tcc anhanguera a dificuldade no ensino de leitura na educação
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FACULDADE ANHANGUERA DE PIRACICABA
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
A DIFICULDADE NO ENSINO DE LEITURA NA EDUCAÇÃO
'' A DISLEXIA COMO FOCO DE ESTUDO ''
DILMA BARBOSA FRADEJÉSSICA KAROLINE CALDARI GONÇALVÊS
LAIS DOS SANTOS CALDARI
Piracicaba – SP
2014
DILMA BARBOSA FRADEJÉSSICA KAROLINE CALDARI GONÇALVÊS
LAIS DOS SANTOS CALDARI
A DIFICULDADE NO ENSINO DE LEITURA NA EDUCAÇÃO
'' A DISLEXIA COMO FOCO DE ESTUDO ''
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré- requisitos para obtenção do Título de Licenciado em Pedagogia pela Faculdade Anhanguera de Piracicaba, sob a orientação do Profª Mª. Deuza Aparecida Santos Camargo.
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________________
_______________________________________
________________________________________
DEDICATÓRIA
Primeiramente a Deus.
A nossa querida Professora e Orientadora Deuza, por todo carinho e atenção nos dado nessa
nossa trajetória.
Nossos familiares que colaboraram com a realização desse sonho.
Amigos pela confiança e credibilidade.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo de nossas vidas, е
não somente nestes anos como universitárias, mas em todos os momentos, é o maior
mestre que alguém pode conhecer, também por ter nos dado saúde е força para superar as
dificuldades.
A esta universidade, seu corpo docente, direção е administração que oportunizaram
а janela a qual hoje vislumbramos um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança
no mérito е ética aqui presentes.
Agradeço а todos os professores e orientadores por nos proporcionar о
conhecimento, não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da
educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram a nós, não
somente por terem nos ensinado, mas por terem nos proporcionado a aquisição da
aprendizagem.
А palavra mestre, nunca justificara aos professores dedicados aos quais sem nominar terão
os nossos eternos agradecimentos.
Nossos agradecimentos aos amigos, companheiros de trabalhos е irmãos na amizade que
fizeram parte da minha formação е que vão continuar presentes em nossas vidas com
certeza.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, nosso muito
obrigado.
EPÍGRAFE
“O homem é um ser essencialmente social e histórico que, na sua relação com outros, em uma atividade prática comum, intermediado pela linguagem, se constitui e se desenvolve
enquanto sujeito.”
Bakhtin
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................................07
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................08
1. CONCEPÇÃO DE DISLEXIA..................................................................................10
1.1. DISLEXIA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS....................................11
2. MORBIDADE..............................................................................................................13
2.1. CRIANÇA DE RISCO................................................................................................13
2.2. CONCEPÇÃO A CERCA DA NEUROLOGIA......................................................14
3. DIAGNÓSTICO.........................................................................................................16
3.1. ACOMPANHAMENTO, INTERVENÇÃO E TRATAMENTO...........................16
4. A ESCOLA E A DISLEXIA: O PROCESSO DE INCLUSÃO DESTE ALUNO
NA SALA DE AULA...................................................................................................19
4.1. O PROFESSOR FRENTE AO ALUNO COM DISLEXIA....................................20
4.2 LEITURA E ESCRITA..............................................................................................23
4.3 O PROCESSO DE LEITURA DE UM ALUNO QUE APRESENTA
DISLEXIA....................................................................................................................26
5. FORMAS DE DISLEXIA...........................................................................................28
5.1 A IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE DISLEXIA E SEUS
ESTUDOS ATUAIS....................................................................................................32
6. LEIS QUE PROTEGEM O PORTADOR DE DISLEXIA.....................................34
6.1 A INCLUSÃO – CONTINUO DESAFIO..................................................................38
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................39
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................40
7
A DIFICULDADE NO ENSINO DE LEITURA E ESCRITA NA EDUCAÇÃO
A DISLEXIA COMO FOCO DE ESTUDO 1
Dilma Barbosa FradeJéssica Karoline Caldari Gonçalvês
Lais Dos Santos Caldari
RESUMO: O presente artigo propõe aborda a dificuldade no ensino aprendizagem que envolve a dificuldade de leitura e escrita na educação. Onde foi desenvolvido através de estudos, pesquisas exploratória e descritiva, sendo que os dados foram coletados através de entrevistas, observações e analises. Enfatizamos que foram utilizados vários métodos de observação, tais como a leitura corporal e expressiva do individuo com dislexia. O que tornou possível perceber que o déficit de aprendizagem esta presente em vários indivíduos, porém nem todos são carregam consigo o transtorno. Pudemos analisar que a relação e intervenção da problemática só ocorrem de forma satisfatória quando família e escola caminham em conjunto, sendo que a mesma inicia – se em casa e se expande na escola. A intervenção se faz necessária para que evite a baixo estima, possibilitando a superação da problemática.
PALAVRAS-CHAVES: dislexia, escola, família, autoestima, superação.
ABSTRACT: This article proposes addresses the difficulty in teaching and learning that involves the difficulty of reading and writing in education. Where was developed through studies, exploratory and descriptive research, and the data were collected through interviews, observations and analysis. We emphasize that several methods of observation, such as body and expressive reading of the individual with dyslexia were used. What made it possible to realize that the learning deficit is present in several individuals, but they are not all carry with the disorder. We were able to analyze the relationship and intervention of problematic only occur satisfactorily when family and school go together so that it starts - at home and at school expands. The intervention is necessary to avoid low esteem, enabling to overcome the problem.
KEYWORDS: dyslexia, school, family, self-esteem, resilience.
1 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito avaliativo para conclusão e obtenção do título de Graduação com Licenciatura em Pedagogia da Educação.
8
INTRODUÇÃO
A palavra dislexia foi expressa pela primeira vez em 1887 por Rudolf Berlin um
oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Utilizou a fala para se referir ao individuo que
apresentava grande dificuldade no aprendizado da leitura e escrita e mesmo assim
apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos. No início do
século XX, Samuel Orton (apud BRYANT & BBRADLEY, 1987), neurologista
americano teve uma grande influência na divulgação da dislexia infantil dedicando-se
aos erros de reversão e inversão de letras em algumas crianças. No Brasil, as pesquisas
em dislexia chegaram à década de 80 com o empresário Jorge Simeira Jacob. Buscando
assim ajuda em outros países. Os conhecimentos adquiridos no exterior aos
conhecimentos Brasileiros, os quais eram poucos, onde o mesmo a ABD2, a qual possui
um trabalho voltado a diagnosticar, trabalhar, minimizar o distúrbio da dislexia.
Podemos afirmar que a dislexia não é considerada uma doença, visualizamos esse
conceito de acordo com o CID-103 (1993, p.236) a dislexia está dentro dos transtornos
específicos do desenvolvimento das habilidades escolares, como consta na classificação
F-81. Onde podemos afirmar que é uma condição hereditária com alterações genéticas
apresentando dificuldade neurobiológica e não tem cura e sim reeducação. Não é uma
doença e seu diagnóstico é feito por uma equipe interdisciplinar a partir dos sete anos
quando a criança já tem um conhecimento melhor da linguagem escrita e oral, porém os
pais podem observar qualquer dificuldade na criança quando mais nova, melhor serão
os resultados da intervenção.
“A dislexia não é resultado da má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou baixa inteligência.” (ELLIS, 1995, p.25).
O disléxico é um mau leitor que é capaz, porém não é possível que ele entenda o
que lê. Muitos são os rótulos aplicados a essa síndrome, nomenclaturas ofensivas e
desestimulantes, voltadas a dificuldade em processar símbolos que aflige indivíduos
envolvidos no processo.
É uma dificuldade que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia. Não é uma doença, mas um distúrbio com uma série de características. [...] A dislexia independente de causas intelectuais emocionais e culturais. É hereditária e maior incidência é em meninos na proporção de três para um. (ORTON. p.21 e 22).
2 Associação Brasileira de Dislexia3 Classificação Internacional de doenças
9
Sendo assim podemos afirmar que a dislexia ocorre quando a criança não
compreende o texto escrito, troca as palavras e letras. O distúrbio se apresenta em sua
maioria nos meninos, e costuma transferir se de geração a geração. Os estudos voltados
à dificuldade de leitura e escrita, vem despertando o interesse de vários profissionais
envolvido no processo de desenvolvimento social dos indivíduos. A dislexia em
particular, vem suscitando o interesse, psicólogos, professores, pediatras,
psicopedagogos, e outros profissionais envolvidos no processo investigativo do
distúrbio da dislexia. Segundo Dockrell (2000) a leitura e a escritura consistem em
aprendizagens de base e funcionam como uma mola propulsora para todo e qualquer
tipo de aprendizagem. Assim, uma criança com dificuldade nesta apresentará falhas nos
outros conteúdos pedagógicos, propiciando a falta de interesse no contexto escolar.
Mediante a ideia de Dockrell, a dislexia tem sido de fato, um serio problema
sócio educacional, com o agravante da desinformação acarretando ao indivíduo que
carrega o transtorno sérios problemas, tanto emocional, como social, psicológico, e no
processo de alfabetização. Acarretando assim, a possível desestruturação do individuo,
como também dos demais envolvidos no processo, tais como amigos e familiares,
acarretando a o desanimo e possível desistência dos estudos.
