nódulo da tireóide turma 1, grupo d ana raquel robles gisela ferreira maria helena cabral mariela...
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Nódulo da Nódulo da TireóideTireóide
Turma 1, Grupo Turma 1, Grupo DD
Ana Raquel Ana Raquel RoblesRoblesGisela FerreiraGisela FerreiraMaria Helena Maria Helena CabralCabralMariela Mariela RodriguesRodrigues
ANATOMIAANATOMIA
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA 33 a a 7%7% dos adultos avaliados ao exame físico apresentam dos adultos avaliados ao exame físico apresentam
nódulos na tireóide.nódulos na tireóide.
Com o uso de ecografia a doença é detectada em mais de Com o uso de ecografia a doença é detectada em mais de 25%25% dos casos dos casos
A maioria são assintomáticosA maioria são assintomáticos
> prevalência no sexo feminino> prevalência no sexo feminino
?? BENIGNO BENIGNO MALIGNO MALIGNO
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA 33 a a 7%7% dos adultos avaliados ao exame físico dos adultos avaliados ao exame físico
apresentam nódulos na tireóide.apresentam nódulos na tireóide. Com o uso de ecografia a doença é detectada em Com o uso de ecografia a doença é detectada em
mais de mais de 25%25% dos casos dos casos A maioria são assintomáticoA maioria são assintomático
?? BENIGNOBENIGNO
- A grande - A grande maioriamaioria são benignos são benignos
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA 33 a a 7%7% dos adultos avaliados ao exame físico apresentam dos adultos avaliados ao exame físico apresentam
nódulos na tireóide.nódulos na tireóide. Com o uso de ecografia a doença é detectada em mais de Com o uso de ecografia a doença é detectada em mais de 25%25%
dos casosdos casos A maioria são assintomáticosA maioria são assintomáticos
?? MALIGNOMALIGNO
- 4/100.000 novos casos por ano - 4/100.000 novos casos por ano - 1% da totalidade dos cancros - 1% da totalidade dos cancros
no humano no humano - < 0,5% da mortalidade por - < 0,5% da mortalidade por
cancrocancro
AVALIAÇÃO CLINICAAVALIAÇÃO CLINICA
História clínica e exame físicoHistória clínica e exame físico
Exames complementares de Exames complementares de diagnósticodiagnóstico
Exames complementares de diagnóstico
AVALIAÇÃO CLINICAAVALIAÇÃO CLINICAHistória clínica:História clínica:
RISCO DE MALIGNIDADERISCO DE MALIGNIDADE
SEXOSEXO ♂♂IDADEIDADE <14 >70<14 >70
RESIDÊNCIRESIDÊNCIAA
Regiões ricas em iodo: Ca. Regiões ricas em iodo: Ca. PapilarPapilar
AVALIAÇÃO CLINICAAVALIAÇÃO CLINICAAntecedentes Antecedentes
pessoais:pessoais:
RISCO DE RISCO DE MALIGNIDADEMALIGNIDADE
História prévia de História prévia de neoplasia da tireóide.neoplasia da tireóide.
História prévia de História prévia de neoplasia endócrinaneoplasia endócrina
História prévia de História prévia de irradiação cervicalirradiação cervical
AVALIAÇÃO CLINICAAVALIAÇÃO CLINICA
Antecedentes familiares:Antecedentes familiares:
- História familiar de patologia da tireóideHistória familiar de patologia da tireóide
- História familiar de síndromes História familiar de síndromes endócrinosendócrinos
MEN2A e MEN2B: Ca. MedularMEN2A e MEN2B: Ca. Medular
AVALIAÇÃO CLINICAAVALIAÇÃO CLINICAExame físico:Exame físico:
Avaliar sintomas sistémicos de:Avaliar sintomas sistémicos de:- - HipertireoidismoHipertireoidismo: taquicardia, nervosismo, : taquicardia, nervosismo,
hipersudorese, emagrecimento com aumento do apetite, hipersudorese, emagrecimento com aumento do apetite, intolerância ao calor, irritabilidade, palpitações, fadiga, intolerância ao calor, irritabilidade, palpitações, fadiga, fraqueza, dejecções frequentes e oligomenorreia.fraqueza, dejecções frequentes e oligomenorreia.
