relatorio 1 diana
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1 INTRODUO
A construo civil tem tido posio de destaque na economia do pas
com uma significativa participao de 5,4% no PIB brasileiro, e com taxa de
crescimento do PIB do setor da construo civil em 5,5% (IBGE, 2010). Este
fato permite que as empresas procurem reduzir ou eliminar todas as
deficincias na gesto dos processos construtivos e na administrao dos
recursos humanos, visando aumentar sua produtividade e sua capacidade
competitiva no mercado imobilirio. (RIBEIRO, 2011, p. 15).
De acordo com Pastore (1998 apud CARDOSO NETO et al.,[200-]),
estimativas do Banco Mundial indicam que para cada 1% de crescimento na
infraestrutura corresponde, em mdia, um crescimento de 1% do PIB. E para
cada 1% de crescimento do PIB corresponde um crescimento de cerca de
0,5% do emprego. Portanto, uma expanso de 1% na infraestrutura faz o
emprego crescer 0,5%.
Ressalta-se a partir da, a preocupao dos empresrios do ramo da
construo civil em definir procedimentos que promovam maior facilidade na
gesto das operaes nos interiores dos canteiros de obras. Para tanto
necessrio elaborao de um projeto de canteiro acompanhado de um
planejamento das aes que sero realizadas na obra, buscando eficincia da
mo de obra, minimizao nos custos de produo do empreendimento,
segurana e desta forma tornar a empresa mais competitiva. (RIBEIRO, 2011,
p. 15).
Essa procura gerou uma escassez na oferta de imveis em funo da
rapidez de crescimento da cidade. Desta forma, muitas dessas obras so
realizadas sem que seja dada a devida importncia aos critrios tericos etcnicos para o planejamento das aes a serem executadas no interior dos
seus canteiros, o que demonstra a necessidade de estabelecer procedimentos
que facilitem o gerenciamento dessas operaes. (RIBEIRO, 2011, p. 15).
O canteiro de obras pode ser definido basicamente como local ou rea
reservada do terreno total do empreendimento, para disposio dos diferentes
elementos que o compe, com objetivo de proporcionar o necessrio suporte
s operaes desenvolvidas no seu interior para que os servios da obra
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aconteam de maneira mais produtiva o possvel, na tentativa de reduzir os
custos de produo da obra. (RIBEIRO, 2011, p. 15).
Embora muitas das deficincias localizadas nos canteiros de obras tem
origem em etapas anteriores do empreendimento, como por exemplo, na
elaborao do projeto arquitetnico, em que a falta de compatibilizao e de
procedimentos de execuo de servios desse projeto pode induzir erros e
custos adicionais s obras. (RIBEIRO, 2011, p. 16).
Segundo Tommelein (1992), os bons projetos de canteiro podem
oferecer significativas melhorias nos processos produtivos das obras. Eles
buscam, principalmente, favorecer a realizao de operaes seguras e
preservar a boa moral dos operrios, alm de reduzir distncias e tempo para
movimentao de trabalhadores e materiais, minimizando o tempo de
movimentao de material, aumentar o tempo produtivo, evitando obstrues
nas vias de movimentao dos materiais, equipamentos, instrumentos e
pessoas.
Desta forma, inegvel a influncia dos anteprojetos da construo na
definio do tamanho das instalaes do canteiro, pois proporciona o estudo
detalhado do local da obra, para que assim seja elaborado o projeto definitivo
do canteiro almejando a boa qualidade de execuo dos servios da obra, alm
de contribuir ainda com o fator econmico. (RIBEIRO, 2011, P.17).
Sendo ainda indispensvel anlise, de alguns requisitos considerados
importantes ao se definir o local ideal para instalao do canteiro, tais como: o
local que o canteiro de obras ser possivelmente instalado dever ser
permanente at o fim da construo sem atrapalhar a execuo dos trabalhos,
ou seja, o andamento da obra; proximidade dos diversos setores entre si e do
ponto de gua; e obter espaos livres laterais para descarregamento etransporte de materiais, porm muitas vezes no possvel que esse espao
exista, no caso do Edifcio Tower Center, possui espao para carga e descarga
de materiais dentro do canteiro de obras, mas vai chegar em uma etapa da
obra, quando a Torre B for edificada, que os espaos ficaro restritos, por isso
vai se criar alternativas para melhor atender o canteiro de obras sem estar
obstruindo a via de acesso de veculos.
Quanto organizao do canteiro, cada tipo de canteiro de obrascorresponde uma forma de organizao do mesmo, j que existem diferentes
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formas de transporte e movimentao de materiais e operrios, diversos tipos
de equipamentos, localizao das instalaes do canteiro entre outros. A
sequncia de execuo das atividades tambm variar conforme o
planejamento podendo existir vrias frentes de servio sendo executada ao
mesmo tempo. (SERRA, 2001, p. 34).
Vieira (2006) verificou que nem todas as empresas se interessam em
investirem em seus canteiros de obras, ou seja, no planejamento do layout do
canteiro antes de se iniciar a obra, e desta forma, observa-se, altos ndices de
desperdcios e diversas improvisaes, alm de um elevado nvel de exigncia
do mercado consumidor paralelo ao crescimento da competitividade. Com esta
fala, pode-se relacionar com as obras observadas em So Miguel do Oeste,
pois a maioria das construtoras ou empreiteiras de mo de obra se preocupam
com a organizao do canteiro de obras, so raros os locais que encontram-se
organizados e que oferecem subsdios para reduzir diversos tipos de gastos na
construo civil e segurana de seus funcionrios.
Vale ressaltar que notvel a existncia de um grande potencial de
retorno em qualidade na obra com implantao de melhorias dos canteiros.
O estudo do canteiro de obras parte desde observao e anlise dos
elementos que o compe, para assim compreender e caracterizar a sua
organizao fsica, avaliando as condies ou situaes em que se encontra o
terreno, instrumentos de trabalho e o espao para fluxo de materiais e
trabalhadores.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do componente curricular intitulado: Canteiro de Obras,
acompanhar in loco obras de arquitetura para verificar e avaliar os
conhecimentos adquiridos na teoria.
2.2 OBJETIVO ESPECFICO
_ Observar in loco obras de arquitetura;
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_ Relacionar os conhecimentos adquiridos em sala de aula com as questes
encontradas na obra;
_ Observar o relacionamento das pessoas e empresa(s) envolvidas em uma
obra de construo civil.
_ Verificar as possveis diferenas entre teoria e prtica.
_Observar e aplicar normas relativas segurana dos trabalhadores.
_Fazer relatrios sobre o andamento das obras.
_Observar os problemas na obra e as possveis solues encontradas.
3 REFERENCIAL BIBLIOGRFICO: TEORIA X VIVNCIA DE OBRAS
3.1 NORMAS REGULAMENTADORAS PARA CANTEIRO DE
OBRAS
As normas que regulamentam os canteiros de obras, desde sua
instalao e segurana, so no seu total 26 NRs.
A principal de todas a NR 18, na qual a empresa mais usa para
organizao de seus canteiros de obras, alm de ser ela que contm todos os
parmetro necessrios para instalaes provisrias que posteriormente
fiscalizada por um Engenheiro de Segurana do Trabalho.
Citar-se- os principais tpicos da norma, os que so de fundamental
importncia na hora da instalao do canteiro de obras.
A NR 18 estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento
e de organizao, que objetivam a implementao de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurana nos processos, nas condies e no meio
ambiente de trabalho na Indstria da Construo, diante disso ser listadopontos importantes e assim relacionados com a visita ao Edifcio Tower Center.
vedado o ingresso ou a permanncia de trabalhadores no canteiro de obras,
sem que estejam assegurados pelas medidas previstas na NR18 e compatveis
com a fase da obra. Nesse caso, como se pode observar, com a presena
frequente de um Tcnico em Segurana do Trabalho na obra, cada item
pertinente cumprido, assegurando a segurana permanente dos
trabalhadores, sujeito a pena de multa se algum item for descumprido.
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obrigatria a comunicao Delegacia Regional do Trabalho, antes do incio
das atividades, das seguintes informaes:
a) endereo correto da obra;
b) endereo correto e qualificao (CEI, CGC ou CPF) do contratante,
empregador ou condomnio;
c) tipo de obra;
d) datas previstas do incio e concluso da obra;
e) nmero mximo previsto de trabalhadores na obra.
O item acima tambm um item que est de acordo com a NR, pois antes do
incio de qualquer obra, esses dados so informados ao rgo pertinente.
So obrigatrios a elaborao e o cumprimento do PCMAT nos
estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os
aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurana.
No caso do Tower Center, mesmo tendo menos de 20 funcionrios, o PCMAT
foi elaborado.
O documento apresentado acima apenas um parte dele, o PCMAT
completo contem tambm todo cronograma de obra previsto at a sua
concluso, mas por ser muito extenso, no foi possvel apresent-lo aqui. O
PCMAT deve contemplar as exigncias contidas na NR 9 - Programa de
Preveno e Riscos Ambientais e deve ser mantido no estabelecimento
disposio do rgo regional do Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE,
sendo este elaborado por profissional habilitado, implementao do PCMAT
nos estabelecimentos de responsabilidade do empregador ou condomnio.
Os documentos que integram o PCMAT so: memorial sobre condies
e meio ambiente de trabalho nas atividades e operaes, levando-se em
considerao riscos de acidentes e de doenas do trabalho e suas respectivasmedidas preventivas, projeto de execuo das protees coletivas em
conformidade com as etapas de execuo da obra, especificao tcnica das
protees coletivas e individuais a serem utilizadas, cronograma de
implantao das medidas preventivas definidas no PCMAT em conformidade
com as etapas de execuo da obra, layout inicial e atualizado do canteiro de
obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previso de
dimensionamento das reas de vivncia, layout inicial do canteiro de obras,contemplando, inclusive, previso de dimensionamento das reas de vivncia,
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programa educativo contemplando a temtica de preveno de acidentes e
doenas do trabalho, com sua carga horria.
