portugal post abril 2009
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PORTUGAL POSTDirector: Mário G. M. dos Santos
ANO XVI • Nº 177• Abril 2009 • Publicação mensal • 2.00 €
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Leia nesta edição
Página 13
Página 11
Página 7
Página 8
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Bar Cod
DortmundFaleceu
Renato Calvário
CAVACO SILVA ENCONTROU-SE COM A COMUNIDADE EM OSNABRÜCK
Número de emigrantes portugueses na Alemanhadiminuiu em finais de 2008
EstugardaDetidos dois
Subempreiteirosportugueses
Colónia capitalalemã do cinema
português
José Lello, dirigente do PS,
vem ajudar o SPD
Hamburgo
“Portugal necessita daajuda da sua diáspora” Página 3
Sabia que D. Afonso Henriques não queria ser rei e não bateu na mãe
mas sim no amante dela? Só não gostava do padrasto, Fernão Peres
de Trava. Afonso Henriques, o Conquistador dava-se bem com a mãe
e foi empurrado para a guerra pelos nobres e pela igreja que não
queriam ficar dependentes de Galiza e assim nasceu a independência
do condado portucalense. “A existência de Portugal é o nosso pri-
meiro erro”, conclui sem dúvidas, João Vasco Almeida, co-autor do
livro “12 Erros Que Mudaram Portugal”. Pág.10
“12 Erros Que Mudaram Portugal”
No final de 2008 viviam na Alemanha 114.451 portugueses, menos 630
do que em igual período do ano anterior, revelou o Instituto Federal
de Estatística (Destatis). Pág.10
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009
EditorialMário dos Santos
2
DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS
REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAHELENA GOUVEIA: BONAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE
CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAPAULO ALEXANDRE: HAMBURGOZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT
COLUNISTASANTÒNIO JUSTO: KASSELDORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA
ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO
FOTÓGRAFOS:PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG
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REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADEBURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUNDTEL.: (0231) 83 90 289FAX: (0231) 83 90 351WWW.PORTUGALPOST.DEE MAIL: CORREIO @ FREE.DE
REGISTO LEGAL: PORTUGAL POSTJORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHAISSN 0340-3718 • K 25853PROPRIEDADEPORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654
PORTUGAL POSTAgraciado com a medalha da Liberdadee Democracia da
Assembleia da RepúblicaFundado em 1993
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stava escrito que mais cedo ou mais
tarde partirias. As tuas enfermidades vie-
ram todas como um relâmpago depois
de teres começado a gozar a tua reforma
após mais de 40 anos de trabalho no duro.
São muitos aqueles que na nossa comunidade
te conhecem. O teu trabalho como Conse-
lheiro eleito pelo Conselho Mundial das
Comunidades Portuguesas fez de ti uma perso-
nalidade pública; um homem que lutava pelos
direitos das pessoas e fundamentalmente da-
queles que não têm voz e que sofrem de tantos
males sociais contra os quais tu lutaste à tua
maneira.
A tua vida foi igual à de tantos outros emigran-
tes da primeira geração: trabalhavas nas mon-
tagens a soldar a Alemanha destruída pela
guerra. O teu sonho era também como o de
tantos outros: dar uma vida melhor e digna aos
teus e criar condições talvez para um regresso
a Portugal para desfrutar daquilo para o qual
trabalhaste. Também como tantos outros, foste
ficando, adiando e neste permanente adiar foste
criando raízes sem te dares conta. E das raízes,
cujas sementes são os filhos e depois os netos,
nasceu uma ligação à terra que te acolheu e que
agora acolhe o teu corpo sem vida. Também
como tantos, ajudaste a criar associações nos
idos de 60. Eras o sócio número 1 do Centro
Português, em Dortmund, também já extinto
porque as forças vs vida daqueles que o ergue-
ram esgotaram-se.
Contigo parte um pouco da história dos pri-
meiros portugueses que quando para aqui vie-
ram em 1962 e nos anos a seguir mal sabiam
que esta terra seria afinal a “sua terra”; aquela
que vos viu crescer, vos deu trabalho, o pão e
um futuro e um sitio para o vosso repouso
eterno.
Portugal, que vos atirou para longe porque não
vos dava condições para uma vida com mais ou
menos dignidade, também vos retirou o direito
de lá encontrarem o último descanso.
A herança que deixas são os teus exemplos e
a mensagem de que os valores culturais e hu-
manos devem determinar o nosso comporta-
mento perante o mundo que nos rodeia.
Apesar da tua condição de operário (que te or-
gulhavas), o teu sentido, a tua sensibilidade e o
teu desejo pelo conhecimento faziam de ti um
incansável defensor de uma boa escolaridade e
formação para os jovens, sendo sempre essa a
tua preocupação quando falavas com toda a
gente que encontravas na rua, nas festas, nas as-
sociações...
Partiste e deixaste boas recordações; as recor-
dações simples de um homem que amava a
vida, a alegria, que estimava à sua maneira os
amigos, que amava Portugal e os seus, a música,
a cultura e momentos de boa cavaqueira...
Em suma, caro Renato Calvário, a tua passagem
por este mundo não foi em vão e estejas onde
estiveres saberás que deixaste por cá amigos
que muito te agradecem a oportunidade de te
ter conhecido.
Obrigado por tudo e até sempre.
Caro Renato Calvário,
E
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Presidente da República na Alemanha 3
Presidente da República
prometeu continuar a fazer
tudo para aumentar a par-
ticipação política dos emi-
grantes portugueses,
sublinhando que quem se sente le-
gitimado para pedir o seu apoio
tem de estar “à altura de respon-
der” às suas necessidade.
“É meu firme propósito conti-
nuar a fazer o que estiver ao meu
alcance para que os portugueses
residentes no estrangeiro e os luso-
descendentes possam aumentar a
sua participação cívica e política e
reforçar os laços que os unem a
Portugal”, afirmou o chefe de Es-
tado, em Osnabrück, durante uma
recepção à comunidade portuguesa
aí residente no âmbito da sua vista
oficial Alemanha.
Porque, acrescentou, um país
que se sente legitimado para pedir
o apoio dos portugueses que vivem
e trabalham no estrangeiro “tem de
estar à altura de responder às ne-
cessidades desses mesmos portu-
gueses e de tudo fazer para
promover a sua ligação ao seu
país”.
Falando perante centenas de
portugueses que se deslocaram até
ao OsnabrückHalle, Cavaco Silva
disse que Portugal conta „com o
investimento de todos quantos se
sintam capazes de o fazer. É bem sa-
bido que o contributo dos nossos
emigrantes sempre foi muito im-
portante para a vida económica
portuguesa. Neste momento difícil,
ele assume uma importância deter-
minante.
Portugal necessita, hoje mais do
que nunca, da ajuda da sua diáspora.
Contamos com o vosso apoio para
projectar o nosso país, com a cola-
boração de todos para que possa-
mos aumentar as exportações de
produtos e serviços portugueses,
para promover a nossa terra como
destino turístico de excelência“
O futuro de Portugal a todos
nós diz respeito e sei que Portugal
pode contar convosco.
“Portugal somos todos nós que
o amamos e que lhe damos o me-
lhor que somos capazes”, acrescen-
tou.
Cavaco Silva enfatizou a forma
como os emigrantes se encontram
integrados nas sociedade de acolhi-
mento, incentivando o aprofunda-
mento do seu envolvimento nas
comunidades onde vivem.
Referindo-se à crise económica
e financeira mundial, o Presidente
da República deixou ainda uma pa-
lavra de solidariedade a todos os
que por ela são afectados, assegu-
rando acompanhar de muito perto
a situação e assegurando que tudo
fará para “minorar os seus efeitos”.
“Quero deixar-vos uma palavra
de esperança, incentivar-vos a que
não se resignem à adversidade do
momento. Estou certo de que, atra-
vés do empenho e da solidariedade
de todos, saberemos ultrapassar
este momento difícil e encontrar
soluções que garantam o bem-estar
e a prosperidade económica e so-
cial que todos desejamos”, salien-
tou.
O Presidente da República re-
novou ainda o apelo ao “espírito de
portugalidade”, que mantém viva a
Língua e Cultura Portuguesas.
“Jamais percam essa ligação à
vossa terra de origem, à terra dos
vossos pais e avós, e que continuem
a cultivar o uso da Língua de Ca-
mões e a rever-se nas realizações
da Cultura Portuguesa, de que
todos nos orgulhamos”, declarou,
considerando que Portugal se tem
de empenhar na promoção da Lín-
gua Portuguesa no estrangeiro.
“Conto, pois, convosco para a
concretização desta legítima aspira-
ção de ver a Língua Portuguesa
consagrada como uma língua verda-
deiramente mundial”, acrescentou,
insistindo que Portugal precisa
“mais do que nunca, da ajuda da
Diáspora”.
“Portugal necessita da ajudada sua diáspora”
Osnabrück
O
Cavaco Silva visitou o Bundestag
Banho de multidão em Osnabrück
Em Berlim, numa jornada dedicada à economia .Fotos: Fonte Presidência da República
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Nacional e Comunidades4
Emigrantes sociais-democratas reuniram-se em Estrasburgo
O presidente do grupo parla-
mentar do Partido Social-Demo-
crata, Paulo Rangel, disse que as
comunidades portuguesas sentem-
se maltratadas e desprezadas pelo
actual governo.
Paulo Rangel falava no final de
um encontro das estruturas do
PSD/Europa, que decorreu em Es-
trasburgo, com as eleições euro-
peias e legislativas e as
comunidades portuguesas na
agenda.
Entre os muitos temas, adian-
tou, foi abordada a forma como o
governo português tem tratado os
emigrantes portugueses.
„Houve uma avaliação feita
pelos diferentes intervenientes
sobre a política do governo nesta
área e aqui houve uma avaliação
muito negativa. As comunidades
portuguesas consideram que não
foram uma prioridade para este go-
verno tendo sido desprezadas e
maltratadas“, disse.
Segundo Paulo Rangel, uma das
questões abordadas foi o direito de
voto dos emigrantes e foi conside-
rado „inaceitável que a maioria PS
quisesse retirar este direito“.
„Foi uma troca de impressões
muito rica e vasta, estabelecendo-
se uma rede de contactos“, disse, o
lider parlamentar social-democrata,
adiantando que ficou decidida uma
maior articulação das estruturas lo-
cais do PSD com os partidos cor-
respondentes nos respectivos
países.
Paulo Rangel disse ainda que
ficou encarregue de, na próxima
conferência de lideres Parlamenta-
res do PPE a 16 de Março, apresen-
tar uma proposta no sentido de
institucionalizar relações entre os
partidos pelos emigrantes e os par-
tidos locais correspondentes.
O objectivo é que as estruturas
do PSD português possam colabo-
rar e ter apoio logístico respectivo
de forma a aumentar a mobilização
dos portugueses.
A divulgação da cultura portu-
guesa, os fluxos migratórios, a rela-
ção com as comunidades
empresariais e culturais foram ou-
tros dos temas em debate.
“Portugal fez-se para os portu-
gueses, Portugal é dos portugueses
e é para eles que nós temos que
trabalhar para criar as condições
para que sejam atraídos pelo nosso
país”, defendeu a presidente do
PSD, durante um jantar com cerca
de 200 pessoas em Pontault-Com-
bault, município a Leste de Paris.
“Irei lutar para que o nosso país
melhore e possa ser atractivo e ser
um incentivo para que muitos de
vós possam regressar com ânimo e
com perspectivas”, prometeu Ma-
nuela Ferreira Leite aos portugue-
ses e luso-descendentes presentes
na sala, a maioria militantes e sim-
patizantes do PSD.
Manuela Ferreira Leite disse, ao
mesmo tempo, querer “que se im-
peça que muitos mais portugueses
continuem a sair”, alegando que “a
situação actual a isso tem incenti-
vado” e que se têm criado “condi-
ções para que cada vez mais
portugueses abandonem o país”.
Depois de ter traçado o que
qualificou de “panorama mais ou
menos cinzento” de Portugal, a pre-
sidente do PSD acrescentou: “Só
não o faço negro porque nós esta-
mos seriamente a lutar e estamos
convencidos de que vamos ganhar
as eleições. E, como estamos con-
vencidos disso, achamos que vamos
ainda a tempo de mudar de política
e portanto de resultados”.
“Aquilo que eu mais desejaria é
que o país reunisse as condições
para poder albergar e receber
todos aqueles que um dia por mo-
tivos vários tiveram de decidir sair”,
reforçou, considerando que “deve
ser com certeza uma decisão que
nem sempre é fácil, mas provavel-
mente ainda é mais difícil tomar a
decisão de não regressar”.
Manuela Ferreira Leite disse aos
emigrantes presentes que a sua vi-
sita a Paris“é uma primeira visita”.
“Eu irei visitar periodicamente
as comunidades”, anunciou.
“De uma coisa podem estar
certos: nunca me esquecerei que
Portugal não são só os portugueses
que vivem naquele rectangulozinho
à beira-mar plantado. São também
as muitas centenas de milhar de
portugueses que vivem espalhados
por esse mundo fora e que têm
tanta ligação a Portugal, tantos di-
reitos sobre o país como qualquer
um de nós que lá vive”, declarou.
A presidente do PSD elogiou o
contributo das comunidades portu-
guesas “para o prestígio do país” e
terminou a sua intervenção di-
zendo: “Os portugueses são portu-
gueses independentemente do
lugar onde vivem e nós somos o
país genuinamente português”.
Manuela Ferreira Leite conta ganhar eleições e quer atrair emigrantes de volta a Portugal
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O Governo quer criar 150 ga-
binetes de apoio ao emigrante até
ao final do ano, para receber me-
lhor os emigrantes que regressam
à terra natal e ajudar os que deci-
dem emigrar a não serem vítimas
de contratos fraudulentos.
O secretário de Estado das Co-
munidades Portuguesas, António
Braga, esteve presente na assinatura
do protocolo que criou o 95º Ga-
binete de Apoio ao Emigrante, em
Alijó.
„Aspiramos até ao final do ano
atingir o coração da diáspora por-
tuguesa no Norte e Centro de Por-
tugal, que rondará cerca de 150
municípios“, afirmou o responsável.
Acrescentou que a „ambição“
do Governo „é cobrir sobretudo
os concelhos que têm uma história
de emigração e também uma diás-
pora significativa“.
Nestes gabinetes, os emigrantes
encontram todo o apoio necessário
para preparar o seu regresso à
terra Natal, garantindo que não
perdem direitos adquiridos nos paí-
ses de emigração, como por exem-
plo a reforma.
Mas, segundo o secretário de
Estado, estas estruturas podem
também ajudar a evitar situação de
„engano“ ou de „contratos fraudu-
lentos“ de que muitos portugueses
são vítimas.
„São também um veículo ex-
traordinário de prevenção, designa-
damente àqueles que queiram ir
trabalhar para o estrangeiro, uma
vez que a partir deste gabinete é
possível dar todas as informações
rigorosas, credíveis, sobre a natu-
reza dos contratos que são propos-
tos para os portugueses que
querem ir trabalhar para o estran-
geiro, quer também sobre a legisla-
ção que se lhes aplica“, salientou.
O objectivo é, frisou, „evitar
que os cidadãos portugueses sejam
dramaticamente surpreendidos por
contratos fraudulentos, que tantas
vezes os põem em situações de pré
escravatura no estrangeiro“.
António Braga destacou ainda o
papel que os gabinetes podem de-
sempenhar na „angariação de par-
cerias e investimentos“ para os
concelhos.
O secretário de Estado falou na
„imensa rede“ mundial, constituída
pelos cerca de 5,5 milhões de por-
tugueses emigrados, pelas cerca de
120 mil empresas de portugueses
que existem no estrangeiros, das
quais 20 mil são grandes empresas,
algumas das quais até estão cotadas
na bolsa.
„Queremos ajudar ao investi-
mento em Portugal, mas também à
internacionalização de empresas
portuguesas“, sublinhou.
Alijó, que a partir de agora
passa a ter em funcionamento o ga-
binete, é um concelho de emigra-
ção, essencialmente dirigida para os
Estados Unidos da América.