Pretendemos através deste, buscar, concepções teóricas e praticas para adquirir
experiências acerca da Dislexia, propondo tornar todo e qualquer aluno um ser capaz e
autônomo para enfrentar suas dificuldades, concedendo-lhes condições de realizações e
de aprendizagem. Proporcionar a estas crianças seu direito à igualdade de oportunidades
educacionais.
10
1. CONCEPÇÃO DE DISLEXIA.
Tradicionalmente a dislexia tem por definição, como sendo, o distúrbio
especifico da linguagem, que se caracteriza por demonstração de dificuldades na
codificação e decodificação, dificultando aprendizagem escolar, mesmo que esse tenha
a instrução e acompanhamento escolar adequado, convívio sócio cultural satisfatório e
inteligência, caracterizando se pela apresentação de distúrbios cognitivos e sensoriais
fundamentais, manifestando se tanto na linguagem oral como na escrita. Em pesquisas
realizadas, tornou se possível observar que em outros países, existem aproximadamente
dez a quinze por cento da população com características de dislexia. Contrariamente a
algumas suposições a dislexia não é fator resultante de má alfabetização, desatenção,
desmotivação ou condições socioeconômicas, ou até mesmo baixa inteligência. Mas sim
por problema de hereditariedade, neurológicos e alterações genéticas, os quais trazem
como resultados, os distúrbios de imagem corporal, identificação de tempo, noção
espacial, alem de déficit específicos, formação de símbolos os qual permeiam a
percepção auditiva, visual e cinética, demonstrando desorientação na lateralidade e
perturbações no âmbito conceitual. Sendo que existem características marcantes nos
indivíduos disléxicos são trocas, omissões ou inversão de letras sendo frequentemente
demonstradas dificuldades em distinguir sons parecidos, tais como: p/ b, f/ v, m/n, d/ t,
g/ x. Outra dificuldade apresentada pelos disléxicos se relaciona à formação de letras e
sua colocação espacial, tais como: b/d, q/p, m/w, u/n, o que provavelmente significa
comprometimento da área occipitopariental4, responsável pela organização dos símbolos
gráficos, no espaço. Partindo desse pressuposto podemos dizer que se faz necessário que
a dislexia deva ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar, a qual apresentara
diagnostico evidentes e exatos.
1.1. DISLEXIA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS4 Que vai desde a nuca até a região parietal. Relativo ao osso occipital e ao osso frontal. O osso occipital está localizado na parte posterior do crânio e articula-se com os ossos parietais, temporais e esfenoide.
11
Em termos de leitura executada pelos disléxicos há demonstrações de conflitos
em relação a grafemas, cujas correspondências fonéticas são aproximadas, sendo que o
há acontecimento das inversões, omissões, adições e substituições de letras e silabas,
assim afirmam autores como Ellis (1995) e Johnson & Myklebust (1995).
Analisando essa concepção, é possível observar a existência de dificuldades em
pausas e ritmos, como a compreensão da ideia, sendo que ela acontece com déficit. Já
no que refere se a escrita, apesar de serem conceitos diferenciados, os sintomas são
semelhantes, os quais apresentam vários erros de ortografia, como também
estreitamento na estrutura da construção textual, e na sequencia lógica de ideias,
demonstrando desordem na produção. Os estudos, leituras e observações apontaram
demonstrações, de sintomas do distúrbio da dislexia. No que se refere ao ensino
aprendizagem, engloba o atraso na aquisição das competências da leitura e escrita,
dificuldades acentuadas ao nível da consciência fonológica, de codificação fonológica,
decodificação grafema-fonema, leitura silábica, a capacidade de decifrar é relapsa, com
bastantes correções e erros de antecipação, velocidade de leitura bastante lenta para a
idade e para o nível escolar, confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças
simples de grafia, confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia parecidas, mas
com diferente orientação no espaço, inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras,
trocam de palavras que se associem e/ou seja, parecidas, adição ou omissão de sons,
sílabas ou palavras, substituição de palavras inteiras por outras semanticamente
vizinhas, dificuldade de compreensão semântica, elegibilidades da escrita, letra
rasurada, disforme e irregular, presença de muitos erros ortográficos e dificuldades ao
nível da estruturação e sequencia lógicas de ideias, surgindo estas desordenadas e sem
sentido. Segundo Pinheiro (1994, p. 53) os sintomas associados também podem
acontecer representados nas seguintes características: Situações as quais envolvam o
esquema corpóreo e a motricidade Problemas ao nível da dominância lateral
(lateralidade difusa), Problemas na percepção visual-espacial, problemas na orientação
espaço-temporal, leitura pode surgir através da representação espelhada, salta linhas na
leitura, durante a leitura silenciosa consegue-se ouvir o que está a ler, acompanha a
linha para leitura.
“A grande variedade de estudos – neuropsicológicos, genéticos, sociológicos, educativos, etc. – sobre as dificuldades de leitura e escrita tem permitido que se considerasse, de modo unânime, a existência de diferentes subtipos de dislexia” (FERNANDEZ e TORRES, 2001).
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Partindo do pressuposto do autor, a dislexia demonstra vários e diferentes
formas e estágios, devendo assim procurar a melhor forma de intervenção para a
resolução da problemática a qual envolve a dificuldade de leitura e escrita. Para Mariana
Almeida (2002), existem três tipos de dislexia, a acústica que surge com a insuficiência
para a diferenciação acústica dos fonemas e na análise bem como na síntese destes,
proporcionando alterações de fonemas. Nesse caso o aluno confunde os fonemas através
de sua semelhança articulatória. O segundo tipo, visual, manifesta-se quando ocorre
coordenação viso-espacial imprecisa e aparece quando o aluno confunde as letras de
maior semelhança gráfica, o que faz com que na maioria das vezes os alunos dez sejam
encaminhados a oftalmologistas.
E por último, o tipo motriz, que aparece na dificuldade da criança em seu
movimento ocular, ocorrendo uma limitação bastante caracterizada do campo visual que
gera atrasos e falhas ao ler. Uma das formas de dislexia é a disgrafia, que tem como
característica principal, problemas com a linguagem escrita, o que para o aluno torna
difícil a comunicação de ideias e conhecimentos. Existem pessoas disléxicas que não
apresentam problemas de coordenação psicomotora, possuem linguagem corporal
harmônica e escrita de traçado livre e espontâneo, mesmo tendo dificuldades com
leitura e/ou interpretação da escrita. Por outro lado, existem disléxicos que possuem
sérios comprometimentos no traçado de letras e números, podem cometer graves erros
de ortografia, omitir, acrescentar ou trocar letras e sílabas, e sua dificuldade espacial
aparece pela falta de domínio do traçado da letra, irregularmente na linha traçada para a
escrita. Também existem digráficos que apresentam letra mal grafada, porém inteligível,
e outros que cometem erros e borrões quase impossíveis de serem lidos, a não ser por
eles próprios. Partindo do conceito dos autores podemos afirmar que a dislexia possui
vários estágios, períodos e tipos, cada um com suas características, possibilitando o
diagnostico individual como a resolução dos problemas, e desenvolvimento didático
exclusivo para cada um dos tipos encontrados. Sendo assim cabe ao educador, avaliar,
diagnosticar, problematizar, solucionar, viabilizar a melhor forma de aprendizagem para
cada individuo.
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2. MORBIDADE5
Tendo como referencia a ABD, as avaliações de distúrbios de aprendizagem
recebem crianças, adolescentes e adultos sempre com a queixa de dificuldades em
leitura e escrita. Tendo como ideia já exposta de forma errada de que todos procuram
ajuda para esse tipo de problemática são disléxicos. São realizadas avaliações a partir da
criança com cinco anos de vida, porém ainda, não sendo possível afirmar a dislexia por
consequência da idade, sendo possível afirmar o transtorno após a concepção do
processo de alfabetização, em algumas situações após dois anos da ocorrência desse
processo, considerando assim apenas o como individuo de risco. Existindo também
casos de indivíduos que procuram auxilio com reclamações idênticas, e, no entanto não
é encontrada a presença de nenhum distúrbio, nas avaliações realizadas.
2.1. CRIANÇA DE RISCO
São crianças (muitas filhas/os de disléxicos), que começam a apresentar
dificuldades na aquisição, percepção e produção da fala, geralmente também com um
atraso. Na pré-escola ou no ensino fundamental apresentam dificuldades na nomeação
das letras e na sua relação letra e som interferindo no processo de alfabetização.Estas
crianças, depois do diagnóstico, devem começar a intervenção com uma fonoaudióloga
e depois de dois anos refazer a avaliação. Entre os distúrbios psiquiátricos que afetam a
aprendizagem, podemos citar: Transtorno desafiador opositor, Transtornos de
humor, TOC, Transtornos de ansiedade, Fobias, Transtornos Psicóticos, Autismo,
Síndrome de Asperger e Transtorno do déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH) e
suas variáveis, tratado em separado devido à alta incidência em casos de fracasso
escolar. Partindo do pressuposto que o numero de indivíduos com o transtorno da
dislexia no Brasil aumento significadamente, muitos estudos têm sido realizados, como
também pesquisas e levantamentos para validar um numeram exato desse fator, também
o porquê de tantas ocorrências. Ao longo do último ano, vários projetos de lei com o
objetivo de identificar e tratar clinicamente supostos portadores de dislexia surgiu em
diferentes partes do Brasil. Em São Paulo, a Assembleia Legislativa do Estado aprovou
5 É a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento. A quantificação das doenças ou cálculo das taxas e coeficientes de morbidade são tarefas essenciais para Vigilância epidemiológica e controle das doenças que, por sua vez para fins de organização dos serviços de saúde e intervenção nos níveis de saúde publica.