Os canteiros de obras devem dispor de:
a) instalaes sanitrias;
b) vestirio;
c) alojamento;
d) local de refeies;
e) cozinha, quando houver preparo de refeies;
f) lavanderia;
g) rea de lazer;
h) ambulatrio, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou
mais trabalhadores.
Como pode-se observar na imagem 1, o canteiro possui apenas um kit
de primeiros socorros, pois no h a necessidade de ambulatrio. Fica logo na
entrada das instalaes provisrias e est acessvel.
Imagem 1: Kit primeiros socorros
Fonte: a autora
O cumprimento do disposto nas alneas "c", "f" e "g" obrigatrio nos
casos onde houver trabalhadores alojados, nesse caso esses quesitos noexistem no canteiro de obras do edifcio, pois nenhum funcionrio necessita
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pernoitar no local de trabalho, porm existe espao para descanso aps o
horrio de almoo para os que fazem suas refeies neste.
Os canteiros de obra podem ser construdos de alvenaria, chapas de
compensado ou containers. O canteiro em especfico de alvenaria com
divisrias adaptadas em chapa de compensado, como pode ser observado na
imagem 2.
Imagem 2: Instalaes provisrias
Fonte: a autora
Sobre as instalaes sanitrias, entende-se como instalao sanitria o
local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades
fisiolgicas de excreo e proibida a utilizao das instalaes sanitrias para
outros fins que no aqueles previstos.
As instalaes sanitrias devem ser mantidas em perfeito estado de
conservao e higiene, ter portas de acesso que impeam o devassamento e
ser construdas de modo a manter o resguardo conveniente, ter paredes de
material resistente e lavvel, podendo ser de madeira, ter pisos impermeveis,
lavveis e de acabamento antiderrapante, no se ligar diretamente com os
locais destinados s refeies, ser independente para homens e mulheres,
quando necessrio, ter ventilao e iluminao adequadas, ter instalaes
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eltricas adequadamente protegidas, ter p-direito mnimo de 2,50m (dois
metros e cinquenta centmetros), ou respeitando-se o que determina o Cdigo
de Obras do Municpio da obra, estar situadas em locais de fcil e seguro
acesso, no sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e
cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitrios, mictrios e
lavatrios. No canteiro de obras do Edifcio Tower Center segue todas estas
normas, um dos canteiros mais bem organizados de So Miguel do Oeste, e
recebe um cuidado todo especial, pois as empresas CONAK E CONKASTOR
trabalham em parceria com o SESI, que oferece todo suporte para o bem estar
dos funcionrios e assessoria empresarial.
A instalao sanitria deve ser constituda de lavatrio, vaso sanitrio e
mictrio, na proporo de um conjunto para cada grupo de vinte trabalhadores
ou frao, bem como de chuveiro, na proporo de uma unidade para cada
grupo de dez trabalhadores ou frao, no caso canteiro em questo, possui um
conjunto sanitrios e chuveiro, pois a obra conta com catorze funcionrios.
Os lavatrios devem ser individual ou coletivo, tipo calha, possuir
torneira de metal ou de plstico, ficar a uma altura de 0,90m (noventa
centmetros), ser ligados diretamente rede de esgoto, quando houver, ter
revestimento interno de material liso, impermevel e lavvel, ter espaamento
mnimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centmetros), quando coletivos;
g) dispor de recipiente para coleta de papis usados.
O local destinado ao vaso sanitrio (gabinete sanitrio) deve ter rea
mnima de 1,00m (um metro quadrado), ser provido de porta com trinco interno
e borda inferior de, no mximo, 0,15m (quinze centmetros) de altura, ter
divisrias com altura mnima de 1,80m (um metro e oitenta centmetros), ter
recipiente com tampa, para depsito de papis usados, sendo obrigatrio ofornecimento de papel higinico.
Nas imagens 3 e 4, pode-se observar as divisrias dos sanitrios e
tambm a sinalizao, importante que esteja bem visvel e oriente de forma
simples e eficaz os funcionrios.
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Imagem 3: Divisrias dos sanitrios
Fonte: a autora
Imagem 4: Sinalizao e informaes
Fonte: a autora
Os vasos sanitrios devem ser do tipo bacia turca ou sifonado, ter caixa
de descarga ou vlvula automtica, ser ligado rede geral de esgotos ou
fossa sptica, com interposio de sifes hidrulicos. Nesta obra os vasos so
sifonados, com caixa de descarga e ligados rede geral de esgoto.
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Imagem 5: Ligao do esgoto sanitrio
Fonte: a autora
Os mictrios devem ser individuais ou coletivos, tipo calha, ter
revestimento interno de material liso, impermevel e lavvel, ser providos de
descarga provocada ou automtica, ficar a uma altura mxima de 0,50m
(cinquenta centmetros) do piso, ser ligado diretamente rede de esgoto ou
fossa sptica, com interposio de sifes hidrulicos.
Os chuveiros devem ter rea mnima necessria para utilizao de cada
chuveiro de 0,80m (oitenta centmetros quadrados), com altura de 2,10m
(dois metros e dez centmetros) do piso. Os chuveiros devem ser de metal ou
plstico, individuais ou coletivos, dispondo de gua quente, deve haver um
suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro,
os chuveiros eltricos devem ser aterrados adequadamente.
Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter
caimento que assegure o escoamento da gua para a rede de esgoto, quando
houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.
Todo canteiro de obra deve possuir vestirio para troca de roupa dos
trabalhadores que no residem no local. A localizao do vestirio deve ser
prxima aos alojamentos e/ou entrada da obra, sem ligao direta com o
local destinado s refeies.
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Imagem 6: Vestirios
Fonte: a autora
Os vestirios devem ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente,
ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente, ter
cobertura que proteja contra as intempries, ter rea de ventilao
correspondente a um dcimo de rea do piso, ter iluminao natural e/ou
artificial, ter armrios individuais dotados de fechadura ou dispositivo com
cadeado, ter p-direito mnimo de dois metros e cinquenta centmetros, ou
respeitando-se o que determina o Cdigo de Obras do Municpio, da obra, ser
mantidos em perfeito estado de conservao, higiene e limpeza, ter bancos em
nmero suficiente para atender aos usurios, com largura mnima de 0,30m
(trinta centmetros).
Na questo de alojamentos necessrio quando a partir de um funcionrio
precisar dormir no local da obra, no caso do canteiro do Tower Center, no
existe alojamento porque todos os funcionrios so de So Miguel do Oeste,
onde o edifcio est sendo construdo. Em caso de necessidade de se ter
alojamento no canteiro de obras, deve-se consultar a NR 18 que trata deste
assunto, juntamente com todos os demais quesitos necessrios para canteiro
de obras.
Nos canteiros de obra obrigatria a existncia de local adequado para
refeies, devendo este ter paredes que permitam o isolamento durante as
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refeies, ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavvel, ter
cobertura que proteja das intempries, ter capacidade para garantir o
atendimento de todos os trabalhadores no horrio das refeies, ter ventilao
e iluminao natural e/ou artificial, ter lavatrio instalado em suas proximidades
ou no seu interior, ter mesas com tampos lisos e lavveis, ter assentos em
nmero suficiente para atender aos usurios, ter depsito, com tampa, para
detritos, no estar situado em subsolos ou pores das edificaes, no ter
comunicao direta com as instalaes sanitrias, ter p-direito mnimo de
2,80m (dois metros e oitenta centmetros), ou respeitando-se o que determina o
Cdigo de Obras do Municpio, da obra.
Independentemente do nmero de trabalhadores e da existncia ou no
de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o
aquecimento de refeies, dotado de equipamento adequado e seguro para o
aquecimento.
Imagem 7: Cozinha e refeitrio
Fonte: a autora
obrigatrio o fornecimento de gua potvel, filtrada e fresca, para os
trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo
equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.
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Este um dos equipamentos que no estava bem instalado, o local no
era apropriado, devia estar mais protegido, e o prprio Tcnico de Segurana
do Trabalho, admitiu que no teve outra alternativa a no ser instalar neste
local e ele sabe que est errado, longe para os funcionrios utilizarem e o
acesso com obstculos e demorado.
Imagem 8: Bebedouro
Fonte: a autora
Quando houver cozinha no canteiro de obra, ela deve ter ventilao
natural e/ou artificial que permita boa exausto, ter p-direito mnimo de dois
metros e oitenta centmetros, ou respeitando-se o Cdigo de Obras do
Municpio da obra, ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material
equivalente, ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fcil
limpeza, ter cobertura de material resistente ao fogo, ter iluminao natural
e/ou artificial, ter pia para lavar os alimentos e utenslios, possuir instalaes
sanitrias que no se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos
encarregados de manipular gneros alimentcios, refeies e utenslios, no
devendo ser ligadas caixa de gordura, dispor de recipiente, com tampa, para
coleta de lixo, possuir equipamento de refrigerao para preservao dos
alimentos, ficar adjacente ao local para refeies, ter instalaes eltricas
adequadamente protegidas, quando utilizado GLP, os botijes devem ser
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instalados fora do ambiente de utilizao, em rea permanentemente ventilada
e coberta.
3.1.1 Escavaes e fundaes
A rea de trabalho foi previamente limpa, sendo retirados os entulhos da
antiga construo e limpeza de vegetaes e entulhos das instalaes
provisrias, rochas, equipamentos, materiais e objetos que existiam no local,
para garantir a segurana e organizao do local. Este sofreu escavao para
construo da edificao.
Muros, edificaes vizinhas e todas as estruturas que possam ser
afetadas pela escavao foram ser escorados, e mais tarde, um dos muros de
divisa passar por um sistema de reforo chamado de estaqueamento, pois
este est sofrendo uma patologia, a caracterstica de embarrigamento" e
rachaduras, correndo o risco de vir runa, porm com este tratamento de
estacas, ser o suficiente para tratar deste caso.
Para elaborao do projeto e execuo das escavaes a cu aberto,
sero observadas as condies exigidas na NBR 9061/85 - Segurana de
Escavao a Cu Aberto da ABNT, devidamente acompanhado pelo
responsvel da obra, o Engenheiro Fernando Olavo Bieger.