- - HipotireoidismoHipotireoidismo: letargia, cabelo e pele : letargia, cabelo e pele secos, intolerância ao frio, queda de cabelo, dificuldade de secos, intolerância ao frio, queda de cabelo, dificuldade de concentração, memória deficiente, obstipação, ligeiro concentração, memória deficiente, obstipação, ligeiro aumento de peso com falta de apetite, dispneia, voz rouca e aumento de peso com falta de apetite, dispneia, voz rouca e menorragias.menorragias.
Avaliar sinais de compressão:Avaliar sinais de compressão:- - EsófagoEsófago: disfagia: disfagia- - TraqueiaTraqueia: dispneia: dispneia- - Nervo laríngeo recorrenteNervo laríngeo recorrente: alterações da voz: alterações da voz
AVALIAÇÃO CLINICAAVALIAÇÃO CLINICA
Exame físico da tireóide:Exame físico da tireóide:
TamanhoTamanhoAssimetriasAssimetriasSinais inflamatóriosSinais inflamatórios INSPECÇÃOINSPECÇÃOTumefacçõesTumefacçõesMobilidadeMobilidade
Sopro Sopro sistólicosistólico
AUSCULTAÇÃO AUSCULTAÇÃO Tireóide Tireóide
hiperfuncionantehiperfuncionante
AVALIAÇÃO CLINICAAVALIAÇÃO CLINICA Exame físico da tireóide:Exame físico da tireóide:
PALPAÇÃO:PALPAÇÃO:
NÓDULONÓDULO RISCO DE MALIGNIDADERISCO DE MALIGNIDADE
NúmeroNúmero Nódulo único = nódulo Nódulo único = nódulo duma glândula multinodularduma glândula multinodular
TamanhoTamanho Quanto Quanto >>
ConsistênciaConsistência DuraDura
MobilidadeMobilidade Aderência aos tecidosAderência aos tecidos
LimitesLimites IrregularesIrregulares
ADENOMEGALIADENOMEGALIAS CERVICAISAS CERVICAIS
RISCO DE MALIGNIDADERISCO DE MALIGNIDADE- Sexo (masculino)Sexo (masculino)- Idade (<14 e >70 anos)Idade (<14 e >70 anos)- História prévia de neoplasia da tireóide ou História prévia de neoplasia da tireóide ou
endócrinaendócrina- História prévia de irradiação cervicalHistória prévia de irradiação cervical- História familiarHistória familiar- Características do nóduloCaracterísticas do nódulo
Tamanho Tamanho ConsistênciaConsistênciaFixaçãoFixação
- AdenomegaliasAdenomegalias- Sintomas compressivosSintomas compressivos- Nódulo inactivoNódulo inactivo- Geografia : zonas ricas em iodo: Ca. PapilarGeografia : zonas ricas em iodo: Ca. Papilar
zonas pobres em iodo: Ca. Folicularzonas pobres em iodo: Ca. Folicular
Perante um nódulo tireoideu, que meios complementares de
diagnóstico devemos pedir?
Meios Complementares de Meios Complementares de DiagnósticoDiagnóstico
Análises sanguíneasAnálises sanguíneas Níveis de TSH (screening)Níveis de TSH (screening) Níveis de T3 e T4 livres (quando há alterações da TSH)Níveis de T3 e T4 livres (quando há alterações da TSH) Níveis de anticorpos (anti-peroxidase, anti-Níveis de anticorpos (anti-peroxidase, anti-
tireoglobulina, TRAb) e de calcitonina sérica tireoglobulina, TRAb) e de calcitonina sérica (carcinoma medular)(carcinoma medular)
Meios Complementares de Meios Complementares de DiagnósticoDiagnóstico
EcografiaEcografia Método inócuo, barato, disponívelMétodo inócuo, barato, disponível Distinção entre nódulos sólidos, císticos e Distinção entre nódulos sólidos, císticos e
complexos.complexos. Monitorização da evolução de nódulosMonitorização da evolução de nódulos Orientação de biópsias aspirativas de agulha Orientação de biópsias aspirativas de agulha
fina.fina.
Não permite distinguir nódulos benignos de Não permite distinguir nódulos benignos de malignos. Para diagnósticos definitivos, tem de malignos. Para diagnósticos definitivos, tem de ser associada à biópsia aspirativa.ser associada à biópsia aspirativa.