O presidente da Câmara de
Alijó, o socialista Artur Cascarejo,
salientou o papel do gabinete para
„desburocratizar“ o regresso dos
emigrantes, mas salientou ainda a
necessidade de aproveitar „a ri-
queza do capital humano que está
espalhado por todo o mundo“.
Frisou a „forte negociação na
área vitícola“ que está em curso
com os EUA, para que as adegas
cooperativas e os produtores a
nível particular possam exportar
cada vez mais para aquele país.
Mas, sublinhou, que „já há em-
presas do concelho que hoje têm
como mercado principal os EUA,
nomeadamente as Caves Transmon-
tanas, produtoras do Vértice, cujo
destino de 90 por cento das suas
exportações é a América“.
Evaristo Hipólito, 66 anos, emi-
grou há 21 anos para os EUA, para
uma cidade próxima de Nova Ior-
que, onde trabalhou na área da
construção civil e assumiu depois a
direcção de um clube português.
Agora, de regresso a Alijó, sua
terra Natal, Evaristo salientou a im-
portância do gabinete para ajudar a
informar os emigrantes.
„Muitas vezes tiram-se 30 dias
de férias e só para se tratar de um
assunto gastam-se 29 dias. Espero
que, com a criação deste gabinete,
os próprios emigrantes, em con-
tacto directo ou através de Inter-
net, possam ter a vida facilitada e
resolver mais facilmente os proble-
mas“, salientou.
Governo aspira criar 150 gabinetes de apoio ao emigrante até ao fim do ano
A presidente do PSD,Manuela Ferreira Leite,
manifestou-se convicta deque vai ganhar as eleições
legislativas e afirmou aambição de melhorar
Portugal de forma aatrair de volta os portu-gueses que emigraram.
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Sociais-democratas emigrantes reuniram-se em Paris com o presidente dogrupo parlamentar do Partido Social-Democrata, Paulo Rangel
www.portugalpost.de
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Nacional e Comunidades 5
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De acordo com a Direcção-
Geral dos Assuntos Consulares
e Comunidades Portuguesas
(DGACCP), em 2007-2008 havia
mais 22.726 portugueses a viver no
estrangeiro do que em 2006-2007.
Existem assim oficialmente
4.990.923 portugueses espalhados
pelo mundo.
O grande aumento em 2007-
2008 deu-se na Europa, com mais
25.251 portugueses, e em África,
com mais 13.564.
Na Ásia registou-se uma dimi-
nuição de 15.163 portugueses e na
América a comunidade também
teve uma redução de 926 pessoas.
Na Europa, a Suíça foi o país
onde a comunidade portuguesa
mais aumentou (15.871) em 2007-
2008, seguida do Luxemburgo
(6.600), da Bélgica (4.952), de Itália
(1.528) e de Andorra (1.005).
Em contrapartida, Espanha viu
reduzida a comunidade portuguesa
em 5.304.
No continente africano houve
mais 13.564 portugueses, sendo
que Angola registou o maior au-
mento (10.925).
Os países africanos de língua
portuguesa são aliás os que aco-
lhem mais portugueses em África,
tendo-se registado um aumento de
1.322 em Moçambique, 1.011 em
Cabo Verde, 381 na Guiné-Bissau e
196 em São Tomé e Príncipe.
Na Ásia, os números oficiais
apontam para uma redução da co-
munidade portuguesa em 17.000
pessoas em Macau e para um au-
mento de 1.478 em Timor-Leste,
122 na China e 73 na Tailândia.
No continente americano, re-
gistou-se um aumento de 832 por-
tugueses na Argentina, de 85 no
México e de 26 em Cuba.
Em contrapartida, a comuni-
dade diminuiu em 1.458 portugue-
ses no Uruguai, 409 no Chile e 46
na Colômbia.
Com excepção da Suíça e do
Luxemburgo, manteve-se o número
de portugueses nos países com
forte tradição emigratória como os
Estados Unidos, o Canadá, a Vene-
zuela e o Reino Unido.
Os números fornecidos pela
DGACCP são uma estimativa e re-
ferem-se apenas aos portugueses
que se registam nos consulados de
Portugal.
Conseguir determinar o nú-
mero exacto de portugueses no es-
trangeiro é um dos objectivos do
Observatório da Emigração, criado
pelo Governo em Maio de 2008, e
que começou os seus trabalhos no
início deste ano.
Número de portugueses no estrangeiro aumentou mais de 22 mil entre 2006 e 2008O número de portuguesesno estrangeiro aumentoumais de 22 mil entre 2006e 2008, destacando-seSuíça e Angola, segundodados do Governo portu-guês.
Portugal atraiu „533 estrangeiros
altamente qualificados de fora do es-
paço europeu em 2008, mais do
dobro do que em 2007“, referem
dados do Grupo de Contacto, criado
em 2006 para a promoção da simpli-
ficação do processo de contratação
de docentes, investigadores e outros
estrangeiros altamente qualificados,
no âmbito do Programa Simplex.
Estes imigrantes altamente qua-
lificados chegaram de mais de 40 paí-
ses, com „especial relevo para as
nacionalidades brasileira (223 vistos
concedidos), chinesa (39), indiana
(34) e norte americana (24).
Entre os vistos de residência e
de estada temporária concedidos em
2008, encontram-se os de 88 inves-
tigadores, 132 docentes do ensino
superior e 313 nomeadamente de
quadros de empresas, profissões mé-
dicas e paramédicas, informáticos,
engenheiros electrotécnicos, quími-
cos, profissões jurídicas, profissionais
liberais.
Segundo dados do Grupo de
Contacto, que integra representan-
tes do Ministério dos Negócios Es-
trangeiros, da Administração Interna
(MAI) e da Ciência, Tecnologia e En-
sino Superior, o tempo médio para a
obtenção dos vistos „tem vindo con-
tinuamente a ser reduzido“, tendo-
se atingido „um mínimo de cerca de
11 dias no segundo semestre de
2008, face a 12 dias no primeiro se-
mestre de 2008 e uma média que
ainda rondava os 20 dias em 2007“.
O MAI refere, em comunicado,
que estes objectivos foram possíveis
de alcançar graças aos „mecanismos
previstos na nova lei dos estrangei-
ros e das regras do espaço Schengen
que facilitam a circulação de quadro
técnicos qualificados e das medidas
especiais de reforço da articulação
dos ministérios e serviços envolvi-
dos“.
„Trata-se da concretização de
mais um passo no quadro do ‘Com-
promisso com a Ciência’, neste caso
adaptando a legislação de imigração
e os mecanismos de acolhimento de
imigrantes de alto nível científico e
técnico, assegurando condições
competitivas de entrada, fixação e
reagrupamento familiar“, lê-se no co-
municado
Neste contexto, os cidadãos es-
trangeiros com o perfil descrito
podem entrar e permanecer em ter-
ritório nacional, nomeadamente, se
„tiverem da entidade contratante
uma promessa ou contrato de traba-
lho, uma proposta ou contrato de
prestação de serviços ou uma bolsa
de investigação científica numa insti-
tuição de I&D“, lembra o MAI.
Número de estrangeiros altamente qualificados em Portugal duplicou em 2008
O número de cidadãosestrangeiros altamente
qualificados de fora do es-paço europeu que chega-ram a Portugal em 2008
duplicou em relação a2007, sendo a maioria denacionalidade brasileira,
segundo dados divulgadospelo Ministério da Admi-
nistração Interna.
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A vida Consular ( e Diplomá-
tica) portuguesa é palco de felizes e
dinâmicas reestruturações. Mais
abertura, maior transparência e ho-
rários alongados de 12 horas são
processos introduzidos com êxito
no Consulado-Geral de Portugal
em Paris, o maior do mundo lusíada
servindo mais de 1 milhão e meio
de nossos compatriotas, da cidade -
Luz a Lille e Valence. Tudo isto cons-
tituiu realce de uma entrevista -
relâmpago dada ao semanário luso-
pariseense , LusoJornal, duas sema-
nas após ter tomado posse como
Cônsul-Geral, o „ cérebro“ da nova
reestruturação, o diplomata Luís
Ferraz A „ marca „ de modernidade
e dinamismo da gestão do actual
SECP, António Braga, sai reforçada,
como é evidente.
De realçar o facto de, 15 dias
após ter tomado posse, o novo
Cônsul-Geral avançar com novas e
mais arrojadas medidas para dignifi-
car e qualificar o Consulado como
Serviço Público. E o que anunciou?
„ Quero abrir as portas do Consu-
lado à Comunidade Portuguesa „. E
de que forma(s)? Disponibilizar salas
e anfiteatros a todos os que o soli-
cite; organizar Debates e difundi-los
via Rádio Alfa; aprofundar os contac-
tos com a Imprensa francesa e emi-
grante para a Difusão da Ciência e
Cultura nacional.
Agilizando o diálogo e coope-
ração com o vasto Movimento As-
sociativo da área Consular
pariseense, que movimenta cerca de
340 associações e clubes, dinami-
zando os laços de trabalho com a
Casa de Portugal na Cidade Univer-
sitária de Paris e a Fundação Ca-
louste Gulbenkian, estimulando os
contactos e a produção de ideias e
iniciativas culturais multímodas, a
nova diplomacia consular portu-
guesa ,por certo, que vai entrar
numa nova fase de qualificação. Um
bom exemplo, portanto.
O hierático e espesso muro do
Palácio das Necessidades é posto à
prova pela honesta crítica da
Grande Imprensa. Foi o que aconte-
ceu, há duas semanas, com um
grande e longo artigo publicado
pelo matutino „ Público“,assinado
por Sofia Branco. A jornalista ouviu,
em detalhe, nada mais nada menos,
do que o presidente do Instituto
Diplomático(IDI), Carlos Neves
Ferreira, o líder da Associação Sin-
dical dos Diplomatas Portugueses
(ASDP), Tadeu Soares, e Miguel
Brito Abreu, adjunto da secretária
de Estado dos Assuntos Europeus.
Ou seja, falaram os grandes respon-
sáveis pela execução da política ex-
terna nacional, os „ obreiros „ das
consignas e orientações a accionar
no terreno.
O colaborador da secretária de
Estado chama a atenção para „ a
rede diplomática enorme“, que su-
pera a do Luxemburgo e a da Dina-
marca, por exemplo. Portugal activa,
neste momento 75 Embaixadas,57
Consulados e ainda as Representa-
ções Diplomáticas junto da U.Euro-
peia, ONU, OCDE, UNESCO…Há
480 diplomatas no quadro e apenas
370 no activo.
De forma incisiva, o artigo do
Público revela que um embaixador
no topo da carreira ganha cerca de
4 mil Euros/mês. E um adido cerca
de mil sem revelar que se trata de
salários auferidos em Portugal ou
no estrangeiro. A média de idades
situa-se, no entanto, entre os 35 e
os 50 anos. O presidente do Sindi-
cato dos Diplomatas considera „
um erro económico e profissional
a nomeação de outsiders para diri-
girem ou trabalharem em Embaixa-
das.
„ Há um número elevadíssimo,
de centenas de nomeados e em 95
por cento dos casos as funções po-
diam ser exercidas por diplomatas.
Na embaixada Permanente de Por-
tugal em Bruxelas (REPER), por
exemplo, três quartos dos funcioná-
rios não são diplomatas „, aponta o
embaixador-sindicalista, Tadeu Soa-
res. Os novos desafios da diploma-
cia europeia e nacional obrigam-
sublinham os cânones do MNE por-
tuguês- que os diplomatas devem
ter capacidade de interacção social,
resistência ao isolamento, abertura
a culturas e comportamentos dife-
rentes e saber defender e promover
Portugal no estrangeiro.
F.Almeida Ribeiro
Reestruturação Consularcomeça a dar frutos
Pobres dos embaixadores
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Opinião6
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anuela Ferreira Leite
foi a França a fazer
uma profissão de fé
pelas comunidades,
como se historica-
mente essa fosse a
maior preocupação
dos governos do
PSD. Na realidade, os cinco Secre-
tários de Estado das Comunidades
do PSD pouco ou nada fizeram e
isso é demonstrável com factos.
Assim, a apregoada devoção do
PSD pelas comunidades pode resu-
mir-se a numa bem conhecida ex-
pressão: banha da cobra.
Faça-se então uma breve rese-
nha histórica. O PSD já teve cinco
secretários de Estado das Comuni-
dades, enquanto o PS apenas teve
três. E estes três, principalmente
José Lello e António Braga, fizeram
infinitamente mais do que os cinco
do PSD, que foram Manuela Aguiar
(que viajava muito e, por isso, ficou
conhecida), José Vitorino, Correia
de Jesus, José Cesário e Carlos
Gonçalves. Estes dois últimos então
não fizeram nada e, não fosse o
caso de, como disse Santana Lopes,
andarem por aí, também já estariam
esquecidos para a história.
Agora, que estão na oposição,
prometem mundos e fundos e Ma-
nuela Ferreira Leite até diz que, se
forem Governo, não fecharão con-
sulados. É preciso dizer que, com
excepção de três consulados em
Paris que funcionavam mal e deram
lugar a um que funciona muito bem,
o Governo também não fechou ne-
nhum. Porém, o que o PSD deveria
dizer, caso viesse a ser Governo, é
se iria repor a classificação dos pos-
tos consulares como estava antes
da reforma. Porque, se calhar, se
ninguém os estivesse a ver, até
aplaudiriam a reforma consular que
fez o Governo do PS.
Mas vale a pena olhar para trás
e tentar perceber o que foi feito
pelas Secretarias de Estado das Co-
munidades do PSD, que medidas le-
gislativas aprovaram e o que
fizeram de facto para valorizar as
nossas comunidades. E o que se en-
contra é pouco mais que zero, mis-
turado com uma atitude
paternalista e que considera os
portugueses a viver no estrangeiro
mais como uma espécie de nicho
de mercado do que sujeitos de uma
maioridade cívica. Aliás, o facto de
Manuela Ferreira Leite estar sem-
pre a utilizar a expressão “emigran-
tes” e a forma como o faz diz tudo,
pois ignora a sua condição de cida-
dãos da União Europeia, dotados de
uma cidadania reconhecida nos Tra-
tados caracterizada pela liberdade
de circulação e de estabelecimento,
para viver e trabalhar, assente na
igualdade de direitos em relação
aos naturais dos países de acolhi-
mento.
Em contrapartida, é fácil reco-
nhecer nos Secretários de Estado
José Lello e António Braga (João Rui
Almeida esteve pouco tempo no
Governo) um espírito reformador,
em que a preocupação com os
membros das nossas comunidades
é evidenciado por acções em vários
domínios. Enquanto os governos do
PSD deixaram os consulados che-
gar a um estado de degradação hu-
milhante, o Governo do PS criou
uma nova imagem consular que
lhes devolveu a dignidade e deixou
os portugueses orgulhosos.
Foi também com um Governo
do PS que foram criados, pela pri-
meira vez, apoios sociais para os
portugueses pobres e viver no es-
trangeiro, o ASIC e o ASEC, que ac-
tualmente tem uma dotação anual
de sete milhões de euros. Além
disso, com os governos do PS
foram aumentados os professores
de língua e cultura portuguesa no
estrangeiro que o PSD reduziu, foi
criado o CCP e valorizados os jo-
vens e os talentos nas comunida-
des. Agora, com António Braga, os
problemas dos consulados têm
vindo a ser resolvidos, como, por
exemplo, Luxemburgo, Hamburgo e
Genebra, que o PSD não resolveu,
e houve uma modernização consu-
lar como nunca antes se fez. Valori-
zou-se o ensino e os jovens
talentos têm uma projecção sem
precedentes. Os empresários das
comunidades tiveram pela primeira
vez instrumentos de apoio, como o
Netinvest.
É por isso que Manuela Ferreira
Leite e os deputados pelas comuni-
dades do PSD são pouco mais que
vendedores de banha da cobra. São
imobilistas por natureza e não que-
rem que nada mude, mesmo aquilo
que está trespassado de vícios e
funcionamento duvidoso. Mas o
PSD é assim, vive ainda no tempo
da “mala de cartão” e ainda não se
apercebeu que os tempos são ou-
tros.