Como as escavaes tinham mais de um metro e vinte e cinco
centmetros de profundidade, conforme recomendaes da NR 18, estas
dispunham de rampas, colocadas prximas aos postos de trabalho, a fim de
permitir, em caso de emergncia, a sada rpida dos trabalhadores.
Os materiais retirados da escavao foram transportados para outro
local, onde se deposita esse material que no ser utilizado e o material deescavao do baldrame ficou dentro do canteiro de obras, pois iria ser
imediatamente concretagem curada do baldrame, estes serem cobertos.
Os acessos de trabalhadores, veculos e equipamentos s reas de
escavao devem ter sinalizao de advertncia permanente, conforme
imagem abaixo, a entrada de carga e descarga a mesma, porm
devidamente sinalizada, sendo que pela falta de espao para entradas
distintas, que seria o correto, o canteiro de obras possui entrada nica.
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Imagem 9: Entrada do canteiro de obras
Fonte: a autora
proibido o acesso de pessoas no autorizadas s reas de escavao
e cravao de estacas.
O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe
treinada.
Os cabos de sustentao do pilo devem ter comprimento para que
haja, em qualquer posio de trabalho, um mnimo de seis voltas sobre o
tambor.
Na execuo de tubules a cu aberto, a exigncia de escoramento
(encamisamento) fica a critrio do engenheiro especializado em fundaes ou
solo, considerados os requisitos de segurana, no caso esse procedimento no
foi necessrio.
O equipamento de descida e iamento de trabalhadores e materiais
utilizado na execuo de tubules a cu aberto deve ser dotado de sistema de
segurana com travamento. A escavao de tubules a cu aberto,
alargamento ou abertura manual de base e execuo de taludes, deve ser
precedida de sondagem ou de estudo geotcnico local.
Em caso especfico de tubules a cu aberto e abertura de base, o
estudo geotcnico ser obrigatrio para profundidade superior a 3 (trs)
metros.
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Observando os itens acima, todos esses procedimento foram realizados,
devidamente acompanhados pelo engenheiro responsvel e tambm foi
realizado estudo geotcnico do local, pois os tubules possuam 3 metros de
profundidade.
3.1.2 Armaes de ao
A dobragem e o corte de vergalhes de ao em obra devem ser feitos
sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estveis, apoiadas sobre
superfcies resistentes, niveladas e no escorregadias, afastadas da rea de
circulao de trabalhadores. Este procedimento no realizado no canteiro de
obras, a Empresa CONAK possui um depsito na qual encontra-se todo
estoque de materiais e espao protegido para essa prtica, sendo assim, toda
ferragem vai montada para o canteiro de acordo com a necessidade.
3.1.3 Equipamento de Proteo Individual - EPI
A empresa obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI
adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento,
consoante as disposies contidas na NR 6 - Equipamento de Proteo
Individual - EPI.
Para toda equipe de funcionrio disponibilizado kit completo de EPI e
EPC, alm de uniformes.
3.1.4 Armazenagem e estocagem de materiais
Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a no
prejudicar o trnsito de pessoas e de trabalhadores, a circulao de materiais,
o acesso aos equipamentos de combate a incndio, no obstruir portas ou
sadas de emergncia e no provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes,
lajes ou estruturas de sustentao, alm do previsto em seu dimensionamento.
O estoque de materiais no canteiro de obras feito em pequenas
quantidades e transportado ao local conforme necessidade de uso econforme o estgio da obra.
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Conforme obervado, todo local sinalizado e a sinalizao de fcil
visualizao e entendimento.
3.1.6 Treinamento
Todos os empregados recebem treinamento ao serem admitidos e
periodicamente tambm so realizados encontros para reforar as questes de
segurana e repassar novos ensinamentos, visando a garantir a execuo de
suas atividades com segurana.
O treinamento admissional deve ter carga horria mnima de 6 (seis)
horas, ser ministrado dentro do horrio de trabalho, antes de o trabalhador
iniciar suas atividades, constando de:
a) informaes sobre as condies e meio ambiente de trabalho;
b) riscos inerentes a sua funo;
c) uso adequado dos Equipamentos de Proteo Individual - EPI;
d) informaes sobre os Equipamentos de Proteo Coletiva - EPC, existentes
no canteiro de obra.
O treinamento peridico deve ser ministrado:
a) sempre que se tornar necessrio;
b) ao incio de cada fase da obra.
Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cpias dos procedimentos
e operaes a serem realizadas com segurana.
3.1.7 Ordem e limpeza
O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo edesimpedido, notadamente nas vias de circulao, passagens e escadarias.
O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente
coletados e removidos. Por ocasio de sua remoo, devem ser tomados
cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos.
Quando houver diferena de nvel, a remoo de entulhos ou sobras de
materiais deve ser realizada por meio de equipamentos mecnicos ou calhas
fechadas.
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proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do
canteiro de obras, fato que acontece frequentemente nas obras e muitas vezes
nenhuma providncia tomada.
proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais
inadequados do canteiro de obras. Semanalmente o lixo acumulado e
recolhido por empresa de recolhimento de lixo e levado at o aterro.
3.1.8 Tapumes
obrigatria a colocao de tapumes ou barreiras sempre que se
executarem atividades da indstria da construo, de forma a impedir o acesso
de pessoas estranhas aos servios.
Os tapumes devem ser construdos e fixados de forma resistente, e ter
altura mnima de 2,20m (dois metros e vinte centmetros) em relao ao nvel
do terreno, como observa-se na imagem 11.
Nas atividades da indstria da construo com mais de 2 (dois)
pavimentos a partir do nvel do meio fio, executadas no alinhamento do
logradouro, obrigatria a construo de galerias sobre o passeio, com altura
interna livre de no mnimo 3,00m (trs metros).
Em caso de necessidade de realizao de servios sobre o passeio, a
galeria deve ser executada na via pblica, devendo neste caso ser sinalizada
em toda sua extenso, por meio de sinais de alerta aos motoristas nos 2 (dois)
extremo s e iluminao durante a noite, respeitando-se legislao do Cdigo
de Obras Municipal e de trnsito em vigor.
Existindo risco de queda de materiais nas edificaes vizinhas, estas
devem ser protegidas.Em se tratando de prdio construdo no alinhamento do terreno, a obra
deve ser protegida, em toda a sua extenso, com fechamento por meio de tela.
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Imagem 11: Tapume
Fonte: a autora
3.1.9 Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA nas
empresas da indstria da construo
A empresa que possuir na mesma cidade um ou mais canteiros de obra
ou frentes de trabalho, com menos de setenta empregados, deve organizar
CIPA centralizada, portanto a Empresa CONAK, responsvel pela obra do
Edifcio do Tower Center possui Comisso Interna de Preveno de Acidentes.
A CIPA centralizada ser composta de representantes do empregador e
dos empregados, devendo ter pelo menos um representante titular e um
suplente, por grupo de at cinquenta empregados em cada canteiro de obra oufrente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5.
Ficam desobrigadas de constituir CIPA os canteiros de obra cuja
construo no exceda a cento e oitenta dias, devendo, para o atendimento do
disposto neste item, ser constituda comisso provisria de preveno de
acidentes, com eleio paritria de um membro efetivo e um suplente, a cada
grupo de cinquenta trabalhadores.
3.2 DEFINIO DE CANTEIRO DE OBRAS
Canteiro de obras pode ser definido como a rea destinada execuo
das atividades do ambiente da obra e instalao das ferramentas e
equipamentos, que so de uso indispensvel para realizao dessas atividades
(OLIVEIRA; SERRA, 2006). Segundo a NR-18 (1996), canteiro de obras a
rea de trabalho fixa e temporria, onde se desenvolvem operaes de apoio eexecuo de uma obra. De acordo com a NB-1367 (1991), o canteiro de obras
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se destinada execuo e apoio dos trabalhos da indstria da construo,
dividindo-se em reas operacionais e reas de vivncia.
Para Limmer (1997), quanto definio do tamanho das instalaes de
um canteiro, esse depender do tamanho e da localizao do projeto que
dever ser realizado, e quando bem projetado o canteiro, possvel gerar
impactos significativos nos custos e durao da obra.
Ainda de acordo com o autor, necessrio para instalao do canteiro:
definir o escopo da construo; realizar anlise do empreendimento os
objetivos do proprietrio e as particularidades a serem observadas;
desenvolver o Plano de Execuo da Construo; definir, estruturar o mtodo
de execuo da obra e estabelecer fluxograma de materiais; estruturar os
processos de construo, e ordenar as fases de execuo da obra; detalhar as
fases, e definir como sero executadas; projetar as instalaes, da fbrica e
as operacionais auxiliares; estabelecer cronograma de execuo da obra;
definir as equipes de construo e estruturar o seu comando; estabelecer
princpiosos de gerenciamentoe de controle de seu andamento.
Outro aspecto relevante ao estudo do canteiro justamente referente
sua tipologia, pois a mesma ser fundamental na elaborao do projeto do
canteiro, sendo especfico para cada projeto.
De acordo com Illingworth (1993), com relao tipologia, os canteiros
de obras podem ser: restritos, amplos e longos e estreitos. Os canteiros
restritos podem ser encontrados com maior frequncia nos grandes centros
das cidades ou onde o custo por rea construda mais elevado, tendo em
vista que neste caso as edificaes ocupam geralmente o terreno total na
tentativa de aproveitar o mximo de lucro. Diante dessa realidade, o autor
declara que necessrio ter uma ateno e um cuidado em especial noplanejamento de canteiros restritos, demonstrando clareza e objetividade nos
critrios adotados.
Ainda considerando a tipologia descrita por Illingworth (1993), os
canteiros considerados amplos so aqueles no qual a edificao ocupa uma
pequena parte do terreno completo, contribuindo com espaos significantes
para o fluxo de materiais e pessoas, disponibilizao de reas para estocagem
e recebimento. Os longos e estreitos possuem poucas vias de acesso ao
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canteiro, impossibilitando o fluxo ideal de materiais e trabalhadores necessrio
no decorrer da execuo da obra.
