iMAginologiA

CAtegoriA orAl

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Análise ClíniCo-PAtológiCA de Cistos PArAdentários

Adrielli Cristina Moreno Barreto1

Silas Antonio Juvencio de Freitas-Filho1

Agnes Assao1

Denise Tostes Oliveira1

1 Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia (Área de Patologia), Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São

Paulo, Bauru, SP.

Os cistos paradentários estão associados a um processo inflamatório que ocorre no folículo pericoronário encontrado frequentemente na região de molares in-feriores. O objetivo do presente estudo é apresentar as características clínicas, radiográficas e histopatológicas de cistos paradentários diagnosticados no Ser-viço de Anatomia Patológica da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, no período de 2008 a 2017. Os dados clínicos e radiográficos foram obtidos das fi-chas de requisição de análise histopatológica. As lâminas foram revisadas e o diagnóstico final foi estabelecido associando-se os dados clínicos, radiográficos e histopatológicos. No período de dez anos, 34 cistos paradentários foram diag-nosticados, representando 0.4% de todos os laudos emitidos pelo referido Servi-ço. A ocorrência do cisto paradentário foi mais frequente em homens (1.8:1) e a média de idade dos pacientes foi de 26 anos. Todos os cistos paradentários foram localizados em mandíbula, sendo 30 (88.2%) associados ao terceiro molar e qua-tro (11.8%) ao segundo molar. Em 24 pacientes (70.6%) foi observada uma área radiolúcida envolvendo parcialmente a coroa do dente. O diagnóstico presuntivo foi de cisto paradentário (14 lesões), cisto dentígero (13 lesões), folículo pericoro-nário (4 lesões) e queratocisto odontogênico (3 lesões). A exodontia e a exérese da lesão foram realizadas em 25 pacientes (73.5%). Na análise histopatológica, uma cavidade cística virtual revista por epitélio estratificado pavimentoso e intenso infiltrado inflamatório na cápsula cística foi observada na maioria dos casos. Este estudo retrospectivo confirmou que o cisto paradentário é uma lesão incomum, afeta mais os homens e para estabelecimento do diagnóstico são necessários da-dos clínicos e radiográficos associados ao exame histopatológico. No diagnóstico diferencial, lesões odontogênicas de origem inflamatória e do desenvolvimento devem ser consideradas.

Palavras chave: Cistos odontogênicos; Cisto Periodontal; Diagnóstico.

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CArACterístiCAs ClíniCAs e histoPAtológiCAs do PAPiloMA no

lábio: relAto de CAso

Ángel Terrero-Pérez1

Mariela Peralta-Mamani1

Jéssica de Fátima Segantin2

Vanessa Soares Lara3

Cássia Maria Fischer Rubira3

Ana Lúcia Alvares Capelozza4

1Alunos de doutorado, Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia. Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São

Paulo, Bauru, SP.2Aluna de mestrado, Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia. Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São

Paulo, Bauru, SP.3Professoras Associadas do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pa-

tologia e Radiologia. Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

4Professora titular do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia. Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São

Paulo, Bauru, SP.

O papilomavírus humano (HPV) é um fator etiológico importante em várias le-sões hiperplásicas, verrucosas e papilomatosas, no epitélio que reveste a pele e as mucosas. As lesões na boca, na maioria dos casos múltiplas, acometem a superfí-cie da mucosa, sendo mais comuns na mucosa labial, língua e palato mole. Estas lesões representam 5% das lesões submetidas à biopsia, não associadas ao sexo, comumente se apresentam entre os pacientes de 30 a 50 anos. Suas características clínicas apresentam como lesão fundamental pápulas discretamente elevadas ou crescimento de tecido róseo com aspecto de couve-flor. O meio de transmissão mais aceito tem sido o contato sexual, não sexual por objetos contaminados, sa-liva e leite materno. O tratamento é a excisão cirúrgica e a recidiva é improvável. Neste trabalho, apresentaremos um caso de papiloma no lábio inferior e serão descritas as características clínicas e histopatológicas. Paciente de sexo mascu-lino de 18 anos de idade, leucoderma, cuja queixa principal foi de “Manchas brancas que apareceram no lábio”, com tempo de evolução de 3 meses. A história médica revelou que o paciente é hipertenso, sob tratamento com o cardiologis-ta, toma captopril 25mg (3x/dia) e hidroclorotiazida 25mg (2x/dia). No exame físico intrabucal observou-se língua geográfica e um nódulo esbranquiçado de aproximadamente 0,4cm, localizado no lábio inferior (lado esquerdo), assintomá-tico, de forma irregular, superfície rugosa, bordas definidas, consistência mole. Foi realizada biopsia excisional, onde os cortes microscópicos revelaram mucosa

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bucal constituída por epitélio pavimentoso estratificado hiperparaqueratinizado acantótico, apresentando projeções digitiformes exofíticas; subjacente a este, verifica-se tecido conjuntivo fibroso com escassas fibras musculares esqueléticas mais profundamente. O diagnóstico foi de papiloma bucal. Paciente retornou uma semana após para remoção de pontos e foi feito o controle pós-operatório de 4 meses, apresentando ótima cicatrização e não houve recidiva da lesão. Concluiu--se que o diagnóstico de papiloma bucal devido à infecção por HPV é basea-do nas características clínicas e histopatológicas, neste caso a excisão cirúrgica mostrou-se eficaz no tratamento do papiloma no lábio inferior.

Palavras-chaves: Patologia Bucal, Papiloma, Lábio.

enCefAloCele frontAl AssoCiAdA à disPlAsiA dentináriA de MolAres:

relAto de CAso

Camila Lopes Crescente1

Aline Cristina da Silva Trevizan1

Pollyana Pereira Teotônio dos Santos1

Lidiane de Castro Pinto2

Adriano Porto Teixeira3

Gisele da Silva Dalben4

1Residentes do programa de Residência Multiprofissional em Síndromes e Anomalias Craniofaciais, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaci-

ais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP)2Departamento de Endodontia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Cra-

niofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP)3Departamento de Ortodontia/Craniofacial, Hospital de Reabilitação de

Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP) 4Departamento de Odontopediatria, Hospital de Reabilitação de Anomalias

Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP)

A Encefalocele é uma patologia rara caracterizada pela presença de uma ou mais herniações do cérebro e/ou das meninges por aberturas presentes no crânio. A Displasia Dentinária (DD) também é uma alteração rara caracterizada por uma estrutura anormal e desorganizada da dentina. A DD Tipo I (DDI) é definida como displasia da dentina radicular. Este relato de caso foi aprovado pelo comitê de ética (CAAE protocolo: nº. 76655517.0.0000.5441) e tem como objetivo descre-ver um caso de Encefalocele Frontal associada ao diagnóstico imaginológico e histopatológico de Displasia Dentinária Tipo I em um paciente atendido no Hos-

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pital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Para nosso conhecimento, não há informação prévia na literatura sobre a ocorrência simultânea de encefalocele congênita e DDI, fortalecendo as-sim o presente relato para auxiliar na elucidação e caracterização de outros ca-sos. É pertinente ressaltar a importância dos profissionais da saúde, estruturados numa equipe multidisciplinar, no momento do diagnóstico, precoce ou não, de ambas as alterações, para informar e orientar a família e estabelecer o melhor plano de tratamento para cada caso.

Palavras chaves: Encefalocele; Molares; Displasia.

A sAlivA é UM bioMArCAdor AdeqUAdo no diAgnóstiCo de

CânCer de boCA? revisão sisteMátiCA

Jaqueline Marson de Moraes¹

Heitor Albergoni da Silveira2

Camila Lopes Cardoso3

Andreia Aparecida da Silva3

1Aluna de Graduação de Odontologia, Centro de Ciências da Saúde – Uni-versidade do Sagrado Coração

2Aluno de Mestrado em Diagnóstico Bucal, Departamento de Diagnóstico e Cirurgia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - Unesp

3Professoras Doutoras Área de Cirurgia Buco Maxilo Facial – Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - Universidade do Sagrado Coração

O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão sistemática da literatura so-bre os biomarcadores presentes na saliva para o diagnóstico de câncer de boca. As bases de dados PubMed/Medline, Cochrane Collaboration e SciELO foram analisadas com o objetivo de selecionar os estudos publicados em periódicos da área utilizando os descritores: “oral cancer” AND “Biomarker” AND “Saliva”. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, 6 artigos foram selecionados para análise. Os biomarcadores mais frequentemente encontrados foram o mRNA e as proteínas de IL-8, CD44, MMP-1 e MMP-3 além de novos biomarcadores como Cyfra 21-1 e ZNF510. Apenas um estudo mostrou sensibilidade e especificidade para o marcador ZNF510. Frente a isso podemos concluir que não há evidências científicas suficientes para apoiar o uso de biomarcadores da saliva no diagnóstico de câncer de boca nos estágio subclínicos. Novos estudos se fazem necessário para melhores esclarecimentos de como a saliva pode ser utilizada com essa finalidade.

Palavras chaves: Biomarcador. Saliva. Câncer de boca.

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AnoMAliAs dentáriAs hiPoPlAsiAntes eM indivídUo CoM fissUrA

lAbioPAlAtinA: relAto de CAso

Milenka Gabriela Quenta Huayhua1

Bruna Stuchi Centurion Pagin2

Izabel Maria Marchi de Carvalho2

Otavio Pagin 2

1Aluna de Especialização, área de Radiologia e Imaginologia Odontológica, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de

São Paulo.2Profissionais da Seção de Diagnostico Bucal Hospital de Reabilitação de

Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo.

A fissura labiopalatina é uma malformação craniofacial de etiologia multifa-torial, podendo envolver lábio, rebordo alveolar e palato. Observam-se muitos casos de anomalias dentárias hipoplasiantes, tais como a agenesia e microdon-tia. Agenesia consiste na redução numérica dos dentes e é considerada uma das anomalias dentárias mais frequentes no ser humano, sendo resultante de altera-ções ocorridas durante os estágios iniciais da odontogênese. De acordo com o número de dentes faltantes, pode receber outras denominações como ausência congênita, hipodontia, oligodontia ou anodontia. É comumente observada na dentição permanente e no gênero feminino, e entre os dentes mais acometidos estão primeiramente os terceiros molares, seguidos tanto pelos segundos pré--molares inferiores quanto pelos incisivos laterais superiores, podendo variar de acordo com a população estudada. A microdontia refere-se à redução do tama-nho normal do dente e pode ser localizada ou generalizada. Acredita-se que esta anomalia de tamanho seja originada durante o estágio de morfodiferenciação do desenvolvimento dos dentes.O objetivo deste trabalho é relatar um caso de agenesia e microdontia relacionado com ocorrência de fissura labiopalatina. Paciente de 11 anos de idade, gênero feminino, leucoderma, compareceu ao serviço de Radiologia e Imaginologia do HRAC-USP, para realizar exame de radiografia panorâmica com a justificativa de planejamento ortodôntico e controle de irrupção do 23. Na história médica apre-senta fissura palatina pós forame completa. Na avaliação radiográfica observou--se presença dos molares decíduos e agenesia dos pré-molares correspondentes, bem como do dente 47. Observou-se também microdontia dos dentes 12 e 22. Devido à grande ocorrência de anomalias dentárias nessa população os exames radiográficos são fundamentais para o diagnóstico para evitar intercorrências

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futuras. Quanto mais precoce o diagnóstico for realizado por meio de exames clínico e radiográficos, maiores são as opções de tratamento a serem realizadas e melhor o prognóstico.

Palavras chaves: Anomala dentária; Fissura lábio-palatina; Hipoplasia.

CArACterístiCAs iMAginológiCAs do qUerAtoCisto odontogêniCo: relAto

de CAso

Mariela Peralta-Mamani1

Ángel Terrero-Pérez1

Jéssica de Fátima Segantin2

Renato Yassutaka Faria Yaedú3

Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen3

1Alunos de doutorado, Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia. Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São

Paulo, Bauru, SP.2Aluna de mestrado, Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia. Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São

Paulo, Bauru, SP.3Professores associados do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pa-

tologia e Radiologia. Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O queratocisto odontogênico tem como etiologia os remanescentes da lâmina dentária, corresponde de 3 a 11% dos cistos odontogênicos. Tem predileção pelo sexo masculino e ocorre entre 20 e 40 anos em qualquer parte dos maxilares, no entanto é mais frequente na região posterior do corpo da mandíbula e ramo ascendente. Apresenta-se na maioria das vezes assintomático, e nas radiografias observa-se uma radiolucência unilocular ou multilocular com bordas escleróti-cas uniformes e pode estar associado a um dente não irrompido. O diagnóstico é baseado em características histopatológicas, embora os achados clínicos, ra-diográficos e transoperatórios são bastante sugestivos. O objetivo deste trabalho foi apresentar um relato de caso de queratocisto odontogênico e descrever suas características imaginológicas antes e após realizado o tratamento. Trata-se de um paciente de sexo masculino de 35 anos de idade, leucoderma, encaminhado pelo ortodontista devido a lesão na região do dente 48 observado na radiogra-fia panorâmica realizada para avaliação inicial. Paciente sem comprometimento sistêmico. Nenhuma alteração foi observada durante o exame físico intrabucal. Realizou-se o teste de vitalidade do dente 48, resultando negativa. A radiografia

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panorâmica inicial mostra uma imagem radiolúcida, bem delimitada, com bordas corticalizadas, envolvendo as raízes do dente 48 e se entendendo até a metade do ramo ascendente da mandíbula do lado direito, sem presença de reabsorção radicular externa do dente adjacente. Solicitou-se uma tomografia computado-rizada de feixe cônico para melhor avaliação das estruturas, o exame mostrou a presença de uma área hipodensa de 29x21x9mm, unilocular, que provocou afi-namento da cortical lingual e deslocamento do canal mandibular para inferior e lingual. A conduta foi realizar enucleação da lesão e a peça removida foi enviada ao exame histopatológico, confirmado o diagnóstico de queratocisto odontogê-nico. No controle pós-operatório de uma semana e um mês observou-se ótima cicatrização, aos 6 meses e 1 ano a mucosa da região apresentava-se normocorada e sem alterações. A radiografia panorâmica após 6 meses mostrou diminuição da área radiolúcida e na radiografia panorâmica após 1 ano observa-se um completo reparo ósseo, sem recidiva da lesão. Concluiu-se que os exames de imagem são importantes para o planejamento cirúrgico e a radiografia panorâmica é necessá-ria para o controle pós-operatório do queratocisto odontogênico.

Palavras-chaves: Radiografia panorâmica, Tomografia computadorizada de feixe cônico, Cistos odontogênicos.

osteoneCrose de MAndíbUlA AssoCiAdA Ao Uso de bifosfonAto:

relAto de CAso ClíniCo

Jéssica da Mota Stripari1

Maíra Deomira Valduga2 Letícia Novaes Lima2

Vanessa Rodrigues do Nascimento2

Cintia De Souza Alferes2

Mirella Lindoso Gomes Campos3

1Centro de Ciências da Saúde, Universidade do Sagrado Coração 2Instituto de Ciências Biológicas, Médicas e da Saúde, Universidade

Paranaense3Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, Universidade do Sagrado Coração

O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso clínico de osteonecro-se de mandíbula associado ao uso do medicamento bifosfonato por paciente em tratamento de osteoporose. Paciente do gênero feminino, 70 anos, procurou aten-dimento odontológico na Clínica Odontológica da UNIPAR queixando-se de dor e lesão na região mandibular esquerda. Na história da doença atual, a mesma relatou ter realizado exodontia do dente 36 há meses e que desde então sente

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incômodo no local. O profissional da Unidade Básica de Saúde que a acompa-nhava já havia feito tratamento com antibióticos e anti-inflamatórios sem êxito na resposta local. Durante a história médica, a paciente relatou ser portadora de osteoporose e que se encontrava em tratamento com Alendronato de Sódio há 16 anos. No exame radiográfico inicial notou-se área radiolúcida sugestiva de oste-omielite. Ao exame físico intrabucal percebeu-se a presença de espícula óssea na região do alvéolo dental. A mesma foi tratada com antibioticoterapia, tendo resolução momentânea do problema. Após 2 anos, a paciente retornou com as mesmas queixas, entretanto com quadro sintomático aumentado. Ao exame físico notou-se a presença de rebordo ósseo necrosado, sendo claramente evidenciado no exame radiográfico o aumento da área acometida. A paciente foi encaminhada para tratamento com oxigenação hiperbárica, porém perdeu-se o contato com a mesma e não se conseguiu concluir o caso do ponto de vista cirúrgico-reabilita-dor. Conclui-se que antes de iniciar o tratamento com bisfosfonatos, o paciente deve passar por um exame bucal completo, onde os procedimentos dentários in-vasivos devem ser concluídos, os focos infecciosos e traumatismos eliminados e a saúde restabelecida. É fundamental, também, que o cirurgião-dentista realize o tratamento odontológico do paciente em terapia com bisfosfonatos somente após a realização do exame de telopepitídeo cros-ligante c-terminal (CTX) para ava-liação do risco ao desenvolvimento de osteonecrose, pois os efeitos colaterais que essa classe de medicamentos gera pode limitar ou contra-indicar procedimentos odontológicos em grupos de pacientes em terapia ativa.

Palavras-chave: Osteonecrose; Cirurgia bucal; Osteoporose.

liPoMA CerviCAl: UM relAto de CAso AtíPiCo

Felipe Pedretti Suguimoto1

Caio César Vacchi Pregnaca1

Giuliano Saraceni Issa Cossolin2

Daniel Henrique Koga2

Marcos Martins Curi2

Camila Lopes Cardoso2

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Estomatologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospital

Santa Catarina, São Paulo

O lipoma é um tumor benigno composto por células adiposas que geralmente ocorre no tecido subcutâneo. Ele afeta mais mulheres acima dos 40 anos de idade, normalmente se manifesta como um crescimento subcutâneo indolor, que não re-

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quer tratamento, a menos que se torne esteticamente indesejável ou doloroso. Pa-ciente do sexo masculino, 47 anos, compareceu ao hospital referindo inchaço in-dolor na região cervical anterior com evolução aproximada de 2 anos. Ao exame extrabucal, se observou um aumento de volume marcante na região submentual que provocava assimetria facial. Intraoralmente, havia abaulamento do assoalho bucal e ordenha positiva das glândulas sublinguais. Tomografia computadoriza-da revelou uma lesão expansiva, com conteúdo heterogêneo, sugerindo conteúdo de partes moles. Frente às características clínico-imaginológicas, o diagnóstico presuntivo foi de lipoma, cisto dermóide e rânula mergulhante. O paciente foi submetido à biópsia excisional da lesão sob anestesia geral. No transoperatório se observou uma lesão composta por tecido gorduroso, que apresentou flutuação após a imersão em formol. A análise histopatológica mostrou a presença abun-dante de células adiposas, com focos hemorrágicos e a presença de cápsula fibro-sa na periferia, confirmando a hipótese diagnóstica de lipoma. O paciente evoluiu sem intercorrências e não apresenta sinais de recorrência após 6 meses.

Palavras-chave: Lipoma. Tumor gorduroso.

MAnifestAção de MUCosite orAl grAve e o iMPACto nA sAúde bUCAl de indivídUos internAdos CoM CânCer

de CAbeçA e PesCoço

Laura de Almeida Costa1

Aloizio Premoli Maciel2

Dayanne Simões Ferreira Santos2

Raquel D’Aquino Garcia Caminha2

Brena Rodrigues Manzano2

Paulo Sérgio da Silva Santos3

1Aluna de graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

2Alunos de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pa-tologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade

de São Paulo.3Professor Associado do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patolo-gia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de

São Paulo.

A mucosite oral (MO) representa uma das mais significativas complicações das terapias antineoplásicas (TAn) para o câncer de cabeça e pescoço (CCP), podendo

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levar à necessidade de hospitalização prolongada, ao aumento do risco de infec-ções secundárias oportunistas e gerando impacto negativo na qualidade de vida desses indivíduos. Desse modo, o objetivo desse estudo consistiu em avaliar a gra-vidade clínica da MO em indivíduos com CCP e sua relação com a condição bucal durante a internação hospitalar. Os dados necessários, coletados do prontuário ele-trônico de um hospital público, foram: idade, gênero, localização do câncer, tipo de quimioterapia e dose de radioterapia (RxT) de indivíduos com CCP internados para realização de TAn ou por complicações destes. Foi realizada a mensuração da MO através da classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da escala da Organização Mundial da Saúde modificada (OMSMO). O comprometimento da saúde bucal pela MO foi avaliado através do Beside Oral Exam (BOE) e a dor bucal foi mensurada através da escala visual analógica de dor (EVA). Os resulta-dos mostraram que dores mais intensas foram correlacionadas com pior condição bucal (p=0,001; r=0,4811), assim como houve piora da saúde bucal correlacionada com MO-OMS (p=0,009; r=0,3848) e MO-OMSMO (p=0,006; r=0,4005) mais graves. Além disso, as manifestações da mucosite oral na língua (p<0,001), lá-bio superior (p<0,001), lábio inferior (p<0,001), mucosa jugal (p<0,001) e pala-to duro (p=0,002) contribuíram para o aumento do grau da MO-OMS e com a piora da deglutição de alimentos durante a internação hospitalar. Evidenciou-se, também, um aumento significativo da dor bucal quando a MO se manifestou na língua (p<0,001), lábio superior (p=0,012), lábio inferior (p<0,001), mucosa jugal (p=0,004) e palato duro (p=0,006). Observou-se, ainda, que a RxT foi responsável pela manifestação de graus mais severos de MO-OMS (p=0,041), embora não tenha havido piora da condição bucal, aumento de dor e dos sítios acometidos pela MO relacionados a diferentes doses de RxT. Não houve relação entre o uso especí-fico de protocolos de quimioterapia associados à piora da condição de saúde bucal. Sendo assim, a piora da condição da saúde bucal durante a internação hospitalar de indivíduos com CCP ocorre quando há manifestações de mucosite oral grave associada à dores bucais mais intensas, sendo estas associadas, principalmente, ao comprometimento do palato duro, mucosas jugais, língua e lábios. Descritores: Mucosite Oral, saúde bucal, câncer

lesão nodUlAr rArA eM gengivA

Letícia Maria Pereira Teixeira1

Gabriel Lúcio Calazans Duarte1

Beethoven Estevão Costa1

Silas Antonio Juvencio de Freitas2

Alberto Consolaro2

Camila Lopes Cardoso2

1Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Patologia, Universidade de São Paulo, SP.

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Paciente do gênero feminino, 42 anos, compareceu ao ambulatório de Estomato-patologia com a queixa de uma massa na gengiva. No exame físico intrabucal foi observada uma lesão nodular ora pedunculada ora séssil penetrando no rebordo alveolar na região gengival do dente 27, mais ou menos 2,0 cm de diâmetro, colo-ração rósea, resiliente à palpação, assintomática, com dois anos de evolução, sem causa definida. Na radiografia panorâmica, os dentes 26 e 28 revelaram comprome-timento periodontal avançado. Na história médica não havia nada digno de nota. O diagnóstico presuntivo foi de granuloma piogênico, lesão periférica de células gigantes e fibroma ossificante periférico. A paciente foi submetida a um procedi-mento de biópsia incisional e o diagnóstico foi compatível com doença periodontal inflamatória crônica. Diante dos aspectos clínicos, radiográficos e microscópicos, o tratamento foi a excisão da lesão e exodontia dos dentes 27 e 28. A lesão foi re-movida completamente e enviada para exame anatomopatológico. A microscopia revelou mucosa gengival com epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado hiperplásico com áreas de intensa desorganização e infiltração leucocitária. A sub-mucosa revela disposições fasciculares de células fibroblásticas jovens em meio a densos feixes de fibras colágenas. O Diagnóstico final foi de Fibroma odontogênico periférico (FOP). O Fibroma Odontogênico é definido como tumor odontogênico benigno causado por uma proliferação ectomesenquimal. É caracterizado pela pre-sença de tecido fibroblástico e apresenta quantidades variáveis de epitélio odonto-gênico aparentemente inativo. O tipo periférico é raro e ocorre principalmente na gengiva vestibular, com maior incidência na papila dentária com crescimento focal. Clinicamente, seu aspecto é similar a processos proliferativos não neoplásicos, sen-do a microscopia decisória no diagnóstico final. O tratamento do FOP consiste na sua completa remoção, e, se bem realizado, tem seu prognóstico muito favorável, com pouca ou nenhuma recidiva. O presente caso clínico ilustra um caso raro de FOP com acompanhamento inicial de seis meses revelando ausência de sinais clí-nicos e radiográficos de recidiva. É importante enfatizar que deve ser feito o acom-panhamento a longo prazo, pois se trata de uma lesão rara.

Palavras chaves: Fibroma odontogênico. Tumor odontogênico.

MAnifestAção bUCAl inCoMUM de líqUen PlAno erosivo

Paula Fontana Machado1

Aloizio Premoli Maciel2

Dayanne Simões Ferreira Santos2

Denise Tostes Oliveira3

Paulo Sérgio da Silva Santos3

1Aluna de graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

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2Alunos de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pa-tologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade

de São Paulo.3Professores Associados do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pato-logia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de

São Paulo.

Relatar um caso de múltiplas lesões bucais associadas à grave sintomatologia dolorosa e de difícil estabelecimento de diagnóstico final. Mulher de 56 anos, com queixa de “estou com lesões na língua, na bochecha, praticamente na boca toda. Dói muito e eu não consigo comer.” Histórico de úlceras há 4 meses, com aumento da quantidade e tamanho das lesões associadas à dor progressiva (EVA 8), a qual não cessou com uso de Toragesic 10mg. Possui hipotireoidismo, em uso de Iodo em cápsulas há 2 meses. O exame clínico extraoral revelou erosões e eritema em todo o lábio inferior com formações crostosas. Ao exame clínico intraoral observamos úlceras pseudomembranosas de bordas irregulares, com halo eritematoso em mucosa jugal bilateral, mucosa labial inferior, face inferior e laterais da língua, variando entre 2 e 4 cm. O diagnóstico presuntivo foi Pênfigo Vulgar, Penfigóide Benigno das Membranas Mucosas (PBMM) e Líquen Plano Erosivo (LPE). Realizada biópsia incisional, o exame histopatológico demonstrou epitélio estratificado pavimentoso hiperparaqueratinizado com áreas de hiperpla-sia e áreas de clivagem do epitélio com o tecido conjuntivo, caracterizando uma bolha subepitelial com moderado infiltrado inflamatório no tecido conjuntivo. O diagnóstico foi de PBMM, porém não observamos lesões cutâneas ou oculares, a paciente não relatou lesões em mucosa genital. Foi prescrito Prednisona 5 mg 2x/dia e Propionato de Clobetasol 0,05% sem álcool (Solução Spray) 5x/dia; higiene bucal com escova Curaprox 5460® e Kin Hidrat Dentifrício® e Memê® para aplicação nos lábios. Nas semanas seguintes observamos melhora significativa do tamanho das lesões e controle da dor (EVA 2). Após 1 ano a paciente relatou estar em tratamento dermatológico para líquen plano. Observamos lesões liquenóides na mão, dorso, abdômen e na face. Na boca havia novamente úlceras pseudomem-branosas, porém associadas às estrias de Wickham nos mesmos sítios acometidos anteriormente, variando entre 0,5 e 3 cm. O diagnóstico final foi de líquen plano erosivo com manifestação bucal primária ulcero-erosiva. A manifestação clíni-ca incomum associada ao histopatológico adiaram o diagnóstico definitivo, pois com a evolução da doença constatou-se não se tratar de PBMM e houve a necessi-dade de nova biópsia. Mesmo com a mudança de diagnóstico, o suporte inicial foi fundamental para a melhora do quadro clínico e doloroso, além de proporcionar mais qualidade de vida para a paciente.

Palavras-chave: Patologia, diagnóstico, estomatologia.

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Cisto odontogêniCo CAlCifiCAnte: relAto de CAso

Rafaela Squassoni Lourenço1

Daniel Henrique Koga2

Marcos Martins Curi2

Giuliano Saraceni Issa Cossolin2

Camila Lopes Cardoso2

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Estomatologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospital

Santa Catarina, São Paulo

Paciente do sexo feminino, melanoderma, 31 anos, compareceu ao hospital re-ferindo inchaço na região dos dentes inferiores com evolução aproximada de 1 ano. Ao exame extrabucal se observou tumefação indolor na região mentual, re-sultando em assimetria facial. Intraoralmente, havia um aumento de volume com apagamento do sulco gengivolabial associado à mobilidade grau I dos incisivos inferiores. A radiografia panorâmica revelou uma lesão radiolúcida unicística, com cerca de 12 cm de diâmetro na região anterior mandibular, que se estendia do dente 34 ao 44 com reabsorção radicular dos dentes adjacentes. Tomografia computadorizada revelou lesão expansiva, com conteúdo heterogêneo, em sua maioria hipodenso, sugerindo conteúdo líquido, associada a focos hiperdensos sugerindo tecido mineralizado. Frente às características clínico-imaginológicas, o diagnóstico presuntivo foi de Cisto ósseo calcificante (COC), tumor de Pindborg e tumor dentinogênico de células fantasmas. A paciente foi submetida à biópsia incisional, que revelou uma lesão cística composta por uma cápsula fibrosa, com um epitélio de revestimento contendo células fantasmas e presença de minerali-zações semelhantes à dentina no lúmen lesional, firmando o diagnóstico de COC. A paciente foi submetida à cirurgia para enucleação cística por acesso intraoral sem intercorrências. Após 2 anos de controle clínico e radiográfico, não apresenta sinais de recidiva. O cisto odontogênico calcificante é uma entidade rara, carac-terizada histologicamente pela presença de células fantasmas no epitélio cístico e diferentes graus de calcificação no seu interior. Se trata de uma lesão de curso benigno, que raramente recorre após o tratamento, que até recentemente esteve classificado como uma neoplasia, sendo na última edição da classificação propos-ta pela OMS, reclassificado como um cisto odontogênico de desenvolvimento.

Palavras chaves: Cisto odontogênico calcificante, Cisto odontogênico, cirurgia.

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lesão rAdiolúCidA AssintoMátiCA eM MAndíbUlA

Júlia Barrionuevo Cortez1

Beethoven Estevão Costa1

Marcelo Salles Munerato1

Izabel Maria Marchi de Carvalho1

Andréia Aparecida da Silva1

Camila Lopes Cardoso1

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

Paciente do sexo masculino, leucoderma, 20 anos de idade, foi encaminhado ao ambulatório de Estomatopatologia para avaliação de área radiolúcida em mandí-bula visualizada em radiografia panorâmica que havia feito para planejamento or-todôntico. Ao exame físico intraoral não apresentou nenhuma alteração e ausên-cia de sintomas. Na história médica não havia nada digno de nota. A radiografia panorâmica revelou área radiolúcida unilocular com margens festonadas entre os dentes 35 ao 37 e ausência do dente 38. Os testes de vitalidade pulpar dos dentes envolvidos foram positivos. Tomografia computadorizada de feixe cônico revelou ausência de reabsorção radicular e envolvimento medular predominante. Diante dos aspectos clínicos e radiográficos, o diagnóstico presuntivo foi de cisto ósseo simples e queratocisto odontogênico. Optou-se inicialmente pelo acompanha-mento clínico e radiográfico da alteração e, após três meses, não houve alteração. Entretanto, diante da ansiedade dos pais e interesse no tratamento ortodôntico, foi feita uma cirurgia com finalidade exploratória. No trans-operatório foi cons-tatada uma cavidade óssea, sem conteúdo e revestimento, portanto o diagnóstico final foi de Cisto ósseo simples (COS). O COS ou Cisto ósseo traumático é uma lesão não-neoplásica que normalmente ocorre em indivíduos jovens, principal-mente durante a segunda década de vida. Sua etiologia ainda não é bem esclare-cida, mas acredita-se que seja de origem traumática, levando a uma hemorragia intra-óssea e, posteriormente, a liquefação do coágulo que dá origem à cavidade. O COS se apresenta como uma lesão radiolúcida, unilocular, assintomática que acomete principalmente regiões de corpo e sínfise de mandíbula, sem expansão de corticais, com margens festonando as raízes dentárias da região afetada, sendo que, todos os dentes envolvidos encontram-se vitais. A literatura considera que os aspectos clínicos e radiográficos do cisto ósseo simples são bastante conclusivos, por isso, a proservação através de exame clínico e radiográfico tem sido reco-mendada e, em alguns casos, pode ser indicada a realização de uma exploração cirúrgica confirmando o diagnóstico.

Palavras chaves: Cisto ósseo simples. Cisto ósseo traumático. Lesão óssea.

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redUção dA dose de rAdiAção CoM o Uso de stent orAl eM rAdioterAPiA

PArA CânCer de CAbeçA e PesCoço

Raniel Ramon Norte Neves1

Claudia Joffily Parahyba1

Cecília Maria Kalil Haddad2

Elton Trigo Teixeira Leite2

William Alves Pinto dos Santos2

Felipe Paiva da Fonseca3

Eduardo Rodrigues Fregnani3

1Serviço de Odontologia, Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, Brasil2Serviço de Radioterapia, Centro de Oncologia, Hospital Sírio-Libanês, São

Paulo, Brasil3Departamento de Cirurgia e Patologia Oral, Faculdade de Odontologia,

Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil.