Director do Departamento deComunidades do PS
O PSD mergulhado em banha da cobra
Por Paulo Pisco
MO PSD já teve cinco se-cretários de Estadodas Comunidades, en-quanto o PS apenas tevetrês. E estes três, princi-palmente José Lello eAntónio Braga, fizeraminfinitamente mais doque os cinco do PSD
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PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 7Comunidade Alemanha
Os membros do Conselho das
Comunidades Portuguesas (CCP)
na Alemanha pediram o reforço da
rede de ensino da língua e um me-
lhor funcionamento dos consula-
dos.
As preocupações dos conse-
lheiros foram transmitidas a Cavaco
Silva na Baixa-Saxónia, no último dia
da visita de Estado à Alemanha em
que participou também o Secretá-
rio de Estado das Comunidades,
António Braga.
Os conselheiros consideraram
também necessário apoios ao mo-
vimento associativo, e o reconheci-
mento do papel da Federação das
Associações Portuguesas na Ale-
manha (FAPA).
Os membros do CCP, que esti-
veram 45 minutos reunidos com o
Chefe de Estado, apelaram ainda a
uma política social mais activa para
os emigrantes, e à contagem para a
reforma do tempo que os emigran-
tes passaram no serviço militar.
A questão de os portugueses
que regressam à pátria poderem
beneficiar do seguro alemão de cui-
dados continuados, e o problema
da dupla tributação em Portugal de
rendimentos de emigrantes que já
pagaram impostos na Alemanha
foram também abordados pelos
membros do CCP com Cavaco
Silva.
Além disso, os membros do
CCP chamaram a atenção para a
falta de apoios de Lisboa à imprensa
e às publicações das comunidades.
“Foram sobretudo abordados
os problemas do ensino e do mau
funcionamento de alguns consula-
dos, o Presidente da República fez
muitas perguntas e disse que não
estava a par de nenhum dos proble-
mas que levantámos, que tudo era
para ele uma surpresa”, disse José
Eduardo, eleito pela área do Sul da
Alemanha. No que respeita ao en-
sino, o CCP na Alemanha lamenta a
redução gradual dos professores,
sobretudo dos que integram a cha-
mada rede alemã, da responsabili-
dade dos governos estaduais, que
nos últimos anos deixou muitos
luso-descendentes sem aulas em
vários pontos da Alemanha.
Quanto aos consulados, criti-
cam sobretudo a despromoção de
alguns deles, casos de Frankfurt e
Osnabrueck, e a consequente redu-
ção de pessoal consular, sobretudo
da área social.
José Eduardo acrescentou que
Cavaco Silva, no decorrer da reu-
nião, pediu muitas explicações” a
António Braga, “que também admi-
tiu desconhecer muitos dos proble-
mas”.
O Secretário de Estado das Co-
munidades sustentou ainda, se-
gundo o mesmo conselheiro, que a
situação no ensino e a situação dos
consulados “não era tão grave”
como o CCP expôs.
“No entanto, nós íamos muito
bem preparados e conseguimos
mostrar que apenas estávamos a
expor a realidade existente”, afir-
mou o mesmo conselheiro.
Os membros do CCP da Ale-
manha criticaram ainda, na reunião
com Cavaco Silva e com o SECP, a
nova lei que regula o funciona-
mento do CCP, afirmando que esta
“reduz a capacidade de resposta de
um orgão que funciona na base do
voluntariado”.
FA
Conselheiros da Comunidade encontram-se com Cavaco Silva
Conselheiros da comunidade pedem reforço de ensino da língua e melhor funcionamento dos consulados.Aspecto da reunião que Cavaco Silva teve com os Conselheiros e que contou com a presença do Secretáriode Estado das Comunidades, António Braga.
Cavaco Silva na Alemanha
O que se disse
“O Presidente da República mos-trou-se muito interessado e até sur-preendido com os problemas quelhe foram apresentados.”Rui Paz, Conselheiro do CCP.
Após encontro com o PR
“Quando foi do Mundial tivemosum pequeno braço-de-ferro com oSecretário de Estado das Comuni-dades que não tinha tempo para re-ceber os conselheiros. Isto temosque dizer: o Presidente da Repúblicaesteve 45 minutos a ouvir as nossaspreocupações, com muita atenção.”José Eduardo, Conselheiro do
CCP, ao jornal Mundo Português
“Cavaco apela ao dinheiro dos emi-grantes”Título do jornal Público de
7.03.2009
"Contamos ainda com o investi-mento de todos quantos se sintamcapazes de o fazer. É bem sabidoque o contributo dos nossos emi-grantes sempre foi muito impor-tante para a vida económicaportuguesa. Neste momento difícil,ele assume uma importância deter-minante. O futuro de Portugal atodos nós diz respeito e sei que Por-tugal pode contar convosco."Cavaco Silva, no discurso dirigido
aos portugueses em Osnabrück
"Portugal necessita, hoje mais doque nunca, da ajuda da sua diás-pora. Contamos com o vosso apoiopara projectar o nosso país, com acolaboração de todos para que pos-samos aumentar as exportações deprodutos e serviços portugueses,para promover a nossa terra comodestino turístico de excelência"Idem
“Em Osnabrück continuamos à es-pera que o Escritório Consularpasse para Vice-Consulado. Todos osportugueses que tiveram ontem emOsnabrück foram testemunha dafesta da portugalidade. Parabéns àorganização”.Nelson Rodrigues, ex-conse-
lheiro, em mensagem escrita na
página oficial da visita de Estado
à Alemanha
“Entristece-me o facto de que a vi-sita do Presidente da Republica por-tuguês não tem sido divulgada nosmaiores jornais alemães... Que bomseria se o Sr. Presidente da Repu-blica se interessasse não só pelosportugueses que trabalham na Sie-mens ou Volkswagen, mas tambémpelos compatriotas que trabalhamem outros grupos e empresas ale-mães, nomeadamente no Grupo Al-lianz.... Todos nos contribuímos cadadia que passa para a manifestaçãoda cultura portuguesa no seio dascomunidades estrangeiras!”Vera Araújo, Alemanha, em men-
sagem escrita na página oficial da
visita de Estado à Alemanha
Renato Calvário é para o jornal PORTUGAL POST um nome que fica li-
gado à vida desta publicação desde a sua primeira hora. Acompanhou passo a
passo a criação deste jornal sempre ao lado do seu fundador. Renato Calvário
foi mais do que um colaborador especial do Jornal. Ele era sobretudo uma
Amigo e confidente do director deste jornal, acompanhando-nos nas horas
mais difíceis, ajudando-nos a ultrapassar obstáculos e a encarar o futuro com
optimismo.
Colaborou intensamente com o PORTUGAL POST de forma generosa e
seria injusto não dizer que uma parte do êxito e da existência deste jornal lhe
pertence. A sua entrega tinha um objectivo: ver a comunidade mais esclarecida
e informada.
Renato Calvário, natural da Cova da Piedade, era um operário, soldador de
profissão, esclarecido,. empenhado cultural e socialmente, aberto às ideias mais
avançadas, animando-o o sonho de um mundo melhor para, como ele dizia, “a
classe trabalhadora e os mais desfavorecidos”.
Esteve também ligado, juntamente com o director deste jornal, à revista
bilingue de nome “Arcada” editada entre 1987 e 1993.
Foi membro fundador do extinto Centro Desportivo e Cultural, Em Dort-
mund, e sócio activo do Circulo de Artes e Ideias e.V, instituição cultural de
utilidade pública, também fundada em Dortmund. Primeiro Conselheiro eleito
para o Conselho Mundial das Comunidades Portuguesas.
Renato Calvário era um homem bom, solidário, que deixa saudades e o seu
desaparecimento é uma perda não apenas para a família como para a comuni-
dade.
Faleceu, vitima de doença prolongada, quando ia fazer 71 anos de idade. Os
seus restos mortais ficam depositados num cemitério em Dortmund, cidade
onde viveu desde 1962 e onde também vivem filhos, netos, esposa e amigos a
quem o PORTUGAL POST apresenta os mais sentidos pêsames.
Adeus Renato Calvário
PORTUGAL POSTnº 177 • Abril 2009Comunidade Alemanha8
Dois subempreiteiros portugue-
ses foram detidos em Estugarda, Ale-
manha, por suspeita de angariação de
trabalho clandestino e fuga ao fisco, e
terão ficado a dever salários a deze-
nas de operários portugueses e de
outras nacionalidades.
Os dois indivíduos, detidos no
passado mês de Março, terão anga-
riado em Portugal, nos últimos meses,
através de anúncios de jornal, 20 por-
tugueses, cerca de 30 brasileiros, e
ainda vários angolanos, guineenses e
ucranianos para um grande estaleiro
de construção do edifício da televisão
pública regional de Baden-Wuerttem-
berg, a SWR, em Estugarda.
Todos os operários estavam sem
receber há várias semanas e só pude-
ram comprar comida porque o su-
bempreiteiro alemão, que contratou
os empresários portugueses, lhes
adiantou 100 euros, disse a mesma
fonte consular.
O mesmo subempreiteiro recu-
sou, no entanto, assumir a totalidade
do pagamento dos salários em atraso,
invocando que a responsabilidade é
dos subempreiteiros portugueses.
Doze operários portugueses
foram repatriados a seu pedido, e os
restantes oito ficaram ainda em Estu-
garda à espera de obter emprego na
mesma obra, através de outra em-
presa portuguesa sediada em Leipzig.
Os 30 operários brasileiros anga-
riados do mesmo modo pelos su-
bempreiteiros portugueses ficaram
em situação ainda mais precária por-
que estavam a trabalhar ilegalmente
na Alemanha. Todos eles regressaram
a Portugal , em autocarro fretado
pelo consulado local do Brasil, adian-
tou a fonte.A detenção deu-se após
uma rusga da alfândega, da polícia e
da inspecção do trabalho, com deze-
nas de agentes a cercarem o estaleiro
de construção, tendo sido interroga-
dos mais de 70 trabalhadores.
Na rusga, foi confiscada docu-
mentação relativa aos contratos da
obra, confiada a uma grande empresa
alemã da região, a Baresel, que con-
tratou o subempreiteiro alemão, que,
por sua vez contratou os dois portu-
gueses agora detidos.
Segundo a mesma fonte, a Baresel
poderá também ser punida por lei e
excluída de futuros concursos públi-
cos, caso se verifique que foi coni-
vente com a angariação de
trabalhadores clandestinos.
As averiguações realizadas entre-
tanto pelas autoridades portuguesas
concluíram que os dois portugueses,
que deram uma morada de Almancil,
não têm qualquer empresa registada
em Portugal. Além disso, verificou-se
também que não efectuaram quais-
quer descontos para a segurança so-
cial portuguesa relativos aos
trabalhadores angariados, suposta-
mente em regime de destacamento,
ao abrigo das disposições da União
Europeia.
Os trabalhadores de nacionali-
dade brasileira, angolana, guineense e
ucraniana estavam a trabalhar ilegal-
mente na Alemanha porque a sua au-
torização de trabalho é circunscrita a
Portugal. Estes trabalhadores só po-
deriam laborar na Alemanha em re-
gime de destacamento se o
subempreiteiro português tivesse
uma firma em Portugal, o que não é
o caso, explicou a fonte consular.
Estugarda Óbito
Dois subempreiteiros portugueses detidos por suspeitaangariação de trabalhadores clandestinos
Policia e inspecção do trabalho durante uma rusga ao estaleiro de constru-ção do edifício da SWR. Foto: Stuttgarter Zeitung
O pai de uma jovem portuguesa
que testemunhou o massacre na es-
cola secundária Albertville, em Win-
nenden , manifestou-se „incrédulo“ e
que „o pior (do impacto psicológico)
ainda está para vir“.
António de Sousa disse que o
massacre ocorrido em Winnenden na
escola frequentada pela sua filha Sara
ainda está „muito fresco e tudo pa-
rece ser um pesadelo do qual pode-
mos acordar a qualquer momento“.
Para o pai da jovem portuguesa,
o pior, para Sara e para toda a família,
„será interiorizar e enfrentar o suce-
dido, o pior será realizar que um
jovem de 17 anos entrou na escola e
matou 16 pessoas“.
Sara de Sousa estava na escola
quando aconteceu o ataque e pôs-se
a salvo saltando por uma janela da es-
cola com uma colega para fugir aos
disparos.
O massacre foi levado a cabo por
um jovem, identificado pela polícia
alemã como Tim Kretshmer e ex-
aluno da escola, que entrou no esta-
belecimento de ensino de
Winnenden, perto de Estugarda, diri-
giu-se às salas de aula e começou a
disparar, matando nove alunos e três
professores.
Kretshmer pôs-se depois em
fuga, matando ainda uma empregada
de uma clínica das proximidades, e
mais tarde, já em Wendlingen, a cerca
de quarenta quilómetros da escola,
dois transeuntes, durante um tiroteio
com a polícia, que conseguiu cercá-lo.
Fontes policiais disseram que o
homicida foi primeiro atingido por
um tiro da polícia e depois se suici-
dou, colocando o balanço final do
massacre em 16 mortos.
Ficaram ainda feridas oito pes-
soas, algumas das quais com gravi-
dade, entre as quais os dois polícias
envolvidos no tiroteio em Wendligen.
Pai de testemunha portuguesa de massacre diz que “pior ainda está para vir”
Centenas de pessoas incorpo-
raram-se no funeral, para o cemi-
tério de Oliveira de Azeméis, de
Afonso Tiago, o português desa-
parecido em Berlim, a 10 Janeiro,
cujo corpo foi encontrado pelas
autoridades alemãs e entregue à
família.
A igreja matriz de Oliveira de
Azeméis encheu-se para a missa
de corpo presente, durante a qual
o celebrante referiu que “a sur-
presa por vezes bate à porta e re-
vela a fragilidade humana”,
considerando que “deve ser lição
de humildade e de bondade”.
Após o ofício religioso, o fére-
tro foi carregado aos ombros por
elementos dos Bombeiros Volun-
tários de Oliveira de Azeméis e
acompanhado até ao cemitério
local por centenas de pessoas,
entre as quais vários antigos cole-
gas de Afonso Tiago e amigos da
família.
Afonso Tiago desapareceu na
madrugada de 10 de Janeiro,
quando regressava a casa no
bairro berlinense de Kreuzberg, a
pé, depois de ter estado num bar
com amigos portugueses.
O engenheiro, de 27 anos, es-
tava há seis meses na capital
alemã a estagiar na sucursal da
empresa Active Space Tecnolo-
gies, de Coimbra, especializada em
projectos espaciais, ao abrigo do
programa Inove Contact do Mi-
nistério da Economia português.
A família e os amigos de
Afonso Tiago distribuíram então
milhares de cartazes em Berlim
para o tentar encontrar e chega-
ram a fazer uma petição ao Presi-
dente da República Portuguesa,
que recolheu mais de dez mil as-
sinaturas.
A polícia judiciária de Berlim
envolveu nas investigações consi-
deráveis meios, vindo o corpo a
aparecer no rio Spree, quase dois
meses volvidos sobre o desapare-
cimento.
De acordo com um familiar
de Afonso Tiago, „os primeiros re-
sultados da autópsia (realizada em
Berlim) não apontam para crime
e a morte terá ocorrido por afo-
gamento“. No entanto, só depois
de concluídos os exames comple-
mentares será possível esclarecer
o caso.
Português que morreu em Berlim foi sepultado em Oliveira de Azeméis
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Comunidade Alemanha 9
Félix Lopes CampiãoDe ano para ano o jovem atleta
Félix Brito Lopes, 15 anos de
idade, que pratica artes marciais
vem confirmando o seu feitio
de campeão ao conseguir 12
taças em vários torneios da Ale-
manha. Um deles tem um sabor
especial já que se trata de dois
primeiros lugares no torneio
“Deutsche – kampfkunstmeis-
terschfaft”, torneio este em que
arrecadou ainda três taças de
terceiro lugar.