Esse estudo e anlise da tipologia do canteiro permitiro a elaborao de um
projeto que contemple com nitidez a definio dos locais que sero destinados
aos elementos no interior do canteiro de obras.
3.3 TIPOS DE CANTEIROS DE OBRAS
Embora na maior parte dos canteiros predominem os barracos em
chapas de compensado, existem diversas possibilidades para a escolha da
tipologia das instalaes provisrias, cada uma com suas vantagens e
desvantagens. Seja qual for o sistema utilizado, devem ser considerados os
seguintes critrios: custos de aquisio, custos de implantao, custos de
manuteno, reaproveitamento, durabilidade, facilidade de montagem e
desmontagem, isolamento trmico e impacto visual. A importncia de cada
critrio varivel conforme as necessidades da obra. Nesta seo so
apresentados dois sistemas: um sistema racionalizado em chapas de
compensado e o sistema de containers.
3.3.1 Sistema tradicional racionalizado
O sistema tradicional racionalizado representa um aperfeioamento dos
barracos em chapa de compensado comumente utilizados, de forma a
aumentar o seu reaproveitamento e facilitar a sua montagem e desmontagem.
O sistema racionalizado constitui-se de mdulos de chapa de
compensado resinado, com espessura mnima de 14 mm, ligados entre si porqualquer dispositivo que facilite a montagem e a desmontagem, tais como
parafusos, dobradias ou encaixes.
Os seguintes requisitos devem ser considerados na concepo do
sistema:
(a) Proteger as paredes do banheiro contra a umidade (requisito da NR-18),
revestindo-as, por exemplo, com chapa galvanizada ou pintura impermevel.
Com o mesmo objetivo, recomendvel que o piso dos banheiros sejafeito em contrapiso cimentado, e no em madeira;
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(b) Prever mdulos especiais para portas e janelas. As janelas
preferencialmente devem ser basculantes, garantindo iluminao natural
instalao;
(c) Fazer a cobertura dos barracos com telhas de zinco, as quais so mais
resistentes ao impacto de materiais se comparadas s telhas de fibrocimento.
Alm de usar telhas de zinco, pode ser necessria a colocao de uma
proteo adicional sobre os barracos, como, por exemplo, uma tela suspensa
de arame de pequena abertura;
(d) Pintar os mdulos nas duas faces, assim como selar os topos das chapas
de compensado, contribuindo para o aumento da durabilidade da madeira.
(e) Prever opo de montagem em dois pavimentos, j que esta ser uma
alternativa bastante til em canteiros restritos. Um problema que pode surgir ao
planejar-se um sistema com dois pavimentos a interferncia com a
plataforma principal de proteo. Nesse caso, uma soluo que tem sido aceita
pela fiscalizao o deslocamento da plataforma para a laje imediatamente
superior, somente no trecho em que existe interferncia.
O mesmo sistema descrito poderia tambm ser feito com chapas
metlicas galvanizadas, tomando-se o cuidado adicional, neste caso, de
acrescentar algum tipo de isolamento trmico s paredes, como por exemplo,
placas de isopor acopladas as mesmas. Deve-se estar atento ainda, para o fato
de que o sistema apresentado pode ser aproveitado tambm em reas
cobertas.
3.3.2 Containers
A utilizao de containers na construo uma prtica habitual empases desenvolvidos e uma alternativa adotada h algum tempo, por exemplo,
em obras de montagem industrial e grandes empreendimentos. Embora
atualmente venha ocorrendo uma disseminao do uso de containers em obras
de edificaes residenciais e comerciais, essa opo ainda pode ser
considerada minoritria se comparada aos barracos em madeira.
Apesar de existir a opo de compra de container com isolamento
trmico, o custo desta opo faz com que ela raramente seja utilizada,
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ocasionando a principal reclamao dos operrios em relao ao sistema: as
temperaturas internas so muito altas nos dias mais quentes.
4 METODOLOGIA DA VISITA
4.1 CARACTERIZAO DA VISITA
A visita se caracteriza de forma exploratria e de observao,
descrevendo tudo que visto e posteriormente registrado em relatrio.
4.2 LOCAL DE VISITA
O local de visita foi o Edifcio Tower Center, na Rua Sete de Setembro,
lote no 35, localizado no centro da cidade de So Miguel do Oeste, Santa
Catarina, prximo a Agncia dos Correios e Supermercado talo.
4.3 INSTRUMENTOS
Os instrumentos utilizados na visita so:
_ Dirio de obras;
_ Cmera fotogrfica.
4.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE INFORMAES NO
CANTEIRO DE OBRAS
Primeiramente fez-se contato com a empresa CONAK Construo eEmpreendimentos, na qual conversou-se com o Engenheiro Civil Fernando
Olavo Bieger, explicando os objetivos das visitas e apresentando tambm o
pedido de autorizao.
Pelo fato de ter mais acadmicos que necessitavam realizar as visitas no
mesmo local, o responsvel permitiu que uma vez por semana fosse realizada
a pesquisa, sendo que uma das condies era que fosse todos no mesmo dia e
horrios para que no atrapalhasse o bom andamento da obra e o trabalho dosfuncionrios.
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4.5 ANLISE DA VISITA
A anlise da visita ser feita na forma de uma discusso, relatando
detalhadamente o que foi realizado na obra no dia da visita, caractersticas do
canteiro de obras, organizao, desempenho, pontos positivos e negativos,
buscando compreender o que foi aprendido em sala de aula e como realmente
funciona as instalaes do local.
5 GESTO DE CANTEIRO DE OBRAS
5.1 PROCEDIMENTO PARA IMPLANTAO DE CANTEIRO DE
OBRAS
O processo de planejamento do canteiro visa a obter a melhor utilizao
do espao fsico disponvel, de forma a possibilitar que homens e mquinas
trabalhem com segurana e eficincia, principalmente atravs da minimizao
das movimentaes de materiais, componentes e mo de obra.
Tommelein (1992) dividiu os mltiplos objetivos que um bom
planejamento de canteiro deve atingir em duas categorias principais:
(a) objetivos de alto nvel: promover operaes eficientes e seguras e manter
alta a motivao dos empregados. No que diz respeito motivao dos
operrios destaca-se a necessidade de fornecer boas condies ambientais de
trabalho, tanto em termos de conforto como de segurana do trabalho. Ainda
dentre os objetivos de alto nvel, pode ser acrescentada definio de
Tommelein (1992) o cuidado com o aspecto visual do canteiro, que inclui a
limpeza e impacto positivo perante funcionrios e clientes. No seria exageroafirmar que um cliente, na dvida entre dois apartamentos (de obras diferentes)
que o satisfaam plenamente, decida comprar aquele do canteiro mais
organizado, uma vez que este pode induzir uma maior confiana em relao a
qualidade da obra;
(b) objetivos de baixo nvel: minimizar distncias de transporte, minimizar
tempos de movimentao de pessoal e materiais, minimizar manuseios de
materiais e evitar obstrues ao movimento de materiais e equipamentos.
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De acordo com Illingworth (1993), os canteiros de obra podem ser
enquadrados dentro de um dos trs seguintes tipos: restritos, amplos e longos
e estreitos.
O primeiro tipo de canteiro (restrito) o mais frequente nas reas
urbanas das cidades, especialmente nas reas centrais. Devido ao elevado
custo dos terrenos nessas reas, as edificaes tendem a ocupar uma alta
percentagem do terreno em busca de maximizar sua rentabilidade.
Em decorrncia disto, Illingworth (1993) afirma que os canteiros restritos
so os que exigem mais cuidados no planejamento, devendo-se seguir uma
abordagem criteriosa para tal tarefa.
Illingworth (1993) destaca duas regras fundamentais que sempre devem ser
seguidas no planejamento de canteiros restritos:
(a) sempre atacar primeiro a fronteira mais difcil;
(b) criar espaos utilizveis no nvel do trreo to cedo quanto possvel.
A primeira regra recomenda que a obra inicie a partir da divisa mais
problemtica do canteiro. O principal objetivo evitar que se tenha de fazer
servios em tal divisa nas fases posteriores da execuo, quando a construo
de outras partes da edificao dificulta o acesso a este local.
Os motivos que podem determinar uma divisa so vrios, tais como a
existncia de um muro de arrimo, vegetao de grande porte ou um desnvel
acentuado.
A segunda regra aplica-se especialmente a obras nas quais o subsolo
ocupa quase a totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construo,
a existncia de um layoutpermanente. Exige-se, assim, a concluso, to cedo
quanto possvel, de espaos utilizveis ao nvel do trreo, os quais possam ser
aproveitados para locao de instalaes provisrias e de armazenamento,com a finalidade de facilitar os acessos de veculos e pessoas, alm de
propiciar um carter de longo prazo de existncia para as referidas instalaes.
planejamento do canteiro deve ser encarado como um processo gerencial
como qualquer outro, incluindo etapas de coleta de dados e avaliao do
planejamento. sob essa tica que foi elaborado o mtodo apresentado nesse
trabalho, o qual considera a existncia de quatro etapas para o planejamento
de canteiros:(a) Diagnstico de canteiros de obra existentes;
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(b) Padronizao das instalaes e dos procedimentos de planejamento;
(c) Planejamento do canteiro de obras propriamente dito;
(d) Manuteno da organizao dos canteiros, baseando-se na aplicao
dos princpios dos programas 5S.
Nas prximas sees so apresentados os procedimentos de
implantao, os benefcios e as interfaces entre as etapas.
O diagnstico dos canteiros de obra existentes deve ser a primeira
atividade executada em um programa de melhorias, uma vez que so gerados
subsdios para a realizao das etapas de padronizao e planejamento.
O mtodo de diagnstico proposto consiste da aplicao conjunta de
trs ferramentas: uma lista de verificao (checklist), elaborao de croqui do
layout e registro fotogrfico.