Dependente do operadorDependente do operador
Meios Complementares de Meios Complementares de DiagnósticoDiagnóstico
Biópsia Aspirativa com Agulha Fina e Biópsia Aspirativa com Agulha Fina e CitologiaCitologia
Determina o tipo de tratamento a seguirDetermina o tipo de tratamento a seguir
Conclusões mais definitivas, baixo custo, seguroConclusões mais definitivas, baixo custo, seguro Resultados: benigno, maligno, suspeito ou Resultados: benigno, maligno, suspeito ou
inadequadoinadequado
Apesar de raro, há uma pequena percentagem de Apesar de raro, há uma pequena percentagem de falsos negativos. É importante o follow-up, mesmo falsos negativos. É importante o follow-up, mesmo em biópsias iniciais benignas.em biópsias iniciais benignas.
Não deve ser feita em doentes com história de Não deve ser feita em doentes com história de irradiação do pescoço ou história de carcinoma irradiação do pescoço ou história de carcinoma familiar da tireóide.familiar da tireóide.
Não diagnostica adenoma/carcinoma folicular.Não diagnostica adenoma/carcinoma folicular.
TC e RMNTC e RMN Permitem uma avaliação tridimensional da tireóidePermitem uma avaliação tridimensional da tireóide Avaliação da extensão intratorácica de bócio Avaliação da extensão intratorácica de bócio
(bócios grandes, invasivos ou mergulhantes)(bócios grandes, invasivos ou mergulhantes)
Cintigrafia Cintigrafia ((123123I/I/99m99mTc)Tc) Permite avaliar a função tireoideia, com iodo Permite avaliar a função tireoideia, com iodo
radioactivoradioactivo Nódulo “quente” – funcionante, hipercaptante Nódulo “quente” – funcionante, hipercaptante
(pode causar hipertireoidismo, raramente é (pode causar hipertireoidismo, raramente é maligno) e nódulo “frio” – não funcionante, não maligno) e nódulo “frio” – não funcionante, não captante (incidência de cancro 20%, remoção captante (incidência de cancro 20%, remoção cirúrgica)cirúrgica)
Tem vindo a ser substituída pela Biópsia Aspirativa Tem vindo a ser substituída pela Biópsia Aspirativa de Agulha Fina.de Agulha Fina.
Meios Complementares de Meios Complementares de DiagnósticoDiagnóstico
Nódulo solitário ou suspeito
Níveis de TSH
TSH diminuída
CintigrafiaNódulo quente
Nódulo frio /indeterminado
Cirurgia ou Tx
médico
BAAF
Citopatologia
<1cm ou houver dificuldade
TSH normal
Biópsia guiada por
Eco
Indeterminado
Repetir BAAF
Benigno
Cisto Suspeito ouNeoplasia folicular
Maligno
Citologia Citologia benignabenigna
Possíveis diagnósticos:Possíveis diagnósticos:
1.1. Bócio multinodularBócio multinodular
2.2. CistoCisto
3.3. ColóideColóide
4.4. Foco de tireoiditeFoco de tireoidite
Pode fazer-se supressão da TSH com levotiroxinaPode fazer-se supressão da TSH com levotiroxina Diminui o tamanho de 30% dos nódulos e impede novo Diminui o tamanho de 30% dos nódulos e impede novo
crescimentocrescimento
Recomendado o follow-up ecográfico de 6 em 6 mesesRecomendado o follow-up ecográfico de 6 em 6 meses Se o nódulo continua do mesmo tamanho, follow-up Se o nódulo continua do mesmo tamanho, follow-up
anualmenteanualmente Se o nódulo aumentou, nova Biópsia AspirativaSe o nódulo aumentou, nova Biópsia Aspirativa
Pode fazer-se cirurgia em determinadas situaçõesPode fazer-se cirurgia em determinadas situações Quando o nódulo é muito grande e há sintomas compressivos Quando o nódulo é muito grande e há sintomas compressivos
(esófago ou traqueia)(esófago ou traqueia) Quando é hiperfuncionanteQuando é hiperfuncionante Quando há preocupações estéticas significativasQuando há preocupações estéticas significativas
Se o nódulo é benigno…Se o nódulo é benigno…