Félix Lopes reside em Mön-
chengladbach e foi agraciado,
juntamente com a sua irmã,
também atleta da mesma moda-
lidade agora a viver em, Portu-
gal, com a medalha
“Portugaleser” atribuída pelo
jornal PORTUGAL POST no
âmbito das celebrações dos 40
anos de presença portuguesa na
Alemanha. Foto: PP
GENTEQuem não se lembra da célebre
frase de dirigentes comunistas em
tempos já distantes,
„Proletários de Todo o Mundo,
Uni-vos“. Homens e mulheres luta-
vam então na clandestinidade em de-
fesa das classes operárias mais pobres
e exploradas. Lutas que custaram
vidas, torturas, prisões e exílios. Tudo
pela Liberdade e contra a Ditadura.
O núcleo do Partido Comunista
Português (PCP), na Renania do
Norte e Westefalia (NRW), Alema-
nha, assinalou no dia 7 de Março, nas
instalações da Associação Portuguesa
Sanjorgense e V em Duesseldorf, o
88° aniversário da fundação do PCP.
Para esta comemoração dos 88°
anos, o núcleo do PCP na RNW fez
um convite a todos os militantes, sim-
patizantes e à comunidade em geral.
A efeméride foi assinalada com uma
intervenção política sobre a luta dos
comunistas portugueses pela demo-
cracia, e com a projecção de imagens
alusivas á historia do PCP. Mais de 80
pessoas vindas dos mais diversos
pontos da Alemanha, entre militantes
do PCP, amigos e independentes con-
fraternizaram em ambiente de festa
com um jantar-convívio mesmo à
camponesa… frango no churrasco,
bem regado com o famoso tinto por-
tuguês.
O Partido Comunista festejou aniversário Düsseldorf
“De pé, ó vítimas da fome!”
No final de 2008 viviam na Ale-
manha 114.451 portugueses, menos
630 do que em igual período do
ano anterior, revelou o Instituto Fe-
deral de Estatística (Destatis).
A comunidade lusa perfaz agora
1,7 por cento do total de 6,73 mi-
lhões de estrangeiros residentes no
maior país da União Europeia, um
quarto dos quais são oriundos da
Turquia.
No universo português, os ho-
mens continuam em maioria, com
um total de 62.291, e as mulheres
são 52.160 (45,6 por cento do
total).
Em relação a Dezembro de
2007, em que as estatísticas germâ-
nicas referiram a existência de
114.552 portugueses, há agora
menos 630, embora o movimento
das entradas no ano passado (4214)
tenha sido ligeiramente superior ao
das saídas (3685).
A discrepância foi explicada por
um dos autores do relatório com o
facto de na base do levantamento
terem estado duas fontes, o registo
central alemão o registo de estran-
geiros, cujos dados nem sempre são
coincidentes.
A média de idades dos portu-
gueses é de 39,4 anos, a sua estadia
média na Alemanha de 21,2 anos, li-
geiramente superior à média do
conjunto das comunidades emi-
grantes, que é de 18,2 anos.
Entre os portugueses, 45,6 por
cento são solteiros, 44,1 por cento
são casados e 23.226 (20,3 por
cento) já nasceram no país de aco-
lhimento.
Em números absolutos, há
52.147 solteiros, 50.516 casados,
entre os quais 5087 casados com
alemães, 1222 viúvos, 4877 divorcia-
dos e 5689 cujo estado civil é des-
conhecido das autoridades germâ-
nicas.
No que se refere aos escalões
etários, há 24.690 portugueses
(21,6 por cento) com idade até 25
anos, 43.942 com idade entre os 25
e os 65 anos (38,4 por cento), e
5.430 (4,7 por cento) com 65 anos
(actual idade da reforma) ou mais.
Quanto à distribuição geográ-
fica, o Estado Federado (land) da
Alemanha com mais portugueses é
a Renânia do Norte-Westfália, no
noroeste do país, com 35.672 pes-
soas.
Segue-se Baden-Wuerttenberg,
no sudoeste (25251), Hessen, no
centro oeste (13461), a Baviera no
extremo sudeste (7933) Ham-
burgo, na costa norte (7930) a
Baixa-Saxónia, no centro Oeste
(7042) e a Renânia-Palatinado, já
perto da fronteira com a França
(6989).
Na capital, Berlim, vivem agora
2793 portugueses, pouco mais do
que em Bremen (2472), no ex-
tremo norte, tal como Schleswig-
Holstein (2199).
A única região oeste-alemã com
menos de mil emigrantes portugue-
ses é o Sarre (481), pequeno land
do sudoeste, “colado” à França.
Os Estados leste-alemães que
constituíam a extinta RDA apresen-
tam igualmente taxas de residentes
portugueses muito baixas.
Mecklemburgo-Pomerânia Oci-
dental, no extremo nordeste, é o
“lanterna vermelha” com 89 emi-
grantes lusos.
Seguem-se nesta lista por
ordem inversa Brandenburgo, re-
gião que circunda Berlim (205), Tu-
ríngia (300), Saxónia-Anhalt (457) e
Saxónia (1177).
Francisco Assunção
Número de emigrantes portugueses na Alemanha diminuiu em finais de 2008
Baden-Wuerttenberg 25.251Baixa-Saxónia, no centro Oeste 7.042Baviera 7.933Berlim 2.793Brandenburgo 205Bremen 2.472Hamburgo 7.930Hessen 13.461Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental 89Renânia-Palatinado 6.989Renânia do Norte-Westfália 35.672Saxónia 1.177Saxónia-Anhalt 457Schleswig-Holstein 2.199Sarre 481Turíngia 300
Número de Portugueses na AlemanhaDistribuição por Estados federados
Encontra-se aberto o período de novas matrículas para os Cursos de Língua
e Cultura Portuguesas para o ano lectivo de 2009/2010.
Será de toda a conveniência que passem esta informação aos interessados
para que os alunos nos cursos não diminuam.
Relembro que as inscrições estão abertas a todas as comunidades que te-
nham interesse na aprendizagem da Língua Portuguesa.
Contactos:
Curso de 1ºciclo - Singen na Bruderhofschule
Telf: 015125206384
SingenCursos de Língua e Cultura Portuguesas
Para a celebração da Páscoa, Pi-
tanga Pub organiza para a comuni-
dade lusófona residente na Alemanha
a festa ANGOBRASIL a realizar no
próximo dia 11 deste mês , num dos
salões do DKH (Dietriche-Keunig-
Haus), Leopoldstr. 50-58.
A festa intitulada ANGOBRASIL,
será privilegiada com actuação ao
vivo do grupo musical brasileiro Pe-
londum de Danilo da Silva. O Baiano
com a sua precursão afro-brasileira
acompanhado da sua banda, dará o
colorido à festa
A festa, que terá inicio as 22h00,
servirá de lançamento oficial da nova
organização de eventos culturais
“PALOP EVENTO”, tem como pro-
pósito a união cultural de países de
Língua oficial portuguesa, nomeada-
mente, Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné Bissau, Moçambique e Portu-
gal.
Segundo Kota Ngingas, mentor
do projecto, “o mesmo vem para
aproximar culturalmente as comuni-
dades de países de língua oficial por-
tuguesa residentes da Alemanha, em
especial na NRW”.
O tema ANGOBRASIL, é o início
de uma série de programas em
agenda em que contará com a parti-
cipação de diversos grupos musicais
e artistas oriundos da lusofonia,
dando a conhecer aspectos culturais
dos referidos países. PALOP EVEN-
TOS, aguarda pela colaboração e a
presença de todos os falantes da lín-
gua portuguesa interessados na noite
tropical que se avizinha.
k.N.as
DortmundFesta da lusofina
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Cultura10
E para quê falar de erros? Nós
portugueses, levamo-nos dema-
siado a sério. Somos chatos e não
sabemos rir de nós próprios. Al-
guma vez imaginou que o Papa João
XXI, que era português de nome
Pedro Hispano, quando o nomeram
Papa, se enganou no número que
escolheu para colocar à frente do
seu nome? Só não reparou que
nunca houve um XX. E o nosso
maior erro foi tê-lo deixado ir para
Roma. Durou oito meses e foi um
dos primeiros médicos a escrever
recomendaçoes específicas para
melhorar o coito. Ou que, ainda, foi
um rei o maior criador de ratos da
Europa?
Os relatos do livro – 12, como
os erros – oscilam entre a narrativa
histórica e os episódios de humor
ou nonsense. Todos verdadeiros.
Uma tradição inglesa ou brasileira
(“O Português que nos Pariu”, da
autora e jornalista brasileira Angela
Dutra de Menezes de grande su-
cesso nas livrarias brasileiras.
Neste livro, e pela primeira vez,
a História de Portugal é passada a
pente fino, à procura das grandes
mentiras, grandes equívocos, e suas
consequências no país que temos
hoje, dos idiotas que governaram o
País e das trapalhadas que estão na
génese daquilo que hoje conhece-
mos como o «bravo povo lusi-
tano». Fruto da pesquisa nas mais
conceituadas fontes históricas, 12
Erros Que Mudaram Portugal ana-
lisa cada um dos episódios de forma
simples mas eficaz, mostrando o
que de errado se passou em 800
anos de Portugal.
Com este livro, o leitor com-
preenderá finalmente o «gene
tuga», a tendência para o desenras-
que, as raízes do colesterol – foram
os portugueses que o inventaram
porque insistem em fritar tudo - e
do cancro do tabaco – que também
foi culpa nossa – e como nunca os
governantes, desde o princípio, tive-
ram um plano que se aproveitasse.
A não ser aquela questão das cara-
velas. Mas, mesmo aí houve asneira.
«Criar um hino para um país
não foi, nem de perto nem de
longe, a intenção de Keil do Amaral
nem de Lopes de Mendonça. A ideia
era tão simples como a de criar
uma cantiga para apoiar a selecção
nacional de futebol, mas depois, por
motivos que escapariam aos auto-
res, a musiqueta acabou cantada nas
bocas do Estado. Imagine o leitor,
por exemplo, que um golpe de Es-
tado tinha feito da música de Nelly
Furtado Como Uma Força o hino
de Portugal para o século XXI e a
cada 25 de Abril o Presidente e o
primeiro-ministro cantariam, em
uníssono, na Assembleia, os belos
versos „Como uma força / como
uma força / que ninguém pode
parar...“».
Cavaco Silva errou quando acei-
tou o aumento de 50 escudos nas
portagens da ponte 25 de Abril. O
PSD perdeu as eleiçoes, Cavaco
Silva foi derrotado por Jorge Sam-
paio nas presidenciais. Era o fim do
cavaquismo. Por causa dos 50 escu-
dos.
Este é o tipo de cozinhado que,
se bem não fizer, mal não faz. Seja-
mos generosos: com estes livros de
divulgação aprende-se sempre al-
guma coisa, nem que seja daquelas
histórias para contar nas reuniões
de família. “D. Afonso Henriques, o
Conquistador, afinal, não bateu na
mãe, tinha era um certo pó ao
amante da mãe?” Este é o tipo de
tirada capaz de desbloquear uma
conversa, iniciar um animado de-
bate sobre o complexo de Édipo ou
simplesmente mostrar que estamos
perante uma pessoa de cultura
geral acima da média.
Este volume não está mal con-
seguido, se atendermos os objecti-
vos a que se propôs. E aqui é
preciso salientar um aspecto muito
importante: o título é 12 Erros que
Mudaram Portugal e não “Os 12
Erros que Mudaram Portugal”. Ou
seja, os autores escolheram uma
dúzia de acontecimentos marcantes
da História de Portugal e tentam
contar-nos o que correu mal, ou
que equívoco terá estado por de-
trás desse evento. Em regra, foram
escolhidos momentos marcantes,
mas quando a selecção se torna
mais aleatória revelam-se algumas
fragilidades. Por exemplo, o que
terá sido mais marcante na nossa
história contemporânea, o buzinão,
ou a decisão de última hora de Sá
Carneiro de ir de avião, e não de
carro, para o Porto, na noite de 4
de Dezembro de 1980? Isso, sim, foi
um erro...
Desnecessário era que surgis-
sem erros de português. “Concelho
de Segurança da ONU”? Principal-
mente, quando se critica o analfa-
betismo: “Em Portugal, já há época
um país maioritariamente analfa-
beto...”. Vá lá, não engrossem a lista!
O livro escrito a meias pelo jor-
nalista da revista “Focus” João Vasco
Almeida e por Rui Baptista, técnico
do Instituto Geográfico Português,
reuniram neste livro doze dos mais
caricatos erros de Portugal ao
longo de 800 anos. Alguns de cir-
cunstância, outros graves e revela-
dores da nossa falta de jeito para a
administração. Cruzam-se dados de
várias fontes e comentam-se criti-
camente os acontecimentos, sem se
ter a pretensão de se criar um livro
de História. Desde os erros de D.
Afonso Henriques aos da Inquisi-
ção, passando pelo deslumbra-
mento de D. João V com o ouro do
Brasil, até às influências nefastas dos
portugueses na alimentação mun-
dial, passando pela invenção do co-
lesterol, tudo é mirado pelos
autores. Os últimos capítulos são
dedicados às incongruências do
hino nacional, aos erros de Marcelo
Caetano por não democratizar o
país e do próprio Cavaco Silva, aqui
apontado por não ter, desde o prin-
cípio, tomado conta dos portugue-
ses do ponto de vista afectivo
Há males que vêm por bem ou
com os erros é que se aprende, são
sentenças que estamos cansados de
ouvir. Mas serão elas, de facto,
regra? Ou, antes pelo contrário, os
males vêm sempre por mal e com
os erros erra-se e pronto?
O resultado é um livro cha-
mado 12 erros que mudaram Por-
tugal, que acabou agora de sair
(edição Guerra & Paz) e todos os
pretextos são bons para ficarmos a
saber um bocadinho mais de Histó-
ria de Portugal. Bem disposto, este
é um livro oportuno e o objectivo
é não chatear.
História de Portugal em 12 dis-
parates.
12 Erros que mudaram PortugalPropostas de Leitura
Sabia que D. Afonso Henriques não queria ser rei enão bateu na mãe mas sim no amante dela? Só nãogostava do padrasto, Fernão Peres de Trava. Afonso
Henriques, o Conquistador dava-se bem com a mãe efoi empurrado para a guerra pelos nobres e pela igrejaque não queriam ficar dependentes de Galiza e assimnasceu a independência do condado portucalense. “Aexistência de Portugal é o nosso primeiro erro”, con-
clui sem dúvidas, João Vasco Almeida, co-autor do livro
“12 Erros Que Mudaram Portugal”
Título: 12 erros que mudaram PortugalPreço: 30 €Prazo de entrega: duas semanasCupão de encomenda: página 19
“Neste livro, e pela primeira vez, a História dePortugal é passada a pente fino, à procura dasgrandes mentiras, dos idiotas que governaramo País e das trapalhadas que estão na génesedaquilo que hoje conhecemos como o «bravopovo lusitano». Fruto da pesquisa nas maisconceituadas fontes históricas, 12 Erros QueMudaram Portugal analisa cada um dos epi-
sódios de forma simples mas eficaz, mostrando o que de errado se passou em 800anos de Portugal. Com este livro, o leitor compreenderá finalmente o «gene tuga», atendência para o desenrasque, as raízes do colesterol e do cancro do tabaco – que tam-bém foi culpa nossa – e como nunca os governantes, desde o princípio, tiveram umplano que se aproveitasse. A não ser aquela questão das caravelas. Mas, mesmo aíhouve asneira...”
PORTUGAL POST SHOP Cupão de encomenda na pág.19
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Título: Inês de PortugalAutor: João Aguiar
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Título: Histórias ExtraordináriasAutor: Egar Allan Poe
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PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Alemanha 11
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TONY CARREIRA EM HAMBURGO2 Maio 09 pelas 21h00
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0176 - 12 00 11 20 Francisco Araújo
0152 - 07077610 Fernando Barbosa
O candidato ao Parlamento Eu-
ropeu do SPD em Hamburgo, Knut
Fleckenstein, irá fazer uma acção de
campanha especialmente dirigida à
comunidade portuguesa, que con-
tará com a participação do ex-Se-
cretário de Estado das
Comunidades e actual Secretário
Internacional do PS, José Lello.