A lista de verificao a mais abrangente dentre as ferramentas,
permitindo uma ampla anlise qualitativa do canteiro, no mbito da logstica e
do layout, segundo os seus trs principais aspectos: instalaes provisrias,
segurana no trabalho e sistema de movimentao e armazenamento de
materiais.
Cada um desses trs grupos envolve diversos elementos do canteiro.
Um elemento do canteiro definido como qualquer aspecto da logstica
no mbito dos trs grupos que merea ateno no planejamento, tais como,
por exemplo, refeitrio, elevador de carga ou armazenamento de cimento.
Todos os elementos devem satisfazer certos requisitos ou padres
mnimos de qualidade para o desempenho satisfatrio de suas funes.
Conhecer o terreno, planta de localizao, croquis especificamente no
que diz respeito s instalaes de canteiro, a padronizao pode trazer os
seguintes benefcios:(a) diminuio das perdas de materiais, como decorrncia do
reaproveitamento, da melhor qualidade e da utilizao mnima de componentes
nas instalaes (somente o especificado pelo padro, nada mais);
(b) facilidade para o planejamento do layout dos novos canteiros, pois muitos
dos padres so dados necessrios realizao da atividade;
(c) contribuio para a formao de uma imagem da empresa no mercado,
lembrando que a qualidade do padro o fator que determina se esta imagem positiva ou negativa;
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(d) conformidade com os requisitos da NR-18 (SEGURANA, 2003), evitando
multas e prevenindo acidentes;
(e)possibilidade de elaborao de um modelo bsico de PCMAT.
O processo de planejamento de canteiros de obras (Programa de
Condies e Meio Ambiente de Trabalho) a partir dos padres estabelecidos.
Desta forma o PCMAT refletir a realidade da empresa, ao contrrio do que
aconteceria se a elaborao do mesmo no considerasse as reais prticas
(padres) da empresa;
(f) estabelecimento da base, a partir da qual o processo de introduo de
melhorias nos canteiros implantado.
Apesar destes benefcios potenciais, so poucas as empresas que
possuem seus canteiros padronizados. Durante o j citado diagnstico junto
quarenta canteiros no Rio Grande do Sul foi constatado o pouco uso da
padronizao, tendo sido observadas as seguintes prticas:
(a) as melhorias existentes em um canteiro no eram estendidas aos demais,
ainda que tratassem de instalaes simples, como o uso de dosadores de gua
ou depsitos para entulho;
(b) a improvisao e a falta de uma estratgia definida acerca da tipologia das
instalaes provisrias era visvel, no existindo nenhum documento que
registrasse o sistema utilizado pela empresa. Deste modo, detectava-se o uso,
dentro da mesma empresa, de diferentes sistemas em chapas de compensado,
ou o uso no criterioso de instalaes em alvenaria e compensado;
(c) as instalaes de segurana tambm eram improvisadas, salientando-se
itens como os corrimos provisrios de escadas, proteo no poo do elevador
e andaimes. Algumas dessas instalaes, como os guarda-corpos do poo do
elevador, eram indevidamente retiradas pelos operrios para uso em outroslocais da obra, o que em parte devia-se ao carter precrio das mesmas.
O processo de planejamento de canteiros de obras
(a) sistema construtivo das instalaes provisrias;
(b) instalaes provisrias - acessos obra: tapumes, placa da empresa,
porto para pessoas, porto para veculos, acesso coberto;
(c) instalaes provisrias - reas de vivncia e de apoio: planto de vendas,
guarita do vigia, escritrio, almoxarifado, refeitrio, vestirio e instalaessanitrias;
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(d) segurana na obra - protees contra quedas de altura: escadas, escadas
de mo, poos de elevadores, proteo contra queda na periferia dos
pavimentos, aberturas no piso, bandejas salva-vidas, andaimes suspensos,
elevador de passageiros;
(e) segurana na obra - elevador de carga;
(f) segurana na obra - instalaes complementares: sinalizao de segurana,
EPIs e uniforme, caixa de capacetes para visitantes, instalaes eltricas,
proteo contra incndio, serra circular;
(g) movimentao e armazenamento de materiais: vias de circulao, entulho,
produo de argamassa e concreto, armazenamentos de cimento, agregados,
blocos, ao e tubos de PVC;
(h) planejamento de layout: envolve diretrizes para dimensionamento e locao
das instalaes de canteiro; e
(i) manuteno da organizao dos canteiros: programa 5S.
Uma alternativa simples para a redao dos padres consiste na redao dos
mesmos sob a forma de checklists, os quais apenas referenciam as pginas do
manual nas quais podem ser encontradas as figuras necessrias sua
interpretao.
O processo de planejamento de canteiros de obras
(a) anlise preliminar: esta etapa envolve a coleta e a anlise de dados, sendo
fundamental para a execuo qualificada e gil das demais etapas. A no
realizao completa e antecipada da anlise preliminar pode provocar
interrupes e atrasos durante as etapas posteriores, visto que faltaro as
informaes necessrias para a tomada de decises.
As empresas que possuem suas instalaes de canteiro padronizadas
realizaro com maior facilidade esta etapa, uma vez que boa parte dasinformaes requeridas esto prontamente disponveis. As principais
informaes que devem ser coletadas nessa etapa so as seguintes: Programa
de necessidades do canteiro: devem ser listadas todas as instalaes de
canteiro que devero ser locadas, estimando-se a rea aproximada necessria
para cada uma delas. Para tanto, recomenda-se o uso de um checklist .
Informaes sobre o terreno e o entorno da obra: devem estar disponveis
informaes tais como a localizao de rvores na calada e dentro do terreno,pr-existncia de rede de esgoto, passagem de rede alta tenso em frente ao
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prdio, desnveis do terreno, rua de trnsito menos intenso caso o terreno seja
de esquina, etc. Mesmo que estas informaes estejam representadas nas
plantas dos vrios projetos, recomendvel a conferncia in loco;
Definies tcnicas da obra: devem estar definidas as principais
tecnologias construtivas adotadas, a fim de que se possa ter claro quais sero
os espaos necessrios para a circulao, estocagem de materiais e reas de
produo. So exemplos de definies desta natureza o tipo de estrutura
(concreto usinado, pr-moldados, estrutura de ao, etc.), tipo de argamassa
(ensacada, pr-misturada ou feita na obra), tipo de bloco de alvenaria ou tipo
de revestimento de fachadas;
Cronograma de mo de obra: deve ser estimado o nmero de operrios
no canteiro para trs fases bsicas do layout, ou seja, para a etapa inicial da
obra a etapa de pico mximo de pessoal e a etapa final ou de desmobilizao
do canteiro;
Cronograma fsico da obra: a elaborao do cronograma de layout
requer a consulta ao cronograma fsico da obra, uma vez que normal a
existncia de interferncias entre ambos. Embora o cronograma fsico original
possa sofrer pequenas alteraes para viabilizar um layout mais eficiente,
deve-se, na medida do possvel, procurar tirar proveito da programao
estabelecida sem alter-la. Entretanto so comuns situaes que exigem, por
exemplo, o retardamento da execuo de trechos de paredes, rampas ou lajes
para viabilizar a implantao do canteiro. Alm destas anlises de atrasos ou
adiantamento de servios, o estudo do cronograma fsico permite a coleta de
outras informaes importantes para o estudo do layout, como, por exemplo, a
verificao da possibilidade de que certos materiais no venham a ser
estocados simultaneamente a outros (blocos e areia, por exemplo), o prazo deliberao de reas da obra passveis de uso por instalaes de canteiro, prazo
de incio da alvenaria (para reservar rea de estocagem de blocos), etc.;
Consulta ao oramento: com base no levantamento dos quantitativos de
materiais e no cronograma fsico, podem ser estimadas as reas mximas de
estoque para os principais materiais.
(b) arranjo fsico geral: a etapa de definio do arranjo fsico geral, tambm
denominado de macro-layout, envolve o estabelecimento do local em que cadarea do canteiro (instalao ou grupo de instalaes) ir situar-se, devendo ser
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estudado o posicionamento relativo entre as diversas reas. Nesta etapa, por
exemplo, define-se de forma aproximada, a localizao das reas de vivncia,
reas de apoio e rea do posto de produo de argamassa;
(c) arranjo fsico detalhado: envolve o detalhamento do arranjo fsico geral, ou a
definio do micro-layout, no qual estabelecida a localizao de cada
equipamento ou instalao dentro de cada rea do canteiro. Nesta etapa
define-se, por exemplo, a localizao de cada instalao dentro das reas de
vivncia, ou seja, as posies relativas entre vestirio, refeitrio e banheiro,
com as respectivas posies de portas e janelas;
(d) detalhamento das instalaes: definido o arranjo fsico do canteiro, faz-se
necessrio planejar a infraestrutura necessria ao funcionamento das
instalaes. Desta forma, com base nos padres da empresa, devem ser
estabelecidos, por exemplo, a quantidade e tipos de mesas e cadeiras nos
refeitrios, quantidades e tipos de armrios nos vestirios, tcnicas de
armazenamento de cada material, tipo de pavimentao das vias de circulao
de materiais e pessoas, local e forma de fixao das plataformas de proteo,
etc.;
(e) cronograma de implantao: este cronograma deve apresentar
graficamente o sequenciamento das fases de layout, alm de explicitar as
fases ou eventos da execuo da obra (concretagem de uma laje, por exemplo)
que determinam uma alterao no layout. O cronograma de implantao pode
estar inserido no plano de longo prazo de produo, sendo til para a
divulgao do planejamento, para a programao da alocao de recursos aos
trabalhos de implantao do canteiro, e, ainda, para o acompanhamento da
implantao, facilitando a identificao.
O layout j deve ser estudado a partir do momento em que estiverdisponvel o anteprojeto arquitetnico do edifcio. Contudo, nessa etapa ainda
no h necessidade de dimensionar e locar com preciso as instalaes.
A considerao do layout j nesta etapa tem como principal objetivo
permitir que, na medida do possvel, o projeto arquitetnico e os projetos
complementares possam considerar as necessidades do projeto do canteiro de
obras. Tal prtica tende a evitar que o projeto do canteiro seja, como ocorre
muitas vezes, uma mera consequncia das restries impostas pelos projetosexecutivos.