14
o Projeto de Lei 832 de 20076. Nos EUA, segundo o DSM-IV7, é de 4% a estimativa da
prevalência da perturbação da leitura nas crianças com idade escolar. No entanto,
conforme os vários autores, percentagens de cinco a dez por cento têm sido encaradas.
Com significância no que se refere aos estudantes inteligentes, que demonstram
características da dislexia em cada dez apresenta uma dislexia, disortográfica mais ou
menos importante.
Em relação à leitura inadequada, esta relacionada com a inadequação do calculo
e da escrita do cálculo ou da escrita, aparece aproximadamente em quatro de cada cinco
casos de perturbação da aprendizagem. Em outros estudos Pinheiro (1994) e Capovilla
(2000) referenciam que quarenta por cento dos irmãos de crianças disléxicas apresentam
de uma forma mais ou menos grave a mesma perturbação. Uma criança cujo pai seja
disléxico apresenta um risco oito vezes superior à da população média. Nos vários
estudos realizados até então Pinheiro (1994) e Capovilla (2000), Johnson & Myklebust
(1995) constata-se uma patente desproporção entre meninos e meninas disléxicas,
setenta a oitenta por cento dos sujeitos diagnosticados com perturbação da leitura são do
sexo masculino, ou seja, uma proporção de oito a nove meninos para uma menina.
Contudo, estudos mais recentes apontam para uma proporção igualmente os dois sexos.
2.2. CONCEPÇÃO A CERCA DA NEUROLOGIA
Segundo a autora Carl Decalato é segundo Condemarin (1986, p. 33), a teoria
neurologia exposta enfatiza a necessidade de conquistar uma maturação neurológica
através de etapas de desenvolvimento. Ele atribui importância aos modelos imaturos de
movimento e postura, os quais são atribuídos à medula, e ao cordão espinhal, ao
mesenfálico8 e ao córtex cerebral. A seguir far-se-á algumas considerações acerca do
córtex cerebral, para que melhor sejam compreendidas as bases da teoria neurológica.
Sendo o córtex cerebral é uma fia camada do cérebro de substância cinzenta que reveste
o centro branco medular, no qual chegam os impulsos provenientes de todas as vias de
6 Que dispõe sobre a criação do Programa Estadual para Identificação e Tratamento da Dislexia na Rede Oficial de Educação.7 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
8 Estrutura mental, necessária para a formação e concepção de raciocínio.
15
sensibilidade que aí são interpretadas. Para efeitos didáticos, pode-se dizer que o córtex
é divido em áreas que são: as de projeção e as de associação. As de projeção estariam
relacionadas com a sensibilidade e a motricidade, e as de associação, às funções
psíquicas complexas. Portanto, estimulações ou lesões nas áreas de projeção podem
gerar movimentos, paralisias ou alterações na sensibilidade. As áreas de projeção se
dividem ainda em sensitivas e motoras. As sensitivas se dividem em sinestesia, área
visual, auditiva, vestibular, olfativa, gustativa. As áreas de associação se subdividem em
gnósticas relacionadas aos processos psíquicos, áreas relacionadas com a linguagem,
com o esquema corporal, com a memória e com emoções. Devido à complexidade da
área cortical e às inúmeras funções a ela relacionadas, ressalta-se a importância deste
para a maturação de cada indivíduo.
16
3. DIAGNÓSTICO
Quando nos referimos ao transtorno da dislexia, podemos afirmas que ela possui
características proprias de Aprendizagem, caracterizada pela dificuldade no
reconhecimento, fluência, decodificação e soletração da linguagem escrita e falada.
Esses sintomas aparecem, geralmente, na fase escolar, especialmente no início da
alfabetização, e alcançam a idade adulta.
Segundo Capovilla (2000), pessoas disléxicas costumam ter maior dificuldade para
manter o alinhamento dos olhos, o que lhes atrapalha, cansa e desestimula a leitura; e
têm pouca definição na imagem espacial retida pela retina, levando-as a terem
dificuldades na coordenação motora. Além disso, o distúrbio na habilidade de leitura
pode originar-se de uma alteração cerebral, na área da formação das palavras.
Para Santos (2001) há outra variedade de sintomas que se associam à fonologia, como a
DPA9, que ocorre entre cinquenta e sessenta por cento das crianças com distúrbios de
aprendizagem, não só dislexia. Se o paciente não tiver uma boa percepção dos sons e
sensibilidade à curva melódica das palavras (graves e agudos, sequencias, durações,
intervalos, etc.), terá poucas condições para interpretá-los. Os problemas agravantes
para aprendê-lo podem ser - segundo a psicóloga Ciasca (2003) – educacionais,
socioeconômicos, emocionais, motivacionais ou derivados do histórico familiar de
aprendizagem. O “cérebro depende de motivação, auxilio, e locais corretos para o bom
desenvolvimento ambientes adequados”. Na pré-escola, por exemplo, deve-se observar
se a criança apresenta: imaturidade no relacionamento com outras crianças; fraco
desenvolvimento da atenção; atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem; atraso
no desenvolvimento visual; dificuldade.
3.1. ACOMPANHAMENTO, INTERVENÇÃO E TRATAMENTO.
O caminho a ser seguido, deve levar em conta as características de cada individuo o que
permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumir o
caso não precisará daquele tempo, (muitas vezes indeterminado) para reconhecimento e
identificação dos sintomas, como também liberdade em analisar as avaliações
importantes para o caso. Conhecendo as causas das dificuldades e os potenciais do
9 Distúrbio de Processamento Auditivo
17
indivíduo, o educador pode usa a metodologia a qual julgar proveitosa. Os resultados
irão aparecer de forma consistente e progressiva.
Quando é diagnosticada precocemente ela pode ser controlada em até 80%, em que uma pessoa que possui esse distúrbio pode se mostrar mais desenvolvido e ter uma desenvoltura melhor em sala de aula (CAPELLINE et al., 2007).
Afirmamos que o tratamento da dislexia tem intervenções adequadas, e atinge bom
resultados, se diagnosticada precocemente, trabalhada de forma correta com
profissionais de varias áreas. Sendo assim o individuo que trás consigo esse transtorno
na maioria dos casos responde de forma positiva. O acompanhamento profissional dura
de dois a cinco anos, dependendo do caso. Ao contrário de que muitos imaginam o
disléxico sempre contorna suas dificuldades. Ele responde muito bem a tudo que passa
para o concreto. Tudo que envolve os sentidos é mais facilmente absorvido. O disléxico
possui lógicas próprias, sendo de suma importância a socialização, e o relacionamento
positivo entre profissional e disléxico e profissional. Deve se planejar, sequencias de
atividades, e só avançar para a próxima quando a anterior foi compreendida e sempre
retomando as etapas anteriores. É o que se nomeia de sistema Multissensorial e
Cumulativo. Sendo de suma necessidade acontecer à troca de informações, experiências
e até sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, escola e família. O
rendimento na leitura, avaliados através de provas normalizadas de exatidão ou
compreensão da leitura, aplicadas individualmente, situa se em nível negativos,
comparado à faixa etária do sujeito quociente de inteligência e escolaridade própria para
a sua idade. A perturbação do critério acima interfere significativamente com o
rendimento escolar ou atividade da vida quotidiana que requerem aptidões de leitura. Se
estiver presente um déficit sensorial, as dificuldades de leitura são grandes, comparadas
com as tradicionais. É possível o individuo que apresenta dislexia pode apresentar
características de gênio indivíduo superdotado, com uma aptidão mental especial,
inventivo, produtivo e com capacidade de liderança. As características da dislexia
demonstram que seus sintomas prejudica a aprendizagem da leitura e escrita, porém não
danifica a criatividade, ideias, talentos e aspirações. Como a linguagem é fundamental
para o sucesso escolar, os disléxicos lidam quase sempre com a dificuldade apresentada
pelo disléxico no conteúdo de matemática, ocorre porque o mesmo não compreende o
conceito dos enunciados das questões matemáticas. Pode-se dizer que, todo disléxico é
verdadeiramente um mau leitor, mas nem todo mau leitor é um disléxico. As crianças
18
disléxicas são comumente indivíduos, apáticos, agressivos, antissociais suplantar as
dificuldades não alcançarem em regra os resultados ambicionados. Uma excelente
estratégia é trabalhar a autoestima, induzindo-o a restabelecer a confiança em si própria,
valorizando o que ele tem prazer em fazer e faz bem feito. Valorizar os acertos, e não
realçar os erros. O disléxico demonstra incapacidade de se autoajuda, não uma
impossibilidade e ao receber um tratamento adequado pode não apenas sobrepujar essa
dificuldade, mas até utilizá-la como melhoramento para se destacar pessoal, social e
profissionalmente.