A ideia de fazer acções de cam-
panha conjuntas surgiu na sequên-
cia de contactos entre as direcções
nacionais do PS e do SPD para o re-
forço da colaboração a nível local e
regional, particularmente para a
mobilização eleitoral para eleições
ao Parlamento Europeu e para as
Câmaras.
A participação na campanha de
José Lello, que irá acompanhado
pelo director do Departamento de
Comunidades, Paulo Pisco, surgiu na
sequência de uma carta do presi-
dente do SPD, Franz Müntefering,
enviada ao Secretário Geral do PS
e Primeiro-Ministro José Sócrates,
para que o PS apoiasse o SPD nesta
campanha.
Na carta, Franz Müntefering
alude à “grande comunidade portu-
guesa em Hamburgo e arredores”
e considera que a sua participação
“seria certamente uma grande
ajuda para os camaradas daquela ci-
dade”.
Da acção de campanha fazem
parte um grande encontro com
portugueses e alemães e visita a
instituições da cidade.
Sobre o candidato do SPD, Knut
Fleckenstein, Müntefering afirma
que ele é “um europeísta convicto
que, graças aos méritos que con-
quistou em Hamburgo devido às
suas funções de presidente do Ar-
beiter Samariter Bund, é bem co-
nhecido para além das fronteiras da
cidade”.
José Lello em acção de campanha pelo SDP em Hamburgo
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Comunidade12
Após seis meses de preparação e obras de adaptação, o novíssimo restaurante Chur-rasco Grill abriu oficialmente as portas no passado sábado dia 14 de Março, criandologo no início uma curiosidade natural entre a comunidade local e constituiu umaagradável surpresa de todos quantos esperavam este novo restaurante português.Apostando na originalidade dos grelhados (peixe e carne) a carvão, o frango doChurrasco Grill está também a tornar-se num caso de êxito na excelente emente donovo restaurante português em Dortmund.A abertura do Churrasco Grill era um sonho do jovem empresário Sidónio Rodrigues(conhecido na comunidade local por Sidi) nascido há 33 anos em Menden, que dizque “a ideia de abrir uma churrasqueira nasceu durante uma estadia de férias noAlgarve em 1997. Na altura visitei uma casa do género que deixou-me com a ideiafixa na mente levando-me a concretiza-la depois de alguns anos”. Sidónio Rodrigues, que mantém uma proximidade junto da comunidade lusa emDortmund traduzida na sua actividade de treinador da equipa de futebol do CentroSanto António, criou com o seu “Churrasco Grill” muitas perspectivas na cena gas-tronómica de Dortmund.Vem também contribuir para elevar a gastronomia portuguesa na cidade, enriquecera oferta e mostrar uma faceta da cozinha portuguesa que são os grelhados a car-vão.O local é agradável, sóbrio, onde se está bem. Os preços são acessíveis e a comidasaborosa. A equipa do “Churrasco Grill” esmera-se em atender e servir bem. Para além dos grelhados e do famoso frango com molho de piri-piri, os visitantespoderão ainda saborear outras delícias tais como o “Bitoque”, Cozido à Portuguesa,Bacalhau na Brasa, entradas que fazem crescer água na boca, Caldo Verde e outrasdelícias que recheiam o seu cardápio. No dia da inauguração, Sidónio Rodrigues manifestou a sua gratidão pela ajudaobtida por parte dos familiares que estiveram ao seu lado desde o princípio. “Arealização deste sonho só foi possível com ajuda da minha família. Foram todosfantásticos, disse.Em Dortmund ninguém duvida do êxito da nova casa. Tanto que se aconselha re-serva de mesa quem quiser almoçar aos fins-de-semana e, para grandes grupos,também durante a semana. K. Ngingas
A nossa ementa é variada e inclui peixes, car-
nes, isto para além da nossa especialidade de
frango com molho de piri-piri, não esquecendo
as deliciosas sobremesas, algumas delas exclu-
sivas da nossa casa.
NovoDortmund
Churrasco GrillMünsterstr. 10944145 Dortmund0231- 39 59 796Horário Abertura: 11h30-23h00. Terça: descanso
Reservas
de
Mesa
Algumas das nossas especialidadesGrelhados
BacalhauSardinhas grelhadas
Dourada Salmão
Choco Polvo
Espetadas de Peixe mistoEspetadas de Gambas
Bitoque à Casa Frango Churrasco
Febras Espetada de Peru
Espetada de Borrego Espetada de Porco
EntrecostoBarriguinhas
Venha visitar-nos e reserve já a
sua mesa!
Desejamos aos nossos clientes e a
toda a comunidade uma
Páscoa feliz
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Os portugueses na Alemanha
vêem-se confrontados com uma
política portuguesa de emigração
reduzida à simbologia e ao apelo ao
espírito de sacrifício dos portugue-
ses. Uma política para pobres mas
que se permite funcionários ricos.
Esta política para inglês ver tem-se
vindo a piorar a partir de 1997. A
Administração portuguesa, fecha-se
nela mesma apenas virada para a re-
solução de problemas burocrático,
intra muros.
Embaixadores e Cônsules pa-
recem ilesos ao bem e ao mal que
acontece, não se preocupando com
o que sucede ou deixa de suceder.
São como os três macacos japone-
ses que não vêem, não ouvem nem
falam. Em relação à comunidade
portuguesa foi o escândalo do En-
sino de Português (EPE) que desa-
creditou políticos e administração
portuguesa. A nível de serviços so-
ciais foi a transferência do Conse-
lheiro Matos, desaparecendo, com a
sua saída, uma certa presença da
embaixada do meio das associações
portuguesas. A Embaixada de Por-
tugal encontra-se desapercebida no
mundo português migrante. Além
dumas informações de actividades
culturais nada mais sai cá para fora.
Portugal continua encerrado nos
corredores das suas instituições
vendo se reduzido aos fluxos da mi-
gração. O associativismo é, duma
maneira geral, muitíssimo carente.
Depois da era das associações liga-
das às missões e à Caritas motiva-
das pela escola e pela necessidade
de apoio inicial e pelo desejo de
matar saudades em torno da mesa
e da dança, a partir dos anos no-
venta, assiste-se a um desmorona-
mento atendendo a que outras
necessidades preocupam a nova ge-
ração em desfavor da cultura. Na-
turalmente que se encontram
também honrosas excepções.
Desde sempre faltou o apoio admi-
nistrativo e técnico aos dirigentes
das associações. Estas tornaram-se
em agremiações ad hoc e num caso
ou noutro em torno dalgum par-
tido ou iniciativa económica.
O país e os cinco milhões de
portugueses espalhados pelo
mundo mereceriam mais que uma
política simbólica também visível
em mensagens e apelos aos portu-
gueses em festas natalícias e outras
tal como em apregoações virtuais.
As instituições encontram-se muito
distantes das pessoas e muitas
vezes o trabalho burocrático não
permite convívio. O problema, mais
que do estatuto da instituição
(Consulado, Vice-consulado ou Es-
critório consular) está no empenho
e dinâmica dos funcionários; se são
pessoas que visitam regularmente
as comunidades ou se o fazem, ape-
nas nalguma festividade. O trabalho
burocrático parece ser de tal
ordem que não deixa forças dispo-
níveis para o contacto directo com
a comunidade nem margem para
ideias criativas. O povo, instintiva-
mente trabalhador, é, também cá
fora, administrado por dirigentes
sem conceitos nem estratégias de-
finidas. Estes, desligados de tudo e
de todos, não precisam de prestar
contas a ninguém; esgotam-se nos
actos das suas liturgias. Enlevados
na fragrância do seu incenso conse-
guem assim afastar-se dos odores
do redil. O problema não é de di-
nheiro; o problema vem de cima;
está na falta de pessoal de cúpulas
carente de competência, carácter e
vontade. É a tradicional “apagada e
vil tristeza” dum país que se per-
mite dirigentes “sem rei nem roque
nem o diabo que os toque”. Uma
elite mediana que se limita a admi-
nistrar a miséria.
Não há estratégia nem logística
administrativa na equação e resolu-
ção dos problemas consulares e as-
sociativos. O povo encontra-se
abandonado a ele mesmo condu-
zido apenas pelas necessidades mais
imediatas de sobrevivência. Aten-
dendo a que os portugueses, a par-
tir da segunda geração, se integram
na comunidade envolvente, perma-
nece o problema dos que chegam e
dos mais idosos. Os consulados não
se encontram vocacionados nem
equipados com pessoal para um
serviço directo à comunidade. O in-
vestimento estatal não atinge os
objectivos compatíveis com o inte-
resse nacional.
A devisa do povo é: “quem não
chora não mama” e a devisa do
homem de estado e da adminis-
traço é: quem não gatinha não
chega a subir aos miradouros do
Estado.
Embaixadores e Cônsules não ouvem, não vêem nem falamAntónio Justo
A Embaixada de Por-tugal encontra-se de-sapercebida no mundoportuguês migrante.Além dumas informa-ções de actividadesculturais nada mais saicá para fora.
ComentárioAntónio Justo
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Cinema 13
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São raríssimas as oportunidades
para os cinéfilos na Alemanha de as-
sistir a filmes portugueses. Os cine-
mas convencionais desconhecem a
existência da Sétima Arte de cunho
luso. E as exibições nas chamadas
salas alternativas acontecem
quando o rei faz anos.
Cabe, pois, aos entusiastas da
língua e da cultura portuguesas –
que sorte existem também na Ale-
manha, de todos os tamanhos e fei-
tios – tentar colmatar esta lacuna.
Foi assim que um grupo de jovens
investigadores luso-descendentes,
brasileiros e alemães da Universi-
dade de Colónia levou a cabo um
conjunto de cinco festivais do ci-
nema português entre 2006 e 2008,
a que deu o título genérico de Ci-
nema Luso.
Graças a esta iniciativa, o pú-
blico na Alemanha ficou a conhecer
as obras de alguns dos realizadores
mais emblemáticos do cinema luso.
O forte interesse suscitado pela ini-
ciativa provou que as simpatias ci-
néfilas germânicas não se esgotam
nos filmes de acção de Hollywood.
Apesar da sua fama de «cinema di-
fícil», as longas e curtas metragens
lusas não passaram diante de salas
vazias, ao contrário do que acon-
tece com frequência em Portugal.
No Cinenova em Colónia foram
exibidos filmes de Teresa Villaverde,
João Canijo, Fernando Lopes, João
Botelho e João César Monteiro,
num esforço para transmitir toda a
diversidade do trabalho cinemático
em Portugal. Especialmente gratifi-
cante foi a disponibilidade de alguns
destes realizadores para se deslo-
carem a Colónia para um contacto
directo com um novo e jovem pú-
blico alemão e luso-alemão. Aos 72
anos, e ocupado a preparar uma
nova rodagem, Fernando Lopes,
símbolo de tudo o que há de me-
lhor na cultura portuguesa, não he-
sitou em aceitar o convite para
visitar, em pleno mês de Janeiro de
2008, a fria e chuvosa cidade alemã.
O cineasta disse então ao Portugal
Post: «É magnífico estar aqui em
Colónia, lembrarem-se de mim e
convidarem-me. É muito estimu-
lante. São essas pequenas coisas
que me dão forças para ir concre-
tizando novos projectos».
Onde não era viável a presença
do realizador homenageado, os or-
ganizadores do Cinema Luso tive-
ram o cuidado de convidar
conceituados críticos alemães e
portugueses para palestras seguidas
por conversas informais com o pú-
blico interessado em descobrir
novos mundos do cinema. Todas as
tertúlias decorreram com exce-
lente tradução simultânea de e para
os dois idiomas, num esforço para
não deixar ninguém «de fora». A or-
ganização perfeita dos vários even-
tos foi repetidas vezes elogiada por
membros da assistência, provando
que importam mais o empenho e a
boa vontade do que os grandes re-
cursos financeiros.
No entanto, sem apoios o pro-
jecto não poderia funcionar. Os or-
ganizadores souberam convencer a
fundação cultural Sparkasse Köln-
Bonn da importância de patrocinar
os pequenos festivais, que beneficia-
ram ainda da presença de um leito-
rado muito activo do Instituto
Camões na Universidade de Coló-
nia.
Encorajado pela boa recepção
do público alemão, o grupo de en-
tusiastas prepara agora uma nova
iniciativa para Outubro de 2009.
Desta feita pretendem dar a conhe-
cer os novíssimos talentos do ci-
nema português. Sob o título
«Estreia na Alemanha» serão exibi-
das duas películas por ano de reali-
zadores ainda por nomear. Pode ser
que desta vez os representantes
oficiais de Portugal na Alemanha se
apercebam da importância desta
iniciativa e se disponham a apoiá-la.
Para que o «final feliz» não perma-
neça apanágio exclusivo de Holly-
wood.
Cristina Krippahl
Colónia capital alemã do cinema português
A equipa do Cinema Luso com Fernando Lopes. Da esquerda para a direita: Maria Ferreira, Lara Pamplona, Alexan-dre Martins, Fernando Lopes e Beatriz de Medeiros Silva.
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rante algum tempo, o maxAuszahlplan éexactamente a escolha acertada. As taxasde juro e o período de vencimento são esti-pulados, de forma fixa, aquando da cele-bração do contrato e, deste modo,garantidos. Mais uma vantagem: o investi-dor não tem que se preocupar com maisnada após a celebração do contrato. A BKMencarrega-se de efectuar toda a transacção.Por exemplo, quem invista 50.000 Euros ecelebre um contrato, prevendo um plano depagamento com um “consumo” de capital
para 20 anos, recebe todos os meses umpagamento de 306,50 Euros brutos, comuma taxa de juro fixa de 4,25 %. O ma-xAuszahlplan é oferecido a partir de ummontante de investimento de 25.000 Euros.Os prazos de vencimento são de 5 a 20anos.
Na qualidade de título de poupança descon-tado, o maxSparbrief é predestinado parainvestidores com vistas largas: na compra(montante a investir 2.500 Euros) os juros,e os juros dos juros a esperar, são descon-tados. Desta maneira paga-se menos e be-neficia-se logo desde a primeira hora delucro. A creditação dos juros é efectuada nofinal do prazo de vencimento e terá lugarentre um e 10 anos, o que tem consequên-cias positivas, sob o aspecto fiscal, a partirde 2009, pois a partir desta data entra emvigor a “Abgeltungssteuer” (novo impostofiscal sobre aplicações de capital) de apenas25 %. Em 2008 os lucros de capital estavamsujeitos a uma taxa pessoal de tributaçãofiscal que podia alcançar até os 42 %. OmaxSparbrief, com uma taxa de juros ac-tual que pode chegar aos 4,25 % por ano,é digno de se ver!
Para o maxTagesgeld a BKM oferece de mo-
mento 2,30 % por ano. Com esta forma deinvestimento, que consegue cada vez maisadeptos através da sua flexibilidade, o seudinheiro está disponível diariamente e nãosão cobradas tarifas. Arredonda-se a ofertade aplicações e depósitos de capital atravésdo maxTopzins, com uma taxa de jurosanual actualmente de 5,50 % no primeiroano e uma taxa de juros atractivo nos anosseguintes (prazo de vencimento 10 anos),bem como o maxSparplan que permiteuma acumulação de saldo credor com pas-sos pequenos. E finalmente temos aindapara lhe oferecer o já bem sucedido max-Festgeld, extremamente lucrativo, com umataxa de juros actual de até 4,25 % por ano,dependendo do prazo de vencimento.Mais ainda, no que respeita à segurança
dos investimentos, não há necessidade dosclientes da BKM se preocuparem: a empresapertence ao chamado Entschädigungsein-richtung deutscher Banken GmbH (institutode indemnização de bancos alemães), ob-rigatório por lei, e é membro da Bauspar-kassen-Einlagensicherungsfonds e.V. (fundocom garantia depositária das Caixas depoupança-habitação). Através desta filia-
ção, os investimentos em capital estão ga-rantidos até um montante de 250.000,00Euros por cliente.