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Obviamente que as interferncias do canteiro nos outros projetos no
iro implicar em mudanas radicais na concepo inicial dos projetos. Embora
as mudanas devam se limitar a intervenes de pequeno impacto, elas podem
ser fundamentais para a viabilizao de um layout eficiente. Dentre os assuntos
que podem ser objeto de interveno podem ser citadas a largura ou o
dimensionamento de uma rampa para passagem de caminhes ou a execuo
de um detalhe na fachada para viabilizar a colocao de uma grua.
O planejamento do canteiro deve preferencialmente ser coordenado pelo
gerente tcnico da obra. Alm deste, fundamental a participao do mestre
de obras e de representantes dos empreiteiros envolvidos. Caso o estudo seja
feito ainda durante a etapa de anteprojeto, deve ser elaborada uma planta de
anteprojeto do canteiro para ser encaminhada a todos os projetistas, a fim de
que todos verifiquem a existncia de eventuais interferncias com seus
projetos.
comum que exista entre os profissionais da construo civil a
percepo de que canteiros de obra so locais destinados a serem sujos e
desorganizados, caractersticas determinadas pela natureza do processo
produtivo e pela baixa qualificao da mo de obra. Os diagnsticos realizados
junto aos quarenta canteiros de obra, confirmaram que, na maior parte destas
obras, a desorganizao dos canteiros realmente confirma esta percepo.
Entretanto, algumas obras mostraram-se significativamente superiores
s demais em termos de limpeza e organizao. A causa identificada para essa
melhor situao foi a existncia, nestas empresas, de programas de
envolvimento dos funcionrios gesto do canteiro. Tais programas, atravs
de treinamento, colocao de metas, avaliao de desempenho e premiaes,
conscientizavam e estimulavam os trabalhadores a manter a obra limpa eorganizada.
Estes programas tm como base os princpios dos programas 5S, os
quais visam a criar nas organizaes um ambiente propcio a implantao de
programas de qualidade, atravs do desenvolvimento de cinco prticas ou
sensos nos indivduos: descarte (seiri), ordem (seiton), limpeza (seiso), asseio
(seiketsu) e disciplina (shitsuke) (OSADA, 1992).
A primeira prtica, o descarte, tem como princpio identificar materiais ouobjetos que so desnecessrios no local de trabalho e encaminh-los ao
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descarte, retirando-os do canteiro de obras. Alm de liberar reas do canteiro,
o descarte pode resultar em benefcios financeiros atravs da venda dos
materiais.
A segunda prtica, a organizao, visa a estabelecer lugares certos para
todos os objetos, diminuindo o tempo de busca pelos mesmos. A
implementao da prtica pode se dar atravs de comunicao visual e
padronizao. A definio de lugares certos para cada documento no escritrio,
etiquetamento de prateleiras de materiais no almoxarifado ou o uso de uma cor
diferente nos capacetes dos visitantes, so exemplos de prticas adotadas.
A terceira prtica, a limpeza, visa a, alm de tornar mais agradvel o
ambiente de trabalho, melhorar a imagem da empresa perante clientes e
funcionrios e facilitar a manuteno dos equipamentos e ferramentas. Um
local mais limpo mais transparente, permitindo a identificao visual de
problemas e facilitando o acesso aos equipamentos.
A quarta prtica, o asseio, tem como objetivos conscientizar os
trabalhadores acerca da importncia de manter a higiene individual, assim
como de manter condies ambientais satisfatrias de trabalho, tais como os
nveis de rudo, iluminao e de temperatura.
A ltima prtica, a da disciplina, visa a desenvolver a responsabilidade
individual e a iniciativa dos trabalhadores, podendo ser desenvolvida atravs do
treinamento. Esta prtica pode ser medida, por exemplo, atravs dos nveis de
utilizao dos equipamentos de proteo individual (EPI).
Diversas empresas de construo tm implantado programas de
manuteno
da organizao dos canteiros com base nestes princpios, porm em muitos
casos sem a utilizao do termo 5S ( comum o programa SOL -segurana,organizao e limpeza) e sem um estudo mais aprofundado de suas
recomendaes de implantao, o que tem limitado sua eficincia. Tratando
especificamente da aplicao do programa 5S organizao dos canteiros,
sugerem-se as seguintes diretrizes para implantao:
(a) definir critrios objetivos de avaliao: devem ser listados os itens do
canteiro a serem avaliados e estabelecidos os critrios de avaliao para cada
item. Deve ser observado que os critrios de avaliao devem ser alterados na
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medida em que j estiverem incorporados rotina do canteiro, sendo
substitudos por critrios novos ou mais exigentes.
(b) estabelecer avaliadores e periodicidade de avaliao: a avaliao no deve
ser feita unicamente por algum diretamente interessado no seu resultado, tal
como o mestre, os operrios ou o engenheiro da obra. Assim, recomendvel
que alm da participao de membros internos obra, exista tambm um
avaliador externo, representado, por exemplo, por outro engenheiro da
empresa ou um consultor. Quanto periodicidade de avaliao, a prtica mais
comum a avaliao semanal, podendo ou no ter dia e horrio pr-fixados. O
fato de no haver um dia preestabelecido normalmente vantajoso, uma vez
que evita a organizao circunstancial do canteiro.
(c) estabelecer sistema de premiao: devem ser tomados alguns cuidados na
definio da premiao, uma vez que a mesma constitui importante fator de
motivao dos funcionrios envolvidos no programa. Inicialmente, deve-se
estabelecer se a premiao (e no a avaliao) ser individual ou coletiva.
Recomenda-se que a definio da premiao seja feita em conjunto com os
trabalhadores, podendo ser alterada no decorrer do tempo. Outro assunto
importante o estabelecimento do patamar de desempenho necessrio para
receber a premiao. Nesse sentido, sugere-se a definio de um limite mnimo
de desempenho, acima do qual todas as obras da empresa sero premiadas,
mesmo que alguma obra se sobressaia sobre as demais. Um sistema de
concorrncia entre obras poderia ser utilizado paralelamente a este, dando um
prmio adicional para a melhor obra. Contudo, o uso exclusivo do sistema de
concorrncia no recomendvel, j que poderia ocorrer favorecimento de
obras com determinadas caractersticas ou fases de execuo mais fceis de
serem gerenciadas.(d) forma de expressar os resultados: os itens e critrios de avaliao, assim
como os resultados da mesma, devem ser expressos no canteiro da forma
mais transparente e objetiva possvel, de modo que todos os trabalhadores
possam compreender seu significado.
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5.2 ESTOQUE DE MATERIAIS
O principal fator a considerar no dimensionamento do almoxarifado o
porte da obra e o nvel de estoques da mesma, o qual determina o volume de
materiais e equipamentos que necessitam ser estocados. O tipo de material
estocado tambm uma considerao importante. No caso da estocagem de
tubos de PVC, por exemplo, necessrio que ao menos uma das dimenses
da instalao tenha, no mnimo, 6,0 m de comprimento.
Deve-se observar que o volume estocado varivel ao longo da
execuo da obra, de modo que, em relao fase inicial da obra, pode haver
necessidade de ampliar a rea disponvel nas fases seguintes em duas ou
mais vezes. Em um estudo de caso realizado, esta variao dimensional ficou
bastante evidente: o almoxarifado inicial ocupou uma rea de apenas 3,6 m,
sendo a mesma posteriormente ampliada para 30 m. Em seis obras de porte
semelhante (prdios de seis a nove pavimentos com rea construda mdia de
aproximadamente 1600 m a rea mdia do almoxarifado, para a situao mais
desfavorvel ao longo da execuo, foi de 27 m.
O almoxarifado abriga as funes de armazenamento e controle de
materiais e ferramentas, devendo situar-se idealmente, prximo a trs outros
locais do canteiro, de acordo com a seguinte ordem de prioridades: ponto de
descarga de caminhes, elevador de carga e escritrio.
A necessidade de proximidade com o ponto de descarga de caminhes
e com o elevador de carga evidente. No primeiro caso, a justificativa o fato
de que muitos materiais so descarregados e armazenados diretamente no
almoxarifado. No segundo caso, considera-se que vrios destes materiais
devem ser, no momento oportuno, transportados at o seu local de uso nospavimentos superiores, usualmente atravs do elevador. J a proximidade com
o escritrio desejvel devido aos frequentes contatos entre o mestre de-
obras e o almoxarife, facilitando-se, assim, a comunicao entre ambos.
Caso exista almoxarife, a configurao interna do almoxarifado deve ser
tal que a instalao seja dividida em dois ambientes: um para armazenamento
de materiais e ferramentas (com armrios e etiquetas de identificao), e outro
para sala do almoxarife, com janela de expediente, atravs da qual so feitasas requisies e entregas. Ainda importante lembrar que no almoxarifado (ou
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no escritrio) deve ser colocado um estojo com materiais para primeiros
socorros.
Nos canteiros onde existem subempreiteiros de menor porte no
vinculados ao empreiteiro principal da obra (os de instalaes hidrulica e
eltrica, por exemplo), frequentemente esses subempreiteiros utilizam uma
mesma dependncia para as funes de vestirio e almoxarifado. Embora no
seja recomendvel, alguns subempreiteiros resistem ao abandono dessa
prtica, justificando-se na preocupao em zelar pelas suas ferramentas e pelo
pouco entrosamento com os demais operrios da obra.
Uma desvantagem dessa situao o fato de que muitas vezes difcil
locar este vestirio-almoxarifado extra prximo do ponto de descarga de
caminhes, do elevador de carga e das instalaes sanitrias da obra, sendo
necessrio estabelecer prioridades. Devido ao volume relativamente pequeno
de materiais e ferramentas, que geralmente so guardados nestes
almoxarifados, e com o objetivo de otimizar o uso das instalaes
hidrossanitrias, recomenda-se priorizar a locao destes subempreiteiros em
posio prxima aos banheiros. Outro aspecto negativo o fato de que a
situao d margem para que outros subempreiteiros de menor porte tambm
passem a exigir instalaes privativas, criando dificuldades de layout
semelhantes s citadas.