19
4. A ESCOLA E A DISLEXIA: O PROCESSO DE INCLUSÃO DESTE
ALUNO NA SALA DE AULA
Discutir a dislexia no contexto escolar evidencia que a dislexia é visualizada como
dificuldade de aprendizagem, pois é de amplo conhecimento que diagnosticar a
aprendizagem como um processo que envolve uma relação entre escola e aluno, requer
estudos precisos sobre o contexto educacional onde os educandos se encontram. Se há
fracasso na aprendizagem, a causa sempre recai só em um lado da questão, e
normalmente o mais desprovido de defesa, no caso, o aluno e muitas vezes, é observado
que a falta de ensino e/ou métodos de ensino estão defasados para o tempo atual,
levando muitos educandos ao desestímulo incentivando assim o não aprendizado.
Dentre as várias nomenclaturas e definições para os problemas específicos de
aprendizagem e, especificamente, problemas de leitura e escrita, a dislexia é tratada
como a causa da maioria dos males escolares, levando em consideração o que Ianhez e
Nico (2002) apud Massi (2004) retrata nos seus estudos, discorrendo sobre as causas da
dislexia e suas variáveis entre o que seria dislexia e/ou simplesmente a falta de
aprendizagem no seu tempo, fazendo comparação com o que Mantoan (2006) diz a
respeito do atendimento as diferenças do aluno sem diferenciar o ensino, dando
significação ao tempo de cada educando respeitando as diferenças. No entanto, os
PCN’S (1997) enfatiza o direito dos educando de aprender de acordo com as fases do
desenvolvimento, levando em consideração seus conhecimentos prévios, dando ênfase à
intervenção pedagógica ajustando-se ao que os alunos conseguem realizar em cada
momento de sua aprendizagem.
Macedo (1994) fala da conscientização do professor a respeito da sua prática
pedagógica, pois muitas vezes o educando não aprende simplesmente porque a prática e
a metodologia do professor não o contemplam, para que ele possa aprender de forma
significativa. Ensinar significa atender às diferenças dos alunos, mas sem diferenciar o
ensino para cada um, o que depende, entre outras condições, de se abandonar um ensino
transmissivo e adotar uma pedagogia dinâmica, com conversas, de forma divertida a
qual interaja com o individuo e o integre, se colocando contra toda e qualquer visão
unidirecional, de transferência, individualizada e hierárquica do saber. A escola deve ser
um lugar e um espaço de aprendizagem de fato e de direito, o desafio é que os
estabelecimentos de ensino eliminem barreiras pedagógicas, para tanto, devem adotar
práticas de ensino adequadas às diferenças dos alunos, oferecendo alternativas que
20
contemplem a diversidade, contudo, devem dar acesso a recursos de ensino e
pedagógicos aos professores, para que os mesmos possam utilizá-los em beneficio da
aprendizagem de todos os alunos. Neste sentido pode-se afirmar que os educandos
aprendem no seu tempo, podendo superar as suas dificuldades no decorrer do processo
educativo, com ajuda das intervenções pedagógica do professor. Quando isso não
acontece, muitos educandos em processo de aprendizagem são rotulados como crianças
disléxicas, deficientes intelectuais e outros termos que não vem ao caso. A escola por
sua vez tem que investir nestas intervenções eficazes, considerando que todos podem
aprender.
[...] a dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Essas dificuldades na decodificação de palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem com frequência, incluído aí os problemas de leitura, aquisição e capacidade de escrever e soletrar. (LANHEZ E NICO; 2002 p.23).
Faz-se necessário, para com especulações, mistificações que não acrescentam
nada em relação ao ensino aprendizagem do aluno, comparações de situações e
acontecimentos, o que deve acontecer são intervenções diretas, após diagnósticos
concretos e específicos, e intervenções individuais e exclusivas, criando assim novas
visões e ampliando as perspectivas de aprendizagem.
4.1. O PROFESSOR FRENTE AO ALUNO COM DISLEXIA
O preconceito tanto social quanto escolar deve ser deixado de lado para que o
portador da síndrome da dislexia possa evoluir em sua recuperação e controle. Sendo
que a escola tem o papel de aceitar as diferenças, entendendo-as como oportunidades de
enriquecer. Superando as diferenças, para que haja a verdadeira inclusão, não aceitação
de novas propostas por parte de coordenadores ou professores, prazos curtos para a
realização de avaliações e entrega de trabalhos, confusão entre o comportamento e as
dificuldades apresentadas pelo aluno disléxico, exigência de resultados imediatos,
postura inadequada que alguns profissionais da área. Trata-se de reconhecer as suas
características e necessidades, aceitar o seu ritmo, oferecer as condições necessárias
21
para que o aluno possa aprender da maneira que lhe é mais favorável e demonstrar o que
aprendeu de diversas maneiras, e não só através da leitura e da escrita. Assim, são
realizadas avaliações diferenciadas, inclusive orais, ou através de desenhos, colagens,
figuras e imagens. A dislexia se caracteriza como um distúrbio da coordenação do
funcionamento cerebral, necessário no período da aprendizagem da leitura, e nada tem a
ver com o coeficiente mental, pois é comum que pessoas muito inteligentes apresentem
este problema. Além de auxiliar a criança o profissional da educação sendo ele o
educador, pode ainda auxiliar os pais do aluno e contribuir para o entendimento dos
problemas e desafios que a criança encontrará durante a recorrência do ensino. Na
maioria dos casos, elas funcionam de modo consistente com o que seria esperado da
capacidade intelectual da criança. Na escola o educador pode diagnosticar qual a real
necessidade do aluno e como deve ser a intervenção para auxiliá-lo em suas
dificuldades e levar em conta todos os segmentos que estão á sua volta: família e escola.
Cada um destes setores abrange uma gama variada de desafios á criança e cabem ao
educador auxiliar a criança, a família e a escola a entender e respeitar a situação da
mesma. Um exemplo de atuação é o de reconhecer o caso que se apresenta pelos pais,
construir um projeto de inclusão juntamente a uma escola que favoreça esse tipo de
atitude e acompanhar o desenvolvimento do aluno de perto. Os pais de alunos com
dificuldades de aprendizagem, em geral, tentam lidar com uma gama imensa de
problemas. Eles podem ser curiosos e ansiar por aprender, mas sua incapacidade de
prestar atenção torna difícil de explicar qualquer coisa a eles. Essas crianças têm boas
vontades, em relação aos seus compromissos escolares que devem ser realizados em
casa, mas no meio do trabalho esquecem as instruções - ou objetivo. Sendo assim
podemos afirmar que um trabalho em conjunto, equipe escolar e família, desenvolvendo
em conjunto o projeto os objetivos para o bom desenvolvimento do educado serão
atingidos com maior objetividade. Muitas das crianças que carregam conseguem o
transtorno da dislexia têm problemas para fazer amizades. Seus altos e baixos
emocionais podem levar toda a família um tumulto. Essa realidade é em sua maioria
agravada, quando essas crianças apresentam uma classe social econômica baixa, em
relação a sua incapacidade para atender ás expectativas dos pais e conquistar seus
próprios objetivos pessoais. Geralmente culpam a si mesmas por todas essas
dificuldades. Se um determinado professor passa ter um aluno disléxico em sua sala de
aula, ele terá de ter consciência de que seu aluno é um individuo normal, e tão capaz de
aprender quanto qual quer outra criança. O professor tem que passar a entender que essa
22
criança deve ser tratada com delicadeza, de forma diferenciada das outras por conta de
sua dificuldade ser maior o que torna sua aprendizagem lenta, ao mesmo tempo deve ser
tratado com espontaneidade, pois qualquer ato adverso pode ser considerado
descriminação. Os professores em sua formação inicial não encontram se aptos para
lidar com essas situações, pois os cursos de graduação, não enfatiza contexto de
inclusão a fundo, mas sim uma breve passagem apenas para o conhecimento. O
professor deve se manter serenos, analíticos, e observadores durante toda a aula,
colaborando para que seu aluno possa ter uma aprendizagem tão bem sucedida quanto
às outras crianças, pra isso o professor precisa entender que o aluno necessita de um
tempo maior para si dando toda a atenção necessária sempre questionando o aluno sobre
suas dúvidas. Sem esquecer que são vários os alunos da sala, e não devemos apenas
voltar o olhar para o com necessidade especial, mas sim para todos, de forma igual, sem
distinção, suprindo a necessidade de todos. A observação do aprendizado deste aluno
deve ser sóbria, caso ele não tenha compreendido o conteúdo aplicado, é essencial uma
nova explicação que se encaixe ao ritmo deste aluno.
Papel do professor na intervenção do disléxico:
Desenvolver métodos de ensino-aprendizagem multissensorial;
Promover uma visão positiva da leitura;
Minimizar o efeito rotula dor do diagnóstico da dislexia;
Permitir que os padrões de leitura corretos servissem de modelo à
criança;
Reforçar competências de leitura fundamentais
‘’Use vários materiais de apoio para apresentar a lição à classe [...]; anuncie o trabalho com bastante antecedência [...]; realize aulas de revisão [...]; aumente o limite de tempo pra provas escritas; leia a prova em voz alta e antes de iniciá-la verifique se todos entenderam e compreenderam o que foi pedido; avise no primeiro dia de aula o desejo de conversar individualmente com os alunos que tem dificuldades de aprendizagem. ’’ (IANHEZ; NICO, 2002, p. 72, 73,74).