Os stents orais são dispositivos individualizados que visam reduzir a dose de radiação em tecidos saudáveis adjacentes ao volume alvo de tratamento e, con-sequentemente, reduzir os efeitos adversos da radioterapia na região da cabeça e pescoço. Uma mulher de 39 anos acometida por carcinoma espinocelular de língua foi submetida à tomografia computadorizada com e sem o stent oral para o planejamento do tratamento radioterápico com IMRT. A delimitação PTV di-minuiu de 274 cm3 para 210 cm3 quando o stent oral foi utilizado e a análise dosimétrica mostrou que a dose média de radiação no palato reduziu 42%, na glândula parótida direita reduziu 21%, nos dentes posteriores superiores direitos reduziu 40% , em dentes anteriores superiores reduziu 47,39%, em dentes poste-riores superiores esquerdos reduziu 36%, em dentes inferiores anteriores reduziu 13%, em dentes posteriores inferiores reduziu 16,4% e nos inferiores ipsilaterais ao tumor a dose permaneceu a mesma. O objetivo desse trabalho é evidenciar a importância do Cirurgião-Dentista no tratamento pré, durante e após o tratamen-to oncológico.

Palavras chaves: Stent intraoral, radioterapia de intensidade modulada (IMRT), efeitos colaterais orais.

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lesão MetAstátiCA nA CAvidAde bUCAl – relAto de CAso

Adhelle Josiane Soares Frederico¹

Camila Lopes Cardoso²

Daniel Henrique Koga³

Giuliano Issa Cossolin³

Marcos Martins Curi³

1Aluna de Graduação em Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Profa. Dra. Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Departamento de Estomatologia, Centro de Oncologia, Hospital Santa Catarina, SP.

As lesões metastáticas em cavidade bucal são raras e a apresentação clínica das mesmas podem ser similares aos processos proliferativos não neoplásicos. O ob-jetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de metástase bucal. Paciente do sexo feminino, de 86 anos, portadora de carcinoma ductal invasivo de mama há 3 anos, em estagio avançado, com história de tratamento cirúrgico, radioterapia e quimioterapia. Durante sua última internação, solicitou uma avaliação bucal com a queixa principal de dificuldade de deglutir. Ao exame físico intraoral, a equipe de estomatologia constatou uma lesão nodular, bem circunscrita, em região late-ral posterior da língua, de aproximadamente 1,5cm, assintomática, avermelhada, resiliente à palpação, com 2 meses de evolução. Considerando que a paciente apresentava presença de metástases em várias partes do corpo, o diagnóstico pre-suntivo também foi de lesão mestastática. Considerando o desconforto e dificul-dade de deglutição, a paciente foi submetida à biópsia excisional, a qual revelou aspecto microscópico compatível com carcinoma ductal invasivo da mama com imunoexpressão triplo negativa para receptor de estrógeno, receptor de proges-terona e de oncoproteína c-erb-2. A paciente evoluiu bem após a biópsia e se encontra em acompanhamento juntamente com a equipe da oncologia.

Palavras chave: Metástase. Cavidade Oral. Neoplasia Maligna.

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defeito ósseo eM MAndíbUlA eM toMogrAfiA de feiXe CôniCo: CAso

ClíniCo

Giovanna Vicenzotti¹Laís Caroline da Silva¹

Eymi Valery Cazas Duran²

Izabel Regina Fischer Rubira Bullen³

Cássia Maria Fischer Rubira 4

1Alunas de graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de

Bauru – USP.2Doutoranda do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e

Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.3.4Professoras Doutoras do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Pato-

logia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.

O defeito ósseo de Stafne é descrito como uma lesão radiolúcida, circunscrita, assintomática, localizada em mandíbula, abaixo do canal mandibular, geralmente unilateral e que acomete mais homens, na faixa de idade próxima a 50/60 anos, com uma incidência de 0,1-0,48%. Estudos na literatura descrevem que as lesões contêm glândulas salivares ectópicas e possuem etiopatogenia desconhecida. Re-centemente, a lesão foi classificada em três tipos em relação ao canal mandibular: tipo I: o canal mandibular é separado da lesão, tipo II: o canal mandibular está em contato com a lesão, tipo III: o canal mandibular passa pela lesão. Relato de um caso clínico de um paciente do sexo masculino, 44 anos, veio encaminhado para a clínica de Estomatologia da FOB-USP, devido à suspeita de lesão intraóssea patológica, observada em uma panorâmica feita para a instalação de implantes. Foi realizado a anamnese, exame físico extra e intra-oral e não foi observado alte-rações, conjuntamente foi avaliado a imagem panorâmica e observou-se uma área radiolúcida, circunscrita, localizada em região posterior de mandíbula, próxima ao ângulo e inferior ao canal mandibular, o diagnóstico presuntivo foi de Defeito de Stafne e optou-se pela TCFC (Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico) para descartar a presença de lesões intraósseas, sendo que nas reconstruções da TCFC foi avaliada uma área hipodensa, circunscrita e delimitada pela cortical óssea hiperdensa. Na reconstrução axial foi evidenciado que a lesão tem compri-mento antero-posterior de 12,8 mm, largura de lingual-vestibular de 8,9 mm, na reconstrução parassagital foi mensurado a altura de 12,3 mm com 1 mm de cor-tical externa e foi visualizado que a lesão é de tipo II, sendo que está em contato com o canal mandibular. O paciente será acompanhado a cada 6 meses quanto à presença de mudanças, aparecimento de sintomatologia e manifestações clínicas. O Defeito de Stafne não precisa de tratamento, porém salientamos a importância de realizar o diagnóstico diferencial de outras lesões intraósseas. Alguns autores

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recomendam a exploração cirúrgica e biópsia apenas para descartar outras enti-dades patológicas, em casos atípicos e com presença de sintomatologia.

Palavras-chave: Cistos Ósseos; Glândulas Salivares; Tomografia Computadori-zada de Feixe Cônico.

MAneJo de úlCerA AftosA reCorrente – relAto de dois CAsos

Julia Paula dos Santos1

Gabriela Moura Chicrala2

Mariela Peralta-Mamani2

Jéssica de Fátima Segantin3

Ana Lúcia Alvares Capelozza4

Paulo Sérgio da Silva Santos5

1Aluna de Graduação em Odontologia. Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru – SP.

2Doutorandas em Radiologia e Estomatologia. Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia, Faculdade de Odontologia de Bauru,

Universidade de São Paulo, Bauru – SP.3Mestranda em Cirurgia. Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patolo-

gia e Radiologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru – SP.

4Professora Titular do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São

Paulo, Bauru – SP.5Professor Associado do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patolo-

gia e Radiologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru – SP.

A Úlcera Aftosa Recorrente (UAR) caracteriza-se clinicamente pelo aparecimen-to de úlceras dolorosas na mucosa oral que podem apresentar-se de diferentes tamanhos, quantidade e localização e que podem comprometer a qualidade de vida do paciente. Apesar de etiologia não totalmente esclarecida, alguns fatores predisponentes e condições podem estar relacionados com o desenvolvimento da UAR, como o trauma local, tabagismo, estado emocional, fatores imunológicos e doenças sistêmicas. O tratamento da UAR depende da gravidade das lesões e do desconforto apresentado pelo paciente, podendo ser implementada a terapia tópica ou sistêmica. O uso do ácido ascórbico tem se apresentado como uma das opções terapêuticas, agindo no tempo de vida de leucócitos polimorfonucleares, que desempenham papel fundamental na patogênese da doença. O objetivo deste trabalho é relatar dois casos em que foi utilizado o tratamento com ácido ascór-

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bico. Caso 1 – Mulher, 27 anos, advogada, apresentando como queixa principal “muita afta na boca”. A paciente relatou lesões múltiplas recorrentes há anos, que interferiam em atividades diárias sem notar exacerbação das lesões em episódios específicos. Ao exame físico intraoral foram visualizadas seis úlceras recober-tas por pseudomembrana branco-amarelada e halo eritematoso de localização e tamanho variados. Foi prescrito 1g diário de ácido ascórbico por 3 meses e re-avaliação mensal. A paciente relatou melhora significante quanto ao número de úlceras que surgiram após o início do tratamento, aumento no intervalo no apare-cimento das lesões e diminuição de dor. Caso 2 – Mulher, 57 anos, dona de casa, apresentando como queixa principal “muita afta”. A paciente relata lesões desde criança, sem tratamentos eficazes anteriormente, notando exacerbação das lesões em momentos de maior estresse. Ao exame físico intraoral, foi observada uma úlcera recoberta por pseudomembrana branco-amarelada e halo eritematoso em face lateral de língua e eritema em palato duro. Foi prescrito 1g diário de ácido ascórbico por 3 meses e reavaliação mensal. A paciente relatou diminuição do número de úlceras, assim como diminuição do tamanho, duração e da dor. Como conclusão vê-se que apesar de ser uma terapêutica pouco conhecida, o uso do áci-do ascórbico para o tratamento de UAR pode mostrar bons resultados e melhorar a qualidade de vida do paciente, merecendo futuras investigações.

Palavras chave: úlcera, diagnóstico, odontologia.

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trAbAlhos diAgnóstiCo e iMAginologiA

CAtegoriA PAinel

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Cisto nA região Anterior dA MAXilA – iMPortânCiA do diAgnóstiCo

diferenCiAl

Adrielli Cristina Moreno Barreto1

Marcelo Júnior Zanda2

Silas Antônio Juvêncio de Freitas-Filho1

Denise Tostes Oliveira1

1Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia (Área de Patologia), Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São

Paulo, Bauru, SP.2Centro de Pesquisas Clínicas (CPC), Faculdade de Odontologia de Bauru,

Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O objetivo da apresentação deste relato de um cisto na região anterior da maxila é reforçar a importância da associação das características clínico-radiográficas e histopatológicas para o correto diagnóstico da lesão. Um paciente do gênero masculino, 36 anos de idade, compareceu ao Centro de Pesquisas Clínicas da FOB-USP com queixa de lesão em região anterior da maxila. Ao exame físico, observou-se aumento volumétrico no fundo de vestíbulo da região anterior de maxila recoberto por uma mucosa bucal íntegra e de coloração normal. Ao exame radiográfico, observou-se área radiolúcida de limites precisos de aproximada-mente 3 cm em seu maior diâmetro e duas raízes dentárias residuais associadas à lesão. A punção aspirativa foi positiva para líquido cítrico. A hipótese diagnóstica foi de cisto odontogênico. A lesão foi enucleada, as raízes residuais removidas, sendo o material encaminhado para o Serviço de Anatomia Patológica da FOB--USP. Microscopicamente, observou-se cavidade cística virtual revestida ora por epitélio estratificado pavimentoso ora por epitélio respiratório do tipo pseudo--estratificado cilíndrico ciliado e com células mucosas e, subjacente na cápsula fibrosa notou-se a presença de áreas hemorrágicas, discretos focos de infiltrado inflamatório mononuclear, feixes neurais, focos de calcificação distrófica e tra-béculas ósseas. O diagnóstico estabelecido associando-se as características clí-nico-radiográficas e microscópicas foi de cisto do ducto nasopalatino. O cisto do ducto nasopalatino é o mais comum dos cistos não-odontogênicos dos maxilares, ocorrendo frequentemente na linha média da região anterior de maxila podendo apresentar extensão para a região de fundo de vestíbulo anterior como no caso clínico relatado. Portanto, a associação das características clínico-radiográficas fornecidas pelo cirurgião-dentista com os achados microscópicos é de fundamen-tal importância no diagnóstico diferencial entre os cistos odontogênicos e não odontogênicos que ocorrem nos ossos maxilares. Palavras chave: Cistos não odontogênicos; Cistos dos maxilares; Diagnóstico.

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Anais da XII Jornada de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

USC 2018

odontoMA intrACrAniAno– relAto de CAso

Beatriz Martins de Andrade1

Alexandre Rayes1

Marcelo Salles Munerato1

Paulo Domingos Ribeiro Júnior1

Leopoldino Capellozza1

Camila Lopes Cardoso 1

1 Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O odontoma representa o tumor odontogênico misto mais comum que afeta os ossos maxilares. Clinicamente, apresenta-se como uma lesão de comporta-mento benigno, causando pouca ou nenhuma deformidade, assintomático, com crescimento autolimitado e geralmente detectado em exames radiográficos no tratamento odontológico inicial. Radiograficamente, os odontomas são lesões radiopacas, bem delimitadas, circundadas por um halo fino radiolúcido. Uma paciente do sexo feminino, de 28 anos, foi submetida a exame de tomografia computadorizada de feixe cônico dos ossos maxilares, o qual revelou uma lesão hiperdensa, constituída por inúmeras estruturas semelhantes a dentículos, com aproximadamente 3cm de diâmetro, bem delimitada, assintomática, na região pterigomaxilar do lado direito, na fossa craniana média, atingindo o seio esfenoi-dal. O diagnóstico presuntivo foi de Odontoma Composto. Na história médica, a paciente reportou ter o conhecimento sobre a lesão há dez anos e, diante da hipótese de diagnóstico e sua localização, a conduta foi o acompanhamento e ne-nhuma intervenção. Revisão de literatura, utilizando a base de dados Medline, foi realizada buscando através da palavra “odontoma” e, de 1443 abstracts avaliados, não foi encontrado nenhum caso de odontoma intracraniano com esta localização atípica, justificando a apresentação do caso clínico.

Palavras chaves: Odontoma. Tumor odontogênico. Hamartoma.

Cisto PArAdentário AtíPiCo

Fernanda Yuriko Azuma1

Ana Carolina Ficho1

Marcelo Salles Munerato1

Silas Antonio Juvencio de Freitas-Filho2

Alberto Consolaro2

Camila Lopes Cardoso1

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Anais da XII Jornada de Odontologia da

Universidade do Sagrado Coração

` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

USC 2018

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Patologia, Universidade de São Paulo, SP.

Paciente do gênero feminino, 38 anos, compareceu ao ambulatório de Estomato-patologia com a queixa de “dor no dente do siso”. No exame físico intrabucal foi observada a região distal do dente 47 levemente tumefada e avermelhada, sinto-mática à palpação. Não foi observada a presença do dente 48 clinicamente. Ra-diografia panorâmica revelou uma lesão radiolúcida, com mais ou menos 6mm de espessura, circundando a região coronoradicular até próximo ao ápice do dente 48, totalmente não irrompido, na posição horizontal. Tomografia computadoriza-da de feixe cônico foi realizada para avaliar com mais detalhes a lesão radiolúcida e executar o planejamento da exodontia do 48. O exame revelou área hipodensa bem circunscrita conforme observado na panorâmica, entretanto reconstruções coronais revelaram erosão da cortical lingual. O paciente foi submetido à enucle-ação da lesão e extração do dente 48. A lesão se apresentava levemente friável e se fragmentou durante a remoção. Considerando que o dente não estava irrompi-do clinicamente, o diagnóstico presuntivo foi de cisto dentígero e ameloblastoma unicístico. Após uma semana, sob antibioticoterapia e antiinflamatório não este-roidal, o paciente apresentou bom pós-operatório. O diagnóstico microscópico foi de Cisto paradentário. A paciente está sendo acompanhada clinicamente e, após dois meses, a região operada já se encontra com sinais radiográficos de cicatriza-ção óssea. O Cisto paradentário é um cisto odontogênico de origem inflamatória de remanescentes do epitélio reduzido do órgão do esmalte ou de restos epiteliais no periodonto. Localiza-se preferencialmente na região de trígono retromolar, associado a terceiros molares semi-irrompido com história de pericoronarite pré-via. Usualmente apresenta-se como uma área radiolúcida bem delimitada, nor-malmente localizada a distal de um dente. O presente caso clínico se encontrou atípico, pois não havia comunicação do dente com a cavidade bucal, entretanto, pode ter havido uma comunicação via sulco gengival na distal no dente 47, não observada clinicamente. O presente caso ressalta a importância de um exame físico rigoroso e o envio da peça para exame microscópico.

Palavras chaves: Cisto paradentário. Cisto odontogênico. Diagnóstico Bucal.

siAlolitíAse eM glândUlA PArótidA– relAto de CAso

Jaqueline Marson1

Marcos Martins Curi2

Daniel Henrique Koga3

Quitéria Edileuza Rezende de Araujo4

Andréia Aparecida da Silva5

Camila Lopes Cardoso5

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Anais da XII Jornada de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

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1Aluna de Graduação de Odontologia – Universidade do Sagrdo Coração2Departamento de Estomatologia – Hospital Santa Catarina

3Aluno de Doutorado, Área de Cirurgia Buco Maxilo Facial – Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - Universidade do Sagrado Coração

4Aluna de Mestrado, Cirurgia Buco Maxilo Facial – Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - Universidade do Sagrado Coração

5Professoras Doutoras Área de Cirurgia Buco Maxilo Facial – Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - Universidade do Sagrado Coração

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de sialolitíase associada à sialodenite bacteriana em glândula parótida. Paciente do sexo masculino, 55 anos de idade, procurou o pronto atendimento hospitalar com a queixa de dor próximo ao ouvi-do. Ao exame físico extra-oral apresentava vermelhidão e tumefação na região de glândula parótida, com dois dias de evolução, com piora do quadro durante as refeições. Tomografia computadorizada revelou um corpo estranho hiperdenso no parênquima da glândula parótida do lado direito. A palpação da glândula e or-denha resultaram em drenagem de material purulento. O diagnóstico presuntivo foi de sialolitíase associada à sialodenite aguda. Sob antibioticoterapia, o paciente foi submetido à anestesia geral e acesso extraoral para a remoção do corpo estra-nho. Durante o trans-operatório foi constatada a presença de um sialólito o qual foi confirmado pelo exame anatomopatológico. Sete dias depois, a cicatrização e o funcionamento glandular se encontraram dentro da normalidade. A sialolitía-se, pouco menos comum em glândulas parótidas, pode apresentar complicações, pois a obstrução do sistema ductal e/ou parênquima glandular podem ser com-prometidos com a redução do fluxo salivar e acúmulo de microorganismos, fa-vorecendo a instalação de quadros infecciosos, como no presente caso ilustrado.

Palavras chaves: Sialolitíase; sialólito; glândula parótida.

diAgnóstiCo do odontoMA AtrAvés de iMAgens

João Paulo Dessy Millan¹

Ana Carolina de Oliveira¹

Ana Katharina Gomes Teles¹

Isabella da Silva Franco¹

Leandro Moreira Tempest²

1Alunos de Graduação, Curso de Odontologia, Centro Universitário do Norte Paulista – UNORP, São José do Rio Preto, SP.

2Prof. Msc. Departamento de Diagnóstico Bucal, Curso de Odontologia, Centro Universitário do Norte Paulista – UNORP, São José do Rio Preto, SP.

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Anais da XII Jornada de Odontologia da

Universidade do Sagrado Coração

` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

USC 2018

Odontomas são tumores de origem odontogênica encontrados comumente no exercício da clínica odontológica. Sua etiologia é parcialmente desconhecida, no entanto, sabe-se que em sua maioria envolve distúrbios de desenvolvimento associados a dentes inclusos, dentes supranumerários ou até mesmo uma desor-dem multifatorial originada pela hiperatividade da lâmina dentária resultando do efeito de diversos agentes causais. São compostos de uma mistura de tecidos odontológicos calcificados e não calcificados, podendo formar uma lesão com aparência semelhante aos elementos dentários ou uma massa calcificada única e disforme. Esses tumores são considerados harmatomas, ou seja, anomalias de de-senvolvimento e não neoplasias verdadeiras, sendo classificados como compostos ou complexos de acordo com suas características morfológicas. Odontoma com-posto ocorre com maior frequência na região anterior da maxila, envoltos comu-mente por uma matriz fibrosa e frouxa, enquanto os complexos são geralmente encontrados na região posterior da mandíbula. Com pouca ou nenhuma sinto-matologia, são considerados achados radiográficos podendo estar associados a alguma outra anomalia, como a impacção dentária, erupção ectópica ou retenção prolongada dos dentes decíduos ou podem causar assimetria facial. Este trabalho visa diferenciar, à luz dos conhecimentos científicos mais atuais, os dois tipos de odontomas, composto e complexo, através do uso de imagens radiográficas pano-râmicas, evidenciando sua relevância no diagnóstico e planejamento terapêutico dos mesmos, sendo que as imagens radiográficas panorâmicas são um exame complementar de suma importância ao Cirurgião Dentista, especialmente nos casos de Hamartomas onde a sintomatologia é muito pequena ou ausente, sendo indispensável sua realização em todos os pacientes para um correto diagnóstico e planejamento terapêutico.

Palavras chaves: Diagnóstico, Radiografia Panorâmica, Hamartomas

PAPiloMA esCAMoso – relAto de CAso

Marcelle Campos Leite1

João Marcos Angelo Catharini1

Silas Antonio Juvencio de Freitas2

Denise Tostes Oliveira2

Marcelo Salles Munerato1

Camila Lopes Cardoso1

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Patologia, Universidade de São Paulo, SP.

Paciente do gênero feminino, leucoderma, 24 anos, compareceu ao ambulatório de Estomatologia com a queixa principal de “lesão no céu da boca”. Ao exame físico intraoral apresentou lesão nodular pedunculada, branca, superfície rugo-

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sa com projeções curtas e grossas, aproximadamente 1cm, na mucosa palatina da região dos dentes 26 e 27, com mais de um ano de evolução, assintomática. Diante dos aspectos clínicos o diagnóstico presuntivo foi de papiloma escamoso. Foi feito biópsia excisional da lesão e, na sequência, a colocação de cimento ci-rúrgico na região obtendo um bom pós-operatório. O exame anatomopatológico revelou epitélio estratificado pavimentoso hiperortoqueratinizado hiperplásico, com camada granulosa bem evidenciada e com projeções digitiformes. Subja-cente, observou-se escasso tecido conjuntivo fibroso. O diagnóstico final foi de papiloma escamoso bucal. Após duas semanas, o epitélio estava completamente cicatrizado e, após seis meses de acompanhamento, a paciente não apresentou recidivas. O papiloma escamoso é uma proliferação benigna do epitélio escamo-so estratificado, com aspecto de uma lesão papilar ou verruciforme. Acredita-se que esta lesão seja induzida pelo papilomavírus humano (HPV). A infecção por HPV no tecido bucal pode ser transmitida pela transmissão interpessoal por con-tato sexual, não sexual, por objetos contaminados, saliva e pelo leite materno. O papiloma acomete 1 em cada 250 adultos e constitui aproximadamente 3% de todas as lesões bucais submetidas à biópsia, sendo diagnosticada mais comu-mente em pessoas com idade entre os 30 e 50 anos. Os sítios preferencialmente acometidos incluem a língua, lábios e palato mole. Contudo, qualquer superfície bucal pode ser afetada. O presente caso ilustra um caso de papiloma bucal, num sítio atípico e numa paciente jovem que não apresentava comportamento de risco para transmissão venérea.

Palavras chaves: Papiloma de células escamosas. Papiloma vírus humano.

hiPerPlAsiA gengivAl idioPátiCA– relAto de CAso

Nathalia Sousa de Oliveira1

Isabela Tobias1

Giuliano Saraceni Issa Cossolin2

Daniel Henrique Koga2

Marcos Martins Curi2

Camila Lopes Cardoso1

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Estomatologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospital

Santa Catarina, São Paulo

A hiperplasia gengival idiopática é uma afecção rara e sua etiologia parece es-tar relacionada à hereditariedade. O seu diagnóstico é estabelecido quando fato-res locais, sistêmicos e qualquer patologia são excluídos. Uma paciente do sexo

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` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

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feminino, de 22 anos, apresentou como queixa principal: hiperplasia gengival recorrente desde os 16 anos, causando dificuldade na fala e na mastigação. O exame físico intraoral revelou aumento nodular generalizado e difuso da gengi-va, coloração predominante rósea e consistência fibrosa. O volume da alteração cobria as superfícies dentárias. Radiografia panorâmica revelou reabsorção ós-sea generalizada e avançada em todos os dentes. Na história médica, não havia uso de medicação anti-epilética, anti-hipertensiva ou imunossupressora. Exames complementares foram realizados para investigar anormalidades hematológicas e hormonais, os quais se apresentaram normais. Biópsia incisional foi realizada e o exame histopatológico revelou epitélio estratificado paraqueratinizado com hiperplasia pseudoepiteliomatosa e superfície ulcerada. O tecido conjuntivo sub-jacente era constituído por fibras colágenas dispostas em fascículos irregulares, vasos neoformados e infiltrado inflamatório crônico. Painel imunohistoquímico foi focalmente positivo para CD20, CD3, CD68 e negativo para S-100 e CD1--A. Diante dos achados, o diagnóstico foi de hiperplasia gengival idiopática. O tratamento incluiu gengivectomia e extração de todos os dentes. A cicatrização foi satisfatória e uma prótese provisória foi instalada 20 dias após a cirurgia. A paciente segue em acompanhamento e até o momento não apresentou nenhum sinal de anormalidade.

Palavras chaves: Hiperplasia gengival, Fibromatose gengival, Idiopática.

CArCinoMA esPinoCelUlAr eM bordo lAterAl dA língUA: relAto de CAso de

CAso

Taiany Caroline Finato Sabatino1

Letícia Novaes Lima2

Maira Deomira Valduga2

Vanessa Rodrigues do Nascimento2

Cintia De Souza Alferes Araújo2

Mirella Lindoso Gomes Campos3

1Centro de Ciências da Saúde, Universidade do Sagrado Coração 2Instituto de Ciências Biológicas, Médicas e da Saúde, Universidade

Paranaense3Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, Universidade do Sagrado Coração

O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico, raro, que apresenta as ca-racterísticas do carcinoma espinocelular em borda lateral da língua em paciente adulto-jovem fumante e etilista. Paciente do gênero masculino, 33 anos, fuman-te e etilista crônico, residente na cidade de Alto Piquiri, compareceu à Clínica

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Odontológica da UNIPAR encaminhado pelo cirurgião-dentista de seu municí-pio, queixando-se de “crescimento na lateral da língua do lado direito”. Ao exame físico notou-se a presença de um tecido proliferativo, de coloração avermelhada, dolorida ao toque, localizada em bordo posterior direito da língua. As hipóteses de diagnóstico foram de carcinoma espinocelular e de paracoccidioidomicose. O paciente foi encaminhado para realização de biópsia incisional e a peça enca-minhada para análise histopatológica, cujo resultado foi de carcinoma espinoce-lular. O paciente encontra-se em tratamento na UOPECCAN, onde foi realizada cirurgia ressectiva e, atualmente, realizando radioterapia. Conclui-se que o papel do cirurgião-dentista no diagnóstico precoce do câncer bucal em fase inicial é fundamental, pois na maioria dos casos os pacientes não apresentam sinais e sintomas clássicos e seus aspectos iniciais são semelhantes a mucosa adjacente com difícil visualização, podendo passar de forma despercebida. Portanto, faz-se necessária uma inspeção rigorosa de toda cavidade bucal, principalmente quando houver histórico de tabagismo e etilismo, independente da idade do paciente.

Palavras-chave: Carcinoma de Células Escamosas; Diagnóstico; Odontólogo.

seqUênCiA de Pierre robin isolAdA: relAto de CAso ClíniCo de AgenesiA

dentáriA bilAterAl

Isabella Claro Grizzo¹

José Franscisco Mateo-Castillo²

Lucimara Teixeira dasNeves³

1 Aluna do curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (FOB/USP)

2Doutorando em Ciências da Reabilitação, Hospital de Reabilitação de anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo (HRAC/USP).

3Professora Associada ao Departamento de Ciências Biológicas Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (FOB/USP) e do

Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação do Hospital de Reabilitação de anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo

(HRAC/USP).

O estudo tem por objetivo apresentar um caso clínico de agenesia dentária bi-lateral de segundos pré-molares inferiores em sujeito com sequência de Pierre Robin (SPR) não sindrômica; enfatizando a importância do diagnóstico precoce da agenesia e de outras anomalias dentárias presentes na cavidade oral, ainda na dentição mista. O caso clínico é de um individuo de gênero masculino, 14 anos de idade, leucoderma, com SPR não sindrômica, matriculado no HRAC/USP. Como parte do tratamento odontológico reabilitador o indivíduo foi enca-

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minhado para consulta inicial para o tratamento ortodôntico. Durante o exame clínico, observou-se ausência dos dentes segundos pré-molares inferiores, para a confirmação desse diagnóstico foi solicitada uma radiografia panorâmica. No exame radiográfico confirmou-se as agenesias dentárias, além de outras anoma-lias e outros achados importantes para o planejamento do tratamento reabilitador. Definido o diagnóstico, o indivíduo foi submetido à reabilitação ortodôntica na dentição mista. Este trabalho destaca a importância do diagnóstico precoce das anomalias do desenvolvimento dentário e de qualquer outro fenótipo odontoló-gico que represente uma alteração das condições fisiológicas da cavidade oral, permitindo uma abordagem de tratamento preventivo e evitando comprometi-mentos estéticos, psicológicos e ortodônticos. Sendo assim, é possível concluir que as avaliações rotineiras na dentição durante a pré-adolescência, assim como uma adequada anamnese acompanhada de exames clínicos e radiográficos com-plementares, quando necessários, possibilitam ao cirurgião-dentista planejar a conduta clínica adequada não somente nos casos de agenesia dentária bilateral, mas em qualquer alteração da cavidade oral, possibilitando prevenir o desenvol-vimento de maloclusões que afetam diretamente a estética e função, especial-mente dos indivíduos com SPR.

Palavras chaves: Anormalidades Dentárias; Radiografia; Síndrome de Pier-re Robin.

Apoio: CAPES: DS. Processo 1460810

estUdo rAdiográfiCo dA osteoneCrose MediCAMentosA seM

eXPosição ósseA ClíniCA

Gabriela Janson1

Mariane Pexe1

Beethoven Estevão Costa1

Daniel Henrique Koga1,2

Marcos Martins Curi2

Camila Lopes Cardoso1

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Estomatologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospital

Santa Catarina, São Paulo

O objetivo deste estudo foi avaliar casos de osteonecrose medicamentosa dos maxilares associada ao bisfosfonato (OMMBF), sem exposição óssea clí-nica, diante da escassez de investigações sobre essa variante clínica. Foram

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avaliados, retrospectivamente, prontuários e exames radiográficos de pa-cientes com o diagnóstico de OMMBF. Foram incluídos no estudo somente os casos de OMMBF sem exposição óssea clínica, e excluídos os pacientes que foram tratados através de radioterapia de cabeça e pescoço, além dos que apresentaram exposição óssea clínica. Através dos prontuários seleciona-dos, foram coletadas as seguintes informações: Idade e gênero do paciente, tipo de doença sistêmica, tipo de bisfosfonato, tempo de uso do bisfosfonato, forma de administração do medicamento. Análise radiográfica foi realizada utilizando radiografia panorâmica. Os maxilares foram divididos em sex-tantes para avaliação da presença de: osteólise, sequestro ósseo, esclerose óssea, reação periosteal, anormalidades na lâmina dura, presença de fratu-ra patológica. De 35 prontuários avaliados, apenas cinco pacientes foram in-cluídos neste estudo, sendo todos oncológicos e do gênero feminino. A idade média foi de 57.6 meses, o tipo de bisfosfonato foi o Zometa, administrado de forma intravenosa, com o tempo médio de 114 meses. Com relação ao estudo radiográfico, a esclerose óssea foi a alteração mais encontrada, seguida de osteólise e anormalidades da lâmina dura. A mandíbula foi mais afetada que a maxila. Através deste estudo, foi observado que pacientes com OMMBF, sem exposição óssea, apresentaram alterações radiográficas importantes, enfatizando a importância de uma análise radiográfica criteriosa em pa-cientes que fazem o uso de drogas antireabsortivas na tentativa de prevenir ou diagnosticar precocemente as alterações ósseas.

Palavras chaves: Osteonecrose. Radiografia panorâmica. Bisfosfonatos.

CoMPliCAções bUCAis de PACiente PortAdor de leUCeMiA Mielóide

AgUdA

Larissa Moreira Gomes1

Bruna Pereira Pavan1

Camila Lopes Cardoso2

Marcos Martins Curi3

Cristina Zardetto3

Daniel Henrique Koga3

1Alunas de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, São Paulo.

2Profa. Dr. Área de Cirurgia, Curso de Odontologia, Universidade do Sa-grado Coração, Bauru, São Paulo.

3Hospital Santa Catarina, São Paulo.