Em relao ao controle de retirada e entrega de ferramentas, uma boa
medida a implantao de uma sistemtica formal de registro e cobrana
diria das ferramentas entregues aos trabalhadores.
Para o controle de entrada e sada de materiais, a tcnica mais simples
a utilizao de planilhas de controle de estoque, as quais devem conter
campos tais como fornecedor, especificao do material, local de uso, saldo,datas de entrega e retirada e responsvel pela retirada.
5.3 ELEMENTOS DO CANTEIRO DE OBRAS
Os elementos do canteiro podem ser aqueles que esto ligados
diretamente com o processo de produo, como por exemplo, os locais
reservados no canteiro para armao de ferragem ou carpintaria ou tambmpodendo estar ligados de forma indireta dando apoio a produo, no caso das
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reas destinadas para estoque de materiais no interior do canteiro de obras,
complementando ainda tem-se as reas de apoio administrativo, os
laboratrios para efetuar testes e ensaios, entre outros.
Segundo Ferreira e Franco (1998), precisa-se definir as prioridades para
alocao dos elementos no canteiro, analisar os espaos necessrios e
disponveis, considerando as restries existentes sua utilizao. A
priorizao dos elementos do canteiro de obras deve ser realizada com o
intuito de garantir que os elementos mais importantes para o processo de
produo da edificao tenham condies de ser alocados em condies mais
adequadas, e os outros elementos ajustados s condies disponveis,
inclusive alterao das especificaes de espao, ou alocados em rea fora do
canteiro, se for o caso.
Porm no processo de produo de um empreendimento existem
diversas fases, e essas por sua vez passam por vrias mutaes. Tendo em
vista que, a logstica do canteiro est relacionada com essas mudanas de
fases, isso implicar consequentemente em determinadas variaes do arranjo
fsico do canteiro. No decorrer de execuo da obra, o canteiro modifica-se
constantemente em funo da matria prima a ser utilizada, da locao de mo
de obra do servio, disposio dos materiais, mquinas e equipamentos, entre
outros.
Segundo Formoso (1999), o canteiro de obras se apresenta sempre em
constante mutao, pois ao decorrer do prazo de execuo da obra, fato a
existncia de grandes mudanas fsicas das instalaes do canteiro, conforme
o transcorrer das etapas de construo do empreendimento.
Ferreira e Franco (1998), quando definido o arranjo fsico que contemple as
diversas fases do processo de produo da obra no canteiro, deve-se realizar odetalhamento dos elementos, com a diviso funcional de cada ambiente e a
localizao de mveis, mquinas, instrumentos e equipamentos, seguindo os
mesmos princpios do arranjo fsico do canteiro. Deve-se incluir o projeto
evolutivo das fases do canteiro de obras, os fluxos dos processos,
especificaes para recebimento, armazenamento e movimento de materiais,
recomendaes para mobilizao, desmobilizao, operao e manuteno
dos equipamentos, especificaes dos diferentes elementos do canteiro, e
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recomendaes para comunicao, iluminao, sinalizao e limpeza no
interior do canteiro.
O processo de produo inicia-se com a fase de formao da ideia do
tipo de edificao que poder ser construda, dando sequncia com o
planejamento do canteiro de obras, avaliao dos suprimentos necessrios
para a construo de acordo com a etapa que se encontra o empreendimento,
manuteno de equipamentos, instrumentos e mquinas a serem utilizadas na
obra, execuo e para finalizar a limpeza do terreno para entrega da
edificao, de acordo com o prazo previsto de entrega, visando ainda
racionalizao dos recursos.
Salim e Formoso (2006), definem o planejamento do canteiro de obras
sendo simplesmente como: o planejamento da logstica e do layout das suas
instalaes temporrias, estocagem e armazenagem de materiais da obra, e as
instalaes de segurana.
De acordo com Tommelein et al. (1992), bons projetos de canteiro
devem atender e alcanar diversos objetivos, e esses so classificados como:
objetivos de alto nvel e baixo nvel.
Segundo o autor, os objetivos de alto nvel so: promover operaes
eficientes e seguras, manter os trabalhadores motivados na obra,
proporcionando ambiente de trabalho agradvel tanto no que diz respeito
segurana do trabalho como na organizao e limpeza do canteiro, gerando
impacto positivo perante os funcionrios e clientes. Os considerados de baixo
nvel so: minimizao de deslocamento no transporte de materiais e
equipamentos, reduo dos tempos de movimentao de trabalhadores e
materiais, minimizao no manejo de materiais e evitar obstruo nas vias de
circulao de materiais e equipamentos. No entanto, para ser considerado umbom projeto dever atingir os objetivos de alto nvel e baixo nvel.
Contudo, na elaborao do projeto necessrio que se oferea uma
ateno especial, para que assim, seja possvel atingir os resultados desejados
na construo do empreendimento. Portanto, essencial que o arranjo fsico
do canteiro de obras seja feito atravs de um projeto cuidadosamente
elaborado que contemple a execuo do empreendimento como um todo,
prevendo as diferentes fases da obra e as necessidades e condicionantes paracada uma delas (FRANCO, 1992).
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circulao, no transporte de materiais, movimentao de pessoas e
trabalhadores, equipamentos e instrumentos utilizados no transcorrer da obra.
necessrio, portanto alocar espaos do terreno total da obra tanto para
recebimento e armazenamento de materiais, como vias de circulaes dos
materiais, equipamentos e movimentao da prpria mo de obra.
Vale ressaltar que o projeto arquitetnico importante na localizao
dos espaos onde sero arranjados os elementos do canteiro, uma vez que
dispe das informaes de localizao no terreno total do desenho da obra,
limitando-se a partir da os espaos que sero destinados para esses
elementos.
Ainda com relao s disposies dos elementos no canteiro, que pode
ser considerada como outro fator interferente no andamento da obra se
realizadas de forma errnea.
possvel observar que nesse caso o critrio utilizado para alocao
dos elementos feito aleatoriamente, logo provvel que se tenha um
deslocamento maior desse local at a construo da obra, aumentando o
tempo de deslocamento do trabalhador ao local do servio.
Porm devem-se minimizar as distncias, que consequentemente
acarretar na reduo do tempo de transferncia de um local para outro, do
operrio no transporte de materiais, mquinas e equipamento. Ao no se definir
reas claras e objetivas para recebimento, armazenagem e movimentao dos
insumos o que comum de se observar na construo de edificaes, termina-
se impossibilitando a fluncia e a eficcia no processo produtivo, acarretando
efeitos nocivos de segurana do trabalho no canteiro de obras. (SANTOS,
1995).
Saurim e Formoso (2006), ao propor diretrizes para movimentao earmazenamento de materiais no canteiro necessrios ao seu planejamento,
agruparam essas em nove categorias, so elas: dimensionamento das
instalaes, definio do layout das reas de armazenamento, posto de
produo de argamassa e concreto, vias de acesso, disposio do entulho,
armazenamento de cimentos e agregados, armazenamento de blocos e tijolos,
armazenamento de ao e armaduras, e armazenamento de tubos de PVC.
Saurim e Formoso (2006) ainda relatam que, no estudo do layout docanteiro deve-se procurar que os materiais sejam descarregados o mais
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prximo possvel do local de uso, ou sejam descarregados o mais prximo
possvel do equipamento de transporte vertical.
Na busca por maximizao dos lucros de produo deve-se eliminar
todas as disfunes do sistema produtivo, sendo uma delas o processo de
transporte, manuseio e armazenagem de materiais realizados de maneira
inadequada, contribuindo assim para ocorrncia de acidentes e/ou doenas do
trabalho (RODRIGUES, 1985).
As aes desenvolvidas pelos trabalhadores tambm devem ser
analisadas e at mesmo cronometradas, tendo em vista que podem ocorrer
pausas que no foram planejadas em decorrncia de ausncia do trabalhador
no local do servio ou diminuio na progresso das atividades executadas.
notvel a interferncia do tempo de execuo das atividades no andamento da
obra.
possvel observar em determinadas construes, durante algumas
fases dos empreendimentos, s execues das obras sendo interrompidos, por
falta de material, equipamentos ou at mesmo de mo de obra. De acordo com
Limmer (1997), tal como o cronograma de mo de obra, tambm o cronograma
de materiais e de equipamentos incorporados ao empreendimento baseia-se
no cronograma fsico do projeto e objetiva fornecer ao setor de suprimentos,
com a devida antecedncia, todos os dados referentes aos fornecimentos
necessrios implementao do projeto durante todas as etapas da sua fase
de construo, vindo a contribuir com o processo de sequncia das atividades
planejadas, cumprindo com os prazos estabelecidos para execuo de cada
uma delas.
O entulho e objetos que no tem mais finalidade, na produo no interior
do canteiro de obras e mesmo assim permanecem no local de trabalho, geramuma sujeira e desorganizao no canteiro, obstruo das vias de circulao,
alm de tornar o local mais susceptvel ocorrncia de acidentes de trabalho.
Portanto, preciso descart-los do canteiro para assim proporcionar
visualmente um ambiente mais limpo e organizado, alm de liberar uma rea
que antes era inutilizada. Desta forma garante segurana durante todo o
processo de execuo da obra. Sendo assim importante analisar os
componentes necessrios para se implantar o projeto do canteiro a fim dediminuir os desperdcios gerados durante a execuo da obra.
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5.4 DESPERDCIO DE MATERIAIS
A indstria da construo civil foco das discusses no que diz respeito
ao consumo exagerado de materiais e elevada produo de desperdcios.
Relacionado com a organizao do canteiro de obras, o desperdcio no pode
ser visto apenas como material refugado, considerado como meros rejeitos,
mas sim como toda e qualquer perda durante o processo.Portanto qualquer
utilizao de recursos alm do necessrio para produo de determinado
produto, ser caracterizado como desperdcio.