1.1. Bócio multinodularBócio multinodular
Ocorre em 12% da pop. adulta, mais frequente no Ocorre em 12% da pop. adulta, mais frequente no sexo feminino e a prevalência aumenta com a idadesexo feminino e a prevalência aumenta com a idade
Nódulos variáveis (desde hipercelulares até colóides), Nódulos variáveis (desde hipercelulares até colóides), de origem mono e policlonal, áreas de fibrose extensade origem mono e policlonal, áreas de fibrose extensa
Doente geralmente assintomático, função tireoideia Doente geralmente assintomático, função tireoideia normalnormal
Se o bócio for significativo, pode haver sintomas por Se o bócio for significativo, pode haver sintomas por compressão (disfagia, dispneia, congestão venosa)compressão (disfagia, dispneia, congestão venosa)
Não parece haver predisposição para carcinoma da Não parece haver predisposição para carcinoma da tireóidetireóide
A biópsia é feita se houver suspeita de malignidade – A biópsia é feita se houver suspeita de malignidade – nódulo dominante ou crescimento de um nódulo, nódulo dominante ou crescimento de um nódulo, rouquidão (atingimento do nervo laríngeo rouquidão (atingimento do nervo laríngeo recorrente), dor súbita (hemorragia dentro de um recorrente), dor súbita (hemorragia dentro de um nódulo)nódulo)
2.2. CistoCisto Constitui um terço dos nódulos palpáveis.Constitui um terço dos nódulos palpáveis. Diagnóstico por ecografia ou aspiração de material do Diagnóstico por ecografia ou aspiração de material do
interiorinterior Tratamento por aspiração (até 3x em cistos recorrentes)Tratamento por aspiração (até 3x em cistos recorrentes) Apenas se realiza cirurgia se houver aumento das Apenas se realiza cirurgia se houver aumento das
dimensões, se a citologia for suspeita ou se houver dimensões, se a citologia for suspeita ou se houver recidiva após 3 aspiraçõesrecidiva após 3 aspirações
3.3. Nódulo colóideNódulo colóide 60-70% das biópsias aspirativas de agulha fina revelam 60-70% das biópsias aspirativas de agulha fina revelam
material colóide – resultado mais comum de benignidadematerial colóide – resultado mais comum de benignidade Risco de malignidade desprezívelRisco de malignidade desprezível Nódulo colóide > 3cm → RemoverNódulo colóide > 3cm → Remover
Citologia Citologia suspeitasuspeita
Possíveis diagnósticos:Possíveis diagnósticos:
1.1. Adenoma folicularAdenoma folicular
2.2. Carcinoma folicularCarcinoma folicular
A distinção é feita pela análise histológica da peça, após cirurgia.
1.1. Adenoma folicularAdenoma folicular
Neoplasia benigna derivada do Neoplasia benigna derivada do epitélio folicularepitélio folicular
Lesão geralmente solitária, Lesão geralmente solitária, esférica, indoloresférica, indolor
Cápsula bem delimitadaCápsula bem delimitada Pode comprimir a restante Pode comprimir a restante
glândula, dando origem a sintomas glândula, dando origem a sintomas locais tais como disfagia e dispneia.locais tais como disfagia e dispneia.
Uma pequena percentagem produz Uma pequena percentagem produz hormonas tireoideias (nódulos hormonas tireoideias (nódulos autónomos), causando autónomos), causando tireotoxicose. Esta produção é tireotoxicose. Esta produção é independente da TSH.independente da TSH.
Não ocorre transformação maligna.Não ocorre transformação maligna.
Ao microscópio óptico, podem observar-se folículos Ao microscópio óptico, podem observar-se folículos uniformes com colóide e células uniformes, de uniformes com colóide e células uniformes, de bordos bem definidos. bordos bem definidos.