Leucemia mielóide aguda (LMA) ou leucemia mieloblástica aguda é um câncer com início na medula óssea e, por sua vez, invade o sangue periférico. A LMA

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é caracterizada pela rápida proliferação de células anormais e malignas que não amadurecem, não desempenham sua função e ainda se acumulam na medula óssea, interferindo na produção normal de outras células sanguíneas. É o tipo mais comum de leucemia aguda que afeta adultos e sua incidência aumenta com o envelhecimento. O objetivo do trabalho é apresentar um caso de um paciente do sexo masculino, 48 anos, portador de LMA, submetido ao tratamento quimio-terápico com o intuito de induzir a remissão e que foi acompanhado pela equipe de estomatologia no tratamento de mucosite oral pós-quimioterapia. Após um ano sob regime quimioterápico e com recaída da leucemia, houve a indicação de transplante de células-tronco hematopoiéticas alogênico. O paciente foi submeti-do à quimioterapia de altas doses e, posteriormente, ao transplante, evoluiu com a doença do enxerto contra o hospedeiro (DEVH) aguda, com envolvimento de vísceras, pele e boca. Em razão da DEVH, o paciente evoluiu ao óbito algumas semanas depois do transplante. O presente caso ilustra a atuação do cirurgião--dentista em ambiente hospitalar e como profissional de equipes multidisciplina-res no tratamento do câncer, mais especificamente no diagnóstico e tratamento de manifestações e complicações bucais de um paciente leucêmico.Palavras chaves: Leucemia. Complicações Bucais. DEVH.

MetástAse de UM CArCinoMA de CélUlA ClArA renAl eM CAvidAde orAl

Raniel Ramon Norte Neves¹

Rafael Sarlo Viela²Diogo Assed Bastos3

Felipe Paiva Fonseca4

Eduardo Rodrigues Fregnani¹

1Departamento de Medicina Oral do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, Brasil2Laboratório de Patologia do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, Brasil

3Departamento de Oncologia Clínica do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, Brasil

4Departamento de Patologia, Clínica e Cirurgia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil

A metástase do carcinoma renal de células claras na região da cabeça e pescoço é incomum, e o envolvimento da cavidade oral é ainda mais raro. Neste relato, descrevemos um novo caso que afetou um paciente do sexo masculino de 82 anos de idade, com história médica pregressa positiva para carcinoma de células renais no rim esquerdo, que foi removido por nefrectomia parcial. Após 2 anos de acom-panhamento, um exame PET-CT confirmou uma recidiva local e o paciente foi submetido à quimioterapia, mas outros focos metastáticos foram posteriormente

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Anais da XII Jornada de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

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identificados na região da cabeça e pescoço após 10 meses de acompanhamento. O paciente foi então encaminhado ao nosso serviço de medicina oral devido a um nódulo avermelhado e indolor no palato mole. Uma biópsia incisional foi feita e revelou a presença de células claras organizadas em um padrão alveolar, confir-mando a natureza metastática da lesão. Atualmente, o paciente está em tratamen-to paliativo, sem evidência de lesões orais.

Palavras chaves: Câncer renal; Metástase; Cavidade oral

iMPortânCiA do eqUiPAMento Correto de fotogrAfiA nA

odontologiA

Adhelle Josiane Soares Frederico¹

Luth Savy de França Costa²

Valdey Suedam³; Camila Lopes Cardoso3

Marcelo Salles Munerato4

1 Aluna de Graduação em Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Aluno do Mestrado na Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

3Prof. Dr. Área de Prótese, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

4Prof. Dr. Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

Na odontologia contemporânea se faz necessário um diagnóstico correto e pre-ciso objetivando um plano de tratamento rápido e eficiente. Atualmente a docu-mentação fotográfica odontológica encontra-se em destaque devido aos inúmeros avanços tecnológicos. Existem diversas aplicações para fotografia odontológica: diagnóstico de casos clínicos, armazenamento, odontologia legal, publicações científicas, comunicação entre profissionais, orientação de pacientes, ensino/pes-quisa, propaganda e marketing. Para a realização das técnicas que visam obter uma documentação fotográfica do cliente, o profissional deve aplicar um proto-colo que seja o mais adequado possível às necessidades da sua especialidade. A principal razão de essas técnicas existirem e se fazerem necessárias são devido à necessidade de padronização, a fim de proporcionar um resultado semelhante ao das imagens adquiridas desde o início até fim do tratamento, sendo possível a comparação do diagnóstico inicial com o plano de tratamento proposto e o re-sultado final obtido, seja ele com fins didáticos e explicativos (aulas), comerciais (marketing) e científicos. Apesar do grande uso das câmeras digitais SLR, ain-

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da existe uma grande resistência de alguns profissionais em usar essas câmeras, pois, de um modo geral, os dentistas possuem uma tendência de usar materiais mais leves e portáteis, como os smartphones, para atender suas necessidades na prática clínica. Em relação ao equipamento fotográfico necessário para realizar uma documentação digital com qualidade profissional na área odontológica, po-demos especificá-los e separá-los didaticamente em quatro grupos básicos: 1) Câ-mera Fotográfica Digital (Corpo); 2) Objetiva Macro 100 mm ou 105 mm (Lente); 3) Flash Circular ou Twin e 4) Acessórios (Afastadores, Espelhos etc.). Dessa maneira este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da fotografia e também dos equipamentos corretos para a área da odontologia.

Palavras chave: Fotografia. Odontologia. Estética Dentária.

APresentAção ClíniCA AtíPiCA de CArCinoMA esPinoCelUlAr eM lábio

João Marco Angelo Catharini1

Vitor Villas Bôas Weckwerth1

Francielly Prenhaca Vilas Boas Oliveira1

Silas Antonio Juvencio de Freitas-Filho2

Denise Oliveira Tostes2

Camila Lopes Cardoso1

1Faculdade de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.2Departamento de Patologia, Universidade de São Paulo, SP.

Paciente do gênero masculino, leucoderma, 59 anos, portador do vírus HIV, compareceu ao ambulatório de estomatopatologia com a queixa de ardência no lábio inferior. Na história pregressa, relatou ter sido submetido à biópsia inci-sional do lábio inferior com o diagnóstico de displasia epitelial leve. Ao exame físico intraoral apresentava o lábio inferior levemente ressecado, com regiões de placas esbranquiçadas, ora regiões erosivas com um quadro compatível de quei-lite actínica. Na sua região central, onde se queixava de formigamento e dor do tipo “fisgada”, apresentava uma placa branca não raspável numa região levemen-te firme à palpação. O paciente apresentava o hábito de umedecer o lábio com muita frequência. Foi orientado a eliminar o hábito, uso de chapéu e prescrito protetor solar labial. Após duas semanas de acompanhamento, o paciente rela-tou piora na dor e, clinicamente, não foi observada nenhuma alteração quando comparada a última consulta. Considerando um diagnóstico sugestivo de quei-lite actínica crônica, a condição sistêmica do paciente, bem como a sua queixa sintomática, foi feita uma biópsia incisional da região afetada. O exame anato-mopatológico foi compatível com Carcinoma espinocelular (CEC). O paciente

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foi encaminhado para a equipe de cirurgia de cabeça e pescoço e foi feita uma vermelhenectomia do lábio inferior. Após quatro meses, o paciente se encontrou bem, com ótima cicatrização do lábio inferior e seguindo um acompanhamen-to trimestral com a equipe de Estomatologia. Pacientes HIV positivos podem apresentar maior predisposição à neoplasias malignas, diante do seu quadro de imunossupressão. Além disso, o paciente em questão trabalhava exposto ao Sol e tinha a pele clara, fatores muito relacionados à etiopatogenia do câncer labial. Por fim, o presente caso enfatiza a atenção ao exame de boca de pacientes porta-dores do vírus HIV, bem como valoriza a queixa do paciente, a qual já revelava alterações sensoriais da região afetada. Vale ressaltar que os aspectos clínicos de um CEC geralmente são de uma úlcera assintomática, tendo o presente caso uma apresentação clínica atípica.

Descritores: Carcinoma de células escamosas, Câncer bucal, Vírus da Imunode-ficiência Humana.

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trAbAlhos endodontiACAtegoriA orAl

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Uso de tAMPão APiCAl CoM AgregAdo trióXido MinerAl nA reintervenção endodôntiCA de dente AdJACente à fissUrA lAbioPAlAtinA: CAso ClíniCo

Gabriela de Lima Araujo¹Thalita Thayná Henrique Dourado¹Ana Claudia Dall Evedove Lopes¹

Lidiane de Castro Pinto²

1Área de Endodontia, Setor de Odontologia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo (HRAC/ USP).

2Área de Endodontia, Setor de Odontologia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo (HRAC/ USP).

A reintervenção endodôntica está indicada em casos de insucesso da terapia en-dodôntica que pode estar vinculado a alguns fatores como microbianos, técnicos, anatômicos e do sistema imunológico dos indivíduos. O objetivo do caso apre-sentado foi demonstrar a neoformação óssea quando do uso do tampão apical associada à medicação intracanal na reintervenção endodôntica em indivíduo com fissura labiopalatina, bem como as particularidades do atendimento devido à presença de anomalias dentárias. O atendimento foi realizado em indivíduo do gênero masculino, 27 anos, com fissura labiopalatina bilateral que compareceu ao setor da Endodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais USP para avaliação do dente 21, tratado endodonticamente. Houve resposta positiva ao teste de percussão e, radiograficamente, observou-se obturação deficiente com presença de rarefação óssea periapical, indicando a necessidade de reintervenção endodôntica. Foi realizado o acesso pela face vestibular devido à completa giro-versão do elemento, remoção parcial da guta percha, medicação com formocresol e selamento provisório com cimento de ionômero de vidro. Na segunda sessão foi removido o restante do material obturador, seguido da biomecânica e irriga-ção com hipoclorito de sódio, medicação intracanal com pasta de hidróxido de cálcio em associação de Paramonoclorofenol Canforado e selamento provisório com cimento de ionômero de vidro. Foi realizada a troca da medicação intracanal com pasta de hidróxido de cálcio associada ao Paramonoclorofenol Canforado e selamento provisório com cimento de ionômero de vidro. Na sessão seguinte, apresentando-se indolor, seco e inodoro, foi realizado tampão apical com Agre-gado Trióxido Mineral (MTA) devido à amplitude do ápice radicular e obturação pela técnica da Condensação lateral ativa. Foram realizadas duas proservações, sendo a última dois anos após o término do tratamento, confirmando o sucesso do mesmo; a neoformação óssea da área que correspondia anteriormente à lesão. O

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tampão apical com MTA evitou o extravasamento de material obturador nos te-cidos periapicais, possibilitando o reparo periapical e a preservação da área da fissura labiopalatina.

Palavras chaves: retratamento; Fissura palatina; Endodontia

revAsCUlArizAção PUlPAr de inCisivos CentrAis sUPeriores APós trAUMAtisMo e AbsCesso PeriAPiCAl

AgUdo: relAto de CAso

João Guilherme Della Coletta Rozante1

Alan Matheus Ramos Garcia1

Murilo Priori Alcalde2

Rodrigo Ricci Vivan3

Guilherme Ferreira da Silva2

1Alunos de Mestrado, Área de Biologia Oral, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Prof. Dr. Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Faculdade de Odon-tologia de Bauru, Universidade de São Paulo, SP.

O termo traumatismo dentoalveolar é usado para descrever um amplo espectro de lesões que são mais comuns em crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos. O as-sunto desperta interesse em Odontologia por apresentar elevada prevalência, seja devido a acidentes, prática de esportes ou até agressões físicas. Os procedimentos endodônticos regenerativos, como por exemplo a revascularização, são procedi-mentos biológicos planejados para substituir os tecidos danificados, incluindo as estruturas dentinárias e radiculares, bem como as células da polpa em casos onde houve necrose pulpar e a formação natural do elemento dentário foi interrompida. A apresentação deste trabalho relata o caso clínico tratado através da revascula-rização após trauma desde a primeira consulta do paciente até o resultado final do tratamento endodôntico. Paciente do gênero masculino, 8 anos de idade, com-pareceu ao consultório após traumatismo envolvendo os elementos dentários 11 e 21, em decorrência de queda. O atendimento inicial foi realizado com inspeção para checagem de possível luxação. Após confirmação da não ocorrência de al-teração de posição do elemento dentário, foi feita a reconstrução coronária com resina composta por ser uma região estética e permitir futuro isolamento absolu-to, além do acesso aos condutos para tratamento endodôntico que era necessário já que os mesmos encontravam-se expostos após o trauma. Trinta dias após o

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acesso, houve formação de abscesso periapical agudo e foi feita a realização do pedido de exame tomográfico. Medicado e com abscesso regredido, foi realizada a desinfecção e instrumentação dos condutos seguida de trocas de curativo à base de hidróxido de cálcio PA. Após 12 dias de trocas de curativo e acompanhamento, houve revascularização e formação da região apical nos dentes em questão. A revascularização pulpar pode ser considerada atualmente como um tratamento alternativo à apicificação e é indicado para dentes com rizogênese incompleta que necessitam de tratamento endodôntico. Pode ser considerada uma nova opção de tratamento para estimular o término do desenvolvimento radicular e não apenas o fechamento apical.

Palavras chave: polpa dentária; endodontia; regeneração

iMUnoeXPressão de fosfAtAse AlCAlinA ProMovidA Por MAteriAis de

siliCAto de CálCio

Maria Antonia Inete Quaggio1

Alan Matheus Ramos Garcia2

Murilo Priori Alcalde3

Raquel Zanin Midena Mesquita3

Danieli Colaço Ribeiro Siqueira3

Guilherme Ferreira da Silva3.

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Aluno de Mestrado, Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Docentes da disciplina de Endodontia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O objetivo do presente estudo foi avaliar a expressão de fosfatase alcalina, uma proteína relacionada à mineralização, na cápsula adjacente à implantes de materiais à base de silicato de cálcio no subcutâneo de ratos. Em 20 ratos, foi realizado o implante de tubos de polietileno (n=5/material e período) preenchidos com MTA Angelus® (MTA) ou um cimento de silicato de cálcio acrescido de óxido de nióbio (SC+Nb2O5); tubos vazios foram utilizados como controle. Após 7, 15, 30 e 60 dias, os implantes envolvidos pela cápsula foram removidos e processados para inclusão em parafina. Alguns cortes foram utilizados para a realização da reação imuno-histoquímica para detecção de fosfatase alcalina na cápsula. Outros cortes foram submetidos à reação de imunofluorescência para fosfatase alcalina e, posteriormente, à quantificação de áreas imunofluo-

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rescente/µm2 foi realizada, com auxílio de um programa de análise de imagens. Os dados foram submetidos aos testes estatísticos two way ANOVA e Tukey (p≤0,05). Células imunomarcadas para a fosfatase alcalina foram observadas nas cápsulas adjacentes aos implantes com MTA e SC+ Nb2O5. Uma maior quantidade de estruturas imunofluorescentes foram observadas nas cápsulas adjacentes aos implantes com os materiais em comparação ao grupo controle; em todos os períodos experimentais, valores superiores para a imunofluores-cência foram encontrados no SC+ Nb2O5 quando comparados ao MTA. Assim, pode-se concluir que os materiais à base de silicato de cálcio (MTA e Nb2O5) induzem a expressão de fosfatase alcalina no subcutâneo de ratos. Além disso, é possível afirmar que o SC+ Nb2O5 favorece a expressão desta proteína, o que pode contribuir no processo de mineralização.

Palavras chave: mineralização, fosfatase alcalina, silicato de cálcio.

tAMPão APiCAl CoM MtA eM dente CoM reAbsorção internA PróXiMo A

região de fissUrA lAbioPAlAtinA

Renata Artioli Moreira1

Lidiane de Castro Pinto2

Tulio Lorenzo Olano-Dextre3

Gisele da Silva Dalben4

1Aluna da Pós Graduação, Setor de Odontologia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - Universidade de São Paulo (HRAC/USP).

2Departamento de Endodontia, Setor de Odontologia, Hospital de Reabilita-ção de Anomalias Craniofaciais - Universidade de São Paulo (HRAC/USP).

3Endodontista.4Departamento de Odontopediatria, Setor de Odontologia, Hospital de

Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - Universidade de São Paulo (HRAC/USP).

As fissuras labiopalatinas são as malformações craniofaciais congênitas mais co-muns nos seres humanos; a reabilitação bucal é complexa e extensa, podendo envolver a Endodontia por finalidade protética ou cárie. A presença da reabsorção radicular interna demanda cuidados durante o tratamento endodôntico devido às dificuldades presentes, assim como a amplitude do forame apical que apresenta maior risco de extravasamento do material obturador, em especial na área da fissura. No intuito de manter a obturação dentro dos limites do canal radicular e preservar os tecidos periapicais é possível realizar uma barreira rígida com o MTA. O objetivo deste trabalho é demonstrar a aplicabilidade do tampão apical com MTA neste caso clínico. Indivíduo de 29 anos, gênero masculino com fissura

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bilateral completa compareceu ao setor de Endodontia do HRAC-USP para ava-liação. Na radiografia de diagnóstico foi detectada reabsorção interna no dente 21 e indicada a biopulpectomia. Obtido o comprimento de trabalho procedeu-se com a biomecânica enfatizando a limpeza da cavidade reabsortiva, abundante irrigação com hipoclorito de sódio a 1%, EDTA 17%, confecção de batente api-cal com lima K 80, medicação intracanal com pasta de hidróxido de cálcio e selamento provisório com cimento de ionômero de vidro. Na segunda sessão, após remoção do curativo, irrigação e observação do conduto seco foi realizado tampão apical com MTA branco, constatação radiográfica do mesmo, obturação pela técnica híbrida de Tagger e selamento provisório com cimento de ionômero de vidro. Controles clínicos e radiográficos foram realizados, demonstrando que as propriedades físicas e biológicas do MTA o tornam uma excelente opção na terapêutica endodôntica, possibilitando a utilização da técnica termoplastificada ideal em casos de reabsorção interna, mesmo na presença de amplitude apical, mantendo a obturação nos limites do conduto e conservando a integridade da região periapical na área adjacente à fissura labiopalatina.

Palavras chaves: Endodontia, fenda labial, fissura palatina

novos insertos UltrAssôniCos nA instrUMentAção de CAnAis

rAdiCUlAres AChAtAdos: Análise Por MiCroCt

Mateus Rinaldi Lucio Martins1

Melissa Esther Rivera-Peña2

Vanessa Abreu Sanches Marques3

Leticia Citelli Conti3

Marco Antonio Hungaro Duarte4

Rodrigo Ricci Vivan4

1Aluno de Graduação, Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Facul-dade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, São

Paulo.2Profa, Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Universidade Nacional

Pedro Henríquez Ureña, Santo Domingo, República Dominicana.3Alunas de Doutorado, Área de Endodontia, Curso de Odontologia,

Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, São Paulo.

4Professores Droutores Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru,

São Paulo.

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O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência de novos insertos ultrassô-nicos como método auxiliar no preparo biomecânico de canais achados. Quarenta e cinco incisivos inferiores foram selecionados e divididos aleatoriamente em três grupos experimentais (n = 15). Grupo PFCP: ProDesign Logic 25/.05 + Flatsonic + ClearSonic + Prodesign Logic 40/.01, Grupo FCP: Flatsonic + Clearsonic + ProDesign Logic 40/.01 e Grupo PP: ProDesign Logic 25/.05 + ProDesign Logic 40/.05. Os espécimes foram escaneados antes e após os procedimentos operató-rios por meio de um sistema de microtomografia computadorizada. Foram ava-liados os valores percentuais para aumento de volume, área de superfície não instrumentada, remoção de dentina, grau de transporte do canal e centralização do preparo entre os grupos experimentais. Os dados foram analisados por meio dos testes não paramétricos de Kruskal-Wallis e Dunn (p<0,05). O grupo PFCP apresentou o maior aumento de volume na porção total do canal radicular e a me-nor percentagem de área não instrumentada. Em relação ao grau de transporte no sentido vestíbulo-lingual, diferenças estatisticamente significantes entre os gru-pos PFCP e PP foram observadas no terço cervical do canal. No sentido mesio--distal, não houve diferenças estatisticamente significantes nos terços cervical, médio e apical. Quanto à centralização do preparo, foram encontradas diferenças estatisticamente significantes no sentido vestíbulo-lingual. Na direção mesio--distal, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes nos terços cervical, médio e apical. Concluímos que o protocolo utilizado no grupo PFCP proporcionou um aumento significativo no volume e reduziu a porcentagem de paredes não instrumentadas durante a modelagem de canais achatados.

Palavras chaves: Endodontia. Instrumentação. Ultrassom.

CArACterístiCAs soMAtossensoriAis intrA e eXtrAorAis eM PACientes CoM

PUlPite irreversível

Paulo Roberto Jara de Souza¹

Vanessa Abreu Sanches Marques²

Yuri Martins Costa³

Rodrigo Ricci Vivan²

Paulo César Rodrigues Conti4

Leonardo Rigoldi Bonjardim5

1Aluno de Graduação, curso de Odontologia, Univ. de São Paulo, Bauru, São Paulo- Brasil

2Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru – Univ. de São Paulo, Bauru, São

Paulo – Brasil

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3Departamento de Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Univ. de Campinas, Piracicaba, São Paulo – Brasil

4Departamento de Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru – Univ. de São Paulo, Bauru, São Paulo – Brasil

5Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru – Univ. de São Paulo, Bauru, São Paulo – Brasil

Objetivo desse estudo constitui-se em estabelecer características somatossen-soriais intra e extraorais em pacientes com o diagnóstico clínico de pulpite irreversível. A metodologia utilizada foi baseada em uma amostra constituída por 24 participantes (39,7±13,3 anos) com diagnóstico de pulpite irreversível. Foi realizada uma bateria simplificada de testes sensoriais qualitativos na re-gião intraoral (gengiva) e nas saídas nervosas do infraorbitário ou mentual e que avaliaram alterações de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa antes e após o bloqueio anestésico regional. ANOVA mista, teste do Qui-Quadrado (X2) e teste de McNemar foram aplicados aos dados (α=5%). Os resultados apresen-taram um percentual de anormalidades sensoriais (hipo ou hipersensibilidade) entre os sítios intra e extraorais que não foi significativamente diferente na ava-liação basal (p>0,050), mas após a anestesia local, esse percentual foi alterado de forma significativa apenas no sítio intraoral, independente da modalidade sensorial, e o achado mais comum foi relacionado à hipossensibilidade [83%-96%] (p<0,050). Na comparação entre as proporções de hipossensibilidade antes (basal) e após a anestesia na avaliação extraoral, houve uma diferença significativa apenas para a detecção tátil e térmica (p<0,050), mas não para o estímulo doloroso. Como resultado mais importante, o modelo misto de ANO-VA mostrou uma interação significativa entre o sítio, tempo e sensibilidade dolorosa intraoral na duração em segundos da dor após o teste de sensibilidade pulpar com frio (F1,22 = 4,85, p=0,038), em que o dente afetado na avaliação basal apenas nos pacientes que reportaram hipersensibilidade dolorosa foram os que apresentaram maior duração na sensibilidade dolorosa após a retirada do estímulo de frio (p<0,007). Conclui-se que a presença de hipersensibilidade dolorosa pré-procedimento parece ser um fator importante para a magnitude do efeito anestésico. Além disso, os possíveis efeitos verificados na região extrao-ral após a anestesia local não são consistentes entre as diferentes modalidades sensoriais.

Palavras-chave: Pulpite, Causalgia, Anestesia local. Apoio: FAPESP (2017/18471-0)

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reAbsorção CerviCAl eXternA eM dente AdJACente à áreA de fissUrA

lAbioPAlAtinA e selAMento CoM MtA. relAto de CAso ClíniCo

Viviane da Silva Siqueira1

Mirela Cesar Barros1

Claudia Ramos Pinheiro1

Luís Augusto Esper2

Daniela Gamba Garib Carreira3

Lidiane Castro Pinto1

1Área de Endodontia, Setor de Odontologia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo (HRAC/ USP).

2Área de Periodontia, Setor de Odontologia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo (HRAC/ USP).

3Professora associada do Departamento de Ortodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais e Faculdade de Odontologia de

Bauru – Universidade de São Paulo (HRAC/ USP).

O princípio das reabsorções externas está na perda da camada de pré-cemento e exteriorização da porção mineralizada da superfície dentária, tornando-a vul-nerável à atuação das células osteorremodeladoras. Os fatores predisponentes incluem trauma, movimentação ortodôntica, doença periodontal e clareamento endógeno. A pulpectomia deverá ser efetuada em casos de contaminação ou ne-crose pulpar ou quando a quantidade de dentina que separa a cavidade reabsorti-va e a polpa for mínima, impossibilitando a efetiva proteção da mesma. Quando da opção de terapêutica conservadora, o tratamento se dá por exposição cirúrgica ou ortodôntica. O propósito deste trabalho é enfatizar que somente é necessário o tratamento endodôntico em casos de reabsorção externa quando há contaminação ou necrose pulpar, não havendo justificativa para a realização da pulpectomia e remoção biológica da polpa como controle dos processos externos de reabsor-ção quando a polpa apresenta vitalidade. Indivíduo do gênero feminino, 44 anos com fissura pré-forame incompleta à direita e fissura transforame à esquerda, compareceu ao setor de Endodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP) para avaliação do dente 23 com suspeita de reabsor-ção cervical. Clinicamente, observou-se depressão no esmalte na região cervical, resposta positiva ao teste de sensibilidade térmico ao frio, indicando vitalidade pulpar e respostas inconclusivas com relação aos testes de percussão vertical e horizontal. Radiograficamente, observou-se radiolucência na região cervical com manutenção do contorno pulpar, confirmando a reabsorção cervical. Foi planeja-da intervenção conjunta com a Periodontia, onde se realizou exposição cirúrgica

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da área reabsortiva, remoção do tecido de granulação com curetas, proteção pul-par indireta com agregado trióxido mineral (MTA) e selamento com ionômero de vidro. Foram realizadas proservações após um ano da intervenção, constatando sucesso do procedimento realizado, possibilitando a manutenção do elemento dentário na área adjacente à fissura sem necessidade de pulpectomia e, portanto, com vitalidade pulpar, devolvendo a função mastigatória e estética ao indivíduo. Palavras chaves: Endodontia; Fissura Palatina; Reabsorção da Raiz.

A hAbilidAde de três sisteMAs de níqUel-titânio MeCAnizAdos no

PrePAro de CAnAis Mv2 de PriMeiros MolAres sUPeriores

Pedro Cesar Gomes Titato1

Vanessa Abreu Sanches Marques1

Ericson Janolio de Camargo2

Marco Antonio Hungaro Duarte1

Murilo Priori Alcalde1

Rodrigo Ricci Vivan1

1 Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais dentários, Facul-dade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, São

Paulo, Brasil.2 Departamento de Endodontia, Faculdade de Odontologia, Centro Univer-

sitário de Várzea Grande (UNIVAG), Várzea Grande, Matogrosso, Brazil.

O objetivo deste estudo foi avaliar três sistemas de limas NiTi fabricadas com diferentes ligas para o preparo de canais mesiovestibulares (MV2) em primei-ros molares superiores extraídos utilizando micro-tomografia computadorizada (Micro-CT). Para a realização do trabalho, trinta molares superiores classificados como tipo IV segundo Vertucci foram selecionados e divididos aleatoriamente em 3 grupos (n = 10): Reciproc [REC 25.08; VDW, Munique, Alemanha], Pro-design R [PDR 25,06; Easy, Belo Horizonte, Brasil] e Mtwo [MO 25,06; VDW, Munique, Alemanha]. Antes e após o preparo do canal radicular, os dentes foram escaneados por micro-CT para avaliar o transporte do canal, a capacidade de centralização, a espessura da dentina e a alteração do volume. O tempo para atingir o comprimento de trabalho também foi avaliado. Todos os parâmetros foram comparados estatisticamente pelos testes de Kruskal-Wallis e Dunn para

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comparações múltiplas, com nível de significância de 5%. Os resultados obtidos mostraram que não houve diferença significativa entre os três grupos quanto ao transporte e capacidade de centralização (P> 0,05). No entanto, o grupo PDR 25.06 apresentou menor volume de canal e menor remoção de dentina em compa-ração com MO 25.06 e REC 25.06 (P <0.05). Um caso de perfuração radicular foi detectado nos grupos MO 25.06 e REC 25.08. Em relação ao tempo de trabalho, o PDR 25.06 necessitou de um tempo maior para atingir o comprimento de trabalho que MO 25.06 e REC 25.08 (P <0.05). Analisando os presentes dados, conclui-se que todos os sistemas de NiTi tiveram transporte de canal similar, capacidade de centralização e aumento do volume apical após a preparação dos canais MV2. No entanto, o PDR 25.06 exigiu um tempo maior para realizar a preparação do canal radicular do que o REC 25.08.

Palavras chave: instrumentos, endodontia, micro-CT.

reCUPerAção CroMátiCA de inCisivo lAterAl APós reintervenção

endodôntiCA e ClAreAMento iMediAto: CAso ClíniCo

Thalita Tayná Henrique Dourado1

Gabriela de Lima Araujo1

Ana Claudia Dall Evedover Lopes1

Lidiane de Castro Pinto1

1Area de Endodontia, Departamento de Odontologia do Hospital de Reabi-litação em Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo, Bauru-SP.

O objetivo desse trabalho consiste em demostrar a eficácia do clareamento den-tário interno/externo imediato e suas vantagens, além de relatar a reintervenção endodôntica prévia e suas indicações. Indivíduo do gênero feminino, 30 anos, com sequência de Pierre Robin e fissura palatina pós-forame incompleta, com-pareceu ao setor de Endodontia do HRAC-USP queixando-se de escurecimento no incisivo lateral superior. O elemento 22, clinicamente, apresentava alteração cromática e infiltração na restauração; radiograficamente imagem sugestiva de lesão periapical, obturação insatisfatória e presença de material obturador na câ-mara pulpar, necessitando de reintervenção e posterior clareamento dentário. A reintervenção foi realizada em duas sessões: na primeira sessão foi realizado a abertura coronária, remoção de guta percha, irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%, odontometria, reinstrumentação com técnica biescalonada, medicação in-tracanal com pasta à base de hidróxido de cálcio e PMCC e selamento provisório.

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Na segunda sessão, um mês após foi, realizada a obturação. Após dois anos de proservação e ausência de sintomatologia dolorosa espontânea e provocada, foi dado início ao procedimento clareador. A paciente relatou a impossibilidade de retorno, então optou-se pelo clareamento pela técnica imediata. Foram associadas as técnicas de clareamento interno e externo: registro da coloração de acordo com a escala VITA cor A3,5, realização de fotos intrabucais, isolamento absoluto, abertura coronária, desobturação de 2mm cervicais para confecção do tampão cervical com cimento de ionômero de vidro, aplicação do gel clareador de peróxi-do de hidrogênio 35% na face vestibular e palatina durante 45 minutos, lavagem com soro fisiológico e selamento provisório. O curativo com hidróxido de cálcio P.A. e soro fisiológico, com função de neutralizar a ação do agente clareador, foi posto na cavidade pulpar e selado com resina flow. O curativo foi retirado da cavidade após 21 dias e restaurado definitivamente com resina composta fotopo-limerizável. Na proservação observou-se que houve a devolução da coloração do elemento dentário, reestabelecendo a estética e autoestima da paciente. A técnica imediata utilizada neste caso clínico apresentou vantagens como menor tempo clínico, sessão única e controle da coloração a ser alcançada, apresentando resul-tados satisfatórios.

Palavras chaves: Endodontia;Agentes de branqueamento; Retratamentot.

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trAbAlhos endodontiACAtegoriA PAinel

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AvAliAção dA AtividAde AntiMiCrobiAnA de três CiMentos

endodôntiCos AssoCiAdos Ao diClofenACo sódiCo

Luiza Francischini Rocchi1

Paulo Henrique Weckwerth2

Murilo Priori Alcalde3

Danieli Colaço Ribeiro Siqueira3

Guilherme Ferreira da Silva3

Raquel Zanin Midena3

1 Aluna de Graduação do curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru – SP

2 Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade do Sagrado Cora-ção, Bauru – SP

3 Professor do Curso de Odontologia, Centro de Ciências da Saúde, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru – SP

O objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana dos cimentos Ah Plus, Sealer Plus e BioRoot RSC associados ou não ao diclofenaco sódico, frente ao Enterococcus faecalis (ATCC 4083). A atividade antimicrobiana dos cimentos frescos (recém manipulados) foi avaliada pelo teste de difusão em ágar e, após, presa pelo teste do contato direto, nos períodos de 24 horas, 7, 15 e 60 dias. Ambos os testes foram realizados em triplicata. Os resultados foram anali-sados pelo teste estatístico de Kruscal-Wallis e Dunn, com nível de significância de 5%. Os resultados do teste de difusão mostraram que todos os cimentos puros apresentaram halo de inibição, porém o cimento BioRoot RSC apresentou halo de 12mm, sendo estatisticamente diferente dos demais. Quando adicionado o diclofenaco sódico aos cimentos, AH Plus e Sealer Plus não apresentaram ativi-dade antimicrobiana. Já o cimento BioRoot RCS manteve o mesmo halo de inibi-ção, sendo estatisticamente diferente aos demais. Em relação ao teste do contato direto, nos períodos iniciais de 24 horas e 7 dias, todos os cimentos apresenta-ram ação antimicrobiana, não promovendo crescimento bacteriano, independen-te da adição do diclofenaco. No período de 15 dias, o cimento AH Plus puro não apresentou atividade antimicrobiana. A adição do diclofenaco aos cimentos não permitiu crescimento bacteriano, promovendo assim atividade contra esse mi-crorganismo. Os cimentos Sealer Plus puro e Bio root RSC puro, apresentaram ação antimicrobiana. No período de 60 dias, todos os cimentos associados ao diclefenaco sódico apresentaram alta atividade antimicrobiana, sem contagem de colônias. Os cimentos AH Plus puro e Sealer plus puro não apresentaram atividade antimicrobiana, diferente do cimento BioRoot RCS puro, que apre-

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sentou atividade. A adição do diclofenaco sódico aos cimentos promoveu uma potencialização da atividade antimicrobiana frente a E. faecalis mesmo após um longo período de presa.