Além de depósitos a prazo fixo e depósitos diários oferecemos também depósitos a longo prazo
A BKM oferece juros atractivos para o seu dinheiroJá há anos que a BKM – Bausparkasse Mainz AG tem a famade ser um dos melhores endereços para aplicações de capitalaltamente rentáveis. Atribuem-se regularmente à oferta de de-pósitos com prazo fixo da BKM taxas de juro atractivas. Destemodo, no ano passado, o canal de televisão “n-TV” denominoua BKM de “o melhor prestador de serviços em depósitos aprazo fixo”.
As taxas de juro diárias actuais bem comoinformações detalhadas sobre as aplica-ções de capital da BKM podem ser consul-tadas na página da internetwww.bkm-geldanlage.de. Também sepodem dirigir ao nosso Director Regional
(Bezirksdirektor) da BKM, o Senhor Manuel Ferreira, Telefone: 069 / 9 13 02 70.
Indicações de taxas de juro de 25.03.2009
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O seu ponto de encontro para saborearum gelado em Dortmund
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Economia 15
Negócios Comunidades
O Gabinete de Apoio ao Emi-
grante vai “auxiliar quem esteve emi-
grado e quem quer emigrar”,
prometeu o secretário de Estado das
Comunidades Portuguesas que reve-
lou que existem no estrangeiro 120
mil empresas de portugueses.
“Noventa por cento dos emi-
grantes portugueses que regressam a
Portugal voltam para a freguesia de
onde partiram”, referiu, em Vila Nova
de Famalicão, o secretário de Estado
das Comunidades Portuguesas, ao
inaugurar, em Famalicão, o Gabinete
de Apoio ao Emigrante (GAE), um
serviço que está a ser implantado em
todo o País.
“O Gabinete destina-se a prestar
auxílio diverso aos munícipes que es-
tiveram emigrados, aos que estão em
vias de regresso, aos que residem
ainda no país de acolhimento e aque-
les que desejam emigrar”, frisou o se-
cretário de Estado.
A Câmara Municipal de Famalicão
cedeu o espaço onde os técnicos vão
passar a informar os emigrantes
sobre os seus direitos e deveres, a
prestar informações sobre oportuni-
dades de emprego e formação profis-
sional. O investimento financeiro em
Portugal ou no país de acolhimento é
outra das preocupações do GAE.
“120 mil empresas existentes em
países estrangeiros são propriedade
de cidadãos portugueses”, referiu An-
tónio Braga.
“Quando for altura de voltarem a
Portugal, tem que haver técnicos ca-
pazes de ajudar esses empresários”,
finalizou o secretário de Estado das
Comunidades Portuguesas.
Existem 120 milempresas de portugueses noestrangeiro
De acordo com um estudo rea-
lizado no Verão de 2008 pela Câ-
mara de Comércio e Indústria
Luso-Alemã, os „custos energéti-
cos“ e os „apoios financeiros“ são
os outros factores mais problemá-
ticos à localização em Portugal.
„Fazemos estes inquéritos
desde há muitos anos e são exacta-
mente esses os pontos (eficácia da
administração pública, códigos labo-
rais e sindicatos) que as empresas
mais nos mencionam“, disse o di-
rector-executivo da CCILA, Hans-
Joachim Böhmer.
Hans-Joachim Böhmer explicou
que o grande problema alemão
quanto à „eficiência da administra-
ção pública“ portuguesa prende-se
com o factor tempo.
„Sobre a eficiência da adminis-
tração pública fizemos outros in-
quéritos mais detalhados e esses
indicam que o maior problema [em
Portugal] é a demora até que haja
uma decisão, até se ter uma li-
cença“, explicou o mesmo respon-
sável.
Os diferentes sectores apresen-
tam poucas divergências face a
estes indicadores. No entanto, e na
indústria, o assunto „direito labo-
ral/sindicatos“ é visto de forma
mais problemática do que, em
média, o das „condições de paga-
mento e hábitos de pagamento“ no
comércio.
No sector da prestação de ser-
viços é a „eficiência da administra-
ção pública“ que surge como
tópico mais destacado.
A Câmara de Comércio e In-
dústria Luso-Alemã é a maior câ-
mara de comércio estrangeira em
Portugal, com mais de mil mem-
bros.
Hans-Joachim Böhmer explica
que as empresas alemãs em Portu-
gal mantêm-se optimistas quanto
ao clima de negócios para este ano,
e até 2012, se bem que a crise in-
Empresas alemãs apontam dificuldadespara se localizarem em Portugal
ternacional tenha refreado um
pouco esse sentimento.
„Temos de partir do pressu-
posto que a situação não é tão op-
timista como foi no Verão passado
(em que 39 por cento das empresas
esperavam melhorias). Mas também
estamos convencidos que não há
mudanças radicais na situação das
empresas“, disse.
„Estas mantêm o seu opti-
mismo e vão aproveitar as oportu-
nidades para produzir, exportar e
aumentar a produção. Mas não sa-
bemos em detalhe. Mesmo que ti-
véssemos feito um estudo em
Novembro ou Dezembro, agora
poderia diferente, porque a estabi-
lidade das opiniões das empresas
não é grande nestes tempos“, expli-
cou.
Mais de três dezenas de empre-
sários vão acompanhar o Presi-
dente da República na visita de
Estado à Alemanha, que tem como
grande objectivo transmitir um
„sinal de confiança“ no futuro.
As empresas alemãsem Portugal apontam as„condições e hábitos de
pagamento“, a „eficiênciada administração pú-
blica“, e o „direito laborale sindicatos“ como os
três factores mais proble-máticos para se localiza-
rem no nosso país.
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O número de dormidas nos esta-
belecimentos hoteleiros caiu 7 por
cento em Janeiro, face a igual mês de
2008, para um total de 1,7 milhões,
segundo os dados sobre a actividade
turística hoje divulgados pelo INE.As
receitas totais da actividade turística
recuaram 11,6 por cento para 81,5
milhões de euros, indica ainda o Ins-
tituto Nacional de Estatística.A que-
bra de 7 por cento do número total
de dormidas resultou de uma dimi-
nuição de 11,4 por cento da procura
dos turistas estrangeiros para um
pouco mais de um milhão de dormi-
das, só parcialmente compensada por
uma progressão de 1,4 por cento do
turismo „interno“, para cerca de 623
milhares de dormidas, de residentes
naciona is.Entre os maiores merca-
dos tradicionais, o de 15 por cento
neste primeiro mês de 2009, seguido
da Itália (-13,7 por cento) e da Ale-manha (-12,6 por cento). Os turis-
tas provenientes da França
diminuíram 9,4 por cento
Quebra no registo deentradas de turistasalemães em Portugal
Hans-Joachim Böhmer
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Consultório16O Consultório jurídico tem a colaboração
permanente dos advogadosMichaela Azevedo Ferreira e Miguel Krag
Miguel Krag, AdvogadoPortugal HausBüschstr.7 - 20354 HamburgoLeopoldstr. 1044147 DortmundTelf.: 040 - 20 90 52 74
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AdvogadoCarlos A. Campos MartinsDireito alemãoConsultas em português por marcação
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TRADUÇÕESPORTUGUÊS ALEMÃO
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Tradutor ajuramentado junto dosConsulados-Gerais de Portugal
em Frankfurt/M. e Stuttgart
Claus Stefan Becker
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Advo
gados
++
Tra
duto
res
++
Serv
iços
Este dia pode corresponder
ao fim de um processo disciplinar,
ao início de um despedimento co-
lectivo ou, como vem sendo mais
comum, ao dia em que a empresa
apresenta uma proposta de
acordo de revogação ou „despe-
dimento negociado“, deixando
entender que dificilmente acei-
tará outra opção que não a ces-
sação da relação com o
trabalhador.
Assim, importa ter presente
que todo o despedimento se in-
sere num processo, o qual apenas
terminará nesse dia se o trabalha-
dor o desejar, pois tem a possibi-
lidade de questionar, negociar ou,
mesmo, impugnar a respectiva de-
cisão.
Desde logo são proibidos os
despedimentos sem justa causa
ou por motivos políticos ou ideo-
lógicos.
O despedimento é ilícito, sem-
pre que:
* O procedimento seja inválido;
* O despedimento se fundar em
motivos políticos, ideológicos, ét-
nicos ou religiosos;
* Forem declarados improceden-
tes os motivos justificativos invo-
cados para o despedimento.
O procedimento é inválido
quando a decisão de despedi-
mento e os seus fundamentos
não constarem de documento es-
crito ou faltar a comunicação da
intenção de despedimento.
Caso o despedimento seja
feito com justa causa e com pro-
cesso válido, o trabalhador tem
direito a receber:
* a retribuição correspondente a
um período de férias, proporcio-
nal ao tempo de serviço prestado
até à data da cessação, bem como
ao respectivo subsídio de férias;
* o valor do subsídio de natal pro-
porcional ao tempo de serviço
prestado no ano da cessação do
contrato.
Caso o despedimento seja
feito sem justa causa ou de forma
ilícita:
O trabalhador deve recorrer
ao Tribunal de Trabalho para
poder reclamar os seus direitos
uma vez que a ilicitude do despe-
dimento só pode ser declarada
por tribunal judicial em acção in-
tentada pelo trabalhador.
Atenção: Se um trabalhador
quiser obter a nulidade do seu
despedimento, deve, no prazo de
três semanas a contar da notifica-
ção escrita do despedimento, § 4
KSchG - Kündigungsschutzgesetz
(lei de protecção em matéria de
despedimentos), apresentar
queixa no Tribunal do Trabalho.
Caso não cumpra este prazo, pre-
sumese a eficácia jurídica do des-
pedimento.
Sendo o despedimento decla-
rado ilícito, o empregador é con-
denado:
* a indemnizar o trabalhador por
todos os danos, patrimoniais e
não patrimoniais causados
* a reintegrar o trabalhador no
seu posto de trabalho sem pre-
juízo da sua categoria e antigui-
dade
* a pagar ao trabalhador as retri-
buições que deixou de auferir
desde a data do despedimento
até ao trânsito em julgado da de-
cisão do tribunal
* a receber a retribuição corres-
pondente a um período de férias,
proporcional ao tempo de ser-
viço prestado até à data da cessa-
ção, bem como ao respectivo
subsídio de férias;
* ao valor do subsídio de natal
proporcional ao tempo de ser-
viço prestado no ano da cessação
do contrato.
Não deixe os seus direitos
por mãos alheias e lute pelo que
é seu!
Crise provoca sucessão de despedimentos Em tempo de crise, a
possibilidade de perder oemprego é uma das
maiores preocupaçõesdos trabalhadores. E se odia do seu despedimentoestivesse num futuro pró-
ximo, estaria preparadopara fazer valer os seus
direitos e interesses?
Michaela Azevedo Ferreira
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 17
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Ex. mos senhoresO Portugal Post tem sido para nós umaluz clara que tem desvendado com assuas sugestões e respostas muitas situa-ções que atormentam alguns compatrio-tas. Eu também ouso através destaminha carta poder usufruir dum poucode luz para o meu e nosso caso. Vou des-creve-lo em curtas palavras.Tenho um filho que acabou a escolari-dade obrigatória. Foi sempre um alunomédio, apesar de poder ter dado umpouco mais, como as professoras nos di-ziam sempre. Decidiu enveredar pelo ca-minho profissional. Mas nem ele tem acerteza do que no futuro quer fazer. Dá-nos a impressão que as escolas aqui naAlemanha tratam dos alunos dumaforma igual. O objectivo é encher a ca-beça de muitos conhecimentos e não ospreparam devidamente para o futuro.Ele parece que escolheu no catálogo dasprofissões um determinada emprego.Quando viu que não era aquilo que es-perava, abandonou a aprendizagemnessa profissão e agora procura umaoutra que esta em voga, mas que tendea desaparecer. Já enviou umas dezenasde cartas de apresentação com pedidos,mas diariamente recebe-os de volta coma mesma lengalenga. Agradecem e la-mentam mas a escolha recaiu numoutro candidato. Mas o que é triste é quemuitas empresas nem sequer respon-dem. Desde já agradeço a vossa respostaou sugestões, podendo transcreve-las nonosso jornal, pois infelizmente creio quehaverá muitos pais e filhos nessa situa-ção. É que esta é a maior herança que
posso deixar ao meu filho. É proporcio-nar-lhes asas para voar ou pernas paracaminhar. Por isso a minha preocupação.
Leitor devidamente identificado
Caríssimo compatriota, agradecemos
as suas frases de apreço e as suas pa-
lavras em comparar o nosso jornal
como uma luz que ilumina os cami-
nhos de emigração, achámo-la muito
elucidativas. Esperamos continuar a
sê-lo e a merecer a confiança dos
nossos leitores e a sua, claro. A situa-
ção que nos expõe, infelizmente re-
pete-se a cada esquina. Não nos disse
a idade do seu filho, mas partimos do
princípio que, se já não é de maior de
idade, estará perto de o ser. Gostaria-
mos que estas palavras chegassem a
ele, ou que fosse ele a sentir a neces-
sidade de aconselhamento. Vamos dar
algumas dicas que poderão servir
para o orientar a si a ao seu filho.
Singrar na vida no mundo dehoje
Claro que não é fácil no mundo de
hoje singrar na vida. O futuro não se
constrói só a partir duma determi-
nada idade, mas sim desde o nasci-
mento. Inicia com o amor dos pais
desde a infância e até antes do nasci-
mento durante a gravidez, se foi um
filhos desejado, na formação escolar
e na participação de grupos de infân-
cia e juvenis de cariz social e até reli-
gioso. São os grupos que, alicerçados
em valores perenes, vão transmitindo
qualidade que se enraízam e dão con-
sistência ao carácter do individuo.
Mas não é fácil, pois a sociedade ac-
tual carrega-os com pseudo - valores
que, e duma maneira tão atraente,
muito facilmente abafam os verdadei-
ros valores que enriquecem e lhes
dão vigor. Um carácter forte que se
manifesta na autoconfiança, entre ou-
tros, provocam no jovem o desejo de
voar mais alto e de lutar pelo futuro
duma forma muito consciente e rea-
lista. A liberdade é um valor que se
deve estimar, só que é muitas vezes
entendida e interpretada como liber-
tinagem. “sou livre e faço o que quero”mas não deveria ser assim, “mas soulivre para fazer o que melhor me ajudame faz bem e me alimenta”. “ Diz-me
com quem andas e dir-te-ei quem és
“ é um dito popular que tem a maior
validade. Os amigos e companheiros
podem constituir uma bússola e indi-
cador da situação. O grupo de convi-
vência é um terreno a formar e a
estreitar as relações humanas sadias.
Convém não esquecer este factor e
dar-lhe a importância devida. Claro
que não é fácil parar com a corrente
Algumas dicas
Admiramos o seu interesse e devido
esforço que o seu filho esta a ter.
Deve ser duro para si e para o seu
filho receber continuamente esse
tipo de respostas. Procurem animá-lo
pelos pequenos esforços que está a
ter. Que se dirija à secção de forma-
ção profissional do Instituto de Tra-
balho, não só uma vez, mas
periodicamente. Que não se canse de
os informar, dos passos que faz. Que
aceite os sugestões desse pessoal es-
pecializado e procure ganhar a con-
fiança deles. Há também a faculdade
de fazer um teste psicológico e pra-
tico para averiguar a tendência pro-
fissional. Além disso, existem escolas
profissionais ou instituições que, com
outros métodos, procuram atingir os
mesmos resultados: a orientação vo-
cacional de cada um.
Outros conselhos importantes
Que o seu filho procure encontrar
uma firma dum ramo que tenha a
profissão que ele gostaria de futura-
mente exercer. Desta forma, poderia
somar experiências para uma melhor
decisão e ganhar o respectivo prazer,
pois a profissão deve também dar
prazer a quem a pratica. Que seja ac-
tivo. É conveniente que, algumas se-
manas após enviar o pedido de
formação profissional, contacte tele-
fonicamente as firmas que tenha con-
tactado e pergunte simplesmente se
receberam a correspondência e que
lhes indique se já terá havido alguma
decisão. Esta actuação demonstra pe-
rante a empresa que há um grande in-
teresse da parte dele. O calar ou
simplesmente esperar não é o me-
lhor remédio. Geralmente esta ati-
tude deveria acontecer entre quatro
a seis semanas após ter sido enviado
o pedido.