Diagnóstico diferencial difícil com nódulos Diagnóstico diferencial difícil com nódulos hiperplásicos (não têm cápsula bem delimitada) e hiperplásicos (não têm cápsula bem delimitada) e com carcinoma folicular (perda de integridade com carcinoma folicular (perda de integridade capsular e invasão de vasos sanguíneos)capsular e invasão de vasos sanguíneos)
2.2. Carcinoma Folicular Carcinoma Folicular
Representam 10% dos carcinomas da tireóideRepresentam 10% dos carcinomas da tireóide Surge em pessoas idosasSurge em pessoas idosas São mais prevalentes em zonas com dieta pobre São mais prevalentes em zonas com dieta pobre
em iodoem iodo São nódulos friosSão nódulos frios
Células uniformes que formam Células uniformes que formam folículosfolículos
A invasão capsular e vascular A invasão capsular e vascular permite o diagnóstico permite o diagnóstico diferencial entre este tipo de diferencial entre este tipo de carcinoma e o adenoma carcinoma e o adenoma folicularfolicular
Metastizam sobretudo por via Metastizam sobretudo por via hematogénea para pulmões, hematogénea para pulmões, esqueleto e fígadoesqueleto e fígado
MICROSCOPIA
Citologia Citologia malignamaligna
Possíveis diagnósticosPossíveis diagnósticos
1.1. Carcinoma papilarCarcinoma papilar
2.2. Carcinoma medularCarcinoma medular
3.3. Carcinoma anaplásticoCarcinoma anaplástico
1.1. Carcinoma Papilar Carcinoma Papilar
São o tipo mais comum – 85% - e surge São o tipo mais comum – 85% - e surge sobretudo em jovenssobretudo em jovens
Surgem como uma massa cervical única e Surgem como uma massa cervical única e indolorindolor
São tumores não funcionantes, de crescimento São tumores não funcionantes, de crescimento lento e estimulados pela TSHlento e estimulados pela TSH
A via principal de metastização é a linfática – ao A via principal de metastização é a linfática – ao exame objectivo é mandatório a pesquisa de exame objectivo é mandatório a pesquisa de gânglios. Podem também metastizar por via gânglios. Podem também metastizar por via hematogénea e quando tal acontece o local mais hematogénea e quando tal acontece o local mais frequente de metástases são os pulmõesfrequente de metástases são os pulmões
Projecções papilares do Projecções papilares do epitélio colunarepitélio colunar
Corpos Psammomatosos Corpos Psammomatosos (60%) – estruturas (60%) – estruturas calcificadas concêntricascalcificadas concêntricas
MICROSCOPIA
MACROSCOPIA
Aspecto em citologia do carcinoma papilar
PROGNÓSTICOPROGNÓSTICO Geralmente bom sendo Geralmente bom sendo reservado em doentes mais reservado em doentes mais
idosos ou cujo tumor já invadiu estruturas extratireoideiasidosos ou cujo tumor já invadiu estruturas extratireoideias
TRATAMENTO
As lesões bem diferenciadas respondem à TSH. Como tal os doentes são tratados com hormona tireoideia após a cirurgia para supressão da TSH endógena
Tratamento com Iodo radioactivo e tiroxina
Cerca de 1 ano após a cirurgia faz-se o doseamento da Tireoglobulina e uma ecografia (cintigrafia opcional). Se ambas estiverem normais/sem alterações pode considerar-se o doente curado.
Multifocal com nódulos friosMultifocal com nódulos frios Produtos de TireoglobulinaProdutos de Tireoglobulina Envolvimento nodular linfáticoEnvolvimento nodular linfático Associação familiarAssociação familiar Prognóstico mais reservadoPrognóstico mais reservado
Carcinoma de Células de Hürthle ou Oxifílicas
2.2. Carcinoma Medular Carcinoma Medular
Representam 7% dos carcinomas da tireóideRepresentam 7% dos carcinomas da tireóide Surgem de forma esporádica ou familiarSurgem de forma esporádica ou familiar O epitélio tumoral tem origem nas células O epitélio tumoral tem origem nas células
C/parafoliculares da tiróide C/parafoliculares da tiróide São nódulos frios e funcionais, secretores de São nódulos frios e funcionais, secretores de
calcitonina, antigénio carcinoembrionário, calcitonina, antigénio carcinoembrionário, somatostatina, serotonina e VIPsomatostatina, serotonina e VIP
Clinicamente surgem como uma massa cervical Clinicamente surgem como uma massa cervical associada a sintomas decorrentes da compressão de associada a sintomas decorrentes da compressão de estruturas adjacentes pela massa tumoral – disfagia, estruturas adjacentes pela massa tumoral – disfagia, rouquidão, dispneiarouquidão, dispneia