Palavras-chave: Cimentos Endodônticos. Enterococcus faecalis. Diclofenaco Sódico.

AtividAde AntibiofilMe e ProPriedAdes físiCAs de CiMentos endodôntiCos AssoCiAdos A AntibiótiCos e A Anti-

inflAMAtório

Maria Carolina Neves1

Rafaela Pignatti de Freitas2

Guilherme Ferreira da Silva3

Murilo Priori Alcalde3

Raquel Zanin Midena3

Paulo Henrique Weckwerth2

1 Aluna de Graduação do curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru – SP

2 Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade do Sagrado Cora-ção, Bauru – SP

3 Professores do Curso de Odontologia, Centro de Ciências da Saúde, Uni-versidade do Sagrado Coração, Bauru – SP

O tratamento endodôntico possui a finalidade de promover a eliminação de bacté-rias dos canais radiculares, entretanto a persistência desses microrganismos, seja por um tratamento endodôntico anterior ou por uma reinfecção do canal por meio de microinfiltrações, favorece o insucesso do tratamento. Enterococcus faecalis é a espécie bacteriana isolada dos canais radiculares com maior prevalência nas infecções secundárias. Para inibir o crescimento bacteriano os materiais obtura-dores devem possuir atividade antimicrobiana. Assim, a adição de antibióticos aos cimentos endodônticos visa intensificar a ação antibacteriana desses mate-riais. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficácia antibiofilme e as propriedades físicas dos cimentos obturadores AH Plus, Sealer 26 e Endofill, associados à amoxicilina, pó tri-antibiótico e diclofenaco sódico, quando subme-tidos à formação de biofilme por linhagem de E. faecalis ATCC 29212. Foram confeccionados blocos de cada cimento puro e associados às medicações, em seguida foi induzido o biofilme durante 21 dias. A análise da viabilidade bacte-

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riana nos blocos foi realizada por microscopia confocal de varredura a laser, e as imagens obtidas foram analisadas pelo software bioImage_L. As proprieda-des físicas foram avaliadas obedecendo às normas da ANSI/ADA. A associação do cimento Endofill associado ao pó tri-antibiótico revelou melhor desempenho antimicrobiano (1,01% viabilidade), seguido da combinação do AH Plus com o diclofenaco sódico (5,64% viabilidade). Em relação ao teste físico de escoamento todos os cimentos e suas associações apresentaram resultados dentro dos valores especificados pela ISO 6876/2012. No entanto, o tempo de presa de todos os ci-mentos puros e associados apresentaram valores fora da variação permitida pela norma 57 ANSI/ADA. Diante disso, as associações Endofill + pó tri-antibiótico e AH Plus + diclofenaco sódico apresentaram melhores resultados em relação à atividade antimicrobiana e valores de escoamento adequados. Assim, estudos fu-turos são necessários, principalmente em relação à solubilidade e comportamento biológico destas misturas.

Palavras-chave: Cimentos dentários. Biofilme. Enterococcus faecalis.

trAtAMento CirúrgiCo de lesão PeriAPiCAl Persistente: relAto de CAso

Matheus Camargo Marciano1

Raquel Zanin Midena2

Danieli Colaço Siqueira2

Guilherme Ferreira da Silva2

Murilo Priori Alcalde2

1Aluno de Graduação Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Professores Doutores Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O objetivo deste relato de caso é apresentar uma cirurgia paraendodôntica efetua-da em dentes com extensa lesão periapical, os quais tinham sido indicados a exo-dontia. Paciente do gênero masculino, 34 anos, procurou a clínica de endodontia com sintomatologia dolorosa à percussão vertical, presença de fístula e drenagem de secreção purulenta nos dentes 41 e 42. Radiograficamente os dentes apresen-tavam tratamento endodôntico e extensa lesão periapical, sendo que o paciente havia sido encaminhado para a extração dos referidos dentes. De comum acordo com o paciente, decidiu-se pela realização da cirurgia, por meio da curetagem do tecido inflamado, alisamento radicular, ataque ácido com ácido cítrico 10%, apicoplastia dos dentes afetados e preenchimento da loja cirúrgica com sulfato

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de cálcio. Quatro meses após a cirurgia, já foi possível perceber significantes reduções na dimensão da lesão, fechamento da fístula, além da ausência de dor e drenagem no local. No acompanhamento de 48 meses, nota-se o reparo ósseo, bem como a manutenção dos aspectos clínicos de normalidade. A cirurgia paren-dodôntica promoveu um satisfatório reparo ósseo, favorecendo a manutenção dos elementos dentários na cavidade bucal em efetiva funcionalidade.

Palavras chaves: Endodontia, Raíz Dentária, Cirurgia

CirUrgiA PArendodôntiCA PArA selAMento de PerfUrAção rAdiCUlAr

e obtUrAção siMUltâneA

Victória Quinteiro Carneiro da Silva1

Raquel Zanin Midena2

Danieli Colaço Siqueira2

Guilherme Ferreira da Silva2

Murilo Priori Alcalde2

1Aluna de Graduação Curso de Odontologia, Universidade Sagrado Cora-ção, Bauru, SP.

2Professores Doutores Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O objetivo deste trabalho foi relatar o retratamento cirúrgico de um dente porta-dor de uma lesão periapical e o selamento de uma perfuração radicular. Paciente do gênero masculino, 32 anos e com queixa de desconforto na região do dente 12 foi submetido aos exames clínico e radiográfico, os quais indicaram uma lesão periapical e um tratamento insatisfatório do dente em questão. A princípio optou--se pelo retratamento endodôntico convencional. No entanto, durante o tratamen-to suspeitou-se da presença de uma perfuração radicular pela região vestibular, a qual foi confirmada por exame tomográfico, sugerindo então a necessidade do tratamento cirúrgico para o selamento. Então, foi realizada abertura do campo operatório e a desobturação do canal radicular e da perfuração. Posteriormente, foi realizada a obturação do canal radicular, selamento da perfuração e obtura-ção retrógrada com biodentine. O controle clínico e radiográfico demonstrou o completo reparo da lesão periapical após 4 anos de controle. Podemos concluir que o retratamento cirúrgico e o selamento da perfuração radicular permitiram a regressão total dos sintomas e da lesão periapical, possibilitando a manutenção do dente em função na cavidade oral.

Palavras chaves: Endodontia, Raíz Dentária, Retratamento.

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AtividAde indUtorA de MinerAlizAção de MAteriAis à bAse

de siliCAto de CálCio AssoCiAdo Ao óXido de zirCônio e de nióbio

Felipe Faustino de Melo1

Ana Carolina de Almeida Lima2

Maria Antônia Inete Quaggio1

Guilherme Ferreira da Silva3

Paulo Henrique Weckwerth4

1Aluno de Graduação do curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Aluna de Graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universi-dade de São Paulo, Bauru, SP.

3Prof. Dr. Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado

Coração, Bauru, SP.4Prof. Dr. Área de Microbiologia, Universidade do Sagrado Coração,

Bauru, SP.

O objetivo do presente estudo foi investigar a possível capacidade de indução de mineralização e a bioatividade de um cimento de silicato de cálcio (TSC) associado ao óxido de zircônio (Zr2O) ou ao óxido de nióbio (Nb2O5), utilizados como radiopacificadores. Os materiais foram manipulados e inseridos em tubos de dentina; os animais foram anestesiados e os tubos foram implantados no tecido subcutâneo dos ratos, preenchidos com MTA, TSC+ZrO2, TSC+Nb3O5. Após 7 e 60 dias, as cápsulas foram usadas para investigar a expressão gêni-ca da fosfatase alcalina (Alpl), osterix (Sp7) e osteocalcina (Bglap). Por outro lado, os tubos de dentina foram removidos e submetidos ao processamento para análise da superfície e da interface dentina/cimento em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Todos os dados obtidos foram submetidos ao two-way ANOVA e ao teste de Tukey (p≤0,05). Os resultados mostraram que a expressão gênica de fosfatase alcalina (Alpl), osteocalcina (Bglap) e osterix (Sp7) ocorreu nas cápsulas adjacentes aos implantes de todos os grupos após 7 dias. Aos 60 dias, houve somente a expressão dos genes da fosfatase alcalina e da osteocal-cina. A análise por MEV evidenciou nos materiais a presença de uma cama-da mineralizada na interface dentina/material. Diante disso, pode-se concluir que os materiais apresentam bioatividade uma vez que induzem a expressão de fosfatase alcalina e osteocalcina, proteínas relacionadas à mineralização, na

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cápsula adjacente aos implantes e promovem a formação de hidroxiapatita em sua superfície.

Palavras chaves: Mineral Trioxido Agregado. Silicato de cálcio. Expressão gêni-ca. Bioatividade.

trAtAMento não ConvenCionAl de frAtUrA rAdiCUlAr

vertiCAl AssoCiAdA à CirUrgiA PArendodôntiCA

Isabela Siscotto Tobias1

Raquel Zanin Midena2

Danieli Colaço Siqueira2

Guilherme Ferreira da Silva2

Murilo Priori Alcalde2

1Aluna de Graduação Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

2Professores Doutores Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Univer-sidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O objetivo deste trabalho foi relatar o tratamento não convencional de um dente portador de uma fratura radicular vertical por meio do uso do adesivo dentinário SUPER BOND (Sun medical, Tokyo, Japão) em associação à cirurgia paraen-dodôntica. A paciente do gênero feminino, com 56 anos de idade, compareceu ao consultório particular relatando sensibilidade dolorosa na região do dente 25. Ao exame clínico detectou-se a presença de uma fístula frontalmente ao referido dente, sensibilidade à percussão vertical e palpação apical. O exame radiográfico demonstrou a presença de uma discreta rarefação óssea periapical, tratamento endodôntico insatisfatório, presença de coroa protética e pino intrarradicular. A sondagem periodontal detectou-se a presença de uma bolsa periodontal na região vestibular com 5 mm de profundidade. Então, foi solicitado um exame tomográfi-co para tentar diagnosticar uma possível fratura radicular. A tomografia demons-trou presença de lesão periapical no dente 25 e ausência de imagem sugestiva de fratura radicular. Portanto, optou-se por uma cirurgia exploratória na região, a qual possibilitou a detecção de uma fratura vertical da raiz vestibular do dente 25. Ao invés de se indicar a extração do referido dente, foi realizada a apicectomia, obturação retrógrada com Biodentine e colagem dos fragmentos empregando o adesivo dentinário SUPER BOND (Sun medical, Tokyo, Japão). O controle clí-nico e radiográfico de 8 meses demonstrou ausência de bolsa periodontal, de-saparecimento da sintomatologia dolorosa e regressão total da lesão periapical,

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demonstrando o sucesso do tratamento. O tratamento de colagem do fragmento radicular associado à cirurgia paraendodôntica demonstrou ser uma opção viável ao invés da indicação da extração dentária, o que permitiu a manutenção do dente em função na cavidade oral e a estética do paciente.

Palavras-chave: Endodontia, Raíz Dentária, Fratura

resistênCiA à fAdigA torsionAl de instrUMentos PArA PAtênCiA do

CAnAl rAdiCUlAr

Luiz Kawai Junior1

Murilo Priori Alcalde2

Marco Antonio Hungaro Duarte3

Rodrigo Ricci Vivan3

1Aluno de Pós-Graduação, Curso de Endodontia, Instituto Odontológico de Póg Graduação, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Professores Doutores Área de Endodontia, Curso de Odontologia, Univer-sidade de São Paulo, Bauru, SP.

O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades torcionais dos instrumentos rotatório de Níquel-Titânio (NiTi) empregados para patência fabricados com dife-rentes ligas de NiTi, R-Pilot (M-Wire) e One G (NiTi convencional). Foram utili-zados um total de 20 instrumentos rotatórios empregados para a patência do canal radicular (n=10): R-Pilot (tip 12,5 and 0,04 taper) e One G (tip 14, and 0,03). Os testes torcionais foram realizados de acordo com as normas da ISSO 3630-1. Os 3 mm da ponta de cada instrumento foram fixados em uma célula de carga e a outra extremidade em um motor. Uma rotação contínua de 2 rpm foi realizada, sendo o torque e a deflexão angular para a fratura dos instrumentos foi mensurada. Os dados foram analisados empregando o teste t e um nível de significância de 5%. Os resulados demonstraram que a R- Pilot apresentou maior torque para a fratura quando comparado com a One G (P<0,05). Em relação à deflexão angular, One G apresentou maior deflexão angular do que a R-Pilot (P<0,05). Podemos concluir, que a R-Pilot apresentou maior torque para a fratura e o instrumento One G maior deflexão angular.

Palavras-chave: Endodontia, instrumentos odontológicos, torque

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trAbAlhos odontoPediAtriACAtegoriA orAl

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nAsCiMento de bebês CoM o Peso AbAiXo do norMAl: fAtores de risCo

AssoCiAdos

Alana Luiza Trenhago Missio1

Gerson Aparecido Foratori-Junior2

Nathalia Santos Fusco1

Bruno Gualtieri Jesuino1

Rafaela Aparecida Caracho1

Silvia Helena de Carvalho Sales-Peres3

¹Alunos de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2Aluno de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.3Profa. Dra. Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Departamento

de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontolo-gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O objetivo deste estudo foi avaliar, durante a gestação, os fatores que estão as-sociados ao nascimento de bebês com peso abaixo do normal. A amostra foi composta por 50 pacientes que foram divididas em: mães cujos bebês nasceram com peso abaixo do normal (G1=22) e mães cujos bebês nasceram com peso normal (G2=28). Todos os dados das pacientes foram avaliados no 2º trimestre (T1) e 3º trimestre (T2) gestacional. As variáveis analisadas foram: Escolarida-de; Renda Mensal Familiar; Hipertensão Arterial - T1 e T2; Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) - T1 e T2; Índice de Massa Corpórea (IMC) - prévio à ges-tação e nos períodos T1 e T2; Frequência diária de escovação dental e do uso de fio dental durante a gestação; Gengivite e Periodontite - T1 e T2. Teste t, Mann--Whitney, Qui-quadrado, ANOVA, Regressões Linear Múltipla e Regressão Lo-gística foram adotados (p<0,05). Não houve diferença entre os grupos quanto à escolaridade, renda mensal familiar e DMG. G1 apresentou maior frequência de hipertensão arterial no período T2 (p=0,017) e maior IMC em todos os períodos avaliados (p<0,05). Os grupos não diferiram quanto aos hábitos de higiene bucal durante a gestação. Entretanto, gengivite (p=0,031) e periodontite (p=0,002) fo-ram mais frequentes no G1 no período T2, sem diferença entre eles no T1. As va-riáveis independentes que explicaram o desfecho do peso do bebê ao nascer nos modelos de regressão foram: elevado IMC pré-gestacional (OR ajustado=5,68; p=0,014) e a periodontite no período T2 (OR ajustado=2,29; p=0,012). É possível concluir que o excesso de peso, a hipertensão arterial e a periodontite durante a

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gestação são considerados fatores de risco para o nascimento de bebês com peso abaixo do normal.

Palavras chaves: Gravidez. Periodontite. Sobrepeso.

Apoio: FAPESP Processo 2015/25421-4; CAPES Código de Financiamento 001.

Cárie PreCoCe dA infânCiA, obesidAde infAntil e fAtores soCiAis: UM estUdo

eM Pré-esColAres de brAgAnçA PAUlistA-sP

Camila Lopes Crescente1

Karina Ferreira Rizzardi2

Thais Manzano Parisotto2

1Residente do programa de Residência Multiprofissional em Síndromes e Anomalias Craniofaciais, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaci-

ais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP)2Departamento de Odontopediatria, Universidade São Francisco

O objetivo desta pesquisa foi explorar a relação entre cárie precoce da infância, obesidade/adiposidade em crianças de 3-5 anos, considerando-se determinados fatores sociais. Trezentas e oitenta e nove pré-escolares bragantinos foram sub-metidos ao diagnóstico de cárie e avaliação do estado nutricional de acordo com o critério da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para avaliar a adiposidade ge-ral (AG), periférica (AP) e a adiposidade central (AC) foram realizadas as seguin-tes medidas antropométricas, respectivamente: índice de massa corporal (AG), circunferência do quadril/prega tricipital (AP) e circunferência da cintura/razão cintura-quadril (AC). Os fatores sociais foram avaliados por questionário. CAAE protocolo: nº. 46107015.2.0000.5514. A associação direta entre obesidade e cá-rie precoce da infância foi verificada na população estudada. Adicionalmente, a análise de regressão logística múltipla mostrou que os valores da circunferência do quadril=62 centímetros estavam significativamente associados com a cárie (p=0,04; OR=1,59). Além disso, essa análise destacou também que a presença de biofilme dental visível nos incisivos superiores (p=0,00; OR=2,32), a idade da criança=37 meses (p=0,01; OR=5,09) e a idade materna menor que 35 anos (p=0,00;OR=2,0) estavam associados à cárie. Sugere-se que a adiposidade peri-férica em pré-escolares, representada pela circunferência do quadril e a obesida-de, sejam de fato associadas à cárie precoce da infância na população estudada, assim como a idade da criança e idade materna. Deste modo, a circunferência

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do quadril pode ser uma opção interessante para explorar a relação entre cárie e obesidade na infância e a abordagem dos fatores de risco comuns a essas duas patologias parece ser uma boa estratégia.

Palavras chaves: Cárie. Obesidade infantil. Odontologia social

Apoio financeiro: FAPESP - Processo: 201524600-2.

PrevAlênCiA de MAnifestAções bUCAis eM CriAnçAs AssistidAs nA ClíniCA de

odontoPediAtriA dA UsC: CinCo Anos de levAntAMento

Fernanda Yuriko Azuma1

Maria Carolina Neves1

Adhelle Josiane Soares Frederico1

Solange de Oliveira Braga Franzolin²

1Graduandas de Odontologia - Universidade do Sagrado Coração.2Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - Universidade do Sagrado

Coração.

Este estudo teve como objetivo apresentar a prevalência das manifestações bucais em tecidos moles diagnosticadas no paciente infantil durante cinco anos de levan-tamento, após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sagrado Coração (USC). Para identificação das manifestações, foi feito acompa-nhamento e registro dos atendimentos realizados na Clínica de Odontopediatria, da Faculdade de Odontologia da USC, no período de agosto de 2017 até junho de 2018, dando continuidade aos levantamentos já realizados desde 2012. Nes-te período, foram examinadas 736 crianças e, destas, 76 (10,3%) apresentavam alguma manifestação em tecido mole. Os dados foram registrados em planilhas próprias para o levantamento, constando a identificação do paciente e estado ge-ral, tamanho, aspecto e localização da alteração, se for única ou múltipla, sinto-mas, resultado da biópsia (quando realizada), provável diagnóstico e tratamento recomentado. As manifestações foram fotografadas, principalmente as que eram observadas pela primeira vez. Os resultados foram apresentados utilizando esta-tística descritiva, sendo que as manifestações mais frequentes do atual período foram semelhantes aos registros dos estudos anteriores e também aos dados da literatura: fístula/abcesso, seguido de afta e gengivite. O conhecimento das al-terações bucais no paciente infantil fornece informações para ações preventivas,

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sejam em ações coletivas ou individuais, além alertar os profissionais para o diag-nóstico, orientação e tratamento desses agravos.

Palavras chaves: Saúde bucal. Odontopediatria. Diagnóstico bucal.

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trAbAlhos odontoPediAtriACAtegoriA PAinel

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fAtores AssoCiAdos à Periodontite dUrAnte A gestAção e Ao Peso do

bebê Ao nAsCer AbAiXo do norMAl

Bruno Gualtieri Jesuino1

Gerson Aparecido Foratori-Junior2

Alana Luiza Trenhago Missio1

Nathalia Santos Fusco1

Leonardo Silva Máscoli1

Silvia Helena de Carvalho Sales-Peres3

¹Alunos de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

²Aluno de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

³Profa. Dra. Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontolo-

gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a associação entre excesso de peso, periodontite durante o 3º trimestre de gestação e peso do bebê ao nascer abaixo do normal. A amostra foi composta por 50 pacientes que foram distribuídas em: gestantes com excesso de peso (G1=25) e peso normal (G2=25). As variáveis ava-liadas foram: Escolaridade; Renda Mensal Familiar; Índice de Massa Corpórea (IMC) previamente à gestação e no 3º trimestre; Frequência diária de escovação e uso do fio dental; Hipertensão Arterial (HAr) e Diabetes Mellitus na gestação (DMG). Foram considerados os seguintes parâmetros periodontais: Profundidade de sondagem (PS), Nível Clínico de Inserção (NCI) e sítios com sangramento gengival após a sondagem. A periodontite foi categorizada em leve, moderada e severa. O peso do bebê ao nascer (PBN) foi classificado em baixo peso (<2,5 quilogramas [kg]); peso insuficiente (entre 2,5 e 2,999 kg) e peso normal (entre 3 e 3,999 kg). Mann-Whitney, teste t, qui-quadrado e regressão logística foram ado-tados (p<0,05). Não houve diferença entre os grupos quanto à escolaridade, renda mensal familiar, DMG e frequência de escovação dentária, mas eles diferiram quanto à HAr (p=0,018) e quanto ao uso diário do fio dental (p=0,043). G1 apre-sentou maior prevalência de sítios com PS e NCI ≥ 4 mm (p=0,0008), entretanto, não houve diferença entre os grupos quanto à prevalência de sítios com sangra-mento gengival. A periodontite foi encontrada em 76% do G1 e 20% do G2. G1 apresentou menor peso do bebê ao nascer (p=0,049), sendo que 32% deste grupo tiveram bebês com peso ao nascer abaixo do normal. O excesso de peso (OR ajustado=11,93; p=0,001) e o uso diário do fio dental (OR ajustado=8,53; p=0,008) foram as variáveis independentes que permaneceram no modelo logístico final

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explicando o desfecho da periodontite no 3º trimestre de gestação. O excesso de peso (OR ajustado=5,41; p=0,048) também permaneceu no modelo logístico final explicando o desfecho do peso do bebê ao nascer abaixo do normal. Conclui-se que há associação entre o excesso de peso com a condição periodontal no 3º tri-mestre e com o peso do bebê ao nascer abaixo do normal.

Palavras chaves: Gravidez. Periodontite. Sobrepeso.

Apoio: FAPESP Processo: 2015/25421-4; CAPES Código de Financiamento 001.

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trAbAlhos ortodontiACAtegoriA orAl

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ColAborAção dos PACientes no Uso de elástiCos de ClAsse ii: inflUênCiA

dAs MensAgens de teXto

Ênio Ribeiro Cotrim1

Simone Maria Massud Leone1

Juliana Marcondes Lopes de Souza1

Ana Claudia de Castro Ferreira Conti2

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin 2

Leopoldino Capelozza Filho2

1Alunos de Mestrado, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Professores Doutores Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O propósito deste estudo prospectivo consistiu em avaliar a influência das men-sagens de texto na colaboração do tratamento ortodôntico com o uso de elás-ticos intermaxilares na má oclusão de Classe II. A amostra foi constituída de 42 pacientes ortodônticos com idades variando entre 14 a 34 anos, de ambos os sexos (20 do gênero masculino e 22 do gênero feminino). Estes foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos, grupo controle composto por 21 pacientes que não receberam mensagens e Grupo experimental composto por 21 pacientes que receberam uma mensagem de texto motivacional e de lembrete. As mensagens foram enviadas duas vezes por semana, durante um período de três meses. Os pa-cientes foram orientados a usar os elásticos o dia todo, retirando somente durante as refeições e trocá-los por novos diariamente. Todos os pacientes foram orienta-dos sobre o uso e a importância da colaboração com os elásticos intermaxilares. As mensurações foram realizadas com um paquímetro digital, nos modelos de gesso, obtidos no início da aplicação da mecânica com os elásticos (T1) e três me-ses após o início do uso dos elásticos intermaxilares (T2). Para as comparações intragrupo e intergrupos, entre as fases T1 e T2, foi utilizado o teste t pareado e independente, respectivamente. Em todos os testes estatísticos foi adotado ní-vel de significância de 5%. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significante na comparação intra e intergrupos entre T1 e T2. Ambos os grupos apresentaram diminuição das medidas de T1 para T2, mostrando a efetividade do uso dos elásticos, no entanto, no grupo experimental, observou-se um efeito 3 vezes maior. Assim, conclui-se que as mensagens de texto tiveram uma influência positiva na motivação dos pacientes quanto à utilização de elásticos intermaxila-res no tratamento ortodôntico da má oclusão de Classe II.

Palavras-chave: Má Oclusão de Angle Classe II. Mensagem de texto. Cooperação do Paciente. Ortodontia

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sPlint MAXilAr ModifiCAdo CoMo AlternAtivA PArA Correção dA Má

oClUsão de ClAsse ii: relAto de CAso

Gabriel Querobim Sant’Anna1

Silvio Augusto Bellini-Pereira2

Maria Cláudia Wagner2

Aron Aliaga-Del Castillo3

Guilherme Janson4

José Fernando Castanha Henriques4

1Aluno de Graduação, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Univer-sidade de São Paulo, Bauru, SP.

2Mestrando, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

3Doutorando, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

4Prof. Dr. Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

A má oclusão de Classe II se apresenta como uma discrepância anteroposterior associada a uma alteração dentária, esquelética, ou a combinação de ambas. Uma grande variedade de tratamentos ortodônticos e ortopédicos têm sido descritos na literatura para o tratamento deste tipo de má oclusão, sendo a utilização de força extrabucal um dos mais tradicionais e eficientes se bem utilizado pelo pa-ciente. Diante disso, o objetivo deste relato é apresentar as características de um Splint maxilar modificado e relatar o caso de um paciente tratado com o aparelho preposto. O paciente de 9 anos e 8 meses, perfil convexo, foi diagnosticado com protrusão maxilar, má oclusão de Classe II bilateral, sobressaliência de 9mm e sobremordida profunda. O tratamento planejado foi a utilização de um Splint maxilar modificado, caracterizado por uma placa acrílica removível associada a um arco extrabucal. Inicialmente o paciente foi orientado a utilizar o Splint 18h/dia com forças de 450g/lado. Devido a ótima cooperação do paciente, após 10 meses de uso, a relação molar de Classe II e a sobressaliência foram corrigidas e o mesmo foi orientado a utilizar o aparelho por menos tempo (12h/dia). Ao fim de 12 meses de uso, o paciente foi orientado a utilizar o aparelho apenas para dormir como contenção ativa, após obtida a adequada relação oclusal. Pode-se concluir que o dispositivo foi eficiente na correção de má oclusão de Classe II bilateral, com o benefício esquelético de restrição do desenvolvimento maxilar.

Palavras-chave: Má Oclusão de Angle Classe II; Dentição Mista; Ortodontia In-terceptora

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A inflUênCiA dos APArelhos ortodôntiCos nAs entrevistAs de

eMPrego

Gregório Bonfim Dourado1

Ênio Ribeiro Cotrim1

Victor França Didier2

Ana Claudia de Castro Ferreira Conti3

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin3

Leopoldino Capelozza Filho3

1Aluno de Mestrado, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Mestre, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sa-grado Coração, Bauru, SP.

3Prof. Dr. Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O impacto de uma face agradável vai muito além da percepção do próprio indiví-duo ou outros, repercutindo também nas relações sociais. Nesse sentido, embora os aparelhos ortodônticos contribuam para uma melhora do sorriso e da estética facial, durante o tratamento pacientes relatam embaraço e timidez na utilização de aparelhos perceptíveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do uso de diferentes tipos de aparelhos ortodônticos durante entrevistas de emprego con-siderando também a influência da faixa etária dos responsáveis pela contratação. Foram selecionados dois indivíduos jovens, um masculino e um feminino, com face agradável numa análise facial subjetiva. Em seguida foram confeccionadas 7 imagens, sendo 6 destas simulando aparelhos ortodônticos (CMC, CMA, CE, AM, AE, AI) para cada modelo e uma sem aparelho (S). Após confeccionar um álbum de fotografias com todas as imagens, os álbuns foram entregues aos res-ponsáveis por contratações em entrevistas de emprego juntamente com um ques-tionário. Baseado em estudo piloto foi calculado um número de 236 avaliadores. Estes foram divididos em 4 grupos com 59 avaliadores responsáveis por contra-tações para cargos com atendimento ao público: M35 – avaliadores masculinos com idade de 18 a 35 anos; M+35 – avaliadores masculinos com idade maior que 35 anos; F35 – avaliadores femininos com idade de 18 a 35 anos; F+35 – avalia-dores femininos com idade maior que 35 anos. Ao avaliar as fotos, os avaliadores devem estabelecer uma hierarquia de atratividade das imagens do álbum e quan-tificar o seu grau de atratividade por meio de uma Escala de análise visual (EAV). Os dados coletados foram analisados através dos valores de mediana e amplitude semiquartil (ASQ) e analisados por testes não paramétricos. Foi adotado nível de significância de 5% (p<0,05). O grupo sem aparelho (S) e com aparelho alinhador

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(AI) foram os que apresentaram melhor possibilidade de contratação, seguido pelos aparelhos estéticos (AE, CE) e por último pelos aparelhos metálicos (AM, CMC, CMA). Concluiu-se que O uso de aparelho ortodôntico pode influenciar na contratação para um emprego e quanto melhor a estética do aparelho ortodôntico, maior a probabilidade de contratação em comparação aos outros aparelhos.

Palavras chaves Descritores: Ortodontia; Braquetes ortodônticos; Estética

A inflUênCiA dA PrototiPAgeM CoMo UM Método AUXiliAr no diAgnóstiCo

e PlAneJAMento de CAninos sUPeriores iMPACtAdos

Juliana Marcondes Lopes de Souza1

Aline Ortiz Lyra1

Gregório Bonfim Dourado1

Ana Claudia de Castro Ferreira Conti2

Leopoldino Capelozza Filho2

Renata Rodrigues Almeida- Pedrin2

1Aluna de Mestrado, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

Essa pesquisa objetivou avaliar a influência da prototipagem rápida no diagnósti-co e planejamento de caninos superiores impactados (CSI). A amostra consistiu de 5 pacientes (média de 14,2 anos) com pelo menos 1 CSI, totalizando 9 CSIs. Para cada paciente, foi montado dois tipos de documentação; uma Documentação Convencional (DocConv) composta por fotografias extra e intraorais, radiogra-fias panorâmica, periapicais e telerradiografia, tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) e modelos ortodônticos e uma Documentação Prototipada (DocProt) composta pela DocConv complementada por uma prototipagem dos dentes da maxila. As documentações foram apresentadas à ortodontistas (n=43) para realização de avaliação diagnóstica por meio de questionário em dois mo-mentos distintos, com pelo menos 30 dias de intervalo (T1 e T2). Os ortodontistas (n=43) foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Grupo A: 22 ortodontis-tas (10 homens e 12 mulheres) que avaliaram a DocConv em T1 e a DocProt em T2. Grupo B: 21 ortodontistas (14 homens e 7 mulheres) que avaliaram a DocProt em T1 e a DocConv em T2. As variáveis qualitativas foram analisadas pelas frequências absoluta (n) e relativa (%). O teste de McNemar e o GLM (General Linear Model) foram usados na comparação das respostas em T1 e T2, com ní-

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vel de significância 5%. O diagnóstico e plano de tratamento executados com a prototipagem (DocProt) foram realizados de uma forma mais rápida, com uma média de diferença de 9,78 minutos no total (p=0,001) e com um maior nível de segurança (p=0,001), além do prognóstico do tracionamento ter sido considerado mais favorável (p=0,006). A prototipagem influencia positivamente no diagnósti-co e planejamento dos CSI.