Como citado anteriormente, eles não aprendem no tempo propício, lembrando
também que apresar das dificuldades a criança é competente para realizar todas as
atividades que constituem processo de aprendizagem. A criança com dislexia é capaz de
realizar aprendizagens com sucesso, muito semelhantes às aprendizagens dos seus
colegas, se receberem o apoio que necessita. Mas para que tal aconteça, o professor em
23
trabalho com a equipe interdisciplinar, deve construir um PEI10, sendo um programa de
intervenção multidimensional que compreende uma fundamentação teórica, um índice
de ferramentas práticas e um conjunto de ferramentas de analises voltado à metodologia
didática nos itens da interação sendo um conjunto eficiente no ensino aprendizagem.
“É importante que o professor desenvolva também um ambiente centrado no aluno, pois as crianças disléxicas têm mais sucesso num ambiente deste tipo que permite a sua participação ativa” (HENNIGH, 2007).
Cabe afirmar que o papel do professor é criar um local de incentivo, valorização
e alegria para o portador da dislexia, permitindo ao individuo, uma evolução natural,
dentro das atividades propostas, criando um ambiente propicio para a compreensão de
mundo, e a assimilação do processo de aprendizagem da leitura e escrita.
4.2 LEITURA E ESCRITA
Devido ao processo de leitura e escrita decorrer de várias habilidades sensoriais
e processos cognitivos complexos, os seus distúrbios envolvem diferentes profissionais.
Essa abordagem multidisciplinar, apesar de extremamente conveniente, se não for
realizada de maneira conjunta favorece o aparecimento de inúmeras nomenclaturas,
diversas etiologias e torna a definição uma tarefa difícil. Durante algum tempo os
termos “dislexia”, “dislexia específica”, “dislexia do desenvolvimento”, entre outras
variações, eram vistas com certa restrição. Segundo Pinheiro (1994) existe na literatura
especializada, tanto nacional como internacional, os termos “dificuldade específica de
leitura escrita” e “dislexia” são tratados como equivalentes. Nesse grupo de crianças,
também pode ser observado sinais, como: dificuldade na aquisição e desenvolvimento
das habilidades linguísticas, dificuldade com análise e síntese dos sons de umas
palavras, pobre reconhecimento de rima e aliteração, vocabulário pobre, sentenças
curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas, dificuldade de memória de curto termo,
dificuldade em matemática e desenho geométrico, desatenção e dispersão, dificuldade
na coordenação motora fina e global, confusão entre direita e esquerda, dificuldade em
manusear mapas e dicionários. Os relatos de dificuldade na aquisição da leitura e escrita
são tão antigos quanto o início das primeiras escolas públicas obrigatórias. A dislexia
manifesta-se como uma dificuldade variável em relação a diferentes formas de
10 Programa de Enriquecimento Instrumental
24
linguagem frequentemente incluindo, em adição aos problemas na leitura, problemas
para adquirir proficiência na escrita e ortografia. Os pesquisadores que partilham deste
consenso sustentam a hipótese que os sujeitos com distúrbios na leitura e escrita
apresentam prejuízos que podem ser verificados tanto no uso da rota sublexical de
leitura, ou seja, por meio do procedimento de conversão grafema fonema, quanto em
outras atividades que exigem habilidades fonológicas, como, por exemplo,
categorização de palavras quanto aos sons. Os problemas de leitura geralmente refletem
limitações na habilidade auditiva linguística, observaram que crianças disléxicas
apresentavam dificuldade em perceber similaridades entre sons iniciais e finais nas
palavras, problemas para dividir as palavras em sílabas e fonemas e evocar nomes de
letras e palavras, ou seja, apresentavam dificuldade na consciência fonológica. A
tendência contemporânea na atuação com os distúrbios de leitura e escrita é observada
pela integração de abordagens multidisciplinares de maneira conjunta e complementar.
As causas das deficiências linguísticas são muitas, mas a concepção de que a escola não
tem competência de formar leitores, não deve ser descartada como a mais importante
em se tratando de etiologia das patologias ou distúrbios de letras. A educação
tradicional, não percebeu que ensinar, educar é assegurar o saber da criança para o
futuro, na última etapa da educação básica, quando jovens, tenham capacidade de
apresentar seu aprendizado no futuro, entre faculdades, leituras de livros, concursos, e
provas de classificação. Não é por acaso que, hoje, os profissionais de saúde (mais do
que os professores) são os grandes leitores e autores de obras relacionadas com as
patologias de linguagem. Quase sempre, com a ajuda desses profissionais que se
dedicam à reeducação linguística, diagnóstico e intervenção, o problema da dislexia,
disgrafia ou disortográfica, é amenizado, compensado, mas não significa a superação
definitiva dos distúrbios. As problemáticas encontradas na leitura e escrita devem ser
analisadas de forma que apresentem respostas diretas que resolvam o problema no meio
escolar, num trabalho multidisciplinar e continuo, contando, é claro, com a ajuda
externa de profissionais da psicologia, da fonoaudiologia e da Medicina, mas com
soluções endógenas, advindas do próprio ambiente escolar. Na ausência da unidade
escolar, as trocas de letras simétricas, por exemplo, tendem a persistir por toda vida
escolar. Em alguns casos, claro, com menos frequência. Outros, uma síndrome que
acompanhará a criança, o jovem e o adulto por toda sua vida. Portanto faz-se necessário
ensinar bem as vogais e as consoantes da língua materna. É esta consciência fonológica
ou linguística que fará com que a criança, ao escrever palavras com letras simétricas,
25
pense e repense sobre o processo da escrita alfabética. Podemos afirmar que para pais e
educadores ou, para todos profissionais que operam com diagnóstico e intervenção
linguística, de certa idade, já no final do primeiro ciclo do ensino fundamental, se faz
necessário à observação quanto às falhas de leitura e de escrita das crianças.
“Muitos de nossos alfabetizadores, em que pesem os anos de experiência, o esforço exemplar, a dedicação ao magistério, têm deficiência de formação. Claro, a má instrução é involuntária. Todavia, traz consequências sérias para o processo leitor” (CIASCA, 2003, p. 116).
Sabe-se que muitas deficiências estão enraizadas na própria pedagogia. Nesse sentido
podemos afirmar que uma escola que ensina, por exemplo, termos, no sistema
linguístico do português, apenas cinco vogais, estão dando as bases precárias, de ordem
cognitiva, para a leitura eficiente, o que acaba por levar o educando a aquisição de uma
dislexia pedagógica. Sabemos que são doze vogais, sendo elas sete orais e cinco nasais.
Vogais são os sons da fala. Vogais não são letras. Vogais são fonemas, isto é, unidades
sonoras distintivas da palavra. Vogais têm a ver com a leitura. As letras, que
representam as vogais ou sons da fala, têm uma estreita relação com a escrita.
Não obstante, a escrita não é espelho da fala. Como se diz, não é necessariamente como
se escreve. Não há uma correspondência biunívoca entre fonema ou som da fala com a
escrita, com os grafemas. Nos casos em que crianças apresentam, insistentemente, a
troca de letras, pode-se supor, por exemplo, uma dificuldade por motivação fonológica.
É preciso que a escola ensine aos educandos como se dão as coisas relativas ao
conhecimento da linguagem, como se processa a informação linguística. E isso serve
não só para o ensino da língua materna como também para as demais disciplinas
escolares. As crianças precisam aprender e apreender essas informações da linguagem,
do processo de alfabetização, calcular, de forma clara de forma prazerosa, lúdica. Quem
sabe, ensina. Quem ensina, deve saber os conteúdos a serem repassados para o aluno.
Na educação informal, as crianças não aprenderão informações linguísticas, assim
criando hipóteses, extraídas, quase sempre da fala espontânea. É nas escolas, com bons
educadores qualificados, que as mesmas irão adquirir conhecimento das informações e
habilidades linguísticas a leitura e para a vida fora da escola. No ambiente familiar, a
tarefa de reforço do que se aprender na escola se constitui um complemento importante,
desde que os pais se sintam parte do processo. As competências de leitura e escrita que
envolve o aluno portador de dislexia apresentam dificuldades de letramento em
diferentes graus. ‘’(...) dificuldades de aprendizagem específicas, como dislexia (...)
26
requerem programas específicos para auxiliar seu progresso na cognição e
aprendizagem (...). Algumas dessas crianças podem apresentar dificuldades sensoriais,
físicas e comportamentais que compõem suas necessidades’’. DFES11, 2001ª, Cap. 7,
seção 58. Portanto, é necessário que os especialistas e educadores desenvolvam
estratégias educacionais, inclusivas para esses alunos. O papel do educador é o de
buscar em sua formação atitudes que favoreçam a real inclusão do aluno no ensino
regular e não apenas sua integração, buscando desenvolver assistência à criança, e nesse
caso não é diferente com o disléxico, que precisa de auxilio para diminuir a deficiência.
Ele pode ajudar tanto em relação a sua entrada e permanência na escola, quanto em
relação ao auxilio ao corpo docente e familiar, pois é importante que o aluno com
dislexia tenha acompanhamento e principalmente a definição das dificuldades de
aprendizagem.