Em alguns casos as queixas iniciais advém dos Em alguns casos as queixas iniciais advém dos efeitos produzidos pelos peptídeos secretados (VIP – efeitos produzidos pelos peptídeos secretados (VIP – diarreia)diarreia)
Apesar de ocorrer um aumento na concentração de Apesar de ocorrer um aumento na concentração de calcitonina a hipocalcemia não é característicacalcitonina a hipocalcemia não é característica
MICROSCOPIAMICROSCOPIA Depósitos de substância amilóideDepósitos de substância amilóide Hiperplasia das células CHiperplasia das células C
Aspecto em citologia do carcinoma medular
GENÉTICA
Existe associação a mutações no proto-oncogene RET 20% dos doentes têm mutações de novo; os restantes 80% têm história familiar (tireoidectomia profiláctica)
Casos Esporádicos MEN 2
IdadeApós 50 anos de
idade Jovens
CentralidadeUnicêntricos/
Solitários Multicêntricos/Bilaterais
Hiperplasia Células C Ausente Quase sempre presente
Comportamento Pouco AgressivosAgressivos, sobretudo
MEN 2b
Tumores Associados
MEN 2a
MEN 2b
Feocromocitoma
Hiperparatireoidismo
Feocromocitoma
Neuromas múltiplos
Ganglioneuromatose
3.3. Carcinoma Carcinoma Anaplástico/IndiferenciadoAnaplástico/Indiferenciado
São os mais raros (1%) mas também os mais São os mais raros (1%) mas também os mais agressivos e surgem sobretudo em mulheres idosasagressivos e surgem sobretudo em mulheres idosas
Apresentam-se como massas cervicais sólidas e Apresentam-se como massas cervicais sólidas e irregulares que envolvem de forma difusa toda a irregulares que envolvem de forma difusa toda a glândula, invadindo as estruturas adjacentes – glândula, invadindo as estruturas adjacentes – sintomas obstrutivossintomas obstrutivos
Têm um crescimento rápidoTêm um crescimento rápido Podem ser dolorosos, fixos aos planos profundosPodem ser dolorosos, fixos aos planos profundos As linfadenopatias e metástases pulmonares são As linfadenopatias e metástases pulmonares são
comunscomuns
MICROSCOPIAMICROSCOPIA Células muito anaplásticasCélulas muito anaplásticas
Tipos Histológicos
Células GigantesCélulas
PequenasCélulas Espiculadas
GENÉTICA
Mutações TP 53
TratamentoTratamento
CIRURGIA
•Carcinoma Papilar
•Adenoma/Carcinoma Folicular
•Carcinoma Medular
Que Cirurgia?Que Cirurgia?
Ressecções Parciais
Estão contra – indicadas porque a incidência de recorrência é elevada e a sobrevida curta. Além disso, após a cirurgia desenvolve-se tecido fibroso no local o que dificulta outra intervenção cirúrgica no mesmo doente.
Lobectomia parcial do lobo esquerdo e istmo Lobectomia Parcial
Lobectomia Parcial
A cirurgia da tireóide acarreta alguns riscos sobretudo A cirurgia da tireóide acarreta alguns riscos sobretudo a lesão do ramo externo do nervo laríngeo superior, a lesão do ramo externo do nervo laríngeo superior, nervo laríngeo recorrente e glândulas paratireóidesnervo laríngeo recorrente e glândulas paratireóides
É preferível pois a maioria dos tumores tireoideus é multifocal e se tiver ocorrido disseminação prévia há grande probabilidade do lobo contra-lateral estar atingido
Tireoidectomia Total
Tireoidectomia Total
Esvaziamento ganglionarEsvaziamento ganglionar
Carcinoma Diferenciado
Adenopatias Cervicais
(Palpáveis ou Ecográficas)
+ -
BAAF +
Compartimento
Central
Esvaziamento
Central
Compartimento
Lateral
Esvaziamento cervical radical
modificado
Intraoperatoriamente +
Citologia/ Histologia
Extemporânea Positiva
Compartimento
Central
Compartimento
Lateral
Esvaziamento
Central
Esvaziamento cervical radical
modificado
Esvaziamento GanglionarEsvaziamento Ganglionar
Carcinoma Medular
Adenopatias Cervicais
(Palpáveis ou Ecográficas)
+ -
BAAF +
Intraoperatoriamente +
+
Tireoidectomia total e
esvaziamento cervical radical
modificado
Citologia/ Histologia
Extemporânea Positiva
+ -
Tireoidectomia total e
esvaziamento cervical radical
modificado
Tireoidectomia total e
esvaziamento do compartimento
central
Gânglios linfáticos cervicais - o compartimento central engloba os níveis VI e VII; o compartimento lateral inclui os níveis II – V.