Palavras chaves: Dente impactado, Tomografia computadorizada de feixe cônico, Diagnóstico por imagem.

eXPAnsão ráPidA dA MAXilA: Controle de 5 Anos de estAbilidAde

Lívia Bermonte Gabriel1

Ênio Riberio Cotrim2

Ana Claudia de Castro Ferreira Conti3

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin3

1Aluna de Graduação em Odontologia, Universidade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

2Mestrando em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

3Profª Drª do curso de Odontologia, Centro de Ciência da Saúde, Universi-dade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

A ortodontia é uma das especialidades mais antigas da Odontologia que busca a correção da posição dos dentes e ossos dos maxilares posicionados de forma anormal. O crescimento e desenvolvimento craniofacial de cada indivíduo vai depender de diversos fatores. Uma das más oclusões mais estudadas é a Classe II de Angle, embora ela não seja a alteração oclusal mais constante na popula-ção, porém é a que os pacientes procuram o tratamento mais frequente, sendo ela muitas vezes acompanhada pela atresia maxilar, além de afetar a função, o comprometimento estético facial, é considerada como um impacto psicológico para crianças e até em adultos, devido a busca de um sorriso perfeito intimado pela sociedade. Objetivo desde trabalho é relatar por meio de um caso clínico, o tratamento de uma paciente do sexo feminino onde apresentava Classe II, divisão 1, atrésia maxilar com mordida cruzada posterior bilateral, para corre-ção desta atrésia foi realizada uma expansão rápida da maxila, com aparelho do tipo Hyrax, com o objetivo de corrigir a mordida cruzada posterior por meio da abertura da sutura palatina mediana. Sua ativação é baseada no giro de seu parafuso, que é ativado quartos de volta até que se obtenha o descruza-

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mento da mordida. Foi demonstrado neste caso clínico uma estabilidade desta correção com controle de 5 anos.

Palavras chave: Expansão maxilar, Classe II, Hyrax.

efiCáCiA do trAtAMento interCePtivo eM PACiente PAdrão iii: relAto de CAso

ClíniCo.

Matheus Venicius Pereira dos Santos1

Ênio Riberio Cotrim2

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin3

1Aluno de Graduação em Odontologia, Universidade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

2Mestrando em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

3Profª Drª do curso de Odontologia, Centro de Ciência da Saúde, Universi-dade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

A ortodontia é um ramo na odontologia de grande importância, pois previne ou trata o posicionamento inadequado dos dentes, que pode ter sido causado por um agregado de fatores como: hereditariedade, alimentação inadequada e perda prematura dos primeiros dentes. Temos hoje na literatura o relato da presença de 3 tipos de tratamentos em ortodontia, o tratamento preventivo, interceptativo e corretivo. O tratamento preventivo é o tratamento no qual é realizado proce-dimentos que visam evitar o estabelecimento da má oclusão, através de preven-ções, um bom exemplo são aparelhos mantenedores de espaço; No tratamento interceptativo temos o inicio de uma má oclusão sendo instalada, deve ser feito o diagnostico corretamente, um correto exame clinico e, através disso, lançar mão de tratamentos que tenham como objetivo estacionar o problema; e no tratamento corretivo já temos a má oclusão estabelecida em fase de dentadura permanente e é necessário realizar tratamento voltados para a correção dessa má oclusão esta-belecida. No respectivo caso apresentado, temos a realização de um tratamento interceptivo de uma paciente do gênero feminino, Padrão III, onde foi utilizado como conduta terapêutica o aparelho disjuntor de Hass com gancho para protação da maxila com a máscara facial de Petit, visto que, a paciente ainda se apresenta-va em fase de crescimento. O aparelho disjuntor de Hass tem como objetivo rea-lizar a expansão rápida da maxila, e tem como protocolo a ativação do parafuso, sendo dois quartos de volta, duas vezes ao dia, até que estabeleça a normalidade transversal, obedecendo o protocolo de HAAS (1961), auxiliando na devolução

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de uma oclusão adequada a paciente e foi associada com a mascara facial para a realização da tração reversa da maxila. Conclui- se que o método de tratamento interceptativo para má oclusão classe III antero posterior, utilizando a expansão rápida da maxila associado a tração reversa da maxila em pacientes que se apre-sentam durante o crescimento esquelético é eficaz, e proporciona ao paciente uma harmonia facial e do sorriso, assim como restabelece a oclusão, promovendo uma relação adequada das bases ósseas.

Palavras chave: expansão maxilar, tração reversa, Classe III.

ProtrAção MAXilAr CoM AnCorAgeM esqUelétiCA eM PACiente CoM fissUrA

lAbioPAlAtinA CoMPletA e UnilAterAl: relAto de CAso

Renata Mayumi Kato1

Renato André de Souza Faco2

Marília Sayako Yatabe Ioshida3

Lucia Cevidanes4

Hugo De Clerck5

Daniela Gamba Garib Carreira6

1 Pós-Graduação, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP;2Setor de Cirurgia Bucomaxilofacial, Hospital de Reabilitação de Anomalias

Craniofaciais – USP;3Departamento de Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP;

4Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, Faculdade de Odontolo-gia, Universidade de Michigan, Ann Arbor, Michigan;

5 Departamento de Ortodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade da Carolina do Norte, Chapel Hill, Carolina do Norte;

6Departamento de Ortodontia no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais e na Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.

O propósito deste trabalho consiste em descrever um procedimento ortopédico para protração maxilar ancorado em mini-placas em uma paciente com fissura labiopalatina completa e unilateral e severa deficiência maxilar. Paciente do sexo feminino com fissura transforame unilateral esquerda compareceu ao Setor de Ortodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP aos 8 anos e 6 meses de idade. Apresentava padrão facial III, por deficiência maxilar e relação interarcos Goslon 4. O exame clínico demonstrava um trespasse horizon-tal negativo de 1,5mm. Iniciou o tratamento ortopédico com expansão rápida da maxila aos 9 anos e 5 meses, contenção fixa e enxerto ósseo alveolar secundário.

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Aos 11,8 anos, duas miniplacas foram instaladas na maxila e duas na mandíbula. A paciente foi orientada a usar os elásticos da Classe III em período integral, em conjunto com placa de levantamento de mordida. A terapêutica ortopédica durou 18 meses com obtenção de trespasse horizon-tal positivo e relação interarcos Goslon 1. A análise cefalométrica demonstrou o avanço ortopédico da maxila. Os elásticos de Classe III passaram a ser utilizados somente no período noturno, como contenção ativa. O tratamento ortodôntico corretivo iniciou-se posteriormente com intenção compensatória. A cirurgia or-tognática não foi necessária.A terapia ortopédica empregada melhorou a estética facial e a oclusão mais pre-cocemente e de forma menos invasiva que o protocolo convencional envolvendo cirurgia ortognática após a maturidade esquelética.

Palavras-chave: Fenda labial. Fissura palatina. Ortodontia Interceptora.

interCePtAção de MordidA AbertA ACentUAdA e AtresiA MAXilAr: relAto

de CAso.Autores: José Gregorio Pelayo Guerra1

Maria Pia Seminario Yarlequé1

Arnaldo Pinzan2

Celia Regina Maio Pinzan-Vercelino3

1Aluno de Mestrado, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade de São Paulo, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

3Profa. Dra. Universidade CEUMA

As alterações transversais se apresentam como uma má oclusão de origem mul-tifatorial, e quando é associado a um hábito deletério como a sucção digital pode ter como coadjuvante uma mordida aberta anterior, o que poderia provocar alte-rações estéticas, funcionais e fonéticas, e muitas das vezes dificultar o tratamento se não é realizado a interceptação precocemente. O tratamento destas alterações com aparelhos fixos e removíveis serão indicados dependendo da colaboração do paciente, e grau de desenvolvimento dentário. O objetivo deste trabalho é reali-zar um relato de uma paciente de 5 anos e 3 meses, que durante a análise facial observou-se um perfil côncavo e ausência de selamento labial passivo e lábios hipotônicos. Na análise intrabucal encontrava-se na dentadura decídua, atresia maxilar e uma mordida aberta de -7,5 mm e interposição lingual. O tratamento inicial foi realizado instalando um Bihelix modificado com uma grade palatina fixa durante 9 meses em combinação com uma mentoneira de uso noturno, o que melhorou a relação vertical anterior. Substitui-se por uma placa acrílica com

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uma grade palatina e parafuso expansor o ativado até conseguir uma melhora transversal durante 10 meses, dando o tempo necessário para a irrupção dos den-tes permanentes. O tratamento com aparelho fixo pré-ajustado durou 18 meses. Após a remoção foi instalada uma placa acrílica superior com arco de Eschler, e uma contenção fixa inferior de canino a canino. Os resultados alcançados a lon-go prazo mostraram a efetividade e combinação de três aparelhos, aproveitando cada etapa de desenvolvimento da oclusão mostrando a efetividade no tratamento da deficiência transversal e fechamento da mordida aberta anterior. Desta forma conclui-se que, o tratamento interceptativo da mordida aberta e atresia transver-sal maxilar mostrou-se eficiente e eficaz para remoção da etiologia, oferecer um reposicionamento dos lábios e língua, e consequentemente a melhora da função e estética e, por conseguinte uma melhora da autoestima e qualidade de vida.

Palavras Chaves: Má Oclusão; Ortodontia Interceptora: Mordida aberta

Apoio: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financia-mento 001

trAtAMento interCePtAtivo de PACiente CoM ClAsse iii CoM Uso de

MásCArA fACiAl: relAto de CAso

Maria Pia Seminario Yarlequé1

José Gregorio Pelayo Guerra1

Daniela Gamba Garib2

Arnaldo Pinzan2

1 Aluno de Mestrado, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade de São Paulo, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O tratamento interceptativo da má oclusão de Classe III com deficiência maxilar pode ser realizado durante a fase de crescimento e desenvolvimento através de aparelhos ortopédicos. O tratamento com disjunção palatina combinado à tração anterior da maxila é muito mais efetivo nessa fase de desenvolvimento. O objetivo de este trabalho é realizar o relato de um paciente de 5 anos e 4 meses, que duran-te a análise facial apresentava um perfil côncavo com protrusão do lábio inferior. Na análise intrabucal o paciente encontrava-se no na dentadura decídua e possuía uma mordida cruzada anterior e posterior unilateral esquerda e má oclusão de Classe III com retrusão maxilar. Foi estabelecido como plano de tratamento a

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disjunção palatina através do aparelho Hyrax em combinação com a máscara facial para corrigir a deficiência transversal e a deficiência maxilar. Os resultados alcançados mostraram que ambos os tratamentos foram eficazes na correção da relação transversal e sagital. Assim, após 12 meses foi possível observar uma sobressaliência positiva e uma melhora na estética do perfil facial do paciente. Também, foram realizados controles pôs tratamento por um período de 4 anos para observando-se a estabilidade do tratamento. Desta forma, conclui-se que o tratamento precoce da Classe III deve ser realizado sempre que seja possível de maneira precoce evitando assim tratamentos mais complexos em etapas pos-teriores. Salientando também que, o controle pós tratamento deve ser realizado cautelosamente visando avaliar a estabilidade e possíveis recidivas.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe III, Expansão rápida da maxila, Ortodontia Interceptora

Apoio: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financia-mento 001

eXPeCtAtivAs dos PACientes e ortodontistAs eM relAção à dUrAção do trAtAMento

ortodôntiCo

Carolina Fernandes Mota Rodrigues1

Jéssica da Mota Stripari1

Graziela Hernandes Volpato2

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin2

Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti2

1Centro de Ciências da Saúde – Universidade do Sagrado Coração 2Pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação – Universidade do Sagrado

Coração

Esse estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento e implementação de no-vas técnicas para otimizar o tratamento ortodôntico sob a ótica dos ortodontistas e pacientes. Material e métodos: Para essa pesquisa foram entrevistados 200 in-divíduos, divididos em 2 grupos; grupo de ortodontistas (100) divididos entre ho-mens e mulheres e grupo de pacientes (100), de ambos os gêneros, em fase ativa de tratamento ortodôntico fixo. Foram 2 questionários, um aplicado aos pacientes e outro aos ortodontistas. Questões sobre a duração do tratamento ortodôntico e

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sobre as técnicas aplicadas para otimizar esse tempo constaram nos dois ques-tionários. Para verificar associação entre as variáveis foi utilizado o teste de qui--quadrado e adotado nível de significância de 5%. Os resultados indicaram que 76% dos ortodontistas tem conhecimento das técnicas avaliadas, porém apenas 12% dos profissionais utilizam alguma dessas técnicas citadas no tratamento or-todôntico. Já em relação a utilização de mini-implantes como ancoragem esque-lética, apenas 11% dos ortodontistas responderam não utilizar. 96% dos pacientes não tem conhecimento das técnicas porém 50% dos mesmos estariam dispostos a se submeter a tais técnicas e pagariam de 5% a 10% a mais por isso. Concluiu-se que os pacientes estão dispostos a se submeter a essas técnicas e pagariam os cus-tos necessários porém os ortodontistas mesmo tendo conhecimento não aplicam e não disponibilizam ao paciente tais técnicas como opção de tratamento.

Palavras-chave: Ortodontia corretiva. Ancoragem esquelética. Corticotomia.

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trAbAlhos ortodontiACAtegoriA PAinel

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AvAliAção toMográfiCA dA reAbsorção rAdiCUlAr de MolAres

APós MesiAlizAção UtilizAndo Mini-iMPlAntes CoM AnCorAgeM

Cleomária Evelyn Vieira Freire Casteluci1

Karla de Souza Vasconcelos2

Francyle Simões Herrera Sanches2

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin2

Paula Vanessa Pedron Oltramari1

Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti1

1 Departamento de Ortodontia, Universidade Norte do Paraná, Londrina, Paraná

2 Departamento de Ortodontia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, São Paulo

O propósito deste estudo retrospectivo consistiu em avaliar e quantificar a rea-bsorção radicular apical (RRA) nos molares mesializados, em área de rebordo alveolar atrófico. A amostra foi composta por 11 pacientes, (cinco do sexo femi-nino e seis do sexo masculino), num total de 16 dentes mesializados, de ambas as arcadas (sete na maxila e nove na mandíbula). A idade dos pacientes tratados variou de 19 a 55 anos, no início do tratamento (média de idade inicial de 36 anos e 5 meses), com tempo médio de tratamento de 23 meses. A mesialização foi rea-lizada ancorada em mini-implantes com molas de Niti, utilizando força média de 300 gramas. A amostra foi avaliada por meio de Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico (TCFC), em dois períodos: no começo do tratamento (T1) e após 4 mm de mesialização (T2). A reabsorção radicular foi aferida pela diferença nos comprimentos radiculares (T1-T2). Para realizar a mensuração, utilizou-se como referência a distância do assoalho da câmara pulpar até o ápice radicular. O com-primento das raízes foi medido em um software específico (OnDemand3Ddental) e analisado por meio do Teste t pareado, adotando-se o nível de significância de 5% (p<0,05). Houve reabsorção estatisticamente significativa apenas nas raízes mesiais e distais dos molares mesializados, com redução média de 0,69 mm na raiz mesial (-6,2%) e 0,83 mm na raiz distal (-7,4%). O fechamento de espaço me-diante movimento dentário em um rebordo alveolar atrófico foi identificado como um fator de risco para a RRA. No entanto, a quantidade de reabsorção radicular apical foi considerada clinicamente irrelevante.

Palavras-chave: Reabsorção da Raiz. Procedimentos de Ancoragem Ortodônti-ca. Movimentação Dentária.

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nivelAMento 4X2 PArA Correção de MordidA CrUzAdA Anterior: relAto

de CAso

Gabriel Querobim Sant’Anna1

Silvio Augusto Bellini-Pereira2

Aron Aliaga-Del Castillo3

Lorena Vilanova3

Guilherme Janson4

José Fernando Castanha Henriques4

1Aluno de Graduação, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Univer-sidade de São Paulo, Bauru, SP.

2Mestrando, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

3Doutorando, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

4Prof. Dr. Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

A má oclusão em grande parcela da população não se autocorrige, exigindo portanto, a intervenção do ortodontista. Quando a correção é aplicada na denta-dura decídua ou mista, a mecânica utilizada é convencionalmente denominada “Ortodontia Interceptativa”. Um exemplo é a correção precoce de irregularida-des nos incisivos permanentes na dentadura mista pelo “nivelamento 4x2”. Este tipo de mecânica deve ser planejado para alcançar a meta terapêutica em curto prazo e sem iatrogenias, ou seja, sem reabsorções radiculares e sem interrupção do processo odontogênico. Diante disso, este relato de caso tem como objetivo descrever o tratamento de um paciente submetido a mecânica de nivelamento 4x2. O paciente do sexo masculino, 7 anos e 3 meses, foi diagnosticado com uma relação molar de Classe I e mordida cruzada anterior localizada no inci-sivo central esquerdo. A radiografia panorâmica evidenciava a presença de um dente supranumerário entre os incisivos centrais, e justificava o posicionamento palatinizado do central esquerdo. Considerando os exames complementares, foi planejada a utilização de uma placa posterior em acrílico, como um levante de mordida, associado ao nivelamento 4x2 logo após a extração do dente supranu-merário. O dente foi removido, e 7 dias após a extração, a placa em acrílico foi instalada, os braquetes nos incisivos foram colados e um fio de níquel-titânio 0.014” foi utilizado para realizar o alinhamento e nivelamento. Em apenas 3 meses a correção da mordida cruzada anterior foi obtida, permitindo a remoção dos braquetes e da placa de acrílico posterior. Pode-se concluir que o nivela-

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mento 4x2 para o tratamento da mordida cruzada anterior predominantemente dentária, quando bem indicado na dentadura mista, garante benefícios de caráter oclusal, funcional, estético e psicológico ao paciente, de maneira eficaz e com mínimos efeitos colaterais.

Palavras-chave: Ortodontia Interceptora; Dentição Mista; Má Oclusão

AUto-PerCePção dA estétiCA dentáriA e sUA CorrelAção CoM A AUtoestiMA

e qUAlidAde de vidA de Jovens Universitários

Jessica Muniz Vilar Matheus1

Aline Ortiz Lyra3

Ana Claudia de Castro Ferreira Conti2

Joel Ferreira Santiago Junior4

Renata R. de Almeida-Pedrin2

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Professoras Doutoras Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Aluna de Mestrado, Área de Ortodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

4Prof. Dr. Área de Reabilitadora, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

Essa pesquisa objetivou avaliar o impacto do tratamento ortodôntico com a auto--percepção da estética dentária, a autoestima e a qualidade de vida de jovens universitários. A amostra foi constituída por 151 jovens universitários de 18 a 32 anos (média de idade de 22,3 anos) que foram divididos em 2 grupos. Gru-po A: composto por 110 jovens tratados ortodonticamente. Grupo B: 41 jovens não tratados ortodonticamente. A Escala de Autoestima de Rosenberg (RSE) e um questionário sobre qualidade de vida baseado no Oral Health Impact Profile (OHIP- 14) foram usados para determinar autoestima e qualidade de vida, respec-tivamente. Os alunos classificaram ainda a sua percepção da aparência dentária (auto-percepção) através do uso de uma escala analógica visual (EAV). Os ques-tionários foram aplicados em apenas um momento, sob supervisão. Foi utilizado o teste t ou Mann-Whitney para análises de dois fatores (grupo tratado e grupo não tratado) de acordo com a distribuição normal. Adotou-se um nível de signi-

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ficância de 5% para as análises. Não foi identificada diferença significativa na comparação entre os grupos, considerando tanto a escala EAV (p=0,196) quanto a escala de Rosenberg (p=0,973). Houve, porém, uma diferença significativa na satisfação em relação ao sorriso, onde os jovens não tratados ortodonticamen-te se apresentaram mais satisfeitos do que os jovens tratados ortodonticamente (p=0,021). Assim, concluiu-se que o tratamento ortodôntico não influenciou a auto-percepção da estética dentária de universitários jovens.

Palavras chaves: Jovens; Autoestima; Estética dentária; Odontologia.

trAtAMento dA biProtrUsão AssoCiAdA à MordidA AbertA

Anterior

Níkolas Val Chagas1

Rogério de Almeida Penhavel2

Danilo Pinelli Valarelli2

Bolivar Pimenta Junior2

Fabrício Pinelli Valarelli3

1Aluno do curso de especialização em Ortodontia, IOPG – Bauru-SP.2Doutores em Ortodontia, Prof. do curso de especialização em Ortodontia

IOPG – Bauru-SP3Doutor em Ortodontia, Coordenador do curso de especialização em

ortodontia IOPG – Bauru-SP

O objetivo desse trabalho é relatar o tratamento de um paciente que apresentava mordida aberta anterior associada à biprotrusão, por meio de extração de quatro pré-molares. Pelo fato da paciente apresentar uma relação de caninos e molares em Classe I, o tratamento teve como finalidade manter essa relação, tratando a mordida aberta anterior, a vestibularização dos incisivos, e o ligeiro apinhamento inferior. Durante o tratamento, os esporões realizaram um papel fundamental em relação ao reposicionamento da língua, mantendo-a em uma posição mais retraí-da em repouso. Os elásticos verticais anteriores foram utilizados com o propósito de criar uma sobrecorreção do trespasse vertical positivo. Ao final do tratamento foi obtido o fechamento da mordida aberta anterior e a melhora na convexidade do perfil, possibilitando um melhor selamento labial em repouso

Descritores: mordida aberta; má oclusão, extração dentária.

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o sisteMA biofUnCionAl no trAtAMento CoMPensAtório dA

ClAsse iii

Érika Sinara Lenharo O. Raduan1

Priscilla Santana Pinto Gonçalves2

Claudia Cristina da Silva3

Maria Fernanda Antônio3

Isabela Castro Sartori3

Fabrício Pinelli Valarelli4

1Professora Doutora, na área de Patologia, Curso de Enfermagem, Biomedi-cina e Farmácia, Faculdades Integradas de Jau – FIJ

2Professora Doutora, área de Pediatria, curso de Odontologia, Faculdades Integradas de Ourinhos – FIO

3Especialistas em Ortodontia - Instituto Odontológico de Pós-Graduação – IOPG

4Professor Doutor, área de Ortodontia, Coordenador do curso de Pós-gra-duação, Instituto Odontológico de Pós-Graduação (IOPG)

O objetivo deste trabalho foi apresentar o tratamento de uma paciente de 16 anos de idade com má oclusão de Classe III. Extrabucalmente, a paciente apresentava o perfil reto sem comprometimento da harmonia facial. No exame clínico intra-bucal foi observado ¼ de Classe III, bilateralmente, mordida cruzada anterior e posterior do lado esquerdo e um suave apinhamento anteroinferior com trespasse vertical de 1mm e horizontal de 3mm. Optou-se pelo tratamento compensatório dentoalveolar sem extrações. Foram instalados os acessórios ortodônticos pré--ajustados, prescrição biofuncional, slot 0,022”x 0,030”. No final do alinhamento e nivelamento foi utilizado um arco auxiliar de expansão TMA com fio NiTi 0,019” x 0,025” para corrigir a mordida cruzada posterior e elásticos interma-xilares de Classe III bilateralmente (3/16” de força média) com a finalidade de corrigir a discrepância anteroposterior. Após a correção da má oclusão, conclui--se que o sistema biofuncional associado aos elásticos intermaxilares de Classe III constituem-se em um método eficiente de tratamento compensatório da má oclusão de Classe III na dentadura permanente.

Palavras-chave: Ortodontia, Movimentação Ortodôntica, Má Oclusão de Angle Classe III.

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trAtAMento dA ClAsse ii CoM retrUsão MAndibUlAr Por Meio do

APArelho twin forCe bite CorreCtor (tfbC)

Érika Sinara Lenharo Orti-Raduan1

Marcelo Junior Zanda2

Roberto Henrique da Costa Grec3

Mayara Paim Patel4

Fabrício Pinelli Valarelli5

1Professora Doutora, na área de Patologia, Curso de Enfermagem, Biomedi-cina e Farmácia, Faculdades Integradas de Jau – FIJ

2Professor Doutor, área de Odontologia, curso de Odontologia, Faculdades de Odontologia de Bauru

3Doutor em Ortodontia, Prof. do curso de especialização em Ortodontia - Instituto Odontológico de Pós-Graduação (IOPG)

4Professora Doutora em Ortodontia, Prof. do curso de especialização em Ortodontia -Instituto Odontológico de Pós-Graduação (IOPG)

5Professor Doutor, área de Ortodontia, Coordenador do curso de Pós-gra-duação, - Instituto Odontológico de Pós-Graduação (IOPG)

O objetivo deste trabalho foi apresentar o tratamento de uma má oclusão de Classe II completa bilateral, primeira divisão, com sobressaliência e sobremor-dida com propulsor Twin Force Bite Corrector (TFBC) associado ao aparelho fixo convencional. Foram utilizados bráquetes com -6° de torque nos incisivos inferiores com a finalidade de se contrapor a força de vestibularização do pro-pulsor nesses dentes. Inicialmente realizou-se o alinhamento e nivelamento dos dentes superiores e inferiores com fios de NiTi. Para a correção da curva de Spee foram utilizados arcos de aço com acentuação e reversão. No fio 0,019” x 0,025” foi utilizado o aparelho propulsor TFBC por 5 meses e, após sua remoção, o paciente utilizou o elástico de Classe II, bilateralmente, por mais 6 meses com a finalidade de manutenção da correção da discrepância anteroposterior. Ao final do tratamento o paciente alcançou a relação de Classe I bilateral com sobressa-liência e sobremordida normais além da diminuição da convexidade do perfil e aumento da harmonia da face. Pode-se concluir que o TFBC é um excelente aparelho para a correção da Classe II, minimizando a necessidade de colabora-ção dos pacientes.

Palavras-chave: Ortodontia, Movimentação Ortodôntica, Má Oclusão de Angle Classe II.

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trAtAMento dA ClAsse ii bilAterAl CoM AUsênCiA de 3 CAninos: UMA

oPção efiCiente de trAtAMento

Isabela de Castro Sartori1

Danilo Pinelli Valarelli2

Mayara Paim Patel2

Claudia Cristina da Silva1

Fabrício Pinelli Valarelli3

1Especialista em Ortodontia, IOPG – Bauru-SP.2Doutor em Ortodontia, Prof. do curso de especialização em Ortodontia

IOPG – Bauru-SP3Doutor em Ortodontia, Coordenador do curso de especialização em

ortodontia IOPG – Bauru-SP

O objetivo deste trabalho é mostrar um tratamento de uma má oclusão de Classe II bilateral com ausência de três caninos permanentes. O paciente havia extraído três caninos permanentes na fase de infância, apresentava um perfil convexo e uma Classe II bilateral. Após diagnóstico do paciente e explicação das opções de tratamento para seus pais, decidiu-se realizar a extração de um pré-molar in-ferior direito (dente 44) mantendo o único canino restante e fechando os espaços existentes. Foi realizado correto alinhamento e nivelamento, seguido de elásticos intermaxilares de Classe II utilizados bilateralmente. O paciente se mostrou mui-to colaborador durante a utilização dos elásticos, e consequentemente, obteve alterações dentoalveolares, com ótimo custo-benefício, estética e estabilidade. Ao final do tratamento, todos os objetivos foram alcançados.

Palavras-chave: Ortodontia Corretiva. Classe II de Angle. Dente Canino

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trAbAlhos PeriodontiACAtegoriA orAl

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APliCAções ClíniCAs dA fibrinA riCA eM PlAqUetAs eM PeriodontiA

Stephanny Abreu1

Bruna Luísa de Paula2

Flávia Ferraz dos Santos Lot Vieira3

Marisol Corvino Nogueira Martins3

Elcia Maria Varize Silveira4

1Aluna de Especialização, Área de Periodontia, Curso de Odontologia, Faculdade do Centro Oeste Paulista, Bauru, SP

2Aluna de Doutorado, Área Biologia Oral, Curso de Biologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

3Alunas de Mestrado, área Biologia Oral, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP

4Professora Doutora, Área de Periodontia, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP

A Fibrina Rica em Plaquetas, por ser um biomaterial autólogo de fibrina enri-quecida de leucócitos, plaquetas, fatores de crescimento e células tronco cir-culantes, reúne tais características como potencial auxiliar na cicatrização. Assim, o objetivo do presente trabalho foi aliar a aplicação clínica de PRF nas formas de i-PRF (Fibrina Rica em Plaquetas - injetável) e L-PRF (Fibrina Rica em Plaquetas e leucócitos) a um procedimento de enxerto gengival livre, tanto em área doadora como receptora do enxerto, a fim de acelerar o processo de cicatrização dos tecidos envolvidos e diminuir a dor pós-operatória. Paciente de 44 anos com saúde sistêmica e periodontal foi submetida a uma cirurgia para colocação de um enxerto gengival livre para aumento de tecido queratinizado na região dos incisivos inferiores. Para obtenção do i-PRF e membrana de L--PRF foi realizada a coleta de sangue da paciente utilizando tubos de 10ml, sem adição de qualquer aditivo (Vacutube Seco, Biocon®, Brazil). Após coleta de 2 tubos, estes foram posicionados na centrífuga durante 12 minutos com velocidade de 2.700 rpm para a obtenção dos agregados plaquetários i-PRF e membrana de L-PRF, respectivamente. A região receptora do enxerto epitélio--conjuntivo foi banhada com i-PRF e na região doadora (palato) foi colocada uma membrana de L-PRF, a fim de proteger e acelerar o reparo da área cruenta. Após o período de 30 dias do procedimento cirúrgico, o processo de reparo estava adequado, onde a paciente não relatou sintomatologia dolorosa nem na área doadora ou receptora do enxerto, sem infecção e com sinais de ganho em altura e espessura de gengiva inserida. Podemos concluir que a Fibrina Rica em Plaquetas é uma alternativa promissora para acelerar a cicatrização e diminuir

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a morbidade pós-operatória em procedimentos cirúrgicos periodontais com ampla aplicação na prática clínica.

Palavras-chave : Fibrina Rica em Plaquetas, Procedimentos Cirúrgicos, Pe-riodontia

iMPortânCiA dA odontologiA e dA MediCinA no AtendiMento A PACientes

CoM lúPUs eriteMAtoso sistêMiCo

Carolina Alves Andrade1

Julien Rodrigues Pires2

Larissa Costa de Moraes Pessoa3

Adriana Campos Passanezi Sant’Ana4

1Aluna de graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB-USP2 Mestranda em Reabilitação Oral linha de Periodontia, Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB-USP

3Professora Doutora de Periodontia na Universidade Paulista – UNIP, cam-pus de Brasília

4Professora Associada da disciplina de Periodontia, Departamento de Pró-tese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB-USP

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune do tecido conjun-tivo, cujo sistema imune ataca as próprias células do organismo, resultando em inflamação e dano tecidual. O LES pode afetar qualquer parte do corpo, uma vez que os auto-anticorpos (anti-DNA) possuem afinidade pelo DNA. Poucos são os estudos que avaliaram a doença periodontal e intervenções odontológi-cas nos pacientes com LES, não sendo verificado nenhum trabalho na literatura sobre cirurgia periodontal e sua repercussão no processo cicatricial, tendo em vista que processos inflamatórios são considerados gatilhos de ativação do LES, caso não controlados. O objetivo desse trabalho é demonstrar, através de um caso clínico, a importância da atuação odontológica em conjunto com a medi-cina na assistência ao paciente com LES. Foi realizado protocolo de prevenção periodontal, cirurgia de enxerto gengival livre, tratamento ortodôntico e outros que favoreçam muito a função estética e qualidade de vida a paciente. Esse é o primeiro trabalho que demonstra a importância do controle lúpico conforme índices reumatológicos e descreve aspectos odontológicos importantes da cica-trização de pacientes com esta condição sistêmica. Intervenções clínicas reali-zadas em pacientes com LES requerem uma abordagem multiprofissional, pois

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diversos fatores na resposta imunológica, reparadora e medicamentosa devem ser considerados para o sucesso, além de avaliar outras morbidades associadas.

Palavras-chave: Lúpus eritematoso sistêmico; inflamação; doença periodontal.

reCobriMento rAdiCUlAr Unitário eM áreA estétiCA: relAto de CAso

Raíssa Bertin Camargo1

Guilherme Moreira2

Luís Augusto Esper3

Michyele Sbrana3

1Aluna de graduação, Curso de Odontologia, da Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Periodontia, Curso de Odontologia, da Universidade do Sagrado Coração, Bauru- SP.

3Professores Doutores Área de Reabilitação Oral, pela Faculdade de Odon-tologia de Bauru/USP

Recessão gengival pode ser definida como a migração da margem gengival para apical em relação à junção cemento-esmalte (JCE), expondo a superfície radicu-lar. Além do comprometimento estético, as recessões podem predispor o indiví-duo a problemas funcionais como a hipersensibilidade dentinária, maior risco de desenvolvimento de lesões cervicais não cariosas e cárie radicular. A infla-mação gengival em resposta ao acúmulo do biofilme dental ou ao traumatismo mecânico por escovação tem sido indicada como o fator etiológico principal das recessões. Caso clínico: Paciente jovem, estudante de odontologia, apresentava recessão gengival no dente 41 classe II de Miller. Presença de queixa estética e hipersensibilidade dentinária. Optou-se pelo recobrimento radicular através de técnica minimamente invasiva através da tunelização com dispositivo apropria-do, sem relaxantes ou retalhos deslocados. Em área doadora foi realizado inci-sões conservadoras para remoção de enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. Para finalização cirúrgica, posicionou-se o enxerto internamente ao túnel criado através de duas suturas de estabilização com fio monofilamentado. Tanto a área doadora quanto receptora foram protegidas com cimento cirúrgico. Após acom-panhamento de 7, 14 e 30 dias, verificou-se o recobrimento total e remissão dos sintomas citados pelo paciente.

Palavras-chave: Periodontia; Recessão Gengival; Estética.