Para uma criança disléxica é considerável que os professores articulem junto
com os demais profissionais que sejam necessários para o desenvolvimento do
educando, (psicopedagogos, terapeutas, fonoaudiólogos, etc.) mas na maioria das vezes
as instituições não contam com esses profissionais nem internamente e nem
externamente, e nem sempre as famílias tem condições de custear esses profissionais no
tratamento do disléxico. Apesar das dificuldades encontradas é possível afirmar que
existem diversas maneiras de aprendizagem que possam servir como mecanismos
facilitadores tanto para o ensino aprendizagem como para a própria inclusão do aluno
disléxico.
4.3 O PROCESSO DE LEITURA DE UM ALUNO QUE APRESENTA
DISLEXIA.
A dislexia sempre foi declarada uma incapacidade da criança avante com o
processo de leitura e alfabetização. As crianças disléxicas têm muitas dificuldades em
leituras que são extremamente grandes, pois possuem dificuldade de concentração, por
não conseguir compreender o texto o qual esta sendo lido.
Segundo Gorman (2003), no processo de leitura, os disléxicos utilizam somente a
área cerebral que processa fonemas, gerando como consequência disso a dificuldade
11 Código das Necessidades Educacionais Específicas
27
que apresentam os disléxicos em diferenciar fonemas de sílabas, pois sua região
cerebral responsável pela análise de palavras se mantém inativa, além de suas ligações
cerebrais que não incluem a área responsável pela identificação de palavras e, assim, a
o individuo com dislexia não reconhece palavras que já tenham conhecido ou estudado,
tornando a leitura um grande esforço, pois toda palavra que lê aparenta ser nova e
desconhecida. Como as crianças disléxicas apresentam uma dificuldade maior em
concentração em todos os momentos e seu meio social de convívio, elas não
desenvolveram a capacidade da memorização, ou seja, o que ela viu há algum tempo, às
vezes minutos, não permanecem em sua mente, por muito tempo. O aluno disléxico tem
muita dificuldade em identificar os sons que compõem palavras, isso é aparentemente
impedida por uma carência fonológica, que lesione o reconhecimento das palavras,
obstaculizando a compreensão e a decodificação, fazendo com que eles não consigam
processar as informações passadas no seu cotidiano tornando qual quer tipo de
aprendizagem e leitura sem sucesso, fazendo assim que a leitura se torne importuna em
termo emocional.
“O aluno disléxico que não tem condições financeiras é normalmente considerado um aluno fraco, e por um mero comodismo dos educadores de escolas estaduais, este é fraco e não disléxico. [...] Diante desse preconceito de aluno fraco, está o fato de se caracterizar a criança sem capacidade, que a educação pode apenas auxiliar, não solucionar o problema” (FONSECA, 1995).
Ler é um processo ao qual se capta informações do texto, fazendo com que o
leitor se torne capaz de entender a mensagem que uma imagem pode passar. A leitura
não é apenas uma simples decodificação de uma figura escrita em som. A leitura é um
processo que está presente em nosso cotidiano, por isso ela é um processo ativo em todo
o momento, usado pelo leitor em diversas formas, mostrando diversas utilidades.
28
5. FORMAS DE DISLEXIA.
Iniciaremos com a forma de dislexia, voltada à discalculia. Sendo ela uma
manifestação que influencia na má formação neurológica, que acontece como uma
dificuldade no aprendizado dos números. Indivíduos que trazem o distúrbio da
discalculia não identificam sinais matemáticos, jogos de montar, operações simples, e
outras atividades matemáticas que exigem o raciocínio lógico e sequencial. Ladislav
Kosc descreveu seis tipos de discalculia sendo elas:
Discalculia léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;
Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números,
termos e símbolos;
Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;
Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos
numéricos;
Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração, manipulação e
comparação de objetos reais ou em imagens;
Discalculia ideognóstica: dificuldades nas operações mentais e no entendimento
de conceitos matemáticos.
O educador deve conseguir detectar a discalculia em seu aluno, para isso é
imprescindível que ele esteja atento à caminhada escolar dos alunos, sempre observar
suas dificuldades na leitura de números não possui noção espacial a multiplicação e a
divisão. Caso o transtorno não seja reconhecido a precocemente, dificulta o aprendizado
da criança, que com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota
comportamentos inadequados, demonstrando agressividade, sendo um individuo apático
e/ou desinteressada. Sequenciando as características da dislexia, apontaremos a
disgrafia, sendo ela marcada por problemática com o desenvolvimento linguístico, que
dificulta a comunicação de pensamentos que ocorrem por sentido da comunicação.
Existem disléxicos que não apresenta características de coordenação psicomotora
debilitada, tendo movimentos corpóreos corretos, e escrevem de forma espontânea e
com harmonia, porém podem demonstrar dificuldades com leitura e/ou com a
interpretação da Linguagem Escrita. Mas há disléxicos com graves comprometimentos
no traçado de letras e de números. Eles podem cometer erros ortográficos graves, omitir,
acrescentar ou inverter letras e sílabas. Sua dificuldade espacial se revela na falta de
domínio do traçado da letra, subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há
29
digráficos com letra mal grafada, mas inteligível, porém outros cometem erros e borrões
que quase não deixam possibilidade de leitura para sua escrita cursiva, embora eles
mesmos sejam capazes de ler o que escreveram. É comum que digráficos também
tenham dificuldades em matemática.
Indicadores da dislexia, que envolve a Disgrafia tornam se muito claros, pois ela
engloba a coordenação do movimento cerebral que processa a visão. Sendo muito difícil
o individuo reconhecer a direita e a esquerda, dificultando assim até mesmo a
identificação de qual mão utilizar, como também a noção de coordenação espacial, que
se faz necessário para os registros dos numerais e letras. Por esse motivo, eles acalcam o
lápis de forma que os seus olhos acompanhem as mãos. Eles também movem a cabeça
pra enxergar a figura de forma correta, como também movem a folha.
Algumas características marcantes nos disléxicos são visto, tais como, o erro na
utilização das escadas, normalmente são pessoas inseguras, não gostam de balanços,
barcos ou locais que possuam movimentos gravitacionais, andar de moto ou bicicleta é
quase impossível, até mesmo o simples ato de amarrar os calçados.
Andar em linha reta, teste de coordenação de movimentos e direção, tanto motora como
visual são complexas para esses indivíduos. As atividades pedagógicas que envolvem o
pontilhado, o traçado, recorte, tornam – se muito dolorosas.
Motivo o qual para o disléxico é tão complicados compreender o conceito de leitura e
escrita pela observação, ou sequencia de movimentos. Sendo que jogos lúdicos
pedagógicos são inviáveis com os portadores desses distúrbios, pois, eles não são
capazes de entender quebras cabeças, jogos da memória ou de encaixe.
As consequências acarretadas aos digráficos são inúmeras, inclusive a depressão, pois,
seu aprendizado é muito cansativo, refletindo na formação da autoestima. Sendo assim
afirmamos que a disgrafia é a modificação do aprendizado e da escrita, voltados a
problemáticas que envolvem o contexto perceptivo motor.
Faz se necessário aprender certo desenvolvimento no âmbito da coordenação viso motor
para que aconteça o aprendizado dos movimentos finos e exatos que exigem o desenho
gráfico das letras, para compreender o paralelo entre o simbolismo da linguagem oral e
da linguagem escrita da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos
30
caracteres numa situação espacial determinada. A dislexia pode ser diagnosticada
através da analise de riscos nada exatos e sem controle, a falta de força no momento da
realização desses riscos traçados, ou excesso de força no mesmo, como também não
consegue escrever em linhas, e espaços indicados.
Para finalizar citaremos a Disortografia, a qual tem como características a escrita, com
excesso de erros os quais são diagnosticados quando o individuo torna se alfabetizado, e
já possua o saber da escrita e da leitura.
As características que podem levar a escrita com essas características são as
modificações na linguagem, o atraso na aquisição e/ou desenvolvimento e uso da
linguagem, em conjunto ao raro nível verbal, apresentando um vocabulário pobre,
ocorrendo os erros de escrita. Nesses distúrbios os erros são iniciados por mudanças
especificas da linguagem, como também acontece com a dislálias e/ou disartrias,
ocorrem erros de percepção, tais como visual e auditiva, fundamentada em bases da
dificuldade da memorização.
Isso pode ocorrer pela aprendizagem incorreta no processo de ensino aprendizagem,
com ênfase na fase de principio, acontecendo falhas de base com características de
insegurança para escrever. O mesmo ocorre, na próxima fazem, pois o ensino
aprendizagem apresenta um déficit negativo, principalmente em regras da gramática,
apresentando erros ortográficos da linguagem.
Essas modificações enraízam a disortográfia com a dislexia, tanto que para inúmeros
pensadores a disortografia é apresentada como uma sequela da dislexia. Sendo que até a
segunda etapa da educação infantil, é normal que os indivíduos demonstrem
dificuldades ortográficas, mesmo porque a relação com as palavras e os sons não estão
aprendidas por completo.