Follow -UpFollow -Up Carcinoma Diferenciado
Iodo radioactivo como tratamento pós – cirúrgico
Doses supressivas de hormona tireoideia permanentemente
Doseamento de níveis séricos de tireoglobulina Carcinoma Indiferenciado
Radioterapia e quimioterapia pós - cirurgia
Carcinoma MedularDoseamento da calcitoninaEcografia
HISTÓRIA HISTÓRIA CLÍNICACLÍNICA
Nome: IFLRMNome: IFLRM
Idade: 22 anosIdade: 22 anos
Sexo: FemininoSexo: Feminino
Raça: CaucasianaRaça: Caucasiana
Estado Civil: SolteiraEstado Civil: Solteira
Naturalidade: Naturalidade: GuimarãesGuimarães
Residência: Residência: GuimarãesGuimarães
Profissão: EstudanteProfissão: Estudante
HISTÓRIA CLÍNICAHISTÓRIA CLÍNICAQueixa Principal:Queixa Principal: Disfagia para sólidos e dispneia.Disfagia para sólidos e dispneia.
História da doença actualHistória da doença actual:: Assintomática até há 3 anos, altura que inicia um quadro Assintomática até há 3 anos, altura que inicia um quadro caracterizado por caracterizado por disfagiadisfagia para sólidos para sólidos e e dispneiadispneia..
Refere hipersudorese e intolerância ao calor desde sempre.Refere hipersudorese e intolerância ao calor desde sempre. Nega alterações da voz, tosse, palpitações, alterações do Nega alterações da voz, tosse, palpitações, alterações do apetite, alterações dos hábitos intestinais, tremores, apetite, alterações dos hábitos intestinais, tremores, alterações da pele. Nega exposição a radiação.alterações da pele. Nega exposição a radiação.
Começou a ser seguida pelo médico de família, tendo Começou a ser seguida pelo médico de família, tendo realizado várias análises, (função tireoideia inclusive), que realizado várias análises, (função tireoideia inclusive), que não revelaram qualquer alteração.não revelaram qualquer alteração.
Por agravamento da sintomatologia foi encaminhada para a Por agravamento da sintomatologia foi encaminhada para a consulta de endocrinologia, onde realizou novamente análises consulta de endocrinologia, onde realizou novamente análises sem alterações, ecografia e biópsia.sem alterações, ecografia e biópsia.
HISTÓRIA MÉDICA HISTÓRIA MÉDICA PRÉVIAPRÉVIA
Diabética tipo 1 desde um ano e meio de idade. Medicada Diabética tipo 1 desde um ano e meio de idade. Medicada com insulina de acção intermédia (Insulatardcom insulina de acção intermédia (Insulatard®)®), insulina , insulina de acção lenta (Actapridde acção lenta (Actaprid®)®) e metformina (Risidon e metformina (Risidon®)®);;
Terá tido as doenças habituais da infância (varicela, Terá tido as doenças habituais da infância (varicela, parotidite).parotidite).
Remoção de um lipoma abdominal na infância;Remoção de um lipoma abdominal na infância; Apendicectomia há 3 anos;Apendicectomia há 3 anos;
Medicada com lisinopril e omeprazol.Medicada com lisinopril e omeprazol.
Sem alergias conhecidas.Sem alergias conhecidas.
Historia ginecológica:Historia ginecológica: menarca aos 12 anos, menarca aos 12 anos, interlúnios regulares, cataménios com duração de quatro interlúnios regulares, cataménios com duração de quatro a sete dias, por vezes dolorosos.a sete dias, por vezes dolorosos.