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reCobriMento rAdiCUlAr PelA téCniCA do retAlho PosiCionAdo

lAterAlMente: Controle ClíniCo longitUdinAl de 23 Anos

Daniel Kohl Greghi1

Adriana Campos Passanezi Sant’Ana2

Carla Andreotti Damante2

Maria Lucia Rubo de Rezende2

Mariana Schutzer Ragghianti Zangrando2

Sebastião Luiz Aguiar Greghi2

1Mestrando do Programa de Ciências Odontológicas Aplicadas, Área de Periodontia, da Faculdade de Odontologia de Bauru- USP

2Professores Doutores do Departamento de Prótese e Periodontia da Facul-dade de Odontologia de Bauru-USP

O propósito desse trabalho foi apresentar um caso de tratamento de recessão gen-gival (recobrimento radicular) com Deslize Lateral de Retalho e a longevidade dos resultados obtidos. A paciente A.P.L., com 30 anos de idade, no ano de 1995 procurou a Disciplina de periodontia da FOB-USP queixando-se da exposição radicular na face V do dente 23, que a incomodava esteticamente. Essa recessão gengival apresentava aproximadamente 5-6 mm de comprimento e 5 mm de lar-gura junto à JCE e foi classificada como Classe I de Miller. Os possíveis fatores etiológicos envolvidos no desenvolvimento dessa exposição radicular foram eli-minados (sobretudo escovação traumática). Foi realizada estimulação perióstica prévia dos tecidos adjacentes e o deslize lateral do retalho foi realizado dentro de princípios técnicos-biológicos adequados após tratamento químico da superfície radicular. Foram realizados controles clínicos até 10 meses evidenciando pleno sucesso clínico do procedimento (recobrimento radicular). Após 23 anos, a pa-ciente foi localizada em tratamento na FOB-USP e um novo controle clínico foi realizado, quando verificou-se uma grande estabilidade dos resultados obtidos no passado, com um recidiva mínima de recessão menor que 1 mm. Diante do exposto pode-se concluir que um bom planejamento associado ao respeito aos princípios biológicos e o cuidado em se diagnosticar/eliminar os fatores etiológi-cos das recessões gengivais pode garantir resultados duradouros e satisfatórios para essas técnicas plásticas periodontais.

Palavras-chave: Retração gengival; estética

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AssoCiAção entre osteoPorose e PerdA ósseA AlveolAr, doençA

PeriodontAl e fAlhA de iMPlAntes

Tainara Tonon Castelluccio1

Julien Rodrigues Pires2

Mariana Schutzer Ragghianti Zangrando3

Carla Andreotti Damante3

Adriana Campos Passanezi Sant’Ana3

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2 Aluna de Mestrado, Área de Periodontia, Curso de Odontologia, Departamento de Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de

Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.3 Professoras na Área de Periodontia, Curso de Odontologia, Departamento

de Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universi-dade de São Paulo, Bauru, SP.

Alguns estudos sugeriram que a osteoporose pode resultar em diminuição de densidade óssea mandibular, diminuição de altura do osso alveolar e progressão mais rápida de doença periodontal, com resultados conflitantes na literatura. Para investigar a associação entre osteoporose e perda óssea alveolar, progressão da doença periodontal, perda de implantes osseointegrados e densidade óssea nas re-giões de mandíbula e maxila foi realizada uma busca na base de dados “Pubmed” (disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/), inicialmente sem limi-tes de escolha, para consulta dos títulos e resumos que abrangem as associações investigadas. Foram encontrados inicialmente 353 artigos com as palavras-chave “osteoporosis” AND “alveolar bone loss”, 804 artigos com as palavras-chave “osteoporosis” AND “periodontal diseases”, 330 artigos com as palavras-chave “osteoporosis” AND “osseointegration” e 88 artigos com as palavras-chave “os-teporosis” AND “mandible and maxillary bone density”. Os artigos em dupli-catas e em assuntos não pertinentes ao tema foram excluídos, sendo analisados, por meio de revisão narrativa da literatura, aqueles que pudessem responder aos questionamentos investigados. Os estudos analisados sugeriram que ocorre dimi-nuição da densidade óssea mineral do osso alveolar em pacientes osteoporóticos, além de diminuição de altura óssea alveolar e maior destruição periodontal. Por outro lado, o impacto da osteoporose nas taxas de osseointegração, sobrevivência dos implantes e alterações do osso marginal não são significativamente diferen-tes do que aquelas observadas em mulheres não-osteoporóticas. Esses achados permitem concluir que, apesar da osteoporose afetar ossos do complexo maxilo--mandibular acentuando a progressão da doença periodontal, maior reabsorção de osso alveolar, diminuição da densidade óssea mineral da mandíbula em casos

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mais avançados, não há impacto significativo dessa condição no tratamento rea-bilitador com implantes osseointegrados.

Palavras-chave: Osteoporose. Densidade óssea mineral. Perda óssea. Implantes osseointegrados.

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trAbAlhos PeriodontiACAtegoriA PAinel

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AlterAções sistêMiCAs e bUCAis devido Ao Uso do nArgUilé: revisão de

literAtUrA

Beatriz Alves Barzotti1

Maíra Deomira Valduga2

Bruna Maria Colombo Cucco2

Vanessa Rodrigues Do Nascimento2

Cíntia de Souza Alferes Araújo2

Mirella Lindoso Gomes Campos3

1Centro de Ciências da Saúde, Universidade do Sagrado Coração 2Instituto de Ciências Biológicas, Médicas e da Saúde, Universidade

Paranaense3Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, Universidade do Sagrado Coração

Esta revisão de literatura objetiva apresentar os malefícios causados pelo uso do narguilé à saúde geral, com enfoque maior nas alterações bucais. Foram reali-zadas buscas utilizando os termos saúde bucal, tabagismo e narguilé nos sites de busca PubMed, Scielo e no Google. Foram selecionados artigos que definissem o instrumento utilizado e seus malefícios à saúde geral e bucal para compor o estudo. O Narguilé é composto por quatro partes principais: fornilho (cabeça ou “rosh”); corpo; base e a mangueira. A função de cada parte, respectivamente é: abrigar a essência (produzida com tabaco, glicerina, melaço e frutas ou aromati-zantes) e o carvão em brasa; conduzir a fumaça para a base; alojar a água (parte responsável pelo mito de que nesta fase as substâncias tóxicas seriam filtradas); e, quando acionada pelo praticante, leva a fumaça para dentro do organismo. A fumaça formada pelo Narguilé contém até 4% de nicotina, enquanto no cigarro este nível é de 1 à 3%. Os danos à saúde, resultantes da prática do narguilé são muitos e, desde problemas passageiros, mas não menos preocupantes, como: má oxigenação de órgãos, tonturas, e síncopes, causados pelo monóxido de carbo-no, até consequências mais graves como doenças infecto contagiosas (hepatite, tuberculose), dependência química, doenças cardíacas e respiratórias, tumores e câncer. Com relação à saúde bucal, o narguilé promove alterações locais muito semelhantes às outras formas de tabagismo, como cigarros e charutos. Estudos não constataram diferenças significativas quanto à reabsorção óssea periodontal quando comparados fumantes de cigarro ou narguilé, sendo ambos relacionados ao aumento da destruição periodontal. Quando comparados à pacientes não fu-mantes, os pacientes que utilizavam narguilé tiveram maior inflamação de tecido mole peri-implantar e maior reabsorção da crista óssea, mostrando ser um fator importante para instalação e aumento da severidade de peri-mucosites e peri--implantites. Estudos recentes mostraram que apenas três sessões de narguilé foram suficientes para expor o indivíduo a grandes quantidades de hidrocarbone-

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tos aromáticos policíclicos carcinogênicos, e uma única sessão de fumar narguilé era equivalente em concentração formaldeído e acetaldeído compatível com o consumo de cinco cigarros, podendo o fumante de narguilé ser mais exposto aos agentes carcinogênicos em menor frequência. Conclui-se que a prática do nargui-lé pode resultar em riscos para a saúde sistêmica e bucal.

Palavras-chave: Cachimbos de Água; Saúde bucal; Saúde pública.

estUdo MorfoMétriCo do efeito de Anti-inflAMAtórios não-esteroidAis

sobre A reAbsorção ósseA no trAUMA oClUsAl PriMário

Guilherme Masson Camillo1

Ana Cristina Távora de Albuquerque Lopes2

Mirela Anne Quartaroli Téo3

Bella Luna Colombini Ishikiriama4

Mirella Lindoso Gomes Campos5

1Aluno da Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

2 3Mestras em Biologia Oral, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP4Pós-Doutoranda em Ciências Odontológicas Aplicadas, Faculdade de

Odontologia de Bauru - USP, Bauru, SP5Profa. Dra. Área de Biologia Oral e Periodontia, Curso de Odontologia,

Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP

O trauma oclusal primário (TO) é a injúria resultante das forças oclusais ex-cessivas aplicadas a um dente ou grupo de dentes com suporte normal. A oclu-são traumatogênica pode causar diversas alterações no periodonto. As células do ligamento periodontal podem responder às forças mecânicas com a produção de prostaglandina E2 que pode estar associada à perda de inserção clínica e à reabsorção do osso alveolar. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito dos anti-inflamatórios Indometacina e Celecoxibe na reabsorção óssea alveolar promovida pelo TO desenvolvido experimentalmente, em ratos Wistar, a par-tir da inserção de uma interferência oclusal unilateral em um primeiro molar inferior escolhido aleatoriamente. Assim, 20 animais receberam os tratamentos por 14 dias e foram aleatoriamente divididos em um dos grupos: Controle positi-vo (CP) (n=5) - TO + Água destilada; TO+Indometacina (n=5); TO+Celecoxibe (n=5); Controle negativo (CN) (n=5). As hemimadíbulas foram tratadas e coradas com azul de metileno 0,1%, por 5 minutos, para diferenciar o osso do dente. No

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intuito de avaliar a reabsorção na tábua óssea vestibular, um programa de análise de imagens (Image J 1.48- imagej.nih.gov) foi utilizado. Para cada amostra, a perda óssea foi definida como a área total, em mm2, localizada entre a junção amelo-cementária e as cristas ósseas alveolares mesial e distal, da face vestibular do primeiro molar inferior. Os resultados não mostraram diferença significativa entre todos os grupos (p=0,1613). Na comparação entre dois grupos, não houve diferença significativa entre os grupos TO+Indometacina x CN (p=0,1613). No entanto, houve diferença significativa na comparação da área reabsorvida entre os grupos TO+Celecoxibe e CN (p=0,04813) e entre CP e CN (p=0,01182). Pôde--se concluir que os anti-inflamatórios utilizados não contribuíram na redução da perda óssea no TO, sendo que a Indometacina foi ineficaz e o Celecoxibe exacer-bou a reabsorção óssea alveolar. É possível que fatores dependentes da síntese de prostaglandinas via COX-1 ou outros, como aqueles ligados às citocinas inflama-tórias, tenham atuado fortemente diante das forças excessivas aplicadas e pro-movido a reabsorção óssea. Desse modo, outros estudos são necessários para a identificação dos mediadores envolvidos na ativação da osteoclastogênese e para uma compreensão mais aprofundada do mecanismo de reabsorção óssea alveolar decorrente do trauma oclusal primário.

Palavras-chave: Oclusão dentária traumática. Anti-inflamatórios. Periodontia.

regenerAção teCidUAl gUiAdA de lesão de fUrCA CoM enXerto

AUtógeno PArtiCUlAdo desMinerAlizAdo e MeMbrAnA de Prf

Gabriel Amantini1

Andréia Pereira de Souza Pavani2

Profa. Dra. Adriana Campos Passanezi Santana3

Profa. Dra. Mariana Schutzer Ragghianti Zangrando3

Profa. Dra. Maria Lucia Rubo de Rezende3

Sebastião Luiz Aguiar Greghi3

1Aluno de Mestrado, Programa de Ciências Odontológicas Aplicadas, Área de Reabilitação Oral, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de

São Paulo, Bauru, SP.2Aluna de Doutorado, Programa de Ciências Odontológicas Aplicadas, Área

de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

3Professores Doutores, Departamento de Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

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O objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico de regeneração dos tecidos periodontais, utilizando osso autógeno particulado desmineralizado associado à membrana de Fibrina Rica em Plaquetas (PRF). O paciente compareceu à clí-nica de pós-graduação da FOB-USP com a indicação de tratamento de lesão de furca na região vestibular do dente 36. No exame periodontal, após sondagem com sonda Nabers, foi constatada lesão com profundidade horizontal maior que 3mm, apresentando radiolucidez desta área no exame radiográfico. Dessa forma, o diagnóstico foi de lesão de furca grau 2. A fim de regenerar esta lesão, após preparo inicial (raspagem e alisamento corono-radicular e orientações de higiene bucal) o paciente foi submetido a procedimento cirúrgico de enxerto ósseo autó-geno. Foi confeccionado um retalho total, permitindo assim adequada raspagem e alisamento radicular e debridamento do defeito. Após este procedimento foi constatada perda óssea no sentido horizontal de 6mm. A área foi submetida à biomodificação radicular com ácido cítrico pH1 à 50% associado à tetraciclina 10% em forma de gel e pH1, durante 90 segundos para descontaminação da área e exposição de fibras colágenas. A região foi lavada abundantemente com solução salina. O enxerto ósseo autógeno particulado foi obtido através de raspagem da cortical óssea apicalmente ao dente envolvido, com uso de cinzel de Ochsenbein 4. Em seguida, o mesmo foi desmineralizado com ácido cítrico pH1 à 10%, por 30 segundos, lavado com solução salina, acomodado no defeito e recoberto com uma membrana de PRF obtida de 20ml de sangue periférico do próprio paciente (processado por 10 minutos à 3000rpm). O retalho foi suturado ao nível da junção cemento-esmalte com fio reabsorvível (Vicryl 5.0). Completado um ano de pós--operatório, o paciente foi reavaliado, quando a área foi sondada e radiografada. O exame clínico demonstrou ausência da lesão de furca, porém, apresentando pouca melhora radiográfica.

Palavras-chave: Defeitos da Furca; Técnica de Desmineralização Óssea; Fibrina Rica em Plaquetas

Apoio: CAPES

o trAUMA oClUsAl PriMário AssoCiAdo A hábitos PArAfUnCionAis:

relAto de CAso ClíniCo

Caroline Cabrera Silva1

Thamyres Cristina dos Santos Sinhorini1

Mirella Lindoso Gomes Campos2

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1Alunas de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Profa. Dra. Área de Periodontia, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

O trauma oclusal é definido como uma lesão não infecciosa que afeta o pe-riodonto de inserção devido às forças oclusais que excedem sua capacidade de adaptação, sendo classificado como primário e secundário. Dessa forma, o trauma oclusal primário é uma lesão resultante de forças oclusais excessivas aplicadas a um dente ou grupo de dentes com suporte periodontal normal, visto que o trauma oclusal secundário refere-se às alterações de forças oclusais ex-cessivas que ocorrem em dentes ou grupo de dentes com o periodonto de supor-te inadequado ou reduzido. Este é um relato de caso clínico da paciente T.C.S.S, sexo feminino, com 21 anos de idade, leucoderma, sem alterações de ordem sistêmica, que compareceu à clinica de graduação de Periodontia da Universi-dade do Sagrado Coração com queixa principal de “dor na face agravado pelo período de provas regimentais”. Durante o exame clínico constatou que no exa-me extrabucal a paciente apresentava dor na face gerada pelo apertamento, e no intrabucal verificou-se trinca de esmalte na borda incisal do dente 11 associada à onicofagia, esta apresentou saúde periodontal, índices periodontais e altura do periodonto de inserção normais. Radiografias periapicais de incisivos superio-res e inferiores foram realizadas como exame complementar para analisar a ex-tensão da trinca, porém foi observado um aumento da espessura do ligamento periodontal e descontinuidade da lâmina dura dos dentes 11, 21. Os parâmetros radiográficos sofreram piora relacionada ao estresse das provas regimentais, por esse motivo, após trinta dias, foi diagnosticado presença de contrato pre-maturo nos dentes 41 e 21, que possivelmente estava associado à movimentação dentária causada pelo apertamento dentário agravado pelo estresse. A paciente foi instruída a suspender o hábito parafuncional de onicofagia, orientada a rea-lizar uma placa miorelaxante e efetuar o ajuste oclusal para remoção do contato prematuro, para que assim haja uma remodelação dos tecidos periodontais e uma regressão da lesão não infecciosa instalada.

Palavras-chave: Hábitos. Ligamento Periodontal. Onicofagia.

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PreservAção de Alvéolo PArA reAbilitAção Por iMPlAnte nA região

Anterior sUPerior eM PACiente CArdioPAtA: relAto de CAso

Isabela Corradi Baladore1

Maria Lúcia Rubo de Rezende2

Carla Andreotti Damante2

Sebastião Luiz Aguiar Greghi2

Adriana Campos Passanezi Sant’Ana2

¹Graduação em Odontologia. Faculdade de Odontologia de Bauru – USP2Disciplina de Periodontia. Departamento de Prótese e Periodontia da FOB-

USP

O objetivo deste estudo é descrever procedimento de preservação de alvéolo de extração devido à fratura radicular em paciente cardiopata. Paciente do sexo feminino, 45 anos de idade, portadora de prolapso de válvula mitral com regur-gitação e hipertensa controlada por medicamentos, procurou tratamento perio-dontal na clínica de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, com queixa principal de sangramento e mobilidade dentária. Os exames clínico e radiográfico demonstraram presença de bolsas periodontais moderadas a se-veras, perda de inserção e perda óssea de moderada a avançada, acometendo >30% dos sítios. Observou-se, após a realização de enxerto ósseo autógeno e regeneração tecidual guiada para a região do 11/21, agravamento da perda óssea e perda de inserção. Foi solicitado exame tomográfico, onde se constatou fra-tura radicular do 11, determinando a necessidade de exodontia. A extração do dente foi realizada de forma atraumática, sob profilaxia antibiótica (amoxicilina 2000g, 1 hora antes da cirurgia) e, para preservação do alvéolo de extração cuja tábua óssea havia reabsorvido em decorrência da fratura radicular, foi utilizado osso bovino inorgânico e membrana colágena bovina. O retalho foi suturado por primeira intenção e a paciente continuou com a terapia antibiótica até completar 7 dias. Não houve nenhuma intercorrência negativa no pós-operatório. Após 1 ano, a área foi reaberta para a instalação de implante de hexágono externo pela técnica dos dois estágios. Durante a reabertura, 6 meses, foi realizado enxerto de conjuntivo para tratamento da deficiência de tecido mole. Os resultados obti-dos demonstraram resposta satisfatória dos tecidos peri-implantares, permitindo a instalação de prótese suportada sobre implantes dos pontos de vista estético e funcional, com alto grau de satisfação do paciente, sugerindo que o preen-

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chimento de alvéolos de extração com osso bovino inorgânico protegido por membrana colágena bovina possibilita a reconstrução tridimensional do osso, permitindo a reabilitação por implantes na zona estética.

Palavras-chave: Enxerto ósseo; Implantes; Estética

CoMPArAção de diferentes téCniCAs e higiene lingUAl UtilizAndo

PArâMetros MiCrobiológiCos e reCUrsos diAgnóstiCos do hálito

Gabriela Castilho de Biasi1

Élcia Maria Varize Silveira2

Marisol Corvino Nogueira Martins2

Bruna Luísa de Paula2

1Centro de Ciências da Saúde – Universidade do Sagrado Coração –2Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação – Universidade do Sagrado

Coração –

O dorso da língua é uma das fontes primárias do mau hálito e excelente sítio para o crescimento de microrganismos, sendo a remoção da saburra lingual eficiente na diminuição da halitose. O objetivo deste estudo é comparar uma nova técnica de higiene lingual ‘Técnica do X’ com a convencional ‘Técnica de Varredura’ e seus efeitos em relação ao hálito e à quantidade de microrganismos (MO) presen-tes na língua, de acordo com recursos diagnósticos do hálito. O hálito de cada voluntário foi classificado por meio de medições organolépticas (ORL) e, em se-guida, coletadas amostras de saburra do dorso lingual. Os voluntários receberam instrução quanto à técnica de escovação da língua ‘Técnica do X’ (grupo X-6R), ‘Técnica de Varredura’ (grupo V) e um último grupo não recebeu orientação (Grupo Controle). Após 15 dias de limpeza mecânica da língua, nova análise do hálito e coleta de saburra foram realizadas para comparação dos dados relaciona-dos aos efeitos da técnica em relação ao hálito e quantidade de MO. Em relação aos dados microbiológicos, os três grupos, durante o período final, não apresen-taram valores com diferenças estatisticamente significantes entre si. Na avaliação da ORL, os resultados demonstraram que a técnica de Varredura e a Técnica do X têm efeito significativo na redução dos níveis de halitose quando comparadas ao grupo C, mostrando que a limpeza mecânica da língua aumenta os escores as-sociados a baixas concentrações de odores bucais. A Técnica do X é considerada

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promissora e contribuirá para melhorar a qualidade de higiene oral e redução dos níveis de halitose da população.

Palavras-chave: Higiene Bucal. Língua. Halitose. Microbiologia

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trAbAlhos Prótese e iMPlAntodontiACAtegoriA orAl

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Análise dA AdAPtAção MArginAl e internA de Próteses fiXAs de três

eleMentos iMPlAntossUPortAdAs.

Lurian Minatel1

Jéssica Marcela de Luna Gomes2

João Pedro Justino de Oliveira Limirio1

Cleidiel Aparecido de Araújo Lemos2

Joel Ferreira Santiago-Júnior3

Eduardo Piza Pellizzer4

¹Mestrando, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odon-tológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista , UNESP, Faculdade de Odonto-

logia de Araçatuba.

²Doutorando, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odon-tológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista , UNESP, Faculdade de Odonto-

logia de Araçatuba.3Prof., área de prótese dentária e implantodontia, Curso de Odontologia,

Universidade do Sagrado Coração, USC, Bauru.4Prof. Tit., área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odontológi-

cos e Prótese. Univ. Estadual Paulista , UNESP, Faculdade de Odontologia de Araçatuba.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a desadaptação marginal vertical, ho-rizontal e interna de infraestruturas de próteses fixas implantossuportadas de 3 elementos confeccionadas através de diferentes técnicas. Foram confeccionadas 30 infraestruturas divididas em 3 grupos: G1) Infraestrutura confeccionada em Ni-Cr pela técnica convencional da cera perdida (n=10); G2) Infraestrutura con-feccionada em zircônia por CAD/CAM (n=10); G3: Infraestrutura fresada em cera por CAD/CAM e fundida em Ni-Cr técnica da cera perdida (n=10). Para confecção dos corpos de prova, uma matriz foi utilizada para simular uma pró-tese fixa implantossuportada de três elementos com um pôntico central. A desa-daptação marginal vertical e horizontal (subcontorno e sobrecontorno) foi ava-liada através de um microscópio óptico tridimensional (Quick Scope, Mitutoyo). As desadaptações marginais internas foram mensuradas através de microscópio óptico, estereomicroscópio e MEV. Os resultados mostraram maior valor de de-sadaptação marginal vertical para o grupo G3 (83.5μm), seguido dos grupos G1 (55 μm) e G2 (42 μm) (p<0,001). Quanto à desadaptação marginal horizontal o maior valor de desadaptação foi do grupo G2 (118 μm), seguido de G3 (102 μm), ambos apresentando sobre contorno. O grupo G1 (- 85 μm) apresentou valores de sub contorno (p<0,001). A associação dos sistemas CAD/CAM e a técnica convencional da cera perdida apresentou maior desadaptação marginal vertical. A desadaptação marginal horizontal foi mais favorável quando confeccionadas infraestruturas pela técnica da cera perdida, apresentando sub-contorno. Dentro

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das limitações pertinentes a um estudo in vitro pode-se concluir que a confecção de infraestruturas através dos sistemas CAD/CAM apresentou os menores valo-res de desadaptação marginal vertical.

Palavras-chave: Prótese Dentária sobre implantes; Adaptação Marginal Dentária.

Projeto auxiliado por computador.APOIO: FAPESP Processo: 11/19150-7; CAPES.

reAbilitAção orAl eM PACiente sindrôMiCo CoM Prótese do tiPo overlAY – relAto de CAso ClíniCo.

Lurian Minatel1

João Pedro Justino de Oliveira Limirio1

Jéssica Marcela de Luna Gomes2

João Henrique Nogueira Pinto3

José Fernando Scarelli Lopes3

Eduardo Piza Pellizzer4

1Mestrando, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odonto-lógicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista, UNESP, Faculdade de Odontolo-

gia de Araçatuba.2Doutorando, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odon-tológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista, UNESP, Faculdade de Odonto-

logia de Araçatuba.3Professores, área de prótese dentária, Hospital de Reabilitação de Anoma-

lias Craniofaciais, HRAC, Univ. de São Paulo, USP, Bauru. 4Prof. Tit., área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odontoló-gicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista, UNESP, Faculdade de Odontologia

de Araçatuba.

O objetivo do presente trabalho é relatar a reabilitação oral de um paciente do sexo feminino com Síndrome Ectrodactyly Ectodermal Dysplasia Cleft (EEC) associada à Fissura Transforame Bilateral com prótese parcial removível do tipo overlay. A paciente, 14 anos, foi submetida a tratamento ambulatorial no Hos-pital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais no setor de prótese dentária, sua queixa principal era a prejudicada função mastigatória e estética. A paciente apresentava ao exame intra-oral múltiplas ausências dentárias, presença de den-tes decíduos, maxila extremamente atrésica o que causava grande discrepância maxilomandibular, após a realização de exame clínico juntamente com estudo do

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caso montado em articulador (ASA) foi estabelecido plano de tratamento com a confecção de coroas totais fresadas unidas por barras para apoio de uma prótese parcial removível superior de recobrimento com sistema de retenção barra-clip. Levando em consideração o grande desafio reabilitador apresentado devido às anomalias craniofaciais envolvidas e também à condição clínica desfavorável como amelogênese imperfeita, discrepância maxilomandibular, baixa qualidade e quantidade óssea e a pouca idade da paciente pudemos obter sucesso ao tér-mino do tratamento oferecendo melhoria na função mastigatória, recuperando a estética e garantindo assim autoestima. Pacientes com síndrome ECC apresentam um quadro complexo e que necessita de um planejamento particular devido à especificidade de cada caso.

Palavras-chave: Reabilitação, Prótese Dentária, Displasia Ectodérmica.

inCorPorAção de β-triCálCio fosfAto eM bloCo instAlAdo eM

MAndíbUlA de Coelhos – AvAliAção histológiCA e histoMétriCA

Henrique Hadad1

Luis Carlos de Almeida Pires2

Rodrigo Capalbo da Silva1

Luara Teixeira Colombo1

Paulo Sérgio Pierre de Carvalho1

Francisley Ávila Souza3

1 Alunos de Pós-graduação FOA-Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

2 Especialista em Implantodontia – São Leopoldo Mandic 3 Professor Pós-graduação FOA-Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio

de Mesquita Filho

A reabsorção óssea após a perda dentária ainda se apresenta como um grande obstáculo nas reabilitações estéticas e funcionais dos pacientes. Para a correção deste processo fisiológico, tem-se procurado substitutos ósseos com a capacida-de de restabelecer a estrutura perdida. O objetivo deste trabalho foi avaliar o processo de incorporação do bloco de β-tricálcio fosfato fixados em mandíbu-la de coelhos. Para tal, 10 coelhos receberam aleatoriamente em seus ângulos mandibulares direito e esquerdo o enxerto ósseo autógeno obtido da tíbia es-querda, compondo o Grupo Autógeno (GA), ou o biomaterial sintético a base de β- tricálcio fosfato, Grupo Biomaterial (GB). Após períodos de 30 e 60 dias pós-operatórios foi realizada eutanásia dos animais. Foi realizado a análise histo-

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lógica qualitativa e histométrica na interface de incorporação. Os dados obtidos na análise histométrica foram submetidos ao teste T de Student. Aos 30 dias pós--operatórios no GA observou-se processo de incorporação com inúmeras pontes ao leito receptor, enquanto no GB aos 30 dias notou-se um processo de incorpo-ração com retardo quando comparado ao GA. No GA aos 60 dias pós-operatórios observou-se incorporação do enxerto em fase avançada com a presença de linha de cimentação, enquanto no GB aos 60 dias notou-se presença de biomaterial ainda envolto por tecido ósseo. Os valores médios de tecido ósseo neoformado no GA foram estatisticamente superiores aos valores médios de GB, no 30° e 60° dia pós-operatórios. Estudos mostram que o β-tricálcio fosfato e a hidroxiapatita são progressivamente reabsorvidos e substituídos por osso novo, e também são capazes de atuar como um favorável meio para colonização de células osteogêni-cas, corroborando com este estudo. Conclui-se que ambos os biomaterais foram biocompatíveis, com incorporação ao leito receptor. Entretanto GB apresentou grande solubilidade, diminuindo o volume de enxerto.

Palavras-chaves: Condução óssea, biomateriais, enxerto ósseo, Hidroxiapatita

levAntAMento de seio MAXilAr: CoM oU seM MAteriAl de enXerto? UMA

revisão sisteMátiCA

Laís Sara Egas1

Leonardo de Freitas Silva1

Valthierre Nunes Lima1

Leonardo Perez Faverani1

Roberta Okamoto2

Eduardo Piza Pellizzer3

1Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada.2Departamento de Ciências Básicas.

3Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese - Faculdade de Odon-tologia de Araçatuba - UNESP.

O objetivo desta revisão sistemática foi realizar uma análise sobre o uso ou não de materiais de enxerto ósseo na cirurgia de elevação do seio maxilar. Os estudos relevantes publicados nos últimos 10 anos foram identificados através de um le-vantamento nos bancos de dados: PubMed/MEDLINE, ScienceDirect e Cochra-ne Library e foram avaliados em relação aos critérios de inclusão e exclusão do estudo. A busca inicial resultou em 1037 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 16 artigos permaneceram. Quatrocentos e trinta e seis

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pacientes foram acompanhados no período pós-operatório, variando de 6 meses a 11 anos. No total, 868 implantes foram instalados em 397 seios maxilares. A taxa de sobrevivência do implante foi de 96,00% para cirurgias realizadas sem preenchimento de enxerto e 99,60% para aquelas em que biomateriais foram uti-lizados, dentro de um período de seguimento de 48 a 60 meses. Em conclusão, a cirurgia de elevação do seio maxilar, com ou sem material de enxerto, é um pro-cedimento seguro com uma baixa taxa de complicações e resultados previsíveis

Palavras chaves: elevação sinusal, implantes dentários, formação óssea.

ConfeCção de Próteses totAis MAndibUlAres CoM CAd/CAM:

Análise dA AdAPtAção vertiCAl nAs infrAestrUtUrAs

Maria Carolina Neves1

Cleuber Rodrigo de Souza Bueno2

Wilson Silva Amaral3

Hugo Nary Filho4

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Aluno de Mestrado do programa de pós-graduação em Biologia Oral (im-plantodontia), Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Mestre pelo programa de pós-graduação em Biologia Oral (implantodon-tia), Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

4Professor do programa de pós-graduação em Biologia oral, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

A correta relação entre pilar e implante é fundamental para que as forças possam ser transmitidas de maneira passiva, sem prejudicar a porção protética e tecido ósseo, este fato garante o sucesso e a longevidade das reabilitações. As técni-cas convencionais para confecção de infraestruturas exigem habilidade técnica e muitas etapas, aumentando a probabilidade de falhas. Contudo, o avanço tec-nológico e a técnica CAD/CAM permitiram a redução do índice de falhas e as-seguraram os profissionais durante os procedimentos técnicos. Este trabalho tem como objetivo comparar a adaptação de 3 métodos diferentes de confecção de in-fraestruturas nas próteses totais implantossuportadas. Constituído pelos grupos: Grupo de barras sobrefundidas (BS) confeccionadas a partir de cilindros com cinta de CrCO, grupo de barras fresadas de titânio (BFT), livre dos processos de fundição e sobrefundição e grupo fundido (GF) com as barras fresadas em cera

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e fundidas. Foi realizado a análise de adaptação marginal vertical com torque em todos parafusos e “one screw test”, onde realizamos o torque de um parafuso distal e mensuramos os outros implantes do lado oposto. Os dados quantitativos passaram pelo teste de normalidade (Shapiro-Wilk test) e variância (ANOVA) seguindo o pós-teste de Tukey. O nível de significância adotado foi de 5% para todas as análises. Observou-se que os valores mais inferiores de adaptação foram encontrados no grupo de barras confeccionadas no método de cera fundida, cor-respondendo a 15,8µm, seguidos do grupo sobrefundido com 7,06µm e do grupo em titânio que apresentou a melhor adaptação média com 2,02µm, sendo na to-talidade o mesmo padrão nos resultos para a análise “one screw test”, somente observamos semelhança entre os grupos fresado e sobrefundido nessa análise. As infraestruturas confeccionadas pela tecnologia CAD/CAM produziram próteses com menor desajuste vertical quando comparada aos outros métodos do estudo, porém, mesmo com a diferença significante entre os resultados, todos os valores obtidos encontram-se tolerantes na prática clínica.