Porém se após esse período, os erros ortográficos continuarem de forma continua, o
educador deve se atentar, pois pode se disortografia. Sendo então características
evidentes são os conflitos de palavras, silabas e letras. Quando o som da pronuncia das
letras são parecida também existem conflitos, como também omitir, adicionar, dividir e
unir, letras, silaba e palavras.
31
A intervenção e tratamento devem ocorrer através de atividades da memória visual,
letras do alfabeto expostas e divididas, isso deve ocorrem também com os numerais, e
as famílias silábicas. Não proporcionar atividades para a criança de forma repetitiva e
cansativa, não expor, oprimir e reprimir o indivíduo, mas sempre estar valorizando seu
trabalho e dedicação.
De acordo com Garcia (1998) não é um transtorno causado por problemas como
deficiência mental, déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização. Segundo
Menezes (2006), é um transtorno que ocorre através de uma falha na rede por onde
passam os impulsos nervosos.
No caso da hiperatividade podem-se citar duas características diferenciais, a primeira é
a que considera uma criança hiperativa a que apresenta comportamento extremamente
impulsivo, que fala sem pensar, não tem paciência, não sabe esperar, acaba
interrompendo tudo e todos à sua frente, enfim, age sem pensar e sem medir as
consequências de suas atitudes. Com isso, na maioria das vezes acaba planejando e
optando mal, possuindo atitudes perigosas algumas vezes (CHESS; MAHIN, 1982).
Por outro lado, o segundo tipo é caracterizado mais pelas dificuldades de foco de
atenção. É considerado como uma forte estimulação nervosa que faz com que a criança
mude de um estímulo a outro, sem conseguir se concentrar em um único objetivo, o que
a primeira vista aparenta ser uma pessoa desligada, que se distrai facilmente com um
mínimo estímulo ao alcance de sua visão, qualquer som ou cheiro (BALLONE, 2001;
CHESS; MAHIN, 1982).
A hipoatividade tem como forte característica um nível baixo de atividade motora,
apresentando reação lenta a qualquer estímulo que lhe for imposto. Por outro lado, é
uma criança que geralmente não traz incômodos em seu convívio porque é bem mais
comportada que as outras. A ligação da hipoatividade com a dislexia gera uma grande
dificuldade a esse indivíduo, pois, ao processar o que está acontecendo a sua volta, tem
a necessidade de um aperfeiçoamento de técnicas na escola, além da necessidade de
recursos psicopedagógicos bastante específicos e que fornecem uma base mais ativa de
estímulos à criança no ambiente em geral onde convive. Vários são os tipos de dislexia
que podemos encontrar. Sendo eles na forma, auditiva ou disfonética, a visual ou
diseidética e a possível combinação das duas. As quais possuem a seguintes
32
características. Características de Dislexia Auditiva ou Disfonética: Atraso da
linguagem, deficiências na fala, erros na leitura por problemas nas correspondências
grafema-fonema, erros na escrita por problemas nas correspondências fonema-grafema,
QI verbal mais baixo que o de realização. Já na Dislexia Visual ou Diseidética são:
Problemas de orientação direito-esquerda, disgrafia ou fraca qualidade da letra, erros de
leitura que implicam aspectos visuais, erros ortográficos, QI de realização inferior ao
verbal.
5.1 A IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE DISLEXIA E SEUS
ESTUDOS ATUAIS.
Para identificar se a criança possui a dislexia e qual a forma em que a mesma se
apresenta, primeiramente devemos observar o desenvolvimento escolar da criança, após
ser feita essa observação e a criança apresentar um quadro de dislexia, o professor
deverá orientar os pais á procurarem ajuda especializada.
Existe uma grande estimativa de crianças com dislexia. Encontra-se no mundo cinco por
cento da população que sofrem deste transtorno, sendo, individualmente identificada e
diagnosticada dentro de um conceito especifico, com características diferenciadas.
Para se avaliar uma criança como disléxica faz-se necessário o conhecimento de suas potencialidades intelectuais, além das realizações no aspecto da leitura, e a partir disso se deduzir um desvio significativo. Porém, essa avaliação representa um método bastante complexo que inclui diversas medidas e, primeiramente é necessário o estabelecimento de um critério de base que na maioria dos casos considera as notas escolares e o grau de desvio em leitura em crianças que fracassam (HOUT; ESTIENNE, 2001).
Em um dos estudos recentes que foi realizado por uma equipe do Dr. Fagerheim da
Noruega, um medico que tem dedicado seus estudos a descobertas voltadas a dislexia e
atrasos de déficit de aprendizagem, constataram que o gene DYX312. Estudos
bioquímicos estão sendo desenvolvidos em relação à quantidade de testosterona no
cérebro devido a maior incidência de disléxicos no sexo masculino.
Segundo, ESTIENNE, (2001, p.66). Como linguísticas têm uma forte inclinação
para considerar que as dificuldades de leitura são problemas de consciência fonológica
das crianças na Educação Infantil e no processo de alfabetização escolar, indicando o
12 Gene descoberto e está associado aos distúrbios de leitura e escrita
33
déficit linguístico como principal causa da dislexia. Minha investigação sobre o assunto,
nos últimos sete anos, revela que a incapacidade do reconhecimento dos fonemas e
letras é um componente que pesa muito na hora de criança ler e compreender o que lê
ou no simples ato linguístico de soletrar palavras. Sem embargo, confesso que me rendo
ás recentes descobertas dos quatro genes ligados a Dislexia. Chega-nos, através da
revista Britânica Journalof Medical Genetics, a informação de que são quatro os genes
de suscetibilidade á dislexia: o DYX1, o DYX2, o DYX3, e o DYX4. Observem que
determino cada gene, antepondo o artigo definido em todos os símbolos genéticos, o
que significa que já foram localizados e mapeados pelos pesquisadores. São genes em
diferentes posições, o que nos leva a suspeitar do caráter heterogêneo dos transtornos de
leitura. O gene de descoberta mais recente é o DYX3, do cromossomo dois, quem vem
merecendo especial atenção dos estudiosos na área de linguagem, especialmente as
neurolinguistas e psicolinguísticas por ser resultado de uma pesquisa levado a cabo pelo
Doutor Toril Fagerheim coordenou uma equipe multinacional de médicos e descobriu o
gene DYX3 após estudar 36 membros de uma família Noruega com antecedentes de
dislexia.
6. LEIS QUE PROTEGEM O PORTADOR DE DISLEXIA
34
ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990
LEGISLAÇÃO NACIONAL 1. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA) -
artigo 53, incisos I, II e III 2. Lei 9.394/96 (LDB) 3. Lei 10.172 de 9 de janeiro de 2001
- Plano Nacional de Educação - Capítulo 8 - Da Educação Especial 4. Parecer
CNE/CEB nº 17/2001 // Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001 5.
LEGISLAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - Deliberação CEE (Conselho
Estadual de Educação) 11/96, 6. Indicação CEE (Conselho Estadual de Educação) nº
5/98, de 15/4/98, D.O.E em 23/9/98 7. Parecer CEE (Conselho Estadual de Educação)
451/98 - 30/7/98, D.O.E de 01/08/98, páginas 18 e 19, seção I) 8. LEI N° 4.095, DE 1º
DE FEVEREIRO DE 2008 – Do Distrito Federal DE 11.02.2008.
Subseção IV - Da Adoção
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando - lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
O artigo deixa evidente a necessidade que as Instituições de ensino e
profissionais da educação, estejam aptas a receber alunos com dificuldades de
aprendizagem entre outras. Tornando assim uma Escola Inclusiva, que Luta por uma
sociedade menos igualitária e humanitária, que saibam conviver com as diferenças. A
escola deve proporcionar aos alunos um maior apoio pedagógico, e não os inserir em
uma classe especial. Sem auxilio ou material pedagógico adequado, não criar uma sala
apenas para especiais, mas sim inserir os especiais nas salas normais, junto com os
demais alunos. O objetivo do profissional é o de auxiliar a inclusão do aluno, o
psicopedagogo deve interagir com cada um destes segmentos e promover da melhor
forma a aprendizagem.
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Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências,
mesmo que a dislexia não seja curada, conviver com ela é necessário. Os portadores
têm, inclusive, direitos assegurados por lei. Crianças com dislexia podem, por exemplo,
pedir para refazer provas orais, ter uma hora a mais nas provas escritas e usar livremente
uma calculadora. Acreditamos que a Constituição Federal de 1988, a Lei 9.394/94 e a
legislação do Conselho Nacional de Educação dão amplo amparo aos educadores com
dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem (dislexia, disgrafia e
disortográfia). Os disléxicos são portadores de necessidades educacionais especiais e
específicas de leitura. Temos alguns pontos a considerar. Iniciando pela Carta Magna a
qual é lei maior de uma sociedade política, como o próprio nome nos sugere. Em 1988,
a Constituição Federal, de cunho liberal, prescrevia, no seu artigo 208, inciso III, entre
as atribuições do Estado, isto é, do Poder Público, o “atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
ensino”.