HISTÓRIA MÉDICA HISTÓRIA MÉDICA FAMILIARFAMILIAR
Desconhece história médica da mãeDesconhece história médica da mãe Pai, 45 anos, com história de bócio multinodular Pai, 45 anos, com história de bócio multinodular
(tratamento cirúrgico)(tratamento cirúrgico) Tia paterna, 47 anos, com história de bócio Tia paterna, 47 anos, com história de bócio
multinodular (tratamento cirúrgico)multinodular (tratamento cirúrgico) Avô paterno com história de diabetesAvô paterno com história de diabetes
EXAME OBJECTIVOEXAME OBJECTIVO
INSPECÇÃO:INSPECÇÃO: A doente apresentava-se com hipersudorese, sem A doente apresentava-se com hipersudorese, sem
outros sintomas de disfunção tireoideia.outros sintomas de disfunção tireoideia. Era visível uma tumefacção do triângulo anterior do Era visível uma tumefacção do triângulo anterior do
pescoço.pescoço. Não eram visíveis assimetrias e sinais inflamatórios.Não eram visíveis assimetrias e sinais inflamatórios.
AUSCULTAÇÃO: AUSCULTAÇÃO: Normal (não era audível nenhum sopro).Normal (não era audível nenhum sopro).
EXAME OBJECTIVOEXAME OBJECTIVO
PALPAÇÃO:PALPAÇÃO: Tireóide indolor à palpaçãoTireóide indolor à palpação Tireóide aumentada difusamenteTireóide aumentada difusamente Sem adenomegalias, dor ou fixação às estruturas Sem adenomegalias, dor ou fixação às estruturas
adjacentesadjacentes
EXAMES EXAMES COMPLEMENTARES DE COMPLEMENTARES DE
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Avaliação da função tireoideia: Avaliação da função tireoideia:
T3 livre 3.14 pg/ml (1.71- 3.71)T3 livre 3.14 pg/ml (1.71- 3.71)
T4 livre 1.16 ng/dl (0.70-1.48)T4 livre 1.16 ng/dl (0.70-1.48)
TSH 1.42 ui/ml (0.35-4.94)TSH 1.42 ui/ml (0.35-4.94)
EXAMES EXAMES COMPLEMENTARES DE COMPLEMENTARES DE
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO Ecografia da tireóide:Ecografia da tireóide:
Ambos os lados Ambos os lados aumentados de tamanhoaumentados de tamanho, forma globosa , forma globosa e textura difusamente heterogénea e textura difusamente heterogénea multinodularmultinodular, os nódulos são , os nódulos são sólidos e incontáveis. Destaca-se o de maiores dimensões na sólidos e incontáveis. Destaca-se o de maiores dimensões na hemi-tireóide à esquerda com 2,9 cm de diâmetro máximo o lobo hemi-tireóide à esquerda com 2,9 cm de diâmetro máximo o lobo mede 6,8 cm diâmetro antero-posterior e 3,6 cm de diâmetro mede 6,8 cm diâmetro antero-posterior e 3,6 cm de diâmetro transversal e o esquerdo mede 7,8 cm de diâmetro crânio-caudal, transversal e o esquerdo mede 7,8 cm de diâmetro crânio-caudal, 3,2 cm diâmetro antero-posterior e 3,4cm diâmetro transversal. 3,2 cm diâmetro antero-posterior e 3,4cm diâmetro transversal. O istmo encontra-se aumentado de tamanho.O istmo encontra-se aumentado de tamanho.
No compartimento anterior do pescoço não se No compartimento anterior do pescoço não se visualizaram lesões ocupacionais nomeadamente adenomegalias.visualizaram lesões ocupacionais nomeadamente adenomegalias.
Conclusão:Conclusão: Marcada Marcada hipertrofia da tireóide de hipertrofia da tireóide de aspecto multinodularaspecto multinodular (volumosos nódulos), a valorizar clínico- (volumosos nódulos), a valorizar clínico-analiticamente e num provável quadro de bócio multinodular analiticamente e num provável quadro de bócio multinodular difuso. difuso.
Diagnóstico pré-cirúrgico:Diagnóstico pré-cirúrgico: bócio bócio multinodularmultinodular
Tratamento:Tratamento: tireoidectomia total tireoidectomia total 22/05/2006, sem esvaziamento cervical e 22/05/2006, sem esvaziamento cervical e sem medicação pré-operatóriasem medicação pré-operatória
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