Palavras -chave: Desajuste Vertical, Prótese Fixada por Implante, Projeto Auxi-liado por Computador

Análise dA qUAlidAde ósseA nA sobrevivênCiA de iMPlAntes

dentários: revisão sisteMátiCA CoM MetA-Análise

Letícia Holobenko1

Guilherme Abu Halawa Kudo1

Cleidiel Aparecido Araújo Lemos2

Felippo Ramos Verri2

Eduardo Piza Pellizzer2

Joel Ferreira Santiago Junior1

1Departamento de Ciências da Saúde – Universidade do Sagrado Coração – USC.

2Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. Univ. Estadual Pau-lista – UNESP – Faculdade de Odontologia de Araçatuba.

A qualidade/quantidade óssea sempre foi um fator relacionado a uma maior pos-sibilidade de fracasso de implantes. Porém, com a evolução dos tratamentos de superfície e condições de geometria dos implantes ainda há dúvidas se a quali-dade óssea ainda apresenta um impacto tão relevante nas taxas de sobrevivência das reabilitações orais. Portanto, esta revisão sistemática tem como finalidade analisar o desfecho de sobrevivência de implantes em osso de baixa qualidade.

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As bases de dados PubMed/Medline, Cochrane Collaboration, Web of Science e SciELO foram analisadas utilizando unitermos relacionados: ` qualidade óssea ; ` tipos ósseos ` e `Implantes dentários . Os dados coletados foram tabulados e or-ganizados qualitativamente e quantitativamente, utilizando o software: Review Manager 5.3. De um total de 3691 estudos com base nos critérios de inclusão, selecionou-se 10 estudos. A meta-análise realizada indicou que há uma diferença significativa para maior falha de implantes em tecido ósseo tipo IV, p< 0,00001, 95% IC: RR: 8.52 [2,68, 27.06]. Um total de 5078 pacientes foram acompanhados durante um tempo médio de 44,1 meses (menor 8 meses e máximo de 120 me-ses). Uma análise detalhada da proporção de implantes que falharam indicou que implantes instalados em osso tipo IV falhou ao redor de 8 vezes mais, quando comparado ao número de implantes que falharam em tecido ósseo tipo I,II e III. Com base nos resultados apresentados pôde-se concluir que a qualidade óssea pode ser referida como um fator de risco para a Implantodontia.

Apoio: FAPESP Processo: 2017/01639-6; 2015/20827-2.

Palavras-chave: Implante dentário; revisão sistemática; tecido ósseo.

lAMinAdos CerâMiCos no sisteMA e.MAX - Press PArA MelhorA estétiCA

do sorriso

Carol de Vitto1

Leonardo Filipe Conceição1

Valdey Suedam2

1Alunos curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil.

2Prof. Dr. Área de Prótese, curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil.

A reanatomização do sorriso em pacientes que possuem dentes anteriores com alteração de forma, alinhamento, disposição e cor teve como protagonista por muitos anos as restaurações diretas de resina composta devido a seu baixo custo, facilidade de aplicação e resultado imediato, não envolvendo preparos para pró-teses indiretas. Contudo, sabe-se que os materiais cerâmicos apresentam caracte-rísticas de resistência, estabilidade de cor e estética melhores, com comprovado sucesso clínico. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico de paciente do sexo feminino, 53 anos de idade, que procurou atendimento para reabilitação estética do sorriso após realização de facetas diretas. Na análise ini-cial, constatou-se a presença de facetas de resina composta nos dentes 11, 12, 13, 21, 22, e 23, onde os dentes 11, 12, 13, 14, 15, 21, 22, 23, 24, 25 apresentavam-se

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com cor, anatomia, alinhamento e disposição insatisfatórios esteticamente. Após o planejamento digital do sorriso optou-se pela confecção de facetas de porcelana (dissilicato de lítio), utilizando o sistema E.max-Press, nos elementos 11, 12, 13, 14, 15, 21, 22, 23, 24 e 25, para a reabilitação estética dentária. Foi realizado o pre-paro dentário deixando todas as bordas em esmalte e com término subgengival. Ao fim do tratamento, foi possível visualizar a correção de cor (principalmente), forma, textura, disposição e alinhamento. Frente ao exposto, pode-se concluir que o sistema E.max-Press é uma excelente opção para reabilitação estética do sorriso por apresentar comprovada durabilidade e estética, com alto grau de su-cesso clínico e satisfação do paciente.

Palavras-chave: Prótese, porcelana dental, Estética dentária.

resolUção de ProbleMAs estétiCos CoMPleXos eM dentes Anteriores

AnorMAis: relAto ClíniCo

Gabriela Janson1

Luiz Fernando Pegoraro2

Thiago Amadei Pegoraro3

1Graduação da Universidade do Sagrado Coração2Professor, Departamento de prótese dentária, Faculdade de Odontologia

de Bauru da Universidade de São Paulo.3Professor Assistente, Departamento de prótese dentária, Faculdade de

Odontologia, Universidade Sagrado Coração.

O relato clínico tem como objetivo apresentar o tratamento odontológico de um acompanhamento de 2 anos, desde o exame inicial do paciente até o re-sultado final. Uma paciente jovem de 17 anos com queixa de “três incisivos centrais superiores”. Foi proposto um tratamento conservador para a paciente com problema estético complexo relacionado à presença de dentes anômalos. A paciente apresentou uma raro caso de macrodontia no incisivo lateral superior direito e microdontia no incisivo lateral superior esquerdo. Foi indicado um plano de tratamento conservador para evitar a extração dentária, trauma do tecido periodontal e risco de um resultado estético imprevisível. O tratamen-to multidisciplinar envolveu extrusão ortodôntica, responsável por promover espaçamento dentário ideal, terapia endodôntica, terapia periodontal e restau-rações minimamente invasivas. Um resultado bem sucedido foi observado após um acompanhamento de 2 anos.

Palavras-chave: Gengivoplastia. Extrusão Ortodôntica. Estética Dentária.

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A iMPortânCiA do PlAneJAMento MUltidisCiPlinAr nos trAtAMentos

CoMPleXos dAs relAçõesMAXilo-MAndibUlAres CoM

AtUAção dA CirUrgiA ortognátiCA, PeriodontiA e Prótese

Caroline Cabrera Silva1

José Fernando Scarelli Lopes2

Carolina Ortigosa3

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Departamento de Prótese, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Profa. Dra. Departamento de Prótese, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações congênitas que afetam 1 a cada 650 nascidos por ano em todo o país. Ela ocorre pela não união dos proces-sos faciais, podendo ser mais simples como as fissuras pré-forame incisivo, e mais complexas como as fissuras pós-forame bilaterais completas. Devidos às fissuras labiopalatinas, deficiências do terço inferior da face, assim como severas dis-crepância maxilomandibulares levam o indivíduo muitas vezes a apresentar um quadro de classe III de Angle podendo, ainda, provocar alterações oclusais de grande magnitude. Isso se dá, em partes, pelas cirurgias reparadoras feitas logo nos primeiros meses de vida, formando um tecido cicatricial que oferece uma pressão contra a maxila. Em função da complexidade de tratamento uma equipe multidisciplinar deverá atuar para o correto tratamento do paciente. Sendo assim, o objetivo deste trabalho, é apresentar um relato de caso clínico de uma paciente portadora de fissura labiopalatina, que apresenta alterações oclusais e estéticas complexas, necessitando de tratamento de cirurgia ortognática para correção da má-oclusão, cirurgia plástica periodontal e facetas laminadas de cerâmica para harmonização do sorriso.

Palavras-chave: Dimensão Vertical, Reabilitação Bucal, Fenda Labial, Fissura Palatina.

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PACientes hiv Positivo APresentAM Menor tAXA de PrevisibilidAde

de iMPlAntes dentários? revisão sisteMátiCA

Caren Augustinho do Nascimento1

Renan Sales Fioravanti2

Guilherme Abu Halawa Kudo2

Cleidiel Aparecido Araujo Lemos³Eduardo Piza Pellizzer4

Joel Ferreira Santiago Junior5

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Aluno de Pós-Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Aluno de Pós-Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Julio de Mesquita Filho, Araçatuba, SP.

4Prof. Dr. Área de Prótese, Curso de Odontologia, Universidade Julio de Mesquita Filho, Araçatuba, SP

5Prof. Dr. Área de Prótese, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

A implantodontia é a área da odontologia que tem a finalidade de tratar pacientes com edentulismo total ou parcial, utilizando próteses suportadas por implantes dentários para a reabilitação. Sabe-se que pacientes com alterações sistêmicas de-vem ser cuidadosamente analisados antes de planejar o ato cirúrgico, neste caso, a instalação de implantes osseointegráveis. Com isso, há dúvida se pacientes HIV positivo apresentam menor taxa de previsibilidade de implantes dentários quando comparados à pacientes HIV negativo. Esta revisão sistemática teve como objeti-vo avaliar a taxa de sobrevivência de implantes dentários instalados em pacientes HIV positivo. As bases de dados PubMed/Medline, Cochrane Collaboration e SciELO foram analisadas com o objetivo de selecionar os estudos publicados em periódicos da área utilizando os descritores: `Dental Implants , `HIV` , “Human immunodeficiency vírus”, “Acquired immunodeficiency syndrome”. Os dados foram organizados em tabelas e analisados qualitativamente e quantitativamente utilizando o software Comprehensive Meta-Analysis Software, sendo considera-do como valor significativo de p<0.05. Após aplicação dos critérios de inclusão/exclusão selecionou-se 13 artigos para a amostra. Os principais resultados indi-caram que com base em 8 estudos de relato de caso a taxa de falha de implantes em paciente com HIV+ foi 7,3% e em relação a 5 estudos clínicos prospectivos/retrospectivos a taxa de falha de implantes em pacientes com HIV+ foi de 6,8%. A perda óssea marginal média foi de 1,218 mm em estudos que analisaram de 6 a

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75 meses. Concluiu-se que em pacientes que apresentam HIV+ em condição está-vel imunologicamente, a terapia de implantes dentários apresenta adequada pre-visibilidade, estando de acordo com indicadores de sobrevivência na literatura.

Palavras chave: Implante dentário; Vírus da Imunodeficiência Humana; Síndro-me da Imunodeficiência Adquirida.

Apoio: PIBICCNPq.

Análise bioMeCâniCA de iMPlAntes CoM diferentes tiPos de ConeXões

Giulio Henrico Siniciato Casimiro1

Izaldi Teixeira Pereira1

Cleidiel Aparecido Araújo Lemos2

Fellippo Ramos Verri2

Eduardo Pizza Pellizzer2

Joel Ferreira Santiago Junior1

1Centro de ciências da saúde, Universidade do Sagrado Coração, USC, Bauru.

2Departamento de Materiais odontológicos e Prótese, Faculdade de Odon-tologia de Araçatuba, UNESP

Os implantes dentários possuem diversos tipos de conexões, dentre elas podemos destacar as conexões de Hexágono externo (HE), Hexágono Interno (HI), Cone--Morse (CM), além disso, outro fator bastante relevante para a implantodontia é o tipo ósseo do paciente, sendo este associado à taxas de longevidade ou fracassos de implantes. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a distribuição de tensões em implantes dentários, com diferentes tipos de diâmetros e conexões. Assim, foram utilizados implantes com diâmetro regular (4 x 10 mm) e largo (5x 10 mm) e conexões do tipo: Hexágono externo (HE), Hexágono Interno (HI), Cone-Morse (CM) em tecido ósseo de baixa densidade (tipo IV). A princípio, foram desenvolvidos 12 modelos. Sendo os modelos 1, 2 e 3 de diâmetro regular com 4 X 10 mm e os modelos 4, 5 e 6 de largo diâmetro com 5 x 10 mm e todos os modelos foram submetidos ao carregamento axial e oblíquo. Em seguida foi efetuada a simulação computacional por meio de software de recomposição de tomografias InVesalius (tecido ósseo) e softwares CADs Rhinoceros 5.0 e So-lidWorks 2015 (implante dentário). Na sequência os modelos foram exportados para o programa de elementos finitos FEMAP 11.0 para confecção das malhas, condições de restrição, contatos e carregamento axial (0º de 200N) e oblíquo (45º de 100N). Os modelos foram analisados pelo software NeiNastram e importados

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no software FEMAP para visualização dos resultados em forma de mapas de tensões para análise qualitativa e, posteriormente, análise quantitativa (p<0.05). Para análise dos principais resultados utilizamos mapas de tensões de von Mises (MPa), tensão máxima principal (MPa), tensão mínima principal (MPa), micro-deformação (µε) e deslocamento (mm). Portando, em uma análise detalhada do parafuso, por meio de von Mises, foi possível obervar que o aumento do diâmetro obteve resultados mais satisfatórios, no qual apresentou uma maior dissipação das tensões, p<0,05, assim como, para o tecido ósseo cortical, sob tensão má-xima principal (MPa), tensão mínima principal (MPa), microdeformação (µε) e deslocamento (mm), em ambos os carregamentos (axial e oblíquo). O aumento do diâmetro favoreceu a distribuição de tensões quando comparado aos modelos de diâmetro regular. Além disso, modelo do tipo conexão cônica interna (cone--morse) apresentou-se mais favorável quando comparado aos demais.Apoio: FAPESP Processo: 16/06822-0

Palavras-chave: Implantes dentários, estresse mecânico, tecido ósseo

efeito do teMPo e Meios de iMersão nAs ProPriedAdes físiCo-MeCâniCAs

eM restAUrAções ProvisóriAs ConteMPorâneAs

Juliana Lujan Brunetto1

Caroline de Freitas Jorge2

Sandro Basso Bitencourt3

Marcio Campaner3

Letícia Cerri Mazza3

Aldiéris Alves Pesqueira4

1 Mestrandos no Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista –

FOA/UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.2 Graduanda na Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade

Estadual Paulista – FOA/UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.3 Doutorando no Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese,

Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista – FOA/UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.

4 Professor Assistente no Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual

Paulista – FOA/UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.

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O objetivo desse estudo foi avaliar o comportamento físico-mecânico, por meio da análise da microdureza Knoop e rugosidade superficial, dos blocos pré-fabricados para CAD/CAM - RCAD, comparando com diferentes materiais (resina acrílica autopolimerizável - RAA, resina acrílica termopolimerizável - RAT e resina bisa-crílica - RB), após imersão em soluções ácidas/corantes, nos períodos de 7, 14, 28, 90 e 180 dias. Foram confeccionados 160 espécimes (10×10×3 (±0.005) mm), 40 de resina acrílica termopolimerizável (RAT), 40 de resina acrílica autopolimerizá-vel (RAA), 40 de resina bisacrílica (RB) e 40 de blocos pré-fabricados para CAD/CAM (RCAD). Os espécimes foram imersos em saliva artificial (SA), refrigerante de cola (CO), café (CA) e vinho (V). Foram realizadas as análises em 6 períodos (0, 7, 14, 28, 90 e 180 dias). O método Shapiro-Wilk e Levene foram usados para testar a normalidade e confirmar a homogeneidade dos dados. ANOVA 3 fatores para medidas repetidas foi usada para verificar a influência do tipo de material, solução e período de imersão. O teste de Bonferroni foi utilizado como técnica posthoc. Na análise de microdureza após 180 dias, o RCAD apresentou os maiores valores enquanto o RB apresentou os menores. Já na rugosidade em 180 dias, o grupo RAA apresentou os maiores valores (>0,121), independentemente da solução, enquanto os menores valores foram encontrados nos grupos RAT (0,063), RB (0,06) e RCAD (0,062), quando imersos em saliva. Assim, conclui-se que os blocos de polímeros pré-fabricados para CAD/CAM apresentaram uma manutenção de suas proprie-dades, mesmo após 180 dias de imersão em diferentes meios.

Apoio financeiro: FAPESP nº 2016/19952-0.

Palavras-chave: resina acrílica. fabricação assistida por computador CAD-CAM. microdureza.

iMPlAntes instAlAdos eM PACientes CoM fissUrA lAbioPAlAtinA: UMA

revisão sisteMátiCA

Maria Carolina Vieira Pinoti1

Keith Murieli Ferreira de Magalhães1

Carolina Ortigosa Cunha1

José Fernando Scarelli Lopes2

João Henrique Nogueira Pinto2

Joel Ferreira Santiago Junior1

1Centro de Ciências da Saúde – Universidade do Sagrado Coração – USC.2Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - Departamento de

Prótese Dentária - USP.

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` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

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A instalação de implantes osseointegráveis para fins de reabilitação oral em pa-cientes com fissuras labiopalatinas é realizado nos pacientes previamente ope-rados e tratados para tal condição de fissura . Para este grupo de pacientes é necessário a participação de uma equipe multidisciplinar da área de Odontolo-gia. A literatura não apresenta um consenso sobre instalação de implantes em pacientes com fissuras labiopalatinas operados. Questiona-se se estes pacientes apresentariam uma taxa elevada de complicações mecânicas e biológicas, falhas de implantes, quando comparados a pacientes que não apresentam fissura labio-palatinas. O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática com meta-análise, a fim de se compreender melhor a taxa de sobrevivência de implantes dentários neste grupo de pacientes. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Embase, Cochrane, Web of Science e SciELO sendo empregadas com o intuito de selecionar os estudos pertinentes da área. O software Comprehensive Meta-analysis foi empregado para a análise estatística, considerando um nível de significância de 5%. Os resultados indicaram uma previsibilidade de implan-tes instalados em pacientes com fissuras labiopalatinas operados (Falha precoce: 5,9% e tardia: 7,7%). A taxa de sobrevivência média foi de 91,32%. A meta-análise não indicou diferença significativa na comparação de fracasso de implantes insta-lados na região de fissura em relação a outras regiões. A perda óssea marginal re-gistrada no presente trabalho apresentou parâmetros de normalidade (1,649 mm). Através da presente revisão sistemática e meta-análise conclui-se que existe uma previsibilidade na instalação de implantes para a reabilitação oral de pacientes com fissuras labiopalatinas, desde que seja realizado um adequado planejamento previamente à cirurgia com uma equipe multidisciplinar e integrada.

Apoio: FAPESP Processo: 2017/01715-4

Palavras Chave:Implante; Fissura labiopalatina; Odontologia

inCidênCiAs de CoMPliCAções eM reAbilitAções iMPlAntossUPortAdAs

do tiPo All - on – foUr

Matheus Auguato S Tobias1

Rodrigo Pavani1

Thallita Pereira Queiroz2

Jéssica Lemos Gulinelli1

Pamela Leticia dos Santos2

Rogério Margonar2

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1 Departamento de Pós-Graduação e Pesquisa, Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil

2 Pós-Graduação, Universidade de Araraquara - UNIARA, Araraquara-SP, Brasil

O objetivo do estudo foi analisar a taxa de sucesso e as complicações após o trata-mento de pacientes edêntulos totais pela técnica de “All on Four”, por meio de um estudo retrospectivo. Para isso foram avaliados 32 pacientes com reabilitação im-plantossuportadado tipo All-on-Four. Os resultados mostraram que o tratamento havia sido realizado em média há 5,92 anos, com pacientes 59,65%e 40,35%, do gênero e masculino, respectivamente. A reabilitação na mandíbula ocorreu com maior prevalência em 62,5%, na maxila em 31,25% e bimaxilar em 6,25%. Dentre os 32 pacientes, 24 (75%) apresentavam alterações sistêmicas, com maior prevalência foi a hipertensão arterial, depressão, diabetes e gastrite. Em relação as complicações, do total de 128 implantes instalados, em 13 houveram a perda da osseintegração, assim a taxa de sobrevivência foi de 89,85%. Além disso, fo-ram diagnosticadas 15 complicações cirúrgicas e 20 protéticas, totalizando 48 complicações. Dentre as complicações cirúrgicas, as com maior incidência foram a perda e fratura óssea, já as protéticas mais comuns incluíram afrouxamento e/ou fratura do componente protético e fratura da prótese. A técnica de implante all-on-four é previsível, sendo necessário de avaliações clínicas e radiográficas criteriosas, bem como a manutenção periódica.

Palavras-chave: Implantes dentários, arcada edêntula, complicações intrao-peratórias.

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Anais da XII Jornada de Odontologia da

Universidade do Sagrado Coração

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o Ponto de soldA eM Próteses fiXAs iMPlAntossUPortAdAs inflUenCiA nA AdAPtAção? UMA revisão sisteMátiCA

e MetA-AnAlise

Ana Flávia Feres Rodrigues1

Jessica Marcela de Luna Gomes2

Cleidiel Aparecido Araújo Lemos2

Lurian Minatel3

João Pedro Justino de Oliveira Limirio3

Eduardo Piza Pellizzer4

1Aluna de graduação da Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de Odontologia de Araçatuba.

2 Aluno de doutorado, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de

Odontologia de Araçatuba.3Aluno de mestrado, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de

Odontologia de Araçatuba.4Prof. Titular, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odon-

tológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de Odon-tologia de Araçatuba.

O objetivo desta revisão sistemática e meta-análise foi avaliar se a soldagem de infraestruturas de próteses fixas implantossuportadas influencia em uma melhor adaptação quando comparada às peças confeccionadas em monoblo-co. A busca foi realizada nas bases de dados Pubmed/MEDLINE, Scopus and The Cochrane Library com artigos publicados até novembro de 2017. Esta re-visão seguiu o critério PRISMA e está cadastrada na plataforma PROSPERO (CRD81865). A questão PICO foi: “A técnica do ponto de solda contribui para uma melhor adaptação quando comparada a confecção em monobloco de infra-estruturas e próteses fixas implantossuportadas?”. Doze estudos foram selecio-nados para análise qualitativa e 7 estudos para análise quantitativa. Um total de 189 espécimes foram avaliados, em diferentes ligas metálicas (cp-Ti; Ni-Cr; Cr--Co e ligas nobres) e técnicas de soldagem: laser welding, solda convencional, TIG e brazing. As desadaptações marginais verticais foram mensuradas através de microscópio óptico, estereomicroscópio e MEV. Uma análise qualitativa dos estudos foi realizada demonstrando um efeito positivo da soldagem na adapta-ção das infraestruturas quando comparadas àquelas confeccionadas em mono-bloco. A meta-análise confirmou o efeito positivo da soldagem na adaptação (P<0.00001; MD: -36.14; IC 95%: -48.69 to -23.59). Dentro das limitações desta revisão de estudos in vitro, é possível concluir que a técnica do ponto de solda

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trAbAlhos Prótese e iMPlAntodontiACAtegoriA PAinel

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é eficaz para obtenção de menores valores de desadaptação marginal, sendo a técnica do laser (laser welding) a mais eficaz.

Palavras Chaves: Prótese Dentária sobre implantes; Adaptação Marginal Dentá-ria; soldagem em odontologia

PACiente CoM eCtrodACtYlY eCtoderMAl dYsPlAsiA Cleft: UMA

reAbilitAção orAl CoMPleXA

Ana Flávia Feres Rodrigues1

Lurian Minatel2

José Fernando Scarelli Lopes3

João Henrique Nogueira Pinto3

Jessica Marcela de Luna Gomes4

Eduardo Piza Pellizzer5

1Aluna de graduação da Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de Odontologia de Araçatuba.

2Aluna de mestrado, área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de

Odontologia de Araçatuba.3Professores Doutores, área de prótese, Hospital de Reabilitação de Anoma-

lias Craniofaciais - HRAC, USP, Bauru.4Aluna de doutorado, área de prótese dentária, Departamento de Materiais

Odontológicos e Prótese. Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de Odontologia de Araçatuba.

5Prof. Tit., área de prótese dentária, Departamento de Materiais Odontológi-cos e Prótese. Univ. Estadual Paulista – UNESP – Faculdade de Odontologia

de Araçatuba.

Pacientes com síndrome EEC (ectrodactyly ectodermal dysplasia cleft) apresen-tam como características comuns: fissura labiopalatina, displasia ectodérmica e ectrodactilia, manifestando clinicamente cabelo escasso, pele seca, intolerância ao calor, lábio protuberante, agenesias e hipoplasia dental, aparência de protrusão mandibular e deficiência na produção salivar. Os agravos associados à síndrome, como fístulas e comunicações buco sinusais, configuram um quadro clínico com-plexo e desfavorável, o que dificulta o planejamento reabilitador. A intervenção multiprofissional visa minimizar os danos e deve ser iniciada no momento do diagnóstico. O presente trabalho tem por objetivo relatar a reabilitação oral de um paciente portador de síndrome EEC com fissura transforame bilateral que reali-zou o tratamento desde os 3 meses de vida no Hospital de Reabilitação de Ano-

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malias Craniofaciais (HRAC-USP). O tratamento iniciou com cirurgias plásticas corretivas no lábio e palato para fechamento da fissura lábio palatina seguido de movimentação ortodôntica na tentativa de favorecer o tratamento reabilitador final. A reabilitação oral se iniciou confeccionando uma prótese parcial remo-vível de acrílico do tipo overlay superior e inferior, reestabelecendo a DVO e compensando a discrepância maxilar, a fim de servir como diagnóstico do caso. Em seguida, através do estudo do caso montado em articulador semi-ajustável (ASA) e enceramento diagnóstico, foi possível o planejamento da reabilitação com prótese parcial fixa superior e inferior. Frente ao caso complexo apresentado devido às alterações causadas pela síndrome e as dificuldades reabilitadoras pela individualidade do caso o tratamento reabilitador possibilita melhoria de vida a esses pacientes que tão precocemente necessitam superar graves limitações.

Palavras-chave: Displasia Ectodérmica; Reabilitação Bucal; Prótese Dentária

lAMinAdos CerâMiCos no sisteMA e.MAX - Press PArA MelhorA estétiCA

do sorriso.

Matheus Camargo Marciano1

Valdey Suedam2

1Aluno de Graduação Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP, Brasil.

2Professor da disciplina de Prótese Dentária da Faculdade de Odontologia, Universidade Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil.

A reanatomização do sorriso em pacientes com dentes anteriores com proble-mas de forma, alinhamento, disposição, cor e para fechamento de diastemas teve como protagonista, por muitos anos, as restaurações diretas de resina composta, devido a seu baixo custo, facilidade de aplicação e resultado imediato. Contudo, sabe-se que os materiais cerâmicos apresentam características de resistência, es-tabilidade de cor e estética melhores, com comprovado sucesso clínico. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico de paciente do sexo mas-culino, 50 anos de idade, que procurou atendimento para reabilitação estética do sorriso. Na análise inicial, constatou-se que os dentes 11, 12, 13, 14 15, 16, 21, 22, 23, 24 e 25 onde apresentavam-se com cor, anatomia, alinhamento e disposição insatisfatórios esteticamente. Após o planejamento digital do sorriso optou-se pela confecção de facetas de dissilicato de lítio utilizando o sistema E.max Press associadas com porcelana feldspática para a reabilitação estética. Foi realizado o preparo dentário deixando todas as bordas em esmalte. Ao fim do tratamento, foi possível visualizar a correção de forma, cor, textura, disposição e alinhamento.

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Frente ao exposto, pode-se concluir que o sistema E.max Press é uma excelente opção para reabilitação estética do sorriso por apresentar comprovadas durabili-dade e estética, com alto grau de sucesso clínico e satisfação do paciente.

Palavras-chave: Prótese, Porcelana dentaria, Estética dentária.

Uso de enXertiA AUtógenA oU AlógenA: qUAl A MAis indiCAdA?

revisão sisteMátiCA e MetA-Análise

Laís Sara Egas1

Cleidiel Aparecido Araújo Lemos2

Leonardo Perez Faverani1

Joel Ferreira Santiago Junior3

Daniela Ponzoni1

Eduardo Piza Pellizer2

1Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada - Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

2Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese - Faculdade de Odon-tologia de Araçatuba – UNESP

3Departamento de Prótese Dentária – Universidade Sagrado Coração

O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a taxa de sobrevivência e compli-cações de implantes instalados com enxertos ósseos alógenos comparando com enxertos autógenos. Os estudos relevantes publicados foram identificados através de um levantamento nos bancos de dados: PubMed/MEDLINE, ScienceDirect e Cochrane Library e foram avaliados em relação aos critérios de inclusão e ex-clusão do estudo. A busca inicial resultou em 995 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 8 artigos foram selecionados para análise final dos resultados. Assim, foram avaliados um total de 99 enxertos alógenos, com 213 im-plantes instalados, enquanto foram avaliados 77 enxertos autógenos com um total de 180 implantes, com 4-10 meses de período de acompanhamento. Em relação aos dados observados na meta-análise, foi possível verificar que o enxerto ósseo alógeno apresenta menor taxa de sobrevivência dos implantes quando comparado aos enxertos ósseos autógenos (P = 0,05; RR: 7,48; IC: 1,00 até 55,89). Da mesma forma, os enxertos ósseos alógenos apresentaram maiores taxas de complicações em comparação aos enxertos ósseos autógenos (P = 0,01; RR: 3,61; IC: 1,36 até 9,60). Assim, a presenta meta-análise indica que o enxerto ósseo alógeno apresen-ta maior taxa de complicações e menor taxa de sobrevivência de implantes.

Palavras chaves: Enxerto autógeno, Enxerto alógeno, Formação óssea

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ProCesso de rePAro eM iMPlAntes ModifiCAdos eXPeriMentAl e

CoMerCiAlMente disPoníveis. estUdo bioMeCâniCo eM Coelhos

Ana Flávia Piquera Santos1

Thallita Pereira Queiroz2

Antônio Carlos Guastaldi3

Rodrigo Capalbo da Silva3

Henrique Hadad3

Francisley Ávila Souza3

1 Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada, Faculdade de Odontologia de Araçatuba- FOA UNESP

2 Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada, Universidade de Ara-raquara-UNIARA.

3 Departamento de Físico Química do Instituto de Química de Araraquara, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

O laser de baixa intensidade tem sido amplamente utilizado para acelerar as fases do processo de reparação da interface formada entre osso e implante. O objeti-vo deste presente estudo foi avaliar os efeitos do laser de baixa intensidade no processo de osseointegração de implantes com superfície usinada instalados em tíbias de coelhos por meio das análises de frequência por ressonância, torque de remoção dos implantes e MEV-EDX dos implantes após remoção. Para tal, 20 coelhos Albinus receberam 20 implantes (Ti4Al6V) de 4x10mm em leitos cirúrgi-cos fresados na porção medial da tíbia direita. Após instalação de cada implante foi mensurado o seu coeficiente de estabilidade por meio de grupos: Grupo I – animais que não receberam a aplicação do laser de baixa intensidade e Grupo II – animais que receberam a aplicação do laser de baixa intensidade. Nos períodos de 3 e 6 semanas os animais foram anestesiados, e in vivo foi mensurado nova-mente o coeficiente de estabilidade do implante, seguido da análise biomecânica por meio de medidas do torque de remoção. Os valores obtidos foram levados à análise de variância, e ao teste t de Tukey. Os valores médios de frequência de estabilidade primária em ISQ para o Grupo I foram de 48,69, 51,62 e 52 para os períodos imediato, 3 e 6 semanas respectivamente, enquanto para o Grupo II os valores médios foram de 50,34, 51,88 e 57,37 para os mesmos períodos. Os valo-res médios de torque de remoção em N/cm para o Grupo I foram de 10,6 e 13,93 para os períodos de 3 e 6 semanas respectivamente, enquanto para o Grupo II os valores médios foram de 17,06 e 19,96 para os mesmos períodos. Conclui-se que o laser de baixa intensidade acelerou as fases iniciais do processo de osseointe-

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gração, permitindo valores de torque de remoção e de estabilidade do implante superiores quando comparados a implantes instalados sem a irradiação por laser.

Fapesp: 2016/02402-7

Palavras-chave: Implante; Laser; Osseointegração.

Prótese PArCiAl fiXA totAlMente CerâMiCA CoM infrAestrUtUrA eM

zirCôniA nA áreA estétiCA

Daniela Moraes Pelares1

Valdey Suedam2

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Prof. Dr. Área de Prótese Dentária, Curso de Odontologia, Universidade Do Sagrado Coração, Bauru, SP.

As próteses metalocerâmicas foram e ainda são muito utilizadas na odontologia com grande relato de sucesso clínico, porém com características estéticas defi-cientes proporcionadas pela presença da infraestrutura metálica. Ao longo dos anos foram surgindo novos materiais com o intuito de se substituir o metal por um material que apresente a coloração semelhante ao da estrutura dentária e com características de translucidez, opacidade e resistência adequadas à situação clí-nica. O presente trabalho relata um caso clínico no qual a paciente apresenta-se com queixa estética de uma prótese adesiva imediata na região do dente 11, devi-do à perda dentária por fratura e posterior perda de implante imediato, devido à sobrecarga mecânica. Para solução do caso foi proposto a confecção de uma pró-tese parcial fixa (PPF) com infraestrutura de zircônia e cobertura com porcelana feldspática. Para tanto os dentes 12 e 21 receberam preparo total, PPF provisória de 3 elementos e posterior PPF totalmente cerâmica. Durante a confecção da pró-tese parcial fixa tomou-se o cuidado de seguir os princípios da estética dentária cor, forma e textura, a fim de se confeccionar uma coroa idealmente impercep-tível. Ao final do caso clínico pode-se concluir que a prótese parcial fixa, total-mente cerâmicas com infraestrutura de zircônia e com cobertura de porcelana feldspática, é uma excelente opção em região anterior onde não há indicação de Implantes osseointegráveis.