O disléxico é portador de uma dificuldade, mas não de uma deficiência. Mas o
legislador não teria incluído no conceito de deficiência o de dificuldades de
aprendizagem. Acreditamos que sim, isso motivado pela concepção de Estado, o social,
voltado às questões sociais e de cidadania. A garantia constitucional resultava do
compromisso liberal do Estado brasileiro de educar a todos, sem qualquer discriminação
ou exclusão social e o acesso ao ensino fundamental, para os educandos, em idade
escolar, sejam normais ou especiais, passa a ser, a partir de 1988, um direito público
subjetivo, isto é, inalienável, sem que as famílias pudessem abrir mão de sua exigência
perante o Poder Público. No dispositivo da Constituição de 1988, conforme
observamos, há avanço e recuo jurídicos. Avanço quando diz que os portadores de
deficiência devem receber atendimento especializado. Não obstante, há recuo quando
traz ainda, no final dos anos 80, uma terminologia tacanha, excludente, ao fazer
referência às pessoas com alguma necessidade especial, no âmbito escolar, como
"portadores de deficiência”. Em se tratando de análise terminológica, fazemos hoje um
desconto nas expressões jurídicas da Constituição Federal de 1988, porque estávamos,
em 1988, em pleno final do século XX, cujo conceito de deficiência era herança da
Medicina de séculos anteriores. A terminologia “portadores de deficiência” nos remete a
um Brasil excludente que tratava seus doentes, deficientes ou não, como “portadores de
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moléstia infecciosa”. Este enfoque clínico, assim, perdurou até a Constituição Federal
de 1988.
A LDB é exemplo também de Lei Ordinária, abaixo, hierarquicamente, no
ordenamento jurídico do país, da Lei Magna. Trata-se da Lei 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, Diretrizes e Bases da Educação Nacional, uma lei derivada da Constituição
Federal, fará o conserto (correção social) e concerto (sintonia internacional) da
terminologia “portadores de deficiência” para “educandos com necessidades
educacionais especiais”.
No seu artigo 4º, inciso III, a LDB diz que o dever do Estado, com a educação escolar
pública será efetivado mediante a garantia de “atendimento educacional especializado
gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular
de ensino”.
O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma diversidade de
necessidades educacionais, destacadamente associadas a: problemas psicolinguísticos
(dislexia e disfunções correlatas), psicomotores, motores, cognitivos (atenção,
concentração, percepção, memória) hiperatividade e ainda a fatores ambientais e
socioeconômicos, como as privações de caráter sociocultural e nutricional.
De logo, vemos os avanços do dispositivo da Lei 9.394/96: a) O atendimento
educacional é gratuito. Portanto, a oferta do atendimento especializado, no âmbito da
rede oficial de ensino, não pode ser cobrada; b) Pessoas em idade escolar são
consideradas “educandos com necessidades especiais”, o que pressupõe um enfoque
pedagógico, ou mais, precisamente, um enfoque psicopedagógico, em se tratando do
atendimento educacional. O corpo e a alma dos educandos são de responsabilidade de
todos os que promovem a formação escolar.
O artigo 58, da LDB, no entanto, vai misturar um pouco os enfoques clínico e
pedagógico ao conceituar a educação especial “como modalidade de educação escolar,
oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais”.
No § 1º, do artigo 58, da LDB, o legislador diz que “haverá, quando necessário,
serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da
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clientela de educação especial”. Aqui, revela à faceta mais médica do atendimento
especializado, ao tratar os educandos com necessidades especiais como uma clientela.
Clientela, como se sabe, refere-se ao doente, em relação ao médico habitual.
Os pareceres e a Resolução manifestos pelo Conselho Nacional de educação são
exemplos de legislação. Em geral, para ter força jurídica, são homologadas pelo
Ministro da Educação e Desporto que as respaldam para aplicação na organização da
educação nacional. Mais recentemente, as manifestações do Conselho Nacional de
Educação, no esforço de construir um arcabouço de diretrizes nacionais para a educação
especial, assinalam no Parecer CNE/CEB n. º l7/2001, de 03 de julho de 2001 e a
Resolução CNE/CEB n.º 02, de 11 de setembro de 2001, que os sistemas de ensino
devem matricular todos os educandos com necessidades educacionais especiais.
Uma pergunta, agora, advém: quem, no processo escolar, pode ser considerado um
“educando com necessidade especial”? A Resolução CNE/CEB n.º 02, de 11 de
setembro de 2001, assim se pronuncia, no seu artigo 5º:
As crianças com dislexia e dificuldades correlatas (dislalia, disgrafia e
disortografia), por exemplo, estão no grupo daqueles educandos com dificuldades “não
vinculadas a uma causa orgânica específicas”, enquanto as crianças desnutridas e com
dificuldades de assimilação cognitiva, por seu turno, estão enquadradas entre “aquelas
relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências”. Aqui, dislexia pode,
sobretudo, ser entendida como uma dificuldade específica no aprendizado da leitura,
comprometendo a soletração (decodificação textual) e a compreensão textual.
I - Os educandos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, esses educandos são
aqueles que têm, no seio escolar, dificuldades específicas de aprendizagem, ou
“limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das
atividades curriculares”.
II - Os educandos com dificuldades de comunicação e sinalização. Estas, no entender
dos conselheiros, são as “diferenciadas dos demais alunos”, o que demandaria a
utilização de linguagens e códigos aplicáveis. As crianças cegas de nascença, por
exemplo, se enquadrariam neste grupo.
III - Os educandos com facilidades de aprendizagem. Os conselheiros observam que há
alunos, que por sua acentuada facilidade de assimilação de informações e
conhecimentos não podem ser excluídos da rede regular de ensino. Aqui, o valor está
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em avaliar que são especiais aqueles que “dominam rapidamente conceitos,
procedimentos e atitudes” no meio escolar.
A inserção de educandos com necessidades educacionais especiais, no meio escolar é
uma forma de tornar a sociedade mais democrática. Da mesma forma, a transformação
das instituições de ensino em espaço de inclusão social é tarefa de todos que operam
com a alma e o corpo das crianças especiais.
6.1 A INCLUSÃO – CONTINUO DESAFIO
A política de inclusão que norteia a estada dos alunos com necessidades
especiais no contexto escolar na rede regular de ensino não só pressupõe a permanência
física desses alunos, mas também representa a revisão de paradigmas. Essa revisão
abrange desde o repensar da implicação do professor com os alunos que irá atender, até
a averiguação dos conteúdos, objetivos e formas de avaliação. Quando se trata de
profissionais que se dispõem a atender pessoas que apresentam déficit de atenção, vê se
em diversidade porque o profissional vai deparar com crianças que, conforme o exposto
anteriormente traz consigo características peculiares. Faz se ainda em diversidade
porque o professor vai precisar contar com o que já de mais diversificado no que diz
respeito a sua atuação. Ou seja, toda sua implicação, conhecimento e criatividade vão
precisar ser acionados, para que ele consiga, de acordo com as Diretrizes Nacionais para
a Educação Especial na Educação Básica (2001, p. 31 - 32).
Perceber as necessidades educativas especiais dos alunos.
Flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas do conhecimento.
Avaliar continuamente a eficácia do processo educativo
Atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação
especial.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos no desenvolvimento deste trabalho que as dificuldades de
aprendizagem na alfabetização devem ser tratadas, desde a apresentação dos primeiros
sintomas. Sendo que o primeiro passo é a observação, inicialmente voltada ao âmbito
familiar, ou seja, que surgem a partir da vivencia família, após em um segundo olhar, no
âmbito escolar, acontecendo inicialmente pelo professor, para que juntos possam buscar
auxilio de outros profissionais envolvido na problemática. Observamos também que
quanto mais tarde for diagnosticado o problema, mais difícil fica a intervenção. Assim,
estas dificuldades devem ser diagnosticadas precocemente e receber intervenções que
auxiliem o aluno a avançar em seu aprendizado. O que não pode acontecer é de chamar
de dislexia toda e qualquer dificuldade ligada à leitura e escrita. Dificuldade de
aprendizagem que podem ter por base problemas emocionais, algum déficit auditivo,
um déficit visual, ou ainda possível falhas no processo de alfabetização, causadas por
má prática pedagógica, metodologia inadequada também causam danos no processo de
aprendizagem. É importante saber que os efeitos da dislexia estão além do corpo e da
inteligência, afetam sentimentos a família, as relações de amizade, os ideais de vida. Ao
sofrer constantes discriminações, as crianças disléxicas, perdem a confiança em si
própria o que gera uma baixa valorização de si mesmo. Daí a importância do papel do
professor como coautor no processo educativo. Os objetivos da pesquisa foram
alcançados, entre leituras, discussões, pesquisas e conversar informais, tornou se
possíveis enriquecer o conhecimento a cerca da dislexia, ale de nos acrescentar
reflexões que envolvem a realidade social que permeiam a inclusão social no contexto
escolar. Sendo assim concluímos que os estudos nos trouxeram reflexões, para que
possamos desempenhar o trabalho de educadora, com vários olhares, valorizando todos
os aspectos do individuo, independente de suas dificuldades, contribuindo assim com o
processo de ensino aprendizagem, e desse modo participar ativamente da construção da
educação inclusiva, e a valorização do individuo como cidadão social, com atitudes
respeitosas e qualitativas.
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INCLUSAO ESCOLAR: UMA ANÁLISE DE ALUNOS COM DIFICULDADES DE
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www.teses.usp.brtesesdisponiveis4747131tde-07112011-120816pt-br.php – acesso
04/04/14
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