Segundo Sabado e Cruz (2005) as empresas tm procurado maximizar
os lucros e para isso fazem uso de ferramentas para diminuir as perdas nos
processos produtivos. O aumento da competitividade estimula as empresas a
buscarem um diferencial competitivo.
Atualmente, o setor da construo civil tem demonstrado preocupao
em controlar e gerenciar as atividades relacionadas ao transporte de materiais
e aos desperdcios gerados nos canteiros de obras, com objetivo de minimizar
os custos e maximizar os lucros da produo, alm de garantir segurana
durante o processo. Um exemplo dessa preocupao o aumento significante
do uso de sistemas de paletizao no transporte de materiais nas obras,
buscando promover reduo de tempo e evitar as possveis perdas existentes
no processo de transporte.
O uso de sistemas paletizados proporciona significativas melhorias na
reduo de tempo e trabalhadores. Tanto no descarregamento na conferncia
nos veculos transportadores como na movimentao no interior do canteiro,
permitindo a diminuio de pessoal e do tempo. Alm disso, gera reduo nosndices de perdas diretas por quebras de materiais ou possveis prejuzos em
decorrncia de choques que ocorrem durante a movimentao (SILVA;
CARDOSO, 2000).
No transporte de materiais as perdas podem ocorrer devido ao manuseio
inadequado dos materiais e a m programao desse manuseio, em alguns
casos determinados materiais no seu estado final acaba tendo que retornar por
causa de excesso, caso em que a falha est relacionada ao layout ineficientedo projeto (FETZ, 2009).
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O planejamento e manuteno de um layout do canteiro de obra ajudam
a reduzir as movimentaes de materiais, diminuindo assim o gasto com mo
de obra para realizar estas atividades (BEZERRA, 2010).
Foi com a nova filosofia de produo que o controle e gerenciamento
sobre essas atividades alcanaram destaque. Koskela (1992) foi um dos
responsveis por essa nova filosofia de produo na Construo civil que se
contrape a filosofia de produo tradicional.
Segundo o autor, a nova filosofia de produo esta firmada na
observao de que se tm dois aspectos em todo sistema de produo, so
eles: Converso e Fluxo. Somente as atividades de converso agregam valor
ao material ou a uma parte de informao, desta forma origina se o produto
final. Enquanto as demais atividades consomem custo e tempo. Logo, as
atividades de fluxo que no agregam valor ao produto devem apresentar
melhorias nos seus processos, no entanto as duas atividades esto
intimamente ligadas, da a necessidade de primeiramente enfocar procurando a
minimizao ou eliminao desse tipo de atividades, para que assim as
atividades que agregam valor ao produto sejam desenvolvidas com mais
eficincia.
Acrescenta ainda que, os dois aspectos apresentados acima, devem ser
considerados no projeto, controle e melhorias no sistema de produo. Os
princpios gerenciais da filosofia de produo tradicional consideram que todas
as atividades agregam valor ao produto final.
Ressalta-se, que a melhoria da eficincia do uso de materiais dever
contribuir significativamente na reduo dos desperdcios e consequentemente
crescimento na produtividade da empresa.
5.5 RECICLAGEM NA CONSTRUO E DESTINO DOS ENTULHOS
O entulho da construo civil uma montanha diria de resduos
formada por argamassa, areia, cermicas, concretos, madeira, metais, papis,
plsticos, pedras, tijolos, tintas, etc.tornou-se um srio problema nas grandes
cidades brasileiras. E deveria estar na pauta das administraes municipais, j
que a partir de julho de 2004, de acordo com a resoluo 307 do ConselhoNacional do Meio Ambiente (CONAMA), as prefeituras estaro proibidas de
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receber os resduos de construo e demolio no aterro sanitrio. Cada
municpio dever ter um plano integrado de gerenciamento de resduos da
construo civil.
A quantidade de entulho gerado nas construes que so realizadas nas
cidades brasileiras demonstra um enorme desperdcio de material. Os custos
este desperdcio so distribudos por toda a sociedade, no s pelo aumento
do custo final das construes como tambm pelos custos de remoo e
tratamento do entulho. Os entulhos provenientes das construes nas cidades
brasileiras acarretam srios desperdcios de materiais, custos de remoo e
Tratamento.
Estes resduos de construo civil so gerados por demolies, obras
em processo de renovao, em razo do desperdcio de materiais resultante da
caracterstica artesanal da construo.
No Brasil, 98% das obras ainda utilizam mtodos tradicionais (MARINHO,
1991).
A reciclagem de entulho prope uma soluo para os materiais que so
inevitavelmente perdidos. Esta medida permite a reutilizao de matrias-
primas, diminuindo a demanda por mais matria e o consumo energtico, alm
de proteger o meio-ambiente.
Embora ainda no existam estatsticas de todo o pas, em mdia, o
entulho que sai dos canteiros de obra brasileiros composto segundo
Camargo (1995), basicamente por:
_ 64% de argamassa;
_ 30% de componentes de vedao (tijolos e blocos);
_ 6% de outros materiais (concreto, pedra, areia, metlicos e plsticos).
possvel triturar mais de 90% do entulho, para ser utilizado comoagregado, na produo de componentes de construo e argamassas. So
estas possibilidades de reutilizao, que este trabalho ir tratar e estudar de
maneira a demonstrar a importncia do tratamento dos resduos da construo
civil, tornando o que era lixo em matria-prima novamente.
A importncia da reciclagem fundamental porque transforma
montanhas de resduos de construo em pilhas de matria-prima, que
abastecero novos empreendimentos, tendo como consequncia direta adiminuio da presso sobre o consumo destes bens naturais.
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A reutilizao um processo de reaplicao de um resduo, sem
transformao do mesmo, consiste no aproveitamento do resduo nas
condies em que descartado, sem qualquer alterao fsica, submetendo-o
a pouco ou nenhum tratamento; exigindo apenas operaes de limpeza,
embelezamento, identificao, entre outras, modificando ou no a sua funo
original.
A reciclagem o processo de reaproveitamento de um resduo, aps ter
sido submetido transformao. O resduo retorna ao sistema produtivo como
matria prima. Pode ser considerada como uma forma de tratamento de parte
do resduo slido gerado.
5.6 LIMPEZA DO CANTEIRO
Todo projeto de construo civil envolve uma grande quantidade de
materiais e funcionrios que esto, na maioria das vezes, trabalhando em um
cronograma apertado. No nenhuma surpresa que, no final da maioria dos
projetos, o canteiro de obras esteja bastante confuso, cheio de detritos,
materiais extras e sujeira.
Antes que o prdio possa ser considerado completo, o local deve ser
limpo de todos os materiais de construo e o canteiro de obras deve ser limpo
de cima para baixo. Esse trabalho tipicamente realizado por uma equipe de
limpeza de construo.
As grandes empresas podem ter um departamento especfico para essa
finalidade em suas equipes ou elas podem terceirizar o trabalho de limpeza
para outras companhias especializadas.
A primeira providncia investigar os requisitos de reciclagem da suaregio. Na maioria dos estados, as construtoras so obrigadas a reciclar alguns
materiais, incluindo madeira, drywall, metal e at mesmo concreto. Em So
Miguel do Oeste no existe nenhuma empresa que realize este trabalho, a
usina de reciclagem de entulhos da construo civil mais prxima e
especializada em reciclagem fica na cidade de Chapec, SC, cerca de 250 km
de distncia. Uma empresa em So Miguel do Oeste possui uma mquina que
tritura alguns tipos de material para ser utilizado posteriormente, mas no setem conhecimento do seu funcionamento e suas especificaes.
http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/construcao-civil/http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/construcao-civil/ -
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A contratao e transporte at a cidade de Chapec torna-se invivel
monetariamente, tornando invivel esta prtica, por isso estudos esto sendo
realizados para implantao de uma usina de reciclagem de lixo da construo
civil nesta cidade, na qual atenderia boa parte da regio extremo este, j que
So Miguel do Oeste encontra-se centralizada, facilitando atendimento de
todas empresas interessadas.
6 ANLISE DA VISITA AO EDIFCIO TOWER CENTER
A visita de obra aconteceu no Edifcio Tower Center nos dias: 31 de
julho, 08, 15 e 29 de agosto de 2012, sempre com acompanhamento do
Engenheiro responsvel pela obra ou Tcnico em Segurana do Trabalho.
Como eram muitos alunos realizando a visita, esta sempre foi feita em
grupos, com data e horrio pr agendados para no atrapalhar o
desenvolvimento da obra. Observando que a visita realizada do dia 31 de
agosto foi feita de maneira individual pois por motivo de vnculo de estgio,
desde o inicio da construo houve acompanhamento do desenvolvimento do
canteiro de obras.
O Edifcio Tower Center uma edificao comercial e residencial,
localizado na Rua Sete de Setembro, lote no 53, centro da cidade de So
Miguel do Oeste, Santa Catarina.
A construo em alvenaria, com estrutura de concreto armado, com doze
pavimentos, dividido em duas torres, conforme descrio a seguir:
PAVIMENTO REA
PAVIMENTO Trreo 454,71m
2 PAVIMENTO 470,60m
3 PAVIMENTO 470,60m
4 PAVIMENTO (tipo) 370,83m
5 PAVIMENTO (tipo) 370,83m
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6 PAVIMENTO (tipo) 370,83m
7 PAVIMENTO (tipo) 370,83m
8 PAVIMENTO (tipo) 370,83m
9 PAVIMENTO (tipo) 370,83m
10 PAVIMENTO (tipo) 370,83m
Garagem G01 390,05m2
Garagem G02 506,35m2
Garagem G03 389,48m2
Garagem G04 340,48m2
rea de festas 353,75m2
REA TOTAL 6.342,66m
A zona de construo do edifcio se encontra na rea central de So
Miguel do Oeste, sendo que foi aprovado sob o antigo Plano Diretor Municipal.
O projeto havia sido enviado para aprovao na prefeitura em julho de
2011 e s foi liberado em junho de 2012, como o pedido havia sido feito antes
de o novo PDM entrar em vigor, ficou aprovados ace
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