Palavras-chave: Cerâmica odontológica. Coroa metalocerâmica. Prótese fixa.

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A iMPortânCiA do diAgnóstiCo e A reCUPerAção dA diMensão vertiCAl

de oClUsão eM CAsos CoMPleXos

Letícia Maria Pereira Teixeira1

José Fernando Scarelli Lopes2

Carolina Ortigosa Cunha²Flora Freitas Fernandes Tavora2

1Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Professores Doutores Área de Prótese, Curso de Odontologia, Universi-dade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações congênitas que afetam um a cada 650 nascidos no Brasil. Ela ocorre pela não união dos processos faciais durante o período embrionário, formando uma fenda no palato e lábio. A am-plitude de estruturas afetadas varia em cada caso, podendo ser de forma mais simples como as fissuras pré-forame ou mais complexas como as fissuras pós--forame bilaterais completas. A sua etiologia pode estar associada à genética, fatores ambientais, ou, como na maioria das vezes, multifatorial. Nos pacientes portadores da FLP, além da dificuldade na alimentação, fonação e respiração, há também uma deficiência de crescimento da maxila. Isso se dá em partes pelas ci-rurgias reparadoras feitas logo nos primeiros meses de vida, formando um tecido cicatricial que oferece uma pressão contra a maxila, levando a grande maioria a apresentar um padrão maxilomandibular de classe III e em muitos casos diminui-ção da dimensão vertical de oclusão (DVO), que corresponde à altura do terço in-ferior da face quando o paciente está ocluindo. Essa diminuição da DVO provoca diversos prejuízos ao paciente, como: queilite angular, acentuamento das linhas de expressão do terço inferior da face e distúrbios temporomandibulares. Sendo assim, o objetivo deste trabalho, é apresentar um relato de caso clínico de duas pacientes que apresentavam fissura labiopalatina e, consequentemente, a perda da dimensão vertical de oclusão, e que foram reabilitadas através de tratamento protético com coroas do tipo overlays e prótese parcial fixa, para a retomada da dimensão e melhora da estética facial e do sorriso, beneficiando a qualidade de vida das pacientes. A grande maioria dos casos de má formação como os relata-dos no presente trabalho, no qual envolve perda de função e estética considerável, necessitam de um planejamento e tratamento com uma equipe multidisciplinar para um resultado e prognóstico satisfatório.

Palavras-chave: Dimensão Vertical. Reabilitação Bucal. Fissura Palatina

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reAbilitAção orAl estétiCA eM PACiente PortAdor de AMelogenese

iMPerfeitA: relAto de CAso.

Giovanni Eloi Pereira1

Joel Santiago F. Júnior2

Thiago A. Pegoraro2

Luiz Fernando Pegoraro3

1Aluno da graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Professores Doutores na área de Prótese Dentária, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

3Professor PHD. na área de Prótese Dentária, Curso de Odontologia, Uni-versidade de São Paulo, Bauru, SP.

A amelogênese imperfeita é uma anomalia estrutural que acontece no esmalte sendo de natureza ectodérmica e hereditária, e que pode ocorrer tanto nas den-tições decíduas quanto nas dentições permanentes. A cor dos dentes pode variar de dente para dente e de paciente para paciente, do branco-opaco para o ama-relo e marrom. Os cuidados com a saúde bucal diminuem em consequência da insatisfação com a aparência e baixa autoestima além de possível sensibilidade dentária. Assim, a reabilitação pode não só melhorar estética e função, como também estimular o autocuidado bucal. Historicamente, pacientes com amelo-gênese imperfeita eram tratados com exodontias múltiplas e/ou overdentures, o que era psicologicamente e esteticamente severo quando aqueles eram ado-lescentes. O desenvolvimento de materiais cerâmicos e sistemas adesivos den-tários, permitiu a realização de tratamentos reabilitadores altamente estéticos, com a indicação de coroas protéticas totalmente confeccionadas em cerâmicas, devolvendo função mastigatória adequada e melhorando o aspecto estético. O objetivo deste trabalho é, através de um relato de caso, mostrar a sequência de tratamento reabilitador em paciente jovem, portador de Amelogênese Imper-feita. O resultado final foi o restabelecimento da função mastigatória e estética, mas principalmente o aspecto psicológico já que houve um real ganho na auto-estima da paciente.

Palavras Chave: Reabilitação Oral, Amelogênese Imperfeita e Estética Oral.

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AlterAção de Cor eM restAUrAções ProvisóriAs ConteMPorâneAs APós

Ação de 180 diAs de iMersão eM solUções áCido/CorAntes

Juliana Lujan Brunetto1

Roberta Yoko Kanda2

Sandro Basso Bitencourt3

Letícia Cerri Mazza1

Marcio Campaner1

Aldiéris Alves Pesqueira4

1 Mestrando no Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, Facul-dade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista – FOA/

UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.2 Graduando na Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade

Estadual Paulista – FOA/UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.3 Doutorando no Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese,

Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista – FOA/UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.

4 Professor Assistente no Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual

Paulista – FOA/UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil.

O objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade de cor (ΔE) de diferentes resinas utilizadas para provisórios, após 180 dias de imersão em soluções ácidas/coran-tes. Foram confeccionados 160 espécimes com 10×10×3 (±0.005) mm, divididos em 16 grupos (n=10). Quatro resinas foram avaliadas: resina acrílica termopo-limerizável (Clássico) - RAT, resina acrílica autopolimerizável (Alike) - RAA, resina bisacrílica nanoparticulada (Protem4) – RB e bloco pré-fabricado de po-límero (PMMA) para o sistema CAD/CAM (Telio CAD) - RCAD; imersos nos seguintes meios: saliva artificial (controle), refrigerante de cola, café e vinho tin-to. Um espectofotômetro de reflexão ultravioleta visível (UV-2450) foi utilizado para análise de cor em 2 períodos (0 e 180 dias). O método de Shapiro-Wilk foi usado para testar a normalidade e o teste Levene para confirmar a homogeneida-de das variâncias. A ANOVA de 3 fatores para medidas repetidas foi usada para verificar a influência do tipo de material, solução (between-subjects) e período de imersão (within-subjects) e o teste de Bonferroni como posthoc (α = 0,05). Após 180 dias, o RAA apresentou o maior valor no café (20,10) e o RCAD o menor valor (1,89) para o refrigerante. Do maior ao menor potencial corante, as soluções foram classificadas em: vinho > café > refrigerante de cola > saliva e os materiais em: RAA > RB > RAT > RCAD. Conclui-se que houve diferença no comporta-mento óptico de acordo com os materiais utilizados e meio de imersão. O RAT

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e o RCAD apresentaram comportamentos ópticos semelhantes, sendo superiores aos demais materiais.

Apoio financeiro: FAPESP nº 2016/26083-8.

Palavras-chave: Resinas acrílicas, Fabricação assistida por computador CAD--CAM, Cor, Pigmentação.

restAbeleCiMento fUnCionAl e estétiCo eM reAbilitAção orAl: relAto

de CAso

Matheus Venicius Pereira dos Santos1

Joel Ferreira Santiago Junior2

Thiago Amadei Pegoraro2

1Aluno de Graduação em Odontologia, Universidade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

2Professores Doutores do curso de Odontologia , Universidade Sagrado Coração, USC, Bauru, SP.

A prótese é uma especialidade de grande importância para odontologia, promo-vendo através de seus princípios e conceitos a possibilidade de promover a re-abilitação oral aos pacientes, devolvendo, assim, fatores psicológicos, estéticos e funcionais que foram perdidos por determinados fatores. Para o sucesso no planejamento da reabilitação oral, é de grande importância atentar a conceitos essenciais sobre a oclusão e as relações intermaxilares para longevidade do trata-mento protético. Deve se levar em conta os conceitos das relações intermaxilares horizontais (Máxima intercuspidação habitual e relação cêntrica), verticais (Di-mensão vertical de repouso e Dimensão vertical de oclusão) e laterais (guia ca-nino, função em grupo e guia anterior) e suas relações com os músculos da mas-tigação e a articulação temporo mandibular. No restabelecimento das relações intermaxilares, principalmente quando se trata da DVO, deve ser feito de forma minuciosa, pois qualquer erro no seu restabelecimento pode afetar no tratamento reabilitador e causar problemas ao paciente, como elevação na força da mordi-da e consequentes problemas na ATM, desconfortos musculares, e até fraturas dentárias. Temos na odontologia métodos para diagnóstico e restabelecimento da DVO que foi perdida, e assim determinar uma nova posição oclusal confortável ao paciente, como ponto de partida do tratamento reabilitador. O método utili-zado nesse caso clínico foi com um JIG modificado, pela técnica simplificada e com objetivo de avaliar se a função e estética serão favoráveis antes da confecção

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das próteses provisórias e definitivas. Este trabalho teve como objetivo descrever etapas clínica para diagnóstico, planejamento e execução de um caso de reabi-litação oral com próteses parciais fixas convencionais e sobre implantes, para o restabelecimento da DVO do paciente. O resultado reabilitador final restabeleceu as relações maxilomandibulares perdidas, devolvendo ao paciente função masti-gatória, fonética, estética e auto-estima.Palavras chave: Estética, Oclusão, Dimensão vertical.

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trAbAlhos sAúde ColetivACAtegoriA orAl

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eXCessivo gAnho de Peso nA gestAção e fAtores de risCo

AssoCiAdos: UM estUdo longitUdinAl

Nathália dos Santos Fusco1

Gerson Aparecido Foratori-Junior2

Bruno Gualtieri Jesuino1;

Alana Luiza Trenhago Missio1

Leonardo Silva Máscoli1

Silvia Helena de Carvalho Sales-Peres3

1Alunos de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2Aluno de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.3Profa. Dra. Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontolo-

gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

Este estudo teve como objetivo avaliar no pré e pós-termo a associação entre o ganho ponderal excessivo durante a gestação e a condição periodontal. A amos-tra foi composta por cinquenta pacientes que foram divididas quanto ao ganho ponderal excessivo (G1=25) e ganho ponderal normal (G2=25) durante a ges-tação. As seguintes variáveis foram analisadas: a) Índice de Massa Corpórea (IMC) - pré-gestacional, durante o 3º trimestre de gestação (T1) e após o termo (T2); b) Renda familiar e escolaridade; c) Hábitos de higiene bucal [T1 e T2]; e d) Condição periodontal [T1 e T2]. Teste t, ANOVA, Mann-Whitney, Friedman, Qui-quadrado e Regressão Logística foram adotados (p<0,05). Pacientes do G1 apresentaram elevado IMC antes da gestação, durante o 3º trimestre gestacional e após o parto (p=0,0001), menor renda familiar (p=0,010), menor frequência de escovação em T1 (p=0,031), menor uso do fio dental em T2 e maior prevalência de periodontite em T1 e T2 (p<0,05), mas apenas em T2 apresentou maior pre-valência de dentes com cálculo (p=0,004). Ambos os grupos mostraram piora dos hábitos de higiene, da prevalência de sítios com sangramento gengival e de dentes com cálculo dentário após o termo. O excesso de peso antes da gestação (OR ajustado=8,30; p=0,022) e o ganho ponderal excessivo na gestação (OR ajustado=8,76; p=0,011) foram as variáveis independentes que permaneceram no modelo final da regressão logística relacionada ao desfecho de periodontite no 3º trimestre da gestação. Além disso, o excesso de peso antes da gestação também permaneceu no modelo final da regressão logística relacionada à periodontite após o termo. É possível concluir que o excesso de peso pré-gestacional e o

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ganho ponderal excessivo durante a gestação são fatores de risco para a perio-dontite no pré e pós-termo.

Palavras-chave: Sobrepeso. Periodontite. Gravidez.

Apoio: FAPESP Processo: 2015/25421-4; CAPES Código de Financiamento 001.

Possíveis fAtores AssoCiAdos à Periodontite severA e grAnUloMA

PiogêniCo dUrAnte A gestAção: relAto de CAso

Rafaela Aparecida Caracho1

Gerson Aparecido Foratori-Junior2

Victor Mosquim3

Bruna Machado da Silva4

Ana Carolina da Silva Pinto4

Silvia Helena de Carvalho Sales-Peres5

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2 Aluno de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.3 Aluno de Mestrado, Área de Dentística, Curso de Odontologia, Departa-

mento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos. 4 Alunas de Mestrado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.5 Prof. Dra. Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Departamento

de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontolo-gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

Este relato de caso tem como objetivo apontar os possíveis fatores associados à periodontite severa e à evolução de um granuloma piogênico durante a gestação. As seguintes variáveis foram analisadas: idade, nível socioeconômico, hábitos de higiene e alimentação, índice de Massa Corpórea (IMC) pré-gestacional e duran-te a gestação, ganho ponderal durante a gestação e impacto da condição bucal na qualidade de vida (QV). Os parâmetros periodontais avaliados foram: Profundi-dade à Sondagem (PS), Nível Clínico de Inserção (NCI) e Sangramento Gengival (SG). Oral Health Impact Profile adaptado (OHIP-14) foi utilizado para avaliação do impacto na QV. Gestante com 35 anos, baixo nível socioeconômico, IMC pré-

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vio à gestação de 34,7 kg/m2 e com inadequados hábitos de higiene e alimentação. No 2º trimestre gestacional apresentou uma lesão nodular, pediculada, móvel, fi-brosa e indolor na região do 2º pré-molar superior direito, sugestiva de granuloma piogênico. A paciente foi classificada com periodontite severa, presença de 65% dos sítios com SG, porém a paciente relatou baixo impacto da condição bucal na QV (OHIP-14=9). Foram realizadas raspagem supra e subgengival e orientações de higiene bucal e alimentação. No 3º trimestre da gestação, a paciente mostrava ganho ponderal total de 9,6 kg e relatou melhora nos hábitos de higiene e alimen-tação. Entretanto, o volume da lesão aumentou e percebeu-se a prevalência de 41 sítios com PS ≥ 4 mm, 38 sítios com NCI ≥ 4 mm, 55% de sítios com SG, com moderado impacto na QV (OHIP-14 = 13). As principais queixas apresentadas foram incapacidade física durante a fala e alimentação. Na 32ª semana gestacio-nal foi realizada a remoção cirúrgica da lesão e foi feito controle pós-operatório após uma semana da cirurgia. O diagnóstico clínico do granuloma piogênico foi confirmado através do exame histopatológico. No controle de 2 meses após o parto, a paciente apresentava IMC de 31,23 kg/m2, 27 sítios com PS ≥ 4 mm, 27 sítios com NCI ≥ 4 mm, 70% de sítios com SG e foi classificada com periodontite severa, porém, sem impacto na QV (OHIP-14 = 0). Conclui-se que a presença do granuloma piogênico impactou negativamente nas habilidades físicas da paciente durante a gestação e sua remoção garantiu melhora na qualidade de vida. Além disso, a obesidade pré-gestacional e o ganho ponderal excessivo na gestação, as-sociados à precária higiene bucal, podem estar associadas a uma maior resposta inflamatória do tecido periodontal durante a gravidez.

Palavras-chave: Piogênico; Obesidade; Gravidez.

Apoio: FAPESP Processo 2015/25421-4; CAPES Código de Financiamento 001.

AvAliAção dos fAtores de risCo PArA Periodontite dUrAnte A gestAção

Leonardo Silva Máscoli1

Gerson Aparecido Foratori-Junior2

Bruno Gualtieri Jesuino2

Alana Luiza Trenhago Missio2

Rafaela Aparecida Caracho2

Silvia Helena de Carvalho Sales-Peres3

1Alunos de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2Aluno de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

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Universidade do Sagrado Coração

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3Profa. Dra. Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontolo-

gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

Neste estudo, objetivou-se analisar os fatores que se associam à doença periodon-tal em gestantes durante o 3º trimestre. A amostra foi dividida em dois grupos: com periodontite (G1=64) e sem periodontite (G2=64). As seguintes variáveis fo-ram analisadas: a) Nível de escolaridade; b) Renda mensal familiar; c) Estado nu-tricional pré-gestacional; d) Ganho ponderal na gestação; e) Condição sistêmica antes da concepção e durante o 3º trimestre – Diabetes Mellitus (DM), Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), Hipertensão Arterial (HAr); e f) Hábitos de higiene bucal durante a gestação. Mann-Whitney, Qui-quadrado e Regressão Logística foram adotados (p<0,05). G1 apresentou menor escolaridade e menor renda men-sal familiar (p<0,05), elevado IMC pré-gestacional (p<0,0001) e maior frequên-cia de pacientes apresentando ganho ponderal excessivo na gestação (p=0,0086). Os grupos não diferiram quanto à condição sistêmica. Com relação ao hábito de higienização, G1 mostrou menor frequência do uso do fio dental (p=0,0212), sem diferença entre os grupos com relação à frequência diária de escovação dentá-ria. O modelo logístico final para explicar o desfecho de periodontite durante a gestação foi composto pelas seguintes variáveis independentes: excesso de peso pré-gestacional e a baixa renda familiar, sendo que ambas as variáveis mostraram p<0,05. Conclui-se que a escolaridade, renda mensal familiar, excesso de peso pré-gestacional e baixa frequência do uso do fio dental são fatores de risco asso-ciados à periodontite durante o 3º trimestre de gestação.

Palavras-chave: Periodontite. Gravidez. Sobrepeso.

Apoio: FAPESP Processo: 2015/25421-4; CAPES Código de Financiamento 001.

iMPACto dA ConsCientizAção e instrUções de higiene orAl eM

PACientes PortAdores de defiCiênCiA visUAl – estUdo Piloto

Bruna Batista Baradel Testi1

Bárbara Arrabal Barros1

Giovanni Eloi2

Laís Kennerly Herrera2

Thiago Amadei Pegoraro3

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1 Ex-alunos de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru- SP

2Aluno de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru- SP

3Prof. Dr., Área de Prótese Dentária e Implantodontia, Curso de Odontolo-gia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru- SP

Deficiência é aceito como um problema significativo de saúde pública e é consi-derada uma prioridade entre os serviços de saúde. Deficiência visual pode ter um efeito negativo sobre a higiene oral comparado com pacientes sem deficiência, onde alguns indivíduos com pobre higiene oral podem apresentar aumento da do-ença periodontal. O objetivo deste projeto de pesquisa foi o de avaliar o impacto da conscientização e instruções de higiene oral em pacientes portadores de defi-ciência visual. Este estudo foi clínico, prospectivo e intervencional e aconteceu nas instalações do Lar Escola Santa Luzia para cegos, pela facilidade e vantagem logística da necessidade de locomoção dos participantes, que foram submetidos aos seguintes procedimentos: avaliação do índice de placa dental em uma escala de baixo, médio e alto, analisadas por meio de fotografias e ensinamento da téc-nica de higiene oral de bass modificada. Os achados iniciais mostraram uma leve melhora nas condições de higiene oral dos deficientes visuais.

Palavras-chave: Biofilme dentário; Creme dental; Deficiência visual;

Apoio: CURAPROX ®, Brasil

ConheCiMento dAs gestAntes sobre sAúde bUCAl nA CidAde de bAUrU- sP

Carolina Alves Andrade 1

Gabriela Ribeiro1

Ana Carolina da Silva Pinto2

Gerson Aparecido Foratori Júnior2

Sílvia Helena de Carvalho Sales Peres3

1Alunas de IC do Departamento de Odontopediatria, Ortopediatria e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP

2Alunos de Mestrado do Departamento de Odontopediatria, Ortopediatria e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP

3Profa. Dra. Departamento de Odontopediatria, Ortopediatria e Saúde Cole-tiva da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP

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Anais da XII Jornada de Odontologia da

Universidade do Sagrado Coração

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O cuidado com a saúde bucal durante a gestação é de extrema importância, mas a maioria da população não tem acesso às informações relacionadas às altera-ções bucais características deste período. Desta forma, neste trabalho objetivou--se avaliar o conhecimento das gestantes quanto à importância de uma condição bucal adequada durante este período, o que uma condição inadequada pode oca-sionar na gestação e sobre o tratamento de possíveis alterações bucais desen-volvidas na gravidez serem seguros, tanto para mãe quanto para o bebê. Foram entrevistadas 52 gestantes atendidas pela Unidade Básica de Saúde da cidade de Bauru-SP, através de um questionário com questões de múltipla escolha e aber-tas para avaliar o conhecimento destas gestantes com relação à importância do acompanhamento odontológico durante a gestação. Após o questionário, as ges-tantes receberam flyers educativos explicando sobre a importância da saúde bucal e respondendo a perguntas frequentes. Concluiu-se que em sua maioria as gestan-tes apresentaram conhecimento razoável sobre os problemas bucais na gestação, mas muitas continuam sem essas informações, o que evidencia a importância do acompanhamento de um cirurgião-dentista ao longo da gravidez e a tomada de medidas educativas e preventivas, para que problemas bucais na gestação sejam evitados. Além de reforçar que o conhecimento sobre saúde bucal para gestantes servirá de suporte educativo para seus filhos, no sentido de manter uma saúde bucal adequada.

Palavras-chave: Gravidez; Saúde bucal; Educação em saúde

difiCUldAde no AtendiMento odontológiCo de obesos

Laryssa Cunha Lobo Assumpção1

Nathália Quirino Bueno2

Silvia Helena de Carvalho Sales Peres3

Eliel Soares Orenha3

Joselene Martinelli Yamashita4

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2 Graduada em Odontologia, Curso de Odontologia, Universidade do Sa-grado Coração, Bauru, SP.

3Professoras Droutoras, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Fac-uldade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

4 Profa. Dra., Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

A obesidade tem aumentado gradativamente ao longo dos anos e, atualmente, é considerada um problema de saúde pública, pois é um fator de risco para o

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desenvolvimento de várias doenças sistêmicas e bucais. O presente estudo tem o objetivo de relatar as principais alterações bucais em indivíduos obesos e mostrar a dificuldade no atendimento odontológico por meio de um caso clínico. Estudos apontam uma possível relação entre a condição nutricional, a cárie dentária e doença periodontal e traumatismo dentário. Em relação ao atendimento odonto-lógico aos obesos, pode-se observar que ainda requer adaptações no consultório, a fim de evitar qualquer desconforto ou vergonha por parte do paciente. Palavras-chave: Obesidade; Cárie dentária; Doenças periodontais.

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trAbAlhos sAúde ColetivACAtegoriA PAinel

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Pré-nAtAl odontológiCo degestAnte CoM AlterAção sistêMiCA:

relAto de CAso

Gabriela Cristina de Santi Sodré1

Gerson Aparecido Foratori-Junior2

Victor Mosquim3

Ana Carolina da Silva Pinto4

Silvia Helena de Carvalho Sales-Peres5

1 Aluna de Graduação, Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

2 Aluno de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.3 Aluno de Mestrado, Área de Dentística, Curso de Odontologia, Departa-

mento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

4 Aluna de Mestrado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, De-partamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade

de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.5 Profa. Dra. Área de Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontolo-

gia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP.

O objetivo deste trabalho é relatar a condição bucal e seu impacto na qualidade de vida de uma paciente com obesidade que já se submetera previamente à cirurgia bariátrica. A paciente avaliada após 3 anos da cirurgia by-pass gástrico apre-sentava reganho de peso e engravidou. As seguintes variáveis foram avaliadas: impacto da saúde bucal na qualidade de vida (Oral Health Impact Profile adapta-do- OHIP-14); presença de lesões de cárie dentária (International Caries Detec-tion and Assessment System II-ICDAS II); condição periodontal (Profundidade à Sondagem-PS, Nível Clínico de Inserção-NCI, sangramento gengival após a sondagem e presença de cálculo dentário). A periodontite foi definida a partir da presença de ≥2 sítios interproximais com NCI ≥3mm e ≥2 sítios interproximais com PS ≥4mm ou um sítio com PS ≥5mm. Gestante, 34 anos, IMC prévio à ges-tação de 33,4 kg/m2. No terceiro trimestre a paciente apresentava ausência de 2 dentes e presença de 5 dentes com fraturas de restaurações, 2 dentes com lesão de cárie em dentina subjacente ao esmalte, 2 elementos dentários com lesão de cárie em dentina e 4 elementos com lesão de cárie extensa em dentina. Na aná-lise periodontal, 83,33% dos dentes estavam com cálculo dentário, 55,56% dos sítios sondados com sangramento gengival e apresentava periodontite moderada. A condição bucal impactou na qualidade de vida (OHIP-14 = 10,5). É possível concluir que as alterações metabólicas decorrentes da cirurgia bariátrica e do

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reganho de peso são possíveis fatores que interferem na condição bucal durante a gestação, impactando negativamente na qualidade de vida.

Palavras-chave: Cirurgia bariátrica; Gravidez; Periodontite.

Apoio: FAPESP Processo 2015/25421-4; CAPES Código de Financiamento 001.

trAnsdisCiPlinAridAde nA sAúde de idosos institUCionAlizAdos de

bAUrU: AtividAdes odontológiCAs nA eqUiPe de sAúde

José Roberto de Magalhães Bastos1

Andrea Mendes Figueiredo2

Cristina do Espirito Santo3

Samir do Espirito Santo4

Roosevelt da Silva Bastos5

Magali de Lourdes Caldana6

1Professor Titular Sênior, Área de Saúde Coletiva, FOB/USP, Bauru, SP.2Prof. Dr. Área de Biomedicina, Universidade do Sagrado Coração, Bauru,

SP.3Aluna de Doutorado, Área de Saúde Coletiva, FOB/USP, Bauru, SP.

4Aluno de Prática Profissionalizante, Área de Fonoaudiologia, FOB/USP, Bauru, SP.

5Professor Associado, Área de Saúde Coletiva, FOB/USP, Bauru, SP.6Professora Associada, Área de Fonoaudiologia, FOB/USP, Bauru, SP.

O objetivo desse estudo foi o de avaliar os princípios inovadores da transdiscipli-naridade, através de ações práticas para atenção a idosos institucionalizados em Bauru, SP. O novo conceito de transdisciplinaridade permitiu ações coordenadas entre as áreas de Odontologia, Biomedicina, Fonoaudiologia, Fisioterapia e En-fermagem. A amostra foi constituída por dados de saúde bucal, observou-se um CPOD altíssimo entre os idosos de 60 anos e mais (maior que 28,0, componente P=26,32). A necessidade de prótese esteve presente em 74% da amostra. Houve reembasamento de próteses totais quando necessárias, bem como a instalação de novas próteses. Na Fonoaudiologia a maior queixa foi a perda auditiva (57,1%). A Enfermagem e Biomedicina permitiram observar que 22,6% dos idosos tinham índices acima da referência aceitável para glicemia e 27,4% apresentavam altos índices de colesterol total. Também foram observados altos níveis de triglicérides em 23,3% dos idosos. Apresentaram depressão leve a grave, 42,9% da amostra. Dados da área de Fisioterapia mostraram que apenas 2,6% da amostra estavam

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com IMC dentro da faixa de obesidade e a hipertensão arterial mostrava-se pre-sente em 43% da amostra. O domínio da capacidade funcional estava alterado em 16,07% dos idosos. Pode-se concluir que há necessidade de atenção transdiscipli-nar para atenção em saúde aos idosos de Bauru e que novos estudos são indicados para levantamento de dados específicos para melhorar a qualidade de vida de indivíduos assim institucionalizados.

Palavras-chave: Instituições de Longa Permanência para Idosos. Equipe Multi-profissional. Saúde Bucal.

Apoio: FAPESP – Processo: 2013/21205-0

A hUMAnizAção no AtendiMento odontológiCo, sob o olhAr de

UsUários, ProfissionAis e gestores dA Atenção básiCA

Ana Stella Achôa Barros1

Profa. Dra. Marcela Pagani Calabria2

Profa. Dra. Solange de Oliveira Braga Franzolin2

1Aluna de Mestrado, Área de Saúde Coletiva, Curso de Mestrado Profis-sional em Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

2Profa. Dra., Área de Saúde Coletiva, Curso de Mestrado Profissional em Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.

Passados 15 anos da implantação da Política Nacional de Humanização (PNH), no Brasil, pretendeu-se com este estudo: quantificar a presença de Humaniza-ção observada no Atendimento Odontológico do Sistema Único de Saúde (SUS) em Unidades Básicas de Saúde (UBSs); comparar os dados entre elas; avaliar a Responsividade do SUS (o quanto de aspectos não técnicos da Assistência à Saúde é oferecido) e compará-la à Satisfação sobre cada aspecto avaliado, sob o ponto de vista de usuários, profissionais e gestores das mesmas. Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo e exploratório, com amostra intencional de três UBSs de Bauru, SP. Utilizou-se questionário desenvolvido e validado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para medir Responsividade, avaliando--se sete domínios propostos pela mesma, que foi traduzido, adaptado e acresci-do de questões específicas sobre o Atendimento Odontológico e sobre Conselho Gestor, elaboradas nos moldes das questões originais e aplicado aos partici-pantes, com supervisão do pesquisador. No total, obteve-se 322 questionários de usuários, 53 de profissionais e três de gestores. Apresentou-se resultados através de frequência absoluta (n), frequência relativa (%), média e compara-

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ção entre classes de participantes e entre unidades de saúde, através da utili-zação do Teste “t” de Student, Teste ANOVA (Análise de Variância), Teste de Tukey, emparelhados, quando possível, adotando nível de significância de 5%. Foi constatado que a presença de Humanização no Atendimento Odontológico, nas três unidades, é observada “frequentemente” ou “sempre”, para os domí-nios Dignidade, Autonomia, Confidencialidade, Comunicação e Qualidade da Estrutura Física, sendo que, em valores absolutos, as categorias de trabalhado-res a consideraram mais presente que usuários. Os domínios Pronta Atenção, Escolha do Prestador e Conselho Gestor apresentaram déficit de Humanização, no que tange ao tempo de espera para consulta e para agendamento odontológi-co (sendo este possível indicador de acesso reduzido a este serviço), à escolha do profissional, da unidade e a oportunidade de consultar um especialista, bem como ao conhecimento de ações, integrantes e grau de atuação do Conselho Gestor, aspectos a serem melhorados nas UBSs estudadas. A Responsividade do SUS obteve boa avaliação, com notas entre “7,0” e “9,0”, sendo que usuários e profissionais a consideraram melhor que gestores e, por todas as categorias, a mesma ainda pode ser melhorada.

Palavras–chave: Humanização da Assistência. Assistência Integral à Saúde. As-

sistência à Saúde.

ConheCiMento dos PAis sobre edUCAção eM sAúde bUCAl

Leonardo Vinícius Andrade Franco1

Solange de Oliveira Braga Franzolin2

1Estudante do Ensino Médio - Escola Estadual Dr. Luiz Zuiani, Bauru, SP.2Prof.a Dr.a Área Saúde Coletiva, Curso de Odontologia, Universidade do

Sagrado Coração, Bauru, SP.

A atuação de jovens como participantes ativos de uma pesquisa estimula o in-teresse em aprender efetivamente um assunto. Assim, objetivou-se desenvolver um estudo com a participação de aluno do Ensino Médio, que foi responsável por aplicar um questionário aos pais (pai, mãe e/ou responsável) de alunos de sua es-cola, com perguntas relacionadas: à condição socioeconômica, ao conhecimento sobre alguns agravos que acometem a cavidade bucal, à prática de higiene bucal, à reação emocional quanto ao tratamento odontológico e ao acesso à assistência odontológica. Os pais foram abordados na escola, no pátio e em reuniões sob concordância da direção. O questionário, com respostas fechadas, não era identi-ficado, garantindo sigilo das informações. Os resultados apontaram que a maior

Page 220: AnAis dA Xii JornAdA de odontologiA dA UniversidAde do ... · Dra. Curso Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, SP. Este trabalho foi elaborado com o intuito de avaliar o

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Anais da XII Jornada de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração` Profª. Drª. Izabel Maria Marchi de Carvalho `

USC 2018

frequência dos entrevistados foram as mães, com idade entre 30 e 49 anos, ensino fundamental completo, profissão do lar, um filho; receberam informações sobre saúde bucal do cirurgião dentista, relataram saber sobre os agravos mais comuns da cavidade bucal (cárie, gengivite, má oclusão, doença periodontal e afta), po-rém, não sabiam as causas da cárie; foram e levaram seus filhos para tratamento odontológico pela primeira vez com idade entre seis e 12 anos, de modo agra-dável, sem dificuldade de acesso; hábitos de higiene adequados (escovam seus dentes três vezes ao dia e usam fio dental). Sabe-se que as atitudes dos pais inter-ferem diretamente na atitude dos filhos, assim, pretende-se organizar programas educativos sobre saúde bucal (palestras informativas, folhetos educativos) para esta população, a fim de minimizar as fragilidades observadas nesta pesquisa, aprimorando seus conhecimentos.

Palavras chave: Saúde bucal; Educação em Saúde; Odontologia Comunitária

Apoio: CNPq Processo: 146067/2017-7