A maneira de se apresentar temum grande valor
Um outro conselho que lhe podemos
dar é a maneira de se apresentar pes-
soalmente às empresas É o vestir. O
primeiro impacto é o mais impor-
tante e é o que marca alguém para o
futuro. Deveria apresentar-se bem
limpo e arranjado, sem muitas con-
tornos, barba feita, cabelo cortado
sem muito colorido. Há jovens que se
apresentam, como se fossem para um
jogo de futebol ou de brincos nas
orelhas ou cabelo pintado às cores.
Há patrões que dão uma enorme im-
portância ao aspecto exterior dos
candidatos e, como o objectivo é bem
concreto, convém ir ao encontro do
gosto deles. Claro que não há proble-
mas em que o seu filho ou outros se
vistam deste modo ou que apresente
um colorido próprio da juventude de
hoje que, para muitos, também já per-
tence à normalidade. Mas há cerimó-
nias e cerimónias! são eles que
necessitam e deverão submeter-se às
regras do mercado.
Um tempo de empenho solidá-rio numa ONG uma achega
Permita mais uma dica. O seu filho já
pensou dedicar um ano ou seis meses
a um serviço social voluntário ( So-
zialesjahr ) ? seria uma outra alterna-
tiva à insegurança profissional que ele
possa ainda estar a experimentar.
Nesse tempo, ele iria ter a possibili-
dade de reflectir, em conjunto com
outros jovens na mesma situação,
sobre o futuro. São várias as organi-
zações não governamentais que acei-
tam jovens com esse objectivo.
Procure escolher, se acaso enveredar
por este caminho, escolha organis-
mos que o saibam apoiar paralela-
mente com seminários, treinos
orientados, fins de semana de forma-
ção, entre outros. Esta oportunidade
poder-lhe-à abrir outros horizontes,
aumentar a sua autoconfiança e sen-
tir-se útil. O perigo nesta conjuntura
é também perderam o ritmo normal
do tempo e desabituar-se a uma vida
com horários e responsabilidades a
cumprir. Esta alternativa seria tam-
bém uma maneira de ser receber al-
guma compensação financeira. Ao
mesmo tempo estaria devidamente
segurado na Caixa de doenças e con-
tinuaria a receber o abono de família.
Informem-se na sua paróquia ou
outra instituição congénere sobre
esta opção.
Esperamos que lhes tenhamos dado
pistas suficientemente concretas que
poderão ajudar a si e ao seu filho, de
enveredar por caminhos que o pos-
sam ajudar a encontrar um rumo na
vida, que no fundo é a felicidade a que
todos têm direito e anseiam.
Uma achega à formação escolaré justa
A sua critica às escolas actuais tem
cabimento. Não foi sem razão que a
Alemanha, num estudo feito a nível
europeu, terá tido uma apreciação
muito aquém do que se esperava. Foi
o estudo que chamaram de “Pisa”.
Mas infelizmente os nossos filhos são
em muito o fruto da sociedade em
que vivem. As escolas deveriam olhar
o jovem no seu todos, em todas as
capacidade que eles possam demons-
trar. Que me interessa saber muitas
coisas, saber como se nada se eu não
tenho experiência e à primeira opor-
tunidade me afogo? Outros dizem
que é melhor um burro vivo que um
cavalo morto.
Desejamos tudo do melhor e espera-
mos que as escolas tenham em conta
a formação global do jovem em todos
os seus aspectos e que os preparem
para a vida, para a aventura e para a
conquista que é sinónimo de felici-
dade. Mantenha a luz da esperança
que nunca deve morrer. Continue a
ser muito amigo do seu filho e que
ele o sinta através dos seus gestos de
compreensão e de animo. Esperamos
ter sido um pouco de luz, apesar de
ténue, nestes momentos da vida de
emigrante.
Aceite um abraço e o nosso apreço.
Ao dispor e contacte-nos, quando vir
conveniente, é sempre com prazer
sentir que podemos ser úteis.
Formação escolar e profissional A herança que se deve deixar aos filhos
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Comunidade18
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4.04.2009 - MAGSTADTMAGSTADT- Baile de Páscoa nas instalaçõees do Centro Werlna Blumenstr.56. Baile com o duo Jose teixeira e Ilidio
11.04.2009 – DORTMUND. Festa Angola-Brasil. Local: Dietrich-Keuning-Haus,Leopoldstr. 50-58. Início: 22h00. Música ao vivo com a banda Pelodum.Info: 0179-8255489
11.04.2009 – COLÓNIA: Festa de Páscoa no restaurante “Vasco da Gama“Com baile pela noite com o grupo musical FM RADIO. Local : Liebigstrasse120, KölnReserva de mesas para jantar: 0221-3566566
11.04.2009 - HEILBRONN - Tradicional baile de Páscoa nas instalações doClube Português, Hans-Riesslerstr.4, Baile com o duo José Teixeira e Ilidio
11.04.2009 – ARNSBERG: Grande Festa Portuguesa e baile com o grupoNova Geração. Local: Schutzenhalle Schreppenberg. Início: 17h00. Info02931-4530. Org. Centro Cultural Desportivo.
12.04.2009 - SOLINGEN: Noite de Fados com a fadista que está em digres-são pela Europa Paula Oliveira. Início: 21h00. Local: Centro Português deSolingen, Klaubergerstr. 1. Tel.: 0212- 20 42 19
12.04.2009 - BAMBERG- Baile de Páscoa nas instalações do Clube Portuguêsna Gaustadter Haupstr.81. Baile com o duo Jose Teixeira e Ilidio.
18.04.2009 - RHEINE: 22º Festival de Folclore do grupo Ancora do Mar.Local: Kopernikussporthalle, Schützenstr. Início: 16h30. Com a presença devário grupos de todos o país. Baile com o grupo Trio Cabrita.
25.04.2009 – ULM: tradicional festival de folclore dos "Leões de Ulm" naEselsberg artista a designar e baile com o duo jose teixeira e ilidio
25.04.2009 – WITTEN: Noite de Fados com o grupo Antologia do Fado. LocalBistro Nosso Café. Info: 02302 – 9717288
25.04.2009: HAGEN: 4º Festival de Folclore Minhoto. Local: Fritz SteinhofGesamtschule, Am Bügel 20. Inicio: 16h00. Baile com a banda OS Atlantis.Organição: Coração do Minho
26.04.2009 – GÜTERSLOH: Festado do 25 de Abril da Associação Portu-guesa de Gütersloh. Local: In der Worth. Info: 05241-40414
30.04.2009 – WITTEN: Dança de Maio. Com a presença do músico Toy (dosFM). Local Bistro Nosso Café Hauptstrasse 65, Witten. Com início pelas 20.00horas. Info: 02302 – 9717288
Maio 2009
2.05.2009 – FELBACH: Grande Festa do 12° Aniversário do Centro Portu-gues de Fellbach e. V. Com o artista Rui Alves (pela primeira vez na Alema-nha) -Baile com Teixeira e Ilisio. Band Expression. DUO OASIS. Elvis.Madame Juju. Grupos de danca moderna. Folclore. Local: Fellbach-Schmi-den, Sport alle Hofäcker Str. 2, a partir das 16h00
2.05.2009 – DORTMUND: Festival de Folclore organizado pelo do R.F. SantoAntónio de Dortmund. Participação de vários ranchos folclóricos. Baile como grupo musical FM RADIOLocal : Dietrich-Keuning-Haus, Leopoldstrasse 50, DortmundCom início pelas 16.00 horas. Info 0174 7418721
2.05.200 - HAMBURGO: Tony Carreira ao Vivo. Local: Sporthalle, Kroch-mannstr.55. Bilhetes; 0160 - 44 32 042
Coração do Minho
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José Saramago As intermitências da mortePreço: € 10,00No dia seguinte ninguém morreu». Assim co-meça este novo romance de José Saramago.Colocada a hipótese, o autor desenvolve-aem todas as suas consequências, e o leitor éconduzido com mão de mestre numa ampladivagação sobre a vida, a morte, o amor, e osentido, ou a falta dele, da nossa existência.
Jorge AmadoCapitães da AreiaPreço: € 10,00Capitães da Areia é o livro de Jorge Amado maisvendido no mundo inteiro. Publicado em 1937, tevea sua primeira edição apreendida e queimada empraça pública pelas autoridades do Estado Novo.Em 1944 conheceu nova edição e, desde então, su-cederam-se as edições nacionais e estrangeira, e asadaptações para a rádio, televisão e cinema.Jorge Amado descreve, em páginas carregadas degrande beleza e dramatismo, a vida dos meninosabandonados nas ruas de São Salvador da Bahia,
conhecidos por Capitães da Areia.
Lewis CarrollAlice no País das MaravilhasPreço: € 10,00É um dos mais extraordinários contosde fadas de sempre, onde a imagina-ção reina como senhora absoluta, oabsurdo e o nonsense delirante domi-nam e onde tudo é possível. O CoelhoBranco, o Gato de Cheshire, a Lebrede Março, o Chapeleiro Maluco, aRainha de Copas… e, claro, Alice…
Quem não se lembra das personagens que Lewis Carroll imortalizoue que fazem parte do imaginário de várias gerações?
Anónio Lobo AntumesOs Cus de JudasPreço: € 10,00António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e espe-cializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante váriosanos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foimobilizado para o serviço militar. Embarcou para An-gola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em1979 publicou os seus primeiros livros, Memória deElefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980,Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são
marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; ime-diatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos,no âmbito nacional e internacional.
Miguel TorgaBichosPreço: € 10,00«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minha pe-quena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tãoespontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso queme liberte do medo de parecer ufano da obra, evenha delicadamente cumprimentar-me uma vez aomenos. Não se pagam gentilezas com descortesias, eeu sou instintivamente grato e correcto (…)»
Manuel AlegreAlmaPreço: € 10,00As memórias de infância. Os cheiros, as vozes, asemoções de um tempo em que o tempo não temfim e o significado está presente nas mais peque-nas coisas. Todas elas ficam sempre, como marcasna alma, princípios que norteiam a vida. A nostal-gia dos lugares mágicos da infância. De Alma, vilaencantada onde convive tradição e subversão, me-lancolia e audácia, crendices, ideologia e fute-
bol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-se a conhecer,chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre a República e a Monar-quia, um país que era, á época, o mundo de uma criança expectante eatenta. De Alma, partiu toda a sua vida. Ler + português
Título: Inês de PortugalAutor: João Aguiar
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Título: Amor de PerdiçãoAutor: Camilo Castelo Branco
Preço: 10 €
Título: Histórias ExtraordináriasAutor: Egar Allan Poe
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Título: Os da Minha RuaAutor: OnjakiPreço: 10 €
Título: História Universal da InfâmiaAutor: José Luís Borges
Preço: 10 €
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Passar o Tempo20
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Queremos merecer a sua visita!
A vida é bela, é agradável e todos nós gostamos de viver e desfrutar as opor-tunidades, os desafios e as alegrias e os ciclos de vida.Porém como sabemos, ninguém é eterno e imortal. Há que pensar (quantoantes melhor) em segurar o nosso funeral para não deixarmos despesas quevão sub carregar quem ainda terá que suportar a nossa perda.Para mais informações sobre os nossos serviços funerários e como cobrir orisco financeiro do funeral. Contacte-nos sem compromissos.
Segure o seu funeral, porque não vai viver sempre
Agência funeráriaW. Fernandes
Serviço 24hTel. 0231 / 2253926 - Fax: 0231 / 2253927
Agência Funerária W. Fernandes em cooperação com a
Agência Eugénio, AXA Seguros
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Caro/a Leitor/a:Se é assinante,avise-nos se mudou ou vai mudar deresidência
Cavalheiro43 anos, deseja conhecer senhora
dos 35 a 45 anos, divorciada, sepa-
rada, ou viuva, residente nas áreas
de Hagen, Dortmund, Witten, etc..
para fazer amizade ou algo
mais,resposta a este jornal,se for
possivel com foto, Refª A104.
Amizades & Afins Cavalheiro
Só, 67 anos, aspecto jovem, sem ví-cios, não fumador, reformado a re-sidir na Alemanha (NRW) procuraSenhora a partir dos 60 anos (maisou menos jovem). Simples, apre-sentável, honesta, sincera e leal,sem compromissos, para umaafectuosa relação futura. Neste ca-minho alegra-me o seu contactona resposta a este Jornal Refª A 204
Cavalheiro55 anos, residente na Alemanha
(NRW), teria muito gosto em
contactar com senhora dos 45
aos 55 anos de qualquer naciona-
lidade para fins de amizade. As-
sunto sério. Resposta a este jornal
Refª A304
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O caso insólito ocorreu em Carre-
gal do Sal (Viseu). Um jovem de 17
anos tentou assaltar uma sapataria,
mas acabou por adormecer e foi
apanhado pelo dono do estabeleci-
mento, o que o obrigou a limpar a
loja.
Segundo relata o «Diário de Notí-
cias», o rapaz partiu o vidro e de-
sarrumou a sapataria, mas foi traído
pelo sono quando tentava encon-
trar valores. Adormeceu e foi sur-
preendido de manhã, quando já se
encontrava no local o dono da loja
e muitos populares. Acabou por
não ser detido, mas apenas identifi-
cado, mas a punição acabou por ser
a limpeza total do estabelecimento.
A GNR notificou a Comissão de
Protecção de Menores de Carregal
do Sal.
Tentou assaltar eadormeceu
Philip Carter, de 29 anos, terá ata-cado Splodge, um arraçado de Ter-rier, após este o ter mordido namão.Carter compareceu no tribunal deLoughborough, no Reino Unido,para ser julgado por causar sofri-mento desnecessário a Splodge epor não o levar ao veterinárioassim que ele foi ferido.Considerando-se culpado numa au-diência anterior, Philip Carter aca-bou por ser condenado a 12semanas de pena suspensa.John Sutcliffe, procurador daRSPCA, uma associação que lutapelos direitos dos animais, disse aotribunal que quando a polícia foi a
casa de Carter, verificaram umrasto de sangue, acabando por des-cobrir o cão a sangrar muito deuma ferida no nariz e com dificul-dades respiratórias.Max Duddles, advogado de defesa,alegou que Splodge não era muitobem comportado e que terá mor-dido Carter, tendo este mordido ocão no nariz e batido no animal,antes que este se virasse contra ele.O juiz distrital Jonathan Taaffe dissea Philip Carter que ele apenas sesafou da prisão por ter admitido asagressões, e avisou-o que iria paraa prisão se ele voltasse a agir da-quela maneira num prazo de 18meses.
Cão foi mordido pelo seu dono
Este indiano, que trabalha numa
banca de venda de vegetais para
fazer face às despesas, diz não ter
tempo para estudar. «Estudarei até
morrer. Mas não sou capaz de fazer
os exames, porque tive apenas um
ou dois meses para estudar. Posso
fazer os exames, se tiver mais
tempo», afirma.Para Husen, a edu-
cação tem um valor mais elevado
que a religião e o dinheiro, visto que
ninguém a pode roubar.
Apesar de vários colegas o terem
tentado ajudar, afirma querer fazer
o exame de acordo com aquilo que
sabe.
Indiano de 65 anos fazexame de 10º ano pela44ª vez
O norte-americano John Spinnie, de
42 anos, roubou um carro em Cin-
cinnati, Ohio, para não chegar atra-
sado ao tribunal, onde tinha uma
audiência na qual respondia à acu-
sação por roubo de jóias.
Betsy Sundermann, assistente da
procuradoria de Hamilton, disse
que Spinnie alegou que um desco-
nhecido tinha permitido que ele
usasse o carro, após o pagamento
de uma taxa de 10 dólares (aproxi-
madamente sete euros).
Betsy Sundermann contou ainda
que o homem foi detido pela polícia
antes de chegar ao tribunal. Após o
novo crime, o juiz Fanon Rucker es-
tipulou uma fiança de cinco mil dó-
lares (aproximadamente três mil
euros).
O tribunal de Ohio afirmou que
Spinnie poderia ser responsável por
uma série de assaltos em Nor-
wood, incluindo um em que supos-
tamente roubou uma televisão da
casa de um assistente da procura-
doria.
Rouba carro para nãochegar atrasado ao tribunal
Acredite se quiser
Uma jovem norte-americana en-
trou com um processo de indemni-
zação em tribunal contra os
proprietários do apartamento onde
morava, porque estes mexeram, ale-
gadamente, nos seus objectos mais
íntimos. Navah Meller, de 22 anos,
pede cerca de oito milhões de
euros aos idosos, que, garante, me-
xeram até nas suas cuecas.
«Senti-me suja ao saber que os
meus pertences tinham sido mani-
pulados por estranhos».
O casal de proprietários, Ilona de
79 anos e George de 84, negou
sempre as acusações. O proprietá-
rio do apartamento assegurou que
Navah lhe deu as chaves do aparta-
mento para ele ir consertar umas
infiltrações: «Eu não sei nada sobre
as suas cuecas.»
Oito milhões por mexe-rem nas suas cuecas
As imagens aparecem num vídeo
lançado na Internet, ao que consta
gravado pelo irmão do camionista.
O homem aparece no vídeo, o qual
já se tornou bastante popular e po-
lémico, a dançar em pleno anda-
mento da viatura, chegando a
dançar em cima do próprio banco.
O «Tarzan do volante», como já é
conhecido, é de nacionalidade ro-
mena e fazia o trajecto Bélgica-Ho-
landa. O secretário de Estado de
Transportes, Etienne Schouppe,
afirmou à emissora de rádio e tele-
visão pública francófona «RTBF»
que fará de tudo para que o moto-
rista não volte a andar pelas estra-
das do país.
«Tarzan do volante»choca Bélgica
Um homem estava noivo. Na véspera do casamento, re-solveu fazer uma partidinha de futebol com os amigos,para despedir-se da vida de solteiro. A meio do jogo, háuma falta contra a equipa dele. Ele fica na barreira. O ata-cante adversário chuta e... trás! Acerta em cheio nos paí-ses baixos do gajo, que cai logo cheio de dores. É levadopara o hospital e nas urgências o médico diz-lhe:- Oiça, não há maneira de engessar o seu Zé , por isso,vamos colocarumas talas de madeira para o imobilizar até melhorar.- Mas doutor, eu vou casar amanhã.- Só pode ser assim ou então não fica bom.Inconformado, aceita pôr as talas de madeira. No dia se-guinte, casa-se e os pombinhos vão para a lua de mel.Diz a esposa:- Olha, meu querido eu tive outros namorados antes, masnenhum deles me tocou. Guardei-me toda para ti, sou vir-gem.Marido:- Eu também ... - baixa as calças e diz - Vês, o meu aindaestá guardado na caixa!
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Passar o Tempo 21
Embaixada de PortugalServiços da Cordenação-Geral
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Maria da Piedade FriasTelefone: 0711/8889895piedadefrias@gmail.com
Rui Clemente PazTelefone: 0173 - 5351651
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Postfach 10 01 05 - 42801 Remscheid
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Previsões para Abril 2009Por Maria Helena Martins
Aprenda a viver sem medoFormato: 15,5 X 23 cmPáginas: 92
Preço: 18.99 €Este livro pretende ajudá-lo a vencer osmedos com que lida diariamente: o medo dedesagradar, o medo de fracassar, o medo deser rejeitado, o medo da mudança, entre ou-tros, e a aprender a confiar em si mesmo enas suas decisões.
CarneiroAmor: Procure dar atenção aos seus verdadeirosamigos.Saúde: Tenha mais confiança em si mesmo, va-lorize-se mais e cuide do seu corpo.Dinheiro: Cuidado, não alimente intrigas nolocal de trabalho.
TouroAmor: Partilhe essa boa disposição que o invadecom quem o rodeia. Saúde: dê maior atenção aos seus rins, bebamais água diariamente.Dinheiro: É possível que venha a obter aquelapromoção que tanto esperava.
GémeosAmor: Os momentos de romantismo estão favor-ecidos. Invista mais no seu relacionamento.Saúde: Estará em plena forma. Aproveite parase dedicar a um novo hobby.Dinheiro: Cuidado com as dívidas. Esteja maisatento às suas contas.
CaranguejoAmor: Encontra-se num período menos favor-ável, mas não desespere que é passageiro.Saúde: A sua auto-estima anda um pouco embaixo, anime-se e cultive os pensamentos posi-tivos. Dinheiro: Boa altura para investir naquilo de quemais gosta.
LeãoAmor: A sua relação poderá passar por um perí-odo menos positivo em que deve manter acalma, pois tudo se resolverá pelo melhor.Saúde: Deve tentar libertar-se dos hábitos quesó prejudicam a sua saúde.Dinheiro: O equilíbrio financeiro estará presentena sua vida neste momento.
Virgem Amor: Não desiluda um amigo que aposta muitoem si.Saúde: Tendência para dores musculares. Façauma sessão de massagens.Dinheiro: Boa altura para comprar casa ou paramudar de ocupação.
Balança Amor: A sensualidade irá apimentar a sua rela-ção de forma surpreendente.Saúde: Descanse as horas necessárias para estarbem física e psicologicamente.Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos quefaz ao agir por impulso, sem parar para pensar.
EscorpiãoAmor: Aproveite bem todos os momentos quetem para estar com a sua cara-metade.Saúde: Poderá sentir alguma fadiga física.Dinheiro: Conserve bem todos os seus bens ma-teriais. Zele pelo que é seu.
SagitárioAmor: Não se deixe influenciar por terceiros, po-derá sair prejudicado.Saúde: Tenha um maior cuidado com os seus ou-vidos.Dinheiro: Não se precipite e pense bem antes deinvestir as suas economias.
CapricórnioAmor: Alguém para quem você é muito impor-tante dar-lhe-á um bom conselho. Saúde: Cuidado com o aumento de peso, façaexercício físico com regularidade.Dinheiro: Efectuará bons negócios, mas não as-sine nada sem pensar duas vezes.
AquárioAmor: Não seja tão possessivo nem ciumento.Respeite o espaço do seu par.Saúde: melhore o seu descanso diário dormindomais horas, para poder ter melhor rendimento.Dinheiro: Não gaste o seu dinheiro em coisas deque afinal nem precisa.
PeixesAmor: Não dê tanta atenção a quem não me-rece. Rodeie-se apenas das pessoas que o com-preendem e que gostam realmente de si.Saúde: Cuide da sua imagem. Inicie uma dieta.Dinheiro: Não se desgaste tanto na sua activi-dade laboral, pois será recompensado na devidaaltura.
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Aprenda a Proteger-seContra a Inveja e Mau-OlhadoFormato: 15,5 X 23 cmPaginas: 156Preço: 19,90 €
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PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 23Vinhos de Portugal
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Os Novos Vinhos de Portugal
PorDra. Teresa Colaço do Rosário
Capa duraNº de Páginas: 176Dimensões: 22,5 x 24 Preço: 35,00 €Conhecido por “fiel amigo”,o bacalhau tem uma tradi-ção muito particular e origi-nal na gastronomiaportuguesa. Neste livro,fique a conhecer as origensda pesca deste peixe, assuas principais característi-cas, a melhor forma de oarranjar e outros aspectos
importantes, como a melhor forma de o escolher, conservar e amanhar.Deleite-se com as nossas receitas e experimente-as todas. Fique, ainda,a conhecer as tradições deste peixe noutros países do Mundo.
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Uma
tradiçãode 40
anos
No ano transacto, a importação de
vinhos portugueses para o mer-
cado alemão conseguiu consolidar
a sua quota de mercado, figurando
no nono lugar entre os principais
países importadores de vinho de
acordo com a Estatística de Im-
portação Alemã. Cerca de 32 mi-
lhões de euros foram o valor das
importações de vinhos portugue-
ses no período entre Dezembro
de 2007 e Novembro de 2008. As
taxas de crescimento para este
período foram de 14,5 % em valor
e 11,4 % em volume, motivo de
grande alegria dado que mercado
global estagnou em valor (+0,2 %)
e diminuiu em volume (-6,3 %) no
mesmo período.
No corrente ano o desafio ainda
é maior, dada a conjuntura econó-
mica. Tanto a ViniPortugal como a
AICEP conjugam os esforços para,
em conjunto com os agentes eco-
nómicos, tornar os vinhos portu-
gueses mais perto do consumidor
alemão, através de várias activida-
des de marketing.
Um dos pilares da estratégia de
exportação é a aposta nas castas
nacionais. Portugal tem um patri-
mónio genético muito vasto com
cerca de 300 castas autóctones.
Entre elas está a casta Touriga Na-
cional, considerada “ex-libris” da
viticultura portuguesa. É uma
casta, cuja origem é disputada
entre o Douro e o Dão. No en-
tanto, nos últimos anos tem-se dis-
seminado por outras regiões
demarcadas. Esta casta de baixa
produtividade dá origem a vinhos
muito concentrados, encorpados
e com taninos firmes. Na parte
aromática destaca-se um aroma
floral a violetas. É uma casta muito
personalizada e marca os vinhos
com o seu perfil aromático.
Alguns exemplos
Vicente Leite de Faria criou no
ano 2000 a empresa VLF Vinhos
Lda, na sequência da tradição fami-
liar na produção de vinhos na re-
gião do Douro assim como da sua
experiência pessoal no sector do
vinho. O seu objectivo é produzir
e comercializar vinhos da região
do Douro com personalidade e
qualidade superior. Os vinhos são
A moda da Touriga Nacionalcom alguns exemplos
Cerca de 32 milhões de euros foram o valor das importações de vinhos portugueses no período entre Dezem-bro de 2007 e Novembro de 2008. As taxas de crescimento para este período foram de 14,5 % em valor e 11,4% em volume, motivo de grande alegria dado que mercado global estagnou em valor (+0,2 %) e diminuiu emvolume (-6,3 %) no mesmo período.
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obtidos a partir de “terroirs” de
elevado potencial onde são selec-
cionadas parcelas de vinhas e es-
colhidas as melhores uvas. A
vinificação e estágio visam enalte-
cer e preservar o potencial quali-
tativo dos vinhos obtidos, indo ao
encontro do estilo do consumidor
actual.
o Animus é um vinho concebido a
pensar no dia-a-dia, sem ocultar os
sabores típicos do Douro. É um
vinho obtido a partir das castas
Tinta Roriz, Touriga Nacional e
Touriga Franca, que fermentou a
temperatura controlada, seguindo-
se de uma maceração pelicular
pós-fermentativa. Na prova apre-
senta-se um vinho de cor granada
viva, com um aroma delicado a fru-
tos vermelhos e algumas notas flo-
rais. Na boca é um vinho
estruturado, complexo e persis-
tente. Pode ser consumido só ou
como acompanhamento de pratos
de massas, carnes frias e queijos
diversos. Já o Glória Tinto ColheitaSeleccionada 2004, um vinho do
mesmo produtor feito a partir das
mesmas castas, tem um aroma a
frutos secos e a especiarias. Na
boca destacam-se as notas da ma-
deira nova.
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www.vlfvinhos.com
PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Última24
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O seu proprietário é Carlos
Quintas, um economista português
radicado em Dusseldörf, que assi-
nalou o décimo aniversário do iní-
cio da sua colecção com provas de
vinhos que tiveram uma convidada
muito especial, a especialista britâ-
nica Jancis Robinson, uma das „au-
toridades“ mundiais na matéria.
A prova esteve longe de ser
uma novidade para a colunista do
Financial Times, que em 1999 publi-
cou o livro „Jancis Robinson prova
os melhores vinhos portugueses“, a
obra que inspirou Carlos Quintas
para iniciar a sua colecção nesse
mesmo ano.
„Comecei a coleccionar um bo-
cadinho por força do acaso, porque
encontrei uma cave muito bonita
em Dusseldörf, de facto extraordi-
nária, com condições de armazena-
mento espectaculares, e hoje, penso
que, poderei dizer, uma das caves
mais significativas de vinhos portu-
gueses no mundo“, disse Carlos
Quintas.
Esta também não foi a primeira
vez que Jancis Robinson aceitou um
convite de Carlos Quintas para ex-
perimentar vinhos portugueses,
tendo já realizado uma prova em
2007, igualmente em Dusseldörf.
Sempre com o seu computador
portátil ligado, para ir apontando as
suas apreciações, a „mestre de
vinho“ - título que ostenta já desde
1984 - não tem uma tarefa fácil: no
primeiro dia de prova experimenta
26 „magnums“ (tinto) e no dia se-
guinte, na cave de 1641, nada menos
que 90 vinhos de 2006 e 2007,
numa sessão que tem início ainda
antes do almoço.
As reacções de Jancis Robinson
são acompanhadas com indisfarçá-
vel curiosidade por Carlos Quintas.
Mas não só. „Os produtores tam-
bém estão ansiosos em Portugal
pelas ‘notas’“ da „mestre“ inglesa,
conta com um sorriso o coleccio-
nador.
Dez anos depois de ter publi-
cado o seu livro sobre vinhos por-
tugueses - „há quanto tempo…“,
comenta a autora, parecendo tentar
recordar-se -, Jancis Robinson mos-
tra-se impressionada com a evolu-
ção dos vinhos, pelo que constata
nas garrafas que Carlos Quintas lhe
vai apresentando e servindo.
„Acho que a qualidade do vinho
português aumentou enorme-
mente em 10 anos. Conseguiu cer-
tamente acompanhar o aumento da
qualidade do vinho em todo o
lado“, acrescentando que continua
válida uma observação que fez há
alguns anos, quando escreveu que
os vinhos portugueses podem real-
mente oferecer estilos e sabores
distintivos que não podem ser en-
contrados em mais nenhum lado.
O segredo, diz, é os produtores
dos vinhos de qualidade não esta-
rem a ser „influenciados por modas
internacionais“ e Portugal manter
no terreno uma grande variedade
de uvas indígenas.
Essa é também a ideia de Carlos
Quintas, segundo o qual „o vinho
português pode de facto vingar“ no
mercado internacional, mas não
tanto enquanto „uma afirmação
conjunta“, mas mais na base da
„personalização dos produtores“.
Comentando que a sua colec-
ção é uma iniciativa „independente,
arrojada e arriscada“, Carlos Quin-
tas defende que Portugal até pode
ter „muito a ganhar“, e uma se-
gunda visita de Jancis Robinson
pode consolidar a imagem de que
„os vinhos portugueses têm poten-
cial de envelhecimento, de guarda, e
de investimento“, sobretudo esta
última. „É a pergunta que nós ainda
hoje nunca resolvemos em Portu-
gal“, diz.
Numa colecção que actual-
mente conta com 18.000 garrafas -
12.000 de segmento de topo de
gama e cerca de 6.000 de um seg-
mento „também muito bom“, diz -
Carlos Quintas não hesita quando
instado a eleger „a“ garrafa de
vinho mais valiosa.
„É uma garrafa que me veio
parar às mãos de um senhor muito
rico, milionário, famoso, que herdou
os vinhos sem saber o valor deles.
E ele ofereceu-me uma garrafa de
(19)56 que lhe tinha sido oferecida
pelo doutor (António Oliveira) Sa-
lazar“, julgando tratar-se de um
vinho já deteriorado.
Para Carlos Quintas, esse é
vinho, da Real Companhia Vinícola
do Norte de Portugal, é o mais em-
blemático“ da sua colecção, já que
tem „duas lições“ a oferecer: pri-
meiro, por se tratar de um vinho de
oferta e ser „extraordinário em Sa-
lazar oferecer vinhos“; segundo, por
mostrar que quando os vinhos
„mudam de mão“, frequentemente
quem os recebe „perde a noção do
que tem e normalmente dá ao des-
barato“.
„É uma lição que a gente tem
que tirar para a vida: há vinhos de
valor, a gente tem que saber conhe-
cer a história desses vinhos“, diz,
antes de regressar para perto de
Jancis Robinson.
Vinhos: Cave alemã do século XVII abriga tesouro vinícola português
Na cidade de Dussel-dörf, Alemanha, onde é
conhecida a paixão pelacerveja, uma cave do
século XVII junto àmargem do rio Renoabriga um „tesouro“
para outros paladares:nada menos que
18 mil garrafas de vinhoportuguês.
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